Tempo para ser Santo

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Tempo para ser Santo Estudos BĂ­blicos do Departamento Internacional do MinistĂŠrio Feminino



Tempo para ser Santo Estudos BĂ­blicos do Departamento Internacional do MinistĂŠrio Feminino



introdução QUERIDAS IRMÃS EM CRISTO, É com uma alegria “gloriosa e inexprimível” que apresento a vocês o primeiro de uma série Internacional de cinco Estudos Bíblicos Femininos que, acredito, serão inspiradores, impactantes e relevantes para os discípulos de Jesus neste século XXI. Como mulheres que estão envolvidas em muitos “papéis”, precisamos que a Palavra de Deus fale claramente aos nossos corações e mentes, para que, além de experimentarmos Sua presença, aqueles que estão ao nosso redor vejam o amor de Jesus vivendo em nós e através de nós. Deus está nos chamando para sermos pessoas de influência e ação, onde quer que estejamos em nossa vida cotidiana e comum. O chamado é claro – devemos ser pessoas santas em um mundo impuro. No Chamado à Missão, feito pelo General Brian Peddle ao Exército de Salvação Internacional, ele exorta os salvacionistas que Estejam Prontos, o que inclui um chamado específico à Santidade. Ele escreve: “Devemos refletir a semelhança de Cristo em todos os aspectos da vida, reconhecendo que a santidade restaura nossa humanidade e nossos relacionamentos com Deus, com os outros e com o mundo”. É em resposta a esse desafio que esta série de Estudos Bíblicos – “Santidade como um Estilo de Vida” – foi desenvolvido. Essa é uma ferramenta de recursos para ser usada por mulheres e meninas de todas as idades, à medida que elas descobrem e consolidam ainda mais a verdade de que é possível ser santo neste mundo caótico e complicado. “Santidade como um Estilo de Vida” é uma série de 24 estudos bíblicos desenvolvidos por 24 mulheres de diferentes partes do nosso mundo salvacionista. Essas mulheres são apaixonadas pela Santidade, e seus textos nos inspirarão e desafiarão a sermos mulheres com mãos limpas e corações puros. Radical, Corajoso, que Assume Riscos! Três termos que descrevem os primeiros discípulos depois de suas vidas serem cheias pelo poder do Espírito Santo. Eles saíram de sua experiência no Pentecoste comprometidos a viver diariamente uma vida transformada e cheia da presença do Cristo Vivo. Estou convencida de que o mundo hoje está procurando desesperadamente discípulos tão cheios do poder do Espírito Santo que nada os impedirá de compartilhar as boas novas de que Jesus pode trazer esperança, vida e luz a todos que invocarem Seu nome. Eu estou dentro! Você vai se unir a mim? Estes Estudos Bíblicos não pretendem ser exclusivos para os grupos do Ministério Feminino. Eles foram projetados para serem utilizados em grupos de todas as idades, culturas, nacionalidades, idiomas e gêneros. Estamos orando para que Deus use este recurso muito além de qualquer coisa que possamos sonhar ou imaginar. Minha profunda oração é que todos os que se envolverem nestes estudos bíblicos experimentem uma transformação radical de santidade que impactará na maneira como vivem e fazem missão hoje e no futuro. Que Deus abençoe e use estes Estudos Bíblicos para Sua honra, Seu poder e Sua Glória, e que possamos bendizê-Lo, ao escolhermos a “Santidade como um Estilo de Vida”.

Comissária Rosalie Peddle Presidente Mundial do Ministério Feminino


Porque eu sou Santo Levítico 19:1-4 Tenente-Coronel Evan Mhavsi

“Disse ainda o Senhor a Moisés: ‘Diga o seguinte a toda comunidade de Israel: Sejam santos porque eu, o Senhor, o Deus de vocês, sou santo. Respeite cada um de vocês a sua mãe e o seu pai, e guarde os meus sábados. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês. Não se voltem para os ídolos, nem façam para si deuses de metal. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês’.” A palavra “santo” descreve a natureza de Deus. Deus ordenou que Moisés e toda a comunidade de Israel imitassem seu caráter. Se Deus é santo e o povo também é santo, um forte laço é formado entre o homem e Deus. A palavra santo também é usada com referência a coisas ou pessoas que foram separadas ou colocadas à parte para Deus e Seu serviço: o sétimo dia da criação foi santificado como um dia de descanso (Gênesis 2:3), Moisés permaneceu em solo sagrado (Êxodo 3:6), o Monte Sinai foi declarado santo por Deus (Êxodo 19:23) e o altar sagrado é mencionado em Êxodo 29:37. Ser santo é estar em um estado de plenitude ou perfeição moral e ética; livre do mal moral. A palavra santo denota aquilo que é “santificado” ou “separado” para o serviço divino e a pureza religiosa. Dentre toda a criação, Deus abençoou o homem: “Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1:27). Quando Deus chama, Ele provê porque somos Seus: “Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença” (Efésios 1:4). A bênção da santidade foi perdida quando nossos primeiros pais, Adão e Eva, pecaram contra Deus. Seus pecados contaminaram a raça humana a ser pecadora, mas Deus, em Sua misericórdia, estabeleceu Seu plano de salvação enviando Jesus Cristo para nos redimir. Como cristãos, podemos questionar o momento de tomarmos nossas decisões, ao mesmo tempo em que nos esforçamos para seguir o tempo de Deus. Quando pensamos assim, podemos nos perguntar quando é a hora certa de ser santo. Primeiro, devemos entender que Deus é santo em todos os momentos. Ele era, Ele é e sempre será santo, porque Ele não tem princípio nem fim: “Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus” (Salmo 90:2). Em Levítico 19:3, Deus nos instrui a observar Seus sábados. Separar um tempo para descansar na presença de Deus é um componente vital da vida santa e, não importa quão ocupados sejamos, devemos sempre nos esforçar para observar o “dia de descanso”. O momento certo para todo cristão é agora. Os cristãos são encorajados a seguir uma vida agradável a Deus enquanto têm tempo: “Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus” (Efésios 5:15-16). Para viver uma vida santa, precisamos ser indivíduos que nasceram de novo no Espírito Santo: “Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus” (João 1:12-13). A instrução “Sejam santos porque eu, o Senhor, o Deus de vocês, sou santo”, enfatiza o significado de nosso livre arbítrio. Como povo escolhido de Deus, devemos fazer escolhas conscientes que refletem uma vida santa. Levítico 19:3 dá dois exemplos de maneiras de escolher um estilo de vida santo: “Respeite cada um de vocês a sua mãe e o seu pai, e guarde os meus sábados”. A santidade inclui adorar a Deus. A terceira instrução é de não adorar ídolos: “Não se voltem para os ídolos, nem façam para si deuses de metal” (Levítico 19:4). Não há espaço para adoração de ídolos em uma vida santa, mas apenas para adorar a Deus em Espírito e em verdade. Desde o momento em que alguém nasce de novo, há uma guerra espiritual entre a carne e o espírito. Os pecados da carne são muitos e convincentes, levando à morte, mas o fruto do Espírito é poderoso, e leva à vida eterna. Como filhos nascidos de Deus, precisamos viver uma vida controlada pelo poder do Espírito. Precisamos exercer uma vida santa em nosso viver diário. “Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência” (Colossenses 3:12).

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REFLEXÃO: * O que significa para você ser santo como Deus é santo em sua vida diária? * Quem em sua vida você considera ser santo? * O que impede sua busca pela santidade?

A santidade requer prática contínua: não devemos deixar que nossa natureza pecaminosa, a carne, seja vitoriosa sobre o Espírito de Deus. O espírito que está em nós é fortalecido pelo Espírito Santo, a Palavra de Deus é alimento para a alma, a oração é a fonte de comunicação com Deus e o sangue de Jesus nos purifica. A vida de santidade é de transformação espiritual das trevas para a luz. 1 Pedro 2:9-10 diz: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam.” Este é o nosso chamado da parte de Deus: sermos santo como ele é santo.

Pai, ajuda-nos a sermos santos como o Senhor é santo. Obrigado por nos dares a chance de nascermos de novo como Teus filhos. Desvia nossos olhos das coisas más deste mundo e nos direciona para o que é bom e irrepreensível. Amém.

TENENTE-CORONEL EVAN MHAVSI

TERRITÓRIO DO ZIMBÁBUE E DO BOTSUANA A Tenente-Coronel Evan Mhavsi é Oficial do Exército de Salvação, servindo no Território do Zimbábue e Botsuana. Na época em que escreveu este estudo bíblico, ela atuava como administradora da Escola de Meninos Mazowe, no Zimbábue.

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Empenhando-se pela Santidade Salmo 51 Tenente-Corone Brigitte Odile Bamanabio

“Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável. Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito. Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer.” (Salmo 51:10-12) O homem pecador é convidado a encontrar o Criador, a fim de reconciliar-se com Ele. A vontade suprema de Deus para Suas criaturas é desenvolver um relacionamento baseado em amor, comunhão e respeito. O objetivo da cruz é restaurar o ser humano, e colocar Deus no centro de sua vida. Sua vontade é comunicada a toda a humanidade, às nações e às cidades: Jonas 3:10, 4:11; às igrejas: Apocalipse 2:3; aos grupos: Atos 1:1-5; aos indivíduos: João 21:18; Atos 9:6; 15. A direção do Alto revela dois elementos distintos: a vontade divina e o tempo de Deus para o seu cumprimento. É da maior importância considerar que os planos do Criador não são cumpridos instantaneamente; em vez disso, eles seguem a lógica do estabelecimento de vários parâmetros, da mesma forma como as peças de um quebra-cabeças são montadas. Um pintor desenvolve sua tela com pequenos toques e trata cada aspecto com atenção. As pessoas podem admirar a obra-prima quando todas as partes da tela estiverem concluídas. O Senhor, o grande arquiteto, trabalha como um artista na vida de um cristão, de uma igreja, de um país, a fim de realizar uma obra perfeita e gloriosa. Ele separa um tempo para lidar com cada compartimento. É por isso que há uma distinção entre a vontade divina e o tempo em que ela é cumprida. Compreender essa realidade nos ajuda a superar o desânimo e a permanecer em uma atitude de confiança e serenidade. “Então ensinarei os teus caminhos aos transgressores, para que os pecadores se voltem para ti. Livra-me da culpa dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação! E a minha língua aclamará à tua justiça. Ó Senhor, dá palavras aos meus lábios, e a minha boca anunciará o teu louvor. Não te deleitas em sacrifícios nem te agradas em holocaustos, se não eu os traria. Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.” (Salmo 51: 13-17) A Bíblia nos revela como Deus trabalha através dos tempos, observando a organização e a harmonia (1 Coríntios 14:33). Todas as principais intervenções divinas ocorrem cada uma em um tempo específico. Existem muitos exemplos bíblicos de indivíduos e grupos escolhidos por Deus e encarregados de servi-Lo de maneiras específicas. Cada um dos seguintes casos do chamado de Deus à santidade exibe pessoas que enfrentam dificuldades e se sacrificam como “um espírito quebrantado” ao plano de Deus. Para Moisés, que foi enviado por Deus para liderar o povo hebreu para fora da terra do Egito, a obediência significava ser despido de sua confiança em sua sabedoria e ciência humanas, adquiridas na corte do Faraó, e permanecer no deserto, Êxodo 2:11-15; Atos 7:23-25. Quando seu “tempo para ser santo” foi cumprido por Deus, ele aprendeu a humildade e confiou exclusivamente em Deus para alcançar os propósitos do Senhor. Ele se tornou um canal para as mãos do Mestre e trouxe bênção para seu povo. Para José, as grandes promessas que ele recebeu levaram cerca de 30 anos, antes de serem cumpridas (Gênesis 37:1-11). Enquanto isso, Deus permitiu provações, situações dramáticas e dolorosas através das quais o caráter de José foi formado. Davi é outro exemplo da vontade de Deus sendo cumprida. Depois de sofrer humilhação, rejeição, desentendimento, desprezo, solidão, injustiça, ciúme, ressentimento e violência, Davi tornou-se o rei ungido de Israel. Os discípulos e apóstolos foram submetidos à mesma experiência transformadora: instrução, exortações, correções, retificações e, em seguida, o novo nascimento e o batismo do Espírito Santo foram essenciais para que chegassem à semelhança de Jesus e realizassem as obras que Ele planejou para eles muito tempo atrás. (Lucas 6:40; Efésios 2:10, 4:13; Filipenses 1: 6; Tito 3: 8; Romanos 12:1).

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REFLEXÃO: * O que significa ser santo? Por que devemos almejar a santidade? * Faça uma lista das áreas nas quais você tem visto a santidade em sua vida. * Faça uma lista das suas fraquezas e pense sobre como você pode se disciplinar.

Está na hora de sermos santos, pois somos chamados a cumprir o propósito específico de Deus para nossa geração. É um erro se esconder atrás de fórmulas pseudoespirituais como: “Quando o Senhor quiser, Ele intervirá!” Há momentos em que Deus espera a tomada de decisões e mudanças de pensamentos e atitudes de Seus filhos, antes de poder nos usar. Ele espera que estejamos disponíveis. Deus é amor, portanto, aquele que habita em Seu amor permanece em Deus e Deus nele. É tempo para sermos santos; vamos aproveitar a santidade e pureza de Deus. Devemos ser envolvidos por Seu amor e Seu poder, a fim de salvar, resgatar, curar, restaurar vidas e construir Seu Reino!

Senhor, o Senhor quer que eu seja santo e sem nenhuma barreira entre nós, para um perfeito relacionamento e colaboração. Ajuda-me, Senhor, a iniciar uma jornada de santidade gradual: a preservar a santidade, a fazer o bem e a renunciar todo o mal.

TENENTE-CORONEL BRIGITTE ODILE BAMANABIO

TERRITÓRIO DO CONGO (BRAZZAVILLE) A Tenente-Coronel Brigitte está atualmente servindo no Território do Congo (Brazzaville) como Secretária Territorial do Ministério Feminino. Seu marido, o Tenente-Coronel Eugene Bamanabio, serve atualmente como Secretário em Chefe do Território do Congo (Brazzaville). Eles têm uma filha. Após servirem como Oficiais Dirigentes em vários Corpos, eles foram nomeados para o Comando de Ruanda e Burundi e o Território de Uganda. Ela está feliz em servir ao Senhor e se orgulha de fazer parte da grande família que é o Exército de Salvação.

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Uma Vida Pura Salmo 119 Coronel Sarah katusabe Wandulu

“Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a tua palavra. Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos. Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti. ” (Salmo 119: 9-11) Essa passagem da Bíblia nos dá orientação sobre como podemos manter nossos caminhos puros em meio ao mundo louco e difícil em que vivemos. Quando você olha para os filmes e músicas produzidos nos tempos atuais, há evidências de que a sociedade glorifica a imoralidade, tornando um desafio viver uma vida limpa e pura. Para mantermos nossa vida pura, precisamos mantê-la alinhada com a Palavra de Deus. Quando nos deleitamos na Palavra de Deus, nós a esconderemos em nosso coração, meditaremos nela e a compartilharemos com outras pessoas. Uma pessoa que obedece a Deus será abençoada e se regozijará na vida pura. Embora esse Salmo se refira a alguém jovem, a dificuldade se aplica a uma pessoa de qualquer idade. A maioria das pessoas não se fará essa pergunta tão importante, porque não é um caminho fácil a tomar, já que isso envolve deixar o passado para trás e viver no caminho do Senhor. Apesar disso, não tenhamos receio da gloriosa disposição de viver vidas puras e nobres. Estamos nos afogando em um mar de impurezas , e para onde quer que olhemos, somos tentados a viver vidas impuras. Não podemos fazer isto por conta própria; precisamos ter bons aconselhamentos, força e mais pessoas capacitadas ao nosso redor para vencer as muitas tentações ao nosso redor. A questão seria: onde podemos encontrar essa força e sabedoria? A Bíblia deve ser seu guia e você deve exercer grande vigilância para que seu caminho e sua vida reflitam os ensinamentos dela. Mesmo com o mapa mais preciso, ainda assim você pode se perder se não o seguir com cuidado, então também podemos pecar sem saber: “Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos.” (Salmo 119: 10) Embora tenhamos o desejo de buscar a Deus, frequentemente o fazemos de forma tão fraca, com pouca ou nenhuma confiança, por causa do domínio do pecado sobre nossas vidas. Davi começava todos os dias buscando a presença de Deus com todo o seu coração: ele desejava comungar com Deus pessoalmente. Um coração transformado deve ter anseio pela comunhão com Deus. Somente Deus vê o coração, e o coração vê Deus. Jesus disse: “Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus” (Mateus 5: 8). Se abandonarmos os caminhos de Deus, certamente não encontraremos Deus, pois Ele é encontrado quando andamos em Seus caminhos. A pessoa que confia na palavra de Deus não se afastará dEle. Nossos pensamentos, vontades e desejos corrompidos são inimigos de Deus, a menos que a Palavra de Deus esteja escondida em nós. O versículo 11 diz: “para não pecar contra ti”. A melhor coisa – “tua palavra”; escondida no melhor lugar, - “no coração”; para o melhor dos propósitos, “não pecar contra Ti”. Esconder a Palavra de Deus em nossos corações é um escudo contra o pecado. Para sermos cristãos saudáveis, não devemos tratar a Bíblia como um material de leitura opcional, mas como um livro que é vital para a nossa vida. Meditar é mais do que ler a Bíblia e crer nela: é aplicar as Escrituras à vida cotidiana. Eu desafio que você considere memorizar alguns versículos a cada semana. Escreva versículos que falem especialmente com você em pequenos cartões ou notas adesivas, mantenha-os ao seu redor, depois revise-os sempre que tiver oportunidade, e você terá um coração cheio da Palavra e uma vida que a reflita. Entretanto, a memorização por si só não nos impedirá de pecar; também devemos colocar a Palavra de Deus em nossas vidas, tornando-a um guia vital para tudo o que fazemos.

