Supermix Edição 122

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sumário DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2009/2012

24 Mercosuper 2009 Cobertura exclusiva do evento que reuniu 46 mil visitantes matéria de capa

20 Calendário Inverno é tempo de aquecer os negócios

16 Entrevista “Quero contribuir para um setor mais forte”(Zonta)

64 Artigos O freguês continua tendo (e sendo a) razão

05 Palavra do Presidente 06 Editorial 08 News 56 Jurídico

58 Artigos 66 Espaço Apras 68 Espaço Iespar 70 Plataforma

Presidente Pedro Joanir Zonta (Condor Supermercados) Primeiro Vice-Presidente Luiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.) Vice-Presidente Financeiro Daniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA) Vice-Presidente de Patrimônio João Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta) Vice-Presidente de Capacitação Mauricio Bendixen da Silva (A. Angeloni & Cia LTDA.) Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA) Vice-Presidente Segurança Luiz Alberto Leão (Condor Supermercados) Vice-Presidente Eventos Everton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.) Vice-Presidente Expansão Alceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA) Vice-Presidente de Segurança Alimentar Nelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli) Vice-Presidente Relações Sindicais Ademar Vedoato (Supermercados Viscardi) Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal) Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA) Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.) Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA) Vice -Presidente Adjunto Cezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Rodolfo Pankratz Haroldo Antunes Deschk Dercio Domingos de Costa Conselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos Edson Zamprogna Claudia Maria Dalmora Presidente Regional Sul - Ponta Grossa Sergio Jasinski (Supermercado Jasinski) Presidente Regional Norte - Londrina Valdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Presidente Regional Oeste - Cascavel Luciano Fabian (Supermercado Fabian) Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco Vinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA) Presidente Regional Noroeste - Maringá Roberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci) Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho Luiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes) Presidente Regional - Curitiba Irineu Ferrari (Ferrari & Cia LTDA) Presidente Regional - Irati Paulo César Ivasko (Supermercado Ivasko) Presidente Regional - Guarapuava Daniel V. Hyczy (Supermercado Superpão) Conselho Permanente Everton Muffato Pedro Joanir Zonta Ruy Senff Sidney Schnekemberg Eduardo Antonio Dalmora Romildo Ernesto Conte Roberto Demeterco Superintendente Valmor Antônio Rovaris Diretor Comercial Walde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato Diretor Comercial Walde Renato Prochmann Jornalista Camila Manssour Tremea Redação Fabio Pinheiro Departamento Comercial Patrícia Bernardi e Rosicléia Jonas Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 E-mail: supermix@apras.org.br Diagramação Samuel Rodrigues Revisão Paulo Roberto Maciel Santos Fotos Alex Santos Pré-Impressão (CtP) e Impressão Maxi Gráfica e Editora Ltda. Tiragem 13.000 exemplares Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix pertence ao patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e é o seu órgão oficial de divulgação. Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80050-040 Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR apras@apras.org.br / www.apras.org.br Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados.


Caro leitor, É com imenso orgulho e satisfação que assumo mais um triênio frente à Apras – Associação Paranaense de Supermercados –, após a gestão do colega Everton Muffato, que desenvolveu um brilhante trabalho, com muitos investimentos para nossa entidade. Gostaria de agradecer ao Conselho Diretor e Fiscal da Apras e também aos supermercadistas associados, que depositaram na minha pessoa, por meio de seus votos, a confiança referente ao destino da associação. Pretendo dar continuidade ao trabalho realizado nos últimos três anos, buscando sempre o crescimento do setor e da sua representatividade, visando atender melhor ao consumidor e à sociedade. Darei sequência às ações nas inúmeras áreas de atuação da Apras – feiras, eventos, comunicação, responsabilidade social, relações institucionais, governamentais e jurídicas – que envolvem também os produtos já consolidados da entidade, como a Revista Supermix, o Associe-se e também o Apras Mulher, para que continuem sendo vanguarda no segmento. Nesta edição da Revista Supermix, vocês poderão acompanhar cada grande momento de sucesso que foi a 28ª edição da Feira e Convenção Paranaense de Supermercados. Manter a qualidade e representatividade da Mercosuper diante do quadro nacional será o grande desafio de minha gestão. Mas a Mercosuper 2010 já está a caminho e com tantas mensagens de otimismo expostas na edição 2009 – “Negócio Responsável” –, certamente nossos parceiros e fornecedores terão inúmeros motivos para arregaçar as mangas e participar. Em um novo cenário financeiro, o principal objetivo da minha gestão será ampliar a qualificação dos empresários para que saibam conduzir e gerir suas empresas contornando esses efeitos surpresa que a economia vem trazendo. Por meio do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados –, vamos estender os cursos de qualificação e recolocação profissional ao interior do Estado, com o apoio das regionais. E, para comprovar que a atuação da Apras no Paraná já está consolidada, teremos mais uma edição da Feira e Convenção Regional, a 14ª SuperNorte, que será realizada em Londrina nos dias 12, 13 e 14 de julho, no Centro de Exposições e Eventos.

Outra ótima oportunidade para a realização de bons negócios. Uma excelente leitura!

Palavra do presidente Pedro Joanir Zonta Presidente da Apras


Editorial Caro Leitor Nosso ano de oportunidades não termina depois da Mercosuper. Nossos esforços já estão voltados para as próximas feiras organizadas pela Apras – Associação Paranaense de Supermercados. A 14ª SuperNorte já está a todo o vapor e Cascavel também já está na agenda. Em abril, durante o jantar Top de Categoria, que encerra a Mercosuper com a premiação dos melhores fornecedores auditados pela Nielsen, também tivemos a cerimônia de entrega e posse do novo Conselho Diretor e Fiscal da entidade. A sede da Apras e suas regionais trocaram a gestão que deve se estender até o ano de 2012. Nossos novos diretores têm agora um grande desafio diante de si: dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos três anos. Pelo menos, do que depender da dedicação e do esforço da equipe de colaboradores da Apras junto à nova diretoria, os números da entidade continuarão crescendo. Falando em desafios, o que podemos perceber do mercado é que está cada vez mais intrigante para os supermercadistas entenderem o que desejam os consumidores. Felizmente, inúmeras ferramentas de apoio estão disponíveis para orientar estes empresários. A Revista Supermix é exemplo disso. Nas próximas páginas, além da cobertura exclusiva e completa da Mercosuper 2009 – “Negócio Responsável” –, o leitor poderá encontrar tendências e inovações para o mercado de produtos sazonais. O inverno chega acompanhado de novidades que os fornecedores preparam especialmente para atender ao clima aconchegante que as baixas temperaturas trazem. Nossos profissionais do varejo descrevem em seus artigos dicas de como entender e agradar seu público-alvo, como preparar e treinar os colaboradores na manipulação de alimentos e como deve funcionar o processo de tomada de decisões em sua empresa. E, para comprovar que a atuação da Apras no Paraná já está consolidada, você poderá acompanhar no Espaço Apras como estão os preparativos para a próxima edição da Feira e Convenção Regional de Londrina, a 14ª SuperNorte que será realizada nos dias 12, 13 e 14 de julho, no Centro de Exposições e Eventos.

Uma ótima leitura! Camila Manssour Tremea Coordenadora de Comunicação

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News CONDOR INAUGURA HIPER DE R$ 37 MILHÕES EM PONTA GROSSA

“BIG BROTHER” DO VAREJO DECIFRA CLIENTE

Em uma área de 23 mil metros, sendo sete mil em área de vendas, e 32 check-outs ergonômicos, o novo hipermercado contou com investimentos de R$ 37 milhões e é o maior e mais moderno de Ponta Grossa. Sua inauguração gerou mais de 400 empregos diretos e mais de 1,6 mil indiretos. A loja oferece diferenciais que contemplam economia, conforto e sustentabilidade. “O Hiper Condor Uvaranas vai contar com inovações para satisfazer as expectativas dos clientes que a cada dia estão mais exigentes, em busca de qualidade, variedade e conforto”, afirma Jefferson Fidelis de Oliveira, diretor comercial do Condor. Com uma ambientação ideal e agradável para proporcionar bem estar desde o momento da entrada, a nova loja tem novidades em todos os setores, o layout interno é moderno e prático, os corredores são amplos com gôndolas bem dispostas para facilitar a visualização dos mais de 40 mil produtos à disposição e proporcionar conveniência aos clientes. O estacionamento é 100% coberto e com vagas rotativas, podendo atender seis mil veículos por dia. “Por termos muito carinho pela cidade, estamos inaugurando a terceira loja. Escolhemos o local a partir de uma pesquisa de mercado que apontou Uvaranas como uma região que necessitava de um hipermercado completo. Esta é a nossa retribuição aos cidadãos de Ponta Grossa”, enfatiza Pedro Joanir Zonta, fundador e presidente da rede Condor. O Hiper Condor Uvaranas está localizado na Avenida General Carlos Cavalcante, 707 em Ponta Grossa.

Basta dar um número no caixa, na hora de pagar. Com ele, o varejista sabe se o consumidor é vegetariano ou fã de churrasco e se tem preocupação com a saúde. Também sabe sua idade, estado civil, a freqüência, em qual bairro faz compras e quanto gasta em média. Além disso, os lojistas podem monitorar esse consumidor em pesquisas e filmagens na gôndola. O objetivo é tentar entender o que o leva a tomar determinada decisão de compra e a influenciá-lo na escolha, por meio da comunicação. As filmagens demonstraram que o consumidor gasta entre 4 e 6,5 segundos para decidir o que comprar. “Nós monitoramos esses segundos”, afirma Rui Piranda, vice-presidente da agência responsável pela implantação do maior programa de relacionamento do mercado. Por trás desse quase “Big Brother” do varejo está a busca por vendas maiores. Nas filmagens de consumidores, o Pão de Açúcar descobriu que gôndolas na diagonal, em vez das paralelas, aumentam o campo de visão do consumidor. Com isso, ele se lembra de mais produtos que faltam em casa. Já o trabalho de inteligência competitiva fez com que cada cliente aumentasse seus gastos médios em 3%. Há casos em que o valor das compras foi multiplicado por dez. As informações são tão detalhadas que o Pão de Açúcar segmentou-os em 11 perfis. Entre eles estão os saudáveis, festas, gourmet e modernos. “Fazemos ações coerentes com o perfil de cada um deles, para influenciar o comportamento desse consumidor”, afirma Cristina Serra, diretora de marketing do grupo. Após anos se perguntando para que ele servia, os clientes do Pão de Açúcar viram o programa entrar em nova fase. Depois de dois anos de testes, a rede estendeu o formato a todo o Estado de São Paulo no início do ano. Até julho, pretende levá-lo a todo o país. Em troca de suas informações, o consumidor ganha pontos conversíveis em vale-compras, descontos e promoções feitas sob medida para seu perfil. Cada real gasto

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significa um ponto. Por enquanto, o consumidor tem de resgatar os pontos pelo telefone ou pelo site. “No futuro, os vale-compras aparecerão no caixa, na hora em que o consumidor se identificar”, diz Serra.

CONSUMO DOS BRASILEIROS VAI SUPERAR A MARCA DE R$ 1,8 TRILHÃO A perda de espaço pela classe média recoloca a importância da classe C no cenário brasileiro e indica novas mudanças no mix comportamental de consumo do país. De acordo com a pesquisa realizada pela Target Marketing, empresa especializada em pesquisa de mercado, o consumo dos brasileiros atingirá R$1,863 trilhão em 2009. Os cálculos do Índice de Potencial de Consumo do Brasil indicam que as despesas das famílias crescerão mais que o PIB (1,6% ante os 1,2% previstos para o PIB, no período entre 2008/2009). A pesquisa traduz a importância da classe C que, mesmo segmentada, volta a se evidenciar em potencialidade de consumo, requerendo maior atenção dos setores para as necessidades desses consumidores, observa Marcos Pazzini, responsável pelo estudo. Ele destaca que a classe C absorve R$ 532,8 bilhões do consumo nacional. Mas a classe média que se mantém com maior dimensão em consumo dá sinais de perda de espaço, embora seu segmento tenda a receber uma parcela da classe C elevando o montante da classe média a R$ 723,6 bilhões, o que representa quase 41% do total previsto para 2009. “Esta movimentação de domicílios entre as diversas classes econômicas significa oportunidade de mercado para as empresas”, ressalta Pazzini. Entre as inúmeras variáveis do cenário nacional, o índice aponta redução no consumo das 27 capitais quando comparado com os últimos anos. A participação das capitais será de 32% em 2009, ante os 32,4% registrados em 2008. Em valor, será equivalente a R$ 596,5 bilhões. Percentualmente, os itens básicos de maior consumo na renda dos brasileiros estão na manutenção do lar, com 27,5%, enquanto os alimentos e bebidas representam 19,8%.


News SEIS PASSOS PARA TORNAR SUA EMPRESA SUSTENTÁVEL As empresas são o motor da sociedade. De qualquer porte, movimentam a economia, geram empregos, criam tendências, promovem desenvolvimento, têm o seu papel e um espaço único na vida da sociedade. Como conseqüência dessa atuação, da estratégia que adotam, da qualidade dos produtos e serviços que oferecem, tem lucros para remunerar o investimento dos seus acionistas, reinvestirem, desenvolver novas tecnologias, crescer, gerar novos empregos, trazer benefícios para seus negócios e dar uma contribuição efetiva para a sociedade. Empresas assim são sustentáveis e têm em sua essência algo que provoca admiração do mercado e orgulho de quem pertence aos seus quadros. São duradouras, dinâmicas, competitivas, lucrativas, éticas e responsáveis. Têm um valor real porque contribuem de fato com a sociedade, encontrando na sustentabilidade o ponto de partida para construírem sua perenidade. Sustentabilidade é a palavra da moda. É o novo cenário, é uma mudança que já está aí. Há confusão quanto ao seu significado, mas todos intuem que o tema é importante e está ligado à manutenção e continuidade da vida e do trabalho, em condições saudáveis. Sustentabilidade é uma causa coletiva que interessa, e muito, às empresas. As mais arrojadas e inovadoras já perceberam que ela privilegia o sucesso do negócio em longo prazo. Suas metas buscam os melhores resultados integrados aos interesses sociais e ambientais. Assim, sustentabilidade é um jeito de conduzir o negócio e tomar decisões com base em três dimensões: econômica, ambiental e social. O desempenho econômico das empresas será melhor quanto mais integrado ele estiver às duas outras dimensões.

No final, a “receita” é simples: ética, negócios sustentáveis, sucesso e longevidade.

Com a proposta de sustentabilidade incorporada ao negócio, as empresas fazem um grande movimento a favor do sucesso: o seu próprio, dos seus funcionários, fornecedores, clientes, da comunidade onde ela atua e da sociedade como um todo. Tudo isso, porém, é uma questão de decisão, é começar para ver. Aí vem o primeiro impasse: como começar? Sem a pretensão de estabelecer uma cartilha ou uma sequência de passos, todos estes são fundamentais:

1) Perguntar: como minha empresa/negócio

impacta o ambiente e o social? Da mesma forma que pergunta como melhorar os resultados e lucros;

2) Desenvolver um “plano de ataque” a estes impactos, de acordo com as características, história, momento atual, objetivos e desafios futuros da empresa;

3) Definir o caminho a seguir, lembrando que

ele é um processo que irá gerar resultados menores a princípio, mas sempre crescentes;

4) Fugir de ações pulverizadas e pontuais,

optando por iniciativas coordenadas e consistentes, mesmo que sejam poucas ou de pequeno porte;

5) Estabelecer indicadores de acompanhamen-

to e mensuração de resultados, que demonstrem com clareza custos, benefícios e impactos das iniciativas no negócio;

6) Buscar consistência e coerência de ações, assim como manutenção ao longo do tempo.

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ESTUDO DA ABRAS APONTA MARCAS MAIS VENDIDAS Pelo décimo ano consecutivo a Abras – Associação Brasileira de Supermercados – divulga a pesquisa “Líderes de Vendas”, que aponta quais foram as marcas mais vendidas nos supermercados brasileiros. A pesquisa traça um panorama completo do comportamento de vendas das principais cestas de produtos comercializadas no autosserviço brasileiro. O estudo englobou sete grandes regiões (Nordeste, Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro, interior de São Paulo, Minas Gerais, interior do Rio de Janeiro e Espírito Santos, Sul e Centro-Oeste), em um total de sete mil marcas. “Nossa pesquisa acaba de completar a primeira década de existência. Isso traz ainda mais importância à ‘Líderes de Vendas’, porque fornece um histórico respeitável do desempenho de vendas dos produtos. Essa informação pode contribuir de forma considerável para a inteligência de marketing das empresas”, avalia o presidente da Abras, Sussumu Honda. Algumas marcas são tão fortes junto ao consumidor que permaneceram como as mais vendidas nos supermercados nos últimos dez anos. Entre elas: Nescau, da Nestlé (Achocolatado em Pó); 51 Pirassununga, da Cia. Muller (Aguardente); Três Corações, da Santa Clara (Capuccino); Skol, da Ambev (Cerveja); Veja, da Reckitt Benckiser (Concentrado de Limpeza); Melitta, da Melitta (Filtro de Papel); Qualy, da Sadia (Margarina); Sadia, também da Sadia (Presunto); Tang, da Kraft Foods (Suco em Pó) e Sazon, da Ajinomoto (Tempero Industrializado).

