sumário DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2009/2012
20 Ambiente dinâmico + funcionário proativo = desenvolvimento de talentos e do negócio matéria de capa
28 Otimismo para o final de ano setor se prepara para finalizar com bons resultados
18 Têxteis ganham espaço - A linha representa mais de 10% das vendas
14 O aumento da classe C - O varejo só tem a ganhar com os milhões de brasileiros neste estrato social
05 Palavra do Presidente 06 Editorial 08 News 12 Perfil 32 Entrevista
36 Responsabilidade Social 38 Artigos 48 Espaço Jurídico 50 Espaço Apras 53 Espaço Iespar 54 Plataforma
Presidente Pedro Joanir Zonta (Condor Supermercados) Primeiro Vice-Presidente Luiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.) Vice-Presidente Financeiro Daniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA) Vice-Presidente de Patrimônio João Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta) Vice-Presidente de Capacitação Mauricio Bendixen da Silva (A. Angeloni & Cia LTDA.) Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA) Vice-Presidente Segurança Luiz Alberto Leão (Condor Supermercados) Vice-Presidente Eventos Everton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.) Vice-Presidente Expansão Alceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA) Vice-Presidente de Segurança Alimentar Nelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli) Vice-Presidente Relações Sindicais Ademar Vedoato (Supermercados Viscardi) Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal) Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA) Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.) Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA) Vice -Presidente Adjunto Cezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Rodolfo Pankratz Haroldo Antunes Deschk Dercio Domingos de Costa Conselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos Edson Zamprogna Claudia Maria Dalmora Presidente Regional Sul - Ponta Grossa Sergio Jasinski (Supermercado Jasinski) Presidente Regional Norte - Londrina Valdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Presidente Regional Oeste - Cascavel Luciano Fabian (Supermercado Fabian) Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco Vinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA) Presidente Regional Noroeste - Maringá Roberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci) Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho Luiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes) Presidente Regional - Curitiba Irineu Ferrari (Ferrari & Cia LTDA) Presidente Regional - Irati Paulo César Ivasko (Supermercado Ivasko) Presidente Regional - Guarapuava Daniel V. Hyczy (Supermercado Superpão) Conselho Permanente Everton Muffato Pedro Joanir Zonta Ruy Senff Sidney Schnekemberg Eduardo Antonio Dalmora Romildo Ernesto Conte Roberto Demeterco Superintendente Valmor Antônio Rovaris Diretor Comercial Walde Renato Prochmann
Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato Diretor Comercial Walde Renato Prochmann Jornalista Camila Manssour Tremea Redação Fabio Pinheiro Departamento Comercial Patrícia Bernardi e Rosicléia Jonas Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 E-mail: supermix@apras.org.br Diagramação Samuel Rodrigues Revisão Paulo Roberto Maciel Santos Fotos Alex Santos Pré-Impressão (CtP) e Impressão Maxi Gráfica e Editora Ltda. Tiragem 13.000 exemplares Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix pertence ao patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e é o seu órgão oficial de divulgação. Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80050-040 Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR apras@apras.org.br / www.apras.org.br Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados.
Caro leitor, Somos o segmento da economia que mais cresceu em tempos de crise. No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, apresentamos um crescimento real de 5,47%, comparado ao mesmo período do ano passado. Os profissionais da economia garantem que a crise já passou no país e nós, varejistas, comemoramos o pequeno impacto dela. O comércio se prepara para um final de ano de boas vendas. Até o mês de dezembro, deverão ser injetados na economia pelo menos R$ 140 bilhões, quase 20% a mais que em 2008. Ao contrário dos relatos do mesmo período no ano passado, em que as demissões aconteciam em massa, chegamos ao mês de outubro com o compromisso de gerar mais empregos para satisfazer a demanda do final de ano. E não apenas os supermercados, mas também a indústria, já parte em busca de mão-de-obra para as linhas de produção. Passado o pior da crise, estamos otimistas quanto a este final de ano. A matéria de capa, com o tema “Gestão de Pessoas” está imperdível. Este tem sido o grande desafio do setor que, freqüentemente, está em busca de líderes que estejam dispostos a se comprometer com os objetivos da empresa. E os supermercados, como porta de entrada para o primeiro emprego de muita gente, acabam tendo que procurar estratégias que possam reduzir o turnover em suas lojas. Nas próximas páginas, o leitor poderá acompanhar os inúmeros esforços que vêm sendo realizados para trazer o assunto cada vez mais próximo de nossos associados. Para aqueles que estão interessados nas oportunidades que direcionam ao crescimento dos seus negócios...
Desejo uma excelente leitura!
Palavra do presidente
Pedro Joanir Zonta Presidente da Apras
Editorial Caro Leitor As organizações têm passado por um processo de grande transformação devido às fragilidades apresentadas, atualmente, pelo tradicional sistema de gestão. O que antes era suficientemente eficaz para administrar um negócio, hoje não traz os mesmos resultados. Para sobreviver neste contexto de mudanças freqüentes, as empresas estão tendo que nortear suas estratégias sustentadas por uma gestão de envolvimento e participação. Entre as principais transformações apontadas por profissionais de Recursos Humanos estão o desenvolvimento de verdadeiros líderes, pessoas focadas na missão e nos valores da empresa, e, principalmente, capazes de administrar o desempenho dos indivíduos, de tomar decisões consistentes e desenvolver novas capacidades em resposta às mudanças. A gestão de pessoas tem sido tema muito discutido também pelos supermercadistas, que encontram dentro da própria empresa pessoas com o perfil de liderança ideal e comprometidas a “suar a camisa” para atingir as metas da organização. Por isso, esta edição da revista Supermix traz em sua matéria de capa a reportagem “Gestão de Pessoas – a importância da ação conjunta entre empresa e funcionário”, para o leitor que estiver interessado em entender um pouco mais sobre o assunto, além de conhecer histórias de profissionais que começaram no chão de loja e hoje lideram grandes supermercados. Independentemente do cargo que você ocupa e em qual ramo a sua empresa atua, esteja atento às novas tendências que orientam a gestão de pessoas, afinal, as relações interpessoais são a base de qualquer organização. Espero que gostem desta edição!
Camila Manssour Tremea Coordenadora de Comunicação
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News Brasileiros estão comprando mais em mercados de bairro Um estudo realizado pela GfK Brasil mostra que os hábitos do brasileiro na hora de fazer compras vêm mudando ao longo dos anos. “Na década passada, o comum eram os abastecimentos mensais. Isso começou a mudar e a maior parte hoje faz compras semanalmente, e não é no hipermercado, são nas redes menores, até pela conveniência de ser perto de casa”, avalia Célia Silva, diretora da área de shopper intelligence da GfK Brasil. Ela acredita também que a melhora na economia latina nos últimos anos “traz uma força” para a procura maior por mercados de bairro. No entanto, as redes de super e hipermercados continuam sendo referência entre os consumidores pela variedade de produtos. “Vimos ainda que os layouts dos estabelecimentos não variam muito. Quem está muito acostumado com uma rede descreve o layout mentalmente sem problemas, e pensa que todos são iguais. Então, se o esquema fugir muito do tradicional, o cliente vai dizer que não tem nada na loja”, deduz a especialista. Outra curiosidade é o tempo que o cliente leva para comprar cada tipo de produto. Por exemplo, na média, o brasileiro demora 7 segundos para comprar açúcar e 109 para escolher a marca de tintura para cabelo – o que pode ser um mau sinal, segundo Célia. “Talvez seja difícil ler o que está na embalagem – lugar onde estão os dados essenciais para que o cliente saiba o que está comprando e para o fabricante incluir diferenciais atrativos sobre o que quer vender”, alerta. Veja abaixo o tempo médio gasto pelos clientes para comprar itens de sete categorias:
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Produtos e acessórios de limpeza Higiene pessoal Alimentos da cesta básica Guloseimas Demais alimentos Bebidas não alcoólicas Bebidas alcoólicas
30 54 14 42 27 31 61
segundos segundos segundos segundos segundos segundos segundos
Perdas em supermercados atingiram R$ 3,7 bi em 2008 O índice médio de perdas dos supermercados foi de 2,36% no ano passado, segundo a Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro Supermercadista 2009, ante 2,15% em 2007. O indicador superou a margem líquida obtida no ano passado, de 2,12%. Segundo o presidente da Abras – Associação Brasileira de Supermercados –, Sussumu Honda, desde 2005 o índice de perdas está acima da margem líquida do setor. Em números absolutos, as perdas chegaram a R$ 3,74 bilhões no ano passado. Conforme a sondagem da Abras, as perdas de 58,8% das empresas aumentaram, de 35,3% diminuíram e de 5,9% ficaram estáveis. Para 68,8% das empresas com faturamento acima de R$ 300 milhões, as perdas cresceram em 2008. O segmento de perecíveis foi responsável por 54,4% das perdas totais. Já as perdas financeiras corresponderam a 0,083% do faturamento do setor, com destaque para as fraudes com cheque a 0,042%. De acordo com a Abras, 80,4% das empresas consultadas elevaram os investimentos para prevenção de perdas no ano passado. Do orçamento para essa finalidade, 79% foi destinado a salários e 7%, a equipamentos. Conforme o levantamento, 74,5% dos supermercados tem área de prevenção de perdas e 25,% não possuem.
Confira onde está o prejuízo: Perdas no varejo Quebra operacional Furto externo (clientes) Furto interno (operação)
2008 46,4% 18% 17,5%
2007 43,2% -----
Erros administrativos Fornecedores Outros ajustes Perecíveis
11,3% 5,8% 1,1% 4,44%
------4,48%
Comércio eletrônico é a aposta das redes de varejo A disputa das redes de varejo no comércio eletrônico, que deve movimentar R$ 10,5 bilhões em 2009, ficará ainda mais acirrada no final do ano. Os maiores players com operações virtuais já estabelecidas começam a se preparar para o período com reforço de equipes, aprimoramento da logística de entrega e diversificação de produtos. O Wal-Mart é um deles e, com uma operação de e-commerce recente, tem estratégia agressiva para aumentar sua fatia nesse mercado. A entrada de novos players, como Casas Bahia, e os investimentos na expansão das operações de empresas do Grupo Pão de Açúcar já está ameaçando a concorrência. A participação das dez maiores redes sofreu uma leve redução de 2,2% neste semestre, uma tendência de descentralização das lojas virtuais. De acordo com Flávio Dias, diretor de ecommerce do Wal-Mart, a rede está com fortes investimentos e preocupada em se antecipar. “Preferimos antecipar os investimentos e ter até ociosidade. Estamos ampliando a nossa estrutura, temos um operador logístico que não para de crescer, e reforçarmos a equipe e o quadro de funcionários”, explica. A rede optou pela estratégia de aos poucos oferecer mais categorias de produtos, o que ainda trará maior base de clientes. Hoje, vendem 15 categorias e, até o final de 2009, mais duas devem ser oferecidas, fazendo com que o número de itens do site salte de 30 mil para 100 mil. Dias ainda destaca que a negociação para aumentar o mix e manter preços baixos é grande. “Estamos preparados, já temos uma negociação muito forte com os fornecedores e vamos incomodar bastante. Não lançamos categorias por lançar”, reforça.
Concorrência O Extra.com (não-alimentos) e o Pão de Açúcar Delivery (alimentos), braços do Grupo Pão de Açúcar no e-commerce, também vêm registrando altíssimo crescimento e prometem continuar com boa participação. Só em 2008, o Extra.com teve vendas 168% superiores às do ano anterior. No primeiro semestre deste ano, também continuou com alta, de 50% sobre o mesmo período de 2008. O e-commerce e a área de logística também devem receber mais reforços até o final do ano em que, só no primeiro semestre, o grupo investiu R$ 103,6 milhões em infraestrutura (logística e tecnologia). Fonte: DCI
Sites de relacionamento reforçam poder do consumidor O que você está fazendo? Responder a esta pergunta é o que as empresas brasileiras estão aprendendo diariamente com os sites de relacionamento como o Twitter, no desafio de melhorar a relação com os consumidores transmitindo conteúdo relevante em míseros 140 caracteres. O esforço não é em vão. Segundo dados do Ibope, mais de três milhões de brasileiros acessaram o microblogging no mês de maio. O desafio é saber como administrar interação com conteúdo eficiente. As empresas estão cientes do poder das redes sociais e sabem que podem sair-se bem no uso desta ferramenta, garante o especialista em branding digital, Gabriel Rossi. “A grande sacada das redes sociais é o boca a boca digital. A agilidade e objetividade nas informações possibilitam uma interação entre empresa e cliente mais confiável”. Para Rossi, a popularização das redes sociais está provocando uma espécie de nova ordem nas relações entre consumidores e empresas. “O advento das redes sociais colocou o cliente no primeiro plano e deu a ele mais poder, em uma relação na qual a confiança é a moeda de troca. A influência é muito maior do que nas outras mídias publicitárias e isso está forçando as empresas a se adequarem ao consumidor”, explica. setembro - outubro 2009
News Há quase um ano, o Pão de Açúcar iniciou a experiência de participar do Twitter, no qual eram divulgadas notícias sobre vida saudável, alimentação e cuidados com o corpo. Além de promoções e notícias corporativas, o grupo descobriu no site a possibilidade de estreitar o relacionamento com o cliente. “Começamos com uma promoção e acabamos ficando. Procuramos divulgar assuntos relevantes. Ainda não temos dados numéricos, mas fazemos buscas para saber o que estão falando da empresa. Reclamações e sugestões, mesmo de consumidores que não nos sigam, são enviadas para o setor responsável e é feito contato”, explica Andréa Dietrich, gerente de E-Marketing do Pão de Açúcar. Mesmo com a liberdade de experimentação destes sites, Gabriel Rossi explica que é possível destacar algumas condutas a serem evitadas. “Sempre é melhor quando a companhia não posta apenas sobre si. É preciso ampliar o foco, fornecendo informações sobre o mercado no qual a empresa está inserida”, diz. Fonte: Jornal do Commércio - RJ
Quantos carrinhos de compras o varejista deve ter por metro quadrado? Com a proximidade do Natal, o varejista deve se planejar para atender às necessidades dos clientes. Além de definir o sortimento, contratar novos funcionários, negociar com os fornecedores e analisar a necessidade de reformas, por exemplo, é fundamental rever a frota de carrinhos de compras. Esse é o único equipamento do supermercado que o consumidor utiliza em toda a sua estadia na loja durante as compras, sendo responsável, inclusive, pela imagem que as pessoas terão do estabelecimento. Uma pesquisa realizada por uma grande rede de supermercados mostrou que depois da troca de carrinhos, o índice de satisfação do consumidor subiu dois pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Para definir a quantidade e os modelos de carrinho que a loja precisa, é fundamental conhecer o consumidor e o perfil do negócio. “Supermercados, hipermer10 | supermix 124
cados e atacadistas têm necessidades de modelos e quantidades de carrinhos diferentes. Por isso, é importante contar com uma assessoria do fabricante para a escolha certa”, afirma Edson Manzano, diretor da Cromo Steel. De acordo com Manzano, os critérios para definir a compra dos carrinhos dependem da metragem da loja, do espaço entre os corredores e do número de checkouts. A cada mil metros quadrados são necessários 150 carrinhos, divididos de acordo com o tipo de consumidor. Os modelos podem ser específicos para compras do mês (cesto grande), compras de passagem (dois cestos pequenos), gestantes (cesto mais alto), carrinhos com cadeira para bebê e carrinho especial para pessoas com necessidades especiais.
