Supermix 131

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palavra do presidente Estamos encerrando mais um ano e, por isso, aproveito esta última edição da Supermix em 2010 para fazer uma retrospectiva. Diria que este foi um ano de muitos desafios e novidades para o setor supermercadista. Nosso primeiro semestre foi muito positivo, se comparado a 2009, quando estávamos ainda receosos com o desenrolar da crise econômica mundial. Os números divulgados pela pesquisa Nielsen, encomendada pela Apras, nos mostraram exatamente este cenário. As vendas no setor supermercadista da Grande Curitiba registraram crescimento real de 5,4% em relação ao acumulado do mesmo período no ano anterior – entre 4 de janeiro e 12 de setembro –, o mesmo da média Brasil. Isso nos leva a crer que teremos, sem dúvida alguma, um fechamento ainda melhor no segundo semestre. Nosso consumidor está mais sofisticado. Se esta afirmação é verdade no Brasil, que dirá em Curitiba, onde as pessoas têm hábitos de consumo aquém das expectativas como comprova nossa matéria de capa [pág 18]. Com saldo de empregos fechando o melhor resultado desde 2000 – foram 38.475 vagas registradas com carteira assinada em Curitiba entre os meses de janeiro e setembro, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego –, renda mínima acima da média nacional – no Paraná, o salário mínimo é de 663 reais, 153 a mais que o salário mínimo brasileiro –, e acesso facilitado ao crédito, nossos consumidores tem motivos de sobra para investir num final de ano de muitas compras. Além disso, 2010 foi o ano de eleições presidenciais. Outro fator impactante na economia como um todo. Os índices de confiança confirmam as expectativas positivas dos empresários brasileiros em relação ao crescimento constante do país. E para 2011, qualquer que seja o resultado da eleição, acreditamos que os investimentos continuem independentes das oscilações no cenário político. Diante deste momento em que vive o país, esperamos fechar o segundo semestre com crescimento real na ordem de 8% a 9%, afinal, o décimo terceiro vai injetar 102 bilhões na economia neste final do ano – em 2009 foram 85 bilhões. Isto quer dizer que teremos 20% a mais o que motiva os consumidores a comprar mais neste final de ano. Este cenário está dando suporte para que o setor continue investimento na reforma de lojas já existentes e na abertura de novas lojas que utilizam mais tecnologia, visando um ambiente mais sustentável e com maior conforto para o consumidor. Lojas esses que em nada perdem para o existe de melhor nos países desenvolvidos, mostrando que o empresário supermercadista está fazendo sua parte. Esperamos para 2011 um ano igualmente promissor, independente do presidente que assumir o comando do país no próximo ano. É neste cenário positivo que a Apras se prepara para comemorar seus 40 anos de existência com muito muitas realizações, como a 30ª Mercosuper, que pretendemos que seja a melhor feira e convenção da nossa história. Preparem-se para o final de ano. Boas vendas!

Pedro Joanir Zonta

Presidente da Apras


sumário

NOTíCiAS

(08)

suporte jurídico

(40)

espaço apras

(59)

ENTREVISTA

(16)

design no pdv

(42)

lançamentos

(60)

PERFIL

(28)

artigos

(44)

espaço do leitor

(62)

índice de vendas

(38)

academia empresarial (52)

30

34

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VAREJO

Calendário

EVENTOS

Dez dicas essenciais para abrir uma nova loja de supermercado

Verão: cenário favorável traz boas expectativas para o comércio

Agenda do próximo ano destaca comemoração aos 40 anos da Apras

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matéria de capa

Institucional

Resp. Social

Curitibanos têm hábitos de consumo mais exigentes e sofisticados

Capacitação: objetivo é oferecer às empresas um ambiente acadêmico

Apras Mulher consolida fase da entidade em sintonia com a sociedade



editorial DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2009/2012

Caro Leitor Dois mil e dez foi um ano muito atípico, mas previsível. O momento póscrise, que era avaliado pelos economistas como estimulante para o cenário brasileiro, se confirmou e vimos uma aceleração do consumo, enfatizada por números divulgados em revistas especializadas. Foram muitos os eventos impulsionando a economia do país. Contra fatos não há argumentos: a classe C é a “bola de vez”. São inúmeros estudos, entre eles uma reportagem de capa na revista Exame, que comprova que este estrato social tem crescido em proporções jamais vistas e, inclusive, já representa a maior parte da população no Brasil. A expansão do crédito continua forte, e com emprego e renda garantidos, aumenta a confiança do consumidor o que favorece a disponibilidade para compras com prazos longos e a queda no preço dos produtos. Todos estes fatores sinalizam perspectivas ótimas o fechamento dos números do comércio neste final de ano. Isso tudo gera um esforço generalizado com o objetivo de atender às novas necessidades e aos anseios deste perfil consumidor. Não pode ser diferente nos supermercados. Vamos acompanhar, nesta edição da revista Supermix, algumas ferramentas que favorecem a adaptação do varejo a esta nova era de consumo. O Geomarketing, forte tendência de análise de microregiões aparece em uma entrevista exclusiva com o engenheiro e especialista em marketing, Luciano Penido. Em outra matéria, apresentamos dez preciosas dicas para o empresário varejista que pretende expandir e abrir novas lojas. E a nossa matéria de capa faz uma profunda análise deste diferenciado consumidor curitibano e todas suas peculiaridades. Fornecemos ao leitor nas próximas páginas uma oportunidade única de encerrar o ano com excelentes perspectivas para 2011. Gostaria de encerrar esta edição reafirmando minha satisfação com o resultado das mudanças editorias e gráficas da revista ocorridas neste ano. Espero que este seja também o sentimento do leitor em relação ao nosso trabalho em busca de preciosas informações para o sucesso dos negócios no setor. Tenha uma boa leitura!

Camila Manssour Tremea

Presidente Pedro Joanir Zonta (Condor Supermercados) Primeiro Vice-Presidente Luiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.) Vice-Presidente Financeiro Daniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA) Vice-Presidente de Patrimônio João Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta) Vice-Presidente de Capacitação Mauricio Bendixen da Silva (Walmart Brasil.) Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA) Vice-Presidente Segurança Luiz Alberto Leão (Condor Supermercados) Vice-Presidente Eventos Everton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.) Vice-Presidente Expansão Alceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA) Vice-Presidente de Segurança Alimentar Nelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli) Vice-Presidente Relações Sindicais Ademar Vedoato (Supermercados Viscardi) Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal) Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA) Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.) Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA) Vice -Presidente Adjunto Cezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Rodolfo Pankratz Haroldo Antunes Deschk Dercio Domingos de Costa Conselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos Edson Zamprogna Claudia Maria Dalmora Presidente Regional Sul - Ponta Grossa Sergio Jasinski (Supermercado Jasinski) Presidente Regional Norte - Londrina Valdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Presidente Regional Oeste - Cascavel Luciano Fabian (Supermercado Fabian) Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco Vinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA) Presidente Regional Noroeste - Maringá Roberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci) Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho Luiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes) Presidente Regional - Irati Paulo César Ivasko (Supermercado Ivasko) Presidente Regional - Guarapuava Daniel V. Hyczy (Supermercado Superpão) Conselho Permanente Everton Muffato Pedro Joanir Zonta Ruy Senff Sidney Schnekemberg Eduardo Antonio Dalmora Romildo Ernesto Conte Roberto Demeterco Superintendente Valmor Antônio Rovaris Diretor Comercial Walde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato Diretor Comercial Walde Renato Prochmann Conselho Editorial Camila Manssour Tremea, José Eduardo Nasser e Isabelle Rocker Departamento Comercial Khailany Cardoso e Walde Renato Prochmann Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 E-mail: supermix@apras.org.br Projeto Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico) Diagramação Samuel Rodrigues Revisão Paulo Roberto Maciel Santos Fotos Alex Santos Pré-Impressão (CtP) e Impressão Maxi Gráfica e Editora Ltda. Tiragem 13.000 exemplares Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix é patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e também seu órgão oficial de divulgação. Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80045-190 Fone: (41) 3263-7000 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR supermix@apras.org.br / www.apras.org.br/supermix Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados.

Coordenadora de Comunicação Impressão A Apras, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC ( Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Maxi Gráfica e Editora Ltda. - certificada na cadeia de custódia - FSC



NOTÍCIAS Volta às aulas 2011 com muitos lançamentos ( Os lançamentos da volta às aulas em 2011 foram antecipados durante uma das três maiores feiras do mundo no segmento, realizada neste semestre em São Paulo. As novidades da Office PaperBrasil Escolar 2010 – 24ª Feira Internacional de Produtos, Suprimentos e Acessórios para Escritórios, Papelarias e Escolas – atraiu profissionais responsáveis por abastecer os hiper e supermercados e mostraram oportunidades de negócios para as redes supermercadistas para o ano todo. Um dos destaques foram os 130 novos produtos dos heróis infantis dos desenhos do Cartoon Network. Representado pela Redibra Licensing Solutions, o Cartoon Network contou com nove empresas licenciadas para apresentar as novidades. No Brasil, a empresa movimenta cerca de R$ 800 milhões por ano em vendas no varejo, sendo que o setor de papelaria é responsável por 12% desse total. Dentre os lançamentos estão itens como caneta holográfica 3D, pastas e mochilas coloridas, rolo de papel contact, fone de ouvido, caixa de som, entre outros. “Nossos personagens têm agradado em cheio o gosto dos meninos brasileiros”, diz Adriana de Souza, diretora de licenciamento, marca e eventos do Cartoon Network e Boomerang para o Brasil. Segundo pesquisas, Ben 10 é o personagem que mais desperta interesse nas crianças e adolescentes do sexo masculino no Brasil. Dan e os Guerreiros da Batalha, do desenho japonês Bakugan, chegam em mais de 50 itens, como mochilas com rodas, cadernos e linha de escrita.

O segmento de borrachas de apagar e corretivos é uma das grandes apostas da Mercur, empresa brasileira reconhecida há 85 anos por seus materiais escolares. A companhia, que atualmente possui um amplo mix de produtos para estudantes e escritório tem na borracha de apagar seu maior ícone e recall de marca. Hoje conta com 50 modelos, entre naturais (látex de seringueira) e termoplásticas (polímero), além de 13 modelos de corretivos, como canetas, fitas e corretivos líquidos. As borrachas e corretivos representam 40% da fabricação de materiais escolares da empresa. “O portfólio da Mercur atende desde crianças em idade escolar, jovens que buscam inovação, até adultos que procuram produtos funcionais, artistas e artesãos”, diz Karin Kulpa, gerente de comunicação da Mercur. A venda de computadores tem beneficiado a categoria de produtos formada por suprimentos para informática, material de escritório e até de papelaria no setor supermercadista. De janeiro a março de 2010, os hipermercados aumentaram sua participação na venda de computadores e representaram 23% do total de 2,9 milhões de equipamentos vendidos no período. Entre os fatores que motivaram este resultado estão a expansão da Classe C, que se dirige mais ao varejo que às lojas especializadas, e a necessidade dos fabricantes de diversificar sua clientela. Para os fabricantes brasileiros destes segmentos, os hipermercados e supermercados (o chamado autosserviço) ainda não são um canal de distribuição representativo, mas vêm recebendo atenção especial pelo grande potencial de crescimento e por oferecer uma saída ao problema da sazonalidade. Fonte: Da Assessoria.)


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Sindicato distribuiu 11 mil pães no Dia Mundial do Pão Nem mesmo a chuva ofuscou o brilho das ações do Dia Mundial do Pão, em Curitiba. Realizado pelo Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria no Estado do Paraná (SIPCEP), o evento distribuiu 11 mil pães em troca de livros que foram revertidos para a comunidade da Vila Torres e para a biblioteca do Pequeno Cotolengo. Como pão é saúde, as atividades incluíram dicas de como prevenir diversas doenças. Também foram feitos exames oftalmológicos em uma unidade móvel instalada no local. A fim de dar uma oportunidade de emprego para as pessoas que desejam fazer parte do setor panaderil, foram recolhidos currículos dos interessados. “Fechamos a comemoração do Dia Mundial do Pão com chave de ouro. Foi um grande sucesso, conseguimos atingir o nosso objetivo, que era colocar o pão no centro de outros temas extremamente importantes para a construção de um planeta mais humano e equilibrado”, destaca o presidente do SIPCEP, Vilson Felipe Borgmann. O pão é responsável por milhares de empregos diretos e indiretos, além de contribuir decisivamente com

a economia do Estado. “Esta comemoração é a retribuição aos nossos clientes que valorizam a classe e não abrem mão de um pãozinho saudável e saboroso”, completa Borgmann. Fonte: WBC Comunicação.)

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Walmart vai dobrar compras de pequenos agricultores no Brasil ( O Walmart vai dobrar as compras de pequenos e médios agricultores do Brasil até 2015. O Clube dos Produtores, como é conhecido o programa no país, também irá ampliar o número de famílias atendidas de sete para dez mil, ampliando a renda dos agricultores em cerca de 10% e reduzindo em 20% as perdas de alimentos nas lojas.

diferença de consumo entre as classes sociais é grande. Os integrantes das classes C e D, com 52%, são os que menos compram alimentos desse tipo. Nas classes A e B o índice dos que nunca compram cai para 33%. “Embora os produtos orgânicos tenham um apelo de saudabilidade, a percepção da população é que têm preços mais altos, mesmo que em alguns casos isso já não corresponda à realidade. Esta percepção faz com que muitos consumidores nem incluam este tipo de produto na sua opção de compra, em especial

A meta faz parte de um conjunto de compromissos anunciados pelo presidente global da empresa, Mike Duke, que anunciou a estratégia de agricultura sustentável dividida em três áreas de atuação: apoio aos agricultores e suas comunidades via acesso dos produtos locais às lojas da rede; produção de mais alimentos com menos recursos e menos desperdício; e controle da origem de seus produtos agrícolas, garantindo a produção sustentável. “Por meio da agricultura sustentável, o Walmart está posicionado de forma única para fazer diferença na produção de alimentos. Nossos esforços ajudarão a aumentar a renda dos agricultores, conduzirão ao uso mais eficiente de pesticidas, fertilizantes e água, e fornecerão produtos mais frescos aos nossos clientes”, informou. O Brasil também foi citado no que se refere ao compromisso já firmado pela empresa no país de não comprar carne bovina proveniente de áreas de desmatamento da Amazônia ou de fazendas incluídas na lista do trabalho escravo do Ministério do Trabalho. A partir de agora, a prática adotada no país foi expandida para os demais países que compram carne brasileira, como Canadá, Chile e Estados Unidos, entre outros. Fonte: Da Assessoria.)

Classes C e D são as que menos compram alimentos orgânicos ( Os lançamentos da volta às aulas em 2011 foram aA GfK, quarta maior empresa de pesquisa de mercado no Brasil e quarto maior grupo mundial do setor, avaliou a presença dos produtos orgânicos (alimentos sem agrotóxicos, carne sem hormônios ou sem antibióticos) na cesta de compra dos brasileiros. De acordo com o estudo, 42% dos entrevistados nunca adquirem produtos orgânicos. A

aqueles com maior restrição orçamentária”, explica Mario Mattos, diretor de Marketing da GfK. Além das discrepâncias de comportamento entre as classes, a pesquisa revela ainda que aspectos regionais também interferem na aquisição dos produtos orgânicos. No Nordeste do país concentra-se a maior parte dos entrevistados que nunca compram tais produtos, com uma taxa de 48%. Na Região Metropolitana de São Paulo (excluindo a capital) a percentagem é de 47% e apresenta um contraste com a capital, com 39%. De acordo com


Mattos, isso ocorre especialmente em função da maior concentração de classes com maior rendimento (A e B) na capital em relação ao restante da Região Metropolitana. Ao avaliar por faixa etária, destacam-se entre os que nunca compram orgânicos aqueles que têm idades dos 25 aos 34 e dos 45 aos 55 anos, com 44% e 45% respectivamente. Nota-se ainda que a compra de orgânicos ocorra mais entre os mais velhos. Entre os 8% que afirmam comprar sempre alimentos sem agrotóxicos, hormônios ou antibióticos, 16% têm mais de 56 anos. “A preocupação e cuidado com a saúde tende a ser maior entre as pessoas de mais idade, gerando maior mudança em hábitos alimentares”, afirma Mattos. Fonte: LVBA Comunicação.)