SUPERMERCADOS DÃO DESCONTO PARA CLIENTES QUE NÃO UTILIZAREM SACOLAS PLÁSTICAS

Pioneiro no país, foi lançado no Paraná um dos mais criativos programas de sustentabilidade do setor varejista do país: o “Cliente consciente merece desconto”. É o único programa no Brasil que reverte benefício financeiro para clientes que não usarem sacolas plásticas para levar as compras. As lojas BIG e Mercadorama repassarão, integralmente e já no caixa, o custo das sacolas plásticas que deixará de usar – R$ 0,03 por sacola. A cada cinco produtos, o consumidor recebe o valor de uma sacola. Se comprar mais produtos, e não usar as sacolas, o abatimento será calculado proporcionalmente. No Paraná, 32 lojas participarão do programa ambiental a partir do mês de maio. A meta do Wal-Mart Brasil é ousada: reduzir pela metade o uso de sacolas plásticas até 2013. O programa de desconto é um dos passos para atingir essa meta. Outro é o incentivo ao uso da sacola retornável. O Wal-Mart Brasil oferece,


News desde setembro de 2008, uma sacola feita de algodão com o preço mais competitivo do mercado (R$ 2,50). Até hoje, 220 mil sacolas já estão sendo utilizadas pelos clientes paranaenses e 1,5 milhão em todo o país. Em projeto-piloto desde o início de maio no Mercadorama Tiradentes, em Curitiba, a iniciativa registrou R$ 67,14 em desconto repassado aos clientes e evitou que 2.238 sacolas agredissem o meio ambiente. “A rede Wal-Mart Brasil está profundamente empenhada em criar e aplicar soluções práticas de sustentabilidade”, afirma a gerente de Assuntos Corporativos da região Sul, Maria Isabel Jaekel da Silva. “O programa privilegia diretamente o consumidor que também está preocupado com o meio ambiente”. Mas Maria Isabel sabe que não é tarefa fácil. “Como se trata de uma grande mudança de hábito, acredito que a maior dificuldade é cultural, mas sei que estamos dando um grande passo para conscientizar o consumidor. É um processo que leva algum tempo e, por isso, é muito importante que os consumidores entendam o porquê da necessidade de mudança de atitude”. Estudos mostram que quase a totalidade da população reutiliza a sacola como saco de lixo. “Temos consciência de que não vamos eliminar por completo o plástico de nossas vidas. Defendemos uma utilização mais racional do produto”, afirma ela, que cita alternativas já utilizadas por clientes: manter em casa, para este uso, sacolas de algodão ou de qualquer outro produto; ter na bolsa ou no carro uma dúzia de sacolas plásticas comuns de supermercados, sem jogá-las fora; ter no carro caixas de papelão. “O cliente consciente saberá usar a criatividade para participar do programa”, concluiu. Algumas marcas são tão fortes junto ao consumidor que permaneceram como as mais vendidas nos supermercados nos últimos dez anos. Entre elas: Nescau, da Nestlé (Achocolatado em Pó); 51 Pirassununga, da Cia. Muller (Aguardente); Três Corações, da Santa Clara (Capuccino); Skol, da Ambev (Cerveja); Veja, da Reckitt 12 | supermix 122

Benckiser (Concentrado de Limpeza); Melitta, da Melitta (Filtro de Papel); Qualy, da Sadia (Margarina); Sadia, também da Sadia (Presunto); Tang, da Kraft Foods (Suco em Pó) e Sazon, da Ajinomoto (Tempero Industrializado).

Ganha desconto quem usar apenas poucas sacolas?

Não. O desconto só é concedido a quem não usar nenhuma sacola.

O supermercado tem sugestão de como eu posso fazer para levar as compras?

Sim. Os consumidores têm usado cada vez mais sacolas retornáveis, à venda em vários lugares a preço de custo. Outros simplesmente usam as sacolas comuns que guardam em casa ou no carro. Também há os que começam a utilizar carrinhos ou mesmo caixas de papelão.

Como o funcionário do caixa vai calcular o desconto? A caixa registradora já vem programada para fazer o cálculo, considerando cinco unidades por sacola plástica.


CONSUMIDOR DE ALTA RENDA ESTÁ CONFUSO DIANTE DA CRISE

TÉCNICOS DO IPEM LEVAM ALUNOS AO SUPERMERCADO

No Brasil, enquanto as classes mais baixas procuram comprar produtos mais baratos, os consumidores de maior renda estão confusos diante da crise econômica global. Há uma tentativa de se repensar posições e limites, de definir o que é essencial e o que é supérfluo. Mas velhos hábitos e idéias são difíceis de serem abandonados. Consumir preferencialmente o que é tido como “sustentável” volta a aparecer como meta. A boa notícia é que o brasileiro de maior renda afirma que, de fato, vem pondo em prática ações que ajudam a proteger o meio ambiente: reciclam lixo e economizam energia e água, por exemplo. Esse caldeirão comportamental trazido pela crise deverá ter um impacto importante nos hábitos de consumo e nas atitudes das empresas daqui pra frente. De um modo geral, há uma desafeição pelo consumo no ar. “Capitalismo, sim; consumo moderado, pode ser; ganância, não”, afirma o sociólogo Dario Caldas, especialista em pesquisa de tendências de consumo e comportamento. Segundo Caldas, a crise está afetando a consciência de consumo. “O momento é propício para repensar o estilo de vida consumista como um todo”, afirma. Uma pesquisa realizada pelo Observatório de Sinais, em São Paulo, mostrou que 70% das pessoas fizeram alguma mudança na maneira de consumir, sendo que 30% destas estão optando por um consumo mais consciente, preservador. “Cada um está definindo o que é essencial e o que é supérfluo”, diz Caldas. A questão da sustentabilidade parece tender a se intensificar por conta da crise. “Esses consumidores querem conciliar coisas inconciliáveis, como a sustentabilidade com a renovação permanente do consumo”, afirma Dario Caldas. De qualquer forma, segundo o sociólogo, produtos que sejam apenas inovadores estão perdendo o seu apelo, se não apresentarem um valor de uso efetivo dentro do novo contexto sociocultural. “É como se o consumismo tivesse ficado fora de moda”, finaliza Caldas.

O projeto “Aluno Cidadão”, criado e coordenado pelo Inmetro, começou a ser executado em Curitiba pelos técnicos do Ipem – Instituto de Pesos e Medidas do Paraná. Conhecer os aspectos do dia-a-dia relacionados às atividades de metrologia e qualidade, fazendo com que os alunos atuem como agentes multiplicadores junto aos pais, familiares e amigos são os objetivos do projeto. A primeira etapa aconteceu quando 35 alunos da 5ª série do Ensino Fundamental da Escola Estadual São Paulo Apóstolo, do bairro Uberaba, em Curitiba, foram levados pelos técnicos do Ipem a uma visita ao Supermercados Condor, na Avenida das Torres. De acordo com o gerente de Pré-Medidos, Sergio Camargo, “a experiência que iniciamos no Paraná servirá de modelo a outros Estados brasileiros”. Durante a visita, os alunos participaram de apresentação sobre todos os procedimentos utilizados na verificação periódica de uma balança e aprenderam a identificar quais são os produtos

Maio - Junho 2009


News pré-medidos. Além disso, receberam informações de como e onde o consumidor pode apresentar suas denúncias sobre produtos em desacordo com o peso fixado na embalagem ou sobre instrumentos de medir que não portem o selo do Inmetro. “Muitas crianças não sabiam que existia o Inmetro, o que despertou o interesse em saber se este ou aquele produto tem o selo”, disse a Professora Rosa M. Manfrinatto, que acompanhou os alunos na visita. “A proposta do trabalho foi muito feliz, visto que despertou o interesse e a curiosidade das crianças. Desejamos que este projeto tenha continuidade e que com isto possamos contemplar outras turmas” – complementa a Professora Andréia D. Zanetti, que também participou do evento. Os técnicos do Ipem falaram também sobre os produtos com certificação compulsória, com enfoque nos aspectos relativos à saúde, segurança e meio-ambiente. A visita foi encerrada com um lanche oferecido pelo supermercado aos alunos.

SUPER MUFFATO INAUGURA LOJA E ANUNCIA NOVOS EMPREENDIMENTOS Já está em fase final a obra da terceira e mais nova loja do Super Muffato na capital paranaense. Será a 27ª loja da rede, que está instalada em 11 cidades do Paraná e no interior de São Paulo. O novo hipermercado localizado numa região privilegiada de Curitiba, no bairro Tarumã, as margens da Linha Verde, tem 26 mil m² de área total, com um estacionamento coberto para mil vagas rotativas. Uma ampla e moderna estrutura que vai gerar 500 empregos diretos e que será entregue aos curitibanos em julho. Seguindo o plano de expansão da rede para 2009, o grupo anuncia mais um investimento no norte do estado, será a 7ª loja na região metropolitana de Londrina, um hipermercado que será inaugurado ainda este ano.

APAS 2009 REÚNE 70 MIL EMPRESÁRIOS EM SÃO PAULO 14 | supermix 122

Entre os dias 18 e 21 de maio, a cidade de São Paulo recebeu o 25º Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados - APAS 2009, considerado o maior evento do setor no mundo. Nesta edição, mais de 70 mil empresários e executivos do Brasil e exterior passaram pelo pavilhão - 13% a mais que no ano de 2008. O tema “Pessoas para pessoas - Novas competências para servir o consumidor” trouxe mais de três mil congressistas que assistiram as 70 palestras nacionais e internacionais. “Nossa intenção foi alertar os supermercadistas sobre a valorização do capital humano, que é o grande diferencial no atendimento e na prestação de serviços ao consumidor”, afirma João Sanzovo Neto, presidente da entidade. No total, foram gerados cerca de R$ 4 bilhões em volume de negócios. Com 30 mil metros quadrados de área para estandes e uma nova estrutura de auditórios, a APAS 2009 reuniu 435 empresas fornecedoras de produtos, equipamentos e serviços para supermercados. O interesse dos visitantes pelas novidades transformou o evento em uma oportunidade única para lançar produtos e mostrar as tendências do setor.



Entrevista

“Quero contribuir para um setor mais forte, unido, representativo, seguro e capacitado”. O empresário Pedro Joanir Zonta retorna à presidência da Apras – Associação Paranaense de Supermercados –, função que já ocupou em duas ocasiões anteriores. À frente de uma das maiores redes varejistas do Estado, os Supermercados Condor, Zonta carrega uma ampla experiência de quem acompanhou de perto as profundas transformações que marcaram a atividade nas últimas décadas. Nesta entrevista à Revista Supermix, ele fala sobre os planos para a nova gestão da associação, relacionamento com autoridades, impostos, os esforços e iniciativas do setor na área de meio ambiente.

Supermix: Em seu discurso de posse da presidência da Apras o senhor destacou a preocupação do setor com a segurança, uma vez que muitos empresários, sobretudo os pequenos, têm sido vítimas de assaltos. O que a associação pretende fazer neste sentido? Pedro Joanir Zonta: A Apras tem um Comitê de Segurança funcionando desde outubro de 2000, em razão do alto índice de criminalidade vivenciado pelo setor na época, que levou a perda de patrimônio e, principalmente, de 16 | supermix 122

vidas de supermercadistas, e passou a contar com especialistas na área de segurança para supermercados. O plano de ação desenvolvido pelo grupo foi encaminhado para o Secretário de Segurança do Paraná e, em ação conjunta, conseguimos reduzir de 60 ocorrências em supermercados – na cidade de Curitiba no mês de janeiro de 2000 – para 17 ocorrências no mesmo período em 2001. Uma redução de 72%, conforme registros da Polícia Militar do Paraná. O crime migra em razão da oportunidade e o setor supermercadista novamente está caminhando para

ser a oportunidade da vez, fato constatado pelo aumento da criminalidade no setor. A Apras, por meio do vice-presidente de segurança, Luiz Alberto Leão, com o apoio do Comitê de Segurança pretende definir um novo plano de ação para o triênio 2009-2012 e, desta forma, buscar a redução de ocorrências no setor supermercadista.

Supermix: Além da segurança, quais são as prioridades de sua gestão?Pedro Joanir Zonta: P.J.Z.: Nesta minha gestão, pretendo dar continuidade aos


trabalhos de investimento e prestação de serviços aos associados. Queremos trabalhar para ter um setor mais competitivo, gerando oportunidades para o supermercadista, fornecedores e, principalmente, melhores serviços ao consumidor. Entre os meus principais objetivos está a aproximação com os poderes legislativo e judiciário. Queremos ampliar a atuação do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados –, principalmente no interior do Estado e aumentar o número de associados supermercadistas da entidade, que atualmente somam 900, e mais de 1300 somando com os fornecedores do setor. Além disso, vamos trabalhar para o crescimento dos eventos promovidos pela Apras como a Mercosuper, feiras regionais e também os jantares. Vamos trabalhar para trazer bons palestrantes e cursos rápidos, aproveitando oportunidades oferecidas pelos fornecedores, abordando temas como legislação tributária, perdas, recursos humanos, entre outras que podem ajudar muito aos nossos associados.

Supermix: O setor vem mantendo um relacionamento bastante positivo com o Governo do Estado, que resultou inclusive na diminuição das alíquotas de ICMS para milhares de itens comercializados nas lojas. Como será o relac-

ionamento da nova gestão com o Governo Estadual? Que iniciativas favoráveis ao setor o senhor pretende encaminhar ao Poder Público? P.J.Z.: A Apras vem mantendo nos últimos anos uma excelente relação com o Poder Executivo do Paraná e dar continuidade a ela é a nossa prioridade. São ações que nem sempre são percebidas, pois só seriam percebidas se não tomássemos a iniciativa de nos antecipar e estar mostrando que o empresário supermercadista está preocupado com o consumidor, com a sociedade em que vive e com o meio ambiente. O projeto da mini-reforma do ICMS foi uma iniciativa do Governador do Estado do Paraná, Roberto Requião, e de pronto a Apras entendeu que era um projeto que reduziria o ICMS de produtos beneficiando, principalmente, os consumidores de menor poder aquisitivo, e por isso apoiou todo o processo de aprovação da reforma, participando de todos os debates. Foi uma grande conquista para os consumidores e para os supermercados. O supermercado é uma grande vitrine, tendo em vista a quantidade de consumidores que atendemos diariamente e a diversidade de produtos nas suas prateleiras. Sobrou leite, o preço cai e o supermercado é o responsável. Faltou leite, o preço sobe e novamente foi o supermercado que aumentou

a margem. Visando melhorar a relação com a sociedade, com as instituições e com o governo, é que a Apras vem trabalhando constantemente. Na mini-reforma, o Supermercados Condor disponibilizou para os associados da Apras uma lista com as alterações de ICMS dos produtos. Entendemos que o Estado tem esta obrigação de informar, mas pela complexidade do sistema tributário se abstém. Pretendemos propor projeto de lei pelo qual, de forma inédita no Brasil, o Estado passaria a informar a alíquota que efetivamente tributa um produto. Necessitamos de clareza e simplicidade na definição do imposto incidente sobre um produto em complemento a um regulamento de mil páginas. O Banco de Dados do Estado do Paraná tem esta informação, mas não disponibiliza ao contribuinte, gerando custos com a burocracia tributária de aproximadamente mais 2,5% sobre faturamento.

Supermix: Uma das principais reclamações dos supermercadistas – e do setor produtivo em geral – é com relação à tributação. O senhor acredita que existe falta de vontade política do Congresso em aprovar a Reforma Tributária? P.J.Z.: Sim, penso que não existe vontade política e a sociedade também é pouco atuante. Desde a década de 90, a carga tributária no Brasil passou de aproximadamente 20% para Maio - Junho 2009


Entrevista os atuais 38,5% do PIB – Produto Interno Bruto. Os gastos públicos têm crescido de forma expressiva nos últimos anos. O que está faltando é vontade de ajustar os gastos e adequá-los a uma nova realidade brasileira e mundial. Como ninguém quer reduzir despesas, a reforma não caminha e a sociedade como um todo é que sai perdendo.

Supermix: O senhor acredita que de agora até outubro de 2010, o Governo Federal já está totalmente mobilizado em função da candidata apoiada pelo presidente Lula? Ou seja, nos próximos meses, não haverá nenhuma decisão de impacto sobre a vida dos brasileiros que não passe pela ótica eleitoral? P.J.Z.: Penso que o Brasil é maior do que seus governantes e, por isso, decisões importantes serão tomadas até a eleição, mas sempre norteadas pelo aspecto eleitoral.

Supermix: Qual a posição da associação em relação à questão das sacolas plásticas nos supermercados? A tendência é apoiar a adoção das sacolas oxibiodegradáveis ou retornáveis? P.J.Z.: A Sema – Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – recomenda o uso da sacola oxibiodegradável e a Apras vem apoiando o seu uso. Mais de 50% 18 | supermix 122

das sacolas usadas pelos supermercados no Paraná já são oxibiodegradáveis, mostrado a preocupação dos supermercados paranaenses com o meio ambiente.

Paraná – Vitor Hugo Burko, e a Abdalla Ambiental. É o nosso setor na vanguarda da preservação do meio ambiente.

Supermix: Em sua opinião, Supermix: A saturação do quais os maiores desafios aterro do Caximba e a des- que o setor deverá enfrentar tinação do lixo produzido nos próximos anos? por grandes geradores é um P.J.Z.: Entre os grandes detema que ainda gera grandes safios que envolvem o setor discussões, sobretudo junto está atender com rapidez, agiliaos supermercados. Qual a dade, praticidade e conveniênposição da associação sobre cia um consumidor cada vez mais exigente, respaldado por o assunto? P.J.Z.: O atraso na definição da licitação da nova tecnologia para substituir o Caximba gerou soluções mais difíceis e também mais caras para o setor privado, que responde por somente 10% dos resíduos gerados. A Apras acompanhou todo o processo por mais de um ano, contratou uma consultoria para assessorar os supermercados na busca por soluções. Hoje, os resíduos estão sendo encaminhados para aterros particulares onde os orgânicos – que respondem por mais de 80% – vão gerar no futuro composto orgânico. No caso do Supermercado Condor, estamos destinando os resíduos orgânicos para a alimentação animal. O sistema implantado possibilita que o lixo seja 100% reaproveitado, voltando para a cadeia produtiva. Somos a primeira rede supermercadista do Brasil a utilizar este novo processo idealizado e acompanhado pelo Diretor-Presidente do IAP – Instituto Ambiental do

inúmeras regulamentações. A prestação de serviços é fator decisivo na hora da compra. Enfrentar uma concorrência ainda maior das multinacionais, em que os produtos e meios de distribuição terão alto grau tecnológico, impulsionando a indústria e o varejo a aprimorarem os relacionamentos. Teremos um crescimento das centrais de compras em resposta às multinacionais. Surgirão ambientes virtuais de compra que dispensarão as pessoas de visitarem as lojas.

