Supermix Edição 126

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sumário DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2009/2012

24 Marketing Empresas devem investir para manter suas marcas entre as mais lembradas

matéria de capa

31 Economia Ano Novo chega com otimismo para o setor supermercadista

18 Responsabilidade Social - Desrespeito às vagas especiais pode resultar em punição aos motoristas

14 Boas Práticas Verão exige maior cuidado na conservação dos alimentos

05 Palavra do Presidente 06 Editorial 08 News 16 Perfil 20 E-commerce

23 Jurídico 28 Calendário 37 Artigos 45 Espaço Iespar 50 Plataforma

Presidente Pedro Joanir Zonta (Condor Supermercados) Primeiro Vice-Presidente Luiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.) Vice-Presidente Financeiro Daniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA) Vice-Presidente de Patrimônio João Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta) Vice-Presidente de Capacitação Mauricio Bendixen da Silva (A. Angeloni & Cia LTDA.) Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA) Vice-Presidente Segurança Luiz Alberto Leão (Condor Supermercados) Vice-Presidente Eventos Everton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.) Vice-Presidente Expansão Alceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA) Vice-Presidente de Segurança Alimentar Nelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli) Vice-Presidente Relações Sindicais Ademar Vedoato (Supermercados Viscardi) Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal) Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA) Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.) Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA) Vice -Presidente Adjunto Cezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Rodolfo Pankratz Haroldo Antunes Deschk Dercio Domingos de Costa Conselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos Edson Zamprogna Claudia Maria Dalmora Presidente Regional Sul - Ponta Grossa Sergio Jasinski (Supermercado Jasinski) Presidente Regional Norte - Londrina Valdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Presidente Regional Oeste - Cascavel Luciano Fabian (Supermercado Fabian) Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco Vinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA) Presidente Regional Noroeste - Maringá Roberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci) Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho Luiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes) Presidente Regional - Curitiba Irineu Ferrari (Ferrari & Cia LTDA) Presidente Regional - Irati Paulo César Ivasko (Supermercado Ivasko) Presidente Regional - Guarapuava Daniel V. Hyczy (Supermercado Superpão) Conselho Permanente Everton Muffato Pedro Joanir Zonta Ruy Senff Sidney Schnekemberg Eduardo Antonio Dalmora Romildo Ernesto Conte Roberto Demeterco Superintendente Valmor Antônio Rovaris Diretor Comercial Walde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato Diretor Comercial Walde Renato Prochmann Jornalista Camila Manssour Tremea Redação Fabio Pinheiro Departamento Comercial Patrícia Bernardi e Rosicléia Jonas Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 E-mail: supermix@apras.org.br Diagramação Samuel Rodrigues Revisão Paulo Roberto Maciel Santos Fotos Alex Santos Pré-Impressão (CtP) e Impressão Maxi Gráfica e Editora Ltda. Tiragem 13.000 exemplares Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix pertence ao patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e é o seu órgão oficial de divulgação. Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80050-040 Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR apras@apras.org.br / www.apras.org.br Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados.


Caro leitor, dos consumidores, com os incentivos as indústrias aumentaram suas atividades, os investimentos externos retornaram, as exportações voltaram aos seus volumes anteriores, o dólar e as taxas de juros reduziram nesse período. Assim ao chegarmos ao final do ano, e constatamos que os nossos resultados foram bons. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o setor supermercadista registrou um crescimento real de vendas de 5,57%. Ao iniciarmos 2010, nossas expectativas são excelentes, pois a economia, o crédito e o consumo tendem a crescer, enquanto o dólar e o desemprego devem baixar. Não podemos esquecer também que o Governo Federal autorizou o aumento do salário mínimo e dos aposentados de R$ 465,00 para R$ 510,00 - o que significa injetar no mercado econômico e de consumo bilhões de reais. Com o aquecimento dos salários e a redução das taxas de desemprego, há uma boa projeção para o aumento nas vendas no período que antecede a Páscoa, que este ano vem antecipada no dia 04 de abril. Além de o setor estar otimista para este ano, a Apras – Associação Paranaense de Supermercados vai trazer muitas novidades para o leitor associado. Nossos cursos e treinamen-

tos devem ganhar reforço a partir de março, com o lançamento de novos programas e parcerias que deverão fazer do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados, uma referência no ensino do varejo no Sul do país. Na próxima edição, a revista Supermix vem de cara nova, com muito mais conteúdo e mais atraente para aqueles que querem aproveitar o espaço para vender seus serviços e produtos. Os comitês devem conquistar mais espaço no interior do Estado, com reuniões freqüentes e profissionais qualificados como convidados. E as feiras já estão com ótimas perspectivas para este ano. Vocês não podem deixar de participar da Mercosuper, em Curitiba, da Supernorte, em Londrina e da Superoeste, em Cascavel. Além do mais, convido o colega leitor para estar atuando sempre junto a Apras para conquistarmos cada vez mais representatividade junto aos órgãos públicos.

Palavra do presidente

Pedro Joanir Zonta Presidente da Apras

Quando chegamos ao final de 2008 e início de 2009, as incertezas eram grandes: o que iríamos enfrentar em razão da crise que se originou nos Estados Unidos. Era uma crise puramente financeira, mas que afetou toda a economia americana, principalmente, a bolsa de valores, o valor do dólar e o mercado imobiliário. Rapidamente, ela se espalhou pelo mundo, afetando países desenvolvidos da Europa, o Japão e a China. No Brasil, não foi diferente: ela chegou rápido, derrubou as bolsas de valores, reduziu as exportações e a entrada de dólares no mercado econômico brasileiro, consequentemente, aumentou o valor da moeda americana e o índice de desemprego, diminuiu as atividades industriais e o volume de crédito para os consumidores. Assim, a economia ficou num momento de espera e grandes incertezas. A partir do final do primeiro trimestre de 2009, momento em que a economia do Brasil começou a apresentar um pequeno crescimento, em razão de vários incentivos criados pelos Governos Federais, Estaduais e pelo Banco Central, podemos constatar que efetivamente que foi a partir do segundo semestre que o desemprego reduziu novamente, aumentando assim a confiança


Editorial

Caro Leitor A livre concorrência existe, não se pode negar. No entanto, permanecer na lembrança dos consumidores como o concorrente mais lembrado não tem sido tarefa fácil para as empresas. Por isso, a edição 126 da Revista Supermix está imperdível. Com o tema de capa “Quanto vale a sua marca?”, vamos saber o que alguns especialistas em marketing dizem sobre a importância de atender melhor às necessidades dos consumidores do que a concorrência. Nas demais páginas da revista, o leitor poderá acompanhar também quais são as expectativas para o comércio, a indústria e o varejo em 2010 pela análise de alguns presidentes de federações e associações de classe. O ano de e-commerce: o número de consumidores virtuais no Brasil já alcança a marca dos 17 milhões e como os supermercadistas têm se adaptado a essa nova tendência. Apesar das freqüentes chuvas, quais devem ser os cuidados no armazenamento de alimentos perecíveis nas lojas de supermercados. E, é claro, além de toda gama de conteúdo desta primeira edição de 2010, nossa equipe também está desenvolvendo estratégias para vencer a concorrência. Prezado leitor, prepare-se para a edição março-abril da Revista Supermix, que vai estar de cara nova e muito mais robusta. Inovadora não apenas na aparência, mas também em conteúdo. Boa leitura!

Camila Manssour Tremea Coordenadora de Comunicação

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News

Comercial bom nem sempre gera vendas

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m grande comercial não significa automaticamente a compra de um produto. É o que comprova uma pesquisa realizada nos Estados Unidos que descobriu que metade dos consumidores não se inspira a fazer compras em uma rede varejista que tenha feito o comercial que eles mais gostaram. Dos entrevistados, 17% afirmaram que o comercial favorito as incitou a fazer compras naquele lugar, enquanto 50% disseram que não. Um terço disse ainda que o comercial favorito não causou impacto porque eles já compravam em determinada rede. Quando

questionados pela Associação de Marketing de Varejo sobre qual era o comercial favorito para o fim de ano, 26% responderam o Walmart. Nos últimos três anos, os filmes favoritos eram os da rede Target, que neste ano ficou só com 16%. A empresa causou polêmica por causa de um comercial que colocava em dúvida a existência do Papai Noel. Na esfera digital, o Walmart também lidera com a melhor campanha, com 20% da preferência dos consumidores. Pouco atrás, com 18%, está a Amazon. Da mesma forma, as ações online tiveram dificul-

dades para gerar compras, já que somente 22% afirmam que a promoção na internet os convenceu a ir à loja e comprar. O estudo descobriu também que no fim de ano a cuponagem surge como mídia mais influente, com 45% das citações dos clientes. O boca-a-boca ficou em segundo, com 27%, seguido por encartes em jornais e revistas, com 27% também, televisão com 23% e jornais com 22%. Fonte: www.mmonline.com.br

Super Muffato inaugura mais duas lojas no Paraná

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rede de supermercados Super Muffato inaugurou, em dezembro de 2009, mais duas lojas: um supermercado em Foz do Iguaçu, anexo ao Cataratas JL Shopping e um

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hipermercado na região leste de Londrina. A loja de Foz do Iguaçu marca o quinto empreendimento do grupo na cidade. Um supermercado completo com

grande variedade de produtos em todos os departamentos. A obra, com cinco mil metros quadrados de área construída, está gerando na região 200 novos empregos diretos e mais


100 indiretos. “O shopping center é um local que oferece comodidade para toda a família, as pessoas vão poder fazer as compras e aproveitar o espaço que oferece vários serviços e lazer, atendendo assim as necessidades dos nossos consumidores”, afirma Ederson Muffato, diretor do Super Muffato. O grupo emprega mais de mil colaboradores em Foz do Iguaçu e, com essa nova filial, a rede se torna o maior empregador privado da cidade, chegando a sete mil funcionários, sem contar com os colaboradores indiretos. “É nosso compromisso investir no estado e valorizar nossa população”, diz Ederson.

Já a cidade de Londrina ganhou um hipermercado de novíssima geração com 13 mil metros quadrados de área construída. Uma obra com arquitetura moderna seguindo os padrões de qualidade Super Muffato. Esta é uma loja de conceito sustentável: o gás usado no sistema de refrigeração não contamina a camada de ozônio e a planta térmica reduz o uso de energia elétrica em até 30%. Assim como Foz do Iguaçu, o empreendimento contribui diretamente na geração de empregos, acompanhando o crescimento do município. Ao todo, o grupo conta com três mil colaboradores só na região

de Londrina. A modernidade no autosserviço é o cartão de visita da nova loja. “Trouxemos para a filial o que há de mais completo e avançado em autosserviço no mundo. Esse será um espaço que vai proporcionar comodidade e bem estar aos nossos clientes, passando a fazer parte do dia-a-dia da população da região”, afirma Everton Muffato, diretor do grupo Super Muffato. As novas lojas completam a 34ª unidade da empresa que está presente em 11 cidades do Paraná e em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Fonte: Da Assessoria


News

Ninfa Alimentos inaugura indústria de massas

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ambém no mês de dezembro de 2009, a Ninfa Alimentos celebrou a inauguração das instalações da nova unidade de massa seca e macarrão instantâneo. Um momento importante não apenas para a Ninfa, mas também para Medianeira e região, já que impulsionará a economia do Estado através da expansão de mercados.