• Carrinho de compras acompanha o cliente durante toda a sua estadia na loja, por isso deve fazer parte do planejamento do varejista para o Natal; • Para definir a quantidade e os modelos que a loja precisa, é fundamental conhecer necessidades do consumidor e o perfil da loja; • Carrinho com um ou dois cestos, especial para gestantes, para pessoas com necessidades especiais e para atacado estão entre os modelos disponíveis; Fonte: Versátil Comunicação
Consquiste o consumidor no ponto de venda Na constante guerra em que o mercado vive, novos ambientes são criados e demandam novas ações e novas estratégias de gestão. Num ambiente competitivo, as ações tradicionais de marketing abrem espaço para a busca de outras formas de atuação. O modelo convencional de
abordagem e foco no consumidor não é mais suficiente para garantir os resultados da empresa. Não existe mais a fase de domínio sobre o varejo. Atualmente, o canal de distribuição domina as relações de negociação. O trade marketing veio como uma resposta para a necessidade da indústria em se adaptar a esta nova realidade: olhar o consumidor por meio do varejo. A efetivação da compra se dá no ponto de venda e, portanto, a imagem do produto será para o consumidor aquilo que o varejo apresentar. Uma comunicação arrojada não adianta de nada se o diferencial do produto não ficar evidente na decisão da compra. O trade marketing muda a visão geral do mercado para uma especifica do cliente, levando para o ponto de venda a estratégia mercadológica da empresa em termos de logística, produto, posicionamento, imagem e presença física. As ações deste novo conceito se referem ao desenvolvimento de produtos com o enfoque na exposição e seu potencial no ponto de venda; no desenvolvimento de interações com os clientes que mudam o foco de vendas do selling in para o selling out; na medição da rentabilidade por cliente e do aumento do percentual da verba de comunicação destinado para ações no ponto de venda. As mudanças mais significativas proporcionadas pelo trade marketing se concentram, de um lado, na atuação da equipe de vendas, em que o vendedor tradicional foi substituído pelo key account (gerente de contas), que tem como meta rentabilizar o cliente e praticamente administrar o ponto de venda em conjunto com o varejista; e, de outro, às ações de comunicação, que cada vez se concentram mais no ponto de venda, mudando o enfoque das tradicionais ações de merchandising para ações voltadas ao conceito mais amplo de trade marketing, que tem cada vez mais se consolidado como um setor gerencial. As empresas que tem sua distri-
buição ligada aos canais de autosserviço são as mais avançadas na aplicação destas novas técnicas, uma vez que a força dos varejistas é cada vez maior, pois as cinco principais redes de supermercado concentram a maior parte das vendas do setor. O trade marketing, sem duvida, é uma ferramenta de grande alcance, fortalece a preferência pelas marcas, conquista o consumidor no PDV e potencializa as mesmas buscando otimização e presença no ponto de venda. Fonte: Felipe Aquino e Leonardo Margotti (América Latina Trade&Promo)
News Acionista pressiona Carrefour a sair do Brasil, diz jornal Dois dos principais acionistas individuais do grupo supermercadista francês Carrefour estariam pressionando a empresa a vender seus ativos e abandonar países emergentes como o Brasil e a China. A informação foi divulgada pelo jornal Le Monde e não foi desmentida pela companhia. Na hipótese de abandonar a América Latina, mercado no qual é líder, o Carrefour colocaria à venda 1.185 lojas, avaliadas em até R$ 13,2 bilhões. Segundo a reportagem, a pressão pela venda dos ativos é feita pelo consórcio Blue Capital que detém 13,5% das ações do Carrefour. A crise entre os dois investidores e os demais acionistas teria origem na queda de 30% das ações do grupo desde a abertura de capital, em março de 2007. Citando uma fonte não identificada, o Le Monde afirma que a direção e o Conselho de Administração do Carrefour estariam sendo alvo de pressões para abandonar a China e o Brasil, o que permitira à Blue Capital recuperar o valor aplicado na compra de ações há dois anos. Outro motivo seria o fracasso da tentativa de vender a Carrefour Property, empresa que administra todos os prédios do grupo, cujo patrimônio é avaliado em14 bilhões. Com a operação, o grupo Carrefour passaria a alugar os galpões nos quais está instalado. A venda da subsidiária, entretanto, está estagnada desde o início da crise do mercado imobiliário, detonada pelos créditos de alto risco nos EUA. Na direção da companhia, a resistência em relação à venda das operações nos países emergentes, entretanto, seria forte. Na Ásia e na América Latina, o grupo faz 19% de sua receita, cujo total é 89,97 bilhões. Além disso, mercados como o Brasil - onde disputa pela liderança com o grupo Pão de Açúcar - e a China são os mais promissores para o grupo. Nos dois países, a marca cresce ao ano 20% e 10%, respectivamente, segundo o jornal francês, enquanto na Europa o Carrefour tem posição consolidada e grande concorrência de alemães e britânicos. “De gigante mundial supermercadista, Carrefour passa12 | supermix 124
ria ao status de ator regional”, pondera o jornal. “Se a China e o Brasil ganharem muito dinheiro, tudo indica que o consumo deverá explodir no futuro”. Procurado pelo Estado, o Grupo informou que “não faz nenhum comentário” a respeito da reportagem. Um porta-voz indicou, no entanto, que não nega as informações publicadas. Fonte: O Estado de S. Paulo
Inovar é preciso, mas saiba como! A vida das organizações é baseada e determinada por meio da gestão: cada área define metodologias de trabalho de maneira a criar uma rotina que pode ser definida como gestão. Ela pode ocorrer em áreas tradicionais da empresa, mas, nos últimos anos, surgiram novas formas de gestão como a de risco e do conhecimento. Nenhuma delas promete benefícios tão transformadores quanto a gestão da inovação, que busca redirecionar empresa e seu pessoal para uma visão de futuro. A busca pela diferenciação e por novas formas de auferir lucros é necessidade recorrente nas organizações e investimentos consideráveis vêm sendo feitos. Pensamento novo com fórmula antiga, a gestão da inovação esbarra num obstáculo difícil: a pouca ou total ausência de ousadia das pessoas em deixar a zona de conforto e pensar diferente, seja para o crescimento pessoal, profissional ou da empresa. A crise mundial contribuiu ainda mais para empresas e pessoas adotarem uma postura tradicional. Inovar significa arriscar, ousar. Não se ensina inovação. Ela é como a liderança, capacidade nata que pode ser desenvolvida ao longo da vida e da carreira. A gestão da inovação deve ser inserida no ambiente corporativo de forma opcional e gradual, jamais de forma arbitrária num ato desesperado em reverter situações negativas que se acumularam e em nada estão relacionadas com a falta de inovação da empresa. Os frutos da inovação são certeiros, mas o critério de aplicação deve ser bem definido, pois nem todos os colaboradores estão preparados ou precisam fazer parte deste processo. Fonte: Sérgio Nardi
Perfil
Otimista e de bem com a vida Os quatro anos de adolescência passados no seminário e a paixão pelo Direito não foram suficientes para desviar Sérgio Jasinski do varejo. Nascido em uma família de empreendedores, ele gosta de lembrar que foi “criado atrás do balcão” do pequeno armazém gerenciado pelos pais. Com 16 anos, ao retornar dos estudos religiosos, o jovem Jasinski acabou optando por dar continuidade ao negócio familiar. Somou a experiência em várias tarefas na empresa à formação em Administração de Empresas e Marketing e hoje, ao lado da irmã Danuta, comanda a única loja do Supermercado Jasinski. Fundada em 1959 em União da Vitória, cidade natal de Sérgio, em 1966 a empresa foi transferida para Ponta Grossa, onde está instalada até hoje, no bairro Palmeirinha. De armazém, cresceu e transformou-se em minimercado, depois mercado e supermercado, passando por ampliações em 1996 e 2003, sempre acompanhando o crescimento da região. Atualmente são 650m² de área de venda e 32 colaboradores. Sérgio Jasinski é casado e pai de um filho que participa na administração da loja. Além da rotina de trabalho na empresa, procura sempre participar de cursos para se manter atualizado e ainda dedica uma parcela de tempo a atividades associativas, como a direção da sucursal da Apras em Ponta Grossa. O empresário tem uma receita simples para aproveitar melhor o tempo em cada dia: procura resolver os assuntos mais urgentes durante cada jornada diária, sem deixar pendências para o dia seguinte. “O comércio proporciona encontros e reuniões preciosas que rendem contatos e amizades, o que é sempre proveitoso”, lembra. 14 | supermix 124
“Para os momentos de dificuldades, sobretudo no varejo, é preciso manter a calma. Acredito que se deve ter paciência, analisar, pesquisar, criar uma nova estratégia, mudar elementos que deram errado e manter o otimismo”. (Sérgio Jasinski) O final do dia e finais de semana são dedicados a assuntos pessoais em que não se fala de trabalho. Ele aproveita o pouco tempo livre para relaxar em uma boa pescaria com os amigos. Entre suas leituras preferidas estão as obras do guru do marketing, Philip Kotler e obras na área de administração e negócios. Em sua ca-
beceira está sempre um exemplar de O Monge e o Executivo, de John Hunter. Na televisão, prefere documentários e filmes de comédia e ação. É bem eclético em suas escolhas musicais. Admira muito o Papa João Paulo II, “ele é inesquecível pela sua firmeza, coragem, carisma e sua luta pela paz e união dos povos”. Como sua maior virtude, Jasinski aponta o fato de ser firme e decidido. Defeito? “Tentar resolver as coisas na hora”. O empresário escolhe seus colaboradores valorizando neles a capacidade de trabalho, o dinamismo e a facilidade em se relacionar com pessoas. “Damos oportunidades para jovens em seus primeiros empregos e em setores mais específicos com alguma experiência no setor. Incentivamos a participarem de cursos e treinamentos para o crescimento na empresa”, conta. De acordo com Jasinski, a estabilidade financeira é um dos grandes trunfos do governo na área econômica. “Podemos estabelecer metas e planejar investimentos”. Entre os problemas, ele aponta a alta carga tributária, as ainda elevadas taxas de juros – apesar de estarem diminuindo lentamente –, as barganhas políticas, os programas assistencialistas sem preocupação com a profissionalização da população e a ocupação de cargos públicos comissionados preenchidos muitas vezes por apadrinhamentos. Ele lamenta o delicado momento político que o país atravessa, com seguidas denúncias de corrupção envolvendo parlamentares. “Isso se deve à falta de formação da classe política e seus interesses financeiros acima dos públicos”, revela. Para aqueles momentos de grandes dificuldades, sobretudo no varejo, atividade que lida com tantos fornecedores, colaboradores e clientes simultaneamente, Jasinski aposta na calma. “Acredito que se deve ter paciência, analisar, pesquisar, criar uma nova estratégia, mudar elementos que deram errado e manter o otimismo”. Otimismo, aliás, é uma palavra muito importante no dicionário de Sérgio Jasinski, que se considera uma pessoa bastante otimista, de bem com a vida, com facilidade para fazer amigos e chegado a uma boa conversa.
Consumidor
A
entrada de um contingente de milhões de pessoas na chamada classe C nos últimos anos naturalmente alterou o mercado de consumo. Entre 2005 e 2007, foi contabilizada a inclusão de mais de 22,5 milhões de brasileiros neste estrato social, o maior atualmente. De acordo com um estudo da Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa – e do Homescan da Nielsen, o número de pessoas com nível sócio-econômico médio passou de 37%, em 2006, para 44%, em 2007. “Falar da importância crescente desta classe sócioeconômica não é novo”, afirma 16 | supermix 124
João Carlos Lazzarini, diretor de Retail Services da Nielsen Brasil. “A novidade é admitir, acompanhar e agir nas diferentes aspirações, desejos e valores que permeiam essa nova classe C, e isso não apenas sob uma ótica tradicional de subdivisão em dois grupos de acordo com a renda mensal, mas também considerando os diferentes estilos de vida dessas pessoas”, explica. Se for analisado o crescimento dos cartões de crédito, é possível confirmar a influência dos consumidores de nível sócio-econômico médio no aumento do consumo. Enquanto num total brasileiro a penetra-
ção dos cartões subiu de 46,1%, em 2006, para 53,5%, em 2007, na classe C isoladamente, os percentuais foram de 51% para 57,8%. Esse ganho de 6,8 pontos corresponde a aproximadamente dois milhões de lares. E esse cenário se reflete no varejo: os supermercados atingem 100% da população pesquisada pela Nielsen e todos os demais canais formais de distribuição – atacados, perfumaria, farmácias, porta-a-porta e bar/mercearia – apresentam aumento de penetração. O consumidor atual vai a cada quatro dias fazer compras enquanto, em 2005, ia a cada seis dias.
