sumário DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2009/2012
26 A vez dos orgânicos Produtos orgânicos têm grande potencial de consumo matéria de capa
22 Entrevista - Bill Taylor O Senhor da indústria de bebidas
32 Entrevista “Atendimento espetacular é vender com o coração”
14 Autosserviço O cliente precisa ser recebido com cordialidade
05 Palavra do Presidente 06 Editorial 08 News 16 Perfil 18 Calendário
30 Jurídico 36 Responsabilidade Social 38 Artigos 50 Espaço Apras 53 Espaço Iespar 54 Plataforma
Presidente Pedro Joanir Zonta (Condor Supermercados) Primeiro Vice-Presidente Luiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.) Vice-Presidente Financeiro Daniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA) Vice-Presidente de Patrimônio João Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta) Vice-Presidente de Capacitação Mauricio Bendixen da Silva (A. Angeloni & Cia LTDA.) Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA) Vice-Presidente Segurança Luiz Alberto Leão (Condor Supermercados) Vice-Presidente Eventos Everton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.) Vice-Presidente Expansão Alceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA) Vice-Presidente de Segurança Alimentar Nelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli) Vice-Presidente Relações Sindicais Ademar Vedoato (Supermercados Viscardi) Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal) Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA) Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.) Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA) Vice -Presidente Adjunto Cezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Rodolfo Pankratz Haroldo Antunes Deschk Dercio Domingos de Costa Conselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos Edson Zamprogna Claudia Maria Dalmora Presidente Regional Sul - Ponta Grossa Sergio Jasinski (Supermercado Jasinski) Presidente Regional Norte - Londrina Valdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Presidente Regional Oeste - Cascavel Luciano Fabian (Supermercado Fabian) Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco Vinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA) Presidente Regional Noroeste - Maringá Roberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci) Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho Luiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes) Presidente Regional - Curitiba Irineu Ferrari (Ferrari & Cia LTDA) Presidente Regional - Irati Paulo César Ivasko (Supermercado Ivasko) Presidente Regional - Guarapuava Daniel V. Hyczy (Supermercado Superpão) Conselho Permanente Everton Muffato Pedro Joanir Zonta Ruy Senff Sidney Schnekemberg Eduardo Antonio Dalmora Romildo Ernesto Conte Roberto Demeterco Superintendente Valmor Antônio Rovaris Diretor Comercial Walde Renato Prochmann
Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato Diretor Comercial Walde Renato Prochmann Jornalista Camila Manssour Tremea Redação Fabio Pinheiro Departamento Comercial Patrícia Bernardi e Rosicléia Jonas Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 E-mail: supermix@apras.org.br Diagramação Samuel Rodrigues Revisão Paulo Roberto Maciel Santos Fotos Alex Santos Pré-Impressão (CtP) e Impressão Maxi Gráfica e Editora Ltda. Tiragem 13.000 exemplares Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix pertence ao patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e é o seu órgão oficial de divulgação. Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80050-040 Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR apras@apras.org.br / www.apras.org.br Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados.
Caro leitor, Estamos iniciando o segundo semestre do ano. Desde que reassumi a presidência da Apras – Associação Paranaense de Supermercados –, já realizamos a Supernorte, em Londrina, um jantar Espaço do Fornecedor e, em breve, vamos promover o tradicional Jantar Festivo. Esta é a prova da dedicação com que temos trabalhado na busca de nossos objetivos como entidade. Mesmo diante da insegurança instalada em alguns setores da economia por causa da crise, os resultados que estamos colhendo mostram como o segmento supermercadista tem impulsionado o mercado a crescer. Uma pesquisa divulgada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – aponta que as vendas dos supermercados são um exemplo da influência que o aumento da massa salarial e o comportamento dos preços exercem na economia. Para continuarmos com um bom desempenho frente às demais forças econômicas do Paraná, precisamos da união do setor. Por isso, temos trabalhado para melhorar ainda mais a forma de gerir a entidade para podermos continuar crescendo. É preciso continuar inovando a maneira como administramos a associação no Estado para desenvolver as potencialidades que o varejo todo oferece. A diretoria anterior já fez um excelente trabalho, mas temos sempre o dever e a responsabilidade da continuidade. Assim, teremos um quadro efetivo de associados ainda maior e, conseqüentemente, estaremos com a força do setor em nossas mãos, prontos para lutar pelos direitos e defender os interesses do nosso negócio. O trabalho já começou. Algumas regionais já estão passando por atualizações que irão beneficiar toda a nossa cadeia: ganham os colaboradores que terão condições de aplicar conhecimento a prática, ganham os consumidores que têm suas necessidades e expectativas satisfeitas, e ganham os empresários que enxergam seus negócios “indo de vento em popa”. Aproveitem esta ferramenta que é a revista Supermix para atualizar suas empresas. Nesta edição, o leitor pode encontrar algumas dicas de como encantar o cliente no ponto de venda das lojas de autosserviço, uma entrevista com Alfredo Rocha traz dicas de como motivar sua equipe e Bill Taylor, fundador da Spaipa – Indústria Brasileira de Bebidas –, fala sobre o primeiro Congresso da Teoria das Restrições que será realizado este mês, em Curitiba. Acompanhem também as últimas notícias do segmento e leiam artigos escritos por especialistas de diversas áreas.
Desejo a todos uma excelente leitura!
Palavra do
Pedro Joanir Zonta Presidente da Apras
presidente
Editorial Caro Leitor Estive recentemente acompanhando um evento sobre varejo e qual não foi a minha surpresa ao chegar ao local, cumprimentar um dos palestrantes e ouvir: “Temos ótimas notícias para o setor dos supermercados!”. Na verdade, não ouvi nenhuma novidade, mas o que tenho observado no departamento comercial da entidade é que a crise ainda serve como desculpa para a indústria cortar alguns gastos. Desde que foi anunciada a crise econômica, alguns setores da economia passaram por muitas mudanças. Com o crédito comprometido, o mercado sentiu fortemente a redução da compra de bens duráveis pelos consumidores. O estoque das lojas ficou lotado e o baixo ritmo no capital de giro fez algumas empresas repensarem seu gerenciamento. Ruim? Talvez. Mas não para o nosso setor, que comemora a disponibilidade de compra para os bens não-duráveis. Não deixamos de vender alimentos e registramos o melhor resultado do varejo, impulsionando o setor para o crescimento diante deste cenário. E é neste clima de otimismo que a edição 123 da revista Supermix traz uma entrevista exclusiva com Bill Taylor, fundador da Spaipa – Indústria Brasileira de Bebidas – e, atualmente, referência sobre a Teoria das Restrições (TOC) no país. Sua empresa, Taylors Of Curitiba, traz pela primeira vez ao Brasil um congresso sobre esta tendência que pode revolucionar a gestão tradicional de estoque nos supermercados. Além disso, podemos acompanhar a reportagem sobre os produtos que estão chegando com tudo nos pontos de venda: os orgânicos – mercado que já cresceu 40% desde 2007; como encantar os clientes nas lojas de autosserviço, as novidades que estão chegando para o dia das crianças e como a logística reversa pode solucionar a questão dos resíduos sólidos.
A edição julho-agosto está imperdível. Uma ótima leitura! Camila Manssour Tremea Coordenadora de Comunicação
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News PROGRAMA DE SACOLAS REUTILIZÁVEIS COMPLETA UM ANO COM 400 MIL UNIDADES VENDIDAS
plástico. Somadas, as iniciativas para a redução já geraram uma redução de 12% no volume de utilização. “Entendemos que, para alcançarmos uma redução significativa no consumo das tradicionais sacolas, é necessário haver mobilização por parte de clientes, colaboradores, fornecedores e parceiros neste projeto. Neste contexto, nossas lojas têm um importante papel em ações que promovam a conscientização, e a reutilizável é uma das frentes em que estamos atuando”, declara Paulo Pianez, Diretor de Sustentabilidade do Carrefour. Fonte: Assessoria de Imprensa
CÓDIGO DO CONSUMIDOR DEVE ESTAR À DISPOSIÇÃO NOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS NO PARANÁ
Após um ano do lançamento nacional da sacola reutilizável do Carrefour, a rede comemora os excelentes resultados da ação, que tem como objetivo incentivar o consumo responsável das sacolas plásticas em suas lojas. Neste período, foram comercializadas cerca de 400 mil unidades da versão sustentável em suas 154 unidades. Esse foi um dos grandes passos rumo à redução do consumo de sacolas tradicionais. Mesmo antes das reutilizáveis serem ofertadas, o Carrefour iniciou um trabalho de conscientização, para que a sociedade compreendesse a necessidade de se adotar tais medidas. Em 2007, a rede melhorou a qualidade das sacolas plásticas que oferece em suas lojas, tornado-as mais resistentes. O objetivo foi o de evitar o seu uso sobreposto para acomodação dos produtos. Para estimular ainda mais o uso consciente, desde novembro são utilizados nas lojas os papa-sacolas, que permitem retirar uma sacola de cada vez, proporcionando maior controle das embalagens oferecidas aos clientes. Medidas simples, mas que fazem diferença quando se fala no índice de redução do 08 | supermix 123
O governador Roberto Requião sancionou em junho a Lei 16.136, proposta pelo deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli. A proposta obriga os estabelecimentos comerciais a manter um exemplar do Código de Proteção e Defesa do Consumidor disponível para a consulta pelos clientes. Segundo o deputado o objetivo é aproximar a população de seus direitos, já que nem sempre a lei é encontrada pelo consumidor. O projeto considera que o comerciante ficará responsável pela aquisição do Código e determina advertência e até multa para os empresários que não se adequarem à lei. Depois de15 dias da primeira reclamação, se o exemplar do Código não for disponibilizado, a lei prevê multa de R$ 500, que será cobrada em dobro nos casos de reincidência. Ao mesmo tempo em que a medida representa um avanço na luta pelos direitos do consumidor, ela prejudica os clientes, pois muitos só se dão conta de irregularidades após a compra. O Código de Proteção e Defesa do Consumidor tem uma linguagem simples, bem acessível aos consumidores, mas nem por isso o texto deixa de ter expressões que necessitam de uma interpretação mais aprofundada. Fonte: Consumidor RS
MULHERES DA CLASSE ‘C’ IMPULSIONAM VENDAS DE PRODUTOS PRÁTICOS, DIZ ESTUDO A participação no mercado de trabalho das mulheres da classe ‘C’ subiu de 55% em 1995 para 67% em 2008. Segundo a Data Popular, empresa especializada nesse segmento da população, de 2002 a 2009 os gastos destas mulheres com os chamados alimentos semiprontos cresceram 15%. Nessa categoria se enquadram sucos em pó, enlatados e uma série de produtos que ajudam a mulher a economizar tempo nas tarefas domésticas. De acordo com o diretor da Data Popular, Renato Meirelles, a maioria das mulheres da classe ‘C’ não abre mão de cozinhar para suas famílias, mas prefere ingredientes que facilitem o preparo das refeições. “Hoje, elas têm menos tempo e mais dinheiro”, diz Meirelles. “Há também o fato de o preço desses produtos serem mais baixos do que há alguns anos”. Segundo o estudo, apesar de sempre terem desempenhado papel de decisão nas compras da casa, como gestoras do orçamento familiar, nos últimos anos as mulheres da classe ‘C’ conquistaram mais espaço no mercado de trabalho e passaram a ter autonomia maior na decisão sobre marcas e produtos. Atualmente, 30% das mulheres da classe ‘C’ são chefes de família, segundo a Data Popular. Outro fator apontado pelo estudo é o aumento da escolaridade média das mulheres de baixa renda, o que faz com que sejam mais exigentes quanto à qualidade dos produtos. Segundo a consultoria, hoje a mulher brasileira tem escolaridade
média maior do que a dos homens. Na classe ‘C’, essa média é de 7,7 anos. Os dados da consultoria indicam que enquanto 53% das mulheres desse segmento afirmam estar satisfeitas com o trabalho; quando questionadas sobre a satisfação com a vida familiar, esse percentual sobe para 86%. Com maior participação no mercado de trabalho, elas têm menos tempo para as tarefas domésticas e buscam produtos que as auxiliem a conciliar a vida profissional com a vida familiar, indica a pesquisa. “Embora os alimentos tradicionais sejam valorizados, há uma abertura para novas categorias de produtos, como comidas semiprontas, mas sem perder o valor associado a uma comida fresquinha”, diz o estudo. Fonte: BBC Brasil
