Não me faleis, em enlutados versos, Que um sonho vazio seja a vida! Pois morta é a alma que adormece E as aparências enganosas são. Genuína, a vida! Vida, coisa séria! O fim último o túmulo não é; “Sois pó e ao pó retornais”, Assertiva não condizente à alma. Nem só de alegrias ou de tristezas Se traçam nossos destinos Mas de atos cumpridos a fim de que cada amanhã Um passo melhor do que hoje seja. Longa é a tarefa e fugaz é o Tempo, Nossos corações, posto fortes e valentes, Como tambores surdos ainda tocam Marchas fúnebres a caminho do túmulo. Que no amplo campo de batalhas do mundo No bivaque da vida, Não sejais gado inerte e submisso! Um herói sede na luta! Ainda que promissor, no Futuro não confieis! Deixai que o Passado morto os que se foram sepulte! Agi – no Presente em vida, agi! Com o coração aberto e com Deus no Alto! Recordar nos fazem todos os grandes homens Que podemos tornar sublimes nossas vidas; E, na despedida, deixar devemos Nas areias do tempo nossas marcas – Página | 7