Entenda a nova fatia do mercado consumidor A executiva de atendimento da Nielsen, Samanta Puglia, concedeu a seguinte entrevista à Supermix, na qual destaca aspectos referentes ao impacto da nova classe C e o varejo.
Supermix: A economia em 2009 favorece a continuidade do crescimento da Classe C? Samanta Puglia: Sim, sem dúvida. A maior parte dos incrementos de emprego se deram nos setores de consumo de massa, englobando principalmente as faixas salariais relativas ao perfil da classe C. Além disso, os programas sociais continuam a pleno vapor, dirigidos, principalmente, para as classes C e focados nas classes menos favorecidas, o que contribui para a migração desses consumidores para a classe C ou classe média.
Supermix: De que forma o aumento de pessoas nesta classe afeta o mercado? Puglia: Com uma classe C que se torna mais encorpada e com mais poder aquisitivo, há um maior acesso a um grupo de categorias que não faziam parte do consumo deste grupo. Neste sentido, tendências mundiais e observadas no Brasil para classes sociais mais elevadas passaram a fazer parte do cotidiano da classe C, como itens relacionados à saúde, produtos funcionais, produtos de conveniên-
“Falar da importância crescente da classe C não é novo. A novidade é admitir, acompanhar e agir nas diferentes aspirações, desejos e valores que permeiam esta nova classe, também considerando os diferentes estilos de vida dessas pessoas”. (João Carlos Lazzarini)
ways básico. Produtos como estes carregam a força de uma marca consolidada, de consumo aspirado por este grupo, com preços mais acessíveis. É importante lembrar as alternativas de parcelamentos e ações governamentais adicionais que contribuem no poder de acesso a compras, como por exemplo, a redução do IPI dos eletroeletrônicos.
cia, com maior valor agregado. Qualidade superior começa a aparecer em destaque entre os atributos procurados por essa classe.
Puglia: Para aproveitar essas oportunidades, o varejista precisa estar atento às movimentações de mercado, analisando as informações e identificando segmentos de produtos que apresentam tendências de crescimento, inovações, novos tamanhos de embalagens. É necessário garantir que o seu mix atenda às expectativas destes consumidores. Atualmente, a classe C já atinge a maior parte das categorias auditadas pela Nielsen, porém o seu gasto ainda é inferior a média em muitas delas. É necessário buscar o entendimento dos diferentes estilos de consumidor, o que vai além da classificação por classe social e identifica o estilo de vida dos consumidores, como essas pessoas efetivamente se comportam, seus valores e hábitos de consumo.
Supermix: Como os fornecedores já reagiram a esta necessidade do mercado, provocada pelo aumento da classe C? Puglia: De olho nos desejos de consumo da classe C, os fornecedores buscam ao longo dos últimos anos alternativas para oferecer oportunidades para esse grupo de consumidores, aumentando o portfólio de escolha de uma classe C mais encorpada. Isto se refletiu em produtos de tamanhos menores, na criação de linhas “básicas” de marcas desejadas. São exemplos a fralda Pampers básica e o absorvente Al-
Supermix: Quais as recomendações você poderia fornecer para que os varejistas aproveitem o movimento nesta segmentação de consumidores?
setembro - outubro 2009
Consumidor Supermix: Exemplifique esta análise necessária e mais ampla da classe C, por estilos de vida. Puglia: Tomemos como exemplo os dois maiores grupos de estilo de vida dos consumidores identificados pela Nielsen no Brasil, que se repetem em Curitiba e onde se concentra a maior parte dos consumidores da classe C. Quando analisamos o hábito de compra dos grupos “consciente” e “batalhador”, identificamos diferenças bastante importantes. O grupo “consciente” tem o hábito de olhar tablóide antes de fazer compras, enquanto o “batalhador” percorre as lojas em busca de promoções. O “consciente” faz as compras com a família a cada 15 dias e gosta de comprar tudo de uma vez, enquanto o “batalhador” faz as compras pela manhã nos dias de semana. Fica clara, por exemplo, a oportunidade do varejista de preparar promoções focadas no estilo desses consumidores nos dias e horários onde esses grupos freqüentam as lojas.
Diferenciação dentro da própria classe C: Classe C1
Classe C2
7,4 milhões de lares R$ 1.194,00 de renda mensal
8,5 milhões de lares R$ 726,00 de renda mensal
Fonte: Amostra Mestra 2007 Nielsen | Homescan e Abep. Penetração de bens e serviços classes C1 e C2.
Os estilos de vida e hábitos de compra: A Nova Classe C e Estilos de Vida C1
C2
Batalhador
41%
36%
Consciente 23%
31%
Hábitos de Compra - Compra aos fins de semana com a família e a cada 15 dias; - Olha tablóides das lojas que frequenta para verificar se há alguma oferta excepcional; - Aproveitam as semanas de promoção; - Se importa com a variedade de produtos e de marcas; - Gosta de comprar tudo de uma vez; - Escolhe marcas pela relação qualidade/preço. - Faz compra sozinha, pela manhã e nos dias de semana; - Paga em dinheiro; - Compra em lojas próximas ao local que reside; - Costuma percorrer as lojas em busca de promoções; - Acha importante a simpatia dos funcionários da loja;
- Escolhe as marcas por preço e promoção.
outros:
Maduro Bem Sucedido
Fashion
Conformado
Maduro Tradicional Fonte: Nielsen, 2008.
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Tendências
Produtos têxteis ganham espaço para ampliar rentabilidade no setor A linha de têxteis representa mais de 10% das vendas produtos não alimentícios
O setor supermercadista e as redes de hipermercados prevêem que a linha têxtil – que inclui moda íntima, cama, mesa e banho – deve impulsionar a venda de produtos não-alimentícios em 2010. Há tempos a comercialização de têxteis deixou de ser apenas um negócio periférico para se transformar numa área estratégica dentro dos esforços para elevar a lucratividade no setor. Os empresários descobriram a fórmula no início desta década e passaram a investir pesado para despertar nos consumidores brasileiros um hábito já comum entre europeus e norteamericanos. Há três anos, a venda desses 20 | supermix 124
produtos em super e hipermercados já superavam os resultados obtidos por algumas das maiores lojas de departamento do País. Atualmente, a seção têxtil corresponde a mais de 10% das vendas de produtos não-alimentícios, na divisão da receita destas empresas, que inclui eletrônicos, de acordo com a Abras – Associação Brasileira de Supermercados. Com a forte concorrência nos segmentos tradicionais, a ideia é apostar no diferencial para buscar maior rentabilidade. Os hipermercados se aproximam das redes especializadas, focando a qualidade para oferecer produtos que atendam a todos os consumidores. Em geral,
os seguimentos investem em marcas próprias ou importadas. As coleções são inspiradas nas tendências apresentadas em eventos de moda realizados na Europa e nos Estados Unidos. É o caso da grife Cast, lançada em março deste ano nas lojas do grupo Pão de Açúcar. Com influências da moda cigana do leste europeu, a coleção outono/inverno 2009 tinha a pretensão de oferecer uma moda mais direcionada aos consumidores que procurassem peças mais práticas e fáceis de usar e com melhor custo benefício. “Nossa coleção está alinhada a essa tendência. O ‘Back to Basics’ [de volta ao básico] está na moda e a coleção Cast traz as principais
tendências da estação a preços bastante atraentes”, conta Sidnei Abreu, diretor da categoria têxtil do grupo. A estréia na área têxtil foi em 2002, com o lançamento das grifes: Arkitect, Cast e BreakSea. Hoje o grupo conta com nove marcas: Taeq, Qualitá, Pão de Açúcar, Caras do Brasil, Club des Sommeliers, Home Leader, Cast, Boomy e Bambini. A rede Carrefour também reservou espaços especiais para a área de vestuário nas unidades que mantém em 17 estados brasileiros para oferecer a marca própria Tex. A coleção primavera/verão 2010 já foi lançada e aposta em três estilos de roupas para agradar o público. Além de estar alinhada com as tendências da moda, a rede entrou para valer na guerra pelas melhores condições de pagamento oferecidas aos consumidores. Uma promoção em julho passado oferecia descontos de até 70% nas categorias de vestuário, moda íntima, cama, mesa e banho dos hipermercados Carrefour. A rede investiu pesado em campanhas publicitárias de tevê para divulgar a promoção, que também oferecia parcelamento de até 10 vezes sem juros para os clientes que possuíam o cartão da loja. O Wal-Mart investe no setor desde a chegada da rede ao Brasil. Além das marcas próprias, os hipermercados oferecem também as exclusivas Simply Basic, 725 e Athletic Works, e mais recentemente a internacional George. Mas o grupo descobriu ainda outro filão
que tem feito sucesso na área dos produtos têxteis. Acompanhando a tendência mundial pelo consumo consciente, as lojas passaram a vender, nos últimos anos, produtos fabricados de forma sustentável. São camisetas e roupas íntimas confeccionadas com tecidos feitos a partir de fibra de bambu, garrafas PET e algodão orgânico. Com esse mix, a intenção é atingir todas as classes sociais, com linhas de diferentes estilos e produtos para toda a família. Para os diretores do grupo, cada vez mais os hipermercados ganham influência como opção de compras de artigos não-alimentares entre os brasileiros e, por isso, vale a pena o investimento na venda de produtos têxteis. A empresa informa que o plano de reformas para todas as lojas da Região Sul, contempla a reformulação e remodelação do setor de vestuário. O resultado com a venda de têxtil é tão satisfatória que o setor é privilegiado dentro de outros projetos previstos pela rede. O treinamento realizado periodicamente para os funcionários da área, por exemplo, aborda como temas principais o atendimento e padronização das unidades e a equipe comercial permanece nas lojas para apresentar novas coleções e tendências da estação.
Concorrência
Considerados canais alternativos do varejo de vestuário, os hipermercados ganham espaço à medida que o consumidor começa a considerar mais os
preços dos produtos e o tempo que gasta nas compras. De acordo com os empresários, cada vez mais o consumidor tem dado preferência aos estabelecimentos onde é possível encontrar tudo o que precisa para a família e para a casa. É o conceito one-stop-shop [loja de parada única] que caracterizou as redes de hipermercados. Fora isso, o preço muitas vezes acaba sendo mais acessível que os do shopping center, por exemplo. É um bom negócio não só para o varejo como também para a indústria, que começa a produzir peças exclusivas para os hipermercados. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Vestuários de Curitiba e Região Metropolitana, Ardisson Naim Akel, apesar de não se ter um dado preciso sobre a venda de produtos têxteis nos super e hipermercados, o crescimento de negócios neste setor é visível. A única preocupação é o aumento significativo das vendas de produtos importados nos supermercados. “Se a venda de produtos brasileiros ou mesmo de confecções paranaenses fosse priorizada seria uma segurança para as próprias redes que a economia aqui estaria sempre aquecida”, disse Akel. Em 2008, segundo dados da ABIT –Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção –, o Paraná era o quarto no ranking nacional de Estados exportadores.
setembro - outubro 2009
Oportunidades de crescimento profissional no setor:
R
esponsável por mais de 745 mil empregos diretos em todo o Brasil, o setor supermercadista é apontado por gerentes de recursos humanos, inclusive funcionários, como um ramo bastante frutífero para o crescimento profissional, figurando entre os mais aquecidos do País. No Paraná, o varejo de supermercado (aquele com dois ou mais checkouts) gera mais de 57 mil empregos diretos e fechou 2008 com um faturamento de 10,4 bilhões de reais, 12,5% superior a 2007. O bom resultado nos últimos anos contribui para fomentar a mobilidade daqueles que fazem o dia-a-dia dele, pro22 | supermix 124
porcionando desenvolvimento e consolidação na carreira. “Com o crescimento da empresa, surgem maiores oportunidades de ascensão, cuja busca por talentos é iniciada com recrutamento interno”, explica o diretor administrativo do Condor Super Center de Curitiba, Wanclei Said. A maioria daqueles que procuram o primeiro emprego em supermercados começa a trabalhar como repositor, empacotador ou operador de caixa. Mas com o investimento das empresas em treinamento e os talentos que naturalmente se sobressaem, muitos chegam à gerência. No Wal-Mart, por exemplo,
37,5% dos profissionais passaram a cargos de liderança dentro das lojas do grupo no ano passado. Foram mais de dois milhões de horas de cursos, uma média de 28 horas por funcionário. O conteúdo dos cursos leva em conta as especificidades de diferentes funções dentro da empresa, preparando os profissionais para responder às necessidades do dia-a-dia e oferecer oportunidades de crescimento. Para este ano, a expectativa é que a empresa feche 2009 com 90 novas lojas e 10 mil novas vagas de trabalho em todo o Brasil. Já na rede Festval, os cargos que apresentam um maior grau
a importância da ação conjunta entre empresa e funcionário Um ambiente empresarial dinâmico combinado a funcionários proativos resulta em desenvolvimento dos talentos e também do próprio negócio de exigência, conhecimento e salário, são primeiramente preenchidos pelos próprios funcionários. A variação ocorre pela complexidade da tarefa comparada à atual. Um exemplo disso é um auxiliar de açougue que acaba indicado pela equipe gerencial para ocupar a vaga de açougueiro. Para setores de informática, tesouraria, coordenadoria de caixa e cargos de liderança e gerência, a vaga aberta é preenchida através de recrutamento interno que avalia as habilidades do candidato. Há três anos, o Festval implantou o treinamento contínuo de líderes que são os primeiros identificados no
processo de oportunidades. De acordo com a psicóloga da área de Recursos Humanos do grupo, Tânia Regina Cordeiro Klemann, eles são formadores e devem conhecer as próprias habilidades a serem desenvolvidas para repassar conceitos à equipe. São os líderes os candidatos aos cargos gerenciais. Atualmente, todos os gerentes das lojas da rede – quatro em Curitiba e quatro em Cascavel – passaram por esse processo e vieram das mais diferentes funções, desde repositor de frios até segurança. No Condor, o processo é semelhante. O desenvolvimento pessoal e profissional acontece por meio do Programa de
Capacitação Anual. Said conta que as chances de progressão de carreira são tanto verticais – por intermédio de promoções na mesma área – como horizontais – quando o trabalhador sai do “chão de loja” e vai para área administrativa ou qualquer outra área. “O ramo de varejo oferece diversas áreas de trabalho e assim o colaborador tem possibilidade de buscar seu crescimento na área em que ele mostra melhor aptidão”, coloca Said.
setembro - outubro 2009
Gestão de Pessoas Talento “da casa” A vantagem de apostar em pessoas que já fazem parte da empresa se traduz na motivação dos colaboradores, avalia Tânia Klemann. “O funcionário se compromete muito mais com o trabalho se participou da construção de um projeto”, diz ela. Além disso, o trabalhador faz as experiências transitarem de um setor para outro dentro das lojas e ainda consolida, cada vez mais, a cultura organizacional da empresa. Para o diretor do Condor, ao investir nas pessoas, a empresa ganha profissionais com conhecimento do negócio e de suas atribuições, com mais habilidade para desempenhar seu papel, gerando maior produtividade e qualidade no serviço.
