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palavra do presidente Caros amigos supermercadistas, Reservo esta edição para falar de uma questão muito importante e que afeta diretamente nossos negócios, fazendo eco às palavras do presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, na revista SuperHiper. Recentemente, tivemos alterações que julgo pouco eficientes do Código de Processo Penal. Se antes um delegado podia estabelecer fiança quando um empresário ou funcionário fosse preso por irregularidades na loja, hoje é preciso que eles aguardem a decisão do juiz, o que pode levar vários dias de detenção na delegacia. Creio plenamente que estamos vivendo uma enorme inversão de valores em nossa sociedade. Tenho um exemplo vivenciado por mim recentemente e que justifica tamanha indignação: há alguns anos, pessoas de meu convívio foram abordadas por assaltantes armados que as fizeram reféns para roubar uma grande quantia em dinheiro. Até hoje, o caso não foi julgado e, ainda que identificados, os bandidos estão impunes e continuam ameaçando a integridade da sociedade. No entanto, meus colegas, um único produto vencido nas gôndolas de nossas lojas – situação que ocorre não apenas no Brasil, mas nos supermercados de todo o mundo – é suficiente para levar empresário e funcionários presos em flagrante até que o delegado estabeleça a fiança. Até aqui, nada diferente do que o setor está acostumado a vivenciar. Porém, com a Lei 12.403/11 que altera o Código de Processo Penal anunciado recentemente, apenas o juiz tem a prerrogativa de estabelecer fiança, gerando uma situação nova e um tanto desconfortável para o setor. Isso já aconteceu em São Paulo e Minas Gerais e, por isso, trago hoje esta reflexão para os senhores: um empresário e seus funcionários presos devem aguardar na delegacia a disponibilidade e decisão do juiz, o que pode levar dias até que se resolva o caso. Agora, imaginem os senhores, trabalhadores que acordam diariamente para lutar pelo pão de cada dia, na companhia de assassinos e assaltantes numa cela de delegacia ou presídios por um, dois ou mais dias. Situação um tanto constrangedora e ameaçadora, não é mesmo? Admito que ambas as situações possam oferecer riscos – seja um produto vencido nas gôndolas causando riscos à saúde, seja um violento bandido solto nas ruas que ameaça a segurança pública. Mas o empresário e gerente de loja estão trabalhando, recebem o fiscal na porta e o levam para visitar a loja acabam presos em flagrante, enquanto os membros das quadrilhas que fogem pelos fundos ficam soltos, pois não pode ser considerado o flagrante. Precisamos, mais do que nunca, refletir seriamente sobre estes assuntos para garantir que a nossa integridade e de nossos profissionais seja mantida. Como empresários de um setor que pode oferecer até 50 mil itens numa loja, sabemos e lutamos diariamente contra os erros cometidos, passíveis a qualquer cidadão. Por isso, na tentativa de retornar à situação anterior ao novo Código de Processo Penal, a Abras, por meio de seu Comitê Jurídico, juntamente com nossa entidade, está trabalhando firmemente para mudar esta realidade. Precisamos trabalhar unidos!

Pedro Joanir Zonta

Presidente da Apras


sumário

NOTíCiAS

(08)

artigos

(46)

espaço apras

(66)

entrevista

(16)

suporte jurídico

(52)

lançamentos

(68)

perfil

(28)

academia apras

(56)

índice de vendas

(44)

aconteceu comigo

(62)

20

30

36

matéria de capa

Segurança

Meio Ambiente

Cesta de Higiene e Beleza figura entre as favoritas do brasileiro

O inimigo (oculto) mora ao lado: o que dizem os especialistas sobre o assunto

Apesar de polêmica, sacola plástica pode ser a melhor e mais higiênica opção

40

64

34

CALENDÁRIO

tendências

EVENTOS

Fatores sazonais podem impulsionar ainda mais as vendas neste final de ano

Preocupados com a natureza e a saúde, vegetarianos crescem no varejo

Superoeste pretende manter o sucesso em Londrina no oeste do Paraná



editorial DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2009/2012

Caro Leitor Ainda que estejamos abordando assuntos diferentes, observo que as mulheres continuam tendo um papel fundamental, no aspecto mercado de trabalho, consumo – mesmo com crescente aumento da preocupação dos homens com o tema de capa desta edição. Estou muito satisfeita com o resultado deste número da revista Supermix, pois traz assuntos que considero de grande relevância para o setor de autosserviço em geral. Primeiro, gostaria de comentar a matéria de capa: num país grandiosamente preocupado com a higiene e beleza como o nosso, os produtos destinados a estas categorias assumem um posicionamento que demonstra respeito e cuidado com o corpo, por isso, tem conquistado crescimento significativo. Eles estão acompanhando as necessidades do mundo moderno, estressado e, demasiadamente acelerado em que estamos vivendo, aliado ainda com o aumento da expectativa de vida e os avanços em termos de saúde. Cada um destes produtos assume uma função muito específica e, portanto, conquistam a atenção, principalmente, da nova classe C, que tem podido experimentar todas essas inovações. Não menos importante que o assunto da matéria de capa, trazemos nesta edição uma reportagem sobre as polêmicas que envolvem as tão conhecidas “sacolinhas plásticas”, juntamente com algumas opiniões de especialistas e pessoas envolvidas com as questões ambientais. Investimento ou perda de tempo? Gastar dinheiro com equipamentos de segurança pode trazer vantagens incontáveis para os empresários supermercadistas. Uma reportagem sobre segurança no setor mostra que deixar de investir nesta área resulta em até uma loja de supermercado de perdas. No mais, não deixem de ler as matérias sobre tendências, acompanhar as novidades sobre a Superoeste (Feira e Convenção Regional de Supermercados) promovida pela Apras e como estão começando os preparativos para as festas de final de ano. As demais matérias também merecem sua atenção e foram preparadas com afinco para nosso leitor. Boa leitura!

