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palavra do presidente Caro leitor, Vejo que os eventos promovidos pela Apras têm dois objetivos bem definidos: expandir rede de relacionamentos e facilitar as negociações. São grandes propósitos de nossa entidade, que neste ano celebra 40 anos de existência. Sempre com determinante atuação no setor supermercadista, a Apras está frente aos desafios políticos e comerciais estabelecidos pela sociedade. São consumidores com novos hábitos de compra, em busca de uma vida mais saudável e preocupados com o meio ambiente e as minorias. Estes cidadãos que, juntamente com os órgãos públicos, nos colocam sempre novos desafios nos quais precisamos trabalhar. Não apenas porque são benéficos e necessários para eles, mas também para que não onerem nossos negócios. Por vezes, até enfrentamos uma luta inglória, em que o setor é visto como transgressor das periódicas mudanças na legislação, com determinações que nem sempre representam avanço para a sociedade. Como entidade de classe atuante em todo o Paraná, temos a responsabilidade de trazer à tona discussões sobre essas questões, e nos colocarmos firmes nas polêmicas que envolvem o setor. Felizmente, temos cumprido este papel com êxito. A própria Mercosuper serve de exemplo para as conquistas da nossa Associação. Comemorando 30 anos, a feira reuniu 285 empresas fornecedoras de produtos e serviços para o varejo, inclusive com a presença de indústrias da Argentina e do Paraguai. Foram 50 mil visitantes em três dias, com a presença do Governador do Estado do Paraná, Beto Richa, entre outras autoridades públicas de importante e positiva influência para o setor. Como fundamental extensão dos objetivos da Mercosuper ao interior do Paraná, ainda teremos em julho a Supernorte, na cidade de Londrina, e a Superoeste, no mês de setembro em Cascavel. São dois eventos vistos como oportunidades ideais para mobilizar os colegas do setor a fomentar negócios que servem de importante desenvolvimento econômico para o estado. Como empresários supermercadistas, temos a comemorar o crescimento real de aproximadamente 7,5% que tivemos nos últimos três anos. Foram anos excelentes para o setor, com investimentos e modernização das nossas lojas. A economia crescente a pleno emprego nos dá alegria pelo aumento das vendas, mas exige trabalho redobrado para buscarmos mão-de-obra. São mais de três mil vagas não preenchidas somente no Sistema Nacional de Emprego em Curitiba. Em 2011, tivemos ainda uma excelente Páscoa e até o mês de abril, já crescemos na ordem de 4,1%. Como consumidor e empresário, neste momento nos preocupa a volta da inflação, que atinge patamares de 6,33%. A grande maioria dos comerciantes viveu nos tempos de inflação que precederam o plano Real em 1994. Esperamos que este mal que tanto nos afligiu pela constantemente escalada dos preços, seja afastado rapidamente, pois sabemos que ele ainda não foi totalmente erradicado de nossa cultura. No mais, convido o leitor para acompanhar a cobertura completa da feira na página 23 e a mergulhar no conhecimento que nossa revista tem promovido bimestralmente para os senhores. Boa Leitura!

Pedro Joanir Zonta

Presidente da Apras


sumário

NOTíCiAS

(08)

ACONTECEU COMIGO

(64)

ÍNDICE DE VENDAS

(48)

espaço apras

(66)

artigos

(50)

lançamentos

(68)

espaço do leitor

(70)

academia empresarial (56)

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matéria de capa

CONSUMO

CALENDÁRIO

No ano de seu aniversário, edição da feira apresenta a evolução do varejo

Surge o metaconsumidor: quem é e como satisfazer suas necessidades

Dia dos pais e como atender o novo perfil deste consumidor masculino

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Sustentabilidade

entrevista

PERFIL

Todo material de comunicação visual da feira teve descarte correto

O economista e apresentador Ricardo Amorim fala do cenário econômico

Conheça a história do diretor executivo, Luiz Maurício Hyczy, do Superpão



editorial DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2009/2012

Caro Leitor Independente do resultado, concluir uma Mercosuper é sempre uma vitória. Claro que é muito melhor se o saldo for positivo e superar as expectativas. É exatamente para isso que trabalhamos com afinco para a realização do evento. Gostaria de aproveitar a oportunidade de, neste editorial, falar sobre a feira deste ano. Ao contrário dos últimos anos, em 2011, a Apras trouxe um conceito diferente para o evento. O simples fato de não realizarmos o seu início num domingo já fez uma enorme diferença no público, que ficou muito mais segmentando e focado. Fomentar negócios é a nossa missão, muito bem cumprida na edição de número 30 da feira. Na avaliação qualitativa dos expositores – realizada pelo Datacenso Instituto de Pesquisas e coordenada por Claudio Shimoyama – o grau de desempenho da feira foi de 86% – contra 84,7% em 2010 –, o melhor resultado dos últimos anos, composto principalmente pela qualidade dos produtos expostos, o conteúdo das palestras, a disposição e apresentação dos estandes e pela quantidade de compradores e negócios realizados. Entre as principais sugestões, foram apontadas melhorias em relação à divulgação da feira, que pode ser mais intensa e antecipada. Já na avaliação dos visitantes, o grau de desempenho da Mercosuper foi de 91,8% – contra 91,2% em 2010 –, mantendo o excelente resultado dos últimos anos. Entre os itens de destaque estão o atendimento dos expositores, a variedade de empresas, o horário de funcionamento da feira e a limpeza, segurança e logística. Para uma edição de aniversário, podemos celebrar a qualidade da nossa feira, que está cada vez mais alinhada com o propósito da Apras. Reitero que críticas e sugestões nos movem para trabalhar melhor a cada ano na busca de um atendimento de excelência aos participantes da feira, tanto expositores quanto visitantes. Já estamos trabalhando na 31ª edição da Mercosuper, que terá o tema “O varejo olhando para o futuro”. No mais, sugiro que aproveitem esta edição da revista Supermix que traz a cobertura completa do evento, entre outras matérias muito interessantes para o setor supermercadista. Espero que gostem desta edição!

Camila Manssour Tremea Coordenadora de Comunicação

Presidente Pedro Joanir Zonta (Condor Supermercados) Primeiro Vice-Presidente Luiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.) Vice-Presidente Financeiro Daniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA) Vice-Presidente de Patrimônio João Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta) Vice-Presidente de Capacitação Mauricio Bendixen da Silva (Walmart Brasil.) Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA) Vice-Presidente Segurança Luiz Alberto Leão (Condor Supermercados) Vice-Presidente Eventos Everton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.) Vice-Presidente Expansão Alceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA) Vice-Presidente de Segurança Alimentar Nelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli) Vice-Presidente Relações Sindicais Ademar Vedoato (Supermercados Viscardi) Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal) Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA) Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.) Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA) Vice -Presidente Adjunto Cezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Rodolfo Pankratz Haroldo Antunes Deschk Dercio Domingos de Costa Conselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos Edson Zamprogna Claudia Maria Dalmora Presidente Regional Sul - Ponta Grossa Sergio Jasinski (Supermercado Jasinski) Presidente Regional Norte - Londrina Valdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Presidente Regional Oeste - Cascavel Luciano Fabian (Supermercado Fabian) Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco Vinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA) Presidente Regional Noroeste - Maringá Roberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci) Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho Luiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes) Presidente Regional - Irati Paulo César Ivasko (Supermercado Ivasko) Presidente Regional - Guarapuava Daniel V. Hyczy (Supermercado Superpão) Conselho Permanente Everton Muffato Pedro Joanir Zonta Ruy Senff Sidney Schnekemberg Eduardo Antonio Dalmora Romildo Ernesto Conte Roberto Demeterco Superintendente Valmor Antônio Rovaris Diretor Comercial Walde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato Diretor Comercial Walde Renato Prochmann Conselho Editorial Camila Manssour Tremea, José Eduardo Nasser e Isabelle Rocker Departamento Comercial Khailany Cardoso e Walde Renato Prochmann Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 E-mail: supermix@apras.org.br Projeto Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico) Diagramação Samuel Rodrigues Revisão Paulo Roberto Maciel Santos Fotos Alex Santos Pré-Impressão (CtP) e Impressão Maxi Gráfica e Editora Ltda. Tiragem 13.000 exemplares Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix é patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e também seu órgão oficial de divulgação. Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80045-190 Fone: (41) 3263-7000 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR supermix@apras.org.br / www.apras.org.br/supermix Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados.

Impressão A Apras, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC ( Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Maxi Gráfica e Editora Ltda. - certificada na cadeia de custódia - FSC



NOTÍCIAS muito bem em lojas de varejo e animam qualquer ambiente. Este ano, em especial, o supermercadista pode ter alguma vantagem ao buscar vinhos importados como os argentinos – o país vizinho é o que mais exporta a bebida para o Brasil. A implementação do Selo de Controle Fiscal pela Receita Federal, em janeiro deste ano, fez com que as importadoras abastecessem seus estoques ainda em 2010, segundo o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). No ano passado, o país importou 75,3 milhões de litros de vinho estrangeiro, o maior volume da história. Para quem prefere ficar com as marcas nacionais, os 70 anos da paranaense Famiglia Zanlorenzi Grupo Vinícola garantiu algumas novidades como o Miracolo 100% Bordô, elaborado em sua totalidade com uvas da variedade bordeaux. Para mostrar o potencial e diferencial do produto, a companhia optou por envasá-lo em uma embalagem que facilita a leitura e a identificação do produto nas gôndolas. “O lançamento é reflexo da demanda do mercado por um vinho de mesa que possua qualidades diferenciadas deste segmento, como a elaboração exclusiva da variedade bordeaux, reconhecida como diferencial para os apreciadores de vinhos de mesa”, diz a coordenadora de marketing da vinícola, Gioceli Escorsin.

“O lançamento de produtos é reflexo da demanda do mercado por um vinho de mesa que possua qualidades diferenciadas deste segmento, como a elaboração exclusiva da variedade bordeaux, reconhecida como diferencial para os apreciadores de vinhos de mesa”.[Gioceli Escorsin]

Período de festas e frio bom para os vinhos ( Os meses de junho e julho oferecem uma nova oportunidade de campanha sazonal na rede de varejo. As festas juninas ou “julinas” representam mais uma boa chance para os supermercadistas aquecerem o setor no período mais frio do ano. De acordo com o consultor para Estratégia das Organizações de Varejo, Alain Winandy, a ambientação com barraquinhas com itens para consumo imediato ou ainda uma decoração com bandeirinhas e funcionários vestidos com chapéu de palha, lenço no pescoço e camisa xadrez trabalhando ao som de músicas típicas funcionam

Além isso, vale apostar também nas novidades lançadas por fornecedores para alavancar a venda de produtos típicos. A pipoca para micro-ondas sabor picanha lançada pela Alimentos Zaeli em maio durante a 27ª Feira Internacional de Negócios em Supermercados - APAS 2011, é um exemplo. O produto reforça a linha que hoje conta com 10 produtos exclusivos e está entre as mais lembradas pelos supermercadistas de todo o país, de acordo com pesquisas de Top of Mind. Outra inovação é oferecer sugestões saudáveis com produtos à base de soja. Essa opção ainda tem a vantagem de atender um público bem específico: pessoas com intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite. A Yoki apresenta ao mercado o exclusivo Mais Vita Pura Soja, produto enriquecido com 240 mg de cálcio, quantidade equivalente à encontrada em 200 ml de leite. O Pura Soja é ideal para ser utilizado na culinária. Por ser elaborado somente com extrato de soja e água, sem adição de açúcar e conservantes, o produto apresenta um sabor neutro e pode ser utilizado no preparo de pratos doces e salgados. As receitas juninas são fornecidas pela própria Yoki. Fonte: Da Assessoria)


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SIMPEP alerta para os impactos da proibição da sacola plástica

Autoatendimento: supermercado sem caixa vem aí

( No dia 17 de maio, a Câmara de Vereadores de São Paulo

( Terminais de autoatendimento deixam de ser exclusividade dos bancos e se espalham para os mais diversos tipos de negócio. As lojas da rede varejista Fresh and Easy, nos Estados Unidos, são como qualquer outro supermercado: produtos expostos em prateleiras, carrinhos e promoções. Mas, na saída, há um detalhe bastante diferente: não existem funcionários registrando as compras nos caixas. Os próprios clientes passam os produtos por leitores de códigos de barras e pagam as compras com cartões de débito ou crédito.

aprovou o Projeto de Lei 496/2007, que dispõe sobre a proibição da distribuição gratuita ou venda de sacolas plásticas aos consumidores em todos os estabelecimentos comerciais da capital. O Sindicato da Indústria de Material Plástico do Paraná (SIMPEP) ressalta a importância do plástico na atualidade e da necessidade de implantação de políticas de reciclagem adequadas ao perfil do homem moderno. Para evitar contaminações, os órgãos de saúde do país recomendam que o lixo seja devidamente embalado com plástico. Sendo assim, uma pesquisa do Ibope confirma que 100% das sacolas plásticas são reutilizadas como saco de lixo pela população brasileira. O SIMPEP destaca que a proibição apenas vai forçar o consumidor a comprar sacos de lixo, um custo a mais para milhares de famílias, que muitas vezes já sofrem para manter seu orçamento. As características da sacola plástica confirmam a diversidade de maneiras de utilização pela população. Por elas serem econômicas, duráveis, resistentes, práticas, higiênicas e inertes, a pesquisa do Ibope ainda comprova que 71% das donas de casa consideram a sacolinha de plástico como o meio ideal para transportar suas compras. Como as sacolas são 100% recicláveis e reutilizáveis, a proibição é, para o SIMPEP, uma alternativa inconsistente e arcaica, já que os meios de reciclagem e de preservação ambiental devem evoluir com as novas tecnologias. Ainda segundo o Sindicato, o problema está no desperdício e no descarte incorreto, que podem ser solucionados com projetos de orientação e de conscientização, além da responsabilidade compartilhada entre a indústria, o varejo, a população e o governo. Quem vai sofrer o impacto da proibição não será somente a população, que terá uma despesa extra com sacos de lixo, mas também os seis mil funcionários da cadeia produtiva das sacolas plásticas de São Paulo, que poderão perder seus empregos. Fonte: WBC Comunicação)

Fundada no ano passado e hoje com 62 lojas, a rede – braço da britânica Tesco – adota uma modalidade extrema do autosserviço. A experiência da Fresh and Easy ilustra uma tendência global de substituição de atendentes humanos por máquinas. Os motivos são os mesmos que levaram os bancos, pioneiros no sistema de self-service, a adotar os caixas eletrônicos: redução de gastos operacionais e de tempo de atendimento. Outro exemplo são as companhias aéreas, estima-se que aquelas que adotam o sistema de check-in automatizado consigam cortar os custos de cada operação em 95%. Cada passageiro atendido no balcão por um funcionário custa três dólares. No caso dos terminais de autoatendimento, esse valor cai para apenas 14 centavos de dólar. Com o avanço da tecnologia e diante de números como esse, fica fácil entender por que empresas de varejo e serviços estão entusiasmadas com o sistema self-service. Mas a economia não é a única explicação para essa nova onda de automatização. Na era da Internet, os consumidores já estão habituados a fazer tudo sozinhos, seja para comprar um livro numa loja online, seja para dar entrada no relatório de despesas de viagem no sistema da empresa. O instituto de pesquisas Gartner considera irreversível a tendência do self-service no mundo real: nos próximos dois anos, seis em cada dez interações com clientes serão automatizadas, e isso vale para o mundo todo. “O brasileiro tem características distintas do francês ou do alemão. Mas as semelhanças são muito maiores do que as diferenças”, diz Marcelo Angeletti, professor de pós-graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). “Todos eles querem


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agilidade e comodidade ao consumir.” Uma pesquisa interna da Tesco confirma: 90% dos consumidores se mostraram satisfeitos em registrar as compras por conta própria. Fonte: Exame.com)

Além dos negócios fechados, o evento rendeu bons frutos, com a assinatura de quatro convênios – Escola Digital de Supermercados (e-super), com o lançamento imediato de seis cursos à distância; parceria entre a Apas e o governo para reduzir as sacolas plásticas em todo o Estado; o programa Via Rápida, que prevê treinamento para profissionais desempregados e o da criação da Câmara Técnica do Comércio Supermercadista, em parceria com o Procon-SP. Congresso de Gestão Foram quatro dias de muita informação, atualização e bons negócios. O público pôde conferir importantes palestras e debates sobre os mais diversos assuntos, como tendências de consumo, varejo, inovação, produtividade, gestão de produtos, criação de valor, marketing, estratégia, comunicação, redes sociais, finanças e tecnologia, avaliação de pessoas, entre outros. “O Congresso da APAS é importantíssimo do ponto de vista econômico, social e de inovação tecnológica”, destacou o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin.

