REVITALIZAÇÃO
CINE OÁSIS São Simão- SP
Samira Giantomassi Geraigire Mielli
| 2017
REVITALIZAÇÃO
CINE OÁSIS São Simão- SP
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO|FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO SAMIRA MIELLI | PROF. ORIENTADOR DOMINGOS GUIMARÃES CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA 2017.
AGRADECIMENTOS O curso de Arquitetura e Urbanismo é a prova de
da
da impossibilida-
individualidade,
agradeço
:
A Deus. Por tudo e por tanto, A minha mãe Andrea por estar ao longo de todos esses anos ao meu lado, incentivando
e
apoiando
Expresso dão
à Aos
de, mento
com
meu
sonho.
minha familia
meus
Giantomassi.
colegas
os
quais
únicos
e
grati-
de
faculda-
compartilhei descobrimos
mojun-
tos um mundo novo durante esses anos. A todos os professores do curso, por compartilharem seus conhecimentos, em espe-
Trabalho Final de Graduação apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda como requisito à obtenção de título em Arquitetura e Urbanismo. Professor Orientador: Domingos Guimarães
cial ao meu Orientador Domingos Guimarães. E a minha querida cidade São Simão, a qual eu pude nesse trabalho mostrar um pouco da sua grandeza histórica.
SUMÁRIO
6. REFERÊNCIAS PROJETUAIS 52
1. INTRODUÇÃO
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2. OBJETIVOS
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6.1 CINE ITAÚ UNIDADE AUGUSTA-SP 53 6.2 RED BULL STATION- SP
2.1 OBJETIVOS GERAIS
7. O PROJETO
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2.2 OBEJTIVOS ESPECÍFICOS
3. JUSTIFICATIVAS
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7.1 PROGRAMA 60 7.2 INTERVENÇÃO 61
4
3.1 SÃO SIMÃO- história
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3.2 SÃO SIMÃO E O TURISMO 12 3.3 EQUIPAMENTOS CULTURAIS DE SÃO SIMÃO 15
4. LEVANTAMENTOS
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4.2 USO DO SOLO
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5. HISTÓRIA CINE OÁSIS 23 24
5.2 TEORIAS DA RESTAURAÇÃO
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5.3 PROJETO CINE OÁSIS
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5.4 VISITA TÉCNICA
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5.5 PATOLOGIAS
65
69 70 75 77
9.4 Aberturas
4.3 INSOLAÇÃO E VENTOS PREDOMINANTES 21
5.1 HISTÓRIA
9. DETALHAMENTOS
9.1 Sala de Cinema 9.2 Escada Lateral 9.3 Marquise
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4.1 HIERARQUIA VIÁRIA
8. DESENHOS ARQUITETÔNICOS
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10. BIBLIOGRAFIA
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As principais refências bibliográficas além de sites e livros sobre revitalização e a história do cibema e sua importância como um todo, são as pessoas e suas histórias, fotos e documentos pessoas e lembranças do antigo Cine Oásis.
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1. INTRODUÇÃO O tema escolhido para esse trabalho foi de revitalização do edifício que traz marcas culturais a população de São Simão-SP, o antigo Cine Oásis englobando a recuperação total do edifício e seus usos. Releitura do projeto original, complementando características modernas. Tendo como princípio a democratização da cultura, dando acesso ao lazer e cultura à qualquer pessoa, independente de gênero, raça, credo, classe social, idade ou orientação sexual, a fim de usufruir das diversas atividades em que o edifício revitalizado irá oferecer. Salientando a importância de que, esse equipamento cultural de cinema foi sendo retirados das ruas ao longo dos últimos séculos e instalados em shoppings centers, o que caracteriza um distanciamento do público com a sétima arte, principalmente em São Simão em que o cinema mais próximo se encontra há 50 km na cidade de Ribeirão Preto- SP. A volta dos cinemas de rua recupera aos poucos o impacto na mudança na configuração do espaço urbano e social. Devolvendo a cidade de São Simão um patrimônio cultural existente com experiências e vestígios cinematográficos. Além de resgatar um espaço voltado para pessoas e pedestres. Já
que o cinema de rua tem a
identidade de proporcionar encontros, lazer e despertar o imaginário da população. Figura : Fachada Cine Oásis 2017 Fonte: Mielli, Samira. Arquivo Pessoal
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2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVOS GERAIS Esse trabalho final de graduação tem como objetivo geral uma revitalização a esse local e trazer de volta os valores e histórias da cidade já que o cinema está desativado e em péssimas condições de uso. Com a revitalização é possível valorizar o espaço em que ele está inserido e oferecer uma melhor qualidade de vida a população, aproveitando uma infraestrutura já existente, voltando uma forma de integração entre cidade e cultura. Utilizar de um espaço que já existe hoje apesar de abandonado e dar continuidade ao seu uso original que é o cinema de rua. Melhorar o espaço urbano da cidade proporcionando salas de exibição de filmes em um lote urbano.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Os objetivos específicos serão voltados para fortalecer o núcleo cultural existente na área, pois o cinema se encontra no Centro Cultural de São Simão, perto do Teatro Carlos Gomes, Casa Cultural Marcelo Grasmann e a Igreja Matriz e oferecer mais entretenimento, cultura e lazer através de diferentes projetos culturais que o Cinema pode proporcionar, desviando da ociosidade coletiva, além de oferecer trabalho para a população. O Cine Oásis não se qualifica somente pela arquitetura modesta, mas sim pela sua importância cultural e histórica da cidade de São Simão, e um dos objetivos específicos é levar um espaço que possa ser utilizado por toda população e de qualquer faixa etária e social, assim tendo um espaço de lazer e convívio já que a cidade é carente de uma infraestrutura de lazer, não se prendendo ao passado, mas conservando ele. A fachada atual será conservada e recuperando parte de sua originalidade como seu cobogos, trazendo de volta a lembrança arquitetônica mais marcante da população que é a fachada.
Figura 2: Cine Oásis 1965 Fonte: Butoh, João.
O projeto original contendo apenas uma sala de cinema dará lugar para 2 salas do complexo, uma cafeteria, foyer,museu e um espaço no terraço para projeções ao ar livre. Tornando um local não apenas para assistir um filme, como o nome cinema pressupõe, mas o projeto transformara o espaço em um ambiente para frequentar no cotidiano e por toda população de São Simão e visitantes
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JUSTIFICATIVA
3.1 SÃO SIMÃO - HISTÓRIA A cidade de São Simão foi influenciada diretamente por diferentes fatos históricos, por exemplo no segundo reinado do Império era um centro urbano importante, no que se refere à geração de riquezas. A lenda da fundação da cidade é a qual um bandeirante paulista Simão da Silva Teixeira que parte para uma bandeira sozinho se perde e faz uma promessa para o santo do mesmo nome que se ele achasse água ele voltaria ao local que tinha se perdido e começaria sua vida lá e construiria uma igreja em homenagem ao santo. Ao que tudo indica essa história não é verídica, pois historiadores da cidade afirmam que existiam mapas que apontam a existência de um povoado bem pequeno que chamava “Tamanduá” quando Simão da Silva Teixeira chegou. Mas oficialmente o povoado nasceu em 1800 com a chegada dos bandeirantes. Foi elevado à categoria de Capela e Curato em 14 de abril de 1835, depois elevado à categoria de Paróquia e Distrito e só em 22 de abril de 1865 criou o município de São Simão. Ainda São Simão precisou ser levada a categoria de “comarca” no dia 22 de abril de 1.878 e somente em 04 de março de 1.895 se tornou uma cidade. Em 1882 a Cia. Mogyana de Estradas de Ferro e Navegação chegava a São Simão que impulsiona ainda mais o crescimento da cidade, e por esses trens que chegavam a cidade desembarcavam imigrante alemães, italianos e ingleses que influenciaram a cultura e a arquitetura da cidade. Segundo João Butoh* os alemães trouxeram as fundições de metais as construções das casas, como a Casa da Cultura Marcelo Grassman e o Teatro Carlos Gomes com características de Teatro de Ópera, que recebeu inúmeras companhias de óperas. Os italianos chegaram em São Simão para substituir a mão escrava nas lavouras de café e os ingleses trouxeram utensílios e construíram as estradas de ferro que escoavam a safra do café.
Figura 3: Cruzeiro Fonte: São Simão para Simonenses Online.
* BUTOH, João ator, bailarino, coreografo residente da cidade de São Simão possui um acervo de fotos e histórias sobre a cidade no seu site: http://www.butoh.com.br.