Supermix: Ao final de sua gestão à frente da Apras, como o senhor gostaria de ser lembrado? P.J.Z.: - Em conjunto com o Conselho Diretor, quero contribuir para um setor mais forte, unido, representativo, seguro e capacitado. É assim que gostaria de ser lembrando ao final de minha gestão.



Calendário

Inverno é tempo de aquecer os negócios Para aproveitar a estação neste ano de cenário econômico delicado, é preciso estar atento às características do clima e do mercado, controlando os estoques O tempo frio exerce, naturalmente, influência nos hábitos de consumo das pessoas. O que vai à mesa, bem como o que oferece conforto à casa e ao corpo, passa a ter características diferentes às da estação anterior: agora, precisam proporcionar energia e aquecimento. “O clima tem impacto na atitude de compra da população e a análise das características da estação na região de atuação da empresa é importante. É preciso o produto certo, no lugar certo, na época certa”, afirma a economista Patrícia Vence, da Fundação Instituto de Administração. Patrícia ressalta que as oportunidades do inverno de 2009 precisam ser avaliadas à luz do cenário econômico. “O setor supermercadista não sofreu tanto quanto outros, mas é preciso ficar atento aos índices e administrar muito bem os estoques. O setor vem de anos seguidos de crescimento e agora pode enfrentar uma de20 | supermix 122

saceleração deste bom desempenho”, analisa. Pesquisa do IBGE sinaliza um crescimento de apenas 0,3% das vendas no varejo, nas categorias super e hipermercados, em março de 2009, comparando com o mesmo mês, em 2008. Foi a primeira variação mensal com queda mais brusca em 2009: nos meses de janeiro e fevereiro, o crescimento foi de 6.7% e 5.4%, respectivamente, em relação a 2008.

“O setor supermercadista não sofreu tanto quanto outros, mas é preciso ficar atento aos índices e administrar muito bem os estoques. O setor vem de anos seguidos de crescimento e agora pode enfrentar uma desaceleração deste bom desempenho” Patrícia Vence, economista


Vedetes da estação Entre as apostas da Frimesa está o achocolatado para consumo “família”, em embalagem de um litro. Recentemente, esta embalagem sofreu algumas alterações, passando para uma apresentação mais moderna, com tampa e de fácil manuseio. “O achocolatado quente é bem vindo e aceito no período de inverno, gerando em nós grandes expectativas de sucesso”, afirma o gerente comercial da Frimesa, Mauro Strey Kramer. A Frimesa também lançou um achocolatado de consumo individual (200ml) para o público jovem (12 a 16 anos) em embalagem moderna e prática. De acordo com o gerente, outros produtos que possuem boa aceitação e merecem destaque são o creme de leite e o leite condensado. “Presentes em diversas receitas, a empresa fica atenta a eles, já que no inverno as pessoas comem relativamente mais”, afirma.

Outro produto que está sendo lançado é a feijoada, “que também é um prato bastante consumido no inverno, e nesta linha a Frimesa oferece vários ingredientes”, acrescenta Kramer. Em relação a lançamentos, há um mês a empresa lançou o leite em pó integral na versão tradicional, em embalagens de 400g e 200g. A Frimesa lançará também a versão instantânea desse leite, que possui melhor diluição em água. “Esperamos que ambos os produtos tenham boa aceitação na estação, já que o consumo de bebidas quentes é maior”, conclui Kramer. A Café Damasco tem boas expectativas em relação ao consumo de cappuccino – café, leite e chocolate. Neste inverno, serão destaque da marca os ‘Cappuccino Damasco Tradicional’ e ‘Cappuccino Damasco Light’. “A seleção dos melhores grãos provenientes das diferentes regiões produtoras mais qualificadas do Brasil em todas as épocas do ano, garantem desde a

origem a qualidade dos nossos produtos, a criação de um blend balanceado e padronizado, nos processos de torra, moagem e empacotamento”, afirma Guivan Bueno, diretor de Operações da empresa. De acordo com Bueno, a Café Damasco investe muito na formação de sua equipe, fazendo com que especialistas agreguem conhecimento e profissionalismo contínuo ao processo de produção dos produtos. “O Café torrado e moído já faz parte da mesa brasileira. Seu consumo durante o ano é constante, porém no inverno ele aumenta”, comenta. Segundo Bueno, “a combinação do café, leite e chocolate resulta em uma bebida cremosa e bastante saborosa. A linha de solúvel traz a rapidez e praticidade de se apreciar um bom café”. A Ninfa também tem lançamentos neste inverno: os biscoitos Saldutti, a linha de cartados, macarrão e massa instantânea. Os biscoitos da marca, tanto

Maio - Junho 2009


Calendário salgados quanto doces (com glacê e leite de coco), são uma boa alternativa para acompanhamento de cafés, chás e bebidas quentes com chocolate, assim como as massas para sopas e macarronadas. No ramo de bebidas alcoólicas, o gerente Regional-Sul e Canais Especiais da Pernod Ricard, Felipe Assis, visualiza grandes oportunidades de venda durante a estação para o setor. “No inverno, o consumo de vinhos e de destilados aumenta, principalmente o de vinhos. Sempre focamos em

Entrevista

Marcelo Brauer Zaicovski - Meteorologista do Instituto Tecnológico Simepar

O inverno paranaense Com base em observação preliminar, o Simepar avalia que os “veranicos” têm sido mais freqüentes nos invernos dos últimos cinco anos Supermix: Quais as características do inverno no Paraná? Marcelo Brauer Zaicovski (MBZ): O inverno no Paraná é uma estação seca. As chuvas apresentam distribuição espacial seguindo a trajetória 22 | supermix 122

visibilidade e ações promocionais pontos de venda”, afirma. As marcas de maior giro para a empresa nesta época do ano são Almadén, no vinho, e Natu Nobilis, no whisky. A Pernod Ricard oferecerá algumas embalagens especiais para Ballantine’s e Chivas. Serão três embalagens diferentes de Ballantine’s Finest (com dois copos long drink; com balde de gelo; e com garrafa de bolso em aço) e uma embalagem de Chivas 12 anos, com uma carteira de couro.

típica das passagens de sistemas frontais (frente frias), com a orientação sudoeste-nordeste. Normalmente, as chuvas são acompanhadas de trovoadas e ventos moderados. Os meses de julho e agosto são os mais secos do ano. As temperaturas apresentam forte variação espacial – no Norte e Oeste do estado são observadas as mais altas da estação e no centro-sul, as mais baixas. A estação do inverno é sujeita à formação de geadas em boa parte do estado (com menor incidência no Norte). Os maiores riscos climáticos de geadas são detectados nas regiões mais altas (municípios de Palmas, Guarapuava e Inácio Martins). Os nevoeiros são típicos, com intensidade e duração diretamente associadas ao padrão de

tempo predominante na região. Analisando os últimos cinco anos, nota-se que em grande parte do estado a chuva variou entre abaixo da normal climatológica e próxima da normal. As temperaturas acompanharam esse cenário de tempo mais seco, com os episódios de dias frios sendo mais ocasionais e os veranicos (seqüências de dias com temperaturas mais elevadas) sendo mais observados durante a estação. Apesar da data oficial de início do inverno ser no dia 21 de junho, às 02h43min, as características efetivas da estação já podem ser observadas, de forma ocasional, desde maio. Contudo, a observação de tempo mais seco e temperaturas freqüentemente mais baixas acontecem somente a partir da


segunda quinzena de junho. Então, junho seria o mês de início “real” da estação, pois já mostra, na maior parte das vezes, as condições típicas do inverno.

Supermix: Qual a previsão de clima para os próximos três meses? MBZ: Para o inverno de 2009, as últimas informações disponíveis indicam que neste ano observaremos uma estação mais próxima das características normais já conhecidas. Ou seja, os valores médios para o Paraná e mostrados na tabela são os esperados. Um dos fatores que pode influenciar o clima numa estação do ano seria a observação dos fenômenos El

Niño ou La Niña. Desde a primavera do ano passado, havia a observação de uma La Niña, com intensidade fraca. Por isso, a distribuição das chuvas durante este ano de 2009 está sendo bastante irregular, inclusive provocando problemas no setor agrícola e desabastecimento em alguns municípios. O próprio comportamento do outono deste ano mostra que o enfraquecimento da La Niña favorece o retorno lento e gradual das condições de normalidade. A tendência para o restante do ano é de manutenção das condições típicas de clima no Paraná. A primavera é uma estação muito mais chuvosa em comparação ao inverno e, de acordo com as últimas informações disponíveis, esta estação

deverá seguir o seu comportamento típico. A estação do inverno é sujeita à formação de geadas em boa parte do estado (com menor incidência no Norte). Os maiores riscos climáticos de geadas são detectados nas regiões mais altas (municípios de Palmas, Guarapuava e Inácio Martins). Os nevoeiros são típicos, com intensidade e duração diretamente associadas ao padrão de


Cobertura da Mercosuper 2009

Negócio responsável marca clima otimista da Mercosuper

O

slogan escolhido para a Mercosuper 2009 – “Negócio Responsável” – traduziu muito bem o espírito do evento. Primeiramente, reforçou o compromisso do setor supermercadista e seus fornecedores com o desenvolvimento sustentável e a adoção de práticas ambientalmente corretas. Segundo, o evento foi responsável, sim, por números que traduzem a grandeza desta que já se consagrou como a segunda maior feira supermercadista do Brasil. Em três dias, o Expotrade recebeu 46 mil visitantes, entre supermercadistas, colaboradores de lojas, representantes da indústria paranaense, e de vários estados brasileiros e do exterior. As negociações realizadas entre varejo e indústria superaram os números do ano passado e chegaram próximo dos R$ 600 milhões. Foram 260 expositores de alimentos, bebidas, bazar, higiene, limpe24 | supermix 122

za, cosméticos, equipamentos e serviços para o varejo. Os fornecedores capricharam em seus estandes. Trouxeram condições especiais de preço e prazo para negócios realizados durante o evento. Valia de tudo para atrair a atenção dos visitantes: personagens de filmes, apresentações musicais, pequenos shows e, sobretudo um atendimento impecável. O Grupo Zadville chegou a sortear um carro 0 km entre os visitantes que fizeram negócios em seu estande. A presença internacional também esteve mostrando a força do mercado paranaense para o MERCOSUL. A feira atraiu a presença de cerca de 30 indústrias argentinas, que trouxeram suas novidades em alimentos e bebidas. A Mercosuper 2009 gerou 4,5 mil empregos diretos e indiretos em atividades como montagem e assistência aos estandes, limpeza, conservação, vigilância e transporte. A feira só atinge números tão expressivos

e cresce a cada ano graças ao empenho da Apras – Associação Paranaense de Supermercados –, que organiza o evento, e também da colaboração decisiva dos patrocinadores e

Copacol, Café Damasco, Kraft Foods, Ninfa, Perdigão, Stival Alimentos, SaraLee, AmBev, Buriti, Tetra Pak, RP Informática, SigaCred, Nova Schin, Unilever, Nestlé, Sadia, Melitta, Bombril, Freeart, Frimesa, Chocolates Garoto, Isabela, Invicta, Spaipa, Café Lontrinha, Gomes da Costa, Pernod Ricard, Purity, Qboa, Zaeli, Sindicato do Comércio Atacadista, Gazeta do Povo apoiadores como:


O compromisso com o social ficou claro na atuação, pelo terceiro ano consecutivo, do Apras Mulher, braço social da entidade, que arrecadou junto aos expositores, toneladas de alimentos e milhares de unidades de artigos de higiene e limpeza. As doações foram repassadas ao Hospital Pequeno Príncipe e ao Asilo São Vicente de Paulo. A responsabilidade ambiental do evento se traduziu ainda com a presença da segunda edição da Feira do Complexo Agroindustrial Orgânico e Biotecnologias – Orgânica. O evento reuniu uma mostra de toda cadeia envolvida na filosofia de vida chamada orgânica, com produtos alimentícios in natura, produtos processados dentro do conceito orgânico, além de cosméticos, vestuário e acessórios feitos com material orgânico. O desfile de moda com grifes sustentáveis e a Orgânica Gourmet foram alguns dos destaques dos três dias da Orgânica 2009. Paralelamente à exposição, os produtores também ficaram frente a frente com supermercadistas no intuito de aumentar a participação nas gôndolas dos supermercados. Foram organizados cem Encontros de Oportunidades unindo produtores de orgânicos e supermercadistas. A Orgânica abrigou ainda o Fórum Internacional da Agroindústria Orgânica, com palestras que discutiram as vantagens dos orgânicos, o acesso aos mercados, as diferenças de aceitação dos produtos naturais e das áreas livres de transgênicos, entre outros aspectos. O jantar de encerramento da Mercosuper 2009 marcou a posse do Novo Conselho Diretor e Fiscal da Apras, gestão 2009-2012, presidido por Pedro Joanir Zonta, do Condor Supermercados. A cerimônia realizada no Estação Convention Center apresentou os vencedores do prêmio Top de Categoria 2009, o já conhecido “Oscar” do setor supermercadista paranaense. Durante o ano anterior, os empresários escolhem por votação direta, auditada pela Nielsen, as melhores empresas fornecedoras de produtos e serviços em diversas categorias. Após o jantar, o público acompanhou o show da dupla Fernando & Sorocaba.

Novo Conselho Diretor e Fiscal, gestão 2009-2012 Presidente Pedro Joanir Zonta Membros do Conselho Diretor Luiz Maurício Hyczy Daniel Kuzma João Jacir Zonta Maurício Bendixen da Silva José Eduardo Muffato Everton Muffato Luiz Alberto Leão Alceu Breda Ademar Vedoato Nelvir Rickly Junior Paulo Beal Celso Luiz Stall Silvio Koltun Alves Cesar Moro Tozetto Alceu José Tissi Conselheiros Fiscais Rodolfo Pankratz Haroldo Antunes Deschk Dercio Domingos de Costa João Batista Moreira dos Santos Edson Zamprogna Claudia Maria Dalmora Presidentes das Regionais Londrina – Valdecir dos Santos Galhardi Ponta Grossa – Sergio Jasinski Cascavel – Luciano Fabian Pato Branco – Vinicius Lachman Maringá – Roberto Burci Jacarezinho – Luiz Yoneo Ueda Curitiba – Irineu Ferrari Irati – Paulo Cesar Ivasko Guarapuava – Daniel Hyczy

Maio - Junho 2009


Vencedores Top de Categoria 2009

Bazar - Invicta

Bebidas Alcoólicas Pernod-Ricard

Café em pó – Damasco

Carnes – Bertin

Equipamentos FastFrio

Frutas, Legumes e Verduras – Cantú

Bebidas Não- alcoólicas Kraft

Cerveja – AmBev

Higiene, Saúde e Beleza – Unilever



Cobertura da Mercosuper 2009

Leite Asséptico Batavo

Limpeza – Unilever

Massa Alimentícia Selmi

Margarinas – Sadia

Mercearia Doce - Nestlé

Mercearia Salgada Unilever

Papéis – Mili

Perecíveis Congelados – Perdigão

Perecíveis Lácteos Batavo

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Perecíveis Resfriado Sadia

Refrigerante – Spaipa

Serviço Nota 10 SenffNet

Pet Shop – Nestlé

Serviços – Siga Cred

Pratos Prontos Congelados – Sadia

Suprimentos - RR Etiquetas

Fornecedor Nota 10 Ambev Maio - Junho 2009


Cobertura da Mercosuper 2009

Lideranças destacam força do varejo paranaense A cerimônia de abertura da Mercosuper 2009 reuniu lideranças empresariais, políticas, fornecedores e supermercadistas do Brasil e também do exterior no auditório principal do Expotrade, em Pinhais. “Negócio Responsável”, o tema da 28ª Feira e Convenção Paranaense de Supermercados, demonstrou a consciência do setor supermercadista paranaense, que é considerado referência nacional em ações de cunho social e ambiental. A Apras – Associação Paranaense de Supermercados – pratica o discurso de responsabilidade social ao estimular, criar e divulgar iniciativas que buscam a qualificação profissional, por meio dos cursos de capacitação do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados. O Apras Mulher, braço social da entidade, pelo terceiro ano arrecadou dezenas de toneladas de alimentos, material de higiene e de limpeza que foram entregues mais uma vez ao Hospital Pequeno Príncipe e ao Asilo São Vicente de Paulo. 30 | supermix 122