A maior feira de supermercados do mundo encerra com saldo positivo (Cinco bilhões de reais em negócios (representando um crescimento de mais de 10%, comparado ao evento anterior), 550 expositores, 100 palestras com especialistas de renome do Brasil e do exterior, mais de 70 mil inscritos, 3,7 mil congressistas e nada menos que 68 mil metros quadrados para a área de exposição. Este é o balanço do 27º Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados, promovido pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) entre os dias 9 e 12 de maio. Este ano, o evento recebeu 50 companhias de diversos países, como Alemanha, Turquia, Tailândia, Itália, Espanha, Portugal e Finlândia, além de mais de 150 visitantes de todo o mundo. Foram gerados mais de 20 mil empregos somente na produção. “Fico muito entusiasmado com os números da feira. Geramos negócios para a cidade de São Paulo, para o Center Norte e para a rede hoteleira. Nosso objetivo é tornar esse evento o maior polo de negócios latino-americano”, almeja o presidente da Apas, João Galassi.

Como parte da programação, também foram realizadas visitas técnicas monitoradas, para comprovar na prática as experiências que fazem sucesso, além de workshops gratuitos para os funcionários da área operacional; a Arena do Conhecimento, para a aplicação de boas práticas no autosserviço do dia a dia. “A feira foi um sucesso. Aumentamos o volume de negócios, fechamos convênios importantes para a profissionalização do setor e ainda discutimos temas relevantes para o futuro do mercado supermercadista”, conclui Galassi. Fonte: Da Assessoria) Presidente do POPAI compara pontos de venda no Brasil e no mundo ( O presidente do POPAI mundial, Richard Winter, analisou recentemente a evolução dos pontos de venda no mundo e traçou um comparativo entre as lojas e supermercados brasileiros e os norte-americanos. Em sua apresentação “O Ponto de Venda como Mídia”, Winter abordou os processos de ambientação e de venda dos varejos, do século 19 ao 21. A principal mudança apontada por ele foi a infinita gama de produtos existentes no mercado americano e as ferramentas


para conquistar o consumidor no momento da compra. De acordo com dados de uma pesquisa realizada em 2009, 27% dos consumidores brasileiros se lembravam de terem visto alguma propaganda de produto. No ponto de venda, esse número saltava para 32%, com relação a materiais de PDV. Winter ressaltou que o número foi testado pela rede global Walmart, nos Estados Unidos, que chegou a retirar os displays e materiais promocionais de seus corredores. O resultado foi uma grande queda em vendas, já que o consumidor não era estimulado, o que definiu a real importância dos materiais de marketing para a rede e sua nova política de ambientação. “Quando o consumidor está na loja, metade da batalha foi vencida. A outra parte da vitória é obtida quando o ponto de venda consegue envolvê-lo e convencê-lo à compra”, destacou Winter. Segundo a pesquisa da entidade sobre o comportamento de compradores individuais e acompanhados, nos Estados Unidos, cerca de 60% dos consumidores desacompanhados se lembraram de pelo menos um display na loja. Entre os acompanhados por familiares ou amigos, o número cai para 43%. “Isso porque as lojas são consideradas por muitos consumidores individuais como uma experiência social. Já quem vai à loja com amigos, por exemplo, é encorajado por eles a comprar alguns produtos que não tinha planejado”, explica o executivo. Winter também demonstrou que cerca de 50% dos consumidores americanos já possuem smartphones, o que amplia as possibilidades de interação e de experiência proporcionada pelo varejo. “O varejo mudou muito em cinco anos. Antes, ele tinha o controle e o comando. Hoje, o consumidor que tem um celular pode checar preços, comparar produtos, visitar fóruns e ler sobre a opinião de outros compradores. Podemos trabalhar a nosso favor ou ignorar e perdermos vendas”, afirmou Winter. O executivo citou como ferramentas de sucesso na interação com o novo consumidor o uso de SMS pelas marcas, o mobile marketing e os aplicativos produzidos por marcas e redes supermercadistas. Através do download desses aplicativos, de acordo com o palestrante, é possível monitorar suas pesquisas e preferências e enviar informações específicas, de acordo com o perfil do consumidor. Na opinião de Winter, os QR Codes (Códigos de Resposta Rápida), amplamente utilizados no varejo norte-americano, ainda têm sido pouco explorados no Brasil. “É possível saber que o display funciona quando o consumidor escaneia o QR Code, procurando mais informações sobre o produto. A partir daí, pode-se direcioná-lo para uma página específica e oferecer promoções, por exemplo”, explicou o executivo. Fonte: Note! Assessoria de Comunicação)


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Super Muffato lança mais uma loja em Cascavel ( O Grupo Super Muffato está iniciando a construção de mais uma loja em Cascavel. Será a quinta na cidade, que conta ainda com a matriz da rede, que trabalha com a distribuição atacadista para a região e comporta toda a área administrativa do grupo. A nova loja deve ser entregue no segundo semestre de 2011 e fica na região norte da cidade. A unidade terá 13 mil m² de área construída e deve gerar mais de 200 empregos diretos e cerca de 100 indiretos. Com projeto que apresenta soluções arrojadas e para consolidar seu posicionamento como empresa que se preocupa em atender as necessidades dos clientes oferecendo produtos e serviços de qualidade com o menor preço e ainda manter a tradição de proporcionar comodidade e segurança, o empreendimento contará também com uma galeria comercial com 40 lojas que oferecerá serviços e conveniências tais como agência bancária, lotérica, farmácia, praça de alimentação, moda, entre outros que serão distribuídos em dois pavimentos. “O Centro Comercial traz mais comodidade aos clientes do Muffato, que encontram no mesmo estabelecimento em que realiza as suas compras serviços indispensáveis”, diz Ederson Muffato,diretor do grupo. A loja terá ainda esteiras rolantes, vias de acessibilidade e estacionamento coberto com capacidade para 800 vagas rotativas. De acordo com Ederson Muffato, Cascavel é uma cidade muito especial para o Grupo Muffato, pois foi onde sua história começou. “Temos um objetivo, que é levar comodidade aos consumidores, por isso investimos não só na construção de um hipermercado, queremos que nossos clientes possam encontrar itens básicos e indispensáveis, em um só lugar. E para os empresários a oportunidade de se atrelar a uma marca forte e consolidada para aumentar sua visibilidade, além de proporcionar maior comodidade à disposição dos clientes”, comentou. O projeto da loja utiliza práticas sustentáveis, como ar refrigerado e sistema de ar condicionado que não prejudicam a camada de ozônio, uso racional de energia elétrica que aproveita o máximo de iluminação natural, estação de reciclagem para a coleta seletiva de lixo à disposição dos clientes, melhor aproveitamento da luz natural, entre outros. Fonte: Da Assessoria)

Índices de inflação preocupam ( Já no fim do ano passado podia-se vislumbrar no aumento dos índices de inflação o principal efeito colateral e maléfico do crescimento da economia. Enquanto a meta inflacionária do Banco Central para 2010 era 4,5%, com dois pontos de margem para mais ou para menos, a inflação verificada foi 5,91%. Neste ano, o problema segue dando dor de cabeça aos técnicos da área econômica. A inflação atingiu 3,23% no 1.º quadrimestre, contra 2,65% no mesmo período do ano passado. A meta anual, igual à de 2010, vem sendo superada mês a mês, fazendo com que o índice acumulado em 12 meses já chegue a 6,51%. Os principais responsáveis pelo recrudescimento da inflação são alimentos e combustíveis. Contribuem também a elevação das commodities no mercado externo, o aumento do petróleo na sequência da instabilidade política mundial e a queda na produção de países exportadores (Líbia e outros países do norte da África, mais países asiáticos da OPEP) e também a elevada cotação do açúcar no mercado internacional, o que redirecionou parte da produção das usinas brasileiras e reduziu a oferta de etanol. Os combustíveis em alta refletem sobre os preços dos transportes. O governo brasileiro tratou de tomar medidas para evitar maiores turbulências. Aumentou a taxa básica de juros, passando a 12%, e cortou R$ 50 bilhões do orçamento de 2011. Mais ainda, determinou a redução, adiamento ou cancelamento de vagas no serviço público federal. Tais providências devem produzir efeitos apenas no segundo semestre, não tendo condições de impactar os índices imediatamente. A questão, no entanto, é mais complexa. O mercado competitivo condiciona as empresas a reduzirem margens de lucro ou adiarem repasses para os preços. A permanente valorização do real em relação a outras moedas facilita a entrada de produtos importados, a preços atraentes. Ao mesmo tempo, fatores como aumento do emprego, a melhora da remuneração média em diversas categorias, com destaque para a construção civil, a maior massa de salários na economia e a ascensão da população para faixas de renda mais elevadas mantêm aquecida a demanda. Tudo parece conspirar contra o combate à espiral inflacionária, a começar pela pouca confiança do mercado em relação à eficiência das providências adotadas. Há outras a tomar,


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como a ampliação da oferta de alimentos e produtos básicos, maior produção de etanol e efetiva redução dos gastos públicos. Cabe mencionar, também, a inexistência de uma política reguladora de estoques no Brasil, como forma de conter aumentos de preços em produtos básicos. O próprio etanol ainda é tratado como derivado agrícola, quando ele se destaca como componente fundamental de uma nova matriz energética. Considerando o combate à inflação uma questão primordial de política econômica, é preciso que o governo estabeleça outras estratégias que se mostrem adequadas para a estabilização. Após a convivência com a hiperinflação em 1993, quando o valor anual chegou a quase 3.000%, com todos os danos e malefícios decorrentes, não se pode permitir a ressurreição de um problema que, além dos efeitos sobre a economia, possui extensas ramificações políticas e sociais. O combate à inflação no Brasil deve ser implacável, permanente e prioritário. Porém, em nenhum momento os efeitos do combate à inflação podem recair sobre a atividade do comércio, que dá mostras de força ao crescer de forma consistente, gerando empregos e aumentando a arrecadação oficial. Em resumo, o desafio do governo concentra-se em resolver essa equação. Inflação em queda de um lado, comércio forte de outro. É o preço a pagar pelo crescimento do país. Fonte: Da Assessoria) Walmart Brasil vai investir R$ 1,2 bilhão em 2011 ( O presidente do Walmart Brasil, Marcos Samaha, anunciou hoje a tarde os planos de investimento da empresa para 2011. Serão 80 novas lojas com investimento de R$ 1,2 bilhão ao longo do ano. “O Brasil é um mercado extremamente estratégico para o Walmart. Com a estabilidade econômica dos últimos anos, a empresa vê um excelente potencial de crescimento no nosso mercado e por isso vai continuar investindo em expansão”, diz Samaha. Nos últimos cinco anos, o Walmart já somou R$ 6 bilhões em investimentos no País, com a construção de 177 lojas e cerca de 25 mil empregos gerados. Os recursos serão destinados prioritariamente para a abertura de 80 novas lojas, de todos os formatos que a rede opera hoje no País: hipermercados, supermercados, lojas de

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atacado, clubes de compras e lojas de vizinhança. A maior parte delas – mais da metade das unidades – será voltada para as classes C, D e E, com as bandeiras Todo Dia (varejo) e Maxxi (atacado). “Nosso plano de expansão vai continuar apoiando o desenvolvimento socioeconômico da população brasileira”, afirma Samaha. “O foco nos formatos direcionados à classe média emergente será ainda mais forte em 2011”, acrescenta. No Paraná, além do já inaugurado supermercado TodoDia em Araucária, para o qual foram investidos R$ 4,5 milhões e 50 novas vagas de emprego foram geradas, já estão confirmadas as aberturas de um hipermercado BIG em Campo Mourão (investimento de R$ 37,2 milhões), e de um TodoDia, em Ponta Grossa (investimento de R$ 3,5 milhões). Juntas, as três unidades somam mais de R$ 45 milhões em investimento e cerca de 400 vagas diretas de emprego geradas. Desde 2005, R$ 145 milhões foram investidos no estado em 10 novas lojas e outros R$ 121 milhões na reforma de 19 unidades – sendo 14 unidades da tradicional bandeira Mercadorama. O Walmart Brasil possui hoje no Estado 7,7 mil funcionários. Empregos Além da abertura das novas unidades, Samaha ressalta que parte dos recursos será destinada à reforma de unidades antigas, melhorias no sistema logístico e em tecnologia. Ao todo, os investimentos vão permitir a geração de mais 7 mil empregos diretos e mais de 20 mil indiretos em 2011. “Estamos investindo não apenas em novas lojas, mas ampliando também o programa de apoio a fornecedores regionais, programas de responsabilidade social e projetos de preservação do meio ambiente”, completa Samaha. Em 2010, a companhia abriu 45 novas lojas e gerou 6 mil postos de trabalho. Fonte: Da Assessoria )


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Revitalização deixa Condor Apucarana mais bonito e moderno

( Após uma completa revitalização, o Condor de Apucarana foi reinaugurado recentemente. A rede comemora 25 anos de história na cidade e para presentear a população, investiu para deixar a loja moderna e inovadora. A loja de Apucarana foi a primeira do Condor fora de Curitiba e marcou uma nova era para a rede. “Em 1986 buscamos novos horizontes e escolhemos Apucarana para encampar o nosso projeto de abrir o primeiro supermercado fora da capital. Foi um momento decisivo e importante para a expansão da rede”, diz o presidente do Condor Super Center, Pedro Joanir Zonta. A expectativa é que após o investimento a loja passe de 75 mil para 120 mil clientes atendidos por mês. A revitalização beneficiou todos os setores e uniu inovação e respeito ao meio ambiente. Esta loja passa a contar com um sistema de climatização ecológico, que não usa gás e trabalha de acordo com a umidade relativa do ar. Este novo processo, além de deixar o ambiente mais agradável, é capaz de reduzir em até 80% o uso do ar condicionado, diminuindo consideravelmente o consumo de energia. Ainda pensando no meio ambiente, a iluminação do Condor Apucarana conta com lâmpadas T5, que duram 23 mil horas, 45% a mais que as convencionais e proporcionam uma luminosidade mais confortável e eficiente. A arquitetura da fachada foi reformulada seguindo o padrão das últimas lojas inauguradas pela rede. A visibilidade através da implantação de vidros brancos dá um ar de leveza e elegância ao empreendimento. Uma adega com uma vasta linha de bebidas nacionais e importadas foi incorporada a loja. O destaque fica por conta do mobiliário moderno – e ao mesmo tempo rústico – que dá um ar de loja especializada.

