Saguru#4 - Eng/Pt

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A digital magazine devoted to art and culture. An exploration of visual culture through photography, graphics, illustration and music. Saguru means “exploration” in Japonese. For us Uma revista digital dedicada Saguru Magazine is à arte e à cultura. thus a synonym for Uma exploração da cultura visual innovation, através da fotografia, do gráfico, inspiration, da ilustração e da música. reflexion, Em japonês Saguru significa trend, “exploração”, por isso, adventure. para nós, a Saguru Magazine é inovação, inspiração, reflexão, tendência, aventura.

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SAGURU FOUNDER, ART DIRECTOR AND EDITOR IN CHIEF Roberta Lo Porto

GRAPHIC DESIGNER Roberta Lo Porto, Victor Monfort

EDITORIAL ASSISTANT Victor Monfort, Giulia Bosco

COLLABORATOR / EDITOR Roberta Sernicola, Bea Sarrion

TRANSLATOR Mariana Esteves

SOCIAL NETWORKS EDITOR Roberta Lo Porto, Victor Monfort, Vera Daidone

COVER #4 Vikk Shayen Produced in collaboration with Vikk Shayen, Ibai Acevedo, Peter Kemp, Zena Holloway, Emanuele Nappini, Olivier van Breugel, Enric Enrich, Carlo Alberto Giardina, Lyona, Matylda Konecka, Nicoletta Ceccoli, Gediminas Pranckevičius, Postaganda, Laurindo Feliciano, Ivo Amadeus Reis, Margarida Girão, Anna Tomich & Jorge Lopez Conde, Alessia Caliendo, Luca Nichetto, André Feliciano

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Bubbled Vikk Shayen

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The Bubbled Series of images was borne out of a larger body of work entitled PERFORMANSCAPE. This body of work was part of the Core Program of the 2013 Australian Ballarat International Foto Biennale. The Bubbled Series is currently an ongoing project. It is exploration of our fear of things outside our comfort zone but yet our attraction and curiosity to it; it is the exploration of why we are knowingly oblivious of things that are in obvious existence; it is the exploration of what the blissfulness of ignorance is; it is the exploration of the walls and the barriers that people build around themselves, or let others build around them; and most importantly it is the questioning of what happens when that bubble bursts. The images in the Bubbled Series were photographed on-location with a trained bubbletologist and a cast of actors and actresses in the Melbourne theatre industry. No artificial elements were added in post-production. This project is ongoing with the view to be produced in a variety of countries, people, cultures and landscapes. If you are interested in helping us organize the Bubbled Series in your city please do contact us.

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A Bubbled Series nasceu de um conjunto extenso de trabalhos intitulado PERFORMANSCAPE. Esta coleção era parte integrante do Core Program da Australian Ballarat International Foto Biennale de 2013. A Bubbled Series é um projeto em desenvolvimento. É uma exploração do nosso medo em relação às coisas que se encontram fora da nossa zona de conforto, mas também da nossa atração e curiosidade por estas mesmas coisas; é a exploração de por que estamos conscientemente alheados das coisas cuja existência é óbvia; é a exploração do que é a alegria da ignorância; é a exploração das paredes e das barreiras que as pessoas constroem à sua volta, ou deixam que outros construam; e, essencialmente, é o questionamento do que acontece quando essa bola de sabão rebenta. As imagens da Bubbled Series foram fotografadas em cenários reais com um especialista em bolas de sabão e um grupo de atores e atrizes da indústria de teatro de Melbourne. Não foram acrescentados quaisquer elementos artificiais na pós-produção. Este projeto, em desenvolvimento, visa ser produzido em vários países, povos, culturas e paisagens. Se estás interessado em ajudar-nos a organizar a Bubbled Series na tua cidade, não hesites em entrar em contacto connosco.

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www.vikkshayen.com

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R.E.M. Ibai Acevedo

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Photo by Ib Model: Cla www.ibaiac

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bai Acevedo ara Palmero cevedo.com

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Happy Loving Co MAGAZINE

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Peter Kemp MAGAZINE

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An impression of human relationsh MAGAZINE

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hips in the sixties

The idea of my series Happy Loving Couple came when I saw old furniture in the attic of my father’s house. My wonderful models, Johan Beijers and Seraphine Strange, enact in a strange, surrealist frame. They embody the roles of perfection, the tribulation of perfection between the male and female form. They are strikingly well featured and well built to represent their gender. Equipped with expensive, fashionable garments, typical of a high class image, Beijers and Seraphine are directed by Peter Kemp’s vision of a ‘Happy Loving Couple’. Pale skin against some traditional antique backdrops, emotionless, everything does the talking except for them. We rely on the world they have crafted to understand the mysterious going on. I recently finished my project callec Meer Verminder in dedicaton of the dutch painter Vermeer. The next project will also focus on historical figures in a painterish mood. I cannot tell about it yet .. it is a secret!

Uma impressão das relações humanas nos anos sessenta. A ideia da minha série Happy Loving Couple começou quando vi mobília velha no sótão da casa do meu pai. Os meus lindos modelos, Johan Beijers e Seraphine Strange, encaixam-se numa moldura estranha e surrealista. Corporizam a perfeição, a tribulação da perfeição entre a forma masculina e feminina. Ambos são extremamente bem feitos, representando na perfeição o seu sexo. Equipados com peças de roupa caras e na moda típicas de uma imagem da alta sociedade, Beijers e Seraphine são dirigidos pela visão de Peter Kemp ‘Happy Loving Couple’. Pele pálida em cenários tradicionais antigos, sem emoções, tudo fala menos eles. Nós confiamos no mundo que eles criaram para entender as coisas misteriosas que acontecem. Acabei recentemente o meu projeto chamado Meer Verminder dedicado ao pintor holandês Vermeer. O próximo projeto trabalhará igualmente imagens históricas numa atmosfera de pintura. Ainda não posso contar… é segredo!