News SUPER MUFFATO INAUGURA HIPERMERCADO CONCEITO EM CURITIBA A rede de supermercados Super Muffato inaugura mais uma loja em Curitiba, a quarta na região metropolitana da capital do Paraná e a 31ª do grupo, que está entre as nove maiores corporações varejistas do Brasil e é a primeira do Paraná. A nova loja está localizada na Avenida Victor Ferreira do Amaral, ao lado da Linha Verde, uma região que concentra mais de 600 mil pessoas. O empreendimento, que compreende 26.000m² de área total vai oferecer uma ampla e moderna estrutura, com estacionamento coberto para mil vagas rotativas e uma ampla galeria de lojas e serviços. Um projeto que visa atender principalmente as necessidades dos clientes, proporcionando comodidade, praticidade e variedade. É uma das lojas de auto-serviço mais modernas do país. “Essa loja foi inteiramente idealizada para atender às exigências e expectativas dos consumidores da região, um lugar que vai proporcionar bem estar e fazer parte do dia-a-dia das pessoas, num composto de primeiríssima qualidade”, diz Ederson Muffato, diretor do grupo. Será o hipermercado com o setor de orgânicos mais completo de Curitiba, com mais de dois mil itens dos mais variados segmentos. Um departamento que vai valorizar os fornecedores de produtos orgânicos do Paraná. Com mix de mais de 30 mil itens, a loja também chama a atenção pela grande variedade de produtos. No setor de eletroeletrônicos está presente o que há de mais moderno e inovador no mercado mundial. A loja é revendedora autorizada de toda a linha Apple, de iPods a notebooks. “Fomos buscar produtos exclusivos, com tecnologia de última geração, e parcerias estratégicas que visam a diferenciação do empreendimento”, completa o diretor do grupo, Everton Muffato. A filial se destaca pela preocupação com o meio ambiente. Utilizando meios alternativos e práticas recomendáveis, a loja incorpora mod10 | supermix 123
ernas soluções ambientais, como uso racional de energia elétrica, incentivo ao uso de sacolas retornáveis e adoção de embalagens oxibiodegradáveis, reaproveitamento da água e uso da água da chuva, sistemas de refrigeração sem utilização de gases nocivos à camada de ozônio e sistema de iluminação natural, além dos pontos de coleta seletiva. Fonte: Assessoria de Imprensa
AS GRANDES REDES EM DIREÇÃO AO ATACADO Depois de içar bandeiras de lojas pequenas e simplificadas por todos os cantos do País, as maiores redes de supermercados trataram de garantir seu espaço também num outro ramo, o “atacarejo”, misto de autosserviço com atacado. O objetivo é o mesmo: atrair as classes C e D. Com a estratégia, os grandes começaram a ameaçar as redes de porte médio: “As lojas pequenas não são afetadas, mas as médias têm de tomar cuidado”, diz Martinho Paiva Moreira, vice-presidente de Comunicação da Apas – Associação Paulista de Supermercados. “Estes têm de rever sempre seus processos e modelo de negócios. Como os preços estão cada vez mais baixos, têm de oferecer serviços diferenciados e preços justos, completa. Ainda segundo Paiva, o “atacarejo” consegue vender mais barato principalmente porque tem estrutura muito enxuta: a mercadoria não está exposta em gôndolas e a própria loja funciona como depósito e não há qualquer tipo de serviço à disposição do cliente. Roberto Moreno, diretor executivo e financeiro da rede Sonda, credita parte do avanço ao fato de ter caído um benefício fiscal para o ramo de atacado, que tinha tratamento tributário diferenciado em relação ao varejo de consumo. Ele diz ainda que a maior preocupação é com a falta de uma legislação que proíba a abertura de lojas muito próximas umas das outras. Mas, ao contrário do empresário Abílio Diniz, Moreno entende que esse tipo de loja veio para ficar. Por isso, segue o conselho de Paiva, oferecendo cada dia mais serviços. “Procuramos levar o cliente mais e mais para dentro do supermercado, possibilitando que faça tudo o que precisa nas lojas”. Outra estratégia refere-se aos preços. Como baixá-los é essencial nesse tipo de concorrência, o jeito é reduzir o lucro. “Atraímos o cliente pela excelência do produto”, diz Moreno. Fonte: Diário do Comércio – SP
HIPERCLEAN INVESTE R$ 5 MILHÕES EM MEIO À CRISE
A Hiperclean atingiu um crescimento superior ao esperado desde quando foi lançada no mercado. Apesar de estar há quatro anos no mercado, a empresa sobrevive na crise com perspectivas de ampliação. Atualmente, possui um faturamento da ordem de R$ 12 milhões, está inserida em mais de 200 supermercados em seis estados brasileiros, tendo como meta atingir mil estabelecimentos ainda em 2009. A empresa investiu mais de R$ 3 milhões no desenvolvimento de produtos com tecnologia americana, sendo exclusivos no mercado brasileiro. “Não temos medo de investir, pois nossos produtos já têm uma boa aceitação e temos a convicção de que o retorno esperado será alcançado de forma positiva e, as empresas que não se retraírem em função da crise, com certeza estarão um passo à frente quando a situação econômica do país melhorar”, afirma Jefferson Coltro, diretor da Hiperclean. A empresa foi criada em 2005 para atender as necessidades das donas de casa. Hoje, com um parque fabril moderno, tem capacidade de produção de 200 mil kits e 400 mil refis por mês. Todos os produtos são econômicos e evitam o desperdício de água e o uso de outros produtos de limpeza. “A empresa vislumbra novos horizontes conquistando cada vez mais espaço dentro das casas brasileiras. Nossos produtos são para atender todas as classes sociais. Quem conhece, com certeza jamais vai voltar a utilizar o método antigo para limpar suas residências”, completa o diretor. Fonte: Assessoria de Imprensa
O texto “Seis passos para tornar sua empresa sustentável” publicado na edição 122, maio-junho, da revista Supermix tem como autoria Rosângela Bacima, consultora da Associação ECR Brasil e sóciadiretora da RB – Responsible Business Consultoria em Gestão Sustentável. Julho - Agosto 2009
Autosserviços Os cuidados com o autosserviço: o cliente precisa ser recebido com cordialidade, saber como tirar dúvidas e querer voltar O modelo de compra disseminado mundo afora em que o consumidor circula a maior parte do tempo sozinho na loja, requer muita atenção dos supermercadistas O consumidor chega ao supermercado. A experiência que tem dentro da loja, desde o momento em que começa a circular pelas gôndolas até quando decide que as escolhas foram finalizadas por aquele dia, é fundamental para o tamanho do carrinho e o desejo de retornar para comprar mais. Ele encontrou tudo o que precisava? Teve alguma dificuldade relacionada ao preço de determinado produto? Ficou em dúvida sobre um lançamento que não conhecia direito? Ter estas questões respondidas com facilidade e simpatia pode significar mais produtos no carrinho e, principalmente, o sentimento de que naquele local ele terá suas necessidades atendidas. E melhor: com muita cordialidade. O modelo de autosserviço presente nos supermercados paranaenses, brasileiros e pelo mundo afora coloca o consumidor em contato direto com a mercadoria, sem um “vende12 | supermix 123
dor” entre eles. Uma prateleira perfeita facilita este formato de compra, mas deixar o cliente permanentemente “isolado” pode ter suas conseqüências a médio e longo prazo. De acordo com Nelson Guimarães, consultor da Apóia AG Consultoria, o modelo de autosserviço funciona bem na Europa, onde as informações sobre os produtos são bem disseminadas e o consumidor está mais habituado à experiência de compra individual. Já no Brasil, Nelson afirma que, por questões culturais, os consumidores valorizam o atendimento e atenção pessoal e presencial. “Mesmo com uma prateleira impecável, se o supermercado disponibilizar uma pessoa nos corredores para sanar dúvidas sobre produtos, preços e localização, as vendas teriam impulso de cerca de 15%”, afirma ele. “Os fornecedores têm embalagens parecidas de um mesmo produto, o que pode confundir o consumidor; há a questão da
localização dos itens na loja. Alguém para esclarecer dúvidas tiraria a impessoalidade e a possibilidade do cliente voltar para casa com uma insatisfação não resolvida, guardada somente para ele”, complementa. A Apóia AG Consultoria chegou a esse percentual por meio de uma pesquisa com mais de 200 pessoas, em lojas de grande, médio e pequeno porte. A cada 17 pessoas, apenas uma “falava bem” do atendimento, o restante o caracterizava como regular, médio ou péssimo. Além deste diagnóstico, a pesquisa revelou que a maior parte das respostas positivas foi de clientes que realizaram compras em lojas de pequeno porte, onde a impessoalidade é menor. “É preciso ficar atento ao atendimento independente do porte. Lojas de grande e médio porte precisam investir no treinamento dos funcionários, já que têm dimensões maiores e a estrutura é mais complexa”, recomenda Nelson. Segundo ele,
pesquisas nos Estados Unidos já apontam que os consumidores estão preferindo espaços físicos menores para o varejo, para a experiência de compra. Portanto, os treinamentos e as ações de motivação e valorização dos funcionários são sempre importantes, já que a tendência é que eles transmitam ao cliente as experiências que vivem no ambiente de trabalho. De acordo com o professor de Recursos Humanos das Faculdades Opet, Ronaldo Rangel Cruz, há atualmente uma dificuldade de relacionamento do cliente com as pessoas de contato em loja, repositores, caixas e empacotadores. Ele também aponta que é necessário maior investimento em treinamento. “Em boa parte dos casos, os funcionários não sabem como abordar o cliente e precisam ser capacitados para isto”, afirma. Rangel ressalta a importância também da capacitação gerencial, já que as lideranças da loja têm papel essencial no modelo a ser seguido. Os gerentes ou coordenadores precisam ter boas relações interpessoais, promovendo a multiplicação de um comportamento amigável e cordial. Em relação ao caminho recomendado a lojas de médio e grande porte, o consultor Rangel acredita que a tendência é que cada setor da loja se especialize em cativar o cliente, como uma pequena unidade, com comportamento acolhedor, tirando a sensação Julho - Agosto 2009
Autosserviços de isolamento do consumidor, que transita num ambiente de grandes proporções. O consultor cita a Mercantiba, formada por oito lojas, como um bom exemplo de estímulo à conduta adequada junto ao cliente. A rede possui unidades no Cajuru, São Brás, São José dos Pinhais, Campo Largo e Xaxim, das quais cinco são de pequeno porte (600m²) e três em torno de 1,3 mil m². “Já vi senhoras (clientes) chegarem à loja e contarem ao gerente sobre um neto que passou em concurso e sobre os filhos. Este tipo de relação amigável promove a fidelidade da clientela à loja”. Camilo M. da Silva, diretor e sócio da rede, explica que os gerentes das lojas têm a missão de disseminar o ambiente acolhedor entre os clientes e que este estímulo ocorre diariamente, de forma espontânea no decorrer do expediente de trabalho. “Os funcionários precisam ser observados e ter nossa dedicação, com orientações”, diz ele. “Sempre digo, ‘não só de pão vive o homem´, é preciso tratar o cliente bem, ser educado e respeitoso”, diz Camilo. Uma cena que ficou registrada na memória de Camilo e que serve de exemplo de como atender o cliente com qualidade: “um casal ia noivar e vieram comprar a carne do churrasco conosco. Eram uns 15 quilos e os cortes precisavam ser muito especiais. O açougueiro os tratou tão bem que depois ganhou petisco da festa”, conta. Histórias de cordialidade também estão no repertório de Car14 | supermix 123
los Beal, da rede de supermercados Festval, em Curitiba, e Beal, em Cascavel. “O cliente queria um pão com grãos que não tínhamos disponível na loja. Uma funcionária ligou para outra unidade e encontrou. Mandamos buscar o pão para ele”, conta Beal, que acredita que o modelo ideal de atendimento “é o da mercearia dos anos 50”, incrementada com o que a modernidade trouxe de bom. “As pessoas querem aquele clima de espontaneidade, de proximidade”, analisa. Beal considera a motivação dos funcionários fator determinante na qualidade do atendimento que eles irão prestar. “Encantando o colaborador, também estamos encantando os clientes”, assinala. Para manter os colaboradores bem informados, em sintonia e com espírito de equipe, a rede realiza reuniões periódicas da diretoria com os gerentes, dos gerentes com os líderes e dos líderes com os colaboradores. “Estas reuniões e a observação contínua do andamento do atendimento da loja são essenciais. Além disto, também realizamos treinamentos”, informa Beal. Em relação à qualidade dos treinamentos, a gerente de treinamentos do Instituto Escola Paranaense de Supermercados (Iespar), Andrea Luy aponta que o melhor formato é começar com a equipe principal, que serve de guia para os colaboradores e então treinar
estes. “Também é essencial o treinamento constante, para manter as orientações e atualizar os colaboradores”, recomenda. Segundo Andrea, é preciso trabalhar e cultivar bem as lideranças na relação com as pessoas, importante na rotina de trabalho e nos resultados do comportamento dos funcionários na loja.
Uma prateleira perfeita facilita este formato de compra, mas deixar o cliente permanentemente “isolado” pode ter suas conseqüências a médio e longo prazo. Os treinamentos e as ações de motivação e valorização dos funcionários são sempre importantes, já que a tendência é que eles transmitam ao cliente as experiências que vivem no ambiente de trabalho.