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O município chegou a ter 3 linhas ferrovias distintas. A partir da Estrada de Ferro Mogiana (atual FEPASA), surgiram a Cia. Melhoramentos São Simão, mais tarde transformada na Estrada de Ferro São Paulo - Minas (também incorporada à FEPASA); uma estrada que ligava Santos Dumont a Cajuru, e a São Paulo Coffee Estates Company, além de vários ramais. Além desses imigrantes São Simão também recebeu libaneses, japoneses, portugueses e franceses. A cidade possui 2 prédios tombados pelo CONDEPHAAT, a Casa da Cultura Marcelo Grassman último chalé de madeira de características alemãs e o edifício do Grupo Escolar de São Simão que é de características Belga projeto do arquiteto-engenheiro belga José Van Humbeeck. O município possui muitos casarões antigos que não são preservados e nem foram conservados pela população e prefeitura, pela falta de conhecimento e interesse das histórias dos mesmos, infelizmente esses prédios estão sendo deteriorados pelo tempo e assim a história em forma de arquitetura vai se perdendo.
Como São Simão era uma comarca o governo aplicava melhorias nas infraestruturas do que outras cidades da região como Ribeirão Preto, Cravinhos, Serra Azul, Luiz Antonio e etc. Em seu livro “Elementos para a História de São Simão”, Fausto Pires comenta que quem desejava uma melhor qualidade de vida e um melhor estudo se mudava para São Simão, como é o caso de Alberto Santos Dumont que mudou para São Simão para estudar em uma escola particular, por esse exemplo dá para entender a importância do município para as outras cidades da região, e que se não fosse pela má administração São Simão teria um futuro diferente de hoje em dia. O movimento republicano era muito forte na cidade e trazia grandes preocupações a capital pois São Simão era a segunda maior cidade do estado. O município também é conhecido como Berço da Proclamação da República pois a câmara municipal propunha o fim da monarquia e anulava a formação do 3° Império. Na figura 2 pode-se observar que o Brasão de São Simão carrega a frase “ Berço da Proclamação da República”.
Figura 4: Linhas Férreas Mapa do IBGE publicado em 1960
Figura 5: Brasão de São Simão-SP Fonte: Site Prefeitura São Simão-SP
Fonte: Blog do Ralph Giesbrecht. Acessado em 15 de julho de 2017.
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da de
“São Simão orgulha-se por ter sido uma das primeiras cidades a encampar o movimento republicano no Brasil; já em 31 de janeiro de 1.888, a Câmara Municipal proclamava-se republicana e autônoma. Daí a razão de São Simão também ser chamada de “Berço da Proclamação da República.” (Câmara de São Simão)
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A cidade de hoje, contrastando com o que era antigamente, é pacata e relativamente tranquila como todas as outras do interior do Brasil. São Simão tem uma área de 617.253 Km² e uma população de 15.165 habitantes (estimativa IBGE 2016). O desenvolvimento de São Simão foi afetado pelas grandes epidemias como Peste Negra em 1.887, que oficialmente matou 39 pessoas, essas informações constam no livro da Igreja Matriz de São Simão, salientando que muitas mortes não foram registradas pois as famílias não tinham vantagens e os escravos não contavam.
viriam para São Simão. E assim, o Serviço Sanitário Estadual não enviou ajuda, prejudicando os doentes e a própria cidade. Ainda com os boatos muito fortes sobre a epidemia, foi enviado a São Simão um clínico que comprovou que a cidade sofria por um surto grave de Febre Amarela. Figura 6: Local onde Emilio Ribas ficou hospedado Fonte: G1. Ribeirão e Franca
Depois as principais epidemias de Febre Amarela nos anos 1.897 - 1.901 - 1.903 que levou o município ao esquecimento. A doença chegou em São Simão em 1897, pelos passageiros dos trens vindo do Porto de Santos e Rio de Janeiro, que teve uma forte epidemia de febre amarela entre os anos 1.850 a 1.902. A Secretaria de Negócios do Interior avisou as autoridades de São Simão para que houvesse uma inspeção de passageiros e desinfecção dos vagões, há indícios que isso não foi feito. (As implicações das epidemias de febre amarela em São Simão (1896 – 1902) CARLO GUIMARÃES MONTI**) Na época, a população urbana simonense contava com 4.000 pessoas cerca de 800 morreram, cerca de 700 fugiram da cidade e foram mal recebidas pelo medo do contágio. O jornal O Estado de São Paulo, em 8 de maio de 1897 publicou: São Simão fica com 2.500 pessoas. As ruas ficaram vazias, e os inspetores sanitários aconselharam que ninguém voltasse à cidade por algum tempo, e as pessoas alojaram-se nas vilas vizinhas a São Simão, que ficara deserta. (MASSARO, 1963, p. 79) A segunda epidemia em 1.901 aconteceu com uma proporção bem menor do que a primeira, pois logo que começaram os casos as autoridades tomaram partido nos tratamentos dos infectados. Em 1.902 os casos da doença voltam a aparecer na cidade, o Serviço Sanitário Estadual soube da epidemia pelas pessoas que saiam de São Simão por medo do contagio. O prefeito chamado de “interventor” na época, negou a epidemia. Ele fez isso para a cidade não perder mais habitantes e espantar futuras indústrias que
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**Professor Adjunto e Coordenador do Centro Universitário Barão de Mauá (Ribeirão Preto –SP). Doutorando em História pela FHDSS/UNESP – Franca.
Emílio Ribas que viajou até São Simão, e ao chegar na cidade, descreveu-a com 530 prédios, sendo 90% deles eram mal construídos, não tinham assoalho nem forro, e o município não tinha saneamento básico. A epidemia aumentou, e todos os recém-nascidos simonenses morreram na época, segundo estudos de Fausto Pires de Oliveira e de Luiz Antônio Nogueira que compararam as certidões de nascimento pgdaquele período com os atestados de óbito do mesmo período. Durante a epidemia, a cidade foi administrada pelos médicos, já que as autoridades políticas fugiram, deixando os munícipes entregues à própria sorte. Só ao fim da epidemia, São Simão ganhou a Santa Casa de Misericórdia. As pessoas que saíram da cidade nunca mais voltaram com medo da doença, mesmo sabendo do fim da epidemia, e que Emílio Ribas havia mandado limpar o rio que corta a cidade. (MASSARO, 1963, p. 84).
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A quantidade de mortes foram tantas e em pouco tempo que os cadáveres eram enterrados em valas comuns, onde eram empilhados cerca de cinco corpos em um buraco. Um novo cemitério foi construído na área rural para atender somente as vítimas de febre amarela que hoje é Bento Quirino bairro da cidade 4 km do centro de São Simão. Grande parte dessas valas foram retiradas e construídos novos túmulos por cima. Mas ate hoje é possível ver a valas nos cemitérios de São Simão e Bento Quirino, trazendo uma lembrança triste das epidemias. Essas epidemias foram associadas com decisões infelizes e erradas, assim como a falta de interesse dos administradores, que ressultaram na paralizia de São Simão.
3.2 SÃO SIMÃO E O TURISMO No presente é de acordo que o crescimento econômico da cidade somente ocorrerá com a motivação do turismo de São Simão que é encravado entre morros e possui vastas e belas paisagens naturais. O município se destaca pela qualidade de vida, cultura e e suas paisagens. A economia da cidade atualmente se baseia nas indústrias de produção de água, argila branca, areia, jeans, poliestireno e móveis de escritório e na agricultura que se destaca pela cana de açúcar e o reflorestamento para celulose e agricultura de subsistência. O COMTUR – Conselho Municipal de Turismo órgão responsável pelo turismo de São Simão, constitui na união de esforços entre Poder Público e a Sociedade Civil, de caráter decisivo e consultivo para a assistência da municipalidade em questões referentes ao desenvolvimento turístico como fator de desenvolvimento sustentável, social, econômico e ambiental. São Simão “O VALE DA SAÚDE”, possui uma identidade única no cenário regional, estadual e nacional e esta imagem é comprovada por fatos e documentos históricos como o “BERÇO DA REPÚPLICA” e “TERRA DE MARCELO GRASSMAN”. (Guia turístico de São Simão-SP, 2017, p. 1)
Figura 7: Cemitério Bento Quirino 2012.Valas com vitimas de febre amarela, apenas colocava uma placa de ferro e um númer para identificação. Fonte : São Simão Net
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A Roda São Simão é um programa que foi criado para visitação dos atrativos turísticos da cidade, a prefeitura dispõe de veículos para a locomoção entre esses atrativos que são: Bosque Municipal, Igreja Matriz, Museu Histórico Simonense, Casa da Cultura Marcelo Grassman, Praça da República, Museu Ferroviário e Creche Leonor Ranzani. O acervo do Museu de São Simão tem histórias anterior ao século 18, como fósseis humanos que comprovam a existência de primitivos que habitavam a região cerva de 2.000 mil anos, Jacques Techié*** considerou esse arquivo como o melhor da América Latina, pois seus artefatos são de eras muito antigas. *** TECHIÉ, Jacques uma das maiores autoridades em arqueologia do mundo, formado pela faculdade de Dantérre na França.
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Além da Roda São Simão há outros pontos turísticos como o Morro do Cruzeiro, Teatro Carlos Gomes e Prainha do Tamanduá, outro ponto turismo de São Simão que está desativado em péssimas condições de uso é o Cine Oásis, fechado nos anos 80, foi palco de grandes festivais, filmes e encontro da população que procurava algo moderno na época. Apesar da capacidade da cidade em oferecer pontos culturais e turísticos a população da cidade tem carência de equipamentos culturais modernos que atendam a necessidade de lazer e cultura do século XIX.
