ENTREVISTA
PEDAGOGIA
JOGOS VIOLENTOS
GLOW APRESENTA
ANALISA O MERCADO
ESTIMULAM COMPORTAMENTO AGRESSIVO
TENDENCIAS OUTONO/ INVERNO 2011
RAFAEL CERVONE
MODA
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ano I - nº 5 - agosto de 2010
3,5 milhões de brasileiras já abortaram
agosto de 2010 • FORÇA • 5
Editorial Conheça Nossa Equipe CONSELHO EDITORIAL
Luís José Sartori Maurício Borte EDITOR
Luís José Sartori DIRETOR ADMINISTRATIVO
Maurício Borte DIRETOR DE REDAÇÃO
Luís José Sartori
Luís José Sartori Diretor Editorial Como tudo na vida deve ser uma seqüência lógica de aprendizado, nós da Revista Força também estamos em plena ascensão de crescimento, tanto em qualidade de diagramação, quanto em qualidade de matérias. O legal de tudo isso, são as relações que estão se criando com o público leitor e com a procura de especialistas em diversas áreas de negócios, que estão se juntando a nós, para que cada dia mais possamos levar a vocês um conteúdo de grande aproveitamento no seu cotidiano, sendo na troca de conhecimento ou na opinião de como agir em determinados assuntos, que às vezes, nem sempre é nossa especialidade. Os artigos e matérias que trazemos nesta edição, são totalmente voltados às demandas que estão chegando até nós. Vemos também que a Região Metropolitana de Campinas já nos acolheu. Caso deseje informações profundas sobre qualquer assunto que apeteça sua leitura, estaremos te atendendo, é só pedir. Quando algo vai bem, muitas pessoas se sentem felizes com aquele fato, torcem, vibram, celebram e até oram em benefício do outro estar realizado, porém outras tentam de maneira inescrupulosa denegrir a imagem dos que constroem, e “pensam” 6 • FORÇA • agosto de 2010
COLABORADORES
que conseguem atingir o objetivo, mas na totalidade das vezes não tem êxito e sempre o bem vence o mal e a verdade vem à tona. DEUS é soberano, e além de todas as suas tarefas, também passa a cuidar de pessoas maldosas, reservando também algo que será bom para o processo de arrependimento de muitos, mesmo que essas doses de ensinamento sejam um pouco amargas para o aprendizado da vida, porém são necessárias dependendo do grau de anomalia que a pessoa tenha, e que vai ser lembrada a todo o momento em sã consciência, de que a justiça “Divida” não falha. Quando se houve uma crítica, em nossa opinião acende-se uma luz amarela, e deve-se imediatamente pensar e repensar sobre tal apontamento. Nós realizamos este método de análise e quando deparamos com “inverdade” também sabemos lidar com a situação, que é nada mais do que trabalhar... trabalhar... e trabalhar!!! Na bíblia está escrito que o “trabalho dignifica o homem”, então, se sabemos que o dom de dignificar alguém só é proveniente de DEUS, vamos seguir firmes, trabalhando por você, e sempre trazendo nas edições uma mensagem de paz. Fiquem com DEUS e boa leitura.
Dr. Luiz Alberto Lazinho Dr. Marco Antonio Pizzolato Dr. Reinaldo César Spaziani Dr. Luis Fernando Matsuo Maeda Sílvia Camargo Gabriela Alvesa Corrêa Sartori Covolan Indústria Textil Ltda Osmídio Antônio Buck de Godoy Bruno Badan Marcos Antônio de Oliveira JORNALISTA
Cristiani Azanha - MTB 31156 DESIGN GRÁFICO E EDITORAÇÃO
Thiago Sallati REVISORES
Nilzamara Sartori de Oliveira Luana de Grande Souza REPORTAGENS
Michele Trevisan RESPONSÁVEL PELO PROJETO
Força Contábil Ltda (19) 3026.6365 COMERCIAL
Sérgio Leite sergio.leite@revistaforca.com.br sl_leite@hotmail.com (19) 3026.6365 • Ramal 213 SITE OFICIAL
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Índice
Edição 5 | Ano 1
8 • Entrevista Rafael Cervone Netto 10 • O perfil de quem aborta 13 • Estatuto do nascituro 15 • Leitor 16 • Rápidas
Economia 17 • Sinal de alerta para a economia 18 • Cresça mais com menos 20 • Emprego em alta na RMC 24 • Mercado financeiro anda de lado
Esporte 26 • O fim do supermaiô
Dicas de Construção 30 • 5 passos para um trabalho eficaz
FOTOS ISTOCKPHOTO
Foto Divulgação
Banalização da violência
Jurídico 36 • Horas Extras 38 • Código de defesa do consumidor 40 • Você conhece seus direitos?
Pedagogia
8
60 • Banalização da violência 63 • A importância da leitura Entrevista Rafael Cervoni Netto: O presidente em exercício do CIESP
Gastronomia
68
Saúde Outono/Inverno 2011 Glow Tecidos
Tecnologia
Moda
64 • Painéis reconfiguráveis
66 • Tendências outono/inerno 2011 68 • Outono/inverno 2011 Glow Tecidos 76 • Compromisso com o meio ambiente 80 • Padrão Internacional
Social 82 • Reinauguração La Meche 86 • Glow Tecidos no Premiére Vision Brasil 88 • Jovem de Sucesso
26
História de minha vida 90 • Antonio Hermínio Marin
92• As delícias da confraria 94 • Covolan Jeansweare inaugura restaurante 96 - Delicioso Filé a Parmegiana
Espaços 42 • 236 anos de Campinas 46 • Referência no mercosul 48 • Vereadores de Campinas 52 • Logística Estratégica
34
100 • Novas regras da publicidade 102 • A saúde do homem
Orações 106 • A paz que queremos
10
o perfil das 3,5 milhões de brasileiras que já interromperam a gravidez
O fim do supermaiô
agosto de 2010 • FORÇA • 7
Entrevista Rafael Cervone O presidente em exercício do CIESP Rafael Cervone Netto também está no segundo mandato como presidente do Sinditêxtil-SP
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Entrevista O que representa a assinatura da minuta com as alterações solicitadas pelo setor têxtil e de confecção, no Decreto sobre a redução de ICMS, de 12% para 7%, assinada em julho? Esta é mais uma grande conquista para o setor têxtil e de confecção paulista. Estamos satisfeitos com as decisões apresentadas pelo Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Mauro Ricardo e sancionadas agora pelo Governador São Paulo, Alberto Goldman. Acreditamos que daqui para frente mais empresas do setor poderão se beneficiar da redução no ICMS, conquistada em março passado. Outra conquista do setor têxtil e de confecção paulista foi a prorrogação, até dezembro de 2010, da isenção do recolhimento do ICMS no ato da compra de máquinas e equipamentos, tanto nacionais quanto importados. O benefício vencia em 30 de junho. Se não fosse assim, as empresas teriam que pagar o ICMS no ato e ficar com crédito por 24 meses. Para disseminar as informações do novo ICMS, o Sinditêxtil-SP e vamos realizar uma série de palestras em diferentes cidades (roadshow) para esclarecer todas as questões deste decreto, bem como as alterações publicadas no Diário Oficial do dia 17 de julho.
disso é Pequim, que com práticas não alinhadas à economia de mercado, como salários baixos, subsídios estatais e falta de investimentos em produção mais limpa e ambientalmente sustentável também interferem no resultado da nossa balança comercial. Também vale ressaltar o crescimento geométrico do ingresso de produtos têxteis e de vestuário advindos de Bangladesh: somente nos primeiros cinco meses de 2008, o valor das importações advindas desse país deu um salto de 60,18% e o volume das compras evoluiu 298%. Tudo isso afeta nossas transações comerciais.
Na sua opinião, por que ainda sofremos com um déficit na balança comercial paulista? Apesar de sermos o principal exportador da moda brasileira, empregando 518 mil trabalhadores, com um faturamento de aproximadamente R$ 28 bilhões, ou cerca de 40% do faturamento de toda a indústria têxtil e de confecção do Brasil, ainda temos uma enorme desvantagem competitiva no comércio bilateral provocada pela sobrevalorização de nossa moeda, impostos e juros mais elevados que pagamos por aqui. Um exemplo
Qual a posição do setor produtivo diante da decisão do Copom de elevar a taxa básica de juros? O nosso sentimento é de repúdio. Não podemos concordar com a a política equivocada de elevação da taxa Selic simplesmente para que as expectativas de mercado não sejam contrariadas. A quem interessa juros altos: aos poucos do mercado ou aos muitos da sociedade? Quando a insistência da política de juros altos, na contramão da realidade econômica do País, prejudica o crescimento e tira da sociedade emprego e
o objetivo é contribuir para que as empresas adotem produção mais sustentável
renda, quem trabalha e produz fica desmotivado. Isso não é bom para o Brasil. Vamos seguir defendendo o setor produtivo brasileiro. O Brasil não pode continuar entre os campeões mundiais de maiores taxas de juros. Esse título é péssimo não somente para a nossa atividade econômica, mas para toda a população brasileira. A indústria têxtil paulista tem preocupação com o meio ambiente? Com certeza. Um exemplo disso é que somos pioneiros em Produção Mais Limpa. Na década de 90, o nosso setor já participava de um programa piloto da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), para dimensionar o consumo de energia e água e verificar a geração e disposição de resíduos. Recentemente tivemos mais um avanço: o Sinditêxtil-SP lançou o Manual de Indicadores de Desempenho Ambiental (água consumida e água reutilizada, energia, carga orgânica, geração total de resíduos e a sua parcela reciclável). O objetivo é contribuir para que as empresas adotem produção mais sustentável. De que maneira os Indicadores de Desempenho Ambiental irão ajudar as indústrias do setor têxtil paulista e a sociedade? O constante monitoramento dos processos produtivos utilizando os Indicadores Ambientais irá possibilitar uma avaliação mais precisa quanto à melhoria de desempenho ambiental da empresa e também de todo o setor. Esta cartilha é uma ferramenta importante para o fortalecimento do setor têxtil paulista e brasileiro, tanto no mercado nacional quanto internacional. A participação das empresas é essencial para a continuidade deste projeto que visa o desenvolvimento sustentável da nossa sociedade. agosto de 2010 • FORÇA • 9
Capa
O PERFIL DE QUEM ABORTA
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Capa
Primeiro levantamento direto sobre o abordo no País revela o perfil das 3,5 milhões de brasileiras que já interromperam a gravidez
A
dolescentes, de classe média baixa, sem estrutura familiar, sem condições de sustentar um filho e solteiras. Não, esse não é o perfil das mulheres que abortam no Brasil! Se levarmos em consideração o conhecimento empírico essa pode até ser a realidade vivida pelas mulheres que decidem interromper uma gravidez. Mas, basta basear-se em dados de um inédito levantamento feito no país para construir uma nova concepção. Casadas, mães, religiosas, com idade entre 18 e 39 anos e de todas as classes sociais. Esse, sim, é o perfil das mulheres que abortam no Brasil. O inédito levantamento feito pela UnB (Universidade de Brasília), em parceria com o Instituto Bioética e o Fundo Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, foi divulgado em maio deste ano e revela que para uma boa parcela da população feminina do país não há casamento, família, religião, classe social e leis que impeçam a prática ilegal do aborto. Para o sociólogo Gessé Marques Junior, da Faculdade de Ciências Humanas da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), esse perfil demonstra que o aborto não é mais tratado como tabu, mas como uma questão inerente às mulheres. “As mulheres que abortam são mulheres do cotidiano, que deixam de se prevenir. Quem aborta é a mulher
comum. Essa mulher não tem a sexualidade perversa, como achamos quando pensamos em quem aborta. Quem tem a necessidade do aborto é a mulher próxima de todos nós”. Das 2.002 mulheres entre 18 e 39 anos entrevistadas pela pesquisa, 15% revelaram já ter abortado. Esse número representa 5,3 milhões de mulheres - de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) - e confirma a tese defendida por pesquisadores: os países com as menores taxas de aborto por mil mulheres em idade fértil são países em que o aborto está plenamente liberado e pago pelo Estado. Países da América Latina, com leis restritivas, têm taxas até 10 vezes mais elevadas, o que demonstra que a proibição legal não evita o abortamento. Diz a ginecologista do Caism – Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Unicamp, Dr. Arlete Fernandes: “A grande preocupação com a prática do aborto é a gravidez indesejada. É que a mulher resolva por ela mesma. O que acontece é que nem todas as mulheres têm orientação. Elas não usam os métodos de contracepção da maneira correta e acabam engravidando. A mulher que vai ao Posto de Saúde procurar orientação sobre um método precisa dele para hoje e não para daqui a um mês. Ao contrário do que se imagina, não é por falta de estrutura financeira ou por
pertencer à classe média baixa que as gestações são interrompidas ilegalmente. Pois, para a pesquisa, em 35% dos casos a mulher recebe entre dois e cinco salários mínimos. Também não é na adolescência o período com a maior incidência de aborto, já que 24% das entrevistadas declararam ter feito o aborto entre 20 e 24 anos. Também não são fatores éticos, morais e religiosos - que alimentam a discussão e não deixam a polêmica sobre a decisão de legalizar o aborto cessar em vários países - que pesam na decisão de interromper a gravidez. Das mulheres entrevistadas que revelaram ter abortado 80% têm religião, 64% são casadas e 81% são mães. Enquanto o Papa Bento XVI reforça a postura conservadora da Igreja Católica sobre o aborto e o uso da camisinha, países católicos não têm menos abortos que os não católicos e mulheres que adotam essa religião não têm menos abortos que aquelas sem religião, o que mostra que a proibição religiosa também não funciona. Constata o Padre José Antonio Transferetti, Doutor em Moral e professor titular da Faculdade de Filosofia da PUC – Campinas: “A proibição religiosa do aborto funciona só em uma pequena parcela. A mulher não usa camisinha porque o Papa pede. O Papa está tão longe da gente. A mulher não usa poragosto de 2010 • FORÇA • 11
Capa que é ignorante. A mulher tem que se cuidar. Para não abortar ela precisa se prevenir. Por isso, como teólogo, defendo que a Igreja Católica seja mais flexível com os métodos contraceptivos”. O que parece ser a saída para resolver um problema pode se transformar em complicações ainda maiores. Para 55% das mulheres que revelaram à pesquisa ter abortado, foi necessária intervenção hospitalar para controlar as complicações causadas à saúde. O aborto inseguro é a quarta maior causa de mortes entre mulheres em todo o mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Por isso, é cada vez mais comum vermos médicos utilizando o Programa de Redução de Danos, que consiste em fornecer informações às pacientes sobre os métodos e os riscos do aborto. Explica Arlete: “As pacientes que pro-
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curam os pronto-atendimentos chegam depois que começam os sangramentos. A mulher que aborta pode tomar chás e medicamentos ou métodos de indução clandestinos. Esses procedimentos podem causar danos nas trompas, deixar a mulher estéril e até causar a morte. Nós médicos alertamos a paciente que não queria engravidar sobre os riscos do aborto. Mas, avisamos que caso ela tenha qualquer necessidade (após induzir o aborto) estamos prontos para atender”. Estima-se que no Brasil sejam feitos mais de um milhão de abortos a cada ano. Por enquanto a prática é permitida por lei apenas em casos de estupro e riscos à saúde da mulher e é crime em qualquer outra circunstância - com pena prevista de um a quatro anos. Porém, duas pesquisas feitas em 2008, pelo Centro de Pesquisas em Saúde
Reprodutiva de Campinas (Cemicamp), mostram que a ilegalidade do aborto no Brasil é consentida pela Justiça. Na prática, não são aplicadas punições legais. Há uma baixíssima quantidade de inquéritos policiais instaurados, que
Capa quase nunca são transformados em processo pelos promotores. Dos 1.493 juízes e 2.614 promotores de justiça brasileiros entrevistados pela pesquisa da Cemicamp, 61,2% vêem necessidade de mudanças na legislação para ampliar as circunstâncias em que não se pune o aborto praticado por médicos; 16,8% endossam inclusive a proposta de que o aborto deixe de ser considerado crime, independente da circunstância em que é praticado, totalizando 78% de magistrados favoráveis à ampliação da lei. Acredita-se que mais de cinco mil decisões favoráveis ao aborto já foram tomadas no Brasil. Defende o juiz de direito Dr. José Henrique Rodrigues Torres, um dos autores da pesquisa, ao Jornal da Unicamp: “Os juízes vão se conscientizando de que não há possibi-
lidade de criminalizar as mulheres pelo aborto; ao contrário, é preciso acolhêlas”. Enquanto estatísticas apontam para a necessidade de reformulações a fim de tornar as leis do aborto mais flexíveis, visto que em países onde a prática é permitida o número de casos é menor, ainda há quem queira restringir ao extremo o abortamento no Brasil. Foi aprovado em maio, pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília, o Estatuto do Nascituro. A lei garante proteção jurídica aos embriões, o que eliminaria a possibilidade de aborto legal em qualquer caso - inclusive no de estupro. O Estatuto segue tramitando e agora deve ser votado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário da Câmara.
ESTATUTO DO NASCITURO: DIREITO À VIDA EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA O Estatuto do Nascituro quer proibir no Brasil a prática legal do aborto em qualquer circunstância, inclusive em casos de estupro e riscos à saúde da mãe, como é permitido hoje por lei. O Projeto de Lei visa garantir ao nascituro direito à vida, à saúde, à honra, à integridade física, à alimentação e à convivência familiar. É considerado Nascituro o ser concebido, mas ainda não nascido. Este conceito inclui os seres humanos concebidos “in vitro”, mesmo antes da transferência para o útero da mulher. O PL 478/07, de autoria dos deputados Luiz Bassuma (PT-BA) e Miguel Martini (PHS-MG), foi substituído por uma nova proposta apresentada pela deputada Solange Almeida (PMDB-RJ). Em reunião que durou mais de quatro horas, marcada por argumentos contra e a favor da interrupção da gravidez, no dia 19 de maio a Comissão de Seguridade Social e Família aprovou o substitutivo. Com isso, caso vire lei, o Estatuto do Nascituro garante à mãe e ao bebê assistência médica, psicológica e social. No caso de estupro, o substitutivo garante assistência pré-natal, com acompanhamento psicológico para a mãe; e o direito de ser encaminhado à adoção, caso a mãe concorde. Identificado o genitor do nascituro ou da criança já nascida, este será responsável por pensão alimentícia e, caso ele não seja identificado, o Estado será responsável pela pensão. O projeto também garante ao nascituro sua inclusão nas políticas sociais públicas
que permitam seu desenvolvimento sadio e harmonioso, e seu nascimento em condições dignas. Ao nascituro com deficiência, o projeto garante todos os métodos terapêuticos e profiláticos existentes para reparar ou minimizar sua deficiência, haja ou não expectativa de sobrevida extrauterina. O projeto original proíbe, ainda, a manipulação, o congelamento, o descarte e o comércio de embriões humanos, com o único fim de serem suas células transplantadas para adultos doentes – práticas consideradas “atrocidades” pelos autores da proposta. O substitutivo retirou essa proibição. O projeto ainda será votado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário da Câmara.