Atendimento com atenção e naturalidade Supermix: Como evitar que o relacionamento entre cliente e loja não seja distante em função do autosserviço? Rosângela Dias (R.D.): Repositores devem estar disponíveis quando vêem que o cliente está precisando de ajuda. Atendentes de balcão devem ouvir com atenção aos pedidos, mesmo que fora de rotina e independente da hora (mesmo próximo ao fechamento). Operadores de caixa precisam cumprimentar os clientes com espontaneidade, não de forma automática e sem emoção, o osângela Dias é conque fica artificial. Exemplo: sultora e ministra trein“bom dia senhor e bom dia amentos na área do senhora”, “encontrou todos os varejo há mais de dez anos. produtos que procura?”, “obJá atuou em mais de 40 surigada e volte sempre”. Não permercados, é instrutora de fechar terminais de caixa em cursos pela Apras – Associação horários de pico e ter alguém Paranaense de Supermercadisponível para reclamações, dos – há seis anos, professora por exemplo. de Administração do Cenaic – Arapongas e atualmente tam- Supermix: Quais os prinbém atua no projeto ‘Menor cipais focos do treinAprendiz’ pela Funtel de Lon- amento para operadores drina, onde treina adolescentes de caixa? para a experiência do primeiro emprego. Em sua bagagem, traz R.D.: Um dos principais focos a atuação em diversas cidades: é a qualidade no atendimento, Arapongas, Apucarana, Mar- independente da classe soingá, Astorga, Sarandi, Campo cial. O operador é um vendMourão, Araruna, Umuarama, edor e não só um operador, Cascavel, Londrina, Rolândia, pois vende conceito, imagem Cambé, Apucarana, Telêmaco e tudo que agrega valor na Borba, Mauá da Serra. Aqui, prestação de serviço. Outro ela conta um pouco das orien- foco importante é o fechamentações que apresenta em seus to da venda. Se ele for feito com entusiasmo e boa vontade treinamentos.
R
em servir, o cliente encerra sua experiência com uma sensação positiva em relação à loja.
Supermix: O que se espera de um ótimo operador de caixa? R.D.: Simpatia, agilidade, bom-humor, responsabilidade, empatia (se colocar no lugar do cliente).
Supermix: Quais as abordagens essenciais que um operador de caixa deve fazer ao cliente? R.D.: Sorrir em primeiro lugar. Cumprimentar, responder as perguntas dos clientes com calma, correção e educação. Sanar as dúvidas do cliente, procurar apoio de fiscais quando não tiver certeza das respostas, perguntar se encontrou todos os itens e anotá-los. Agradecer com entusiasmo, desejando um bom dia ou boa tarde...
Supermix: E quais são as atitudes que não podem ocorrer no momento de atendimento ao cliente? R.D.: Ignorar a presença do cliente. Fazer descaso com as reclamações. Falta de qualidade no manuseio das mercadorias. Cara fechada ou amarrada. Atendimento frio com palavras do tipo “são normas da empresa, não posso fazer nada”. Julho - Agosto 2009
Perfil
Vai um cafezinho?
N
ada é tão brasileiro quanto o café. No imaginário estrangeiro, a bebida é instantaneamente associada ao país, assim como o Carnaval e o futebol. É uma espécie de marca registrada de que o café está profundamente arraigado na cultura nacional. Bebe-se café ao acordar. Tomam-se grandes decisões em
mente ao trabalho na empresa familiar, Bueno, 56 anos, graduou-se em Direito e em Administração de Empresas. Nascido em União da Vitória, é casado com Elisabeth Fornea Bueno e tem dois filhos. Como todo empresário dedicado, Bueno é extremamente ocupado. Dedica a maior parte do tempo às atividades da indús-
torno de uma xícara de café. Amigos colocam a conversa em dia tomando um cafezinho e assim por diante. Pois foi esta bebida tão querida e popular que moveu o espírito empreendedor das famílias Campos e Bueno. No começo de 1960, elas fundaram em Curitiba a Café Damasco, fruto da fusão de seis pequenas empresas. O que começou como uma pequena unidade no bairro das Mercês, na capital paranaense, é hoje uma das cinco maiores empresas de torrefação de café do Brasil. Guivan Bueno, diretor de operações da Café Damasco, é filho de um dos sócios fundadores, Guimarães Taborda Bueno. Começou ainda adolescente na empresa e conquistou a posição após galgar vários postos em diversos setores na área industrial e administrativa. Paralela-
tria, em reuniões para atender fornecedores e clientes. Exerce uma importante liderança no setor de sua empresa, presidindo o Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Paraná e ocupando a vice-presidência da Associação Brasileira da Indústria de Café. Sua paixão pelo Clube Atlético Paranaense o levou a ocupar a presidência do Conselho Deliberativo do clube e a exercer também outros cargos no rubro-negro. Mas a preferência esportiva, lembra, nunca o impediu de cultivar grandes amizades entre torcedores das outras equipes. Honestidade é um valor fundamental para ele. Tanto que este atributo é o que mais valoriza no momento de contratar colaboradores. “Sem honestidade não há confiança nem respeito”, comenta.
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A Café Damasco conta com cerca de 300 funcionários em sua planta na Rodovia do Café. Além da unidade em Curitiba, tem um complexo industrial em Salvador. Ao todo, são quase 19 mil km² de área construída, o que resulta numa capacidade mensal de produção de 5,6 milhões de quilos de café. No final dos anos 80, a indústria adquiriu novas marcas de café (Maracanã, Negresco, Pacheco, América e Palheta) que ampliaram o portfólio formado pelas marcas Damasco, Copacabana e Taí, alem das várias marcas próprias produzidas para redes supermercadistas de todo o Brasil. Desde 1990, exporta café verde e torrado em grãos para países da Europa, Ásia e América do Norte.
Guivan Bueno
Como todo empresário dedicado, Bueno é extremamente ocupado. Dedica a maior parte do tempo às atividades da indústria, em reuniões para atender fornecedores e clientes.
Calendário
Dia das Crianças com novidades e variedade
A data comemorativa oferece oportunidades para o setor supermercadista, segmento bastante valorizado pelos fabricantes A comemoração do Dia das Crianças traz novas oportunidades de venda ao setor supermercadista. Nesta ocasião, bem como no Natal, os presentes para as crianças ganham atenção daqueles que entram nas lojas. Para este ano, fabricantes apresentam novidades para este público e apontam, aproveitando o tema, o quanto a opinião infantil influencia as 18 | supermix 123
decisões de compra dentro dos supermercados, durante todo o ano. Se para o Dia das Crianças os pais podem fazer compras sem elas, em nome da surpresa, no restante do ano elas têm cada vez mais poder de influência nas decisões deles. “Nós temos pesquisas que concluem a crescente participação das crianças nas opções de compras dos pais. Com a en-
trada da mulher no mercado de trabalho, os filhos passam a ficar mais tempo em casa, longe dos pais e, hoje em dia, com um acesso a informações gigantesco. Isso os tornou mais por dentro das opções de compra existentes, atualizados, e com poder de influenciar a escolha por este ou aquele item”, analisa o diretor de Marketing da Estrela, Aires Leal Fernandes. Fernandes considera o setor
supermercadista como peça fundamental para a venda de brinquedos. “Cerca de um terço do que fabricamos é vendido nos supermercados. Acreditamos que este segmento ainda pode ser mais bem utilizado, já que os brinquedos têm atrativos de venda durante o ano todo. O maior foco é dado no Dia das Crianças e no Natal, mas há campo para ser explorado além destas datas tanto na venda de itens isoladamente quanto na associação de brinquedos a outros produtos, como alimentos”, pontua o executivo. Para 2009, a Estrela preparou o lançamento de 182 novos itens, dos quais a grande maioria – 100 brinquedos – entrará no mercado especialmente para o Dia das Crianças. “Teremos
15 filmes publicitários para divulgá-los e também atuaremos com ações nos pontos de venda, com promotores e recreação”, informa Fernandes. Para a primeira infância, a Estrela oferece produtos que têm o objetivo de proporcionar o desenvolvimento social e educativo das crianças, na linha Pi Pam Pum. “Os brinquedos têm uma função importante do desenvolvimento intelectual e motor das crianças”, explica Fernandes. Na área de “brinquedos inteligentes”, a empresa apresenta produtos com tecnologia, como as bonecas com expressão facial, que respondem a beijo e cócegas, por exemplo, e helicópteros e carrinhos com controle remoto.
“Há um bom tempo os supermercados tornaramse um excelente canal de venda para produtos de informática. No caso de softwares para crianças, o cenário é ainda melhor, pois o supermercado é um ambiente de compras freqüentado pela família”. (Ilana Kriger)
Calendário No ramo de informática, a Positivo Informática oferece produtos, softwares e computadores, vendidos também em supermercados. “Há um bom tempo os supermercados tornaram-se um excelente canal de venda para produtos de informática. No caso de softwares para crianças, o cenário é ainda melhor, pois o supermercado é um ambiente de compras freqüentado pela família. Ou seja, os pais aproveitam para conhecer e levar para casa um produto que pode divertir e ensinar os filhos e às vezes até integrar toda a família”, avalia Ilana Kriger, diretora de Tecnologia Educacional e Varejo da Positivo Informática. Segundo Ilana, além das vantagens do ponto de vista comercial, há a questão da exposição da marca, já que em nenhum outro local de venda se tem a oportunidade de expor um produto a um público tão numeroso e diversificado em termos de renda e classe social quanto em um supermercado. “Para a Positivo Informática, que tem softwares para crianças e jovens de todas as idades e níveis sociais e econômicos, a presença em um supermercado é fundamental para o negócio”, analisa. A Positivo Informática, distribuidora oficial no Brasil dos títulos da Disney para PC, oferece novidades em DVD-ROMs de jogos para o entretenimento das crianças. Da coleção Dis20 | supermix 123
ney Princesas, já está disponível a Viagem Encantada, com manual e aventuras totalmente em português. Um dos lançamentos é o Disney Sing It, o jogo que permite treinar canções com sucessos de Camp Rock, Hannah Montana, High School Musical, High School Musical 2 e The Cheetah Girls e em clipes de artistas como Miley Cyrus, Corbin Blue, Aly & J, Jordan Pruitt e Everlife. Sucesso nas televisões e cinemas, as aventuras de Hannah Montana também chegam aos PCs, com o DVD-ROM Hannah Montana: O Filme, jogo desenvolvido pelo estúdio nSpace em parceria com a Disney Interactive Studios.
“Cerca de um terço do que fabricamos é vendido nos supermercados. Acreditamos que este segmento ainda pode ser mais bem utilizado, já que os brinquedos têm atrativos de venda durante o ano todo”. (Aires Leal Fernandes)
Entrevista
Bill Taylor:
Nativo da Argentina, Bill Taylor graduou-se como Engenheiro Químico pela Universidade de Buenos Aires e 22 | supermix 123
concluiu um MBA em Administração de Empresas pela Florida International University, nos Estados Unidos. Sua vida profissional pode ser descrita em três grandes momentos: entre 1969 e 1992, trabalhou como presidente na Coca-Cola Internacional em países como Colômbia, Turquia e atuou como vice-presidente da CocaCola na América Latina. Em 1993, fundou a Spaipa – Indústria Brasileira de Bebidas – e, em 2002, tornou-se consultor da Teoria das Restrições e formou a empresa Taylors Of
Curitiba. Atualmente, é membro do Comitê Executivo do Conselho Mundial da TOCICO – Organização Internacional de Certificação na Teoria das Restrições – e está organizando, pela primeira vez no país, a I Conferência Regional TOCICO Brasil. Em entrevista exclusiva à Supermix, Bill Taylor explica sucintamente os princípios da Teoria das Restrições e fala sobre o evento que será realizado entre os dias 17 e 21 de agosto, no Estação Business School, em Curitiba.
Supermix: Qual o princípio da Teoria das Restrições? Bill Taylor: Toda a empresa é um sistema e como sistema ela cresce até o ponto em que passa a existir uma restrição. A única maneira de você crescer além do limite é identificar essa restrição, decidir a melhor maneira explorá-la para o beneficio da empresa e depois subordinar todo o resto a essa decisão.
Supermix: O que diferencia uma empresa que utiliza a
TOC das tradicionais? Taylor: Nas empresas tradicionais, existem os diretores e gerentes que administram seus departamentos de maneira a maximizar o resultado de suas divisões. Essas empresas não trabalham de forma integrada. Naquelas que adotam a Teoria das Restrições, como a Coca-Cola, nós identificamos as restrições; por exemplo: as políticas que utilizávamos no inverno, em que as vendas são baixas e a restrição está no mercado, eram diferentes
daquelas que usávamos no verão, quando acontece uma explosão no consumo e a restrição passa a se encontrar na capacidade de produção. Quer dizer, se as empresas administram com o olho na restrição, terão sempre a possibilidade de maximizar os resultados.
Supermix: Quais as vantagens de aplicar o gerenciamento baseado nesta teoria? Taylor: Além de maximizar os lucros, o objetivo de se aplicar a Teoria das Restrições tam-
Depois de trabalhar por mais de 40 anos na indústria de bebidas, Bill Taylor tornou-se um grande estudioso da Teoria das Restrições (TOC) no Brasil bém é de fazer uma empresa muito mais feliz. Imaginemos um time de futebol em que cada jogador é premiado de acordo com a função que desempenha em campo sem ter como objetivo o resultado do jogo: o centroavante vai receber pelo número de gols de marcar, o meio de campo pela porcentagem de passes que acertar e a defesa pelo número de bolas que defender. Ou seja, cada um vai trabalhar pelos seus interesses, discutindo o tempo todo e, por isso, essa equipe nunca vai ganhar. As-
sim são conduzidas as empresas. A Teoria das Restrições foca no gol como objetivo da equipe e procura discutir com todos os membros como eliminar os obstáculos até que se alcance o objetivo final. Isso cria felicidade e harmonia, não apenas o lucro.