Já ao entrar no supermercado, os clientes serão surpreendidos com a comunicação visual, que conta com cores harmônicas e uma sinalização que facilita a localização do setor desejado em qualquer ponto da loja. Outro setor que merece destaque é o hortifruti, que foi completamente modernizado com móveis planejados para destacar os produtos. Pensando em facilitar a acessibilidade, a loja conta com banheiros para portadores de necessidades especiais e um fraldário para os bebês. Ainda segundo o presidente da rede, a loja não recebeu apenas uma reforma mas uma completa revitalização, que resultou em uma loja totalmente nova para a cidade. “Idealizamos essa revitalização para podermos atender os apucaranenses com mais conforto e praticidade. Há 25 anos vimos o potencial de Apucarana e resolvemos investir

Presidente do Condor, Pedro Joanir Zonta com gerente Condor Apucarana, Maurinei Nunes


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na cidade. Hoje, queremos continuar contribuindo com a geração de emprego e renda, além de modernizar uma loja que se tornou tradicional e um ponto de encontro para os moradores”, afirma Zonta. Fonte: WBC Comunicação) Cenário brasileiro para o mercado do Luxo está entre os mais promissores do mundo ( O mercado do Luxo brasileiro segue em expansão e vislumbra um cenário bastante positivo para 2011. A projeção de crescimento para este ano é de 33%. Com faturamento de US$ 8,94 bilhões (15,73 bilhões de reais) em 2010, o setor cravou alta de 28% em relação a 2009. Os resultados fazem parte do estudo “O mercado do Luxo no Brasil – ano V”, iniciativa conjunta da GfK Brasil e MCF Consultoria & Conhecimento. A pesquisa mensura o tamanho do mercado do Luxo brasileiro, avalia o desempenho e as perspectivas do setor e procura conhecer o montante dos investimentos feitos desde 2006. A quinta edição da pesquisa foi realizada entre abril e maio de 2011,

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contando com a participação de 79 empresas do segmento de Luxo, de um universo identificado e apontado pela MCF de 230 empresas operantes no Brasil. Um setor bastante promissor O cenário brasileiro para o mercado do Luxo está entre os mais promissores do mundo. O bom momento econômico pelo qual o País passa nos últimos anos tem refletido diretamente no fortalecimento do setor que, de 2006 a 2010, registrou um aumento de 129% em dólares e 87% em reais, montante que tem sido revertido em constantes investimentos. No ano passado, as empresas investiram o equivalente a 21% do seu faturamento, com os valores saltando de U$ 1,24 bilhão em 2009, para US$ 1,89 bilhão em 2010. Para este ano, com a otimista projeção de crescimento do setor, a expectativa de investimentos é da ordem de U$ 2,57 bilhões. Entre esses investimentos, aparece com destaque o uso das redes sociais. Mais de 60% das empresas afirmam utilizar as redes para fazer divulgações. O Facebook se destaca como a mídia preferida,


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citado por 98% das empresas que usam mídias sociais, seguido pelo Twitter, usado por 71% delas. A pesquisa constatou ainda que tem sido dedicada importante atenção à profissionalização do quadro de pessoal, mostrando que a necessidade de treinamento e capacitação de mão de obra parece ter sido assimilada pelas empresas. O aumento do salário médio de funcionários em 2010, que subiu para R$ 4.080,00 ante os R$ 2.762,00 de 2009, refletiu a necessidade de atrair vendedores mais qualificados a partir do retorno financeiro. No entanto, há ainda uma diferenciação bastante alta entre quem trabalha em empresa brasileira, cuja média salarial é de R$ 3.231,00 e em estrangeira, de R$ 5.083,00. “O público do Luxo é bastante exigente, quer atendimento personalizado e diferenciado. As últimas pesquisas reforçavam a importância de vendedores qualificados. Os resultados desta edição, então, mostram que as empresas estão valorizando a capacitação e o aperfeiçoamento do seu quadro de funcionários para acabar com esse gargalo”, destaca Paulo Carramenha, Diretor Presidente da GfK Brasil. Para Carlos Ferreirinha, presidente da MCF Consultoria & Conhecimento, o atendimento é um dos principais valores reconhecido pelo consumidor do mercado do Luxo. “Nada mais propício, então, do que as empresas reconhecerem essa necessidade de motivar os vendedores a se ajustarem à capacitação profissional de suas equipes de atendimento para garantir um relacionamento diferenciado com seus clientes”, analisa.

promissoras, pulando de 7% para 13%. Compõem ainda a lista de cidades mais promissoras para a expansão do mercado do Luxo: Salvador (4%) e Recife (3%). De acordo com os executivos, o aumento de unidades de lojas será pulverizado entre São Paulo (+66%), Rio de Janeiro (+44%), Brasília (+37%) e Belo Horizonte (+34%), além de Curitiba e Porto Alegre (22% cada), que se mostram como nichos providenciais para o mercado do Luxo. “Há uma grande potencial de crescimento para o mercado do Luxo no Brasil. Esta é uma tendência que se confirma nos resultados que a pesquisa tem apontado nesses últimos cinco anos, sendo que este ano o destaque é a cidade de Belo Horizonte como o principal destino de expansão das marcas”, completa. Mesmo com a perspectiva de aumento dos investimentos com intenção de abertura de novas lojas, a crise financeira mundial, que teve seu ápice em 2009, ainda é considerada uma ameaça pelos dirigentes do setor, embora em níveis mais baixos. Na pesquisa de 2009, a crise era motivo de preocupação para 74% das empresas, no ano passado o índice caiu para 70%. As empresas estrangeiras, no entanto, são as mais otimistas em relação a esse aspecto. “O Brasil é um país muito bem visto para os negócios pelas empresas estrangeiras. Como a crise não chegou a atingir o País de forma tão intensa, é natural que as multinacionais estejam mais confiantes em relação à crise econômica que atingiu principalmente os países considerados de Primeiro Mundo”, avalia o Diretor Presidente da GfK.

Luxo em expansão pelo Brasil

Retomada do setor

A pesquisa destaca ainda que 67% das empresas entrevistadas consideram como principal obstáculo para o crescimento da marca a tributação elevada no Brasil, número que cresce para 73% entre empresas estrangeiras. E revela também que as empresas têm intenção de expandir suas marcas para fora do eixo Rio-São Paulo. A cidade de Belo Horizonte (MG) é uma das que despontam na rota de investimento das empresas, apontada por 34% em 2010, alta de cinco pontos percentuais em relação a 2009 (29%). Sem considerar São Paulo e Rio de Janeiro, Belo Horizonte é também classificada como uma das cidades mais promissoras para o mercado do Luxo, embora Brasília (42%) continue liderando o ranking. Em 2009, BH foi indicada por apenas 4% das empresas, número que saltou para 19% no ano passado. Curitiba também aparece na lista das cidades

A quinta edição do estudo realizado pela GfK e MCF mostra uma recuperação em relação ao valor do tíquete médio gasto pelos clientes do Luxo. Ao comparar os anos de 2009 e 2010, verifica-se uma alta bastante expressiva, com os valores passando de R$ 2.726 em 2009, para R$ 4.710 no ano passado. Para Ferreirinha, isso sinaliza uma recuperação do mercado, que teve um crescimento abaixo do esperado em 2009. “A previsão para 2010 era de 22% de crescimento e foi superada pelo setor, atingindo 28%, o que garantiu a recuperação da atividade em patamares de resultados no mesmo nível que antes de 2008”, destaca. No entanto, de acordo com Paulo Carramenha, da GfK, para ampliar sua atuação e manter a tendência de crescimento, as empresas precisam direcionar suas estratégias para alguns determinados públicos, como a Terceira Idade e os mais


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jovens. “A maior longevidade do brasileiro e a melhoria de condições financeiras da população mais velha elevam em muito sua capacidade de consumo. Outro público a ser considerado é o de clientes mais jovens, que ainda é pouco explorado pelo setor. A estratégia para atingi-los deve ser baseada em ambiente virtual e a expansão de investimentos em mídias digitais – por exemplo: redes sociais e sites de relacionamento”, analisa Carramenha. Democratização do Luxo Embora estima-se que o mercado do Luxo esteja restrito a apenas 2,5% da população, o que representam cerca de 4,8 milhões de pessoas, os empresários do setor parecem mais adeptos à democratização do acesso às marcas e defendem que para ser de Luxo uma marca não precisa ser exclusiva e de difícil acesso. Das empresas entrevistadas, 44% concordam que o Luxo não precisa mais ser exclusivo e 71% acreditam que a tendência atual do Luxo no Brasil é a democratização do acesso, mesmo que, para alguns, exista a

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necessidade de se criar novas marcas ou submarcas. Ainda, de acordo com o estudo, 46% dos dirigentes de empresas do setor do Luxo acreditam que para se expandir no Brasil devem tornar acessíveis produtos e serviços às classes aspiracionais. “O mais interessante é que 70% discordam que uma marca só será de Luxo se for exclusiva, de difícil acesso e restrita, confirmando um dilema vivido pelas marcas no sentido de ampliar a sua participação. Atingir a classe média alta seria uma possibilidade enorme de crescimento para as marcas em um curto espaço de tempo”, avalia Carramenha.)


entrevista

Ricardo Amorim O melhor cenário da história para a próxima década

“O setor vai vender mais, mas vai precisar vender diferente”

Crescimento sustentado do país, aumento do crédito, mais consumidores, fortalecimento do consumo no interior. O Brasil mais preparado para crises internacionais e se beneficiando do despertar dos emergentes. Prevendo o melhor cenário da história para a próxima década, o economista e apresentador Ricardo Amorim concedeu a seguinte entrevista para a revista Supermix, na qual também fala em como o empresário do varejo está inserido neste contexto. Formado pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação pela ESSEC de Paris, Amorim antecipou a crise elétrica brasileira de 2001, a crise imobiliária americana de 2008, a crise européia de 2010. Após oito anos em Nova York e 20 anos no mercado internacional, ele retornou ao Brasil, onde presta consultoria a clientes nacionais e internacionais.

O que podemos esperar da economia brasileira?

( Desde a virada do milênio, o centro de gravidade do crescimento mundial vem saindo dos Estados Unidos e Europa e ido em direção aos mercados emergentes. Os efeitos negativos das crises imobiliária, financeira e fiscal nos países ricos intensificarão este processo, alçando o Brasil a uma posição de liderança econômica global devido a um forte crescimento na demanda de commodities em que somos muito competitivos e um aumento significativo da oferta de capitais, renda e crédito no país. Nas duas próximas décadas, o PIB brasileiro deverá crescer duas vezes mais rápido do que nas três décadas anteriores e o crescimento do consumo interno será ainda mais acelerado, criando oportunidades excepcionais de negócios em vários setores e em particular no setor de supermercados. )


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De que forma a mudança do centro da economia dos EUA para países emergentes afeta o Brasil?

Para quais aspectos da economia o empresário do varejo precisa ficar mais atento?

( Nas últimas décadas, a Ásia e os países emergentes

(Pensando nas perspectivas positivas para os próximos

cresceram muito mais rápido do que o resto do mundo, expandindo sua importância na economia mundial. Desde a entrada da China para a Organização Mundial do Comércio em 2001, mais de dois terços do crescimento do mundo vem dos países emergentes e menos de um terço de EUA, Europa e Japão e esta tendência se intensificou após a crise de 2008. Enquanto China e Índia sustentarem um crescimento acelerado, o Brasil continuará a se beneficiar de demanda em expansão e preços em elevação de sua pauta de exportações. )

Como o Brasil deve se comportar em relação a novas possíveis crises nos EUA, Europa e Japão?

( A melhora dos fundamentos econômicos brasileiros limitará os impactos negativos de uma eventual nova recessão nos EUA, Europa e/ou Japão, a menos que eles passem por crises de proporções similares ou maiores que as de 2008, o que pode acontecer em 2011 ou 2012, devido a um provável aprofundamento da crise soberana e financeira europeia. Enquanto isso, as exportações brasileiras têm migrado para países emergentes. Em 2002, exportávamos sete vezes mais para os EUA do que para a China. Em 2010, exportamos 50% mais para a China do que para os EUA. ) O mercado consumidor brasileiro mantém a tendência de mais gente com poder aquisitivo de compra e crescimento das classes A, B e C? ( Aumentos reais do salário mínimo e programas de distribuição de renda continuarão a expandir o poder de compra dos consumidores e regiões mais pobres do país, impulsionando o consumo. Nos últimos cinco anos, 55 milhões de brasileiros (o equivalente a toda população da Itália) ingressaram nas classes A, B e C, ampliando exponencialmente o mercado consumidor brasileiro. Um crescimento semelhante na primeira metade desta década é provável. Desde 2004, a consolidação da estabilidade econômica permitiu uma forte e sustentada expansão do crédito, que continuará nos próximos anos, à medida que o dólar, a inflação e os juros caiam gradualmente. Por isso, os setores mais dependentes de crédito – imobiliário, automobilístico, de eletroeletrônicos e de viagens – devem continuar a ser as locomotivas do crescimento do país ao lado do setor de infraestrutura, impulsionado pelos investimentos associados à Copa do Mundo e Olimpíadas, e do setor de petróleo, devido aos investimentos do pré-sal.)

anos, temos aspectos muito favoráveis de crescimento geral da economia, considerando que o varejo tem um desempenho ainda superior. Temos a tendência de um maior desenvolvimento no interior do que nas capitais, em função do agronegócio, a disponibilidade de crédito e crescimento do consumo de baixa renda e da faixa que passa a poder adquirir produtos sempre aspirados. Um desafio ao setor supermercadista é competir com o destino deste crédito, voltado para aquisições no setor imobiliário e turismo, por exemplo. A cautela repousa em dois processos de desaceleração: a alta da inflação, que limita a renda e reduz o consumo, e a piora da crise européia, afetando o país. É preciso se preparar para este cenário, sendo que varejo deve ter um crescimento de 6% e 7%. )

O que sobra e o que falta ao empresário brasileiro atualmente? ( O que falta: acreditar que o país está em um processo de sustentabilidade de crescimento. O empresário brasileiro está treinado para o Brasil que não dá certo e isto não condiz mais com a realidade atual. Também falta uma atuação mais forte junto ao governo, mobilizando ações pela melhoria de infraestrutura, redução de tributos, condições de educação para mão-de-obra. O que sobra: o empresário no Brasil desenvolveu uma capacidade de ajuste, de lidar com o imprevisto, de ser flexível a mudanças. ) Como o empresário do varejo precisa encarar a mão-de-obra para o setor e sustentabilidade? ( Se antes, havia falta de emprego e o empresário colocava as regras, hoje este cenário não existe mais. O varejo compete em mão-de-obra com outros setores, como o de construção civil, por exemplo, em crescimento e muito competitivo em relação a salários. Sendo assim, é preciso ter estratégias de formar, preparar e manter funcionários. Já a sustentabilidade é um grande desafio que vem por aí. Temos mais gente consumindo, temos mais gente poluindo também. Somente no Brasil são 55 milhões de pessoas que subiram de classe social. Na Índia foram 200 milhões e na China 400 milhões. Globalmente, estamos usando mais recursos naturais e precisaremos agir. Como uma forma de pressão, consumidores alemães passaram a deixar, nas lojas e supermercados, embalagens de produtos que não precisavam acompanhá-los até em casa e ir para o lixo. Até que elas não estivessem mais lá. É isto: o setor vai vender mais, mas vai precisar vender diferente. )



Mercosuper 2011 mostra mais uma vez a força do varejo A evolução e a força do varejo brasileiro ficaram evidenciadas na edição de 2011 da Mercosuper - Feira e Convenção Paranaense de Supermercados, realizada no mês de abril em Curitiba. Isso pôde ser comprovado pelos números finais da feira: mais de 50 mil visitantes durante os três de dias de realização, 285 fornecedores do Brasil e exterior como expositores e milhões de reais gerados em volume de negócios. E esses resultados positivos não poderiam ser diferentes, pois a edição 2011 foi marcada por duas comemorações importantes – as três décadas da feira e os 40 anos da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), promotora do evento. “A filha da Apras, a Mercosuper, com 30 anos, reuniu uma mostra da economia forte do Paraná que é fomentada pelo setor supermercadista”, disse o presidente da associação, Pedro Joanir Zonta. Segundo ele, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o segmento varejista representa 25% das vendas do País, e isso demonstra a força do setor. Por isso, ele defende

que os governos precisam dispensar maior atenção para o segmento que acaba sendo vítima de uma série de legislações equivocadas. “Chegou a hora do Brasil se transformar na primeira economia do mundo, e o governo terá muito que fazer, porque nós sabemos como contribuir com o país”, pondera o presidente. O varejo supermercadista brasileiro reúne 80 mil lojas, gera mais de um milhão de empregos diretos e faturou cerca de R$ 200 bilhões em 2010. O presidente da Associação Brasileira de Supermercados, Sussumu Honda destaca que o setor quer contribuir ainda mais com o país. Por isso, está com uma meta de reduzir em até 40% o número de sacolas plásticas até 2015. “Independente do crescimento do setor, nós temos essa responsabilidade com o meio ambiente”, diz. Outra preocupação da entidade nacional é com a volta da inflação. Segundo Honda, o governo federal precisa rever algumas isenções de PIS e Confins que concedeu para setores como o de carnes, que está impactando diretamente o supermercadista e o consumidor. Honda


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também aponta a falta de mão de obra como um desafio para os supermercadistas e defende que a formação dos trabalhadores pelo o próprio setor pode ser uma saída para driblar a crise.

Apoio ao setor De acordo com o governador do Paraná, Beto Richa, o estado está prestes a vivenciar um crescimento importante, já que muitas empresas nacionais e multinacionais estão interessadas em montar parques fabris no Paraná. No entanto, ele defende que antes de atrair esses investimentos é preciso apoiar e fortalecer as empresas estabelecidas no estado, como é o caso do varejo. “O varejo supermercadista é um setor vital para a economia do Paraná, pois gera empregos e riquezas”, afirma. Richa destacou também que o governo está trabalhando para melhorar ainda mais as condições para o crescimento do setor, cujas ações irão refletir na população paranaense como um todo. Ele citou investimentos em habitação, redução da criminalidade, diminuição da tarifa dos pedágios e melhoria das rodovias, portos e aeroportos. Considerada a segunda maior feira varejista do Brasil, a Mercosuper tem recebido todos os anos o crescente apoio de empresas e fornecedores.

