Folha salesiana No01

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Publicação Bimestral das produções literárias do Colegio Salesiano do Sagrado Coração

Ano 01 | Edição nº 01| Maio de 2013

Leitura: Palavras que ficam para a vida A

“Guimarães Rosa me disse uma coisa que jamais esquecerei, tão feliz me senti na hora: disse que me lia “não para a literatura, mas para a vida” Clarice Lispector.

citação ao lado expressa, em suas entrelinhas, como a leitura deve ser encarada: um ato que o ser humano só tem a ganhar para a vida. A leitura, por si só (apenas identificando a codificação), já constitui a aprendizagem do leitor, acima desse nível, o seu exercício exercita a construção de imagens e conceitos. A constante leitura faz com que o indivíduo construa imagem, conceba situações, sentimentos, além de permitir que ele ecloda seus limites da realidade e possa visualizar expressões hiperbólicas e metafóricas, até mesmo imagens feéricas – e isso tudo é gravado na mente e reproduzido ‘para a vida’. Dentro do contexto supracitado, a leitura também estimula a produção textual – não tratada aqui apenas como escrita, mas também como fala. Ler estimula a organização das ideias dentro da usabilidade

da língua (como códigos) que se fala, portanto, faz com que o discurso do leitor seja desenvolvido em cima de tudo aquilo que ele já leu/ouviu ao longo da vida. Sobre o processo de ler e construir novas ideias ou requalificar aquelas encontradas em livros, o poeta brasileiro Mário de Barros coloca que “o poeta é um ser que lambe as palavras e depois se alucina”. Em estímulo a essa ‘viagem’ entre palavras, o Colégio Salesiano Sagrado Coração, todo ano promove o Concurso de Redação, que premia com certificado e medalha as melhores produções textuais dos 5ºs anos do Ensino Fundamental às 3ªs séries do Ensino Médio. Este ano, todos os trabalhos vencedores foram usados para compor esta edição. Elton di Assis – coordenador de comunicação do Salesiano Colégio e Faculdade


SUA VOZ

EDITORIAL

Excelentíssimo governador Eduardo Campos, Pe. João Carlos Ribeiro

Diretor do Colégio Salesiano REPETIR. A grande tentação da Escola. Apenas repetir o que outros disseram, escreveram, descobriram. Paulo Freire chamava isso de “escola bancária”. Desta forma, o estudante não pode desenvolver seu poder criativo, sua capacidade de escuta e de interpretação da realidade. Assim, não estará em condições de contribuir para mudar a realidade para melhor.

S

ou Victor Gabriel, um educador, trabalho frequentemente com atividades que contribuem para preservar o meio ambiente, e semana passada, li o livro “Os rios morrem de sede”, de Wander Pirolli, que me fez lembrar a minha infância, quando eu ia brincar nos córregos da minha cidade, que já estavam morrendo de sede. Descobri o livro na biblioteca da escola e achei interessante utilizá-lo em uma atividade com meus alunos do 6° ano da Zona Rural. Em uma conversa informal sobre o que eles gostavam de fazer nas horas

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de lazer, apareceram em suas respostas atividades como pescar e nadar. Um aluno contou que o rio que passava no fundo de seu sítio estava muito raso e poluído, que não dava mais para nadar e não tinha peixe, embora já tivesse sido muito bom. Outros alunos contaram histórias semelhantes e conversamos um pouco sobre tal mudança. Então, eu comecei falando sobre “Os rios morrem de sede”. Depois que li o livro para eles, todos ficaram tocados pela história, porque ela falava sobre um tema muito importante: a Ecologia. Na aula se-

guinte, falei sobre poluição ambiental, destruição das matas ciliares e o consequente assoreamento dos rios. Os alunos ficaram muito interessados pelas questões ambientais e discutiram sobre como melhorar meio ambiente, criamos um projeto para nossa cidade. Gostaríamos de saber se Vossa Excelência poderia nos atender e nos apoiar nesse projeto maravilho em prol da Natureza. Atenciosamente, Victor Gabriel. Victor Gabriel de Carvalho - 6° ano B