Supermix: O senhor acha que é possível aplicá-la no varejo supermercadista? Taylor: Absolutamente. Por exemplo, a Nike e a Adidas aplicaram as soluções de dis-
tribuição propostas pela Teoria das Restrições para reduzir dramaticamente os estoques e, por outro lado, reduzir a falta de produtos nas prateleiras, também chamada de ruptura. Comprovadamente, a teoria consegue duplicar o lucro de qualquer empresa, seja um supermercado ou qualquer outra loja do varejo, simplesmente reduzindo essa ruptura. Administrar um estoque nada mais é que um conflito lógico simples: se você não quer perder venda por ruptura a solução é manter o produto estocado, mas se Julho - Agosto 2009
Entrevista você não quer fazer com que o capital fique preso ao estoque, é preciso mantê-lo baixo. Este é o conflito, e a solução da Teoria das Restrições elimina esse conflito por meio do ressuprimento rápido pelo consumo real. Aí está a grande sacada.
Supermix: Existem supermercados que já utilizam a teoria em seus negócios? Taylor: O Wal-Mart está aplicando a TOC em suas lojas desde 1990. Eles aprenderam diretamente com Eli Goldratt – criador da teoria e também autor do livro “A Meta” – e depois desenvolveram as técnicas por conta própria. Mas existem também outros empresários que já vem aplicando a Teoria das Restrições em seus supermercados.
Supermix: Num momento em que se questiona o cenário de crise, como essa teoria pode ser utilizada em favor das empresas? Taylor: Primeiramente, não se deve entrar em pânico e reduzir a capacidade de execução em que operam as boas empresas. O que acontece numa crise é que existe uma insegurança que faz com que as pessoas adiem algumas compras. Então, começam a aumentar os estoques nas lojas que, conseqüentemente, suspendem as 24 | supermix 123
“Administrar um estoque nada mais é que um conflito lógico simples: se você não quer perder venda por ruptura a solução é manter o produto estocado, mas se você não quer fazer com que o capital fique preso ao estoque, é preciso mantê-lo baixo. A solução que a Teoria das Restrições promove elimina esse conflito por meio do ressuprimento rápido pelo consumo real. Aí está a grande sacada”. (Bill Taylor)
o quadro de funcionários, o que, depois, se a economia registra recuperação, resulta na falta de recursos para aumentar com facilidade a produção. As empresas têm que entender que muito da crise atual é crise de estoque e a única forma de saná-la é analisar as necessidades do consumidor final. A solução para a crise é simples: não entrar em pânico e monitorar o consumo final. Afinal, o consumo continua a crescer no mundo. O PIB – Produto Interno Bruto – da China vem crescendo 9% ao ano. Igualmente na Índia, que vem registrando um crescimento nos salários de 20% ao ano há mais de cinco anos. A crise só vai acabar quando alguém no mundo disser: “A crise acabou”.
Supermix: O senhor acredita que a Teoria das Restrições é uma tendência?
Taylor: Em minha opinião é o futuro. Os supermercados bem sucedidos terão que quebrar o conflito entre manter o estoque baixo para não comprometer o capital de giro e manter escompras com os fornecedores. toque alto para não acontecer É o chamado efeito “chicote”. uma ruptura. Poucas empresas Uma redução de 5% no consabem fazer isso e a Teoria das sumo pode representar até 15% Restrições oferece as soluções para o fornecedor. Quer dizer, certas. no começo da cadeia produSupermix: A Taylors Of tiva, essa redução de compras Curitiba está promovendo o pode chegar a 50% do volume de vendas. Nesse momento, Congresso Tocico no Brasil. os gestores optam por diminuir Essa é a primeira vez que
um do Japão, um da África do Sul, um de Israel e outro dos Estados Unidos. Inclusive, teremos o lançamento exclusivo do livro “WA - Gestão Taylor: O Congresso TOTaylor: O congresso consiste da Mudança com Harmonia”, CICO é pioneiro no Brasil. É de workshops que acontecem a primeira vez que temos um nos dias 17 e 18 de agosto e da de Yuji Kishira, homem que revolucionou o setor de obras evento de cinco dias sobre conferência que será realizada públicas no Japão com a apliTeoria das Restrições com a nos dias 19 e 20 de agosto cação dos princípios da Teoria participação de muitas emprecom as melhores palestras e das Restrições. O evento está sas do Paraná e também do apresentação de 24 cases de bem completo, já temos mais País. Este ano fui convidado a empresas que tiveram sucesso participar do Conselho Mundial na aplicação da Teoria das Re- de 350 inscrições realizadas e espero que os mil participantes da Organização de Certificação strições. No dia 21 de agosto, da Teoria das Restrições (TOúltimo dia de evento, será real- que estamos projetando para CICO). Como resido em Curiti- izado a palestra de atualização. receber fiquem satisfeitos com ba e, de acordo com os demais Entre as principais atrações es- o conhecimento de gestão avançada adquirido. membros, eu era a pessoa com tão Eli Goldratt, autor do livro mais condições para realizar o A Meta e criador da Teoria evento, optamos por trazer o das Restrições, e mais quatro evento para a cidade. palestrantes internacionais:
um evento desses acontece no país? E por que na cidade de Curitiba?
Supermix: Quais as principais atrações do evento?
Orgânicos
A vez dos orgânicos
Em ritmo de crescimento em todo o mundo, os produtos orgânicos ocupam cada vez mais espaço nas gôndolas e na aposta dos supermercadistas
Um
novo cenário se configura na oferta de opções aos clientes dos supermercados. As mudanças e reflexões pelas quais o mundo tem passado deram abertura para que os chamados orgânicos – produtos produzidos sem agrotóxicos – pouco a pouco passassem a ocupar e também aumentar sua presença nas gôndolas. É crescente tanto o espaço destinado a eles quanto o interesse das redes em apresentá-los de forma arrojada. Tendo como pano de fundo a preocupação com a qualidade de vida e saúde do corpo, o consumo de orgânicos tem crescido em larga escala e apresenta grande potencial de elevação para os próximos anos. Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, em 2007 o mercado de orgânicos no mundo movimentou aproximadamente 80 bilhões de reais em produtos orgânicos e deve chegar a 120 bilhões de reais até 2010. Desse total, o Brasil participou com 250 milhões de reais, segundo o Ministério da Agricultura, e deve ampliar para 3 bilhões de reais em dois anos. 26 | supermix 123
Essa tendência mundial também se reflete no Paraná. Em 2008, a Apras promoveu a primeira Mercosuper com um espaço dedicado aos orgânicos: a Orgânica 2008, que em 2009 cresceu 50%, com 112 estandes. A Orgânica segue a linha de evento sustentável, utilizando madeira reciclável e bambu (no lugar do alumínio) para a montagem dos estandes. Em 2009, foi realizado o cálculo de dispêndio de CO2 na Mercosuper, compensando-o com o plantio de 10 hectares de bambu. Os produtos orgânicos podem ser encontrados em diversas linhas, de alimentos in natura e processados, cosméticos, produtos de limpeza, moda orgânica e matéria-prima, por exemplo. O impacto dessa movimentação ocorre também nas lojas. Uma das novidades mais recentes é a criação da Griffe Orgânica, com o objetivo de disseminar o consumo de produtos orgânicos nos supermercados. Por meio da reunião de pequenos produtores e tendo o Sebrae – Serviço de Apoio à Pequena Empresa – no Paraná entre os apoiadores, a Griffe Orgânica se constitui
uma associação que garante o fornecimento de produtos aos supermercados, a organização desse fluxo e o cumprimento dos compromissos assumidos. Entre os sócios fundadores estão o Parque de Tecnologia Social, Cooperativa dos Produtores de Campina Grande do Sul, Sitio Tucano, Natural Market, Bandeirante Eco Saúde, Mate Herbal e Naturama Indústria e Comércio. Para o presidente da Griffe Orgânica, Lutero Couto, para compreender o impacto do consumo dos produtos orgânicos, “é preciso pensar em todos os benefícios que ele gera: respeito ao meio ambiente, às relações de produção (90% do que é produzido tem origem em pequenos e médios produtores), impactando o desenvolvimento econômico e social positivamente”. Por meio de pesquisas, detectou-se que esses produtos eram vistos como sem agrotóxicos e caros. “Precisamos expandir este conceito, pois há várias outras conseqüências benéficas à sociedade ao consumir orgânicos e sabemos que os preços têm tendência de queda”, afirma ele.
A primeira atuação da marca ocorre juntamente com o Super Muffato, na nova loja do Tarumã, inaugurada em julho. Por meio da Griffe Orgânica, serão oferecidos 530 itens secos (processados), 130 itens de FLV, com promoção a partir de cursos de nutrição, material didático e ambientação. “Os FLVs terão preços de 5% a 10% inferiores aos de feiras livres”, conta Lutero. De acordo com a assessoria de imprensa do Super Muffato, a variedade de orgânicos na loja será de dois mil itens, sendo o primeiro hipermercado com o setor de orgânicos mais completo de Curitiba. Segundo o presidente do Grupo Muffato, Everton Muffato, a iniciativa de oferecer maior espaço para produtos orgânicos na nova loja da rede está em linha com a tendência mundial e visa popularizar o consumo. “Esta experiência vai estimular os meios de produção e pode se transformar em âncora para outras, interferindo no próprio custo dos produtos. Estamos inovando e apostando em uma diversificação, acompanhando o que acontece no mundo”, afirma ele. A área da Griffe Orgânica no supermercado será de 60m², com gôndolas para mercadorias, espaço para FLVs e refrigerados. Segundo Lutero, há bastante campo para a expansão de produtos nas linhas de moda orgânica e cosméticos.
No setor de exportação, a Griffe Orgânica também apóia os pequenos e médios produtores criando mecanismos para facilitar o comércio internacional. Por meio de uma parceria com os Correios, que trabalham com a logística do transporte, o mel orgânico está sendo exportado para a Europa para abastecer 368 estabelecimentos de “comércio justo”.
Público Mapeado Hoje, o Grupo Pão de Açúcar tem em seu portfólio mais de 600 itens orgânicos. Respeitando a sazonalidade dos itens, é possível encontrar na maioria das lojas da rede diariamente, em média, 200 produtos entre frutas, verduras, legumes, além de 250 itens de mercearia e mais 160 itens entre as categorias de laticínios, congelados e padaria. “Os adeptos de alimentos orgânicos já conseguem compor uma refeição completa – seja o café da manhã, almoço, lanche da tarde ou jantar. Vivemos o ‘boom’ deste segmento”, diz Sandra Caires Sabóia, gerente Comercial e Desenvolvimento Alimentos Orgânicos do Grupo Pão de Açúcar. O crescimento do segmento é observado ano a ano e, em 2008, foi de 40% em relação a 2007. O faturamento foi em torno de 40 milhões de reais e para 2009 a expectativa é ultrapassar 50 milhões de reais. O
aumento do consumo nacional de orgânicos está diretamente relacionado à busca por melhor qualidade de vida, de onde se extrai a preocupação com alimentação. Somado a isso está maior oferta e segmentos de produtos. “Há dez anos, somente verduras e legumes estavam disponíveis nas lojas. Hoje, além dos itens in natura, temos carne, massas, molhos e todos os componentes para uma refeição completa e saborosa”, comemora Caires. Nas lojas, os campeões de venda ainda são as folhagens, como a alface; os legumes, como a batata e cenoura; e frutas, como o tomate e a banana. Para entender quais as preferências e importância desse segmento para seus clientes, o Grupo Pão de Açúcar realiza pesquisas periódicas onde pode constatar que em relação ao perfil desse consumidor, a grande maioria é composta por mulheres, casadas e com filhos, na faixa de idade entre 35 e 45 anos, que coloca a saúde em primeiro lugar. Para democratizar esse consumo, o Grupo vem ampliando a oferta dos itens também na rede CompreBem, cujo foco é a classe média popular, e dando mais visibilidade à linha em seus hipermercados da rede Extra. “As pessoas têm vontade de se alimentar melhor, e com preços competitivos conseguimos atingir os consumidores Julho - Agosto 2009
Orgânicos das classes C e D, mas para isso temos de ter uma alta demanda de produção”, destaca Sandra Caires Saboia. “Com mais escala todos ganham: cliente, fornecedor e o varejo que consegue, com maiores volumes repassar os ganhos e diferenciais de preço e produto aos consumidores”, completa. Todas as unidades de negócio da companhia – Extra, Pão de Açúcar, CompreBem, Sendas e ABC – contam com itens orgânicos em seu mix de mercadorias. Entre os 14 estados brasileiros nos quais a companhia está presente, São Paulo é a praça em que se encontra o maior mercado de orgânicos da empresa. “Mais de 70% de todo volume de frutas, verduras e legumes orgânicos vendidos pelo grupo saem das nossas lojas paulistas”. Com crescimento e potenciais em elevação, a participação dos itens dentro de suas categorias é muito variável. Nos FLVs, a representatividade média é de 2,5% do total das vendas de FLV comercializados pela empresa.
