Revista Empresa Familiar - Ypióca by Samira Lopes

Ano I - número 4 Julho/Agosto

Case:

Universidade Corporativa: Saiba porque elas estão crescendo no Brasil

Programas de qualificação e desenvolvimento Entrevista com Sheila Madrid Saad

Mulheres na sucessão familiar: mais uma opção para a perpetuação do negócio

Revista Empresa Familiar Edição Bimestral Ano I - número 4 Agosto - Setembro

APOIO

Diretor Geral: Domingos Ricca ricca@empresafamiliar.com.br Conselho Editorial: Domingos Ricca Sheila Saad sheila@empresafamiliar.com.br Roberto Secco roberto@empresafamiliar.com.br Sandra Inácio sandra@empresafamiliar.com.br Thatiana Ricca thatiana@empresafamiliar. com.br Responsáveis pela Revista: Paloma Moreira paloma@empresafamiliar.com.br Priscila Souza priscila@empresafamiliar.com.br Projeto Gráfico Paloma Moreira Priscila Souza Web Designer Julio Ricca julio@empresafamiliar.com.br Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da revista.

Índice Seções Correio

Onde você pode enviar Sugestões de matérias e dúvidas

Carta ao Leitor

Introduzimos o que você irá ler na revista

Coluna DS Consultoria A qualificação e treinamento para o sucessor

Case

Terapia Ocupacional- Contribuições para a saúde de sua empresa por Mariana Pietro e Mariana Fultaro

O trabalho e as novas profissões na internet por Dailton Felipinu, da e-commerce

Planejamento estratégico de Marketing para pequenas e médias empresas por Marcos Eduardo

Mulheres na Sucessão Familiar

Ypióca saiba como se produz a aguardente, e os outros segmentos em que a empresa está inserida

19 - 24 O crescimento das Universi26 dades Corporativas Entrevista com Sheila Saad

Marketing verde por Leonardo Aureliano da Silva

Lua de Mel é no Caribe

Correio

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Coluna DS Consultoria A cultura familiar e seus reflexos no processo de sucessão e profissionalização nas empresas familiares Por Domingos Ricca

xiste uma cultura estabelecida em cada organização. Este é o DNA da empresa definido pelos valores mais profundos do fundador. A cultura organizacional é um conjunto de posicionamentos que se traduz em seus valores ou crenças fundamentais e em sua postura diante de funcionários, do mercado e da comunidade em que esta unidade de negócios está inserida. Em qualquer organização, padrões aceitáveis de comportamento são desenvolvidos ao longo do tempo e ensinados como a forma correta de pensar, perceber e sentir. Quando a família está envolvida na empresa, esses padrões dependem fortemente dos processos emocionais dos familiares: a cultura da família acaba se tornando a cultura da empresa e a estrutura (hierarquias, autoridades, responsabilidades) e os papéis na família (o filho com mais poder, por exemplo) transbordam para o ambi-

entedos negócios. As crenças (natureza humana, justiça, igualdade etc.) são os aspectos menos visíveis de uma cultura organizacional, e os artefatos (decoração, uso do tempo e do espaço), os aspectos mais visíveis. Acredita-se que, mais forte até do que as crenças de uma organização familiar são os processos emocionais inerentes a esse tipo de empresa. Para poder desenvolver o processo de profissionalização e uma sucessão eficaz, é necessário fazer uma análise profunda sobre a cultura da empresa e as interveniências dos valores da família na organização, a saber: a) Toda cultura tem seus

valores relacionados a dinheiro, o poder, o prazer, o êxito e a eficácia – É imprescindível entender como a família assume tais valores e os transporta para o dia-a-dia na empresa; b) A cultura em uma empresa é refletida na forma como a mesma conduz sua estratégia, define sua estrutura de responsabilidades e estabelece seus sistemas de direção; c) Suas forças mais básicas são a unidade e o compromisso dos integrantes da família que trabalham na empresa – Se houver conflitos desagregadores ou disputas pelo poder, a empresa começará a perder competitividade. Pensando no sucesso, a

Coluna DS Consultoria empresa familiar levaria funcionando como uma geração precisam ser fruuma interessante vancobertura econômica e to da trajetória de vida tagem uma vez que sua política. dos herdeiros e tendo “familiaridade”, ou seja, Embora os fatores posicomo base, os contoro recurso intangível retivos inerentes à cultura nos familiares. Para isso sultante do envolvimento determinem o sucesso é necessário que aquele familiar lhe confere imde uma empresa familiar, que assumir o comando portante diferenciação de há necessidade de estada família, encarne os vaseus concorrentes. belecer critérios que aulores que a segunda geraDesde meados da décamentem a longevidade ção descobre na primeira. da de 1980, o campo de corporativa e que miniO filho que assumir a estudos em empresas famize a mortalidade orgagestão da empresa demiliares evoluiu signifinizacional. verá representar mais cativamente no entendiNão se pode negar, que claramente os valores da mento de que tanto família, que normala composição orgamente são: trabalho O fundador cria uma nizacional como as duro, comprometiempresa a partir de um capacitações de emmento com o sucessonho pessoal e chega ao presas familiares são so do negócio, confidiferentes das nãoança dos familiares, fim da vida com dificulfamiliares. O negóperseverança. Acima dade de compartilhar cio familiar tem sido de tudo, o referenos seus valores e sonhos descrito como um cial de valor do funambiente de trabalho dador e que deverá com a segunda geração. único, que inspira ser conduzido para um maior cuidado e as gerações futuras lealdade dos funcionários fundadores dos negócios é o peso de sua PALAos. As relações familiares familiares desenvolveram VRA – quando a palavra é podem gerar motivações suas empresas por meio empenhada não há nada não usuais, estimular uma de trabalho árduo e carque possa alterá-la. Esta melhor comunicação (pela acterísticas de personalié uma marca deixada não linguagem da família) e esdade que impulsionaram somente na empresa, tabelecer maior confiança. seus empreendimentos, mas uma identificação Adicionalmente, o processo entre elas o carisma e a percebida pela sociedade. decisório seria mais rápido liderança, que dificilmente A tarefa do fundador por estar centralizado nos é transferido para seus é desenvolver uma membros da família, e herdeiros. ideologia estável e geraria menores custos de O fundador cria uma emcoerente. Essa é a base transação. Por fim, haveria presa a partir de um sonho para a construção de ainda a questão do eventual pessoal e chega ao fim da uma sólida hierarquia prestígio e reputação vida com dificuldade de de valores que nortearão do nome da família na compartilhar os seus vaas gerações futuras e região de sua atuação lores e sonhos com a seperpetuarão os negócios ou, em alguns casos, no gunda geração. familiares. próprio país de sua sede, Os sonhos da segunda

Carta ao leitor

O sonho do pai nem sempre é o sonho do filho, mas e se o

sonho do pai for o mesmo da filha? Sabemos que o processo de sucessão é um momento delicado e muitas vezes decisivo para o futuro da empresa. Foi seguindo essa linha de raciocínio que preparamos para esta edição da Revista Empresa Familiar uma reportage especial sobre sucessão feminina. Domingos Ricca, especialista em consultoria de empresas familiares explica quais as vantagens e desafios que as herdeiras podem encontrar frente a decisão de perpetuar o negócio da família.