A sustentabilidade é outra preocupação da entidade, que vem participando de debates e discussões sobre a legislação vigente em torno da adoção de sacolas oxibiodegradáveis e retornáveis nas lojas. Pelo segundo ano consecutivo, a Mercosuper abrigou a Orgânica – Feira do Complexo Agroindustrial Orgânico e Biotecnologias e Fórum Internacional da Agroindústria Orgânica. “Os orgânicos representam uma postura cidadã para que o Brasil seja um país mais rico e menos desigual, pois 90% dos produtores são de micro e pequeno porte”, declarou Lutero Couto, presidente da Orgânica. O ex-presidente da Apras, Everton Muffato, fez questão de lembrar as parcerias firmadas com o Governo do Estado, que contribuíram para o crescimento do setor no estado nos últimos anos. “Levamos ao governador a nossa preocupação com a alta nos preços dos alimentos na metade do ano passado. Pouco tempo depois, o governo lançou uma mini-reforma tributária, que hoje per-


Sustentabilidade Produto Copacol: um ingrediente da responsabilidade empresarial Consciente de seu papel na construção de um presente e de um futuro melhor para todos, a Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata), que possui sede em Cafelândia, região Oeste do Paraná, realiza esforços permanentes para preservar o meio ambiente, levar mais qualidade de vida às pessoas por meio da geração de emprego, renda e contribuir com o crescimento pessoal e profissional de toda a comunidade por meio de diferentes projetos sociais ligados à área da educação, meio ambiente, cooperativismo e segurança. São mais de 4,4 mil associados e mais de 6,4 mil colaboradores envolvidos ativamente em seus projetos de sustentabilidade, além dos trabalhos voltados para as comunidades pertencentes aos sete municípios onde atua no interior do Estado. E foi com esse propósito que a Copacol foi a primeira empresa do setor agroindustrial do País a assumir o compromisso com a ONU – Organização das Nações Unidas no ano de 2004, para contribuir com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que no Brasil foram caracterizados de oito Jeitos de Mudar o Mundo. A Cooperativa incorporou os princípios do Pacto Global ao seu Planejamento Estratégico e reforçou a sua prática de responsabilidade empresarial com a criação do Projeto DNA Copacol 1/40/5, que contribuiu para nortear o aumento do seu faturamento, a recuperação de 40 rios e o desenvolvimento de projetos sociais envolvendo mais de 5 mil crianças até o final de ano de 2008, quando completou 45 anos. A busca pelo desenvolvimento sustentável também serviu como base para que, no ano passado, a Copacol se fortalecesse em seus negócios e evidenciasse mais uma vez o seu pioneirismo com a inauguração do Abatedouro de Peixes, que tanto oportunizou outra geração de renda e diversificação das propriedades das famílias no campo, como também uma opção a mais de produtos derivados de tilápia para os consumidores de todo o país. Com o abate de 10 toneladas de tilápia ao dia, a carne de peixe Copacol hoje é comercializada de diferentes maneiras: filé in natura, costelinha temperada e empanada, filé temperado defumado, filé eviscerado e isca temperada e empanada. Aliado a esta proposta de crescimento, a Copacol também investiu na ampliação e modernização do Abatedouro de Aves, que permitiu o aumento do abate para 300 mil aves ao dia e deu uma nova roupagem aos produtos embutidos, como salsichas, mortadelas, lingüiças, salsichões, além de lançar novos produtos nessa linha e de outras como a “Especialidades Do Chef”. Portanto, todas as ações na Copacol de melhoria do desempenho econômico estão diretamente relacionadas a conduta ética nos negócios, ao fortalecimento dos associados no campo, à geração de emprego e renda na cidade, ao desenvolvimento dos municípios de sua área de atuação e principalmente, à elaboração e à comercialização de produtos com reconhecido sabor e da mais alta qualidade, em que o principal ingrediente é a responsabilidade empresarial. Maio - Junho 2009


Cobertura da Mercosuper 2009 mite a redução média de até 7% no preço final de 95 mil itens nas gôndolas dos supermercados, por meio da redução das alíquotas de ICMS. São R$ 380 milhões a mais que estão aquecendo a economia paranaense neste momento”, lembrou. O presidente da Abras – Associação Brasileira de Supermercados –, Sussumo Honda, apresentou um cenário bastante otimista do setor supermercadista nacional – melhor que a média nacional. De acordo com ele, em 2008 o faturamento real do setor foi 9% superior ao ano anterior. A projeção de crescimento para 2009 é de 4% a 5%. Ao todo, o setor emprega 900 mil funcionários em 75 mil lojas. “O salário mínimo teve uma recomposição de 12%, o que aumenta a massa salarial. E, no Paraná, os preços foram reduzidos graças à mini-reforma tributária, uma iniciativa que serve de exemplo para todos os estados”, destacou. De acordo com Honda, o otimismo não deve impedir uma visão realista do momento. “Vamos manter um olho no caixa – para não dependermos do setor financeiro – e outro nas despesas. O momento é de cortar custos”, alertou. Segundo Honda, nenhum setor da economia pode tomar decisões hoje em dia sem levar em conta as necessidades de seus consumidores. Citou como exemplo a portabilidade na telefonia móvel e nos planos de saúde. Disse ainda 32 | supermix 122

que pesquisas recentes junto a clientes de supermercados respaldam a abertura das lojas aos domingos. “A posição da Abras é pela possibilidade da abertura aos domingos. Somos parte de um conjunto de forças onde qualquer decisão precisa ser mais ampliada para garantir a nossa competitividade”. O governador Roberto Requião fez uma ampla análise histórica das raízes da crise fi-

nanceira. Lembrou da prosperidade americana no pós-Guerra, que levou aquela nação a se apropriar das inovações tecnológicas e científicas da humanidade, tendo como resultado uma grande lucratividade em cima de países produtores de commodities, como o Brasil. “Como o dinheiro acumulado não correspondia ao salário dos trabalhadores americanos, o setor financeiro teve que es-


timular o consumo por meio de empréstimos. Vieram as dívidas e o resultado foi o que estamos assistindo”, analisou. Requião lembrou que o Paraná já vinha tomando medidas preventivas, como a eliminação dos impostos para microempresas, redução para as pequenas e o estabelecimento de tarifas sociais de energia e água. “Estamos eliminando a pressão fiscal para aumentar o poder aquisitivo dos assalariados”, garante. Sobre a diminuição das alíquotas de ICMS, o governador alertou que as empresas não devem tentar obter lucros maiores em cima das vantagens fiscais. “O mercado só cresce se o poder

aquisitivo de todos crescerem. Os supermercados que efetivamente reduziram seus preços estão ganhando. Quem não diminuiu ficará com a imagem de empresa cara”. De acordo com Requião, o governo continua enfrentando os transgênicos, “pois não podemos correr o risco de ter as sementes e a água dominadas por duas ou três multinacionais”, conclui.

“O mercado só cresce se o poder aquisitivo de todos crescerem. Os supermercados que efetivamente reduziram seus preços estão ganhando. Quem não diminuiu ficará com a imagem de empresa cara”


Cobertura da Mercosuper 2009 Os argentinos e nós Pelo segundo ano consecutivo, a Argentina esteve representada na Mercosuper, por meio de um grupo de empresas trazidas pelo Consulado da Argentina no Paraná. Em 2009, participaram da feira 19 empreendimentos, de diferentes áreas de negócio, entre elas panificação, frutas secas, azeites de oliva, vinhos, guloseimas, alfajores e cosmética. “Trouxemos empresas sólidas para fazer negócios consistentes no Brasil. Precisamos trabalhar para eliminar, cada vez mais, as fronteiras entre nossos países”, disse o Cônsul da República da Argentina, Hector Gustavo Vivacqua. De acordo com o Consulado da Argentina em Curitiba, o Brasil é o primeiro destino das exportações argentinas, sendo que em 2008 a quantia foi de mais de 13 bilhões de dólares. Se o Paraná fosse um país, ele estaria em 11º lugar no destino das exportações, contabilizando mais de 1,3 bilhão de dólares, e estaria na 7ª posição entre os países fornecedores, com 1,5 bilhão de importações à Argentina em 2008. “Já temos vínculos fortes, mas temos campo para expansão”, afirma Vivacqua. Adrian Badino, das marcas argentinas Cheritier (guloseimas) e Bessone (cevada solúvel), acredita neste campo para maior integração comercial. A Bessone já exporta para Uruguai, Bolívia, Chile, Peru, México, entre outros países das Américas, África do Sul e Comunidade Européia. “Os contatos que estamos fazendo na feira são ótimos”, afirma Badino.

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Declarações sobre a Mercosuper 2009

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“Estivemos na Mercosuper pela primeira vez em 2008 e repetimos a participação em 2009, pois percebemos o diferencial em estar presente na feira”. (Carlos Roberto Manoel)

“O evento foi surpreendente. Destes cinco anos que participamos da Mercosuper, esta foi a melhor edição. Fizemos bons contatos e ótimos negócios. A feira se traduziu em vendas de produtos”. (Luiz Claudio dos Santos)

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“O objetivo é fortalecer ainda mais a nossa atuação no mercado paranaense. Estamos crescendo junto com a feira e ajudamos a promovê-la, convidando nossos clientes”. (Antonio Aurélio de Araújo)

“Achamos muito interessante a experiência do ano passado, principalmente no pós-feira, e resolvemos voltar, ampliando o estande, que deve ser ainda maior ano que vem”. (Marcio Gonçalves)

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“A feira é uma ótima oportunidade para divulgar os produtos aos clientes e formadores de opinião do setor, além de manter a visibilidade da marca e estreitar o relacionamento com o cliente”. (Iverson Schraiber)

“Esta é a nossa primeira vez na Mercosuper e achamos a feira muito interessante. Fechamos contratos e fizemos ótimos contatos com os supermercadistas do Paraná e Santa Catarina”. (Rossella S. da Silva)

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“A Mercosuper é uma ótima oportunidade para fazer contato com os clientes e rever os amigos. Tivemos ótima visitação, principalmente dos estados do Paraná e de Santa Catarina”. (Alberto Gura)

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“É uma boa oportunidade para divulgar a marca e estreitar relacionamentos. Os negócios costumam acontecer depois da feira”. (Everson Lugarezi)

“Estamos muito felizes com o resultado e satisfeitos com o investimento. Desde a primeira vez que participamos da feira, as vendas do grupo praticamente dobraram no estado do Paraná, e isso tem muita contribuição da Mercosuper. É o lugar ideal para estreitar o relacionamento com os clientes, apresentar produtos e fechar negócios”. (Argemiro Gilberto Silveira Santos)

“Nosso objetivo na feira é mostrar a evolução constante da empresa e da nossa linha de produtos. Além de estreitar relacionamento, principalmente com os clientes do Paraná, mas também de Santa Catarina, que vieram maciçamente ao evento”. (Jair Meyer)

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“O evento está ótimo, a visitação e as vendas cresceram bastante em relação ao ano passado. O segundo dia, por exemplo, foi muito bom para negócios”. (Norberto dos Santos)

“Este é um incentivo para o cliente vir ao evento e fazer bons negócios. Além disso, a feira é uma ótima oportunidade de nos aproximarmos do cliente e fortificarmos a parceria e a amizade”. (Gilmar José Borscheid)

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“A Mercosuper é uma ótima oportunidade para atingir mais parceiros. “Mesmo em meio à crise e em véspera de feriado, a feira está muito boa, superou as expectativas, recebemos visitas de vários lojistas grandes”. (Darlene Stanski)

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Cobertura da Mercosuper 2009

Garra e disciplina: as lições de sucesso de Oscar Schmidt O que tornou o jogador o grande nome do basquete nacional, que levou o Brasil a bater os Estados Unidos no Pan Americano de 87? Sorte, talento nato? “Tem gente que dizia que era sorte eu acertar alguns lances. Sorte? Eu treinava como louco”. Obstinado pelo desejo de se tornar o maior jogador do mundo – “era isto que eu queria” –, Oscar hoje trabalha sintetizando em uma palestra de quase duas horas o que é indispensável para atingir o êxito: os valores essenciais. Despojado, dinâmico, bem-humorado e “combativo”, um verdadeiro jogador em ação. No palco, o grande talento do basquete brasileiro abriu a programação de palestras da Mercosuper 2009, para um auditório completamente lotado. Lembrando de como começou, das opções que fez, do apoio que teve, da infinita persistência e daquilo que sempre esteve dentro dele – a paixão pelo basquete –, Oscar aponta cinco valores que julga indispensáveis para um vencedor: visão, decisão, time, obstinação e paixão. “Nem todos irão se tornar campeões de Pan Americano ou de grandes campeonatos, mas há muitas vitórias a serem ganhas”. Mostrando um vídeo de meninos de Ponta Porã (MS), que começaram a treinar em uma quadra de cimento improvisada pelo técnico, com tabelas feitas com duas metades de uma porta velha, ele sentencia: “você pode fazer o que quiser se quiser de verdade”.

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Visão:

Decisão:

“Tem gente que confunde sonho com visão. Não adianta ficar sonhando. Visão é sonho com trabalho”. Oscar lembrou de quando, ainda muito novo, jogou por três anos em uma quadra de cimento e tabelas de madeira. Mesmo em condições inapropriadas para o esporte, não havia o que o desestimulasse. Um colega de treino em Brasília, de onde vem o craque, disse a Oscar que para ele se tornar um grande jogador, precisava dormir com a bola... Conta Oscar que, além de treinar incansavelmente, literalmente dormiu com uma bola por três meses.

“Um dia eu decidi jogar basquete. Eu decidi ir de Brasília para São Paulo porque achei que era melhor, e em dois anos estava na seleção brasileira. É preciso tomar decisões”. Ao perceber que era o que queria, Oscar decidiu jogar basquete. “Tomei esta decisão e fui em frente. Não adianta fingir que gosta e que quer algo. É preciso querer de verdade, decidir e ir em frente”.

Obstinação:

“Tem alguém que vai dizer a você se realmente está fazendo tudo o que precisa para atingir seu objetivo. Não é o técnico, nem seu pai. É a sua consciência”. Quanto mais Oscar treinava, mais disse ganhar ousadia para fazer as coisas. “Eu pensava o tempo todo em como ia agir em cada situação de bloqueio que um jogador pudesse me fazer. Quanto mais eu me preparava, mais me sentia pronto e seguro para fazer lances “Joguei em grandes times ousados”. e juntos, em ação, tivemos grandes vitórias... O melhor time da minha vida foi o que “Para mim, é o que há de mais formei com minha esposa, que importante para se ter sucesso”. me deu todo o apoio para a maratona de treinos”.

Time:

Paixão:


Cobertura da Mercosuper 2009

Perspectivas para a economia brasileira

P

ara o economista Maílson da Nóbrega, a crise mundial apresenta três aspectos. O primeiro deles é que o colapso do sistema financeiro mundial foi afastado. Nenhum governo responsável permite que o sistema financeiro quebre, pois o sistema de pagamentos dos bancos é a seiva de todo o sistema financeiro. Até o final do século XVII, os bancos financiavam reis e suas guerras expansionistas. Daí em diante eles passaram a financiar empresas. Esse sistema fez nascer a revolução industrial, que antes foi construída em cima da revolução do crédito. Outro risco afastado é o de depressão, situação na qual o PIB – Produto Interno Bruto – cai muito em função da deflação, quando os preços caem continuamente, fazendo com que os consumidores esperem para comprar, uma vez que mais adiante os preços poderão cair ainda mais. A deflação é perigosa, leva tempo para sair deste estágio e os empresários evitam investir. O terceiro ponto da crise é que ela fez surgir países emergentes como Brasil, China, Índia, Rússia, Colômbia, Chile, África do Sul e Coréia. Até o século XV o mundo era asiático, dominado, sobretudo por China e Índia. No século XX, os Estados Unidos substituíram a Inglaterra como potência mundial e garantiram sua hegemonia com o fim do comunismo. O momento atual é dos países emergentes e democráticos, que conduzem gestões macroeconômicas responsáveis. Em 2007, essas nações foram responsáveis por dois terços do crescimento mundial. Mas a crise atravessou o Atlântico e chegou até o Brasil. Não é uma “marolinha” como definiu o presidente Lula. É uma onda, visível na desaceleração da economia. O governo reagiu bem ao utilizar as reservas internacionais para restabel40 | supermix 122

ecer as linhas de crédito. O Banco Central tem sido impecável ao diminuir as taxas de juros e reduzir os compulsórios. Já o Ministério da Fazenda anda meio confuso, reage de formas questionáveis, como no caso da substituição do presidente do Banco do Brasil. O governo diminuiu o superávit primário para poder gastar mais. É um gasto público que compensa os gastos primários com a contenção do consumo. O ideal é gastar agora em despesas temporárias e investir em infraestrutura. O governo errou ao liberar dinheiro para os municípios via Fundo de Participação dos Municípios. Quando a receita voltar a subir com o crescimento, os políticos vão promover uma farra de gastos. O desafio do Brasil neste momento é se preparar para um novo papel no mundo. O G-20 passa a ser a nova configuração de poder, no lugar do G-7. Brasil, China e Índia são agora atores globais, e não mais coadjuvantes. Por que o Brasil conquistou este status? Porque se tornou mais resistente com o seu sistema financeiro só-


lido – graças ao programa de ajuda aos bancos dos anos 90 – e a estabilidade econômica. Cambio flutuante, Banco Central autônomo, inflação baixa e sob controle formam um ambiente favorável para a diminuição dos juros. Até o final do ano, o Brasil estará mais estável que agora. Nossas reservas internacionais são maiores que a dívida externa. A União é credora em termos de mercado internacional. Temos um déficit sustentável em conta corrente. O presidente Lula convenceu a população de que isso é mérito exclusivo dele. É, na verdade, um conjunto de contribuições de vários governos, inclusive dos militares. O presidente sabe que estabilidade é sinônimo de popularidade. O ano de 2009 ainda será de ajustes e incertezas. Vai levar mais uns dois ou três anos para que os Estados Unidos voltem ao mesmo nível de crescimento apresentado em 2007. Ao longo do ano, a taxa de câmbio vai se valorizar, devendo ficar entre R$ 2,00 e R$ 2,10. Quando esta crise passar, ficará claro para o mundo que o Brasil tinha um risco menor que se esperava. Haverá um grande fluxo de recursos para o país, pois a imagem será de uma nação mais resistente que as outras. O pior da crise já começou a passar. Haverá mais recursos para países emergentes. As commodities vão deixar de se desvalorizarem. A inflação deverá fechar o ano abaixo da meta. Há espaço para a queda de juros. O crédito deve se normalizar no segundo semestre. Não há risco de um terceiro mandato para o presidente Lula. Independente de Serra ou Dilma ganharem as eleições, ninguém muda a política econômica. Em 2010, vamos ter a quarta eleição presidencial consecutiva com as mesmas regras do jogo, uma estabilidade política que é uma grande novidade. As taxas de juros reais deverão ser de 4.5%, equivalentes as de outros países emergentes, o que será muito posi-

tivo para o mercado. Mas o que pode dar errado? Se a crise nos Estados Unidos piorar, a recessão pode se prolongar, o que levaria aquele país a adotar medidas protecionistas e contribuir para a depressão mundial. O agravamento da crise no Brasil poderia aumentar as pressões políticas por medidas inconseqüentes, sobretudo em relação ao crédito. Há razões de sobra para manter o otimismo. O mundo ocidental começou a ficar rico no final do século XIX. Até aí, a América Latina era mais rica que os Estados Unidos. Tanto a Inglaterra quanto os EUA fizeram transformações radicais para se transformarem em potências mundiais. A principal delas foi o direito à propriedade, uma segurança jurídica para que os governos não destruam os negócios e os contratos sejam respeitados. Esta situação evoluiu para o modelo que combina democracia com economia de mercado. No Brasil existe uma ideia muito presente de que o governo perdeu o poder para fazer o que bem entende. Apesar de falhas e problemas de corrupção, a democracia está consolidada como um valor. Há um ambiente que permite o debate de ideias. O Judiciário, apesar de lento e complexo, é independente. As instituições econômicas são fortes. A Lei de Responsabilidade Fiscal criou regras para gastos públicos, obrigando União, estados e municípios a prestarem contas. O Banco Central tem independência para tomar decisões sobre taxas de juros. A sociedade brasileira não tolera mais inflação. A imprensa é livre, investigativa e não depende do governo para cumprir sua função de informar. O governo hoje não pode fazer o que quer. Precisa de autorização do Congresso e está sob controle de duas forças sociais: o voto e o mercado. O Brasil se descolou do populismo latino-americano e caminha para consolidar, ainda que lentamente, seu sistema capitalista.