Pacto de Sustentabilidade Oferecer pelo menos um produto orgânico por categoria de alimentos até 2012. Esse é um dos compromissos com a sustentabilidade anunciados pelo Wal-Mart, em parceria com seus fornecedores, durante o evento Pacto pela Sustentabilidade – realizado pela 28 | supermix 123
“Os adeptos de alimentos orgânicos já conseguem compor uma refeição completa seja o café da manhã, almoço, lanche da tarde ou jantar. Vivemos o ‘boom’ deste segmento” (Sandra Caires Sabóia)
empresa em junho de 2009, de acordo com a assessoria de imprensa da rede. O evento reuniu mais de 300 fornecedores e 200 ONGs, além de autoridades do governo, parceiros e funcionários. O Wal-Mart possui 40 unidades no Paraná. As vendas de orgânicos na rede no primeiro trimestre de 2009 cresceram 20% em relação ao mesmo período de 2008. Em 2006, o Wal-Mart contava com cerca de 150 itens nessa categoria. Hoje, são 1,5 mil artigos orgânicos nas lojas. A rede mantém um programa de estímulo aos pequenos e médios produtores, no qual incentiva a produção desse tipo de item. Chamado de Clube dos Produtores, o programa atende mais de 2,8 mil famílias, sendo que
320 são de produtores orgânicos. Quando um agricultor faz parte do Clube dos Produtores, ele recebe assistência de um agrônomo especializado, que ensina as melhores técnicas de plantio e gestão de negócios. Tem também a garantia de venda dos seus produtos a um preço justo e correto, eliminando os intermediários da cadeia. O consumidor tem procurado mais pelos produtos orgânicos, especialmente o público na faixa entre 30 e 40 anos, com maior acesso a informações e mais preocupado com sua saúde. Há um calendário de ações para os produtos em lojas, incluindo a categoria de orgânicos. A Semana de Orgânicos, anualmente
“Com o pano de fundo da qualidade de vida e saúde do corpo, o consumo de orgânicos tem crescido em larga escala e apresenta grande potencial de elevação para os próximos anos. Por meio da reunião de pequenos produtores e tendo o Sebrae entre os apoiadores, a Griffe Orgânica
garante o fornecimento de produtos aos supermercados, a organização deste fluxo e o cumprimento dos compromissos assumidos.” promovida pelo governo federal, faz parte deste calendário de ações diferenciadas. O intuito das ações é enfatizar a cultura do orgânico, já que o produto é uma opção mais saudável para o consumidor e cuja produção é menos agressiva para o meio ambiente.
Jurídico
Logística reversa: é preciso pensar e agir para o retorno dos resíduos ao setor produtivo A Secretaria de Estado do Meio Ambiente reforça a necessidade de cumprimento da lei da política nacional de meio ambiente, tema que está entre as prioridades de ação da Apras
A
logística reversa é um assunto recorrente na agenda dos temas ambientais e deve se estender até que a cadeia de produção e entrega de bens ao consumidor esteja toda envolvida. Se as empresas pensam a logística como o caminho que a mercadoria percorre até chegar ao cliente final, a logística reversa, como o próprio nome diz, é o trajeto contrário: o caminho que os materiais residuais do que já foi consumido precisam passar para retornar ao setor produtivo. No Paraná, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e o Ministério Público estão cada vez mais atuantes na exigência do cumprimento da legislação 30 | supermix 123
ambiental que prevê responsabilidade sobre os resíduos gerados (Lei 6938, de 1981). “O que defendemos é que a legislação seja cumprida. Está previsto em lei que os geradores de materiais são responsáveis pelo seu gerenciamento até o destino final”, afirma o coordenador de Resíduos Sólidos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Laerty Dudas. Segundo ele, o setor supermercadista também tem a sua responsabilidade na logística reversa, estimulando a separação de materiais e abrindo espaço para a coleta, por exemplo. De acordo com o superintendente da Apras, Valmor Rovaris, a entidade se posiciona promovendo o debate do assunto no setor e a busca de soluções
efetivas. “A separação de resíduos nos supermercados e a disposição de postos de coleta para que os consumidores possam destinar os materiais são alternativas importantes de participação nesta cadeia do reaproveitamento. Mas é preciso que a indústria utilize o material reciclado para que o ciclo se feche“, afirma ele. A logística reversa está entre as prioridades da Apras na questão ambiental. Além de participar ativamente das reuniões multisetoriais sobre o tema e promover eventos para os representantes do setor, a entidade realiza campanhas como a do “Pedágio Verde” em parceria com a Associação Comercial do Paraná, que promove a utilização de sacolas retornáveis, produz materiais de
comunicação sobre o tema e estimula os supermercados na efetivação dessas ações. A Sema tem realizado sistematicamente um trabalho junto à indústria e o comércio, levantando o que está sendo realizado e, em determinados casos, aplicando multas milionárias. “O Brasil tem 5.564 mil municípios, dos quais 3.895 possuem lixão a céu aberto. Isto mostra o estágio em que estamos e o quanto precisamos agir para preservar o país onde vivemos”, explica Dudas. “É preciso que os fabricantes construam uma logística compartilhada, reduzindo gastos, e tornando a reutilização eficiente”, finaliza o secretário de Estado do Meio Ambiente, Lindsley da Silva Rasca Rodrigues. Há cerca de um ano, o WalMart trouxe uma novidade: é o programa Eco-Embalagem. “Desenvolvida em parceria com os fabricantes de linha branca e marrom, a ação prevê a coleta das embalagens e envio para reciclagem. A iniciativa está alinhada com o plano global de sus-
“O Brasil tem 5.564 mil municípios, dos quais 3.895 possuem lixão a céu aberto. Isto mostra o estágio em que estamos e o quanto precisamos agir para preservar o país onde vivemos”. (Laerty Dudas) tentabilidade da empresa, que pretende reduzir em 25% o volume de resíduos gerados pela operação”, conta Eliane Sachet, gerente comercial do Wal-Mart. Segundo ela, a mecânica do programa começa no momento da entrega de alguns produtos
(refrigeradores, lavadoras, televisores, fogões) na casa do cliente, quando o consumidor já solicita que as embalagens sejam coletadas pela transportadora da entrega. De acordo com a assessoria de imprensa do Wal-Mart, a empresa está implementando um programa de impacto zero em suas lojas e tem como meta global gerar resíduo zero em sua operação em todo o mundo. A assessoria de imprensa do Grupo Pão de Açúcar, por sua vez, informa que a companhia desenvolve um estudo sobre os resíduos gerados em suas lojas, com o intuito de identificar formas de descarte ambientalmente corretas, com foco na aplicação do conceito dos três Rs (Reduzir, Reutilizar, Reciclar). “Com base nessa premissa, o Grupo adota ações que buscam otimizar o reaproveitamento do seu lixo reciclável e orgânico, promovendo a redução do volume de materiais descartados em aterros”, declarou a assessoria.
Julho - Agosto 2009
Entrevista
Alfredo Rocha
“Atendimento espetacular é vender com o coração”
U
m dos mais requisitados palestrantes do Brasil, Alfredo Rocha coleciona números impressionantes em sua carreira. O público de suas palestras passa de dois milhões de pessoas, a maioria formada por colaboradores de empresas de todo porte. É um exército de gente interessada nas idéias que Rocha transmite sobre liderança, gestão de pessoas, atendimento e vendas – temas urgentes na pauta corporativa brasileira. Em 19 anos de profissão, Rocha participou de mais de mil eventos internos para diversas empresas e realizou 750 eventos abertos em dezenas de cidades brasileiras. Nesta entrevista exclusiva à Supermix, Rocha desmitifica alguns conceitos sobre liderança, fala da formação de um líder nas organizações e comenta o que um bom atendimento pode fazer por uma empresa.
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Supermix: Liderar é uma habilidade que pode ser aprendida ou um talento natural?
sucessivos escândalos de corrupção, de onde podem vir exemplos de liderança para os mais jovens?
Alfredo Rocha: Ao visitarmos uma empresa, é muito comum um diretor dizer: “Liderança não tem jeito, é uma coisa nata. Veja o João, lhe demos todas as chances de desenvolvimento, mas ele não tem capacidade de comunicação, nem de influenciar pessoas. Já aquele outro rapaz, nem cargo de chefia ele tem dentro da empresa, mas acaba fazendo a cabeça de todo mundo”. Esse diretor, portanto, conclui que o líder já nasce feito. Porém, na prática, não é bem isso que acontece. Nossos estudos revelam que um líder não nasce feito, um líder se faz e isso ocorre por meio do desenvolvimento da sua personalidade. Explico: nossa personalidade é formada por duas heranças: a genética e a cultural. Uma pessoa pode nascer com algumas qualidades genéticas para liderança e, ainda que elas sejam pequenas, elas poderão vir a se desenvolver por meio da herança cultural. O que significa isso? Significa que o aprendizado, a participação em cursos, a leitura de livros específicos e, principalmente, a prática disso tudo no dia a dia tem o poder de formar um líder.
Rocha: Liderar é essa extraordinária capacidade que Supermix: Quais são as todos nós temos de influenciar características que diferenas pessoas com as nossas idé- ciam o líder do chefe? ias, ações e, principalmente, Rocha: Basicamente, não há nosso exemplo. Quando se muita diferença entre o chefe e aplica princípios de falta de o líder. Na realidade a palavra ética, caráter ou falta de liderchefe ficou um tanto quanto peança pela verdade, você estará jorativa nos dias de hoje. Chefe em falta consigo e com toda é uma expressão utilizada por certeza muito brevemente esmuitos como uma forma de retará fora desta empresa. speito e carinho. Já o líder sempre será reconhecido com paSupermix: No mundo corlavras do tipo: ele estava certo, porativo, fala-se muito hoje tomou a atitude na hora certa.
Supermix: Considerando o baixo nível moral da classe política brasileira, com
Rocha: Um líder será sempre reconhecido pelos resultados de suas atitudes. Obviamente,
da importância do líder sobre o saturado modelo de chefe. Pode-se afirmar que só as empresas que cultivarem líderes serão as mais competitivas?
Rocha: Não tenha a menor dúvida que, neste mundo corporativo onde o que era certo no passado hoje não é mais, as empresas brasileiras somente sobreviverão se forem constituídas de fortes lideranças. Lembre-se: as empresas nunca são mais fortes e nem mais dinâmicas do que as pessoas que as lideram.
Supermix: Como se reconhece um líder?
resultados que se classificam como: atingir metas, melhorar resultados e, principalmente, manter o espírito de equipe de seus subordinados.
Supermix: As empresas brasileiras estão preparadas para cultivar e estimular a cultura da liderança sobre a da chefia? Rocha: O diretor de uma empresa sabe quando as coisas correm perfeitamente bem. Para esta mesma diretoria, pouco importa se a classificação profissional é de chefe ou líder. O que importa são os resultados finais. A manutenção da gestão de pessoas fará com que haja uma minimização de rotatividade de pessoal e, quanto mais você mantiver a equipe conhecendo na ponta do cérebro o que faz, menores serão as falhas e os erros. Justamente por isso pouco importa a classificação profissional. Julho - Agosto 2009
Entrevista Supermix: Em sua opinião, quem são os grandes líderes do mundo corporativo hoje? Rocha: Não gostaria de destacar ninguém em particular, porém, hoje somente grandes líderes corporativos é que fazem acontecer, ou faz acontecer. Neste meu trabalho de estar junto aos empresários brasileiros, vi empresas que partiram de um fundo de quintal e hoje são verdadeiros impérios brasileiros. E o interessante é que o inverso também é verdadeiro, já que estamos falando de líderes. Vi verdadeiros impérios ruírem justamente porque estas empresas não tiveram no momento certo e na hora certa um líder antevendo como um todo o nosso país. Investiram em hora errada, nas pessoas erradas e justamente por isso fecharam suas portas.
Supermix: Motivação é uma palavra ainda mal compreendida. O que significa motivação no contexto mais íntimo do ser humano e no contexto profissional? Rocha: Sem motivação você não faz nada. Mas somente com motivação, às vezes, você também não faz nada. Ela é como uma mola propulsora em nossas formas de pensar, agir e fazer o que é certo. Sem a menor sombra de dúvida, uma pessoa que não tem ambição e objetivos terá uma vida confortável e será 34 | supermix 123
mais um desmotivado não só para si como para outros que o cercam. Viverá se lamentando, reclamando de tudo e de todos. Viver ao lado de uma pessoa negativa é muito complicado. O desmotivado sempre terá uma palavra de desestímulo em tudo que você “fizer a besteira” de comentar com ele. Serão palavras fortes do tipo: “Prá que estudar? Isso não vai dar certo. Pode escrever, não tem jeito”. Enfim, se você hoje convive com pessoas assim, afaste-se. Elas só falam de doença, desavenças, e por aí afora.
Supermix: Quais são os elementos que mais motivam um colaborador em uma empresa? Rocha: Muito antigamente dizia-se que era o salário. Mas descobrimos, com o passar dos tempos, que o trabalhador brasileiro tem noção de quanto ganha um determinado profissional, numa determinada função. Ele não é bobo. Um profissional específico de um cargo hoje sabe que se ele for trabalhar nesta ou naquela empresa, os salários serão praticamente iguais. Justamente, em função disto, hoje existem os chamados benefícios indiretos, que podemos classificar nesta ordem: Bom ambiente de trabalho, uma empresa que tenha uma gestão de pessoas que permita crescimento profissional com cursos, palestras, e, principalmente, com palavras de elo-
Vi verdadeiros impérios ruírem justamente porque estas empresas não tiveram no momento certo e na hora certa um líder antevendo como um todo o nosso país. Investiram em hora errada, nas pessoas erradas e justamente por isso fecharam suas portas.
gios do tipo “Muito bem José, João, sua participação neste trabalho foi maravilhosa, estamos crescendo e nos lembraremos de vocês”. No mundo todo, quando você admira e trata bem sua equipe, naturalmente o ego de todos fará com que estes profissionais sejam cada vez mais comprometidos com sua empresa, independente de sua função.