Trazemos também nesta edição uma entrevista exclusiva com

Sheila Madrid Saad, responsável pela área de Recursos Humanos e Treinamentos da Ds Consultoria e professora da Universidade Mackenzie. Nesta entrevista Sheila explica como funciona os programas de qualificação e desenvolvimento voltados para empresas familiares.

Não podemos deixar de citar o case da Ypioca, a empresa de

destilados que está a mais de um século no Mercado. Nesta matéria convidamos, você, leitor à fazer uma viagem no tempo e descobrir como se produz a aguardente em sua forma mais artesanal.

Boa leitura!

Revista Empresa Familiar Paloma Moreira e Priscila Souza

Informe Publicitรกrio

Os benefícios da Contribuições da Terapia Por Mariana Fulfaro e Mariana Pietra

tualmente, muito tem se falado em adoecimento no trabalho e no alto número de funcionários que se afastam dele por esse motivo. Em 2008, a Organização Internacional do Trabalho estimou que o número de trabalhadores afastados devido a novos casos de doenças ocupacionais, como tendinites e hérnias de disco, era de 160 milhões. Contudo, além das já conhecidas LER/DORT, também é possível desenvolver problemas ligados à saúde mental. O trabalho tem papel central na constituição da identidade individual e possui implicação direta nas diversas formas de inserção social dos indivíduos. Ele pode ser visto como fundamental na constituição das redes de relações sociais e trocas afetivas e econômicas, base da vida cotidiana das pessoas. Quando algo vai mal nesse campo as conseqüências podem ser sérias, pois se inicia um ciclo vicioso de sofrimento, que se reflete diretamente em outras áreas, como o relacionamento com a família e amigos, e, principalmente, na saúde. Entender a influência da organização de sua empresa na qualidade de vida de seus colaboradores é fundamental para a intervenção precoce em situações que possam levar ao adoecimento. A Terapia Ocupacional é uma profissão da área da saúde que cuida para que as pessoas possam realizar

suas atividades diárias, como trabalhar, fazer compras e sair com a família com independência e autonomia. Se alguém tem tendinite e não consegue tratá-la, suas atividades serão afetadas. Como um arquiteto com dor conseguirá fazer seu projeto com qualidade? Ou ainda, como uma secretária fará suas tarefas se ela passa o dia em uma cadeira que a machuca? A atuação da Terapia Ocupacional em saúde do trabalhador se dá por meio da observação e investigação da rotina, organização e problemáticas ligadas ao ambiente de trabalho. Esses profissionais buscam em sua prática, prevenir e reabilitar possíveis adoecimentos e acidentes relacionados ao trabalho, criando

Mariana Fulfaro

terapia ocupacional Ocupacional para sua empresa condições seguras para o retorno de colaboradores afastados, realizando inclusive reabilitação profissional quando necessário. Para isso, utilizam recursos terapêuticos próprios para recuperar ou potencializar as capacidades que foram diminuídas devido ao acidente, à doença ou mesmo ao processo de afastamento. O terapeuta ocupacional analisa a atividade em relação aos aspectos cognitivos, psicossociais e físicos, como os fatores biomecânicos de postura e possível repetitividade gerada pela função. Avalia também os mobiliários, equipamentos e maquinários adequados para a tarefa desenvolvida, respeitando as noções antropométricas e anatômicas de

cada funcionário. Se sua empresa ainda não conta com esse especializado profissional, nem tudo está perdido. Uma estratégia que pode ser adotada para assegurar minimamente a qualidade de vida de seus funcionários é estimulá-los a fa zer projetos de vida, ter planos. Além disso, é importante respeitar horários de almoço, descanso e folgas, encorajando-os também à prática de atividades físicas. Já quando há afastamento devido alguma doença, receber apoio das chefias e dos colegas é fundamental. Nesses casos, as pessoas sentem-se como se tivessem sido pinçadas da vida, como se ela parasse, sentindo-se impotentes. Saber que o lugar delas no trabalho está seguro e que serão bem recebidas quanto retornarem contribui até mesmo para seu processo de recuperação. Dra. Mariana Fulfaro, é terapeuta ocupacional pela USP com pós graduação em geriatria e gerontologia. Tem experiência em saúde do trabalhador e implantação de programas de qualidade de vida no trabalho. mari.fulfaro@gmail.com marianaterapeutaocupacional.com Dra. Mariana Pietra, é terapeuta ocupacional formada pelo Centro Universitário São Camilo, idealizadora e presidente do site CASA da T.O (www. casadato.com.br). Realiza atendimento domiciliar em Terapia Ocupacional (www.todomiciliar.com.br).

Mariana Pietra

O trabalho e as novas Por Dailton Felipini

s inovações tecnológicas, como é o caso da Internet, trazem mudanças profundas na sociedade do ponto de vista social, cultura e econômico, particularmente, nas relações de trabalho e emprego. Antes de qualquer coisa, é preciso eliminar o mito de que novas tecnologias geram desemprego. O que ocorre não é a eliminação de postos de trabalho, mas sim a mudança no tipo e na qualificação da vagas disponíveis.