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REFLEXÃO: * Qual impacto o estudo diário da Bíblia traria à sua vida espiritual pessoal? * Leia 1 Pedro 2: 1-10. Como isso eleva o padrão de santidade para um seguidor de Jesus? * O que exatamente é santidade? Como podemos alcançá-la, já que precisamos dela para podermos ver o Senhor? (Hebreus 12:14)

A vida no mundo secular não é projetada para incluir um tempo de oração. O trabalho começa de manhã cedo e continua até altas horas da noite. Podem se passar semanas antes que você sequer pense em oração. Se estivermos ocupados demais para ler a Palavra de Deus, então nossa vida não refletirá a imagem dEle. O versículo 16 diz: “Tenho prazer nos teus decretos; não me esqueço da tua palavra.” Quanto mais alguém lê a Bíblia, mais acredita no poder salvador de Deus. A Bíblia está cheia de muitas histórias sobre o livramento de Deus. Esses testemunhos inspiram fé e não podem ser menosprezados. Uma dose diária da Palavra de Deus aumentará a sua fé. Os cristãos são incentivados a desenvolver o hábito de ter um tempo de reflexão com Deus, lendo e compreendendo Sua palavra como uma forma de evitar a superficialidade e um estado morno em sua caminhada cristã com o Senhor. Ao adoramos a Deus em espírito e verdade, Ele Se revela para nós e, quanto mais de Si Ele revela, mais nós O adoramos. Aqueles que internalizam e se regozijam na Palavra de Deus tornam-se puros de coração: “Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado ” (1 João 1: 7).

Ajuda-me, Espírito Santo, a entender Tua Palavra para que eu possa permanecer puro. Pai, dá-me um espírito de sabedoria e revelação. Amém.

CORONEL SARAH KATUSABE WANDULU TERRITÓRIO DO MALAWI

Coronel Sarah Katusabe Wandulu é ugandense por nacionalidade, mas atualmente serve no Território do Malawi como Presidente Territorial do Ministério Feminino. Após seus pais morrerem, quando ela tinha oito anos, foi adotada e criada por uma família de Oficiais do Exército de Salvação. Ela é casada com Moses, e têm quatro filhos adultos - Catherine, Evangeline, Peter e Levi – e três netos – Keith, Karl e Lilly. Ela ama a Deus, sua família e seu ministério como Oficial do Exército de Salvação de todo seu coração. Tempo para ser Santo - IEstudos Bíblicos do Departamento Internacional do Ministério Feminino

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O Valor de um Coração Puro Salmo 139:23-24 Major Gaudencia Omukonyi

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno.” (Salmo 139:23-24) De acordo com a doutrina de santidade do Exército de Salvação, “purificação do coração” é o termo usado para enfatizar a remoção de atitudes indignas e egocêntricas da mente e do coração. A purificação do coração pressupõe que nossa motivação foi purificada e que todas as nossas ações podem ser impulsionadas pelo amor. O conceito de motivação pura, entretanto, deve ser considerado com muito cuidado. Ao usar a purificação da motivação como base para a vida, podemos nos recusar a reconhecer e confessar quaisquer atos de pecado pessoais específicos e apenas reconhecer nossos “erros”. A pureza é um dom para o qual nos abrimos e que permitimos que ela nos reclame para si, porém, ela nunca deve ser usada para nosso próprio benefício. O Salmo 139 é um salmo de Davi, “um homem segundo o coração [de Deus]” (1 Samuel 13:14). No Salmo 139:23, Davi expressou seu pedido para a avaliação do íntimo do seu coração: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações”. Aqui, Davi orou para que o Senhor pudesse sondar e provar o caráter de seu interior, indicando a seriedade do crescimento espiritual do coração e da transformação de vidas. Davi pediu ao Senhor uma análise profunda e minuciosa de sua conduta espiritual, do íntimo do seu coração e de seu pensamento. Mais adiante, no Salmo 139:24, Davi orou para que o Senhor revelasse qualquer característica impura que pudesse estar nele: “Vê se em minha conduta algo que te ofende”. Davi sabia que, como ser humano, ele não era tão perfeito quanto Deus e, por essa razão, pediu ao Senhor que revelasse e reprovasse qualquer coisa que pudesse estar errada em seu caráter. Davi também expressou seu pedido por orientação, dizendo: “e dirige-me pelo caminho eterno”. Aqui, Davi pediu ao Senhor que o conduzisse no caminho da justiça e da verdadeira santidade. A palavra grega para “puro”, conforme encontrada em Mateus 5:8, é katharos. Significa ser “limpo, inocente, e imaculado de culpa”. Curiosamente, a palavra pode referir-se especificamente àquilo que é purificado pelo fogo ou por poda: João Batista disse que Jesus batizaria com o Espírito Santo e com fogo (Mateus 3:11). Malaquias fala do Messias como sendo o “fogo do ourives” (Malaquias 3:2), Jesus Se refere aos crentes como sendo os ramos e a Si mesmo como sendo a videira (João 15:1-17). Para que uma videira produza frutos, ela deve ser podada. Aqueles que são verdadeiramente puros, então, são aqueles que foram declarados assim pela obra santificadora de Jesus Cristo, seu fogo purificador e sua poda. Como crentes, sempre devemos pedir a Deus que examine nossos corações, sonde-nos, prove e conheça nossos corações e pensamentos. Devemos deixar Deus examinar a profundidade e os detalhes no íntimo de nosso caráter, pois é somente Deus quem pode mudar nosso caráter. Deus tem a capacidade de conhecer nossos padrões de retidão, piedade, santidade e se estamos buscando crescimento e transformação espirituais. Temos o dever de pedir a Deus que examine o íntimo do nosso ser e corrija qualquer caminho mal que possamos estar erradamente seguindo em nossas vidas. Nossos pensamentos, atitudes, propósitos, planos, palavras e ações devem confirmar que somos puros aos olhos de Deus. É preciso coragem para convidar Deus a nos mostrar nossos pecados, fraquezas e imperfeições. Normalmente, como seres humanos, queremos esconder essas características negativas e imaginar que Deus as desconhece. Podemos identificar esses comportamentos em nós mesmos: não gostamos de ver nossos pecados e fraquezas revelados; não sentimos que temos que refletir sobre eles; não queremos que Deus os veja; certamente não queremos que os outros os vejam.

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REFLEXÃO: * O que você entende pela expressão: “íntimo do coração”? * Descreva os maus pensamentos que podem emanar do coração humano. * Como podemos viver uma vida de retidão, piedade e santidade?

Muitas vezes reagimos ao pecado vivendo em negação, o que nos impede de olhar claramente para essas questões. É essencial ter coragem e orar a Deus, convidando-O a nos corrigir, para que possamos seguir Seus caminhos. Essa é a única forma de crescer em nossa fé cristã e viver com um coração puro. É somente quando nos abrimos totalmente a Deus que Ele pode nos mostrar nossos problemas, coisas para as quais geralmente estamos cegos. Quando tomamos consciência destas atitudes e comportamentos, podemos começar a receber ajuda para superá-los. Uma maneira de evitarmos pecar é encontrada no Salmo 119:11: “Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti”. Todo cristão precisa gastar tempo na Palavra de Deus todos os dias para manter-se afastado do pecado: há poder para nos manter vivendo para Deus e não para nós mesmos. Precisamos pedir a Deus que sonde nossos corações, pedindo a Ele que identifique o pecado em nós, para que possamos confessar, resistir a ele e sermos considerados como fiéis filhos de Deus. Se você deseja tornar-se mais parecido com o Pai, a única maneira de ser transformado é convidando-O a olhar para o seu coração e examinar suas motivações, pensamentos e desejos, para que seu coração possa ser purificado

Oremos para que Deus examine nossos corações para a promoção do crescimento espiritual: para que Ele revele quaisquer características más que possam estar em nós e nos conduza ao caminho da justiça e da verdadeira santidade.

MAJOR GAUDENCIA OMUKONYI

ZIMBÁBUE E TERRITÓRIO DO BOTSUANA A Major Gaudencia Omukonyi atualmente serve no Território de Zimbábue e Botswana como Diretora de Serviços Especiais e Oficial de Desenvolvimento de Vida Espiritual no Colégio de Cadetes. O Colégio de Cadetes é um colégio associado à Universidade do Zimbábue. Ela veio originalmente do Território Oeste do Quênia; é casada com o Major Julius Omukonyi, que atualmente serve como Diretor do Colégio de Cadetes. Eles foram abençoados com quatro filhos: Japhlet, Berit, Mercy e William.

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Ser como Jesus Isaías 6:1-8 Major Hope Nwokedi

A santidade carrega consigo o pensamento de estar separado dos caminhos ímpios do mundo e separado para o amor, para o serviço e para a adoração: é o objetivo e o propósito de nossa eleição em Cristo (Efésios 1:4). A santidade é um atributo de Deus, e o que é verdade sobre Deus deve ser verdade sobre Seu povo. Significa ser como Cristo e ser dedicado a Ele. A mãe do Exército de Salvação, Catherine Booth, disse que é “um padrão não apenas a ser almejado, mas a ser alcançado; é um padrão de vitória sobre o pecado, o mundo, a carne e o diabo; é o Cristianismo real, vivo, que reina e triunfa.” Isaías 6:1-8 explica a visão de Isaías após a morte do rei Uzias. A visão que Isaías teve após a morte do rei Uzias foi em três fases: ele teve a visão da santidade de Deus (visão para cima); a visão de si mesmo (visão interna); a visão das pessoas que viviam com ele e para quem ele deveria ministrar (visão externa). Essas fases podem ser vistas como uma visão “para cima”, “interna” e “externa”. Isaías 6: 5-7 diz: “‘Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! “Então um dos serafins voou até mim trazendo uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma tenaz. Com ela tocou a minha boca e disse: ‘Veja, isto tocou os seus lábios; por isso, a sua culpa será removida, e o seu pecado será perdoado’.” Em visão plena da santidade de Deus, Isaías percebeu instantaneamente sua própria pecaminosidade e impureza e a de seu povo. Ele viu o quão imundo e impuro ele era, embora estivesse profetizando nos capítulos anteriores. Ele viu que precisava de um toque de limpeza para estar apto a permanecer na presença de Deus. A visão deu a Isaías uma compreensão adequada de sua mensagem e chamado, revelando que a glória, majestade e santidade de Deus requerem que aqueles que O servem também sejam santos em pensamentos, palavras e ações. Havendo sido purificado e santificado, Isaías recebeu uma incumbência específica de proclamar a palavra do Senhor às pessoas que eram espiritualmente cegas, surdas e insensíveis. 1 Pedro 1:15 diz: “Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem.” Deus espera que sejamos santos, para que possamos estar aptos a ser chamados Seu povo, a servi-Lo fielmente nesta era atual e viver com Ele na eternidade; pois, sem santidade, ninguém verá o Senhor (Mateus 5: 8, Hebreus 12:14). O reconhecimento da necessidade da obra santificadora de Deus em nossas vidas inevitavelmente acompanhará tal visão. Podemos ter um resultado semelhante ao de Isaías – tendo uma confissão sincera, uma purificação gloriosa e uma incumbência poderosa por Deus em relação à Sua vontade e chamado (Isaías 6:5-8). A santidade é possível de alcançar através do poder do Espírito Santo vivendo em nós após nossa experiência de conversão (Romanos 8:11-14). O Espírito Santo dentro de nós traz toda a vida de Cristo para toda a nossa personalidade, para que todo o amor de Deus possa ser transmitido ao mundo inteiro. Da mesma forma como o coro do Exército de Salvação, escrito pelo general John Gowans, diz: “Ser como Cristo Como Ele anseio ser (...) Por seu Espírito Assim serei.” Ser santo é imitar a Cristo e colocar a fé cristã em prática. Devemos permitir que o Espírito Santo oriente nossos pensamentos, palavras e ações para agradar a Deus. O artigo 10 dos Artigos de Fé do Exército de Salvação é derivado de 1 Tessalonicenses. Nessa passagem está registrado que Paulo orou para que os crentes em Cristo fossem completamente santificados por Deus, influenciando os três componentes do homem: espírito, alma e corpo. Paulo entendeu que essa purificação manteria os cristãos irrepreensíveis até a vinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

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REFLEXÃO: * A santidade da vida é possível para os crentes hoje? * O que dificulta que o povo de Deus demonstre a santidade em sua vida diária? * Que comportamentos reais podemos ver em uma pessoa impura?

Todo o nosso ser é acionado na conquista da santidade da vida – espírito, alma e corpo – diariamente. Ao exibir a santidade em nossas vidas, devemos estar prontos para deixar de lado o discurso prejudicial de nossas bocas, a amargura, a raiva, a calúnia e o ressentimento contra os outros. Devemos ser gentis e compassivos uns com os outros, perdoando uns aos outros, assim como Deus nos perdoou. Portanto, que possamos desejar viver vidas santas para Deus em nossos dias. Que o perfeito amor reine em nossos corações, porque a santidade começa no coração que é genuinamente convertido. Com Deus, através do Seu Espírito, é possível. Devemos seguir em frente e espalhar o “aroma de Cristo no mundo (2 Coríntios 2:14-15). O mundo precisa de nós, enquanto Cristo nos guia. Devemos ser fiéis a Deus e aos homens, pois somos as epístolas ambulantes que os homens leem. Podemos seguir um longo caminho para conquistar o mundo para Cristo, vivendo diariamente a santidade prática. Nossas vidas de santidade podem iluminar as trevas do mundo.

Pai, conduze-nos no caminho da vida santa. Purifica nossos lábios, mentes e pensamentos para que possamos ser aceitáveis em Tua presença. Amém.

MAJOR HOPE NWOKEDI

TERRITÓRIO DA NIGÉRIA A Major Hope Nwokedi é do Território da Nigéria. Tendo servido nas partes Leste e Oeste do Território como Oficial Dirigente e Oficial Divisional de Juventude, ela atualmente está servindo como Oficial Dirigente do Corpo de Okoko, na Divisão da Cidade de Lagos. Ela ora para que Deus a ajude a manter uma vida santa, para que possa tocar vidas em seu ministério no Corpo.

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A Exigência e a Recompensa Amós 5:14 Capitã Olivia Munn-Shirsath

A vida é mais divertida quando você é bom. Pelo menos, foi o que me disseram quando eu era jovem. Para ser sincera, isso não pareceu verdade na época. Eu estava gostando de ser má e os ideais de santidade tinham muito pouco apelo para mim. Parecia-me que a santidade era um complemento opcional para os cristãos. Não conseguia ver nenhuma razão pela qual meus hábitos devessem mudar. Eu conhecia teologia o suficiente para defender o meu caso: “Eu sou uma pecadora salva pela graça”. Eu sabia que estava indo para o Céu por causa da bondade de Deus e não por causa de minhas obras. Eu estava gostando do meu pecado, mas estava segura da minha salvação. A santidade parecia simultaneamente chata e difícil. O profeta Amós pregou a um povo que se sentia seguro. Afinal, eles eram o povo escolhido de Deus – a nação de Israel! Entretanto, assim como meu próprio padrão imaturo, eles caíram em pecado e pensaram que seu relacionamento com Deus não seria prejudicado. Então, Ele enviou Amós para lembrá-los: “Busquem o bem, não o mal, para que tenham vida. Então o SENHOR, o Deus dos Exércitos, estará com vocês, conforme vocês afirmam.” (Amós 5:14) O povo deve ter ficado chocado ao ouvir algo condicional do Senhor. Eles descansaram tão confiantemente no fato de que Deus sempre manteve Seu lado da aliança que não consideraram os desdobramentos se eles não sustentassem seu lado da aliança. Aqui, encontramos uma tensão da vida cristã: não somos salvos por nossa própria justiça, mas recebemos a ordem para sermos santos. A santidade é explicitamente requerida: “Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: ‘Sejam santos, porque eu sou santo’.” (1 Pedro 1: 15-16); e ainda mais preocupante: “Sem santidade, ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14). A mensagem de Amós pode ser lida como um aviso severo ou como uma bela promessa. Quando buscamos o que é bom, verdadeiramente viveremos. Muitas pessoas buscam o mal e ainda vivem. Elas não estão buscando a vontade de Deus de forma nenhuma e, ainda assim, pode ser que vivam uma vida longa e próspera. Mas, é claro, a vida é mais do que sobrevivência. Eu sempre fui o tipo de pessoa que sabe como celebrar a vida e desfrutar das coisas boas. Mas a vida é mais do que prazer e felicidade. A vida verdadeira e abundante vem somente de Cristo. Em João 10:10, Jesus ensina: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente. ” Isso é muito diferente do meu ponto de vista original: isso não parece nada chato! O plano de Jesus para que tenhamos a vida plena muitas vezes parece ser um paradoxo. Ele não nos convida a tomar nossa cruz todos os dias? Ele não nos avisa que seremos perseguidos? Sim. Este é o grande mistério do Reino invertido de Deus: quando perdemos nossas vidas, as encontramos. Uma vez que morremos com Cristo, vivemos com Cristo. A vida abundante não é definida da forma que o mundo espera. O mundo pode esperar que uma vida abundante inclua riquezas e fama, alegria e conforto constantes. Mas a verdade é que a vida eterna, abundante e real é encontrada ao conhecer Deus (João 17:3). Esse versículo contém esse mesmo princípio eterno que é reiterado oito séculos antes, quando o livro de Amós foi escrito. Amós declara que, à medida que o povo buscar o bem, não apenas viverá, mas o Senhor Deus Todo-Poderoso estará com ele. A presença de Deus é a própria vida – é o maior tesouro que alguém poderia encontrar. A presença de Deus é a recompensa da obediência a Deus. Então, alguém pode dizer, trabalharei o máximo que eu puder para conhecer Deus! Eu obedecerei todos os Seus mandamentos! E, mesmo assim, se olharmos para o livro de Miquéias, vemos que a obediência é surpreendentemente simples:

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REFLEXÃO: * Quando foi a última vez que você teve certeza da presença de Deus com você? * Como você pode optar por andar ativamente com Deus nesta semana? * Como você concilia a tensão entre o chamado à santidade e a salvação pela graça?

“Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: Pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus. ” (Miquéias 6: 8) Deus ordena obediência, mas “seus mandamentos não são pesados” (1 João 5:3). Em uma reviravolta contra cultural, Miquéias diz ao povo que Deus não deseja suas ofertas queimadas (Miquéias 6:6-7). Em vez disso, Ele exige que eles façam apenas três coisas: pratiquem a justiça, amem a fidelidade e andem humildemente com Deus. A presença de Deus é tanto nossa exigência quanto nossa recompensa. Não precisamos trabalhar para receber nossa salvação, mas precisamos ter um relacionamento com Deus. Caminhe com Deus e você já recebeu sua recompensa intrínseca. Isso me lembra de um passeio com minha amiga em Nova Iorque. Eu geralmente atravesso a rua quando não deveria e não me importo em quebrar as regras para pedestres. Mas ela sempre obedece as placas da rua! Portanto, quando ando com ela, eu também obedeço as placas da rua. Eu não vou deixá-la para trás, porque quero andar com ela. Isso tem a ver com estar juntos. Quando andamos com Deus, mantemos o passo com Ele. Quando andamos com Deus, praticamos a justiça. Quando andamos com Deus, amamos a fidelidade. Andamos com Deus porque Sua presença vale a pena!

Deus, conhecer-Te é viver verdadeiramente. Perdoa-me pelos momentos em que não levo a sério Tua graça. Ajuda-me a andar na Tua presença e a seguir o caminho da vida.

CAPITÃ OLIVIA MUNN-SHIRSATH

TERRITÓRIO ORIENTAL DOS EUA Manhattan. Ela tem uma paixão pelas artes criativas e pelo ministério urbano. Olivia e Pratik são os fundadores da The Glory Shop, uma escola de discipulado para artistas no coração da cidade. Olivia é escritora, e seu primeiro livro, The Uprising: A Holy Revolution?, fala da noção radical de que a santidade é possível. Ela ama pregar, escrever, cozinhar e experimentar novos restaurantes.

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Do coração Mateus 5:13-6:29 Capitã Glenis VierA

O Sermão da Montanha tem sido o farol guia dos seguidores de Jesus Cristo, o Messias, há mais de 2.000 anos. Nesta passagem, Jesus estabeleceu Seus ensinamentos como um Rabi. As multidões já estavam ansiosas para ouvir sobre este Rabi que estava ensinando, proclamando o Reino de Deus e realizando milagres de cura. Os líderes religiosos também estavam entre as multidões, talvez por curiosidade, talvez com intenção maliciosa, talvez até porque bem no fundo eles queriam seguir os caminhos de Jesus. Ao Se dirigir à multidão, Jesus usava lições para ensinar de forma eficaz e prática. Ele começou dizendo-lhes que deveriam ser sal e luz para o mundo. Ele queria que eles entendessem o propósito deles no mundo; para os crentes judeus, o de serem sal (temperando e conservando) para Israel; para os gentios, o de serem luz para o mundo. Ao chegarmos à nossa passagem em Mateus 5:13-6:29, Jesus esclarece que não é Seu propósito aboli ou “viver sem” a lei, mas que Ele veio cumpri-la; em outras palavras, para torná-la íntegra. Jesus veio para dar a correta interpretação à lei. Sem Ele, a lei seria incompleta, como havia sido até aquele momento. No contexto, devemos entender que havia muitas interpretações da Lei, dadas pelos líderes religiosos. Essas interpretações acrescentaram encargos “desnecessários” àqueles dados por Deus a Moisés. Jesus explica como a Lei deve ser observada. Ele quer enfatizar que guardar a lei é uma questão de coração. Não há benefício em guardar esses mandamentos se eles forem feitos apenas para a aparência externa, enquanto os corações estão cheios de ódio, amargura, ganância e luxúria. Aqui, vemos Jesus virando todas as coisas de cabeça para baixo, melhor do que isso, de dentro para fora. A santidade é uma questão de coração! Esta é a premissa de Jesus para Seu sermão. A santidade não é o que aparece na superfície. Na época de Jesus, temos o exemplo dos fariseus e dos saduceus. Esses líderes religiosos seguiam a lei por causa das aparências externas. Jesus abordou a atitude deles em nossa passagem em Mateus 6. Ele diz aos discípulos para não serem exibidos em suas práticas. “‘Portanto, quando você der esmola, não anuncie isso com trombetas’”; “‘E quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas’”; “‘Quando jejuarem, não mostrem uma aparência triste como os hipócritas’”; Pelo contrário, Jesus explica que o que foi feito em privado, sem alarde, receberia recompensa no Reino dos Céus. Que abordagem! Os líderes religiosos devem ter ficado furiosos. Hoje temos esse tipo de atitude entre os cristãos. É comum demais buscar reconhecimento, ser observado, receber atenção. Deus olha para o coração, e é a partir dali que Ele quer que sejamos transformados. Como podemos amar, se somos amargos e detestáveis? Como podemos seguir as ordenanças de Deus, se murmuramos e reclamamos em nossos corações? Jesus explica que a forma correta de seguir a Lei é seguindo-a com o coração, onde mais ninguém pode ver nossas intenções. Esses mandamentos são dados pelo exemplo na compreensão de que o reino de Deus, que Jesus veio revelar, é aquele que está interessado nas questões do coração. O amor deve ser a força propulsora em nossa caminhada cristã. O amor por Deus, o amor pelo próximo (incluindo nossos inimigos) e o amor por nós mesmos. Se dizemos que amamos a Deus, faríamos o que Ele diz apenas pelo desejo de mostrar a Ele nosso afeto. Se dizemos que amamos nosso próximo, iríamos respeitá-lo, motivá-lo, nos dedicar e perdoar apenas pelo desejo de mostrar-lhe nosso afeto. Se dizemos que nos amamos, cuidaríamos de nossos corpos, respeitaríamos a nós mesmos, e não guardaríamos ódio e amargura apenas pelo desejo de mostrar a nós quanto nos amamos.

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REFLEXÃO: * Será que sou “exibido” na minha vida cristã? * Quais são as verdadeiras intenções do meu coração? * Eu vivo diariamente da forma como Jesus ensinou no Sermão da Montanha?

A santidade é uma questão do coração. Só podemos nos aproximar de Deus se tivermos corações puros que buscam agradá-Lo de dentro para fora. Isso só pode ser feito pela obra de Jesus Cristo, que nos mostrou que podemos seguir os mandamentos de Deus com corações que são puros e contritos. Em 1 Coríntios 13, Paulo expande esse conceito do coração ... “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.” Finalmente, em Hebreus 12:14, lemos: “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor. ”

Jesus, Teus ensinamentos são perfeitos e completos. Chego a Ti humildemente, reconhecendo minha necessidade de Ti em meu coração. Conforme continuo Te seguindo, ajuda-me a ter um coração puro. Que minhas intenções sejam cheias de amor a Ti, pelo meu próximo e por mim mesmo. Tira toda a arrogância do meu coração. Que haja apenas espaço para os Teus caminhos na minha vida. Que eu seja um verdadeiro discípulo de Teus ensinamentos. Amém.

CAPITÃ GLENIS VIERA

REGIÃO DO ORIENTE MÉDIO A capitã Glenis Viera está atualmente servindo na região do Oriente Médio como Oficial do Corpo dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e como Assistente do Comando Regional. Ela tem um marido maravilhoso e duas lindas filhas que mantêm a vida divertida e interessante! Ela é originalmente de Porto Rico, com um coração para o ministério global. Sua paixão é o ministério intercultural e ela encontra propósito na diversidade.

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Amando a Deus e Amando os Outros: Santidade em Prática Marcos 12:28-34 Major Jennifer Hale

O pastor escocês, Robert Murray M’Cheyne, disse: “A maior necessidade do meu povo é a minha santidade pessoal”. A santidade pessoal está na essência de Marcos 12:28-34. Falando em santidade pessoal, a Coronel Lindsey Rowe disse que: “O tema central para a santidade é a formação espiritual, o que significa que estamos sendo formados à imagem de Cristo; estamos nos tornando cada vez mais parecidos com Jesus”. Ao olharmos mais de perto para Marcos 12, veremos que Jesus resume o caminho da santidade em dois mandamentos. Com o que se parece a santidade, de forma prática, em nossas vidas? Como vivemos nossos vários papéis como mãe, esposa, amiga, colega de trabalho? No início de Marcos 12, a Bíblia diz que “Mais tarde enviaram a Jesus alguns dos fariseus e herodianos para o apanharem em alguma coisa que ele dissesse” (v. 13). É no contexto desse questionamento que um dos mestres estava ouvindo esse debate. Ele era um professor da lei – um homem religioso; sem dúvida, altamente educado; com um bom conhecimento das Escrituras – entretanto, ele é confrontado por Cristo e Seus ensinamentos. Ele ouviu que Jesus respondia bem e, quer por interesse ou na tentativa de enganar Jesus, o mestre da lei faz sua própria pergunta: “De todos os mandamentos, qual é o mais importante?” (Marcos 12:28). “Respondeu Jesus: ‘O mais importante é este: “Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças” . O segundo é este: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. Não existe mandamento maior do que estes’.” (Marcos 12:29-31). Ao ler esses versículos, qual é a sua resposta inicial? Uma coisa é certa, as Escrituras são claras sobre nosso amor a Deus e nosso amor aos outros. A Bíblia diz, em 1 João 4:8, que quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor . Um pouco mais adiante, no mesmo texto, lemos: “Quem ama a Deus, ame também seu irmão” (v.21). Novamente, em Romanos 13:8, Paulo escreve: “pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a lei.” Isso é o que Jesus estava ensinando em Marcos 12: o amor é o nosso compromisso íntimo com Deus, expresso em todo o nosso comportamento e relacionamentos. As Escrituras são claras – se você não mostra amor aos outros, não pode dizer que ama a Deus (1 João 4:20-21). O Comentário Aplicado NVI (NIV Application Commentary) declara que nosso amor a Deus é uma resposta ao amor de Deus por nós. Em outras palavras, somos obedientes a Jesus porque o amamos, e isso se reflete na maneira como vivemos, em nossas respostas, em nosso discurso, em nossas ações e em nossos pensamentos mais íntimos. A resposta de Jesus a essa importante questão inclui o shema, que se encontra em Deuteronômio 6:4-5. O shema (palavra hebraica para “ouvir”, pronuncia-se Shi-MAH) declara: Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças”. Como um homem estudioso, o professor saberia bem disso. Para o povo de Deus, essa oração tornou-se uma confissão de fé pela qual eles reconheceram o único Deus verdadeiro e seus mandamentos para eles (Dicionário Bíblico Holman). Shema é uma palavra comum no Antigo Testamento. Por exemplo, Provérbios 20:12 diz que Deus deu ouvidos a esse shema, que é mais do que apenas ouvir algum som. Significa “prestar atenção”, “focar”, “escutar”; a palavra shema também pede uma resposta, não apenas ouvir ou escutar. No contexto do Salmo 27:7, pedir shema a Deus é pedir que Ele aja, que faça alguma coisa. Da mesma forma, Deus também pediu ao Seu povo que respondesse – Êxodo 19:5 – Shema, shema

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REFLEXÃO: * Como amar com graça e verdade em nosso mundo de hoje? * Leia a parábola do Bom Samaritano, conforme registrada em Lucas 10:25-37. * De que forma estaparábola é uma expressão radical de amar o seu próximo como a si mesmo?

– ouça atentamente. Nesse versículo, ouvir é basicamente o mesmo que guardar a aliança – ouvir e obedecer (The Bible Project). No contexto do Novo Testamento, porém, Jesus usa a oração do shema para clamar por uma resposta. Coração, alma, mente e força – tudo deveria ser dedicado a um Deus amoroso. Como é para nós amar diariamente a Deus com nosso coração, alma, mente e força? Sendo uma mulher que segue a Cristo, com o que se parece o seu “tudo”? A segunda parte da resposta de Jesus foi retirada de Levítico 19:18 - “Ame cada um o seu próximo como a si mesmo . Jesus respondeu ao mestre da lei resumindo todos os Dez Mandamentos – os quatro primeiros nos dizem para amar a Deus e os seis finais nos mandam amar as pessoas. Se quisermos amar a Deus, não podemos evitar amar os outros, como vimos anteriormente. Entretanto, amar o próximo não significa que nunca confrontaremos o pecado deles. Jesus manteve o equilíbrio perfeito entre graça e verdade.

Senhor, ajuda-me a lembrar de que a santidade é tanto amar os outros quanto Te amar, porque não pode haver um sem o outro. Ajuda-me em minha vida diária a buscar-Te primeiro e a amar as pessoas da minha vida como o Senhor faria, através do poder do Espírito Santo. Dá-me graça e sabedoria. Em nome de Jesus, amém.

MAJOR JENNIFER HALE

CANADÁ E TERRITÓRIO DAS BERMUDAS A Major Jennifer Hale está atualmente servindo no Território do Canadá e Bermudas como Secretária Territorial de Candidatos. Com seu esposo, ela serviu como Oficial Dirigente em Corpos em Newfoundland, Bermudas e Ontário. Antes de chegarem ao Quartel Territorial, eles estiveram na Divisão dos Grandes Lagos de Ontário como Secretários Divisionais de Juventude. Juntos, eles têm um profundo desejo de ver pessoas ativamente engajadas em conquistar o mundo para Jesus.

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Protagonistas da vontade de Deus 1 Tessalonicenses 4:3 Comissária Deise Eliasen

Por muitos anos aprendi sobre “santificação”. Amei tudo o que ouvi e sempre busquei essa experiência. Embora eu fosse sincera em minha busca, nunca consegui encontrá-la. Deus, em Sua graça, fez-me encontrar exatamente o oposto: minha humanidade e pecaminosidade. Eu estava tão frustrada! Eu sabia que a vontade de Deus era a santificação, mas tudo que eu conseguia fazer era o oposto. A Palavra de Deus me ensinou que a santificação não é alcançada pela força, esforço próprio ou fingimento. Jesus: “‘Está escrito que o Cristo haveria de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia, e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vocês são testemunhas destas coisas. Eu lhes envio a promessa de meu Pai; mas fiquem na cidade até serem revestidos do poder do alto’.” (Lucas 24: 46-49) Lucas 24:46 fala sobre uma promessa cumprida, a morte e ressurreição de Cristo, que nos constrange a reconhecer o senhorio de Jesus. Como homem, porém, Jesus deu o exemplo de como viver a vontade do Pai na Terra. Ele foi obediente até a morte na cruz (Filipenses 2:8). Da mesma forma, devemos submeter nossa velha natureza com suas paixões, nossa vontade própria com suas inclinações carnais. A cruz nos mostra que esta é a vontade de Deus. Santificação significa pôr um fim em nossos desvios humanos e ser totalmente rendidos e disponíveis a Deus. Realizar boas ações não é necessariamente prova de santificação, se a pessoa não estiver completamente disponível para Deus e não viver para agradá-Lo totalmente. A santificação é deixar de pertencer a si mesmo e pertencer inteiramente a Deus. “E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou (2 Coríntios 5:15). (Veja também Romanos 14:7-9 e 1 Pedro 2:9). Apenas aqueles que reconhecem o senhorio de Jesus podem viver em santificação. Isto é santificação: uma vida de Cristo e para Cristo! Não mais para si mesmo, não mais segundo a carne ou o mundo: “Assim já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2:20). Lucas 24:47 incentiva uma mudança radical no nome de Jesus, permitindo-nos reproduzir a semelhança de Cristo (versículo 47). A santificação significa ser um com Jesus. É dizer que Cristo vive em mim, Ele é tudo para mim: “Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas” (Romanos 11:36). A santificação não é algo que é alcançado, mas é Alguém a ser recebido: Jesus. “É, porém, por iniciativa dele que vocês estão em Cristo Jesus, o qual se tornou sabedoria de Deus para nós, isto é, justiça, santidade e redenção” (1 Coríntios 1:30). Tornar-se cada vez mais semelhante a Cristo é o resultado de estar livre do pecado. Assim como Jesus viveu uma vida livre de pecado, quanto mais nos consideramos “mortos para o pecado” (Romanos 6:11) e vivemos uma vida de pureza, seremos mais como Jesus. Ao nos oferecermos a Deus, o pecado não é mais nosso senhor, e estamos mais visivelmente identificados com Cristo (Romanos 6:1-14). Lucas 24:49 fala sobre um derramamento de poder do céu que vem sobre nós e nos capacita a representar a vida de Cristo. Quando Jesus iniciou Seu ministério na Terra, foi batizado pelo Espírito Santo (Mateus 3:13-17). A partir de então, Ele começou a pregar, a curar e a agir com poder, enquanto Suas palavras penetravam na mente e no coração das pessoas pelo poder do Espírito Santo. Seus milagres manifestaram o poder de Deus através de Sua vida alcançando outras pessoas. Quando temos uma vida cheia do Espírito, nossas vidas se transformam. Tornamo-nos testemunhas de Jesus Cristo para ajudar os outros a crescer (Romanos 15:14), trazendo a eternidade para o aqui e agora, melhorando nossos relacionamentos conosco mesmo e com os outros; estando em comunhão com Deus e com os outros “em unidade” (1 Coríntios 1:10). Jesus orou por isso (João 17:19, 23). Podemos nos comprometer com as realidades pessoais e comuns

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REFLEXÃO: * Como você pode dizer um sim pleno ao senhorio de Cristo hoje? * Quais evidências da semelhança de Cristo você vê em você? * Quais frutos da vida de Jesus em você beneficiam os outros?

de descobrir Deus nas situações diárias. Apesar das dificuldades humanas, podemos testemunhar diariamente o compartilhamento do amor no serviço e na prática da justiça. Recebemos liberdade, autoridade e apoio; sustentados pela graça do Espírito Santo. A santificação é uma transmissão e não uma imitação. Não é por obras, mas é o fruto da presença de Jesus em nós. A santificação não é um conjunto de regras a serem seguidas, mas o fluir da vida de Jesus em nós. Quando eu finalmente entendi que poderia ter a vida de Jesus manifesta em mim, comecei a experimentar a santificação de Cristo em mim e através de mim. Que diferença em pensamento e ação! Ainda é meu objetivo ser protagonista da vontade de Deus, tornando-me cada vez mais parecida com Jesus.