Presidente Pedro Joanir Zonta (Condor Supermercados) Primeiro Vice-Presidente Luiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.) Vice-Presidente Financeiro Daniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA) Vice-Presidente de Patrimônio João Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta) Vice-Presidente de Capacitação Mauricio Bendixen da Silva (Walmart Brasil.) Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA) Vice-Presidente Segurança Luiz Alberto Leão (Condor Supermercados) Vice-Presidente Eventos Everton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.) Vice-Presidente Expansão Alceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA) Vice-Presidente de Segurança Alimentar Nelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli) Vice-Presidente Relações Sindicais Ademar Vedoato (Supermercados Viscardi) Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal) Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA) Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.) Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA) Vice -Presidente Adjunto Cezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Rodolfo Pankratz Haroldo Antunes Deschk Dercio Domingos de Costa Conselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos Edson Zamprogna Claudia Maria Dalmora Presidente Regional Sul - Ponta Grossa Sergio Jasinski (Supermercado Jasinski) Presidente Regional Norte - Londrina Valdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Presidente Regional Oeste - Cascavel Luciano Fabian (Supermercado Fabian) Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco Vinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA) Presidente Regional Noroeste - Maringá Roberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci) Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho Luiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes) Presidente Regional - Irati Paulo César Ivasko (Supermercado Ivasko) Presidente Regional - Guarapuava Daniel V. Hyczy (Supermercado Superpão) Conselho Permanente Everton Muffato Pedro Joanir Zonta Ruy Senff Sidney Schnekemberg Eduardo Antonio Dalmora Romildo Ernesto Conte Roberto Demeterco Superintendente Valmor Antônio Rovaris Diretor Comercial Walde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato Diretor Comercial Walde Renato Prochmann Conselho Editorial Camila Manssour Tremea, José Eduardo Nasser e Isabelle Rocker Departamento Comercial Khailany Cardoso e Walde Renato Prochmann Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 E-mail: supermix@apras.org.br Projeto Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico) Diagramação Samuel Rodrigues / Luís Junior Revisão Paulo Roberto Maciel Santos Fotos Alex Santos Pré-Impressão (CtP) e Impressão Maxi Gráfica e Editora Ltda. Tiragem 13.000 exemplares Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix é patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e também seu órgão oficial de divulgação. Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80045-190 Fone: (41) 3263-7000 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR supermix@apras.org.br / www.apras.org.br/supermix Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados.

Camila Manssour Tremea Coordenadora de Comunicação

Impressão A Apras, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC ( Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Maxi Gráfica e Editora Ltda. - certificada na cadeia de custódia - FSC



NOTÍCIAS Governo assina convênio para abertura de crédito à panificação ( O governador em exercício, Flávio Arns, assinou em agosto um convênio com o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria no Estado do Paraná (SIPCEP) que abre uma linha de crédito aos empresários do setor para a troca de maquinário prevista pela Norma Regulamentadora NR-12, que visa diminuir os acidentes de trabalho. O Paraná conta com 4,2 mil padarias e confeitarias que deverão gastar juntas aproximadamente R$ 200 milhões para adequação à norma. A abertura de crédito é por meio da Agência de Fomento do Paraná S.A e vai viabilizar a troca de amassadeiras, batedeiras, modeladoras e cilindros, o que pode praticamente zerar os acidentes. Os prazos de adequação à norma variam conforme o número de funcionários de cada estabelecimento. O valor total da linha de crédito é de R$ 15 milhões, podendo ser ampliado se houver necessidade e o limite por padaria é de R$ 300 mil, com parcelamento em até 60 vezes, dependendo da capacidade e necessidade de cada estabelecimento. A NR-12 também determina que os profissionais façam cursos de capacitação à norma e vai sujeitar os estabelecimentos a modificações no ambiente de trabalho. Para o presidente do SIPCEP, Vilson Felipe Borgmann, é importante que as padarias e confeitarias saibam que a adequação à NR-12 é uma forma de todo o setor se modernizar e acabar com os riscos de acidentes no trabalho. “As exigências da norma serão responsáveis por uma melhoria de todo o processo de fabricação de pães. Sem dúvida, a qualidade de vida dos trabalhadores e a qualidade dos produtos só tende a melhorar”, destaca Borgmann. O governador destacou a importância do setor, por gerar empregos, renda e bem-estar aos clientes. “O governo, através da Agência de Fomento, quer estar ao lado do sindicato para atender a demanda desse setor, que é tão importante para a economia do Paraná. Essa linha de crédito vai contribuir para aumentar ainda mais a geração de emprego, renda e a segurança dos funcionários”. Segundo o presidente da Agência de Fomento, Juraci Barbosa Sobrinho, o Estado tem o dever de atender e colaborar com a economia. “Vimos a necessidade que o setor de panificação tinha para se adequar à NR-12 e com a

abertura de crédito esperamos que até o final de ano todas as padarias estejam dentro da norma”. Os estabelecimentos que não se adequarem à norma receberão um prazo do fiscal do Ministério do Trabalho para se regularizar, caso isso não ocorra, poderão ser multados e interditados. Fonte: WBC Comunicação. )

Consumidores brasileiros buscam novas tecnologias para compras ( Uma pesquisa global da IBM envolvendo cerca de 30 mil pessoas, sendo 2,2 mil no Brasil, apontou que os compradores da América Latina estão à frente dos demais consumidores do mundo quando o assunto é a velocidade na adoção de novas tecnologias. Neste cenário, o Brasil se destaca dos demais países latino-americanos, com 83% de seus consumidores fazendo compras online. Argentina

Brasil

Chile

Colômbia

México

Móvel

26%

38%

37%

39%

37%

Web Site

77%

83%

80%

69%

71%

Televisão

24%

44%

37%

34%

10%

Quiosque

41%

57%

43%

45%

47%

Segundo a pesquisa, a quantidade de consumidores latinoamericanos que usam duas ou mais tecnologias como website, dispositivo móvel ou quiosque na loja é a maior do mundo, superando até a China. Cerca de 70% dos brasileiros possuem algum dispositivo, comparado a 62% na China e apenas 48% nos Estados Unidos. “Podemos concluir que existe uma variedade enorme de tecnologias disponíveis para os varejistas ampliarem as oportunidades de compras para os consumidores da América Latina, principalmente por meio de websites e tecnologias remotas”, afirma Alejandro Padron, consultor de varejo da IBM. “Um exemplo dos mercados maduros que funcionaria bem na América Latina é a televisão personalizada. Com o controle remoto, o consumidor pode pedir os mais recentes itens de varejo sem sair de casa. É tão simples quanto como nossas crianças hoje fazem download de jogos em seus consoles de videogame”, completa. O estudo revela também que o perfil do comprador latinoamericano é predominantemente de homens dispostos a gastar dinheiro com itens para se satisfazer, otimista sobre