O trabalho operacional repetitivo passa a ser realizado eletronicamente e surgem novas necessidades de trabalho de maior valor, com maior exigência de conhecimento. Um exemplo é a funcionária que passava o dia todo digitando faturas e notas fiscais. Essa atividade passou a ser realizada eletronicamente e a profissional se reciclou por meio de cursos para realizar outras tarefas mais qualificadas por meio do computador. Além disso, a tecnologia faz surgir atividades e profissões totalmente novas. É o caso das profissões da Internet, algumas tão inusitadas que novos nomes tiveram que ser criados para representá-las, como: desenvolvedor web, web-designer, web-writer, especialista em redes sociais, entre inúmeros outros. Outra questão impor-

tante é o fato da tecnologia da Interner facilitar imensamente a terceirização e a indivi dualização do trabalho, abrindo novas oportunidades para profissionais prestadores de serviços.

A Internet facilita imensamente a terceirização e a individualização do trabalho, abrindo novas oportunidades para profissionais prestadores de serviços

É o caso de um jornalista, ex-funcionário de uma empresa de comunicação, que se tornou um prestador de serviços para seu ex-patrão e diversas outras em presas, passando a produzir não por um salário e uma carteira assinada, mas sim por um ganho negociado em troca dos serviços prestados.

Foto de: Divulgação

profissões da internet

E faz Isso, trabalhando a maior parte do tempo no conforto de sua casa e interagindo com o mundo por meio da Internet. O fato é que tecnologias como a Internet, alteram não somente a maneira de executar o trabalho, mas também ampliam as formas com as quais esse trabalho passa ser realizado. Sem as barreiras do injusto ônus pago pelo gerador de emprego a um estado obeso, sem os limites geográficos do mundo físico e com enorme produtividade e

Dailton Felipini é Mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas. Consultor e Professor de Planejamento e Gestão de Empresas Pontocom na Universidade Ibirapuera.

agilidade. Que os empregos tendem a desaparecer é uma realidadeo, mas isso não significa absolutamente o fim do trabalho, afinal, um emprego é apenas uma das maneiras de se executar um trabalho em troca de remuneração. O que conhecemos hoje como emprego tende a ser substituído por outras relações mais inteligentes, mais produtivas, menos onerosa para o contratante, e, principalmente muito mais recompensadora e gratificante para o contratado.

O eommerceOrg é o maior e melhor site de conteúdo sobre e-commerce da Internet brasileira. Foi criado em 2001 e desde então foi escolhido pelo Google como o site TOP 1 nas buscas para a palavra e-commerce, e inúmeras outras palavras relacionadas ao e-commerce. Acessem: www.e-commerce. org.br

Planejamento estratégico de marketing Por Marcos Eduardo

Quem somos? Onde estamos? Onde queremos chegar? Como chegaremos lá? Em quanto Tempo? Com que Recurso?

sso mais parece uma conversa de maluco, de doido não é? Pois bem, enganam-se quem concordou com essa afirmativa. Mas é assim mesmo que se deve pensar em uma decisão estratégica.

Planejar é tomar decisões. É prever no presente o que vai acontecer no futuro. É uma atividade mental. É pensar antes de fazer. Implica em definir objetivo, qualificar metas, determinar prazos e selecionar recursos.

Ao se elaborar um Planejamento Estratégico podem-se citar como benefícios onde: .Agiliza decisões .Melhora a comunicação . Aumenta a capacidade gerencial para tomar decisões

Pense na sua empresa:  Quais os principais desafios do seu segmento?  Qual o valor que seu cliente vê em seu negócio?  Como garantir um cliente fiel?  Como fazer com que seu cliente não se esqueça da empresa?

Planejar significa realmente se conhecer. Conhecer seus ideais e seu destino. Com a rotina, muitas vezes no ambiente empresarial ficamos sem direções, e muito se deve aos nossos superiores que nos delegam tarefas que nem eles mesmos sabem qual o objetivo.

.Promove uma consciência coletiva .Proporciona uma visão de conjunto .Maior delegação .Direção única para todos .Orienta programas de qualidade .Melhora o relacionamento da organização com seu ambiente interno e externo

para pequenas e médias empresas

Pode-se notar assim a importância de se planejar, de ter um caminho ou uma diretriz das atividades para que sua empresa não fique andando em círculos e atirando para todos os lados sem ao menos saber em quem ou em que atingir. Muito nos entristece ver uma empresa ou uma organização mal administrada ou mal planejada. Vejamos o exemplo do fatídico dia 02 de Julho de 2010: Eliminação da Seleção Brasileira da Copa na África do Sul.

Notamos ali, uma verdadeira aula de não se planejar. Entramos em campo, e no primeiro tempo nossos jogadores arrasaram o seu adversário (concorrente, mercado) onde tudo dava certo, fora o nervosismo (comum em qualquer empresa que se destaca) nossa empresa estava ali, trabalhando, vendendo e dominando seu mercado. Seus concorrentes estavam la atrás, não se dava tanta importância a eles. Após uma pequena pausa deu-se o apito para começar o segundo tempo e os nossos jogadores pareciam ter entrado com a nítida impressão de que o jogo já estava ganho, como no primeiro tempo, onde tinham conseguido dominar o seu concorrente. E deu no que deu. O desespero e a falta de motivação do seu líder, os passes errados, a falta de iniciativa de uns gerou um grande buraco no meio de campo e por fim um “bater de cabeça

dos nossos jogadores”. Resultou na eliminação da seleção da copa e o sonho do Hexa. Assim também se pode verificar nas nossas empresas e com os nossos funcionários. Se não tomarmos a frente e ficarmos com os olhos bem abertos em todo o processo de planejamento corremos o sério risco de ficarmos também com as mãos fora da taça. E olha que, para muitos, esperar mais quatro anos para tentar ser campeão já se estará comendo grama há muito tempo.