Querido Pai celestial, obrigado pela vida de Jesus em mim. Ajuda-me a ser cada vez mais parecido com Jesus para glorificar Seu nome e ser uma bênção para o mundo. Amém.

COMISSÁRIA DEISE ELIASEN

TERRITÓRIO OESTE DA AMÉRICA DO SUL A Comissária Deise Eliasen está servindo atualmente no Território Oeste da América do Sul como Presidente Territorial do Ministério Feminino. Sua missão pessoal é aprofundar seu relacionamento com Deus e com os outros, deixando que a luz de Jesus brilhe sobre ela. Suas nomeações anteriores no Brasil, Moçambique e Quartel Internacional também lhe permitiram amar e compartilhar a nova vida de Jesus com cada pessoa que ela encontra.

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Luz, vida e amor João 12:42-50 Stephanie Chagas-Bijl

“Então Jesus disse em alta voz: ‘Quem crê em mim, não crê apenas em mim, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. “Se alguém ouve as minhas palavras, e não as guarda, eu não o julgo. Pois não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo. (João 12:44-47). Nesses últimos versículos de João 12, testemunhamos os momentos finais de Jesus antes que Se retirasse do meio da multidão para estar com os discípulos para a Páscoa. Para João, o discurso de Jesus parece reunir seus principais ensinamentos desde o início de Seu ministério. Apesar dos sinais e maravilhas de Jesus, muitos dos judeus ainda não acreditavam nEle. Aqueles que haviam chegado à fé tinham medo de confessá-Lo publicamente, “pois preferiam a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus” (vs. 43). Jesus diz em alta voz que quem crê nEle ganhará muito mais do que eles podem imaginar, pois Ele veio ao mundo como uma luz. Ao longo do livro de João, vemos o uso dessa linguagem simbólica da luz. Jesus é a luz que tem brilhado nas trevas do mundo, chamando as pessoas a segui-la, a serem transformadas por ela, para que elas também possam se tornar filhos e filhas da luz (12:36). Eu nasci no Rio de Janeiro, Brasil, lar de uma das sete maravilhas do mundo moderno, a estátua do Cristo Redentor. Construída estrategicamente no topo da montanha do Corcovado, sempre achei um monumento tão simbólico em uma cidade com tanta vida e beleza, mas com uma quantidade igual de escuridão refletida na violência permanente e na pobreza contínua. À noite, a imagem de Cristo é iluminada para que ainda esteja visível de toda a cidade. Assim como a estátua é visível em todo o tempo e de todos os pontos, ela atua como um lembrete constante de que Cristo está constantemente disponível para todos. Embora exista luz para o mundo inteiro ver, nem todos escolhem vê-la. As palavras de abertura de João nos lembram de que, embora a “luz brilha nas trevas, as trevas não a derrotam” (1:5). Rejeitar a luz é rejeitar a esperança da salvação e da vida eterna (12:50), outro tema central no livro de João. A garantia de vida eterna significa escolher conhecer Jesus agora no presente. Isso significa receber todas as bênçãos espirituais, profunda alegria e paz que ela traz e a maravilhosa esperança de estar junto com Deus na vida futura. Nesses versículos, a luta entre luz e trevas, a morte para si e a vida em Cristo está atingindo seu clímax. Jesus está convidando todos os que ouvem que O recebam e que permitam que Ele abra seus olhos e amoleça seus corações. Que O vejam não como uma estátua distante, feita de pedra, longe e fora de alcance, mas como uma manifestação viva do amor sacrifical de Deus entre Seu povo. É sobre esse amor que Jesus fala em João 13:34-35. Enquanto os discípulos se reúnem com Jesus para ouvir o que viriam a ser Seus ensinamentos finais, Ele fala de um novo mandamento: “Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (13:34). Embora amar a Deus e aos outros não fosse algo novo (Levítico 19:18), amar da maneira que Jesus amava era radical. João nos dá vislumbres disso pela forma como Jesus falou com a mulher samaritana (4:1-26), chorou pela morte de Lázaro (11:33-36), alimentou os 5 mil (6:1-15) e chamou Seus discípulos a segui-Lo (19:30). Um amor disposto a dar a vida a favor do outro.

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REFLEXÃO: * Em João 12:42-43, alguns judeus tinham medo de deixar que outros soubessem que estavam seguindo Jesus. Você já teve medo de professar Jesus para os outros? Por que você acha que isso aconteceu? * Como as expressões de luz, vida e amor são demonstradas em sua vida? Como você as vê em outros cristãos? * Quais são algumas das barreiras para viver a santidade em ação no seu dia a dia?

Alguns anos atrás, minha mãe e meu pai ficaram gravemente doentes ao mesmo tempo. Eles não podiam cuidar um do outro, então, parentes e amigos próximos vieram nos ajudar. Eu me lembro de que o amor prático demonstrado me abençoou profundamente. Enquanto seus irmãos vieram para estar com eles, os vizinhos faziam refeições, limpavam a casa, compravam comida e os levavam às consultas médicas. Esse amor em ação me desafiou na maneira em que busco amar os outros. Em um mundo tão desesperado por luz, precisamos resistir às trevas de nossa própria natureza pecaminosa e permitir que Jesus brilhe Sua luz em nossos corações. Em um mundo tão desesperado pela vida, devemos estar abertos para receber a abundância de vida que Jesus oferece através das escolhas que fazemos. Em um mundo tão desesperado por amor, somos chamados a deixar de lado nossos desejos egoístas e a derramar aos outros a mesma medida desse novo amor que temos recebido. É assim que os outros saberão que somos Seus discípulos. Isso é santidade em ação.

Senhor Jesus, obrigado pela esperança que vem de conhecer-Te como a luz que me guia e a fonte da vida eterna. Renova meu amor pelo Senhor e pelos outros, para que a realidade de Tua a presença em mim possa ser um testemunho para aqueles que eu encontrar. Amém.

STEPHANIE CHAGAS-BIJL

TERRITÓRIO DO REINO UNIDO COM A REPÚBLICA DA IRLANDA Stephanie Chagas-Bijl é uma salvacionista que vive em Londres e trabalha no Quartel Territorial do Reino Unido e Irlanda, ajudando a criar recursos de discipulado e de evangelismo. Equipar outros em sua jornada espiritual e vê-los crescer em seu relacionamento com Cristo é uma de suas paixões mais profundas. Embora tenha nascido no Brasil, ela também é metade britânica e gosta de viajar para novos lugares e passar um tempo de qualidade com familiares e amigos próximos.

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Da videira ao ramo e ao fruto João 15:1-8 Capitã Miriam Kjellgren

Quantas vezes li este texto e pensei apenas em: “Quão bem estou permanecendo? Será que dou frutos? Não tantos quantos eu deveria! Certamente vou ser cortada a qualquer momento!” Eu não creio que tenha sido a única a me sentir um tanto ansiosa ao ler a ilustração convidativa de Jesus. Com toda essa inquietação sobre minhas próprias conquistas, um texto que fala sobre quem é Jesus torna-se um texto sobre mim. Um texto que fala sobre quem nós somos como igreja – em Jesus – torna-se um texto sobre mim. Um texto que fala sobre o que Jesus faz – através de nós – torna-se um texto sobre mim. Quando Jesus fala sobre a videira, Ele não está apenas usando uma metáfora inteligente sobre jardinagem. No Antigo Testamento, a videira e o vinhedo são imagens reais para Israel, o povo de Deus (Ezequiel 19:10, Salmo 80:9-16, Isaías 5:17; 27:2-6). A imagem comunica a relação próxima entre Deus e as pessoas, através das quais Deus cumpre Seus propósitos. O viticultor é responsável pela videira e seus ramos. É um relacionamento íntimo, carinhoso e que forma vínculos. Então, quando Jesus diz: “Eu sou a videira”, isso é, antes de tudo, uma proclamação sobre quem Jesus é. Ele agora é Aquele em quem os propósitos de Deus repousam, Aquele através de quem a salvação virá. Os ramos da videira são os discípulos de Jesus. A relação entre videira e ramos é íntima, orgânica e essencial à vida tanto da videira quanto do ramo. Nessa ilustração, temos um indício da misteriosa unicidade, da profunda união entre Jesus e nós, seus discípulos. Ele é aquele de quem a vida flui. Ele é quem nos permite dar frutos. O fluxo é de dentro para fora – da videira ao ramo e ao fruto. De fato, não pode haver frutos sem ramos. Mas, nessa imagem, a iniciativa é de Deus. Jesus repete o dizer “Eu sou” no versículo 5, e somos lembrados a não usar esse texto para analisar demais a qualificação de cada discípulo individualmente. O processo de frutificar naturalmente inclui algumas podas e cortes. Mas não precisamos ter medo de ser arrancados. Lembre-se do versículo 3: “Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado”. Ser frutífero não é um requisito para se tornar parte da videira, e não é algo que eu possa desejar que exista. Pelo contrário, é algo que flui da videira. Apenas Jesus pode fazer isso acontecer. Nós participamos através da nossa permanência. Novamente a ênfase não está em nós e em nossa adequação, mas em Jesus: “permaneçam em mim”, diz Ele repetidamente. O conceito de permanência é importante no evangelho de João. Já no princípio do evangelho, quando Jesus encontra Seus primeiros discípulos, somos informados de que eles permaneceram com Ele (1:39). Mais tarde, como resultado do testemunho da mulher samaritana, os samaritanos pediram que Jesus permanecesse com eles (4:40). Parece que a permanência mútua é essencial ao relacionamento entre Jesus e Seus discípulos (6:48-56, 8:31, 14:25). Independente do que aconteça ao longo do caminho, Jesus quer que Seus discípulos permaneçam nEle. Parece que, para João, a permanência dos discípulos com Jesus é tão importante quanto a fé deles em Jesus. Na verdade, ao acompanharmos os discípulos através da história do evangelho, aprendemos que a fé deles em Jesus é forte – às vezes. Outras vezes, eles fracassam completamente em entender quem é Jesus e Seus ensinamentos. Em João 4:27-34, os discípulos são incapazes de perceber que Jesus não Se alimenta apenas por meio de comida. Em 6:60-66, eles chamam os ensinamentos de Jesus de ofensivos e difíceis. Em 11:8-11, eles tentam impedir Jesus de seguir no caminho da cruz e não conseguem perceber que Lázaro está realmente morto, e não apenas dormindo. Mesmo próximos ao fim de seu tempo junto com Jesus, os discípulos não entendem o que Ele quer dizer (16:16-18). E quando eles afirmam que finalmente acreditam no que Ele lhes diz, Ele parece questioná-los: “Agora vocês creem?” (16:29-32). Portanto, não é justo dizer que a

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REFLEXÃO: * Como seria se concentrar mais em quem Jesus é, do que em quem eu sou? * Como sentimos a poda do viticultor? * A imagem da videira parece comunicar uma comunhão compartilhada entre os discípulos. Como vivemos essa união em nosso mundo cada vez mais individualista?

crença deles em Jesus, assim como em sua capacidade intelectual de entender Seus ensinamentos e aderir a eles, progride através da história. Não parece que os discípulos se tornaram crentes mais fortes – eles simultaneamente acreditam e não acreditam, entendem e se confundem. Isso nos diz algo sobre discipulado e sobre almejar a santidade. Não há necessariamente uma linha direta de progresso em direção à fé plena. O viver santo não pode ser reduzido a “apenas trabalhar mais, com a ajuda do Espírito Santo, e você se tornará um discípulo perfeito”. Isso também não é assim em termos de crer ou de dar frutos. No entanto, através das dificuldades de todos os discípulos, eles ainda permaneceram com Ele. A vida que Jesus está nos convidando a desfrutar significa tanto permanecer nEle quanto acreditar nEle. Trata-se de estar misteriosamente enraizado nEle – Aquele que é a nossa vida – e deixá-Lo fazer Seu trabalho dentro e através de nós. Essa santidade torna-Se uma história não tanto de individualidade e progresso, mas de união e esperança.

Querido Pai, obrigado por nos convidares para um relacionamento permanente com o Senhor. Ajuda-nos a focar mais em Teu Filho, Jesus, do que em nós mesmos. Amém.

CAPITÃ MIRIAM KJELLGREN

TERRITÓRIO DA NORUEGA A Capitã Miriam Kjellgren vive com seu esposo e seus dois filhos no centro de Oslo, Noruega, onde ela trabalha como Oficial Dirigente. Ela sempre amou os textos bíblicos intrigantes e, muitas vezes, ricamente desafiadores. Ela também gosta de uma boa conversa, uma boa xícara de chá e de observar a vida retornar, a cada primavera, à congelada Escandinávia. Ela ora para que este material expanda e aprofunde nosso senso da obra liberadora de Deus em e através de nós.

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O Quarto de Cristo Romanos 6:1-23 major Sara Beijer

Vamos começar com uma imagem simples, mas muito informativa: imagine que existem dois quartos diferentes em nossa existência. Um professor que tive havia chamado estes dois quartos de quarto do Adão e quarto de Cristo. O que você acha que há no quarto de Cristo? É um espaço de liberdade cheio de graça, amor, bondade, o Espírito de Deus e a vida eterna. É um lugar muito bom para se estar. Então temos o quarto de Adão, onde nenhum homem realmente prospera. No quarto de Adão prevalecem o mal, o egoísmo, a inimizade, o engano e a morte. Em termos simples, podemos dizer que Romanos 6 fala sobre qual destes quartos vivemos e como passamos de um quarto para o outro. Paulo começa dizendo que nós, como cristãos, “morremos para o pecado” (versículo 2). O termo “pecado” é usado com significados levemente diferentes no Novo Testamento. Contudo, neste capítulo, Paulo está se referindo a um poder cósmico – um domínio do mal. Quem governa em nossas vidas? Cristo ou o pecado? Vivemos em uma era do mal, e a vida é cheia de sofrimento, dor, brevidade e morte. Quando Adão cometeu o pecado original, ele abriu a porta para o trágico quarto cheio de maldade. Entretanto, isso significa que estamos condenados a viver lá e estar lá? Graças a Deus, não! Mais tarde, Paulo diz: “Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus” (versículo 11). Como saímos do quarto de Adão? Tornando-nos mortos para o pecado. Paulo começa falando sobre o batismo, no qual morremos e ressuscitamos com Cristo. Como salvacionista, posso não ter sido batizada em água, mas na salvação morri para minha antiga vida pecaminosa e fui ressuscitada em Cristo. Então, nós acreditamos no batismo! Certamente, acreditamos que é necessário ser batizado. A única coisa que nós, salvacionistas, nos opomos é a necessidade de uma cerimônia externa. “Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova” (versículo 4) – ou em um novo quarto. Como entro no quarto de Cristo? A chave para destrancar a porta é o batismo e a purificação espirituais. Há uma expressão interessante e importante no versículo 11: “Considerem-se”. Quem sou eu após ser batizado? Estou “morto para o pecado”. Isso significa que nunca mais vou pecar? Infelizmente não. Eu continuarei a ter pensamentos egoístas, colocarei minha própria vontade antes da vontade de Deus e nem sempre vou olhar para as outras pessoas com o amor de Cristo. Durante toda a minha vida, vou me sentir tentada a retornar ao quarto de Adão. Não porque a vida lá fosse melhor, mas porque simplesmente é a natureza humana. Eu tenho algo de Adão em mim e certamente mudarei de quarto ao longo da minha vida. Entretanto, Paulo diz que não devemos nos ver como pecadores, mas, em vez disso, nos vermos como “mortos para o pecado”. Ao tentar entrar no quarto de Adão, você descobrirá que não se encaixa mais e vai quer resistir a tudo o que existe dentro do quarto. O mesmo professor que me ensinou sobre os dois quartos também usa a analogia de mudança de roupa. Você já teve uma peça de roupa que não gostava? Como isso afetou você? Você deve ter se sentido desconfortável e incapaz de relaxar na frente das pessoas. Talvez você tivesse se saído melhor se simplesmente vestisse outra coisa. O professor desafiou seus alunos a colocarem Romanos 6:11 em prática por uma semana. Ele também se referiu a Colossenses 3 e à história do velho e do novo homem. Eis o que a teóloga, professora e pregadora Agne Nordlander, disse: “Comece todas as manhãs desenhando um quadrado no chão em frente à sua cama e diga: Aqui meu velho eu está enterrado com sua impaciência, desejo de afirmação, suas tendências de ter inveja e de ofender-se, sua reclamação, ganância e assim por diante. Agora eu me levanto como uma nova criação, junto a Cristo, e recebo as novas roupas de compaixão, bondade, humildade, gentileza e paciência, tolerância, perdão e amor. Eu coloco meu corpo, alma e espírito à disposição de Deus para viver a favor e a serviço de Deus para meus semelhantes.” Isso acabou sendo um bom exercício e continuei a praticá-lo durante períodos da minha vida.