www.peterkemp.nl

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Quintessentially Zena Holloway

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Artistically talking, I wish that I was less ordered, less literal and more radical, however the upside is that I’m content to let the ideas or the situations I create arrive in their own time. All my best ideas tend to come when I’m in the place of dreaming before becoming fully asleep. I don’t think about work or commission with fear, it’s an adventure and an opportunity. To create something new it takes a certain amount of courage, but to not at least try and push the boundaries is just boring. I’m all for the mavericks of society who swim against the tide. I didn’t have a role model, I’m self taught and specialized in underwater photography. Working at the Quintessentially project, shot in a pool in London a few years ago, styled by Marcella Martinelli. It was great fun, with a variety of crocodiles and an anaconda snake that were brought there for the shooting. The models were fearless, the fashion inspiring.

Artisticamente falando, gostava de ser menos organizada, menos literal e mais radical, mas, por outro lado, fico contente por deixar as ideias ou situações chegar a seu ritmo. As minhas melhores ideias tendem a chegar quando estou a sonhar antes de adormecer completamente. Não penso em trabalho ou encomendas com receio, são aventuras e oportunidades. Para criar algo novo é necessária uma certa dose de coragem, mas nem sequer tentar ou forçar os limites é simplesmente aborrecido. Sou completamente a favor dos dissidentes da sociedade que nadam contra a maré. Não tive um modelo, sou uma autodidata especializada em fotografia debaixo de água. Trabalhando no projeto Quintessentially, shot numa piscina em Londres há uns anos atrás, estilizado por Marcella Martinelli. Foi muito divertido, com uma variedade de crocodilos e uma cobra anaconda que se trouxeram para a sessão. Os modelos estavam calmos, a moda era inspiradora.

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www.zenaholloway.com

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Overnight Perspectives Emanuele Nappini MAGAZINE

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A profound, lonely but simultaneously bright night. A night in which that which is profound meets the strength to emerge and, under the support of indiscrete eyes, turns free to express itself without prejudice. A moment of revelation which is not painless or free of tension. Circulation areas which show no pretension to become places of interest in the daily rush, but which are able to transform themselves in complex containers of meaning. A course to be faced in person, subverting the rules of space, overcoming limits, striving, trying to get out, interacting with the place, with real things and then a little with the computer. Finding myself in such a different and disenchanted reality, making my presence there real and sharing it with others helped me exorcise and overcome a disorientation in which, as I got to a certain point, I found myself. A disorientation which seems to belong to a generation of young and less young people in search of a perspective to resist the tension of one’s own unbalances in a more and more complex, precarious and changing context.

Uma noite profunda, solitária, mas ao mesmo tempo luminosa. Uma noite em que o profundo encontra a força para emergir e, sob o amparo de olhos indiscretos, se faz livre para se manifestar sem preconceito. Um momento de revelação, que não é indolor ou isento de tensão. Lugares de passagem que no fervilhar do diaa-dia não demonstram qualquer pretensão para tornar-se lugares de interesse, mas que, no entanto, são capazes de transformar-se em complexos contentores de significado. Um percurso para ser enfrentado na primeira pessoa, subvertendo as regras do espaço, superando os limites, agarrando-se, tentando sair de algum modo, interagindo com o lugar, com as coisas reais e depois um pouco com o computador. Encontrar-me numa realidade tão diferente e desencantada, manifestar a minha presença nela e partilhá-la com os outros ajudou-me a exorcizar e a superar a desorientação em que, chegado a certo ponto, me encontrei. Uma desorientação que parece pertencer a uma geração, de jovens e menos jovens, em busca de uma perspetiva a partir da qual se resiste à tensão dos próprios desequilíbrios, num contexto cada vez mais complexo, precário e em mudança.

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www.en

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nph.net

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Tokyo Busines MAGAZINE

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Olivier van Breugel

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Van Breugel travels the world in search of his subjects. His photographs look composed in such a way that they seem thought through and well organised. In reality, he is totally dependent on a single moment, because he uses real people on the city streets of his images. In his photographs, human form and modern architecture seem to clash and simultaneously emphasise each other, creating images that show the absurdity of humanity amidst the ‘urban jungle’ that feels so familiar to most.

Van Breugel viaja pelo mundo à procura dos seus temas. A composição das suas fotografias parece ter sido muito bem pensada e organizada. Na realidade, depende de um único momento porque usa pessoas reais nas ruas das cidades das suas imagens. Nas suas fotografias, a forma humana e a arquitetura moderna parecem entrar em conflito e simultaneamente enfatizar-se mutuamente, criando imagens que mostram o absurdo da humanidade na “selva urbana” que parece tão familiar para a maioria.

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www.oliviervanbreugel.nl

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S達o Miguel

Enric Enrich MAGAZINE

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As soon as I arrived at São Miguel, I realized there were lots of magic places around the island. Every time I went out the city I got impressed by all the beauty surrounding me, and I tried to capture one those moments. Sometimes you have to walk through the forest in a path full of mud for 2 hours to get one shot. But it’s always worth it. Of course there are some shots which are easier than others… Those are some shots I took during my stay on São Miguel island, in the archipelago of the Azores.

Mal cheguei a São Miguel, apercebi-me de que havia uma imensidão de lugares mágicos por toda a ilha. Sempre que saía da cidade, ficava impressionado pela beleza que me rodeava e tentava capturar esses momentos. Por vezes temos de atravessar a floresta por um caminho coberto de lama por 2 horas para conseguir um bom shot. Mas vale sempre a pena. Claro que alguns shots são mais fáceis do que outros… Estes são alguns dos que consegui durante a minha estadia na ilha de São Miguel, no arquipélago dos Açores.