Com equipamentos de última geração fabricados no Brasil, mas com tecnologia italiana, a nova unidade faz da Ninfa a indústria de massa seca mais moderna do país. Com três linhas de produção, sua capacidade atinge 7 mil kg/hora, o que corresponde a cinco carretas cheias de massa por dia, e 150 por mês. A festa de inau-

guração fez parte também das festividades de comemoração aos 30 anos da empresa e foi realizada para enfatizar o comprometimento da Ninfa Alimentos em investir na capacitação de seus profissionais, ampliação do pólo industrial e aquisição de equipamentos com tecnologia de ponta. Fonte: Da Assessoria

Café Lontrinha é eleita marca preferência do paranaense segundo Ibope

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ano de 2009 foi de grandes conquistas para o Café Lontrinha, que em 2008 havia comemorado 50 anos e viu suas vendas crescerem como resultado do trabalho de distribuição, relacionamento estreito com os lojistas e de ações promocionais no ponto de venda. Essa notoriedade pôde ser constatada em várias pesquisas e premiações no decorrer do ano, a primeira delas, tendo a empresa como finalista do prêmio Top de Categoria, sendo um dos melhores fornecedores segundo a Apras – Associação Paranaense de Supermercados. Recentemente, recebeu a medalha de prata como marca de preferência entre os consumidores do Centro-Sul do Paraná – que engloba Região 10 | supermix 126

Metropolitana de Curitiba, litoral, Campos Gerais, Guarapuava e região –, prêmio concedido pelo projeto Impar da Rede Independência de Comunicação em parceria com o Ibope. Segundo Lúcio Pereira de Oliveira, estes foram os resultados de um trabalho que começou em 1958 e que culminou nos últimos anos com o forte trabalho de marketing realizado. Além disso, foram feitos também investimentos de

melhoria no processo de fabricação: a torra, que agora utiliza gás natural como combustível, é feita com uma redução drástica da emissão de poluentes, melhorando a qualidade do café, já que elimina os resíduos da queima que antes era feita com querosene. Para 2010, o Café Lontrinha está planejando várias ações, todas com o objetivo de melhorar ainda mais os resultados. Fonte: Da Assessoria


RP Informática recebe o prêmio “Partnership Award 2009”

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empresa Seiko Epson realizou no México o evento “Epson Estrategic Partners Conference – Partnership Award 2009”. O evento anual reúne seus maiores parceiros de países como: México, Costa Rica, Peru, Chile. Colômbia, Venezuela, Brasil e Argentina. A empresa RP Informática Ltda., representando o Brasil, recebeu o prêmio de “Melhor Parceira de Negócios” pelo fato de seus sistemas serem consid-

erados de grande qualidade e também pelo número expressivo de licenças instaladas em supermercados com impressoras Epson. Segundo Gilberto Dutra, diretor comercial que recebeu o prêmio das mãos do presidente da Epson América, John Lang, o prêmio representa o reconhecimento do trabalho em equipe realizado na empresa, colocando-a em destaque no cenário internacional. Fonte: Da Assessoria

Pesquisa mostra que baixa renda não tem o hábito de consumir marcas conhecidas

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ma pesquisa inédita da Associação Comercial de São Paulo apontou que 50,2% dos entrevistados não se preocupam em consumir marcas conhecidas. Dentre as classes sociais, os consumidores A e B são os mais preocupados em consumir marcas conhecidas (40%). A superintendente de Marketing da Associação, Sandra Turchi, acrescenta que as classes D e E apresentam a percepção inversa, com 21% preocupados em obter produtos de marcas conhecidas. “O consumidor da baixa renda está em busca de custo-benefício,

o que reflete em procurar nas marcas mais baratas aquilo que ele geralmente encontra nas mais caras. Entretanto, vale salientar que esse público apresenta uma fidelidade maior às marcas que consome”, aponta a especialista. Sandra acrescenta que, dentro da amostragem de 800 pessoas, 82,8% dos entrevistados concordam que marcas com melhor qualidade são mais caras. Ainda segundo dados da Associação Comercial de São Paulo, a média diária de consultas das vendas a crédito na primeira quinzena de novembro cresceu 2% sobre igual período em

outubro passado. As consultas ao SCPC/Cheque (vendas à vista) cresceram 3,2% na quinzena (comparado com igual período no mês anterior), e os registros de inadimplência, na primeira quinzena de novembro, caíram 12,6% em comparação igual período em 2008. “Além da percepção das marcas, também constatamos que o volume de crédito no país está retomando. Isso mostra que ciclo de compras e a percepção estão melhorando gradativamente”, explica. Fonte: Tamer Comunicação Empresarial


News

Dois tradicionais supermercados do Paraná celebram memorando de entendimentos para futura aliança

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s redes de supermercados Cidade Canção e São Francisco, de Maringá, anunciaram em janeiro uma aliança que tem como meta posicionar o grupo entre as 25 maiores empresas do país no setor. Ambos os supermercados têm mais de 30 anos de tradição no mercado, somando 28 lojas e mais de três mil colaboradores, atuando em dois estados e onze cidades. A empresa contratada para conduzir o processo foi a PricewaterhouseCoopers, uma consultoria de renome internacional e que está entre as

quatro maiores do mundo. Ela irá assessorar os controladores nas análises em profundidade que definirão o formato de uma aliança estratégica. Os princípios adotados para este processo já foram definidos: a gestão será compartilhada entre as duas empresas de maneira idêntica; a sinergia alcançada criará a musculatura necessária para que o grupo se posicione entre as 25 maiores empresas do país no setor; a expansão do grupo será acelerada e trará um conseqüente aumento no número dos postos de trabalho. Durante a coletiva de imp-

rensa realizada para anunciar a aliança, uma das questões ressaltadas foi a dos ganhos que se traduzirão em benefícios para todos os setores da comunidade, tendo em vista a geração de empregos, renda e de riquezas que circularão na cidade e região. Na coletiva, os diretores das duas redes ressaltaram que durante o processo de análise que será conduzido pela PricewaterhouseCoopers nada mudará na rotina das empresas. Fonte: RG Comunicação

FEMSA fecha intercâmbio estratégico por participação na Heineken

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FEMSA, maior companhia de bebidas da América Latina, comunicou ainda no mês de janeiro que seu Conselho de Administração aprovou de forma unânime um acordo definitivo para a realização de operação estratégica com a Heineken, ao transformar as operações da companhia em uma participação econômica de 20% de Heineken, uma das cervejeiras líderes mundiais. 12 | supermix 126

Espera-se que as ações atribuídas sejam adquiridas pela Heineken no mercado secundário e que sejam entregues à FEMSA durante um período que não exceda cinco anos. A Heineken também assumirá US$ 2,1 bilhões de dívidas. A transação total está avaliada em aproximadamente US$ 7,3 bilhões. José Antonio Fernández Carbajal, diretor-geral de FEMSA fará parte do Conselho

de Administração de Heineken como vice-presidente. “Ficamos entusiasmados com esta transação, que transforma as operações da FEMSA em uma parte integral da plataforma mundial e de grande liderança de Heineken. Ela representa a oportunidade mais atrativa para transformar nosso ativo cervejeiro, nos permitindo perceber o valor que temos construído ao longo da última década. A


transação nos permite oferecer aos nossos acionistas a oportunidade de participar na criação do valor que esperamos que seja gerado ao integrar ambas. Ao mesmo tempo, aumenta a flexibilidade operacional e financeira da FEMSA, nos permitindo focar nossa atenção e recursos nas oportunidades de crescimento”, comentou Fernández. Jean-François Van Boxmeer, presidente do Conselho de Administração de Heineken, diz que este é um acontecimento muito relevante e significativo

para a Heineken. “Transforma nosso futuro nas Américas e marca uma nova etapa nesta sólida parceria. Mediante esta operação, nos transformamos em um jogador muito mais forte e competitivo na América Latina, um dos mercados cervejeiros mais rentáveis e de maior crescimento no mundo. A transação fortalece consideravelmente nossa posição dentro do mercado global de cervejas, expande nosso portfólio de marcas internacionais líderes, e reforça nossa posição de liderança no mercado de cervejas

importadas nos Estados Unidos. Acredito que esta transação gerará considerável valor para os acionistas de ambas as empresas no futuro. Fico feliz em dar as boas-vindas a todos os novos e talentosos colegas da FEMSA Cerveja. Tenho certeza que nos beneficiaremos de suas habilidades, experiência e idéias”, afirma o executivo. Fonte: S2 Comunicação Integrada

Venda sazonal para o verão explode nas redes

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onsiderado recorde por alguns varejistas e com uma alta de 35%, em média, nas vendas de produtos sazonais para o verão deste ano, redes como Grupo Pão de Açúcar, Walmart Brasil e Carrefour comemoram o desempenho do período, ante a projeção anterior de crescimento de 20% nas vendas em relação à igual época do ano passado. Para a diretora comercial do Walmart, Sandra Haddad, o resultado da comercialização dos produtos da categoria foi surpreendente, e pode obrigar a empresa a fazer novos pedidos junto aos fornecedores antes do fim da estação, que vai até março. “Se as vendas continuarem do jeito que estão tere-

mos recorde, neste ano”, conta. Segundo a rede o destaque vai para preços competitivos, como chamariz às vendas. “A rede manteve alguns produtos com o preço do ano passado e outros tiveram reduções devido às negociações que fazemos com a indústria”, diz. De acordo com o Grupo Pão de Açúcar, a previsão é aumento de 15% na comercialização de artigos para a estação de calor. A venda de águas deve crescer 15% e a de sucos e isotônicos 10%, com destaque para os produtos de marcas próprias. Para a diretora executiva do Extra, Sylvia Leão, eventos como o Carnaval e Copa do Mundo serão os puxadores de vendas da rede no primeiro semestre.

“As promoções estão em linha com a proposta da empresa, de oferecer itens de qualidade, oportunidades de pagamento e preços competitivos”, comenta. Já no Carrefour, as vendas sazonais são a aposta para os meses de janeiro e fevereiro, principalmente no setor de Bazar, que terá variedades de itens para as férias. Para conquistar o cliente, a varejista promete facilitar o pagamento, com parcelamentos em até 10 vezes, sem juros no cartão Carrefour e descontos de até 50% em toda a linha de malas de viagem. Fonte: DCI


Boas Práticas

A mudança de rotina para o verão Estação exige mais cuidado com a conservação dos alimentos

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calor do verão exige uma série de cuidados por parte do setor supermercadista. As altas temperaturas têm influência direta na qualidade de diversos tipos de itens. Para oferecer produtos em boas condições neste período, os supermercados adotam medidas visando melhorar a conservação dos perecíveis, que representam 60% das vendas totais, em média, dos setores de açougue, padaria, confeitaria, fiambreria, laticínios e hortifrutigranjeiros, segundo fontes entrevistadas para esta matéria. De acordo com consultores da área, os alimentos perecíveis por si só são sensíveis à deterioração biológica, física ou química, o que pode prejudicar sua qualidade para consumo. Para assegurar a conservação destes produtos, especialistas recomendam uma análise adequada das condições e restrições para o recebimento, preservação, utilização de embalagens e armazenamento dos alimentos. Os cuidados devem levar em 14 | supermix 126

consideração especialmente os produtos que dependem de baixas temperaturas para serem conservados. O controle de temperatura deve ser rigoroso, pois qualquer alteração no estado do produto é acumulativa e não pode ser recuperada. Nas sete lojas da rede Jacomar – três em Curitiba, três em São José dos Pinhais e uma em Piraquara –, a rotina de trabalho dos repositores e chefes de setor ficou mais intensa já em novembro de 2009, como explica o gerente Darby Gomes. As temperaturas das câmaras frias nos estabelecimentos do grupo foram ajustadas para enfrentar o calor e os termômetros passaram a ser monitorados com mais frequência. “Com os picos de calor já registrados, nós intensificamos a fiscalização. Temos que estar atentos se as geladeiras e freezers estão funcionando corretamente porque no verão estes produtos ficam muitos suscetíveis se a refrigeração das câmeras abertas estiver desregulada”, exempli-

fica. Levando em consideração a circulação dos clientes, os supermercados do grupo reprogramam o tempo de abertura das portas dos refrigeradores e do degelo dos equipamentos que passa a acontecer no período da noite, para garantir uma maior conservação dos produtos congelados e refrigerados. Também durante o verão, os estabelecimentos são mais rigorosos em relação à política de receber perecíveis entre sete e 10 horas. Gomes lembra que pela manhã o calor ainda não é tão intenso e a conferência do estoque neste período garante mais resistência a esses produtos. A maior procura por cervejas e refrigerantes gelados faz ainda com que a atenção dos repositores seja redobrada no setor de bebidas. O trabalho desses funcionários também é grande nos hortifrutigranjeiros. Com as altas temperaturas, as frutas, verduras e legumes amadurecem mais rapidamente e os supermercados acabam optando por disponibilizar me-


nos produtos nas gôndolas. De acordo com Gomes, os hortifrutigranjeiros ficam estocados nas salas de preparo, onde a temperatura é condicionada, o que permite que o tempo de conservação destes alimentos seja prolongado. “No final do dia, os produtos são recolhidos da área de venda para serem armazenados nesta sala”, conta. O maior cuidado com estocagem e logística também estão em ação nas sete lojas que o grupo Kusma mantém em Curitiba, Campo Largo, Campina Grande do Sul, Colombo, Pinhais e São José dos Pinhais. Uma das alterações providenciadas foi a colocação de parte do mix de perecíveis nas geladeiras e ilhas refrigeradas. O analista de marketing do grupo, Marlos Kusma, explica que os supermercados precisam manter o estoque desses itens o mais enxuto possível. “Uma estocagem a mais ou uma compra exagerada pode sobrecarregar o maquinário e aumentar a quebra dos equipamentos”, diz. Segundo ele, essa medida, necessária com a chegada do calor, modifica a rotina em relação aos compradores também. “Temos que fazer um maior número de compras e em menor quantidade”, completa. A mesma estratégia é utilizada também no setor de hortifrutigranjeiros. A busca desses alimentos junto ao fornecedor cresce neste período do ano. Alguns produtos também pas-

sam a ser refrigerados e em alguns casos recebem até embalagens especiais. “O menor descuido com os hortifrutigranjeiros pode trazer surpresas desagradáveis”, comenta Marlos.