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seus rendimentos e influenciado pela opinião de amigos, familiares e estranhos. Além disso, este consumidor tem muito pouco tempo e exige mais conveniência. Outro dado revelado pela pesquisa mostra que os consumidores estão em busca de compras personalizadas, irão gastar mais e serão leais com varejistas que lhe oferecerem atendimento de qualidade e promoções em itens que eles compram regularmente. Também querem comprar de forma homogênea nos vários canais, verificar os preços dos produtos onde quer que esteja, obter promoções com base nos itens que eles examinam e usar um dispositivo remoto pessoal para evitar a fila do caixa. Fonte: Da Assessoria ) Super Muffato inaugura loja em Apucarana ( Somando 15 mil metros quadros de área construída, o novo hipermercado Super Muffato de Apucarana está entre as maiores unidades da rede. A loja conta com 950 vagas rotativas de estacionamento e com itens de conforto e bem estar como amplos espaços na área de vendas e uma proposta arrojada de comunicação visual, e ainda utiliza práticas sustentáveis, como sistema de ar condicionado que não prejudica a camada de ozônio, estação de reciclagem para a coleta seletiva de lixo à disposição dos clientes, melhor aproveitamento da luz natural, entre outros. Segundo Everton Muffato, a chegada a Apucarana reflete o objetivo do grupo de estar presente nos principais centros comerciais do Estado. “Apucarana tem importância estratégica para a nossa rede pela sua localização privilegiada e como pólo de uma região que tem um excelente potencial de consumo e crescimento”. Everton ainda ressalta que “a inovação que estamos trazendo à cidade nos deixa muito orgulhosos, pois somos a primeira rede a abrir aos domingos, o que proporcionará a Apucarana se fortalecer como cidade pólo, pois dará a opção de escolha a clientes das cidades vizinhas virem até aqui e fazer suas compras neste dia em que a cidade permanecia fechada e também dar aos Apucaranenses a opção de escolha de fazer suas compras num dia que for mais tranqüilo para eles, além de melhorarmos a sinalização em um ponto que estava bem critico para a população”. Seguindo o conceito de evolução que permeia os empreendimentos da rede, o novo ponto de venda vem

trazer ao consumidor da região a possibilidade de encontrar um mix diversificado que inclui amplas seções de eletro e eletrônicos, bazar, conservadores para bebida gelada em grande quantidade, adega, produtos orgânicos, a praticidade da comida pronta, além de panificadora, açougue, dentre outros. Além disto, o empreendimento conta com uma galeria comercial de sete lojas distribuídas em dois pavimentos, com um mix completo de serviços e produtos, trazendo mais conveniência para o consumidor. O Super Muffato também terá praça de alimentação, esteiras rolantes e, de acordo com Volnei Tortelli, gerente do hipermercado, Apucarana terá um hipermercado completo para atender as necessidades da população. “O objetivo principal do Super Muffato é oferecer aos moradores da cidade os melhores preços, produtos diferenciados, além de um centro de compras com serviços essenciais, para que o nosso cliente possa fazer tudo num mesmo local com comodidade e segurança, além de gerar emprego e renda aos moradores da Cidade”. Fonte: Da Assessoria)


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RFID RR e exibidas em um monitor touchscreen. O sistema sugere produtos relacionados, permite a consulta de cores, tamanhos, detalhes do produto, consulta aos estoques e preços. Se o cliente precisar da presença de um vendedor, com um simples toque na tela será disparado um SMS para o celular do vendedor, que poderá, ainda, receber informações sobre a solicitação do cliente de novas peças com cores e tamanhos diferenciados. A prevenção de perdas também fica garantida com a tecnologia RFID. Todos os produtos com a etiqueta RFID RR, ao passarem pelo PDV, terão gravadas informações sobre o pagamento nas próprias etiquetas, que não precisarão ser removidas. Ao serem registradas pelo caixa, as etiquetas serão detectadas pelas antenas do sistema de antifurto, com as informações de pagamento registradas e não emitirão nenhum sinal. Se algum produto passar Inaugurada a primeira loja da América Latina

pelas antenas antifurto antes de ter registrado pelo PDV,

com tecnologia RFID

as antenas emitirão um sinal de alerta e o aplicativo irá informar qual produto está saindo da loja de forma irregular.

( Presente na implantação da primeira loja inteligente da

As etiquetas RFID foram produzidas pelas RR Etiquetas e o

América Latina, a Billabong Store do Shopping Iguatemi

desenvolvimento do projeto ficou a cargo da Vip-System

Alphaville, A RR Etiquetas apresentou a tecnologia RFID.

Informática & Consultoria.

Os objetivos principais dessa implantação são obter

Fonte: Da Assessoria)

diferenciação no mercado em um shopping recentemente inaugurado e estar à frente no mercado, com a utilização de uma tecnologia que permite interatividade com o cliente, melhor gestão e otimização de processos, reduz perdas e proporciona uma experiência de compra diferenciada, tudo integrado em um único ambiente.

Compras com cartão mudam a face do varejo brasileiro ( Até 2021, segundo estimativas da Boanerges & Cia., as compras pagas com cartões no varejo brasileiro vão superar, em valor, as pagas com dinheiro. Esse fenômeno traz em si

As principais vantagens para a Billabong incluem gestão

o poder de mudar a face do varejo brasileiro, uma vez que

mais rápida e confiável dos inventários, no recebimento e na

insere definitivamente na vida de consumidores um meio

expedição das mercadorias. Também a contagem das peças

de pagamento com muito mais inteligência embarcada

expostas na loja fica mais rápida, com a arara inteligente,

do que uma simples nota de dinheiro. “Em 2021, 46% do

que permite consultar os produtos disponíveis em uma

consumo privado será pago com cartões de crédito, débito,

área e fazer seu inventário constante, permitindo saber

loja ou rede, um índice que, em 2011, deverá alcançar 27%.

quantas peças estão na arara e quais estão colocadas em

Essa quase duplicação relativa dos recursos movimentados

locais errados. E, pensando na interatividade com os clientes

por esses meios de pagamento vai influenciar a vida de

e na venda cruzada de produtos dentro do provador, foi

todos que vivenciam este mercado. Esse crescimento já

desenvolvido um provador inteligente. Quando o cliente

vem gerando uma pressão maior pelo aperfeiçoamento

entra nesse provador, as peças que se encontram com ele

do setor, e a regulamentação, quer seja imposta pelo

são automaticamente identificadas através da etiqueta

governo ou partindo dos próprios players atuantes, tem


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um papel fundamental tanto na garantia da evolução

pré-datado, uma invenção tipicamente brasileira, já foi

quanto na manutenção do equilíbrio entre os diversos

praticamente substituído pelo parcelamento sem juros no

envolvidos, incluindo consumidores, varejistas, emissores,

cartão de crédito”, ressalta Freire.