Figura 9:Mapa Rota Turística São Simão Fonte: Google Earth 2016, inserções elaborada pela autora
Embora São Simão tenha sido uma grande potencialidade no século XIX e parte do século XX, hoje no século XXI é considerada uma cidade pacata dependente de Ribeirão Preto nas questões saúde, educação, cultura, lazer e trabalho. A cidade é limítrofe com seis cidades: Serra Azul, Cravinhos, Luiz Antonio, Santa Rosa, Cajuru e Santa Rita do Passa Quatro, cidade essas que foram fundadas por conta de São Simão. O acesso via rodoviário para o município é dado pela Rodovia Anhanguera (SP 330), Rodovia Conde Francisco Matarazzo Jr (SP 253), Rodovia Municipal Chaffy Jorge (São Simão e Luiz Antônio) e Rodovia Municipal Cap. José I. O. Silva (São Simão e Serra Azul).
Figura 8: Mapa das rodovias que dão acesso a São Simão-SP Fonte: Dados cartográficos Google, inserções elaboradas pela autora
Cine Oásis
Museu Alaur da Matta
Praça da Matriz
Theatro Carlos Gomes
Casa da Cultura Marcelo Grassman
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3.3 EQUIPAMENTOS CULTURAIS DE SÃO SIMÃO
Figura 9: Fachada do Teatro Carlos Gomes abril 2017
Teatro Carlos Gomes construído no final do século XIX em 1890. Um dos maiores patrimônios históricos/culturais da Região Turística da Alta Mogiana, o Teatro Carlos Gomes foi restaurado no ano de 2008 e recebe mensalmente peças teatrais, e eventos em gerais da cidade toda como formaturas, alistamento do exército, palestras e reuniões.
Fonte: Mielli, Samira. Arquivo Pessoal
Complexo Igreja Matriz de São Simão Apostolo e inaugurada no dia 03 de fevereiro de 1892. Caracteriza-se pelo teto pintado a mão, altar de grande valor artístico. O Altar foi doado pelos imigrantes italianos, construído por Marino Del Fávero e possui pinturas de Benedito Calixto****.
Figura 10: Matriz de São Simão-SP ,2016 Fonte: Arquidiocese de Ribeirão Preto- SP
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**** Pintor e artista plástico nascido em 14 de outubro de 1853. Considerado um dos maiores artistas da pintura brasileira do século XX
Casa da Cultura Marcelo Grassman Mantida pela Prefeitura e Tombada em 1978 (CONDEPHAAT). Sua casa é o último exemplar da arquitetura alemã do município, construída em 1905. Nela nasceu o artista Marcelo Grassman (25/09/1925), em 1978 a residência foi restaurada e se tornou a Casa de Cultura Marcelo Grassman. O local abriga 32 obras doadas pelo próprio artista e é local de exposições e atividades culturais, também está inserida no Circuito Artístico Alta Mogiana.
Figura 11: Fachada Casa da Cultura Marcelo Grassman abril 2017 Fonte: Mielli, Samira. Arquivo Pessoal
Museu Histórico Simonense Alaur da Matta, construido em 1923 tinha função de escola, e passou ser museu apenas em 1988, é uma das principais referências a cerca da cultura simonense, imigrante e arqueológica do Estado de São Paulo.
Figura 12: Museu Alaur da Matta, abril 2017. Fonte: MIELLI, Samira. Arquivo Pessoal
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4. LEVANTAMENTOS 4.1 HIERARQUIA VIÁRIA O Cine Oásis se encontra no centro da cidade, entre vias coletoras.
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A rodovia mais proxima que passa por São Simão é a Conde Francisco Matarazzo que da acesso a Santa Rosa de ViterboSP.
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A cidade possui poucas avenidas e a principal é a Avenida Simão da Silva teixeira que se extende pela cidade toda, exceto o bairro de Bento Quirino.
R.
A rua em que esta localizado é uma via local, por estar no centro de São Simão, durante o dia possui um fluxo de veículos médio para alto e durante o período noturno o fluxo é baixo.
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Legenda :
MI
Rodovia Conde Francisco Matarazzo Jr
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A
Fonte :Google Earth. Inserções inseridas pela autora
A
Figura 13: Mapa hierarquia viária
NSEC DA FO
Cine Oásis
ND
Via Locas ( Rua XX de Agosto ) Córrego mãos de trânsito
ODORO R. DE
Vias coletoras
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Avenida Simão da Silva Teixeira
4.2 USO E OCUPAÇÃO O uso é predominantemente residencial, o uso comercial é marcante na Rua Deodoro da Fonseca e na rua Expedicionários. Tem um uso institucional e cultural forte na área como teatro, casa da cultura, fórum, delegacia e etc. Observa-se de uma área grande verde, por vezes residenciais que são os quintais das casas ou terrenos que não foram utilizados ainda. O gabarito é predominantemente baixo, as casas e comérios possuem em sua maioria 1 pavivento, a cidade possui 1 predio de 3 pavimentos. Residencial Comercial Institucional
Cultural Área Verde Cine Oásis Figura 14: Mapa Uso e Ocupação Fonte :Google Earth. Inserções inseridas pela autora
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4.3 INSOLAÇÃO E VENTOS PREDOMINANTES A orientação e a direção dos ventos são elementos extremamente importantes para a concepção projetual. Visando que o sol nasce ao leste e se põe ao oeste, é necessário um estudo para saber qual a melhor forma de implantar novas aberturas no prédio.
Direção do Vento Sol
Cine oásis
Figura 15: Insolação e Vento Fonte :Google Earth. Inserções inseridas pela autora
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5. CINE OÁSIS
5.1 HIISTÓRIA De portas fechadas há 33 anos, o Cine Oásis de São Simão inaugurado em 1959, deixa lembranças até hoje como um protagonista na história de jovens e crianças na época que tiveram a oportunidade de conhecer e vivenciar o clima do cinema. Danilo Gullane lembra que o ano era 1982. O Brasil de Telê Santana havia perdido para a Itália de Paulo Rossi. Verdadeira tragédia nacional. O país estava no fim de uma cruel ditadura militar que se arrastava há anos. Os meus pais haviam acabado de se separar. O Cine Oásis, em São Simão, exibia Grease – Nos tempos da brilhantina. Eu tinha apenas seis anos e fui ao Cinema pela primeira vez. Passava em frente ao Cinema e ficava observando o cartaz exposto ao lado da bilheteria. “Censura Livre”. Pensava: “esse eu posso assistir”. Mas meus irmãos não queriam que eu fosse com eles. Bati o pé, fiz pirraça, chorei e enfim minha mãe os obrigou a me levarem ao Cinema. Foi a minha noite de estreia. Vesti a minha melhor roupa, passei gel no cabelo, comprei pipoca, frutella e entrei pelo tapete vermelho do Cine Oásis. Casa cheia, um intenso vozerio, um clima de flerte no ar que a minha ingenuidade de garoto não permitiu perceber. As luzes se apagaram. Silêncio. Eu precisava me esticar todo na poltrona para conseguir ver o que se passava na tela. “Isso ainda é o Trailer, quando começar o filme eu te aviso”, sussurrava meu irmão ao pé do meu ouvido. Os olhos vidrados naquela tela imensa não ousavam sequer piscar. Um mundo novo nascia para mim, um mundo à parte do mundo real em que vivia, um mundo lúdico em que a realidade se confundia com os sonhos a todo instante. John Travolta e Olivia Newton-John pareciam reais e ao mesmo tempo pareciam fazer parte de um grande sonho que eu vivia naquele momento. Cantavam e dançavam nas arquibancadas de uma escola na Califórnia dos anos 50 como se não existisse mais nada no universo além do Amor que sentiam um pelo outro. Tudo era perfeito. Nunca me esquecerei desse dia. O dia em que fui Figura 37: CineaoOásis 2017 Cinema pela primeira vez e me apaixonei perdidamente por ele.