Orgânicos ganham espaço na Mercosuper Os produtos orgânicos ganham cada vez mais espaço na mesa do consumidor, em especial daqueles que buscam saúde e qualidade de vida. Atenta a essa realidade crescente, a Apras ampliou na edição da Mercosuper 2011 o espaço e a programação voltados aos produtos orgânicos. Ao todo, 23 expositores participaram da feira com produtos como carnes, chás, cervejas, cosméticos, cereais e hortifruti. O tema também ganhou destaque nas palestras. Outro motivo importante para trazer os orgânicos para o centro das atenções da feira é porque o Paraná é considerado hoje o maior estado no número de produtores – 90% são agricultores familiares – e o segundo no volume de produção. Entre os produtos paranaenses mais cultivados estão açúcar mascavo, café e soja – a grande maioria destinada à exportação –, e em menor escala, hortifrutigranjeiros e alimentos de origem animal

“Chegou a hora do Brasil se transformar na primeira economia do mundo, e o governo terá muito que fazer, porque nós sabemos como contribuir com o País” como frangos, suínos, leite e mel. No ano passado, o Paraná regulamentou uma lei que prevê a inclusão de alimentos orgânicos na merenda escolar. A utilização dos produtos nas escolas deverá ocorrer de forma gradual, e será um incentivo para o aumento da produção no estado. Na avaliação de Sônia Stertz, presidente da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos – Regional Paraná, a iniciativa vem de encontro com a segurança alimentar. Mas segundo ela, ainda é preciso ampliar as formas de acesso aos produtos orgânicos para o restante da população, e isso passa por uma ampliação das parcerias com os supermercados. “Para que cada vez mais pessoas tenham acesso aos produtos é preciso ampliar os canais de distribuição. E nesse sentido os varejistas têm um papel importante”, comenta. No entanto, Sônia acrescenta que ainda é preciso melhorar o diálogo entre produtores e supermercadistas em relação aos preços e a regularidade do abastecimento.

Todos os anos a feira mostra que está cada vez mais profissional e reflete os níveis de exigência dos supermercadistas e do varejo do Paraná. Isso é reflexo da atuação da Apras que fomenta a competitividade e qualidade do setor. [Claudio Alberto Pogere, gerente de vendas da Brasil Foods]


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Argentina marca presença mais uma vez na Mercosuper O Brasil é o primeiro sócio comercial da Argentina após a criação do MERCOSUL. As importações e exportações entre os dois países ocorrem em proporções praticamente iguais”, é o que diz Nazareno Muñoz, secretário da Embaixada Argentina, que veio ao Brasil para acompanhar os três dias da Mercosuper.

“O varejo supermercadista é um setor vital para a economia do Paraná, pois gera empregos e riquezas”

Em sua quinta participação na feira, a Argentina intermediou a vinda de 27 empresas, desde os que têm sua produção artesanal até os de produção em grande escala. Este ano, produtos como o azeite, frutas, alimentos e sacolas plásticas, que se adaptam às várias necessidades, puderam ser negociados na feira. Irene Amelia Lafferriere, cônsul adjunta da Argentina no Brasil, comenta que o retorno que se têm com as negociações é positivo, e que “muitos empresários

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que fecham contratos afirmam que fazem bons negócios”. Ela acredita que os supermercadistas encontram nos produtos argentinos uma forma de suprir suas necessidades quando a busca é por produtos diferenciados. Com o objetivo de aproximar e integrar os empresários, o consulado contou, nesta edição da Mercosuper, com a ajuda da Apras para organizar a agenda das rodadas de negociações. “Esta forma de negociar visa colocar em contato as empresas que estão interessadas nos produtos oferecidos”, diz Irene. As rodadas já permitiram contratos até com supermercados da região nordeste brasileira. São duas as formas de negociação, explica Muñoz, a primeira delas pelo canal formal, previamente agendada. E a outra, pelo canal informal, ou seja, sem agenda prévia. Mas ele assegura que não importa a forma, através dos dois canais, “muitos e bons negócios são firmados”.


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Apras Mulher beneficia três entidades na Mercosuper durante a Mercosuper 2011. Nesta edição, a entidade atendeu com doações de produtos expostos na feira três entidades filantrópicas: o Asilo São Vicente de Paulo (ASVP), o Hospital Pequeno Príncipe (HPP) e o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC). A coordenadora do Apras Mulher, Lindacir Zonta, diz que a escolha das três entidades beneficiadas com a arrecadação foi feita através de um estudo que avaliou a necessidade do recebimento dos produtos. A entrega simbólica das doações ocorreu no primeiro dia da Mercosuper.

Na avaliação do Coordenador da Área de Novos Projetos do HPP, Rodrigo Lowen, “parcerias solidárias como essa compensam o déficit que o hospital possui em suprimentos que auxiliam as famílias das crianças que estão em tratamento”. Da mesma forma, o padre José Aparecido Pinto e o diretor Edson Tadeo de Oliveira, do ASVP, destacaram que a iniciativa colabora com aqueles que sonham em ter uma vida melhor. Já a presidente do IPCC, Helena Pereira Oliveira, salientou que a atitude do Apras Mulher é muito importante, “pois ajuda a sanar algumas vulnerabilidades sociais temporárias que a entidade atende”.

O Apras Mulher promoveu durante a solenidade de entrega das doações a palestra motivacional com o sóciodiretor da Oito AV Consultoria, Raphael Bonatto. Com suas Oito Atitudes Vencedoras, ele mostrou que é preciso motivação para desafios, metas e objetivos. Organizar o tempo, ter planejamento estratégico de vendas e persistência, podem colaborar para a superação. Trabalhar em equipe, saber administrar as crises, mudar hábitos de vida e buscar um aprendizado contínuo são atitudes que devem ser tomadas todos os dias, e completou, afirmando que “na corrida para o sucesso vence quem tem mais atitude”.

A Mercosuper é uma importante oportunidade para as empresas estarem perto dos seus clientes, bem como um “termômetro para o mercado”. [Westermann Geraldes, vice-presidente de vendas da Nestlé]



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Palavra do diretor comercial Dirijo-me aos amigos fornecedores que anualmente estão juntos com a Apras na realização da Mercosuper. Somos a única feira do Brasil que apresenta uma oportunidade para que os expositores participem do congresso sem que os horários coincidam com a abertura da feira. Entretanto, tenho observado que nas últimas edições, a presença dos fornecedores nas palestras está abaixo do esperado. Estes números podem ser comprovados pelo levantamento estatístico realizado pelo Datacenso – Instituto de Pesquisa coordenado por Claudio Shimoyama – que apontou que 92% não participaram das palestras. Sempre trabalhamos com afinco para buscar os melhores e mais conceituados profissionais da área para montar um congresso de qualidade aos participantes. No entanto, sentimos como se este esforço não fosse reconhecido. Por isso, venho pedir pessoalmente que na próxima edição da feira, vocês participem mais efetivamente desta programação que é também preparada especialmente para vocês.

anos. Até pouco tempo atrás, empresários apontavam como entraves para o desenvolvimento de seus empreendimentos a falta de capital e de tecnologia. “Hoje não temos mais esses problemas. As empresas têm capital, têm tecnologia, mas têm dificuldade quando o assunto se refere aos fatores humanos, como atendimento e capacidade de liderança”, afirmou César Souza. A pesquisa desenvolvida pelo consultor apontou que 63% dos empresários entrevistados disseram não ter líderes preparados para o cenário de crescimento da economia. Essa falta de preparo é visível quando o assunto é atendimento ao cliente. “Ninguém conhece o cliente na profundidade desejável. Quando achamos que conhecemos, ele já mudou, pois ele é um alvo móvel”, comentou. Para melhorar o relacionamento com o consumidor, César Souza aponta alguns caminhos: “É preciso entender o cliente, mobilizar toda a equipe para estar focada nele e inovar, surpreendendo sempre”, explicou. César Souza alertou ainda que é preciso estar atento ao que chamou de “neoconsumidor”: jovens da geração Y (em suas mais diversas tribos) e os clientes ávidos por consumir, integrantes da “nova classe média” (classes C, D e E). “São clientes especiais e exigentes. Se fecharmos os olhos a eles, fatalmente iremos fracassar nos negócios”, sentenciou.

Varejo deve apostar em atendimento diferenciado Consultor César Souza falou sobre foco no cliente na palestra “O Momento da Virada”, na Mercosuper 2011 Enquanto o governo federal propaga a idéia de que a economia brasileira deve apresentar crescimento em torno de cinco por cento neste ano, 1065 empresários entrevistados pelo consultor e palestrante César Souza afirmaram que suas empresas devem crescer mais que 5% ou até mesmo mais que 10% em 2011. A pesquisa em que todos os entrevistados mostraram esse otimismo foi o ponto de partida da palestra “O Momento da Virada”, apresentada por Souza na tarde de terça-feira, dia 12 de abril, na Mercosuper. O palestrante comentou que o país vive uma mudança significativa, muito visível nos últimos cinco

É uma grande vitrine para fortalecer a marca no Estado, onde temos como meta atingir 30% do mercado até do final do ano. A feira serviu de canal de comunicação para mostrar aos clientes quais os objetivos da empresa que adquiriu no final do ano passado a Damasco. [Amauri Geraldo, gerente regional da SaraLee]


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“O Brasil está se acostumando a ser um país que dá certo”, afirma Ricardo Amorim

países emergentes”, disse o apresentador do programa Manhattan Connection, da GloboNews.

Economista se diz otimista com potencial de crescimento econômico, visível com o aumento do consumo e o destaque internacional do Brasil

Neste cenário otimista para o Brasil, os empreendedores devem olhar de forma especial para a Nova Classe Média. A estimativa é de que esse grupo de pessoas ávidas por

O Brasil está vivendo uma situação inédita em sua história: aquecimento na economia, aumento significativo no consumo, desemprego em queda, estabilidade econômica e grande destaque internacional. Esses pontos foram abordados com otimismo pelo economista Ricardo Amorim em sua palestra “Realidade Econômica Brasileira e Oportunidades”. O economista analisou a crise dos Estados Unidos, com desemprego crescente, aposentados tendo que voltar a trabalhar e jovens com dificuldades para ingressar no mercado de trabalho. Na Europa, segundo ele, a crise econômica tende a ser ainda mais forte, e sinais de bolha imobiliária e problemas no sistema bancário já são visíveis. O Japão também já sente sinais de uma crise mundial. Tudo isso faz com que os olhos do mundo se voltem para os chamados países emergentes, como o Brasil, a China e a Índia. E o Brasil, de acordo com Amorim, tem grandes chances de aproveitar essa vitrine para fortalecer seu crescimento econômico. “Quando pensamos nas maiores empresas do mundo, ainda lembramos-nos das norte-americanas, mas é importante saber que, hoje, metade das 10 maiores organizações do mundo estão nos

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consumir produtos de qualidade chegue a 100 milhões de pessoas. Ao mesmo tempo, as classes A e B também vêm crescendo, e hoje já somam aproximadamente 16 milhões de pessoas, segundo Amorim. Nos próximos cinco anos, a previsão é de que as classes altas contenham mais 40 milhões de pessoas. “Isso significa mais gente no consumo, mais pessoas querendo e podendo comprar”, comentou o economista. O maior acesso das classes populares ao consumo de massa está fazendo surgir “um Brasil de novos consumidores”: Nos últimos cinco anos, o consumo cresceu numa média de 7% ao ano – mais do que a produção no mesmo período. O varejo tem vendido mais do que a indústria, mesmo com o crescimento na produção industrial, que aumentou cerca de 30% nos últimos 10 anos. Mas é claro que ele não fecha os olhos para os problemas do país. Carga tributária e infraestrutura ainda pesam muito nos custos da produção industrial. Ele disse, por exemplo, que o momento é de caprichar nas vendas agora, porque a crise mundial deve piorar, especialmente na Europa, nos próximos meses. Mesmo assim, o recado final foi bastante animador: “Hoje não somos problema, mas sim uma possível solução!”



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Vice-presidente da Nestlé comenta curiosidades sobre os 90 anos da empresa no Brasil Falar de produtos Nestlé é falar do cotidiano do brasileiro. A indústria multinacional suíça está presente no Brasil há 90 anos. De 1921 até os dias de hoje, a empresa mudou, evoluiu e cresceu de forma estrondosa, a ponto de estar presente, hoje, em 98% dos lares brasileiros. Detalhes curiosos dessa história foram contados pelo vice-presidente de vendas da Nestlé Brasil, Westermann Geraldes, na abertura da Mercosuper 2011, dia 11 de abril. O executivo falou de evolução das marcas, da comunicação e das estratégias da Nestlé no Brasil. Segundo ele, o desenvolvimento da indústria brasileira é referência para a Nestlé mundial, inclusive com a adoção de produtos desenvolvidos aqui, que passam a ser produzidos em fábricas de outras partes do mundo também. Ele admite que, neste ano, a maior preocupação da empresa – presente em 121 países ao redor do mundo – é o sinal de crise econômica em diversos países. Westermann atribui parte dessa possibilidade à especulação financeira. “Tenho saudade de quando a matéria-prima estava na mão dos produtores. Hoje está na mão de financistas”, afirmou.

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Mesmo assim, o executivo lembrou que a empresa dobrou de tamanho nos últimos dois anos no Brasil, e que a meta é novamente dobrar nos próximos dois anos. Ele salientou ainda que, a cada 3% de crescimento, a Nestlé precisa inaugurar uma nova fábrica de grande porte. Portanto, várias novas unidades industriais devem ser inauguradas nos próximos anos.

Concorrência com supermercados? Uma das ações que demonstram a busca constante de inovação da Nestlé é que, nos últimos meses, a empresa tem se dedicado também a uma nova forma de venda direta ao consumidor, com atuação em comunidades pobres e distantes dos grandes centros. Perguntado se essa tática poderia ser vista como concorrência aos supermercados, Westermann garantiu que não. “Pelo contrário, despertamos nesse público o hábito de consumo. Não raras vezes, acabamos encaminhando esse consumidor aos mercados das redondezas, pois eles passam a procurar os produtos. Nosso objetivo é apostar na ascensão social e gerar a experiência, podendo trazer essas comunidades para o varejo”, explica.


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Mudanças nos modelos de negócio e consumo

Comportamento do consumidor multifacetado

O que motiva os consumidores a comprar

“Estamos indo do mundo homogêneo para a diversidade”, afirma o gerente nacional de atendimento da Nielsen, Olegário Araújo. Segundo ele, as mudanças na população mudam o consumo. Estamos no mundo do mais. Um consumidor mais exigente, mais informado e com mais necessidades. “Conhecer o consumidor é aprimorar a gestão. É preciso ter estratégia, definir o que não fazer. O consumidor é multicanal, quer soluções para os problemas e não importa onde encontrar, seja na loja de bairro, no hipermercado ou na Internet”, garante. O varejo tem utilizado a estratégia das marcas próprias como forma de manter a fidelização do consumidor. “Na era do multicanal é preciso a adoção de medidas que supram as necessidades específicas dos shoppers (consumidor)”, afirma. O foco no público-alvo e o posicionamento claro e forte no canal de atuação devem ser as metas dos varejistas.

Preocupado com a situação econômica do país, “altamente indexada”, o presidente da Nielsen Brasil, Eduardo Ragasol, diz que o comércio varejista terá que se prevenir e agir com eficiência para enfrentar a atual conjuntura. Em sua palestra Comportamento do consumidor multifacetado, orienta que o sortimento seja definido pelas características deste consumidor. “O varejo tem que tirar de circulação os produtos que não tem giro e colocar aqueles que são aceitos”, diz Ragasol. Ele comenta que se consegue a melhoria na qualidade do consumo com eficiência, execução e disciplina; e alerta que os supermercadistas precisam se transformar e se adaptar à nova realidade. Lembra ainda, que “o consumidor quer bemestar, sofisticação, conveniência e indulgência”. Mas deixa um aviso ao varejo: “que tenham muita disciplina nos custos para evitar surpresas”.

“O que motiva os consumidores a comprar” foi o tema abordado por Beth Furtado, psicóloga e consultora empresarial. De acordo com ela, não há como mensurar as mudanças de comportamento do consumidor e que atitudes da sociedade impactam os negócios, sendo preciso aprender a lidar com isto. “Vivemos em uma ‘sociedade líquida’, nos transformamos e nos moldamos às situações. O contrário ocorre nas ‘sociedades sólidas’, com seus casamentos e empregos duradouros, arquiteturas e decorações estanques”, diz. Para ela, o consumidor hoje exige inovação e o mercado uma realidade de paradoxos, onde vivemos em constante contradição. Os produtos perdem o interesse no ato da compra e com isso algumas mudanças foram incorporadas, como o aluguel de carros, roupas e móveis. “O varejo, assim como as pessoas, está mudando. E a constante transformação exige adaptações”, comenta Beth.