Extra traz para consumidores móveis com certificação ambiental ( Alinhado a política de responsabilidade socioambiental e apoio aos fornecedores que preservam e respeitam o meio ambiente, o Extra começa a disponibilizar móveis de jardim com o selo Biomóvel. A certificação comprova que os produtos seguem rigorosos princípios de sustentabilidade desde a pré-produção até a fase de destino final. Por enquanto, a rede oferece duas mesas e dois tipos de cadeiras com a certificação. Para Hugo Bethlem, vicepresidente executivo do Grupo Pão de Açúcar, a ideia é ampliar o mix de produtos com essa preocupação ambiental nas lojas do Extra. “É fundamental que os setores se unam e possam replicar as boas práticas. A parceria reforça a preocupação das empresas em informar ao consumidor sobre a importância de se adotar hábitos sustentáveis no dia-a-dia e criar soluções que facilitem seu engajamento”, afirma. O selo Biomóvel promove a melhoria qualitativa dos produtos no setor de móveis e decoração, com base na redução da utilização de recursos não-renováveis e das emissões por unidade de produto. Fonte: Literal Link.)


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Rede Condor expande para ganhar mercado no sul

Santher investe em megacampanha publicitária

( O presidente do grupo paranaense Condor, Pedro Joanir Zonta, tem um plano de expansão para 2011. A rede está em 11° lugar no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e almeja que, no ano em que o Brasil for sede da Copa do Mundo, em 2014, possa atingir a meta de um faturamento de R$ 2 bilhões. A rede também prevê inaugurar oito lojas até 2014 – duas por ano. Para isso, deve investir cerca de R$ 80 milhões anualmente. Em 2009, o grupo faturou R$ 1,43 bilhão e a expectativa é de aumentar esse número em 20%. “Vamos inaugurar dois hipermercados e um supermercado já no primeiro semestre de 2011. Estamos estudando a possibilidade de levarmos nossos serviços para outros estados brasileiros. No entanto, o foco ainda é consolidar cada vez mais a nossa marca no Paraná”, enfatizou Zonta. Hoje a rede possui 13 hipermercados e 16 supermercados distribuídos pelo Paraná, além de duas centrais de distribuição. Os hipermercados respondem por 65% do faturamento da rede. Ainda em 2010, está prevista a inauguração de mais um hipermercado em Curitiba, que vai totalizar o investimento planejado de mais de R$ 80 milhões este ano, o mesmo valor investido em 2009. Fonte: WBC Comunicação)

( A Santher, um dos maiores fabricantes de papel do Brasil, lança a promoção “Miley Cyrus Eu Quero SYM”. Em parceria inédita com o Youtube, a campanha traz, pela primeira vez, a estrela pop ao Brasil. O investimento faz parte da estratégia de expansão da Santher, que quer aumentar a participação de mercado da linha SYM – absorventes externos, protetores diários, sabonete íntimo líquido e lenços umedecidos. A venda de absorventes íntimos cresceu 22,5%, em 2009, o que é muito acima do crescimento de todo o mercado de absorventes, que somente cresceu 1,2% de acordo com dados Nielsen. Serão duas frentes de atuação, simultaneamente. A primeira delas levará 60 participantes a participar de uma festa exclusiva com Miley Cyrus. Já a outra frente será um concurso cultural onde as candidatas poderão enviar seus próprios vídeos para o site. A própria Miley selecionará e comentará três deles, mensalmente. Ao final, as garotas com as três melhores performances subirão ao palco ao lado dela para uma apresentação. A promoção contará com uma série de ações focadas nas redes sociais: serão exibidos mais de 30 vídeos exclusivos para internet, integrados ao site www.euquerosym.com.br, que também terá ainda várias outras atrações. A campanha também contará com extenso material de ponto de venda. A Santher acredita que irá acelerar o crescimento de todas as categorias de SYM, chegando a mais de 60% de crescimento e para tal se preparou tendo mais de um mês de vendas em estoque desde outubro. Fonte: Da Assessoria)


( O Brasil ocupa, ao lado do Marrocos, o segundo posto no ranking dos países onde há mais prejuízos causados por furtos em lojas, segundo um estudo de uma organização britânica especializada em vendas no varejo. Intitulado Barômetro Global de Furtos no Varejo, a pesquisa calcula que entre julho de 2009 e junho deste ano os lojistas brasileiros perderam R$ 3,9 bilhões em furtos e erros administrativos. O valor representa 1,64% do total das vendas no período e, proporcionalmente, só é inferior ao da Índia (2,72%).

a 1,36% do valor das vendas. O índice é 5,6% menor do que o registrado em 2009, resultado creditado à melhor situação da economia mundial e ao aumento de 9,3% nos investimentos em segurança, que custaram R$ 45,4 bilhões aos cofres das lojas em 2010. As maiores reduções em furtos ocorreram na Índia (15,1%) e nos países da América do Norte (6,9%, em média). Os setores que mais registraram ocorrências foram os de peças de carros e materiais de construção (1,81%); roupas e acessórios (1,72%); e cosméticos (1,7%). Já os menos afetados foram os de bebidas alcoólicas (0,72%); calçados e artigos esportivos (0,76%); eletrônicos e computadores (0,87%).

Participaram do levantamento no Brasil 37 redes varejistas

Fonte: BBC Brasil)

Brasil é o segundo no ranking mundial de furtos em lojas, diz estudo

de variados setores, com 29.132 lojas espalhadas pelo país. Do total dos prejuízos registrados por lojistas brasileiros, 32,8% foram atribuídos a furtos por clientes, 43,4%, a furtos por funcionários e 7,6%, a fraudes envolvendo fornecedores e vendedores. Outros 16,2% foram creditados a outros tipos de erros. O Brasil foi o único entre os 40 países pesquisados a ter registrado aumento nos prejuízos, ainda que o crescimento tenha sido de apenas 0,02% em relação a 2009. Em entrevista à BBC Brasil, Joshua Bamfield, diretor do Centro de Pesquisas do Varejo (órgão que conduziu o estudo), diz que não se pode creditar a piora do índice brasileiro somente à criminalidade. “Os lojistas têm trabalhado duro em identificar perdas, então parte desse aumento pode ser atribuído a uma maior precisão nos dados”. América Latina Além do Brasil, participaram do estudo outros dois países latino-americanos: o México, quinto colocado da lista, com perdas causadas por furtos equivalentes a 1,61% das vendas,

Super Muffato inaugura loja gourmet em Curitiba

e a Argentina, em 11º lugar, com 1,48%. No ranking geral, Índia, Brasil e Marrocos são seguidos por África do Sul, Rússia, México, Tailândia, Malásia e Turquia. No outro extremo da tabela, figuram entre os países com menores perdas causadas por furtos Taiwan (0,87%), Hong Kong (0,91%) e Áustria (0,97%). Os Estados Unidos (10º lugar e 1,5%), o Canadá (12º e 1,42%) e a Austrália (15º e 1,32%) foram os países desenvolvidos que tiveram pior desempenho. Melhora ante 2009 O estudo calcula em R$ 182 bilhões o total de perdas causadas por furtos em 2010 no mundo todo – equivalente

( O novo supermercado está localizado no bairro Juvevê, no antigo Clube da Urca, uma região em desenvolvimento comercial e residencial com grande fluxo de pessoas e visibilidade. O empreendimento recebeu o investimento de R$ 15 milhões, para um espaço com oito mil metros quadrados de área construída de pura inovação, valorizando o que o curitibano tem como exigências: qualidade, serviços, variedade de produtos e atendimento personalizado. A loja gerou 200 empregos diretos e mais 50 indiretos. “Essa era uma região da cidade que o Super Muffato ainda não estava presente, trouxemos o que há de mais moderno em


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autosserviço para atender clientes que buscam uma nova concepção de supermercado”, afirma o diretor do grupo, Ederson Muffato. De acordo com as pesquisas de hábitos de consumo da região, os consumidores estão mais exigentes, conscientes e adeptos à tecnologia para alcançar a praticidade. “O nosso consumidor quer qualidade de vida, bem estar e tranqüilidade, até nas atividades rotineiras, como ir ao supermercado, justamente o que estamos trazendo para o novo Super Muffato Alberto Folloni Gourmet”, afirma o diretor da rede. A modernidade é o cartão de visita do supermercado, que oferece na estrutura dois estacionamentos cobertos, esteiras rolantes de acesso à loja, elevador, lotérica, e cafeteria com deck externo. A arquitetura contempla a entrada de luz natural somado a uma comunicação visual arrojada, que facilita a visão dos clientes aos departamentos desejados. A estrutura torna a prestação de serviços mais responsável no ponto de vista ambiental e social, utilizando práticas sustentáveis já adotadas nas outras lojas como aproveitamento de iluminação natural, fonte de captação de água da chuva e sistemas de refrigeração que não prejudicam a camada de ozônio. Gourmet Será o primeiro supermercado gourmet de Curitiba e a segunda filial do grupo Super Muffato com esse conceito, que prima pela variedade de produtos genuínos, todos de altíssima qualidade e raros nas prateleiras das lojas convencionais. São produtos da gastronomia mundial, exclusivos para consumidores exigentes. “É um supermercado onde serão vendidos produtos de qualidade. Um conceito diferenciado e inovador no Brasil, essencialmente voltado para uma atmosfera gastronômica”, diz Éderson Muffato. Cada departamento foi elaborado para oferecer ao consumidor um ambiente aconchegante com produtos de alta qualidade. Uma seleção criteriosa de produtos importados e nacionais num mobiliário de design sofisticado e um ambiente projetado para fornecer conforto. Fonte: Da Assessoria )

Economistas afirmam que 2011 terá crescimento menor, mas sem sustos ( O presidente do grupo paranaense Condor, Pedro Joanir ZoO seminário “Perspectivas da Economia”, promovido pela Associação Comercial de São Paulo contou com a presença do ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, expondo seus argumentos sobre a Conjuntura Econômica Mundial e Nacional para 2011, e de outros dois economistas: Roberto Macedo e Marcel Solimeo, respectivamente vice-presidente e economista-chefe da associação. De acordo com o ex-ministro, “estudos mostram que a recuperação de uma crise financeira, como a que passamos, leva em média sete anos. Isso significa que podemos esperar mais quatro anos de baixo crescimento econômico”. Nóbrega ressaltou que o Brasil tem papel importante nesta recuperação, pois “o dinamismo do mercado mundial depende de países em desenvolvimento que, juntos, podem superar o PIB dos países desenvolvidos”, afirmou o economista. Nóbrega ressaltou que o Brasil está mais resistente, e apontou os principais pilares da economia nacional que colaboraram para sua robustez: o sistema financeiro sólido e sofisticado, o câmbio flutuante, o superávit primário no setor público, a inflação sob controle, a situação externa confortável – com reservas internacionais superiores à dívida interna, bem como o grau de investimento, colocado como um “selo de qualidade” para a gestão macroeconômica. Governo Dilma De acordo com o ex-ministro, “estudos mostram que a recuperação de uma crise financeira, como a que passamos, leva em média sete anos. Isso significa que podemos esperar mais quatro anos de baixo crescimento econômico”.


Nóbrega ressaltou que o Brasil tem papel importante nesta recuperação, pois “o dinamismo do mercado mundial depende de países em desenvolvimento que, juntos, podem superar o PIB dos países desenvolvidos”, afirmou o economista. Nóbrega ressaltou que o Brasil está mais resistente, e apontou os principais pilares da economia nacional que colaboraram para sua robustez: o sistema financeiro sólido e sofisticado, o câmbio flutuante, o superávit primário no setor público, a inflação sob controle, a situação externa confortável – com reservas internacionais superiores à dívida interna, bem como o grau de investimento, colocado como um “selo de qualidade” para a gestão macroeconômica. Tendências positivas para o final de 2010 O economista e vice-presidente da ACSP, Roberto Macedo, evidenciou que, apesar do crescimento menos aquecido em 2011, não há motivos para grandes sustos na economia. “Atualmente, contamos com uma tendência de queda do desemprego e a atual situação econômica me permite afirmar que, com as tendências positivas para o encerramento do ano e o Brasil recuperado da crise econômica, teremos todos um bom Natal”. Crédito em 2011 O economista-chefe e superintendente institucional da ACSP, Marcel Solimeo, ponderou que o crédito no próximo ano deve continuar em expansão, porém a níveis mais modestos. “Por outro lado, será um ano favorável ao varejo, que deve crescer em torno de 7%”, defendeu. Solimeo enfatizou que, atualmente, a inadimplência concentra-se nos novos consumidores do crédito, uma vez que se trata de um perfil pouco habituado a lidar com prestações e que também costuma contrair dívida em mais de um local. Como perspectiva para o próximo ano, o especialista ainda defende a estabilidade no endividamento das famílias, porém, com aumento do volume de inadimplentes que devem para mais de um credor. “Entretanto, teremos como um dos protagonistas do crédito a área imobiliária, que colaborará substancialmente para sua expansão”, finalizou Solimeo. Fonte: Tamer Comunicação Empresarial

)


entrevista

Geomarketing serve como ferramenta para tomada de decisões Análise de dados permite que empresários tracem o perfil de consumo de determinadas regiões Utilizar a localização geográfica para melhor adequar uma empresa a seu objetivo e ao público alvo. Isso é o que propõe o geomarketing, uma ferramenta que reúne as análises de marketing em contexto geográfico, objetivando a tomada de decisão. Com ele, também é possível readequar as estratégias de negócio, traçando um retrato fiel do contexto onde ele está inserido, e apontando as ações necessárias para uma solução comercial assertiva. A adoção do geomarketing no Brasil acontece há cerca de 15 anos, mas a ferramenta ganhou maior efetividade a partir de 2002, quando os analistas começaram também a utilizar os mapas digitais do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, passou-se a ter uma visão intraurbana dos municípios brasileiros. Em entrevista exclusiva à revista Supermix, Luciano Rodrigues Penido, mestre em Sensoriamento Remoto e consultor em Geomarkenting, fala mais sobre o tema. Confira:

De que forma os dados regionalizados podem ajudar o negócio?

( Os dados de censo demográfico do IBGE permitem, para um bairro de Curitiba, localizar a distribuição de renda, o segmento de classe social, e isolar o de menor desempenho econômico, por exemplo. Com os novos mapas digitais que o IBGE divulgará sobre o censo de 2010 - que deve ocorrer até 2012 -, será possível ter um nível de detalhamento da

“Com o avanço das novas tecnologias, o geomarketing deverá ganhar ainda mais visibilidade”. sociedade brasileira muito mais qualificado que os censos anteriores. Este conhecimento aprofundado oferece ao empresário, elementos importantes na estratégia de negócio.)


Quais as principais fontes de dados?