CRIAR. Palavra doce. Toca o ser de Deus, o Criador. Ela faz da Escola uma casa de novidades, de irrequieta reconstrução da visão da realidade, da leitura da história. Ela faz do estudante um analista, um intérprete, um sonhador. Ela prepara o jornalista, o político, o professor, o empreendedor, o cidadão sujeito de sua história. A FOLHA LITERÁRIA é um instrumento para incentivar nossa Escola a ser uma comunidade de gente que pensa, interpreta, critica, comunica, discute, cria. Parabéns aos estudantes, aos professores, aos coordenadores. O Deus Criador abençoe a todos!


MEU CANTINHO

O melhor lugar do mundo O melhor lugar do mundo é onde tudo acontece. Um lugar onde tudo é mais calmo. Um lugar onde todos vivem em paz. O melhor lugar do mundo, é onde a gente se sente mais seguro, é onde o sol acorda bem amarelinho e os pássaros acordam bem cedinho. O melhor lugar do mundo é onde a gente come, toma banho, dorme, faz a tarefa etc. O melhor lugar do mundo é aquele que a gente vai depois da escola, é onde a gente acha melhor e mais aconchegante. O melhor lugar do mundo não é aquele que tem brigas, acidentes, raiva e desarmonia. É onde tem pessoas que gostam mesmo de você, que acreditam que, fazendo o seu melhor, podem criar coisas fantásticas. É onde você acredita que elas já conseguiram o seu melhor ou não. É onde você vê as pessoas mais legais do mundo, e não quer que nada de ruim aconteça com elas. O melhor lugar do mundo é onde nós conseguimos escutar o barulho das ondas do mar batendo na areia da praia. É onde as crianças brincam na rua de várias coisas legais. É onde os seus vizinhos não são tão chatos feito nas histórias e filmes. O melhor lugar do mundo é onde eu fico nas férias e nos finais de semanas. É onde tem piscina, parques e muitos outros lazeres para as pessoas se divertirem. O melhor lugar do mundo é a minha casa de Maria Farinha. Marina Cordeiro Mota – 5 º ano B

Bambam, meu amigo feliz Meu pai sempre quis ter um cachorrinho miniatura Pinscher. Pois bem, a história começou com um casal que morou em Camaragibe, ligou para o meu pai dizendo que uma cadela acabara de dar filhotes e que tinha um mini Pinscher macho para vender. O meu pai pegou a minha mãe em casa e correu para o determinado local, onde estava o filhote com seu dono. A minha mãe quando viu aquele cachorrinho de orelhas enormes, rabo comprido e muito magrelinho, que parecia mais um ratinho do que um cachorrinho, retrucou dizendo: - E aí, você vai comprar esse cachorro? A resposta dele foi imediata: - Vou comprar agora mesmo e levar ao veterinário.

JUVENTUDE

Novos consumidores Os jovens estão sendo cada vez mais influenciados pela mídia na hora de fazer qualquer tipo de compra, e isso é muito ruim para a educação financeira da nossa geração, porque muitos não sabem diferenciar o “querer” do “precisar”. Atualmente, os meios de comunicação vêm crescendo muito, e com os avanços tecnológicos, podemos comprar objetos a qualquer hora, em qualquer lugar. Observamos

que, quase em todos os lugares, as empresas fazem propagandas excessivas de diversos produtos, induzindo o jovem a consumir mais, aumentando assim, o números de pessoas endividadas. Mas, o aumento do consumo não atingiu somente os jovens, podemos notar alguns adultos também com descontrole no consumo, e isso não é bom, porque indiretamente é passado de pai para filho, tornando o nosso país mais pobre.

