Revista BARA - Antologia Poética

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Bara


ANTOLOGIA POÉTICA




































































APÊNDICE

BARA - Associação Evangélica de Cultura A BARA - Associação Evangélica de Cultura foi fundada em 25 de Maio de 1978, num Cartório da Rua Nova do Almada, em Lisboa. A escolha do nome, proposto por um dos sócios-fundadores recaiu sobre o termo hebraico que designa a criação divina a partir do Nada, BARA, do início do texto bíblico genesíaco. Seria uma organização de carácter interdenominacional, constituída por cristãos evangélicos portugueses, que pretendiam promover, nos diversos campos, a cultura evangélica. Os seus fundadores e primeiros sócios foram: António Costa Barata (pastor da Assembleia de Deus), Luis Horta, João T. Parreira, Jorge Pinheiro, Samuel Pinheiro e Brissos Lino. Foi este último que lançou a primeira pedra através de um conjunto de "considerandos", que no preámbulo definia a necessidade de promover a Cultura Evangélica em diversos aspectos como conferências, exposições de arte, certames de poesia e outros, sempre como maneira colectiva do pensar e sentir dos evangélicos portugueses. Fiel ao seu objectivo principal que consistia no desenvolvimento e promoção da cultura dos evangélicos em Portugal, a Bara desde o seu início estruturou-se geograficamente em cinco Federações abrangendo o Norte, Beiras, Centro, Alentejo e Sul. A direcção, em Agosto de 1978, estava assim constituída, pelos seus fundadores: Presidente - Poeta Brissos Lino, Vice-Presidente - Dr. Jorge Pinheiro, Secretário - Poeta Samuel Pinheiro, Tesoureiro - Dr. Luis Horta, Vogais - Poeta João Tomaz Parreira e Pr. e Historiador Antônio Costa Barata. Institucionalmente a estrutura da Associação a fim de melhor prosseguir o seu objectivo, organizou-se em departamentos como Relações Externas, Grupo de Estudos, Grupo de Informação e Publicações. A divulgação da Associação fez-se, não exclusivamente, mas sobretudo pela página imprensa. No campo das letras tornou-se conhecida através das publicações, sendo a inicial a sua revista, designada BARA. Um Dicionário de História Religiosa de Portugal editado pelo Círculo de Leitores, refere a Bara, enquanto revista do que chamou «pequeno universo de publicações (efémeras) de pendor cultural e de reflexão», mencionando erradamente que foi iniciada em 1983 e dirigida pelo pastor pentecostal A.C. Barata. Na realidade o seu primeiro director foi JTP e teve o seu número 0 editado em Janeiro de 1979.


Outras publicações se seguiram de par com a revista oficial entre os anos 1979-1986, sobressaindo os Cadernos Culturais e Cogito. Sob este título e nesta colecção, pretendeu-se dar à estampa trabalhos culturais autónomos, que versaram desde a Fé e a Cultura até a Economia, dentre outros tópicos. O trabalho levado a cabo pela Associação abrangeu vários campos da acção cultural exercida por evangélicos e foi pioneira nessa área de actividade divulgadora da cultura evangélica e secular. Promoveu conferências, sendo uma da quais original porquanto se falou do Pensamento Espiritual do poeta Bocage, em Setúbal, no decorrer de um Congresso da Juventude das Assembleias de Deus em Abril de 1979. Promoveu debates, recitais de poesia e música. A sua importância foi notada por historiadores do ramo religioso protestante, mesmo estrangeiros, como é o caso do pequeno volume «Os Evangélicos em Portugal», da autoria de Gerald Carl Ericson, que escreveu em 1984 «A Associação Cultural Evangélica tem procurado promover o estudo da cultura entre os evangélicos, sobretudo através da publicação da sua revista «BARA», desde o ano de 1978». Também o livro «Pequeno Historial da Assembleia de Deus do Porto», em 1991, se referiu a Associação, com referência especial à primeira reunião da instituição no Porto, no Salão da ACM, onde a promoção da cultura cristã e evangélica foi o ponto principal. Tendo sido gizado um conjunto de actividades a partir daí para o Norte do país, sobressaindo recitais de poesia, concertos de música sacra (um recital de coros espirituais nas línguas originais) e uma conferência sobre a Criação/Evolução. Os impulsionadores da BARA na região norte foram o escritor evangélico Agostinho S. Santos e o Evangelista Timóteo R. Pereira. De igual modo a história da Assembleia de Deus em Lisboa, no livro «Línguas de Fogo» em 1999, trabalho de equipe, mas redigido pelo poeta João T. Parreira, referenciou a Associação Evangélica de Cultura como «uma realização de vulto que fechou a década de 70. Mesmo depois de ter desaparecido enquanto Associação - refere o livro citado - deixou no panorama cultural e literário evangélico, uma obra espalhada por conferências de vária índole, em revistas e em cadernos culturais de inestimável valor». João Tomaz Parreira


Bibliografia Considerandos de 23/03/1978 e Declaração de Princípios provisória Epistolografia e Actas das Reuniões da Direcção ( arquivo pessoal) GIIE, s/n° 1979. Línguas de Fogo, Parreira, João T. et allii, Capu, Lisboa, 1999. Os Evangélicos em Portugal. Núcleo, Queluz, 1984, Ericson, Gerald Carl. Pequeno Historial da Assembleia de Deus do Porto, Santos, Agostinho S. Edição da AD Porto.


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