“Senão tomarmos a frente e ficarmos com os olhos bem abertos em todo o processo de planejamento corremos o sério risco de ficarmos também com as mãos fora da

Por Paloma Moreira

las possuem o dom de dar a luz. O poder de amamentar. Amadurecem mais cedo. São muito sensíveis. Preferem agir com a emoção ao invés da razão. Lutaram por igualdade queimando o próprio sutiã. As conquistas aconteceram através de um longo e lento processo e com todos esses valores elas ganharam uma data só pra elas: o oito de março, Dia Internacional da Mulher, data que representa todas as conquistas e méritos do “sexo frágil”. Ao longo da história muitas mulheres marcaram época no cenário mundial, mas foi somente a partir dos anos cinquenta que as seguintes décadas foram marcadas por lutas por igualdade e justiça. E mesmo hoje, apesar de as mulheres ocuparem cargos de alto padrão como a presidência da República e de os movimentos feministas estarem praticamente

Foto de: Divulgação

Mulheres na Sucessão Mulheres na

extintos, as mudanças no cenário econômico e empresarial existem, ainda que de forma sutil. A história das empresas familiares no Brasil é vasta, talvez tão longa quanto a própria história do país, já que o início foi marcado pelas empresas rurais adquiridas por doação dos senhores feudais, em uma época em que se subdividiam as capitanias hereditárias, antes do nascimento da indústria. Porém o surgimento da presença feminina na sucessão

familiar é recente. E mesmo sendo uma das principais fontes geradoras de emprego no país, com dois milhões de empregos diretos e participação significativa no PIB brasileiro (segundo o BNDES as empresas familiares representam 34% da indústria) as mulheres entraram no ramo sucessivo como herdeiras dirigentes à apenas 15 anos. Um dos maiores empecilhos dentro das corporações é o processo de sucessão, normalmente porque o pai (fundador)

Foto de: Divulgação

de Empresas Familiares Sucessão Familiar idealiza a perpetuação do seu negócio, do qual dedicou dias e noites da maior parte da sua vida, o fundador não quer que sua empresa venha a falecer e seja enterrada junto com ele, o conflito entra quando o sonho do pai não é o mesmo sonho do filho, mas e se o sonho do pai for o mesmo de filha? O especialista em profissionalização e sucessão de empresas familiares, diretor e sócio da DS Consultoria, prof° Domingos Ricca, acredita no potencial das herdeiras no processo de sucessão familiar. “Hoje as filhas estão incluídas no processo preparatório e por terem uma maior afinidade com o pai (fundador) acabam pegando um jeito com a gestão, entendendo sua liderança e carisma, na importância do processo de perpetuação da empresa. Tem mais tato, sensibilidade para lidar com os problemas de divergências familiares no processo sucessório, tem o lado c mais paternalista também como o próprio fundador.” Ricca explica quais

Mulheres na Sucessão Familiar os aspectos positivos que uma alma feminina pode oferecer na gestão de uma empresa familiar. “A sucessora tem a imagem do pai como o herói de sua vida na empresa ela consegue gerir com uma facilidade maior, pois consegue entender a cultura e o valor da empresa. Sabe o poder da credibilidade e da palavra por ter uma convivência maior com o fundador” A intuição e sensibilidade para as decisões são aspectos femininos que se reforçam baseados nos ensinamentos que ela viveu na empresa enquanto filha que ficava com o pai.” Assim como qualquer mulher inserida no mercado de trabalho, as herdeiras encontrarão empecilhos no caminho do sucesso profissional, entre eles está à dúvida de como se comportar, já que os aspectos sociais e culturais reforçam o estereótipo masculino como lideres corporativos, conflitos entre papéis e relacionamentos interpessoais. Em um estudo com 91 mulheres, descobriu-se que apenas 27% esperavam

entrar no negócio da família. As razões que elas deram para seu ingresso na empresa incluíam ajudar a família, ocupar uma posição que ninguém queria e insatisfação com outro emprego. Descobriu que as mulheres pesquisadas não haviam planejado uma carreira na empresa familiar, entrando no negócio apenas para apoiar a família durante uma crise ou porque suas outras opções eram ainda mais indesejáveis. Recentemente Nicolas G. Hayek, a figura máxima do Grupo especializado em relógios Swatch, foi vítima ataque cardíaco no seu escritório na Suíça vindo

a falecer aos 82 anos, e a sua filha Nayla Hayek, que passa a ocupar a hierarquia máxima do império. Domingos Ricca conta que a DS Consultoria já trabalhou em casos de sucessão feminina, entre eles estão as empresas Santa Cruz e a Comercial Roma, ambas as gestões foram bem sucedidas. Ricca acredita que a opção de colocar a filha em um cargo de grande responsabilidade como a direção da empresa é muitas vezes uma alternativa de sobrevivência e perpetuação nas próximas gerações, já que as mulheres vêm assumindo posições estratégicas para o futuro do negócio.

Domingos Ricca: Sócio Diretor da DS Consultoria Empresarial e Educacional e da Revista Empresa Familiar. Consultor especializado em empresas familiares. Certificado em Governança Corporativa pela SQS Suíça e Fundação Vanzolini, realizada em Buenos Aires Argentina. PhD em administração, professor de graduação e pós-graduação, autor de livros sobre os temas: empresa familiar e marketing de varejo. E-mail: ricca@empresafamiliar.com.br.

Case Ypi贸ca Case Ypi贸ca

Descubra como se produz a aguardente e conhe莽a os outros segmentos em que a empresa est谩 inserida

Case Ypióca

primeira semente do Grupo foi plantada no solo de Maranguape, no Ceará, em 1846, com o pequeno alambique de cerâmica trazido de Portugal pelo patriarca Dario Telles de Menezes. De sua iniciativa frutificou a primeira geração do Grupo que, anos mais tarde, ensinaria o mundo a beber cachaça. Visitar a capital do Ceará e seus arredores é sentir a presença da Ypióca por toda parte. Afinal, trata-se de um grupo que atua em oito áreas de negócios, gerando cerca de 3,2 mil empregos diretos e 20 mil indiretos. O Grupo está presente em todo o território nacional, onde é sinônimo de bebida

Foto de: Assessoria Ypióca

A abundância está na raiz da marca Ypióca, termo este que em tupi-guarani significa terra roxa, um dos solos brasileiros mais férteis.

Alambique trazido ao Brasil por imigrantes Europeus

de qualidade, envelhecida e de gosto apurado. O sucesso dessa cachaça, de aroma suave e único, está em todos os continentes, em mais de 40 países. Ypióca foi a primeira aguardente brasileira a ser exportada, em 1968. Hoje o destilado pode ser encontrado em bares e supermercados do Japão e da China, da Grécia e, claro, da Alemanha, entre muitos outros lugares.