Supermix: O conceito de autosserviço sobre o qual o varejo supermercadista foi erigido vem sendo questionado pela necessidade de diferenciação com o investimento em atendimento. Como uma empresa orientada para o autosserviço pode difundir a cultura do atendimento entre seus colaboradores? Rocha: O empresariado brasileiro tem que pensar ativamente no seguinte: os produtos e as empresas são muito parecidos, o que conduz a pergunta: Qual a melhor geladeira? Qual o melhor fogão? O melhor forno de microondas? Enfim, pense em qualquer produto e verá que os preços e os produtos estão muito parecidos. Se os preços e os produtos estão muito parecidos, e como milagre hoje ninguém faz, a venda deste ou daquele produto estará intimamente ligada ao seu vendedor. E de que forma? Hoje o vendedor tem que ser
um consultor de vendas. Conhecer seus produtos na palma de mão. Para que servem, como funcionam, os benefícios que ele traz. Os compradores hoje são pessoas bem informadas e, quando um consultor de vendas encanta e fideliza seus clientes com bom atendimento, é venda certa.
Rocha: Quando você ama seu cliente, quando você quer o seu bem, quando você vende com o coração e não apenas vende as comissões. Isto é um atendimento espetacular.
Supermix: Pode-se afirmar que um bom atendimento só pode ser proporcionado por um colaborador altaSupermix: Qual o perfil mente motivado, que por exigido dos profissionais sua vez foi liderado por um que trabalham com atenprofissional inspirado. Ou dimento? Como estimular seja, uma equação que tem todos os colaboradores a se diversas variáveis e pessoas focarem nas necessidades envolvidas. É possível para do cliente? uma organização costurar todas as pontas deste nó? Rocha: Existe alguém que saia Como? de casa hoje para comprar um produto e gostaria de ser atendido por uma pessoa rancorosa, de mal com a vida, que trate seus clientes de uma forma hostil e dura? Você já viu alguém chegar numa loja e dizer: “Estive ontem aqui e fui atendido muito mal, seu vendedor estava de mau humor, olhando feio e gostaria de saber se ele está ai para me atender novamente?” Esta situação não existe. O que existe é bom atendimento, respeito às pessoas, que mantém nossos empregos, nossas vidas e a vida de nossos familiares. Infelizmente, tem gente que não entendeu isso ainda.
Rocha: É sim possível costurar estas três pontas. Com liderança e gestão das pessoas. Incentiveos, dê aos seus vendedores um bom caminho, uma nova técnica. Incentive-os cada vez mais a gostar e querer bem as pessoas e tenha certeza que você, vendedor, terá ao seu lado uma força oculta que possibilitará fazer desta maravilhosa profissão um verdadeiro tesouro em suas mãos
Supermix: O que pode ser considerado um atendimento espetacular? Julho - Agosto 2009
Responsabilidade Social Idosos carentes e ex-moradores de rua têm apoio do Apras Mulher na 14ª Supernorte O Asilo São Vicente de Paulo e a Fraternidade de Aliança Toca de Assis foram as entidades beneficiadas
I
dosos de famílias carentes e ex-moradores de rua da cidade de Londrina são os beneficiados das doações dos expositores participantes da 14ª Supernorte, realizada nos dias 12, 13 e 14 de julho, no Centro de Exposições e Eventos de Londrina. A ação aconteceu por meio da mobilização feita pelo Apras Mulher, braço de responsabilidade social da Apras – Associação Paranaense de Supermercados –, com foco em atividades de apoio à comunidade. Já atendidos na edição de 2008 da feira, o Asilo São Vicente de Paulo e a Fraternidade de Aliança Toca de Assis cuidam de pessoas em situação de vulnerabilidade social e constantemente precisam de ajuda para a manutenção de seus espaços. “As doações feitas por meio do Apras Mulher nos ajudam no dia-a-dia e servem de exemplo para a sociedade”, diz José Duílio Abra, presidente das Obras Assistenciais São Vicente de Paulo. “Precisamos muito da contribuição externa. Em nome de todas as pessoas que cuidamos, agradeço muito”, complementa o irmão Imanuel Maria 36 | supermix 123
do Deus Sacrário, da Toca de Assis. Atendendo públicos distintos, as entidades atuam na prática da dignidade humana e no resgate social, recuperando pessoas que já tiveram inclusive histórico policial, como que é o caso da Toca de Assis. O Asilo São Vicente de Paulo, que pertence às Obras Assistenciais São Vicente de Paulo, é composto ainda do Centro de Educação Infantil Santo Antônio. Criado em 1958, em Londrina, o asilo abriga 99 idosos, que são encaminhados pela Secretaria Municipal do Idoso. Entidade filantrópica sem fins lucrativos, o asilo é dividido em duas alas: uma para os idosos que são mais independentes e outra para os acamados, que necessitam de cuidados bastante especiais. Segundo José Duílio Abra, o asilo oferece “cama, mesa, remédio, banho e carinho”. A entidade possui uma equipe de enfermeiras e psicólogas e as idosas têm acesso a trabalhos manuais para melhorar sua qualidade de vida. Alunos da Unopar – Universidade do
Norte do Paraná – realizam sessões de fisioterapia e também há voluntários que são padrinhos e madrinhas dos idosos, fazendo visitas aos domingos e dando atenção a eles. “Apenas entre 30% e 40% dos idosos têm visitas de seus familiares. Por isto, o trabalho dos voluntários traz alegria aos idosos e ao clima do asilo”, conta Duílio. Cerca de 40% do público atendido tem aposentadoria, sendo que 70% dela é destinada ao asilo e 30% para os gastos pessoais dos idosos (no caso daqueles em condições de fazê-lo, caso contrário o recurso é administrado por familiares). A idade mínima dos usuários do asilo é de 60 anos. O mais idoso tem 98 anos. Além de doações de alimentos serem essenciais, o asilo também tem necessidade de fraldas geriátricas. O consumo mensal é de 1,6 mil unidades. Já a Fraternidade de Aliança Toca de Assis é destinada à prática do ideal franciscano de acolhimento aos moradores de rua. Ligada à Paróquia Sagrado Coração, de Londrina, a casa se mantém com recursos de doações da comunidade. No total,
a Fraternidade abriga 50 homens e 10 mulheres, cuidados por um grupo de 25 religiosos, entre eles homens e mulheres. Oferecendo moradia, refeições, encaminhando a tratamentos de saúde e conforto espiritual, a Toca de Assis busca resgatar nestes moradores a dignidade humana e a esperança. Do total de ex-moradores de rua que hoje residem na Fraternidade, cerca de 20 passaram a ter condições de realizar trabalhos remunerados – mesmo que em alguns casos pontuais –, se integrando melhor na sociedade. Parte destas pessoas sob os cuidados da Toca de Assis tem histórico de criminalidade e segundo o Irmão Imanuel aqueles que permanecem na obra não retornam a este caminho. A Fraternidade recebe pessoas acima de 40 anos que não têm familiares para assumir os cuidados. De acordo com o irmão Imanuel, é perceptível a melhoria destas pessoas em relação à esperança, cuidados pessoais e de saúde. “Nós vemos que são seres humanos que precisam de amparo e, com isto, seguem a vida com bom rumo”, afirma.
“Apenas entre 30% e 40% dos idosos têm visitas de seus familiares. Por isto, o trabalho dos voluntários traz alegria aos idosos e ao clima do asilo”. (José Duílio Abra)
Doe você também! Para contribuir com as entidades, entre em contato e veja como ajudar. Asilo São Vicente de Paulo (43) 3339-3999
“Nós vemos que são seres humanos que precisam de amparo e, com isto, seguem a vida com bom rumo”. (Irmão Imanuel Maria do Deus Sacrário)
Fraternidade de Aliança Toca de Assis (43) 3326-7547 Julho - Agosto 2009
Artigos
Velho aos
40 ou
novo aos
80? H
á algum tempo, a média de vida das pessoas era entre 25 e 35 anos. Para você ter uma idéia, a Peste Negra do Século XIV dizimou um terço da população na Europa. A epidemia global da gripe es¬panhola de 1918 a 1919 matou 40 milhões de pessoas, mais do que a Pri¬meira Guerra Mundial. O mundo hoje possui o conhecimento, o dinheiro e os remédios. O índice de sobrevivência do câncer, um diagnóstico antes considerado sentença fatal, dobrou nos últimos 40 anos. O HIV está sendo tratado atualmente como uma doença crônica. Estamos vivendo mais, principalmente devido aos avanços 38 | supermix 123
fantásticos da medicina. Atualmente, o índice de expectativa de vida dos brasileiros está em 77 anos, o que representa trinta anos a mais que na virada do Século XIX para o Século XX. Segundo as estatísticas, a grande tendência é de morrermos de acidentes ou doenças degenerativas da velhice. Reduzimos consideravelmente nossa vulnerabilidade física. Se olhar à sua volta, irá constatar que suas chances de viver até 100 anos são enormes. Hoje são mais de 25 mil pessoas com mais de 100 anos no Brasil. Veja o exemplo de Oscar Niemayer, que aos 102 anos trabalha todos os
dias das 10 às 20 horas. Está fazendo o projeto para um centro cultural na Espanha, orçado em 90 milhões de reais. Estuda filosofia, literatura e astronomia com seus netos. Ocupa a nona colocação entre os 100 maiores gênios vivo da humanidade. O que eu concluo com todas essas informações? Que a partir de agora as estratégias de sobrevivência deverão ser mentais. Isto não significa que não precisaremos nos preocupar com o colesterol, a dieta e os exercícios, pois em breve as taxas de longevidade mais importantes para nós não serão baseadas nos anos de vida e sim nos de lucidez mental.
Esta questão de cuidar da mente não deve se restringir somente à nossa mente, mas também às de nossos clientes. Veja o que algumas empresas já vêm fazendo para deixar seus clientes menos estressados e mais relaxados:
• Clube especial: quase todas as empresas têm programas de fidelidade. Agora, oferecer algum tipo de lazer ao cliente será um dos grandes diferenciais. Uma empresa montou o Clube Antiestresse, pois com a correria do dia a dia precisamos ter algumas alternativas para relaxar a mente. A idéia é passar filmes de comédia, drama, tramas bobas, perseguições automobilísticas duas vezes ao mês. Por quê? Eles dizem que todos nós precisamos ver “Filmes Descerebrados para Cérebros Sobrecarregados”. • Café na cama: para aqueles que acreditam que a resposta é simplesmente ir para a cama, há restaurantes em Amsterdã que são mobiliados com camas para um jantar extremamente aconchegante. Afinal, todo mundo gosta de receber um café ou um jantar na cama. • Ginástica do riso: estamos até mesmo formalizando o fenômeno do riso para a cura. Empresas como IBM e Monsanto contrataram consultores de humor para
*Por Professor Menegatti
*Professor Menegatti é conferencista em Vendas, Motivação, Liderança e Mudança. Conheça o novo site: www. menegatti.srv.br (41) 3342-9562 / 9942-5150.
suavizar a vida no mercado de trabalho. Os risos aumentam a produção de endorfinas, reduzem os níveis de cortisona – o hormônio do estresse –, e aumentam a atividade dos linfócitos T e dos interferons gama – importantíssimos para o sistema imunológico. • Humanizando lugares: a corrida para oferecer benefícios atraentes num mercado altamente competitivo, estão fazendo os hospitais tomar emprestado dos spas alguns conceitos. Um hospital americano oferece sala para descansar a mente com chafariz, clarabóia e poesias emolduradas. Seguindo estudos que demonstraram que pacientes internados em quartos com vistas, principal-
mente de paisagens bonitas ou jardins, tiveram pós-operatórios mais curtos e tomaram menos analgésicos, os hospitais e asilos começaram a criar jardins de cura para elevar o poder curativo do prazer botânico. Espero sinceramente que estas informações lhes sejam úteis para fazê-lo(a) refletir sobre como anda sua cabeça, suas atitudes e sobre o sentimento que move você em busca da excelência.