Mais Energia Altas temperaturas também significam maior gasto com energia elétrica para manter a oferta de produtos com qualidade. A solução que a rede Jacomar encontrou foi a de ingressar num programa de benefícios da Companhia Paranaense de Energia (Copel) para adquirir um gerador próprio. O grupo Kusma apostou na política do horário de verão para aproveitar a luz natural e garantir um abastecimento extra às lojas da rede. A aposta deu certo. A medida será adotada também no novo supermercado que já começou a ser construído no bairro Capão Raso, em Curitiba. A loja atual, que fica no mesmo bairro, será demolida para dar espaço a um estabelecimento maior. “Estamos aplicando todas as medidas necessárias para que o meio ambiente seja preservado o máximo possível”, diz Marlos Kusma.

Previsão De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a previsão

climática para este começo de 2010 continua apontando para a ocorrência de chuvas variando de normal a acima da normal na maior parte da Região Sul do país. Ainda de acordo com o CPTEC, mesmo com a presença do fenômeno El Niño na região equatorial do Pacífico, o verão registrará valores de temperatura do ar entre normal e abaixo da normal climatológica. A estação tem como característica dias progressivamente mais longos e quentes. Em Curitiba, o dia mais quente de 2009 foi registrado ainda na primavera. Em 4 de setembro, de acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, às 16h30, os termômetros marcaram 33,5 graus na capital paranaense. O recorde anterior foi de 32,8 graus, que tinha sido alcançado no dia 5 de janeiro.

Manual Para colaborar na melhoria da qualidade operacional de produtos perecíveis, Clóvis Polese, supermercadista e consultor há mais de 30 anos, escreveu o Manual dos Perecíveis em Supermercados. Lançado pela editora Nova Prova, o livro, traz 14 capítulos de orientações simples e práticas sobre recrutamento, seleção e treinamento de pessoal para trabalhar no setor, a importância dos equipamentos de refrigeração, higiene e limpeza, congelados, peixaria, rotisseria, plantas e flores. janeiro - fevereiro 2010


Perfil

Vidas pessoal e empresarial caminham juntas Quis o destino que a trajetória dos Supermercados Fabian e de Luciano Marcio Fabian seguissem o mesmo caminho. Há exatos 32 anos, os pais de Luciano comemoravam duas alegrias: a fundação da empresa e o nascimento do filho, que hoje é diretor administrativo das duas lojas Fabian, uma em Cascavel e outra em Cantagalo, no Oeste paranaense. Graduado em Administração de Empresas, Fabian cresceu na loja da família. Viu de perto o esforço e a dedicação da família para erguer o negócio. Nasceu aí sua paixão pelo comércio, que o levou a passar por todos os cargos na empresa, cumprindo à risca a cartilha da ascensão dentro da empresa familiar. “Não consigo me imaginar exercendo outra atividade”, admite. Casado com Josiane, Fabian procura equilibrar a rotina puxada nas duas lojas com a vida familiar e social, que é bem agitada, devido às responsabilidades à frente da regional Oeste da Apras. Procura organizar seu tempo para, nos finais de semana, jogar uma partida de futebol com os amigos. O tempo que sobra ele dedica à leitura de livros como O Caçador de Pipas 16 | supermix 126

e Casais Inteligentes Crescem Juntos. Assiste a filmes e gosta de relaxar curtindo boa música sertaneja e MPB. Determinação e caráter são dois requisitos básicos para Fabian selecionar os novos colaboradores. Ele acredita que as altas cargas tributárias são o principal problema enfrentado pelo setor, mas que o fim da inflação é uma conquista espetacular não só para o setor, mas para toda a sociedade. Olhando para o passado, o empresário acredita que o ramo supermercadista avançou muito, sobretudo com o crescimento e profissionalização das empresas familiares. Maior virtude? “Ser amigo das pessoas.” E o maior defeito? “Acreditar demais no ser humano”. Entre os sonhos, o empresário aposta na construção de uma família e no crescimento do negócio aprendido com o trabalho dos pais. “Acredito que todos têm seu lugar, seu espaço. A moral está no coletivo, pois ela busca o equilíbrio entre as pessoas e sua convivência pacífica, não apenas entre eu e o outro, mas entre eu e muitos”.

“A moral está no coletivo, pois ela busca o equilíbrio entre as pessoas e sua convivência pacífica, não apenas entre eu e o outro, mas entre eu e muitos”.



Responsabilidade Social

Desrespeito às vagas especiais pode resultar em multa e remoção do veículo em Curitiba De acordo com a lei, 5% do total de vagas de estacionamento privado ou regulamentado devem ser destinadas a idosos e 2% a portadores de deficiência O respeito às vagas especiais de estacionamento em supermercados ganhou um aliado em Curitiba: desde dezembro de 2009, estacionar sem credencial em vaga exclusiva para idosos, portadores de deficiência e pessoas com dificuldade de locomoção é passível de penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro – multa de R$ 53,20, três pontos na Carteira Nacional de Habilitação e remoção do veículo. O uso da credencial é obrigatório tanto em áreas privadas – como supermercados, hospitais, shoppings e universidades, por exemplo – quanto em vagas exclusivas do EstaR – Estacionamento Regulamentado. Ao todo, Curitiba terá, a partir de dezembro, 409 vagas para idosos e 164 vagas para portadores de deficiência. No total, a cidade tem cerca de oito mil vagas de EstaR. A vaga especial

é um direito assegurado por lei federal com uso regulamentado por resolução do Contran – Conselho Nacional de Trânsito – que determina que 5% do total de vagas de estacionamento privado ou regulamentado sejam destinadas a idosos e 2% a portadores de deficiência. Segundo a assessoria de imprensa da Urbs – Urbanização de Curitiba S/A – o gerenciamento do cumprimento da lei varia de acordo com o município do Estado, podendo estar a cargo de órgão específico de cada prefeitura ou do Detran. Em Curitiba, a Urbs implementou uma etapa inicial, com a abertura de credenciamento para que os beneficiados tenham o documento que comprova a necessidade de utilização da vaga – a credencial precisa ficar exposta junto ao vidro do carro estacionado. A partir de agora, o órgão passa

a aplicar as penalidades aos veículos estacionados nas vagas exclusivas sem a credencial. “É muito importante que haja fiscalização para que as pessoas imprudentes sejam multadas e o comportamento mude. Observamos com muita, mas muita freqüência, o desrespeito na utilização das vagas para deficientes. As pessoas acham que podem ocupá-la, mesmo que por pouco tempo. Isto prejudica bastante o sentimento de acolhimento para a locomoção daqueles que precisam de facilidades especiais”, alerta o presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná, Mauro Vicenzo. Mauro ainda reforça a seguinte questão: respeitar as vagas para públicos específicos é uma questão de responsabilidade civil, de atuação como cidadão. “As pessoas não podem achar que é um gesto de


responsabilidade social, em que se opta por agir desta forma ou não. Está na lei”, complementa.

De acordo com a lei, 5% do total de vagas de estacionamento privado ou regulamentado devem ser destinadas a idosos e 2% a portadores de deficiência O credenciamento para uso das vagas especiais está sendo feito pela Urbs e já atingiu 1,2 mil pessoas. Podem fazer o credenciamento pessoas que já tenham completado 60 anos de idade, que sejam portadoras de necessidades especiais ou tenham dificuldade de locomoção e que residam em Curitiba. Também podem se credenciar motoristas que conduzem idosos ou portadores de deficiência. Ao usar uma vaga especial, o motorista deve deixar a credencial fornecida pela Urbs no painel do carro, com a frente voltada para cima. Ela também deve ser apresentada sempre que solicitado pela fiscalização. No caso do estacionamento regulamentado a credencial garante a vaga, mas não exime o usuário do pagamento. Assim, nessas vagas será necessário deixar no painel, além da credencial, o cartão do EstaR que custa R$ 1,00 a hora. A utilização indevida do cartão, como empréstimo a terceiros, cópia, rasuras ou falsificação, implicará no cancelamento do mesmo e penalidades previstas em lei. A obrigatoriedade de apre-

O credenciamento para uso das vagas especiais está sendo feito pela Urbs e já atingiu 1,2 mil pessoas. sentar a credencial está sendo bem recebida por pessoas que precisam dessas vagas. É o caso do aposentado Marcio Zeni, que considera a iniciativa importante. “É muito bom, era preciso mesmo uma medida como essa. Acho que vai ajudar muito e é importante que todos respeitem essas vagas”, diz ele que já se cadastrou pela internet para fazer a credencial. O cadastro para o credenciamento deve ser feito pelo site da Urbs (ver box). Uma vez preenchido é agendada, por email ou pelo próprio site, a data em que o idoso ou portador de deficiência deverá comparecer para autenticar a documentação e retirar a credencial. Devem ser apresentados a Carteira Nacional de Habilitação – caso o credenciado for o motorista –, carteira de identidade e comprovante de residência (fatura de luz, telefone, carnê

do IPTU, entre outros que contenha o CEP da rua). Portadores de deficiência que sejam motoristas devem apresentar também um laudo médico do Detran ou declaração médica atualizada constando o grau de deficiência.

Serviços: Urbs - Urbanização de Curitiba S/A Av. Presidente Affonso Camargo, 330 (prédio central da Rodoferroviária) das 8h30 às 12h00 e das 13h30 às 17h00 Cadastro para credenciamento www.urbs.curitiba.pr.gov.br Denúncias de veículos irregulares Disque 156


E-commerce

Vendas online:

redes mantêm a aposta O número de consumidores virtuais no Brasil está próximo dos 17 milhões de pessoas

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A projeção de fechamento de 2009 para o comércio eletrônico indicou, de uma forma geral, um crescimento nominal de 28% em relação a 2008, segundo projeção feita pela E-bit, empresa que audita o e-commerce no país. A expectativa é que o número de consumidores “virtuais” chegue à marca de 17 milhões pessoas. Mesmo que a previsão não se confirme, a venda pela internet vem se consolidando cada vez mais no Brasil. De acordo com o Relatório Webshoppers, também elaborado pela E-bit em parceria com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico e divulgado em agosto de 2009, mais de 86% dos consumidores estão satisfeitos com o comércio virtual. O número aproxima o país da média de satisfação verificada no mercado norte-americano. Os bons resultados do ecommerce brasileiro despertaram o interesse de executivos da rede Walmart em países como China e Canadá, que vieram ao Brasil para entender como funcionam as vendas online no país. O endereço www. walmart.com.br completou um ano, alcançando um volume de vendas 2,5 vezes maior do que o esperado para o período. A loja virtual, que começou com apenas onze categorias de produtos, oferece hoje em dia 17 modalidades diferentes para compra. “Para o Walmart Brasil, o e-commerce não é ap-

enas mais uma loja e sim uma unidade de negócios com o trabalho de uma equipe especialmente focada em atender o consumidor on-line. Hoje temos resultados surpreendentes e já antecipamos nossos planos iniciais em dois anos”, afirma Héctor Núñez, presidente do grupo. O portal atrai cerca de 200 mil visitantes por dia e possui mais de um milhão de clientes cadastrados que aceitam receber informações do site. Para 2010, a rede aposta em um crescimento de 100% em suas vendas on-line em comparação com 2009 e estuda o inicio do funcionamento de uma farmácia on-line, por meio do e-commerce. Atualmente, depois dos livros, que sempre lideram as vendas pela web com 17% de participação, os produtos de saúde, beleza e medicamentos são os mais vendidos. O e-commerce esquentou a concorrência entre as redes e acabou sendo uma ferramenta importante durante a crise. Em dezembro de 2008, o número de brasileiros que já havia feito compras pela web ao menos uma vez, somou 13 milhões – uma alta de 39% em relação

ao ano anterior. Grande parte do crescimento é creditada à popularização dessa modalidade de compra entre as classes de menor poder aquisitivo, especialmente a classe C. De acordo com o estudo Webshoppers, representantes desse estrato social responderam por 42% das vendas pela internet. Por ser um mercado dinâmico e competitivo, o comércio eletrônico permite ao consumidor comparar preços e optar pelas melhores ofertas. Descontando