A quarta geração da Ypióca é liderada por Everardo Ferreira Telles, que com sua garra mudou os rumos da empresa e investiu em novos mercados. A Ypióca Agroindustrial Ltda. administra cinco fábricas de aguardente – localizadas no interior dos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte – e iniciativas empresariais enxutas e sustentáveis em outras áreas: água mineral (Ypióca Águas Minerais Indús-

Aguardente Ypióca Entre os ingredientes da aguardente pioneira no Ceará estão requinte, tradição e rigor de qualidade. Toda a cana-de-açúcar utilizada na fabricação dos produtos Ypióca, dos 10 mil hectares do Grupo,

subterrâneo– sistema cujo índice de aproveitamento pode chegar próximo a 100%. A Ypióca Agroindustrial Ltda. é a indústria líder em produção de aguardente de origem do Brasil. Suas cinco unidades fabris têm capacidade instalada de 126 milhões de litros por ano, com 100% de produção de origem, Everardo Telles – presidente do grupo e compartilham da mesma característica: Ypióca o primor pelo alto coné submetida a técnitrole da qualidade em cas agrícolas de seleção todos os processos. Em de sementes, fertirriCeará Mirim (RN), está gação, colheitadeiras a maior e mais mo- dermecânicas e sistema de na fábrica do setor no iirrigação feito por pivô Foto de: Assessoria Ypióca

A mais nova iniciativa da Ypióca é a inauguração de sua maior fábrica em Jaguaruana, no Ceará, que aumentará a capacidade de produção e que marcará a consolidação da Ypióca no negócio de etanol.

Foto de: Assessoria Ypióca

tria e Comércio Ltda. – Naturágua), papel e papelão (Pecém Agroindustrial Ltda.), agropecuária – canade-açúcar, milho, feijão, sorgo, produção de leite e carne, criação de suínos, caprinos e ovinos e hotel bovino (Boticário Agropecuária e Industrial Ltda.) e embalagens – garrafas PET e PVC (YPlastic).

Tonel de madeira do mundo, registrado no Guiness Book

Case Ypióca Brasil, que ocupa uma área de três mil hectares, sendo superada agora pela fábrica de Jaguaruana. O envelhecimento daguardente, o diferencial da marca Ypióca, foi implantado a partir da terceira geração. Os tonéis de bálsamo e freijó são estocados com aguardente por períodos que variam de um a seis anos. A cachaça permanece em estado de repouso, para que a reação química entre substâncias gere o equilíbrio perfeito que compõe o “bouquet” especial, característica marcante da Ypióca. A sustentabilidade está em todo o processo produtivo da aguardente, desde o manejo, passando pelo corte ecologicamente correto – sem utilização de queimada – da cana-de-açúcar até a reutilização de 100% do bagaço produzido. Uma parte do bagaço é aproveitada para a geração de energia elétrica

tornando a unidade fabril autossustentável. Outra é transportada para um hidrolisador, que aumenta em até 86% sua digestibilidade e, após o beneficiamento com sais e vitaminas, permite sua utilização como ração. A última parte do bagaço moído é aproveitada para compostagem (utilizada na adubação) e ainda para participar como componente na fabricação de papel e papelão. Indústria de papel e papelão. O período da safra, de agosto a dezembro, produz cerca de 450 mil toneladas de bagaço de cana-de-açúcar, acumuladas nas cinco unidades industriais de aguardente Ypióca. Diante disso, o Grupo Ypióca investiu em um projeto de sustentabilidade que gera renda, transforma os subprodutos da cana-de-açúcar e firma o compromisso do Grupo com a sociedade. Inaugurada em 1992, em Pindoretama

(CE), a Pecém Agroindustrial Ltda. utiliza o bagaço de cana como componente para a fabricação de papel e papelão. A unidade fabril tem capacidade para produzir 70 toneladas/ dia de bobinas de papel e caixas impressas. O processo de fabricação consiste em misturar papel reciclável ao bagaço da cana e à água tratada, formando uma massa. Depois de limpa e filtrada, essa massa é refinada até chegar à condição de fibra de celulose. Após esse processo, a fibra novamente agrupada passa por uma espécie de mesa, quando o material ainda se encontra com 98% de água. Distribuído em uma esteira, o líquido excedente extraído é, posteriormente, secado à temperatura de 130 graus. Parte da produção das caixas é utilizada para acondicionar produtos das marcas Ypióca e Sapupara, sendo o restante

N a t u r á g u a A Ypióca Águas Minerais Indústria e Comércio Ltda. (Naturágua) produz, engarrafa e distribui água mineral. Classificados como hipotermais na fonte (32,2ºC), os produtos da Naturágua provêm de fontes naturais localizadas numa propriedade de 10 hectares, na região da Lagoa Redonda, Fortaleza (CE). Os sistemas de extração e envasamento são totalmente mecanizados e assépticos. Atualmente, a empresa envasa em embalagens de 20 litros, 5 litros, 1,5 litro, 500 ml e 330 ml. A Ypióca Águas Minerais Indústria e Comércio Ltda. é pioneira no abastecimento de água mineral a granel. A Central Naturágua funciona nos moldes de uma central de gás, adotada em edifícios residenciais e comerciais.

Foto de: Assessoria Ypióca

vendido para terceiros.

Unidade de envasamento localizada em Fortaleza (CE). Comporta a linha de transporte e de inspeção das garrafas.

A tubulação 100% inox garante o fluxo de água mineral diretamente da captação de água ao ponto de consumo na residência. Além disso, a água pode ser consumida em três temperaturas: gelada, natural ou quente, retirada diretamente do terminal de consumo. Ypióca Embalagens Desde 1996, a Ypióca Embalagens (YPlastic), em Fortaleza (CE), fabrica as garrafas PET e PVC dos produtos do Grupo Ypióca.

Com tecologia de ponta, o maquinário permite injetar e soprar garrafões PET (5 e 20 litros) para água mineral, sendo a única indústria de plásticos do Norte e do Nordeste a executar esses modelos. Alta além de moderno e sofisticado design, são algumas das características produzidas pelos equipamentos

qualidade,

Case Ypióca de fabricação japonesa (ASB Nissei 650 EXHS).

Em Caridade (CE), a Fazenda Paineiras abriga caprinos, ovinos e suínos.

Foto de: Assessoria Ypióca

Agropecuária

Vista aérea da fábrica de Paraipaba

O Grupo Ypióca atua em frentes diversificadas entre criação de gado de corte, produção de leite, criação de caprinos e suínos, hotel de bovinos, cultivo de milho e feijão, além do cultivo de 100% da cana-de-açúcar utilizada na confecção dos produtos Ypióca. Na Fazenda Boticário, em Maranguape (CE), todo o processo de ordenha é mecanizado e a produção de leite alcança até 2,5 mil litros/dia.