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REFLEXÃO: * Você acha que o exercício prático do meu professor lhe pode ser útil? Por quê? Por que não? * O que pode nos fazer voltar para o quarto de Adão? * O que pode nos ajudar a ficar no quarto de Cristo?

Como eu permaneço no quarto de Cristo? Tornando-me “escravo da justiça”, “vivendo para Deus” e deixando “Deus me usar”. É difícil quando o pecado tenta me afastar, mas não sou forçado a segui-lo. Eu escolho a mim mesma, se quiser deixar o quarto de Cristo. Martinho Lutero, que influenciou fortemente a igreja em meu país, a Suécia, ensinou sobre um batismo diário. Ele escreveu: “Através do arrependimento diário, o velho homem em nós será submerso e morto com todos os seus pecados e desejos; um novo homem crescerá e se levantará, todos os dias; um novo homem, justo e santo viverá com Deus para sempre.” Esse conceito me ajuda na minha busca diária de uma vida completamente santa e semelhante a Cristo. Talvez eu não tenha sucesso em estar subordinada a Cristo em tudo durante todos os dias da minha vida, mas hoje eu quero que seja um dia assim.

Deus, neste momento eu quero entrar no quarto santo, onde apenas a Tua vontade prevalece. Amém.

MAJOR SARA BEIJER

TERRITÓRIO DA SUÉCIA Major Sara Beijer tem 15 anos de oficialato. Ela e seu esposo, Anders, têm servido juntos em três diferentes Corpos. Eles têm dois filhos, Alfred e Elton. Quando este estudo bíblico foi escrito eles viviam em Norrköping. Ela gosta muito de passar tempo em contato com a natureza; outra coisa que lhe dá muita alegria é encontrar pessoas de diferentes países e culturas.

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Como Roma foi conquistada Romanos 12:1-10 Capitã Saga Lippo

Hoje em dia Roma é conhecida como um dos mais importantes centros do Cristianismo. Durante a vida de Paulo, entretanto, Roma parecia muito diferente. Muitos deuses e deusas eram adorados na cidade e reverenciados com diversos sacrifícios. As cerimônias de sacrifício eram eventos e celebrações onde todos os cidadãos se alegravam e jantavam juntos. Os cristãos convertidos optaram por não participar dessas reuniões comuns e, no processo, eles foram excluídos da comunidade. Podemos imaginar quão pesada a experiência foi para muitos, especialmente se o resto da família continuava participando das festas. Com certeza Paulo sabia como os cristãos romanos se sentiam. Ele sabia o que significava ser excluído de uma comunidade familiar e segura. Ele mesmo havia sido excluído após se converter ao Cristianismo. Paulo orienta os cristãos romanos escrevendo que eles ainda podem – e devem – servir na comunidade. A atitude que ele encorajou era inédita até mesmo em Roma, a cidade que havia visto de tudo. Os cristãos tiveram que se tornar vítimas sacrificais, como Paulo escreve aos romanos: “...se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Romanos 12:1). Paulo também diz aos romanos que “...transformem-se pela renovação da sua mente” (Romanos 12:2). Havia um certo jeito de viver em Roma, mas Paulo estava incentivando um novo jeito de pensar. “Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter”, Paulo alerta em Romanos 12:3. Como diz o velho ditado, Roma não foi construída em um dia. Paulo sabia que mudar Roma, de um centro de religiões pagãs para uma cidade cristã levaria tempo, mas ele acreditava no poder transformador do evangelho. Ele acreditava que, ao viver uma vida santa, os cristãos poderiam influenciar positivamente o desenvolvimento de toda a cidade. Os cristãos romanos devem ter ficado confusos. O que Paulo quis dizer? Como podemos sacrificar a nós mesmos? Paulo responde a esse assombro, usando a metáfora familiar da Igreja como o corpo de Cristo. Ele lista alguns dos dons que o Espírito Santo dá aos cristãos para construir a igreja e, dessa forma, influenciar toda a comunidade. Existem muitos ministérios diferentes no Exército de Salvação, assim como em outras igrejas cristãs. É fácil confundir alguns deles como sendo mais sagrados ou mais valiosos do que outros. Para Timóteo, Paulo escreve “para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2 Timóteo 3:17). Um item ou coisa é perfeito quando cumpre a tarefa a que se destina. Uma faca é a ferramenta perfeita para fatiar pão e um martelo é perfeito para martelar. Não seria prudente cortar pão com um martelo ou bater em pregos com uma faca. Facas e martelos são diferentes, mas ambos são importantes quando estão dedicados à sua própria tarefa. Os cristãos eram submetidos a várias acusações e até perseguição em Roma. Sem o poder do Espírito Santo, a Igreja Cristã dificilmente teria sobrevivido na Roma pagã. Quando Deus muniu a igreja com dons espirituais, os cristãos não foram mais os oprimidos, pois, de repente, eles tinham superioridade militar. Ungidos pelo Espírito Santo, alguns cristãos profetizaram e ensinaram as Escrituras. Eles provavelmente falavam a linguagem comum e usavam palavras que todos em Roma entendiam. Entretanto, a mensagem deles tinha um poder especial, pois o próprio Deus falava através deles. O momento em que Deus começa um diálogo com o homem é sempre um momento especial e santo. Tenho certeza de que muitos romanos viveram isso naqueles dias. Alguns outros cristãos tinham um dom especial de encorajamento. Eram eles que abraçavam um camarada cansado e compartilhavam mensagens motivacionais de sobrevivência. As palavras de conforto têm um poder especial quando o “Deus que concede perseverança e ânimo” está presente (Romanos 15:5). Os cristãos foram amaldiçoados muitas vezes em Roma, mas, para surpresa de todos, eles não retribuíram o mal com o mal. Pelo poder do Espírito Santo, eles puderam abençoar aqueles que os amaldiçoaram. Poderia haver uma arma mais poderosa? Não há dúvida de que os cidadãos estavam observando os cristãos – eles estavam interessados em ​​ saber se os

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REFLEXÃO: * * * *

Você já enfrentou uma situação de exclusão por causa da sua fé cristã? Como você se sentiu? Você já reconheceu seus próprios dons espirituais e tem coragem de usá-los? Você acha que ao viver uma vida santa, pode ter um impacto em sua própria comunidade?

cristãos viviam como ensinavam. Quando as pessoas descobriram que os cristãos amavam uns aos outros sinceramente, eram dedicados uns aos outro em amor e honravam aos outros mais do que a si próprios (Romanos 12: 9-10), muitos estavam dispostos a se juntar a eles. Paulo exortou os cristãos a serem generosos e a cuidar das necessidades dos outros. A generosidade e hospitalidade dos cristãos era uma hospitalidade que respeita a vida, entendendo que todo ser humano – incluindo mulheres, crianças e escravos – tinha a mesma dignidade. Essa vida cristã diferente e sagrada era atraente para os outros em Roma. Ao construir a paz e servir os necessitados, o Cristianismo finalmente conquistou Roma.

Querido Senhor, dá-me Teu Espírito Santo e a poderosa arma do amor, para que eu possa servir minha família e vizinhos e encorajá-los a se juntar ao reino de Deus.

CAPITÃ SAGA LIPPO

TERRITÓRIO DA FINLÂNDIA E DA ESTÔNIA A Capitã Saga Lippo é Oficial do Exército de Salvação, casada e com dois filhos adultos. Atualmente ela serve no Quartel Territorial da Finlândia e Estônia, trabalhando em Treinamento e Educação. Os textos bíblicos – especialmente as histórias do Antigo Testamento – a fascinam e a inspiraram a continuar os estudos teológicos na universidade.

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Tesouro em Vasos de Barro 2 Coríntios 4:7-9 Tenente-Coronel Karen ShakespearE

Eu ganhei um vaso de terracota comum, feito de forma simples e um pouco áspero nas extremidades. O que o tornou bonito foi a vela com aroma de baunilha dentro dele, que brilhava em um canto escuro e encheu o ar com um perfume poderoso. O valor e o poder não estavam no pote, mas no que ele continha. O Antigo Testamento nos diz que fomos criados por Deus, moldados como vasos de barro. Ele fala de como Deus pode nos quebrar, redefinir e remodelar para que nos tornemos o que Ele quer que sejamos. Isso é verdade para indivíduos (Jó 10: 9) e para a nação de Israel (Jeremias 18:1-10). Paulo aproveita essa imagem e a amplia. O Antigo Testamento fala de criação, mas Paulo fala de nova criação e habitação. No mundo de Paulo, as pessoas possuíam e utilizavam vasos de barro diariamente para cozinhar e para armazenamento. Eles eram comuns, frágeis e não eram nem um pouco especiais. Em muitos sentidos, eles eram descartáveis e​​ seu valor era determinado pelo que continham. Quando conhecemos a Cristo, tornamo-nos uma nova criação (2 Coríntios 5:17) e o poder do evangelho em nossas vidas é o tesouro precioso que sustenta e fortalece os “vasos de barro” de nossa humanidade. Nós somos o povo de Deus, e é o tesouro dEle dentro de nós que realmente determina quem somos. Nossa vida em Cristo, e a vida dEle em nós tornam possível a vida santa. O testemunho de Paulo no capítulo 1:8-11 é refletido no capítulo 4:8-9. Ele conheceu e viveu a experiência. Paulo não usa suas circunstâncias para provar seu valor como apóstolo, mas para mostrar que o poder de Deus é a fonte e a força de qualquer cristão, e que este poder não é prejudicado, desviado ou destruído pela fraqueza dos mensageiros. A fragilidade humana não é uma barreira para os propósitos de Deus. Este é o modelo e referência para todo o povo de Deus. A vida santa às vezes é difícil e, nesses momentos, precisamos lembrar que o poder para perseverar não se encontra em nós mesmos, mas em Deus. Precisamos ser realistas sobre quem somos e quem é Deus. Paulo não minimiza o sofrimento que às vezes chega àqueles que vivem o evangelho, tampouco diz que ele não deveria acontecer. Nossa fé não significa que não podemos ou que não devemos sofrer, mas ela nos dá os recursos para viver bem em todas as circunstâncias. A vida de Paulo é um testemunho desta experiência (Filipenses 4:10-13). Muitas sociedades e gerações têm acreditado que os seres humanos devem provar que somos autossuficientes e que temos o poder para encarar qualquer situação. Paulo estaria familiarizado com a tradição Estóico-Cínica da filosofia grega, na qual era comum encontrar listas de dificuldades que as pessoas enfrentam, juntamente com ensinamentos que sugeriam qual era a coisa certa a fazer. A marca de uma grande pessoa era enfrentar esses obstáculos com coragem, paciência e autossuficiência. Em contraste, Paulo deixa claro que os cristãos buscam força no poder de Deus para enfrentar os tempos difíceis e, mais do que isso, ele testemunha que, com o poder de Deus, não seremos derrotados ou destruídos pela adversidade. Ele reinterpreta nossas dificuldades como um meio pelo qual a suficiência da graça e do poder de Deus pode ser vista em e através de nossas vidas (2 Coríntios 12:9). A visão de Paulo é a de que quando sofremos estamos perto de onde Cristo estava na cruz. Não há profundidade de sofrimento que Deus não possa alcançar. O sofrimento pode ser difícil, mas o poder de Deus significa que Ele não vai nos subjugar ou impedir de viver uma vida santa. O sofrimento não anula o chamado para sermos o povo santo de Deus, mas permite que Deus demonstre Seu poder através de nós.

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REFLEXÃO: * Nestes versículos, Paulo é emocionalmente honesto. Ele não tenta esconder suas dificuldades ou fingir que a vida cristã é fácil. Alguma vez já fomos tentados a fingir que tudo está bem quando não está, pelo fato de querermos ser vistos como bons cristãos ou como tendo uma fé forte? * Quais disciplinas espirituais nos ajudam a aceitar nossos limites e reconhecer nossa dependência de Deus? Como você dedica tempo para elas? * Faça uma lista daqueles momentos em que você teve consciência da força e do poder de Deus em sua vida. Reserve um tempo para agradecer a Deus pelo que Ele tem feito.

Em cada um dos quatro exemplos que Paulo dá nos versículos 8 e 9, a segunda palavra do par é mais intensa do que a primeira. O poder de Deus em nossas vidas nos dá confiança de que o sofrimento não irá nos derrotar. Não seremos aniquilados pela pressão física, psicológica ou espiritual nem afligidos quando estivermos confusos ou perplexos. Sabemos que Deus não abandonará Seu povo quando formos perseguidos e temos confiança de que maus tratos não levarão à nossa destruição. Essa não é a resposta superficial de Paulo ou um desejo infundado, mas é uma convicção profundamente enraizada de que podemos enfrentar o sofrimento com fé e confiança em Deus. O testemunho de Paulo fala às nossas vidas. Nós somos humanos e Deus é Deus. Seu poder torna-Se conhecido em nossa fraqueza. Em Sua força, podemos enfrentar qualquer circunstância de forma que nenhuma situação é irreversível ou avassaladora. Sua presença dentro de nós sustenta, fortalece e torna bela nossa humanidade comum – como um tesouro que é encontrado em um vaso de barro.

Pai, o Senhor nos criou e recriou. Ajuda-nos a estar constantemente conscientes de Tua presença em nossas vidas, para que o Teu poder seja mostrado através de nós. Amém.

TENENTE-CORONEL KAREN SHAKESPEARE

TERRITÓRIO DO REINO UNIDO COM A REPÚBLICA DA IRLANDA A Tenente-Coronel Karen Shakespeare é Diretora Assistente (Desenvolvimento) no William Booth College, Londres, e é Presidente do Conselho Teológico Internacional. Ela já serviu em diversas nomeações em Corpos, no Quartel Divisional, no Quartel Territorial do Reino Unido e na República da Irlanda, no William Booth College e como diretora da SALT College of Africa. Ela é casada com David e eles têm duas filhas que são Oficiais, Naomi e Ellie.

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Chamado a viver uma vida santa Efésios 5:1-10 Capitã HS Lalrengpuii

Paulo escreveu essa carta aos Efésios de dentro da prisão, por volta de 60 d.C. A igreja a que Paulo se refere nesta carta não é uma denominação, mas a igreja real – o corpo de Cristo. A então igreja de Éfeso parece muito associada à adoração de ídolos, luxúria e ganância. Não apenas isso, mas muitas outras impurezas também infectaram a igreja em geral. Portanto, Paulo escreveu esta carta de dentro da prisão, incentivando a igreja a reconhecer seu alto status, e encorajou a igreja como corpo de Cristo a viver uma vida santa. A palavra “Santo” deriva da palavra grega “Hagios” e da palavra hebraica “Qadas”, que significam santo, estar separado, estar consagrado, afastado, santificado. Portanto, Paulo está nos dizendo para vivermos uma vida separada e consagrada. Paulo nos encoraja a seguir o exemplo de Deus. Vamos classificar o caráter de Deus em dois atributos: perdão e amor. Uma das características importantes de Deus que devemos seguir é o perdão. “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo” (Efésios 4:32). A Bíblia enfatiza novamente o poder do perdão: “...perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou” (Colossenses 3:13) (Mateus 5:48, Lucas 6:36). Ainda assim, também somos informados que a característica mais reconhecível de Deus é o amor: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” (João 13:35). Sejamos todos a fragrância do amor maior de Deus pelo próprio Deus e pelas pessoas ao nosso redor na comunidade. Dentre muitas características, o perdão e o amor são muito importantes em nossos esforços para seguir a Deus. Paulo declarou que nos últimos dias haverá pessoas sem amor, impiedosas​... (2 Timóteo 3:2-3). Somos chamados a viver a santidade através do perdão e do amor. Deus nos chama para ter a imagem de Cristo e viver uma vida santa no mundo. Os versículos 3 e 4 nos dizem coisas que são impróprias entre os crentes, tais como a impureza sexual e a ganância. No Antigo Testamento, qualquer pessoa que caísse na imoralidade sexual certamente seria condenada à morte (Lv.20:10-18). A imoralidade sexual não deve prevalecer entre o povo santo de Deus, uma vez que são chamados a viver uma vida santa que deve estar livre da imoralidade sexual. Paulo nos encoraja “Fujam da imoralidade sexual” (1 Coríntios 6:18). Da mesma forma, distraindo os fiéis de viverem uma vida santa, a ganância é um ato de idolatria. Paulo disse: “contentem-se com o que vocês têm” (Hebreus 13:5). A ganância, a inveja, o ciúme e a luxúria corrompem vidas santas. Uma vez que somos chamados a viver em santidade, devemos nos manter afastados dessas coisas. Somos chamados a não difamar nossas vidas através de tais atos pecaminosos. Como vivemos em um mundo onde atos pecaminosos de luxúria são comuns, e ganância e egoísmo estão desenfreados, somos chamados a viver uma vida radicalmente santa. O versículo 5 continua dizendo que nenhuma pessoa imoral, impura ou gananciosa terá herança no Reino de Cristo. Paulo estava tão preocupado com esse assunto, como pode ser visto em seus relatos aos coríntios em 1 Coríntios 6:9-10. Para ter herança no Reino de Cristo, devemos nos afastar desses comportamentos pecaminosos, seguindo nosso chamado à santidade. Os versículos 6 e 7 nos dizem sobre a importância de ser santo para Deus. Paulo observa que é importante, como crentes, observarmos que ninguém nos engane. Um comportamento enganador e desviar-se são formas de corrupção espiritual. Paulo usa a afirmação “Não se deixem enganar” (1 Cor. 15:33). Jesus disse ao povo: “Cuidado, que ninguém os engane” (Mateus 24:4) e disse-lhes para serem cautelosos com os falsos mestres. Ele alertou o povo sobre a vinda de falsos profetas e falsos ensinamentos e ensinou-os a não serem enganados por tais pessoas. Precisamos estar alertas para não sermos enganados por outros. Aqui, Paulo se referiu a “eles” como as pessoas que caíram na imoralidade sexual, impureza e ganância. Qualquer um que é enganado por tais comportamentos receberá a ira de Deus. Portanto, continuemos a viver uma vida santa para Deus.