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Leitor ESCREVA PARA GENTE “A qualidade da Revista Força é maravilhosa” Milton Badan Empresário de Sta Bárbara d´Oeste “Fiz todas as receitas. Adoro cozinhar. Adorei a gastronomia” Waldirene Martins Americana “Não deve nada prá Época. Parabéns pelo porte da revista” André Toussin Empresário de Campinas “Ótimas matérias. Só não gostei das matérias dos advogados. Muito confusa” Jaqueline Campinas, SESI “Passei no Graal e não encontro mais a revista lá. O que aconteceu? Podem me enviar? Quanto custa? Renata Peixoto Simão Arquiteta de Ribeirão Preto “Gostei mais da 3ª edição até agora. Por que não sai mensal?” Vinícius Zampa Comerciante de Limeira
“Gostei da matéria: Aumenta a demanda, falta mão-de-obra. Depois alguns reclamam estar desempregado” João Célio da Silva Comerciante de Americana
“Um show a editoria de moda. Um show. Adorei. O que faço com calça jeans velha?” Ana Beatriz Bacharel em Direito/Sumaré “Muito bom o trabalho de vocês. Nossa região merece e o povo está precisando de informação séria” Paulo Jodas Secretário de Segurança e Trânsito de Santa Bárbara d´Oeste “Parece revista da Editora Abril. Parabéns” Jorge Caruso Deputado Estadual PMDB
“A evolução da revista é maravilhosa. Santa Bárbara merece” Laerte Zúcollo Empresário de Santa Bárbara
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FOTO DIVULGAÇÃO
Rápidas Alimentação é tudo. Levo a vida bem tranquila, porque estressar, envelhece
Tem que fazer, sim, concessões das obras em vários aeroportos para fazer terminais, para fazer novas pistas. Aí, sim, a iniciativa privada pode entrar e fazer as coisas andarem mais rapidamente. Fazer um terminal é uma coisa que a iniciativa privada faz bem e ainda paga o governo por isso Eu nunca soube de nada disso. Só emprestei meu nome para a destiladora Martini
CANDIDATO A PRESIDÊNCIA, JOSÉ SERRA sobre a privatização de aeroportos
ATOR AMERICANO GEORGE CLOONEY em depoimento ao júri em Roma, pelo motivo de uma linha de roupas criadas com seu nome.
A candidatura de Karen Heins foi um pedido do PDT através do Deputado Federal Paulinho da Força Sindical e caso ocorra a votação esperada do Paulinho, acima de 700 mil votos fará com que se elejam deputados com 20 a 30 mil votos. Nós vamos trabalhar em harmonia com todos os companheiros e quanto a candidatura do vice Largueza, posso dizer que quem pensar em votar no Largueza não vote na Karen.
Parece um sonho o que estou vivendo”
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LARISSA RIQUELME em entrevista na capital, para jornal da cidade
Santa Bárbara já está em nosso coração. Estamos encantados Sobre a recepção calorosa que recebeu.
Santa Bárbara vai ganhar nossa matriz na América Latina Sobre a estratégia de médio e longo prazo do conglomerado.
Vai ficar maravilhoso. A população merece
Sobre a apresentação que o Prefeito Mário fez, do projeto em torno do loteamento industrial, inclusive teceu muitos elogios a barragem que será construída.
HIROSHIGE SHINBO Presidente da Denso Mercosul, CEO 16 • FORÇA • agosto de 2010
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ATRIZ CLAUDIA ALENCAR em comemoração aos seus 60 anos
Economia
SINAL DE ALERTA PARA A ECONOMIA BIS adverte para os riscos de uma nova crise econômica mundial se bancos mantiverem a taxa de juros baixa e pede redução de déficit fiscal aos governos
A
conjunção das vulnerabilidades persistentes no sistema financeiro com os efeitos secundários de um período tão prolongado de terapia intensiva poderia induzir à recaída do paciente”. Foi usando essa metáfora médica que o Banco de Compensações Financeiras (BIS, na sigla em inglês) acendeu o sinal de alerta para a economia mundial em seu 80º relatório anual, publicado no dia 29 de junho. As previsões para a economia advertem para uma recaída da crise se os bancos continuarem com as taxas de jutos básicos nos níveis mínimos. De acordo com o relatório, que analisou a situação da economia entre 1º de abril de 2009 e 31 de março deste ano, a margem de manobra para as políticas macroeconômicas é inferior ao início da crise e formadores de política de todo o mundo estão enfrentando uma tarefa difícil para equilibrar o suporte para suas economias, em função da fragilidade do mercado financeiro. Por isso, o BIS acendeu sinal de alerta para que os bancos centrais de todo o mundo fiquem atentos aos efeitos se-
cundários que podem ocorrer por causa da manutenção das taxas de juros extremamente baixas por um longo período. Na zona do euro, por exemplo, descontada a inflação, as taxas estão em níveis próximos a zero e são negativas no Reino Unido e nos EUA. Quando as taxas de juros são muito baixas elas podem distorcer as decisões de investimento, levando riscos à estabilidade financeira. A manutenção das taxas de juros baixa também pode atrasar os ajustes nos balanços do setor público. Para evitar o surgimento de uma nova crise, o relatório também pede aos governos que reduzam seus déficits fiscais e, aos bancos centrais, que levem em consideração os impactos do aperto fiscal quando avaliarem sua posição de política monetária. Segundo o gerente-geral do BIS, Jaime Caruana, durante a divulgação anual do relatório, os países altamente endividados não podem esperar a retomada de um crescimento forte da economia para apertar suas condições fiscais. “O sistema financeiro continua vulnerável às mudanças adversas de ânimo, como mostraram recentemente as
disfunções nos mercados de financiamento”, disse Caruana. O relatório concentra em três tarefas os desafios para a economia mundial: que as economias avançadas reduzam seus déficits fiscais, o ajuste dos balanços e mudanças nos modelos de negócio dos bancos, assim como na finalização dos acordos internacionais sobre a regulação financeira. “Chegou o momento de se perguntar quando e como começar a prescindir dessas contundentes medidas”, diz o BIS em seu relatório. Bancos centrais de alguns dos países com maior crescimento econômico já começaram a retirar os estímulos aplicados durante a crise. Os bancos centrais da Austrália, Índia, Israel, Malásia, Noruega e Brasil elevaram suas taxas de juros. Sobre o BIS – Fundado em 1930, o Banco de Compensações Financeiras é a mais antiga instituição financeira internacional. O BIS fomenta a cooperação monetária e financeira internacional e exerce o papel de banco para os bancos centrais. *Com informações das Agências Internacionais. agosto de 2010 • FORÇA • 17
Economia
SUA AMBIÇÃO É CRESCER? QUE TAL CRESCER MAIS COM MENOS!
O
mercado de trabalho exige hoje uma qualificação diferenciada, que passa pela necessidade de um curso em nível superior. Contudo, nem todo jovem trabalhador que sonha com a faculdade tem possibilidades reais de cursá-la. As exigências são muitas e as oportunidades escassas. A meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é colocar 30% dos jovens entre 18 e 24 nas instituições de nível superior. Estamos muito longe disso, em velocidade pífia de crescimento da oferta, tendo alcançado parcos 14% de inclusão dessa faixa etária. Razão maior disso? O poder aquisitivo de nossos jovens trabalhadores não é capaz de suportar em seu orçamento as mensalidades desses cursos. Mas, se a sua ambição é crescer mais com menos - quer seja menos renda que o esperado ou mesmo investindo menos do que o desejado - apresento abaixo uma breve análise sobre o FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior*, um programa governamental destinado a financiar, prioritariamente, a graduação no Ensino Superior de estudantes que não têm condições de arcar com os custos de sua formação e estejam regularmente matriculados em instituições não gratuitas, cadastradas no Programa e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. Neste ano, o FIES foi totalmente reformulado, passando a ofertar uma linha de financiamento de até 100% da mensalidade, com juros de 3,4% ao ano. Esses juros são menores que a metade do rendimento de uma ca18 • FORÇA • agosto de 2010
derneta de poupança. Em termos práticos, isso quer dizer que para um jovem trabalhador, sem nível superior, que tem um salário mensal de R$ 700,00 e deseja cursar uma faculdade cuja mensalidade é de R$ 479,00, isso implicaria em um comprometimento de quase 70% de sua renda com o curso superior. Utilizando o simulador presente no site na Caixa Econômica Federal e supondo um financiamento de 100% da mensalidade, com juros anuais de 3,4%, além de utilizar a carência permitida pelo FIES - que é de 18 meses depois de formado para começar a pagar o financiamento -, o então aluno da faculdade teria que arcar trimestralmente com R$ 50,00, o que, na prática, significa menos de R$ 17,00 de mensalidade durante o curso todo mais o período de carência. Terminado esse prazo, começaria a pagar o financiamento, que para a men-
Adriano Donizete Pila salidade simulada resultaria em valores mensais de R$ 195,96 fixos. Ou seja, em torno de 41% do valor inicial. Parece bom? Mas o melhor está por vir! Segundo pesquisa feita pelo SEMESP – Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo, a pessoa com nível superior tem ganhos, em média, 55% superiores às demais que não têm essa qualificação. Considerando esse ganho e, ainda, que nossa inflação tem ficado na casa dos 6,5%, o que normalmente é repassado aos salários, mais a possibilidade de parcelas fixas pelo FIES, temos o melhor dos mundos: a ambição de crescer mais com menos. Ora, sem o FIES o comprometimento da renda é de quase
70%. Descartamos isso! Com o FIES, o comprometimento da renda é praticamente nulo. Depois de formado, passado o período de carência, aplicando a correção da inflação e ainda o provável ganho médio coroado com a formação superior, o novo salário chegaria próximo dos R$ 1.500,00. Como o financiamento é fixo, isso equivale a comprometer a renda em 13%. Mas, o salário continua sendo reajustado pela inflação, então, possivelmente, nos últimos anos do financiamento, o profissional já empregado em sua área de sua formação estará comprometendo apenas 6% de seu salário com o FIES. É assim que o financiamento estudantil satisfaz sua ambição de crescer. *Para maiores informações e simulações, acesse o site do FIES em http://www3.caixa.gov.br/fies/ Adriano Donizete Pila é doutor em Ciência da Computação pela Universidade de São Paulo e especialista em Gestão Educacional pela Fundação Dom Cabral. Tem experiência de mais de 11 anos em ensino superior, sendo oito deles dedicados à área de gestão. Atualmente é Diretor da Faculdade Anhanguera de Santa Bárbara e também atua como avaliador de cursos e instituições de ensino superior pelo Conselho Estadual de Educação de São Paulo e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP/MEC.
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Economia
MACHADO TRANSPORTES
GERAÇÃO DE EMPREGO EM ALTA NA RMC Em apenas um semestre, região empregou mais do que em todo o ano passado. Crescimento superior a 1.135% do mercado de trabalho formal
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N
unca se empregou tanto na Região Metropolitana de Campinas (RMC) como no primeiro semestre deste ano. A indústria reverteu o quadro de demissões que influenciou a geração de empregos em 2009, e, em seis meses, contratou mais do que em todo o ano passado. De a janeiro a junho, o saldo da geração de postos formais de trabalho foi de 34.358 vagas, contra os 17.880 postos de todo o ano passado. O acumulado do ano na RMC aponta crescimento superior a 1.135% do mercado de trabalho - o recorde desde a criação do bloco em 2000. A cidade que teve o maior volume de contratação com carteira assinada foi Campinas, com 9.066 vagas. O volume foi o segundo maior dos últimos 14 anos, perdendo apenas para a primeira metade do ano de 2008, quando foram contabilizadas 11.988 admissões.No comparativo entre o primerio semestre deste ano e o mesmo período do ano passado, o resultado entre as contratações e as demissões de 2010 foi 11 vezes superior aos resultados do mesmo período de 2009. Entre janeiro e junho do ano passado, a geração de postos foi de apenas 3.025 vagas. Os dados do Cadastro Geral de Em-
pregados e Desempregados (Caged) , do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) - divulgados no início de julho – apontaram, porém, que a economia desacelerou no sexto mês do ano. Junho apresentou um recuo de 69,85% ante maio. A diminuição do ritmo é vista por especialistas como reflexo da acomodação da economia, após um início de ano forte com a retomada da indústria, que sofreu em 2009 com a turbulência no setor financeiro mundial. Em todo o território nacional foram criados 1,47 milhão de empregos novos. O saldo líquido de empregos criados com carteira assinada foi de 212.952, o segundo melhor resultado para o mês. A geração de vagas de emprego superou as demissões em
1.473.320 postos formais de trabalho no primeiro semestre de 2010. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, foi o melhor semestre da história do Caged. Com a meta de 2,5 milhões de empregos líquidos este ano, o objetivo é fechar o governo Lula com um saldo total de 15 milhões de empregos. Diz o ministro do trabalho, Carlos Lupi: “A cada dia, nos aproximamos mais do número da meta.” Salários de admissão têm aumento real de 4,86% - O salários médios de admissão apresentaram aumento real de 4,86% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Caged. Nesse intervalo, o valor subiu de R$ 783,08 para R$ 821,13. Segundo Carlos Lupi, “foi um crescimento acima da inflação. Isso é prova inequívoca da aceleração da economia”. De acordo com o ministro, o dado é agosto de 2010 • FORÇA • 21
Economia positivo porque acompanha apenas o pagamento feito pela primeira vez ao trabalhador e isso revela, segundo ele, que, ao contrário do que sempre se disse, as novas contratações não estão sendo realizadas por salários mais bai-
xos. “Este é o dado mais importante para mim de todos da economia brasileira”, disse Lupi. “É o dado que mostra a geração do círculo virtuoso da economia: emprego, renda, consumo, produção, emprego...”, acrescentou.
Desde 2003, primeiro ano do governo Lula, o salário médio de admissão subiu 29,14%, segundo o Caged, passando de R$ 635,85 para R$ 821,13. *Com informações da Agência Estado
Ranking do saldo de empregos das cidades da RMC no 1º semestre
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Economia
MERCADO FINANCEIRO ‘ANDA DE LADO’ Disputa pela Presidência da República dita o ritmo estável dos investimentos no país
A
palavra de ordem no mercado financeiro brasileiro é a estabilidade. Sem previsão de crescimento e sem previsão de baixa. É dessa forma que se define o cenário dos investimentos no Brasil, nos dois primeiros meses deste segundo semestre. Com o final da Copa do Mundo da África do Sul, no início de julho, a tendência era a retomada dos negócios. Movimentações maiores não acontecem, porém, em função de o foco estar voltado para a escolha do novo Presidente da República, em outubro. A corrida presidencial é que está ditando o ritmo estagnado do mercado no país. No jargão nos analistas financeiros este é um momento em que os negócios “andam de lado”. Diz o economista Reinaldo Domingos: “Não vai deslanchar mais do que isso”. Sem a expectativa de crescimento para o mercado financeiro, as recuperações que tiveram que ser feitas já se realizaram
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antes da Copa. O cenário só está estável porque o país não enfrentou uma longa ressaca pós Copa da África. A eliminação precoce da seleção nas oitavas de final fez a economia retomar rapidamente seus negócios. Exemplifica Domingos: “O mercado de importação e exportação está estável. Isso em função, também, da estabilidade do dólar, que é favorável à exportação”. Caso o Brasil conquistasse o hexa campeonato, certamente as previsões para o mercado seriam outras. A ressaca do mundial correria sérios riscos de se emendar com o período eleitoral e desencadear a queda das perspectivas econômicas. Com os negócios “andando de lado”, a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano foi mantida pelo Banco Central - através boletim Focus, divulgado no dia 12 de julho - em 7,20%. A expectativa para a cotação do dólar permaneceu inalterada em R% 1,80. Analistas do mercado financeiro
também mantiveram a expectativa de crescimento para a produção industrial em 11,91%. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi ajustada de US$ 15,72 bilhões para 15,71 bilhões. Enquanto que a expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) passou de US$ 35 bilhões para US$ 34,65 bilhões, neste ano. A mudança de presidente não deve mudar o rumo da economia brasileira, segundo Domingos. A força do real e o fato de a economia ser deslocada da política devem garantir a estabilidade do mercado. “Se ganhar o candidato X ou o candidato Y, essa escolha não influência no setor econômico. Nossa moeda é forte e o Brasil continuará interessante para investir”. Para 2011, a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de 4,5%.
Esportes
REGULARIDADE SEM O SUPERMAIÔ Mesmo sem o auxilio da roupa especial, César Cielo tem resultados mais consistentes que adversários diretos e chega ao PanPacífico com todas as credenciais para brilhar
N
o ano em que a Fina (Federação Internacional de Natação) proibiu o uso dos supermaiôs nas competições e as referências de tempos recordes recuaram a era das sungas, os resultados do campeão olímpico César Cielo continuam regulares. O barbarense, de 23 anos, chega à principal competição da temporada - o Pan-Pacífico de Irvine, que acontece de 18 a 22 deste mês na Califórnia - com todas as credenciais para brilhar. Ao contrário de seus adversários diretos nas provas dos 50 e 100 metros livres, Cielo chega ao Pan-Pacífico com excelentes tempos e vendo seus concorrentes chegando atrás. Em julho deste ano, no 4º Paris Open de Natação, venceu os 50 metros livre e ainda fez o melhor tempo da temporada no mundo: 21s55, batendo o tempo de 21s64 do russo Alexander
Frédérick Bousquet
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Popov, de 2000, época das sungas e a sua melhor marca no ano – os 21s80 que havia feito no Troféu Maria Lenk, em maio. “Finalmente abaixo dos 21s64. Até mais cedo do que eu esperava na temporada. Obrigada a todos que torceram. Agora posso dizer que sou o primeiro a nada abaixo do tempo do Popov”, disse ao deixar Paris. Já nos 100 metros livre, campeão e recordista mundial da distância venceu no mês passado a prova do Sectional de Athens, na Geógia. Com o tempo de 48s99, a marca é um pouco mais lenta do que gostaria de fazer, mas não foi considerada ruim para o exigente atleta. “Ainda estou um pouco mais devagar do que eu esperava, mas não foi uma prova ruim. Agora é descansar para o Pan-Pacífico.” A melhor marca de Cielo no ano, nos 100 metros livre, é a de 48s63, no Troféu Maria Lenk, em maio. A prova dos 50 metros livre é, sem dúvidas, a mais regular do nadador. No Sectional de Athens, César Cielo também levou o ouro com o tempo de 21s73 – sua segunda melhor marca no ano. E seus adversários diretos ao ouro? Esses estão bem atrás e vêm apresentando resultados inconsistentes na temporada. Um de seus maiores adversários nas piscinas, o Frédérick Bousquet, foi prata em Athens com tempo acima dos 22s: 22s01. Quem vem a seguir no ranking mundial
Fabien Gilot
é outro francês, Fabien Gilot, com 21s83 –, e um polaco, Konrad Czerniack, com 21s98. Todos os demais estão com tempos acima dos 21s. Não são somente os resultados expressivos deste ano que César Cielo coloca na bagagem para o Pan. Ainda com ele vão as seguintes marcas: campeão olímpico dos 50 m livre e medalhista de bronze dos 100 m livre, nos Jogos de Pequim/2008. É campeão nos 50 m e 100 m livre do Mundial de Roma/2009 e recordista mundial dos 50 m livre (20s91) e dos 100 m livre (48s91). No Pan-Pacífico, além de Cielo, o Brasil será representado por mais 14 atletas, dentre eles Henrique Barbosa e Nicholas dos Santos – que estão treinando e morando com o barbarense em Auburn, Alabama.