Na Fazenda Santa Elisa, em Paraipaba (CE), o investimento é no “Hotel do Gado” para engorda, com capacidade instalada para 3 mil bovinos. O animal recebe alimentação balanceada com ração rica em carboidratos, feita do bagaço da cana hidrolisado, e proteínas, provenientes de leveduras obtidas no processo de fermentação do caldo de cana (32% de proteína). No solo fértil que

sustenta a produção de 100% da canadeaçúcar utilizada na produção da aguardente Ypióca, a família Telles também investe na produção de outras culturas. A Fazenda Lagoa Vermelha, em Jaguaruana (CE), às margens do rio Jaguaribe, produz milho e sorgo, possuindo silos com capacidade de armazenamento para 2 mil toneladas de grãos. Os alimentos produzidos nas fazendas do Grupo Ypióca são destinados ao abastecimento do mercado local e ao consumo dos funcionários, nas fábricas e demais unidades de negócio.

Informe Publicitário

Em cartaz até 15 de Agosto

Crescimento

das Universidades Corporativas Empresas brasileiras apostam no meio de profissionalizaĂ§ĂŁo que visa o aprendizado de acordo com suas estratĂŠgias empresariais.

Universidades Corporativas Por Paloma Moreira

grande avanço tecnológico, e a vasta quantidade de informações que é aplicada na coletividade com a velocidade da luz, transformam o mercado de trabalho num ambiente cada vez mais exigente, restrito e competitivo. As reformas educacionais valorizam o aprendizado contínuo como fonte primordial para o desenvolvimento dos países, inserção internacional e principalmente aquisição de bons empregos e salários. Com esse ritmo de pensamento, hoje, uma fatia generosa da sociedade (se comparada há décadas atrás) pode ingressar em uma instituição acadêmica, para buscar qualificação social e principalmente profissional. Pelo ponto de vista de algumas empresas, ingressar em uma universidade e cursar uma graduação pode não ser garantia para a permanência e crescimento do funcionário dentro

de sua corporação, para elas a qualificação profissional vai mais além. As Universidades Corporativas (UCs) cumprem essa função, elas dão aos seus funcionários e colaboradores a oportunidade de aprimorar, estender e acrescentar conhecimentos específicos que estejam diretamente ligados as estratégias de negócios da corporação.

a universidade corporativa oferece também a credibilidade e visibilidade do nome da empresa no mercado. A idéia parece ser inovadora, mas a verdade é que a primeira Universidade Corporativa nasceu há muito tempo, nos Estados Unidos. No final da década de 1.950, a General Eletric (GE) um centro de estudos corporativos, situado no interior do estado de Nova

York, criou a Crotonville que é apontada como a primeira Universidade Corporativa que se tem registro. Mas foi só a partir dos anos 80 que ouve um crescimento significativo deste tipo de formação, hoje os EUA contam com mais de 2.000 UCs. No Brasil Elas começaram a aparecer por aqui a partir de 1.990. As empresas Amil e Accor foram pioneiras na implantação de Universidades Corporativas no Brasil. Segundo a revista Veja, até 1.999 existiam apenas dez delas aqui e em apenas uma década esse número cresceu em uma proporção de 2.400%. Hoje as corporações adotam esse meio de profissionalização, pois além da vantagem de capacitação profissional restrita aos interesses da corporação, a universidade corporativa oferece também a credibilidade e visibilidade do nome da empresa no mercado. Não se sabe ao certo quantas empresas

adotaram a educação corporativa no Brasil, a ausência de um índice exato se dá ao fato que não existe nenhum banco de dados que cadastre as empresas que implantaram uma UC, mas a Faculdade de Economia e Administração de São Paulo (FEA-USP) que é pioneira nos estudos sobre educação corporativa estima que existem cerca de 250 empresas com esse sistema de ensino no país. UNIEXP A Universidade do Fran’s Café A empresa Fran’s Café atua no mercado desde 1.972. A partir dos anos 90 a empresa implementou o sistema de franquias, com o crescimento proeminente da rede surgiu também a necessidade de padronização no atendimento e preparo dos produtos das 130 lojas. A UNIEXP (Universidade do Expresso) é a Universidade Corporativa do Fran’s Café. A Analista de Educação Corporativa da empresa, Regina Rosin explica

Foto de: Assessoria Fran’s Café

Reportagem

Universidades Corporativas através do desenvolvimento profissional.” A marca “Universidade do Expresso” está registrada para a franqueadora desde janeiro de 2004. As aulas da UNIEXP são presenciais, mas o Fran’s Café tem planos de futuramente implantar o sistema via e-learning, um conceito de ensino ministrado de forma não presencial através da tecnologia online. Vale ressaltar que as Universidades Corporativas não têm relação direta com os já conhecidos programas de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) promovidos por mui-

em que consiste a UNIEXP, “A Universidade do Expresso é um centro de excelência em educação. Os treinamentos são dirigidos para franqueados, colaboradores que ocupam cargos de gerência, coordenação, atendentes e para comunidade local.” Regina Rosin explica os motivos e as necessidades que levaram a empresa a optar pela educação corporativa: “Preparamos nossa equipe para implementar as estratégias do Fran’s Café e assim alcançar os melhores resultados em nossas Lojas e Stations. Focando a maximização da capacidade humana

Foto de: Assessoria Fran’s Café

“A Universidade do Expresso é um centro de excelência em educação. Os treinamentos são dirigidos para franqueados, colaboradores que ocupam cargos de gerência, coordenação, atendentes e para comunidade local.”

tas corporações, estes, visam à preparação e solução para aspectos individuais de cada funcionário, enquanto a UC busca uma capacitação que favoreça a empresa de um modo geral. O termo “Universidade Corporativa” é um nome fantasia, pois os padrões de ensino e organização se aproximam das Instituições Acadêmicas convencionais, porém já se tem registro de Universidades Corporativas que conseguiram parceria com Instituições Acadêmicas para poderem ser reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC).

Equipe do Fran’s Café

Entrevista Entrevista

Umanova novaalternativa alternativapara para Uma

Sheila Madrid Saad Mediante as dificuldades relacionadas à profissionalização de familiares dentro da empresa a Ds Consultoria oferece também o serviço de qualificação e desenvolvimento, uma alternativa para a perpetuação no mercado EF. Quem são as empresas familiares? Sheila.Alguns

especialistas acreditam que as empresas familiares são aquelas que a segunda geração assume a gestão da empresa. Outra linha define que empresas familiares são aquelas em que a família trabalha. Independentemente da vertente utilizada para identificar uma empresa familiar, elas tem como característica o fato de ter algumas gerações em atividade e o fato de haver relações de parentesco.