O que todos os adultos deveriam fazer é orientar os seus jovens sobre o consumo exagerado, dizer que só se deve consumir o que realmente está precisando, porém se quiser muito um objeto, deve juntar dinheiro para comprá-lo. Desta maneira teremos um país mais equilibrado. Ana Luísa Teófilo - 7°ano A

Ele, todo feliz, contou a história para a veterinária e pedindo para ela que fizesse a cirurgia das orelhinhas e do rabinho e foi dizendo que o mini Pinscher teria também que tomar as vacinas e remédio para verme. Ao examinar o cachorrinho, a doutora falou que esse cãozinho não era um puro mini Pinscher. Foi um choque para meu pai e com um sorriso amarelo disse: Eu já sabia. Só não quis falar para a minha esposa que é um cachorro mestiço, porque ela não aceitaria. Foi dado o nome ao cachorrinho, Bambam. Hoje a minha mãe diz que Bambam dá língua para ela. Ana Elisa O. Souza - 5º ano B


JUVENTUDE

Fraternidade e Juventude O tema da Campanha da Fraternidade deste ano é “Fraternidade e Juventude”. Quando falamos em juventude pensamos logo em jovens que usam uma linguagem informal, que gostam de sair para festas e namorar; mas também existem aqueles que fazem coisas erradas e têm que sofrer consequências dos seus atos. Um exemplo de vários jovens unidos por algo são as torcidas organizadas, por sua vez têm o objetivo de unir as pessoas que gostam de um mesmo time. Como existe a rivalidade entre algumas torcidas, vários membros das torcidas fazem com que aconteça a violência e conflitos entre os integrantes, gerando confusão e mortes.

Enfim, os novos integrantes das torcidas organizadas devem ter a consciência de que as torcidas servem para unir e não, para gerar cada vez mais violência. Abraços, Juliana Juliana Simões Marques Wanderley - 8º ano A

Estão sendo criadas leis que vão fazer com que essas organizações só tenham pessoas que saibam respeitar as outras torcidas. Essas leis irão contribuir para um futuro melhor para o nosso país e assim, irá criar uma nova sociedade, que respeita todos sem exceções ou conflitos.

As tribos juvenis Vim para esta escola, pois me mudei recentemente e esta é a escola mais próxima da minha nova casa. Era meu primeiro dia de aula, conheci um cara muito legal. Seu nome era Hugo. Durante a aula, fui conhecendo outras pessoas e Hugo também. Acabei entrando na tribo dos skatistas. Usamos calça jeans, camisa xadrez e tênis específico para skate. Já Hugo entrou para a tribo dos gamers, pessoas que se interessam por jogos de computador, videogames antigos e a história por trás dos mesmos. Eu e Hugo passamos muito tempo sem nos falar, até que um dia eu decidi ir falar com ele. Falei que não estávamos mais próximos porque éramos de tribos diferentes.

pessoas que não se encaixavam em apenas uma tribo, mas sim, em todas, e, foi desta maneira que eu e Hugo voltamos a nos aproximar e começamos a ser amigos novamente. Logo, naquela escola, surgiu uma nova fase, em que não existiam mais tribos, pois todos se interessavam por vários tipos de coisas diferentes. Eu, particularmente, acho que é melhor desse jeito, pois as pessoas não ficam restritas àquele mesmo grupo de pessoas e sim interagem com vários outros pensamentos. João Victor Dornelas – 9º ano B

Ele respondeu que essa coisa de tribos era besteira, e que não via as pessoas desta maneira, mas assumiu que tinha preconceito com certos grupos de pessoas que se vestiam diferentes e tinham outros interesses. Logo, esse assunto foi se espalhando pelo colégio e começaram a surgir pessoas híbridas. Depois de algum tempo, surgiram