Por ser um mercado dinâmico e competitivo, o comércio eletrônico permite ao consumidor comparar preços e optar pelas melhores ofertas. os valores que muitas vezes são mais em conta que em uma loja tradicional, os portais têm investido em recursos diferenciados para atrair o público como, por exemplo, frete grátis, parcelamentos sem juros no cartão de crédito e até a


E-commerce divisão do valor da compra em mais de um cartão de crédito. Os benefícios para o bolso são os que mais seduzem os clientes em tempos de crise. O Grupo Pão de Açúcar foi a primeira rede supermercadista a apostar na experiência da venda de produtos pela Internet com o lançamento do Pão de Açúcar Delivery, em 1995. Desde então, mantém operações de comércio eletrônico e, em 2008, criou o “Entrega Extra Rápida” no seu site Extra.com.br, braço do grupo para vendas de não-alimentos. A ideia foi de oferecer entrega com maior rapidez do que outras empresas virtuais. Para seu lançamento, a rede fez várias pesquisas junto aos seus consumidores e constatou que o tempo de entrega era um dos atributos mais citados pelos entrevistados que optavam pela compra pela Internet. A estratégia de implantar a entrega mais rápida da internet desencadeou um plano de ação que envolveu mudanças de processos e inovações em várias áreas da companhia: comercial, tecnologia, marketing e logística, que passaram a atuar de maneira dedicada ao canal. A previsão é de que companhia invista R$ 40 milhões na área de e-commerce em 2010. Para isso, desde o início de 2006 vem fortalecendo as parcerias com fornecedores de produtos e serviços garantindo a ampliação de seu 22 | supermix 126

mix – que passou de quatro mil para 20 mil em três anos, incluindo categorias como móveis, games e acessórios. Em geral, no setor supermercadista, a participação das categorias de alimentos e bebidas no volume total de transações on-line ainda é irrisória. Segundo o E-bit, esse número não ultrapassa 1%, sem apresentar grandes mudanças nos últimos anos. Segundo especialistas, o setor tem potencial, mas é preciso incentivar esse tipo de compra. Um dos públicos a ser explorado é o dos consumidores que recorrem ao comércio virtual para fugir das idas aos supermercados para fazer as compras do mês. A maior dificuldade está no fato de que ainda não se desenvolveu o hábito de compra de produtos alimentícios pela internet. Aprimorar o nível deste tipo de serviço e ajustar a oferta às demandas específicas pode ser o mote para conquistar os consumidores. A maioria dos consumidores quando vai ao supermercado, geralmente compra mais itens do que havia planejado. Na Internet, o layout da loja é substituído pela interface do site, que da mesma forma, deve orientar e estimular o processo de compra. Monitorar o perfil do cliente também ajuda na fidelização. Ao receber um atendimento personalizado, o consumidor passa a confiar cada vez mais no serviço e volta a utilizar o site. Para tanto, é preciso que o site possua uma navegação

fácil e não apresente dificuldades que levem o consumidor a abandoná-lo. Além disso, o e-commerce bem estruturado e com um programa de relacionamento eficiente diminui, significativamente, o custo com publicidade. No site do Walmart, por exemplo, o consumidor tem contato com diversos recursos de Web 2.0 que permite uma navegação mais interativa e de colaboração entre os usuários. A ferramenta possibilita também que o cliente tenha informações sobre o que outros consumidores estão vendo, comprando ou buscando no site. “Nele, o cliente pode personalizar sua página, consultar não só os preços e detalhes dos produtos como também a opinião de outros compradores sobre os mesmos, além da opinião de especialistas, pois temos parceria com a Editora Abril, que publica conteúdos referentes aos produtos disponíveis”, conta Nuñez. No Paraná, a rede Super Muffato Delivery foi pioneira ao oferecer o serviço de ecommerce e home delivery que, até então, não tinha concorrência no mercado paranaense. Hoje, além dela, do Walmart e do grupo Pão de Açúcar também possuem vendas online as redes Angeloni e Carrefour.


Jurídico

Em 2010, Sped Contábil será obrigatório para empresas tributadas pelo lucro real A contabilidade gerencial e assessoria jurídica serão as ferramentas fundamentais para que o setor supermercadista tenha sucesso na utilização do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Essa é a avaliação do advogado e consultor de Direito Tributário, Edson Garcia Júnior em palestra ministrada no final de 2009 na sede da Apras – Associação Paranaense de Supermercados. Proprietários, gerentes e funcionários do setor administrativo-financeiro puderam conhecer um pouco mais sobre o Sped, sistema instituído em 2007 que unifica as informações sobre as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal das empresas. Pelas regras impostas pelo novo sistema, a partir de 2009 todas as empresas sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real serão obrigadas a entregar suas informações através da Escrituração Fiscal Digital (EFD) ou “Sped Contábil”. O que significa, de maneira bastante simplificada, substituir os livros da escrituração mercantil pelos seus equivalentes digitais. Os empresários terão até o último dia útil de junho de 2010 para realizar a entrega. Se o relatório digital for mandado fora do prazo, a empresa pagará uma multa no valor de R$ 5 mil para cada mês de atraso. De acordo com Garcia, o desafio dos supermercados frente ao novo sistema está na precisão das informações que serão geradas para o relatório digital. Segundo ele, nenhuma regra contábil será alterada pelo Sped, mas é preciso estar atendo à ferramenta que será utilizada para controlar a entrada e saída do produto e verificar se a legislação tributária está sendo aplicada corretamente. “Problemas de estoque e erros de alíquota terão que ser corrigidos e, neste último caso, a figura do contador é fundamental”, explica. Além disso, vale lembrar que o sistema não aceita histórico padrão e que a estrutura do plano de conta também precisa ser compatível com o

do Sped Contábil, para evitar erros. Em relação aos tributos, o consultor explica também que o ICMS pode ser uma complexidade a mais para as redes que atuam fora do Paraná, por causa das alíquotas que variam de estado para estado e por isso merecem atenção redobrada. Segundo ele, no primeiro ano do sistema foram registradas 150 milhões de inconsistências de informação. Isso porque o Sped também recebe informações através da emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). Mesmo que a rede varejista ainda não seja obrigada a emitir a NF-e, as informações chegam ao sistema através de seus fornecedores e o governo passa a ter a informação da empresa que está vendendo e da que está comprando e ainda o valor dos produtos. Em 2010, 100% do setor atacadista e industrial estarão trabalhando com a nota eletrônica. “Por isso, o controle de estoque merece toda a atenção”, ressalta Garcia. Desta forma, o documento eletrônico serve de suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Receita Federal e demais Secretarias de Fazendas Estaduais. Uma das grandes preocupações do setor varejista diz respeito aos possíveis gastos que o sistema vai trazer. Garcia pondera que a situação de muitas empresas pequenas melhorou com a nova forma de escrituração. “As distorções foram corrigidas, o negócio ficou mais ágil e empresas começaram a crescer”, conta. O advogado informou ainda que, em alguns casos, os supermercadistas preferiram levar o contador e o assessor jurídico para dentro das lojas. Mas considera que isso não é fundamental. Segundo ele, mesmo quem manteve as consultorias externas conseguiu realizar a escrituração digital sem erros. “O site do Sped da Receita Federal é fácil de acessar. A partir do momento que o empresário começar a conhecer o sistema vai fazer com ele trabalhe a seu favor. Mas é preciso ter uma boa ferramenta e uma assessoria com qualificação técnica”, comenta.


Marketing - matéria de capa

Consumidores com acesso à informação e muitas possibilidades são o grande desafio do mercado A marca é, e continuará sendo, um importante aliado para o sucesso das organizações que pretendem conquistar um disputado espaço na cabeça dos consumidores. No entanto, para se ter uma marca sólida, respeitável, é preciso uma boa estratégia, planejamento e transparência, principalmente nos dias de hoje, quando os consumidores possuem mais acesso à informação e muitas possibilidades de escolhas. Por isso, está enganado quem pensa que a migração de um simples “nome de loja” para a condição de “marca” é uma tarefa fácil. Este fato torna-se ainda mais complicado para o varejo, que vive o dilema de investir, em longo prazo, na construção de 24 | supermix 126

uma marca e, em curto prazo, no estímulo às vendas. Para o gestor de projetos de varejo do SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná –, Leandro Krug Batista, o primeiro passo para se construir uma marca é ter oferta de valor, ou seja, apresentar ao consumidor o que ele quer comprar. “Isso parece óbvio, mas muitas empresas acabam deixando o óbvio de lado e não investem na comunicação certa”, afirma, acrescentando que “quando o consumidor tiver sua necessidade atendida, a empresa estará caminhando para conquistar sua credibilidade, e ela é que tem valor”. Eloi Zanetti, consultor em

marketing e comunicação corporativa, destaca que a construção da marca passa pela relação com o público, que consiste na empresa estabelecer valores e propósitos que serão identificados pelo consumidor. “É construir uma história, com coisas pertinentes à marca, que as pessoas reconhecem de imediato”, afirma. Mas, para isso, destaca que é preciso ter coerência entre as palavras e ações, mostrando de forma clara qual o posicionamento que a empresa quer ter no mercado. “Muitas pessoas se enganam achando que só com comunicação ou ação de mídia se constrói uma marca”, diz Zanetti. Os dois profissionais con-


cordam que o vínculo afetivo com o consumidor é primordial para a consolidação da marca, e que saber administrar as crises é fundamental para manter o nome e posição no mercado. O consultor do SEBRAE usou como exemplo o caso da companhia aérea Varig, que chegou a ser a maior empresa do setor no Brasil e na América Latina, e após a crise financeira que se arrastou por diversos anos, acabou sendo comprada pela Gol. “A empresa perdeu credibilidade e, em conseqüência, sua marca”, falou. O diretor comercial dos Supermercados Ivasko, Paulo Ivasko, afirma ter consciência de que todas as ações publicitárias da marca são comparadas pelos consumidores com a prática adotada dentro das lojas. “Não podemos divulgar características da marca sem que isso tenha uma consistência ao longo do tempo. Se queremos divulgar que nossa marca tem certas características, então faremos isso sempre”, afirmou. Ouvir o consumidor também é uma estratégia acertada no fortalecimento da marca. O gerente comercial do Café Damasco, Mario Luiz Brognoli, afirma que isso pode ser comprovado por meio do prêmio Top Of Mind, promovido pela Revista Amanhã e pelo Instituto Bonilha. “Nas quinze edições do prêmio, o Café Damasco foi a marca mais lembrada pelos consumidores do Paraná. Isso

é resultado de um trabalho em longo prazo, que inclui investimentos em tecnologia, pessoal e no próprio consumidor”, disse.

Onde investir Um dos grandes dilemas dos empresários, principalmente no setor do varejo, é investir na construção de uma marca em longo prazo, ou estimular vendas em curto prazo. Segundo o consultor do SEBRAE, essa é mesmo uma decisão difícil, pois muitas vezes “para construir uma marca é preciso desapego de um lucro em curto prazo”. No entanto, é possível ter uma marca forte junto a um público alvo, sem a preocupação de ser conhecido pela massa consumidora. “Se o estabelecimento está localizado em um determinado bairro, é possível fazer um trabalho diferenciado para aquele público consumidor, atendendo suas necessidades e expectativas, e oferecendo vantagens atrativas que fidelizem o cliente. Com isso não será preciso fazer comunicação de massa porque a marca ficará conhecida junto ao público que interessa”, comentou. Essa tem sido uma ferramenta eficiente adotada pelos pequenos e médios varejistas. O diretor comercial dos Supermercados Ueda, Luiz Yoneo Ueda, afirmou que além do investimento em mídia convencional, a empresa aposta em parcerias sociais que envolvem

a comunidade, por meio de cursos de culinária, a preparação e contratação de mão-deobra pelo CIEE – Centro de Integração Empresa Escola. Já a rede de supermercados Festval procura surpreender seus clientes com promoções. O diretor Carlos Beal comenta que eles realizam com frequência dentro das lojas a degustação de produtos diferenciados, como ostra e bacalhau. Outro desafio para que a marca sobreviva e cresça de forma saudável é saber onde investir. De acordo com os especialistas, grande parte dos recursos publicitários no Brasil é injetada em mídias tradicionais como televisão, revistas e jornais. Mas Leandro Batista ressalta que o país atravessa uma nova fase, “pois no último ano se vendeu no Brasil mais computadores do que aparelhos de televisão”. Um levantamento realizado pela consultoria Millward Brown, especializada em pesquisas de mercado, revela que a marca mais valiosa do mundo é o Google, com um valor de mercado estimado em US$ 86 bilhões. No entanto, a empresa não investe em campanhas publicitárias convencionais. A ligação da marca com alguma pessoa famosa da mídia também precisa ser adotada com critério, avaliam os especialistas. Eloi Zanetti entende que atores não transferem sua personalidade para os produtos