credenciadores, bandeiras, entre outros”, assinala Boanerges

Fonte: e-Press Comunicação. )

Ramos Freire, presidente da consultoria especializada em varejo financeiro. No Brasil, 2011 deve fechar com 648 milhões de plásticos em circulação, incluindo cartões de rede, loja, débito e crédito, com um volume de transações estimado em 8,5 bilhões para este ano e um valor ao redor de R$ 680 bilhões, com cerca de 87% movimentados por cartões de crédito e débito. O varejo financeiro no Brasil, explica Boanerges, é ainda mais dinâmico do que nos Estados Unidos e vem despertando o interesse de novos concorrentes, inclusive estrangeiros: “O crescimento desse mercado vem promovendo altos ganhos, especialmente para empresas emissoras de cartões e as credenciadoras, que cuidam da relação com os estabelecimentos. Com essa crescente penetração desses meios de pagamento veremos pressões cada vez maiores por uma regulamentação do setor, bem como ações de autorregulamentação promovidas pelo próprio mercado”, prevê Freire. Enquanto os varejistas vêem mais opções de credenciadoras no mercado, com a consequente redução dos custos inerentes à aceitação desse tipo de pagamento, para os consumidores o impacto positivo do avanço dos cartões como meio de pagamento será a ampliação da rede de aceitação e uma possível redução nas taxas de juros praticadas atualmente: “Com o aumento da concorrência, os credenciadores já vêm ampliando sua atuação para regiões e segmentos do varejo considerados pouco atrativos no passado. Já os bancos emissores estão cientes que as taxas de juros estão na mira dos reguladores, e devem se antecipar para não sofrerem uma intervenção como os credenciadores vivenciaram com a quebra na exclusividade das bandeiras”, estima Freire. O avanço dos cartões de crédito já provoca mudanças no cenário brasileiro de meios de pagamento. Segundo Freire, as transações com cheques, por exemplo, que eram de 34% em 2001, não chega hoje a 5% e devem cair para 2% em 2021, rumando para uma sobrevivência marginal. “O cheque

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Desfile Cívico-Militar abre comemorações da Independência do Brasil ( Uma grande festa foi realizada em agosto para abrir as comemorações da Independência do Brasil contando com um desfile Cívico-Militar, organizado pela Associação do Comércio da Macro-Região do Pinheirinho (ASCOMARP) e a Prefeitura Municipal de Curitiba, e teve como patrocinador o Condor Super Center. Neste ano, o desfile contou com a participação recorde de oito mil integrantes e cerca de 35 mil pessoas prestigiando o evento. Com o tema “Curitiba: sou apaixonado por esta cidade”, o desfile teve também a participação de alunos de escolas públicas e privadas, servidores municipais, escoteiros, integrantes de grupos de terceira idade, militares de diversas corporações, diretores e funcionários de lojas do varejo, ao som de 17 bandas e fanfarras. O ponto de partida do desfile foi na Rua da Cidadania do Pinheirinho, passando por toda a Avenida Winston Churchill e seguindo até a Linha Verde. “Este desfile Cívico-Militar é uma brilhante iniciativa para incentivar o patriotismo e unir a comunidade. É bom ver milhares de pessoas envolvidas para mostrar o orgulho por nossa pátria”, disse o presidente do Condor, Pedro Joanir Zonta. Para o presidente da ASCOMARP, Irineu Christofolli, chegar ao 12º desfile é motivo de muita satisfação e salienta que a participação de empresas da região, como o Condor, é fundamental para o sucesso do evento. O desfile contou com a participação de personalidades como o Governador em exercício, Flávio Arns, o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, e vários vereadores, como Tico Kuzma, João do Suco e Roberto Hinça. Fonte: WBC Comunicação )


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Walmart inaugura mais um supermercado em Ponta Grossa ( O Walmart Brasil inaugurou em Ponta Grossa, o segundo supermercado Todo Dia localizado nos Campos Gerais, e o oitavo empreendimento desta bandeira no Paraná. A nova unidade faz parte do plano de investimento da rede para o estado em 2011 e gerou mais cerca de 50 empregos diretos para o município, com o quadro formado por moradores da região. Com esta, já são 138 ‘lojas de vizinhança’ abertas no Brasil, todas focadas na camada da população que está tendo maior acesso ao consumo. O formato prioriza a otimização de custos e repassa

o sabor das frutas. Outra mudança está no agrupamento

essa economia para o consumidor final, alcançando

dos produtos por família – tradicionais, tradicionais light,

um diferencial de preços em relação ao praticado pela

funcionais e funcionais light. As novidades reforçam ainda

concorrência. Esta nova unidade abre com forte expectativa,

mais a presença da marca Frimesa nas ilhas de refrigerados

principalmente devido aos bons resultados da outra

do varejo. São 54 produtos diferentes, sendo nas versões

unidade aberta na cidade em dezembro de 2010. “O bom

garrafa (porção família 850g e individual 170g) copo com

desempenho da unidade já em funcionamento representou

165g, bandeja com oito unidades sendo 540g e pacote

oportunidade de carreira para os funcionários, pois alguns

nos mais variados sabores. Os lançamentos tratam-se de

assumiram novas funções na loja que abre hoje. Instalamos

mais um importante passo da cooperativa para valorizar

o primeiro TodoDia no município há cerca de sete meses

a produção dos pecuaristas integrados e a diversificação

e superamos nossas expectativas iniciais, que já eram

é um ganho trazido pelos investimentos destinados a

positivas. Sendo assim, ficou claro para a rede que o formato

industrialização de produtos de valor agregado. “Quando

está agradando a população seja pela economia, pelo

definimos pela construção de uma planta de refrigerados

desenvolvimento que representa nas comunidades, seja pela

avançamos na estratégia de oferecer produtos lácteos de

praticidade de uma loja menor”, afirma Flávio Rois, Diretor de

qualidade, menos sensíveis as oscilações de mercado como

Operações do TodoDia no Paraná.

os prontos para o consumo que vão direto à prateleira”,

Além das tradicionais seções, o supermercado conta com

justifica o presidente da empresa, Valter Vanzella, fazendo

produtos de bazar e eletroeletrônicos, e caixa eletrônico

referência aos quase dez milhões aplicados na indústria

bancário. Em breve, também terá a comodidade de uma

em Matelândia que além dos iogurtes produz as linhas de

Drogaria TodoDia dentro do prédio do supermercado.

bebidas lácteas, leite pasteurizado, creme de leite fresco e

Fonte: Da Assessoria)

petit suisse. Os investimentos ampliaram a capacidade de produção diária de iogurtes Frimesa que passou de 40 mil