É preciso gostar do que faz e também plantar oportunidades É unanimidade entre os gestores de pessoal do setor supermercadista: o profissional de varejo precisa em primeiro lugar gostar do que faz. “Trabalhar no varejo, principalmente quando a missão se refere a ‘encantar o cliente’, exige ‘o gostar do que faz’. Esse é o primeiro talento a ser considerado no surgimento de uma oportunidade”, explica Tânia Klemann. Ter iniciativa também é es24 | supermix 124
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sencial. O funcionário deve ser proativo e demonstrar vontade e agilidade em aprender. “Ele precisa ter conhecimento aprofundado de sua área e do negócio e habilidade no desenvolvimento de suas atividades”, afirma Wanclei Said. Neste sentido, a visão estratégica, a capacidade para trabalhar em equipe e de enfrentar dificuldades também são características exigidas do funcionário. “O carisma é uma das características importantes, pois o contato que ele tem com clientes externos e internos, e fornecedores, tornam-se um diferencial”, completa Said. De acordo com gestores da rede Wal-Mart, a empresa deve proporcionar um ambiente dinâmico, que desafie a equipe para permitir que o colaborador demonstre sua proatividade. A empresa acredita que conciliar essa prática alimenta a cultura do reconhecimento, para que as pessoas se mantenham estimuladas. O grupo também sugere avaliações periódicas, premiações, benefícios e um programa de participação nos resultados como ferramentas de reconhecimento. O diretor do Condor ressalta também que os supermercados devem estabelecer as competências essenciais para ocupação de um cargo, ter métodos de seleção e realizar avaliação do profissional para verificar – conforme o caso – as competências a serem
desenvolvidas. Tânia Klemann considera ainda que a transparência no processo de recrutamento interno que avalia a oportunidade de crescimento é primordial para a empresa.
“O ramo de varejo oferece diversas áreas de trabalho e assim o colaborador tem possibilidade de buscar seu crescimento na área em que ele mostra melhor aptidão”. (Wanclei Said)
Gestão de Pessoas
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De auxiliar de escritório a economista pósgraduado
soa precisa ser proativa porque boa parte do conhecimento depende dela. É necessário ter uma visão do todo, conhecer o funcionamento de cada área”, aconselha Francisco.
Economista pós-graduado em gestão de empresas, Francisco Flávio de Paula, 47 anos, lembra ano a ano os seus passos no setor supermercadista. Ele iniciou no ramo em 1983 como auxiliar de escritório no mercado Morgado, em Guarapuava, no Paraná, e foi dentro da rede Superpão, na mesma cidade, onde dois anos depois começou a crescer. Com muito trabalho e dedicação, a trajetória de 22 anos dentro da empresa o trouxe a Curitiba, onde decidiu fazer faculdade. Atual consultor do Grupo Celeiro no Paraná e Santa Catarina, Francisco lembra da liberdade que tinha para trabalhar na empresa. “Me sentia em casa e quando surgiu a vaga para trabalhar fora de Guarapuava me candidatei e me mandaram para Curitiba. Dois anos depois, me tornei supervisor de três lojas da rede”, conta. O economista reconhece o papel que a empresa teve na sua ascensão profissional, mas faz uma recomendação para os que pensam em trabalhar no ramo. “O setor é um dos que mais oferece crescimento profissional na atualidade, mas o funcionário não pode ficar esperando que a empresa lhe sugira uma oportunidade. A pes-
Quase 3 décadas de trabalho e muito chão pela frente
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Atual gerente do hipermercado Condor, Domingos Luís Lorenz, 52 anos, diz que acorda todos os dias com a mesma disposição para trabalhar quando do início de sua carreira no setor varejista, em 1983. Ele começou como empacotador em uma empresa familiar. Foi repositor, operador de caixa, encarregado de setor e, quando o mercado foi comprado por uma multinacional, aprendeu sua função atual. “O negócio ganhou status empresarial e graças aos cursos que a empresa ofereceu eu consegui me preparar e desenvolver o perfil para o cargo. Foi graças a essa capacitação que mudei de empresa e assumi a gerência de um hipermercado”, conta. E lá se vão 26 anos atuando no setor. “As pessoas me perguntam se não vou me aposentar. Nunca pensei nisso. Ainda tenho muito chão pela frente”, coloca. Domingos também rebate quando lhe questionam se ele não acha cansativo ter que
Domingos Luís Lorenz trabalhar nos finais de semana e feriados. “Quando a gente gosta do que faz não vê o tempo passar”, explica. Pai de dois universitários, o gerente considera ainda que o setor é o que mais oferece oportunidade independente da formação acadêmica. “A pessoa precisa ter um objetivo e trabalhar para alcançá-lo. O crescimento depende da oportunidade, mas também da dedicação da pessoa.”
Trabalho em equipe para ganhar experiência O ensino médio até então incompleto não foi impedimento para a promoção de Anderson de Oliveira Moraes, 31 anos, há sete meses gerente de uma das lojas da rede Festval, em Curitiba. “Realmente foi uma oportunidade e tanto”, comemora. Anderson entrou no setor aos 13 anos, num mercado de bairro. “A experiência foi importante porque nesses mercados menores a gente acaba fazendo de tudo”, explica. Foi nesse período que ele aprendeu a função de açougueiro e foi atuando nesta
atividade que entrou no Festval. Dois anos mais tarde, ele já era encarregado do setor e um ano e meio depois ficou responsável por uma área mais complexa, até assumir a gerência. A capacitação para o cargo veio com a prática que Anderson acredita que todo o funcionário do varejo deve ter. “Temos que cumprir nossa tarefa diária, mas participar do trabalho de toda a equipe. Foi assim que adquiri conhecimento”, diz. Agora, a meta de Anderson é terminar o segundo grau como forma de retribuir a oportunidade dada pela empresa. “Depois quero fazer um curso técnico ou uma faculdade relacionada à atividade do varejo”.
Anderson de Oliveira Moraes
Gestão de Pessoas Valorização e reconhecimento: a ação da empresa A valorização e o reconhecimento foram algumas formas apontadas pelo professor Ronaldo Rangel Cruz para que os gestores de Recursos Humanos consigam transmitir aos possíveis líderes o amor pelo trabalhado que desenvolvem – um dos principais requisitos necessários aos profissionais do varejo que esperam ser promovidos. Ronaldo foi um dos palestrantes convidados para a 5ª edição do Workshop de Recursos Humanos do Varejo em Curitiba, promovido pelo Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados –, na Apras – Associação Paranaense de Supermercados. O evento, comandado pelo vice-presidente de Capacitação da Apras, Maurício Bendixen Silva, contou ainda com as palestras do proprietário do grupo Festval, Carlos Beal e da supervisora dos Supermercados Angeloni, Sabrina Silva dos Santos. O debate sobre os desafios de formar líderes no setor supermercadista também contou com apresentação da nova pesquisa de média salarial feita pelo Datacenso. O estudo foi idealizado em 2007, a partir das ações do comitê de RH da Apras, instituído no mesmo 28 | supermix 124
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ano para discutir questões relacionadas à gestão de pessoas. Com uma maior participação de supermercados de todas as regiões do estado – 48 empresas no total –, este ano foi possível delinear um pouco mais a realidade das remunerações no setor. De acordo com Cruz, a variação de quase 14% no salário da gerência depois dos 90 dias de experiência mostra que essa função está cada vez mais valorizada. Mas, ainda segundo ele, a média salarial de gerente – segundo a pesquisa – perde para outros setores do varejo e isso acaba representando um sério fator para a rotatividade nas empresas. “Precisamos
descobrir o que podemos oferecer de benefício para que o funcionário permaneça na empresa”, completou a superintendente do Angeloni. Para o empresário Carlos Beal, é importante também que as empresas repensem ainda o investimento na capacitação dos profissionais de base. “São eles que estão em contato direto com o cliente”.
A maioria das pessoas que procuram o primeiro emprego em supermercados começa a trabalhar como repositor, empacotador ou operador de caixa. Mas com o investimento das empresas em treinamento e os talentos que, naturalmente, se sobressaem, muitos chegam à gerência.
Calendário
Otimismo para o final de ano Com negociações já fechadas e outras em andamento, o setor se prepara para finalizar 2009 com bons resultados Depois de comemorar um faturamento de 5,47% acima da inflação medida pelo IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo –, no acumulado dos sete primeiros meses do ano, segundo dados da Abras – Associação Brasileira de Supermercados –, o setor supermercadista se prepara para as vendas do final de ano, a melhor época para os negócios no setor varejista. “O comércio espera uma realização de vendas maiores que as do final de 2008”, afirma o economista da Fecomércio – Federação do Comércio do Paraná –, Vamberto Santana. De acordo com ele, as etapas mais restritivas da conjuntura econômica frente à crise mundial, ocorridas entre outubro de 2008 e março de 2009, foram superadas. Entre os fatores importantes para a expectativa positiva ele destaca a queda de juros, o controle da inflação e a adoção de políticas públicas para o aquecimento de diversos setores da 30 | supermix 124
economia. “O que se sente no momento é uma preparação do setor supermercadista para um desempenho melhor em 2009”, explica. O economista explica que o setor tem a vantagem de trabalhar com produtos essenciais ao consumidor como alimentos, bebidas, produtos de limpeza e higiene. A estimativa de Santana é que o crescimento das vendas nos supermercados esteja próximo dos 10%. Mas alguns grupos estão ainda mais otimistas. “A expectativa é crescer em torno de 15% em relação ao ano passado”, afirma o gerente comercial da rede Super Muffato, Adilson Correa. Com 31 unidades em 11 cidades do Paraná e uma no interior de São Paulo, a empresa já está fechando seus negócios com os fornecedores para o final de ano. “Nesta época, várias categorias de produtos são importantes e temos que focar em todas as categorias. Não estaremos freando o crescimento planejado para o final do
ano. Como essa época envolve várias categorias, com certeza é o melhor período em vendas”, garante. Ainda em agosto, a empresa já havia fechado todos os pedidos para a compra de bebidas importadas, prevendo a demora na entrega por parte de alguns fornecedores estrangeiros, enquanto a compra das marcas nacionais foi fechada em setembro. As negociações para a aquisição de cestas natalinas também já estavam praticamente concluídas no mês de agosto. De acordo com o gerente comercial do Super Muffato, a compra desse item é sempre antecipada para facilitar a venda às pequenas empresas que oferecem cestas de natal a seus funcionários. “Acreditamos que nessa categoria o crescimento será ainda maior, ficando perto dos 20%”, afirma Correa. No mês de setembro, a rede também já deu início às negociações com as indústrias do setor alimentício para a
compra de panetones. Mesmo sabendo que o maior volume de vendas acontece em dezembro, a idéia da rede é antecipar a oferta do produto para incrementar as vendas. “No Paraná teremos mais um ‘competidor’. A Nestlé está entrando com alguns itens bem atrativos”, conta o gerente. Para Adilson, ao antecipar as transações econômicas, as empresas têm a chance de melhorar a negociação, até em virtude da disponibilidade dos produtos. “Se forem comprados muito perto da época, com certeza o valor será mais alto. É a lei da oferta e da procura”, salienta. Correa diz ainda que antecipação libera as empresas da pressão em relação ao tempo para fechamento dos volumes, sendo assim possível negociar com vários fornecedores do mesmo segmento. Para o empresário da importadora curitibana Porto a Porto, Pedro Corrêa de Oliveira, antecipar-se é a chave de todo planejamento. “Quem planeja reduz sensivelmente seus erros e, conseqüentemente, aumenta seus lucros. Acho interessante que os compradores do varejo façam um workshop analisando a sazonalidade do ano passado. Com esta avaliação de acertos e erros fica mais fácil fazer o planejamento”, considera. O gerente da Adega Brasil de Curitiba, Marcus Vinicius Donegá, lembra que, neste período, as principais indústrias e importadoras apresentam as novidades
como kits promocionais e embalagens diferenciadas, visando a demanda por presentes natalinos e as comemorações das festas de Natal e Ano Novo. “Acredito que a vantagem seja surpreender o consumidor, com opções criativas e inovadoras, e, desta forma, sair na frente da concorrência”, avalia. O vice-presidente da indústria de alimentos Zaeli, Valter de Oliveira Rodrigues, lembra ainda que adquirir um mix com antecedência evita surpresas como a ruptura na oferta de um produto. “Com o aumento no volume de pedidos que estamos esperando, ficará difícil atender a todos num período curto. Por isso, é importante que a compra não fique para última hora”. O economista da Fecomércio considera também que a compra antecipada pode beneficiar o consumidor final. “As redes ou bandeiras supermercadistas que se anteciparem, em termos de negociação junto à indústria ou atacado, poderão se beneficiar em termos de melhores preços para vendas”. Outro aspecto a ser considerado em relação ao consumidor é a contratação de mão-deobra temporária, que também deve ser planejada e antecipada, na tentativa de melhorar as condições de crescimento das empresas. O alerta também é do economista Vamberto Santana. “As entrevistas, o processo de treinamento e adequação dos temporários aos padrões da
“As entrevistas, o processo de treinamento e a adequação dos temporários aos padrões da empresa é muito importante. Quem sair na frente poderá mostrar no marketing de vendas os benefícios e vantagens para o consumidor, graças às providências e aos cuidados anteriores” (Vamberto Santana) empresa é muito importante. Quem sair na frente poderá mostrar no marketing de vendas os benefícios e vantagens para o consumidor, graças às providências e aos cuidados anteriores”, explica. Segundo estimativa da Asserttem – Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário –, o setor varejista de todo país deve abrir 123 mil postos de trabalho temporário nos próximos meses para atender ao aumento de vendas no fim de ano. Este número representa um aumento de 7% sobre o número de empregos abertos no mesmo período do ano passado. A Região Sul deve responder por 37% do total de vagas, cabendo setembro - outubro 2009
Calendário ao Paraná a maior fatia entre os três estados: 9,2 mil postos. Entre os fornecedores, a expectativa de crescimento nos negócios também é mais otimista do que o índice de 10% apresentado pelo economista da Fecomércio. A importadora Porto a Porto, por exemplo, espera um final de ano 30% superior a 2008. “A crise em nosso setor já passou. Os clientes estão animados. O inverno já foi excelente para a maioria das categorias que comercializamos”, diz Pedro Corrêa de Oliveira. Para Marcus Vinicius Donegá, o fraco resultado registrado no ano passado por conta do reflexo da crise internacional criou uma demanda reprimida para 2009. “Acreditamos em um crescimento de aproximadamente 20% para este ano”. O vice-presidente da Zaeli acredita que, com a retomada da economia, a indústria conseguirá alcançar o crescimento projetado para 2009. O grupo, que fabrica 220 produtos alimentícios e os vende para 40 mil estabelecimentos em todo o Brasil, lançou no mês de setembro a sua campanha natalina com mix focado na linha de panetones, azeitonas, uva passa e ameixas.