( Além dos dados do censo do IBGE, o geomarketing também utiliza como fontes para a produção de análises outras sondagens, como a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad) e a do Orçamento Familiar (POF), mapas comerciais de ruas – para localizar os clientes, as unidades comerciais e de serviços e também a concorrência –, e bases de dados internas do cliente, como o histórico de vendas. Uma empresa em São Paulo elaborou um processo tão eficaz que, com apenas três informações da base de dados (idade, sexo e endereço), consegue traçar o perfil de consumo do indivíduo, seja ele cliente ou não, com uma margem de 80% de acerto.) O que levar em consideração na análise de dados para o negócio?

( O erro mais comum quando não se utiliza as ferramentas do geomarketing é abrir uma loja apenas porque existe um ponto comercial com valores imobiliários interessantes. Diversos fatores contribuem para a viabilidade de um ponto comercial, sendo muito importante que a loja esteja visível. Aumentam as chances de sucesso quando há similaridade entre as lojas instaladas no entorno. Um exemplo é uma banca de jornal, um açougue e uma padaria. Os três coexistem. É importante para o negócio avaliar as condições de acesso, pois o ponto comercial tem que estar na

conveniência do consumidor, e não o contrário. Além disso, uma loja deve estar posicionada onde haja considerável circulação de público em condições e atitude de consumo. Assim, instalar um ponto comercial em uma rua sem saída implicará em um esforço muito maior para atrair o público.) Qual o papel do geomarketing na estratégia empresarial?

( O geomarketing também pode ajudar a repensar a estratégia do negócio, pois ele busca representar as condições reais do local, replicando o ambiente, diagnosticando os problemas e propondo as ações que irão compor a estratégia comercial. Na prática, o que se faz é traduzir o mundo real segundo a ótica do analista, identificando eventos que impactam nas vendas, elaborando mapas que os sintetizem e implementando as ações aplicáveis. Com o avanço das novas tecnologias, o geomarketing deverá ganhar ainda mais visibilidade. Os celulares, por exemplo, poderão se tornar um meio para se trabalhar a conveniência com o consumidor. As redes sociais também reúnem potenciais para identificar a localização, e com isso, definir novas estratégicas de marketing. A Unilever adotou uma estratégia interessante em uma campanha que utiliza um sistema de localização do consumidor, através da qual o prêmio vai atrás do premiado. Estamos apenas no começo de uma nova era do geomarketing. Muitas ações já acontecem, mas muito ainda pode ser explorado.)


Matéria de capa

O sonho curitibano Conhecida como capital ecológica, Curitiba orgulha-se de possuir a maior quantidade de área verde por habitante, cujo transporte público é considerado modelo. Com o maior salário mínimo do país, a cidade está em segundo lugar no ranking de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil, perdendo apenas para Brasília. Curitiba ostenta ainda o título um tanto quanto contraditório de capital mais sustentável do mundo ainda que a cidade tenha o maior número de carros por habitante. Mas além de consumir carros, o cidadão curitibano está indo mais vezes aos pontos de venda e adquirindo produtos e consumo de massa aos quais antes não tinha acesso. Que produtos são esses? Quem é esse consumidor de Curitiba? Por Samanta Puglia Colaboração de Maurício Bohrer


Revista SUPERMIX

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Matéria de capa

Família “Comercial de televisão” Imagine uma família de comercial de televisão. Qual a primeira imagem que vem à sua mente? Provavelmente, a cena exibe uma casa bonita, corta para uma mesa farta, onde um belo e jovem casal toma café da manhã com seus dois filhos muito sorridentes. Um cachorro simpático aparece abanando o rabo e está feito o retrato de uma típica família curitibana. BRASIL

Presença de crianças pequenas Até 5 componentes na casa Nível econômicos Alto e Médio Donas de casa com até 50 anos Cachorro de estimação

35% 87% 64% 71% 47%

REG MET CURITIBA

38% 90% 80% 75% 65%

Percentual de lares por grupos sociais, econômicos e demográficos Primeiro semestre de 2010; Brasil e Região Metropolitana de Curitiba Fonte: Nielsen | Homescan

O perfil do varejo na região Atraídas pelo perfil socioeconômico da região e sua perspectiva de crescimento, em Curitiba estão estabelecidas as três maiores redes multinacionais de supermercados atuantes no Brasil, além de expressivas redes regionais do Paraná e do Sul do país que figuram entre as 15 maiores pelo ranking Abras (Associação Brasileira de Supermercados). O cenário varejista no Paraná é bastante competitivo e não deixa espaço para amadores. A concentração de lojas de autosserviços por habitante está bem acima da média brasileira: são 1.868 contra 2.657 habitantes por loja na média do país. Já em Curitiba, a presença do pequeno varejo é menor e a competitividade fica ainda mais acirrada nos autosserviços acima de 10 checkouts. BRASIL Total Auto Serviço

Lojas

Habitante/Loja

Habitantes

72.074

2.657

191.500.000

Auto-Serviço 50 e + check-outs

130

1.472.928

Auto-Serviço 20 a 49 check-outs

730

262.302

Auto-Serviço 10 a 19 check-outs

1.935

98.956

Auto-Serviço 5 a 9 check-outs

4.371

43.807

Auto-Serviço 1 a 4 check-out

64.908

2.950

PARANÁ Total Auto Serviço Auto-Serviço 50 e + check-outs

5.720

1.868

7

1.526.607

Auto-Serviço 20 a 49 check-outs

60

178.104

Auto-Serviço 10 a 19 check-outs

150

71.242

Auto-Serviço 5 a 9 check-outs

386

27.685

Auto-Serviço 1 a 4 check-out

5.117

2.088

10.686.247

REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA Total Auto Serviço Auto-Serviço 50 e + check-outs

1.147

2.877

6

550.000

Auto-Serviço 20 a 49 check-outs

27

122.222

Auto-Serviço 10 a 19 check-outs

57

57.895

Auto-Serviço 5 a 9 check-outs

113

29.204

Auto-Serviço 1 a 4 check-out

944

3.496

Ano: 2009 Fontes: Amostra Mestra Nielsen e IBGE

3.300.000


O poder de escolha do consumidor O consumidor de hoje é mais informado, afluente e com mais lojas disputando a sua preferência. Está desenhado um contexto em que o consumidor fica ainda mais à vontade para exercer o seu poder de escolha e mostrarse cada vez mais exigente. Algumas lojas inauguradas nos últimos anos deixam claro que o varejo da região está acompanhando as tendências e não mede esforços para atrair e fidelizar seus clientes. Fachadas modernas e imponentes, com lojas e serviços complementares que facilitam o dia a dia das pessoas. Somados, esses elementos são um convite para uma experiência de compra que, para muitos consumidores, revela-se também um momento de lazer.


Matéria de capa

O investimento nas lojas traz como resultado um cliente que vai mais vezes ao supermercado. No último semestre, o curitibano fez sete visitas a mais aos pontos de venda que a média do país. E o seu desembolso também foi maior. O gasto mensal da região no primeiro semestre de 2010 foi 23% mais alto que a média brasileira.

98

121

32

42 34

28

35

20 13

51 categorias

Alimentos

Bebidas

Higiene e Beleza

16

Limpeza

Gasto médio por domicílio (base 51 categorias). Primeiro semestre de 2010; Brasil e Região Metropolitana de Curitiba Fonte: Nielsen | Homescan

Trata-se de um shopper (o shopper não é necessariamente o consumidor do produto que adquire) sofisticado, disposto a incluir em seu carrinho de compras uma variedade maior de categorias que a média. Das 51 categorias analisadas no painel de lares da Nielsen, somente 28 estão presentes em mais de 50% dos lares do Brasil, enquanto em Curitiba esse número sobre para 35. O estudo aponta ainda que 88% dos shoppers compram além do planejado. A grande oportunidade é entender que esse consumidor está ávido por encontrar um sortimento que, mais do que atender às suas necessidades básicas, ofereça muitas novidades e pequenas e irresistíveis indulgências. Esses consumidores estão constantemente escolhendo e observando novidades, o que torna a comunicação no ponto de venda fundamental. Ao analisarmos o que vai dentro desse carrinho de compras, nos deparamos com 22 categorias onde a penetração é pelo menos 10 pontos acima da média Brasil. Isso nos ajuda a entender melhor quais são as preferências desse consumidor e quais atributos estão impactando na sua decisão de compra. 33

10

Praticidade

Inseticida

11

Maionese

Molho de tomate

Amaciante

13 12 12 12

Leite Condensado

Suco pronto

Saúde

Escova dental

Catchup

Conserva vegetal

Água mineral

Creme de amendoim

Sobremesa pronta

Café solúvel

Concentrado de limpeza

Cereal matinal

Petit suisse

Chá pronto para cosumo

21 19 19 18 18 18 18 17 17 16 16 16

Extrato de tomate

24

Bebida a base de soja

24

Água de coco

Sopa

Leite Fermentado

27

Diferença de alcance/penetração em p.p. das categorias em Curitiba versus Brasil. Primeiro semestre de 2010; Região Metropolitana de Curitiba versus Brasil Fonte: Nielsen | Homescan


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23

A maior parte dessas categorias está diretamente ligada aos vetores de crescimento dos bens de consumo no Brasil que a Nielsen apresentou no começo de 2010. São eles: Praticidade/conveniência

Faz bem

No ritmo frenético da vida urbana, as pessoas querem poupar todo o Este consumidor está mais informado e consciente de seu papel no tempo possível, nem que seja o de simplesmente espremer um suco, cuidado da sua saúde e do meio ambiente. e buscam por produtos e lojas que supram essa falta de tempo da vida urbana. Produtos que procuram Diet, light e de baixa caloria, produtos integrais, iogurtes funcionais, Produtos que procuram protetor solar. Pratos prontos, sucos prontos, fraldas descartáveis, concentrados de limpeza. Diferenciais Nutritivo, funcional e com embalagens recicláveis. Diferenciais Embalagens, lojas menores e compra online.

Indulgência

Sofisticação

O ritmo de vida acelerado, a agenda cheia de compromissos e menos tempo. Com isso, surge a necessidade de encontrar compensações, um espaço na vida para dizer a si mesmo: eu mereço.

Parente próximo da indulgência, a sofisticação vem para consumidores que já conquistaram o básico e agora buscam o verdadeiro diferencial. É o momento de buscar alguma exclusividade.

Produtos que procuram Aqueles que atendam as necessidades cada vez mais específicas como chocolates premium, vinhos sofisticados e linha gourmet.

Produtos que procuram De consumo autoindulgente como cervejas importadas, sabonete líquido, televisão de LCD, café expresso em cápsulas individuais.

Diferenciais Buscas por novidades e inovações.

Diferenciais Maior valor agregado, desejo de experiência de compra e consumo.


Matéria de capa

Entendendo as movimentações do último ano em Curitiba Crescimento movido pela força da classe C Como era de se esperar, a partir do perfil traçado, com aumento do faturamento do canal alimentar de 10% versus 8,2% da média Brasil, o crescimento de Curitiba superou a média do país. % Variação de Faturamento do Canal Alimentar - T. 126 categorias, 1º semestre 2010 x 2009

Brasil

10,2

Paraná

Entre as categorias com maior penetração em Curitiba, selecionamos algumas para exemplificar os fatores que impulsionaram a venda e com isso ajudar a explicar melhor como pensa e age esse consumidor. Bebidas a base de soja – Saúde para levar

12,9 8,2

benefício para o cliente. Alguns exemplos: iogurtes em embalagens por litro; leite condensado em embalagem cartonada; molho em embalagem sache; fraldas descartáveis em embalagens mega para reduzir o custo unitário; amaciante concentrado (embalagem menor).

Reg. Met. Curitiba

%Variação nominal de faturamento (base 126 categorias). Primeiro semestre de 2010; Reg. Met. Curitiba, Paraná e Brasil; Fonte: Nielsen | Retail Índex

Aliado às tendências de comportamento do consumidor, o grande motor do crescimento de Curitiba foi mesmo o aumento de poder de compra da classe média. Com 50% de importância em número de lares da região – a classe A/B representa apenas 37% –, a classe C contribuiu com 63% do crescimento das vendas no período. Embora muitas categorias já fizessem parte da lista de compras dessas pessoas, agora são adquiridas com mais freqüência e em maior quantidade. Para entender essas movimentações, precisamos olhar além dos horizontes da região. É importante avaliar também as ações realizadas pela indústria para alavancar esse crescimento. De olho nas oportunidades com a expansão da classe C no Brasil, a indústria tratou de entender rapidamente esse consumidor e desenvolver produtos e serviços que atendessem necessidades específicas e coubessem no bolso. Entre os recursos utilizados destacam-se ações voltadas para tipos e tamanhos de embalagens com melhor custo/

Produto prático e com forte apelo de saudabilidade, a categoria continua em plena expansão e desenvolvimento, com surgimento de novos fabricantes e ampliação do mix. Nesse contexto, a classe C passou a consumir mais, impulsionando, principalmente, as vendas das embalagens de um litro. Por outro lado, as embalagens pequenas de 200ml são a preferência da classe A/B, especialmente nos lares que possuem crianças pequenas. Lembrando que em Curitiba há uma concentração maior de famílias com crianças se compararmos com a média nacional. Nesse contexto, a embalagem pequena é uma ótima opção para o lanche, sem perder de vista a questão da saúde. % Var. de Faturamento – Bebida de Soja e Tipos de Embalagem – Reg Met Curitiba Alim. 1º semestre 2010 x 2009

Classe C contribuiu com quase 59% do aumento de gastos 17,9

T. Bebida de Soja

78,7

12,6 1000ml

200ml

Fonte: Nielsen | Retail Índex e Homescan

Sucos Prontos – Práticos, saudáveis e acessíveis Assim como aconteceu na categoria de bebidas de soja, os tamanhos de embalagens de suco pronto atenderam necessidades e shoppers bem distintos


na Região Metropolitana de Curitiba. As tendências globais de preocupação com saúde e a busca por uma alimentação equilibrada não são uma preocupação exclusiva de famílias com maior poder aquisitivo. À medida que a renda melhora e a indústria coloca opções mais acessíveis à disposição, os produtos que antes eram aspiracionais da classe média começam a ganhar volume. % Var. de Faturamento – Sucos Prontos e Tipos de Embalagem – Reg Met Curitiba Alimentar 1º semestre 2010 x 2009 36,0 26,1 23,1

Total Sucos

Emb. Grandes

Emb. Individuais

Fonte: Nielsen | Retail Índex e Homescan

O crescimento, no primeiro semestre de 2010, dos sucos prontos em embalagens grandes (1 litro), aconteceu justamente com marcas de preço médio/baixo e puxados pelo aumento dos gastos e da penetração da categoria na classe C (média) e em lares com até três componentes. Já os lares com crianças impulsionaram as vendas das embalagens individuais, que representam 25% do faturamento da categoria de sucos prontos, demonstrando que os curitibanos estão atentos com a saúde e alimentação de suas famílias, sem abrir mão da praticidade.

Leite Condensado – Preço mais docinho! A categoria de Leite Condensado pode ser considerada como “madura” em função do seu alto nível de alcance na Região Metropolitana de Curitiba, onde 93% dos lares compraram pelo menos uma vez a categoria no primeiro semestre de 2010. Mesmo assim, foi uma das categorias que mais cresceu na região, com uma variação de +11,5% no primeiro semestre de 2010.