“O ano de 2009 ainda será de ajustes e incertezas, mas o pior da crise já começou a passar. Há razões de sobra para se manter o otimismo”.

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Cobertura da Mercosuper 2009

Um novo tempo de vendas e atendimento Mais de dois milhões de pessoas já assistiram palestras de Alfredo Rocha, especialista na área de motivação empresarial com ampla atuação em todo país e responsável pela palestra de encerramento da Mercosuper 2009, falando para um auditório atento e lotado. Há 14 anos, se lançou neste nicho de mercado, falando de temas comuns à dinâmica corporativa para platéias heterogêneas, compostas desde o presidente da empresa ao técnico operacional. “Eu não sou o dono das ideias que irei apresentar. Sou apenas organizador e intérprete”, inicia sua palestra. Rocha desenvolve sua explanação alertando sobre a necessidade de ação que os momentos de crise exigem e a permanente importância de se reinventar, aceitando e sugerindo “fazer as mesmas coisas, sempre do mesmo jeio novo. “A vida é assim, um sobe e desce. Já to”. É preciso saber avaliar a melhor forma de vivemos crises anteriormente e esta não será a agir. Às vezes, é melhor reduzir do que ampliar o última”. É preciso dar valor à criatividade que nasce dos momentos difíceis. Jamais deixar de lado os funcionários, clientes e concorrentes. “Não podemos nunca esquecer destas pessoas, pois o negócio depende delas”. “A imprensa noticia o que há de ruim; o que está em seu curso certo e normal não é notícia. Então, não podemos nos influenciar por notícias ruins. É preciso ir por outro caminho.” Sobre a reação às mudanças propostas no ambiente de trabalho, é necessário ser flexível a elas. Muitos dizem, “vai mudar, vai sobrar para o meu lado” ou “vai ficar pior ainda”. Rocha alerta: é preciso mudar “numa boa”. E cita Dom Elder Câmara: “feliz de quem consegue entender que é preciso mudar sempre, para continuar sendo sempre o mesmo”. Para vender mais, é preciso vivenciar a inovação. A fórmula para perder mercado e receita:

“É preciso dar valor à criatividade que nasce dos momentos difíceis e jamais deixar de lado os funcionários, clientes e concorrentes, pois o negócio depende deles. Não podemos nos influenciar por notícias ruins. É preciso ir por outro caminho”.

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negócio. E sim, em alguns casos é preciso fechar e começar um novo ciclo. Cuidado com as mentiras de mercado do tipo “não tem cliente” ou “ninguém tem dinheiro” e atenção a um fato: a necessidade de compra é racional, mas a decisão é emocional. “E quem manda na compra é quem tem a informação, não necessariamente quem tem o dinheiro”. Crianças e jovens, mulheres e pessoas da melhor idade são mercados em expansão. Hoje, há 22 milhões de brasileiros a caminho dos cem anos e 30 mil com mais de cem anos. E fica sempre o alerta: atenção às mulheres. “Supermercado que não agrada às mulheres fecha”. “Agora, e cada vez mais, temos a poderosa classe C, que somam 100 milhões de pessoas. É preciso estar ligado aos diversos nichos de mercado. Por exemplo: o público homossexual”.

Formação de preços: é preciso conhecer bem o cenário tributário

últimas mudanças no Simples Nacional apontam um caminho que beneficia a economia”, afirma. Para não ser surpreendido com más negociações e tomada de decisão, Souza alerta para a necessidade de entender os tributos, que podem ter natureza acumulativa, progressiva, por exemplo, com alta participação dos tributos indiretos no montante da arrecadação. “As diferenças de tributação entre os Estados têm impacto direto O complexo e extenso modelo tributário nos preços. Cada um tem uma política própria brasileiro oferece apenas uma alternativa aos su- e é preciso analisar bem quando se compra em permercadistas para estabelecer a estratégia de lugar e se vende em outro”. preços de seus produtos: conhecê-lo bem. Uma platéia lotada e atenta ouviu as orientações do Novos eventos sobre a substituição economista José Carlos Souza Filho, na palestributária tra “Análise de custos e formação de preços dos • Alguns produtos estão sendo excluídos das compradores”, no segundo dia da Mercosuper listas de alguns estados; 2009. • Novos produtos estão sendo incluídos sem Souza abordou temas essenciais na área de tribque tenha havido consenso no CONFAZ; utos, falando sobre a realidade tributária brasilei• Situação de produtos em ST tende a se torra, a formação do preço financeiro, substituição nar mais complexa; tributária e guerra fiscal. Hoje, existem no Brasil • Nos medicamentos e perfumaria já existe a 76 tributos, dos quais 15 são impostos, 33 conST para PIS e COFINS com alíquotas diferentribuições e 28 taxas. “Não acredito que haverá ciadas (2,2% de PIS e 10,3% de COFINS). uma reforma tributária tão cedo no Brasil, mas as Maio - Junho 2009


Cobertura da Mercosuper 2009

“Eficiência em logística é indispensável no setor supermercadista” “O grande papel dos supermercados é a distribuição. Ele retira os produtos da indústria e os dissemina, de forma eficaz e rentável, para os clientes. Para isto, precisa definir sua estratégia de sortimento”. No segundo dia da Mercosuper, em “Gestão de operação e logística”, o professor Lemílson Almeida ressaltou o essencial papel da logística no varejo. “A maior dificuldade é racionalizar o equilíbrio entre o que se compra e o se vende”, diz. “Nunca conheci, mesmo entre os grandes, uma empresa 100% satisfeita com sua logística”. De acordo com Almeida, mesmo aqueles que têm um processo bem delineado, sempre buscam melhorar. O planejamento de compra e a vazão que se dá a isto têm influência direta no sucesso do negócio. “Todos os custos precisam ser contabilizados, dos menores aos maiores. Quanto custa para fazer a nota fiscal? É preciso contabilizar absolutamente tudo”.

Recomendações para o pequeno varejo supermercadista • Ter um diferencial competitivo; • Implantar uma ERP para gestão dos processos; • Treinamento de pessoal; • Estratégia de sortimento e gerenciamento de fornecedores; • Cooperar com a indústria. 44 | supermix 122

Nota Fiscal Eletrônica A nota fiscal eletrônica (NF-e) entrou em operação em 2005 com o objetivo de fazer uma alteração na sistemática atual de emissão da nota fiscal em papel por nota fiscal de existência apenas eletrônica. O projeto da Receita Federal, que em 2009 se estende para novos setores da economia, afetando o setor supermercadista, foi o tema da palestra de Hayrne Salvanha, assessor de Soluções de Negócios da GS1 Brasil.

A partir do dia 1º de setembro de 2009, precisarão estar adequados ao sistema eletrônico da Receita Federal: XL - fabricantes de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal; XLI - fabricantes de produtos de limpeza e de polimento;


XLII - fabricantes de sabões e detergentes sintéticos; XLIII - fabricantes de alimentos para animais; XLIV - fabricantes de papel; XLV - fabricantes de produtos de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado para uso comercial e de escritório; XLVI - fabricantes e importadores de componentes eletrônicos; XLVII - fabricantes e importadores de equipamentos de informática e de periféricos para equipamentos de informática; XLVIII - fabricantes e importadores de equipamentos transmissores de comunicação, peças e acessórios; XLIX - fabricantes e importadores de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e amplificação de áudio e vídeo; L - estabelecimentos que realizem reprodução de vídeo em qualquer suporte; LI - estabelecimentos que realizem reprodução de som em qualquer suporte; LII - fabricantes e importadores de mídias virgens, magnéticas e ópticas; LIII - fabricantes e importadores de aparelhos telefônicos e de outros equipamentos de comunicação, peças e acessórios; LIV - fabricantes de aparelhos eletromédicos e eletroterapêuticos e equipamentos de irradiação; LV - fabricantes e importadores de pilhas, baterias e acumuladores elétricos, exceto para veículos automotores; LVI - fabricantes e importadores de material elétrico para instalações em circuito de consumo; LVII - fabricantes e importadores de fios, cabos e condutores elétricos isolados; LVIII - fabricantes e importadores de material elétrico e eletrônico para veículos automotores, exceto baterias; LIX - fabricantes e importadores de fogões, refrigeradores e maquinas de lavar e secar para uso domestico, peças e acessórios; LX - estabelecimentos que realizem moagem de trigo e fabricação de derivados de trigo; LXI - atacadistas de café em grão; LXII - atacadistas de café torrado, moído e solúvel;

LXIII - produtores de café torrado e moído, aromatizado; LXIV - fabricantes de óleos vegetais refinados, exceto óleo de milho; LXV - fabricantes de defensivos agrícolas; LXVI - fabricantes de adubos e fertilizantes; LXVII - fabricantes de medicamentos homeopáticos para uso humano; LXVIII - fabricantes de medicamentos fitoterápicos para uso humano; LXIX - fabricantes de medicamentos para uso veterinário; LXX - fabricantes de produtos farmoquímicos; LXXI - atacadistas e importadores de malte para fabricação de bebidas alcoólicas; LXXII - fabricantes e atacadistas de laticínios; LXXIII - fabricantes de artefatos de material plástico para usos industriais; LXXIV - fabricantes de tubos de aço sem costura; LXXV - fabricantes de tubos de aço com costura; LXXVI - fabricantes e atacadistas de tubos e conexões em PVC e cobre; LXXVII - fabricantes de artefatos estampados de metal; LXXVIII - fabricantes de produtos de trefilados de metal, exceto padronizados; LXXIX - fabricantes de cronômetros e relógios; LXXX - fabricantes de equipamentos e instrumentos ópticos, peças e acessórios; LXXXI - fabricantes de equipamentos de transmissão ou de rolamentos, para fins industriais; LXXXII - fabricantes de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte e elevação de cargas, peças e acessórios; LXXXIII - fabricantes de aparelhos e equipamentos de ar condicionado para uso não-industrial; LXXXIV - serrarias com desdobramento de madeira; LXXXV - fabricantes de artefatos de joalheria e ourivesaria; LXXXVI - fabricantes de tratores, peças e acessórios, exceto agrícolas; LXXXVII -fabricantes e atacadistas de pães, biscoitos e bolacha; LXXXVIII - fabricantes e atacadistas de vidros Maio - Junho 2009


Cobertura da Mercosuper 2009 planos e de segurança; LXXXIX - atacadistas de mercadoria em geral, com predominância de produtos alimentícios; XC - concessionários de veículos novos; XCI - fabricantes e importadores de pisos e revestimentos cerâmicos; XCII - tecelagem de fios de fibras têxteis; XCIII - preparação e fiação de fibras têxteis; Provocando uma mudança radical no processo de emissão de nota fiscal, o novo modelo reduz o número de etapas para menos da metade. O fluxo da nota em papel compreende diversos passos (impressão de vias, arquivo, digitação, captura, etc.) até chegar a seu destino final. Por meio do meio eletrônico, há apenas três passos (ERP ou faturamento para nota fiscal eletrônica destinatário e fisco, destino, etc.). A NF-e substitui a Nota Fiscal Modelo 1 e 1-A em todas as hipóteses previstas na legislação em que estes documentos possam ser utilizados. Inclui Nota Fiscal: Entrada; Saída; Operações de importação; Operações de exportação; Operações interestaduais; Operações de simples remessa; Nota Fiscal Serviços Telecomunicações e Conta de Energia Elétrica (em SP); Transferência, por exemplo.

Alguns benefícios da NF-e • Redução de custos de impressão, aquisição de papel/formulário contínuo, envio de documento fiscal; • Simplificação de obrigações acessórias (dispensa de AIDF); • Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias; • Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação sem aumento de carga tributária; • Redução do Custo Brasil e aperfeiçoamento do combate à sonegação.

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Prevenção de perdas: lucratividade e responsabilidade social Uma palestra em dois tempos: primeiro, o que significam as perdas no setor supermercadista e, segundo, como pequenas ações do dia-a-dia influenciam o mundo onde vivemos. George Stein, professor do Provar – Programa de Administração do Varejo – discorreu sobre perdas, lucro e responsabilidade social na Mercosuper 2009. Surpreendeu a todos com o olhar ampliado que colocou sobre o simples fato da queda de uma caixa de ovos. Perda é tudo aquilo que gera algum impacto negativo no negócio. Para eliminá-la ou amenizála é preciso controle e, principalmente, proteção total sobre qualquer tipo de dano. Gerenciar este preceito tem a ver com vários aspectos do universo supermercadista: faturamento, caixa, mercadorias, suprimentos, equipamentos, informação, reputação... Mas somente este foco ainda é pouco. É preciso uma visão mais crítica do assunto. Antes de qualquer coisa, é necessário que a empresa se posicione claramente sobre o que é certo e o que é errado em relação ao manuseio e às práticas. abemos que há ambientes nos quais o que é certo e o que é errado está muito claro na mente das pessoas. No entanto, há lugares onde, se fizermos um traço em uma folha de papel dividindo estas duas “condutas”, existem ações que colocadas no lado do “certo” irão ficar muito próximas da linha divisória. Tão próximas que tornam esta linha até um pouco “abaulada” para o lado “ruim”, apesar de não estarem, declaradamente, nesta categoria.



Cobertura da Mercosuper 2009 Para não ficar neste ambiente de exceções e subjetividade, é muito importante a empresa ter definidos e amplamente divulgados seus valores, visão, missão e códigos de conduta. O cenário hoje é muito diferente daquele existente até a década de 1990. Atualmente, com a economia aberta, a concorrência externa é muito maior. É preciso ter ganhado na operação para eliminar as perdas. O índice de perdas no setor supermercadista subiu de 1,97%, em 2006, para 2,5% em 2007. É bem maior que o ramo de materiais de construção – 1,46% em 2007 –, e vestuário – 0,69%. Entre os principais problemas identificados estão a falta de gerenciamento de perdas e incentivo dos funcionários. Ao mesmo tempo, o mundo consome 30% a mais dos recursos naturais que a natureza pode prover. 66% das pessoas não têm saneamento básico, 51% não têm água potável, 34% são subnutridos. O desenvolvimento sustentável, que ganhou peso nos últimos anos, propõe a ideia de que precisamos atender nossas necessidades sem comprometer o ambiente para as novas gerações. É preciso reduzir, reutilizar, reciclar. Pensar no meio ambiente, na sociedade, e na economia.

Quando há a queda de uma dúzia de ovos: • Do ponto de vista do meio ambiente, são 135 litros de água (necessários para a produção deles) que se perderam; • Do ponto de vista social, uma família sem um componente nutritivo de refeição básica; • Do ponto de vista econômico, é uma dúzia que não será vendida e que não vai gerar receita.

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Gerenciamento de Categorias: mudanças afetam base da atividade econômica Precisamos ver os consumidores com novos olhos. Eles querem ser reconhecidos como pessoas, como indivíduos. Eles se agrupam em estilos de vida, nos quais a distância física foi abolida. Eles querem ser únicos, mesmo que este seja o grupo ao qual pertencem. As novas tecnologias contribuíram para o excesso de informação: temos acesso a tudo que acontece, mas de forma superficial.