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www.enricenrich.eu

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Photography and D with irreverence a

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Drawing with finger, and without sense

Carlo Alberto Giardina

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FinnanoFenno is a senseless name. It is not even a name. It is perhaps a joke. FinnanoFenno is photography together with accessorized finger drawing. Accessorised with irreverence and without sense, derived from the fragile society that holds us. With finger because the brush is actually a finger. You can do a lot of things with a finger: painting is one of them, with movements innate and old as sin. FinnanoFenno is anyone who wishes to leave a footprint on earth, just like our ancestors in the dark caves. And it does not matter how or where you leave it as long as it is engraved in history, in our history. FinnanoFenno leaves its footprint on the virtual world, painting (with a finger) virtual reality with virtual colors. FinnanoFenno finds balance between fantasy and reality in order not to forget that, in fact, fantasy is just a fruit of our reality.

FinnanoFenno é um nome sem sentido. Nem sequer é um nome. Ou se calhar é uma piada. FinnanoFenno é a fotografia unida ao desenho de adereço e com dedo. Adereçado com irreverência e sem sentido, derivado da sociedade frágil que nos sustem. Com-dedo porque é feito a sério com um dedo servindo de pincel. Podem fazer-se imensas coisas com um dedo: pintar é uma delas, seguindo movimento inatos e antigos como o pecado. FinnanoFenno é qualquer um que deseje deixar marca própria na terra, como os nossos antepassados nas cavernas escuras. E não importa como nem onde se faz a marca, o mais importante é que fique engastada na história, na nossa história. FinnanoFenno deixa a sua marca no mundo virtual, pintando (com um dedo) a realidade virtual com cores virtuais. FinnanoFenno reconcilia fantasia e realidade, para não esquecer que, na verdade, a fantasia é apenas um fruto da nossa realidade.

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www.instagram.c

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com/finnanofenno

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Lyo

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arta Puig

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The name Lyona comes from a love story. I fell in love with a boy from Sicilia. We both had a partner at the time, so we decided that, if we were ever single again, we would meet half way through to our homes. I am from Barcelona and he is from Roma, so our half way was Lyon. I created an account in Fotolog with the nickname Lyona – this is how he would find me if he ever looked for Lyon on the Internet. I must say I have never been to Lyon, so it is easy to imagine how the story ended. But the name Lyona remains and this is the name I keep using nowadays. I got closer to the audiovisual world by my grandfather’s hand. He was a programmer at the cinema in my village and had always taken me to a double session at the weekends. At the age of 14 I went to see Edward Scissorhands by Tim Burton and I got so touched that I decided I wanted people to get as touched as me, which I managed.

O nome Lyona surge de uma história de amor. Apaixonei-me por um rapaz siciliano. Ambos tínhamos namorado naquela altura, por isso decidimos que, se algum dia ficássemos solteiros, nos encontraríamos a meio caminho das nossas casas. Eu sou de Barcelona e ele de Roma, por isso o nosso meio caminho era Lyon. Criei uma conta em Fotolog com o nome Lyona, era assim que ia encontrar-me se algum dia procurasse Lyon na Internet. Tenho de dizer que nunca estive em Lyon, por isso é fácil imaginar como acabou a história. O nome Lyona, esse sim, mantém-se, e é o nome que continuo a utilizar hoje em dia. Aproximei-me do mundo audiovisual pela mão do meu avô. Ele era programador no cinema da minha aldeia e desde pequena que me levava todos os fins de semana a ver uma sessão dupla. Aos catorze anos, fui ver Eduardo Mãos de Tesoura, do Tim Burton, e emocionei-me tanto que decidi que queria fazer com que alguém se emocionasse do mesmo modo. E consegui.

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Os ingredientes secretos do meu sucesso são a emoção, a simplicidade, um pouco de naïf e o facto de simplesmente tentar expressar o que sinto de maneira honesta e apaixonada. Inspirome, sobretudo, no cinema, em particular em alguns realizadores como Michael Winterbottom, Todd Haynes, David Lynch, Wim Wenders, Spike Jonze, Xavier Dolan. Também me inspiro na fotografia e nas cenas que vejo na rua. O meu trabalho preferido e aquele pelo qual tenho mais afeto é o videoclip de Universos Infinitos para Love of Lesbian. Foi um dos primeiros videoclips que realizei. Desfrutei muito de o fazer e ainda agora, quando o vejo, me emociona.

The secret ingredients for my success are emotion, simplicity, a bit of naïf and the fact that I simply try to express what I feel in an honest and passionate way. I find my inspiration mainly in the cinema, in particular in some directors such as Michael Winterbottom, Todd Haynes, David Lynch, Wim Wenders, Spike Jonze, Xavier Dolan. I also find inspiration in photography and in street scenes. My favourite work, the one I am more attached to, is the videoclip of Universos Infinitos for Love of Lesbian. It was one of the first videoclips I made. I enjoyed making it very much and I still get touched when I watch it.

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When I first heard the song “Un día en el parque” and the line Yo mataré monstruos por ti, I thought it would make a beautiful tale. I asked Santi to write the tale that I would illustrate. This is how the tale was born. In the future I would like to get into feature films but you never know. I like not knowing what I will do the next day and not doing the same. So I also experiment with other languages such as illustration and photography.