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Cautela em aumentar preços Além dos fatos restritivos da crise já terem sido superados em sua maioria, o economista da Fecomércio aponta ainda outro fator que deve ser levado em consideração na análise do crescimento no setor para este final de ano. “Os preços deverão se manter nos níveis atuais. A concorrência é grande e o consumidor, passada a crise, está mais cuidadoso na utilização da sua renda. Quem aumentar preços, perderá clientes e abrirá espaço para a concorrência”, alerta. O gerente comercial do Super Muffato também acredita nesta conjuntura. “Normalmente algumas categorias vêm com alguma reposição de preços – ao menos a inflação –, mas, com a crise, as indústrias deverão ser mais cautelosas com relação a isso”, avalia Correia. Segundo o vice-presidente da Zaeli, se o dólar não voltar a subir, não há previsão para aumento de preços. A Adega Brasil, que nas três lojas em Curitiba acumula mais de 1,8 mil rótulos de vinhos – nacionais e importados de sete países diferentes –, além de espumantes, licores, destilados, uísques, cachaças, temperos, queijos, chocolates e conservas, também não prevê alta nos preços dos nacionais. “Mantendo-se o dólar nos patamares atuais, os importados também não devem sofrer reajustes”, considera Donegá.
“Quem planeja reduz sensivelmente seus erros e, conseqüentemente, aumenta seus lucros. Acho interessante que os compradores do varejo façam um workshop analisando a sazonalidade do ano passado. Com esta avaliação de acertos e erros fica mais fácil fazer o planejamento”, (Pedro Corrêa de Oliveira)
A queda na cotação do dólar em relação ao real – considerando as taxas de câmbio do último bimestre de 2008 e o que é sinalizado para o bimestre novembro-dezembro de 2009 – deve contribuir para que a venda de importados se eleve, de acordo com estimativa de Vamberto Santana. Com produtos importados de várias nacionalidades e categorias exclusivas de importação própria, a rede Muffato também acredita que esse final de ano será uma boa oportunidade para que os itens estrangeiros alcancem maior competitividade e ofereçam melhor rentabilidade para o setor supermercadista.
O empresário da Porto a Porto confirma que o mais interessante neste final de ano foi o destaque que o importado passou a ter no varejo brasileiro. “Vamos concentrar nossas atenções nos vinhos. A grande maioria ficou com preços inalterados, mas esperamos crescer em todas as categorias”, coloca. Segundo ele, o valor mais elevado de algumas categorias, devido à escassez de matéria prima, como bacalhau de qualidade, será compensada por outros produtos que ficaram mais baratos como os derivados de trigo e tomate.
A antecipação na compra dos produtos para o final de ano libera as empresas da pressão em relação ao tempo para fechamento dos volumes e assim torna-se possível negociar com vários fornecedores do mesmo segmento.
Entrevista
“Quando todos
participam, todos contribuem, todos se comprometem e todos lucram” Um dos palestrantes mais requisitados do Brasil quando as empresas querem sacudir seus colaboradores com idéias e insights preciosos sobre Marketing, Vendas e Motivação, o professor Liévore, como é conhecido, contabiliza mais de quatro mil eventos no Brasil e exterior. Só por aqui, já falou para auditórios lotados em empresas como Nestlé, Pão de Açúcar, Siemens, Perdigão e ALL. Nesta entrevista exclusiva à Supermix, ele fala sobre a importância da motivação no trabalho e o bom ambiente profissional como base para a satisfação de colaboradores, além de outros assuntos. Supermix: Em suas palestras, o senhor costuma abordar temas como vendas, motivação e atendimento. Estes três elementos parecem estar muito conectados e interdependentes em qualquer atividade comercial, sobretudo no varejo. Pode-se afirmar que um colaborador motivado atende melhor e, como resultado, vende mais? Liévore: Posso afirmar que um colaborador capacitado e motivado atende melhor e vende mais. Conhece a história
do incompetente motivado? Já imagine o estrago que faz. Motivação tão somente não basta, é preciso conhecimento de produtos e serviços, conhecimento dos clientes e seus concorrentes. Ah! E gostar muito do que faz. Supermix: Motivação é um dos temas mais explorados no universo corporativo, com palestras, livros e treinamentos. Qual a sua visão pessoal do que é motivação? Liévore: Segundo Abraham Maslow, psicólogo norte-americano, a pessoa vive segundo uma hierarquia de necessidades como respirar, comer, beber, ter uma moradia, segurança, emprego estável e dinheiro suficiente para estar bem. Satisfeitas essas premissas básicas estaria motivado para buscar novas conquistas. Eu penso que motivação é algo que deve brotar do íntimo de cada um, de dentro para fora. Eu sou meu grande motivador! A cada manhã, Deus me dá o melhor dia da minha vida. Depende de cada um de nós torná-lo um grande dia. O universo conspira a nosso favor. Meu espelho reflete sempre um vencedor, e o seu? Supermix: De uma forma simples, o senso comum costuma afirmar que motivação é o motivo para se fazer uma tarefa. No caso de um colaborador de uma empresa, ele tende a ver este motivo como a necessidade de
pagar suas despesas e sustentar sua família. Como alterar esta visão e tornar o colaborador mais envolvido com a empresa? Liévore: Existem três coisas importantes na vida: trabalho, trabalho e trabalho! Você pode até não concordar, mas sem trabalho não se tem nada. Salário é conseqüência e pagar contas também. Quem trabalha pelo dinheiro troca função por pagamento. Funcionário é quem tem função, colaborador vem de “lavoro” e quer dizer co-autor de um trabalho, alguém que constrói junto. Responsabilidade, determinação e compromisso são atributos básicos para carreiras de sucesso. Meu compadre Ocimar precisava aumentar as vendas do posto de combustível que gerencia e me perguntou o que fazer, eu disse: “Dê uma caixa de bombom desses sortidos e peça que seus colaboradores entreguem aos seus filhos como presente do tio Ocimar”. Você tem ideia do resultado dessa atitude? Ele investiu pouco mais de 100 reais e quase dobrou as vendas, mexeu com a emoção, mexeu com a família. O resultado é conseqüência! Despertar isso nas pessoas é atribuição das lideranças através do reconhecimento das contribuições dos colaboradores. Supermix: O que mais motiva o ser humano pessoal e profissionalmente?
Liévore: Minha carreira é minha e não da empresa para a qual trabalho. Eu sou motivado por desafios, conquistas e também quando vejo reconhecimento por aquilo que faço. Quem não gosta de elogios sinceros? Dinheiro é importantíssimo, mas é conseqüência da atividade. Se você se realiza no seu trabalho, tem tudo para estar bem com a sua família, qualidade de vida, saúde física e mental, um ambiente favorável para se desenvolver. Goste de você, goste de gente e ame o que faz. Pessoas felizes, empresas felizes, sucesso é uma conseqüência! Supermix: Motivação é algo que se transmite, se ensina, se treina ou se desenvolve? Liévore: É tudo isso! Há uma fórmula que descreve: “Genética + Ambiente = Fenótipo” (G+A=F), ou seja, na pessoa humana, certamente assim como na minha genética e na sua, não pudemos influir, a não ser agradecer aos nossos pais se eles se amavam no momento da nossa concepção. Mas o ambiente, o local onde vivo e trabalho, eu e você temos obrigação de transformálo no melhor lugar do mundo. Sorria mais, acredite em você, mesmo quando não dá. Tudo isso começa em casa, quando acorda de manhã, do primeiro “bom dia” aos primeiros “clientes” – seu pai, sua mãe, a esposa, os filhos. Lembra do “benção pai, benção mãe?” setembro - outubro 2009
Entrevista Você é o seu grande motivador e que vibra como a tudo que conquista. Supermix: Toda organização é um grande agrupamento de seres humanos, com suas histórias de vida pessoais. Ou seja, a tarefa de conduzir todo um grupo rumo a uma única direção é sempre muito difícil, pois há momentos em que o pessoal influi no profissional. Como conciliar esta questão em uma empresa? Liévore: Lembra do A de ambiente? Não existem equipes ruins, existem líderes despreparados e isso é o grande “calo” das empresas. Uma dificuldade profissional é resolvida com treinamento específico. Problemas pessoais, não. O grande desafio dos patrões, gerentes, supervisores e encarregados é criar e manter um clima organizacional que estimule toda a equipe ao compromisso com os objetivos da empresa e de cada um. Diálogo, conversas individuais, elogios em público, críticas em particular, reconhecimento por contribuições, cria ambiente propício para que líderes e liderados confiem uns nos outros e partilhem dificuldades e problemas. Pode ser o caminho! Você lembra de alguém que lhe ajudou a crescer? Nunca construímos nada sozinhos. Supermix: Salário, ambiente ou possibilidade de crescimento em 36 | supermix 124
O grande desafio [para os líderes] é criar e manter um clima organizacional que estimule toda a equipe ao compromisso com os objetivos da empresa. Diálogo e reconhecimento por contribuições criam um ambiente propício para que líderes e liderados confiem uns nos outros e partilhem dificuldades e problemas. longo prazo? O que motiva mais um colaborador? Liévore: Salário é muito importante, porém, acredito, sem medo de errar, que ambiente favorável e possibilidade de crescer na empresa estimule muito mais os colaboradores comprometidos. Como sempre, depende dos estímulos dos “chefes” em todas as esferas. Uma parte dos resultados de qualquer empresa vai para salários e benefícios dos colaboradores e isso torna todos responsáveis pela empresa lucrativa. Quando todos participam, todos contribuem, todos se comprometem e todos lucram. O que mais motiva pessoas é, sem dúvida, o reconhecimento pelas suas contribuições.
Supermix: O termo autosserviço, aplicado à definição do negócio supermercadista, vem sendo questionado nos últimos anos. A ideia, complexa de ser aplicada, é que o colaborador possa ser mais vendedor, mais ativo, ainda que o consumidor tenha autonomia para escolher seus produtos nas gôndolas. Como o colaborador de supermercados poderia ser mais vendedor? Liévore: Quando o colaborador começar a pensar como dono. A pesquisa aponta que 78% das compras de clientes indecisos entre uma ou outra marca no autosserviço passam pela opinião de um colaborador. O cliente pergunta qual [marca] deve levar e acaba optando pela indicação do profissional. Equipes bem treinadas e conhecedoras de produtos e serviços, que saibam lidar com pessoas, interessadas, comprometidas e que valorizem seu trabalho, por certo obterão maiores e melhores resultados nas vendas. Clientes não compram produtos, compram sensações. Eles compram as emoções daquelas necessidades atendidas e superadas, principalmente pelo sorriso, pela atenção, pelas dúvidas esclarecidas e as gentilezas do pessoal nas lojas. Supermix: Em sua opinião, quais os pecados e virtudes do varejo supermercadista brasileiro em vendas? Liévore: Temos, sem dúvida alguma, o melhor varejo do
mundo e a busca da excelência é um processo continuo. Lojas modernas, produtos bem expostos, variedade, promoções, tudo em um só lugar. Tudo isso, aliado ao extraordinário atendimento, é o sonho de empresários e também dos consumidores. E isso depende somente de nós. Atitude é tudo, pessoas são tudo. Sam Walton, fundador do Wal-Mart, o maior varejo do planeta, ensina que em primeiro lugar vem uma equipe bem treinada e depois clientes bem atendidos. Eu ensino que líderes comprometidos e motivados constroem e mantém equipes na mesma sintonia. Todo restante se ajusta. São detalhes. Pessoas são tudo. Ainda nesta semana presenciei um líder dando a maior bronca em um colaborador que acidentalmente derrubou as caixas de produtos ao fazer uma reposição. Na frente dos clientes. O maior pecado continua sendo o despreparo em todas as áreas. Repito: atendentes de caixas super lentos, mercadorias sem preços e preços de gôndolas que não batem com o preço nos checkouts. Vi isso agora a pouco em loja de rede grande e dono importante. Vou precisar de outra entrevista. Melhor você assistir uma palestra minha e anotar. [risos] Supermix: Motivação é a base para qualquer atividade humana, incluindo aí vender e atender o cliente. Qual a relação entre equipes motivadas e atendimento superior?