Frimesa amplia linha de iogurtes

para 70 mil quilos com duas linhas de envase dos iogurtes copo, duas máquinas para o garrafa, uma linha para bandeja

( A linha de iogurtes da Frimesa está totalmente repaginada.

e uma para o pacote. “Já adquirimos mais uma máquina

As novidades começam pelo visual das embalagens com

de iogurte bandeja que a partir de dezembro estará

novos elementos gráficos que exploram a ilustração,

funcionando, duplicando a produção desse item”, completa.

modernizando o produto e ao mesmo tempo informando

Fonte: Da Assessoria)





entrevista

O vinho com vez no país da cerveja Entre os países com consumo relevante de vinho no mundo, o Brasil já figura como um dos mais importantes mercados da bebida. Mesmo ainda não estando no mesmo nível de consumo do produto que os países europeus, Estados Unidos, Austrália, Rússia e vizinhos latinos, Argentina e Chile, apresentam, o ramo dos fermentados de uva encontra-se hoje em franco desenvolvimento entre consumidores brasileiros, habituais apreciadores de cerveja. Em 2011, a importação de vinhos tenha caiu 13% no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2010 – dados do Ministério do Desenvolvimento indicam que o

Brasil comprou 9,6 milhões de litros da bebida, num total de R$ 59 milhões durante estes meses – de acordo com o Instituto Brasileiro do Vinho, isso se deveu o anúncio da Receita Federal de que implantaria o selo fiscal para controlar a atividade que fez com que importadores estocassem o produto no ano passado. De 2009 para 2010, o crescimento das importações de vinho fino foi de 19%. Por outro lado, produtores nacionais investem na elaboração do produto no país, que apresenta regiões com clima e solo propícios, especialmente no Sul. Com 100 anos de história e sendo

100% brasileira, a vinícola Salton, líder no mercado de espumantes no Brasil há quatro anos, é administrada hoje pela terceira geração da família Salton. Dedicada à produção de vinhos, espumantes e sucos saudáveis e com unidade em São Paulo, em 2004, inaugurou uma nova sede em Bento Gonçalves, na serra gaúcha. Além de ser matriz da Salton é um ponto de referência turística no Rio Grande do Sul. Daniel Salton, 56 anos, diretor-presidente da vinícola é neto de Paulo, um dos fundadores da empresa. Formado em Administração de Empresas, Daniel começou a trabalhar na vinícola muito jovem,


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como carregador de caixas de uvas. Dedicado às atividades que realizava, aos poucos foi se interessando por outros setores e, assim, buscando o aperfeiçoamento. Hoje, Daniel Salton é um executivo respeitado no meio, com experiência em todos os setores da empresa e atuação focada em resultados. Essa postura foi determinante para que a Salton obtivesse, em 2010, um faturamento recorde de R$ 238 milhões. Em entrevista exclusiva à revista Supermix, Daniel comenta sobre o crescimento do mercado brasileiro de vinhos. O consumo de vinho e espumantes hoje é mais divulgado entre os brasileiros, tradicionais apreciadores de cerveja. Por que este cenário está mudando?

( Acreditamos que estas mudanças de consumo se devem a três fatores: a cultura do brasileiro, que tem se tornado cada vez mais aberta às novas experiências e hábitos de consumo; o aumento do poder aquisitivo da população, que passou a ter condições de adquirir produtos com maior valor agregado; e o clima do país, em suas diferentes regiões, propício para o consumo de espumantes e frisantes em

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locais quentes e vinhos em estados mais frios, como é o caso do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.) Quais os tipos de vinhos de preferência do consumidor brasileiro?

( Os vinhos tintos, frisantes e espumantes têm sido os produtos mais consumidos pelos brasileiros, devido à sua combinação perfeita com o clima do país. No caso de espumantes e frisantes, servidos gelados, podem acompanhar os consumidores em happy hours, finais de semana na piscina e na praia ou em danceterias. Já os vinhos tintos combinam bem com o clima frio das regiões da Serra e com a sua tradição culinária, baseada em pratos mais estruturados e “quentes”. ) Vinhos e similares ainda estão restritos às classes A e B? A classe C já se consolidou como público deste tipo de produto?

( Os vinhos e similares têm sido consumidos por todas as classes, sem restrição. Um dos motivos para isso é a preocupação das empresas em ter produtos específicos para atender as diferentes classes. Hoje em dia, os grandes


entrevista

consumidores pertencem à classe C, com produtos na faixa de 10 a 15 reais.) Como a Salton se posiciona? Que tipo de vinho oferece ao mercado nacional?

( A Salton busca atender a todos os públicos sempre, mas o foco no mercado de maior poder aquisitivo é forte. Os produtos oferecidos ao mercado nacional são os mais variados e nos mais diferentes valores, pois temos vinhos, espumantes, frisantes, sucos e outros em diferentes faixas de valor. ) O maior consumo da marca é no mercado nacional ou internacional?

( O maior consumo é no mercado nacional, que responde por 99% de nosso faturamento. As exportações servem apenas como vitrine, para que nossos consumidores possam comprovar que o produto tem qualidade, inclusive reconhecida internacionalmente.) Qual a linha ou produto da marca de maior destaque e quais suas características (apelo, preço, etc.)?

( Os produtos de maior destaque são os vinhos da Linha Salton Classic e os espumantes finos, Salton Brut e Salton Moscatel. Em ambos os casos, nosso maior reconhecimento é em relação ao custo x benefício dos produtos oferecidos.) De que forma os supermercados podem explorar os produtos relacionados ao vinho, para levantar as vendas?

( Para elevar suas vendas faz-se necessária a boa exposição dos produtos, além do treinamento da equipe que terá contato com os consumidores para que haja uma melhor orientação no momento da escolha e da compra dos produtos.) Na sua avaliação, os supermercados têm evoluído na atenção e apresentação dos produtos?

( A evolução é evidente. Muito tem se observado em relação à qualificação de equipes, novos e melhores espaços para exposição dos produtos, inclusive com a inclusão de adegas, além de profissionais (sommeliers e enólogos) presentes em tempo integral nas lojas para orientação dos clientes.)

O quanto é preciso conhecer sobre vinhos para uma boa apreciação? Como acertar na compra?