Matéria de capa

O lançamento das embalagens cartonadas provocou a “migração” da embalagem de lata para o novo formato e foi um dos fatores determinantes para esse crescimento, mas não foi o único. Junto com a mudança de embalagem, outras marcas de preço mais baixo se estabeleceram na região e também contribuíram para que a categoria crescesse. Essas movimentações da indústria estimularam os shoppers de um modo geral, fazendo com que os lares tanto de classe alta como média gastassem mais com a categoria em 2010. No entanto, a classe C foi a que mais contribuiu para o crescimento, atraída por um produto que ficou 20% mais barato na embalagem cartonada. 49,6 O preço dessa embalagem é, em média, 20% mais baixo que a Lata --> 77% do crescimento nesse tipo de embalagem puxado pela Classe C

11,5

com o apelo de ser mais prática e mais econômica que a versão enlatada. A classe A/B também reconheceu os benefícios e passou a comprar mais molho pronto nesse tipo de embalagem, sendo que 88% desses lares compraram o produto em 2010, um aumento de 0,05% em comparação com 2009.

Amaciantes – Preço mais suave A categoria de amaciantes foi outra em que a inovação no formato de embalagem causou um impacto positivo no consumo. O crescimento continua nos segmentos tradicionais (embalagens de 2 litros), porém cabe destacar a contribuição que os amaciantes concentrados deram para o desempenho geral da categoria. % Var. de Faturamento – Amaciantes e tamanhos de Embalagem – Reg Met Curitiba Alim. 1º semestre 2010 x 2009 73,1

-35,8 T. Leite Condensado

Lata

Cartonado

% Imp. p/ faturamento

25%

75%

Crescimento puxado pelos lares de classe alta e donas de casa até 40 anos

Fonte: Nielsen | Retail Índex e Homescan

13,3

Molho Pronto – Rápido e barato O alcance da categoria na classe C aumentou 0,09% chegando em 86% dos lares dessa classe em 2010. E mais uma vez a embalagem foi a heroína da história, % Imp. p/ Faturamento dos Tipos de Embalagens de Molho Pronto – Reg Met Curitiba Alimentar 10

13

33

R$ 5,8/kg

57

R$ 3,7/kg

52

35 1º semestre 2009 Envelope Alumínio Fonte: Nielsen | Retail Índex

1ºsemestre 2010 Lata

Outros

T. Amaciantes %Imp. p/ faturamento

10,6

O rendimento das emb. concentradas fazem com que o preço/litro seja 24% mais baixo que a tradicional de 2l: Classe C (média) e donas de casa com mais de 40 anos

Emb. 2 litros

Emb. Concentrada 500ml

82%

12%

Fonte: Nielsen | Retail Índex e Homescan

Apesar de ser uma embalagem com quantidade menor de produto (geralmente 500ml) em comparação com a tradicional embalagem de dois litros, o rendimento esperado e prometido compensa o investimento: o preço/litro fica 24% mais barato que o da embalagem de dois litros. As donas de casa mais “maduras” (com mais de 50 anos) da classe C da Região Metropolitana de Curitiba foram as que mais investiram na nova fórmula de amaciantes nesse primeiro semestre de 2010.


Resumo dos principais aspectos do shopper curitibano • Curitiba concentra um número maior de lares com poder aquisitivo e têm um perfil mais “familiar” que a média do país – proporcionalmente mais lares com crianças, donas de casa mais jovens e mais animais de estimação; • O shopper curitibano possui um repertório de compra mais elaborado; • Pelo menos 22 de 51 categorias analisadas têm uma penetração (presença nos lares) 0,10% maior em Curitiba que no Brasil; • O varejo alimentar na Região Metropolitana de Curitiba cresceu mais que a média do país (10% vs. 8,2%); • A classe A/B (alta) continua sendo muito importante para a região, mas a classe C foi destaque em 2010, indo às compras mais vezes e gastando mais em cada compra, o que contribuiu diretamente para o crescimento de diversas categorias. Estamos vivendo um momento especial na economia brasileira e, em especial, em Curitiba. A dinâmica de consumo está mudando rapidamente, novos consumidores da classe média, assim como os que já possuíam um maior poder compra, estão constantemente procurando por inovações e as

oportunidades estão aí para quem conseguir entender e atender melhor às expectativas desses clientes. Mais do que nunca é preciso estar atento às mudanças de mercado, tanto estrategicamente, analisando grandes tendências, como também em questões táticas que fazem parte do dia-a-dia e que pedem ações rápidas. Algumas dicas para aproveitar melhor as informações desta matéria: • Olhe para fora! Não basta analisar os dados internos, a comparação com o mercado é fundamental para avaliar se está no caminho certo; • Oriente-se por sua estratégia (posicionamento e público-alvo) e revise periodicamente o sortimento procurando identificar oportunidades de incluir novos produtos e excluir aqueles de baixo resultado. É crítico neste processo ter critérios claros, objetivos e alinhados à estratégia definida; • Garanta que a execução seja bem feita! De nada adianta ter uma boa estratégia, a melhor loja, o melhor mix e o melhor preço se o produto não está na gôndola ou encontra-se em uma posição que o cliente não pode alcançar e ainda há uma fila imensa no caixa. Samanta Puglia é executiva de atendimento ao varejo da Nielsen Brasil desde 2003.


PERFIL

Molina revela o segredo do sucesso do Grupo Marfrig “Melhor serviço aos clientes e foco nas necessidades dos parceiros” “Trabalhei muito para prestar os melhores serviços aos nossos clientes. Sempre com foco no atendimento das necessidades dos nossos parceiros”, esta é a receita ditada por Marcos Antonio Molina dos Santos, 40 anos, presidente do Grupo Marfrig, que conta com clientes em 22 países nos cinco continentes. De acordo com ele, a filosofia de trabalho da empresa é o pronto atendimento das necessidades dos clientes. “A empresa entende que é preciso estar atenta aos sinais do mercado, antecipar-se às exigências e propor soluções. Essa característica acompanha o grupo desde o seu início e é responsável pelo seu crescimento”, conta. E foi assim desde o início da carreira de Marcos. Sua história e a do grupo Marfrig percorreu o caminho inverso ao dos seus concorrentes, porque surgiu na ponta final do varejo em direção ao campo. Neto e filho de açougueiros, aos 12 anos Molina começou a trabalhar com o pai, em Mogi Guaçu, interior de São Paulo. Foi atrás do balcão do açougue que conquistou a experiência de atender ao público. Ali também cuidou do caixa, até aprender a cortar carnes. Emancipado pelo pai aos 16 anos, o empresário abriu uma empresa de distribuição de alimentos na mesma cidade. Começou distribuindo carnes a restaurantes e

varejistas da região, mas aos poucos foi ampliando o leque de produtos a pedido dos próprios clientes. E foi cultivando contatos que seu negócio prosperou. Depois de conquistar a clientela de Mogi Guaçu, partiu para as cidades vizinhas e, em menos de 10 anos, começou a fornecer seus produtos a uma das mais badaladas churrascarias, a Porcão, do Rio de Janeiro. Foi assim que Molina descobriu que os melhores restaurantes tinham uma enorme carência de boas carnes, e em 1997 instalou-se em Santo André, na grande São Paulo, para ficar bem mais próximo do circuito gastronômico da capital paulista. O contato direto com os clientes foi mantido desde o começo, o que garantia o fornecimento exatamente do que eles queriam. E foi pensando mais uma vez no cliente que Molina buscou garantir a segurança e a qualidade de seus produtos, deixando de lado fornecedores terceirizados e entrando na industrialização de bovinos. Ainda na década de 90, ele arrendou unidades industriais em Bataguassu (MS) e em Promissão (SP), e começou a exportar em 2006. Depois de fazer um de seus principais investimentos em 2009, com a aquisição da Seara Alimentos, líder em produtos industrializados à base

de carnes de aves e suínos, a Marfrig concluiu em outubro deste ano a compra da Keystone Foods, maior empresa privada americana de proteínas animais, especializada no canal “food service”. Sem citar alguém individualmente, Molina novamente ressalta a importância dos clientes que confiaram na empresa, garantido o seu sucesso. “Dos menores aos grandes grupos, que sempre acreditaram no trabalho da Marfrig e são a expressão do crescimento da empresa”, diz.

“A empresa entende que é preciso estar atenta aos sinais do mercado, antecipar-se às exigências e propor soluções. Essa característica acompanha o grupo desde o seu início e é responsável pelo seu crescimento” [Marcos Molina]



VAREJO

O que pensar antes de abrir um negócio Montar um novo negócio é sempre um desafio. Em todo o Brasil, mercadinhos, armazéns ou frutarias são montados com facilidade por empreendedores, mas somem com a mesma rapidez com que aparecem. Mas por que isso é tão comum? De acordo com Emerson Colin, doutor em Engenharia de Produção que trabalha na Verax, empresa paulista especializada em gestão empresarial, para garantir o sucesso é importante avaliar detalhadamente a localização, a expectativa de fluxo de clientes, a concorrência nas imediações e a precificação dos produtos.

do processo é que a implantação de uma nova loja requer conhecimentos multidisciplinares, como análise socioeconômica da população que mora ou trabalha nas proximidades do negócio. “A precificação, por exemplo, depende em alguma medida do poder de compra da população do entorno ou que visita a loja”, explica.

Autor do livro Pesquisa Operacional: 170 aplicações em estratégia, finanças, produção, logística, marketing e vendas, Colin sugere, para quem ainda está cru no assunto, livros de administração geral, especialmente para os empreendedores que não tenham formação em administração de empresas. Segundo ele, esses livros oferecem uma visão inicial boa porque discute e analisa praticamente todos os principais pontos de interesse. “Com uma visão geral, ele já estará apto a se aprofundar em outros temas importantes como precificação e gestão financeira”, diz.

Além disso, ele lembra ainda que a gestão financeira – que inclui questões como fluxos de caixa, capital de giro e dívidas – e a gestão comercial – que se refere a descontos e promoções – são fundamentais para que a empresa possa ter continuidade e crescer. Vale ressaltar que, de acordo com consultores da área, a lucratividade de um pequeno negócio fica em torno de 3% a 5% do valor investido. O açougue representa 20% da venda total, derivados de leite e embutidos, 12%, hortifrutigranjeiros, 10% e laticínios, 6%. E para que o setor seja lucrativo é preciso atenção e dedicação total. É preciso estar preparado para não ter mais folgas nos finais de semana e nos feriados, dias em que os pequenos comércios faturam mais. “A principal informação que o empresário deve levar em consideração quando pensa em abrir uma nova loja é a probabilidade de sucesso. Para tanto é fundamental garantir a perenidade do negócio ou dos recursos investidos, depois a rentabilidade e só depois o crescimento”, considera.

O consultor explica que a parte difícil

Um bom atendimento, a limpeza, a

Para ele, não analisar muito bem estes fatores é o erro mais freqüente cometido por empresários do setor varejista quando abrem uma nova loja.

qualidade e a variedade de produtos, a organização das gôndolas, preços legíveis e visíveis, confiança, proximidade ao consumidor, estacionamento e segurança também são aspectos que devem ser estudados antes da abertura do empreendimento. Especialistas recomendam uma boa conversa com os distribuidores. Na hora de escolher é melhor optar por marcas mais confiáveis e pesquisar preços e descontos que não afetarão seu orçamento. Ao planejar o espaço, a disposição dos produtos deve ser de forma vertical e não horizontal. Embalagens coloridas e preços legíveis agradam o consumidor e, para não confundir o cliente com produtos por todos os lados, é melhor organizar o espaço para que a entrada esteja do lado direito do estabelecimento e o cliente passe por todas as gôndolas. As promoções merecem destaque e devem estar logo na primeira gôndola. Alimentos essenciais como arroz e feijão não devem ser colocados logo na entrada, para que o cliente tenha chance de passear pela loja e acabar atraído por outros produtos. Outra sugestão de Colin é usar sistemas de gestão de desempenho para gerir o negócio, investir em capacitação da mão de obra e aplicar a meritocracia para estimular bons desempenhos e desestimular os maus. “Ou seja, é necessário planejar a implantação do empreendimento, em todos os


sentidos como necessidade de capital, recursos humanos, dedicação dos proprietários e ter algum elemento que o diferencie da concorrência, se possível de todos como menor preço, melhor atendimento, maior variedade de produtos, entre outros”, resume. Na avaliação dele, a contratação de uma consultoria só deve ser feita se houver recursos suficientes ou uma real necessidade. “Boa parte das empresas de consultoria não agrega muito e boa parte dos contratantes possui recursos muito limitados para a contratação, limitando também o trabalho do consultor”, diz. Para ele, o que precisa ser ponderado é que o risco de se tomar uma decisão errada é muito grande e nesse caso pode valer a pena algum investimento mitigatório para diminuir a probabilidade de insucesso. “Assim, sugestão é se escolher bem uma empresa que tenha experiência em implantação de novos empreendimentos e uma experiência comprovada em desenvolvimento de negócios”, completa. Dez dicas para quem quer abrir um negócio: 1. Só investir no negócio caso tenha alto grau de certeza de seu sucesso; 2. Enfrentar a realidade, no sentido de não inventar uma fantasia que se deseja que seja verdade; 3. Planejar a implantação do empreendimento, em todos os sentidos, como necessidade de capital, recursos humanos, dedicação dos proprietários; 4. Usar sistemas de gestão de desempenho para gerir o negócio; 5. Investir em capacitação da mão de obra; 6. Ter algum elemento que o diferencie da concorrência, se possível, todos eles (menor preço, melhor atendimento, maior variedade de produtos); 7. Usar sistema meritocrático para estimular bons desempenhos e desestimular maus; 8. Garantir a perenidade do negócio (ou dos recursos investidos), depois a rentabilidade e só depois o crescimento; 9. Avaliar localização, expectativa de fluxo de clientes, concorrência nas imediações e a precificação dos produtos de acordo com poder de compra da população do entorno ou de quem visita a loja; 10. Bom atendimento, limpeza, qualidade e variedade de produtos, organização das gôndolas, preços legíveis e visíveis, estacionamento e segurança são aspectos que devem ser estudados antes da abertura.


calendário

Verão 2011: boas expectativas no varejo O aumento do parcelamento e a confiança dos consumidores devem levar o varejo a ampliar suas vendas entre 10% e 11% este ano, na comparação com 2009, de acordo com a previsão da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Dentro deste cenário favorável e mais longe ainda das conseqüências da crise mundial, a expectativa de negócio para o verão 2010/2011 também é muito favorável. A queda de quase 5% nas consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) de agosto para setembro em 2010 era esperada pelo setor, considerando que não havia nenhuma festividade no segundo mês do segundo semestre. Mas, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o volume de consultas cresceu em 8%, resultado positivo mesmo considerando a instabilidade que anos eleitorais podem causar no setor e na economia. Outro indicativo de quadro favorável é a expectativa de que o período de calor se estenda 15% neste verão. De acordo com a consultoria Nielsen, no acumulado de 2009, o giro de filtro solar foi 17% superior ao ano anterior, alcançando uma cifra de R$ 727 milhões. Para 2010, a expectativa é de 20% a 40% de crescimento. Se isso ocorrer, as vendas poderão ultrapassar a casa de R$ 1 bilhão. Diante desses números, Nívea, Sundown e L’Oréal já começaram a produzir para o Verão 2010/2011

– geralmente a produção tem início entre outubro e novembro. Para impulsionar as vendas, as empresas estão investindo em diversidade e tecnologia. A Sundown, por exemplo, entra no verão com cerca de 30 itens para corpo, rosto, lábios e cabelo, além dos produtos pós-sol. Já a Nívea está focada em produtos como o spray Nívea Sun Invisibile Protection, com fórmula transparente e garantia de proteção imediata. A L’Oréal, por sua vez, decidiu explorar seu carrochefe, o Solar Expertise – que tem o Brasil como maior consumidor mundial. No setor de alimentos, produtos saudáveis também têm

“O crescimento tem chegado a 30% durante anos seguidos. As previsões são as mais otimistas para este verão”. [Teodósio Piedrahita]