Mudanças profundas afetaram a base da atividade econômica. O Brasil está se transformando de uma economia baseada no agronegócio para uma baseada em serviços, em um cenário onde tudo se torna mais abstrato e menos tangível. Hoje, se comercializam conceitos e benefícios, não apenas produtos. As taxas de fecundidade diminuíram, afetando a estrutura familiar. A população vive mais, abrindo espaço para alimentos mais saudáveis. Com a Internet, não é raro consumidores irem à loja mais bem informados que os vendedores. Para cada categoria de produto, há cerca de 460 itens nas gôndolas, que não são elásticas. Há mais opções de escolha do que realmente precisamos. Ninguém usa todos os recursos do celular ou do computador. No varejo, todos competem com todos: drogarias, supermercados, lojas de conveniência. O consumidor quer apenas que seu problema seja resolvido, não importa onde. O maior desafio é criar uma estratégia nesse cenário mutável e competitivo. O consumidor é rei porque tem nas mãos o poder de escolha. Ele exige o que, a hora, o tamanho, onde e o preço que está disposto a pagar. Mas nós sabemos o que ele espera do concorrente? E como os consumidores percebem o meu negócio? Aumentar o ticket médio e a freqüência implica em mudar toda a operação e o layout da loja. Mas como se destacar e simplificar a vida dos consumidores que tem cada vez menos tempo? Organizando as opções de escolha e as tornando acessíveis, guiando os clientes em seu processo de decisão. O caminho passa pelo gerenciamento de categorias (GC). Não é um software, não tem um único formato, não é conjunto de relatórios, como se costuma imaginar. É um processo de cooperação entre varejo e indústria, é a gestão da categoria de produtos ou serviços como uma unidade estratégica de negócios. O GC integra funções e faz com que todos os departamentos da empresa olhem para o cliente, ao invés de cada um continuar olhando para seu umbigo. Quatro etapas são seguidas para a implementa

“Para implementar um gerenciamento de categorias são necessárias quatro etapas. A primeira é a definição da categoria, em que se estuda a lógica do consumidor na tomada da decisão no ponto-de-venda. Em seguida verificam-se os hábitos e atitudes deste consumidor, estabelece-se o papel da categoria e finalmente o processo é implantado e avaliado”. Maio - Junho 2009


Cobertura da Mercosuper 2009 ção do GC. A primeira é a definição da categoria, em que se estuda a lógica do consumidor na tomada da decisão no ponto-de-venda. Em seguida verificam-se os hábitos e atitudes deste consumidor, estabelece-se o papel da categoria e finalmente o processo é implantado e avaliado.

O que é necessário levar em conta para o processo? Primeiro, estudar as tendências do consumidor, analisar que produtos vêm apresentando crescimento. Em seguida, verificar a tendência da categoria – se está crescendo ou declinando. É importante criar um planejamento junto aos fornecedores e definir o que ele está fazendo pela categoria, inclusive avaliando as ações da indústria na loja e a exposição de sua marca na mídia. Por fim, comparar o desempenho de toda a categoria. O varejista é quem deve dar o tom geral, as metas financeiras e os objetivos do GC. O fornecedor, que conhece muito bem a categoria, deve se esforçar para compreender a estratégia do varejista e apoiar o planejamento. É importante refletir sobre alguns pontos essenciais ao sucesso do GC: que razões o consumidor tem para vir à minha loja? O que me difere da concorrência? O que o consumidor percebe no PDV? 50 | supermix 122

Marcas Próprias: desafios e oportunidades As marcas próprias (MP) são um fenômeno mundial. Dos US$ 316 bilhões do faturamento do Wal-Mart no ano passado, 40% foram em cima das marcas próprias – o que representa um número superior ao faturamento de grandes multinacionais como Nestlé, Unilever, Procter & Gamble. No mundo todo, as MPs movimentam um trilhão de dólares: representam 20% das vendas em supermercados em 80 categorias de 36 países. Na Inglaterra, Alemanha, Espanha e Portugal, um em cada três produtos são de marcas próprias. Nos Estados Unidos, elas respondem por 16% das vendas. No Brasil, são 7% das vendas, o equivalente a R$ 10 bilhões por ano. Em 2007, o faturamento das MPs cresceu 27,5%. Só o WalMart comercializa quase 13 mil itens, seguido do Pão de Açúcar e Carrefour, cada um com cerca de sete mil itens. Nos supermercados, as categorias com maior presença de marcas próprias são alimentos, bebidas, higiene e beleza, bazar e têxtil. No setor supermercadista, 31% das empresas oferecem algum item de MP. No total, são 42 mil itens oferecidos aos consumidores no Brasil. No setor de vestuário, por exemplo, 70% dos itens são MP. Para o varejista interessado em desenvolver uma marca própria, o primeiro passo é definir a categoria, seu líder, analisar sua fórmula, convocar um fornecedor para criar a MP da empresa e solicitar que ele crie a marca com a mesma fórmula do líder. Atualmente, alguns varejistas estão lançando as chamadas MPs Premium, que são mais caras que as marcas do fabricante, o que já demonstra uma estratégia de gestão da marca. Esta gestão pode ser feita pelo portfólio de marcas (definição


sobre nome com a bandeira do varejo ou marca fantasia), nomes provocativos e inspiradores, design sofisticado e cores diferentes para diferentes estilos vida.

“Para o varejista interessado em desenvolver uma marca própria, o primeiro passo é definir a categoria, seu líder, analisar sua fórmula, convocar um fornecedor para criar a marca própria da empresa e solicitar que ele crie a marca com a mesma fórmula do líder”.


Cobertura da Mercosuper 2009 Na Europa, onde as marcas próprias estão mais desenvolvidas, o sucesso é creditado a: • Coerência entre a promessa e entrega de benefícios; • Relacionamento forte e transparente entre consumidor, fornecedor e comunidade; • Consistência no posicionamento da marca em seus pontos de contato com o mercado. Nos Estados Unidos, sete entre dez compradores de marcas próprias consideram os produtos bons ou melhores que as marcas nacionais. No Brasil, elas chegam a 18 milhões de lares. Os compradores são pessoas de maior poder aquisitivo, mais experimentadores, sobretudo nas classes A e B. Na Europa, os compradores mais freqüentes estão na faixa dos 16 aos 34 anos. As marcas próprias crescem em períodos de crise e caem em momentos de expansão econômica. A queda geralmente é tão grande quanto o crescimento. Há categorias em que o consumidor é fiel à marca do fabricante, como em higiene e beleza. Sem contar o fato de que é difícil brigar com quem tem 80% de participação nas vendas. As MPs surgiram no final do século XIX no mercado americano, com a venda de pó para cozimento. No Brasil, no começo do século passado, os comerciantes vendiam arroz, feijão e outros alimentos sem marca. Nos anos 70, Carrefour e Pão de Açúcar começaram a vender itens de baixo preço e baixa qualidade. Nos anos 80 estas redes perceberam que as marcas próprias poderiam ajudar na construção da marca do varejista. Os anos 90 trouxeram o foco para a qualidade. A partir do ano 2000, as MPs foram reposicionadas, com a gestão de marcas mais profissional. 52 | supermix 122

A concentração do varejo favorece a criação das marcas próprias; dá volume e massa crítica para estas marcas; favorece o poder de barganha dos varejistas e transfere a verba da propaganda para o ponto de venda. Os varejistas se beneficiam ainda do investimento em inovação feito pelos fabricantes ao copiar produtos. A estabilidade econômica pós-Real ajudou as MPs, pois facilitou o acesso aos itens importados. O Código de Defesa do Consumidor contribuiu estabelecendo padrões mínimos de qualidade. As marcas próprias são ferramentas úteis para os varejistas fidelizarem clientes, reforçarem a imagem corporativa e reduzirem a dependência dos grandes fabricantes.

Gestão de Pessoas no Varejo Na Administração de Empresas, a Gestão de Pessoas (GP) é uma das áreas mais complexas de se trabalhar. Enquanto Logística e Marketing, por exemplo, são mais lineares e cartesianas, a GP não é tão linear e nela o modelo que funciona a uma empresa não se aplica a outra. No varejo, as estratégias são muito similares, mas o maior

“Clientes fiéis estão atrelados à loja pelo serviço, raramente pelo preço. Clientes satisfeitos comentam sua experiência para três ou quatro pessoas, enquanto os insatisfeitos contam para mais de dez”.


desafio é justamente a execução, o processo de atingir determinado resultado e as dificuldades envolvidas na GP. O que diferencia uma empresa de outra na prestação de serviços é a experiência proporcionada pela organização e seus colaboradores. Os clientes mudam de fornecedor não só por causa de preços e produtos, mas, sobretudo, por questões relacionadas à indiferença: demora em ser atendido, ausência de atendimento personalizado, falta de informações, falta de interesse e de estrutura de atendimento. Clientes fiéis estão atrelados à loja pelo serviço, raramente pelo preço. Clientes satisfeitos comentam sua experiência para três ou quatro pessoas, enquanto os insatisfeitos contam para mais de dez. Com as novas mídias, as reclamações são ampliadas para milhares de outros consumidores, o que torna o marketing uma batalha por percepções, não por produtos. O maior desafio hoje é rever modelos de gestão passados e repensar a execução de estratégias. As empresas vêm sofrendo com falta de um autêntico trabalho em equipe, falta de envolvimento dos setores e existem falhas na comunicação. O aspecto mercadológico de qualquer campanha é fácil de ser trabalhado. Difícil é gerenciar o comportamento das pessoas. Atitudes como atenção, naturalidade, simpatia e carisma não são treináveis. Só se pode treinar um conteúdo: ninguém pode ser treinado para ser criativo ou espontâneo. O comportamento humano só pode ser mudado quando as pessoas querem mudar. Modelos de liderança como Betinho, Lula, Nelson Mandela, Sílvio Santos e Abílio Diniz são evitadas pelas empresas modernas porque são centrados em apenas uma pessoa e apresentam dificuldades para formar um sucessor. O novo modelo se baseia em pessoas que dão sentido ao grupo inteiro, como Felipão, Bernardinho, Al Gore, Jack Welch e Luíza Helena (Magazine Luíza). Mas, afinal, o que motiva as pessoas? Como as empresas podem agir para reter os seus talentos? Funcionários buscam um ambiente de trab-

“O aspecto mercadológico de qualquer campanha é fácil de ser trabalhado. Difícil é gerenciar o comportamento das pessoas. Atitudes como atenção, naturalidade, simpatia e carisma não são treináveis. Só se pode treinar um conteúdo”. alho com liberdade, com bons relacionamentos e onde são valorizados. Também procuram estrutura no trabalho – a existência de um suporte, de alguém que possa ajudar. Outro aspecto é a possibilidade de crescimento e desenvolvimento pessoal: O que ele aprende na empresa? Ele realmente cresce no trabalho? Por último, contrariando o que diz o senso comum, vem a remuneração e os benefícios. Maio - Junho 2009


Cobertura da Mercosuper 2009

Meios de Financiamento para Supermercados via BNDES O BNDES oferece várias linhas de financiamentos para o setor supermercadista, que estão disponíveis em vários bancos, mas o Bradesco foi a instituição que se propôs a facilitar o acesso às linhas, uma vez que tem agências em quase todos os municípios. As operações de financiamento podem ser feitas de forma direta ou indireta. Na primeira modalidade, o empresário solicita os recursos diretamente ao BNDES. Na indireta, o varejista procura o agente financeiro credenciado, no caso um banco comercial. Cerca de 99% dos empréstimos são indiretos. As empresas são classificadas em três faixas de acordo com sua receita operacional bruta anual: micro (até R$ 1,2 milhões); pequena (até R$ 10,5 milhões); média (até R$ 60 milhões); grande (acima de R$ 60 milhões). O convênio AbrasBradesco para acesso aos recursos do BNDES conta com as diversas linhas. A composição do custo do financiamento das linhas tem os seguintes itens: Custo Financeiro, Remuneração do BNDES, Taxa de Intermediação Financeira e Remuneração da Instituição Financeira Credenciada. O FINAME, por exemplo, é usado para máquinas e equipamentos nacionais ou nacionalizados, novos e sem limite de valor. Financia a aquisição de equipamentos móveis como ônibus, microônibus, caminhões, caminhões-tratores, cavalosmecânicos, reboques, semi-reboques, chassis e carrocerias para caminhões. O prazo máximo é 54 | supermix 122

O Convênio Abras-Bradesco para acesso dos recursos humanos do BNDES conta com diversas linhas de financiamentos para o setor supermercadista de 60 meses, com carência de 12 meses. Já o BNDES AUTO financia projetos de implantação, ampliação, recuperação e modernização. Pode ser usado para obras civis, móveis, utensílios, despesas operacionais, máquinas e equipamentos nacionais e capital de giro associado. O valor é de até R$ 10 milhões por empresa, a cada 12 meses. São 60 meses para pagamento, com carência de seis meses. O PEC (Programa Especial de Crédito) é uma linha temporária que pode ser solicitada por qualquer empresa, menos as de construção civil. Tem 36 meses para pagamento, com carência de 12 meses e custos a partir de 14,25% ao ano.


O processo para se obter o financiamento segue algumas etapas: • A agência formaliza o crédito préautorizado e solicita ao supermercado o preenchimento da proposta de Financiamento ao BNDES. • O cliente preenche a proposta e a encaminha à agência, que por sua vez a encaminha à matriz do banco.

Outra forma de financiamento é o cartão BNDES, voltado às pessoas jurídicas com faturamento até R$ 60 milhões. Ele dá um limite de crédito de até R$ 500 mil, com prestações fixas em até 48 meses e juros de apenas 1% ao mês. Para se preparar um cadastro de financiamento, a empresa deve buscar a aprovação de um limite de crédito no agente financeiro; documentos jurídicos e técnicos; cronograma e orçamento detalhado; descrição do projeto; Estudo de viabilidade econômica e fluxo de caixa e o Projeto de investimento.

• Este, por sua vez, analisa a proposta e se ela for superior a R$ 100 mil a remete ao BNDES. Aprovada a proposta, o banco libera o valor.

Maio - Junho 2009


Jurídico Apras reúne órgãos de Defesa do Consumidor para debater tema polêmico Fórum discute a comercialização de produtos impróprios para consumo e qual a responsabilidade dos supermercados

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a extração da matériaprima até a casa do consumidor, todo alimento passa por um longo ciclo que envolve diversos intermediários. Tomese o iogurte como exemplo. Os produtores extraem das vacas o leite, que é repassado às cooperativas, que por sua vez processam o produto ou o enviam para as indústrias. Neste caso, elas acrescentam outros ingredientes, aplicam processos modernos para conservar o produto, embalam e despacham para a comercialização, via atacado ou direto para as lojas de super e hipermercados. Na complexa cadeia de abastecimento que governa as relações modernas de consumo, o comprador de alimentos, bebidas e outros produtos perecíveis só tem contato efetivo com a mercadoria na gôndola das lojas. O que equivale a dizer que é o varejo quem, literalmente, dá a cara para bater ao assumir responsabilidade plena pela qualidade dos produtos que comercializa ao usuário final. Aí, a questão ganha contor56 | supermix 122

na mais complexa. Uma loja de pequeno porte terá, por baixo, 4, 5 mil itens em exposição. Já um hipermercado pode vender acima de 30 mil itens. Não há dúvida que os dois estabelecimentos estarão preocupados em oferecer apenas produtos adequados ao consumo. Respeito ao consumidor, afinal, há tempos já se tornou consenso no setor – e em toda a cadeia. O que vai diferenciar uma loja da outra é a estrutura de reposição. No pequeno comércio, menos funcionários – muitas vezes apenas os familiares e proprietários – se encarregam de repor os produtos nas gôndolas e também de verificar seus prazos de validade. Já as grandes redes dispõem de equipes especializadas paras cumprir esta função. A responsabilidade sobre os produtos próprios para o consumo comercializados no setor vem sendo objeto de debates que envolvem a Apras – Associação Paranaense de Supermercados e autoridades da Saúde e de Defesa do Consumidor.

O Código de Defesa do Consumidor - CDC (Lei 8.078/1990) define como “impróprios ao consumo produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, corrompidos, fraudados, nocivos à saúde, perigosos ou ainda aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação”. Já a Lei 8.137/1190, referente aos Crimes das Relações de Consumo ”tipifica como crime: vender, ter em depósito para vender ou expor à venda mercadorias (produtos e matérias-primas) em condições impróprias para consumo”. O entendimento do Ministério Público do Paraná (MP) é que a responsabilidade criminal recairia sobre a pessoa responsável pelo setor no qual foi encontrado o produto com problema, ou seja, sobre quem tinha o dever de fiscalizar. No caso das grandes redes, o implicado seria o gerente de área ou encarregado de setor. Em pequenos comércios, o próprio dono do estabelecimento. A polêmica se torna ainda


mais complexa se for levado em conta outro entendimento do MP no que se refere à atividade de reposição e promoção de produtos nas gôndolas realizadas por terceiros. Recomenda o Ministério Público, com base no CDC, que sob o ângulo da responsabilidade criminal, a gerência do estabelecimento, na falta de um responsável específico por determinado setor, importa, necessariamente, no controle da regularidade formal e material dos produtos comercializados. “Assim, não é lícito que se transfira tal responsabilidade a terceiros, principalmente quando estes não integram o quadro de funcionários do fornecedor”. Casos recentes indicam a postura voltada para a identificação do responsável. A partir de denúncias de consumidores sobre produtos com data de validade vencida, funcionários da Delegacia do Consumidor ou da Vigilância Sanitária vão até o estabelecimento e o gerente é detido. Com a necessidade de identificação, o Ministério Público vem solicitando que os órgãos de fiscalização apontem o responsável efetivo da área onde teria sido encontrado o produto vencido. Alguns supermercadistas vêm demonstrando preocupação quanto à possibilidade que esta postura abre de processos movidos por funcionários – repositores e chefes de área – que venham a se desligar da empresa. Outros consideram que a atitude é positiva, uma vez que isenta o proprietário de responsabilidade. Neste caso, outra questão en-

tra em cena. Pequenos comerciantes muitas vezes são autuados e assinam termos sem a presença de um advogado, correndo o risco de serem condenados a uma pena que varia de dois a cinco anos. No caso das grandes redes, o gerente quando encaminhado à Delegacia do Consumidor conta com a presença e a instrução de um advogado, o que facilita sua defesa. Pensando em todas as vertentes e interpretações possíveis para a comercialização de produtos impróprios ao consumo, a Apras organizou o “Fórum Direito do Consumidor e Segurança Alimentar”, que foi realizado durante a Mercosuper 2009. Estiveram presentes Maximiliano Ribeiro Deliberador e Cristina Corso Ruaro, da Promotoria de Justiça e Defesa do Consumidor de Curitiba; Edmundo Silva, da Delegacia do Consumidor; Sezifredo Paz, do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba; Suely

Vidigal, do Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do Paraná e Marta Favreto, do Procon-PR. Os diversos especialistas presentes e envolvidos diretamente com o assunto discutiram sobre a identificação do responsável que comercializa produtos impróprios. Ainda que a questão esteja longe de ser concluída, dada a sua complexidade, os participantes puderam expor seus pontos de vista, cada um à sua maneira e dentro de suas atribuições, na Defesa do Consumidor.