Desde que ouvi pela primeira vez a canção “Un día en el parque” e encontrei o verso Yo mataré monstruos por ti, pensei que dele podia nascer um conto maravilhoso. Pedi ao Santi que escrevesse o conto que eu depois ilustraria. Assim nasceu o conto. No futuro gostava de me aventurar mais no mundo das longas-metragens, mas nunca se sabe. Gosto de não saber o que vou fazer amanhã e de não fazer sempre o mesmo. Por isso experimento com outras linguagens como a ilustração ou a fotografia.

www.lyona.cat/

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Fairytale a

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When your parents are both in art, it’s inevitable for you to have ‘that something’ in your DNA, too. What I wanted to do with my creations was to find balance between the energetic and colorful dad’s paintings and the dark drawings of my mom. I’ve always preferred fury and expression in colours, however the ideas and topics of my illustrations, a mix of ink and acrylic on paper, with a digital add, never tended to be happy. There has always been a melancholy and something that doesn’t actually want to cheer up. I’m trying not to be miserable by keeping a fairytale atmosphere. At least for now… There will definitely be more serious topics in the near future, some ideas which I have been holding inside for quite a long time, but for now I have to focus on my recent creations.

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Quando ambos os nossos pais estão ligados à arte, é inevitável que também tenhamos esse “algo” no nosso DNA. O que eu queria fazer com as minhas criações era encontrar um equilíbrio entre as pinturas energéticas e coloridas do meu pai e os desenhos obscuros da minha mãe. Sempre preferi a fúria e a expressão nas cores, mas as ideias e os temas das minhas ilustrações, um misto de tinta e de acrílico no papel, com um acrescento digital, não tenderam para o feliz. Sempre houve uma certa melancolia, algo sem intenções alegres. Ao manter uma atmosfera de conto, tento não ser perfeitamente pessimista. Pelo menos para já… Haverá, com certeza, tópicos mais sérios num futuro próximo, algumas ideias que tentei aguentar dentro de mim durante bastante tempo, mas para já tenho de me concentrar nas minhas criações mais recentes.


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www.matyldakonecka.com

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Skirts are an element I like to play with. They are extensions of the body which emanate magic and power, often the core of the transformations my little women go through. Skirts that burst out like fresh flowers, that float like fragile eggs, that bear birds in a body that is like a shell.

As saias são um elemento com que gosto de brincar. São extensões do corpo que emanam magia e poder, com frequência no centro das transformações das minhas pequenas mulheres. Saias que explodem como flores frescas, que flutuam como ovos frágeis, que encerram pássaros dentro de um corpo que é como uma armação.

Pesadelos celestes Nicoletta Ceccoli

Heavenly nightmares MAGAZINE

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I get fascinated by everything that is uncommon, bizarre, the monstrous beauty of freaks. The teenagers in my drawings are all a bit like Alice, with a body which is still shaping, under change, in a world which is under continuous metamorphosis itself, on the basis of the “illogic” order of its nature. Wonderland is the land in which there is room for every feeling and emotion beyond rules and conventions, in which the natural course of things changes and is reinterpreted in an unusual way. It is the search of one’s own identity and dreams.

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Fascina-me tudo o que é insólito, bizarro, a beleza monstruosa dos freaks. As adolescentes dos meus desenhos são todas um pouco Alice, com um corpo que ainda se está a formar, em mudança, num mundo que está, ele mesmo, em metamorfose contínua, numa transformação de acordo com a ordem “ilógica” da sua natureza. O mundo das maravilhas é o país em que há espaço para cada sentimento e emoção, além das regras e das convenções, em que se altera o decorrer normal das coisas e se reinterpreta de um modo inusitado. É a busca da própria identidade e dos próprios sonhos.

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My works are childish, poetical, and they disturb, they play with contradictions, with the dark side of a nursery rhyme. For me, drawing is a way to be in contact with my childhood, a way to go on considering it something serious and important.

Os meus trabalhos são infantis, poéticos, e incomodam, brincam com as contradições, como o lado obscuro de uma canção de embalar. Para mim, desenhar é uma forma de estar em contacto com a minha infância, de continuar a considerá-la algo sério e importante.

www.nicolettaceccoli.com

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Gediminas PranckeviÄ?ius

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Before starting any new project I try not to forget that it is not worth to rush things. The best thing to do is to draw a couple of little sketches. It helps find the best angle, composition or lightning for your idea, which is still inside your head. The idea you have for a picture in your head looks pretty good because it’s not clear yet, you can see it from a number of angles, rotate, render it in the speed of light, etc. That’s the main reason why we say that we can’t capture the image that we actually have in mind. That’s why we always have to draw sketches, that helps move image from the unconscious mind to Consciousness. I can’t really describe my style as I believe it is still forming. Old Flemish painters are someone from whom I get a lot of inspiration. Nowadays there are so many young and talented CG artists whose work I’m also fond of. I also get daily influence from music and other simple daily things.

Antes de começar qualquer projeto novo tento recordar que não vale a pena apressar as coisas. A melhor coisa a fazer é desenhar alguns pequenos sketches. Ajuda a encontrar o melhor ângulo, composição e luz para a nossa ideia, que ainda se encontra dentro da nossa cabeça. A ideia que temos na nossa cabeça parece bastante boa porque ainda não está muito clara, podemos vê-la de vários ângulos, rodá-la, terminá-la à velocidade da luz, etc. Essa é a principal razão pela qual dizemos que não podemos captar uma imagem que temos na nossa mente. Por isso acho que devemos sempre fazer sketches, porque ajuda a passar a imagem do Inconsciente para o Consciente. Não sei como descrever o meu estilo, já que acredito que ainda se está a formar. Muita da minha inspiração vem dos pintores flamengos antigos.. Hoje em dia há tantos artistas digitais jovens e talentosos de que gosto tanto… E também me deixo influenciar diariamente pela música ou outras coisas simples do dia-a-dia.

www.gedomenas.com/

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Balloons Ove MAGAZINE

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Postaganda

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“Balloons Over Lebanon” é um vídeo criado pelo artista Postaganda e pelo fotógrafo jornalístico Zacharie Scheurer. Alguns meses atrás, Zacharie fez uma reportagem sobre refugiados sírios no Líbano. As fotos que tirou eram tão intensas que decidiram usá-las como ponto de partida para um projeto artístico. Postaganda criou os gráficos e fez a edição enquanto o talentoso Matthieu Devaux se juntou à equipa como designer de som. O resultado é um vídeo profundamente artístico que passou durante a “Nuit blanche Paris 2013” em 5 de outubro de 2013 em Paris.