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suas vendas alavancadas na estação mais quente do ano, uma vez que as pessoas passam a se preocupar mais com a aparência do corpo. A Kraft Foods Brasil investiu maciçamente em pesquisas e aposta em uma nova plataforma de biscoitos com perfil nutricional melhorado. A linha Belvita de biscoito doce individual e sem recheio apresenta mais de 50% de cereais em sua formulação, não contém corantes nem conservantes e possui 0g de gordura trans na porção de 30 gramas. Disponíveis em dois sabores: ao Leite com Grãos de Aveia (com 70% de cereais, 25% deles integrais) e Mel e Cacau (contendo 58% de cereais, 37% deles integrais), os biscoitos são embalados em porções individuais e fáceis de carregar. A novidade estará no mercado em dois tamanhos, multipack de 150g com cinco unidades de 30g cada uma (preço sugerido: R$ 3,69) e embalagem individual de 30g (preço sugerido: R$ 0,90). “A praticidade é uma tendência que veio para ficar por conta da escassez de tempo disponível para o consumidor, que necessita de alimentos práticos, que podem ser consumidos em movimento e sejam, sobretudo, saborosos. Um exemplo que reforça essa tendência é o bom desempenho de vendas do Club Social no País”, afirma Ana Ferrell, diretora de Marketing de Biscoitos da Kraft Foods Brasil. As redes do Sul do país poderão sair na frente, porque a nova marca já está por aqui. Para o restante do país, o produto só deve seguir no início de 2011. A campanha de lançamento no Sul combina diversas ações: um site específico para o produto (www.belvita.com.br), ações de degustação e “compre e ganhe” em cerca de 200 lojas, apresentação de filme em televisão aberta que estreou em outubro, distribuição de meio milhão de amostras, publicidade em mídia impressa e distribuição de material de merchandising nos pontos de venda. A Kellogg’s® também apresenta ao mercado uma linha diferenciada e inédita de barra de biscoitos de fibras, o All Bran® Biscuits. A novidade chega nos sabores uvas-passas, 78 calorias, e chocolate com 79 calorias. Uma embalagem possui dois biscoitos de 20 gramas e supre até 28% da quantidade de fibras recomendada por dia, com base em uma dieta de duas mil calorias. O produto já está disponível com um preço bastante sugestivo – apenas R$ 1,99. No setor de bebidas, a maior expectativa é com relação às festas de fim de ano. As principais indústrias já negociam com o varejo o abastecimento para o período. Luciana

33

Salton, gerente de marketing da Vinícola Salton, acredita em aumento de 25% nas vendas de espumantes, em função do verão e das celebrações de Natal e Ano Novo. A Vinícola Campo Largo preparou quatro produtos para o verão: o cooler, os frisantes (Lunar e Freeze Up), os vinhos brancos, além, obviamente, do suco. O cooler e os vinhos brancos são mercados consolidados e o grande esforço será de distribuição. “No caso dos frisantes, comercializaremos pelo segundo ano o Lunar, com a estreia do Freeze Up neste verão. Por ser um produto jovem, moderno e fácil de beber, acreditamos que poderá estourar”, diz Teodósio Piedrahita, gerente nacional da empresa,. Ele acredita que, em relação ao suco, as temperaturas mais altas propiciam uma elevação natural do consumo, o que faz com que esta categoria tenha um comportamento sempre acima das expectativas. “O crescimento tem chegado a 30% durante anos seguidos. As previsões são as mais otimistas para este verão”, comenta o gerente da vinícola, que aumentou sua cobertura de distribuição em mais 12 regiões. A cooperativa gaúcha Vinícola Aliança, uma das mais tradicionais na elaboração de suco de uva natural e também orgânico. Os produtos estão disponíveis em embalagens de vidro de 300ml a 2 litros, bem como em bag in box de 3 litros, o mais recente lançamento. “A embalagem que tem despertado muito o interesse do consumidor por sua praticidade, versatilidade e manutenção da essência natural que caracteriza nossos produtos”, diz Paulo Mognon, gerente administrativo da empresa. Na Cervejaria Petrópolis, a capacidade produtiva aumentou cerca de 25% para atender à demanda de fim de ano e início de 2011. O otimismo é tanto que a empresa já busca profissionais temporários para elevar em até 7% seu efetivo. Novos funcionários também foram contratados pela Ambev, companhia cujos investimentos no período integram o montante de R$ 2 bilhões destinados às unidades produtivas até o final de 2012 e que prevê um aumento de produção de 15%.


EVENTOS

Agenda de eventos 2011 comemora aniversário da Apras No próximo ano, a Apras (Associação Paranaense de Supermercados) comemora 40 anos de existência. Durante todo este tempo, a associação viu a evolução do setor – o crescimento das redes locais e o interesse das multinacionais no mercado brasileiro – buscando o melhor para o segmento paranaense em cada fase de sua trajetória. Os supermercados, mercados, mini mercados se transformaram, os fornecedores mudaram, o consumidor é outro. E a Apras se transformou também. Para Pedro Joanir Zonta, presidente da Apras, no decorrer dos anos, a entidade conquistou um reconhecimento importante dos empresários do setor. “Este é o resultado de muita dedicação dos colegas supermercadistas das gestões anteriores e é por isso que, hoje, temos a força de uma associação de classe bem representada diante das autoridades públicas”, confirma. Voltada a dar suporte ao setor em diversas áreas essenciais – novos negócios, suporte jurídico, educação corporativa, comunicação –, a Apras marcou no Paraná um espaço de fomento supermercadista, com eventos abrangentes e regionais. Ao promover relacionamento e a realização de negócios, o calendário de eventos reúne o setor durante todo o ano. “No ano em que completamos quatro décadas, nossos encontros têm algo mais para se celebrar: o fortalecimento e consolidação do setor supermercadista no Paraná”, diz o diretor comercial da Apras, Walde Prochmann. A programação de 2011 também irá se estender às regionais da Apras em todo o Estado e deverá ser inserida nas ações já desenvolvidas por cada regional. Ao longo desses 40 anos, são elas que também buscam aproximar, capacitar e levar informações ao supermercadista e seus colaboradores. Cada uma das oito regionais mantém um calendário ativo de atividades ao longo do ano. De acordo com o presidente da regional de Ponta Grossa, Sérgio Jasinski, os eventos anuais incluem cursos, treinamentos e palestras para colaboradores, líderes e proprietários, reuniões para esclarecimentos, jantares de confraternização e a participação em feiras de negócios. Ele ressaltou que a média de participantes nos eventos e reuniões técnicas é de 30 pessoas, já nos jantares, ela varia entre 200 a


700 pessoas – com destaque para a maior participação em jantares de final de ano. Para Jasinski, esses eventos são muito válidos para aos associados, pois proporcionam a troca de informações, experiências e parcerias, “além de reforçar a união e o fortalecimento da classe e a defesa de interesses mútuos”. A regional de Ponta Grossa conta uma sede própria de cerca 300 m², totalmente equipada com salas de treinamento, reuniões e espaço para confraternizações. Segundo Jasinski, além dos supermercadistas de Ponta Grossa, a regional da Apras mantém diálogo e parceria constantes com outras entidades locais, como associações comerciais e de classes, sindicatos e poder público.

Na regional de Pato Branco, as atividades também são intensas. De acordo com Elaine Gemelli, entre as programações realizadas neste ano estavam o curso de Análise de Custos e Formação de Preços, a palestra sobre Administração e Capital de Giro, além de dois jantares. Segundo ela, a Apras de Pato Branco busca com essas ações contribuir para a aproximação da indústria com o varejo, e em especial, a troca de experiências e capacitação dos supermercadistas. Em Pato Branco, os associados também contam com uma sede própria com mais de 230 m², localizada no Edifício Paumar. A meta da entidade na região, comenta Elaine, é trabalhar para aproximar ainda mais o varejista da associação.


Responsabilidade social

Apras Mulher: responsabilidade e compromisso social Prestes a completar 40 anos em 2011, a Apras consolida com uma iniciativa de quatro anos atrás, que sinaliza ter vindo para ficar e só faz crescer: o Apras Mulher. Criado com objetivo principal de se tornar o braço de responsabilidade social da associação, o Apras Mulher inaugura uma fase da entidade em sintonia com a sustentabilidade e participação social ativa. Tendo como agentes as esposas de supermercadistas e empresárias, a iniciativa atua por meio da arrecadação de doações, capacitação de pessoas da comunidade e parcerias com projetos e entidades já existentes. O Apras Mulher desenvolve e apóia campanhas sociais, colabora com entidades filantrópicas e vai promover também o desenvolvimento cultural, profissional, de saúde, e lazer das associadas e da comunidade. Entre as principais ações está o recolhimento das vitrines das feiras da entidade e seu direcionamento a organizações não-governamentais (ONGs), palestras para mulheres do setor e cursos de capacitação para pessoas da comunidade e que desejam ingressar ou retornar ao mercado de trabalho. As capacitações acontecem por meio da Academia Empresarial Apras, que promove cursos técnicos como o de Formação de Confeiteiras e de Cartazista. Com a presença e atuação também da indústria, o projeto busca frequentemente empresas com os mesmos valores e consciência social para dar a oportunidade para pessoas mais carentes. Outro exemplo da atuação do projeto foi com a ONG Amigas da Mama, que recebeu apoio da entidade na divulgação da importância da prevenção do câncer de mama no diagnóstico precoce da doença durante a Mercosuper 2010. Com palestra sobre prevenção, o evento reuniu mulheres dos dois projetos para discutir a doença e suas formas de prevenção. Uma importante troca de experiências. Para Lindacyr Zonta, coordenadora do Apras Mulher, é muito importante que a entidade esteja atenta a estas questões e reforça a importância da atuação social e do envolvimento

do setor no assunto. Além de atividades intelectuais, dezenas de instituições beneficentes já se beneficiaram com o recolhimento das vitrines das feiras em todo o estado. Confira a seguir um pouco sobre cada uma delas:

Entidades beneficiadas com as doações: Curitiba Asilo São Vicente de Paulo A história do asilo começou no início do século passado, com sua dedicação à reintegração social de pessoas idosas, buscando fortalecer sua identidade na sociedade. Entre os principais projetos, está o Programa de Alfabetização das Idosas, com aulas e inclusão digital. Também há uma agenda de atividades de lazer, incluindo cinema, teatro, zoológico, bailes da Terceira Idade, café e visitação a colégios, parques, e, anualmente, excursão para o litoral.(41) 3313-5353 http://www.asilosaovicente.org.br Hospital Pequeno Príncipe Maior hospital pediátrico do país, oferecendo atendimento de alta e média complexidade, o Pequeno Príncipe disponibiliza 70% do atendimento a pacientes do SUS. Com projetos que visam a modernização de infraestrutura e humanização do atendimento, oferece ao cidadão também a possibilidade de doação por meio de renúncia fiscal.41) 3310-1215 http://www.hpp.org.br Cascavel União Oeste Paranaense de Estudo e Combate ao Câncer (Uopeccan) O hospital, com 80 leitos de internação e oito leitos em Unidade de Tratamento Intensivo, dedica 80% do atendimento a usuários do Sistema Único de Saúde.


Por dia, são atendidas cerca de 500 pessoas originárias de mais de cem municípios da região de Cascavel, Noroeste, Oeste e Sudoeste do Paraná. (45) 3036-4241 http://www.uopeccan.org.br Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) A APAE Cascavel oferece serviços de saúde e tem atuação importante na inserção social de pessoas com deficiência. Formada pela Escola de Educação Especial Luiz Pastemak, para crianças de zero a seis anos, pela Escola de Educação Especial Valéria Meneguel, para crianças de mais de sete anos, e por um programa de saúde, a entidade beneficia mais de 450 alunos e 350 pacientes por mês. (45) 2101-7022 http://cascavel.apaebrasil.org.br Londrina Toca de Assis A Fraternidade de Aliança Toca de Assis é destinada à prática do ideal franciscano de acolhimento de

moradores de rua. Ligado à Paróquia Sagrado Coração, de Londrina, a casa se mantém com recursos de doações da comunidade. No total, a Fraternidade abriga 50 homens e 10 mulheres, cuidados por um grupo de 10 homens e 15 mulheres religiosas.(43) 3326-7547 http://www.tocadeassis.org.br/ Obras Assistenciais São Vicente de Paulo O Asilo São Vicente de Paulo, que pertence às Obras Assistenciais São Vicente de Paulo, inclui também o Centro de Educação Infantil Santo Antônio. Criado em 1958, em Londrina, o asilo abriga 99 idosos, que são encaminhados pela Secretaria Municipal do Idoso. Entidade filantrópica sem fins lucrativos, o asilo é dividido em duas alas: uma para os idosos que são mais independentes e outra para os acamados, que necessitam de cuidados bastante especiais. (43) 3339-3999


ÍNDICE DE VENDAS

Outros, eletrônicos e perfumaria foram as cestas que mais cresceram no período nove Na análise do acumulado 2010 versus 2009 (avaliado entre os dias 4 de janeiro e 12 de setembro), Curitiba e Região Metropolitana (RMC) tiveram um crescimento nominal de 10,2%, o mesmo da média Brasil. Considerando a inflação de 4,58% no período, o crescimento real foi de 5,4%. Sete das onze cestas apresentaram crescimento de dois dígitos, sendo outros a cesta de maior destaque. No comparativo do período 9 (entre os dias 16 de agosto a 12 de setembro) em relação ao período anterior (entre os dias 19 de julho a 15 de agosto), as vendas do setor de autosserviço em Curitiba e RMC tiveram uma retração nominal de -2,4%, inferior ao crescimento da média Brasil que foi de 1,2%.Em Curitiba e RMC, a cesta de outros foi a de maior destaque, enquanto a

cesta de têxtil foi a de menor desempenho com uma variação de -20,6%.

Metodologia utilizada A metodologia utilizada pela Nielsen para coleta dos dados é a chamada scantrack, que realiza a captura semanal de dados provenientes dos caixas de supermercados colaboradores (leitores ópticos do autosserviço). Possibilita uma análise detalhada das categorias de produtos, semana a semana. O ano scantrack é dividido em 13 períodos de quatro semanas cada. Isso significa que, na grande maioria das vezes, as informações não são referentes ao mês fechado.