EF. Você acredita que as empresas familiares estão preparadas para nascerem fortes no mercado? Em que os empreendedores pecam ao fundarem seus negócios? Sheila. O problema das empresas fa-

miliares é que as pessoas criam uma confusão entre qual é o papel do indivíduo na família e qual é o papel dele na empresa. Se houver uma definição

correta do que é a empresa, para onde ela vai e qual é o papel das pessoas que fazem parte da família dentro da empresa, elas tem condições de nascerem fortes, crescerem fortes e se desenvolverem a partir daí. Se houver uma confusão, um efeito emocional drástico nas relações você tem um problema muito sério, as empresas tendem a enfraquecer no momento em que as pessoas da mesma família começam a lutar pelo poder dentro da empresa. Então ai começa a ter uma mistura de ações empresariais com relações pessoais que pode fazer a empresa naufragar.

EF. Em que os empreendedores pecam ao dar continuidade aos seus negócios? Sheila.

Normalmente, quando o fundador consolida sua empresa no mercado, ele consolidou não só a empresa, mas também o carisma dele como empreendedor e o nome da empresa vinculado ao nome familiar. O primeiro problema do fundador pode ser a necessidade de colocar um herdeiro sem saber se este herdeiro tem ou não competência para assumir o negócio. O segundo problema é a formação do sucessor, não é por que eu nasci filho ou parente do dono que eu vou ter condições de assumir a gestão sem uma formação prévia.

“Não é porque eu nsci filho do dono que eu tenho condições de assumir a gestão da empresa”

sucessodas dasempresas empresasfamiliares familiares sucesso

Os conflitos mais comuns estão ligados aos agregados (maridos e esposas) que muitas vezes não trabalham na empresa, mas influenciam o outro no desenvolvimento do trabalho dele. Existe outro problema que mesmo que exista a qualificação do outro, é difícil se passar características de carisma e de liderança, para quem vai suceder. E muitas vezes o fundador além de ter todos esses empecilhos, ele ainda tem muita resistência em passar a gestão para outra geração, ela passa a gestão mas ele fica ali, do lado desqualificando o sucessor. Uma das maiores reclamações que nós temos no trabalho de consultoria, por parte dos herdeiros é que eles querem dar idéias, elaborar projetos, mas o fundador bloqueia porque ele confunde aquele gestor com a imagem do filho. A dificuldade está no fundador entender que ele passou a gestão para um administrador, e não necessariamente para o filho dele.

EF. Que tipos de conflitos são mais comuns em relação a uma empresa familiar? Sheila. Os conflitos mais comuns estão diretamente relacionados com os

agregados (maridos, esposas) que muitas vezes não trabalham na empresa, mas influenciam o outro no desenvolvimento do trabalho dele. São comuns frases do tipo “seu irmão está com um carro novo”, “seu irmão trabalha menos que você”, e as vezes isso pode fazer com que exista um conflito entre pessoas da mesma família que trabalham dentro da empresa, não necessariamente por dinheiro, mas existe uma luta por poder muito frequente. Então às vezes você tem um herdeiro com uma boa estrutura de vida, mas ele quer brigar pelo poder para poder se sobressair frente aos parentes que ele tem.

EF. Qual a importância de contratar uma empresa de consultoria neste caso? Sheila. A consultoria vem sem a força

emocional. Por que quando nós estamos envolvidos emocionalmente muitas vezes nós perdemos a razão, então a consultoria traz: uma posição isenta de emoções, para poder tocar aquela negócio, ela pode trazer suporte, muitas vezes suporte legal e de gestão para poder estruturar a empresa dentro de um caráter profissional, e a consultoria, ela pode ajudar a congregar interesses. Quando você tem várias pessoas da família dentro da empresa, com um crescimento exponencial, você tem consecutivamente um crescimento de conflitos, então a consultoria vai congregar esses interesses em prol da perpetuação da empresa.

Entrevista

Uma nova alternativa para

EF. Qual a importância da profissionalização dos familiares na empresa? Sheila. A profissionalização, e mui-

tas vezes se consegue isso com a consultoria, traz uma regra definida para tocar a empresa independentemente dos laços familiares. Então quando você profissionaliza uma empresa familiar, independentemente de quem esteja na gestão ou do laço de parentesco que essa pessoa tem com o fundador, a regra fica bem definida, e a característica do gestor e competência dele tem que estar vinculado ao cargo que ele vai ocupar. Essa necessidade de profissionalizar é porque quando a familiar cresce exponencialmente e a empresa não consegue comportar todos os membros dentro dela, é preciso estabelecer regras para que os interesses individuais não prevaleçam sobre os interesses organizacionais, a empresa é uma instituição que vai ter que andar com regras próprias. Esse é o foco da profissionalização.

EF. Muitas empresas desconhecem os programas de qualificação e desenvolvimento voltados para as empresas familiares. O que são esses treinamentos? Sheila.

Os treinamentos podem abranger diversas áreas da gestão organizacional, um dos treinamentos mais importantes é o de formação de gestores, treinamentos para que as pessoas entendam como funciona um

programa de governança corporativa, quais são as necessidades para se implementar um programa desses dentro da empresa, quais são as implicações legais de um programa de governança corporativa. E existe às vezes uma carência em relação a algumas áreas especificas de gestão, área de recursos humanos, finanças, marketing, comercial...Se você conseguir mostrar num programa de qualificação o andamento da ação nas diversas áreas de gestão você pode fazer com que as pessoas se sensibilizem com o fato de profissionalizar a organização. Então tem que ter regras, o resultado final vai ser obtido com algumas aplicações de técnicas.

EF. Quais benefícios esses programas podem trazer para o crescimento e fortalecimento de uma empresa familiar? Sheila. O programa de treinamento

pode ser um parceiro no programa de profissionalização. É muito comum a consultoria desenvolver programas de profissionalização e se deparar com funcionários, que são de confiança, que estão na empresa desde sua fundação, mas que tem necessidade de se qualificar para poder tocar a própria atividade, então muitas vezes o programa de consultoria e profissionalização tem que vir com o programa de treinamento atrelado, para que depois de implantada e estruturada a regra de funcionamento, as pessoas tenham um suporte de conhecimento para poder tocar aquele

sucesso das empresas familiares padrão que a empresa definiu como mais viável para conseguir sobreviver no mercado.