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REFLEXÃO: * Quais são os obstáculos que nos impedem de viver vidas santas? Como podemos superar esses empecilhos? * Há alguém que você não consegue amar ou perdoar? Entregue sua vida a Deus pedindo um coração que perdoa e ama. * Escreva 10 ações que você acha que agradam a Deus. Das 10 ações, quantas você já tem e quantas delas você tem que adquirir?

Os versículos 8-10 nos dizem que fomos trazidos das trevas para a luz, que somos “filhos da luz”. Vemos também que somos chamados a viver vidas santas e agradáveis ​​a Deus. Devemos levar a luz em nossa bondade e retidão. Ter bondade significa ter sinceridade de coração e de vida. Deus olha para o íntimo de nossa vida e deseja a fidelidade desde o ventre. Além de buscar a bondade em nós, Deus ama a justiça (Miquéias 6:8). Ao sermos chamados a viver uma vida santa, somos chamados a fazer as coisas com justiça. Ao fazer isso, podemos brilhar por Jesus no mundo, mostrar que somos filhos da luz e influenciar os outros.

Pai, oro para que eu me torne mais parecido com Jesus a cada dia, vivendo uma vida santa com e através de Sua ajuda.

CAPITÃ HS LALRENGPUII

TERRITÓRIO ORIENTAL DA ÍNDIA A Capitã HS Lalrengpuii é originalmente de Mizoram, Território Leste da Índia. Atualmente, ela serve como Oficial do Exército de Salvação em sua recente nomeação como Oficial Dirigente na área de Phullen. Ela também tem dois filhos, a quem chama de seus “lindos meninos”.

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Escolhido para ser Santo Colossenses 3:12-15 Coronel Mani Kumari dasari

“Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito. Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos. (Colossenses 3:12-15) Paulo nos lembra de que somos os escolhidos de Deus. Deus selecionou e elegeu cada um de nós para fazermos parte de Sua família, para termos um relacionamento próximo com Deus, através de Cristo Jesus. Os seguintes versículos das Escrituras nos incentivam a reconhecer o convite de Deus para uma vida de santidade: “Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi”, João 15:16. “Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença”, Efésios 1:4. “Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos”, Mateus 22:14. “Pois vocês são povo consagrado ao Senhor, ao seu Deus. Dentre todos os povos da face da terra, o Senhor os escolheu para serem o seu tesouro pessoal.”, Deuteronômio 14: 2. O que Deus espera das pessoas santas? Os escolhidos devem ser santos e separados para viverem vidas santas, sendo guiados pelo Espírito de Deus e levando o povo à graça salvadora de Deus, como está registrado: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. ”, 1 Pedro 2: 9. Todas as referências acima confirmam que somos escolhidos por Deus com certeza. Espera-se que todos os escolhidos vistam-se com trajes santos, tais como, corações compassivos (1 Pedro 3:8), bondade ou integridade (2 Samuel 2:6), humildade - que é importante para que não sejamos arrogantes (Tiago 4:6) – gentileza e paciência. Recebemos a ordem para fazer isso, sermos vestidos com o novo eu, para que as pessoas que nos veem conheçam tudo isso através de nossas vidas. O mundo de hoje não precisa de pregadores, mas de praticantes da santa palavra de Deus. As pessoas querem ver uma demonstração da fé e das virtudes cristãs. Como se espera que seja o nosso viver diário? Nossa vida deve ser uma resposta grata à escolha de Deus por nós para levarmos Sua missão de salvação e santificação. Devemos permanecer com Ele sempre para fazer Sua vontade. “Mas nós, devemos sempre dar graças a Deus por vocês, irmãos amados pelo Senhor, porque desde o princípio Deus os escolheu para serem salvos mediante a obra santificadora do Espírito e a fé na verdade”, 2 Tessalonicenses 2:13.

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REFLEXÃO: * Quais são os desafios de identificarmos o chamado e de sermos Seus escolhidos? * Como praticar as virtudes cristãs no mundo pagão? * Como levar alguém a uma vida santa e à completa santificação?

Somos santificados pelo sangue de Seu amado Filho Jesus, que nos purificou de todos os nossos pecados e transgressões. Embora vivamos neste mundo, não pertencemos a este mundo, somos separados para o Senhor e para Sua santa obra. Ele nos separou para Sua missão e ministério. Os cristãos são mantidos a salvo pela proteção de Deus, portanto, devemos responder ao Seu chamado celestial proclamando o Céu às pessoas que estão morrendo no pecado e nas trevas. Podemos fazer isso porque somos amados por Deus e chamados a amar uns aos outros. Este amor cristão que compartilhamos com outros crentes também deve ser compartilhado com os não amados ​​e negligenciados da sociedade. Somos plantados para crescer no fruto do Espírito e ajudar outros a conhecer o sabor deste fruto espiritual eterno. Somos ungidos e comissionados para pregar o evangelho e alcançar os não alcançados. Somos dotados de talentos para usá-los para salvar almas e conduzi-las à graça duradoura do Senhor Jesus Cristo. Somos chamados a usar nossas habilidades para nutrir a fé cristã e servir à humanidade sofredora.

Querido Deus, nosso Pai, obrigado por nos escolheres para representar Teu Reino na terra. Santifica-nos, para que possamos viver vidas santas como o povo escolhido por Ti. Amém.

CORONEL MANI KUMARI DASARI

ESCRITÓRIO NACIONAL DA ÍNDIA A Coronel Mani Kumari Dasari está nomeada como Secretária para o Desenvolvimento Feminino no Escritório Nacional da Índia. Tendo servido no Território Central da Índia, Território Leste do Quênia e Território Leste da Índia, ela adquiriu conhecimento de várias culturas e tradições, o que permitiu que ela entenda os desafios que as mulheres enfrentam em diferentes continentes.

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Vidas melhores para Deus 1 Tessalonicenses 3:11-4:4 Capitã Golapi Biswas

”Que o Senhor faça crescer e transbordar o amor que vocês têm uns para com os outros e para com todos, a exemplo do nosso amor por vocês. Que ele fortaleça os seus corações para serem irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos. ” (1 Tessalonicenses 3:12-13) Paulo ensina sobre santidade e como viver de forma que agrade a Deus. Essencialmente, Paulo está motivando as pessoas a viver uma vida santa. Santidade significa pureza ou manter-nos puros. Primeiramente, é importante lembrar constantemente que Deus é santo, no sentido de que Ele é totalmente puro e justo, tanto em caráter quanto em ação (Isaías 6:3). Se aceitarmos que Deus é santo, nós, como Seu povo, devemos seguir sua liderança. Precisamos entender com mais detalhes como podemos levar uma vida santa. A Bíblia está cheia de orientação a esse respeito. 1 Pedro 1:16 nos diz claramente que devemos ser santos porque nosso Deus é santo. Como somos Sua própria criação, e Deus nos fez à Sua própria imagem, vivemos essa imagem através de uma vida de santidade. Vemos a santidade de Deus muitas vezes no Antigo Testamento. Quando Deus aparece a Moisés, Jeremias, Ezequiel, Isaías, eles vivenciam e testemunham a santidade de Deus de uma maneira muito poderosa. Em Romanos 12:1-2, Paulo nos lembra: “se ofereçam em sacrifício vivo”, assim podemos viver de uma maneira que agrada a Deus. Isso é um lembrete do propósito especial para o qual somos chamados. Em 1 Tessalonicenses 4:7, somos novamente orientados de que Deus não nos chamou para viver em imoralidade, mas somos chamados a viver em santidade. Existem muitas razões pelas quais precisamos ser santos e oferecer nossa vida como um sacrifício vivo a Deus. Não podemos mudar a nós mesmos, mas podemos ser mudados internamente através de uma nova maneira de pensar. Isso nos ajudará a saber o que Deus quer de nós e a entender Sua boa e perfeita vontade. Quando cremos nEle e clamamos por Sua força, Ele nos limpa do pecado e nos torna santos. A maioria dos cristãos se esforça para ser honesto, humilde e fiel em sua vida diária. Entretanto, quando pensamos sobre viver uma vida santa, também somos lembrados de nosso próprio pecado. Todas as pessoas pecaram e são imperfeitas (Romanos 3:23). Como crentes, regularmente nos arrependemos e buscamos a purificação do pecado através do sangue de Jesus Cristo. Dessa forma, recusamo-nos a continuar vivendo no pecado, porque isso prejudicaria nossos corações e destruiria nossa vida santa. Em vez disso, tentamos manter nossos corpos, corações e almas limpos. Se pedirmos, Deus pode nos ajudar a viver vidas melhores para Ele. Paulo nos lembra em 1 Tessalonicenses 3:13 que Deus “nos fortalecerá”. Nosso Deus tem poder divino, e Seu poder nos santifica e nos torna santos. Dessa forma, através do sangue de Jesus Cristo, podemos ser santificados e viver em Sua presença e de acordo com Seu propósito e Seus caminhos. Viver neste mundo nem sempre é fácil. Muitas coisas são boas, mas algumas são ruins. Podemos vivenciar alegria, paz, amor, unidade, mas, às vezes, enfrentamos obstáculos, barreiras e entraves. Portanto, devemos ter muito cuidado em como conduzimos nossas vidas. Devemos tentar evitar o envolvimento com o mal, reconhecendo que às vezes é difícil nos protegermos. Fomos colocados neste mundo por Deus e, em meio à imperfeição e oposição, esforçamo-nos para viver uma vida que agrade a Deus. Em Mateus 13:24-29, Jesus contou uma parábola. O reino dos céus é como um homem que plantou boas sementes no seu campo, mas o inimigo veio e plantou ervas daninhas no meio do trigo. Eles cresceram juntos, e as ervas daninhas apareceram com o milho. O servo do homem veio até ele e relatou o que aconteceu. Eles perguntaram: você quer que a

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REFLEXÃO: * Como os cristãos podem ser santos no seu viver diário? * O que você precisa fazer para continuar vivendo uma vida santa no mundo de hoje? * Nosso Senhor Jesus Cristo está voltando. Como devemos nos preparar para aquele dia?

gente vá e remova as ervas daninhas? O homem respondeu que não, porque, ao colher as ervas daninhas, vocês podem acabar colhendo uma parte do trigo também. Deixe que o trigo e as ervas daninhas cresçam juntos até a colheita. Quando chegar a época da colheita, então primeiro junte as ervas daninhas e amarre-as para serem queimadas, depois junte o trigo e coloque-o no meu celeiro. Como crentes, nossa esperança e expectativa é que, quando nosso Senhor Jesus Cristo vier, todos os que pertencem a Ele desfrutarão de uma vida perfeita e santa na presença de Deus para sempre. Enquanto isso, enquanto caminhamos neste mundo, onde tanto coisas boas quanto más estão ao nosso redor, temos a certeza de Sua graça, enquanto fazemos o melhor para permanecermos fiéis a Ele e tentamos evitar o pecado. A Bíblia nos lembra de nos rendermos ao nosso Deus Todo-Poderoso, que nos santifica e mantém todo o nosso ser – espírito, alma e corpo – livre de culpa. Ao seguirmos Seu exemplo, obedecê-Lo e crescermos em santidade, a cada dia, nós nos apegamos à promessa de vida eterna com Deus. Será apenas no céu que todo o pecado será removido e nos tornaremos verdadeiramente perfeitos e santos.

Querido Pai Santo, ajuda-nos a crescer em santidade, para que possamos ser reconhecidos como pessoas que pertencem ao Senhor.

CAPITÃ GOLAPI BISWAS

COMANDO BANGLADESH A Capitã Golapi Biswas serve atualmente em sua nomeação como Oficial do Comando para Juventude e Candidatos, em Bangladesh. Ela é mãe de duas crianças e é Oficial do Exército de Salvação há 14 anos. Ela tem uma forte convicção de que o futuro de Bangladesh pertence à sua juventude e sente-se abençoada com esta oportunidade de servir e caminhar com os jovens e futuros líderes cristãos.

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Santidade e tristeza 2 Tessalonicenses 2:13-17 Nazia Yousaf

Em muitos países, tal como em minha terra natal, as pessoas vivenciam com frequência confusão moral, testemunham atos de terrorismo e de injustiça ou enfrentam discriminação. Seria natural gritar como Davi: “Até quando, Senhor?” (Salmo 13:1). Quando li A cabana, de William P. Young, lembrei-me de que, mesmo em países pacíficos, as pessoas podem vivenciar sua própria escuridão profunda. Independente da circunstância, até pessoas devotas podem pensar algumas vezes que Deus as esqueceu, que Ele está escondendo Sua face delas, em suas crises. O desânimo, o ressentimento ou a decepção começam a dominar suas vidas e sentimentos. Deus não poderia ter evitado essas coisas ruins? Por que Ele não o fez? Ao enfrentar esses sentimentos sombrios dirigidos contra Deus, será que achamos fácil demais esquecer que “sempre devemos dar graças” ou nos recusamos a “permanecer firmes”? Essa experiência torna-se um ataque à nossa santidade, desafiando nosso desejo de ser como Cristo e de amar a todos como Ele amou. O desapontamento, o ressentimento e a raiva podem esconder qualquer fruto do Espírito em nossas vidas. Na verdade, podemos nos sentir como se não tivéssemos nenhum fruto. É difícil demonstrar amor quando o ressentimento jorra de nós. Talvez possamos sentir que o Espírito Santo tenha parado de trabalhar em nós. Será que nossa tristeza, ressentimento e raiva são a prova? Ou às vezes isso faz parte da luta da santidade, para alguns uma batalha cotidiana? Como a santidade pode agir e transparecer durante esses períodos? A Bíblia registra os santos de Deus que tiveram sérios momentos de crise em sua fé. Enquanto os casais judeus tradicionais oravam por descendentes que preservariam o nome da família, Sara e Abraão finalmente reconheceram que seus dias de fertilidade haviam terminado. Como resultado, eles zombaram de Deus quando Ele lhes disse que teriam um filho. Até Jesus clamou da cruz: “‘Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?’” (Mateus 27:46). Em tais tempos de desespero, é de ajuda ler novamente o versículo 13: “Devemos sempre dar graças a Deus”. Isso não se refere às nossas circunstâncias, mas ao fato de sermos amados por Deus e de Ele nos ter escolhido como primícias. Já somos especiais para Deus mesmo antes de termos os sentimentos certos ou de fazermos as boas obras. Ele nos escolheu e salvou através da obra santificadora do Espírito e através da fé na verdade. O versículo 14 nos diz: “Ele os chamou para isso por meio de nosso evangelho, a fim de tomarem posse da glória de nosso Senhor Jesus Cristo.” Era importante que a igreja de Tessalônica se lembrasse disto. Eles estavam fora da fé judaica, mas Deus acabou possibilitando que eles fossem membros efetivos da Igreja primitiva. Eles foram abençoados e santificados pelo Espírito Santo. Estavam dentro dos planos de Deus para eles e foram capazes de alcançar Sua bênção. Para continuar em nossa caminhada com Deus, precisamos superar as frustrações em nós mesmos, em outras pessoas, em nossas circunstâncias ou até mesmo com Deus. A frustração muitas vezes nos leva à ira, que leva ao pecado, se não for resolvida,e torna inútil qualquer serviço que desejamos prestar a Deus: “O homem irado provoca brigas” (Provérbios 29:22); “abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar” (Colossenses 3:8); “e não deem lugar ao diabo” (Efésios 4:27). É bom mudarmos a natureza da nossa pergunta; não mais “Por que, Senhor?”, mas “O que você quer de mim, Senhor?”; “O que você gostaria que eu fizesse agora, Senhor?” É claro que ainda nos sentiremos zangados ou desanimados pelas frustrações, mas também descobriremos que Deus está ansioso para nos mostrar o que Ele quer que façamos a seguir. Jesus sabia qual era a vontade do Pai quando foi à cruz. Principalmente, temos que persistir a fim de descobrir a perfeita vontade de Deus para nós, mesmo que não seja uma resposta natural para a maioria de nós.