Marketing m _ atéria de capa e, muitas vezes, o investimento acaba sendo um desperdício para o empresário. Na avaliação de Leandro Batista é preciso ter cuidado para os atores não personificarem a marca. Um caso típico é o garoto Bom Bril, interpretado por Carlinhos Moreno, que chegou até a ganhar destaque no Livro dos Recordes como o garoto propaganda que mais fez filmes para uma mesma marca. “O importante é não ter medo de ousar”, falou. Outro investimento que pode trazer resultados positivos em curto prazo e, principalmente, em longo prazo é a participação em feiras e eventos. Segundo o diretor comercial da Associação Paranaense de Supermercados, as feiras são uma oportunidade para os empresários alavancarem as vendas em todo o país gastando pouco. “Enxergamos as feiras e eventos como uma excelente oportunidade para os expositores apresentarem seus serviços e produtos com exclusividade para milhares de visitantes que circulam diariamente pelos estandes, além de possibilitar que eles façam contato direto com os decisores e principais compradores do varejo”, afirma. Durante o auge da crise econômica mundial acertou o empresário que não deixou de investir na sua marca, “pois quando a crise passa as pessoas voltam a consumir e a marca tem que estar na cabeça dos consumidores”, disse Leandro Batista. A mesma regra vale para 26 | supermix 126

ações promocionais ao longo do ano, e não apenas em períodos sazonais. “Os supermercados abrem o ano todo. Então é importante entender e atender a necessidade do cliente em todos os períodos, criando ações criativas para períodos como o de volta às aulas, viagens de férias ou nos longos períodos de estiagem”, comentou o consultor do SEBRAE. Segundo Luiz Ueda, a crise financeira obrigou alguns empresários do varejo a reverem seus investimentos em marketing. “Foi preciso se adaptar e, com verbas promocionais menores, reduzir o tempo de utilização na mídia, adotando ações rápidas e objetivas”, comentou. Paulo Ivasko confirmou uma pequena desaceleração no consumo, porém garante que não alterou seus investimentos.

A marca também se faz internamente Na meta de se construir uma marca, muitos empresários acreditam que o grande segredo é entender a relação dela com o público externo. No entanto, acabam pecando quando o assunto é o reforço interno – os funcionários e colaboradores também são consumidores. Por isso, o endomarketing – ações de marketing para o público interno – é uma ferramenta importante para o fortalecimento da marca. A grande sacada do

O primeiro passo para se construir uma marca é ter oferta de valor, ou seja, apresentar ao consumidor o que ele quer comprar. Quando o consumidor tiver sua necessidade atendida, a empresa estará caminhando para conquistar sua credibilidade, e ela é que tem valor. (Leandro Krug Batista)


endomarketing é proporcionar aos empregados uma condição de aplicação de valores como transparência, empatia, afetividade, comprometimento e cooperação, transformando esses valores em crescimento e desenvolvimento dos colaboradores, e por conseqüência, em ganhos de produtividade. O gestor de projetos de varejo do SEBRAE Paraná, Leandro Krug Batista, afirmou que é comum as empresas acreditarem que o endomarketing substitui a gestão de pessoas. “São dois segmentos distintos, já que as ações para o público interno não substituem recompensas financeiras ou de ascensão profissional”, falou. Segundo ele,

é preciso fazer com que os colaboradores sejam espelhos da marca e, para isso, precisam acreditar e absorver os valores da empresa. “É necessário criar ações nas quais os colaboradores tenham a consciência da importância do seu papel junto ao cliente. E isso se consegue com valorização, treinamento, qualificação e uma comunicação eficiente”, comentou. Para o consultor Eloi Zanetti, muitas empresas ainda não descobriram o poder do marketing interno, que vai além da aceitação de produtos. “Funcionários insatisfeitos com as condições de trabalho e com os produtos da própria empresa apresentarão feedbacks nega-

tivos no mercado, enquanto colaboradores satisfeitos irão ‘vender’ os produtos e a imagem da empresa para os clientes externos de uma forma positiva”, disse. Mas, para que se atinja esse patamar, ele afirma ser necessário saber ouvir e dar liberdade de expressão aos empregados.


CalendĂĄrio

Volta Ă s aulas movimenta varejo em janeiro FecomĂŠrcio estima um crescimento no faturamento dos setores de materiais escolares em torno de 6%.

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A partir de fevereiro, cerca de dois milhões de alunos da rede pública e privada de ensino do Paraná dão início ao ano letivo de 2010. As aulas começam uma semana antes em relação aos anos anteriores, por causa da suspensão das atividades em julho de 2009 devido aos casos de gripe H1N1. O processo de volta às aulas já começou a movimentar o comércio desde janeiro, com a oferta de materiais escolares, uniformes e equipamentos. A estimativa da Fecomércio – Federação do Comércio do Estado – é de um crescimento no faturamento dos setores que trabalham com esses produtos em torno de 6%. Esse índice, avalia o economista e professor da Universidade Federal do Paraná, Vamberto Santana, está relacionado à inflação do período e aumento de custos operacionais de alguns segmentos, como editoras e patentes. Aliado a isso, está a

volta do consumo, que estava retraído no mesmo período de 2008 em função da crise econômica mundial. “O impacto da crise trouxe muita incerteza, principalmente em relação à manutenção dos empregos. Isso fez com que os consumidores adiassem as compras”, ponderou. O economista ressaltou ainda que a volta às aulas, além de movimentar os setores de livraria e papelaria, também sinaliza de forma positiva para a venda de produtos de informática. “Muita gente aproveita o período para a compra ou troca de equipamentos”, afirmou. Segundo Santana, a queda do dólar e as taxas de juros menores devem estimular a venda desses produtos. “No início de 2009 o dólar era cotado em R$ 2,18 e agora está na casa dos R$ 1,71, o que indica um momento bem mais favorável para a compra de equipamentos de informática”, disse.

E, para atender a demanda desses consumidores, os fabricantes e varejistas anteciparam suas negociações e prometem muitos lançamentos com preços competitivos. O presidente da rede Condor, Pedro Joanir Zonta, afirmou que os itens para a volta às aulas representam 23% da seção de bazar das lojas, e que a expectativa para esse ano é atingir 25% de aumento nas vendas. Para isso, desde dezembro grande parte dos produtos já estava disponível nas lojas, servindo até de sugestão para presentes de final de ano. A partir de agora, a rede irá trabalhar com tablóides dedicados aos materiais escolares, além de exposições tematizadas nas lojas. Os gerentes dos hipermercados Extra, em Curitiba, Carlos Mundel e Antonio Carlos Mazzo, confirmaram que as compras de produtos para a volta às aulas ocorreram de forma ante-


Calendário cipada pela rede, e que a partir do mês de janeiro os produtos já estariam expostos nas lojas. Segundo eles, os materiais escolares são itens ofertados o ano todo pela rede, mas nesse período as vendas aumentam entre 6% a 7%.

Lançamentos Personagens de sucesso dos filmes e desenhos animados, e produtos com design e cores arrojadas estão entre as apostas dos fabricantes para conquistar os consumidores. O gerente de trade marketing da BIC Brasil, Leandro Menezes, afirmou que a distribuição de produtos para a volta às aulas teve início em agosto, e que as comercializações com os varejistas estão praticamente fechadas. A empresa terá como lançamentos a BIC Quatro Cores Fashion, a BIC Cristal Bold, além de produtos para o público infantil, com personagens como o Homem de Ferro, Wolverine e Jonas Brothers. A Foroni, na região de Curitiba, também antecipou suas negociações. O representante comercial da empresa, Luciano Albuquerque, revelou que as vendas começaram em setembro, logo após a Paper Brasil Escolar – Feira Internacional de Produtos, Serviços e Tecnologia para Escolas, Escritórios e Papelarias que acontece em São Paulo –, e que os produtos chegaram aos pontos de vendas 30 | supermix 125

na primeira quinzena de dezembro. Segundo Albuquerque, a Foroni está apostando no licenciamento dos personagens da televisão e cinema, e com isso estima um crescimento de 37% nas vendas para 2010. Entre os lançamentos estão os cadernos do Littlest Pet Shop e da Era do Gelo 3, e agendas da Barbie e Hot Wheels.

O período de volta às aulas não movimenta apenas os setores de livraria e papelaria. Ele também sinaliza de forma positiva para a venda de produtos de informática, já que a queda do dólar e as taxas de juros menores devem estimular a demanda por estes produtos. A antecipação em uma semana do início do ano letivo

no Paraná fez com que a Labra alterasse sua produção. “Com esta antecipação, a Labra concentrou esforços na produção para os meses de novembro e dezembro de 2009 e janeiro de 2010, diminuindo o período da venda de lápis que normalmente seria até março”, afirmou o gerente industrial, Gabriel Ferrarini. Apesar disso, a empresa está otimista, e espera superar as vendas. Por isso, apostou em novos produtos e embalagens de linhas que são tradicionais da Labra, como as caixas de lápis de 12 cores, lápis para a escrita e lápis borracha. Já a 3M está lançando um novo modelo de dispensador para a fita adesiva mágica Scotch. O produto em formato de donut pode ser encontrado em cores vibrantes de verde e rosa e pretende atingir crianças e pré-adolescentes. A Tilibra também está investindo nos personagens da televisão para atrair os consumidores. As capas de seus cadernos e agendas virão estampadas com imagens de desenhos que são sucesso nos Estados Unidos e Japão, como os Skelanimals e Domo, além dos conhecidos irmãos Charlie e Lola e da turma brasileira do Cocoricó.


Economia

A expectativa é de crescimento, depois de um 2009 superado no segmento supermercadista Agora que 2009 passou, o varejo supermercadista pode constatar que a prudência recomendada por consultores no final de 2008 sobre as ameaças da “maior crise depois de 1929” fazia sentido. O clima de catástrofe anunciada felizmente foi dissipado por fatos que se seguiram e pelo fechamento do ano. Não foi um período fácil. O segmento não passou ileso, mas mostrou mais uma vez que está consolidado e possui uma vantagem em função do grau prioritário que exerce na

vida da população. “Apesar das crises setoriais, com queda de margens e com o segmento exportador passando por dificuldades, o setor supermercadista brasileiro registrou um crescimento em vendas superior a 6% em 2009”, afirma o presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta. “Com a previsão de PIB acima de 5% para 2010, eleições e Copa do Mundo, a expectativa é de um quadro muito favorável, com crescimento estimado em cerca de 8%”, destaca. Ainda de acordo com o presidente,

2009 foi um ano marcado por grandes conquistas no setor supermercadista, com a redução de tributos e repasse da queda de preços aos consumidores. Mesmo diante da oposição de vários segmentos da sociedade, em abril de 2009 o Governo do Paraná aprovou a minirreforma tributária. Após todo o esforço da diretoria da Apras – Associação Paranaense de Supermercados, que participou de inúmeras audiências públicas para reduzir o ICMS de mais de 95 mil itens, parte deles comer-


Economia cializados em supermercados, o estado registrou a menor variação de preços no acumulado do ano. Um dos principais argumentos apresentados para a não aprovação da minirreforma foi de que os supermercados não repassariam para o preço a redução dos impostos. Mas de acordo com os dados divulgados pela Nielsen, o Paraná foi o estado da Região Sul com a maior redução de preços. Apesar de ter o desempenho menor em relação ao faturamento no setor supermercadista, o estado apresentou também a maior variação em volume de vendas, ou seja, a população, de um modo geral, consumiu mais produtos. Conforme os números apresentados e que seguem no gráfico, no acumulado de outubro de 2009 em relação ao mesmo

período de 2008, o crescimento do faturamento nas principais redes de supermercados brasileiros foi de 2,2%, o volume de vendas subiu 1,7% e os preços 0,5%. Pelos números divulgados no Índice Nacional de Volume, pesquisa bimestral da Abras, o volume de vendas nos supermercados do país registrou um crescimento de 2,4%. Isso se deve ao fato de que o índice da Abras está baseada numa amostragem total cestas de 160 categorias – incluindo cerveja, que não consta na outra pesquisa, mas que impulsiona os números. Já a pesquisa realizada pela Nielsen avaliou um total cestas de 146 categorias – exceto cerveja, refrigerante, chá líquido e bebidas. Na Região Sul, os números registraram um faturamento negativo de 0,5%, o volume re-