Um novo olhar A Campanha da Fraternidade de 2013 traz um tema muito atual e debatido na modernidade: Fraternidade e Juventude. Hoje, os jovens estão se afastando do “mundo real” por uma ferramenta que na teoria deveria aproximar os indivíduos: as chamadas redes sociais, as quais vêm ganhando largo espaço entre as pessoas com menos de vinte e cinco anos. Atualmente, muitas delas vivem afastadas de questões urgentes do nosso tempo, sendo, inclusive, influenciadas por pensamentos de desconhecidos com quem se comunicam via internet. O perfil da juventude está mudando. Se compararmos as atitudes dos jovens das décadas de

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1960 e 1970, quando defendiam a liberdade de expressão e lutavam por uma sociedade igualitária com a prática dos jovens atuais, perceberemos que as diferenças são significativas. A maioria dos jovens de hoje pouco se incomoda com as necessidades dos outros. É possível ver isso até na es-

colha das profissões. No mundo atual, os estudantes, ao escolherem sua carreira, não mais se importam em fazer a diferença na sociedade em que vivem, apenas pensam no salário mais alto. O jovem hoje está deixando de ser jovem. Ser jovem não depende da sua idade, depende apenas de suas ações. Ser jovem é fazer o bem ao outro sem pensar na sua cor ou no seu credo; é traba-

lhar para construir um mundo novo e melhor. É fazer a diferença no local em que está e ainda encontrar tempo para se divertir com seus amigos. E a melhor maneira de esse diferencial acontecer é desligar-se do “mundo virtual” e engajar-se no “mundo real”, onde de fato a vida fervilha, está permanentemente em ebulição e as nossas ações são as responsáveis belo nosso bem-estar e do outro. Logo, é urgente que comecemos a prestar mais atenção no que nos rodeia a fim de que uma sociedade mais justa venha a se formar. João Rufino do Egito Neto - 1ª série B


JUVENTUDE

Um problema social Desde o seu surgimento, a tecnologia tem se tornado sinônimo de evolução, haja vista as inovações dos carros, a chegada da internet, a criação do telefone celular, entre outros tantos recursos de que dispomos para facilitar a nossa vida.

Presente no cotidiano de todos nós, não há como evitar contato com a modernidade. Estamos hoje tão interligados às facilidades que esta nos oferece que fica até difícil imaginar algumas tarefas básicas, antes árduas ou demoradas, sem a utilização de meios tecnológicos, como o micro-ondas, por exemplo. A evolução é um fator importante na vida do homem, e vem acontecendo desde os tempos primitivos. Mas com qual objetivo? O

ser humano possui o desejo de algo novo, uma necessidade de mudança. Muitas delas surgem para favorecê-lo exclusivamente; outras beneficiam toda uma nação. Os meios tecnológicos, como auxílio às atividades humanas ou como forma de entretenimento para as pessoas, chegaram em muito boa hora. Todavia, o que está acontecendo atualmente é que os jovens os utilizam de forma excessiva, e muitas vezes inadequada, não respeitando os limites delimitados pelo nosso senso crítico. Este comportamento indiscriminado acarreta, em alguns casos, prejuízos não apenas físicos e/ou psicológicos, mas também sociais. A tecnologia pode aprisionar as

pessoas. E muitas delas acabam por afastar-se da convivência com amigos e familiares por não resistirem às tentações que as redes sociais, por exemplo, despertam. O isolamento da vida em comunidade é um dado real na sociedade de que fazemos parte. Com parcimônia, reconhecendo que há limites para tudo na vida, é possível fazer uso dos recursos que os novos tempos nos proporcionam, mas sempre observando os benefícios que essas inovações trazem a nossa vida. É importante também observar se não estamos nos tornando escravos dos meios artificiais, pois no mundo real existe toda uma vida natural para ser desfrutada, a nossa espera. João Carlos Guerra Barbosa de A. Rodrigues - 1ª série B

O adolescente e o mundo virtual Nos dias de hoje, grande parte dos jovens passam o dia conectado nas redes sociais e em jogos, entretanto, nem todos são assim. Alguns jovens usam o computador como uma fonte de pesquisa, que pode levar a um novo mundo e a inúmeras descobertas. Um grande número de informações é colocado na internet em questão de minutos. Novos fatos são descobertos e o jovem já tem acesso à notícia, como por exemplo, o asteroide que passou a milhões de km da terra ou a cura para uma doença que pode levar à morte.