Figura 16: Fachada Cine Oásis 2017 Fonte : MIELLI, Samira. Arquico Pessoal
Fonte: Mielli, Samira. Quando voltei a São Simão no ano seguinte para passar as férias, minha avó me disse que o Cine Oásis havia fechado. Fui correndo para lá. Ao lado da bilheteria ainda havia alguns cartazes de filmes. A porta fechada com um grande cadeado, um vidro quebrado, o tapete rasgado, uma latinha amassada de refrigerante no chão. Bateu uma tristeza aguda, daquelas que doem no fundinho. (GULLANE, Danilo curador do Festival de Cinema do Estado de São Paulo de 2010)
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Com a presente preocupação com a qualidade de vida urbana, equipamento cultural tem sido evidenciado como importantes ferramentas. O cinema apesar de ser uma arte mais recente que o teatro, se tornou extremamente importante em nossa sociedade e esteve presente nas ruas de muitas cidades ao longo do último século.
apresenta algumas problemáticas comuns a lugares abandonados, como abrigo a moradores de rua, infestação de animais como pombos e cupins, e vandalismo e isso piora, pois, a área do que está implantado o cinema é no centro de São Simão em uma área que há bastantes prédios públicos instalados
Figura 17: Fachada Cine Oásis 1965 Fonte: Arquivo Pessoal João Butoh
Esse trabalho visa a devolução desse equipamento as ruas, e a criação de uma nova conexão a partir de um novo conceito, formada a partir da junção de cultura e educação. Diante de tantos fatos que justificam os fechamentos das salas de cinema de rua, não podemos ignorar a memória da cidade. Revivendo a história, o contexto urbano e cultural. O cinema enfrentou momentos de perda de público que questionaram sua sobrevivência. Isto pode ser associado ao surgimento da televisão e, posteriormente, ao vídeo cassete e diversos outros equipamentos de mídia que oferece a liberdade de se assistir filmes no conforto de seu lar e a introdução das salas de cinemas em Shoppings Centers confirmou a decadência dos cinemas de rua no Brasil inteiro. A ideia da revitalização do Cine Oasis, surge com a possibilidade de se recriar um espaço permanente que abrigue todas as iniciativas de arte e cultura que a cidade e sua população possam vir a realizar. Com o prédio hoje em dia sem utilização nenhuma
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Figura 18: Rua XX de Agosto Fonte: MIELLI, Samira. Arquivo Pessoal
O Cine Oásis inaugurado no dia 11 e agosto de 1959 se localiza na rua XX de Agosto do lado da prefeitura no centro de São Simão, com uma arquitetura avançada para a época em que a cidade vivia, uma arquitetura simples do Moderno que se caracteriza pela volumetria marcada pelo jogo de formas geométricas, usa-se também a simetria, projeto simples mas grandioso, a arquitetura do edifico está diretamente ligado ao Pós Segunda Guerra Mundial assim como a década de 50.
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O anseio das cidades não só do Brasil mas do mundo em construir coisas novas e com características que demonstram inovação e o moderno demonstra isso o autor Paulo Raposo Andrade, 1998 em seu texto “ Uma outra cultura da modernidade” classifica o modernismo como manifestação arquitetônica que ocorreu em diversas cidades brasileiras, entre 1930 e 1955, com características mais ou menos homogêneas, distintas do ecletismo historicista do início do Século XX, e das experiências dos pioneiros do modernismo no Brasil.
Figura 20: Hotel São Simão Fonte: BUTOH, João. Arquivo Pessoal
O prédio do Cine Oásis foi construído por uma empresa com incentivos financeiros de dois sócios, Darcy Pedro e Umberto Boreli. Além de cinema o espaço superior tem um salão que tinha outro uso, que por muito tempo foi a Boutique de roupa Samira Geraigire Mielli Churrascaria do Gaúcho. Figura 19: Implantação Cine Oásis Fonte: MIELLI, Samira. Arquivo Pessoal
Essas edificações classificadas como modernas trazem uma associação entre a morfologia das fachadas e a produção arquitetônica da primeira metade do Século XX, pregava o abandono de adornos que lembrassem estilos passados, elevava o uso de formas retas como tratamento moderno, uso de novas tecnologias e inovação na planta, embora mantivessem as tradições de funcionamento interno.
O Cine Oásis foi um marco histórico cultural para a pequena cidade pacata de São Simão afetada por epidemias e má decisões políticas que impediram grandes desenvolvimentos no século XX, com a abertura do Cine Oásis os jovens da cidade tiveram um novo ponto de referência de lazer e cultura. Algumas matérias sobre o cine Oásis antes e depois da sua inauguração publicadas pelo jornal O Trabalho de São Simão, afiram uma esperança ansiedade em que a população depositava no novo Cine Oásis.
O Hotel de São Simão que teve sua construção iniciada em 1959, mesmo ano em que o Cinema foi inaugurado é o prédio que apresenta características mais próximas do Cine Oásis na cidade como mostra a figura 16:
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Com o progresso que vem experimentando nesses últimos anos, já se fazia sentir a necessidade de vir São Simão contar com um moderno cinema, já que o atual Cine Carlos Gomes não oferece aos seus frequentadores qualquer comodidade ao tempo que ali não oferece possibilidade de serem exibidos da maneira que se exige, os filmes que usam os mais modernos processos da cinematografia atual. Assim sendo, os srs. Darcy Pedro e Umberto Boreli, a exemplo do que vem acontecendo em várias cidades vizinhas, já estão dando início às obras do novo cinema de São Simão, o qual será localizado a rua XX de Agosto, entre o Tenis Club e o novo prédio da Delegacia de Polícia. Aqueles que passarem pelo local, poderão verificar os serviços que já estão sendo realizados, bem como os materiais já colocados para a execução das obras. A firma MARUM BY-CONTRUÇÕES, sediada em Santa Rosa de Viterbo, e que já construiu o cinema daquela localidade e mais recentemente o Fórum Estatual já tem o contrato assinado para execução dos serviços tendo sido previsto o prazo de 6 a 7 meses para a entrega do prédio. Sera dos mais modernos o novo cinema contando ainda com um magnífico bar que terá inclusive um grande salão na sua parte superior. Será sem dúvida um algo de muita importância na vida de nossa cidade esse prédio vem contanto com a colaboração indispensável de nosso povo, que de forma magnifica em mito pouco tempo subscreveu todas as cadeiras postas à venda em número de 50, e no valor de Cr$10.000 000 cada uma. (JORNAL O TRABALHO, São Simão, 13 de dezembro de 1958, edição Nº 2.715). Nas ruas, em casa ou em qualquer lugar da cidade a população só tinha um assunto: Cine Oásis. A população simonense estava encantada com a grandiosa obra, São Simão até então não tinha recebido obras desse porte. Os oito meses que durou a construção do cinema foram meses de ansiedade e muitas especulações. Figura 21: Matérias Publicados sobre o Cine Oásis no Jornal O Trabalho na década de 50 Fonte: MIELLI, Samira. Arquivo Pessoal. Recolhido no acervo museu Alaur da Matta
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Continuam em ritmo acelerado as obras do novo cinema de São Simão. Após a cobertura, já foi colocado o piso de tacos, instalados os aparelhos de ar, tendo sido iniciado o forro, por firma especializada vinda de São Paulo. Outra firma da Capital, dentro de alguns dias, dará início a pintura, sendo que a decoração já está sendo feita também. Como já é de conhecimento geral, a firma proprietária daquela casa de diversão adquiriu aparelho novos para serem instalados na cabine do novo cinema, e esses aparelhos deverão chegar em São Simão dentro de 15 dias, ficando com exposição para o público. Os que passam pelo local onde se ergue o novo cinema que terá nome de “Cine Oásis” notam ser ele um edifício de imensas proporções, construído com todo cuidado, nada faltando para conforto dos espectadores. Será sem dúvida alguma, uma casa de diversões moderníssima equiparando-se as melhores do Estado. Segundo tudo indica a inauguração do Cine Oásis, deverá ocorrer dentro de, aproximadamente dois meses. (JORNAL O TRABALHO, São Simão, 11 de junho de 1959).
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wTudo que se relacione com o progresso de São Simão, com o bem-estar dos simonenses, está intimamente ligado a nós. Sentimos todas suas vantagens, como sofremos todas as suas penas. Um fato que a ninguém poderia passar despercebido, nos com maior razão, o consignamos nestas linhas, eufóricos e exultantes. Trata-se da inauguração, 3º feira próxima, de uma moderna e confortável Casa de Espetáculos que se denominou “Cine Oásis”.
Construída bem no coração da Cidade, pela destemida força de vontade de dois jovens simonenses, oferece magnifica visão para os que nos visitam, melhorando sensivelmente o nosso urbanismo e propiciando aos moradores de São Simão uma Casa de Espetáculos a altura dos nossos fôros de Cidade. Neste relato, nós vamos entrar nas maravilhosas condições técnicas e no aprimorado bom gosto que norteiam a construção dessa Casa de Espetáculos. Desejamos, isto sim, traduzir aqui em poucas palavras o nosso reconhecimento pelo desassombro de dois jovens simonenses que se lançaram a luta para a conquista de um ideal, enfrentado dificuldades de toda natureza, sofrendo críticas de todos os matizes. Esses dois simonenses, se contrapondo a todos esses obstáculos, venceram terminando a obra magnifica que aí está para o orgulho de todos nós, mostrando aos desanimado ou vencidos o quanto valem a força de vontade e o desejo ardente de vencer. “Nova Era” registra com imensa satisfação a inauguração do <Cine Oásis> como fato auspicioso para a vida da cidade. Que o trabalho e as esperanças de Umberto e Darcy sejam compensados em um futuro próximo pela compreensão dos seus conterrâneos, que devem manter acesa essa tocha que vem alimentando o clima de progresso intenso que experimentamos nestes últimos anos. (JORNAL O TRABALHO, São Simão, 1959)
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Figura 22: Cine Oásis no dia de sua inauguração Fonte: Arquivo Pessoal Milton Fernandes
11 de agosto de 1959.