Curitiba Variações Período de Análise – 16/08 a 12/09

Brasil

Variação Nominal

Variação Real** (IPCA / IBGE)

Variação Nominal

Variação Real** (IPCA / IBGE)

PERÍODO 9 x PERÍODO 8

-2,4%

-2,8%

0,7%

PERÍODO 9 x MESMO PERÍODO DE 2009

14,0%

8,9%

1,2% 12,3%

ACUMULADO 2010 versus 2009

10,2%

5,4%

10,2%

5,3%

7,4%

*Números de Curitiba e Região Metropolitana com amostragem concentrada nas grandes redes. A partir de 2011, será contabilizado também o interior do Paraná. **Real – deflacionado desde janeiro de 2001 pelo IPCA do IBGE

Importância

Curitiba

Período 09-16/08/2010 a 12/09/2010 Período 0916/08/2010 a 12/09/2010

VENDAS TOTAIS

Perecíveis (frescos)

Interior do Paraná

Brasil

Brasil

Variação em relação ao período anterior (09x08)

Variação em relação ao mesmo período do ano anterior (09/09x09/10)

Variação em relação ao período anterior (09x08)

Variação em Relação ao Período 01/2010 ***

Variação acumulado anterior (2010x2009)

Variação período anterior (06x07)

Variação mesmo período do ano anterior (07/09x07/10)

100%

10,2%

-2,4%

14,0%

5,0%

6,0%

10,2%

1,2%

12,3%

30,9%

7,2%

-1,1%

8,2%

6,1%

5,2%

6,5%

2,1%

6,5%

Curitiba

Interior do Paraná

100%

100%

30,7%

29,6%


Importância

Curitiba

Período 09-16/08/2010 a 12/09/2010

Interior do Paraná

Brasil

Curitiba

Interior do Paraná

Brasil

Variação em relação ao período anterior (09x08)

20,6%

22,9%

20,9%

10,0%

-5,8%

13,9%

5,5%

14,1%

10,4%

-0,7%

12,6%

Eletrônicos

10,5%

8,9%

9,6%

15,9%

-13,4%

11,3%

-11,8%

1,4%

14,7%

-7,0%

13,6%

Bebidas

11,1%

11,6%

10,5%

11,9%

14,4%

24,7%

20,5%

9,4%

15,1%

12,3%

24,4%

Perfumaria

7,6%

8,3%

7,8%

13,3%

-0,2%

16,8%

9,5%

9,1%

9,3%

1,5%

9,9%

Limpeza

5,7%

6,1%

5,5%

13,2%

-2,1%

16,9%

14,7%

-1,1%

11,2%

1,2%

13,6%

Mercadoria Geral

4,8%

4,1%

4,7%

9,0%

5,1%

19,8%

10,7%

-12,2%

12%

2,1%

14,5%

Casa

3,6%

3,6%

3,5%

8,7%

-11,7%

11,6%

-1,5%

10,3%

9,2%

-4,9%

12,9%

Têxtil

3,4%

2,5%

3,2%

5,2%

-20,6%

8,6%

-21,8%

-5,5%

9,6%

-14,7%

6,3%

Outros

1,2%

1,8%

1,9%

30,8%

129,5%

165,5%

-7,1%

-10,8%

32,3%

49,6%

78,5%

Consumo local

0,2%

0,2%

0,2%

13,0%

-1,0%

13,0%

3,5%

21,7%

10,7%

2,0%

13,5%

Período 0916/08/2010 a 12/09/2010

Mercearia

Variação em relação ao mesmo período do ano anterior (09/09x09/10)

Variação em relação ao período anterior (09x08)

Variação em Relação ao Período 01/2010 ***

Variação acumulado anterior (2010x2009)

Variação período anterior (06x07)

Variação mesmo período do ano anterior (07/09x07/10)

*Números de Curitiba e Região Metropolitana com amostragem concentrada nas grandes redes. A partir de 2011, será contabilizado também o acumulado no interior do Paraná. - **Total Store – Performance Geral (fonte: dados scanning das cadeias colaboradoras com 5 ou mais checkouts) *** A Nielsen não concorda com tal comparação devido à influência de sazonalidade.


suporte jurídico

Lei exige disposição diferenciada de produtos nas gôndolas A Apras ressalta a necessidade de a regulamentação passar por uma observação atenta sobre os reflexos na operação dos supermercados, que buscam suprir as demandas de consumo de toda a população Aprovada em maio deste ano no Paraná, a Lei Estadual nº 16.496/2010 determina que os supermercados com mais de três checkouts acomodem nas gôndolas, de forma diferenciada, produtos para portadores de restrições na alimentação. A lei prevê que os estabelecimentos deverão “acomodar, para exibição em espaço único, específico e de destaque, produtos alimentícios recomendados para pessoas com diabetes, intolerantes à lactose e com doença celíaca”. A multa para quem não cumprir a medida varia de R$ 500,00 a R$ 25 mil, dobrando no caso da reincidência. Mesmo estando em vigor, a lei ainda precisa ser regulamentada pela Secretaria Estadual de Saúde (SESA). José Lúcio dos Santos, superintendente da Vigilância em Saúde da SESA, informou que apesar de a lei já estar em vigor há cinco meses, nenhum estabelecimento foi autuado. Isso porque a fiscalização só poderá ocorrer depois da regulamentação, o que deve ser feito até o final do ano. “Acredito que até o final do ano as linhas gerais para operacionalizar a lei poderão estar prontas”, afirma. Mas, do ponto de vista econômico, qual será a real viabilidade desta lei? Neste exemplo, tomamse como base apenas produtos para portadores da doença celíaca. Na teoria, um supermercado com 1,2 mil metros quadrados de área de exposição e 10 mil itens alimentícios possui 40% de seu espaço físico para armazenar produtos sem glúten (desconsiderando setores como hortifrutigranjeiro, açougue, padaria e vinhos), de acordo com levantamento estatístico realizado. Segundo interpretação inicial da lei, esses produtos deveriam estar separados num espaço exclusivo, ou seja, o mesmo item

estaria replicado, porém disposto em lugares diferentes. Seria necessária uma área adicional de 350 metros quadrados de loja apenas para cumprir a lei no que tange aos produtos sem glúten, e sabe-se que a venda por metro quadrado é um indicador fundamental para um supermercado. Maior área de venda é mais investimento, funcionários, água, luz e perdas. Caso contrário, será necessário reconstruir todo o layout de loja e reduzir em 20% o mix de alimentos. Além disso, os investimentos na adequação de uma loja com operação deste porte, mantendo a mesma venda, implicariam num acréscimo de 4% a 5% no preço ao consumidor final, quer seja ele portador de alguma restrição ou não. Assim, todos os consumidores pagariam mais caro pelos produtos. Triplicamse estes cálculos se forem levadas em conta as três categorias inclusas na lei: diabéticos, intolerantes à lactose e com doença celíaca.

Esboço do espaço necessário para acomodar produtos destinados às pessoas com diabetes, intolerantes à lactose e com doença celíaca O superintendente da Apras, Valmor Rovaris, ressalta a importância da sociedade entender a operação dos supermercados, que buscam atender a toda a população.


A legislação já contempla uma grande quantidade de produtos diferenciados e as informações de rótulo – a exemplo da Lei 10.674, de16 maio de 2003 (Federal), que “obriga a que os produtos alimentícios comercializados, industrializados informem sobre a presença de glúten...” – e que permitem a orientação de compra do consumidor. “A maioria dos alimentos nas lojas não contém glúten. Sendo assim, os celíacos têm à sua disposição no supermercado a maioria dos itens. Além disso, os produtos hoje são rotulados, facilitando a escolha na prateleira”, explica ele. “Criar uma divisão ou replicação contradiz o modelo voltado a todos e enfrenta dificuldades na ampliação do espaço físico e na logística das lojas. De forma alguma queremos prejudicar grupos de pessoas com restrições alimentares”, completa. No Brasil, segundo dados não oficiais da Acelbra (Associação dos Celíacos do Brasil), são 300 mil portadores da doença celíaca – representando 0,17% da população – o que corresponderia a 18 mil pessoas no Paraná. Isso significa dizer que este segmento gera um mercado potencial no estado para cinco lojas médias segmentadas para esse público, assumindo que todas as 18 mil pessoas comprem nestas lojas. “Forçar um modelo de comercialização ou um novo serviço tem um custo, que será repassado ao consumidor”, destaca. “Como um intolerante à lactose, afirmo que não gostaria de pagar mais caro (de 10% a 15% se as três categorias forem separadas) por um produto que preciso consumir frequentemente”, completa. No entendimento da psicóloga Jane Vechi, da Support Consultoria Empresarial, atender a legislação pode significar, para os supermercados maiores, uma limitação no estilo individual do negócio, podendo interferir na estrutura financeira da empresa. Já para mercados menores é realmente inviável. Jane acredita que os supermercados ainda não estão preparados para o atendimento exclusivo, por não contarem com espaço físico para incluir e disponibilizar os produtos, mão de obra especializada e um investimento em seleção e treinamento de profissionais. Para o deputado estadual Marcelo Rangel (PPS), autor da lei, a medida visa apenas facilitar o acesso aos portadores dessas doenças aos produtos especializados. Ele entende que a lei não irá interferir ou inviabilizar o modelo de mercado existente. “A acomodação desses produtos em um espaço único não prejudicará os supermercados, pois se trata apenas de disposição de espaço e não de uma reforma estrutural ou algo do gênero”, comenta o parlamentar. A diretora executiva da Associação dos Celíacos do Paraná (Acelpar), Cláudia Ferreira Pinto, diz que é preciso uma readequação ao modelo já existente, lembrando que hoje os produtos diet e light são encontrados em todos os supermercados, enquanto os alimentos sem glúten em apenas alguns estabelecimentos, e dispostos em gôndolas diversas. “Agrupar os alimentos no mesmo espaço, como sugere a lei, facilita a visualização e acesso para o consumidor”, afirma. A Apras propõe uma aproximação das partes na discussão da regulamentação, já que há pontos importantes a ressaltar em relação à operação e modelo dos supermercados.


Design no PDV

Zeh Henrique Rodrigues é designer gráfico, especialista em marketing e diretor da Brainbox Design Estratégico, empresa especializada em branding, embalagem e design para varejo e PDV. É também professor da Academia Empresarial Apras.

Os paradigmas do varejo

Parte 4

Há quatro edições venho falando sobre alguns paradigmas que bloqueiam a visão dos varejistas para novas oportunidades. Excesso de informação, síndrome de depósito e bom atendimento já foram abordados. Para fechar esta série, o tema da vez será posicionamento. Seja nos negócios ou na vida pessoal, posicionamento é a atitude de acreditar em algo e lutar por isso. É a soma dos valores, da missão e da visão focadas em estabelecer um diferencial, um algo mais, uma característica apenas sua. Conquistar e manter um espaço para ser lembrado. Qual a importância disso tudo para o sucesso dos negócios? Total. Ninguém pode ser tudo ao mesmo tempo. O ser humano (e os consumidores, conseqüentemente) precisa de referências claras para tomar decisões. No varejo, essas referências são a maneira como cada negócio se posiciona diante desse consumidor. Para sua empresa ser lembrada, procure identificar o que você faz de melhor e explore esse conceito. Procure ainda ser diferente da sua concorrência. Posicionar também significa ser único. Num time de futebol, por exemplo, temos 11 jogadores com posicionamentos diferentes e todos com sua função clara e fundamental para o sucesso da equipe. Imagine uma seleção com 11 goleiros. Impossível. Quando todos fazem (e falam) a mesma coisa, fica difícil agregar valor. Defina quem você é. Todos temos um ponto forte, algo que realmente gostamos de fazer e o fazemos bem. Esse é o momento de explorar essa força e ir além. Você pode ser: • o mais rápido no serviço; • o maior em tamanho e mix; • o mais acessível; • o mais bonito e com melhor design • o mais ecológico;

A vantagem de ter um posicionamento claro é a capacidade de se especializar e continuar se aprimorando em sua característica mais marcante. Isso evita ficar “atirando para todo lado”, numa sensação de sempre correr atrás do prejuízo. As empresas varejistas de maior sucesso são aquelas que souberam explorar um único conceito de maneira eficaz e sustentá-lo por anos. Não adianta ficar mudando o discurso todo ano. É como mudar de opinião sobre um assunto várias vezes. Não passa credibilidade. Posicionamento claro, sucesso garantido. Walmart, Target, Whole Foods, Audi, Costco são apenas alguns exemplos de varejos supermercadistas que definiram um foco de atuação e se deram muito bem. O Walmart, mais famoso e maior de todos, encontrou a tecla “preço” e bate nela sem parar. Tudo no Walmart fala em economizar, desde seu slogan (viva melhor, economize dinheiro) até a sinalização interna. E realmente ele é o mais barato. O consumidor entra no Walmart sabendo exatamente o porquê. Já a rede Target tem seu foco no design, nos produtos diferentes, num ponto-de-venda mais atrativo, mais charmoso, num visual mais elegante e despojado. Qual o seu foco? Consumidores de classe média alta, mais jovens, mais instruídos e que desejam um ambiente mais agradável para suas compras. Por sua vez, a Whole Foods tem seu mantra em vida saudável. Há anos definiu sua estratégia pelo consumo consciente, comida orgânica, PDV pró-verde, atitudes ecológicas e deu certo. Apesar de ser mais caro, é uma das redes americanas que mais cresce. Por quê? O consumidor não vê apenas preço e a noção de valor está associada a uma série de benefícios emocionais. Resumirei este artigo em uma frase: ocupe uma palavra na mente do seu consumidor e invista nisso. Depois, me avise sobre os resultados. Não há como errar.



artigo por Bernt Entschev

Bernt Entschev é fundador e presidente do Grupo De Bernt, colunista na Gazeta do Povo, Revista Supermix e La Nación, comentarista nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock e autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos.

Profissão em alta? Não, VOCÊ em alta! A constante movimentação do mercado planta uma série de dúvidas na cabeça dos profissionais por aí afora. Jovens que estão em fase de escolha de suas profissões ou profissionais já presentes no mercado, mas que não sabem ao certo o futuro de suas carreiras, baseiam suas decisões nas especulações do mercado. Profissionais do mais diversos níveis hierárquicos e segmentos me perguntam diariamente qual é a previsão deste movimento e quais as áreas que se destacarão nos próximos meses ou anos. É claro que há estimativas sobre isso e, de fato, dependendo do movimento que o mercado faz, algumas profissões sobem e outras descem, assim como os setores também sofrem com o sobe e desce da economia. Porém, quem me preocupa nesta questão são os profissionais que não querem obter essas informações apenas para adequar seus trabalhos e estratégias, mas sim aqueles que mudam completamente de visão e, às vezes, profissão, tomados pelas estimativas externas. Mais ainda, jovens que não sabem que faculdade cursar e que, baseados em informações do mercado, escolhem suas profissões como se escolhessem uma roupa nova que está na moda. Veja, carreira é coisa séria e seguir modismos tende a ser perigoso se isso não for, de fato, algo com que você se identifica. O que está em alta hoje, pode não estar em alta daqui a cinco anos. Já imaginou o prejuízo que isso poderia dar? E não falo apenas do prejuízo financeiro, mas sim todo o tempo que se perde estudando algo que não fará diferença lá na frente. Até mesmo porque, tratando-se de modismos, a tendência é que haja uma saturação de profissionais em busca da mesma coisa numa determinada época, causando um excesso de pessoas especializados nas mesmas coisas, além das necessidades do mercado. Saber quais funções estão em alta é de extrema importância. Um profissional que se preze entende o

mercado de trabalho como um todo e norteia suas decisões com base no que acontece à sua volta. O que não pode ocorrer é a identificação de uma verdade absoluta que faz com que tais profissionais assimilem apenas o fato em si e não uma série de ações que podem ser tomadas em torno daquilo. Quer um exemplo? Digamos que um gerente de recursos humanos de uma multinacional na área de alimentos identifique uma forte tendência de progresso em logística, devido ao aumento de importação com a estimativa de queda do dólar. Com isso, insatisfeito com sua atual ocupação, decide fazer uma especialização voltada para a área de gestão de pessoas com foco em logística, almejando uma recolocação num grande terminal portuário. O que ele não sabe ainda é que não leva jeito algum para tal segmento e que, por mais que ache uma ótima opção de recolocação, certamente não será bem sucedido. E, pior ainda, não conseguiu ter uma visão sistêmica do próprio negócio em que está inserido, deixando de identificar uma importante chance de estratégia de negócios na área de alimentos. Ora, se existem as chances das importações aumentarem, logo há possibilidades ímpares de novos negócios dentro de uma multinacional de alimentos, não é mesmo? Com a faca e o queijo nas mãos, este gerente teria uma boa chance de contratar novos profissionais capazes de

Um profissional que se preze entende o mercado de trabalho como um todo e norteia suas decisões com base no que acontece à sua volta.