O amadurecimento do setor varejista é importante na integração com a sociedade e o veículo de comunicação é o elo com a comunidade. [Leonardo Petrelli, vice-presidente da RICTV]


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Tecnologia aplicada ao varejo Lojas dentro de lojas, o uso de autosserviços e do celular para fazer e pagar contas – como uma espécie de “carteira eletrônica” – e a utilização das redes sociais como uma extensão do ponto de venda. Estas são algumas tendências que já estão se tornando realidade no varejo moderno de todo o mundo, pois a palavra de ordem agora é tecnologia e interatividade. “Não haverá um segmento no mundo que não estará integrado”, afirmou Regiane Relva Romano, presidente da VIPSystems Informática, durante a palestra Tecnologia aplicada ao varejo. Todas essas novidades foram apresentadas durante a 100ª Retail’s Big Show, maior feira de varejo do mundo, realizada no EUA em janeiro deste ano. Segundo Regiane, a “loja do futuro” será o sofá da casa do consumidor; por isso, os varejistas terão que ser criativos para tornar o ato da compra prazeroso e divertido.

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Sustentabilidade e consumo consciente

Gerenciamento de categorias com foco na execução

“Sustentabilidade é um movimento que traduz uma vida melhor para todos, em todos os lugares”. A afirmação é do especialista da SABB Coca-Cola, Fabiano Rangel, que falou sobre “Sustentabilidade e consumo consciente”. Segundo ele, o consumo consciente é um ato, uma escolha. Já a sustentabilidade é o meio, “que depende de soluções e opções que viabilizem satisfazer as necessidades, buscando o equilíbrio no ato de consumo”. Rangel afirma que as pessoas têm uma visão ampla da sustentabilidade, que envolve muito mais questões sociais do que atitudes “verdes”. E é isso que elas estão buscando nas suas relações de consumo. “Consumidores conscientes são consumidores que se importam com empresas que se importam com elas”, disse.

Exposição de produtos nas áreas corretas – próximos a produtos correlatos – e categorias bem definidas nas gôndolas. Essas são atitudes que podem auxiliar o varejista a otimizar o mix no ponto de venda e ampliar os resultados. A avaliação é do gerente de merchandising services da Nielsen, Wagner Picolli, que falou sobre “Gerenciamento de categorias com foco na execução”. Picolli destaca que o consumidor está mais exigente em suas compras, planeja o que quer comprar, no entanto, aumenta sua impulsividade no momento de realizar a compra. Por outro lado, nas lojas, há uma maior quantidade de marcas por categoria, marcas “B” competindo como “líderes em custos” e aumento dos estímulos promocionais. Por isso, ele alerta que um erro de classificação ou de exposição pode resultar na perda da venda.


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Utilizando as redes sociais nos negócios

Como reter talentos em sua empresa

Perpetuação das empresas familiares

Sidnei Oliveira, consultor da Empreenda Consultoria e da Kantu Educação Executiva, fez de sua palestra Utilizando as redes sociais nos negócios um alerta aos varejistas: “o mundo está mudando, mas os negócios não”. Analisa as redes de relacionamento, como Orkut, que teve seu maior sucesso no Brasil, ao contrário do Facebook, que teve maior aceitação no mundo. Diz que o MSN está caindo em desuso pela fragilidade na segurança e que o mundo corporativo está optando pelo Linkedin, onde é possível encontrar bons profissionais. Afirma que o uso do Skype vem crescendo por ser mais seguro e pela redução dos custos nas ligações telefônicas. Que o e-mail “terá o mesmo fim do fax” e que as empresas “corram para o Twitter, pois a população está se mudando para lá”. E diz que “um dia sem entrar na ‘rede’ equivale a um dia sem repor os estoques nas prateleiras do supermercados”.

Este foi o assunto abordado pela gerente sênior de Recursos Humanos da Enxuto Supermercados, Maíra Goulart Honório. Ela afirma que a rotatividade (turnover) é o grande vilão do setor supermercadista. Que a dificuldade está nos horários de trabalho, em ser o primeiro emprego e outros. Assegura que “o verdadeiro ‘talento’ é o colaborador com alto desempenho, que inova e não se acomoda; transforma problemas em resultados para a empresa, atinge metas e cria valor”. E que isto se consegue com o conhecimento, habilidade e atitude. Ela explica que o colaborador deve ser atraído, integrado e treinado para então ser avaliado. Segundo a empresa de pesquisas Hay Group, os melhores executivos se demitem por estarem insatisfeitos com a empresa, “o que prova que não é só o dinheiro que importa, outros fatores estão envolvidos”, complementa Maíra.

Os fundadores das empresas se preocupam com a sucessão e é sobre isto que o consultor e diretor da DS Consultoria Empresarial e Educacional, Domingos Ricca, aborda em sua palestra Perpetuação das empresas familiares. O dono da empresa conhece melhor do que ninguém o negócio, por este motivo, não pode se afastar. Pesquisas apontam que 30% das empresas chegam à segunda geração e apenas 5% conseguem chegar à terceira. “Isto porque os valores não se passam, se conquistam. Cada empresa tem a sua cultura e deve valorizar o que construiu”, diz Ricca. Nem sempre o sonho do pai é o sonho do filho. É preciso avaliar, em primeiro lugar, se o fundador “quer” a sucessão, sendo que hoje muitos procuram a orientação de profissionais por considerar que o herdeiro não tem obrigação de conhecer os negócios. Assim evita-se que o legado deixe o “pai rico, o filho nobre e o neto pobre”, sustenta o consultor.

A empresa tem o objetivo de chegar à liderança no segmento de massas e sucos no Paraná, e entende que os eventos promovidos pela Apras são importantes canais. Por isso, estamos presentes em todos os eventos como a Mercosuper, Supernorte e Superoeste. [Antonio Tadeu Sandi, diretor comercial da Ninfa]



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A evolução do varejo Para falar sobre A evolução do varejo, o professor de pós-graduação e MBA da Fundação Instituto de Administração (FIA) da Universidade de São Paulo (USP), João Carlos Lazzarini, citou o livro Visão Periférica, onde os autores afirmam que “os maiores perigos para a empresa são aqueles que não vemos chegar. Compreender essas ameaças – e antecipar oportunidades – exige forte visão periférica”. Segundo Lazzarini, os supermercadistas precisam estar atentos a realidades cada vez mais constantes, como o crescimento das lojas de vizinhança; consumidores seniores, engajados tecnologicamente e ecologicamente; e clientes cada vez mais segmentados. “Os empresários precisam estar atentos e prontos para enfrentar essas realidades”, disse, acrescentando que isso passa pela oferta de “produsejos” (produtos que atendam os desejos), lojas multiformatos e multicanais e responsabilidade social.

Meios digitais e o varejo multicanal

Como se beneficiar com o geomarketing

“A tecnologia não resolve problemas, mas ajuda a estar mais próximo do consumidor”. A afirmação é do professor e coordenador de programas do MBA do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Silvio Laban durante a palestra Meios digitais e o varejo multicanal. Laban ressalta que o varejista não pode ignorar o que as novas tecnologias estão provocando na relação de consumo, e afirma: “o varejista tem que ir onde o consumidor está”. Por isso, precisam investir em soluções como interação, serviços e comunicação. O professor compara o varejista a um curador. “Em um museu, o curador escolhe o que o visitante irá ver. No supermercado é igual. O varejista escolhe os produtos. E essas escolhas precisam ser estratégicas, pois não basta colocar na gôndola, porque o consumidor busca experiências”, pondera.

O geomarketing é uma ferramenta que reúne as análises de marketing em contexto geográfico com o objetivo de adequar uma empresa a seu objetivo e ao público-alvo. De acordo com o presidente da Estudos Empresariais – Geografia de Mercado, Tadeu Masano, diversos fatores devem ser levados em conta na hora de escolher um ponto para a instalação de uma loja, entre os quais, o potencial da área, acesso, riscos da concorrência, aspectos econômicos e compatibilidade. Durante a palestra Como se beneficiar com o geomarketing, Masano apontou a evolução das cidades – hoje composta por 86% na área urbana e 14% na área rural – e mostrou como as mais variadas sondagens, como a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) e Consumo Alimentar Domiciliar, podem ajudar a mapear uma localização de sucesso.


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Impactos dos produtos perigosos de uso pessoal e doméstico

Oportunidades em viver bem num país que pode melhorar

A engenheira civil do trabalho, especialista em gestão ambiental, Bernadeth Macedo Vieira, da Prevenir Consultoria Técnica, trouxe o tema o “impacto dos produtos perigosos de uso pessoal e doméstico”, em uma palestra promovida pelo Sindicato do Comércio Atacadista do Paraná (Sinca). Bernadeth diz que muitos varejistas não se dão conta que determinados produtos comercializados nos mercados são extremamente perigosos, dando especial atenção aos resíduos sólidos. Ressalta a importância da adoção de medidas que amenizem o impacto da comercialização de produtos de uso pessoal e doméstico, como os de limpeza e cosméticos. Enfatiza que os empresários precisam analisar como fica a responsabilidade compartilhada, como esse processo está acontecendo e, principalmente, como e quais ações podem ser empreendidas de forma individual e coletiva.

Em todo o mundo cresce anualmente, entre 4% a 8%, o número de áreas agricultáveis com produtos orgânicos. De acordo com o gestor do Organics Brasil, Ming Chao Liu, essa é uma tendência mundial “onde cada vez mais há a busca por práticas mais sustentáveis na produção de alimentos, busca por produtos saudáveis e que aumente a qualidade de vida dos consumidores”. Durante a palestra Oportunidades em viver bem num país que pode melhorar, Liu comentou que o setor supermercadista deveria adotar a postura de educador do consumidor e oferecer nas gôndolas produtos orgânicos, não transgênicos, light, diet, hidropônicos, zero trans, entre outros, para que o consumidor saiba o que está comprando, e não apenas adquirindo pela rotulagem dos fabricantes. “Esse é o futuro para o setor se quiser cativar seu cliente. Dar a opção e se preocupar que ele entenda. A compra será uma simples conseqüência”, avalia


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premiadas. A apuração é realizada pela Nielsen Brasil, que pondera a nota atribuída pelos empresários e por seu próprio índice. São duas categorias: a “Nielsen”, na qual é considerado o índice Nielsen de Varejo e são selecionados cinco fornecedores/fabricantes que apresentarem os melhores resultados na pesquisa em um critério ponderado de participação de mercado – share e evolução nas vendas físicas. Na categoria “Não-Nielsen”, a Apras disponibiliza a relação dos fornecedores a serem avaliados – uma vez que estes setores estão fora da pesquisa Nielsen de quantificação de consumo. Para as categorias “NãoNielsen” e “Atendimento/Fornecedor Nota 10”, no mínimo 50 empresas supermercadistas definidas pela Apras e que representem 90% daquele referido mercado, respondem a Selo e carimbo comemorativo em parceria com os Correios Feuguer sent dit irit vel ut nim accum augue te Os 40 anos da Apras e os 30 anos da Mercosuper mereceram uma atenção especial pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que lançou, durante a cerimônia de abertura da feira, um selo e um carimbo comemorativos. A primeira obliteração do novo selo foi comandada pelo presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta, pelo governador do Paraná, Beto Richa e pelo fundador e primeiro presidente da Apras, Ruy Senff. De acordo com o diretor dos Correios no Paraná, Areovaldo Figueiredo, o selo levará o nome e imagem da associação e da feira para todo o mundo por meio dos milhares de objetos que são distribuídos diariamente pelos Correios. Além disso, as peças passarão a integrar o acervo filatélico do Paraná.

Premiação Top de Categoria encerra Mercosuper 2011 Para encerrar as atividades da Mercosuper 2011, além do jantar e do show com o cantor Leonardo, os participantes da feira puderam conhecer os fornecedores premiados no Top de Categoria. O objetivo do prêmio é homenagear as empresas que tiveram destaque durante o ano. São critérios de seleção e escolha o aprimoramento de técnicas, a qualificação profissional, a melhoria do setor e a qualidade dos produtos comercializados. Investimentos em marketing e o lançamento de produtos também são diferenciais analisados para a escolha dos vencedores. O prêmio foi criado em 2000 e é dividido em 26 categorias

um questionário. Os responsáveis pelas compras (diretores/ gerentes) da categoria avaliada emitem seus julgamentos. Os resultados são divulgados ao final da Mercosuper. O presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta, em seu discurso na noite da premiação, salientou a importância da parceria com a Nielsen, empresa de pesquisa de mercado, que garante a total isenção e credibilidade dos resultados. Zonta destacou que a pesquisa considera três critérios: o desempenho no índice Nielsen de varejo, a pesquisa qualitativa e a participação dos fornecedores junto à associação. O prêmio Top de Categoria deste ano foi entregue pelos diretores da entidade aos seguintes vencedores:


Categorias Nielsen

Vencedor

1. Bazar

Taschibra

2. Bebidas Alcoólicas

Diageo

3. Bebidas Não-Alcoólicas

Kraft Foods

4. Café

Café Damasco

5. Cervejas

Ambev

6. Higiene, Saúde e Beleza

Colgate-Palmolive

7. Leite Asséptico

Nestlé

8. Limpeza

Unilever

9. Margarinas

Sadia

10. Massas

Selmi

11. Mercearia Doce

Nestlé

12. Mercearia Salgada

Unilever

13. Papéis

Mili

14. Perecíveis Congelados

Brasil Foods

15. Perecíveis Lácteos

Danone

16. Perecíveis Resfriados

Brasil Foods

17. Petshop

Mars

18. Pratos Prontos

Sadia

19. Refrigerantes

Spaipa

Categorias Não-Nielsen

Vencedor

20. Carnes

Marfrig

21. Equipamentos

Eletrofrio

22. FLV

Strapasson

23. Serviço

Senffnet

24. Suprimentos

Rmb Embalagens

25. Atendimento Nota 10

Fast Gôndolas

26. Fornecedor Nota 10

Frimesa


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Frimesa, fornecedor NOTA 10 Supermercadistas do Paraná elegeram a Frimesa como o “Fornecedor Nota 10”, premiação destinada aos fornecedores que se sobressaem na atuação junto ao setor. A empresa, cooperativa fundada há mais de três décadas em Francisco Beltrão, sudoeste do Paraná, atua na industrialização de matérias-primas de leite e suínos. Atualmente conta com mais de 5,5 mil produtores de leite e 750 suinocultores integrados, e gera cerca de 3,5 mil empregos diretos. O presidente da Frimesa, Valter Vanzella, fala em entrevista à Supermix sobre os resultados da empresa – que nos últimos 10 anos, vem registrando crescimento médio anual de 12% em receitas e 14% em volumes de vendas – e sobre a importância de ser reconhecida como melhor fornecedora do Paraná.

O que representa para a Frimesa receber o prêmio Top de Categoria Fornecedor Nota 10?

( Significa que o trabalho contínuo e dedicado traz resultados. Para nós é a sinalização de que estamos no caminho certo. Nosso foco sempre foi o mercado, o cliente e o consumidor. )

Como se deu a trajetória da Frimesa?

( A Frimesa é o fruto da união de cinco cooperativas filiadas que congregam mais de 5 mil produtores de leite e suínos. Nascemos para levar seus produtos até o consumidor. Crescemos para satisfazer o consumidor e viabilizar o produtor. Chegamos nos 33 anos de existência com uma trajetória de aprendizagem, de lutas e de conquistas, com profissionalismo e integração.)

Em todos esses anos de existência, que tipos de investimentos foram feitos para alcançar este reconhecimento?

( Investimos na produção, nos processos industriais, em tecnologia e inovação. E focamos intensamente no posicionamento da marca no mercado. A distribuição dos produtos, com um atendimento diferenciado, proporcionou um excelente relacionamento e respeito mútuo com o varejo. Elegemos a qualidade de nossos produtos como prioridade para dar ao consumidor o melhor custobenefício.) A Frimesa está em constante desenvolvimento. Quais as conquistas realizadas até o momento?

( A conquista maior foi o crescimento contínuo e


sustentável em torno de 10% ao ano. Isso possibilitou a obtenção de uma participação significativa de vários produtos no mercado de alimentos.) Quais os planos ou projetos para expansão da empresa?

( A Frimesa traçou seu plano de expansão com visão de 10 anos no futuro. Vamos crescer no projeto suínos até atingir, em 2015, a marca de 6 mil cabeças/dia de abate e industrialização. Hoje estamos abatendo 4 mil cabeças/ dia. Na área de leite, pretendemos atingir a produção 700 mil litros/dia até 2014, através de produtos industrializados. Todos os nossos projetos estão localizados no Oeste do Paraná.) Como a empresa vem acompanhando o desenvolvimento tecnológico? Quais os setores mais impactados?