Julho - Agosto 2009
Artigos O novo perfil de consumidores
*Por Andrea Luy
O
consumidor mudou seu comportamento, seus relacionamentos e a forma como usa a tecnologia. Tudo isso provocou mudanças na maneira de comprar, e o varejo sentiu. É possível ver que o cliente irá optar por um supermercado que tem em seu ambiente interno pessoas que fazem parte do seu univer40 | supermix 123
so e que os produtos escolhidos têm haver com seus hábitos. A grande mudança que se pode enfatizar são as novas gerações de compradores. Um público específico que está muito certo do que deseja comprar, de quanto pode pagar e quer encontrar num mesmo local tudo aquilo que precisa. Ao supermercadista fica a tarefa de
descobrir qual é o perfil do seu cliente. Temos como exemplo a nova mulher consumidora, a geração internet e o novo comportamento de compras da classe popular. A nova mulher consumidora ganhou presença e ela é responsável por grande parte das vendas. A mulher tem assumido novos papéis na sociedade,
conquistou poder no mercado de trabalho, possui maior escolaridade e, com tudo isso, mudou sua forma de comprar. A busca por conveniência é uma característica bem presente neste novo perfil feminino. As donas de casa estão em busca de alimentos de preparo rápido que sejam, no entanto, funcionais e saudáveis. No que se refere aos produtos de uso pessoal, deve-se explorar o poder de compra da mulher, que deve ser seduzida por produtos especiais para cuidados com a pele e o cabelo, além de produtos importados que são bastante chamativos. A informação é outro atrativo para a classe feminina. Por isso, deve ser realizada por meio de cartazes e panfletos que tragam receitas culinárias e dicas, entre outros. É importante lembrar que os supermercados não devem oferecer somente produtos, mas devem incluir também os serviços. Caixas eletrônicos, institutos de beleza, serviços de lavanderia e atendimento veterinário continuam sendo bemvindos, pois para a nova mulher consumidora é importante fazer o maior número de atividades, em um espaço único e em pouco tempo. A nova geração de consumidores das classes populares é bastante diferente, do ponto de vista do consumo, em comparação com a de tempos atrás. O varejo precisa entender as necessidades desse consumi-
dor de forma a servi-lo adequadamente e a grande questão é: “Como ganhar mais atendendo um público que gasta menos?”. A análise que se faz é que as famílias populares são menores que no passado. As pessoas têm contato com o computador e a internet e são mais ocupadas. Outra análise é sobre a propaganda dos produtos e que devem ter uma linguagem simples e explicativa. Quanto ao visual da loja, deve ser chamativo e dar a impressão de movimentada, pois uma loja arrumada com exagero pode inibir a compra. As ofertas devem ser bem sinalizadas, pois ainda é um dos maiores atrativos para o consumidor. A geração internet é o novo perfil da juventude consumidora, e o Brasil é um dos países da América latina onde se realiza grande parte das vendas pela internet. Assim como aconteceu com a mulher consumidora, os jovens também têm uma carreira pela frente e, portanto, pouco interesse pelo universo doméstico. Há uma geração guiada, exclusivamente, pelo comodismo do meio eletrônico, que busca a comodidade e acessa a internet com grande freqüência, quer evitar o uso das sacolas e das filas, diz que o produto comprado é selecionado, que o preço não se altera e também afirma que consegue comprar vários produtos em promoção. É preciso seduzir esse novo público com ambien-
*Andréa Luy é psicóloga e coordenadora do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados. tação, mix e serviços atraentes. Será difícil para as empresas fugir do comércio eletrônico e ao funcionário cabe estar preparado para esta nova forma de atendimento. Em 2009, a mudança de atitude junto ao consumidor é a grande gestão do varejo, pois mudança é resolver pendências e aplicar tendências. A novidade é inovar e conquistar estes novos perfis de consumidores. O varejo deve estar cada vez mais estratégico e tecnológico, ressaltando a importância do diferencial como força de vendas para um perfil de novos consumidores. Julho - Agosto 2009
Artigos O valor da marca
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or que algumas marcas são as preferidas? Será que é em função do preço justo? Do canal de distribuição eficiente? Dos produtos inovadores? Provavelmente, tudo seja importante para tornar uma marca forte, mas não o suficiente. Com novas marcas aparecendo todos os dias, frequentemente, selecionamos as nossas marcas por meio de fontes que gerem mais confiança. Considerando que os produtos estão se tornando commodities, escolhemos os produtos das empresas por meio de fatores emocionais, baseado em carinho, respeito e admiração. Neste século, as empresas devem não apenas fabricar, distribuir e divulgar seus produtos, mas também gerenciar o relacionamento das suas marcas com todos os públicos, por meio de dife-
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*Por Cláudio Shimoyama
rentes canais. Assim, as campanhas internas e políticas de responsabilidade social são tão importantes quanto as ações publicitárias ou promoções dirigidas. Mesmo as ações de comunicação de uma marca devem estar alinhadas e convergir para a construção de uma boa reputação entre empregados, clientes finais, fornecedores, mídias e demais stakeholders. Atualmente, a Coca-Cola é a marca mais valiosa do mundo. Não é por acaso, pois todas as associações positivas que os consumidores possuem em relação à Coca-Cola dizem respeito a sua história, logomarca, cor, design e aroma; suas próprias lembranças de infân-
cia que remetiam à Coca-Cola, os anúncios na televisão e na mídia impressa ao longo dos anos. As indiscutíveis emoções ligadas à marca derrotam os fatores racionais da concorrência. É por meio das emoções que o cerébro codifica as coisas que têm valor, e uma marca que nos cativa emocionalmente vencerá seus concorrentes. Sabemos que hoje o cliente possui fácil acesso a informação e é relativamente simples comparar todas as escolhas possíveis e avaliar os valores e a postura de cada empresa. Portanto, fabricar produtos de qualidade com procedência reconhecida e segura não basta para atrair os consumidores,
pois eles querem pessoas e marcas nas quais possam confiar, que as entendam, pensem e sintam o mesmo que eles. Hoje em dia, clientes não querem apenas comprar, mas estabelecer um relacionamento duradouro por meio de produtos e marcas que tenham alma e sejam amigas.
Artigos
Liderança “verde” A consciência sustentável e seus benefícios para as empresas e a sociedade *Por Rosangela Bacima
E
m nosso artigo, “Seis passos para tornar sua empresa sustentável”, publicado na edição anterior, discutimos a Sustentabilidade como uma verdadeira estratégia de inovação das empresas, que dá resultados concretos e se traduz em diretrizes e processos de trabalho. Em outras palavras, sustentabilidade é um diferencial de posicionamento e competitividade, um objetivo para qualquer tipo de empresa e deve estar no centro do negócio. Não é preciso deixar para depois ou esperar que outras prioridades estejam resolvidas para então pensar a respeito. Os resultados e benefícios serão reais e crescentes, tanto para a empresa, como para a sociedade, num verdadeiro “ganha – ganha”. Mas é preciso reafirmar a importância da liderança na efetividade da estratégia de sustentabilidade das empresas. Se quem decide não tiver esta visão ou não estiver convencido do valor para o negócio, tudo isso não irá passar de ideologia ou de ideias acadêmicas de pouca utilidade. 44 | supermix 123
Na prática, integrar aspectos econômicos, ambientais e sociais diminui custos, principalmente futuros, reduz riscos, evita desperdícios, gera lucros. E, num investimento de longo prazo, ainda constrói relacionamentos sólidos e duradouros com os públicos da empresa, em especial colaboradores, clientes e comunidade do seu entorno, criando com eles vínculos de confiança e lealdade. Como? Vamos tomar o setor de varejo como exemplo, onde empresas de qualquer porte têm processos sustentáveis mais rentáveis para implantar. Começando pela construção “verde”, assim denominada
porque privilegia a preservação ambiental como critério para projetos e obras de lojas, com iluminação natural, materiais de origem certificada, pé direito mais baixo, reuso de água, descarte de entulho, etc... A construção sustentável tem um custo em média 15% mais alto, mas se justifica pela redução de custos operacionais já em curto prazo. Em 50 anos, a redução
pode chegar a 80%. Na mesma linha, programas de eficiência energética não só reduzem despesas com iluminação e equipamentos de refrigeração, como buscam formas alternativas de geração e utilização de energia. Na logística e na operação da loja, iniciativas como o descarte de embalagens junto a cooperativas e indústrias de reciclagem geram emprego e renda. E trazem economias, que, em muitos casos, são revertidas para investimentos sociais da empresa, especialmente ligados à educação de crianças e jovens, projetos comunitários e conscientização ambiental. O impacto ambiental do varejo é pequeno, quando comparado ao produzido por indústrias que usam recursos naturais ou emitem enormes quantidades de gases de efeito estufa. Assumindo, porém, um trabalho de mobilização e conscientização no consumo, muitas redes estimulam uma mudança cultural importante junto aos consumidores, comercializando sacolas retornáveis, disponibilizando caixas de papelão para acondicionar as compras, desenvolvendo sacolas plásticas mais resistentes, mais caras, mas mais econômicas pela utilização em menor quantidade. Ainda envolvidas em divergências e polêmicas sobre sua efetiva contribuição ao ambiente, sacolas plásticas que se degradam em contato com o ar, num
prazo de até seis meses, vem e benefícios para o negócio ao sendo utilizadas especialmente lado de resultados e benefícios por lojas de não-alimentos. para a sociedade e o ambiente. Consumidores têm se tornado cada vez mais conscientes e engajados, participando ativamente de programas de coleta seletiva de embalagens pósconsumo, adquirindo produtos orgânicos, produtos de marca própria sustentáveis ou de manejo sustentável, vindos de comunidades, cooperativas e associações de artesãos. Junto aos fornecedores há frentes importantes, como a negociação para redução de tamanho e utilização de matéria-prima certificada nas embalagens, exigências contratuais proibindo práticas trabalhistas ilegais e discriminatórias. Colaboradores também podem ser alvos de práticas interessantes, desde a adesão a programas de voluntariado e relacionamento comunitário até o estímulo à participação no processo de sustentabilidade. A empresa pode, ainda, posicionar-se como “parceira” na solução de problemas locais e no desenvolvimento das comunidades em que atua, investindo no futuro. Desta forma, com mentalidades “antenadas” na evolução da sociedade, conscientes do atual papel das empresas no mundo e, ainda, com sua crença na proposta da sustentabilidade, empresários e executivos de vanguarda irão comemorar algo ainda visto por muitos como inconciliável: resultados
*Rosangela Bacima é consultora da Associação ECR Brasil (www.ecrbrasil. com.br)
Artigos
As famílias Curitibanas e o consumo
*Por Samanta Puglia (apoio de Maurício Bohrer e Priscila Lanfredi)
São muitos os fatores que influenciam o perfil de consumo das famílias, e conhecer melhor quem são e como vivem nos permite expandir horizontes para oportunidades que nem sempre são desconhecidas, mas muitas vezes esquecidas ou pouco aproveitadas. Utilizando o Painel de Domicílios Homescan da Nielsen, que acompanha quinzenalmente os hábitos de consumo dos lares brasileiros, percebemos que a cidade de Curitiba é composta por 67,5% de domicílios de “Casais com filhos”. Esse número, se comparado com a média brasileira, é quase 8 pontos percentuais maior, o que indica que as famílias por aqui ainda podem ser consideradas tradicionais. Outro indicativo desta característica é a menor incidência de lares monoparentais – formados com a presença de apenas um dos membros do casal –, com 6,8 pontos percentuais a menos que a média brasileira.
Dentre os lares de “Casais com filhos” na região metropolitana de Curitiba, encontramos um maior número de domicílios com estrutura familiar pequena – até três componentes – em relação à média do país. Isto está relacionado com uma incidência consideravelmente maior de lares com crianças entre 0 e 6 anos nesta região, com 2 pontos percentuais acima da média brasileira. O que se destaca como uma grande oportunidade para os varejistas da região que entenderem as necessidades das mães e também das crianças, que cada vez mais ganham espaço como influenciadores no processo de decisão de compra. Segundo dados do Painel de Domicílios Homescan da Nielsen, as famílias pertencentes aos níveis sócio-econômico alto e médio correspondem a 76% dos lares da Região Metropolitana de Curitiba. 46 | supermix 123
Quando observamos os “Casais com filhos”, este número sobe para 82,5%. Estes lares se destacam naturalmente na importância dos gastos em virtude de sua estrutura e nível sócio-econômico, porém notamos um peso mais significante dos “Casais com Filhos” nas cestas de Bebidas e Higiene.
Os “Casais com filhos” deslocam-se 9% mais vezes ao ponto de venda que a média, especialmente quando se analisa a freqüência de compra das cestas de Bebidas, Higiene e Limpeza, o que justifica seu gasto anual maior, uma vez que o gasto por visita não difere da média. Para ilustrar esta informação, podemos ressaltar o fato que esse segmento, por exemplo, costuma gastar em média 7% a mais com Alimentação, Limpeza e Higiene e, em se tratando da cesta de Higiene e Beleza, vemos que esse percentual sobe para 9% para as categorias de Sabonetes e Shampoo, e 8% para Creme Dental e Papel Higiênico. Por outro lado, os “Casais com filhos” gastam 6% a menos que a média em Tinturas.
Conveniência e praticidade – essenciais para a mãe atual Julho - Agosto 2009
Artigos O grupo de serviços globais da Nielsen monitora as tendências por trás dos maiores crescimentos em alimentos e bebidas: melhoria e manutenção da saúde; a busca por valor e praticidade; e um desejo por conforto e segurança. Ao analisar o comportamento dos “Casais com filhos” na Região Metropolitana de Curitiba, a busca por conveniência e praticidade logo se revela com o maior percentual de lares comprando em porta a porta e padaria, buscando serviços que sejam ágeis e rápidos para economizar tempo.
Além disso, este agrupamento familiar compra proporcionalmente menos em promoção que a média da região. Analisando esta última informação, e relacionando-a com o fato de que “Casais com filhos” compram mais em padarias e porta a porta do que os outros agrupamentos, e que esse é o mais representativo dentro do nível sócio-econômico alto, identificamos mais uma vez a conveniência como um elemento essencial para esse público. O próximo passo é entender o estilo de vida e o que realmente é importante para o shopper que estamos tentando atingir. Entre os estilos de vida do Curitibano, destaca-se o perfil “consciente” que é ainda mais representativo para os casais com filhos. A tabela abaixo revela algumas características importantes desse shopper e fornece insights de como atrair e fidelizar esse shopper.