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Dicas de Construção
5 PASSOS PARA UM TRABALHO EFICAZ No assentamento de azulejos deve-se tomar vários cuidados de forma a prevenir deslocamento de peças, trincas e outras manifestações patológicas
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ANTES DE INICIAR O REVESTIMENTO
• Conclua o embutimento de todas as tubulações passantes dentro da alvenaria, tais como eletrodutos, tubos de águas e esgotos, tubos de gás e as caixas de passagem de tubulações elétricas como interruptores, tomadas e pontos telefônicos; • Faça testes de carga das tubulações de águas e esgotos; • Proceda a fixação de contramarcos de janelas e marcos de portas; • Conclua o revestimento do teto; • Verifique se não existem outras origens de
Dicas de Construção umidade, e se houver, corrija antecipadamente. • Remova poeiras, materiais soltos, gorduras, bolores, e outros que possam prejudicar a aderência do revestimento. Materiais soltos e poeiras podem ser retirados com escovas de pelo ou de aço, espátulas ou lavagem com água. Gorduras e bolores devem ser removidos com soluções bem diluídas de detergentes, ácido muriático ou água sanitária, e depois lavar em abundância.
CAMADA DE REGULARIZAÇÃO • Aplicar chapisco com traço em volume variando entre 1:3 e 1:4 (cimento e areia); • Aguardar 14 dias para o total endurecimento do chapisco; • Executar a camada de regularização sobre a base umedecida com argamassa mista de cimento, cal e areia, traço em volume na proporção de 1/3, aglomerante e agregado. Por exemplo, utilize os traços 1:1: 6, 1:1, 5:7, 5 ou 1:2: 9. Em paredes externas e piscinas usar o traço mais rico em cimento, 1:1: 6; • A camada de regularização não deve ter espessura superior a 1,5 cm. Caso haja necessidade de aumentar a espessura, execute em camadas. Argamassas com espessuras superiores
a 2,5 cm devem ser armadas com tela deployer ou tela de galinheiro.
ANTES DE INICIAR O ASSENTAMENTO • Verifique se a quantidade de azulejos é suficiente para o revestimento de toda a área. Calcule a área das paredes e adicione mais 10%: 5% por conta dos recortes e 5% de reserva para possíveis reparos futuros. • Analise a disposição das peças nas paredes, de forma a posicionais peças cortadas nos locais menos visíveis; • Faça a submersão das peças em água durante 10 minutos antes da sua aplicação.
ASSENTAMENTO COM ARGAMASSA TRADICIONAL • Utilize argamassa de cimento, cal hidratada e areia com traço em volume que pode ser 1:0, 5:4, 1:1:5, ou 1:2:7,5; • Umedecer a base antes da aplicação das peças; • O assentamento deve ser feito de baixo para cima, respeitando a cota do nível acabado do piso; • Recobrir todo o verso da peça cerâmica com uma camada de argamassa de aproximadamente 1,5 cm;
• Colocar a peça em contato com a parede e pressionar para que o excesso de argamassa saia pelas bordas da peça; • Utilizar valores mínimos de juntas de assentamento conforme tabela abaixo, de forma a permitir variações térmicas dimensionais nas peças; • Verificar sempre o alinhamento horizontal, vertical e o nivelamento das peças, utilizando linha de régua de aço, prumo de face e nível/prumo de bolha.
ASSENTAMENTO COM ARGAMASSA COLANTE • No preparo da argamassa a quantidade de água deve ser a indicada pelo fabricante; • Depois de preparada a argamassa deve ficar em repouso por 20 ou 30 minutos, obedecendo à recomendação do fabricante; • O prazo máximo para sua utilização é de 2,5 horas, não sendo permitidas adições de água durante esse período; • Aplicar a argamassa sobre a superfície com o lado liso da desempenadeira, apertando a sobre a base; • Empregar a desempenadeira com o lado dentado formando cordões, retirando-se o excesso de argamassa; • Não aplicar de uma só vez em superfícies maiores que 25m cm2 de área, de forma a evitar que seja ultrapassado o
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período de 2,5hs, e a formação de uma película sobre os cordões ou a secura completa; • O assentamento deve ser feito, preferencialmente, de baixo para cima, respeitando a cota do nível acabado do piso; • Utilizar valores mínimos de juntas de assentamento conforme tabela já apresentada para o assentamento com argamassa tradicional; • Na colocação das peças aplicar um leve movimento de rotação ou de translação de forma a haver uma melhor acomodação, submetendo-as a uma pressão adequada, permitindo que o excesso de argamassa possa fluir para fora; • Durante o assentamento deve-se verificar regularmente se o tempo de abertura da argamassa não expirou, exercendo-se com a ponta dos dedos uma leve pressão sobre os cordões da argamassa colante. Caso haja transferência de argamassa para os dedos significa que o assentamento pode continuar. Mas se aponta dos dedos apresentar-se limpa é sinal de que o tempo expirou, o deve-se aplicar nova argamassa colante.
Dicas de Construção
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Jurídico
Dr. Reinaldo Cesar Spaziani
HORAS EXTRAS
E BANCO DE HORAS 36 • FORÇA • agosto de 2010
E
m tempo de forte crescimento econômico é natural verificarmos que os índices de desemprego sejam decrescentes. Também é bastante comum observarmos nesse tempo a preocupação que os empresários têm com o atendimento, no tempo contratado com
seus clientes, sejam cumpridos. Essas, dentre outras atividades podem gerar na empresa a necessidade de fazer com que os empregados estendam suas jornadas de trabalho diária, caracterizando assim o que popularmente chamamos de horas extras. É bom para o empregado? É bom para a empresa? Acredito, particularmente, que a melhor resposta seja: ¨depende¨. Para a empresa, depende saber em que
Jurídico condição está o seu caixa e quais suas condições de rentabilidade, pois, resta saber se seus preços sustentam o pagamento das horas extras requeridas. Para o empregado, também depende, pois, nem sempre ele tem disponibilidade para estender sua jornada de trabalho. Exemplo disso é a rotina dos estudantes e das mulheres, que têm outra jornada em sua vida doméstica. Mas, para viabilizar esses interesses que parecem, às vezes, conflitantes, e outras vezes, parecem convergentes, temos uma saída: o banco de horas. Essa é uma solução, moderna e inteligente, que visa atender todas as partes. Assim, vejamos alguma coisa a respeito, pois, trata-se de assunto de longo debate. O LIMITE DA JORNADA: Para saber se existem horas extras, é necessário se fixar o limite da jornada de trabalho. Este limite pode ser estabelecido na Constituição Federal, na lei, nas normas coletivas ou nas normas regulamentares do contrato individual de trabalho. A Constituição Federal de 1988 adotou a chamada “semana inglesa”, duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, e a jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento. A jurisprudência dominante também aceita a “semana espanhola”, que alterna a prestação de 48 horas em uma semana e 40 horas em outra, ajustada mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Como dito acima, o objetivo deste artigo não é a abordagem das diversas possibilidades que regulamentam as jornadas de trabalho e o estudo do banco de horas, pois, precisaríamos de mais tempo de estudo. Somente a título de exemplo, cito que a lei estabelece para a categoria dos bancários (porque já fui bancário) a duração normal do trabalho de 6 horas por dia e de 30 horas por semana ou de
8 horas por dia e de 40 horas por semana para o bancário ocupante de cargo de confiança bancária. Se houver acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva para compensação de jornadas de trabalho, as horas extras não serão devidas além da 8ª hora diária e além da 44ª hora semanal de forma concomitante, mas somente além da 44ª hora semanal. Caso haja prestação de horas extras habituais, o acordo de compensação de jornadas, ainda que realizado dentro das normas legais, fica descaracterizado. Nesta hipótese, o empregado terá direito á horas extras além da jornada semanal normal (44 horas, por exemplo) e ao adicional de horas extras para as horas destinadas à compensação. O acordo de compensação de jornadas não pode prever mais de 2 horas extras por dia. BANCO DE HORAS O chamado “banco de horas” é uma possibilidade admissível de compensação de horas, vigente a partir da Lei 9.601/1998. Trata-se de um sistema de compensação de horas extras mais flexível, mas que exige autorização por convenção ou acordo coletivo, possibilitando à empresa adequar a jornada de trabalho dos empregados às suas necessidades de produção e demanda de serviços. Vale esclarecer que a inovação do “banco de horas” abrange todos os trabalhadores, independentemente da modalidade de contratação, se por prazo determinado ou indeterminado. Suas características são: as pessoas estão chamando esse sistema de “banco de horas” porque ele pode ser utilizado, por exemplo, nos momentos de pouca atividade da empresa para reduzir a jornada normal dos empregados durante um período, sem redução do salário, permanecendo um crédito de horas para utilização quando a produção crescer ou a atividade acelerar, ressalvado o que for passível de nego-
ciação coletiva (convenção ou acordo coletivo). Se o sistema começar em um momento de grande atividade da empresa; aumenta-se a jornada de trabalho (no máximo de 2 horas extras por dia) durante um período. Nesse caso, as horas extras não serão remuneradas, sendo concedida, como compensação, folgas correspondentes ou sendo reduzida a jornada de trabalho até a “quitação” das horas excedentes. O sistema pode variar dependendo do que for negociado nas convenções ou acordos coletivos, mas o limite será sempre de 10 horas diárias trabalhadas, não podendo ultrapassar, no prazo negociado no Acordo Coletivo - em período máximo de 1 ano, a soma das jornadas semanais de trabalho previstas. A cada período fixado no Acordo, recomeça o sistema de compensação e a formação de um novo “banco de horas”. No caso de rescisão do contrato antes da compensação das horas extras, deverá ser feita durante a vigência do contrato, ou seja, na hipótese de rescisão de contrato, sem que tenha havido a compensação das horas extras trabalhadas, o empregado tem direito ao recebimento destas horas, com o acréscimo previsto na convenção ou acordo coletivo, que não poderá ser inferior a 50 % da hora normal.
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Jurídico
Dr. Marco Pizzolato
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR: ANO 20 No mundo das ciências jurídicas é comum os operadores do direito dizerem que quando uma lei fica boa ela é revogada. Isso na prática quer dizer que, ao primeiro uma lei tem que vingar, visto que muitas leis são editadas e no jargão popular, “elas não pegam” e, o vingar significa alcançar a todos e se impor a sua observância. Mais, ao longo do tempo as decisões adotadas sobre os ditames da lei pelo Poder Judiciário vão se uniformizando, numa soma dos dispositivos legais, doutrina e jurisprudência. Por ai, quando há necessidade de alteração de uma norma, é que ela já alcançou a todos com seus aspectos positivos e as vezes negativos. Essa é uma questão que se põe nos vinte anos do Código de Proteção ao Consumidor: — Como serão seus próximos 20 (vinte anos). O direito é uma ciência dinâmica e busca-se se sempre aprimorar os dispositivos legais para atender os anseios sociais e necessidade da coletividade. O CDC como é chamado nasceu de exigência social, superando o campo do direito do contrato privado e, por ai, harmoniza eu um direito próprio, todas as áreas do direito que alcançam o consumidor, trazendo novos conceitos, sob o prisma social para o Direito Civil e Comercial, graduando a boa-fé e extinguindo renuncia prévias a direitos, estabelecendo regras de hermenêutica para os contratos, estabilizando cláusulas através da declaração de nulidade plena daquelas que prejudicam o consumidor, enfim, trata-se de uma legislação de interesse público e social. 38 • FORÇA • agosto de 2010
O Código é composto de seis títulos: TÍTULO I - Dos Direitos do Consumidor; TÍTULO II - Das Infrações Penais; TÍTULO III - Da Defesa do Consumidor em Juízo; TÍTULO IV - Do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor; TÍTULO V - Da Convenção Coletiva de Consumo; e TÍTULO VI - Disposições Finais e, sua edição já fora prevista no artigo 48 das Disposições Transitórias da Constituição Federal de 1988. O artigo 48 das Disposições Transitórias da Carta Magna dispõe que, “ita lex dixit”: “Art. 48 - O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor.”
Não é preciso afirmar que este prazo não foi observado, já que referida legislação veio ao mundo no ano de 1990, passando a viger como Lei nº 8.078, de 11 de Setembro de 1990. Releve-se ainda que, a Constituição Federal estabeleceu uma obrigação ao Estado, que consideramos como cláusula pétrea, já que disposta na parte das garantias constitucionais: “O Estado promoverá, na forma de lei, a defesa do consumidor” (artigo 5º, XXXII da CF/88). Em consonância com esta norma e dentro da lógica jurídica, pelo seu artigo 170 aa CF/88 dispõe no capítulo sobre a ordem econômica que a mesma respeitará o princípio de defesa ao consumidor. Por seu artigo 2º o CDC conceitua que: “... o consumidor é toda pessoa física ou
Jurídico jurídica que adquire e utiliza produto ou serviço como destinatário final”. Assim, resta estabelecida a diferença entre o consumo e a produção, já que aquele que adquirir ou utilizar de produto ou serviço para repassar para terceiros, como sua atividade fim, não será consumidor. Dentre as discussões mais notórias sobre a aplicabilidade do CDC, encontrase aquela que questiona se as instituições financeiras estão ou não sujeitas ao CDC, já que regulamentadas pelo Banco Central. Não só o Supremo Tribunal Federal ditou que estas instituições se submetem aos ditames da legislação consumerista, como também o Banco Central criou, com base no CDC, regras de proteção ao correntista, de obrigatória observância pelos bancos. Se o direito do consumidor ganhou proteção efetiva na CF de 1998, é certo que antes já ganhou respaldo legal com a edição da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1.985, que trata da Ação Civil Pública e, neste segmento, com projeção para o futuro, vem influenciando novas normatizações legais ou administrativas. O certo é que a legislação consumerista veio para ficar e irá irradiar mais e mais seus efeitos sobre as demais normatizações especiais, tanto no âmbito federal, estadual como municipal. Assim, quando se discute regras sobre estacionamento de um shopping, ou mesmo o uso ou não de sacolas plásticas pelo mercando, verifica-se a atuação do município em defesa do consumidor, porém já com abrangência em outros direitos especiais, no casa das sacolas estamos falando em proteção ao meio ambiente no que se integra com o direito do consumidor transportar mercadorias, porém, sem agredir o meio ambiente. Valores como ética, transparência, responsabilidade e racionalidade econômica irão permear as normatizações
futuras dentro do quadro complexo das ações e necessidades de nossa sociedade, passando por ai, um dos grandes desafios do CDC. Tais ações se desenvolvem no campo politico, econômico e social e, para tanto, é necessária a plena divulgação da legislação consumerista, bem como o seu debate. Cada vez mais se exige posturas da empresa, que vão desde a observância das normas de proteção ao consumidor, de respeito aos direitos humanos, entre outros, o que é reflexo de uma sociedade mais politizada. O aconselhável será a introdução do ensino dos direitos do consumidor nos primeiros anos de educação escolar. Já estamos no curso da era do “consumo sustentável”, que envolve regras da legislação consumerista com as de proteção do meio ambiente. As regras de consumo hoje já são sentidas nos meios de comunicação, nos serviços de saúde, demonstrando que o consumo faz parte de um sistema maior de regras legais. Neste sentido, criaram-se as agências reguladoras que controlam atividades monopolizadas tais como serviços de energia, telefonia, transportes, etc. Já se discute a fiscalização das agências reguladoras, sem ferir suas atuações que se pretendem independentes. Doutro lado vemos iniciativas particulares, com o o CONAR no campo publicitário. Na prática, a nosso ver, a legislação consumerista será um dos grandes pontos de debate sobre direitos individuais e coletivos nos próximos 20 anos. Estamos há 20 (vinte) anos falando sobre direito do consumidor, sobre conquistas alcançadas e muito há por avançar e falar sobre o tema; porém, infelizmente, não se verifica a inclusão deste assunto nos programas de gover-
no de nossos candidatos e nos grandes debates nacionais. Na prática, em algum momento somos todos consumidores e, devemos estar atentos e provocar o debate sobre o direito do consumidor em face dos serviços públicos, tais como de vias de transporte, transportes, segurança, saúde, saneamento, etc. O artigo 4º do CDC informa como direitos básicos “...o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo...”, sempre considerando o consumidor a parte mais frágil nesta relação. Questão pouco discutida é enquadramento do setor público nas regras consumeristas, porém, o artigo 22 do CDC, estende ao setor público a aplicação destas normas, “sic ut legibus”: “Art. 22 - Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumprilas e a reparar os danos causados, na forma prevista neste Código”. Como se verifica, a muito que se falar, discutir, debater sobre a legislação consumerista e, cada um pode discutir os serviços que recebe da União, Estado e município sob os princípios desta normatização. agosto de 2010 • FORÇA • 39
Jurídico
Dr. Luiz Alberto Lazinho
AVISO-PRÉVIO INDENIZADO – NÃO INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÕES DA SEGURIDADE SOCIAL
O