Liévore: A motivação por si só é efêmera e se desvanece na primeira bronca do chefe. Costumo dizer que a motivação dura até o primeiro “craw”, quando o chefe “craw ne nóis“! Comprometimento, garra, interesse e determinação não se ensina, se adquire e se aprimora. Desafios diários, metas e objetivos pessoais, campanhas de incentivo, treinamento continuo, meritocracia – premiação por merecimento – são ferramentas que manterão vendedores antenados e dispostos a fazer do seu local de trabalho um lugar de sucesso. Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, diz que você tem que trabalhar com gente que goste de gente. Supermix: Um dos temas de suas palestras é a construção de empresas vencedoras por pessoas apaixonadas. Como a paixão do dono pode contagiar os colaboradores? Liévore: Não é possível ter um Personal Trainer de motivação o tempo todo instigando e desafiando as equipes e nem a mãe de cada um dizendo que somos o melhor filho do mundo. Mas a obrigação de “incendiar as equipes” tem que partir do proprietário. A sacada é conseguir que cada colaborador veja e pense a empresa como ele, o dono, faz. Cada um é o gestor do seu setor de trabalho e depende de todos a sobrevivência e o crescimento da empresa. Reuniões produtivas, programas de incentivo, entusiasmo... Clima organiza-
cional sadio e entusiástico. Patrões: um bom dia sincero, um abraço, um tapa no ombro. Às vezes, vale muito mais que dinheiro! Cito de novo Luiza Helena Trajano: “Empresas concorrentes vendem os produtos que vendemos e podem copiar tudo que fazemos, só não podem copiar nossa alma”. Supermix: O que os clientes podem ensinar aos supermercadistas? Liévore: Certa vez, em um evento, um empresário me perguntou: “Professor, o cliente entrou na minha loja, pegou o carrinho, percorreu a loja inteira, largou o carrinho e foi embora sem levar nada. O senhor sabe me dizer o que aconteceu?” Eu respondi: “Se você, que estava lá, não perguntou, eu é que vou saber?”. Ana Maria Diniz, filha de Abílio Diniz do Pão de Açúcar, aprendeu a ouvir seus clientes. Instituiu uma pesquisa rápida na saída do caixa: “A senhora encontrou tudo? Faltou alguma coisa? Algum produto que a senhora gostaria de encontrar na loja? Sugestão? Reclamação? Pode passar seu endereço ou e-mail?”. A partir das respostas, muitas lojas tiveram seu mix de produtos alterado e adequado aos moradores vizinhos, com produtos e serviços direcionados às aspirações e desejos daquela população. Observe seu cliente, pense como ele, procure atendê-lo pelo menos como gostaria de ser atendido.
setembro - outubro 2009
Responsabilidade Social
apras Mulher atua também no oeste do Paraná
A doação das empresas, promovida pelo projeto, beneficia instituições que contribuem com a população da região
Por meio da arrecadação promovida pelo Apras Mulher, o braço de responsabilidade social da Apras – Associação Paranaense de Supermercados –, duas entidades sem fins lucrativos com papel de destaque no Oeste do Paraná são as beneficiadas das doações da 15ª Superoeste, realizada nos dias 13, 14 e 15 de setembro, em Cascavel, por meio da Apras, regional Cascavel. São elas a União Oeste Paranaense de Estudo e Combate ao Câncer (Uopeccan) e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, APAE, Cascavel. Com públicos e atividades distintas, essas instituições atuam no tratamento e estudo do câncer e na inclusão social de pessoas com necessidades especiais e deficiências múltiplas, respectivamente. “A iniciativa da Apras é muito importante. As doações de alimentos são primordiais em nossa instituição, tanto para o Hospital quanto para a Casa de Apoio. É essencial pelo ato e pelo exemplo que dá a todos”, 38 | supermix 124
diz Ciro Antônio Kreuz, presidente da Uopeccan, formada pelo Hospital do Câncer, Casa de Apoio e Núcleo Solidário. O hospital, com 80 leitos de internação e oito leitos em Unidade de Tratamento Intensivo, dedica 80% do atendimento a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Por dia, são atendidas cerca de 500 pessoas, oriundas de mais de cem municípios da região de Cascavel, Noroeste, Oeste e Sudoeste do Paraná. A entidade está ampliando sua atuação com um novo serviço, que irá disponibilizar transplantes de medula óssea, uma oportunidade para salvar a vida de
pacientes com doenças graves no sangue. Ela também oferece residência médica em quatro áreas desde janeiro deste ano, influenciando a formação de novas gerações de profissionais de saúde. A Casa de Apoio da instituição, que acolhe pacientes e acompanhantes de fora da cidade em período de pré e pós hospitalização, tem capacidade para 60 pessoas. A APAE Cascavel também oferece serviços de saúde e desempenha um papel importante na inserção social de pessoas com deficiência. Formada pela Escola de Educação Especial Luiz Pastemak, para crianças de 0 a 6 anos, pela Escola de Edu-
cação Especial Valéria Meneguel, para crianças com mais de sete anos, e por um programa de saúde, a entidade beneficia mais de 450 alunos e 350 pacientes por mês. “Nosso trabalho influencia nosso público de forma integral. A doação promovida pelo Apras Mulher irá nos ajudar no fornecimento de refeições, limpeza e higiene”, afirma a diretora das Escolas Especiais da APAE, Maria de Fátima Eckstein. As escolas da APAE seguem todas as disciplinas do ensino básico e fundamental, porém com metodologia de ensino adaptada às necessidades dos alunos. Para complementar as aulas, as escolas oferecem capoeira, dança, coral e atividades esportivas, como futsal, atletismo e basquete. Para sua manutenção, a área educacional conta com o apoio da Secretaria de Estado da Educação e da Secretaria Municipal de Educação de Cascavel. O programa de saúde consiste no atendimento ambulatorial por meio do Sistema Único de Saúde a pacientes da comunidade com deficiências.
como contribuir União Paranaense de Estudo e Combate ao Câncer (45) 3036-4241
“A iniciativa da Apras é muito importante. As doações de alimentos são primordiais em nossa instituição, tanto para o hospital quanto para a Casa de Apoio. É essencial pelo ato e pelo exemplo que dá a todos”. (Ciro Antônio Kreuz, presidente da Uopeccan)
“Nosso trabalho influencia nosso público de forma integral. A doação promovida pelo Apras Mulher irá nos ajudar no fornecimento de refeições, limpeza e higiene” (Maria de Fátima Eckstein, diretora das Escolas Especiais da APAE)
APAE Cascavel (45) 2101-7022 setembro - outubro 2009
Artigos
Gerente ou líder? *Por Andrea Luy
O
setor varejista, em especial os supermercados, tem passado por um momento difícil em que as empresas crescem, o número de lojas tem aumentado, mas são poucos os profissionais para compor o quadro de pessoal em todas as áreas, em especial o quadro de líderes de loja. A pergunta que se faz é se os colaboradores que esperam por uma oportunidade querem gerenciar ou liderar? Desejam um cargo ou um novo papel? São duas tarefas diferentes que deveriam estar atreladas, mas na maioria das vezes isto não acontece. Para alcançar uma gerência normalmente se define o perfil do cargo, ou até mesmo se busca o bom funcionário. Para isto, avaliam-se as pessoas por tempo de serviço, responsabilidade, experiência, habilidades no setor e, principalmente, que tenham a confiança do empresário. Já para exercer o papel de líder, as características já mencionadas não são suficientes. A palavra liderança já tem um sentido de compromisso e pode ser interpretada como a arte de pensar, de decidir e de agir. Ao líder cabe obter resultados, mas para isto é necessário que ele tenha visão do
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negócio. Deve possuir grande capacidade de comunicação e relacionamento interpessoal, conseguir influenciar pessoas sem, necessariamente, usar o poder do seu cargo mas, com transparência e respeito, conquistar a confiança do colaborador. Um líder assume riscos juntamente com o empresário, aceita trabalhar em meio a situações difíceis e gosta de enfrentar problemas. Ele desenvolve sua equipe de trabalho e busca formar colaboradores que não se limitem a cumprir ordens, mas que desenvolvam senso crítico. Ao líder atual, também se pede o planejamento do trabalho. O que anteriormente se decidia com conversas informais, hoje não funciona mais sem um planejamento administrativo, financeiro e operacional. Baseado no fato de que existem gerentes no mercado, mas não líderes, algumas perguntas foram feitas e discutidas em todo o Estado pelos comitês de Recursos Humanos promovidos pela Apras – Associação Paranaense de Supermercados. Os integrantes da mesa redonda – entre eles proprietários, consultores do varejo, professores e profissionais de RH – realizada nas cidades
de Curitiba, Londrina e Cascavel responderam às questões colocadas pelos participantes. Confira algumas perguntas discutidas nestes encontros:
Quais são as características fundamentais para o líder de Supermercado? Primeiramente foi feita uma análise e um comparativo do gerente de antes com o gerente da atualidade e muitas diferenças foram identificadas. Para exercer o cargo de gerente de loja não era necessário estudo, e tampouco senso crítico. Atualmente, os supermercados precisam de um líder informado, que tenha opinião e que seja capaz de assumir os interesses da empresa como seus. É ne-
cessário também que tenha um bom discernimento do que é bom e do que é ruim. Mas, que acima de tudo tenha atitude.
O que a empresa espera de seus líderes? A característica mencionada por todos e que continua sendo de grande importância é o caráter desse líder, pois não é possível liderar sem valores bem definidos. A empresa espera que estes vendam a alma do seu negócio. Que não somente “transpirem”, mas que pensem enquanto desenvolvem seu trabalho.
O que os funcionários esperam dos líderes?
Primeiramente, é preciso entender que uma equipe fraca é conseqüência de um líder fraco ou despreparado na sua maioria. O funcionário vê o seu líder como espelho e é bem provável que irá seguir os seus passos. Por isso, o líder que não agir com ética e que não souber relacionar-se, terá dificuldade de trabalhar com uma equipe comprometida e fiel.
um controle do giro de estoque? Tem tido reclamações trabalhistas feitas pelos funcionários? Os conflitos funcionais estão sendo resolvidos ou evitados? Se estas perguntas não têm uma resposta positiva, deve ser reavaliado se quem está ocupando o cargo está gerenciando ou liderando.
Ao líder cabe fazer um “contrato psicológico”, ou seja, realizar muito mais do Os gerentes e encarregados atuais estão preparados para que o seu cargo pede. Exercer um papel é mais importante liderar? Algumas questões foram ledo que cumprir obrigações! vantadas ao se responder esta pergunta. Como está o clima *Andrea Luy é psicóloga e gerente de organizacional da empresa? treinamentos do Iespar Como está o índice de absenteísmo? O turnover? Ele tem
Artigos
Você está sabendo ouvir o cliente? *Por Cláudio Shimoyama
P
ercebe-se que as empresa estão mais preocupadas em atrair novos clientes do que manter os seus clientes atuais. Oferecem benefícios para o novo cliente e esquecem daquele que é fiel. As empresas não estão investindo em informações oportunas, fundamentais para um planejamento mercadológico e para aumentar as vendas. Elas precisam aprender a ouvir mais os seus clientes e funcionários para serem capazes de identificar as oportunidades de melhorias e, consequentemente, aumentar o volume de vendas. O que se pode observar é um consumidor mais exigente e impaciente, com voz ativa para 42 | supermix 124
determinar alterações nos produtos oferecidos pelas empresas. Este novo perfil está sendo responsável pelo redirecionamento na forma de interação entre as organizações e seus clientes. Ouvi-los atentamente tem mostrado bons resultados. A central de reclamações transformouse em um canal de relacionamento que vem contribuindo para modificações dos produtos em função das sugestões encaminhadas pelos próprios consumidores. As empresas estão avançando, mas ainda há um longo caminho a percorrer, conforme mostram as estatísticas dos mais diferentes órgãos de defesa do consumidor espalhados
pelo Brasil. Percebe-se que as campeãs do ranking das reclamações são as prestadoras de serviços essenciais, como a telefonia, por exemplo. Apesar dos esforços para aumentar o grau de satisfação do cliente, muitas empresas ainda não estão suficientemente preparadas para cumprir as principais exigências de um bom Serviço de Atendimento ao Cliente. Essa ferramenta é fundamental para conhecer as necessidades do cliente. O serviço de pós-venda é uma forma de a empresa avaliar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos a eles. Estamos na era do marketing de relacionamento, em que a interação com os consumidores leva as empresas a descobrirem outras formas mais eficientes de atendimento. Estudos mostram que o atendimento está em primeiro lugar como um fator que mede a qualidade do serviço. E o relacionamento é uma forma da empresa estar monitorando o ambiente de compra, mantendo o cliente sempre mais próximo e evitando que a concorrência seja percebida por ele. Administrando as contigências de compras, a empresa estará mantendo um relacionamento duradouro com seus clientes. Além das compras, sabe-se que eles – os clientes – estão em busca de um relacionamento em que se sintam valorizados. E quanto maior o foco no cliente, melhor será o resultado.