Finalmente no dia 11 corrente,terça-feira, inaugura-se o Cine Oásis. Magnificamente construído, apresentando belo estilo arquitetônico, e com todos os requisitos da técnica moderna, o Cine Oásis vem preencher uma lacuna que há tempo fazia-se sentir e dar a nossa cidade uma casa de diversões a altura de nossa civilização e progresso. Ao Darcy e Umberto aqui deixamos nossos louvores por tão louvável empreendimento. (JORNAL O TRABALHO, São Simão, 8 de agosto de 1959, edição nº 2.738) No dia 11 de agosto de 1959, o Cine Oásis foi inaugurado com algumas mudanças do seu projeto inicial, como a fachada Cinema que teve algumas mudanças, foram adicionadas mais portas, os ornamentos foram mudados e a janela da parte superior mudou de lugar e de modelo. A bilheteria e as colunas foram mantidas. No dia da inauguração foi um marco histórico para a população e para a cidade, o cinema teve lotação máxima e pessoas esperavam ao lado de foram os espectadores que saiam para contar como era o cinema e o filme. O cinema contava com uma doceira que até hoje é lembrada pelos simonenses.
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Figura 23: Fachada projeto inicial Fonte: MIELLI, Samira. Arquivo Pessoal
Em entrevista a autora, Cida Gosilil, moradora da cidade de São Simão lembra que o primeiro filme exibido foi “A Terra dos Faraós”, os cartazes dos filmes eram feitos por um pintor que vinha de outra cidade para realizar a arte feita de pintura a óleo, quando um novo filme era exibido a população se reunia e, frente ao cinema para ver a arte do cartaz.
Figura 24: Fachada projeto entregue Fonte: MIELLI, Samira. Arquivo Pessoal
Figura 25: Jornal Anunciando o filme Fonte: MIELLI, Samira. Arquivo Pessoal. Recolhido no acervo museu Alaur da Matta
O projeto foi disponibilizado pelo Departamento de obras da prefeitura de São Simão, e digitalizado pela autora. No Departamento encontrou-se apenas o projeto inicial, para fazer a digitalização do construído a autora foi no Cine Oásis e tirou medidas.
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Conforme noticiamos inaugurou-se terça-feira, no dia 11, o novo Cine Oásis. Constituiu um fato marcante no progresso de São Simão, pois, o prédio ora entregue ao público pela Empresa Boreli & Pedro é, por todos os modos, majestoso e completo em seus detalhes técnicos. Pelo clichê que acima publicamos verão os nossos leitores a grandiosidade da realização de dois simonenses que tudo fizeram para dota São Simão desse melhoramento. (JORNAL O TRABALHO, São Simão 15 de agosto de 1959, edição n°2.739). Além de muitos filmes que o Cine Oásis exibia ele também foi a casa do FESICA – Festival Simonense da Canção, em que todo ano fazia competições de canções dos jovens de São Simão e região, até hoje lembrada e muito comentada, a população anseia pela volta do Festival no cinema, já que hoje ele acontece no Ginásio de Esportes de São Simão. A estreia da FESICA no cinema foi em 1972, que durou até o fechamento oficial do Cine Oásis. Figura 26: FESICA –Festival Simonense da Canção Fonte: Arquivo Pessoal João Butoh
No 25 de maio de 1979 os proprietários do cine Oásis ameaçam fechar, mas a população da forças e a administração conta com mais uma ajuda de Eliseu Mielli, morador da cidade que entra como sócio proprietário investindo no cinema que continua aberto até o dia 24 de março de 1983 quando o Cine Oásis é fechado de vez como função cinema. Em entrevista realizada no processo de pesquisa Gilson Tamborini, simonense, lembra que em 1988 o prédio é reaberto, mas seu uso muda e da lugar a uma casa de shows eróticos na parte térrea e restaurante na parte superior, o funcionamento dura por pouco tempo, pois a população reclamava do espaço ter virado uma casa de shows eróticos no centro da cidade. Na metade dos anos 90 a Igreja Evangélica aluga o prédio que é utilizada por ela até os anos 2000, que ate hoje tem a pintura da igreja em sua fachada. Após a Igreja sair do prédio, ele nunca mais tem uso e é abandonado e comprado pela família Pupo residente de Dumont que compraram alguns cinemas de rua de Ribeirão Preto, a família não tem suporte financeiro para revitalizar os cinemas, inclusive não paga imposto sobre o prédio alguns anos, e cada dia que passa a dívida aumenta com a prefeitura.
Figura 27:Fachada com o Escrito: IGREJA DA GRAÇA DE DEUS
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Fonte: Mielli, Samira. Arquivo Pessoal
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5.2 TEORIAS DA RESTAURAÇÃO Hoje o prédio encontra-se abandonado e sem qualquer tipo de uso, a população de São Simão sente falta do antigo Cine Oásis, e tem lembranças boas da época. Uma revitalização traria de volta um espaço de convivência de cultura e lazer para a população pois remete a um conjunto de medidas que visam criar nova vitalidade, e dar um novo grau de eficiência em resumo, reabilitar e uma revitalização é de extrema importância para a história de valorização da cidade, segundo o primeiro artigo da Carta de Veneza que é o manifesto urbanístico resultante do II Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos dos Monumentos Históricos – ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios Escritório) de maio de 1964. Um monumento histórico estende-se por obras modestas, que tenham adquirido, com o tempo, uma significação cultural “ A noção de monumento histórico compreende a criação arquitetônica isolada, bem como o sitio urbano ou rural que dá testemunho de uma civilização particular, de uma evolução significativa ou de um acontecimento histórico. Entende-se não só às grandes criações, mas também às obras modestas que tenham adquirido, com o tempo, um significado cultural. ” (CARTA DE VENEZA, 1964, artigo 1º). É o caso do Cine Oasis, não é uma arquitetura de grande porte ou de muita qualidade de detalhamento, mas é a sua importância que a torna um monumento da cidade é sua bagagem cultural na população simonense. As recomendações da Carta de Atenas que serão utilizadas nesse trabalho será a manutenção regular e permanente; respeito a obra histórica do passado e os estilos que por ali passaram; emprego de materiais e técnicas modernas de modo adequado sem alterar o aspecto e o caráter do edifício. O tema desse trabalho Revitalização do Cine Oásis está relacionado a Patrimônio Histórico, Patrimônio Arquitetônico, Revitalização e Restauro, seja como estudos que determinam a importância histórica, arquitetônica e cultural de um edifício ou seja como medidas de intervenções de diversos níveis. A autora Françoise Choay em seu livro “Alegoria do Patrimônio” fala do patrimônio em que “ não se trata de apresentar, de dar uma informação neutra, mas de tocar, pela emoção, uma memória viva” (CHOAY, 2001, p.18)
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A situação em que edifício se encontra hoje merece um pouco de atenção por ser um prédio relativamente novo no mundo dos patrimônios históricos com 58 anos, o cinema apresenta problemas sensíveis na fundação, estrutura, problemas com mofo e preservação em geral como vidros, cadeiras, azulejos quebrados, por falta de manutenção e preservação. Devido sua importância histórica e até arquitetônicas medidas precisam ser tomadas, e essas medidas tem que serem discutidas e estudadas para um melhor projeto e melhores práticas de revitalização. Segundo a Carta de Veneza, decorre maneiras essênciais para restauro e conservação de um patrimônio “a conservação e a restauração dos monumentos visam a salvaguarda tanto a obra de arte quanto o testemunho histórico”, e “a conservação dos monumentos exige antes de tudo, manutenção permanente” (CARTA DE VENEZA, 1964, p. 2). As recomendações da Carta de Veneza também serão relevantes ao projeto como ênfase na autenticidade; técnicas modernas com comprovada eficácia e respeito as contribuições de todas as épocas. Cesare Brandi (1906-1988) autor e teórico da restauração diz que restauração deve ser compreendida como qualquer tipo de intervenção que permita recuperar a função de um produto da atividade humana. “A restauração deve visar ao restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, desde que isso seja possível sem cometer um falso artístico ou um falso histórico, e sem cancelar nenhum traço da passagem da obra de arte no tempo” (BRANDI, Teoria del Restauro, 1957.p. 33). As recomendações de Brandi que vão ser consideradas são que cada caso de restauro será um caso à parte e não um elemento de uma série; é incondicionalmente legítima a conservação das adições, é sempre um juízo de valor que determina a prevalência de uma ou de outra instância na conservação ou na remoção das adições; qualquer intervenções de restauro que facilite as eventuais intervenções futuras (reversibilidade). Baseado nos pensamentos dos teóricos o projeto de revitalização do Cine Oásis vai se complementando. As diretrizes para a revitalização já estão sendo formadas, começando pela estética externa do cinema, o projeto de revitalização tem como diretriz manter a fachada original do edifício pois
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é uma das suas principais qualidades e que até os dias atuais se mantem viva na memória da população como sendo a principal característica do edifício. A fachada apresenta alguns problemas como grafitismo, vidros e pisos quebrados e infiltração nas paredes que serão restaurados de acordo com sua qualidade. No interior do cinema há uma única sala de cinema grande que também se encontra em estado sensível, fissuras na parede que remetem problemas na fundação, o forro do edifício é quase inexistente, cadeiras e palco foram destruídos, a princípio será reforçado a estrutura, fundação e cobertura para assim dar início ao projeto de revitalização.