“Balloons Over Lebanon” is a video created by artist Postaganda and press photographer Zacharie Scheurer. Several months ago, Zacharie did a report about Syrian refugees in Lebanon. The photos he took were so intense, they decided to use them as a starting point for an art project. Postaganda created all the graphics and editing while the very talented Matthieu Devaux joined the team as sound designer. The result is a profound arty social video that screened during “Nuit blanche Paris 2013” on October, 5th 2013 in Paris.

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www.postaganda.org Illustration by Postaganda Photo by Zacharie Scheurer Sound design by Matthieu Devaux vimeo.com/postaganda

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Memory images Laurindo Feliciano

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My artwork is determined by the interpretation of memory through the use of collage techniques and accumulation. More than mere transcriptional aesthetics, the focus of my work is to capture and to translate the maze of collective memories of other individuals, as well as my own, that have faded or become vague, acquiring new value as they age. For many years I’ve been collecting vintage books and magazines, postcards, letters, essays, audiovisual records and random objects with no apparent value. This endless research led me to a great production of illustrations and digital images that have drawn a thin line between fine arts applied and fine arts.

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O meu trabalho artístico é determinado pela interpretação da memória através do uso de técnicas de colagem e acumulação. Mais do que mera estética transcricional, o enfoque do meu trabalho é captar e traduzir o labirinto das memórias coletivas de outros indivíduos, e minhas, que se apagaram ou tornaram vagas, adquirindo novo valor com a idade. Por muitos anos juntei livros e revistas vintage, postais, cartas, ensaios, gravações audiovisuais e objetos aleatórios sem valor aparente. Esta pesquisa sem fim levoume a uma grande produção de ilustrações e imagens digitais que desenharam uma linha muito estreita entre as belas artes aplicadas e as belas artes.

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www.laurindofeliciano.com

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Transform MAGAZINE

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Ivo A


Amadeus Reis a.k.a from Amadeus

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This project is based on implementing an urban exhibition in order to change the whole concept of trash, making this intervention in garbage containers and on the entire profession, have the mentality of the population change and give a little more value to this noble profession.

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Este trabalho consiste em implementar uma exposição urbana para modificar todo o conceito de lixo e da profissão a ele associada. A intervenção em contentores de lixo visa alterar a mentalidade da população, concedendo mais valor a esta nobre profissão.


www.cargocollective.com/fromamadeus

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Margarida Gir達o www.margaridagirao.com

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For the 1st time I didn’t use any image from magazines or newspaper to compose a collage illustration. During my 7 months solo-travel 2012 through South-America (Brazil, Argentina, Chile, Bolivia and Peru)I picked up material or took photos, and other I brought to Portugal. These collages are the result of a ‘journey-travelcollection’.

Pela primeira vez não usei nenhuma imagem de revistas ou jornais para compôr esta ilustração à base de colagem. Durante os meus 7 meses de viagem a sós em 2012 pela América do Sul (Brasil, Argentina, Chile, Bolívia e Peru), recolhi material e tirei fotos e outros que trouxe para Portugal. Estas colagens são o resultado de uma “compilação diário de viagem”.

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The Sweet Serenades are a duo from Sweden. They call themselves the woodsmen of IndiePop. I made the artwork and design for their new EP ‘Stand by Me’, 2013. Vinyl (LP) and CD format.

Os Sweet Serenades são um duo da Suécia. Denominam-se de “woodsmen” do IndiePop, ou seja, fazem IndiePop à moda antiga. Fiz a ilustração e o design do seu EP ‘Stand by Me’, 2013. Formato Vinil (LP) e CD.

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Camera Garden MAGAZINE

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André Feliciano MAGAZINE

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I am a gardener-of-art, not an artist. Therefore I don’t create works that question contemporaneity, instead I nurture a “culture of art”. In other words, I work for our culture to begin to function with elements of art and not simply a banal consequence of overexposure to commercials. My objective is to change the cultural environment so that more art can thereby sprout. As part of this bigger project, I create photographic gardens, where the flowers are little symbolic cameras. Each year, so far, I’ve been creating a big garden in an art fertile soil somewhere. As these are photographic flowers, their fruits can’t be anything but photographic images.

Eu sou um jardineiro de arte, não um artista. Por isso não crio trabalhos que questionam a contemporaneidade, eu alimento uma “cultura da arte”. Por outras palavras, trabalho para que a nossa cultura comece a funcionar com elementos da arte e não simplesmente como uma consequência banal da sobreexposição à publicidade. O meu objetivo é mudar o ambiente cultural para que mais arte possa brotar. Como parte deste projeto maior, crio jardins fotográficos em que as flores são câmaras simbólicas. Todos os anos crio, algures, um grande jardim num solo fértil para a arte. Uma vez que estas são flores fotográficas, os seus frutos não são mais do que imagens fotográficas.

http://blog.natureza.art.br/

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Mourning bec MAGAZINE

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comes electra

Text by Roberta Sernicola MAGAZINE

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electranotes.tumblr.com

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Mourning becomes electra é um projeto coletivo que resulta dos trabalhadores, cuidados por ALA e guiados por Paola Bernardelli e Ottavio Celestino com os alunos do ISFCI-Instituto Superior de Fotografía y Comunicación Integrada de Roma e a VOID Art School de Derry (Irlanda do Norte). O ponto de partida do trabalho é a dimensão da perda, uma condição existencial que analisa a visão do mundo e a consciência: “Mourning Becomes Electra – o título inspirase na trilogia de Eugene O’Neill – explora estados de ânimo, sentimentos, condições físicas que se dão na vida e influenciam as relações. A imperfeição, a morte, o fim de uma relação ou a ausência de coragem são os agentes que podem ativar uma osmose entre paisagem interior e exterior ou, ao contrário, ser capazes de produzir ruturas.” (Maria Rosa Sossai-ALA).