O Índice Nacional de Volume divulgado pela Abras baseia-se numa amostragem total cestas de 160 categorias – incluindo cerveja, fator determinante para impulsionar os números – enquanto aquela divulgada pela Nielsen a pedido da Apras avaliou um total de 146 categorias – exceto cerveja, refrigerante, chá líquido e bebidas. 32 | supermix 126

“Com a previsão de PIB acima de 5% para 2010, eleições e Copa do Mundo, a expectativa é de um quadro muito favorável, com crescimento estimado me cerca de 8%”. (Pedro Joanir Zonta, presidente da Apras)


duziu em 0,6% e os preços subiram 0,1%, enquanto no Paraná, o crescimento de faturamento atingiu a marca de 0,1%, o volume ficou em 2,1% e redução de preços fechou o acumulado na ordem de 1,9%. Para o presidente da Fecomércio – Federação do Comércio do Paraná –, Darci Piana, a atividade do comércio no Estado nos primeiros três meses de 2009 foi inferior ao mesmo período de 2008, mas o segundo trimestre do ano teve uma recuperação e cresceu. De acordo com dados preliminares do levantamento da entidade, que tem cerca de duas mil empresas afiliadas, o crescimento projetado para o comércio em geral ficou em torno de 4,5%, enquanto no setor supermercadista é, em média, de 6%. A expectativa para 2010 é de melhor desempenho que o registrado este ano. A Fecomércio projeta um crescimento entre 8% e 10% para o comércio. Da mesma forma, Piana ressalta que o ano de eleições e de Copa do Mundo é favorável para o aquecimento do mercado, assim como a inflação controlada beneficia o segmento do varejo. A presidente da ACP – Associação Comercial do Paraná –, Avani Tortato Slomp Rodrigues, avalia que, de uma forma geral, mesmo com rescaldos da crise financeira, o comércio paranaense teve um bom desempenho neste ano. Segundo ela, houve uma série

de fatores, desde o crescimento paulatino do índice de confiança do consumidor até a minirreforma tributária do governo do Estado, que estimulou a venda de centenas de produtos. “Há um cenário indicando que 2010 será um ano favorável para o crescimento de vendas no comércio. Para tanto, contribuem a oferta de crédito, os juros mais baixos, o controle da inadimplência e da inflação, a conjuntura econômica como um todo, a disposição do consumidor em contrair dívidas e, inclusive, a retomada da economia em grandes países do mundo, o que influencia o clima geral de otimismo. Acho que, como dizem os especialistas, podemos trabalhar com uma margem não tão grande, mas segura, de crescimento”, finaliza. Na análise do professor Gilmar Lourenço, coordenador do curso de Ciências Econômicas da FAE, o desempenho da economia brasileira em 2009 foi bem melhor do que o esperado. Para ele, em 2008 houve uma supervalorização dos efeitos da crise e era preciso cautela. “O governo brasileiro adotou medidas positivas para conter os principais impactos, aumentando o crédito e reduzindo juros, o que favoreceu o comércio”, acrescenta. De acordo com Lourenço, as características do negócio supermercadista beneficiam o setor, já que a comercialização é de bens de consumo imediato e de primeira

“Há um cenário indicando que 2010 será um ano favorável para o crescimento das vendas no comércio. Como dizem os especialistas, podemos trabalhar com uma margem não tão grande, mas segura, de crescimento”. (Avani Tortato Slomp Rodrigues, presidente da ACP)


Economia necessidade e, além disso, a inflação controlada possibilitou a manutenção dos preços, também favorecendo o segmento. Como os níveis de salário se mantiveram no país, mesmo havendo uma queda no emprego, que já se recupera, o impacto foi menor. Segundo ele, as expectativas para 2010 são otimistas, não acontecendo nenhuma “catástrofe internacional”. Naturalmente, o Brasil está muito atrelado à economia mundial, mas cada vez mais vem fortalecendo o mercado interno.

A indústria busca recuperação Segundo os Indicadores Conjunturais da Indústria, publicado mensalmente pela FIEP – Federação das Indústrias do Estado do Paraná –, a indústria paranaense ainda não conseguiu se recuperar, fechados os dez primeiros meses de 2009. Quinze dos 18 gêneros industriais pesquisados apresentaram resultados negativos. De acordo com Rodrigo Rocha Loures, presidente da FIEP, a estrutura industrial do Estado, com alta preponderância no agronegócio, não permitiu que a redução fosse maior, pois os alimentos, bens de consumo corrente, são os últimos a serem afetados nas crises. Este desempenho é decorrente da crise financeira instaurada em setembro de 2008, 34 | supermix 126

que afetou principalmente as exportações de Madeira e de Material de Transportes. A indústria paranaense é altamente integrada no comércio global, portanto, também suscetível às crises. Desta forma, e com o real apreciado, torna-se cada vez mais complexa a tarefa de extrair resultados positivos nas operações de exportação para a maioria dos países, exceção feita àqueles que tenham oscilações de câmbio em níveis similares ou próximos às do Brasil. Ao prevalecerem tais condições, a produção em outras regiões do mundo pode vir a substituir a que se realiza em território paranaense, atraindo para elas a possibilidade de geração de mais renda e emprego. Os resultados acumulados nos primeiros dez meses mostram-se positivos para as vendas no Paraná (+2,78%) e negativos para outros Estados do País ( 8,46%) e para o exterior (-20,65%). Essa diferença mostra que a indústria está destinando maior parte da sua produção para o mercado doméstico. O resultado positivo das vendas acumuladas dentro do Paraná evidencia que a demanda no Estado está em melhor situação que a de outras unidades da Federação, influenciada pelo gênero de alimentos e bebidas, cujas vendas se expandiram 28% neste período. O Paraná é o destino de quase 40% do total das vendas deste gênero. Também, segundo o

“Após um ano de crise, o empresário industrial aposta numa melhora em 2010, decorrente da situação econômica que mostra sinais fortes de recuperação”. (Rodrigo Rocha Loures, presidente da FIEP) relatório de Comércio Exterior da FIEP, a indústria paranaense tem procurado abrir novos mercados, principalmente para aqueles países que não foram muito afetados pela crise.


O Índice de Confiança do Empresário Industrial Paranaense (ICEI-PR), da FIEP, mostra que a confiança do empresário industrial paranaense apresentou aumento de 64,3 pontos, confirmando o aumento do nível de confiança em relação a 2008. Já o Índice de Expectativas subiu para 67,8 (contra 60,4 do trimestre anterior), devido à melhoria das expectativas da economia, que passou de 55,7 para 66,1, evidenciando uma perspectiva de melhoria das condições futuras na comparação com o trimestre anterior. “Após um ano de crise, o empresário industrial aposta numa melhora em 2010, decorrente da situação econômica, que está mostrando sinais fortes de recuperação, pois a demanda interna está em expansão por conta do aumento do emprego, da renda e da recuperação do crédito”, afirma Rocha Loures.

Cooperativas paranaenses investiram em 2009 Para o presidente do Ocepar – Sistema e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná –, João Paulo Koslovski, apesar da crise mundial que influenciou a economia brasileira, o sistema cooperativista paranaense encerra 2009 com uma estimativa de movimentação econômica de R$ 25 bilhões, praticamente o mesmo faturamento do ano anterior. Este resultado significa que as cooperativas não se abateram pelas notícias da crise e optaram em continuar investindo, com aplicação de um bilhão de reais em infraestrutura e agroindústrias. Já o número de cooperados aumentou, atingindo 535 mil, 35 mil novos sócios, o que demonstra a credibilidade e a importância do sistema num momento de dificuldades. Segundo Koslovski, foi alcançada a marca de 1,2 milhões de oportunidades de trabalho nos diversos ramos. Com apoio do Sescoop – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo –, mais de 103 mil pessoas foram capacitadas. Além disso, o ramo agropecuário encerra o ano com a expressiva marca de US$ 1,5 bil-


Economia hão em exportações, números que levaram as cooperativas paranaenses a liderar o ranking nacional do setor. Existem hoje dez cooperativas no Paraná, com movimentação econômica anual superior a um bilhão de reais, força da participação ativa na interiorização da economia e o comprometimento do cooperativismo com o desenvolvimento das pessoas e do Estado. “A expectativa para 2010 é positiva. Temos fé de que a safra de verão não terá os mesmos percalços do ano que passou, quando o Paraná perdeu cerca de nove milhões de toneladas de grãos de produtos como feijão, milho soja e trigo por causa de adversidades climáticas”, afirma. Para Koslovski, neste ano as cooperativas poderão crescer 10% em movimentação econômica e repetir o nível de investimento efetivado em 2009, que foi de R$ 1 bilhão, especialmente em infraestrutura e agroindústrias. Aquele destinado à profissionalização deverá ter continuidade e a previsão é treinar mais de 110 mil pessoas por meio do Sescoop Paraná.

“Temos fé que a safra de verão não terá os percalços do ano que passou, quando o Paraná perdeu nove milhões de toneladas de grãos de feijão, milho soja e trigo por causa de adversidades climáticas”. Agropecuária: clima influenciou mais que (João Paulo Koslovski, a economia presidente da Ocepar) Para o presidente da FAEP – Federação da Agricultura do Estado do Paraná –, Ágide Meneguete, o ano de 2009 foi muito difícil para a agropecuária 36 | supermix 126

não só do Paraná, mas do Brasil. Em 2008, quando a safra já estava plantada, o sul do país e o Paraná, em particular, foram assolados por uma terrível seca,

a quarta em apenas seis anos, que frustrou uma boa percentagem da produção da safra de verão. A quebra foi de 20%, com um prejuízo na ordem de R$ 3,8 bilhões para os produtores. “A crise mundial não teve um impacto tão devastador na produção agropecuária, afinal de contas todo mundo precisa comer. Seca, chuva e o real sobrevalorizado foram muito piores. O que acontece a partir da crise é uma redução na demanda mundial, em certo momento. Mas, mesmo esta redução tem um limite. Uma família pode adiar a compra do carro, do computador, uma viagem. Mas não pode adiar o almoço e o jantar”, afirma. Para 2010, a expectativa da entidade é de que o clima não atrapalhe a produção, o que provavelmente significará safra recorde. Com a redução nos preços dos insumos, altos em 2008, o produtor terá melhores condições de produção. “O nosso receio é de que o real continue sobrevalorizado demais e, desta forma, os preços caiam a níveis muitos baixos e acabem em prejuízo para os produtores”, analisa Ágide. Além disso, como o mundo inteiro espera grandes produções de soja, trigo e milho e como há uma pequena retração na demanda por carnes, tudo isso pode afetar os preços pagos aos produtores rurais, o que não é positivo. Em todo caso, a situação pode mudar no início de 2010 e a expectativa pode ser outra.


Artigos Por Andrea Luy*

O marketing não sobrevive sem endomarketing Atualmente, os empresários têm vivido dentro de um cenário competitivo e de grandes cobranças. É a concorrência acirrada, o cliente exigente, a crise, a falta de profissionais capacitados, entre outros fatores. Com base nisso, as empresas têm investido em várias estratégias e elementos do marketing tradicional, normalmente utilizadas no meio externo às empresas.