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colocar isso em prática na empresa ou, já que ele almejava mudar de foco na carreira, ele mesmo poderia colocar isso em prática e alavancar sua carreira com perfil totalmente empreendedor, quem sabe? O ponto onde quero chegar é que não basta saber o que está em alta ou não. É preciso pensar estrategicamente e saber adequar o momento às reais necessidades do meio em que se trabalha. Desta forma, o profissional se projetará alicerçado pelo que o mercado tem mostrado a ele. Acreditando ter conscientizado a todos pela importância de saber quais as profissões são mais promissoras atualmente, arrisco-me a citar alguns exemplos. Com a crise econômica, uma das profissões mais almejadas pelos executivos do mundo afora é a de Controller. É necessário que neste momento as empresas saibam exatamente onde querem chegar e de que forma é melhor, controlando todos os seus custos e os adequando à realidade do momento. Profissionais que têm essa capacidade conseguem se sobressair nesta fase da economia mundial e utilizar as baixas na economia a seu favor. Profissionais voltados para as áreas de tecnologia, energia

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e logística também têm grandes chances de se dar bem nestes momentos. São áreas em constante expansão que dificilmente são afetadas drasticamente pela recessão. Aliás, todas as áreas de serviços em geral tendem a sofrer menos nestas épocas. Entretanto, infelizmente alguns setores sofrem mais que os outros em tempos de crise. Quando surge a diretriz de cortes dentro de uma estrutura organizacional, algumas áreas consideradas supérfluas são as primeiras a irem para rua. Infelizmente, quando há essa necessidade, os gestores precisam tomar decisões e acabam decidindo através do que julgam ser menos necessário para a empresa. A pergunta é: a empresa consegue sobreviver sem tal área? Cito como as mais votadas as áreas de comunicação, investimentos, cargos operacionais (quando há grande quantidade de mão de obra e pouca entrega) e tudo que pode ser considerado gordura dentro de uma organização. Volto a dizer: saber dessas e de outras informações não é o mais fundamental e sim saber adequá-las à sua realidade. Afinal, não é a profissão que deve estar em alta, mas sim VOCÊ.


artigo por Fábio Sobocinski

Fábio Sobocinski é formado em Administração de Empresas com ênfase em Comercio Exterior pela Universidade Positivo, trabalha como Assessor Comercial na Apras juntamente com o Associe-se e a Academia Empresarial Apras. É também investidor e empresário.

Uma questão de percepção Diante de um cenário com diversas mudanças de perfis, tanto econômico como social e tecnológico, hoje, o Brasil, juntamente com o varejo, acompanha os novos desafios com boas perspectivas para o futuro da classe supermercadista em geral, principalmente para o pequeno e médio varejos. Pesquisas apontam que lojas com esse porte – até mil metros quadrados – foram as que mais lucraram, chegando a alcançar uma margem superior por terem menos despesas com pessoal, tanto fixas como variáveis. É uma pena que nem todos os proprietários percebem esta mudança no perfil do consumidor e pequem em diversos fatores organizacionais como: layout de loja, perfil de cliente, atendimento, mix, entre tanto outros. Observase em inúmeras visitas por todo território paranaense que, em pleno ano de 2010, com tantos recursos aos quais é possível lançar mão e com tantas informações disponíveis, muitos varejistas resistam em acompanhar estas mudanças e perdem de lucrar ainda mais ou, simplesmente, deixam de facilitar processos e antecipar problemas decorrentes da legislação. Muitos erros básicos ainda são cometidos e comprometem a saúde da empresa como a falta de investimentos estratégicos, não só financeiros e tecnológicos, mas, principalmente, a falta de informação justamente sobre essas mudanças que cito acima. Hoje em dia as coisas estão diferentes. O consumidor está muito mais exigente e coloca o atendimento em primeiro lugar. As classes mais baixas estão com maior poder aquisitivo e disposição para gastar com itens como melhor alimentação, higiene e beleza, entre outros. O perfil da família mudou e a mulher ganhou, finalmente, espaço no mercado de trabalho, gerando uma nova rotina, muito diferente daquela do passado. Poderíamos citar inúmeros exemplos das mudanças pelas quais o mundo globalizado passa no dia a dia, mas o que sabemos é que contra fatos não há argumentos. Então, devemos estar atentos, participando e andando junto com as mudanças, tentando entender todo este processo de inúmeras novas oportunidades que estão ao nosso redor e consolidar ainda

mais a força da classe supermercadista, afinal, somos o termômetro da economia e geradores de muitos empregos. Procure estar sempre atualizado sobre mudanças, conheça bem o seu público e, principalmente, não deixe de investir em todos os setores, inclusive no capital intelectual formado por seus funcionários, que é o mais importante em tempos de grande concorrência. Busque diferenciais em seu favor, antecipando as tendências e, conseqüentemente, estando preparado para quando elas chegarem. Controle sua perdas, quebras e coloque tudo no papel para que você possa fazer projeções assertivas. Use a tecnologia como um facilitador de operações, treine o seu pessoal e, principalmente, mantenha-se atualizado sobre as novas gerações de funcionários (chamadas gerações Y e Z), observe as mudanças mercadológicas e antecipe-se a elas. Comece a usar mais os recursos facilitadores que a própria classe proporciona como a própria Apras, que realiza um trabalho intenso junto aos seus associados, criando oportunidades diversas e trazendo sempre informações e recursos pertinentes à sua realidade. A própria entidade é hoje considerada como modelo de gestão pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), por tudo que faz e cria tanto para o fornecedor como para o supermercadista, com informação, formação, reuniões, palestras, pesquisas e mais inúmeras ações sociais e jurídicas defendendo e fortalecendo sempre o interesse do setor. Aproveite o final do ano para alavancar ainda mais as vendas, enfeitando e criando ilhas, atraindo ainda mais os novos consumidores para sua loja. Invista sempre no seu pessoal e aproveite as oportunidades ao seu redor. Lembre-se que há espaço para todos e nunca esqueça que, como afirmou o empresário José Eduardo Nasser, em sua palestra sobre Endobranding: fatos são negociáveis, mas a percepção, não! Sucesso e boas vendas a todos.



artigo por Adriane Werner

Adriane Werner é jornalista, mestre em Administração e ministra treinamentos em comunicação. Escreve neste espaço sobre comportamento profissional e é também professora da Academia Empresarial Apras.

O curitibano é diferente de outros brasileiros? Os curitibanos têm fama de serem exigentes e muito fechados. Pessoas de outras cidades que vêm morar na capital paranaense dizem até que têm dificuldade em fazer amizades. Dizem que a cidade é considerada “termômetro” para a indústria – se um produto fizer sucesso aqui, fará em todo o Brasil; se um show agradar aos curitibanos, irá agradar a todos os brasileiros. Será que isso é mesmo verdade? E ainda: será que isso é um problema? Claro que não. Em geral, o brasileiro é considerado um povo muito amável, próximo e “físico” (toca, abraça, “pega” no interlocutor durante uma conversa). Mas isso não pode ser generalizado. O Brasil é um país de dimensões continentais, e cada região tem costumes bastante diferentes. As pessoas têm características diversas e desenvolvem hábitos de acordo com sua cultura regional. Por exemplo, os cariocas costumam falar mais alto, gesticular mais e abraçar mais as pessoas com quem se comunicam. Já os curitibanos não têm o hábito de tocar o interlocutor, e por isso são considerados mais distantes. Tudo isso não significa que esses ou aqueles sejam melhores ou piores: são apenas diferentes! É importante levarmos em consideração essas diferentes características para melhorarmos a comunicação com as pessoas com quem convivemos. Aproximar-se muito de alguém que seja mais distante ou ficar muito longe de alguém que tenha hábito de se aproximar pode até mesmo prejudicar uma convivência pessoal e até mesmo profissional. Por isso, devemos levar em conta os costumes e a cultura dos lugares em que vamos viver ou que vamos visitar, seja para passear ou para fazer negócios. Mas, então, como saber o limite para não sermos invasivos nem distantes? Como em quase tudo na vida, o bom senso resolve. Devemos saber interpretar o grau de abertura que nosso interlocutor permite, perceber se ele é mais próximo ou mais avesso ao contato físico. Na dúvida, a média considerada mundialmente aceita, nas mais diferentes culturas, é de mantermos uma distância de cerca de 50cm

do nosso interlocutor – um pouco mais do que o tamanho do braço esticado. Se ficarmos mais distantes do que isso, poderemos parecer arrogantes. E mais perto pode dar a ideia de intromissão ou intimidade indevida.

As pessoas têm características diversas e desenvolvem hábitos de acordo com sua cultura regional. [...] Tudo isso não significa que esses ou aqueles sejam melhores ou piores: são apenas diferentes!



INSTITUCIONAL

Capacitação e treinamento na Apras: hoje uma Academia Empresarial Como entidade dedicada a fomentar o setor supermercadista paranaense, a Apras (Associação Paranaense de Supermercados) tem entre seus pilares a capacitação profissional e treinamento, indispensáveis para o desenvolvimento empresarial. Em 2010, esta área aprimorou sua atuação, com a criação da Academia Empresarial Apras, braço educacional da entidade e uma evolução do Iespar (Instituto Escola Paranaense de Supermercados). Com o objetivo de oferecer às empresas do setor um ambiente de capacitação profissional completo, a Academia está estruturada em quatro áreas principais: formação básica, formação específica, gestão e alta gestão. Estas linhas de educação corporativa atendem a amplitude de necessidades do segmento supermercadista, atingindo os diversos tipos de profissionais. Mais de 40 cursos estão disponíveis, buscando suprir a demanda para capacitação de colaboradores, fornecedores, comunidade em geral, fornecedores e proprietários. Além disso, esta mesma estrutura é oferecida na modalidade sob medida, na qual o empresário escolhe o curso dentro de suas disponibilidades de local, deslocamento e horário. “Como estamos muito próximos do mercado, identificamos as áreas que precisam de aprimoramento e investimento de capacitação. Nossa grade de cursos abrange os mais diversos perfis dentro de uma loja ou rede, cobrindo as principais necessidades”, afirma Andrea Luy, coordenadora da Academia Empresarial Apras. Para os cursos que envolvem MBA e graduação, a Apras conta com parcerias importantes com instituições educacionais de renome nacional como a FAE – Centro Universitário, Universidade Positivo, Uninter e Opet.

ACADEMIA EMPRESARIAL APRAS Formação Básica Melhoria no atendimento e responsabilidade social. Público Alvo: Colaboradores, fornecedores e comunidade em geral. Cursos: 6 a 12 horas/aula Atendimento ao Cliente Técnicas de Comunicação Código de Defesa do Consumidor Manipulação de Alimentos (NR) Técnicas de Vendas Ergonomia no Trabalho Controle de Desperdícios e Perdas Matemática Básica e Financeira Empacotadores

Formação Específica Táticas e estratégias para aplicação prática no negócio. Público Alvo: Colaboradores, fornecedores e comunidade em geral. Cursos: 6 a 40 horas/aula Comunicação Visual I: Básico Cartazista Comunicação Visual II: Design e Decoração Vendas I: Básico Exposição e Reposição Vendas II: Layout de Loja (Técnicas Exposição e Reposição) Frente de Caixa I: Básico de Operadores de Caixa Frente de Caixa II - Perícia: Controle de Fraudes e Golpes Perecíveis I: Básico de Hortifrutigranjeiro Básico de Carnes Básico de Frios e Laticínios Básico de Padaria


Básico de Confeitaria Básico de Recursos Humanos Tributação e Precificação Formação Segurança de Loja Escola de Merchandising Perecíveis II: Técnico-Operacional de Padaria Técnico-Operacional de Confeitaria Técnico-Operacional de Carnes

Gestão Conceitos estratégicos para o gerenciamento da empresa. Público Alvo: Colaboradores, proprietários e fornecedores. Cursos: 32 a 200 horas/aula Formação Gerencial no Varejo Gestão de Pessoas e Liderança Gestão de RH e Departamento Pessoal (Legislação Aplicada) Gestão Técnico-Operacional de Loja Gestão Custo Operacional de Loja Gestão em Comunicação Visual Gestão em Perecíveis Graduação: Gestão Técnica de Varejo MBA em Gestão de Supermercados

Alta Gestão Conteúdo exclusivo e formato dinâmico para proprietários de negócios. Público Alvo: Proprietários de empresas varejistas Cursos: 8 horas/aula Administração Financeira de Loja Administração de Compras e Vendas Marketing e Endomarketing Comunicação Visual Avançada Recursos Humanos em Supermercados Layout de Loja Tributação e Precificação Logística de Supermercado Empresa Familiar Para informações sobre a Academia, entre em contato pelo telefone (41) 3263-7000 ou www.academiaapras.com.br


ACADEMIA EMPRESARIAL APRAS

Nesta edição: Código de Defesa do Consumidor. Veja como a educação corporativa pode ajudar sua loja a lidar corretamente com ele. Isto acontece na sua loja? Funcionários que: • Desconhecem o Código de Defesa do Consumidor; • Ficam desconfortáveis se o cliente cita o Código: agem inadequadamente, com indiferença, estranhamento ou desdém; • Conhecem o Código, mas não sabem conduzir situações que o envolvam; • Acham que o Código é contra o supermercado; • Vêem no cliente alguém que “dá trabalho”; • Geram conflitos internos e/ou com clientes em relação a este assunto.

Como a Academia Apras pode ajudá-lo Formação Básica: curso de Código de Defesa do Consumidor Entre os diversos cursos que a Academia Empresarial Apras oferece nas diversas linhas (Formação Básica, Formação Específica, Gestão e Alta Gestão) está o de Código de Defesa do Consumidor, na Formação Básica. O curso é destinado a estimular o aprendizado sobre o Código, levando colaboradores a conhecer os diretos do consumidor, evitando conflitos e garantindo a melhoria no atendimento ao cliente. Ministrado em apenas oito horas, o curso apresenta ao aluno aspectos essenciais do Código de Defesa do Consumidor como: conhecimento do código e suas Leis; direitos básicos do consumidor; as maiores reclamações dos clientes; direitos de saúde e segurança; publicidade e mídia – propaganda enganosa, limitação de ofertas, entre outros –; responsabilidade do fornecedor; apresentação correta de produtos ou serviços; negociações com o consumidor; prazos para reclamações; direitos de arrependimento pelo produto comprado; cadastros e cobranças; Sistema Nacional de Defesa do Consumidor – SNDC; como e onde reclamar e estudo de casos.


Palestra de sucesso: “Etiqueta Corporativa”

A empresária e professora da Academia Empresarial Apras, Adriane Werner, esteve nas cidades de Cascavel e em Foz do Iguaçu, nos dias 29 e 30/09, respectivamente, para ministrar a palestra Etiqueta Corporativa. Ambas reuniram 120 supermercadistas e fornecedores. Adriane abordou de forma simples e prática temas como comunicação, comportamento no trabalho, postura profissional e etiqueta. Aproveitando a proximidade com o dia das crianças, por meio do projeto Apras Mulher, foram arrecadados 78 brinquedos e 10kg de alimentos, todos entregues ao Lar dos Bebês, na cidade de Cascavel.

Palestra técnica em Cascavel Na sexta-feira que antecedeu a 17ª Superoeste, realizada nos dias 19, 20 e 21 de setembro, foi apresentada na sede regional da Apras a palestra Sistemas de Refrigeração, em parceria com a empresa Heatcraft, de São Paulo. Participaram 29 supermercadistas da região e de cidades vizinhas. O representante da empresa, Fernando Coelho, falou sobre operação e manutenção dos equipamentos de refrigeração e economia de energia.