Jovens que vivem em comunidades carentes podem ter acesso ao mundo com apenas um clique. Podem conhecer novas culturas, aprender idiomas e, com a tecnologia de hoje, visitar lugares. Ficar conectado é muito bom, quando se é feito da maneira certa e de um jeito que possa causar benefícios. Com o mundo virtual, cultura e informação estão a apenas um clique. Existe realmente um mundo dentro do mundo virtual. Lorena Pinheiro Vasconcelos Silva – 2º ano B

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JUVENTUDE

Jovem mundo A ideologia nos dias atuais está baseada no egoísmo e egocentrismo, ser o melhor em tudo, não se importar em ser o melhor para o mundo. Esse tipo de pensamento vem sendo passado por gerações, jovens cada vez menos preocupados com o próximo e presos em seu próprio mundo. Contra esse movimento, vem surgindo uma nova visão, trazida pelos jovens de bom espírito. Diante dos horrores que se veem todos os dias, crianças com fome, por exemplo, vêm surgindo projetos, que geralmente estão associadas a igrejas e ONGs, muitas delas lideradas por jovens, na tentativa

de acabar ou pelo menos diminuir esses problemas sociais. Aquela visão de adolescentes egoístas e isolados em seu mundo particular está perdendo lugar para essa nova geração. Jovens engajados em campanhas e ações para o bem social são cada vez mais comuns. Eles renovam o conceito de fraternidade e amor ao próximo que a humanidade conhece, tentam deixar o mundo melhor para os próximos jovens que virão. Muitas vezes são vistos como despreocupados, mas na sociedade hoje tudo que vai contra o comum, é visto com desprezo e sem importância.

Isso é fraternidade, ajudar ao próximo sem esperar nada em troca dele, fazer o bem. Cada um luta ao seu modo para transformar o mundo, e se essa geração continuar usando o amor como arma, às coisas tende a mudar. Toda a geração tem o poder de mudar o mundo, é uma pena que nem sempre são ouvidas e são chamadas de rebeldes. Talvez, se os jovens fossem ouvidos, o mundo mudasse para melhor e essa paixão pelo bem fosse algo comum e não uma exceção. Vitória Madureira Silva - 2° serie B

PENSO!

O homem defronte o racismo Na Alemanha, pós-I Guerra Mundial, a ideia da raça ariana aparecia em discursos de Hitler e, também, em filmes. Esse é um exemplo histórico, assim como o escravismo africano, no qual há a visão de superioridade de uma raça sobre a outra, isto é, racismo, que pode se manifestar em leis, costumes e, até, em representações artísticas. Filosoficamente, é conhecida a dificuldade existente quando o ser humano se depara com o novo ou diferente, provindo disto grande parte dos preconceitos atuais. Contudo, em uma so-

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ciedade onde o individualismo é exaltado, as noções de racismo aparecem, mesmo que implicitamente, devido à criação de estereótipos.

atingem diretamente a dignidade humana, visto que o outro, nesta ideologia, não é considerado com direitos semelhantes.

promete, pois a ideia de superioridade e inferioridade o inibe inteiramente.

Dentro desse quadro, as consequências geradas pela segregação social racista são perversas e

Nesse contexto, o desenvolvimento humano do indivíduo se com-

Lucas Emanuel Almeida Barboza- 3ª Série A

Percebe-se, portanto, que o racismo existiu em diversos momentos históricos, causado por fatores individuais – dificuldade humana diante do diferente – e sociais; tendo consequências maléficas. Um combate a essa ideologia está embasado na educação, nas escolas e famílias, voltada para o conhecimento da existente diversidade cultural.