( O desenvolvimento tecnológico é essencial no mundo evolutivo de hoje. Investimos em máquinas e equipamentos atuais, na pesquisa e desenvolvimento de produtos, assim como na pesquisa do comportamento dos consumidores.) Quais são as expectativas para este ano? Acredita em risco de inflação?

( A princípio a expectativa para o setor de alimentos é boa para este ano. Entretanto, a inflação começa o ameaçar de forma perigosa. O Brasil está muito atrasado na infraestrutura necessária para dar sustentação ao desenvolvimento. ) Com sua experiência, o que é preciso para ser um bom empresário e levar a empresa ao sucesso?

( O sucesso está ligado às pessoas de bom senso, arrojadas e que investem e trabalham naquilo que sabem fazer. É preciso ter visão de futuro, antecipar-se aos eventos e cercarse de equipe bem preparada. A experiência nos mostra que é fundamental respeitar as pessoas e as empresas. )


PERFIL

A história do Grupo Superpão “Eu não era o neto do fundador ou o filho do dono” A frente do Grupo Superpão como diretor executivo há pelo menos 10 anos, Luiz Maurício Hyczy acredita que seu principal desafio é manter o sucesso da empresa familiar que começou em 1924 com um pequeno comércio de bar e padaria, na cidade de Guarapuava, interior do Paraná. O legado deixado pelo seu avô atualmente é conduzido por Maurício, 42 anos, seu pai e seus irmãos. A rede conta hoje com 17 lojas não só em território paranaense, mas também no estado vizinho de Santa Catarina. As unidades são dividas em quatro bandeiras: Superpão, Superbaratão, Superbaratão Atacado e Triunfante – produção diária de diversos tipos de pães salgados e bolos. Maurício escolheu as faculdades de Administração de Empresas e Direito para conseguir tocar os negócios da família; mas para ele, o que fez a grande diferença foi mesmo a imersão que vivenciou durante cerca de dois anos em cada setor do supermercado. “Eu não era o filho do dono do negócio. Pelo contrário, mesmo formado, eu trabalhei descarregando caminhões com mercadorias e passei por todas as funções do setor. Foi assim na padaria, no açougue, na reposição, nos caixas, até chegar à área administrativa de fato”, conta. O “filho do chefe” ou “neto do fundador” já estava acostumado com a lida das lojas. “Nas minhas férias sempre passava um período trabalhando em algum setor”, lembra.

Mas Maurício sabia que isso não representava experiência suficiente. “Foi através da convivência com as pessoas que desempenhavam desde a mais simples até a mais complexa função que aprendi na prática o que tinha visto na teoria”, diz. Foi dessa maneira que Maurício descobriu a importância das pessoas para o “negócio da família”. “O nosso diferencial é a nossa equipe. São as pessoas que fazem a diferença e são elas que vão garantir que a empresa continue viva e prosperando em um setor com tanta concorrência”, conclui. História Até que o “Ponto Chique” – nome do estabelecimento que agregava um bar e uma padaria, aberto na década de 1920 por Leonardo Hyczy – chegasse ao Grupo Superpão, foram 87 anos de história. Logo depois do início de suas atividades, o Ponto Chique começou a fabricação própria de um biscoito especial, assado em forno a lenha. O produto passou a ser distribuído para clientes de Curitiba e São Paulo e fez com que, em 1937, a panificadora Triunfante fosse inaugurada. Com a ampliação das atividades, cerca de 30 anos depois, o sistema de autosserviço é instalado e Guarapuava ganhou seu primeiro supermercado e desde então não parou mais de expandir seus negócios. Além de Guarapuava, a rede também tem lojas em outras cinco cidades do Paraná (União da Vitória, Ponta Grossa, Francisco Beltrão, Pitanga e Ivaiporã) e em Caçador, Santa Catarina.

“Foi através da convivência com as pessoas que desempenhavam desde a mais simples até a mais complexa função que aprendi na prática o que tinha visto na teoria”



CONSUMO

Metaconsumidor: quem ĂŠ e como satisfazĂŞ-lo Pesquisa revela o surgimento de um novo tipo de consumidor, mais exigente e consciente


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Sentir prazer no espaço de compra e ser respeitado. Ser valorizado e sair com a sensação de estar pagando um preço justo. Este é o perfil do “metaconsumidor”. Para entender este novo cliente, é preciso perceber que há o desejo de mudar. Ele busca saber onde e como os produtos são feitos, analisando se aquilo é bom para o planeta. Essas foram as conclusões de um estudo global feito pela GS&MD – Gouvêa de Souza, consultoria empresarial especializada em varejo, marketing e canais de distribuição, de São Paulo. A pesquisa foi realizada em 17 países com cerca de nove mil pessoas, sendo os resultados publicados no livro Metaconsumidor, lançado em outubro de 2010. Com o objetivo de entender como o consumidor vem percebendo a sustentabilidade e o consumo consciente, o estudo demonstra que estes dois fatores ocupam destaque nas decisões deste cliente. Mesmo que eles não entendam muito bem o que significa “ser sustentável”. “Mais de 70% das pessoas acreditam que sustentabilidade é preservar o meio ambiente e reciclar o lixo. Mas infelizmente só isto não é sustentabilidade”, lamenta Daniela Siaulys, diretora de novos negócios da GS&MD – Gouvêa de Souza. A conscientização dos consumidores pode ser conseguida por um trabalho do próprio varejo, que desempenha um papel importante neste processo e que acaba afetando toda a cadeia produtiva. O metaconsumidor leva em consideração um espaço de compras agradável, que lhe proporcione conveniência e onde seja bem atendido.

“A segurança de que os produtos expostos passaram por um criterioso processo de seleção e cuidados socioambientais, são itens essenciais que este novo cliente observa”, afirma Daniela.

Administração A pesquisa qualitativa do metaconsumidor mostrou que as classes menos favorecidas têm diversas atitudes sustentáveis como, por exemplo, utilizar transporte público, reciclar como forma de potencializar o investimento, economizar água, energia, entre outras. A maior dificuldade dos consumidores atuais são as restrições financeiras, as limitações de recursos, a falta ou acúmulo de tempo, a sobreposição de múltiplas tarefas como trabalho, escola e família. O consumidor gasta por necessidade e desejo. Assim, o desafio passa a ser aprender a administrar este desejo, para que no caso específico das compras, este não exceda a sua capacidade de pagamento. Buscar a satisfação nas compras, como mecanismo de flexibilização de dificuldades em outras áreas, é algo saudável. Mas deve-se ter cuidado para não transformar esta busca em algo nocivo ao consumidor e ao varejista, que pode passar a ter um sério risco de inadimplência. Por outro lado, como ainda não há muita oferta, o produto sustentável tende a ser mais caro no curto prazo. Por este motivo é necessário focar na essência do próprio negócio, evitando gerar mais transtornos do que ganhos. E, como explica Daniela, “ao tomar consciência das dificuldades, o varejista estará abrindo espaço para buscar inovações e soluções que ainda precisam ser criadas e que estão em processo de elaboração”. O metaconsumidor anseia por um mundo

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melhor, mais justo, onde as pessoas sejam valorizadas por aquilo que são. No caso dos lojistas e das empresas, a maioria está esquecendo que o primeiro consumidor é o próprio colaborador. “Assim, respeitar o seu colaborador, dar espaço para que o mesmo se desenvolva e respeitar as múltiplas ideias, passa a ser o desafio, que deve ser equilibrado com a necessidade de construir um negócio sólido e rentável que possa perpetuar”, diz Daniela.

“Mais de 70% das pessoas acreditam que sustentabilidade é preservar o meio ambiente e reciclar o lixo. Mas infelizmente só isto não é sustentabilidade” [Daniela Siaulys]


CALENDÁRIO

O pai do novo século

Dia dos Pais: novo perfil do consumidor masculino Entender o homem deste século é ter produtos que correspondam às suas necessidades. O Dia dos Pais, por exemplo, vem se destacando no comércio e oferecendo muitas e variadas opções de produtos que satisfaçam o “papai moderno”. Cosméticos, roupas esportivas, bebidas e, principalmente, aparelhos eletrônicos, são oferecidos ao consumidor masculino, que tem grande potencial para explorar o ponto de venda (PDV). Isto pode ser incentivado com a oferta de produtos que sejam atraentes, modernos e tecnológicos. Os hábitos de consumo em geral vêm se modificando e o perfil do consumidor masculino vem mudando rapidamente. Isto acaba influenciando o comportamento do varejo, que tem que se adaptar às mudanças. Neste aspecto, o comércio deve acompanhar e perceber esta presença paterna nas lojas, supermercados e até em salões de beleza. E, acima de tudo, estar preparado para receber este novo consumidor, com suas peculiaridades e exigências, e poder satisfazê-lo, superando este desafio. A importância dos eletrônicos como entretenimento, os produtos para cuidados pessoais, como cosméticos para a pele, corpo e cabelos, que antes eram itens exclusivamente femininos, hoje são um mercado forte para o público masculino. Os esportes, assim como uma alimentação saudável, são aspectos que este consumidor valoriza. A ECR

Brasil (Efficient Consumer Response, “Reação Eficiente ao Consumidor”), através de seu superintendente, Cláudio Czapski, acredita que “devese realçar estes itens de consumo no PDV”. A exemplo do que é feito no Dia das Mães, Czapski alerta que os supermercadistas devem procurar no Dia dos Pais “colocar em pontos de destaque na loja, produtos como roupas, calçados, artigos eletrônicos, cuidados pessoais, música e outros. Adequando o sortimento e eventualmente trabalhando a questão de especificações de ofertas e promoções, colocando isto em evidência”. A ideia do pai autoritário, distante, formal, inquestionável e provedor, que protagonizou a vida de muitos filhos no passado, não é mais a mesma. O pai contemporâneo é participativo, companheiro e carinhoso. As alterações sociais ocorridas nas últimas décadas, como a maior participação da mulher no mercado de trabalho, e mudanças quanto a guarda dos filhos, contribuem para fortalecer esta nova concepção. Ao contrário das mulheres que compram por impulso, uma pesquisa de consumo realizada pela Wharton – universidade localizada na Pensilvânia, nos Estados Unidos – apontou que os homens compram pela praticidade, ou seja, compram só o que precisam. Por este motivo os PDVs devem ser eficientes e organizados, de forma a facilitar a busca pelo produto desejado. Nada de enaltecer as vantagens ou os resultados que tal produto pode

oferecer, basta disponibilizá-lo na prateleira, ao alcance dos olhos e das mãos. Algumas dicas de como conquistar o consumidor masculino no PDV são fornecidas por Christiany Zanotto Sena, da AZ4 Group, empresa especializada em displays para PDV. Ela alerta para o fato que este consumidor se interessa muito por tecnologia, mas não se esquece de cuidar da própria imagem. Outros setores, como cozinha, que até pouco tempo eram freqüentados exclusivamente pelas mulheres, agora contam com a participação dos homens. A onda gourmet tem encontrado muitos adeptos masculinos e eles procuram sempre ter as “ferramentas” certas para cozinhar. A evolução no varejo deve acompanhar também a evolução social. Acompanhar e suprir as necessidades dos consumidores é o objetivo principal. Procurar alternativas e inovar os PDV disponibilizando opções podem atrair o público masculino. Não podendo ficar de fora itens como o futebol e churrasco, que será saboreado com os amigos, com a família e com os filhos.


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Responsabilidade social

Sustentabilidade na própria Mercosuper Veja como a feira teve o descarte correto dos materiais de propaganda

O material que foi utilizado com toda a comunicação visual na 30ª Mercosuper teve destinação ecologicamente correta. A empresa responsável pela sinalização da feira utilizou peças que puderam ser totalmente recicladas. A F9 Identidade Visual, de Curitiba, é partidária da cultura dos 3 Rs – reduzir, reutilizar e reciclar. E dentro desta proposta, substituiu cerca de 35% das peças por papelão, o que facilitou a reciclagem. Anteriormente, fundos de palco, placas e banners eram confeccionados com substratos derivados do petróleo. O diretor da F9, Saulo Camargo, informa que além do papelão, outros materiais foram utilizados na Mercosuper, como o adesivo e a lona. Ele explica que todo o material instalado é, no final da feira, separado e direcionado para descarte. Durante todo o processo de produção ou de retorno, os materiais são separados manualmente e destinados aos locais específicos. O consultor comercial da F9, Carlos Junior, conta que após essa separação, cada substrato é direcionado ao descarte indicado, e diz que “isso faz parte do nosso programa ‘Bumerangue’, onde todo o material que produzimos e que não tem mais utilidade para o cliente pode ser recolhido por coleta programada”. Ele completa que “isso contribui para a redução de impactos no meio ambiente e ajuda as comunidades de baixa renda, que podem usar o descarte para transformá-lo em outros produtos”, afirma. Buscando trabalhar

com materiais que sejam biodegradáveis e que possibilitem o reaproveitamento, Camargo explica que o papelão é vendido para uma empresa em Curitiba, que faz a reciclagem. A lona é destinada para outra empresa que transforma o material em sola de chinelo e bolas de capotão. Os adesivos, que não são possíveis de reciclar devido à cola e ao PVC, são enviados para uma empresa contratada que faz o processo de incineração, que é certificado pelos órgãos ambientais. Resíduos como tecido, madeira, PVC, adesivo e lona virgem, são reutilizados. Já metais, papel, tinta, plástico, adesivo e lona impressos, são reciclados. É o que informa o responsável pela produção, Cristiano Navareti. Segundo ele, são diversas as destinações destes descartes, sendo em sua maioria utilizados para a fabricação de novos produtos, entre ele embalagens, peças artesanais e mesmo novas peças publicitárias. A F9 é uma empresa que presta serviços na área de comunicação visual e que se preocupa com a responsabilidade socioambiental. Utiliza tecnologia para impressão em lona, adesivo, tecido, papel, chapas de acrílico, madeira, entre outros. Mas Camargo salienta que dependem muito da indústria nacional e internacional quanto ao desenvolvimento de produtos mais amigáveis ao meio ambiente e alerta: “Fazemos nossa parte usando o que há de melhor em tecnologia de produção para comunicação visual, mas

as empresas também devem buscar alternativas e cooperar com a natureza”. O Ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) mostrou que, mesmo com a crise mundial, mais da metade das empresas (51,6%) participaram de projetos sociais em 2009. Os projetos ligados à alimentação somam 47,3% e ainda são maioria, mas o engajamento em outras áreas é crescente. Um bom percentual das iniciativas está atrelado ao esporte (38,8%), à cultura (37,2%), à educação (32,6%) e à promoção e manutenção da saúde (24,8%).



índice de vendas

Mercearia e Outros foram as cestas que mais cresceram no período 04 período de Páscoa, com ovos de chocolate e outras guloseimas. Enquanto a cesta de Mercadoria Geral apresentou a maior retração, devido às vendas mais baixas em Papelaria, Esportes e Brinquedos.

Na análise do acumulado 2011 versus 2010 (períodos 1 a 4), o Paraná apresentou um crescimento nominal de 10,3%, superior a média Brasil, de 9,3%. Considerando a inflação de 6,33% no período, o crescimento real do Paraná foi 4,1% e do Brasil foi 3,0%. Sete das onze cestas apresentaram crescimento de dois dígitos, sendo Eletrônicos a cesta de maior destaque.

Metodologia utilizada

No comparativo do período 04 (avaliado entre os dias 28 de março e 27 de abril de 2011) em relação ao período anterior (avaliado entre os dias 28 de fevereiro e 27 de março de 2011), as vendas do setor de autosserviço no Paraná apresentaram crescimento nominal de 13,4%, superior ao crescimento da média Brasil que foi de 9,2%. A cesta de Mercearia foi a de maior destaque com crescimento nominal maior que no Brasil (63,4% x 48,5%), em função do sucesso das vendas sazonais no

A metodologia utilizada para coleta dos dados, pela Nielsen é a chamada Scantrack, que realiza a captura semanal de dados provenientes dos caixas de supermercados colaboradores (leitores ópticos do autosserviço). Possibilita uma análise detalhada das categorias de produtos, semana a semana. O ano scantrack é dividido em 13 períodos de quatro semanas cada. Isso significa que, na grande maioria das vezes, as informações não são referentes ao mês fechado.