( O conhecimento é uma conseqüência natural, que vem da experimentação e de provar vinhos e espumantes de diferentes produtores e regiões. Isso lhes permitirá saber o que agrada ou não, o que se pode voltar a consumir ou não. Além disso, há cursos de degustação sendo oferecidos pelas vinícolas e pelas próprias lojas, que auxiliam os consumidores, fornecendo informações básicas como temperatura de serviço, taças, formas de conservação, entre outros.) Herança dos imigrantes italianos A vinícola Salton foi formalmente constituída em 1910, quando os irmãos Paulo, Ângelo, João, Cezar, Luiz e Antônio Salton deram cunho empresarial aos negócios do pai, o imigrante Antônio Domenico Salton, que produzia vinhos informalmente, como a maioria dos imigrantes italianos. Os irmãos passaram a se dedicar à cultura de uvas e à elaboração de vinhos, espumantes e vermutes, com o nome de Paulo Salton & Irmãos, em Bento Gonçalves (RS).



matéria de capa

Oportunidade em higiene e beleza beneficia autosserviço Por Samanta Puglia com apoio de Mariana Nani Já dizia o poeta Vinicius de Moraes: “As muito feias que me perdoem, mas a beleza é fundamental”. E embalado ao som da música “Garota de Ipanema” que o Brasil reforçou a fama de paraíso privilegiado pela beleza de suas mulheres, realidade hoje pontuada pelo grande sucesso de suas modelos, reconhecidas internacionalmente como ícones de sucesso que espelham o ideal de beleza que as brasileiras sonham alcançar. As novelas, que fazem parte do dia a dia da maior parte das famílias brasileiras, exercem um papel muito importante na indústria da moda e beleza no Brasil. Diante da tela, de acordo com as protagonistas, a maioria das mulheres se inspira para escolher o que vai vestir, inclusive nos detalhes como a cor e corte dos cabelos, o tom do esmalte e do batom, entre outros. Ancoradas neste sonho de alcançar o cabelo brilhante, a pele perfeita e o sorriso branco das celebridades, as brasileiras lotam seus armários de produtos. Isso porque, a beleza exerce um papel maior do que simplesmente um símbolo de status, significa cuidado e respeito pelo próprio corpo e influencia diretamente a autoconfiança da nossa população, em especial das mulheres. Prova disso, é que o Brasil se destaca no topo da lista do ranking dos países em número de cirurgias plásticas realizadas nos últimos anos. Conseqüência disso é o atual patamar de terceiro maior mercado de cosméticos do mundo e que ainda tem muito potencial pra crescer. Além de questões culturais específicas do Brasil, vivemos também um movimento global de aumento da expectativa de vida e, por conseqüência, uma maior preocupação com a saúde e qualidade de vida. Este número já chega aos 73,1 anos, com um aumento, em média, de quatro anos para o sexo feminino. Não por acaso é o sexo que mais se preocupa

em cuidar da saúde. Cesta de higiene e beleza e perspectivas de futuro Historicamente, a cesta de higiene e beleza é conhecida por não sofrer grandes impactos em tempos de crise. Com o momento econômico favorável e o aumento de renda das famílias, a demanda antes reprimida refletiu no aumento de penetração de todo tipo de categoria de produto e esta cesta, que já figurava entre as favoritas da brasileira, está sendo privilegiada pelo momento. Num estudo global, onde se perguntou às mulheres sobre em que gastariam um eventual dinheiro extra nos próximos cinco anos, os itens de saúde e beleza se destacaram entre as principais opções e isso aparece com maior intensidade nos países emergentes, com 53% versus 29% das mulheres dos países desenvolvidos. Para aproveitar as oportunidades que estão sendo criadas, é preciso entender alguns movimentos. O primeiro é o reflexo da economia nas categorias de produto que crescem por aumento de penetração, em função da entrada de novos consumidores que vivem pela primeira vez a experiência de compra de determinados produtos e também pelo aumento do gasto médio de consumidores que sofisticaram o consumo. O segundo, e não menos importante, é o que acontece com a dinâmica dos canais que comercializam higiene e beleza no Brasil, que estão passando por transformações que vão impactar diretamente no crescimento do setor. Crescimento das categorias Pode-se dividir o crescimento das categorias em três etapas: a primeira, da experimentação, na qual se encontra boa


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parte dos novos consumidores, nesse momento já mais concentrado nas classes C2 e D, com um crescimento devido ao aumento da penetração da categoria nos lares. A segunda, da aceitação, com a ampliação do volume de compra cujo consumidor já experimentou e aprovou a categoria, e passa a aumentar o consumo, muitas vezes incentivado pela redução do preço médio proporcionado por embalagens maiores. Nesse estágio, boa parte do crescimento é impulsionado pela classe C1. Um exemplo é o crescimento das fraldas descartáveis com as embalagens mega pacote. E a terceira, a sofisticação, cuja categoria já foi incorporada à cesta de compras e o consumidor que já entende um pouco mais sobre ela passa a experimentar novas variedades e sofisticar o consumo.

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variação em valor (em %)

Categorias em destaque Protetor solar se destaca entre os maiores crescimentos da cesta. Durante muito tempo considerado apenas uma categoria sazonal, lembrada em ocasiões de férias, mar e piscinas, com sua imagem ligada mais fortemente ao bronzeamento do que a proteção, hoje é um item que passou a integrar a rotina diária das pessoas, com intuito de proteger do câncer de pele e do envelhecimento precoce.

Acumulado 2010 x 2011 (até abril) Fonte: Nielsen | Retail Index Essas sete categorias contribuem com 95% do faturamento.


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Já categorias básicas, como sabonetes, por exemplo, ganharam força através de inovações que geraram novas necessidades, em que antes apenas o sabonete em barra entrava na lista de compras da família. Aos poucos a categoria foi se reinventando e criando segmentações: versões com propriedades antibactericidas, hidratantes, para diferentes momentos do dia, para higiene íntima adulta e infantil, enfim, uma enorme quantidade de itens, gerou um aumento no volume e valor agregado do produto. Mulher moderna: tempo e praticidade Não podemos esquecer o fator praticidade, assunto que já foi amplamente discutido e explorado, mas que ainda permite muitas ações para facilitar o dia a dia das pessoas. O estudo global realizado recentemente pela Nielsen, intitulado “Mulheres do Amanhã”, identificou que as mulheres sentemse cada vez mais exigidas, sobrecarregadas e estressadas. Entretanto, as mulheres dos países emergentes sentem a pressão de maneira ainda mais intensa do que nas economias mais desenvolvidas. Se traçarmos um paralelo com a realidade do Brasil, podemos imaginar que o estresse das mulheres das classes sociais emergentes é ainda maior do que nas classes altas. As mulheres esperam a tradução dessa necessidade em produtos que entendam suas aspirações e tragam cada vez mais benefícios em apenas um produto. Nos rituais de beleza, os produtos devem cumprir diversas funções em poucas etapas. Pensem nos hidratantes com função de proteção solar; tratamento e base num único produto e aplicação; barrinhas de cereais para uma alimentação saudável e prática e que contenham vitaminas e poderes embelezadores; balas que tratem e previnam a flacidez e o envelhecimento. Enfim, tudo rápido, prático e de preferência, milagroso.