Mourning becomes electra is a collective project which results from workers, supported by ALA and coordinated by Paola Bernardelli and Ottavio Celestino with students from ISFCIInstituto Superior de Fotografía y Comunicación Integrada (Rome) and VOID Art School (Derry, Northern Ireland). The starting point of this work is the dimension of loss, an existencial condition which analyses the world vision and consciousness: “Mourning Becomes Electra – the title is based upon Eugene O’Neill’s trilogy – explores states of mind, feelings, physical conditions which occur in life and influence relationships. Imperfection, death, the end of a relationship or the absence of courage are the agents which may activate an osmosis between inner and outer landscape or, on the contrary, be able to produce rupture.” (Maria Rosa Sossai-ALA).

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Eamonn Brown, Claudio Cerasoli, Nicole Furlan, Carlo Lazzari, Eve Logue, Richard Magee, Emma Nicholas and Agnese Sbaff – young artists from both schools – used different expressive foci to shape their own creative process: from photography to collage, not neglecting video.

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Eamonn Brown, Claudio Cerasoli, Nicole Furlan, Carlo Lazzari, Eve Logue, Richard Magee, Emma Nicholas e Agnese Sbaff – os jovens artistas das duas escolas – utilizaram enfoques expressivos diferentes para dar forma ao próprio percurso criativo: da fotografia à colagem, passando pelo vídeo.

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a c y r a r Tempo MAGAZINE

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g n a g f l o afè W

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Luca Nichetto Design Stud

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PHOTOGRAPHY ©

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In Sweden most of the design studios are located on the ground floor and have fulllength windows that overlook the street. As the rooms are very large, often designers, graphic designers and architects share the same space, which therefore offers ideal conditions for exhibitions and events. Studio Wolfgang – which housed the Swedish office of Luca Nichetto, opened in Stockholm in 2011 – was bound to be the best space where to present the new collection of Wolfgang chairs and tables, designed for the Italian company Fornasarig. At Stockholm Design Week 2012, Luca Nichetto has re-presented the family of chairs both in their natural and upholstered version, already seen in Milan in 2011 and now enriched with new elements: a padded lounge chair, coffee tables and side tables in two sizes, and a bar table.

Na Suécia, a maior parte dos estúdios de design estão localizados no rés-do-chão e têm grandes janelas que dão para a rua. Uma vez que os compartimentos são muito grandes, muitas vezes os designers, os designers gráficos e os arquitetos partilham o mesmo espaço, o que oferece as condições ideais para exposições e eventos. O Studio Wolfgang - que foi o gabinete sueco de Luca Nichetto, aberto em Estocolmo em 2011 - prometia ser o melhor espaço para apresentar a nova coleção das cadeiras e mesas Wolfgang, desenhadas para a empresa italiana Fornasarig. Na Semana do Design de Estocolmo 2012, Luca Nichetto voltou a apresentar o conjunto de cadeiras na sua versão natural e estofada, já vista em Milão em 2011 e agora enriquecida com novos elementos: uma poltrona almofadada, mesas de centro, mesas de apoio em dois tamanhos e uma mesa de bar.

www.lucanichetto.com/

© Jonas Mosesson

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PHOTOGRAPHY © GAETANO ALFANO

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How easy it is to say couture! Alessia Caliendo MAGAZINE

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A flashback dedicated to the great designer Azzedine Ala誰a can be seen in II Palais Galeria de la Villa Lumi竪re until January 26. A selection of approximately sixty models which display over forty years of work by this Tunisianborn couturier now in Paris. In the five rooms which compose the exhibition, evanescent plexiglas silhouettes fuse with the sculptural works of the fashion designer, explaining every phase of artistic evolution. The dresses, displayed by theme, exhibit the landmarks of his work: from obsessive use of black to tribal or Egyptian inspiration, and creations with zips. In fact, Ala誰a was the first one to use zips as an ornament and not as simple tools for closing. Moreover, he managed to exalt the female figure by bringing up a sensual, fluid and definitely not ordinary connotation. He studied the female shape obsessively to be able to bring it to life. The exhibition also contains a selection of photographs of the divas who acknowledged his talent throughout time, such as Greta Garbo and Louise de Vilmorin, as well as some of his most famous drafts. Based on names like Ala誰a, some young designers decide to follow the ambitious fashion career path, and dedicate all their energy to the various phases comprised in elaborating and modeling a project, until the detailed making of every sketch.

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Até ao dia 26 de janeiro, no II Palais Galeria de la Villa Lumière, pode admirar-se uma retrospetiva dedicada ao grande desenhador Azzedine Alaïa. Uma seleção de aproximadamente sessenta modelos que relatam os mais de quarenta anos de trabalho do estilista tunisino, sediado em Paris. Nas cinco salas em que está dividida a exposição, fundem-se silhuetas evanescentes em plexiglas com as obras escultóricas do desenhador, explicando todas as fases da evolução artística. Os vestidos, expostos por grupos temáticos, evidenciam as grandes linhas do seu trabalho: do uso obsessivo do preto à inspiração tribal ou egípcia, passando por criações com fechos. De facto, Alaïa foi o primeiro a usar o fecho como ornamento e não como simples instrumento de encerramento. Além disso, conseguiu exaltar a figura feminina atribuindo-lhe uma conotação sensual, fluída e nada vulgar, estudando obsessivamente as formas para poder realizá-las. No decorrer da exposição há também uma seleção de fotografias das divas que ao longo dos anos souberam apreciar o seu estilo, como Greta Garbo e Louise de Vilmorin, assim como alguns dos esboços mais famosos. Inspirando-se em nomes como o de Alaïa, alguns jovens desenhadores decidem seguir o ambicioso caminho da moda, dedicando todas as suas energias às diversas fases que compreende elaborar um projeto e modelá-lo, até à minuciosa realização de cada figurino.