Figura 30: Fachada direita
5.3 PROJETO CINE OÁSIS
Figura 28: Fachada principal com caracteristicas do Modernismo.
Figura 31 : Fachada esquerda
Figura 29: Fachada posterior sem adornos e simples arquitetonicamente.
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Figura 32: Planta Baixa Térreo
Figura 33 : Planta Baixa Mezanino
Fonte: Disponibilizado pelo Departamento de obra da Prefeitura de São Simão-SP e digitalizado pela autora.
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5.4 VISITA TÉCNICA Foram feitas algumas visitas ao Cine Oásis para um melhor entendimento de como prédio se encontra em relação a sua qualidade e detalhes construtivos, incluindo a parte arquitetônica e de fundação. Alguns detalhes são de extrema importância para a revitalização do cinema, já que os elementos da fachada vão ser mantidos e restaurados. Figura 34: Letreiro do cinema em 1985 Fonte: FERNANDES, Nilton. Arquivo Pessoal
Figura 35: Fachada Cine Oásis 1959
Figura 36: Letreiro do cinema em 2017 Fonte: MIELLI, Samira. Arquivo Pessoal
Figura 37: Fachada Cine Oásis 2017 Fonte: MIELLI, Samira. Arquivo Pessoal
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Fonte: BUTOH, João. Arquivo Pessoal
O letreiro e o piso com o escrito Cine Oásis é um dos detalhes arquitetônicos mais delicados que tem na fachada, hoje em dia encontram-se em estado de abandono como mostra na figura 26. O material do letreiro são cobogos, que são utilizados nas janelas do pavimento terreo que foram destruídas por vândalos para conseguirem entrar no cinema. É um elemento de característica do Cine Oásis. Figura 38: Entrada do cinema em 1985 Fonte: FERNANDES, Nilton. Arquivo Pessoal
Figura 39: Entrada do cinema em 2017 Fonte: MIELLI, Samira. Arquivo Pessoal
Figura 40:Janela em cobogó mantida Fonte: MIELLI, Samira. Arquivo Pessoal
Figura 41:Janela em cobogó quebrada Fonte: MIELLI, Samira. Arquivo Pessoal
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O Cine Oásis desde sua inauguração em 1959 não recebeu nenhum tipo de reforma interna e externa, por isso não teve muitas mudanças. Apenas por falta de conservação pode –se observar vidros quebrados, vandalismo, eflorescência e etc.
Figura 43: Corredor Lateral Fonte: GARCIA. Luciana
Internamente o Cine Oásis esta em uma situação mais precária do que na parte externa. Fios elétricos, encamentos, portas, bacias de privadas, torneiras entre outras coisas foram roubadas. E por estar a muito tempo sem manutenção o imóvel sofreu com o tempo, a maior parte do forro do teto caiu e encontra-se fissuras nas paredes.
Figura 49: Destalhamento
Figura 44:Fissuras Fonte: GARCIA. Luciana
Figura 48: Porta Principal 2017
Fonte: GARCIA. Luciana
Fonte: MIELLI, Samira
Figura 42: Teto Cine Oásis 2016 Fonte: GARCIA. Luciana
Figura 45: Teto Cine Oásis 2016 Fonte: GARCIA. Luciana
Figura 46: Banheiro Fonte: GARCIA. Luciana
Figura 47: Sala de Projeção Fonte: GARCIA. Luciana
Figura 50: Infiltração na parte externa Fonte: GARCIA. Luciana
Figura 51: Pichação área externa Fonte: GARCIA. Luciana
5.5 PATOLOGIAS Figura 52: Planta baixa com identificações
As patologias internas e externas foram feitas com base nas visitas e nas imagens, assim reunindo os maiores probelmas encontrados Figura 55: PAREDE 3
PAREDE 2
PAREDE 4
PAREDE 3
PAREDE 1 Figura 53: PAREDE 1 Figura 56: PAREDE 4
Figura 54: PAREDE 2
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Figura 57: Patologia fachada frontal
Figura 58: Patologia fachada posterior
LEGENDA : Fissuras Pichação/ Vandalismo Colônia de microorganismo Figura 59: Patologia fachada esquerda
Portas e janelas de vidro quebradas Descolamento de pintura Eflorescências Fiação exposta Excrementos
Figura 60: Patologia fachada direita
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6. REFERÊNCIAS PROJETUAS
A importância de referências projetuais são inúmeras, pois contribuem com novas ideias e mostram como ficam após prontas. Serão apresentadas duas referências uma é o Cine Itaú Augusta que o edifício tem mais de 20 anos de história que antes era ocupado pelo Cine Majestic, a unidade da Augusta hoje ocupa um grande casarão, conhecido por Anexo que é composto por um jardim, café, livraria e outros. A outra referência é o prédio da RedBull Station que também se localiza em São Paulo, que é edifício revitalizado. Figura 61: Cobertura Red Bull Satation Fonte: Pedro Kok
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6.1 CINE ITAÚ- UNIDADE AUGUSTA Construído na década de 40, o imóvel abrigou o Cine Majestic a partir de 1947, foi um dos principais catalisadores da revitalização da região durante os anos 60. Na mesma década, o complexo foi reformado para abrigar um Cinerama – espécie de grande tela côncava para exibições especiais com até três projetores. Na década seguinte, chegou a ser fechado pelo Instituto Nacional do Cinema com a alegação de que não exibia filmes nacionais. Em 1993, com um patrocínio do Banco Nacional e da experiência de cineclubista, gastou R$ 1,5 milhão para reformar o espaço em 2008 se tornou do Itaú. O escritório METRO Arquitetos Associados que foi responsável pelo projeto do Espaço Itaú de Cinema Augusta em 2011.
Figura 62: Fachada Cine
Majestic anos 80 Fonte: Falda
Blog
Cinema
Figura 63: Sala de Cinema do Anexo Fonte: Archidaly
O projeto conta com três salas de exibição, cadeiras numeradas e capacidade para receber 624 pessoas. O Espaço também conta com uma área comum de todas as salas que é o espaço de convivência nos foyers, que tem uma grande mesa comunitária, onde as pessoas podem se reunir antes de das sessões. Além da qualidade estética o projeto é focado na flexibilidade, possível de ser implantado de forma rápida e com obras civis mínimas. Os espaços internos do cinema são tratados de forma para garantir que o fluxo seja desimpedido, facilitando a visualização e locomoção dos espectadores que frequentam o Cine Itaú. Além da referência de melhorias feitas no projeto e nos usos do antigo cinema, o Cine Augusta manteve sua fachada original, sem grandes mudanças, mas com reparos. O projeto de Revitalização do Cine Oásis manterá sua fachada original também.
Figura 64: Fachada Cine Itau 2011 Fonte: Archidaly
Figura 65: Fachada Anexo Cine Itau Fonte: Google Earth
Fora o espaço que pertencia ao Cine Majestic, ao atravessar a rua tem o Anexo do Cine Itaú, que estão instaladas a sala 4 e 5 e uma cafetaria. As referências desse projeto para o Cine Oásis são as múltiplas salas e suas tecnologias, com mais salas o cinema de São Simão poderá atender um público diverso e oferecendo o que tem de melhor na tecnologia atualmente.
Figura 67: Planta Baixa do Anexo Fonte: Archidaly
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Figura 66: Planta Baixa Cine Oásis Fonte: Archidaly
6.2 REDBULL STATION O Projeto é uma restauração e reforma de um antigo prédio da década de 20, antes ocupado pela companhia de energia Light, agora o Red Bull Station, o novo projeto arquitetônico da Triptyque um centro de artes e música. Situado na Praça da Bandeira, entre a Av. Nove de Julho e Av. Vinte Três de Maio o prédio foi inteiramente restaurado, seguindo os principais conceitos de preservação do patrimônio arquitetônico, assim como recebeu uma intervenção contemporânea arquitetônica afim de se adaptar às suas novas funções de espaço de fomento à cultura. Sua essência foi mantida e a beleza de seus elementos potencializada.
Figura 69:Implantação RedBull Station Fonte: KOK. Pedro 2013
Figura 68: Escada RedBull Station Fonte: KOK. Pedro 2013
A principal referência para o Cine Oásis é o uso do terraço e o elemento monumental de cobertura do prédio da Red Bull, que acompanha o visitante durante seu percurso. Este elemento contemporâneo começa a interagir com o público a partir do portão externo, recebendo o visitante como bilheteria e tornando-se também uma cobertura para entrada principal do espaço. Ela o acompanhará até a cobertura do prédio, onde flutua uma marquise metálica que chamamos de folha, um terraço coberto e um espaço expositivo. Inserção de novos elementos metálicos para programa de área externa (bilheteria, café), criação de nova escada metálica engastada na estrutura existente para circulação do novo programa. Criação de terraço sobre cobertura existente em steeldeck; nova cobertura em estrutura metálica apoiada sobre pilar metálico no terreno e outro pilar metálico sobre edifício existente.