PENSO

POETIZE-ME

O racismo como negação da identidade cultural

Definições Saudade é levar dentro do coração o passado sempre lembrado. Ansiedade é você querer tomar o suco antes de comer o lanche. Tristeza é quando se abre um buraco na alma quando falta alguma coisa em nossa vida. Felicidade é saber que a vida não está passando inutilmente. Amizade significa criar laços e não nós. Lucidez é o adversário da loucura. Razão é quando você deixa de lado as emoções e se alia ao time dos fatos. Vontade é a inclinação da alma para algo que a atrai. Juventude é a época da vida em que a mágica acontece. Na juventude, tudo é claro, tudo é possível, sem medo de sonhar e desejar. Lucas Barros de Almeida Machado - 9º ano B

O racismo baseia-se na ideia da superioridade de determinados grupos sobre outros, não admitindo diferenças étnicas e determina um modelo, dentro do qual os outros devem estar inseridos. O indivíduo racista discrimina os vários contrastes humanos existentes na sociedade e julga necessário estabelecer padrões estéticos e culturais. Segundo os princípios do racismo, aqueles que não se enquadram no grupo principal estão permanentemente, sujeitos à exclusão.

contato com a raça branca. Tal atitude gera problemas como a desigualdade social e a marginalização, cada vez mais intensas nas grandes cidades. Após certo tempo, pode ocorrer o surgimento de favelas, que reúnam minorias e grupos socialmente desfavorecidos.

A segregação racial tem raízes históricas na dominação cultural de alguns povos que reprimiam minorias étnicas e demonstravam desprezo pelo que era diferente. Até os dias atuais, as causas do racismo incidem na sensação de ter um espaço tomado por grupos contrastantes com aqueles preexistentes.

Observar as contribuições que os diversos grupos raciais oferecem é fundamental na compreensão da formação de um povo. Assim, a união de etnias diferentes torna-se indispensável na construção da identidade de uma nação.

De acordo com a visão racista, índios, pardos e negros poderiam ocupar territórios isolados sem

A variedade racial continua sendo encarada como algo perigoso para a sociedade, mas é necessário enxergar os benefícios que a mistura de contrastes podem causar.

Raiane Souza Aires – 3ª série

Sou jovem Sou jovem com muito prazer Sou jovem só uma vez Sou jovem sou muito feliz Sou jovem como eu sempre quis Não posso ser jovem para sempre Mas posso ensinar aos meus filhos como aproveitar Não posso ser eterno Mas posso deixar lembranças para as pessoas legais Sou jovem para ajudar quem precisa Sou jovem para me divertir Sou jovem na mente e no coração Sou jovem na minha imaginação Ser jovem é poder curtir Sair com os amigos, comer, aprender e sorrir Ser jovem com muita emoção Ser jovem com muito amor no coração Newton Filipe Cabral Pinheiro - 6° ano B

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CARTA DO LEITOR

Tiragem: 1.500 Gráfica: MXM Gráfica Periodicidade: Trimestral Edição - Jornalista Responsável: Elton di Assis (DRT-PE 4411). Projeto Gráfico e Diagramação: CQueiroz Comunicação (81) 3429.5846 Orientadoras das redações publicadas: Língua Portuguesa - 5ºs anos: Maria Soraya Albertim Língua Portuguesa - 6ºs e 7ºs anos: Anésia Luna Língua Portuguesa - 8ºs anos: Synara Vilar Língua Portuguesa - 9ºs anos: Danilma Soare Língua Portuguesa - 1ªs séries: Sílvia Oliveira Língua Portuguesa - 2ªs séries: Lívia Souza Redação - 3ªs séries: Jane Alves da Silva