Curitiba Variações Período de Análise - 28/03/2011 a 27/04/2011

Interior do Paraná

Variação Nominal

Variação Real** (IPCA / IBGE)

Variação Nominal

Variação Real** (IPCA / IBGE)

PERÍODO 04 x PERÍODO 03

13,8%

13,0%

12,7%

11,9%

PERÍODO 04 x MESMO PERÍODO DE 2010

14,4%

7,6%

19,8%

12,6%

ACUMULADO 2011 versus 2010

8,6%

2,4%

13,0%

6,6%

Paraná Variações Período de Análise - 28/03/2011 a 27/04/2011

Brasil

Variação Nominal

Variação Real** (IPCA / IBGE)

Variação Nominal

Variação Real** (IPCA / IBGE)

PERÍODO 04 x PERÍODO 03

13,4%

12,5%

9,2%

8,4%

PERÍODO 04 x MESMO PERÍODO DE 2010

16,5%

9,6%

13,2%

6,5%

ACUMULADO 2011 versus 2010

10,3%

4,1%

9,3%

3,0%

*Números de Curitiba e Região Metropolitana com amostragem concentrada nas grandes redes. **Real – deflacionado desde janeiro de 2001 pelo IPCA do IBGE


49

Revista SUPERMIX

Importância Per - 28/03/11 a 27/04/11

Brasil Variação em relação ao

Brasil

Paraná

acumulado anterior (2011x2010)

Paraná Variação em

Variação em

relação ao

relação ao perío-

mesmo

do anterior

período do ano

(04x03)

anterior (o4/11x04/10)

Variação em

Variação em Variação em rela-

relação ao mesmo

acumulado

ção ao período

período do ano

anteior

anterior (04x03)

relação ao

anterior (04/11x04/10)

(2011x2010)

VENDAS TOTAIS

100%

100%

9,3%

9,2%

13,2%

10,3%

13,4%

16,5%

PERECÍVEIS (frescos)

29,6%

28,1%

7,1%

36%

9,3%

9,3%

1,9%

11,6%

MERCEARIA

27,7%

31,7%

8,0%

48,5%

23,0%

10,8%

63,4%

29,2%

BEBIDAS

10,0%

9,7%

9,4%

-6,1%

14,9%

10,1%

-2,4%

12,7%

ELETRÔNICOS

9,0%

8,6%

14,4%

-5,3%

4,2%

15,8%

-6,1%

11,8%

PERFUMARIA

6,9%

6,7%

6,9%

-0,6%

8,2%

10,3%

1,2%

13,6%

LIMPEZA

5,0%

5,3%

7,8%

-1,0%

9,1%

12,0%

-0,8%

15,7%

MERCADORIA GERAL

3,8%

3,2%

10,4%

-6,1%

11,5%

8,6%

-7,4%

10,8%

TÊXTIL

2,6%

2,4%

5,8%

-5,6%

-5,9%

2,3%

-3,8%

-9,3%

CASA

3,0%

3,0%

9,0%

-2,2%

2,3%

10,1%

-2,7%

7,9%

OUTROS

2,1%

1,1%

64,6%

4,7%

99,9%

4,6%

16,9%

27,6%

CONSUMO LOCAL

0,2%

0,2%

8,0%

0,9%

11,6%

28,9%

-0,8%

38,0%

*Números de Curitiba e RMC com amostragem concentrada nas grandes redes. **Total Store – Performance Geral (fonte: dados scanning das cadeias colaboradoras com cinco ou mais checkouts)


artigo Por Bernt Entschev

Bernt Entschev é fundador e presidente do Grupo De Bernt, colunista da Gazeta do Povo, Revista Supermix e La Nación, comentarista nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock, e autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos.

Worklover Muito já se falou sobre os workaholics, os viciados em trabalho. Exatamente por esse assunto ter vindo tantas vezes à tona, acabou-se criando um senso comum de que quem trabalha muito automaticamente é viciado em trabalho. Isso não é verdade. Há muitos profissionais que trabalham bastante simplesmente por serem apaixonados por suas profissões. Esses, por sua vez, podem ser conhecidos como worklovers. A diferença básica entre os dois é que os viciados usam o trabalho como uma ferramenta para fugir de problemas, como se ficar até altas horas no trabalho fosse um refúgio. Assim como outros vícios (cigarro, bebida, entre outros), o trabalho se torna algo capaz de fazer essas pessoas esquecerem os males que os atormentam fora dali. Uma atitude nada saudável. Essas pessoas, normalmente, não conseguem equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. Já os worklovers não usam o trabalho como fuga, pelo contrário, o trabalho é sempre algo muito prazeroso. Gostar do que se faz é um primeiro e ótimo passo, já que trabalhar com algo que não é do nosso agrado é realmente difícil. Quem gosta do que faz acorda bem disposto para ir para empresa, tem criatividade para inovar sempre e faz as coisas bem feitas e no prazo. Amar o que se faz, então, amplifica tudo isso a um expoente quase imensurável. O worklover normalmente trabalha muito e não mede esforços para resolver as questões profissionais do dia-a-dia. Sempre que fala do seu trabalho, demonstra grande satisfação e, geralmente, entende muito bem sobre sua área de atuação. Porém, o trabalho, por mais que ocupe grande parte de seu tempo, jamais é empecilho para a vida em sociedade e para a execução de outras coisas tão prazerosas quanto (o trabalho é sempre um prazer para essas pessoas). Se pararmos para observar, profissionais que podem ser denominados como worklovers frequentemente são bem resolvidos em todas as questões da vida. São pessoas que ou possuem famílias bem estruturadas, ou vivem sozinhas por opção, e não porque não conseguem encontrar seus companheiros idealizados. Normalmente praticam esportes, viajam muito e, principalmente, dedicam-se a algum hobby (outro que não seja o próprio trabalho). Quando essas pessoas se vêem atribuladas, conseguem impor prioridades,

abrir espaço em suas agendas e poder se dedicar a outras questões da vida. Elas amam o trabalho sim, porém, amam, acima de tudo, a si próprios. Dificilmente se vê um worklover estressado, ao contrário dos workaholics que, em sua maioria, sofrem de estresse e de vários outros problemas de saúde. Para esses profissionais, existe um equilíbrio. Eles podem, sim, dedicar-se com esmero ao trabalho e fazem isso com todo o prazer do mundo. Mas, sabem a hora de parar e não vivem apenas para isso. Aliás, o horário de trabalho para esses profissionais sempre parece ser curto demais, pois, se dependesse deles, ficariam horas e mais horas trabalhando. Só param mesmo, porque sabem da importância de ter uma vida pessoal tão intensa quanto a profissional. Aliás, a maioria dessas pessoas possui muitos amigos. E, normalmente, são amizades profundas, bem estruturadas e leais. Nada fica a desejar. Quem dera se existissem apenas worklovers no mundo corporativo. Seria realmente um mundo perfeito. Imagine poder trabalhar com pessoas apaixonadas por seus trabalhos, saudáveis, com a vida pessoal bem estruturada... Seria perfeito! Atente para os cuidados com aqueles que se encaixam no perfil oposto a este. Dedicar-se ao trabalho não significa isolar-se do mundo. Um bom profissional, independentemente se ama ou não seu trabalho, é aquele que consegue alcançar um equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. Ser bem sucedido significa alcançar um bom patamar profissional e, ao mesmo tempo, ter uma família bem estruturada, saúde em dia, e conquistas em outras áreas, seja no esporte, no hobby que cultiva ou em viagens ao redor do mundo.

Quem gosta do que faz acorda bem disposto para ir para empresa, tem criatividade para inovar sempre e faz as coisas bem feitas e no prazo.





artigo Por Adriane Werner

Adriane Werner é jornalista, mestre em Administração e ministra treinamentos em comunicação. Escreve neste espaço sobre comportamento profissional e é também professora da Academia Empresarial Apras.

Prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém... Todos nós estamos expostos a uma invasão de privacidade nunca antes vista no mundo. E isso não se deve apenas ao uso cada vez mais comum de câmeras de monitoramento, que têm como objetivo aumentar a segurança do cidadão de bem. A maior exposição se dá em pequenos descuidos ou mesmo deslizes provocados por nossa própria vaidade ou distração. Há poucos dias soube de um executivo que teve sua conta de e-mail invadida em uma espécie de “pegadinha” feita por consultores que ele mesmo havia contratado, e que fizeram isso como forma de alertar sobre sua falta de segurança digital. Quando ele estava viajando para o exterior, um homem ligou para o escritório e mentiu ser o próprio executivo, dizendo que precisava ler os e-mails com urgência, mas que tinha esquecido a senha. A secretária, que também tinha acesso á conta, passou a senha sem maiores questionamentos. Descuido... Mas o maior problema mesmo é aquele causado por nossas próprias ações descuidadas. Por vaidade ou ingenuidade, pessoas expõem sua imagem e sua família nas redes sociais

de forma desprotegida, podendo causar desde o prejuízo à sua imagem profissional (como aqueles que postam mensagens dizendo que vão tomar banho ou que beberam demais na noite anterior – acredite, tem gente que posta detalhes ainda mais íntimos de sua vida pessoal nas redes sociais) até mesmo colocando em risco sua segurança pessoal e de sua família. É o caso de pessoas que deixam clara qual é sua rotina diária, contam na rede quando estão viajando e deixaram a casa ou os filhos sozinhos, aumentando o risco de seqüestros e assaltos. É claro que não quero, com esses alertas, dizer que temos que ser impessoais ou frios nas declarações e fotos que colocamos na Internet. Não, as redes sociais também são interessantes e até importantes para momentos de descontração, bate-papo, brincadeiras. Mas um pouco de cuidado não custa nada e nos ajudará a manter nossa imagem pessoal e profissional inabaladas, além de evitar nos expor aos perigos do mundo moderno. Afinal, prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém...



ACADEMIA EMPRESARIAL APRAS

Nesta edição: Controle de Desperdícios e Perdas. Veja como a educação corporativa pode ajudar sua loja a aplicá-lo ou melhorá-lo.

Isto acontece na sua loja? Funcionários que: • São desatentos com o manejo das mercadorias? Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), caminhos e soluções Nos últimos meses, a Academia Empresarial Apras levou a palestra informativa sobre SPED Fiscal para suas regionais em todo o estado. Os ministrantes são sócio-proprietários e profissionais da Controlsul – Consultoria Empresarial. Eles abordaram o tema de forma intensa e com muitas informações sobre escrituração contábil digital, escrituração fiscal digital, escrituração digital das instituições financeiras e nota fiscal eletrônica. Forneceram dicas de como as empresas, seus departamentos financeiros e de TI devem se organizar neste momento, a fim de que todos possam estar preparados para cumprir a lei, seja de grande porte, a partir de abril, e também de pequeno porte, que já devem estar se organizando. O professor e sócio-proprietário, Viniccius Feriato, apresentou as palestras no mês de março nas cidades de Maringá, Londrina e Cascavel. Pato Branco também recebeu o auxílio da Controlsul no mês de março, com o profissional Jhoni Maciel. Nesta oportunidade, a Apras contou com o apoio

• Já foram treinados para evitar perdas, mas não colocaram todas as ações em prática? • Novos funcionários sem informações sobre controle de desperdício? • Tem pouca ou parcial consciência do impacto de perdas para o negócio e para a sustentabilidade ambiental? • Não vêem o controle de perdas como parte do seu trabalho?


Como a Academia Apras pode te ajudar Formação Básica: Controle de Desperdícios e Perdas Entre os diversos cursos que a Academia Empresarial Apras oferece nas diversas linhas (Formação Básica, Formação Específica, Gestão e Alta Gestão) está o de Controle de Desperdícios e Perdas. O curso tem o objetivo de fornecer informações fundamentais sobre a importância de se identificar, quantificar e eliminar os desperdícios e perdas, muito importantes nos resultados e lucratividade de uma loja de supermercado. Ministrado em oito horas, o curso apresenta ao aluno os seguintes conteúdos:

Conteúdo Programático: • Fluxo de vendas x compra; Fluxo de estoque x venda x lucro; • Tipos de desperdícios (troca, quebras, perdas, avarias, etc.); Como eliminar os desperdícios; • Prevenção do desperdício; Exercício de medição do desperdício; • Controle de quebras; Conceito de inventários; • Cuidado com rupturas; • Prazo médio de estoque; • Estoque de segurança; • Critérios de abastecimentos (PEPS / UEPS); • Má administração do colaborador. Público: Colaboradores e comunidade. Mais informações pelo telefone: (41) 3263-7000.

da Associação Comercial e Empresarial de Pato Branco, que nos concedeu seu auditório para receber um grupo de aproximadamente 40 empresários. Já no mês de abril, o professor Viniccius foi ministrar a palestra na cidade de Ponta Grossa, onde estiveram presentes 70 empresários e profissionais de contabilidade da cidade e de toda a região. A cidade de Andirá e seus empresários de supermercado e de outras áreas do comércio também receberam a palestra no dia 12 de maio. A Apras agradece à Associação Comercial de Andirá, na pessoa da senhora Silvia Flores e o Conselho Andiraense da Mulher Empresarial, na pessoa da senhora Sebastiana Ribeiro Dalossi, à Secretaria da Educação de Andirá na pessoa da senhora Sirlei Maria de Freitas Aguiar e à Radio Cultura – AM na pessoa do radialista Luis Felix por todo apoio ao evento e pela receptividade

Segurança de Loja O Comitê de Segurança levou para Londrina, por meio do diretor da Apras e coronel, Luiz Alberto Leão, o primeiro encontro com o objetivo de discutir com os empresários, responsáveis pela gestão de segurança de loja e gestão de desperdícios e perdas, as dificuldades e os problemas de grande relevância do setor de segurança nos supermercados. Foram mais de 50 participantes no dia 12 de maio que acompanharam a palestra “A falta de segurança nos supermercados”, ministrada pelo coronel Luiz Carlos Deliberador e o tenente Ramos, ambos do 2º Comando Regional da Policia Militar de Londrina.


ACADEMIA EMPRESARIAL APRAS GESTÃO Gestão de Recursos Humanos e Depto. Pessoal – 40h/aula A Apras de Londrina deu início ao curso de Gestão de Recursos Humanos e Depto. Pessoal no dia 13 de maio. Um curso que foi lançado com o objetivo de proporcionar aos participantes conhecimentos teóricos e práticos necessários para o desempenho de rotinas trabalhistas, previdenciárias e de admissão, demissão, permanência, Sanções Disciplinares, e aperfeiçoamento das Leis Trabalhistas em geral, envolvendo a participação dos líderes de loja. Um curso que foi ministrado pelos professores Douglas Camilo (diretor e consultor em Gestão Empresarial e Trabalhista há 20 anos) e Cicinha Corck (profissional de RH e Rotinas Trabalhistas e Treinamento em Gestão de Supermercados). Novas turmas em julho nas cidades de Cascavel e Maringá.

Formação Gerencial no Varejo – 200h/aula A Apras de Curitiba deu início a turma 35 do curso de Formação Gerencial no Varejo, com um grupo de aproximadamente 30 alunos, e a regional de Maringá também deu início à turma 36. Estes estão tendo a oportunidade de se profissionalizar ou se requalificar depois de alguns anos. Um curso que tem chamado a atenção de gestores (gerentes e encarregados) e também de empresários. A próxima turma dará início em Londrina no mês de junho e ainda restam algumas vagas. Novas turmas em junho nas cidades de Londrina e Foz do Iguaçu. Se você quer levar o curso para sua cidade, entre em contato com a regional mais próxima.

Gestão Técnico-Operacional de Loja – 80h/aula A Apras de Cascavel deu início no dia 30 de março a nova turma do curso de Gestão Técnico-operacional de Loja. O curso tem como objetivo desenvolver funcionários que já atuam nas lojas, formando-os técnica e operacionalmente para tornarem-se encarregados e líderes de setor. No conteúdo programático estão módulos como: História do Varejo; Gestão Operacional; Gestão Comercial; Gestão

Administrativo-Financeira; Gestão de Perecíveis; Gestão de Frente de Caixa e Gestão de Pessoas. Novas turmas em junho e julho nas cidades de Londrina, Maringá, Curitiba, Pato Branco e Ponta Grossa.

FORMAÇÃO ESPECÍFICA Curso Básico de Peixaria – 08h/ aula A Fundação Abras estabeleceu, nos termos do convênio nº 015/2008, cooperação técnica e financeira com a União, por intermédio do atual Ministério da Pesca e Aquicultura, para apoio ao projeto de “Qualidade na Peixaria”. A Apras realizou o trabalho ministrado pelo professor Rodrigo Bertol (médico veterinário e líder da fiscalização em supermercados de Pato Branco, multiplicador da ENS) no dia 28 de fevereiro em Curitiba e encerrou no dia 23 de maio com mais uma turma em Londrina. Foram formados aproximadamente 50 novos peixeiros com formação básica e, portanto, pode auxiliar o projeto de cursos de Pescaria, visando atingir a meta inicial com a qualificação de 600 operadores da seção de peixaria de supermercados no Brasil.