Figura 71:Cobertura RedBull Station Fonte: KOK. Pedro 2013 Figura 70:RedBull Station Fonte: KOK. Pedro 2013
Novo sistema hidráulico e elétrico para atendimento do novo programa, com criação de áreas técnicas em cisterna subterrânea existente. Nova cobertura metálica concebida a fim de possibilitar captação de água pluvial e futura instalação de painéis fotovoltaicos. O projeto de restauração e reforma do Red Bull Station é a principal referência para o Cine Oásis, como forma de tratamento dos espaços e circulação, materiais utilizados e preocupação de manter o antigo no novo.
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Figura 72:Cobertura RedBull Station Fonte: KOK. Pedro 2013
Figura 73:Cobertura RedBull Station Fonte: KOK. Pedro 2013
7. O PROJETO Depois de conhecer o edifício e toda sua história incluindo a história da cidade em que está localizado, compreender um pouco sobre patrimônios e intervenções, chegamos ao ponto principal do projeto, a intervenção no prédio do Cine Oásis. O prédio é um patrimônio arquitetônico da cidade de São Simão, porém nunca recebeu conservação ou muito menos preservado. A partir daí surge a ideia de intervenção a esse edifício e a proposta de revitalização, trazendo de volta o uso de cinema, no segundo pavimento o Museu do Cinema e no terraço um espaço de convivência. A ideia para o interior do edifício foi pensada em atender as necessidades atuais da população, com mais interatividade em suas atividades e que o espaço vá além de cinema de rua.
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O salão das antigas exibições de filme será divido em 2 salas. A parte de cima terá um uso cultural com museu sobre a história dos cinemas na região e sobre o Cine Oásis, instrumentos modernos em que os visitantes consigam interagir com os equipamentos. O prédio tem uma vista privilegiada para a mais bela vista da cidade, que são os morros e o Cruzeiro, o projeto irá se adequar para aproveitar ao máximo essa vista. Os materiais e equipamentos internos serão todos modificados, trocados ou adicionados por materiais de novas tecnologias que ajudam na parte prática do funcionamento do cinema, como materiais que ajudam em uma boa acústica, iluminação e conforto. A revitalização vai ser adequar as normas de acessibilidade e normas de segurança que o prédio atual não se encontra dentro dessas normas.
Figura 74: Janela Cine Oásis 2017 Fonte : MIELLI, Samira. Arquico Pessoal
Muitos cinemas brasileiros já foram revitalizados e hoje possui uso público, como o Cine Itapuã de Brasília, Cine Olaria no Rio de Janeiro, Cine Cecomtur em Florianópolis, Cine Guararema, Cine Paramount em São Paulo, Cine Itaú na Augusta, Cine Belas Artes SP entre outros que foram revitalizados e hoje em dia fazem parte do lazer das cidades que estão inseridos.
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A área total em que o cinema ocupa incluindo o terreno é de 886 m², sendo 680 m² ocupada no térreo e 156 m² no pavimento superior.
7.1 O PROGRAMA
O edifício não passou por nenhuma reforma ou preservação, a ideia é manter a fachada original restaurando e modificando o que for preciso, como por exemplo uma rampa de acesso a cadeirante que não tem no projeto original e as aberturas. A ideia principal é trazer de volta o cinema e por isso é necessária uma nova estrutura dentro do edifício. A intenção é preservar e conservar a memória, e assim faz com que surja a necessidade de um lugar para um acervo de objetos, imagens e histórias do cinema, assim foi pensado o Museu no segundo pavimento. O MUCA- Museu de Cinema e Arte surge não somente como ideia de acervo, mas também como um local de mostras, exposições e oficinas. A cidade não possui um acervo só para isso. O MUCA vem para complementar o Cine Oásis de modo que a população interagir o antigo com o novo em um só lugar, agregando cultura e lazer. O salão será dividido em 2 salas de exibição com 80 lugares cada uma, para ter mais opções de filmes e horários. A ideia é tratar o cinema como um espaço público garantindo fluxos claros e desimpedidos, utilizar materiais com qualidade, resistência e durabilidade compatíveis com o uso intenso e que demandem manutenção mínima, utilizar preferencialmente tecnologias digitais como suporte de informação e tecnologia como facilitadora da experiência de entretenimento.
O programa foi elaborado a partir de observações de plantas e de projeto similares, visitas técnicas e pesquisa, pretendendo suprir todas as necessidades de um complexo de salas de cinema, museu e uma área de convivência. Para uma melhor compreensão ficou setorizado em três partes : Cinema, Museu e Terraço
A maior intervenção vai ser na parte interna do edifício, onde será restruturado e reformado de modo que atenda o programa. Os pilares estruturais desde a construção de 1959 foram mantidos, as paredes originais do cinema tem 30 cm de espessura o que facilita a acústica das salas do cinema.
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7.2 INTERVENÇÃO Com o foco na lembrança memorial da população do edifício e na volta do cinema para as ruas, a intervenção proporcionará ao usuário uma experiência distinta, espacialmente, visualmente e nas lembranças tanto para aqueles que frequentaram o Cine Oásis e quanto para os que já ouviram histórias. No projeto original do Cine Oásis, a topografia já tinha um desnível próprio para uma grande sala de cinema, na intervenção teve que se nivelar pois o foyer foi adicionado ao projeto e mais duas novas salas foram implantadas, e os desnível existe apenas dentro das salas de cinema com 7 metros. A estrutura do edifício original foi mantida, as paredes têm 30 cm de espessura e os pilares 30 cm x 30 cm em concreto, nenhum pilar estrutural foi adicionado ou retirado do projeto de intervenção. Na visita técnica ao Cine Oásis observou-se algumas fissuras não graves (menos de 0.05mm) geralmente causadas por retrações e dilatações da argamassa do reboco, essas foram reparas. As portas da fachada foram mudadas por portar novas, e novas janelas foram adicionadas em que todas as esquadrias dessas novas portas e janelas receberam a coloração vermelha com referência ao Brutalismo Paulista que acontece paralelo a construção do Cine Oásis em 1959, que é uma das mais marcantes tendências do panorama arquitetônico moderno, brasileiro e internacional. Os ladrinhos da escada bem característico do Modernismo foram mantidos e restaurados como os tijolinhos a vista da fachada. As escadas da fachada sofreram uma modificação por conta da NBR 9050 que é a Norma da Acessibilidade nas edificações, alguns degraus deram lugar a uma rampa de 2% de declive, quase imperceptível a mudança na fachada e não altera a característica do projeto. Figura 75: Ladrinhos em mosaico Fonte: MIELLI, Arquivo pessoal
Samira.
A inserção de novos elementos metálicos para o programa de área externa e acesso como a escada de metal lateral engastada na estrutura existente para a circulação e a sacada de metal projetada em cima da marquise (já existente no projeto original) são independentes do prédio, podem ser retiradas sem prejudicar estruturalmente o edifício. No mezanino as paredes existentes no projeto original que não eram estruturais foram retiradas o que proporcionou um grande espaço que vai ser utilizado para a exposição do MUCA- Museu de Cinema e Arte, uma passarela engastada a estrutura existente foi criada no mezanino para dar acesso ao acervo e a administração com divisórias em vidro e gesso acartonado. A escada interna do térreo dá acesso ao mezanino, outra forma de acesso é o elevador que fica ao lado da bilheteria e a escada lateral, que não precisa entrar no edifício para acessar. O Museu recebeu uma extensão, a marquise já existente no edifício recebeu uma estrutura metálica independente, essa extensão foi pensada para que o público do espaço pudesse admirar a beleza do morro de São Simão, a sacada implantada oferece um nova possibilidade de visualização da cidade e suas belezas, além de que é o prédio com o gabarito mais alto da vizinhança.
Figura 76: Vista do morro de São Simão Fonte: Prefeitura de São Simão- SP
Os banheiros foram mantidos nos mesmo lugar aproveitando a instalação hidráulica, e novos espaços de apoios foram criados como o café. As paredes existentes com pintura original na fachada foram tratadas com hidrojateamento e hidrofungantes. A utilização do terraço sobre cobertura em steeldeck para o cinema ao ar livre e eventos culturais para a contemplação da vista dos morros, e a criação de uma cobertura em estrutura metálica apoiada sobre os pilares de concreto do elevador.
Espreguiçadeira de pano com ferro foi escolhida para o mobiliário do terraço, por ser leve o público poderá mover com facilidade e o seu material permite receber sereno ou até mesmo chuva. No terraço vai ter uma área coberta em que o público pode se abrigar em caso de chuva ou muito sol.