Recife, 13 de março de 2013. Prezado leitor, “Querido John” é um filme que conta uma história de romance muito bonita, pois mesmo um distante do outro, John e Savanah insistem em permanecer no relacionamento. Isso mostra que o amor verdadeiro vence tudo, até mesmo a distância. Mas, infelizmente, Savanah foi fraca demais para esperar. Estava encantado com o filme até John receber a última carta. Aquilo me deixou triste. John merecia mais explicações do que uma simples carta. Por outro lado, na parte em que John leva tiros, eu realmente me emocionei. Foi linda a lembrança dele, quando lembrou-se do seu pai , das moedas. Também me emocionei na parte em que John está lendo a carta para o pai que estava à beira da morte. Ele foi corajoso, venceu seu medo e sua vergonha, mas fiquei com pena do pai dele. Quanto a Savanah, não gostei de nada do que ela fez. Além do que, ela ainda amava John e ficou com outro homem. Foi meio injusto, mas foi para ele e seu filho John. Atenciosamente, Débora Menezes - 8º ano B

Colégio Salesiano Recife Direção Geral: Pe. João Carlos Ribeiro Vice-Diretor e Diretor da Pastoral: Pe. Francisco Demontier de Araújo Távora Diretor Financeiro: Pe. Valdemar Pereira dos Santos Diretor Administrativo: Ir. Nivaldo Buarque de Moraes Serviço de Orientação Pedagógica (SOP) Supervisora Geral: Profª. Zélia Pires Coordenação de Setor: Ensino Médio Coordenadores: Prof. Cícero Santos e Profª. Tana Luiz Departamento de Educação Física e Esportes Coordenador: Profº. Kleber Lopes de Araújo Centro Esportivo Salesiano Coordenador: Michael John Cunningham Coordenação de Informática Educacional Coordenadora: Joselma Maria de Oliveira Coordenação de Comunicação do Salesiano Colégio e Faculdade Coordenador: Elton di Assis Bibliotecária: Josilene Maria de Andrade

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CONTA PRA GENTE “Hoje, excursão dos 7°s anos!” Lá estava Danielle lendo os avisos no mural da sala de aula, toda animada, pela primeira vez iria a uma excursão da escola, em seguida chega Camila e Ana, suas grandes amigas e Ana vai logo gritando: -Dani, você sabe da novidade? A Carla e a Ju saíram em uma reportagem na Revista Salé! Os textos delas foram escolhidos! E estão precisando de mais escritores. Danielle pulou de alegria, esse era seu grande sonho, desde que entrara no colégio. Logo em seguida chegou o ônibus e fomos para o pátio, rapidamente subimos com papel e caneta na mão, para o trabalho de Português sobre o passeio que estava valendo nota, e os alunos que tivessem o melhor desempenho iriam entrar para o Clube de Redações da sala. Fofocas e

mais fofocas estavam rolando no ônibus. Até que... “TUM, TUM, TUM” o coração de Dani quase saía pela boca. Descendo do ônibus, foram formando uma fila. Dani era só felicidade e mal pensara em outra coisa a não ser o passeio. Andaram por todo o Recife Antigo escutando as explicações dos professores. Um tempo depois estavam voltando para escola e a menina toda entusiasmada foi logo fazendo a sua redação. Na outra semana, Dani, com a cara fechada, disse para as amigas que não conseguiu ser selecionada para a Revista Salé! No dia seguinte, começaram as apresentações do Trabalho de Português sobre a excursão, Danielle foi a primeira a ser chamada, passando os slides, mostrou seu excelente desempenho

no trabalho. Mas apesar de não ter sido aceita na Revista Salé, ela ficou muito feliz por saber que tinha sido selecionada para participar do Clube de Redações. A professora foi observando sua dedicação nas redações e decidiu indicar um trabalho dela para a Revista da escola. A redação foi apreciada e publicada, e um grande sonho foi realizado. Níneve Louise de Souza Farias - 7°ano A

Poster do filme “Dear John”

EXPEDIENTE


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