lançamentos e inovações para encantar o consumidor. As linhas de produtos são cada vez maiores e mais segmentadas. Só para tentarmos visualizar um pouco a imensidão de alternativas, tente se imaginar diante de uma gôndola de desodorantes e todas as suas variações, desde formatos de embalagem, fragrâncias, até os itens específicos para diferentes tons e tipos de pele e funções específicas de tratamento. Como fazer a melhor exposição de forma que o cliente consiga encontrar o desodorante que ele precisa de forma rápida? Uma exposição que favoreça a velocidade para localização de um produto é um diferencial especialmente importante para um mundo de pessoas estressadas e sem tempo. O desafio do sortimento ideal Até abril de 2011, a cesta de higiene e beleza cresceu 9,5%, acompanhando a média de crescimento das cestas. Boa parte do crescimento total das cestas foi impulsionado por lançamentos. Justamente a cesta de higiene e beleza é a responsável

15.813 lançamentos

12.140 mortalidade

+ 3.673 SKUs

Impulsionado, principalmente, Por Higiene e Beleza (17,7%)

O Império do Efêmero O Império do Efêmero é o título de um livro que trata sobre a moda e seus destinos na sociedade. Mas o que isso tem a ver com supermercados? Para quem quer atuar no segmento de higiene e beleza é importante entender que esse setor se confunde cada vez mais com a moda e seus caprichos. O trabalho constante para despertar novos desejos e acelerar o consumo já migrou rapidamente para o segmento de beleza. Que o consumidor gosta de novidades, em especial as mulheres, todo mundo já imaginava. Movidos pela necessidade de sobrevivência e a ânsia para abocanhar uma fatia desse mercado, a indústria investe cada vez mais em

4.070 lançamentos

3.421 mortalidade

+ 649 SKUs pela maior quantidade de lançamentos em 2010. Em contrapartida, corresponde também ao alto número de mortalidade de itens. De todos os produtos que nasceram e morreram, 17,7% pertencem à cesta de higiene e beleza.



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Estudo realizado pela Nielsen com consumidores identificou também que é na cesta de higiene e beleza onde se localiza o maior risco de perder shoppers para outra loja, pois é nesse setor onde o consumidor está mais disposto a trocar de loja caso não encontre a marca desejada. A gestão de rupturas é um dos fatores que determinam o sucesso dessa cesta no varejo. Do outro lado do balcão, o varejo está cada vez mais pressionado para lidar rapidamente com as novidades do mercado e adequar o espaço das gôndolas com a grande quantidade de segmentos e itens dentro de uma mesma categoria. Para isso é fundamental que o supermercado tenha um posicionamento claro e estratégia adequada, que acompanhe de perto as tendências e lançamentos do mercado e, principalmente, saiba quem é o consumidor que deseja atingir e dedique-se a atendê-lo com qualidade. Características O varejo de higiene e beleza no Brasil tem como característica a ausência das lojas de departamento que atuam fortemente nesse setor em outros países, assim como o desenvolvimento pouco expressivo das perfumarias especializadas, o que abre oportunidade para que autosserviço, farmácias e a venda “porta a porta” disputem esse espaço no bolso do consumidor. Analisando as vendas de higiene e beleza somente nos canais de autosserviço e farmácias, os supermercados ocupam a liderança com uma parcela de 61% das vendas da cesta. Com um crescimento de 5,2% de 2009 para 2010 e de 8,4% até abril de 2011, o autosserviço mantém o crescimento na cesta, porém no canal Farma este aumento vem acontecendo de forma mais rápida e, aos poucos, “roubam” participação com um crescimento de 30,2% e 11,9%, nos respectivos períodos. Nessa disputa entram diversos fatores como perfil do canal, conveniência, sortimento, exposição, atendimento, espaço, giro, entre outros.

A farmácia se beneficia da conveniência, de um ambiente mais acolhedor e um mix mais diferenciado. Dentro de um espaço, em geral muito menor do que o dedicado pelos supermercados para a cesta de higiene e beleza, a farmácia se diferencia com mais opções de produtos diferenciados e, muitas vezes, com uma prestação de serviços de consultoria, o que não faz parte da rotina do autosserviço. É fato que com uma quantidade de cestas muito menor para administrar, as farmácias estão com um olhar muito mais focado no segmento de beleza e algumas já assumiram o seu papel de perfumaria que também vende medicamentos. Em contrapartida, o autosserviço se beneficia do espaço disponível para crescer com embalagens grandes como os mega pacotes de fraldas descartáveis, que impulsionaram fortemente o volume da cesta no último ano. Entre as regiões de destaque estão o Nordeste, Interior de São Paulo e Sul, como principais regiões para o faturamento de higiene e beleza nos supermercados. Entre as grandes responsáveis pelo crescimento estão as regiões Nordeste, Sul e Minas Gerais mais Espírito Santo, contribuindo com 20,8%, 19,1% e 19,1%, respectivamente. % Contribuição em Valor - 2011 (até abril) 20,8

NE MG+ES

19,1 15,6

GDE RJ

12

GDE SP

7,8

INT SP

19,1

SUL

5,5

GO+DF

% Importância e Variação Nominal +30,2 67,3

NE

+11,9 37,6

37,7

MG+ES

GDE RJ

GDE SP

INT SP

SUL

38,5 % Importância em valor - 2011 (até abril)

67,3

62,4

62,3

+5,2

20,5

61,5 18,9

+8,4

18,7

15,3 11,9

2009 AS

2010

ACUM2010

FARMA

AS

ACUM2011

FARMA

7,7

7,1 ACUM 2011 \ Fonte: The Nielsen Company


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O Brasil é um país com uma forte regionalidade. Cada região tem a sua cultura e, por isso, se torna peculiar. Os hábitos de consumo são diferentes, a forma como atender, o sortimento e a renda influenciam diretamente indústrias e varejistas que atuam de maneira nacional. O Sul do país é a segunda região de maior importância para o faturamento e crescimento da cesta e é importante ressaltar que o estado do Paraná realizou a substituição tributária atingindo também produtos de higiene pessoal, reduzindo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e, conseqüentemente, os preços ao consumidor, o que alavancou o consumo. Entre os principais crescimentos do autosserviço no Paraná, quatro categorias se destacam, entre elas: desodorante, xampu, pós-xampu e creme dental, que somadas fazem 42,5% do faturamento da cesta. As quatro categorias destaque da farmácia na região fazem 45,5% do faturamento do canal, entre as categorias: protetor solar, xampu, fralda descartável e tintura para cabelo. AUTOSERVIÇO - 42,5%