aviso-prévio indenizado corresponde à remuneração de 30 (trinta) dias paga pelo empregador, quando este decide unilateralmente demitir o empregado sem justa causa e sem o cumprimento do aviso prévio. Desta indenização, resulta também a projeção de 1/12 (um doze) avos de 13º salário indenizado e 1/12 avos de férias indenizadas previsto em lei, salvo maiores números de dias de aviso e de avos que possam estar assegurados por conta da convenção coletiva de trabalho. Neste sentido, o aviso-prévio indenizado não é salário de contribuição previdenciária, mas uma remuneração extra, pois não é retribuição ao trabalho, já que o empregado não está mais em atividade. Contudo o Decreto nº 6.727, de 12 de janeiro de 2009, excluiu a alínea “f” do inciso V do § 9º do artigo 214 do Decreto 3.048/99, que trata da Organização e Custeio da Seguridade Social. 40 • FORÇA • agosto de 2010
A referida alínea “f” dispunha sobre a exclusão de base de incidência das contribuições previdenciárias e especialmente sobre o aviso-prévio indenizado. Ainda que autorizada nova fonte de custeio da seguridade social, a exigência via decreto fere o disposto no § 4º do art. 195 da Constituição Federal, onde a lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecendo ao disposto no art. 154, I que trata da exigência de lei complementar. Convenhamos, as Instruções Normativas e os Decretos Regulamentadores do Executivo devem ater-se à explicitação do conteúdo de outras leis, para que estas sejam aplicadas de forma equânime, não podendo ter conteúdo inovador, estabelecendo uma determinada regra de incidência que não existe na Lei nº 8.212/91. Ora, no direito brasileiro, os decretos, regulamentos, portarias, instruções e outros atos normativos do po-
der Executivo têm o objetivo precípuo de dar fiel execução ao disposto na Lei, não sendo, sob hipótese alguma, meio hábil a fornecer distinções, obrigações e direitos naquele veículo não estabelecidos. Eis a essência da legitimidade normativa. Nesse sentido, destacando-se a impossibilidade do administrador exercer a função integrativa da Lei, vale assinalar o magistério de Sacha Calmon Navarro Coelho : “Se a lei for omissa ou obscura ou antitética em quaisquer desses pontos, descabe ao administrador (que aplica a lei de ofício) e ao juiz (que aplica a lei contenciosamente) integrarem a lei, suprindo a lacuna por analogia ou interpretação extensiva”. (Comentário à Constituição de 1988, Sistema Tributário, RJ, Forense, 4ª ed., 1992, p.285). Ainda sobre o limite regulamentar a lição sempre oportuna do Professor Paulo de Barros Carvalho: “Por ser adstrito ao âmbito de lei ordinária determinada,
Jurídico
o decreto regulamentador não poderá ampliá-la ou reduzi-la, modificando de qualquer forma o conteúdo dos comandos que regulamenta. Não lhe é dado, por conseguinte, inovar a ordem jurídica, fazendo surgir novos direitos e obri-
gações. Daí sua condição de instrumento secundário de introdução de regras tributárias”. (Comentário à Constituição de 1988, Sistema Tributário, RJ, Forense, 4ª ed., 1992, p.285) Ademais, o art. 99 do CTN também determina, expressamente, o alcance e o conteúdo dos decretos, limitando a matéria destes aos liames da Lei que regulamentam. Assim, a inclusão da base de incidência do aviso prévio indenizado acabou por inovar no mundo jurídico, não encontrando fundamento de validade intrínseco ou extrínseco na própria Lei 8.212/91, em clara ofensa ao Código Tributário Nacional e à Constituição Federal, haja vista que a definição de obrigações e direitos através de atos do poder executivo fere o principio da separação de poderes, sendo prática repudiada no atual sistema legal, a se reger pelos princípios da legalidade e da tipicidade. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região, e o Superior Tribunal de Justiça tem decidido de forma reiterada a não incidência de contribuições destinadas à seguridade social sobre aviso-prévio indenizado. F 41 WWW.HANIER.COM.BR agosto de 2010 • ORÇA •
Espaços Campinas tem economia equivalente a de países inteiros da América do Sul e espera ainda mais crescimento com o TAV
OS 236 ANOS DE QUEM NÃO PARA DE CRESCER 42 • FORÇA • agosto de 2010
Espaços
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om mais de um milhão de habitantes e uma frota que ultrapassa 500 mil veículos, Campinas se transformou na metrópole do interior. Acumulou riquezas, superou a economia de países inteiros da América do Sul, se tornou referência mundial em tecnologia e pesquisa científica. É hoje a 11ª cidade mais rica do Brasil, tem o terceiro maior par-
que industrial do País e se destaca pela infraestrutura e logística. Aos 236 anos, completados no dia 14 de julho, a Princesa D’Oeste não para de crescer. Com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 27,1 bilhões, a cidade campineira tem uma economia que equivale a de países inteiros da América do Sul, como por exemplo, Paraguai e Bolívia. É 11ª cidade mais rica do Brasil, concentrando mais de 50 mil empresas e o terceiro maior parque industrial do País. Das 500 maiores empresas do mundo instaladas no território nacional, 50 delas estão município ou em sua região metropolitana, composta por outras 18 cidades. Com tantas empresas, a força economia de Campinas também se reflete na geração de empregos. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam
que a cidade está entre as dez que mais contratam no país e é a melhores do Interior para se trabalhar, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Por tudo isso, Campinas se transformou na quarta maior praça financeira do País. São mais de duas agências bancárias para cada 10 mil habitantes. Em seus 236 anos, não é só no campo econômico que a Princesa D’Oeste se destaca. Quando assunto é tecnologia, o pólo tecnológico de Campinas foi apontado, pela Organização das Nações Unidas (ONU), como um dos mais importantes do Hemisfério Sul. No campo educacional, a presença de ao menos cinco renomadas instituições de nível superior faz de Campinas um dos mais reconhecidos pólos acadêmicos do Brasil e de toda a América Latina. Dentre elas destaque para a Unicamp, uma das 200 melhores instituições do mundo. Quando o assunto é infraestrutura urbana, Campinas abriga o Aeroporto Internacional de Viracopos, um dos mais importantes do país, e está pronta para continuar crescendo. Como metrópole que se preza, está em evidência. Tem seus pontos positivos, mas, também tem problemas como todas as outras grandes cidades do mundo. A Campinas do futuro tem a expectativa de crescer ainda mais, pois terá tecnologia de ponta com o sofisticado Trem de Alta Velocidade (TAV), que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro e que deverá ser implantado até 2014. Se, sem o TAV a metrópole do interior já é referencia no Brasil, há alguma dúvida do crescimento que terá com ainda mais infraestrutura? agosto de 2010 • FORÇA • 43
CAMPINAS DE HISTÓRIA, PATRIMÔNIOS E PERSONAGENS
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ampinas é conhecida hoje como a cidade-fênix, por conta de seu renascimento depois da febre amarela que devastou 25% da população no fim do século XIX, e como a Princesa D’Oeste, devido ao seu grande progresso e por estar a oeste da capital do estado. Mas, a história mostra que Campinas só virou cidade e teve esse nome depois de 84 de sua fundação. O primeiro nome de Campinas foi Campinas de Mato Grosso, devido à floresta densa e inexplorada que caracterizava a região. A floresta era passagem obrigatória das Missões dos Bandeirantes que iam para as minas
de ouro no interior. O povoamento da Campinas do Mato Grosso teve início entre 1739 e 1744, com a vinda do fazendeiro Francisco Barreto Leme, de Taubaté. Em 14 de julho de 1774, numa capela provisória, foi celebrada a primeira missa oficializando a fundação da Freguesia Nossa Senhora de Conceição de Campinas. Em 1797 a freguesia foi elevada à categoria de vila e recebeu o nome de Vila de São Carlos. Somente em 5 de fevereiro de 1842, 84 anos depois de sua fundação, foi elevada à categoria de cidade e recebeu o nome de Campinas. A agricultura teve um papel de desta-
que na história da cidade de Campinas, que se aproveitou do solo fertil de terra roxa. A cana-de-açúcar foi a primeira cultura agrícola da cidade, logo suplantada pelas lavouras de café. Em pouco tempo, a economia cafeeira impulsionou um novo ciclo de desenvolvimento da cidade. Porém, com a crise da economia cafeeira, a partir da década de 1930, a economia de Campinas assumiu um perfil mais industrial e de serviços, que persiste até hoje. A cidade então recebeu imigrantes provenientes de todo o mundo, principalmente italianos, atraídos pela instalação de um novo parque produtivo.
PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS E PONTOS TURÍSTICOS: A Praça Carlos Gomes, que em 1880 era utilizada por lavadeiras que estendiam roupas pelo capinzal depois de lavá-las no chafariz, é um dos principais pontos turísticos da cidade. Outro patrimônio é o monumento-túmulo da estátua do maestro Carlos Gomes, que nasceu em Campinas em 1836. Bem como o monu44 • FORÇA • agosto de 2010
GRANDES PERSONAGENS Em Campinas nasceram grandes personagens brasileiros, como Guilherme de Almeida, escritor, que criou a Canção do Expedicionário, a cantora Maria Monteiro, a Viscondessa de Campinas, D. Maria Luzia de Souza e o militar republicano Benjamin Constant. Outra personalidade marcante foi Júlio Mariano, também conhecido como “o homem que fez o jornal sozinho”. Era o primeiro jornalista negro e sofria grandes preconceitos. Ao longo de sua vida publicou vários artigos e também dois livros – “Campinas de Ontem e de Hoje” e “Badulaques”. Pelo sacrifício e persistência de Júlio as informações sobre as antigas guerras e como elas afetaram Campinas são conhecidas até os dias de hoje.
mento de Campos Sales, feito de granito cinza com colunas simbólicas e figuras em bronze, inaugurado em 8 de agosto de 1934 no Largo do Rosário. Outros pontos turísticos são a Lagoa do Taquaral, Jockey Club, a Torre do Castelo, o Mercadão, a Academia Campineira de Letras e Artes e a Catedral Metropolitana, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, que pode ser admirada de longe por vários ângulos. agosto de 2010 • FORÇA • 45
Espaços
REFERÊNCIA NO MERCOSUL Santa Bárbara d’Oeste recebe matriz e Centro de Pesquisas da Denso do Brasil
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m pouco tempo a cidade de Hoje, a Denso está presente em 30 paíSanta Bárbara d’Oeste, na ses e exporta para mais de 60. Região Metropolitana de A sede barbarense da empresa, que Campinas, será referência deve entrar em funcionamento no fipara o Mercosul no desenvolvimento de nal deste ano ou no início de 2011, terá ar de refrigeração e climatização de ve- uma área de 300 mil metros quadrados, ículos. A empresa japonesa Denso está localizada no entroncamento das rodoinvestindo R$ 65 milhões no municí- vias dos Bandeirantes com a Luiz de pio para instalar a matriz da Denso do Queiroz (SP-304). Até o final deste mês Brasil – que hoje funciona em Curitiba deve ser finalizada a primeira fase da (PR) - e um Centro de Pesquisas, que obra, a construção uma fábrica com 20 vai auxiliar o desenvolvimento de automóveis produzidos na América do Sul. Os planos do grupo empresarial japonês são ainda mais ambiciosos. Eles pretendem expandir a produção da fábrica barbarense para o ramo de eletroeletrônicos e dobrar o faturamento de 1,2 bilhões que tem no Mercosul até 2015. Os planos da empresa em Santa Bárbara foram anunciados pelo presidente da Denso do Brasil, Hiroshige Shinbo, ao prefeito municipal Mário Heins e ao secretariado, no dia 15 de julho, quando esteve em visita à cidade. A escolha do município barbarense, segundo Shinbo, foi estratégica pelo fato de a empresa possuir muitos clientes (montadoras de veículos) na região e por terem conseguido se instalar numa área onde será possível atender as demandas da empresa – uma das maiores forne- Prefeito municipal Mário Heins e Paulo Ninomiya, cedoras de peças automotivas do diretor da Denso do Brasil mundo para grandes montadoras. “A meta é dobrar o faturamento da em- mil metros quadrados, orçada em R$ 65 presa, de 1,2 bilhões, no Mercosul até milhões. Para o ano quem, a 2015”, anunciou o dirigente japonês. empresa deve expandir a planta em 46 • FORÇA • agosto de 2010
“Meta é dobrar o faturamento de 1,2 bilhões no Mercosul até 2015
”
50%. Ainda neste mês começam a chegar os primeiros equipamentos usados na produção. Diz Paulo Ninomiya, diretor da Denso do Brasil: “Alguns equipamentos de injeção, usados para a produção, já saíram do Japão e estão chegando à cidade. São equipamentos
rém, 100 virão da fábrica de Pindamoiangaba, que será fechada. Alguns barbarenses já foram recrutados e estão em treinamento na sede de Curitiba. O prefeito Mário Heins destacou que a empresa “já é uma realidade no município. Vai gerar muitos empregos e vai aumentar e muito a arrecadação do município”, comemorou. “É uma grande conquista para a nossa cidade e o nosso povo. É um investimento de porte que a cidade precisava há muitos anos”. Infraestrutura - O Distrito Industrial que vai abrigar a matriz da Denso do Brasil foi classificado como “um projeto ousado” pelos representantes da
empresa. Na planta está previsto um terminal urbano e interurbano logo na entrada do distrito, uma área de estacionamento para caminhões e carretas e uma barragem de 150 mil metros quadrados de lâmina d’água e capacidade de reservação de 500 mil metros cúbicos de água. Além disso, também está prevista a construção de uma ciclovia para atender moradores da região próxima, como meio de transporte barato e não poluente. Existe, ainda, a possibilidade de todo o distrito ser fechado como um condomínio, como forma de garantir maior segurança às empresas.
grandes e pesados”. A empresa afirmou que vai contratar 350 trabalhadores. Desse número, poagosto de 2010 • FORÇA • 47
Espaços COMPOSIÇÃO DA CÂMARA DOS VEREADORES DE CAMPINAS
REFERÊNCIA NO 15ª LEGISLATURA 2009-2012 MERCOSUL Mesa Diretora
Santa Bárbara d’Oeste recebe matriz e Centro de Petterson Prado (PPS) Aurélio Cláudio (PDT) Pesquisas da Denso do Brasil Presidente Sala: 24 Fone: 19 3736.1550 vereadoraurelio@camaracampinas.sp.gov.br
1º Secretario Sala: 07 Fone: 19 3736.1660 petterson.prado@camaracampinas.sp.gov.br
Valdir Terrazan (PSDB) 1º Vice-Presidente Sala: 27 Fone: 19 3736.1720 valdir.terrazan@camaracampinas.sp.gov.br
Angelo Barreto (PT) 2º Secretario Sala: 05 Fone: 19 3736.1480 Fax: 19 3736.1487 angelopt@camaracampinas.sp.gov.br www.vereadorangelobarreto.com.br
Rafa Zimbaldi (PP) 2º Vice-Presidente Sala: 12 Fone: 19 3736.1640 rafa.zimbaldi@camaracampinas.sp.gov.br
Sebá Torres (PSB) Corregedor Sala: 31 Fone: 19 3736.1750 seba@camaracampinas.sp.gov.br www.seba.com.br
Antonio Flôres (PDT) Fone: 19 3736.1570 verflores@camaracampinas.sp.gov.br
Biléo Soares (PSDB) Fone: 19 3736.1700 bileosoares@camaracampinas.sp.gov.br
Antonio Francisco dos Santos O Politizador (PMN) Fone: 19 3736.1500 ver.opolitizador.afs@camaracampinas.sp.gov.br
Campos Filho (DEM) Fone: 19 3736.1450 camposfilho@camaracampinas.sp.gov.br
Artur Casseb Orsi (PSDB) Fone: 19 3736.1650 artur.orsi@camaracampinas.sp.gov.br
Cidão Santos (PPS) Fone: 19 3736.1670 cidao.santos@camaracampinas.sp.gov.br
Vereadores
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Dário Jorge Giolo Saadi (DEM) Fone: 19 3736.1560 dariosaadi@camaracampinas.sp.gov.br
José Carlos do Nascimento Oliveira O Zé do Gelo (PV) Fone: 19 3736.1490 zedogelo@camaracampinas.sp.gov.br
Dr. Pedro Serafim Jr. (PDT) Fone: 19 3736.1360 dr.pedroserafim@camaracampinas.sp.gov.br
José Carlos Silva O Zé Carlos (PDT) Fone: 19 3736.1520 zecarlos@camaracampinas.sp.gov.br
Dr. Sebastião dos Santos (PMDB) Fone: 19 3736.1650 sebastiaosantos@camaracampinas.sp.gov. br
Josias Lech (PT) Fone: 19 3736.1310 vereadorjosiaslech@camaracampinas.sp.gov.br
Francisco Sellin (PDT) Fone: 19 3736.1330 sellin@camaracampinas.sp.gov.br www.sellin.com.br
Leonice Alves da Paz (PDT) Fone: 19 3736.1320 leonicedapaz@camaracampinas.sp.gov.br
Jairson Valério dos Anjos O Canário (PT) Fone: 19 3736.1680 canario@camaracampinas.sp.gov.br
Luiz Henrique Cirilo (PPS) Fone: 19 3736.1350 cirilo@camaracampinas.sp.gov.br
Jorge Schneider (PTB) Fone: 19 3736.1540 jorge.schneider@camapacampinas.sp.gov. br
Miguel Arcanjo Monteiro Vicente (PSC) Fone: 19 3736.1730 miguelarcanjo@camaracampinas.sp.gov. br
Paulo Sérgio Galtério (PSB) Fone: 19 3736.1470
Sidney Lourenço (PSB) Fone: 19 3736.380
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Espaços Paulo Shinji Oya (PDT) Fone: 19 3736.1410 paulo.oya@camaracampinas.sp.gov.br
Professor Alberto Alves da Fonseca (DEM) Fone: 19 3736.1370 professoralberto@camaracampinas.sp.gov. br
Tadeu Marcos Ferreira (PTB) Fone: 19 3736.1710 tadeumarcos@camaracampinas.sp.gov.br
Thiago de Moraes Ferrari (PMDB) Fone: 19 3736.1510 thiagoferrari@camaracampinas.sp.gov.br www.thiagoferrari.com.br
Rafael Godeiro O Zé Cunhado (PDT) Fone: 19 3736.1340 Vicente Carvalho e Silva (PV) Fone: 19 3736.1690 vicenteupa@camaracampinas.sp.gov.br Sérgio Benassi (PCdoB) Fone: 19 3736.1740 sergiobenassi@camaracampinas.sp.gov.br
Câmara Municipal de Campinas Av. da Saudade n.º 1004 Ponte Preta - Campinas SP Fone: 19 3736.1300 / Fax 19 3736.1396 informatica@camaracampinas.sp.gov.br 50 • FORÇA • agosto de 2010
Espaços
LOGÍSTICA ESTRATÉGIA PARA OBTER VANTAGEM COMPETITIVA
A
Prof. Carlos Alberto Rocha
ssim como Marketing
mento de Logística não é somente adequar os processos com essa denominação,
não é somente propa-
mas é uma questão de estratégia. Segundo Michael Porter, uma das maiores au-
ganda, Logística não é
toridades em estratégia do mundo, Estratégia é fazer alguma coisa de diferente
somente transporte. O
da concorrência, para obter vantagem competitiva. Portanto muitas Empresas
conceito de Logística originou-se da
estão utilizando a Logística e o Supply Chain Management (Gestão da Cadeia de
palavra francesa “loger”, que significa
Suprimentos), como principal diferencial em relação à concorrência. Segundo o
alojar. A Logística migrou da área mi-
autor Martin Christopher Logística é o processo de gerenciamento estratégico da
litar para o mundo dos negócios, ini-
compra, do transporte e da armazenagem de matérias primas, partes e produtos
cialmente com o mesmo objetivo: “O
acabados (além dos fluxos de informação relacionados) por parte da organização
produto certo, no lugar certo, na hora
e de seus canais de marketing, de tal modo que a lucratividade atual e futura seja
certa”. Atualmente ter um Departa-
maximizada mediante a entrega de encomendas com o menor custo associado.
EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA
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EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS DE LOGÍSTICA (FGV-SP)
Espaços O desenvolvimento da Logística Integrada e posterior evolução para o Supply Chain Management deve ser
vantagem competitiva de integrar as atividades, na mesma lógica da integração dos processos propostos pelos
uma estratégia da Empresa e ter um compromisso da Alta Administração, pois outras tecnologias de gestão deverão ser incorporadas, portanto uma profunda mudança cultural, principalmente em relação a migrar da mentalidade de produto, para uma mentalidade de mercado, com conceitos de retenção e fidelização de clientes. As Empresas que pretendem ter a Logística como estratégia, tem que se nutrir de conceitos de Marketing, Gestão pela Qualidade Total, Lean Manufacturing, JIT, Benchmarking e certamente investir em Tecnologia de Informação. Porém qualquer investimento em TI deve ser acompanhado da mudança cultural, pois o ERP (Enterprise Resource Planning), Sistema Integrado de Gestão Empresarial, não muda o ambiente da Empresa e nem os comportamentos e atitudes das pessoas. Um conceito que acredito muito é a
ERPs, e buscar com essa integração a possibilidade da incorporação de tecnologias que possibilitam trabalhar de forma enxuta com um sincronizado planejamento interno e da cadeia de abastecimento, possibilitando uma redução de ativos permanentes (prédios, empilhadeiras, equipamentos, etc.) e ativos circulantes (estoques). A Empresa precisa fazer a sua parte, e com os dados e indicadores obtidos através da TI, tomar decisões e avaliar as atividades que agregam valor e o nível de serviço oferecido ao Cliente. Dentro desse conceito de tomar decisões através de um Sistema Inte-
grado de Gestão Empresarial, o processo logístico utilizará os recursos do MRP I (Material Requirements Planning), que se refere ao planejamento das necessidades dos materiais. O papel do MRP I é dar suporte à decisão sobre a quantidade e o momento de coordenar o fluxo de materiais. Um bom funcionamento do MRP I apresenta uma boa redução dos níveis de estoque, liberando capital de giro, espaço físico, flexibilidade e dinamismo para se dedicar e investir em novas linhas de produção, ou pesquisas e desenvolvimentos de novos produtos e serviços com esses recursos. O objetivo é criar o seguinte círculo virtuoso: redução dos níveis de estoques, aumento da capacidade de produção, aumento dos lucros e maior capacidade de investimento. Pode ser utilizado como dados de entrada; pedidos em carteira ou previsões de demandas passadas pela área comercial e marketing da Empresa. Com essas informações é possível, pela estrutura do produto calcular os materiais de diversos tipos, bem como a verificação do momento que serão necessários, substituindo estoque por informação de tempo (lead-time). O MRP II (Manufacturing Resource Planning) se refere ao Planejamento de
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Espaços Recursos da Manufatura. Esse módulo permite que a Empresa faça uma gestão global da produção. O ERP é uma evolução e muito mais abrangente que o MRP II, pois integra todos os processos mencionados aos processos administrativos e até mesmo aos sistemas de fornecedores e clientes. Não é desejável a utilização do MRP II sem a implantação do MRP I. As utilizações desses sistemas exigem grandes investimentos e devem ser feitos gradativamente, junto com a evolução cultural dos recursos humanos. Os investimentos devem
ser feitos em hardware, software, e a constante preocupação com o treinamento e desenvolvimento dos colaboradores envolvidos. Os resultados são obtidos em médio prazo e muitas Empresas não conseguem concluir a implantação, devido à incapacidade de evoluir no modelo de gestão proposto. É certo que uma Organização que deseja crescer e ter como vantagem competitiva a Logística Integrada e o Supply Chain Management deverá investir em um ERP, mas não pode deixar de avaliar seus processos, avaliar a cultura da Empresa e suas implicações e principalmente avaliar as competências de seus gestores e colaboradores dentro dessa estratégia.
ORGANOGRAMADA DO DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICA
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Espaços
235 NOVOS POSTOS DE TRABALHO EM SB Antes de ser inaugurada CTB já oferece vagas
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ntes mesmo de sua inauguração, a CTB (Casa do Trabalhador Barbarense) já é realidade em Santa Bárbara d’Oeste. O projeto anunciado pelo prefeito Mário Heins (PDT) no final de junho, durante o lançamento do programa Projovem Trabalhador, teve seu ponta pé inicial no dia 13 de julho quando foi utilizada para fazer a seleção de 235 pessoas para trabalhar na Tenda Atacados, que irá 56 • FORÇA • agosto de 2010
se instalar na Zona Leste da cidade, em área próxima ao Tivoli Shopping. A CTB é um projeto desenvolvido pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, que visa dar total apoio ao trabalhador com vista à sua inserção, reinserção ou permanência no mercado de trabalhoem condições dignas e de forma socialmente justa e, também aos empresários. Em um único espaço o trabalhador terá auxílio para elaborar o
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currículo, terá orientações gerais, acesso às vagas disponíveis no município e poderá se inscrever a elas e, terá ainda o encaminhamento à vaga. Já o empregador poderá utilizar este espaço para divulgar as vagas, terá acesso aos currículos dos profissionais e poderá fazer a seleção de mão de obra. O trabalho da CTB será desenvolvido no prédio da Secretaria de Desenvolvimento, que está passando por uma reforma, com adequações físicas, construção de salas de treinamento e de reuniões, entre outras adaptações no imóvel. A Secretaria de Desenvolvimento, está localizada à Rua Riachuelo, 739, no Centro e a inauguração da CTB está prevista para o mês de agosto. agosto de 2010 • FORÇA • 57
Espaços
PROJOVEM MOSTRA FORÇA
A
Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste por meio da Secretaria Municipal de Desenvol-vimento realizou no dia 30 de junho a aula inaugural do Programa Projovem Trabalhador, que contou com a participação de aproximadamente 1200 pessoas, entre alunos e autoridades. O programa desenvolvido pelo Governo Federal em parceria com a Prefeitura, por meio do Ministério do Trabalho e do
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programa irá qualificar 2 mil jovens em Santa Bárbara
Emprego, permite a inclusão dos jovens no mercado de trabalho ao oferecer qualificação profissional gratuita. Além da parceria com o Governo Federal, a realização do Programa Projovem Trabalhador no município, está sendo viável graças ao envolvimento de instituições como a FAC (Faculdade Anhanguera) e o Senai (Serviço Nacional da Indústria). Em Santa Bárbara d’Oeste são oferecidas duas mil vagas para jovens entre 18 e 29 anos nas área de meta-mecânica, vestuário, beleza e estética, construção e reparos (revestimento e instalações) e administração. Os participantes do programa irão receber auxílio de R$ 100 por mês, durante seis meses, mediante comprovação de frequência nos cursos de qualificação, que terá duração de 350 horas/aula. O aluno recebe
Espaços ainda vale-transporte, alimentação, material didático e material de apoio. O prefeito Mário Heins classifica a parceria com o Governo Federal como uma grande conquista para o município. Para Heins o trabalho desenvolvido por sua Administração é fruto do empenho de um grupo que defende os mesmos ideais.”Vamos qualificar dois mil jovens graças ao governo (municipal) voltado para os reais problemas de nossa cidade”. O programa também vai beneficiar os empresários do município, que poderão recrutar os jovens qualificados pelo Projovem. A Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Labor Vita - Trabalho e Vida é a executora do programa no município. Ela venceu a licitação para realizar e fazer toda a gestão operacional e administrativa do programa, bem como desenvolver novas parcerias.
CURSOS OFERECIDOS PELO PROGRAMA EM SANTA BÁRBARA
• Assistente administrativo • Operador de logística • Operador de máquina injetora termoplástica • Desenhista de edificações • Desenhista de moda • Assistente contábil • Panificação • Vendas • Beleza e estética • Marketing e comunicação social
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Pedagogia
BANALIZAÇÃO
DA VIOLÊNCIA Jogos de videogame com conteúdo violento deflagram construção da personalidade de jovens e crianças e estimulam comportamento agressivo
I
magine-se na situação de um soldado que precisa defender seu país e para isso matar os inimigos usando armas, facas e bombas. Agora, imagine-se líder de uma gangue que rouba carros em vias públicas, mata quem vê pela frente e ganha dinheiro para comprar casas e ter mulheres. Indo mais além, imagine um adolescente que bate e mata em ambiente escolar, vandaliza o prédio do colégio e é capaz de bater na professora a fim de roubar uma prova. Não é difícil identificarmos esses comportamentos na sociedade e, é ainda mais fácil, encontrarmos essas cenas em jogos de videogame. Certamente, crianças e adolescentes conhecedoras do mundo virtual sabem identificar de qual jogo se trata cada uma dessas cenas e sabem executar todos os comandos para atingir o nível máximo de violência e de barbárie do jogo: a morte. Esses jogos mostram que a violência está cada vez mais presente na vida de crianças e adolescentes e o horroroso se torna 60 • FORÇA • agosto de 2010
banal e até motivo de diversão no mundo da fantasia. A familiarização, cada vez mais cedo com a brutalidade, justifica a escolha por esse tipo de conteúdo. Mas, será que esses jogos podem influenciar no comportamento de quem ainda está desenvolvendo a personalidade? Embora não existam estudos que comprovem a reprodução na vida real do comportamento observado no jogo, especialistas do comportamento humano garantem que a banalização da violência pode, sim, estimular o comportamento agressivo quando existe pré-disposição à violência na própria personalidade da criança. Segundo a psicóloga Gisleine Vaz Scavacini de Freitas, especialista em ado-
lescência pela Unicamp, esses jogos são uma clara representação da sociedade competitiva. “Há jogos violentos de todas as formas, desde aquele que se joga sozinho como outros onde os jovens conversam com os demais e criam estratégias de como derrubar ou matar os inimigos. Esses jogos não são diferentes do que
Pedagogia muitos grupos de empresas fazem para acabar com o seu adversário. Ou seja, os jogos violentos representam a vida na nossa sociedade competitiva”. Alguns dos jogos que fazem mais sucesso entre os jovens foram até proibidos de serem comercializados. É o caso do
o jogador é um adolescente valentão que agride e mata colegas, professores e diretores do colégio onde se passa o jogo. O garoto também agride a professora apenas para colar ou roubar as provas. Diz Gisleine: “Se esse for o objetivo da nossa sociedade, desenvolver crianças e
jogos, violentos ou não, tomem conta da rotina dos filhos. Não é necessário proibir, mas é preciso ficar atento e conversar. É o que acontece com o adolescente Gustavo Ferreti. Aos 12 anos, há pelo menos dois ele joga diariamente videogame e, na maioria das vezes, os jogos escolhi-
jogo Manhunt, proibido de ser vendido em vários países e indicado pela mídia britânica como influência a um assassinato. Entre os jogos favoritos de crianças e adolescentes estão Call of Dutt, Grand Theft Auto, mais conhecido como GTA, e Bulling, cujos objetivos foram descritos no primeiro parágrafo desta reportagem, respectivamente. No jogo Call of Dutt, o jogador é um soldado que ajuda seu exército a matar os inimigos. Dentro de seu arsenal, utiliza armas, facas e bombas para vencer a guerra. No GTA, o jogador é líder de uma gangue e tem como missão roubar veículos e matar quem passa pela rua. O detalhe é que, nem sempre, os alvos da morte são inimigos. É costumeiro matar inocentes que transitam pelas ruas, só pelo prazer de matar. Ainda neste jogo, o jogador ganha dinheiro, compra casas e se relaciona com mulheres. Inclusive há possibilidade de utilizar códigos e desbloquear cenas de sexo explícito. No jogo Bulling,
adolescentes com esse tipo de conteúdo e repertório de comportamento, então eu vou dizer que tudo bem, esse brincar está adiantando o desenvolvimento e estará preparando o seu pensar e sentir para uma sociedade agressiva. Mas, se o objetivo da sociedade for construir um mundo mais harmonioso, onde os direitos humanos sejam respeitados, então eu vou dizer que esse tipo de brincadeira vai à contramão desse mundo, pois se não tiver critérios estará estimulando a barbárie humana Proibidos ou não, esses jogos são vendidos sem nenhuma restrição, chegam às mãos de crianças e adolescentes, podem estimular o comportamento agressivo e os pais, na maioria dos casos, ou são coniventes com a situação ou sequer sabem que os filhos têm esse tipo de jogo em casa. Como tudo o que é proibido aguça a curiosidade e a vontade dos jovens, a orientação é para que os pais sempre tenham bom senso e não deixem que os
dos ou são os de futebol ou os violentos. “Apesar de eu saber que ele tem esse tipo de jogo em casa, sempre estou em cima. Digo quando ele começa a alterar o comportamento e fica agressivo, e não deixo que o videogame tome conta de sua rotina. Ele estuda, joga futebol e brinca com os amigos do bairro de pipa”, diz a mãe, a dona de casa Maria Aparecida. Já o filho garante: “Gosto desses jogos violentos, porque são mais emocionantes. Meus amigos têm e eu empresto os meus para eles. Mas, minha mãe não me deixa fazer isso o tempo todo. Tem vez que prefiro jogar bola na rua com meus colegas” Orienta a psicóloga aos pais: “Escolham jogos onde os seus filhos possam pensar e construir estratégias em grupo para completar alguma tarefa em comum. Converse com ele sobre os jogos, pergunte tudo sobre os jogos, como ganha, como perde, qual a melhor forma, qual a pior forma e quem joga”. agosto de 2010 • FORÇA • 61
Pedagogia
PAIS E FILHOS X VIDEOGAME E COMPORTAMENTO
P
ara entender os impactos dos jogos, violentos ou não, na vida dos filhos e para alertar aos pais quando a diversão se torna perigosa, a Revista Força estendeu a entrevista com a psicóloga Gisleine Vaz Scavacini de Freitas, especialista em adolescência pela Unicamp, e trás os principais pontos do bate-papo: Revista Força: Por qual motivo os jogos com conteúdo violento são os que mais fazem sucesso entre os jovens? Dra. Gisleine Freitas: Muitas crianças e jovens utilizam esses jogos para extravasar a própria raiva e frustração diante das dificuldades da vida. Isso também pode acontecer pelo fato deles não desenvolvem outros repertórios de comportamento para enfrentar a vida como, por exemplo, falar o que sente ou pensa para as pessoas que estão ao seu redor. RF: Quais os impactos dos jogos violentos na vida de crianças e adolescentes? GF: O problema é o tempo que se fica jogando. Algumas crianças podem ficar muito estressadas com o jogo quando está ganhando ou perdendo. Isso eleva a pressão arterial e se essa criança passa uma grande parte do tempo sem fazer um exercício físico, se não come direito nas horas certas, se não tem rotina e nenhum adulto para retirá-la dessa situação, então estamos diante de uma situação bastante perigosa. Muitas dessas crianças têm pais
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de que tem dificuldade de impor limites. Amar é também impor limites, para que seu filho não entre em rota de colisão. RF: E sobre os jogos com cenas explícitas de sexo, quais os impactos dele na vida do jogador? GF: O sexo, assim como os conteúdos agressivos e mórbidos, atrai a atenção de todos nós. Mas, os adultos, na sua grande maioria, já têm os seus freios, a sua razão mais atuante. O que não acontece com a criança que precisa ser protegida dessas situações, pois ainda não tem corpo para realizar os desejos que serão mobilizados por essas cenas. É como passar com um doce bem gostoso na frente de uma criança e dizer para ela ‘você não pode’. Essa situação provoca uma grande tensão na vida mental da criança. No caso do adolescente, a libido, a atenção para os assuntos sexuais estão com um grande colorido e ele sofre por não saber muitas vezes como realizar e lidar com todo esse desejo. Os jogos podem aumentar ainda mais essa tensão e nem sempre resolvê-la. O jovem precisaria conversar e ter suas dúvidas divididas com outras pessoas e não resolver de forma solitária com computador. Isso poderá até atrapalhar, pois a realidade é sempre diferente da fantasia. RF: O comportamento desses jovens muda no convívio social? De que forma? GF: Quando a vida da criança ou adolescente se estrutura em torno do jogo, ao ponto dele preferir jogar a sair com os pais ou amigos, então o convívio social e o desenvolvimento dos comporta-
mentos sociais ficarão prejudicados. Há crianças e adolescentes que chegam a ter crise de abstinência, ficam irritadas com os outros, brigam, ou então ficam deprimidos, ou apáticos. Alguns jovens ficam tanto tempo interagindo com o jogo que quando estão diante de uma pessoa não sabem sustentar um olhar, falam em ritmo de jogo, e não modulam a fala. Isso traz muitos problemas, pois às vezes só se soltam quando o conteúdo da conversa é sobre jogo. RF: Quando os pais devem notar que o que era diversão tornou-se nocivo ao filho? GF: Se o game é a rotina, estamos diante de um vício e ele fica fácil de ser detectado exatamente por isso. A rotina de uma criança e de um adolescente deve estar a serviço da vida dela, do seu aprendizado e desenvolvimento social, afetivo, intelectual, da saúde mental e física, e para isso ela vai precisar de muitas formas de relacionamento. Ficar apenas no game é muito pobre e estressa demais, o que pode provocar vícios, surto, déficit de desenvolvimento. RF: Quais as orientações aos pais? GF: Bom senso! Nem tanto ao céu, nem tanto a terra. As rotinas do comer, dormir,
Pedagogia fazer esporte, lazer, estudar, não pode estar subordinado aos jogos. Escolha jogos onde os seus filhos possam pensar e construir estratégias em grupo para completar alguma tarefa em comum. Converse com ele sobre os jogos, pergunte tudo sobre os jogos, como ganha, como perde, qual a melhor forma, qual a pior forma, quem joga. Faça dessa situação um momento de interação social com o seu filho, inclua os jogos para discutir as relações interpessoais, desenvolver a afetividade, a empatia, a linguagem.