Maio - Junho 2009


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A MANIPULAÇÃO RESPONSÁVEL DOS ALIMENTOS * Por Hamilton Rosa de Castro e Andréa Luy Existem hoje, no mercado, dezenas de empresas de consultoria interessadas em promover palestras, treinamentos e capacitação de colaboradores, a maioria delas prometendo aquilo que todo empresário gosta de ouvir: que irá conseguir ajudá-lo a aumentar sua lucratividade, associada ao incremento do valor agregado aos produtos, ou estratégias agressivas de venda, que a princípio prometem um acréscimo imediato das vendas. Antes de contratar essas empresas, o empresário tem procurado saber qual a formação intelectual dos professores e palestrantes? De onde tiraram as informações que são repassadas aos seus colaboradores? Essas informações têm embasamento legal e obedecem às boas práticas de fabricação? Muitas são essas informações, e todas repassadas aos seus colaboradores deverão seguir as normas e resoluções da vigilância sanitária. São documentos que ditam as regras a serem seguidas por todas as empresas que manipulam alimentos. Com isso, a vigilância sanitária objetiva a prevenção e eliminação de riscos à saúde da população. Quando se manipula alimentos, os riscos estão em todos os cantos, seja na prancha de altileno usada na cozinha para fracionar um frango e depois usada para fracionar legumes e hortaliças sem uma prévia higienização, seja nos enfeites de alface e outras hortaliças usados nos balcões de açougue para deixá-lo com uma melhor aparência, entre outros.

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Andréa Luy

Enfeites de hortaliças no balcão de açougue? Mas isso não é errado? Sim, completamente errado e em desacordo com as normas da vigilância sanitária (RDC 216, de 15 de setembro de 2004, §4.8.3). Esteja atento! Alguns treinamentos têm sido ministrados por empresas de consultoria, orientando erroneamente os supermercadistas.

O que é que encanta o cliente? O que vende é uma exposição em ambiente limpo, organizado, bem iluminado, com colaboradores bem treinados, produtos de boa qualidade e com preço competitivo. Maquiar um ambiente ou um produto para tentar melhorar as vendas é, no mínimo, um desrespeito aos seus clientes!


Informações erradas são uma constante nesses treinamentos. Por isso, antes de contratar uma empresa para treinar seus colaboradores, certifique-se de que o material que será utilizado seja elaborado por um profissional competente, e que esteja dentro das normas da vigilância sanitária. Assim, você terá a garantia de que os recursos empregados em treinamentos sejam revertidos em colaboradores bem treinados, que produzirão alimentos saudáveis e que não oferecerão qualquer risco à saúde dos seus clientes! A Apras – Associação Paranaense de Supermercados – por meio do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados – tem proporcionado aos supermercadistas cursos como o de “Manipulação de Alimentos” a fim de orientar e preparar os colaboradores de loja e, em especial, os do setor de perecíveis, para um trabalho responsável e com o objetivo de profissionalização do setor. O empresário também poderá contar com mais um treinamento de dois meses

para formar gestores com o novo curso “Gestão Técnica de Loja – Foco em Perecíveis”. Assim como não gostaríamos que nossos filhos ingerissem um alimento contaminado, nossos clientes merecem o respeito e a consideração de nossa parte, confiando-nos a produção de alimentos saudáveis e seguros. Por isso, vamos treinar nossos colaboradores e prepará-los para um atendimento responsável! *Hamilton Rosa de Castro é nutricionista e professor e Andréa Luy é psicóloga e coordenadora do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados.

Antes de contratar uma empresa para treinar seus colaboradores, certifique-se de que o material que será utilizado seja elaborado por um profissional competente, e que esteja dentro das normas da vigilância sanitária.


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Você sabe tomar decisão?

A

*Por Claudio Shimoyama

tomada de decisões nas organizações é um importante processo pelo qual são escolhidas algumas, ou apenas uma entre muitas alternativas para as ações a serem realizadas. Dessa maneira, a tomada de decisões envolve a conversão das informações em ação, ou seja, decisão é a ação tomada com base na apreciação de informações. Segundo Chiavenato (1997, p.710), decidir é recomendar entre vários caminhos alternativos que levam a determinados resultados. Atualmente, o conceito de tomada de decisão possibilita um entendimento claro de que a seleção da melhor alternativa é realizada dentro das alternativas satisfatórias, ou seja, na prática, o que se busca é a alternativa que mesmo não sendo a melhor, leve para o objetivo da decisão. Com isso, a tomada de decisão parte do pressuposto da análise de seus elementos para a obtenção de seus objetivos:

1. Tomador de decisão: pessoa que faz a seleção entre várias alternativas de atuação;

2. Objetivos: propósito ou finalidade que o tomador de decisão almeja alcançar com sua ação;

3. Preferências: critérios com juízo de valor do tomador de decisão que vai distinguir a escolha;

4. Estratégia: direção ou caminho que o tomador de decisão sugere para melhor atingir os objetivos e que depende dos recursos que se dispõe;

5. Situação: aspectos ambientais dos quais velase o tomador de decisão, muitos dos quais fora de controle, conhecimento e compreensão e que afetam a opção;

6. Resultado: é a decorrência ou resultado de uma dada estratégia definida pelo gestor. 60 | supermix 122

O processo para tomada de decisão apresenta-se como simples, objetivo e eficiente. No entanto, nas organizações esse processo torna-se complexo devido às falhas que acontecem nesse contexto. Uma pesquisa realizada por Paul Nutt, da Universidade de Ohio, apresentou um resultado surpreendente que mostra que as melhores táticas para a tomada de decisão não são utilizadas pelos executivos. Ou seja, os administradores costumam pular para as conclusões e tentam implementá-las. Isso limita a pesquisa de dados, considera poucas alternativas (na maioria das vezes, uma só) e presta pouca atenção às pessoas afetadas por suas decisões. A pesquisa apresentou outro conceito importante: a decisão por fuga, que é utilizada na maioria dos casos em que o responsável demora tanto para agir que o problema se resolve sozinho – para o bem ou para o mal. Esse método se opõe à decisão por resolução (a típica, nas


teorias clássicas) e à decisão por previsão (quando se engatilha a solução como precaução para um possível problema). Outro ponto importante citado foi a intuição como base para a tomada de decisão, pois a maioria dos executivos ignora as informações baseadas na pesquisa de mercado, nos relatórios gerenciais, com os indicadores quantitativos e qualitativos, e adota a experiência dos funcionários, sistemas de informação da empresa, concorrentes e, por último, consumidores ou clientes. Esse aspecto determina também as possíveis falhas que acontecem durante o processo de tomada de decisões, pois os gerentes reagem na maioria das vezes às pressões do cotidiano. Dessa maneira, a utilização da intuição pura no processo de tomada de decisão contrapõe-se à racionalidade, que leva em conta a comparação com critérios previamente estabelecidos e a escolha daí decorrente, ou seja, a mais pura das intuições deve basear-se em in-

formações racionais. O fato de haver limitações no mundo real – e muitas – não inviabiliza o processo de decisão da maneira mais racional diante das alternativas apresentadas. O processo de tomada de decisões, ao contrário, requer clareza, foco e confiança. Não é à toa que os ignorantes costumam ser bem mais decididos que os sábios. Dessa maneira, o ponto ótimo entre o conhecimento e ação é uma espécie de gestão do próprio processo de decisão. Com isso, o bom senso na tomada de decisão permite a aproximação da realidade da melhor maneira possível, mas não a ponto de paralisar o processo pois, no ambiente corporativo, o tempo é crucial para o sucesso das organizações. *Cláudio Shimoyama é professor e economista. Atualmente, é diretor executivo do Instituto Datacenso.


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Como se relacionar com pessoas difíceis e obter resultados incríveis... *Por professor Menegatti Sabemos que o quadro de profissionais de uma empresa é bastante diversificado no que tange ao comportamento e personalidade das pessoas. Sabemos também que essas diferenças acabam dando um colorido todo especial e o tom do sucesso desta ou daquela equipe. O que determina se o relacionamento será bom ou ruim não será o tratamento recebido, mas a forma que você reage a ele. Há vários tipos de pessoas complicadas e é muito útil saber identificar os traços em comum e aprender a lidar de maneira eficaz. A seguir, selecionei alguns tipos de pessoas complicadas e apresento, após cada uma, uma dica pessoal de como lidar com elas e obter resultados incríveis.

1. Tanque de guerra Gente desse tipo tem tendência a intimidar os outros por causa da sua atitude: usam a força e o poder. Seu comportamento é agressivo, às vezes até hostil e não dá margem a diálogos.

Como lidar com elas? Quando surgirem problemas seja objetivo, pois elas não entendem muito o que é diplomacia. Infelizmente, causam mais estragos emocionais do que outros tipos de gente complicada, pois não sofrem muito. Além disso, essas pessoas que usam poder para intimidar podem contar com muitos aliados.

2. Mundo da Lua 62 | supermix 122

Vivem em seu universo próprio, não se entrosam. Essas pessoas não costumam reagir às técnicas normais de motivação.

Como lidar nesse caso? Não avalie sua liderança pela reação delas. Não as coloque numa posição de liderança. Elas não serão capazes de determinar o ritmo dos demais. Mas não considere a pessoa que vive no mundo da lua um caso perdido. Tente descobrir seu traço mais singular e procure desenvolvê-lo. Muitas pessoas com essa característica são brilhantes e criativas diante de uma oportunidade apropriada. Produzem mais quando estão sozinhas. Sendo assim, descubra qual a área de interesse e ofereça-lhes espaço para sonhar e criar.

3. Vulcão Um tipo explosivo e imprevisível de pessoa que costuma ser muito arredia, que provoca muita tensão e é difícil se sentir à vontade próximo dessas pessoas, pois nunca se sabe quando estão para explodir.

Como lidar com elas?


Chegando de mansinho, na base dos rodeios ou testando como está o humor dessas pessoas. Quando o vulcão está em erupção o segredo é manter a calma e puxar a pessoa de lado. Depois disso, deixe que ela desabafe. Não tente interromper, pois a pessoa não ouvirá o que você tem a dizer. Por fim, leve a pessoa a compreender a responsabilidade que tem sobre as coisas que diz e as pessoas que magoa.

que aquela atitude complica tudo. Ela precisa escolher entre ser mais positiva ou não. Se optar pela mudança de comportamento, será mais alegre. Se resolver ficar como está, a melhor coisa a fazer é afastar-se dela.

6. Aproveitador

Pessoas que manipulam as outras e evitam responsabilidades. Costumam usar a culpa para conseguirem o que desejam. Muitas vezes ado4. Melindroso tam uma fachada de “coitadinhos” para que as Pessoas com esse tipo de personalidade tendem pessoas se sintam em falta com elas e as ajudem. a se ofender sem mais nem menos. São cheios Como lidar com elas? de autopiedade e tentam comover os outros para Comece determinando os seus limites para que se compadeçam deles. Essa atitude é um ajudá-las, para que elas não acionem o mecanismecanismo de manipulação. Se as coisas não mo da culpa dentro de você para enfraquecê-lo. funcionam como eles querem, criam um ambi- Lembre-se: esse tipo de pessoa não se satisfaz ente pesado e opressivo. Na verdade, eles são quando você oferece a mão para ajudar. Se permuito habilidosos nisso e costumam usar o silên- mitir, querem o corpo inteiro. Exija responsabilidades. Caso contrário, você é que acaba levando cio para conseguirem o que desejam. Como lidar com elas? o peso todo nas costas, enquanto ele segue seu 1º) É fundamental alertar o melindroso de que caminho sem dificuldades. Não se sinta em dívia melancolia é uma questão de escolha. Muitas da com os aproveitadores. Na maioria das vezes, pessoas usam a melancolia para manipular os um simples e firme “não” é o melhor remédio. outros e assumir o controle. Raramente são melancólicas quando estão sozinhas; 2º) Não dedique muita atenção, principalmente Talvez você tenha reconhecido alguém que se se outras pessoas estiverem presentes, pois farão pareça com cada um desses tipos, ou então está de tudo para chamar a atenção. Às vezes é útil lidando com uma pessoa tão complicada que se mostrar aos melindrosos outras pessoas que en- encaixa em mais de um tipo. Há algumas regras frentam problemas de verdade. Talvez isso os gerais que você pode colocar em prática e que o ajude a ver a si mesmos de uma maneira dife- ajudarão a trabalhar de maneira eficaz com pesrente e, com isso, assumam uma atitude positiva. soas problemáticas, que são:

5. Estraga-prazeres São negativos o tempo todo. Acham tudo impossível e sempre encontram um problema em toda solução. Adoram contar e reprisar as ofensas que sofreram nas mãos dos outros. Elas afagam as próprias feridas e não fazem questão de se curar. O fato de haver coisas negativas na vida já é ruim, mas colecionar desgraça e andar por aí se lamuriando para que todos vejam, é doentio.

Como lidar neste caso? Com muito amor, mas com muita firmeza. Demonstre confiança nessa pessoa e explique

• Amar essas pessoas incondicionalmente; • Pedir a Deus sabedoria para trabalhar com elas; • Manter-se emocionalmente saudável; • Não colocar essas pessoas em posições de liderança com o objetivo de ajudá-las; • Ser honesto com Deus, consigo e com elas. • Sucesso!

*Professor Menegatti é conferencista em vendas, motivação, liderança e mudança. Conheça o novo site: www.menegatti.srv.br - (41) 3342.9562//9942.5150


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O FREGUÊS CONTINUA TENDO (E SENDO A) RAZÃO *Por Olegário Araújo A história da humanidade revela que vários obstáculos foram vencidos quando as nações e pessoas superaram suas diferenças e identificaram um mesmo propósito. Por outro lado, esta ciência que estuda eventos passados também nos ensina que a mobilização em torno de um objetivo comum só ocorre quando enfrentamos situações-limites, quando a sobrevivência fala mais alto e não visualizamos outras alternativas. No mundo varejista, não chegamos a esse extremo de uma maneira generalizada, mas a competição fica cada vez mais acirrada. Observa-se a redução da área de influência da(s) loja(s) e trava-se uma guerra concorrencial focada principalmente em preços, cuja conseqüência é uma batalha diária para manter a rentabilidade. O consumidor, cada vez mais exigente e com mais opções de produtos e locais de compra, lança o desafio diário de como manter a rentabilidade do negócio. Diante deste panorama, executivos varejistas reduzem custos, reforçam negociações e buscam reposicionar seus negócios para honrar o velho adágio: o freguês tem sempre razão! Sabemos que, por vezes, varejo e indústria têm interesses conflitantes. Não me cabe analisar quem está com a razão, mas, posso afirmar com segurança que é necessário encontrar-se um meio-termo. Este equilíbrio, que podemos denominar de Linguagem Comum, é o “shopper”. Ele é o objetivo comum de supermercadistas e fornecedores. É com base nele que as empresas precisam estabelecer uma relação de confiança e adotar atitudes, a ponto de romper com práticas do passado que não correspondem a um novo contexto e pensar em novos modelos. Será a construção conjunta de uma nova visão de relacionamento a responsável pelo estabelecimento 64 | supermix 122

de objetivos comuns. Romântico? Não! Uma questão de sobrevivência. Fácil? Também não! Exige esforço, dedicação e algumas concessões das partes envolvidas. Porém, não há alternativas no médio prazo e quem se antecipar terá uma boa vantagem frente aos concorrentes. Conhecer e adequar o sortimento ao perfil da rede varejista/bandeira reduzindo rupturas e tempo de retenção das carretas no trânsito das grandes cidades ou nos centros de distribuição no final do mês, por exemplo, são fatores que criam condições de oferecer um preço justo e uma experiência de compra que respeite as necessidades e, também, o escasso tempo dos consumidores. Experiências globais da Nielsen (http://br.nielsen.com) mostram que, quando varejistas e fornecedores decidem desenvolver


um trabalho comum, o primeiro obstáculo enfrentado é o fato das informações não estarem na mesma base. De todo o tempo dedicado para trabalhos em conjunto, mais da metade é destinado à organização e inserção das informações em uma base de comparação comum para as partes envolvidas.