EF. Você acredita que com esse novo recurso as empresas estarão mais bem preparadas para encarar um mercado tão competitivo? Sheila.

Existe uma coisa que precisamos levar em consideração. Quando o fundador monta a empresa, o fato de ele consolidar esta empresa no mercado demonstra que ele tem uma característica de liderança muito forte e ele tem um carisma muito grande. Quando você tem necessidade de manter liderança e manter carisma você precisa começar a formar as pessoas ao longo da vida. O herdeiro, muitas vezes entra na empresa muito pequeno, e começa a entender e conhecer o ambiente, isso é um processo de formação, e as vezes é preciso estruturar este processo de formação por meio de treinamentos para minimizar o impacto negativo decorrente da ausência do fundador na empresa. São uma série de fatores que estão envolvidas no afastamento do fundador: morte prematura, necessidade de se aposentar, problemas de saúde. Já vimos casos inúmeros em que a empresa não conseguiu sobreviver, foram vendidas a preços muito baixos, por que não conseguiu formar sucessor ao longo do tempo. O programa de desenvolvimento profissional complementa essa formação e minimiza os impactos causados pela ausência do fundador.

Para saber mais sobre Programas de qualificação e desenvolvimento voltados para empresas familiares consulte: www.treinamentosdsconsultoria. com.br

Sheila Madrid Saad - É Sheila Madrid Saad SóciaSócia-Diretora da- ÉDS ConDiretora da DS Consultoria, sultoria, responsável pela responsável pela área de área de treinamentos E treinamentos, responsável recursos humanos, mestre pela área de recursos em administração, desenhumanos, mestre em volve atividades de conadministração, desenvolve sultoria e édeprofessora atividades consultoria e é da Universidade professora da Presbiteriana Universidade Mackenzie. Presbiteriana Mackenzie.

Marketing Verde: Tendência,

Foto de: Divulgação

Por Leonardo Aureliano da Silva

modos mais equitativos de produzir, consumir e viver. A amplitude do conceito de sustentabilidade, tão usual em marketing verde, permite-nos inferir a partir de então, que a função do markting verde vai além da busca da manutenção dos recursos finitos, para a exigência imediata de conscientização dos responsáveis por esse planeta, TODOS NÓS! Atribuir à empresa a responsabilidade pela manutenção dos recursos de nosssa planeta é eximir-se da responsabilidade individual. De acordo com Jung “a psicologia do indivíduo corresponde a psicologia da nação”.

possível que o termo marketing verde não seja novidade para muitas pessoas, no entanto, a sua definição ainda permanece obscura entre os acadêmicos e os seus adeptos pragmáticos. Alguns dizem que o marketing verde esta relacionado à sustentabilidade, outros afirmam que é o reconhecimento e a conscientização da empresa como integrante de um ambiente maior, porém com recursos finitos. Diretamente relacionado com o tema marketing verde, a sustentabilidade, vem sendo alvo de muitas empresas que praticam atividades empresariais de forma responsável. Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana, consiste em descobrir

Foto de: Divulgação

Necessidade Ou Modismo? Essa afirmação também vale para questões de sustentabilidade, sendo assim, “ a psicologia de cada nação se manifesta na forma como ela trata o planeta” (AURELIANO, 2009). Algumas ações emergentes estão sendo realizadas para equilibrar o meio ambiente. A conscientização dos indivíduos será a base para que a prática sustentável faça parte do dia-a-dia, mostrando que a busca pelo equilíbrio entre o homem e o meio ambiente é um processo contínuo, moroso, mas que proporcionará a todos dias melhores, inclusive àqueles que virão.

Leonardo Aureliano da Silva

Bacharel em Administração de Empresas. Especialista em Administração de Marketing. Pesquisador em marketing, estratégias mercadológicas e comportamento do consumidor - Professor Universitário Universidade Nove de Julho - UNINOVE - Disciplinas relacionadas à Administração e Marketing. E-mail:

mkt_academico@yahoo.com.br

Lua de Lua deMel mel

tire o primeiro buquê o casal de noivos que não tem o sonho de passar a lua de mel em uma praia paradisíaca com ótima estrutura. Pensando nisso é que a Operadora Special World Viagens e Turismo tornouse especialista no destino Caribe, local perfeito para quem deseja passar dias tranquilos em meio a uma gritante beleza natural.

Muitos Resorts ficam tão próximos da areia da beira da praia que a própria praia até parece ser sua, e tem ainda a infra-estrutura de bares, restaurantes e serviços de praia que é imbatível.

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Cancún

Jovem cidade mexicana com as praias mais conhecidas do Caribe, Cancún possui uma excelente localização geográfica em que se assemelha a uma ilha por ter quase sua costa banhada pelo seu famoso mar azul turquesa. Cancún combina o melhor do México e do Caribe num só lugar. Seja pela riqueza integrada pelas praias, parques arqueológicos ora restaurados ora naturais, cobertos pela vegetação nativa com lagoas e manguezais, ou pelas intrigantes ruínas dos templos da cul tura Maia.

é no Caribe é no Caribe

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Aruba

e mergulho, sem falar no ótimo vento que a ilha tem para velejar.

Curaçao Foto de: Divulgação

Sabe aquele sonho que todo mundo tem de praia paradisíaca, palmeiras ao redor e clima de romance? Em uma viagem para Aruba, ilha do Caribe, todo esse sonho se torna realidade. Colonizada pelos holandeses, essa ilha localizada no sul do Caribe possui 11 km de areias brancas com deliciosas praias ensolaradas de mar azul cristalino. Em Aruba você tira o máximo proveito do seu lindo mar com passeios de barco, pescarias, snorquel, snuba

Uma viagem para Curaçao faz com que você se sinta num pedaço da Europa no Caribe. O nome das ruas, o alto padrão de vida da população, a arquitetura das casas, tudo faz pensar que Curaçao fica na Holanda. Mas isso não é a toa: Curaçao foi descoberta pelos espanhóis e colonizada pelos holandeses, fazendo com que a ilha detenha todo o charme de lá. Discreta, essa é uma das raras ilhas caribenhas que não tem a sua economia apoiada no turismo. E o estilo europeu e os encantos tropicais a qualificam com um estilo único.