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA
Revista Força traz, a partir desta edição, dicas de livros
A partir desta edição, a Revista Força traz neste espaço, dicas de livros com a colunista Ângela Carrascosa Storolli. Sabendo da importância da leitura para a vida, a mais nova colaboradora da revista é formada em Letras, colunista do jornal: “Corpo & Equilíbrio”, voluntária do Canal NET CIDADE – onde apresenta o quadro de entrevistas: Café Cultural, do programa Circuito Net - e atua como palestrante sobre: “A importância da leitura”. Acredita que ler é essencial, estimulante e cita Rita Foelker: “Ler bons livros é capacitar-se para ler a vida.” “Einstein Sua Vida, Seu Universo” Autor: Walter Isaacson
O livro de Walter Issacson aborda assuntos sobre a vida e as descobertas de Albert Einstein. A biografia foi escrita baseada numa coleção de cartas divulgadas em 2006, vinte anos depois da morte de sua enteada, conforme ela determinara em testamento. Relata a vida do cientista desde a infância até os últimos dias de sua vida revelando um menino curioso que imaginou como seria viajar ao lado de um raio de luz com a velocidade da luz, um estudante genial que se apaixonou por uma colega da Politécnica de Zurique, Mileva Maric, com quem teve dois filhos (Hans Albert e Eduard). O grande desafio era desfazer mitos em torno da vida e obra do gênio alemão.Revela um Einstein avesso a qualquer tipo de dogma e foi esse
espírito rebelde que permitiu o nascimento da teoria que revolucionaria a física; um homem simples, mas ao mesmo tempo impertinente e distante. Einstein disse: “Não tenho nenhum talento especial, apenas uma ardente curiosidade”. O autor é didático, tem senso de humor e tornou este tema acessível a um público leigo. Foi amplamente elogiado pela crítica. Walter Issacson foi presidente do Instituto Aspen e da CNN, além de editor da revista Time. Também é autor de “Benjamin Franklin: An American Life e Kissinger: A Biografy” (1992). Em co-autoria com Evin Thomas escreveu: “Wise Men: Six Friends and the World They Made” (1986). Em 2007, tornou-se colunista da Time. “Juventude & Drogas: Anjos Caídos” Autor: Içami Tiba
Segundo a editora este livro é resulta-
do de 40 anos de experiência clínica em consultório e hospitais e no combate às drogas. “Dá continuidade ao objetivo do Dr. Tiba: ajudar a família, a escola e o jovem a desenvolverem caminhos de controle ou de superação do uso das drogas. Nesta obra, o autor orienta sobre como prevenir o uso de drogas, identificar um filho usuário ou abordá-lo para iniciar tratamento. Faz com que adultos entendam o universo dos adolescentes, identificando e conhecendo as razões que levam seus filhos às drogas. Álcool, cigarro, inalantes e solventes, maconha, tranqüilizantes, anfetaminas, cocaína, crack, alucinógenos, esteróides e anabolizantes, sedativos e indutores do sono, heroína e morfina têm seus sintomas, usos e tratamentos explicados, um a um, em detalhes.” Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu “Família de Alta Performance”, “Quem Ama Educa! E mais 26 livros.
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Tecnologia
TECNOLOGIA A SERVIÇO DO MOTORISTA
Em até três anos motoristas poderão optar por painéis reconfiguráveis. Tecnologia permite escolher cores de fundo e as informações mais importantes do veículo
J
á pensou na possibilidade deixar o painel do seu carro com a sua cara, mudar a cor de fundo e, até mesmo, escolher as informações que achar mais importante? Brasileiro que é Brasileiro já não se contenta mais com carros básicos e essa realidade está com os dias contados. A tecnologia dos painéis reconfiguráveis já equipa os modelos mais luxuosos do mundo e está 64 • FORÇA • agosto de 2010
mais perto de chegar ao Brasil do que se imagina. Daqui a dois ou três anos, estimam os especialistas, motoristas brasileiros poderão substituir o painel de instrumentos por um display de LCD reconfigurável, que permite mudar a apresentação gráfica e escolher as informações que quiser ver – como, por exemplo, consumo de combustível, conta-giros, tempe-
ratura, tensão das baterias e o ângulo de inclinação. Além disso, também é possível escolher as cores de fundo, desenho e até alterar a fonte das letras e dos números. Só não é possível tirar da tela o velocímetro, que é obrigatório por lei. Apesar de ser semelhante a uma tela de computador ou de celular, o painel reconfigurável deve chegar ao mercado brasileiro custando até três vezes mais
Tecnologia do que o convencional. O dispositivo é complexo de ser desenvolvido e precisa ser resistente a alta temperatura, vibrações e transmitir os dados em tempo real, o que encarece o preço final do produto. Mas, segundo contou o gerente de engenharia de desenvolvimento na área de painéis de instrumentos da Continental, Iaran Gadotti, ao portal G1, “a tendência é que com a demanda, os preços abaixem gradativamente até chegar aos modelos de entrada”. As empresas de desenvolvimento automobilístico daqui já estão com os softwares desenvolvidos para atender a demanda do mercado. A Magneti Marelli já tem um modelo pronto com quatro opções de configurações pré-definidas. Caso o motorista escolha a primeira opção, ela traz indicações analógicas do velocímetro, do conta-giros, do relógio, do marcador de temperatura e do nível de combustível que podem estar disponíveis em um fundo azul ou vermelho. Àqueles que não dispensam a esportividade, na segunda opção existe um
velocímetro digital e conta-giros exponencial e uma off-road, que- no lugar do conta-giros – trás as informações de inclinação frontal e lateral do veículo. Neste caso, imagens captadas pela câmera instalada na porta traseira são reproduzidas do lado esquerdo do painel quando o motorista engata a marcha à ré. A terceira opção permite mudar o fundo do quadro por uma figura ou uma foto, como acontece no desktop de um computador. Com mais opções de cores, este software promete ainda interagir com o sistema GPS e com o aparelho celular. Carros-conceitos e modelos luxuosos produzidos por grandes marcas, como a alemã BMW e as norte-americanas Ford e General Motors, já vêm equipados com a novidade há algum tempo. A tecnologia, porém, só começou a crescer na indústria mundial agora. Com o software já desenvolvido no Brasil, agora, cabe as montadoras incorporarem ou não esse novo conceito em seus modelos.
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Software permite que motorista mude a cor de fundo do painel de intrumentos e escolha as informações que achar mais importantes (Foto: Milene Rios/G1)
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Moda
BRASIL ANTECIPA PARA O MUNDO TENDÊNCIAS DO OUTONO/INVERNO 2011 Premiére Brasil apresentou pela primeira ao mundo da moda as tendências de cores, tecidos e aviamentos para o outono/inverno do próximo ano
O
mundo da moda viu pela primeira vez as cores, tecidos e aviamentos que estarão nas vitrines, ruas e passarelas no outono/inverno 2011. Reforçando a posição do Brasil como parte do cenário fashion, o país antecipou as novidades do hemisfério Norte para América Latina, na versão latino-americana do Première Vision - maior salão mundial do segmento têxtil , que também acontece em Paris, Xangai, Nova York, Moscou, Beijing e Tóquio. Firmando-se no calendário internacional do Première Vision, a segunda edição do Première Brasil aconteceu nos dias 21 e 22 de julho, na Transamérica Expo Center, em São Paulo, e reuniu 88 renomados expositores nacionais e internacionais. Em relação à primeira edição, realizada em janeiro deste ano e que antecipou as novidades para a 66 • FORÇA • agosto de 2010
primavera/verão 2011, houve aumento de 30% no número de expositores e de 50% no espaço do evento. De acordo com o presidente do Sinditextil-SP, Rafael Cervone Netto, o evento coloca o país no circuito da moda. “A importância estratégica de trazer essa feira para o Brasil é colocar o país e São Paulo no circuito da moda. Somente neste ano as indústrias têxteis do Brasil vão empregar oito milhões de pessoas. Vão faturar 50 bilhões de dólares e vão exportar 1,2 bilhões de dólares. Isso mostra a importância do setor para o mundo”. Os visitantes que passaram pelo evento puderam ver as tendências do setor de duas maneiras: pela exposição dos tecidos dos participantes e pela conferência de moda apresentada pela diretora de moda do salão parisiense, Pascaline Wilhelm, em que
foram abordadas as novidades para o inverno 2011. As tendências apresentadas neste Première Brasil só serão mostradas na edição francesa em setembro deste ano Segundo o diretor-geral do Première Vision, Jacques Brunel , a escolha do Brasil para sediar o salão foi natural para o país, que segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tem a sexta maior economia têxtil do mundo. “É o país mais importante da moda na América do Sul e se apóia em uma indústria muito poderosa, com mais de 30 mil empresas entre confecção e têxtil”. Cerca de 40% dos expositores da feira vieram do exterior, sendo de países como: Áustria, Bulgária, França, Alemanha, Itália, Japão, Turquia, Inglaterra e Uruguai. “Os brasileiros trazem mais algodão e malharia, então, os outros países complementam essa oferta que falta aos expositores daqui com lã, seda, rendas, bordados”, disse Brunel na coletiva de imprensa de abertura do salão. O ideal ecológico já se colocou como característica obrigatória do Premiére Brasil, em que muitos dos expositores mos-
Moda tram novidades eco-friendly. Sob a temática “Feel It” as tendências para o Outono Inverno 2011 foram divididas em cinco universos que agrupam os expositores em suas determinadas áreas, facilitando sua distribuição para visitantes e compradores: Denim & Sportswear: apresentou as maiores novidades da moda em jeans, algodão e sarja, além de interessantes processos de lavanderia e acessórios têxteis focados no universo do denim. City & Glam: área dedicada especialmente à moda formal e urbana que se utiliza de alpacas, lãs, tricolines; e à moda mais refinada e glamourosa, com seus tecidos elegantes como cetins, sedas, rendas, tafetás e bordados. Yarns & Fibers: trouxe as últimas tendências em fibras e fios, especialmente as desenvolvidas por indústrias e designers da América Latina. Designs: focou exclusivamente o design têxtil para estamparia.
para conhecer as tendências para a primavera/verão 2012. “No ano que vem vamos fazer aqui no Brasil o primeiro lançamento da moda primavera/verão 2012. O mundo vai ver as tendências no Brasil”, contou Cervone Netto.
Accessories: apresentou grandes possibilidades em aviamentos, como zíperes e botões. A terceira edição do Première Brasil já tem data marcada: de 19 a 20 de janeiro de 2011. Novamente o mundo estará com os olhos voltados para o Brasil, desta vez,
www.covolan.com.br
Moda
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Moda
GLOW TECIDOS LANÇA COLEÇÃO OUTONO/INVERNO 2011 Com foco na consciência ecológica, Glow investe em tecidos que imitam pele de animais. Aposta é em tecidos leves e fluidos
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om um dos estandes mais visitados durante os dois dias do 2º Première Vision Brasil, a Glow Teci-
dos apresentou com exclusividade ao mundo da moda sua coleção outono/inverno 2011. Dentro do universo City&Glam – moda casual e refinada – a coleção vem com a proposta de tecidos leves e fluidos para invernos menos rigorosos e em cores sóbrias. A empresa de Santa Bárbara d’Oeste – pertencente ao Grupo Covolan
Estamparia: Estampas discretas e românticas e o queridinho da estação: o xadrez agosto de 2010 • FORÇA • 69
- aposta sua coleção principalmente no público feminino, com diversas versões de vestidos, camisarias, alfaiatarias, jaquetas e casacos. A coleção Glow, desenvolvida pela estilista Rosinha Castanheiras, agradou aos visitantes logo em sua estréia na versão latino-americana do maior salão mundial do segmento têxtil e alinhavou vários negócios e parcerias. A coleção
tidos”, explica Ana Cláudia Caetano, representante comercial da marca. Para os dias mais frios, os vestidos leves pedem combinações com casacos feitos de tecidos estruturados, como os de base resinada, também desenvolvidos pela Glow. Outra aposta da marca é na tendência eco-friendly. Com foco na consciência ecológica, tecidos que imitam pele de animais e cascas de árvores
Outra vertente trabalhada pela coleção é a moda tecnológica, com um design mais esportivo. O tecido prada poliamida com elastano permite a criação de legging com modelagem esportiva e confortável. Para quem não dispensa formas e cores, Rosinha Castanheiras baseou-se no minimalismo para criar estamparias xadrez, listras, florais estilizados e aquarelados, estilizações geo-
Leveza e fluidez: Transparências estarão em alta no próximo inverno em várias versões. Pode ser usada com sobreposição
outono/inverno 2011 trabalha com materiais como chambray, texturas, algodão encorpado, tricolines e, principalmente, sedas e transparências, “Pelo clima tropical do Brasil, nada impede que tenhamos no inverno tecidos leves e fluidos, com peças como saias e ves-
prometem fazer sucesso entre o público feminino. “Quando criei essa coleção pensei na moda utilitária, do dia a dia. Mas, nossos tecidos permitem que consigamos trabalhar tranquilamente com uma moda mais refinada e glamurosa”, conta a estilista Rosinha Castanheiras.
métricas, felinos e liberty. A Glow Tecidos também se destacou no evento, que aconteceu de 21 a 22 de julho, no Transamérica Expo Center, por seu conceito de exclusividade e inovação. Além dos tecidos e estamparias presentes na coleção, a empresa desenvolve agosto de 2010 • FORÇA • 71
aos clientes cartelas de cores e estampas exclusivas. Todo esse dinamismo só é possível pela produção verticalizada da empresa, isto é, todos os processos de produção – desde a produção ao acaba-
Leveza e fluidez: Transparências estarão em alta no próximo inverno em várias versões. Pode ser usada com sobreposição
mento, passando pelo processo de tinturaria e estamparia – são desenvolvidos dentro da própria empresa. Dentro do conceito de exclusividade, a cartela de cores apresentada pela Glow no Première Brasil foi desenvolvida exclusivamente para a coleção, com cores como: preto, mescla, cinza, bege, camelo, marrom, vermelho, pinho, verdes utilitários e azul. “O mercado é carente de empresas com esse tipo de produto (exclusivo e inovador). Temos um publico muito seletivo. Além disso, também fazemos uma pré-apresentação das coleções aos nossos clientes. Nós antecipamos as tendências e isso facilita a vida
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Dia-a-dia: Moda casual vem com proposta de tecidos leves e fluidos com xadrez discreto
Estamparia: listras estão presentes em várias cores. Também em tecidos leves
Conforto: Para quem não dispensa conforto, este modelo de legging é a escolha certa. Com visual tecnológico e confeccionado com poliamida de elastano, a peça é esportiva e muito confortável
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Tendência eco-friendly: tecidos que imitam pele de animais. Leve, tem caimento perfeito no corpo. Pode ser usado para confecção de blusas, batas e vestidos
Meio ambiente em alta: Tecidos que imitam cascas de árvores têm aspacto refinado. Glow desenvolveu tecido em várias cores
Moda refinada: Outra vertente da Glow Tecidos, a moda elegante e refinada tem espaço na coleção. Proposta é perfeito para uma ocasião noturna
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dos clientes. A maioria das nossas criações é para o público feminino, de 25 a 40. É para o pessoal mais ‘antenado’ na moda”, relatou Gilsele Molina, do departamento comercial da empresa. Criada em 2002, apesar de jovem a em-
presa já tem uma atuação de destaque no mercado de moda, tendo como principio a diferenciação, a qualidade e a exclusividade. Com tanto sucesso, a grupo Covolan pretende expandir sua participação no Première Brasil de janeiro de
Texpal, 30 anos de experiência e consolidação, alcançadas através de uma química infalível, dedicação e muito trabalho. A Texpal trabalha com cores,contrastes, resinas e produtos para transformar o simples em sofisticado, mas seu maior diferencial está na sua essência transparente. Transparência conquistada através de muita dedicação da equipe e dos parceiros durante estes 30 anos de trabalho.
m.br o c . l a texp www. 2011, que vai antecipar as tendências de moda para a primavera/verão 2012. “Vimos que nessa primeira feira obtivemos resultados e o objetivo no ano que vem é trazer a Covolan”, antecipou à Revista Força Jair Covolan, diretorsuperintendente da empresa.
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Moda
COVOLAN: COMPROMISSO COM O MEIO-AMBIENTE Covolan Indústria Têxtil trata e reusa cerca de 90% da água consumida por seu processo de produção
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ompromissada com a preservação do meio ambiente e preocupada com escassez de um dos mais importantes recursos hídricos do planeta, a Covolan Indústria Têxtil deu um importantíssimo passo para a sustentabilidade, ao assegurar o uso racional da água em sua produção. A água captada pela empresa, depois de ser utilizada em todos os seus setores de produção, passa pela Estação de Tratamento de Efluentes para voltar à sua qualidade inicial e, em seguida, é reaproveitada pela Indústria. Hoje, a Covolan reutiliza 90% da água que consome. O projeto de “Conservação e Reuso da Água” teve início no ano de 2004, quando a direção executiva da empresa investiu no tratamento da água. No ano seguinte, iniciou-se o projeto de reuso em escala laboratorial e, posteriormente, feito em escala industrial – projeto que vai além da Legislação Ambiental exigida atualmente. Seis anos depois, o projeto desenvolvido pela empresa de Santa Bárbara d’Oeste é referência para Universidades e Escolas Técnicas e serve de lição para indústrias que despejam material tóxico no meio-ambiente. As propostas da Covolan para produzir jeans que preserva não param. A empresa mais uma vez inovou e implantou o projeto de “Reuso do Insumo e sua Descoloração”. Com isso, a Covolan utiliza de sua Energia Térmica, gerada pela chaminé da caldeira, para secar o lodo úmido gerado e, após reduzir sua massa em 90%, enviar para o aterro industrial. Dessa forma, há uma significativa contribuição para a diminuição do passivo ambiental. Os maiores beneficiados com os projetos são o meio-ambiente e a própria 76 • FORÇA • agosto de 2010
Prêmio Fiesp
Tanque de sedimentação (c/ colméias de PVC)
Água tratada para reutilização
empresa. Com o projeto de reutilização da água, por exemplo, houve redução da captação de água de modo substancial e os resultados tem se mostrado satisfatórios. O consumo da Covolan Indústria Têxtil é de 35,0 m3/h. Antigamente era retirado 100% deste total de poços artesianos e devolvido o mesmo 100% tratado. Hoje, a empresa retira apenas 20% destes 35 m3/h, pois o restante fica em reciclo - dentro da empresa, onde se aplica o reuso. Desta forma reduziuse a geração de efluentes líquidos em até 90%. Para coroar toda iniciativa, o projeto rendeu a Covolan Indústria Têxtil o Prêmio Fiesp de Conservação e Reuso da Água, em 2006. A meta agora é expandir o tratamento da água e reutilizar 95% de todo recurso usado na produção.