A contribuição da Nielsen para a compreensão da dinâmica de mercado (“shopper” e varejo) e o estabelecimento de uma Linguagem Comum Neste contexto, cuja base é a organização da informação, contar com a participação de uma empresa especializada neste tipo de serviço permite a redução drástica do tempo demandado em tarefas burocráticas. Quem é o seu público alvo? Quem é o “shopper” de determinada rede varejista ou bandeira? Onde ele faz as compras, qual é a loja de sua preferência e quais poderiam ser classificadas como parte de um repertório? Como e quando o “shopper” compra? Quais atributos são mais valorizados por ele em cada marca varejista? Essas indagações são exemplos de perguntas-chave para entender e atingir o público-alvo e se posicionar no mercado. Qual a dinâmica do varejo? Compreender o cenário implica no conhecimento da dinâmica varejista, ou seja, ter na ponta do lápis – ou do teclado – dados fiéis sobre o desempenho dos canais, das categorias, dos fornecedores, das marcas, dos itens dos preços, etc. Por si só, estas informações trazem uma boa fotografia sobre o negócio, permitem a elaboração de estratégias e tomadas de decisões mais certeiras.

Compreender é uma parte importante, mas é a execução que define que tipo de resultado se terá. Além dos indicadores do “shopper” e do varejo, torna-se fundamental a utilização de ferramentas para a gestão da categoria no ponto-de-venda, o que inclui a construção da árvore de decisão, identificação de marcas e itens que incrementem vendas nas categorias. Além disto, é fundamental ter um processo, como um layout de gôndola, por exemplo, que garanta a integridade do planograma a ser adotado. Também é fundamental contar com ferramentas que permitam a análise financeira da categoria na prateleira, considerando as variáveis como custos, quantidade e giro de estoque, evitando a super ou subestocagem que, além de gerarem comprometimento do capital de giro e ruptura, respectivamente, ocasionam perdas nas vendas e insatisfação do “shopper”.

A adoção de um processo que contemple a percepção do “shopper” e a execução da estratégia no ponto-de-venda permitirá a criação de ações diferenciadas e assertivas. Há conhecimentos únicos nos dois lados e a atuação conjunta criará condições necessárias para a construção de um futuro mais próspero para todos os elos da cadeia. Sabemos que as mudanças de cultura costumam ser motivadas por fatores externos (e, geralmente, periclitantes), mas, ainda que a situação atual não seja extrema, o futuro se mostra cada vez menos promissor para os que não compartilham conhecimento e boas práticas. Pense nisso! *Olegário Araújo é gerente de Atendimento ao Varejo da Nielsen – empresa global de informações e mídia com posições de liderança na indústria de informações de mercado e consumidor. Maio - Junho 2009


Espaço Apras Londrina vai receber a 14ª edição da Super Norte O Centro de Exposições e Eventos de Londrina vai receber, nos dias 12, 13 e 14 de julho de 2009, a 14ª edição da SuperNorte. A feira, realizada anualmente pela Apras – Associação Paranaense de Supermercados – por meio da Regional Londrina, visa aproximar fornecedores e, principalmente, os pequenos e médios supermercadistas que, por falta de tempo, não podem participar de uma feira estadual. No ano passado, a feira reuniu 90 expositores, 10% a mais que em 2007. O número de visitantes superou as expectativas e atingiu a marca de 6,8 mil pessoas nos três dias do evento. A previsão, que era de fechar R$ 51 milhões em negócios, superou a marca dos R$ 55 milhões. Para o novo presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta, o objetivo este ano é ampliar a atuação da entidade no interior do Estado. “Vamos trabalhar para que nossas feiras regionais cresçam cada vez mais”. Em 2009, as projeções apontam um crescimento de 5% em relação ao número de expositores e visitantes. O evento também vai contar com uma programação de palestras aos empresários do setor. No dia 13 de julho (segunda-feira), às 14h00, o professor Eduardo Terra vai apresentar as “Técnicas de negociação para o Varejo Supermercadista”, e no dia 14 (terça-feira) também às 14h00, Alfredo Rocha vai abordar a importância de um trabalho inovador e líder para atingir metas e melhorar resultados com a palestra “Liderança e Gestão da Inovação”.

Responsabilidade Social E, para consolidar a preocupação do setor com a comunidade, o Apras Mulher – braço de responsabilidade social da Apras – em parceria com os expositores vai promover por mais um ano a doação das vitrines de feira para entidades beneficentes da região. Em 2008, o projeto ar66 | supermix 122

recadou inúmeras unidades de alimentos, material de higiene e limpeza

14ª SuperNorte – Convenção Regional de Supermercados Local: Centro de Exposições e Eventos de Londrina (Rod. Mábio Gonçalves Palhano, 3333) Data: 12, 13 e 14 de julho de 2009

Datacenso avalia satisfação de expositores e visitantes na Mercosuper

Com o objetivo de verificar o grau de satisfação e avaliar as expectativas dos participantes em relação à 28ª edição da Mercosuper, o Datacenso – Instituto de Pesquisas realizou no período de 19 a 21 de abril uma pesquisa e ouviu, no total, 191 pessoas sendo 86 visitantes e 95 expositores. Segundo os dados apresentados, o grau de expectativa com relação à feira continua sendo alto. O ano de 2009 apresentou o maior índice de satisfação dos últimos três anos. Oitenta e cinco por cento dos expositores entrevistados considera que a evolução da Mercosuper contribui para melhorar os negócios e a grande maioria afirmou que participaria da próxima edição porque a feira tem gerado inúmeras oportunidades de abranger mais negócios. Entre os visitantes, este ano teve o maior índice comparado com anos anteriores. O grau de satisfação alcançou 96,5%. Outro aspecto muito positivo apresentado pelos visitantes foi o de satisfação com as palestras. Em relação a 2008, houve um aumento de 35% na participação das palestras, com excelente índice de satisfação. A grande maioria, 94,2% dos entrevistados, afirmou que participaria da próxima edição da feira. O atendimento nos estandes, as explicações e a paciência dos expositores juntamente com a variedade dos produtos expostos foram os fatores que mais agradaram aos visitantes.


Jantar do Fornecedor na Regional Pato Branco A Regional Pato Branco promoveu no dia 28 de abril o ‘Jantar do Fornecedor’. O evento foi patrocinado pela Distribuidora de Alimentos Diva – distribuidora Sadia para o Sudoeste. Na oportunidade, houve a degustação dos produtos da Sadia e sorteio de inúmeros brindes. O diretor, Jair Rotta, enfatizou em seu discurso que pretende dar oportunidades às pessoas. “Pretendemos obter maior sucesso na distribuição e comercialização dos nossos produtos e serviços. Vamos efetuar um trabalho constante de merchandising. Queremos formar um conjunto de técnicas responsáveis pela informação e apresentação destacada dos produtos no ponto de venda, de tal maneira que acelere sua rotatividade”, conclui.


Espaço Iespar Curso de Atendimento ao Cliente Lond- Cursos e Palestras de Atualização ICMS rina e Telêmaco Borba - PR (Regional Guarapuava e Cascavel) Nos dias 13 e 14 de abril, em Londrina, e nos dias 11 e 12 de maio, em Telêmaco Borba, o professor do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados – e também consultor na Área Varejista, Nelson Guimarães, ministrou o curso de “Atendimento ao Cliente”. Já passou o tempo em que bastava fazer um produto ou serviço e colocá-lo no mercado para que os clientes aparecessem. De uma concepção baseada no produto, passou-se a uma orientação com foco nos clientes. Saber o que eles querem a qualquer hora, quais as suas preferências e os seus gostos são questões fundamentais para qualquer administrador. Atender bem ao cliente não é mais simplesmente recepcioná-lo dentro do estabelecimento, não é mais ser cordial ao telefone, ou responder de imediato o seu e-mail. Atender bem ao cliente é poder antecipar-se às suas necessidades e, com o objetivo de atender cada vez melhor, os empresários supermercadistas têm investido em treinar seus colaboradores por meio do Iespar. Nesses cursos, foram treinados 100 colaboradores de supermercados associados à Apras – Associação Paranaense de Supermercados.

Conclusão de mais uma turma do Curso de Formação Gerencial no Varejo No dia 12 de maio, na sede da Apras em Curitiba, a 19º turma concluiu o curso de “Formação Gerencial no Varejo do Paraná”. Participaram do curso 20 colaboradores de vários supermercados de Curitiba e região, num período equivalente a oito meses de aula.

No dia 17 de abril de 2009, na Regional Guarapuava, foi realizado o curso “Atualização ICMS – Paraná”. A aula foi ministrada na cidade de Laranjeiras do Sul pelo senhor Alberi Daubermann, contador na Área de Varejo e professor do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados. A Regional Apras – Cascavel também contou com o auxílio do professor Alberi na cidade de Medianeira, onde ministrou a palestra para empresários e suas equipes de trabalho com o tema: “Impactos do momento econômico e a busca de alternativas para o setor supermercadista”.

Como se constitui uma Central de Compras Este tem sido um tema de grande interesse dos empresários supermercadistas e, com o auxílio do professor Carlos Fin, os associados da Apras – Regional Guarapuava puderam tirar suas dúvidas no fórum do dia 28 de abril de 2009.

Recursos Humanos Nas últimas duas semanas de maio, empresários e profissionais do setor de Recursos Humanos dos supermercados de Curitiba e do litoral paranaense puderam participar do curso “Introdução a RH”, que tem como objetivo auxiliar os empresários na constituição do setor de RH em suas empresas. Visto o interesse do assunto pelo setor supermercadista, foi requisitado um segundo módulo, que já está sendo elaborado.

Acompanhe a programação completa dos cursos no site: www.apras.org.br/iespar Informações pelo (41) 3362-1212 68 | supermix 122


Apras Mulher arrecada inúmeras doações na Mercosuper A Mercosuper 2009, dentro do tema proposto “Negócio Responsável”, arrecadou cerca de duas toneladas de alimentos e mais de cinco mil itens de produtos de higiene e limpeza, além de dois vales-compra, com produtos da Mili, no valor de 500 reais cada, que foram doados ao Hospital Pequeno Príncipe e Asilo São Vicente de Paulo. O Asilo Socorro aos Necessitados recebeu ainda no dia 21 de abril 30 quilos de risoto. Em nome de todos os colaboradores que, de alguma forma, contribuem com o Apras Mulher, agradecemos aos expositores que se engajaram nesta luta. Convidamos à todas as mulheres para participarem ativamente do projeto, que no ano de 2009 irá desenvolver várias ações voltadas a qualificação profissional, palestras educativas e parcerias com outras instituições.

Serviços: Os interessados em fazer doações podem procurar as instituições pelos contatos:

Hospital Pequeno Príncipe (41) 3310-1215

Asilo São Vicente de Paulo (41) 3313-5353


Plataforma Nova embalagem de 1kg de maionese Hellmann’s Praticidade e inovação marcam a novidade da Unilever que chega ao mercado. A nova embalagem de um quilo da Hellmann’s foi lançada para atender àqueles que utilizam pouca quantidade de maionese. Por ser rígida, facilitando seu manuseio, a nova embalagem oferece diferentes aplicações na cozinha profissional. Possui três opções de corte para abertura que permitem dosar a quantidade e também possibilita a permanência de até três dias fora da geladeira, sem interferir na segurança do produto. “A Hellmann’s – 1kg permite ao operador adquirir o produto com menor desembolso, evita desperdício e simplifica a armazenagem, já que a embalagem fica em pé”, explica a diretora de marketing da Unilever Foodsolutions, Ana Paula Guelli. A novidade pode ser encontrada em distribuidores e atacadistas.

ga para atender aos anseios da dona de casa. A partir de agora, as consumidoras que utilizam tanquinho (57%) terão um produto específico para as suas necessidades. O principal diferencial do produto é permitir três lavagens perfeitas utilizando a mesma água. De acordo com Prya Patel, diretora de marketing da área de Higiene e Limpeza da Unilever, este é um dos principais lançamentos do ano da marca. Ao todo, foram investidos R$14 milhões neste lançamento. Omo Multiação Tanquinho também será comercializado em embalagens de 1kg e 500g, além de ter o mesmo perfume e preço de Omo Multiação Active Clean.

Nestlé apresenta novos produtos na Apas 2009

Unilever lança produto inédito para tanquinho A Unilever lança no mercado brasileiro o Omo Multiação Tanquinho, produto inédito que che70 | supermix 122

O Suflair, único chocolate aerado do mercado brasileiro, e reconhecido pelo consumidor pela sensação única de leveza que provoca no paladar, ganha duas novas versões: Suflair Duo e Suflair Sense. O Suflair Duo é um tablete para consumo familiar, com 130 gramas, que combina o chocolate ao leite aerado com uma cobertura de chocolate branco. Já o Suflair Sense chega em embalagem para consumo individual, de 38 gramas, e oferece o chocolate ao leite aerado com um recheio cremoso com o mesmo sabor de Suflair.


Biscoitos Recheados Renata Descolados

Rexona une tecnologia e proteção em novo antitranspirante A marca líder no mercado brasileiro de antitranspirantes traz para as prateleiras Rexona Naturals, desenvolvido para mulheres que buscam produtos com ingredientes naturais. A marca une tecnologia exclusiva, elementos extraídos da natureza e toda a proteção característica de Rexona. A fórmula trabalha em sincronia com a resposta natural do organismo quando ele transpira, proporcionando proteção contra sudorese e odor. A linha oferece duas variantes, Organics e Balance, será comercializada em todo Brasil e está disponível nas versões aerossol, 175ml, e roll-on, 50ml.

A Selmi lança produtos superpoderosos para aplacar a fome de crianças de todas as idades: os biscoitos recheados Renata descolados. Ben 10 e as Meninas Superpoderosas formam uma liga para lá de radical para levar sabor, vitaminas e diversão aos novos biscoitos do Grupo Selmi. Nos sabores chocolate e morango, os biscoitos são fonte de vitaminas, cálcio e são livres de gordura trans. A novidade chega com uma qualidade a mais: a embalagem flow pack garante que o produto fique crocante por muito mais tempo, evitando a oxidação e o envelhecimento, gerando maior segurança e higiene alimentar. Os biscoitos recheados serão comercializados em pacotes individuais com embalagens de 145g.

Selmi lança Superiore Azeite Extra Virgem Toda a qualidade e tradição da Selmi podem ser encontradas em sua grande novidade: o Renata Superiore Azeite Extra Virgem. Elaborado com azeitonas selecionadas da região da Toscana, na Itália, esse azeite de oliva extravirgem é extraído a partir de um processo de prensagem a frio e apresenta acidez máxima de 0,5%. É mais um produto da Selmi que confere sabor e requinte à mesa. Apresenta duas versões de embalagem 500ml: em vidro ou alumínio, de design inovador, importadas da Itália. Maio - Junho 2009


Plataforma Para ampliar seu mix de produtos, a Empalux lança no mercado a Lâmpada Fluorescente Super Compacta. Com seu tamanho reduzido, proporciona 80% de economia e dura até seis vezes mais em relação as incandescentes comuns, sem perder sua eficiência. Disponíveis nas potências 5, 7, 9 e 11W nas cores amarela ou branca e nas tensões 127 e 220 V. Ideal para encaixar em luminárias pequenas, sendo muito utilizadas em arandelas, spots, etc.

H2O Cosméticos lança linha masculina

Empalux amplia seu mix de produtos

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A H2O Cosméticos lança na Apas 2009 a sua nova linha de produtos para homens. O lançamento teve a presença marcante da ex-bbb Priscila Pires, eleita pela equipe com 100% de beleza, simpatia e carisma. OS produtos foram desenvolvidos exclusivamente para atender às necessidades do homem brasileiro. A nova linha contém shampoo refrescante (sem sal) de uso diário, gel para cabelos, gel pós barba e desodorante rollon. A H2O Evolution prioriza a fabricação de produtos naturais, sem testá-los em animais. Suas formulações contêm ativos naturais e sem adição de sal.


Vitral Estúdio de Design desenvolve embalagens para o grupo Zadville O personagem Scooby-Doo é o tema principal das embalagens do cereal matinal lançado recentemente pelo Grupo Zadville. Sua imagem foi explorada nas faces frontais da embalagem e cada sabor conta a história de um caso extraído dos episódios da série na televisão. O complemento que faz o diferencial da embalagem é a interatividade com o consumidor: a parte de dentro da caixa tem duas máscaras que a criança pode recortar e ainda colorir.

Sonho de Valsa inova no mercado de bombons

Marca ‘Neutrox’ lança linha de hidratação espetacular

Chega aos pontos de venda o primeiro bombom com dois recheios do mercado: Sonho de Valsa Avelã com Creme Branco. O chocolate chega para fortalecer ainda mais a liderança da marca que já completa 71 anos de história. “Nossa expectativa é que o sabor e a combinação inédita de dois recheios desse bombom atraiam ainda mais consumidores para a marca Sonho de Valsa”, afirma o diretor de marketing de chocolates da Kraft Foods Brasil, Eduardo Nigro. Sonho de Valsa Avelã com Creme Branco vai custar R$0,60 a unidade e será vendido em todo o país.

A nova linha da marca Neutrox – Hidratação Espetacular – chega ao mercado para dar vida nova aos cabelos e restaurar os fios danificados e quimicamente tratados. Em todo o Brasil, já estão disponíveis o Shampoo, Condicionador Concentrado, Creme para Pentear e Creme de Tratamento, todos com 0% de sal – que proporciona mais hidratação com menos química, evitando o ressecamento e conferindo ainda mais brilho aos cabelos. A linha Hidratação Espetacular traz em sua composição a mesma qualidade e tradição da marca Neutrox, mas com novas fragrâncias ainda mais sofisticadas e concentradas. Maio - Junho 2009





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