Cláudio Shimoyama é professor e diretor da Datacenso.
setembro - outubro 2009
Artigos
Vencendo com as pessoas... *Por professor Menegatti
Toda empresa para ser vencedora, todo negócio para ser extraordinário, depende de equipes vencedoras. A capacidade de lidar com pessoas faz a diferença entre aqueles que se destacam e os que ficam na mediocridade. Por isso, para formar uma equipe vencedora é preciso encontrar pessoas certas para ocuparem os cargos certos, que possam usar seu potencial e decolar para o sucesso. Esta é, talvez, a mais dura atribuição de um líder moderno. Li sobre a fórmula ideal para a construção de um time vencedor. Segundo um especialista em formar líderes, esta se baseia no princípio dos 3C’s, 44 | supermix 124
em que cada “C” significa uma qualidade essencial àqueles que desejam fazer parte ou manterse neste time. São eles:
1º.“C” diz respeito ao Caráter, que gera confiança. Intrínsecos a esta característica encontramos e evidenciamos a honestidade, humildade, confiabilidade, o profissionalismo, a ética e até mesmo a demonstração de entusiasmo em servir ao grupo. O caráter é mais importante que a competência, porque um lapso de caráter causa problemas com extensas conseqüências, ao passo que um lapso de competência pode ser aceito. 2º.“C” se refere à Competência. Procure membros que tenham o mais alto nível de competência. As empresas perseguem implacavelmente os resultados. E resultados são frutos de competência. Segundo Peter Drucker, as pessoas ideais para formar sua equipe não estão descontentes e nem desempregadas, ao contrário, estão delirantes de felicidade e contribuindo para estabelecer recordes em algum lugar, além de adorarem o am-
biente em que trabalham. Portanto, diz Drucker: vá atrás dessas pessoas, busque pela competência comprovada. 3º.“C” vem de Combinação. Isso mesmo! Os atuais e também os novos membros devem e precisam manter um relacionamento apropriado com a liderança e com os demais membros da equipe. Precisam combinar entre si. A maior parte do tempo é passada com pessoas, por isso, a necessidade delas apresentarem uma estreita combinação no relacionamento interpessoal. Um estudo consistente mostra que 87% das pessoas que fracassam na vida e no trabalho o fazem não por falta de capacidade ou competência, mas por não se relacionarem bem com os outros. Muita gente se concentra primeiro em desenvolver talentos e habilidades, tais como aprimorar a capacidade de comunicação e liderança ou expandir sua base de conhecimentos, mas esquece que os bons relacionamentos (combinação) formam a base para as grandes conquistas, a verdadeira matéria-prima do sucesso. Uma das formas de fazer com que as pessoas combinem no ambiente de trabalho, agindo e interagindo em harmonia, é a atenção que é dada a estas pessoas, especialmente por quem exerce a liderança, seja um gerente, um supervisor ou um chefe de seção. Uma boa ilustração de tudo o que foi descrito vem de um pesquisador de Harvard chamado Elton Mayo que, em 1927, fez uma experiência numa grande fábrica dos Estados Unidos, com o objetivo inicial de
estudar a fadiga, os acidentes no trabalho, a rotação do pessoal e o efeito das condições físicas de trabalho sobre a produtividade dos empregados. A primeira etapa da experiência consistia simplesmente em aumentar as luzes da fábrica. Constataram que a produtividade dos trabalhadores aumentou. Quando estavam se preparando para estudar outra faceta, a higiene do trabalhador, sem qualquer aviso prévio os pesquisadores diminuíram as luzes para não misturarem as variáveis. Adivinhe o que aconteceu com a produtividade do trabalhador? Continuou aumentando! Portanto, chegaram à conclusão de que o aumento da produtividade não foi causado pelas lâmpadas mais fortes, mas pelo fato de estarem prestando atenção às pessoas. Isso ficou conhecido na época e é ensinado até hoje nas universidades como o “efeito Hawthorne”. O que podemos concluir com isso é que as pessoas estão carentes e essa pesquisa mostra isso. Seu cliente está carente, seus funcionários estão caren-
tes, sua família está carente. Quantas pessoas andam pelos corredores das empresas, nos departamentos de compras sem serem notadas? Sem receber um bom dia, ou um simples, mas valoroso “como vai?”. Sam Walton, fundador da maior rede de varejo do mundo dizia: “meu negócio é PESSOAS”. Independe do ramo de atividade, esse deve ser também o nosso negócio. Então, se você deseja vencer com as pessoas, acredito que está mais do que na hora de reconhecer o quanto elas são importantes para nossa vida, nossa carreira e nosso sucesso!
*Professor Menegatti é conferencista e também escritor. setembro - outubro 2009
Artigos
E seu fosse você? Troca de papéis – O senhor Mamãe vai às compras! *Por Samanta Puglia
Resumo Nos últimos 20 anos, os lares americanos vem vivenciando alterações nos papéis tradicionais, com homens assumindo um percentual muito maior nas compras da casa que no passado. Quase um terço dos homens são agora os principais compradores. Com mais homens nos corredores, os profissionais de marketing devem entender melhor como isso impacta nas vendas de marcas e como atingir esse segmento crescente de compradores. As duas décadas passadas testemunharam uma total reversão de valores tomando corpo: os papéis tradicionais de homem e mulher estão sendo redefinidos para melhor refletir as novas características sociais de hoje.
Mudança de regras Desde 1985, está acontecendo uma dramática mudança na importância dos homens como principais compradores nos Estados Unidos. Diversos fatores estão contribuindo para essa tendência. Primeiro, as múltiplas variações dos formatos de famílias. Desde uma família onde os dois pais trabalham, para lares com pais solteiros, uma geração mais nova está sendo exposta a novas regras. Segundo, os americanos estão esperando mais para se casar. De acordo com o US. Census Bureau, em 2008, a idade média do primeiro casamento era de 27,4 para homens e 25,6 para mulheres versus 25,9 para homens e 23,6 para mulheres em 1988. Por último, os americanos estão vivendo mais e, conforme vão se aposentando, os homens daquela geração es46 | supermix 124
tão fazendo mais compras do que seus pais e avós jamais fizeram. No Brasil, a realidade não é muito diferente. Os dois últimos censos demográficos (1990/2000) realizados por aqui, a partir de dados do registro civil, revelaram que, nos últimos anos, observase um aumento geral na idade de casar, tanto para o primeiro casamento de homens e mulheres, quanto para todos os casamentos de ambos. Considerando-se o primeiro casamento, a idade média ao casar dos homens passou de 25,8 anos em 1990, para 27,4 anos em 2000, enquanto que a das mulheres oscilou de 22,8 anos em 1990, para 24,3 anos em 2000.
A Evolução dos Homens como Principais Compradores 1985
1991
1997
2003
2009
14,3%
20,9%
26,1%
28%
31,2%
Nos Estados Unidos, atualmente, quase 1/3 dos homens são os principais compradores dos lares. Com mais homens nos corredores das lojas, torna-se fundamental aos profissionais de marketing entender como atingir esse segmento crescente de compradores.
Aumento de presença O artigo “Segredos dos compradores do sexo masculino”, publicado em setembro de 2006 pela revista Business Week, concluiu que “homens compram, mulheres fazem compras”, o que quer dizer que homens e mulheres possuem prioridades diferentes quando andam pelos corredores das lojas. Essas diferenças são importantes para se levar em conta ao focar em compradores masculinos. Dados da Nielsen, nos Estados Unidos, demonstram que enquanto as mulheres dominam o número de idas às lojas em todos os canais, com exceção das lojas conveniência e postos de gasolina, a sua participação em visitas está diminuindo em todos os canais desde 2004. Por outro lado, a participação dos homens nas idas às lojas segue o caminho oposto, crescendo em todos os canais, com uma maior participação em lojas de conveniência, postos de gasolina, clubes de compras e supermercados.
Enquanto as mulheres superam as compras dos compradores masculinos por viagem em todos os canais de varejo, a diferença na média de gastos não é tão grande quanto se poderia esperar. O fato de que mulheres costumam fazer com-
pras mais planejadas do que os homens é uma explicação para o maior gasto em dólares.
A Evolução dos Homens como Principais Compradores 2004 Atacado Hipermercado Supermercado Farmácia Conveniência
Homem 80,48 45,36 27,49 18,15 8,93
Em geral, os homens estão aumentando substancialmente o tamanho das compras em todos os canais, especialmente nos supermercados. Por outro lado, a participação das mulheres caiu. No canal supermercado, a participação dos ho-
Participação na frequência de visitas às lojas 2004
2008/2009
Homem
70 66 63 63 46
69 65 61 61 45
Mulher
30 34 37 37 54
31 35 39 39 54
Hipermercado Farmácia Supermercado Atacado Conveniência
2008/2009 Mulher 84,96 60,16 37,44 21,79 12,19
Homem 93,26 52,25 41,67 21,04 16,00
Mulher 99,49 69,12 43,50 24,96 20,34
mens aumentou de 30 para 38%, um aumento de 27%, contra uma queda de participação das mulheres de 11%. E eles não compram só cerveja! Um estudo conduzido pela ESPN para avaliar os dados de vendas da Nielsen, baseados na presença do homem “chefe da casa” como o comprador principal ou secundário, geraram algumas revelações inesperadas. De 2006 para 2008, houve uma tendência que se destacou tanto no valor gasto pelos homens quanto sua freqüência de compras. As ocasiões onde os homens eram os compradores principais ou secundários cresceram de 4 a 3% durante esse período de dois anos e o gasto total aumentou 8 a 7%, respectivamente. setembro - outubro 2009
Artigos Tendência de vendas Os hábitos de compras dos homens no papel de compradores principais Enquanto um grande percentual do dinheiro gasto por eles está em categorias bastante previsíveis como produtos de cuidados pessoais, bebidas alcoólicas, tinturas para homens (86%), produtos para depilação masculina (84%), gim (83%); scotch (81%) e produtos pré barbear (80%), uma espiada mais detalhada nas suas cestas de compras revelam que eles estão fazendo compras para a família também. Mais da metade das cestas dos homens que eram os principais compradores possuíam itens que indicavam que não estavam fazendo compras apenas de uso pessoal, exemplos incluem peixe enlatado (61%), sucos e bebidas refrigeradas (61%), pratos prontos (59%), chá (57%), pratos congelados (55%), barras saudáveis e sticks (54%), carnes refrigeradas (53%), iogurte refrigerado e shakes (52%) e sabão para lavalouças (52%).
1) Programações que são primariamente femininas (novelas e programas de televisão a cabo voltado para o público feminino); 2) Programas masculinos e femininos (jornais); 3) Programa focados no público masculino (principalmente canais de esporte). A Nielsen conduziu uma análise com o objetivo de avaliar se um determinado pacote de marketing estava atraindo usuários masculinos e femininos para uma determinada marca de remédios para gripe. Os resultados indicaram que os usuários masculinos somavam 48% do total e que 48% das vendas da marca vinham de visitas às lojas, nas quais o homem “chefe da casa” era o comprador primário/secundário. A participação dos homens como público alvo das veiculações de mídia é desproporcional à participação dos homens nas vendas da marca.
Impactos em estratégia de míMédia de Gastos em Dólar da dia Anunciantes precisam aval- Cesta de Compras iar a importância das compras feitas por homens no volume total da sua marca e também das concorrentes para determinar quanto a mídia atual atinge os compradores masculinos. A mídia tradicional tende a se encaixar em três categorias: 48 | supermix 124
Embora o pacote de anúncios incluísse uma grande variedade de canais de televisão aberta e a cabo, o mesmo era focado primariamente em atrair mulheres e adultos. Canais esportivos eram responsáveis por apenas 2% do alvo atingido pelo pacote de anúncios. Esse mix resultou em uma programação na qual apenas 38% das veiculações da marca atingiam homens – muito menos do que o correspondente proporcional de usuários da marca. O homem como comprador principal não é uma tendência nova, uma vez que os profissionais de marketing já vêm lutando para entender este segmento por mais de 20 anos. Porém, quanto mais estes profissionais aprendem sobre onde e o que este segmento compra, mais capazes eles são de guiar o posicionamento da marca e determinar o público alvo dos anúncios. Artigo adaptado da publicação Nielsen – Consumer Insights Apoio de Melissa Iamin. *Samanta Puglia executiva de atendimento ao varejo da Nielsen.
Participação da marca nas vendas
Participação de impressões alvo da marca
Homem
Mulher
Homem
Mulher
48
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Espaço Jurídico
Logística reversa eficiente: Central de Valorização de Materiais em São José dos Pinhais O projeto prevê capacidade para processar três toneladas/dia de material reciclado recolhido por catadores de Curitiba e Região Metropolitana
U
ma boa novidade veio do campo da logística reversa. Em setembro, o Ministério Público do Meio Ambiente se manifestou dando o formal apoio ao projeto da Central de Valorização de Materiais, uma proposta do Sindibebidas – Sindicado das Indústrias de Bebidas em Geral, do Vinho e Água Mineral do Estado do Paraná – em parceria com a Afrebras 50 | supermix 124
– Associação de Fabricantes de Refrigerantes do Brasil – e outras 40 empresas envolvidas. O projeto é uma resposta às notificações do Ministério Público do Meio Ambiente e da Sema – Secretaria de Estado do Meio Ambiente – às empresas sobre o cumprimento da legislação ambiental que prevê responsabilidade sobre os resíduos gerados (Lei 6938, de 1981).
A Central de Valorização de Materiais tem o objetivo, como o nome já diz, de valorizar o material recolhido por catadores, dar tratamento padronizado e vender o resíduo reciclado de forma mais vantajosa. A organização não-governamental responsável pela operação é o Instituto Lixo e Cidadania. Para viabilizar o projeto, as empresas irão custear os equipamentos
da Central num investimento de cerca de 300 mil reais, e o terreno com o barracão onde ela vai funcionar será cedido pela prefeitura de São José dos Pinhais. Fazem parte do grupo a Spaipa, Hugo Cini, Ouro Fino, Refrigerante Ligiane, Inbeb, Nestlé do Brasil, Cargill, Perdigão, Master Foods, Wow e Quero Alimentos (Coniexpress S/A). O projeto aguarda a manifestação formal da Sema mas, segundo o secretário executivo do Sindibebidas, Luiz Roberto dos Santos, a Secretaria participou do processo e o andamento está positivo, sendo que a Central deve entrar em operação até o final do ano. De acordo ele, o projeto é uma iniciativa sócio-ambiental propondo a profissionalização da atividade de preparo do material reciclado para venda, fazendo com que todos na cadeia ganhem. “Chegamos a um consenso a partir do debate de idéias e propostas. Foi essencial o diálogo com o Ministério Público do Meio Ambiente e com a Sema”, afirma Luiz Roberto. Para o coordenador do Instituto Lixo e Cidadania, Sergio Roberto Faria, o projeto é uma importante iniciativa das empresas para apoiar a ação dos catadores e a etapa de venda dos materiais reciclados. “Vamos agir para padronizar os materiais que chegam, vendê-los em melhores condições e maiores quantidades para a indústria”,
complementa Faria. Inicialmente, farão parte da Central 30 arranjos coletivos de catadores de papel de Curitiba e Região Metropolitana. A estimativa é que sejam processadas cerca de três toneladas de lixo reciclável por dia, incluindo PET, garrafas e papelão. Faria informa que a Central terá condições, por exemplo, de picotar as garrafas PET de acordo com a cor, o que contribui com a comercialização. A Apras – Associação Paranaense de Supermercados – vem acompanhando de perto o andamento das ações do Ministério Público do Meio Ambiente e da Sema, participando de reuniões que incluem temática que abrange o setor supermercadista, mobilizando e atualizando empresários. De acordo com o superintendente da Apras, Valmor Rovaris, a logística reversa é o tema do ano e deve continuar em pauta por um bom tempo. “O setor supermercadista precisa fazer a sua parte, contribuindo na educação sobre separação de materiais e na disposição de postos de coleta nas lojas. No entanto, é necessário que a indústria utilize o material reciclado para que o ciclo se feche. Produzir este material reciclado de uma forma padronizada e em maior volume é um importante passo”, afirma ele. A logística reversa está entre as prioridades da Apras na questão ambiental. Além de
participar ativamente das reuniões multisetoriais sobre o tema e promover eventos para representantes do setor, a entidade realiza campanhas como a da sacola não retornável, em parceria com a Associação Comercial do Paraná, produz materiais de comunicação sobre o tema, e estimula os supermercados na efetivação de ações.