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Moda
COVOLAN CONQUISTA CERTIFICADO DE PADRÃO INTERNACIONAL Covolan isenta uso de substâncias tóxicas em sua produção e recebe certificação Oeko-Tex Standard 100
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linha completa de jeans da Covolan Indústria Têxtil atende, agora, ao padrão internacional de segurança química. Preocupada não só com o meio-ambiente, mas com a saúde de seus consumidores, a Covolan isentou o uso de substâncias tóxicas – que podem causar câncer ou alergias - de sua produção. Com a medida, recebeu no dia 29 de julho o certificado Oeko-Tex Standard 100, um dos principais sistemas de Certificação Internacional para matérias-primas, produtos intermediários e finais do setor têxtil em todas as fases do processamento. Das quase 40 empresas certificadas no Brasil, a Covolan obteve o rótulo Oeko-Tex em tempo recorde. Pouco mais de um mês, após ter enviado as amostras de seus produtos para o instituto de ensaio alemão, o certificado já estava creditado à empresa de Santa Bárbara d’Oeste. A explicação para a rápida certificação é o fato de a Covolan exigir de todos os seus fornecedores certificações que garantem a qualidade e a segurança das matérias-primas e ao comprar produtos químicos somente de grandes empresas. A empresa barbarense foi enquadrada na classe II da certificação, destinada a têxteis que têm uma grande parte da sua superfície em contato direto com a pele, como roupa interior, camisas e blusas.
A lista dos critérios de certificação Oeko-Tex Standard 100 abrange testes a cerca de 300 substâncias legalmente proibidas e regulamentadas, substâncias químicas com efeitos nocivos para a saúde e outros parâmetros essenciais em termos de prevenção para a saúde humana. Com o certificado Oeko-Tex Standard 100, as empresas do setor têxtil potencializam o surgimento de novas oportunidades globais e, ainda, conseguem penetrar nos mercados mundiais, pois o padrão dos produtos que têm este certificado atende a todas as demandas e legislações internacionais. Com a crescente preocupação em obter segurança química, o mercado nacional também começa a exigir a certificação. Grandes redes de varejo, por exemplo, só comercializam o produto final se o mesmo possuir a certificação. “A Covolan se destaca pela visão empresarial de sua diretoria executiva. Está num segmento bastante concorrido e se diferencia pela qualidade de seu produto e por suas ações. O certificado contempla o trabalho que a empresa desenvolve de estar tão bem como empresas de países de primeiro mundo”, comentou Frits Herbold, Gerente Regional América Latina em consultoria pelo Instituto Hohenstein. Para a indústria e para o comércio as vantagens da certificação vão
desde a transparência na utilização de critérios inofensivos à saúde durante o processo de produção, até a redução de custos e a credibilidade do rótulo Oeko-Tex. Já as vantagens aos consumidores vão desde a segurança do produto até a qualidade para a saúde. Em todo o mundo 140 mil empresas possuem a certificação Oeko-Tex Standard 100 e no Brasil a procura pela certificação cresce a cada ano. Em 1998, o país tinha quatro empresas certificadas. Em 2002, o número saltou para 14 e, em 2009, para 32. A expectativa é a de que o ano de 2010 termine com 40 empresas noticiadas.
POR QUE O OEKOTEX 100?
Na década de 90 os têxteis estavam rotulados, principalmente na Euagosto de 2010 • FORÇA • 79
Moda
ropa, como negativos e perigosos à saúde, por empresas utilizarem no processo de produção substâncias tóxicas. Jornais da época publicavam manchetes como “Venenos nos têxteis”, em alusão ao uso de pigmentos nocivos que podem causar alergia e câncer. Foi então que a segurança química começou a ser exigida por lei em países da União Européia; e a medida passou a ser adotada, também, por países como Estados Unidos e Canadá. A exportação de têxteis para esses países também precisavam se adequar as leis de segurança química e, por isso, a necessidade de um padrão de segurança uniforme para as empresas do setor têxtil e do vestuário. 80 • FORÇA • agosto de 2010
Com isso, no início da década de 90 o Instituto Austríaco de Investigação do Têxtil (ÖTI) e o Instituto Alemão de Investigação Hohenstein elaboraram conjuntamente a OekoTex Standard 100, com base nas normas de ensaios existentes à época. ”O padrão Oeko-Tex diz que o produto de fabricação têxtil está isento de todas as substâncias nocivas. Em média, existem de 150 a 300 substâncias proibidas, depende da maneira que contamos as substâncias. O certificado está de acordo com a legislação de exportação européia”, explica Frits Herbold, Gerente Regional América Latina em consultoria pelo Instituto Hohenstein. O certificado Oeko-Tex é válido por um ano. Após esse período, novas
amostras de produtos ou matériasprimas devem ser enviadas para teste. Durante o período em que a certificação vigora 30 mil inspetores rastreiam a produção, compram peças que têm a certificação e testam em laboratório para saber se as empresas estão seguindo as diretrizes Oeko-Tex. Na América do Sul, o Brasil é o único país que tem toda sua cadeia têxtil certificada. Pelo menos um representante de cada parte da cadeia, em todos os processos de produção, são certificados. O país também lidera o ranking sul-americano de certificação, com quase 40 empresas, seguido por Peru, com nove, e pelo México em terceiro, com cinco certificações.
Social
REINAUGURAÇÃO LA’MECHE COIFFEUR, EM SANTA BÁRBARA D’OESTE 1
O salão de beleza e clínica de estética La’meche Coiffeur, localizado no Centro Comercial Pinguim, no centro de Santa Bárbara d’Oeste, foi reinuagurado por seus proprietários, Nathan e Ariane, no dia 30 de junho. Confira alguns click de quem esteve por lá. As fotos são de Soraya A. Teizen Borte.
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01 - Equipe de profissionais La’meche 02 - Cleiton, Nathan, Ariane, Patricia e Dr. Marcelo Borges
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03 - Dj Bruno, os proprietário Nathan e Ariane, e Cleiton 04 - Ariane, Nathan e Beth Carvalho 05 - Nathan, Soraya e Arianen 06 - Cleiton, Elaine, Rosangela, Ariane, Dulce, Val, Carol e Nathan 07 - Ariane, Neusa e Nathan
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Social
GLOW TECIDOS NO 2º PREMIÈRE VISION BRASIL 1 A Glow Tecidos, empresa de Santa Bárbara d’Oeste, pertencente ao grupo Covolan, integrou o seleto grupo de expositores do 2º Première Vision Brasil - a versão latino-americana do maior salão mundial do segmento têxtil. Com um dos estantes mais movimentados do evento, que aconteceu de 21 a 22 de julho no Transamérica Expo Center, em São Paulo, a Glow Tecidos lançou sua coleção outono/ inverno 2011. Confira que passou pelo estante nas fotos de Soraya A. Teizen Borte.
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1 - Estande Glow 2 - Ana Claúdia, Rosinha Castanheiras (estilista Glow) e Gisele Molina, representante comercial da marca 3 - Ana Claúdia Caetano, representante comercial da Glow. Veste coleção outono/inverno Glow num vestido com efeito fitado em transparência 4 - Ana Cláudia e Jair Covolan, diretor superintendente da Covolan 5 - Rafael Cervone Netto, presidente Sinditextil-SP e Fernando Pimentel, Diretor-superintendente da ABIT
6 - Jair Covolan, Guila Becco, representante comercial Glow e Toninho Ferreira, gerente de vendas Glow 7 - Elaine Rodrigues, representante comercial da Glow. Veste coleção outono/inverno Glow num vestido com textura de pele animal 8 - Milton Longobardi, diretor SP Turismo, Cervone, Aguinaldo Diniz, presidente ABIT e Fernando Pimentel 9 - Rosinha Castanheiras, estilista Glow Tecidos
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Social > Personalidades
JOVEM DE SUCESSO Dono de quatro postos de combustível da região, desde criança Isaac Alves de Paula já mostrava que teria um futuro brilhante
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os 12 anos, abriu sua própria funilaria. Aos 15, já havia comprado três veículos e uma moto. Aos 18 anos, foi trabalhar nos Estados Unidos. Aos 29, voltou ao Brasil para gerenciar os bens em que investiu enquanto trabalhava no exterior. E aos 30 anos, é dono de quatro postos de combustíveis na Região Metropolitana de Campinas. O empresário Isaac Alves de Paula é jovem na idade, mas experiente como empreendedor. Nascido em Americana e criado em Santa Bárbara d’Oeste, o jovem empreendedor tem uma história de sucesso, que começou a construir desde criança. Com talento nato para assumir responsabilidades e poupar dinheiro, ainda criança começou a ajudar o pai a fazer lajes. Anos mais tarde, entrou numa funilaria como ajudante. Todo mês guardava 90% do salário para investir em sua própria funilaria. Quando tinha 12 anos, Isaac já havia comprado todos os equipamentos que precisava e abriu sua própria funilaria, nos fundos de sua casa. Empreendendo desde os 12 anos, com a ajuda de familiares ganhava dinheiro com compra e venda de carros em leilão. Aos 15 anos, já possuía três veículos e uma moto. Aos 17 anos se casou e, aos 18, deixou Santa Bárbara para trabalhar na Construção Civil nos Estados Unidos. Chegou lá com a promessa de emprego garantido e se viu desempregado. O emprego que, até então, estava garantido ao jovem não existia. O que fazer? Voltar pra casa? Não 88 • FORÇA • agosto de 2010
para Isaac! Sem chances de emprego na Construção Civil, permaneceu nos Estados Unidos trabalhando como funileiro. Enquanto trabalhava em outro continente, mandava dinheiro para que os familiares em Santa Bárbara investissem em terrenos da cidade. No período em que estava fora do país, o dinheiro mandado por Isaac foi suficiente para que ele adquirisse o primeiro posto de combustível, na Avenida Norte Sul, uma das mais conhecidas e movimentadas de Campinas. Onze anos depois, Isaac voltou a Santa Bárbara e seu patrimônio só cresce. Hoje, é dono de quatro postos de combustível. Um em Campinas e outros três em Santa Bárbara d’Oeste. Desses, três estão em funcionamento e um em reforma. A história de vida ainda curta, porém, emocionante e vitoriosa de Isaac é exemplo para muitos jovens que sonham em se tornar um empresário, assim como ele sonhou um dia. “Eu sempre admirava os empresários, as pessoas bem sucedidas. Admiro e me inspiro em exemplos de pessoas que alcançaram seus objetivos, como o presidente Lula (Luis Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil) e o Obama (Barack, presidente dos Estados Unidos). Quem imaginou que algum dia um presidente negro ia comandar os Estados Unidos?”, enfatiza. Os planos para quem começou a trilhar cedo os caminhos do empreendedorismo não podiam ser menos ambiciosos: “Pretendo ter uma rede de postos, com uns 25 postos. Quero investir principalmente
em Santa Bárbara, gerar mais empregos para a cidade que cresci. Não tenho duvidas de que a cidade vai crescer cada dia mais. Sempre acreditei que tudo é possível quando se acredita em Deus”, conta. Satisfeito com suas conquistas, Isaac deixa a dica para quem quer tem uma historia de sucesso. “A dica, em primeiro lugar, é confiar em Deus e depois ter determinação. Nada é impossível. O nosso limite é o céu. Enquanto houver vida, enquanto houver saúde a gente consegue correr atrás dos sonhos”, finaliza.
CYMK
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Histórias de minha vida
TALENTO INCANSÁVEL PARA CRIAR, INOVAR E EMPREENDER Antônio Hermínio Marin, proprietário da tecelagem H-Marin, desenvolveu no Brasil processo de preparação dos fios através de ar comprimido
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oi numa de suas muitas viagens de trabalho à Alemanha, na década de setenta, pela multinacional Hoechst, que o Engenheiro Químico Antônio Hermínio Marin conheceu o processo de injeção de ar comprimido nos fios. De volta ao Brasil, viu na idéia a possibilidade de inovar a Indústria Têxtil do país. Desenvolveu o projeto adaptando-o à realidade brasileira e apresentou à Hoechst - que não aceitou. Graças a seu espírito empreendedor, terceirizou o processo de ar comprimido nos fios e criou caminhos para que o fio sintético atravessasse a crise do petróleo e expandisse o uso do Poliéster na era do jeans. Com talento para criar e inovar, Marin queria mais do que terceirizar sua ideia. Queria ter liberdade para criar e implantar seus projetos. Foi o que fez. No final da década de oitenta deixou a Hoeschrst, as viagens internacionais e, em 1990, resolveu rumar sua carreira para o empreendedorismo. Criou sua empresa de Consultoria Têxtil, na cidade de São Paulo. Nesse período vendeu sua idéia para diversas empresas e adaptou-a em diferentes máquinas de tecelagem. Mais de três décadas depois Antônio Marin recebe pedidos de patentes do projeto. Em 1997 fechou o escritório na Capital e abriu sua primeira unidade fábril, a Fios Têxteis H-Marin Ltda., com sede em Santa Bárbara d’Oeste, na Região Metropolitana de Campinas. “Optei por Santa Bárbara porque achei mais fácil abrir uma empresa e crescer nessa cidade do que nas outras da região”, explica. Na H-Marin adaptou os equipamentos de tecelagem para produzir fios especiais através da injeção de ar comprimido e teve um crescimento surpreendente. Em pouco tempo no mercado, a tecelagem já tinha parcerias sólidas com grandes empresas têxteis do Brasil e chegou a produzir 150 toneladas de fios. Hoje, a H-Marin é referência na criação e produção de fios diferenciados através das tecnologias Air Jet, Air Twist e Air Tex, promovendo inovação em toda a cadeia têxtil nacional. Atuante na área de malharia retilínea e circular, decoração, tecelagem plana e fios para artesanato, a empresa tem o processo de injeção de ar comprimido nos fios implantado 90 • FORÇA • agosto de 2010
em toda a produção. No ano de 2000, o empresário deu mais um passo na vida profissional. Abriu a H-Marin Comércio e Marketing e voltou a fazer o que mais sabe: vender suas criações. “O empreendedor nasce dentro da parte criativa. Sou mais criador, mas de vez enquanto sou vendedor. O espírito de vendedor é importante para quem cria”, conta.Com 45 anos dedicados a criar, inovar e empreender, Marin se diz satisfeito com sua trajetória profissional: viu sua criação diversificar a produção de fios no Brasil,
e sua empresa consolidar a participação no mercado. Questionado sobre ser um empreendedor bem sucedido, diz que teve sorte. “Não planejei todo esse desenvolvimento. A experiência, o dia a dia leva você nesse caminho. Quem cria tem que estar disposto a fornecer. Então, sorte é o cruzamento da linha da capacidade com a oportunidade. Paguei o momento certo e estava apto para produzir e criar e a atender o mercado”. Mas, Marin conta que teve uma ajudinha para alcançar seus objetivos: as crises econômicas. “Crise é
oportunidade. Vem uma crise e ‘ah! Que ótimo’! A crise de 2008 foi ótima pra gente. Porque ela vem e nós estamos preparados para enfrentar. Num primeiro momento vem a concorrência chinesa, mas num segundo momento vêm as oportunidades. Por isso que digo, crise é oportunidade. Tem que saber aproveitar. Foi aproveitando uma crise que abri minha própria sede, que estou no mercado com minha empresa”. Hoje, aos 65 anos, Antônio Marin ainda tem projetos para continuar empreendendo. “Estou projetando um trabalho, com um Engenheiro Têxtil, para assessorar novos empreendimentos da área”. Com talento incansável para dar vida a novas criações e empreender, Marin enfatiza aos futuros empresários: “O empreendedor tem que arriscar e sempre pensar diferente do que o mercado tem. Pensar no novo, desde que tenha experiência na área onde vai investir. Toda vez que vir o pensamento crie.”
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Gastronomia
AS CONFRARIAS E SUAS DELICIAS Boa dica para certo tipo de “confraria” é reunir uma turma e praticar o turismo gastronômico
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ma confraria não precisa ser exatamente uma sociedade constituída onde membros previamente escolhidos reúnem-se para comer e beber seguindo algumas regras, aliás, é isso que ela não precisa ser. Sou favorável as confrarias, mesmo essas cheias de requisitos, pompa e regras. Algumas
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pessoas adoram isso e se sentem bem; comem, bebem, confraternizam e desfrutam bons momentos, e isso é que é importante. Muito me agrada também a idéia de pequenas confrarias - entre amigos, família ou uma mesca dos dois - e olha que isso tem bastante, é que, às vezes, não percebemos ou então não rotula-
mos como “confraria”. Mas, aquela reunião gastronômica nas sextas à noite, o encontro com os amigos na quarta na chácara ou, ainda, o almoço familiar de domingo tudo isso é ou deveria ser, confraria. Já observo em alguns encontros de amigos, onde outrora era apenas uma reunião para o futebol ou carteado e depois
Gastronomia o tradicional churrasquinho, que a coisa está mudando. Substituíram a churrasqueira por jantarzinhos mais elaborados, outros já arriscam uma “paella” ou um risoto. Já é muito comum os que trocaram a cerveja pelo vinho, e outros começaram por esse motivo a apreciarem mais ainda os vinhos. Isso é uma tendência, como diz um grande amigo meu: ”A vida é muito curta, então, comer e beber bem é fundamental.” Outra boa dica para certo tipo de “confraria” é reunir uma turma ou alguns casais, e praticar o turismo gastronômico. Não precisa ser exatamente viagens ou grandes passeios, apenas conhecer os novos points gastrô da cidade, da região, daqui ou dali. Também não é
preciso que o destino seja sempre bons restaurantes, pode ser também bares temáticos, choperias, lanchonetes, pizzarias, tudo vale, desde que o ambiente seja digno e a indicação tenha procedência. Se a pedida for essa, é bem legal que alguém tome a frente. Escolhido o lugar, procure saber os pontos altos e as especialidades da casa, todo bom point gastronômico tem um site. Consulte, defina com os “confreis” o que irão comer e beber e faça as reservas, deixe claro que é uma turma muito exigente com serviço e apresentação. Com certeza a direção da casa dará atenção especial para vocês.
* Butcha Giacomin é expert em vinhos e gastronomia. Apresenta o programa Clube do Gordinho, na Rede Bandeirantes de Televisão e no Canal Net Cidade, da TV a cabo Net. www.clubedogordinho.com.br
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Gastronomia
NOVIDADE DE DAR ÁGUA NA BOCA!!!