Outro ponto importante e também conhecido de todos, são as dificuldades enfrentadas pelas empresas para oferecerem um serviço de excelência com colaboradores desmotivados e insatisfeitos. Como ter sucesso enfrentando problemas desse porte? Uma importante ferramenta para inverter esta situação recebeu o título de Endomarketing. Este termo

foi definido por Saul Bekin em 1995 e significa “marketing Interno das organizações”. Serve para criar estratégias que irão unir empresas e seus colaboradores com o objetivo de motivar, informar, interagir e ensinar. Muitos já ouviram falar que antes de vender um produto ao cliente as empresas precisam convencer seus colab-


Artigos oradores a comprá-lo. Vender um produto e o serviço da empresa para o funcionário significa torná-lo aliado ao negócio, preocupando-se também com o crescimento deste. As empresas fazem uma prospecção de vendas, algumas até têm metas definidas, mas são informações que permanecem apenas entre os seus líderes. Ao funcionário é exigido comprometimento com as vendas, mas ele é orientado apenas em como manter tudo no lugar, sorrir ao cliente, e nada mais. O canal de comunicação, neste momento, entre os líderes e toda a equipe de vendas, passa a ser fundamental para o sucesso de todo o negócio, e não poderá ficar em segundo plano. Do contrário, quem acaba perdendo é o consumidor final, que será atendido por funcionários desinformados e descomprometidos. A opinião do colaborador, que podemos chamar de cliente interno, tem também grande influência na opinião dos clientes externos. Partindo desse princípio, é importante que as empresas invistam no marketing interno como uma estratégia de Recursos Humanos, tendo como objetivo fundamental atrair e reter o colaborador, fato que consequentemente atrairá seus consumidores, obtendo excelentes resultados. Trabalhar com endomarketing envolve tratar o cliente interno como participante direto das ações implantadas. Preparar a todos com uma comunicação diferenciada, abrindo um es38 | supermix 126

paço em que os colaboradores possam trocar idéias, sugestões de aprimoramento, além de um local onde possa reclamar e ser ouvido. Neste caso, o empresário deverá tomar um grande cuidado: o funcionário que fala, espera receber um retorno. Para que o colaborador seja participante direto, primeiramente é importante que ele conheça melhor a empresa onde trabalha. Saber qual é a sua visão e missão, entendendo os objetivos do empresário e se nestes objetivos há lugar para ele num futuro bem próximo. Afinal, temos na geração atual um exemplo clássico de jovens que não trabalham sem motivo e que aguardam a empresa compartilhar suas metas com eles. Pode-se dizer com certeza que eles só se comprometem com aquilo que ajudam a construir. As estratégias de marketing são muitas, mas podem não dar resultados satisfatórios se as empresas não prepararem as pessoas para conduzi-los. O marketing pessoal é o início de tudo e deve ser tratado como uma ferramenta que vai ser usada no decorrer da vida e da carreira do colaborador, independentemente da empresa em que ele trabalhe. São valores que devem ser agregados para sempre aos seres humanos. O marketing interno e, mais especificamente, o marketing pessoal poderão ensinar ao colaborador características profissionais como a ética, o compro-

*Andréa Luy é psicóloga e coordenadora de treinamentos do Iespar.

misso com a sociedade, com o meio ambiente, com os colegas e líderes da empresa. Assim, com estes valores agregados, poderão agir como verdadeiros profissionais de qualidade, além de verdadeiros seres humanos. Qualquer empresa que trate bem e valorize seus funcionários consegue obter um comprometimento diferenciado, tendo como um dos resultados o aumento da produtividade.


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As apostas para 2010 Por João Carlos Lazzarini*

A

crise ocupou boa parte das agendas deste ano. O “crisômetro” ia do inferno ao céu... Sem entrar em grandes discussões conceituais, a melhor versão dos fatos, pelo menos no caso do Brasil, tende a ser de resultados mais positivos que o esperado. Vejamos alguns indicadores econômicos importantes: – Desde março, o índice de desemprego vem diminuindo, de 9,0% para 7,5% em outubro (IBGE); – O rendimento médio real cresce em torno de 2% de junho a outubro (IBGE); – O UCI (Utilização de Capacidade Instalada) já superou os 80% nos meses de setembro e outubro e evidencia a retomada de investimentos. Ao orientar a análise em direção ao setor de bens de consumo, o resultado não foi menos positivo:

– As vendas do setor supermercadista acumularam um crescimento real até outubro de mais de 5%, comparadas a 2008. Desde janeiro de 2009, segundo a Abras – Associação Brasileira de Supermercados –, apenas o mês de março apresentou vendas inferiores a 2008. Detalhe: naquele ano a Páscoa caiu em março; – Todas as cestas de Produtos Nielsen apresentaram crescimento de volume em 2009. De acordo com os dados, onde avaliamos mais de 160 categorias de produtos dos setores de Alimentos, Higiene Pessoal, Limpeza Caseira e Bebidas, o ano de 2009 deverá apresentar volumes superiores em quase 2% aos registrados no ano anterior. Serão destaques os setores de Perecíveis e Limpeza Caseira, que cresceram até outubro respectivamente 5,7% e 3,2%.

janeiro - fevereiro 2010


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Fica demonstrado que, mais do que crise, o que tivemos no Brasil foi uma desaceleração no crescimento, gerada pela incerteza. Mas ficam perguntas que não querem calar: “Como será 2010? Que elementos devem ser considerados como importantes para o sucesso?”. Sem apresentar grandes receitas, destacamos dois blocos de tendências que certamente orientarão decisões para o novo ano: 1. As grandes tendências em termos do “Mundo do Mais”, sob a ótica do Consumidor (mais conveniência, mais praticidade, mais qualidade de vida, mais informação, mais afluência econômica das classes baixas, mais segmentação por estilo de vida) dirigirão “ainda mais” o desenvolvimento de produtos, serviços, soluções e canais de distribuição. Isso significa dizer que será fator crítico de sucesso entender claramente o que o seu público-alvo considera como atributo importante e decisivo na sua equação de 40 | supermix 126

valor. Notem: não falamos de Preço e sim de Valor. Poder agrupar diferentes estilos de vida de seus shoppers e consumidores, será decisivo para entregar-lhes esse valor por meio de sortimento, preço, exposição e promoções adequados. Tomemos como exemplo dois grupos comumente estudados pela Nielsen e que representam o maior percentual dos domicílios do Brasil e da grande Curitiba, os conscientes (40%) e os batalhadores (36%):


A partir de estudos como o Nielsen Shopper Visions ©, compreendemos que enquanto conscientes compram aos fins de semana com a família, fazem mais compras de abastecimento que de reposição, importam-se com a variedade de produtos e marcas, escolhendo estas principalmente pela relação qualidade/preço, o grupo de shoppers batalhadores faz as compras sozinho, pela manhã, nos dias de semana, em lojas próximas ao local onde reside, percorre as lojas em busca de promoções e escolhe as marcas principalmente por preço e promoção. Na verdade, é a combinação dos estilos com o posicionamento de cada supermercadista que vai ajudar a definir as melhores táticas de marketing a serem adotadas, bem como os formatos de lojas que melhor respondem às necessidades de cada grupo-alvo.

As propostas de valor das cadeias A e B são muito claras, segundo seus respectivos clientes A: preço baixo, nível de serviços e experiência de compras baixa, e B: alto nível de serviços e experiência de compras. E na cadeia C? Tudo é percebido como “médio”. Lembrando a época escolar, seria como tirar a nota cinco, mínima para passar (infelizmente, o que a prática nos mostra é que a maioria das organizações se encontra nessa posição do meio). Neste sentido, entender o ambiente onde se está inserido, como atua a concorrência, quais as dinâmicas de diferentes segmentos de mercado, que categorias, fabricantes e marcas vão ajudar na composição da sua proposta de valor será tão crítico em 2010 quanto ter as negociações orientadas por informações objetivas, claras e comuns entre varejistas e fabricantes. Ao concluir, faltaria adicionar uma espécie de cola que unirá estes dois aspectos acima expostos. Serão os processos colaborativos entre varejo e indústria, condições cada vez mais importantes para que ambos conquistem um consumidor cada vez mais exigente e cercado de diferentes alternativas de satisfação de suas expectativas de consumo.

2. O “Mundo do Mais do Varejo” (mais concentração de vendas, mais pontos de vendas no mercado, mais itens lançados que desaparecem cada vez mais cedo, mais sobreposição de segmentos de produtos negociados por diferentes canais, mais formatos de lojas) implicará numa dificuldade cada vez maior em manter uma identidade de destaque com relação aos competidores. Hoje, existem no Brasil perto de um milhão de pontos de vendas, segundo dados da Nielsen. Além disso, nos últimos 10 anos, o número de habitantes por lojas caiu pela metade. Quase 18 mil itens novos foram lançados no ano passado, e uma mortalidade histórica não inferior a 70%. Nesse sentido, é mandatório para a empresa ter sua percepção de valor, ou seja, o posicionamento reconhecido por seus clientes. Qual é a proposta de valor pela qual sua empresa será reconhecida, diferenciada e fará lucro? Praticidade? Multiformatos? Multicanal? Variedade? Preço? O grande desafio do varejo nos próximos anos será *João Carlos Lazzarini é Diretor de Retail Servico de “fugir do buraco negro do meio”. A Figura 3 permite entender perfeitamente essa metáfo- es da Nielsen Brasil ra. Imagine três empresas e a percepção que a grande maioria de seus respectivos clientes tem, em termos dos atributos descritos nos dois eixos.


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Defina seus alvos... Por Professor Menegatti*

No início de cada ano, muitos gastam boa parte do seu tempo elaborando uma lista de mudanças, alvos a serem atingidos para o ano que está por vir. Com a motivação renovada, planejam e sonham com entusiasmo, antevendo a vitória financeira, o sucesso na carreira e na vida pessoal. Planos do tipo: • Vou fazer um curso de inglês; • Vou fazer faculdade ou uma pós-graduação; • Vou começar um regime e emagrecer; • Vou trocar de emprego, de carro; • Vou ampliar meu negócio; • Vou dar mais empregos. Entretanto, para muitos esse entusiasmo diminui com o passar do tempo e para outros ele até se dilui totalmente após algumas semanas. Uma enquete recente revelou que metade de42 | supermix 126

siste antes mesmo de começar e outros 40% são bons de largada, mas se sentem desanimados antes mesmo de chegar à metade do percurso. O que concluímos com essa pesquisa? Em todo tipo de mudança ou de busca por novos objetivos, existem três tipos de pessoas: 1. As que não sabem o que fazer e nem como fazer para conseguirem o que querem. São até cheias de boa vontade. 2. As que sabem o que fazer, mas não fazem. Que desperdício! Tantas pessoas talentosas estão ancoradas por ai numa inércia total. 3. Somente 10% sabem o que fazer, entram em ação e alcançam seus objetivos. Infelizmente, muitos que não estabelecem planos, e por isso mesmo nem ousam entrar em ação, pensam que as pessoas desta faixa de apenas 10%, não passam de uns poucos “sor-


tudos”. O fato é que, “sortudos” ou não, estas pessoas apresentam-se mais positivas, assertivas e – por que não dizer – mais otimistas em relação aos seus objetivos, e por isso vencem. E como pensam os otimistas? • Todo otimista é persistente: muitas pessoas passam a vida sonhando com alguma coisa, mas não tem a atitude de dar o primeiro passo. Não arriscam fazer o inusitado. Crie diferentes formas de conseguir o que quer. Algumas podem parecer estranhas ou ousadas demais, outras não darão o resultado esperado, mas o tornarão mais persistente em querer fazer. Entre erros e acertos, o efeito “médio” sobre várias tentativas será surpreendente e compensador. • Todo otimista sempre tem planos de ação: uma meta sem um prazo de realização não passa de uma boa intenção. Sem data marcada, os objetivos podem levar meses, ou até anos para se realizarem. Com a data definida, relacione o que você já fez e o que você ainda tem a fazer. Isso ajuda a perceber que você está progredindo a cada dia. • Todo otimista não se deixa abater: nunca perca de vista o lado positivo de uma experiên-

cia negativa. Se você reparar, “ao tecer uma bela tapeçaria os fios escuros são necessários para realçar toda a beleza do desenho formado pelos fios mais claros”. As dificuldades fazem parte da caminhada, os erros fazem parte do aprendizado que tanto buscamos. Focalize no seu sucesso e não no que pode lhe impedir. Todo dia, durante este novo ano, ao acordar você terá duas escolhas: ser uma pessoa otimista ou ser uma pessoa pessimista. Sempre existirão obstáculos e você poderá escolher entre desistir e ficar lamentando ou aprender com as dificuldades e criar novas saídas. A escolha é sua! Ótimo 2010 pra você. *Professor Menegatti é palestrante de vendas, motivação e liderança.


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Atuação estratégica para empresas em um ambiente competitivo Por Cláudio Shimoyama*

Saber trabalhar em equipe nos diversos espaços é um desafio cotidiano. Muitos fatores interagem e também interferem nos mecanismos das organizações. Cada qual estabelece sua rotina e sua cultura organizacional, dando visibilidade ao que efetivamente se constrói de conhecimento sobre os outros e sobre as ações dos grupos. No entanto, é o planejamento, em curto e longo prazo, que vai nortear o gestor em sua capacidade de tomar decisões com a mínima margem de erros. No mundo globalizado em que vivemos, com a constante evolução das tecnologias de informação e de comunicação, nem sempre é possível saber se estamos colocando a companhia em risco com certas ações. Por essa razão, cada vez mais as empresas vêm se conscientizando da importância da segurança da informação. Destaco como uma das ferramentas da gestão o planejamento, pois possibilita que os diferentes níveis da organização 44 | supermix 126

se comuniquem e tomem conhecimento do trabalho de outros grupos, possibilitando uma maior e melhor comunicação interna, gerando uma área de convivência menos conflituosa e garantindo informações mais seguras. Na prática, podemos dizer que um bom sistema de inteligência de informações, que é também uma forma de comunicação e fonte mais profissional e segura, pode ajudar não só as grandes corporações, mas também pequenas e micros a tornarem-se mais competitivas e garantir vida longa no mercado. Atualmente, a gestão focada nas pessoas, na atenção, na análise conjunta ao contexto interno e externo, ao tempo e aos processos, torna-se referencial para uma tomada de decisão mais segura. É claro que não há regra, nem receita, há sim indicadores que devem ser constantemente avaliados para que o gestor não tome atitudes sem referenciais, sem apoio e

equilíbrio da situação desejada. A burocracia é um fator impeditivo, em meu ponto de vista, de tomada de decisão, pois gera um obstáculo que, nos dias de hoje, é substancial aos processos de gestão: o fator tempo. Não podemos perdê-lo, devemos aprimorá-lo. Pense nisso!