Um novo sistema elétrico foi implantado para o novo programa no terraço, pontos de elétrica e iluminação embutidos no piso. A cobertura metálica com formato meio ondulado com referência aos morros da cidade possibilita a captação de água pluvial e futura instalação de painéis fotovoltaicos. O prédio do Cine Oásis foi renovado inteiramente, recebeu uma intervenção arquitetônica para se adaptar as novas funções. A essência permanece.
Figura 78: Espreguiçadeira de pano Fonte: BM estúdio Paula Bartorelli Ι Fabio Dias Mendes
Figura 77: SteelDeck Disponível em: https:// engenhariaeetc.wordpress. com/2015/06/14/steel-deck-tecnologia-de-lajes-mistas-que-dispensa-escoramento/. Acesso em 02 de novembro de 2017
A proposta de utilização do terraço é pra que o público tivesse uma nova oportunidade cultural. O cinema ao ar livre acontecerá nesse espaço do terraço, a tela de projeção e as cadeiras são móveis para que os espectadores decidam onde queiram assistir e como.
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Figura 79: Espreguiçadeira de Pano Fonte: BM estúdio Paula Bartorelli Ι Fabio Dias Mendes
8. DESENHOS ARQUITETÔNICOS
Figura 80: Plantas Arquitetônicas Disponível em: http://pontointerior.com.br/plantas-arquitetonicas-conheca-os-diferentes-tipos/ Acessado em 18 de outubro de 2017.
As plantas e desenhos arquitetônicos são fundamentais para o melhor entendimento do projeto. Serão apresentados nesses capítulo : Implantação, fachadas, planta baixa do térreo, mezanino, terraço, cortes e desenhos em 3D.
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IMPLANTAÇÃO
RU A RO DO LF O RUA XX DE AGOS TO
A
ND
RA
MI
TO
GOS DE A X X RUA
Figura 81: Implantação Fonte: Google Earth, inserções feita pela autora
ESC 1:200
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68 N
3
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PLANTA TÃ&#x2030;RREO
8 15
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N
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CIRCULAÇÃO CADEIRANTE
Para se enquadrar a Norma ABNT NBR 9050, foi preciso adaptar as circulações do edifício, começando pela entra em que a escada original foi modificada para dar lugar a uma rampa de acesso. Ao laso da bilheteria tem o elevador que acesso ao mezanino e ao terraço e tem uma rampa que leva ao foyer e as salas de cinema.
PASSAGEM CADEIRANTE ESC 1:200
N
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PLANTA MEZANINO
7
6,5
10
3
O Mezanino que vai dar lugar ao MUCA- Museu de Cinema e Artes foi ampliado e criado uma extensão que será a escada. Do mezanino terá uma visão para o foyer,para a rua e para o morro. O acervo e a administração do museu fica nomezanino também.
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11
N
70
10
PLANTA TERRAÇO
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O terraço foi pensando em uma forma em que ele fosse útil, tanto para o cinema ao ar livre quanto para eventos que podem ocorrer nesse espaço, ele possui uma instalação elétrica e de iluminação embutida em diversos pontos o que leva a mobilidade do lugar, o mobiliario do local é movél também.
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N
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4
5
7
3
PLANTA CORTE AA
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CORTE A
CORTE BB
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CORTE B
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CORTE BB
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FACHADA PRINCIPAL
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FACHADA FRONTAL
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FACHADA LATERAL
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FACHADA LATERAL
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84
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88
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9. DETALHAMENTOS
9.1 SALA DE CINEMA Uma boa acústica e um bom dimensionamento de uma sala de exibição de filme, é fundamental para seu pelo funcionamento e conforto dos espectadores. A associação Brasileira Cinematográfica, desenvolveu um projeto de recomendações técnicas que auxiliam na hora de projetar uma sala de cinema. Esse parâmetros, assim como também a Norma Técnica NBR12237 (1992) “Projetos e instalações de sala de projeção cinematográfica” e outras NBR como a de conforto térmico, a de acústica, de iluminação e acessibilidade foram levados em conta para o desenvolvimento dos projeto das salas de cinema. Para de definição dos materiais de acabamento foi utilizada a tabela de Coeficiente de absorção acústica, presente na NBR- 1279, adotando-se para frequências de (c/s) o valor da tabela correspondente a coluna de 500 Hz( usual para esse tipo de cálculo). Figura 82: Simulação Sala de Cinema Disponível em: http://www.ma10.com.br/2017/05/10/ edital-garante-instalacao-de-salas-de-cinema-em-municipios/. Acessado em 13 de outubro de 2017.
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O Tempo de Reverberação é determinado a partir do volume da sala, das áreas da superfície e dos materiais aplicados nas mesmas. Na tabela, foi quantificado os materiais , sua área de influência e multiplicada por a (absorção) na frequência de 500Hz. Pode-se obter então o a total (absorção total) que foi utilizada para calcular o tempo de reverberação da sala, adotando-se a Fórmula de Sabine
MATERIAIS/ CÁLCULOS SUPERFÍCIE
MATERIAL
ÁREA/Nº
α• (500 Hz)
Ax α
Reverberação Fórmula de Sabine TR = 0,161 X V Absorção Total TR= 0,161 X 310,804 827 TR = = 0.42
70 Volume = 827 m³ Tabela 1 : Dados para cálculo Fonte: Desenvolvido pela autora
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Absorção Total = 310.804
Gráfico : Tempo de Reverberação 500 Hzx Volume da Sala (m³) Fonte: ABC (2010)
Para o estudo de reverberação em salas cinematográficas, se utiliza o gráfico ao lado onde é feita uma relação entre o tempo de reverberação encontrado e o volume da sala. Sendo o TR ótimo para essa situação entre 0.4 e 0.6s.
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REVESTIMENTO DO TETO EM ILLTEC PERFILADO 25/35MM NA COR CINZA
PORTA ACÚSTICA CORTA FOGO
REVESTIMENTO DAS PAREDES EM ILLTEC PERFILADO 25/35MM
CARPETE TIPO FORRAÇÃO NA COR CINZA
9.2 ESCADA LATERAL A escada lateral foi implantada para facilitar o acesso ao mezanino e ao terraço, e assim os frequentadores não se vêem obrigados a entrarem no Cinema para acessar a cobertura e ao Museu. A escada foi pensada em uma estrutura que não afetasse a estrutura original do Cine Oásis e que pudesse ser independente do edifício. O primeiro ponto pensado foi o material e acabou decidido o metal, pelo peso e pela resistência. A estrutura é de VIGA H, que também é de metal e totalmente versátil , tem grande resistência sendo apta para suportar elevadas cargas além de ser um material leve. Os pilares em que as vigas H são encaixados é de conreto já que esses pilares se localizão na parede. Figura 84: Estrutura em viga H Fonte: METAFER
Figura 83: Mostra como a escada é apoiada no chão, o metal é parafusado. O mesmo acontece com a viga H que é parafusada na parede. Com esse tipo de encaixe é possível retirar a escada quando for preciso. Fonte: METAFER
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Figura 85: Metal utilizado na escada Fonte: MARKET PLACE
VIGA H
VIGA H PILAR DE CONCRETO
PILAR DE CONCRETO
ESCADA D METAL
9.3 REFORÇO MARQUISE Para que se pudesse criar essa sacada apoiada na marquise já existente para um extensão da sala de exposição e também para o contemplamento da vista dos morros foi feio uma estrutura metálica reforçada uma viga foi implantada em baixo da marquise e atirantada or 2 cabos de aço. É umas estrutura independente do edifício que pode ser retirada quando preciso, e não afeta a estrutura original do projeto.
9.4 ABERTURAS As portas basculantes foram escolhidas para compor a fachada do Cine Oásis nas aberturas onde ocorre a saída dos espectarores do cinema, elas possuem facilidade para abrir e fechar. AS portas são de perfis aço galvanizado, o que aumenta a resistências e proteção contra enferrujamento. O seu funcionamento é simples , são acionadas automaticamente com auxíwlio de botoeiras. Figura 86: Barra de Aço Galvanizado Fonte: AÇO SINTER
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Figura 87: Porta Basculante Instalhada Fonte: COBMETAL
PORTA CAFÉ
PORTA ENTRADA PRINCIPAL
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O modelo de porta escolhida para o Café é uma porta de vidro com esquadrias de ferro. O vidro foi utilizado para tornar possivel o contato visual do interno para o externo e vice e versa
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Esse modelo de porta foi inspirado na porta principal antiga do Cine Oásis, porém dando mais aberturas de vidro para ficar um visual mais limpo. Os materiais são de vidro e ferro.
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JANELA LATERAL
PORTA
80
A janela toda de vidro com esquadrias de ferro foi pensada para a iluminação do Foyer e pelo diferencial arquitetônico do prédio.
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Porta de correr de vidro foi implantada ao mezanino para a continuidade da sala de exposição. O vidro possibilita a netrada de luz natural ao edifício.
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10. BIBLIOGRAFIA
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