Mais mobilização Em outra etapa deste processo também surgem novidades para o setor, ampliando o conhecimento de tecnologias e matérias-primas disponíveis. No início de setembro, o Núcleo Executivo do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial da Fiep – Federação das Indústrias do Estado do Paraná – mostrou a lideranças paranaenses um novo tipo de sacola, compostável em até quatro meses no solo, diferente da oxibiodegradável. Produzida com tecnologia alemã e desenvolvida pela Basf, a matéria-prima é transformada pela empresa Ladal. “Ainda por falta de escala, o produto sai mais caro que a matéria-prima da sacola atual. Mas isto pode ser uma questão de tempo. É uma alternativa para eliminarmos os problemas que o plástico traz ao meio ambiente”, afirma Carla Mocellin, coordenadora do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial da Fiep. setembro - outubro 2009
Espaço Apras Superoeste encerra mais uma edição de grandes negócios Entre os 90 estandes que estiveram expondo na 15ª edição da Superoeste – Feira e Convenção Regional de Supermercados – entre 13 e 15 de setembro, o destaque foi para os fornecedores, atacadistas e distribuidores que apresentaram novidades em produtos e serviços para o segmento supermercadista. Foram três dias de público seleto e grandes negociações entre indústria e varejo. A expectativa que era de aumentar em 5% o número de inscritos em relação a 2008. Ainda no primeiro dia de evento ele atingiu 30%. Até as 15 horas de terça-feira, passaram pelos checkouts na entrada do evento, mais de 5,5 mil pessoas. Ao seu final, a feira havia recebido quase sete mil visitantes. Mais que uma feira apenas de negócios, as presenças de Alfredo Rocha e do Professor Liévore consagraram o evento como lugar também para aprender, e em se tratando de cliente, é sempre bom aprender. Na segunda-feira, Rocha trabalhou com o tema “Liderança e Gestão de Pessoas”. Numa abordagem bem humorada, mostrou a importância do investimento em pessoal e de como a inovação é uma ferramenta fundamental para o crescimento dos negócios. Na tarde de terça-feira, o professor Liévore levantou 52 | supermix 124
a plateia e, numa palestra de motivação, ensinou aos participantes como aprender com os clientes. Algumas horas antes do encerramento da feira, a atuação do Apras Mulher foi marcada pela arrecadação das doações de expositores e direcionada a entidades beneficentes de Cascavel como: UOPECCAN – União Oeste Paranaense de Estudo e Combate ao Câncer – e APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. Como nos anos anteriores, os expositores tiveram excelente participação e foram arrecadadas inúmeras unidades de material de higiene e limpeza e toneladas de alimentos. Segundo o presidente da Regional Cascavel, Luciano Fabian, a cada edição a Superoeste consegue superar os recordes dos anos anteriores. “Esse é o sinal da confiança que os fornecedores depositam na entidade, que já incluem a feira como evento obrigatório nas estratégias anuais de comercialização, divulgação de marcas e lançamentos de produtos e serviços”, garante.
Guarapuava inicia mais uma turma de ‘Formação Gerencial’ Iniciou no dia 17 de setembro, na cidade de Guarapuava, a 24ª turma do curso Formação Gerencial, treinamento coordenado pelo Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados, por meio da Apras Regional Guarapuava, no qual reuniu 18 alunos advindos dos supermercados: JM (Município de Pinhão), Pauletti (Município de Rio Bonito do Iguaçu), Rotonis (Distrito de Entre Rios), Nahm (Município de Boa Ventura de São Roque), Bodegão (Município de Guarapuava) e Superpão (Município de Guarapuava). O curso, em sua aula inaugural, teve a presença de Andréia Luy, coordenadora do Iespar no Paraná, do Instrutor Alekssandro de Oliveira Antonio e da Maria Edna Doliveira, funcionária da Apras Guarapuava. O curso terá 200 horas/aula de duração, correspondente a um ano de curso, com o objetivo de formar lideranças dentro do setor supermercadista.
Associados acompanham palestra sobre nota fiscal eletrônica Iniciou no dia 17 de setembro, na cidade de Guarapuava, a 24ª turma do curso Formação Gerencial, treinamento coordenado pelo Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados, por meio da Apras Regional Guarapuava, no qual reuniu 18 alunos advindos dos supermercados: JM (Município de Pinhão), Pauletti (Município de Rio Bonito do Iguaçu), Rotonis (Distrito de Entre Rios), Nahm (Município de Boa Ventura de São Roque), Bodegão (Município de Guarapuava) e Superpão (Município de Guarapuava). O curso, em sua aula inaugural, teve a presença de Andréia Luy, coordenadora do Iespar no Paraná, do Instrutor Alekssandro de Oliveira Antonio e da Maria Edna Doliveira, funcionária da Apras Guarapuava. O curso terá 200 horas/aula de duração, correspondente a um ano de curso, com o objetivo de formar lideranças dentro do setor supermercadista.
Espaço Apras Presidente da regional Curitiba é “Guerreiro do Comércio”
Apras Mulher promove arrecadação no interior do Estado
A Fecomércio/PR promoveu no dia 17 de julho, nas dependências do Paraná Clube, mais uma edição do prêmio “Guerreiros do Comércio”, que tem como objetivo valorizar o trabalho dos empresários que, mesmo diante de inúmeras dificuldades, contribuem para o desenvolvimento e progresso do Estado e também do País. Foram premiados 54 empresários paranaenses que atuam no comércio de bens, serviços e turismo, indicados por sindicatos do Paraná filiados à Fecomércio. Entre eles, o presidente da regional Curitiba, senhor Irineu Ferrari, que ao lado de Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio de Santa Catarina e Pedro Joanir Zonta, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios, Minimercados, Supermercados e Hipermercados de Curitiba, Região Metropolitana de Curitiba e Litoral do Paraná e também presidente da Apras – Associação Paranaense de Supermercados, recebe um troféu em homenagem ao seu esforço e dedicação.
A Apras – Associação Paranaense de Supermercados por meio da regional Guarapuava realizou nos últimos dias 04 e 05 de setembro, mais uma arrecadação de alimentos, artigos de limpeza e higiene pessoal promovido pelo Apras Mulher, projeto de responsabilidade social da entidade. A campanha foi lançada em julho e, desde então, tem aumentado seu número de doações, voluntários e supermercados participantes. Duas entidades beneficentes da região estão sendo beneficiadas: a Fraternidade Toca de Assis e a Comunidade Bethanea, ambas com trabalho reconhecido e respeitado pela população de Guarapuava. A iniciativa tem como objetivo desenvolver e apoiar campanhas sociais, colaborar com entidades filantrópicas, promover o desenvolvimento profissional da comunidade em geral e auxiliar empresários supermercadistas na instituição de projetos sociais. Em nome da Apras regional Guarapuava, queremos agradecer as duas entidades que mobilizaram seus voluntários para recolher as doações, assim como todas as lojas que têm contribuído com o projeto. A entidade já registrou o interesse de outros supermercadistas em aderir à campanha, como demonstração da credibilidade que o Apras Mulher conquistou desde seu lançamento e também o bom coração dos associados da região centro-oeste.
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Espaço Iespar Mais colaboradores buscando a profissionalização no Varejo Supermercadista! “Administração de capital de Giro – A teoria na Prática” A Apras, regional Irati, teve o prazer de contar com a presença de empresários e gerentes da região na cidade de União da Vitória para assistir ao palestrante Milton Rui Jaworski, que falou sobre estratégias básicas de administração do capital de giro das empresas supermercadistas.
os supermercados precisam rever sua cultura e formar gerentes que, além da habilidade no trabalho, tenham conhecimentos, que estejam em constante desenvolvimento profissional e que, além de “transpirar” pela empresa, possuam senso crítico. Além do tema trabalhado, contamos com a apresentação da pesquisa salarial que foi realizada no estado pela Apras/Iespar com o auxílio do Datacenso – Instituto de Pesquisas.
Apras realiza “workshop de RH no varejo” Nos meses de agosto e setembro, a Apras – Associação Paranaense de Supermercados – por meio do Iespar promoveu a realização do “workshop de RH no Varejo” nas cidades de Curitiba, Londrina e Cascavel. O tema abordado foi “Os Verdadeiros Líderes no Supermercado”. Os presentes contaram com a presença de alguns empresários supermercadistas, profissionais do varejo, professores e especialistas em Recursos Humanos numa mesa redonda para discutir o tema. Tivemos o prazer de ter conosco o proprietário da rede Festval, senhor Carlos Beal, em Curitiba e em Londrina, o senhor Renato Almeida, da Rede Almeida Supermercados. Contamos também com a participação dos professores Ronaldo Rangel, Sandra Catarina Alves, Maria Cristina Consalter e Lígia Miura, cada um contribuindo em suas respectivas regiões. O assunto foi muito bem trabalhado por todos e uma das conclusões colocadas – e que serve para o Estado do Paraná como um todo – é que
Curso de Design e Decoração O curso será oferecido em todas as regionais da Apras – Associação Paranaense de Supermercados no Paraná. Vamos preparar colaboradores para a comunicação de loja no período de final de ano. As aulas serão ministradas nos meses de outubro e novembro. Outras informações na regional Apras mais próxima. (Curitiba, Litoral, Ponta Grossa, Cascavel, Londrina, Maringá, Guarapuava, Irati e Jacarezinho) setembro - outubro 2009
Plataforma Coamo lança novo café extra-forte
Miolo lança 3ª geração da linha Seleção
O novo Café Sollus Extra Forte, em embalagem tipo almofada de 250g e 500g, integra o novo portfólio de Alimentos Coamo e faz parte da estratégia de crescimento da cooperativa na área alimentícia. Os Alimentos Coamo são fabricados com alta tecnologia, obedecendo aos rigorosos critérios das Boas Práticas de Fabricação (BPF), dos programas de qualidade e segurança alimentar.
A Vinícola Miolo comemora o aniversário de 15 anos do vinho Seleção. Para celebrar, a Miolo apresenta a 3ª geração da linha, que envolve mudança de corte na elaboração do vinho e nova identidade visual. O vinho tinto passa a ser produzido com as uvas Cabernet Sauvignon e Merlot. É equilibrado e com final de boca agradável. O vinho branco é elaborado com corte de uvas Chardonnay e Riesling, apresentando leve intensidade de cor amarelo-claro. O vinho rose, também com nova rotulagem, continua sendo elaborado com corte de Cabernet Sauvignon e Merlot leve e jovem.
Versão mini do chocolate Bis chega ao Sul do Brasil A Kraft Foods Brasil traz para a região Sul do país o Mini Bis. Essa versão chega aos supermercados em copo de 150g e pacotinho de 30g, com preços sugeridos de R$ 4,20 e R$ 1,00, re- Ades lança sabor exclusivo de Doce de Leite spectivamente. O produto será lançado primeiro na região Sul, onde o consumidor é considerado um dos mais exigentes do Brasil. A ideia é oferecer praticidade ao consumidor, já que o produto vem em embalagens fáceis de serem transportadas.
Ades incorpora mais um sabor à sua linha Original: Doce de Leite. A novidade alia o pioneirismo aos benefícios nutricionais da linha e chega ao mercado como primeiro produto à base de soja com sabor Doce de Leite. Fortifi56 | supermix 124
cada com cálcio, em quantidade equivalente ao leite animal (240mg/200ml), e micronutrientes, além de saboroso e nutritivo, oferece várias possibilidades de consumo, puro ou combinado com outros alimentos. Toda linha Original conta com embalagens modernas.
Yoki leva a alegria das festas de fim de ano ao varejo A Yoki leva ao varejo os tradicionais produtos consumidos nessa época, em embalagens com motivos alusivos à data. A lentilha, um dos itens mais tradicionais das festas de fim de ano, traz boa sorte e fartura a quem comê-la na noite da virada de ano. A Yoki acaba de lançar o Sopão de Lentiha com Macarrão e Bacon, uma versão prática e saborosa preparada com os temperos do Brasil. A novidade chega para fazer parte da linha de Sopas Kitano em embalagem que rende até oito pratos e custa R$ 2,98.
o novo líquido limpador sanitário Desoflor, que deixa o banheiro o dia todo com o frescor e o perfume das flores do campo. A cada ação, ele limpa e perfuma de uma só vez. A linha possui quatro fragrâncias: Ocean fresh (flores de harmonia), Lavander (flores de amor), Silvestre (flores de esperança) e Frutal (flores de vitória).
Linha de fraldas e absorvente com conforto e segurança Esta linha de fraldas geriátricas, absorvente pós-parto e noturno é fabricada com matéria prima de excelente qualidade e antialérgica, procurando atender bem as necessidades dos usuários proporcionando conforto e segurança.
Mais completa e moderna
A Desoflor acredita no poder das flores
A linha Tênis Sec traz embalagens atrativas e diferentes para os pontos de venda. O aerossol com jato seco é dermatologicamente testado e vem em três diferentes fragrâncias, incluindo a versão teen, antitranspirante, antisséptico e refrescante.
Inspirada pela natureza, a Desoflor foi buscar as fragrâncias florais mais perfumadas para lançar
setembro - outubro 2009