Espaço IESPAR

Palestras

As regionais de Ponta Grossa e Curitiba também tiveram o prazer de contar com a presença de empresários supermercadistas, gerentes de lojas e administradores nas palestras “Administração de Capital de Giro – a teoria na prática”, ministradas pelos Consultores Milton Rui Jaworski e Christian Nogarotto, dias 30 de novembro de 2009, em Ponta Grossa, e 10 de dezembro de 2009, em Paranaguá. A palestra abordou estratégias básicas de administração de capital de giro em empresas supermercadistas.

No dia 19 de novembro de 2009, mais de 170 pessoas do setor supermercadista do município de Bandeirantes e região participaram da palestra promovida pelo Iespar – Instituto Escola de Supermercados –, com o apoio da Apras – Regional Norte Pioneiro, que tem como presidente o empresário Luiz Yoneo Ueda. A palestra foi desenvolvida com o tema “Atendimento Personalizado ao Cliente”, pelo professor Caio Blanco, que destacou tópicos sobre público alvo do segmento, motivação pessoal e profissional das equipes de No dia 25 de novembro de 2009, as regionais trabalho. de Curitiba e Londrina promoveram a realização de palestras sobre Nota Fiscal Eletrônica, com o Dr. Edson Garcia Júnior, advogado e consultor, ministrando em Curitiba e o professor Euclides Nandes Correia em Londrina. As palestras tiveram como objetivo informar aos empresários supermercadistas, gerentes de loja e contadores, as justificativas, benefícios e procedimentos para emissão das notas fiscais eletrônicas.

Curso de Designer e Decoração de Loja Novas turmas foram treinadas na Apras – Regional Curitiba e Ponta Grossa preparando os coA Apras – Regional Irati também recebeu no laboradores para a trabalharem com a comunicadia 30 de novembro de 2009 os colaboradores ção de loja no final do ano. de loja, preparando-os para as vendas de final de ano com a palestra “Encante seu Cliente Desligando o Bip”, com a consultora de Cibele Regis de Paula, da empresa Priorize.


Espaço IESPAR

Curso de Cartazista Na regional Maringá, foram formados 10 novos cartazistas no dia 19 de novembro de 2009 e na regional Londrina foram formados 29 novos cartazistas nos dias 20 e 23 de novembro. Também no mesmo mês, a regional Curitiba formou 36 novos cartazistas.

muito bem trabalhado pelos professores Nelson Almeida Guimarães, Tais Andrade Targa, Sandra Catarina Alves e Andréa Luy, cada um contribuindo com suas respectivas regiões. Durante a reunião, os professores colocaram uma questão de extrema relevância para reflexão: Você e a sua empresa estão preparadas para contratar, administrar e liderar esta geração?

Curso de Manipulação de Alimentos A regional Curitiba formou duas novas turmas A conclusão informada e salientada pelos prodo curso Manipulação de Alimentos no dia 24 fessores é sobre a importância de conhecer as de novembro de 2009, em Curitiba e dia 08 de pessoas que fazem parte desta geração (com dezembro de 2009, em Guaratuba. idade inferior a 30 anos) e de saber trabalhar de forma eficaz com elas que, aliás, são a maioria dos colaboradores nas empresas supermercadisNos dias 02 e 07 de dezembro de 2009, forma- tas e também representam o futuro da nação ram-se novos líderes na cidade de Guaratuba. A brasileira. Outros fatores essenciais sugeridos turma foi in company no Supermercado Solimar. são: alinhar as competências humanas às estratégias do negócio e objetivos da empresa; e como Parabéns! trabalhar atualmente com quatro gerações distintas na organização. Além do tema trabalhado, contamos com a apresentação da pesquisa realizada em 2007, pelo No mês de novembro, a Apras – Associação Datacenso – Instituto de Pesquisas, com o foco Paranaense de Supermercados – promoveu, “Por que meu funcionário vai embora?”, sendo por meio do Iespar, a III Reunião do Comitê informado aos participantes que a nova pesquisa de Recursos Humanos nas cidades de Curitiba, será realizada entre os períodos de novembro de Maringá, Londrina e Cascavel. Um dos temas 2009 e julho de 2010, com o questionário da pesabordados na última reunião do ano de 2009 foi quisa podendo ser entregue até o dia 30 de julho sobre a “Geração Y”. Esse assunto despertou o deste ano. O objetivo é conhecer os motivos peinteresse dos participantes, entre eles empresári- los quais o funcionário pede o seu desligamento os supermercadistas, psicólogos, profissionais de da empresa. As interessadas em participar podem RH e professores universitários. O assunto foi solicitar o questionário via e-mail para andréa.

Curso de Líderes

Comitê de Recursos Humanos Apras

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iespar@apras.org.br ou fernanda@apras.org.br. Lembramos que o sigilo das respostas das pesquisas com as empresas participantes será mantido pela Apras e pelo Iespar.

telefone e e-mail aos alunos. Desejamos a todos os alunos boas férias e boas festas!

Curso de Formação Gerencial no Varejo É com grande alegria que o Iespar parabeniza aos alunos formados em 2009 pelo curso de Formação Gerencial no Varejo – turmas 19 e 21, em Curitiba, e turma 20, em Londrina (in company pela Rede de Supermercados Viscardi). Ainda em 2009, começaram quatro novas turmas do curso Formação Gerencial no Varejo, no mês de maio em Ponta Grossa, turma 22; e no mês de outubro no Litoral, turma 25; em Cascavel; turma 26, e em Maringá, turma 27. O cronograma das aulas para o ano de 2010 será informado por

Programação de cursos (em Curitiba e também no Estado) pode ser vista no site www.apras.org.br/iespar


Espaço APRAS

Festas de Final de Ano movimentam as regionais Apras Final de ano é o melhor momento para reunir os amigos, comemorar as conquistas e restabelecer as energias para começar o ano novo bem. A Apras – Associação Paranaense de Supermercados – já tem em seu calendário a tradição de realizar sempre grandes eventos. São jantares que reúnem centenas de fornecedores e supermercadistas para reforçar os laços de amizade e – por que não? – conhecer novos amigos e quem sabe, futuros parceiros.

Curitiba, 05 de dezembro de 2009 Realizado no Estação Embratel Convention Center, o jantar contou com o patrocínio das empresas: Ambev, Brasil Foods, Arroz Buriti, Copacol, Café Damasco, Kraft Foods, Frimesa, Isabela, Nestlé, Santher e Vilma Alimentos, e também o apoio de Aurora Alimentos, Bom Gosto, Líder, La Valle, Melitta, Ninfa, Ouro Fino, Personalize Turismo, Pernod Ricard, Porto a Porto, Promocenter, Quiboa, RP Informática e Sadia. Autoridades como o vice-governador do Estado do Paraná, Orlando Pessuti, e o senador Álvaro Dias, entre outras, prestigiaram o evento que reuniu cerca de 1,4 mil pessoas.

Cascavel, 21 de novembro de 2009 Realizado na Associação Atlética Coopavel, o jantar teve o patrocínio das seguintes empresas: Parmíssimo, Unilever, Líder Alimentos, Isabela - Distribuidor Regional Mega Mix, Dialli Distribuidora, Coopavel, Vinícola Aurora, Coca-Cola e Cerveja Sol, Passa Tempo Representações: Café Tirol, Açúcar Estrela e Granja Pinhalovo. O deputado Alfredo Kaefer e o presidente da Câmara de Vereadores, Marcos Damasceno, estiveram presentes ao evento. Mais de 900 pessoas estiveram presentes, entre associados supermercadistas, fornecedores e convidados.

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Londrina, 21 de novembro de 2009 Realizado no Londrina Country Club, o jantar de Final de Ano da regional de Londrina reuniu 840 pessoas e teve o patrocínio das empresas: Spaipa, Parati, Armarinhos Paraná Santa Catarina, Sadia, Fattoria Frios, Cocamar, M. M. Batatas, Toaschibra Luzes, Savio Sorvetes, Café Corol, Supermercados Almeida, Supermercados Santarém, Supermercados 88, Pão Pullmann, Diageo, Vinhos Guaravera, Rádio Globo; e também o apoio de: Chá Prenda, Cerealista Feijão de Ouro, Unilever, Irmãos Muffato, Café Odebrecht, Pão de Queijo Gina, Naturre, Biscoito Capela, Agropecuária Petrópolis – Leite Piá, Perdigão, Produtos de Limpeza Girandosol, Moinho Globo, Bono Constantino, Dialli, Confeitaria Suissa, Frimesa, Cia Leco de Prod. Alimentícios, Savon, Arroz Tio João e Supra Soy, Vale Fértil, Nutrimental, La Violetera, Crivialli e Colgate.

Maringá, 28 de novembro de 2009 Realizado no Clube Olímpico Maringá, o jantar dançante de Final de Ano da regional Noroeste recebeu, aproximadamente, 500 convidados e contou com a contribuição dos seguintes patrocinadores: Spaipa, Cocamar, Líder Alimentos, Crivialli Brasil, Naturytha Cosméticos, Frimesa, SG Sistemas e TGMaq. O jantar teve a animação da Banda New Sound.

Ponta Grossa, 14 de novembro de 2009 Realizado no Centro de Convenções do Shopping Palladium, o jantar de Final de Ano das regionais Ponta Grossa e Irati reuniu, aproximadamente, 740 pessoas e contou com o patrocínio das seguintes empresas: Café Lontrinha, Spaipa, Arroz Copagro, Feijão Pontarolo, Scheffer – Sistemas de Arquivamento, Isabela, Anaconda, Cargill Alimentos, Selmi, Alimentos Wilson, Alimentos Zaeli e Carbonar – Comunicação Visual. Como apoiadores, o evento teve as empresas: Vassouras São Francisco, SG Sistemas de Automação Comercial, N&E Informática e Faceda Representações.

Pato Branco, 16 de dezembro de 2009 O jantar de Final de Ano da regional Sudoeste da Apras contou com o patrocínio das seguintes empresas: Anaconda, Cantu. Parati, Frimesa, Nutrimental, Vila Nova - Comércio de Bebidas e reuniu cerca de 150 convidados.

janeiro - fevereiro 2010


Platoforma

Apti Alimentos lança linha de produtos Senninha A Apti Alimentos lançou, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, uma linha de produtos com a marca Senninha. A nova linha inclui produtos como milk shake, sorvete, gelatina, refresco, flan, mistura para bolo, pudim, maria mole, achocolatado, fermento e caldos para tempero.

Da alta gastronomia aos pratos do dia a dia A mais tradicional mostarda do mundo, a Colman’s, ganha espaço na mesa dos brasileiros. São oferecidas em embalagens de vidro e na versão squeeze. Para adquirir os produtos, é preciso entrar em contato com a importadora Gourmand Alimentos pelo telefone (11) 38425050.

Desoflor acredita no poder das flores A Desoflor foi buscar as fragrâncias florais mais perfumadas para lançar o novo líquido limpador sanitário com o frescor e perfume das flores do campo. A cada ação, ele limpa e perfuma de uma só vez. A linha possui quatro fragrâncias: Ocean fresh, Lavander, Silvestre e Frutal.

Novo suporte para coador de papel Melitta A Melitta lança o novo suporte para coador de papel Melitta Cores. Composta por nove opções de cores, o produto tem uma abertura na parte inferior para o consumidor ver o café passando. Possui ainda base plana, que se adapta em diversos recipientes, e cavidades superiores que ajudam na retirada do coador usado.

Leão lança mate sustentável A Leão lançou no mercado brasileiro o primeiro chá mate orgânico. O produto, que vem em embalagens de 100g, combina tradição e inovação em um chá saboroso, feito a partir de erva-mate orgânica, sem uso de defensivos agrícolas ou adubos químicos. As embalagens são feitas com papel 100% reciclado.

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