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An incredible blend of draperies, folds, pleats and falling fabrics; just like haute couture by Italo Marseglia, defined as the new Ferré by the cultural journalist and fashion critic Mariella Milani. “I wanted to shape a new silhouette which changed the female attitude and poise - says the young designer -, so I studied Reimann’s hypothesis, I altered the position of centres and vertices and distorted the angles of the figure, shaping sketches which change according to the body that has them on.” His works are complemented by two photographic projects which have witnessed his growth and evolution. Gaetano Alfano’s shots enable the recreation of a report which aims to bring the spectator closer to the moment of creation, so everything was reduced to minimal expression. The dresses capture the attention of the spectator, whose mind shall elaborate them. The person who has them on is ethereal, diaphanous and sometimes fades merging with the bottom. Few details allow us to get to know the oneiric and distressing background of the character; a girl who builds her womanly image by stealing elements from her parents’ wardrobe to create a harmonious blend of masculine and feminine figure in a mathematical dimension full of irony.

www.alessiacaliendo.com

Uma mistura fascinante de drapeados, pregas, plissados e quebras; como a alta costura de Italo Marseglia, que foi definido por Mariella Milani, jornalista histórica e crítica de moda, como o novo Ferrè. “Queria construir uma silhueta nova, que modificasse a atitude e o porte da mulher - afirma o jovem desenhador - por isso estudei a hipótese de Reimann, mudei o lugar de centros e vértices e distorci os ângulos da figura, criando figurinos que mudam de acordo com o corpo de quem os veste.” As suas obras vão acompanhadas por dois projetos fotográficos que têm vindo a testemunhar o seu crescimento e evolução. Com os instantâneos de Gaetano Alfano, recria-se um relato com a intenção de conseguir aproximar o espectador ao momento da criação. Neste sentido, tudo foi reduzido à expressão mínima. Os vestidos captam a atenção do espectador e a mente deve elaborá-los. A pessoa que os veste é etérea, diáfana, chegando até a desvanecer-se, fundindo-se com o fundo. Poucos detalhes permitem conhecer a história onírica e atormentada da protagonista; uma menina que constrói a sua imagem de mulher roubando elementos do armário dos seus pais, criando uma mistura harmoniosa entre masculino e feminino, numa dimensão matemática cheia de ironia.

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Unique Jewelry

LO TO CO HO

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Anna Tomich & Jorge Lopez Conde

LOTOCOHO is a label of creation that translates sign and symbols, landscapes into jewelry using geometry. LOTOCOHO generates stories and relationships between people through landscapes made into jewelry, going beyond the differences between cultures, languages and religions. They are committed to artisanal production implementing current technological means and forcing the synergies between industries-forms of production, relying on the content and design.

A LOTOCOHO é uma marca de criação que traduz sinais e símbolos, paisagens, em joalharia, recorrendo à geometria. A LOTOCOHO gera histórias e relações entre pessoas através de paisagens transformadas em joalharia, indo além das diferenças entre culturas, línguas e religiões. Dedicam-se à produção artesanal em conjunto com métodos tecnológicos atuais, forçando-se as sinergias entre formas industriais de produção e a confiança no conteúdo e no design.

Photographer: Eduardo Lopez Art direction: Jorge Lopez Conde Stylist: Ignazio Arizmendi

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This relates them to the beginning of human culture through “ornamental” objects, linking past, present and future. Over the years, they have tried to decipher the groups of symbols that revolve around “gastronomic”, “ambient”, “architectural” and “artistic” languages which is then applied to different aspects of design. In their previous and main collection, Ergonomic Territories, they strive to translate psychogeographic territories like mountains and their tiniest entities, materials (mostly “precious”) in a day-to-day language through geometry. Giving the geometry an infinite application, just as a word can have many meanings. Translators of symbols. www.lotoc

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Isto associa-os ao início da cultura humana através de objetos “ornamentais” que ligam passado, presente e futuro. Ao longo dos anos tentaram decifrar conjuntos de símbolos à volta de linguagens “gastronómicas”, “de ambiente”, “arquitetónicas” e “artísticas”, o que é depois aplicado a diferentes aspetos do design. Na sua coleção anterior e principal, Ergonomic Territories, tentaram traduzir territórios psicogeográficos como montanhas e as suas mais pequenas entidades, materiais (principalmente “preciosos”) numa linguagem do dia-a-dia através da geometria. Dar à geometria uma aplicação infinita pode, apenas como palavra, ter muitos significados. Tradutores de símbolos.

coho.com

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Literatura em pequenas doses