ACADEMIA EMPRESARIAL APRAS Curso Básico de Carnes – 08h/aula A sede da Apras de Londrina realizou no último dia 25 de maio o curso Básico de Carnes. Ministrado pelo professor Rodrigo Bertol (médico veterinário e líder da fiscalização em supermercados de Pato Branco, multiplicador da ENS), estiveram presentes aproximadamente 25 alunos e todos puderam obter uma visão maior sobre os cuidados com o setor de carnes e grandes dicas nos cuidados e aumento das vendas.

Novas turmas em junho: Padaria – pães especiais 7 a 10 de junho de 2011

Curso Básico de Cartazista – 08h/aula Novas turmas de Cartazista serão realizadas nos próximos meses do curso Básico de Cartazista, ministrados pelo professor Anselmo dos Santos. Novas turmas nas cidades de Londrina. Maringá, Curitiba, Foz do Iguaçu e Cascavel.

Curso Básico de Padaria e Confeitaria – 20h/aula A sede da Apras de Londrina e sua Padaria Tia Ofélia realizaram nos últimos meses os cursos de Padaria e Confeitaria com uma turma de Padaria Avançada e duas turmas de Confeiteira Avançada. O professor David ministrou as aulas e foi muito bem avaliado pelos participantes que estão preparados para iniciar uma profissão em supermercado e também aperfeiçoou muitos profissionais da área. Na regional de Maringá foi formada a primeira turma do curso de Padaria Básica, ministrado pelos professores Ângelo Vander Salvadego Trevisan e pelo professor Jeferson Vilson Trevisan, dos Moinhos Anaconda.

Curso Básico de Cartazista – 08h/aula Novas turmas de Cartazista serão realizadas nos próximos meses do curso Básico de Cartazista, ministrados pelo professor Anselmo dos Santos.

SOB MEDIDA Empresas em todo o Paraná tem buscado junto à Apras os cursos in company. É um novo trabalho que tem como objetivo proporcionar atividades mais dirigidas e atendendo as particularidades do empresário nas datas, horários e locais em que seus profissionais têm maior disponibilidade. A rede de Supermercados Camilo, empresa associada à Apras de


Maringá, buscou o trabalho da Academia e foi montado um curso in company de Técnicas de Vendas ministrado pela professora Rosangela Dias da Silva (consultora especialista em Gestão de Loja há 15 anos e professora da Academia há 10). A professora ministrou aula em todas as lojas e nas cinco cidades que possuem unidades, trabalhando inclusive em treinamento prático, formando 60 alunos da empresa. A empresa Líder de Supermercado de Foz do Iguaçu também buscou nosso trabalho realizando um curso de Liderança ministrado pela professora Cristiane Carvalho Pasquinelli (professora e consultora na área de Liderança Empresarial), trabalhando com toda a equipe de gestão. Em Curitiba, a professora Adriane Werner realizou o curso Básico de Atendimento ao Cliente a um público in company de empresa varejista. Todos saíram encantados e dizem estar aproveitando o trabalho diariamente. Procure a equipe da Apras para pedir os cursos que poderão ser realizados na sua cidade e também na sua loja.


ACADEMIA EMPRESARIAL APRAS Parceria Academia Empresarial APRAS e Faculdades do Paraná A Academia Empresarial Apras tem buscado parcerias com universidades em Curitiba e no Paraná, a fim de proporcionar ao associado varejista e fornecedor cursos dirigidos, buscando atender suas necessidades básicas. Algumas parcerias já foram solidificadas e alguns cursos estão sendo lançados no ano de 2011. A parceria com o Centro de Ensino Superior do Paraná – CESPAR, mantenedor das Faculdades Maringá e com a FAE de Curitiba oferece o MBA em Gestão de Supermercados, com o objetivo de atualizar empresários, administradores e profissionais da área para não perderem espaço no seu campo de atuação, assim como para reciclar-se, aprofundando e solidificando seus conhecimentos. A Apras também tem anunciado aos associados o Curso do EAD – Educação à Distância da Uninter. São cursos de qualidade e que são presenciais e semipresenciais. A Uninter tem uma excelente estrutura de Comunicação à Distância e conta com uma grade forte de professores, e tem elaborado novos cursos e também atendido às necessidades do varejo. Mais uma forma que a Apras encontrou para atender os municípios do estado que precisam de educação e formação profissional sem tirá-los de seus municípios. Participe de nossas reuniões e venha conhecer melhor o EAD. O Corpo Docente será composto por professores das universidades parceiras e convidados especializados no setor supermercadista.

MBA em Gestão de Supermercados – FAE Interessados entrem em contato com a Apras e peçam a declaração de associados a fim de fazer a inscrição e usufruir o desconto que nos foi dado. Informe-se sobre o início das aulas no telefone (41) 2105-4087.

Tecnólogo em Gestão do Varejo – Universidade Positivo Novo vestibular em junho de 2011. Informações no Centro Tecnológico Positivo pelo telefone (41) 3322-8944.

Comitê de Recursos Humanos A regional de Ponta Grossa teve sua primeira reunião do comitê de Recursos Humanos em 2011. Neste

encontro estiveram reunidos empresários, profissionais de RH e Departamento Pessoal representando empresas supermercadistas. O principal objetivo foi de buscar maiores informações sobre a NR12, uma normativa que teve alterações em dezembro de 2010 e que pontua maiores cuidados com equipamentos utilizados nas lojas de supermercado. A Apras contou com o auxílio de profissionais como engenheiros de segurança no trabalho e técnicos de segurança no trabalho. Foi feita uma explanação da NR 12 e mostrando a todos os maiores problemas com a manipulação de máquinas que causam perigo ao trabalhador, bem como as ações jurídicas como conseqüência da falta de cuidados com o colaborador. A Apras agradece a todos os profissionais que trouxeram informações neste momento. Se a sua empresa, fornecedor ou supermercadista, tem interesse em patrocinar a Academia Empresarial Apras, por favor, entre em contato com o departamento comercial e informe-se sobre as modalidades de patrocínio. Em breve, a programação completa dos cursos da Academia Empresarial Apras estará disponível no site: www.academiaapras.com.br Londrina (43) 3323-7935 londrina@apras.org.br Maringá (44) 3031-6622 maringa@apras.org.br Curitiba (41) 3263-7000 fernanda@academiaapras.com.br Pato Branco (46) 3224-5495 patobranco@apras.org.br Ponta Grossa (42) 3236-3077 pontagrossa@apras.org.br Foz do Iguaçu (45) 3223-9995 cascavel@apras.org.br Cascavel (45) 3223-9995 cascavel@apras.org.br



ACONTECEU COMIGO

Pedagogos, psicólogos e educadores vivem dizendo que o ser humano aprende mais com exemplos do que com palavras. Pensando nisso, decidimos reunir aqui, na revista Supermix, histórias reais de situações de vendas que, acreditamos, podem nos ensinar muito sobre o que fazer – e o que não fazer – no relacionamento com clientes, fornecedores, colegas e chefes. Com estórias narradas por Adriane Werner, jornalista e palestrante na área de Comunicação e Relacionamento com o Cliente, a seção Aconteceu comigo é uma forma divertida de aprender com os próprios erros. Por que tratar mal quando podemos tratar bem?

uma reação tão óbvia quanto a pergunta, dizendo apenas

Tudo o que o cliente fez foi uma pergunta que julgara

“sim” ou “pode vir”, com um sorriso nos lábios. Ela certamente

inofensiva. “O caixa está livre?”, disse, dirigindo-se à

não teria perdido o cliente. Há momentos em que o mais

atendente do caixa. O que ele não sabia era que a moça

certo a fazer é evitar deixar o sangue ferver, ainda mais se for

estava cansada de ouvir sempre a mesma pergunta, e

por um motivo tão banal como este.

naquele dia decidiu descontar a impaciência no cliente

O cliente é a razão de ser de uma empresa. Tratá-lo bem,

que já estava terminando suas compras. “O que o senhor

no final das contas, é a garantia de nosso próprio emprego.

acha? Não está vendo que não estou atendendo ninguém?”,

Nunca é demais lembrar o que as pesquisas apontam: um

rebateu a atendente. O senhor tentou não se influenciar

cliente satisfeito conta sua experiência de compra para

pela agressividade, mas dirigiu-se, com suas compras, ao

aproximadamente cinco pessoas, enquanto o insatisfeito

caixa a lado, que tinha uma atendente mais sorridente. Saiu

faz questão de esbravejar sua malsucedida vivência com a

dali e somente no dia seguinte decidiu voltar. Procurou o

empresa para nada menos do que 17 pessoas. A conta não

gerente da loja e relatou o ocorrido. Resultado: a atendente

é difícil: é melhor termos alguém falando bem de nossa

de caixa recebeu uma advertência e por pouco não perdeu

empresa para cinco pessoas do que alguém nos difamando

o emprego.

para 17! Pense nisso e... Sorria mais!

Trabalhar nas funções de contato mais próximo com o

Se você também viveu ou presenciou uma história que

cliente exige preparo, tato e diplomacia. No caso relatado

pode ser um exemplo para outras pessoas que trabalham

acima, o cliente fez uma pergunta óbvia e, por isso, a

no varejo, compartilhe conosco! Escreva para adriane@

atendente se irritou. Mas havia de fato motivo para tanta

adrianewerner.com.br

irritação? “Ah, mas ouço essa mesma pergunta mil vezes por dia”, justifica a profissional. Porém, o cliente claramente não teve qualquer intenção de agredir ou provocar a atendente, apenas usou de uma pergunta retórica, como forma de iniciar uma comunicação. A resposta teria sido mais simpática e mais profissional se a atendente do caixa tivesse



ESPAÇO APRAS

Regionais Apras promovem jantares em comemoração ao Dia das Mães Elas são essencialmente importantes na vida de cada um; afinal, trouxeram muitas vidas ao mundo. Nesse sentido, Cascavel, Londrina e Ponta Grossa realizaram em suas regionais o jantar de confraternização e, em especial, uma homenagem ao Dia das Mães. A primeira a comemorar foi Cascavel, no dia 7 de maio. O jantar foi no Buffet Palacius, com 850 pessoas, entre elas, supermercadistas, fornecedores e convidados da região. O evento teve o patrocínio da: Frimesa, Apti alimentos, Casa de Conti, Coamo, Vinícola Aurora, Sepac Duetto, e Primorata. Para cada mamãe presente, a Arrojito ofereceu uma caixa de bombons. Teve ainda sorteio de jóias, patrocinada pela Megamix, Claudia Alimentos, Pinduca, Comercial Esmeralda, Crivialli, Gran Legado, Sucos Suvalan, Dori Alimentos, Jasmine Alimentos, Azeites Lisboa e Tondela, além de uma viagem com acompanhante para Maceió oferecida pela Zaeli. A animação ficou por conta da Banda Oxigênio.

Na Regional Ponta Grossa, foi realizado um jantar de confraternização na Sede Campestre do Clube Princesa dos Campos (Clube Verde), no dia 11 de maio com a participação de aproximadamente 300 pessoas. Contou com o patrocínio de VD Comércio de Veículos Ltda; Savana – Concessionária Mercedes Benz em Ponta Grossa; Spaipa – Indústria Brasileira de Bebidas; Isabela – Massas e Biscoitos; Usina Alto Alegre e Sobremesas Batavo.

Já na Regional em Londrina, o jantar foi dia 21 de maio, no Buffet Carpe Diem, em Arapongas com a presença de mil pessoas. As mamães ganharam rosas ao som de piano e violino. O evento foi patrocinado por Anhembi; Colgate; Unilever; Kimberly-Clark; Ambev; Bombril; Nestlé; Tozato Representações; Moinhos Arapongas; Dental Clean; Paraty; Melhoramentos; Kraftfoods; Vale Fértil e Josapar; Vinícola Guaravera; Doce-Docê; Sorvetes Geloni e Spaipa. Os brindes sorteados tiveram o apoio da: Sadia; Itamaraty; Vigor; Anaconda; Sepac; Paloma; Bachega Alimentos; Seara; Cobertores Ober; Dori Alimentos; Arroz Classe A; Mary Kay; Liminal; Marcos Franciosi; Paulinor; Oniz; Yoki; Frimesa; Selmi; Doce-Docê; Galiza; Chocolates Bel; Kavisan; Dialli; Produtos Val; Energético “Nós” e Grupo Triufante. Um agradecimento também aos associados Apras, diretoria e colaboradores da Regional Norte.


Tyson do Brasil promove mais um jantar Espaço do Fornecedor Uma das maiores processadoras de carnes de frango, bovina e suína do mundo, com atendimento em mais de 90 países, e um escritório em Curitiba que trabalha com o mercado de frangos, a Tyson do Brasil aproveitou a oportunidade e patrocinou mais uma edição do jantar Espaço do Fornecedor. O evento reuniu 110 supermercadistas no dia 19 de maio, na sede da Apras.


Lançamentos NoaHome apresenta novos modelos de vassouras A empresa NoaHome inova unindo um produto básico do dia-a-dia ao estilo da mulher mais moderna. Por isso, está trazendo para o mercado um novo produto que combina design de qualidade e o melhor preço. Uma linha completa de limpeza com rodos, pazinhas e vassouras em até nove estampas e 18 modelos, fazendo o ambiente ficar mais alegre e descontraído, além de limpo e agradável.

Novas embalagens dos produtos Dagranja A linha de produtos DaGranja está com nova logomarca, atualizada para proporcionar mais visibilidade e movimento. A reformulação se estende à linha infantil Chikenitos, que segue o mesmo conceito da linha tradicional e com os personagens Superitos e elementos coloridos, proporcionando visual mais divertido e atraente para o seu público.

Linha completa para perfumar roupas e ambientes A Aromas & Essências apresenta uma linha completa de produtos para perfumar roupas e ambientes. Foi elaborada exclusivamente para deixar qualquer ambiente agradável e com cheiro de limpeza. O conceito da empresa é de envolver o consumidor em uma experiência única de prazer e bem estar. Há 10 anos, a Aromas & Essências lidera o mercado de perfumes para interiores.

Nestea apresenta nova linha premium de chás A Nestlé apresenta ao mercado sua nova linha de chás premium Nestea. Os produtos foram desenvolvidos para os consumidores que buscam nutrição, saúde e bem-estar, com a refrescância e os benefícios trazidos pelo chá. Nos sabores Chá Verde com Limão, Chá Vermelho com Frutas Vermelhas e o exclusivo Chá Branco com Cidreira, os lançamentos chegam às gôndolas inicialmente nas regiões sudeste e sul.


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Revista SUPERMIX

Linha de cortes especiais angus com a marca Seara A linha Seara Angus é composta por 23 cortes especiais desenvolvidos com base nos menus das melhores churrascarias do Brasil e do mundo. Com cortes especiais, embalagem termoformada e apresentação diferenciada no ponto de venda, a linha Seara Angus agrega valor à marca Seara, ao incorporar cortes de carne Angus mundialmente reconhecidos por seu elevado padrão de maciez, sabor e suculência. Tirol lança linha de leites especiais Atenta à crescente demanda dos consumidores por alimentos completos e práticos, a Tirol apresenta ao mercado a linha de Leites Premiare em embalagens Tetra Pak com tampa de rosca. São três novos produtos integral com adição de ferro e vitaminas; semidesnatado com baixo teor de lactose; e desnatado com cálcio - comercializados nos principais pontos de vendas na versão de um litro.

Crystal ganha nova fórmula e embalagem Rexona acaba de relançar o antitranspirante Crystal, que minimiza os resíduos deixados na roupa após a aplicação. Além da nova fórmula – ainda mais eficaz no controle das manchas brancas –, o produto chega ao mercado com novo layout da embalagem, na cor preta e um estilo premium, alinhado com o restante dos antitranspirantes femininos de Rexona. O roll-on ficou mais moderno, com rótulo metalizado.

Kimberly-Clark apresenta Huggies Naturali A Kimberly-Clark Brasil traz para o mercado brasileiro a fralda descartável Huggies Naturali. O produto tem parte de sua matéria-prima advinda de fonte renovável, o ácido poliláctico (PLA), derivado de amido de milho, substituindo até 10% de todo o plástico utilizado para a confecção de fraldas descartáveis, além de apresentar novidades que reúnem atributos que proporcionam extremo conforto ao bebê.


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