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gestão

Formação Gerencial no Varejo – 200h/aula

Gestão Técnico-operacional de Loja – 80h/aula A Regional Apras em Londrina encerrou, dia 6 de outubro, a primeira turma do curso de Gestão Técnico-operacional de Loja, que contou com o auxílio do palestrante Caio Blanco, com o tema Sucesso Profissional. O curso tem como proposta o desenvolvimento generalista técnicooperacional dos líderes, encarregados de setor, trainees e de pessoas que atuam no varejo e nas seguintes áreas de gestão: operacional, comercial, administrativo-financeira, perecíveis, frente de caixa e gestão de pessoas, capacitandoos operacionalmente para atuar diretamente com o gerente e empresário de forma efetiva.

Parabéns à Turma 22 do curso de Formação Gerencial no Varejo, formados no último dia 20 de setembro, em Ponta Grossa. Desejamos sucesso nesta nova etapa! Novas turmas devem ter início em 2011. As inscrições já estão abertas. Garanta sua vaga. O curso também está pronto para iniciar em Foz do Iguaçu e Pato Branco. Se você deseja levar este curso para sua cidade, entre em contato com a regional mais próxima.

Formação Específica Novas turmas com início em fevereiro/2011 nas cidades de Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa. Faça já sua inscrição! Gestão de Perecíveis – 40h/aula O curso de Gestão de Perecíveis começou no início de novembro. Ele tem como objetivo fortalecer informações teóricas e desenvolver na prática novos profissionais técnico-operacionais para atuarem como encarregados do setor de perecíveis, aprendendo a cuidar e responder pelo departamento, a fim de reduzir as perdas e aumentar os lucros. Público: Gerentes de lojas, gerentes de perecíveis, líderes de setor, encarregados de açougue, padaria, friambreria, hortifruti, OPLS, rotisseria e cozinha.

Técnico-operacional em Padaria e Confeitaria A sede da Apras em Curitiba está buscando a formação de novos padeiros. O curso é prático e tem uma carga horária de 20h/aula. Apresse-se em fazer sua inscrição pelo email fernanda@academiaapras.com.br ou pelo telefone (41) 32637000. A regional Apras em Londrina e a sua Padaria Tia Ofélia estão esperando pelos alunos. Informe-se sobre as datas e inscrições com a Priscila pelo e-mail londrina@apras.org.br ou no telefone (43) 3323-9995.


Formação Básica Cartazista – 08h/aula

da empresa Metic. Aproveitamos a oportunidade para agradecer à empresa Metic pela parceria. Parabéns aos novos cartazistas!

Duas novas turmas do curso de Cartazista foram treinadas nos últimos dias 5, 25 e 27 de outubro na Academia Empresarial Apras em Curitiba e Ponta Grossa. Os alunos aprenderam as técnicas de criação de cartazes com o professor Anselmo dos Santos, que tem utilizado o material

Layout de Loja – 08h/aula Nos dias 21 e 28 de setembro, foram treinados repositores e colaboradores no curso de Layout de loja com a professora Cléia da Silva. Os alunos puderam vivenciar as técnicas de exposição e reposição. Parabéns aos participantes!


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Básico de Carnes – 16h/aula

alimentos (NR), empacotador, técnicas de comunicação, exposição e reposição, hortifrutigranjeiro (FLV).

Sob Medida Empresas em todo o Paraná têm buscado junto à Apras os cursos in company. É um novo trabalho que tem como objetivo proporcionar atividades mais dirigidas, atendendo

O Curso prático de cortes de carnes Suínas foi realizado nos dias 26 e 31 de agosto de 2010 sob a orientação dos professores Antonio Juglair Pereira e Luiz Fernando Camargo. Os alunos tiveram sua aula na Apras e no laboratório do Mercado Municipal, em espaço fornecido gentilmente pela Prefeitura de Curitiba em parceria com a Associação Paranaense de Suinocultores.

assim às particularidades dos empresários nas datas, horários e locais em que seus profissionais têm maior disponibilidade. Procure a equipe da Apras para pedir os cursos que poderão ser realizados na sua cidade e também na sua loja.

MBA em Gestão de Supermercados em Londrina (Parceria entre Academia Empresarial Apras e Faculdades Maringá) Inicio fevereiro de 2011 – Vagas abertas

Aulas práticas e teóricas em Pato Branco

A Apras, em parceria com o Cespar (Centro de Ensino Superior do Paraná), mantenedor das Faculdades Maringá, oferece o MBA em Gestão de Supermercados, com o objetivo de atualizar empresários, administradores e profissionais da área para não perderem espaço em seu campo de atuação, bem como para reciclar-se, aprofundando e solidificando seus conhecimentos. Público-alvo: empresários, diretores, gerentes, técnicos e empreendedores, com curso superior Corpo Docente: professores do Cespar e convidados especializados do setor supermercadista Duração: 15 meses Turmas: máximo de 35 pessoas

O Supermercado Brasão vem desenvolvendo um excelente trabalho de treinamento com seus funcionários. Nos meses de setembro e outubro, a professora Zilda Brasil ministrou treinamento aos funcionários do supermercado com o tema Qualidade na Prestação de Serviços. As aulas práticas aconteceram na própria loja enquanto as teóricas foram ministradas na sede da Apras – Regional Sudoeste. O curso continha os seguintes itens de Formação Básica: atendimento ao cliente, código de defesa do consumidor, técnicas de vendas, operador de caixa, manipulação de

Local: Faculdades Maringá Informações: (41) 3263-7000 ou fernanda@academiaapras.com.br


Academia Apras promove visitas técnicas A Apras gostaria de agradecer aos empresários de Curitiba e do estado que têm aberto suas portas e recebido nossos alunos para visitas técnicas em suas lojas. No dia 22 de setembro, foi a vez do Angeloni Água Verde, na pessoa de Gilson Miranda Michelato (gerente), Lucélia Batistella (recursos humanos) e Roberto Angeloni (diretor regional). Nesse mesmo dia, Carlos Beal, proprietário da Rede Festval, e Tânia Regina Cordeiro (Recursos Humanos) também receberam gentilmente nossos alunos. No dia 20 de outubro, foi vez da rede Condor, na pessoa de Pedro Joanir Zonta, proprietário, de Gerson Renato Holovaty (gerente de Recursos Humanos) e Annelise Geraldo (RH). Também no mesmo dia, a rede Casa Fiesta, na pessoa de seu proprietário, Alceu Breda, Rafael Gebrom Pimpo e Janey K. Pina. A Academia agradece a todos pela gentileza e acolhimento aos alunos que estão buscando cada vez mais me profissionalizar.


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Comitê de Recursos Humanos

Se a sua empresa, fornecedor ou supermercadista, tem interesse em patrocinar a Academia Empresarial Apras, por favor entre em contato com o departamento comercial e informe-se sobre as modalidades de patrocínio. Em breve, a programação completa dos cursos da Academia Empresarial Apras estará disponível no site: www.academiaapras.com.br

Agenda de cursos

O workshop de Recursos Humanos, que aconteceu nos dois últimos meses nas sedes das regionais de Ponta Grossa, Londrina, Curitiba e Cascavel, reuniu empresários, profissionais de Recursos Humanos e do departamento pessoal, representando empresas supermercadistas e fornecedores, para discutir o tema “O papel do RH nas empresas”. Na oportunidade também foram apresentados os resultados das pesquisas salariais e “Por que meu funcionário vai embora?”. Esta última é uma pesquisa de desligamento em que muitos empresários e seus recursos humanos auxiliaram somando 493 pesquisas em todo Estado. Participaram da mesa redonda em Cascavel, Jaqueline Pinto Martins, consultora e professora da Univel, e Veridiana Proencio, coordenadora de Recursos Humanos da rede Muffato.

Comitê de Segurança O Comitê de Segurança da Apras realizou seu encontro com os empresários no último dia 26 de outubro. O Coronel Luiz Alberto Leão, diretor de segurança da entidade, recebeu os convidados que vieram ouvir sobre o tema “Segurança Interna: Como trabalhar com ela”, em palestra ministrada por Geudson Lisboa (gerente de Prevenção de Perdas da Rede DIP de Supermercados) e também sobre o tópico “Cuidados na Dispensa por justa causa”, apresentado pelo professor Jefferson Augusto Krainer. Os convidados ficaram bastante satisfeitos com as dúvidas que puderam dirimir junto a estes profissionais de grande conhecimento na área de segurança operacional e segurança jurídica. Associado, participe de mais este comitê. Ele tem muitas informações para você!

GESTÃO DE RH : DIREITO APLICADO AO VAREJO - LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E CÁLCULOS TRABALHISTAS(40h/aula). Data das aulas: Novembro/2010 (Mód. 01 Direito Aplicado ao Varejo -Legislação Trabalhista -20h/aula). Cálculos Trabalhistas (20 h/aula). Direcionado: Empresários,Gerentes de Loja, Administradores, Contadores, Psicólogos, Analistas de Rh e interessados. Local: APRAS (Av. Sen. Souza Naves,535 -Cristo Rei -Curitiba -PR). Investimento: R$ 450,00 (Associado) - material incluso R$ 630,00 (Não- associado) - material incluso. Formas de Pagamento: 02 Parcelas no valor R$ 225,00 (Associado) - material incluso. 02 Parcelas no valor R$ 315,00 (Não-associado) - material incluso.

CURSO GESTÃO DE PESSOAS E LIDERANÇA (40h/aula) Data de Início: Novembro/2010 Horário: 18h30 às 22h30. Direcionado: Empresários Supermercadistas, Gerentes de Loja e Líderes de Setor. Local: APRAS (Av. Sen. Souza Naves,535 -Cristo Rei -Curitiba -PR). Investimento: R$ 450,00 (Associado) - material incluso. R$ 630,00 (Não- associado) - material incluso. Formas de Pagamento : 02 Parcelas no valor R$ 225,00 (Associado) - material incluso. 02 Parcelas no valor R$ 315,00 (Não-associado) - material incluso.


Espaço Apras Projeto da Apras recebe mulheres supermercadistas em Londrina

Este evento foi possível graças ao trabalho e colaboração dos patrocinadores:

Mãe Terra - Supra Soy - Arroz Tio João - K&M Casa - Davene - Mocassim Mulher - Vale Fértil - Siclus Modas - Lincoln Tramontini - Mary Kay - Café Iguaçu - Hemmer - Super Muffato - Pedro Muffato Atacado - Sabor a Mesa -Café Itamaraty. Uma tarde essencialmente feminina, com dicas de maquiagem e cabelo, com o cabeleireiro Lincoln Tramontini, e um coquetel acompanhado de desfile de roupas e acessórios. Este foi o clima do evento promovido pelo Apras Mulher, por meio de sua regional em Londrina, que reuniu numa tarde, dezenas de mulheres empresárias e esposas de supermercadistas com o objetivo de confraternizar, trocar experiências e, também, conhecer o trabalho do projeto de responsabilidade social da Apras.

Espaço do Fornecedor: Fleischmann patrocina o evento de outubro Com a presença de centenas de empresários supermercadistas, a Fleischmann – tradicional indústria de fermento biológico e produtos para panificação –, apresentou aos convidados um pouco de sua história e como estabeleceu sua tradição no mercado brasileiro.

Frimesa promove jantar Queijos e Vinhos na regional Norte Pela segunda vez, a linha de queijo parmesão da Frimesa conquistou o selo de excelência de Melhor Parmesão do Brasil, no Concurso Nacional de Produtos Lácteos. Em comemoração a esta conquista, a empresa promoveu uma noite de Queijos e Vinhos na sede da Apras em Londrina com a presença de supermercadistas associados à entidade.

Rolândia também recebe o jantar mensal da Apras Como já é tradicional no calendário de eventos das regionais da Apras, a cidade de Rolândia também promoveu o jantar de confraternização, realizado na Associação Recreativa Corol com a presença de 600 pessoas. O cardápio prestigiou a comida típica alemã.


Lançamentos Massas para saborear e lucrar mais A Ninfa Alimentos apresenta mais duas novidades: linha de Massas Premium nas versões Canelloni, Conchiglione e Lasanha, e linha Tricolori nos cortes Penne e Parafuso. Os lançamentos fazem parte da expansão do segmento de massas da empresa, quem vem crescendo consideravelmente devido à grande aceitação pelos consumidores. Diversidade, requinte e qualidade para satisfazer qualquer paladar e garantir a rentabilidade nas gôndolas.

Seara lança peru de natal e amplia linha festa Ampliando seu portfólio e deixando sua linha de produtos festivos mais completa, a Seara Alimentos, empresa do Grupo Marfrig, lança o mais tradicional produto natalino: o Peru Seara. Vem com tempero suave, elaborado com ingredientes selecionados e de alta qualidade para intensificar o sabor e a suculência do produto. As novidades da linha Festa Seara incluem um novo layout da embalagem, agora mais atrativa com motivos natalinos e reforçando a ocasião de consumo.

Karacá Alimentos acaba de chegar ao mercado de Londrina e região Com uma linha completa de massas semiprontas, pão de queijo congelado, massas para pastel e, como carro-chefe, destaque para a linha de pizzas congeladas que tem como diferencial sua massa especial mais macia e crocante, a Karacá está pronta para atender a um dos mercados que mais cresce em todo o Brasil e, é claro, conquistar a preferência do consumidor e do lojista.

Tirol lança iogurte com fibras e nova identidade visual A Tirol está lançando o Fibrallis, iogurte integral com fibras e sem gordura que tem função reguladora do intestino. Além melhorar o trânsito do alimento no organismo, auxilia a diminuir a absorção de gorduras. A nova embalagem foi criada pela Design Inverso, responsável pela criação de toda a identidade visual da linha, inclusive a marca e o nome. O Fibrallis chega à prateleira em dois sabores: morango e ameixa, e com duas opções de embalagem: 170g e 850g.


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Perdigão inova conceito da linha Petiscos Sob o conceito “um boteco de verdade na sua casa”, a linha Petiscos Perdigão traz duas novidades: novas embalagens e três sabores inéditos que aliam praticidade e sabor caseiro. O preparo dos petiscos requer tempo mínimo. São opções deliciosas que irão otimizar tempo e animar ainda mais encontros e reuniões. Seis dos sete petiscos chegam às gôndolas em embalagem de 300g. Já o Mini Kibe será comercializado em embalagem de 400g.

Cereais matinais trazem quatro minijogos A Nestlé vai deixar o café da manhã mais divertido. Chega ao mercado uma promoção exclusiva em parceria com a Hasbro, líder mundial em jogos. Na compra de Nescau Cereal (270 e 560g), Snow Flakes (330 e 620g) ou Moça Flakes (330g), o consumidor ganha uma miniatura de um dos jogos clássicos para colecionar. Ao todo são quatro minijogos, distribuídos aleatoriamente nas embalagens dos cereais.

Santher traz ao mercado o novo Sym Curvas A Santher é uma empresa orientada pra consumidores, por isso, o Sym Curvas vem ao encontro das necessidades mais específicas das mulheres em idade menstrual que, além de proteção e conforto, buscam máxima discrição num absorvente. A marca tem se posicionado como a escolha inteligente, pois oferece alta qualidade de produto a um preço justo, seguindo uma tendência de customização em massa. Preço de venda sugerido: R$ 2,00 o pacote com oito unidades.

Linha Evita Mofo da Bombril chega para proteger sua família Para solucionar o problema com mofo, a Bombril – líder na categoria de lã de aço e uma das maiores empresas de soluções de limpeza doméstica – acaba de incrementar a marca Mon Bijou com o lançamento da Linha Evita Mofo. A linha é composta por três versões: Pureza, Harmonia e Neutro, sendo que além de combater o mofo, perfumam as roupas com fragrâncias que já são sucesso nos amaciantes Mon Bijou.


ESPAÇO DO LEITOR

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