Atitudes
Exposição à mídia
Hábitos de compra
• Fica em casa com a família • Viaja para o mesmo lugar nas férias • Gasta pouco com férias • Preocupa-se em ter uma vida estável • Preocupa-se com o bem estar dos filhos e da família • Valoriza a dignidade, a honestidade e a igualdade • Preocupa-se com a educação dos filhos e em trabalhar bem
• Lê revistas e depois de ler as guarda • É atenta às propagandas de revistas e jornais • Acredita que as propagandas são importantes para se conhecer as marcas • Assiste a novelas e noticiários • Gosta de comédias e romances
• Olha tablóides só das lojas onde vai para verificar se há alguma oferta excepcional • Algumas aproveitam as semanas de promoção • Se importa com a variedade • Gosta de comprar tudo de uma vez • Escolhe marcas pela relação qualidade/preço • Acredita que irá comprar pela internet no futuro
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Espaço Apras Supernorte alcança as expectativas dos organizadores Encerrou no dia 14 de julho, em Londrina, a 14ª edição da Supernorte – Feira e Convenção Regional de Supermercados. O evento, que tem como objetivo promover a realização de negócios entre supermercadistas e fornecedores da região norte do Paraná, é realizado anualmente pela Apras – Associação Paranaense de Supermercados – em parceria com a Regional Londrina. Neste ano, foram fechados 93 espaços que apresentaram as inovações em produtos, serviços e equipamentos para o setor de supermercados. De acordo com o diretor comercial da Apras, Walde Prochmann, o evento já cresceu o que poderia. “Hoje ocupamos 100% do pavilhão e agora nossas metas concentram-se em manter esses números”, afirma. Segundo o presidente da regional Londrina, Valdecir dos Santos Galhardi, nesta edição a feira procurou uma abordagem diferenciada. “Nosso objetivo é criar oportunidades aos pequenos fornecedores e tivemos a presença de inúmeros deles em nossa feira”, diz. Cerca de 7 mil visitantes circularam no pavilhão e R$ 60 milhões foram realizados em negócios. O evento contou também com a palestra de Alfredo Rocha, que aproveitou a oportunidade para trabalhar com a busca pelas inovações nos pontos-de-venda. Com o tema “Liderança e Gestão da Inovação”, Rocha ensinou uma lição aos participantes. Com uma citação de Gabriel O Pensador, ele afirma que no mundo dos negócios esta é uma afirmação que impera. “Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo”, conclui. O projeto de responsabilidade social, o Apras Mulher, continua crescendo em número de doações realizadas nas feiras. Inúmeros expositores contribuíram com os mais variados produtos e 50 | supermix 123
doaram suas vitrines ao final do evento. Neste ano, a Toca de Assis e o Asilo São Vicente de Paulo foram os beneficiados do projeto que arrecadou toneladas de alimentos e centenas de produtos de limpeza e higiene.
Jantar de Posse da nova diretoria da Regional Guarapuava No dia 19 de junho de 2009, a Apras – Associação Paranaense de Supermercados – Regional Guarapuava organizou, no salão Vitri, o Jantar de Posse da nova diretoria. Estavam presentes 600 convidados, entre eles toda a comunidade supermercadista da regional, autoridades, imprensa, patrocinadores e apoiadores, familiares e amigos. Todos marcaram presença para acompanhar a posse da nova presidência. O novo conselho diretor é composto pelo presidente da regional, Daniel Hyczy, vice-presidente regional José Fernando Brecailo Júnior, vice-presidente financeiro João Ricardo Hyczy, vice-presidente de relações públicas Wilmar Millrath, vice-presidente de expansão Sérgio Nahm, vice-presidente de capacitação Rudinei Fabian, vice-presidente de segurança Silvio Kiyhoshi
Nagahi, vice-presidente de relações sindicais Antônio Maximino Zago e, representando o conselho fornecedor, Hélio Pereira de Almeida. A cerimônia de posse foi encerrada com um discurso do presidente Daniel Hyczy, que declarou que o biênio será marcado por ações como investimentos na formação e capacitação de funcionários do setor supermercadista bem como no aprimoramento e crescimento da Apras na regional e de todos os seus associados e apoiadores. Após a posse, a noite foi celebrada com um jantar de massas e show dançante.
Julho - Agosto 2009
Espaço Apras Perdigão realiza o primeiro jantar Espaço do Fornecedor deste ano
Lazzarini fala sobre as mudanças no mercado brasileiro
A Apras – Associação Paranaense de Supermercados com o patrocínio da Perdigão realizou no dia 19 de junho o primeiro jantar Espaço do Fornecedor na sede da entidade. O objetivo do encontro é aproximar os supermercadistas do fornecedor, que pode apresentar as novidades em produtos e serviços com exclusividade para os grandes decisores de compras de um supermercado. O gerente de marketing da Perdigão, Flávio Leal, fez uma breve descrição do mercado de iogurtes, que expande para a categoria dos funcionais, e aproveitou para apresentar o lançamento da Batavo, a linha Pense Light, que foram desenvolvidos especialmente para pessoas preocupadas com o bem-estar do corpo e da mente.
Com a crise financeira, o cenário econômico está entre as principais preocupações de varejistas e fabricantes, bem como a demanda do consumidor. Para apresentar alguns aspectos do mercado nacional aos associados e convidados, a Apras – Associação Paranaense de Supermercados trouxe, no dia 08 de junho, João Carlos Lazzarini, diretor de retail services da Nielsen Brasil para ministrar a palestra “Mudanças no Mercado Brasileiro em 2009 – Impactos da crise econômica no seu negócio”. Lazzarini explicou que, em momentos de crise, mesmo com uma maior sensibilidade a preço, o consumidor reage de modo distinto em função da categoria de produtos: será a intensidade e a duração da crise que definirão as áreas de oportunidade e, por isso, o trabalho conjunto entre varejo e indústria é fundamental para aproveitar esse momento.
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Espaço Iespar Novas Conquistas Cada vez mais cidades do Paraná estão sendo contempladas pelo Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados –, que tem atendido supermercadistas com cursos nas regionais da Apras – Associação Paranaense de Supermercados – e também com cursos in company para algumas cidades pequenas, facilitando assim a participação dos funcionários. Temos cumprido o objetivo de ir até o aluno e não só esperar por ele na sede. Confira as novas cidades com cursos do Iespar: - Santa Fé - Campina da Lagoa - Campo Bonito - Boa Ventura
de Curitiba, Londrina e Cascavel. O tema a ser abordado este ano será “Os Verdadeiros Líderes de Supermercado”. O assunto tem como objetivo avaliar as necessidades do empresário supermercadista em obter bons líderes para o gerenciamento de sua loja e colaboradores. Curitiba: 13/08/09 Londrina: 20/08/09 Cascavel: 26/08/09
Curso Técnico de Carnes Vários supermercadistas foram atendidos com Curso “Repositores são vendedores” – associados Apras Maringá este trabalho em algumas cidades, com o auxílio do professor Luiz Fernando Camargo (CRMVPR 1967), que é Medico Veterinário, Consultor de Supermercados e de Frigoríficos, e que atua há 20 anos na área, com conhecimento em desossa e rendimento correto de carnes. Muitos foram os participantes e todos puderam aproveitar o trabalho que visa lucratividade do setor de carnes. No último mês, as regionais de Maringá, Ponta Grossa, Curitiba e Londrina realizaram o curso de Cartazista, mais uma vez, com o auxílio da METIC
Curso Técnico de Carnes Será realizado no mês de agosto o workshop Curso in company – “Repositores são Vendedores”, em Santa Fé de Recursos Humanos do Varejo nas cidades Julho - Agosto 2009
Plataforma Nestlé lança Chandelle Mousse em embalagem individual A Nestlé traz novidades no segmento de sobremesas cremosas para este inverno. Chega aos pontos-de-venda de todo o país o Chandelle Mousse, sabor ‘Chocolate ao Leite com Pedaços de Chocolate’ em embalagem individual de 75 gramas, ideal para o consumo imediato. Com este lançamento, a Nestlé espera impulsionar as vendas do produto para consumo fora de casa e incrementar suas vendas em 10%, uma vez que a marca é lembrada por 93% dos consumidores quando o assunto é sobremesa refrigerada, segundo dados da Ipsos.
Marca consagrada e qualidade reconhecida pelo mercado há mais de 30 anos, a empresa Alimentos Zaeli apresenta nova embalagem do Arroz Agulhinha Zaeli (Tipo 1). Está disponível para venda em embalagem de cinco quilos e traz grátis um sache com tempero “Faça Fácil”, que, além de temperar o arroz, pode ser utilizado também em carnes e legumes.
Danoninho ganha embalagem econômica
Zaeli traz nova embalagem para arroz agulhinha 54 | supermix 123
Danoninho para Beber cresceu e ganhou, pela primeira vez, uma roupagem de 900 gramas, ideal para famílias grandes. Além de não pesar no bolso, tem fórmula exclusiva, com os nutrientes que realmente são necessários para complementar a dieta das crianças brasileiras. Danoninho para Beber é um iogurte que oferece cada vez mais qualidade nutricional sem deixar o inconfundível sabor de lado. Sempre com a missão de ser um aliado da alimentação infantil, apresenta excelente custo-benefício, pois a nova embalagem rende cinco porções do tradicional iogurte, já consagrado pelo paladar das crianças.
pesquisa de campo feita dentro das lojas. Muito mais prático, o novo pote é anatômico e possui exclusiva tampa econômica, traduzindo-se em alto teor de inovação e giro garantido em loja.
Refeições de inverno para toda a família
Kunzler apresenta novo pote versão Light.
A Kunzler, percebendo o grande sucesso que a embalagem inovadora fez em sua versão tradicional, preparou a versão light para a mesma apresentação, uma reivindicação feita pelos próprios consumidores e notada a partir de uma
Além de ser uma opção prática e nutritiva, os Sopões Knorr alimentam tanto quanto uma refeição regular e garantem economia no orçamento doméstico, pois rendem, em média, seis porções para toda a família. Para quem prefere a sopa mais encorpada, Knorr acaba de lançar a nova linha de Sopões Mais, com 58% de macarrão por pacote. Já para as famílias que procuram opções ainda mais saudáveis, a linha Knorr VitJulho - Agosto 2009
Plataforma alie oferece o primeiro Sopão com 0% de gordura e 20% menos sal. Preparadas com ingredientes naturais e sem conservantes, as sopas Knorr levam o selo Minha Escolha, que indica que os produtos estão de acordo com as recomendações internacionais de ingestão de sódio, açúcar, gorduras trans e gorduras saturadas.
Nutrella lança novo conceito de pães naturais 100% Integral Para atender a crescente demanda do mercado brasileiro em busca da saudabilidade, o Grupo Bimbo desenvolveu uma inédita linha de pães industrializados 100% naturais do mercado: Vitta Natural 100% Integral, assinada pela marca Nutrella. A linha nasce com três novos sabores: 14 Grãos, Grãos e Castanhas e Ameixa com Iogurte. Ingredientes exclusivos como açúcar demerara orgânico, açúcar mascavo, farinha de trigo integral, óleo de girassol e grãos inteiros compõem a receita dos produtos, gerando um resultado diferenciado em sabor e nutrição.
OX Cosméticos inova sua linha de sabonetes líquidos A OX Cosméticos apresenta sua mais nova linha de sabonetes líquidos: OX Arôme. A novidade chega ao mercado em quatro versões peroladas e glicerinadas: Frutas Tropicais & Champagne, Hortelã & Pisco, Amêndoas & Mel e Gengibre & Limão, trazendo toda a sofisticação e qualidade inerente à marca OX. Com nova formulação e embalagens de 250ml, a linha proporciona uma limpeza suave e eficiente para a pele. Possuem fragrâncias marcantes, intensas e sedutoras e ação eficaz de ingredientes naturais. Além de suas funções específicas, oferecem um verdadeiro tratamento cosmético para a pele.
Adidas Fair Play em desodorante e perfume A fragrância Adidas Fair Play passa a fazer parte da linha regular de perfumes e desodorantes Adidas no Brasil. Oferece refrescância e dinâmica para homens que gostam de jogar bonito numa 56 | supermix 123
homenagem ao futebol, um dos esportes mais populares do mundo. A tecnologia do desodorante foi desenvolvida e testada por atletas que realmente entendem e valorizam as funcionalidades necessárias de um desodorante. O resultado é o exclusivo sistema que garante 24 horas de proteção e perfume. Todos os itens da marca Adidas são distribuídos com exclusividade pela Aeger Perfumes e Cosméticos em todo o país.
as mocinhas que passam pela pré-adolescência. As famosas sapatilhas, feitas com meias e sola de borracha impermeáveis ganharam novas estampas, mais divertidas e irreverentes. Crianças sempre lindas, quentinhas e confortáveis. Essa é a garantia de qualidade Trifil.
A Dellarroz lança arroz integral Ampliando o mix de produtos e alinhada com as tendências do mercado, a Dellarroz lança a “Dellarroz Integral” para fortalecer ainda mais a liderança da empresa no Paraná. O novo arroz parboilizado integral Dellarroz promete alcançar paladares exigentes, com expectativa de crescer no mercado que, cada vez mais, demanda produtos saudáveis e de qualidade superior. Rentabilidade garantida para o supermercadista.
Elegância, diversão e conforto para as crianças A linha infantil da Trifil é pura elegância. Listras, bordados e ilustrações do universo infantil dão mais alegria às peças. Destaque para a Turma da Mônica, que vem na versão jovem, para
Julho - Agosto 2009