SHORT

STORIES Beatriz Sarrión

Flash fiction is a literary narrative O nanoconto é uma construção construction different from the literária narrativa diferente do novel or the short-story. It is mainly romance ou do conto. A sua characterized by brevity. It is not principal característica é a a new phenomenon, but it is an brevidade. Não é um fenómeno investment in a different way of novo, mas é uma aposta numa creation. In a world in which time forma de criar diferente. Num is money, everything happens mundo em que o tempo é dinheiro, really fast and readers constantly tudo acontece muito depressa e feel overwhelmed by so many os leitores são constantemente messages, flash fiction tries to draw bombardeados de mensagens, o the reader’s attention in a moment nanoconto tenta captar a atenção and leave a trace. do leitor num instante apenas e Literature is available to all of us deixar uma marca. nowadays, from the well-off with Atualmente, a literatura é acessível time available to people who, no para todos, desde pessoas matter how long they search their abastadas e com muito tempo pockets, will find no more than a disponível, a pessoas que, por few minutes to read. Flash fiction mais que revolvessem os seus exists for these people as well as bolsos, não encontrariam mais for every one who enjoys reading do que uns minutos por dia para something which, for some reason, dedicar à leitura. Para eles e para touches their heart. todos os que desfrutam de ler algo Flash fiction is also aimed at those que, de um modo inexplicável, writers that want to test their ability nos toca no coração, fazem-se os to be brief, who believe that “what nanocontos. Também para aqueles is good is even better if brief”, at escritores que querem pôr à prova those who belong to a generation a sua capacidade de síntese, que in which one of the new most acreditam que “o que é bom, se extensive ways to communicate is for breve, é melhor ainda”, para 140-charater long at maximum and aqueles que vivem numa geração still succeed. em que uma das novas formas de Writing flash fiction is a challenge comunicação mais extensas obriga because using few words means a comprimir a sua mensagem em suppressing “superfluous words”, 140 caracteres e triunfa. making a good word choice Escrever um nanoconto é um between the words that will remain desafio, uma vez que usar poucas and the ones which will only rest in palavras implica que não se our minds. We no longer only have incluam “palavras supérfluas”, great writers who have access to que se faça uma boa escolha e the publishing world, through new meça bem as palavras que ficam technologies we can enjoy short e aquelas que não são necessárias masterpieces and writers have a e permanecerão apenas na chance to share their creations nossa cabeça. Já não temos which could otherwise remain apenas grandes escritores que forgotten in a computer folder. têm acesso ao mundo editorial, através das novas tecnologias podemos desfrutar de pequenas grandes obras e os escritores têm a oportunidade de partilhar as suas criações que, de outro modo, poderiam ficar esquecidas no arquivo de um computador.

Literature in small portions MAGAZINE

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A small splinter A small splinter makes me vulnerable. I am alone. No one can help me. It is just a small splinter in my foot but I cannot take it out. I try. I get desperate. I cannot. It hurts. Suddenly, my tears burst out again in a furious surprise attack. It seems more and more likely that my face gets confused with a river, because the path of my tears, as they go through, will sooner or later leave wrinkles behind. I breathe. I focus. I reflect. This small setback adds on to the list of catastrophes. I fall apart. Finally, I manage. Yes, it is true. I need no one. I managed to remove the splinter. Weakness gives birth to strength.

Amnesia

Silence, darkness, decadence, forgetfulness. When I opened my eyes, these four guests were with me. Next to them, the scarce furniture of a half-star hostel. The scene was complete, with my absolute loneliness, my disorientation and the leftovers of a battle that I could not recall. I tried to evoke my steps but was unable to penetrate the obscurity of my memory. I got up and saw myself in the mirror. No clue, only the face of a stranger without a name, without an address, without a past. Who was I? I had empty pockets and blood all over my body. Not mine. Whose blood was it? And then suddenly an odd feeling of inconsolable sadness, the same I had experienced when I lost you. This time I had lost nobody, I had lost myself. And finally that endless thirst emerged that did not ask for water but for blood.

2m.

She would wake up at nightfall. He would sleep with darkness. She would dream awake. He would sleep smashed by his reality. She would live during rush hour. He would live on his island. She grew up kissing princes and waking up with frogs. He built walls not to grow up. She woke up late. He hid before. She smiled. He concealed his smile. She and he lived 2m across. She and he became they.

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Uma pequena lasca Uma pequena lasca torna evidente a minha vulnerabilidade. Estou sozinha. Ninguém me pode ajudar. É apenas uma pequena lasca no pé, mas não consigo retirá-la. Tento. Desespero. Não consigo. Dóime. De repente, as lágrimas rebentam de novo num furibundo ataque surpresa. Cada vez vejo mais de perto a possibilidade de confundir o meu rosto com um rio, já que o caminho das minha lágrimas, à força de passar por ali, vai deixar um sulco mais tarde ou mais cedo. Respiro. Concentro-me. Reflito. Um pequeno contratempo que se soma à lista de catástrofes. Desmorono-me. Finalmente consigo. Sim, é verdade. Não preciso de ninguém. Consigo retirar a lasca. Da fraqueza nasce a força.

Amnésia

Silêncio, escuridão, decadência, esquecimento. Quando abri os olhos, estes quatro convidados acompanhavam-me. Junto a eles, os escassos móveis de uma pensão de meia estrela. A cena completava-se, com a minha solidão absoluta, a minha desorientação e os restos de uma batalha de que não me lembrava. Tentei reconstruir os meus passos, mas fui incapaz de me infiltrar nos meandros da minha memória. Levanteime da cama e olhei-me no espelho. Nenhuma pista, apenas o rosto de uma desconhecida sem nome, sem morada, sem passado. Quem era eu? Tinha os bolsos vazios e restos de sangue por todo o meu corpo. Não era meu. De quem era? E de repente uma estranha sensação de tristeza inconsolável, a mesma que senti quando te perdi. Desta vez não tinha perdido ninguém, tinha-me perdido a mim mesma. E finalmente apareceu essa sede infinita que não pedia água mas sangue.

2m.

Ela acordava ao anoitecer. Ele dormia abraçado à escuridão. Ela sonhava acordada. Ele dormia esmagado pela sua realidade. Ela vivia na hora de ponta. Ele na sua ilha. Ela cresceu a beijar príncipes e a acordar com rãs. Ele construiu muros para não crescer. Ela amanheceu tarde. Ele escondeu-se antes. Ela sorriu. Ele dissimulou o seu sorriso. Ela e ele viviam a 2m de distância. Ela e ele foram eles.

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