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REFLEXÃO: * Uma forte experiência de santidade é garantia de que não seremos decepcionados? * O que pode fazer os cristãos se sentirem ressentidos ou zangados? * Pense sobre a decepção em sua vida. O que você fez ou faz para que continue caminhando perto de Deus?

Então, o que a Bíblia nos diz em resposta? As Escrituras nos dizem “lancem sobre ele toda a sua ansiedade” (1 Pedro 5:7). Isso requer passar algum tempo conversando com nosso Pai Celestial, expressar seus sentimentos a Ele, confirmar seus planos com Ele. Busque o bem e louve-O: este é um momento difícil para tentar ser grato. Devemos perseverar em nossa fé em Deus e em Seu plano para nossas vidas. Às vezes, é preciso uma decepção dolorosa para nos ensinar uma habilidade ou para fortalecer nossa fé ou para nos colocar no lugar certo na hora certa. Nós não conhecemos Seus caminhos ou pensamentos, mas temos que acreditar em Sua promessa. Finalmente, em tempos de desânimo, ira ou ressentimento, somos lembrados, mais uma vez, de que Deus nos ama e deseja enviar encorajamento e esperança e nos fortalecer em todo o nosso bom trabalho.

Senhor, Teus caminhos não são os nossos. Ajuda-nos a entregar-Te nossas decepções e a confiar em Ti quando não entendemos. Ajuda-nos a focar em quem o Senhor é e a sempre Te dizer como nos sentimos. Senhor, ajuda-nos a sempre Te louvarmos, independente de qualquer coisa. Essa é nossa oração no nome precioso de Jesus. Amém.

NAZIA YOUSAF

TERRITÓRIO DO REINO UNIDO COM A REPÚBLICA DA IRLANDA Originalmente de Lahore, Paquistão, Nazia Yousaf, no momento, está sendo treinada no Colégio de Cadetes William Booth, em Londres, Reino Unido, para ser Oficial do Exército de Salvação. Ela é enfermeira e parteira treinada e trabalhou por nove anos como consultora de saúde e de maternidade/paternidade no Quartel Territorial do Paquistão. Nazia é apaixonada pelos direitos das mulheres, crianças e minorias. Seu chamado é para ajudar a elevar as pessoas a ambientes seguros, nos quais podem desfrutar da vida dada por Deus em sua plenitude, conhecedoras do valor que têm em Cristo. Ela quer que seu ministério leve as pessoas a conhecerem e experimentarem o amor, a paz e a alegria de Cristo. Tempo para ser Santo - IEstudos Bíblicos do Departamento Internacional do Ministério Feminino

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Verdadeiramente Santificado no Casamento João 17:13-19 Capitã Nilanthi Siyamakrisnan

“‘Agora vou para ti, mas digo estas coisas enquanto ainda estou no mundo, para que eles tenham a plenitude da minha alegria. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou. Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno. Eles não são do mundo, como eu também não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo. Em favor deles eu me santifico, para que também eles sejam santificados pela verdade’”. (João 17:13-19) Essa passagem ensina muito sobre a obra santificadora de Deus. Esses versículos respondem perguntas relacionadas às diversas ideias no Cristianismo de hoje sobre o que significa buscar a santidade e, ainda assim, permanecer “no mundo” para serem agentes de santidade de Deus. Reuni alguns pensamentos relativos ao valor e ao significado do casamento e de ser solteiro aos olhos de Deus, e o que a Bíblia diz sobre eles. Afinal, as Escrituras não falam sobre o casamento como sendo a única opção. Escolher permanecer solteiro por causa do Reino de Deus é uma realidade na Bíblia que muitas vezes é ignorada. Neste ponto, gostaria de deixar claro que a decisão de um cristão de permanecer solteiro não deve ser confundida com o voto de celibato assumido por padres, monges e freiras como requisito obrigatório para assumir uma das vocações religiosas católicas. Entretanto, ser solteiro pode ser um chamado especial de Deus. Paulo dá esse conselho aos crentes em 1 Coríntios 7:8-9: Digo, porém, aos solteiros e às viúvas: é bom que permaneçam como eu. Mas, se não conseguem controlar-se, devem casar-se, pois é melhor casar-se do que ficar ardendo de desejo.” Gênesis conta a história da criação do homem e da mulher: “Então o Senhor Deus declarou: ‘Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda’... Com a costela que havia tirado do homem, o SENHOR Deus fez uma mulher e a trouxe a ele. Disse então o homem: ‘Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada’. Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.” (Gênesis 2:18, 22-24). Qual é o propósito bíblico do casamento? Acreditamos que o casamento foi estabelecido por Deus para ser a união entre um homem e uma mulher. Vemos os objetivos principais dessa união como companheirismo íntimo, educação dos filhos e apoio mútuo para que tanto o marido quanto a esposa cumpram os chamados de suas vidas. Aqui estão algumas dicas para um casamento bem-sucedido: Conversar com seu cônjuge é uma das melhores maneiras de manter seu casamento saudável e bem-sucedido. Seja honesto sobre o que está sentindo, mas seja gentil e respeitoso ao se comunicar. Parte da boa comunicação é ser um bom ouvinte e dedicar tempo para entender o que seu companheiro deseja e precisa de você. A confiança em um relacionamento íntimo está baseada em se sentir seguro com a outra pessoa. A infidelidade, mentiras e promessas quebradas podem prejudicar gravemente a confiança entre marido e mulher. Isso não significa necessariamente que um casamento não possa ser salvo. Malaquias 2:14 diz: “E vocês ainda perguntam: ‘Por quê? ’ É porque o Senhor é testemunha entre você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo matrimonial.” O sexo é projetado para casais casados. Fomos criados para ser exclusivos sexualmente. Tornar-se “uma só carne” com seu parceiro é importante para satisfazer as necessidades sexuais. O sexo casual ou sexo fora do casamento pode aliviar a tensão sexual, mas falha em atender nossas necessidades por intimidade mais profunda, para a qual o sexo em um casamento cristão foi projetado.

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REFLEXÃO: * Santidade significa ficar o mais longe possível de qualquer coisa que o mundo considere divertido? Como podemos ter certeza de que não nos tornamos como o mundo? * Há alguma cerimônia e experiência especial que nos levam a um plano santo e superior de espiritualidade? * Como mulheres, como devemos viver a santidade em cada aspecto de nossas vidas?

Esposo e esposa constroem seu relacionamento e intimidade e é claro que eles fazem isso de outras maneiras do que apenas fazendo sexo. Esse aprofundamento do nível de intimidade pode transformar “apenas” sexo em “fazer amor”. Fazer sexo fora do casamento não é apenas contra o projeto de Deus, mas também promove a desconfiança que pode destruir a intimidade do casamento. O sexo em um casamento cristão é um ato bonito e projetado por Deus. Não existe apenas para a procriação, mas para o prazer. O sexo em um casamento cristão é o dom de Deus de intimidade física, espiritual e emocional com nosso parceiro. O sexo foi criado para ser agradável para ambos os cônjuges. Se uma atividade sexual não agrada a ambos os parceiros, isso pode levar ao ressentimento. O sexo foi projetado para nos tornarmos uma só carne.

Querido Pai, vencemos o mundo porque conhecemos o Teu Nome, compartilhamos Tua vida, temos Tua Palavra. Tu nos concedes unidade em nossa comunhão e alegria em nossos corações. Obrigado porque podemos desfrutar do amor humano, assim como de Teu amor celestial. Amém.

CAPITÃ NILANTHI SIYAMAKRISNAN

TERRITÓRIO DO SRI LANKA A Capitã Nilanthi Siyamakrisnan está atualmente servindo no Território do Sri Lanka. Sua nomeação é baseada no Colégio de Cadetes como Oficial de Brigada e Gerente de Negócios.

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Caráter Santo e Conduta Santa Tito 2:1-14 Coralie Bridle

Quando eu estava grávida do meu primeiro filho, li todos os livros que consegui encontrar sobre como ser uma boa mãe. Coletei algumas preciosidades desta sabedoria escrita, mas nada me preparou tão profundamente quanto ver os outros cuidando de seus filhos. Nesta carta pastoral, o apóstolo Paulo compartilha como seu filho na fé, Tito, deve cuidar da nova comunidade cristã na ilha de Creta. Sabemos que Tito não estava simplesmente aprendendo através de livros” porque ele esteve na estrada com Paulo, observando seu caráter e conduta, no contexto de ministério e missão. Houve alguma oposição ao ensino de Paulo. Alguns ensinamentos importados e confusos estavam afastando as pessoas da fé. As famílias eram a unidade básica de uma sociedade coerente e o cenário para as “igrejas domésticas” que Tito estava acompanhando. A família ou “casa” podia ser constituída de relações de sangue, demais membros da família, parentes carentes e escravos. O Cristianismo naquela época era visto como uma seita desestabilizadora, então, esperava-se que as famílias cristãs tivessem comportamentos que não trouxessem descrédito ou desgraça ao evangelho. Um escritor disse que a vida santa descrita nesta passagem é a “moral estética que a igreja traz para a praça pública. De certa forma, a vida pública do cristão confirma a verdade do evangelho. Paulo encarrega Tito que “fale o que está de acordo com a sã doutrina” (Tito 2:1 NLT). Ele então pede aos homens mais velhos da família de Deus que demonstrem um comportamento sóbrio, digno de respeito, sensato e sadio. A fé neste contexto é a resposta encarnada do viver para Cristo. Para serem dignos de respeito, esses homens são encarregados ​​de viver vidas marcadas por amor, dignidade e sabedoria semelhante a Cristo. Há aqui uma imagem comovente de homens maduros – nobres na intenção, dignos na conduta e amáveis no temperamento. Então, o foco segue para as mulheres na casa de Deus. As mulheres são chamadas a agir de forma reverente que demonstre a santidade de um coração que está em profunda comunhão com Deus. As distrações e preocupações surgem de várias formas, e Paulo exorta as mulheres mais velhas a buscarem uma vida de restrição fundamentalmente enriquecedora. Ao aplicar isso às nossas vidas, podemos aprender que conversas imprudentes e ofensivas devem ser evitadas. Em contraste com a imagem escandalosa de algumas mulheres na cultura contemporânea, as mulheres salvacionistas são orientadas a serem equilibradas, graciosas e encantadoras embaixadoras do evangelho. Em uma época em que os casamentos arranjados eram a norma, as mulheres que realmente demonstravam amor por seus maridos se destacavam no contexto social mais amplo. Os comentários de Paulo não são destinados a nenhum papel específico, mas para como as mulheres devem abordar as tarefas que lhes são destinadas em qualquer papel. No século XXI, onde muitas mulheres trabalham fora de casa, somos orientadas a ser produtivas nas ocupações normais de nossas vidas diárias. Há também um alerta para não permitirmos que nossos lares percam sua função estimulante, protetora e de amparo. Os versículos 5 e 6 nos lembram que os jovens precisam de encorajamento e compreensão, em vez de críticas. Nosso ensino ou mentoria aos homens e mulheres mais jovens precisam estar totalmente alinhados com nosso caráter e conduta. Os jovens, no contexto contemporâneo, cercados por tantas coisas falsas, podem detectar inconsistências em um piscar de olhos. Não basta convocá-los para serem sábios, se aqueles que os convocam são superficiais. Mais adiante, Paulo reitera que as ações falam mais alto que as palavras. A oratória elegante que não flui da fonte pura, sempre deixará a congregação com sua sede insaciada. Há uma séria instrução aqui, que conclama aquele coração que aprecia a mensagem que lhe foi confiada.

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REFLEXÃO: * Meu caráter e conduta são consistentes com o evangelho nas esferas pública e privada da minha vida? * Como posso influenciar as estruturas sociais ao meu redor para alinhar-me com as verdades do evangelho? * Quem são as pessoas que estão lendo atualmente o texto da minha vida e como posso melhor apoiá-las?

A escravidão era uma característica comum da vida greco-romana do primeiro século, e estima-se que metade da população possuísse escravos. Os versículos 9 e 10 falam de uma situação cultural que talvez não compreendamos. É importante reconhecer que muitas pessoas hoje continuam trabalhando por salários mínimos, horas excessivas e em indústrias de cuidados e serviços subvalorizados. Paulo nos instrui a viver com integridade dentro das circunstâncias e estruturas que temos. Os cristãos em Creta estavam trabalhando dentro do que era possível na época. Não devemos fazer diferente. Finalmente, nos versículos 11-14, Paulo fornece a razão teológica para todas as instruções anteriores. Nossa vida atual relaciona-se com o futuro que Deus prometeu em Jesus. Somos encorajados a viver esse futuro hoje. Somos chamados a ser um povo que mantém a aliança que expressa a salvação de Cristo em boas obras, caráter e conduta santos. Dessa maneira, todos trabalham juntos para permitir que o amor e a graça estendam-se através da comunidade de Deus.

Pai Celestial, transforma-me em uma mulher de caráter santo e conduta santa, para que minha vida fale da graça e da verdade para minha geração e para aqueles que vierem depois de mim.

CORALIE BRIDLE

NOVA ZELÂNDIA, FIJI, TONGA E TERRITÓRIO DE SAMOA Coralie Bridle é salvacionista de longa data e frequenta o Corpo de Auckland City, na Nova Zelândia. Além de trabalhar como enfermeira oncológica, ela também atua no NZ MASIC e no Conselho Teológico Internacional. Seu marido, Kevin, três filhos adultos e neto a mantêm estabilizada em meio às complexidades da vida. Coralie está atualmente trabalhando em seu doutorado, analisando a deficiência como uma construção teológica, analisando estruturas para apoiar pessoas com deficiências complexas dentro do Exército de Salvação e trabalhando na identidade pós-ressurreição. Tempo para ser Santo - IEstudos Bíblicos do Departamento Internacional do Ministério Feminino

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A religião não é uma coisa ruim Tiago 1:26-27; 4:8 Major Priya Morgan

Quando falamos em fazer algo religiosamente, significa que tornamos aquilo um hábito. Algumas pessoas correm religiosamente todos os dias. Algumas pessoas assistem a seu programa de televisão favorito, religiosamente, toda semana. Uma atividade não precisa ser de natureza religiosa para ser realizada religiosamente. Atividades com padrões claros de comportamento podem ser boas ou ruins. Os padrões habituais de comportamento demonstram nossas prioridades na vida. Às vezes, é benéfico refletirmos sobre o que se tornou um hábito “religioso” em nossas vidas, para que possamos garantir que não fiquemos acomodados com as atividades de nossas rotinas diárias e semanais. Estes versículos descrevem o que poderia ser considerado um exemplo estereotipado de uma pessoa religiosa: “O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’”. A religião não é um conceito fácil de entender, mas pode ser descrito como uma maneira pela qual as pessoas expressam seu relacionamento com Deus. Como cristãos, devemos garantir que nosso entendimento da religião esteja em equilíbrio com nossa fé. É comumente aceito que Tiago teria escrito sua carta para um público cristão nascido judeu. Devido à sua herança judaica, os destinatários desta carta teriam altas expectativas sobre eles. Tiago os adverte, entretanto, para que não permitissem que as práticas religiosas do judaísmo atrapalhassem sua fé centrada em Cristo. Nos versículos mencionados, Tiago explora o que significa ser “verdadeiramente” religioso: “Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum! A religião que Deus, o nosso Pai aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo.” (Tiago 1:26-27) “Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração.” (Tiago 4: 8) A religião é uma expressão externa do relacionamento íntimo de um indivíduo ou de uma comunidade com Deus. A religião é a maneira pela qual nossas vidas se conectam com a vida de Deus. Quando Tiago se refere à religião nesses versículos, ele está falando sobre nosso relacionamento com Deus e sobre como expressamos esse relacionamento pela maneira como vivemos. Ele oferece alguns bons conselhos e dá alguns exemplos específicos sobre como precisamos viver nossa vida cotidiana. Podemos pensar que religião é algo que fazemos, o que em certo sentido está correto, mas isto é apenas uma parte da religião “verdadeira”. O estudioso bíblico, Henry Alford, disse que a religião é “a manifestação externa de... um relacionamento com Deus enraizado no coração e na formação da vida”. Para ser verdadeiramente religioso, devemos observar a descrição de Tiago de um cristão que vive em santidade. Devemos prestar atenção ao nosso discurso para não ofender os outros e nos enganarmos, devemos cuidar dos membros vulneráveis e em sofrimento da nossa sociedade e evitar as impurezas terrenas. Como cristãos, devemos reservar um tempo para fazer uma pausa e confessar silenciosamente a Deus nossas imperfeições e pedir sua ajuda enquanto buscamos expressar mais seu caráter em nossas vidas. Depois de reconhecer nossas falhas humanas, iniciamos uma jornada para um relacionamento significativo com Deus a partir de um lugar de religião vazia.

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REFLEXÃO: * O que você pode fazer hoje para ajudá-lo a se aproximar de Deus? * Quem é o “órfão” ou a “viúva” no seu bairro? Que ação prática você pode fazer para expressar seu cuidado e preocupação? * Na sua vida cotidiana, o que compete com Deus por sua atenção? O que você pode fazer para restaurar o equilíbrio divino? Quando você colocará isso em ação?