Covolan Jeanswear inaugura restaurante para seus funcionários
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“realização de um dos maiores sonhos da família Covolan”. É assim que se define a inauguração do Restaurante Covolan Indústria Têxtil, no dia 28 de junho, com a benção especial do Padre Zezinho. O empreendimento é uma prática opção para as refeições dos funcionários e oferece diariamente o que há de melhor na culinária. Possui os mais modernos equipamentos existentes no mercado e uma infra-estrutura capaz de atender a demanda de até mil refeições diárias. O prédio de dois andares, construído exclusivamente para receber o Restaurante Covolan, com um ambiente aconchegante e muito bem decorado, possui uma equipe altamente qualificada de 16 profissionais, que se reveza em três turnos para servir os colaboradores no almoço, no jantar e na ceia. Com o cardápio variado todos os dias da semana, são oferecidos seis tipos de saladas, quatro tipos de guarnições, sendo uma massa todos os dias, duas opções de carne, dois sabores de suco e sobremesa, tudo feito com amor, dedicação e excelente qualidade. A aprovação entre os funcionários é de 100%, todos estão satisfeitos e agradecidos por esse privilégio. “PARABÉNS A TODOS OS COLABORADORES QUE CONTRIBUIRAM POR MAIS ESSA CONQUISTA.A TODA FAMÍLIA COVOLAN INDÚSTRIA TEXTIL, E AOS DEMAIS MEMBROS DA DIRETORIA, QUE DEUS CONTINUE ABENÇOANDO OS NOSSOS CAMINHOS.” 94 • FORÇA • agosto de 2010
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Gastronomia
FILE À PARMEGIANA Um dos pratos preferidos na mesa dos brasileiros, a Revista Força trás nesta edição uma receita deliciosa de File à Parmegiana. Ao contrário das típicas parmegianas, essa receita leva, além de queijo muzzarela, requeijão cremoso. É uma delícia! Prato ideal para reunir a família no final de semana. Rende cinco porções e o tempo de preparo é de 1h30. Ingredientes 1 kg de filé mignon 150g de farinha de rosca 3 ovos Óleo para fritar 4 tomates médios e maduros 2 cebolas médias 2 dentes de alho 1 maço de tempero verde 2 latas de molho de tomate Sal Pimenta do reino 250g de queijo muzzarela 200g de presunto magro Orégano 100g de queijo parmesão ralado 1 copo de requeijão cremoso Azeite de oliva Modo de Preparo: Carne: tempere os filés com sal, pimenta do reino e o alho já amassado e reserve. Bata os ovos ligeiramente. Passe os filés nos ovos batidos e, em seguida, na farinha de rosca. Frite e reserve em um refratário. Molho: em uma panela com óleo aquecido acrescente a cebola, os tomates sem sementes já picados, um dente de alho amassado. Refogue e acrescente o molho de tomate já pronto. Junte o tempero verde e acerte o tempero com o sal, pimenta doreino à gosto. Montagem do prato: No refratário 96 • FORÇA • agosto de 2010
onde já estão os filés fritos, coloque por cima o molho de tomate em uma camada bem generosa, em seguida o presunto em fatias, colheradas do requeijão cremoso. Cubra com a muzzarela, parmesão ralado e orégano a gosto. Leve ao forno pré aquecido para gratinar. Ao retirar do forno e antes de servir regue com o azeite de oliva. Dicas de acompanhamento: arroz branco, purê de batatas e ervilhas frescas na manteiga.
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Saúde
NOVAS REGRAS DE PUBLICIDADE Anvisa estabelece novas regras para publicidade de alimentos com baixo teor nutricional. Agora, propagandas terão que veicular alertas sobre os riscos desses alimentos à saúde
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qualidade da alimentação foi substituída pela praticidade faz tempo. Na mesa de 34% dos brasileiros, segundo pesquisa Ibope, comidas industrializadas ou prontas são cardápios diários. Na tentativa de coibir os excessos e pensando no contingente de 46% da população brasileira que, de acordo com dados do Ministério da Saúde, sofrem com sobrepeso e obesidade, uma Resolução da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária definiu novas regras para publicidade de alimentos e bebidas com baixo teor nutricional. As propagandas de alimentos com elevadas quantidades de açúcar, de gordura saturada ou trans e de sódio e de bebidas com baixo valor nutricional estão proibidas de utilizar figuras, desenhos ou símbolos que possam causar interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, qualidade e composição dos alimentos. Também está proibido atribuir características superiores às que o produto possui, bem
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como sugerir que o alimento é nutricionalmente completo ou que seu consumo é garantia de uma boa saúde. Além disso, as propagandas terão que alertar os riscos do consumo desses produtos à saúde. O consumidor deve ser informado que a ingestão de alimentos com muita gordura trans, por exemplo, aumenta as chances de doença cardíaca, que alimentos com quantidade elevada de sódio aumentam o risco de hipertensão e de problemas cardiovasculares, assim como no caso da gordura saturada, que aumenta os riscos de diabetes. Produtos como bolos prontos e biscoitos de chocolate, por exemplo, terão que alertar sobre os riscos à saúde, pois têm muita gordura, presença de gordura trans e muito açúcar. A regra também vale para o biscoito cream cracker e água e sal que possuem em sua composição a presença de gordura trans. Achocolatado em pó, refrigerantes e gelatinas também terão que se adequarem a mudanças, todos esses produtos têm excesso de açúcar em sua composição. A Resolução- RDC 24/2010, que foi publicada no dia 29 de junho no Diário Oficial da União, tem o objetivo de “assegurar informações indisponíveis à
Saúde
preservação da saúde de todos aqueles expostos à oferta, propaganda, publicidade, informação (...)” e de “coibir práticas excessivas que levem o público, em especial infantil a padrões de consumo incompatíveis com a saúde e que violem seu direito a alimentação adequada”, diz a Anvisa na Resolução. O alerta, no caso de alimentos sólidos, deverá ser veiculado quando houver mais de 15g de açúcar
a cada 100g de produto. No caso dos refrigerantes, refrescos, concentrados e chás prontos, o alerta será obrigatório sempre que a bebida apresentar mais de 7,5 g de açúcar a cada 100 ml. Os alertas deverão ser veiculados, ainda, durante a distribuição de amostras grátis, de cupons de descontos e de materiais publicitários de patrocínio, bem como na divulgação de campanhas sociais que mencionem os nomes ou marcas de alimentos com essas características. Os fabricantes de alimentos, anunciantes, agências de publicidade e veículos de comunicação têm até o final de dezembro para se adequarem e os que não cumprirem as exigências estarão sujeitos às penalidades da lei federal, com sanções que vão de notificação a interdição e multas entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão.
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Saúde
Dr. Edson Soares
A SAÚDE DO HOMEM QUEM É O SEXO FRÁGIL?
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ecentemente o Ministério da Saúde lançou uma campanha para a promoção da saúde do homem, mais que isso, criou uma secretaria especial para cuidar deste assunto e está investindo muitos recursos, tanto em propaganda quanto em ações, para promover a saúde mas-
culina. Isso não está ocorrendo por acaso. Pesquisas na população brasileira revelaram que para qualquer fase da vida, tanto entre jovens, quanto entre adultos e idosos, o homem adoece e morre mais que a mulher. A chance chega a ser em média 50% maior, tanto que na faixa dos 20 aos 40 anos de idade - o período mais produtivo e de maior atividade dos indivíduos - de cada quatro mortes, três são de homens. Os homens têm mais doenças cardíacas, bebem mais, fumam mais, se envolvem mais em violências relacionadas ao trânsito ou à criminalidade, sofrem mais acidentes de trabalho, se expõem mais às doenças contagiosas e, se todo esse comportamento de risco não bastasse, são os que menos cuidam da saúde. A procura por serviços de saúde entre os homens é baixa e quando buscam, muitas vezes, a doença já se encontra numa fase avançada. Por não se cuidarem adequadamente, o envelhecimento também é diferente entre os sexos. Os homens chegam à velhice com a saúde mais debilitada que as mulheres. Mais dependentes de cuidados. O resultado disso fica exposto na diferença da expectativa de vida entre os brasileiros. Hoje, em valores médios da população, a esperança de vida da mulher chega aos 78 anos, enquanto que entre os homens com toda dificul-
‘‘A cada quatro mortes entre
20 e 40 anos, três são
de homens
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‘‘
Saúde dade a expectativa chega aos 72 anos de idade. Em toda essa situação, o que pesa mais não é a genética masculina ou as questões hormonais e, sim, o comportamento masculino. Como as escolhas feitas no diaa-dia de não parar de fumar, o beber e comer em demasia, o não fazer exercícios, o agir de maneira violenta frente às questões mais corriqueiras (...). Atitudes que num primeiro momento podem até ser entendidas como um comportamento típico masculino, aprendido e reproduzido de geração em geração, mas que em pouco tempo cobram um preço muito caro do indivíduo e da sociedade. O hábito de ter uma alimentação saudável, de dirigir com segurança, de possuir uma atividade de lazer, de praticar exercícios e de desenvolver uma cultura de paz é mais
que um modismo, é uma necessidade para todos e, em particular, para que o homem tenha quantidade e qualidade d e vida. Por estes motivos, as iniciativas de prevenção em relação à saúde estão voltadas para as três principais causas de adoecimento e morte da população masculina: as doenças cardíacas, como e infarto e a hipertensão arterial; as doenças malignas, como o câncer de pulmão e de próstata; e as mortes de causa violenta, como homicídios e acidentes de trânsito. Em relação às doenças cardíacas, o controle do peso, do colesterol e da pressão arterial é fundamental e daí a importância de atividades físicas regulares. Lembrando da necessidade de uma avaliação médica (clinica ou cardiológica) antes de qualquer exercício de maior intensidade.
Em pesquisa feita, entre indivíduos dos 18 aos 59 anos, na RMC - Região Metropolitana de Campinas foi constatada que até 30% da população está acima do peso desejável e é sedentária. Um retrato da modernidade e um reflexo do que acontece no resto do país que, de uma maneira geral, sofre mais com os problemas relacionados à obesidade que a desnutrição. No que se refere aos cânceres, o de pulmão ainda é o mais frequente e o que mais mata entre os homens neste país, devido a sua relação com o cigarro. As campanhas contra o tabagismo e os tratamentos oferecidos para quem deseja parar com este hábito são os elementos mais importantes. Iniciativas como a lei que proíbe o fumo em ambientes públicos e estabelecimentos comerciais foi primeiramente implantada no Estado
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Saúde
de São Paulo e já surtiu efeito positivo. Por isso, passou a ser adotada em outras regiões do país. O segundo tumor mais frequente entre os homens é o de próstata. Responde pela terceira causa de mortalidade por câncer e tem a particularidade de manifestar poucos sintomas, passando despercebido nas fases iniciais, na maioria dos casos, o que o torna um inimigo silencioso e, por isso, a importância da prevenção. Apesar dessa ocorrência elevada, o câncer de próstata é uma das poucas doenças malignas em que a prevenção é eficiente e pode ser realizada a um baixo custo para o paciente. A prevenção é feita através de uma consulta anual ao urologista, que realiza inicialmente o exame do toque e do PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico). Dependendo dos resultados, o próprio urologista pode orientar outras formas de investigação. Ainda há muito preconceito e anedotas 104 • FORÇA • agosto de 2010
sobre o exame do toque retal que afasta muitos homens dessa avaliação de próstata. Felizmente, as campanhas vêm promovendo o esclarecimento sobre o assunto e as pessoas buscam cada vez mais o exame preventivo. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que para os homens acima de 45 anos essa avaliação seja anual. Nos casos de homens com parentes de primeiro grau com história de câncer de próstata (um pai ou um irmão, por exemplo) este exame deve ser iniciado a partir dos 40 anos. É preciso deixar claro que apenas o exame de sangue (PSA) não é suficiente e pode deixar de diagnosticar muitos casos. Também é preciso esclarecer que a ultrassonografia não substitui o exame do toque retal, pois não informa se a próstata está endurecida ou com aderências. Na avaliação do PSA é importante considerar a idade do paciente e o tamanho da próstata, daí a necessidade de ser avaliado por um
profissional médico na área de urologia. A sequência dos exames tem muito mais significado que um exame isolado. Para mais esclarecimentos a respeitos deste e de outros temas relacionados à saúde do homem e para saber mais sobre iniciativas governamentais nessa área, recomendamos os sites da Sociedade Brasileira de Urologia (www.sbu.org.br) e do Ministério da Saúde do Brasil (www.saude.gov.br), com busca para “saúde do homem”. *Dr. Edson Soares é médico Urologista (CRM 111132) e atende em seu consultório, na Rua Dante Tortelli, nº 38, no Centro de Santa Bárbara d´Oeste –SP. Telefone (19) 3463-5941.
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Orações Caro Leitor, esta parte de nossa revista é destinada para que possamos sempre lembrarmos do exercício de nossa fé, ou seja, a todo momento, em qualquer lugar que estejamos devemos nos lembrar de agradecer a Deus por tudo que temos, vivemos e somos, e uma das maneiras de se fazer isso é estarmos em sintonia com a palavra de
Deus, encontrada em muitas orações. Caso você possua uma oração ou mensagem de paz e queira vê-la publicada em nossas edições, nos envie através de cartas para rua XV de Novembro 935, piso 1, Centro, CEP 13450044, Santa Bárbara D’Oeste, ou ainda, via nosso e-mail: revista@revistaforca.com.br
A PAZ QUE QUEREMOS E A PAZ QUE VIVEMOS
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Padre Cláudio César de Carvalho 106 • FORÇA • agosto de 2010
omo cristãos somos motivados a refletir sobre o tema da Paz buscando soluções para o alto índice de violência que vem assustando a todos. O dicionário define paz como tranquilidade, sossego e ordem. Porém, sabemos que em nenhuma instituição e nem no mais profundo do coração humano existe um Oásis de tranquilidade. Vivemos em meio a muitas contradições que, às vezes, temos vontade de deixar de lutar pela paz. Mas o próprio Jesus em seu Evangelho nos diz que o joio e o trigo crescem juntos e não há como separá-los definitivamente (Mt 13, 26-38). Se tentássemos arrancar a praga correríamos o risco de arrancar também o grão. Então, o que podemos fazer é diferenciar o joio do trigo para orientar nossa vida optando pelo trigo, sem perder de vista a presença ameaçadora do joio. A psicologia pode nos ajudar a compreender melhor os mecanismos que ameaçam a paz. O instinto de vida é respon-
sável por desprender energia em direção a autopreservação da espécie humana. Por sua vez, o instinto de morte é responsável por desprender energia em direção a destruição e a agressividade. Essa tensão dos opostos promove o desenvolvimento. Conhecemos a luz porque existe a escuridão, o frio porque existe o calor e assim por diante. Por isso, encontramos aos nossos redores homicidas, tiranos e destruidores, mas também anjos da guarda, profetas e santos. A ordem e o caos caminham lado a lado. “Mas por onde eu deveria começar? O mundo é tão vasto, portanto começarei pelo meu país, pois ele eu conheço melhor. Infelizmente meu país também é muito grande, vou pegar algo bem menor, começarei pela minha rua, ou melhor, começarei pela minha casa, pela minha família, mas isso não importa começarei por mim mesmo, pois a paz é uma construção que deve começar dentro de cada um de nós.” Não podemos arrancar o mal, mas podemos fortalecer o bem para com isso neutralizarmos o mal. De acordo com o Teólogo Leonardo Boff, há uma convicção - entre mestres espirituais e os sábios de todas as culturas - que a paz entre pessoas, nação e movimentos sociais passa pela alma e pelo coração. Quem quiser estar bem com os outros esteja bem consigo mesmo. Deve pacificar sua alma, encontrar sua centralidade e reunir as tendências dispersivas e destrutivas que conspiram contra a paz.
Orações Façamos da paz uma opção de vida. Para exercitarmos a paz recordemos a Oração de São Francisco de Assis: Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; Padre Cláudio César de Carvalho Pároco da Paróquia Santo Antônio / Santa Bárbara d’Oeste
Onde houver trevas, que eu leve a luz; Ó Mestre, Fazei que eu procure mais Consolar, que ser consolado; Compreender, que ser compreendido; Amar, que ser amado; Pois, é dando que se recebe; É perdoando que se é perdoado; E é morrendo que se vive para a vida eterna.
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY E A GRAÇA DO MINISTÉRIO SACERDOTAL No dia quatro de agosto, a Igreja celebra o dia de São João Maria Vianney, o Santo Cura D’Arns, proclamado, pelo papa Bento XVI, padroeiro de todos os padres. São João Maria Vianney, nasceu no dia 08 de maio de 1786 na pequena aldeia de Dardilly, na França. Batizado no mesmo dia recebeu o nome de João e acrescentado Maria, devido à forte devoção a Maria Santíssima. Desde criança, apresentava intensa atitude orante e, depois de trabalhar no campo e ajudar os pais, com vinte anos ingressa no seminário Santo Irineu, em Lyon. Após sofrer grandes dificuldades na formação, uma vez que não possuía grandes aptidões intelectuais, aos 29 anos foi ordenado padre. Justamente por não ser um intelectual, é enviado ao pequeno vilarejo de Arns, lugar onde a fé não era vista com seriedade. E foi lá, naquela cidadezinha que dedicou toda sua vida e ministério. É bem verdade que não era um excelente pregador, porém, sua atitude pastoral e sua disponibilidade em atender as ovelhas de seu rebanho, faziam dele um exímio pastor. Dormia em média de 2 a 4 horas por noite, pois passava horas dentro do confessionário, atendendo inúmeras pessoas, que vinham de toda França em busca do perdão e de palavras de conforto. Em comemoração aos 150 anos de sua morte, ou melhor, de sua entrada no céu, o Papa Bento XVI, no dia 19 de junho de 2009 – data que marca a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e dia mundial de orações para santificação do Clero -, inaugurou o Ano Sacerdotal, convocando toda a Igreja pra rezar pelos sacerdotes de todo o Mundo. Dom Claudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e cardeal Prefeito da Congregação para o Clero, disse em uma carta, enviada a todos os sacerdotes do mundo, por ocasião do ano sacerdotal, que a Igreja caminha com os pés dos padres. Podemos associar essa grande verdade, anunciada pelo Cardeal Hummes, com uma das mais célebres frases do Santo Cura d’Arns: “É o padre quem dá continuidade a obra da redenção na agosto de 2010 • FORÇA • 107
Orações terra”.”Sem dúvida nenhuma, é importantíssimo para a Igreja o ministério sacerdotal. São os sacerdotes que têm a faculdade, conferida pelo sacramento, da ordem de consagrar as espécies do pão e do vinho, tornados corpo e sangue de Cristo, Sacramento da Eucaristia, que dá vida a Igreja. Porém, mesmo sabendo da importância dos padres, a Igreja ainda precisa de vocações, e surge aí um grande papel que deve ser assumido por todos os cristãos católicos: o de rezar pelas vocações sacerdotais. Numa sociedade, onde cada vez mais jovens se corrompem pela criminalidade, pelas drogas, é bonito ver aqueles que deixam tudo e se dedicam a construção do projeto de Deus: um reino de justiça, paz, de fraternidade e igualdade.
Por isso, no dia 04 de agosto, durante todo esse mês - dedicado as várias vocações - e por toda nossa vida, rezemos pelos sacerdotes e pelas vocações sacerdotais, afim de que tenhamos cada vez mais sacerdotes santos, homens capazes de abrir mão de tudo por causa maior, o reino de Deus. E rezemos também para que toda a Igreja, tomando o exemplo da Santíssima Trindade - Comunidade de Amor por excelência - possa cada vez mais caminhar unida com suas ovelhas e pastores, anunciando o Evangelho até os confins de toda a Terra. Seminarista Renan Augusto Gonçalves Teixeira Diocese de Piracicaba renan_agteixeira@hotmail.com
“Quando rezo falo com Deus, quando leio a Bíblia Ele fala comigo”. Santo Agostinho
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