Tiago aconselha aqueles que estão em um estado de religião vazia a se aproximarem de Deus, para que Ele se aproxime deles. Ao lavar nossas mãos e purificar nossos corações do pecado, podemos desfrutar de uma experiência completa e satisfatória de Deus. A abordagem de Deus é sempre por um convite. Ele não força Sua entrada. Leia silenciosa e lentamente Mateus 11:28-30 da versão Mensagem. Reserve um tempo para considerar o que essas palavras estão dizendo a você pessoalmente. Imagine Jesus sentado ao seu lado. Como isso faz você se sentir? O que Jesus está convidando você a fazer? O que significa para você viver de maneira livre e leve? “Vocês estão cansados, enfastiados de religião? Venham a mim! Andem comigo e irão recuperar a vida. Vou ensiná-los a ter descanso verdadeiro. Caminhem e trabalhem comigo! Observem como eu faço! Aprendam os ritmos livres da graça! Não vou impor a vocês nada que seja muito pesado ou complicado demais. Sejam meus companheiros e aprenderão a viver com liberdade e leveza.”

Santo Deus, perdoa a minha vaidade. Que as palavras que eu falo Te glorifiquem e edifiquem os outros. Dá-me uma preocupação verdadeira com os perdidos e solitários. Mantenha-me perto do Teu coração. Somente por Tua graça. Amém.

MAJOR PRIYA MORGAN

TERRITÓRIO DO REINO UNIDO COM A REPÚBLICA DA IRLANDA A Major Priya Morgan está servindo atualmente como Chefe Divisional na Divisão Sul do Território do Reino Unido com a República da Irlanda. Ela é originária da Austrália, casada com Gregory, e eles têm dois filhos adultos, Thea e Zachary. Nos 29 anos em que tem sido Oficial, Priya gostou de servir em nomeações em Corpos, na obra juvenil territorial, no treinamento e educação de Oficiais. Ela concluiu recentemente um Mestrado em Estudos Teológicos e está particularmente interessada em advogar pelas mulheres nas áreas de educação e igualdade de gênero. Tempo para ser Santo - IEstudos Bíblicos do Departamento Internacional do Ministério Feminino

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Santidade todos os dias 1 Pedro 1:13-22 Capitã Miwa Nakajima

“Portanto, estejam com a mente preparada, prontos para a ação; sejam sóbrios e coloquem toda a esperança na graça que lhes será dada quando Jesus Cristo for revelado. Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: ‘Sejam santos, porque eu sou santo’. “Uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês. Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver que lhes foi transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês. Por meio dele vocês creem em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos e o glorificou, de modo que a fé e a esperança de vocês estão em Deus. “Agora que vocês purificaram as suas vidas pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração.” (1 Pedro 1:13-22). 1 Pedro 1:13-22 nos diz como costumávamos viver uma vida vazia sem Deus, mas Jesus sacrificou Sua própria vida para sermos salvos da morte em nossos pecados. Somos informados que, através do precioso sangue de Jesus, não somos mais escravos, mas filhos de Deus (Gálatas 4:7). Somos herdeiros do reino de Deus! Como cidadãos do céu, devemos viver de acordo com os padrões do Reino de Deus: “portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês” (1 Pedro 1:17). Partindo dessa imagem, somos chamados a cuidar e a preservar o Reino. No versículo 15, somos ordenados a levar uma vida santa: “Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem”. Ser santo significa estar santificado, estar separado para o uso honroso por Deus. Fomos feitos Seus filhos, Deus quer nos separar para que o mundo saiba que pertencemos a ele. 1 Pedro 2: 9 diz: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Ao nos chamar a sermos santos em tudo o que fazemos, Deus cria uma oportunidade para as pessoas ao nosso redor reconhecerem o valor do Reino pelo qual vivemos. Olhando para o mundo ao nosso redor, não há dúvida de que este é o tempo de ser santo. O mundo está cada vez mais focado em satisfazer o próprio desejo e confiar no próprio entendimento. Sem Jesus, que é o caminho, a verdade e a vida, as pessoas são movidas por impulso e fazem o que têm vontade de fazer. Mas nós sabemos, como alguém que foi salvo desse vazio, que não há verdadeira alegria ou esperança longe de Deus. Agora é o tempo de ser santo, porque, a menos que alguém demonstre a santidade na vida cotidiana de maneiras práticas e realistas, as pessoas não terão chance de vivenciar os valores do Reino, que é cheio de graça e amor. Temos muitos exemplos das Escrituras sobre a vida no reino, mas no versículo 22 somos orientados: “visando ao amor fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração”. Todas as instruções na Bíblia sobre a prática da santidade são impossíveis se as fizermos em nossa própria força. É aqui que muitas pessoas ficam desanimadas ou céticas sobre o Cristianismo ou a santidade, porque os padrões bíblicos parecem

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REFLEXÃO: * O que vem à sua mente quando você ouve a palavra “santidade”? * Você está alerta e totalmente sóbrio, depositando sua esperança na graça que lhe será trazida quando Jesus for revelado em Sua vinda? * Pense nas maneiras práticas pelas quais você poderia exercer os padrões do reino nesta semana.

altos demais para serem alcançados. Muitos diriam: “eu não posso ir à igreja porque preciso me organizar”. O fato é que não podemos ser santos, a menos que tenhamos um relacionamento vivo com Deus. Deus é perfeito em santidade, e nós somos muito fracos em nossa carne. Só podemos nos tornar santos ao estarmos conectados com Deus. Iremos crescer em nossa santidade prática à medida que o Espírito Santo nos ajuda e nos guia em nossa caminhada espiritual. O versículo 21 diz: “Por meio dele vocês creem em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos e o glorificou, de modo que a fé e a esperança de vocês estão em Deus”. Ter essa fé e esperança em Deus claramente nos diferencia do mundo. O mundo ao nosso redor precisa de fé e esperança mais do que nunca. Sejamos santos em tudo o que fizermos, para comunicar às pessoas o amor e a graça que tão ricamente nos foram concedidos.

Deus Pai, obrigada por nos separares como Tua propriedade especial. Ajuda-nos a sermos santos em tudo o que fizermos, para que as pessoas ao nosso redor tenham um vislumbre do céu em e através de nós. Amém.

CAPITÃ MIWA NAKAJIMA TERRITÓRIO DO JAPÃO

A Capitã Miwa Nakajima atualmente serve no Território do Japão como Secretária Pessoal do Chefe Territorial e Secretária para o Desenvolvimento da Vida Espiritual. Grande parte de seu ministério consiste na tradução entre inglês e japonês. Como seguidora de Jesus, seu desejo é ouvir o coração de Deus e comunicá-lo às pessoas ao seu redor em palavras e ações.

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“Vem!” 2 Pedro 2:1-22 Major Mayuko Terasawa

“Graça e paz lhes sejam multiplicadas, pelo pleno conhecimento de Deus e de Jesus, o nosso Senhor. Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude. Por intermédio destas ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça” (2 Pedro 1:2-4). Se lhe dissessem que você não teria muito tempo na Terra, o que você escreveria para sua família, amigos, seguidores e colegas de trabalho? Essa passagem foi escrita por Pedro como sua última carta aos cristãos. O Senhor Jesus Cristo deixou claro para Pedro que ele deixaria em breve esta vida terrena (1:14). Anteriormente, Pedro havia escrito para confortar e encorajar os crentes em meio a sofrimentos e perseguições, contudo, nesta carta, ele queria avisá-los de um ataque interno de falsos mestres (2:1-22). Pedro havia testemunhado o poder divino, a glória e a bondade de Jesus várias vezes. Ele escreveu: “Nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da suprema glória lhe foi dirigida a voz que disse: ‘Este é o meu filho amado, em quem me agrado’. Nós mesmos ouvimos essa voz vinda do céu, quando estávamos com ele no monte santo” (1:16-18). Pedro muitas vezes cometeu erros por causa de seu pavio curto e compreensão superficial. Jesus percebeu a pequena fé de Pedro e o perdoou e o encorajou. Cada vez que cometeu um erro, Pedro entendeu o poder e a misericórdia de Jesus. Deus está nos chamando para sermos santos desde o Gênesis até o Apocalipse, desde o começo do mundo até o Dia do Senhor (3:10). Embora ninguém possa negar esse chamado sagrado, para nós, como cristãos, às vezes ouvimos outras vozes nos desencorajando de agir com fé na busca da santidade: “ainda não é para mim”, “eu não quero isso”, “isso nunca aconteceria para mim”. Isso me lembra da história da experiência divina de Pedro. Como um habilidoso pescador, Pedro estava familiarizado com o mar da Galileia. Pedro confiava em si quanto ao mar e para pescar nele, mas Jesus mostrou a Pedro que sua autoconfiança não tinha o poder de vencer todas as situações difíceis. No evangelho de Mateus, Pedro e outros discípulos estavam no barco em direção ao outro lado do mar da Galileia (14:22-32). Eles tiveram dificuldade em seguir adiante porque o vento estava contra eles. Eles obedeceram a ordem de Jesus para entrar no barco, mas a jornada não era fácil. Durante toda a noite eles tentaram chegar ao outro lado em vão. Sentiram-se cansados ​​de lutar contra o vento e as ondas e ficaram desapontados. Quando Jesus andou sobre o mar e apareceu diante deles, eles ficaram aterrorizados. Temos a tendência de ficar aterrorizados por tudo quando nossos corações estão abatidos. Mesmo um milagre pode nos causar preocupação quando nossos corações estão cheios de decepção. Você está no mar agitado ou os ventos fortes estão contra você? Você está em um momento de forte decepção e desesperança? Se não experimentamos santidade por nós mesmos, então, no meio da tempestade da vida, ficamos com medo de dar o próximo passo, de mudar a nós mesmos e de receber transformação. Mas, assim como Jesus fez para Pedro, Ele vem e nos convida a sermos santos e experimentarmos Sua natureza divina pelo Seu poder: “Coragem! Sou eu. Não tenha medo!” (v. 27). Como respondemos a este convite? Pedro respondeu do barco

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REFLEXÃO: * Você já ouviu alguém dizer: “Santidade não é uma experiência real hoje em dia”? Como você responde a esse comentário? * Qual é o vento que desvia você de avançar rumo à santidade? * Qual é a água na qual você luta e quer que esteja sob seus pés?

com o vento forte: “‘Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro por sobre as águas’” (v. 28). Jesus nos chama para fugir do mundo corrupto e receber completamente Sua natureza divina. Jesus está nos chamando para viver uma vida santa. Assim como Pedro fez, nós também gostaríamos de responder ao Seu convite. Jesus nos convida a andar sobre as águas. Assim como Pedro caminhou sobre a água, nós também podemos colocar o mundo corrupto sob nossos pés! Não precisamos mais passar dificuldades sobre as água! A Bíblia descreve as falhas de Pedro de forma honesta. Ele desviou os olhos de Jesus para o vento, e então começou a afundar. Muitas vezes, experimentamos algo semelhante. Temos que manter nossos olhos em Jesus para continuar caminhando sobre a água. Quando nos encontramos afundando na água, podemos clamar a Jesus para nos salvar da água “Senhor, salva-me!” “Corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé” (Hebreus 12: 1-2).

Querido Senhor, obrigado por me convidares ao Teu divino poder. Eu preciso ouvir o Senhor chamar “vem” a cada dia e a cada momento. Que Tua graça e paz sejam nossas em abundância através do conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. Teu divino poder tem me dado tudo que preciso para uma vida consagrada através do meu conhecimento de Ti, que me chamou por Tua própria glória e bondade. Fixo meus olhos somente em Ti, Jesus. Amém.

MAJOR MAYUKO TERASAWA

TERRITÓRIO DO JAPÃO A Major Mayuko Terasawa serve atualmente no Território do Japão como Secretária Literária e Secretária Editorial. Como parte de seu trabalho, ela é editora de publicações territoriais, o que lhe permite testemunhar do poder da Bíblia. Em seu tempo livre ela ama música, artes, artesanato, arquitetura e a natureza.

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Tempo de buscar a paz Hebreus 12:14-15 Tenente-Coronel Elsa Oalang

“Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor. Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus. Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando a muitos.” (Hebreus 12: 14-15) Parece haver uma necessidade de reordenar a prioridade em Hebreus 12:14. A paz não é resultado ou bênção da santidade? Que tal “Seja santo e faça todos os esforços para viver em paz com todos”? Pelo contrário, o autor elaborou seu argumento no capítulo 12 para ensinar verdades mais profundas e práticas. Existem indicações no capítulo de que os crentes hebreus estavam lutando não apenas em seu relacionamento com os incrédulos, mas também entre si. Para incentivá-los a não desistir da maratona da vida, o autor lembrou os crentes de três verdades importantes. Antes de tudo, eles estavam cercados por “uma nuvem de testemunhas” e ouviram os testemunhos de meros seres humanos que haviam passado por severas perseguições e provações, mas provaram que é possível terminar a corrida com vitória. Em segundo lugar, eles foram instruídos a fixar os olhos em Jesus, “o pioneiro e aperfeiçoador da fé”. Finalmente, há um lembrete de que “o Senhor disciplina quem ele ama e castiga todos que aceita como seu filho”. Depois desse encorajamento, vêm os versículos 14 e 15 com um tom de advertência. A primeira instrução é “fazer todos os esforços para viver em paz com todos”. Outras traduções usam “prosseguir” ou “esforçar-se para”. Essas palavras descrevem um esforço intencional, uma pressão ou esforço para obter algo. As palavras são semelhantes ao Salmo 34:14 “... procure a paz e empenha-te por alcança-la”. Viva em paz com todos, com crentes e descrentes. No entanto, essa busca pela paz não deve desconsiderar a santidade. Assim, o escritor esclareceu a primeira instrução “seja santo”, pois “sem santidade ninguém verá o Senhor”. Pode ser que, devido ao esforço do crente em viver em paz com outras pessoas, certos valores cristãos possam ser comprometidos. Assim, a busca pela paz torna-se inútil, se sacrificar os valores cristãos. Os crentes devem ter em mente que é a santidade que os levará a Deus. O versículo 15 fala da responsabilidade dos crentes pela santidade pessoal e corporativa: “Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus. Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando a muitos. Isso é uma recordação de Deuteronômio 29:18-19, onde Deus advertiu os israelitas contra uma pessoa que desobedece à aliança e cuja atitude espalha desastre como um veneno amargo. Assim como Deus advertiu os israelitas como nação a assumirem a responsabilidade de impedir qualquer desobediência voluntária de seus membros, o escritor de Hebreus advertiu os crentes de que eles são mutuamente responsáveis. É importante para um grupo de cristãos que ninguém fique aquém da graça de Deus, porque o pecado de um afetará toda a igreja ou comunhão. As pessoas podem ser classificadas como mantenedoras da paz ou pacificadoras. Às vezes, a escolha entre os dois está na experiência passada, na personalidade, nos motivos internos ou no medo de uma pessoa. Uma pessoa pode optar por manter a paz e ficar quieta, a fim de evitar discussões. Elas podem ter sido criados em uma família onde não há liberdade de expressão ou a pessoa pode estar lutando com o medo da rejeição. Alguém que quer agradar os outros naturalmente manterá a paz.

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REFLEXÃO: * Você está mais inclinado a ser um mantenedor da paz ou um pacificador? Como você busca a paz? Quais são os desafios? * Compartilhe uma experiência em que sua busca pela paz comprometeu ou sacrificou sua busca pela santidade. Como você resolveu o problema? * Como você ajuda um crente cuja atitude ou irregularidade está causando problemas na igreja? * Pessoalmente, você pode dizer quando uma atitude negativa está se formando em seus pensamentos e sentimentos? Como você lida com isso?

Ao contrário disso, um pacificador deve estar preparado para encontrar inimigos e se envolver em problemas antes que a paz real seja conquistada. Por isso Jesus disse: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9). No entanto, as pessoas que afirmam ser pacificadoras devem examinar seus motivos internos e a causa pela qual lutam. O que quer que pensemos ser entre os dois tipos, sempre seremos julgados de acordo com o que o escritor de Hebreus disse: “sem santidade, ninguém verá o Senhor”. No meu contexto, uma área de preocupação entre os cristãos é o que os teólogos chamam de «Cristianismo dividido”. Esses crentes vão à igreja aos domingos, mas durante a semana se entregam a comportamentos e atividades não-cristãs. Há também aqueles que professam ser cristãos, mas mantêm crenças e práticas supersticiosas. Nos países em que a comunidade desempenha um papel importante na vida de seus membros, a necessidade de ser aceito e viver em paz com outros membros da comunidade é muito forte.

Heavenly Father, make me an instrument of your peace, but keep me vigilant in discerning whether I am pursuing peace in a way and with the motive to glorify you. Amen.

TENENTE-CORONEL ELSA OALANG

TERRITÓRIO DAS FILIPINAS A Tenente-Coronel Elsa Oalang está atualmente servindo como Secretária Territorial do Ministério Feminino no Território das Filipinas. Seu marido, David, é Secretário em Chefe. Como ex-membro do Conselho de Teologia Internacional, Elsa adora estudar as Escrituras e se concentrar em como as realidades e desafios da vida atual discutem, lutam e encontram refúgio na Palavra de Deus.

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Produced 2020 The Salvation Army International Headquarters 101 QUEEN VICTORIA STREET, LONDON EC4V 4EH


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