FARMA - 45,5

18,1 11,8 13

11,2

13

9,9

10,9

9,7

As farmácias possuem um sortimento mais sofisticado, o que impulsiona categorias como protetor solar, creme para pele e até tintura para os cabelos, com uma maior variedade de cores e marcas. O autosserviço é impulsionado por categorias mais básicas que vêm ganhando relevância dentro de alguns lares. Das 28 categorias auditadas pela Nielsen, de higiene e beleza, os supermercados do Paraná perdem participação em 14 delas. Mas apresentam queda em apenas três (preservativo, sabonete e absorvente higiênico), ou seja, o canal cresce menos que canais concorrentes. Essa perda acarretada pelas 14 categorias representa 4,8 milhões de reais para o canal. As três categorias que apresentam as maiores oportunidades representam atualmente 36,4% do faturamento, são elas: sabonete, xampu e fralda descartável que juntas são responsáveis por 68% da perda total. No caso da categoria de sabonetes, a versão líquida surgiu agregando valor ao produto. Os supermercados acompanharam o crescimento do segmento líquido, mantendo-se líder. No entanto, na versão sólida houve uma perda de 5%, ou seja, 2,5 milhões de reais. Esse movimento se deve justamente aos lançamentos de sabonetes mais sofisticados que muitas vezes não fazem parte do sortimento dos supermercados, ou não recebem uma exposição atraente aos consumidores. Depois de sabonetes, a maior oportunidade está na categoria de xampu, que cresce por três vertentes: as embalagens econômicas, pacotes promocionais e embalagens portáteis. Os supermercados têm vantagem nas embalagens grandes e promocionais, pois dispõem de maior espaço físico. No entanto, o autosserviço retrai nas embalagens maiores enquanto os outros canais crescem, já nas embalagens menores o autosserviço vem buscando posição. % crescimento nominal em faturamento – acumulado de 2011 até abril versus o mesmo período do ano anterior 501 OU MAIS

1,8

301 A 400ML

12,9

201 A 300ML

-5,3

SHAMPOO

PÓS-SHAMPOO CREME DENTAL

PROTETOR SOLAR

SHAMPOO

FRALDA DESCARTAVEL

TINTURA P/ CABELO

ALIMENTAR

101 A 200ML

DESODORANTE

TOTAL

30,2

401 A 500ML

45,9

-26,1 -2,2 7,3 -11,2 -55,3


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A terceira categoria com a maior oportunidade faz parte da sub-cesta de produtos para bebês, que se apresenta como uma grande oportunidade para o autosserviço, pois no momento da chegada de um bebê as famílias aumentam muito os gastos com diversas categorias e mudam seu perfil de consumo.

Apesar do canal alimentar apresentar mais da metade das vendas de fraldas descartáveis nas embalagens de até 41 unidades, perde participação para outros canais. Isso ocorreu, provavelmente, por aumentar a exposição de embalagens de 70 unidades ou mais, que tomou espaço de embalagens menores.

Em geral, os supermercados possuem as principais categorias em seu sortimento, como: fórmulas e leites infantis, papinhas prontas, mamadeiras, chupetas, lenços umedecidos, creme para assadura entre outros. Mas o canal não possui um mix bem trabalhado, direcionando seus esforços apenas na categoria de fraldas descartáveis e com foco em preço,

Observações finais

deixando de aproveitar melhor a shopper que já está dentro da loja e disposto a gastar com todo tipo de categorias que facilitem sua vida em mais esse papel.

% Participação em valor do canal alimentar no Paraná 56,9 54,6

53,6 51

40,9

39,6 36,5 29,5

ATÉ 20 UNIDADES

21 1 41 UNIDADES

ACUM 2010

42 A 69 UNIDADES

70 OU MAIS

ACUM 2011

De forma geral, na cesta de higiene e beleza, o autosserviço se destaca com categorias básicas, de abastecimento, e cresce com o impulso da cesta nos últimos anos. No entanto, perdem em categorias mais sofisticadas, alguns formatos de embalagens e versões de produtos. Para alavancar as vendas nesta cesta, muitos supermercados adotaram a estratégia de abrir farmácias com o mesmo nome da rede para não perder sua participação no bolso do consumidor, num esforço para garantir que os crescentes gastos com farmácia permaneçam nos seus domínios. Outras oportunidades são a ambientação dos espaços destinados a produtos de beleza: corredores e gôndolas mais claros, iluminados, mais espaçados e até com layout diferenciado. Dessa forma, o consumidor sente mais conforto de comprar certas categorias ligadas à higiene em um ambiente que transmite a sensação de limpeza, transparência e claridade. Conhecer o papel das categorias na loja e gerenciá-las com cuidado facilitará a vida dos consumidores e certamente influenciarão a sua decisão de compra. O autosserviço possui em suas mãos algo extremamente valioso e que se bem trabalhado pode virar qualquer jogo ao seu favor: a maior penetração e freqüência de compra. Aproveitar a ida do consumidor ao ponto de venda, tornando sua experiência de compra cada vez mais agradável é a melhor alternativa de estimular a compra por impulso, reposição e até gerar a experimentação de novos produtos e versões.

O autosserviço possui em suas mãos algo extremamente valioso e que se bem trabalhado pode virar qualquer jogo ao seu favor: a maior penetração e freqüência de compra.



perfil

Beal: comprar com prazer “Foco cada vez mais especializado em alimentos e em tornar o ato de comprar um prazer”. Esta é a diretriz para as lojas da empresa Beal, que reúne as marcas Festval, em Curitiba, e Beal, em Cascavel. Um dos filhos de Severino e Lídia Beal, fundadores da emp resa na década de 1970, Carlos Beal, resume assim como são regidas as unidades do grupo. Com origem e constituição familiar, a empresa Beal tem uma história de expansão e atuação especializada. Administrada por cinco irmãos – três que ficam em Cascavel e dois em Curitiba, o empreendimento busca o profissionalismo em família. Na opinião de Beal, a grande maioria das empresas no Brasil atualmente é familiar, “pois o começo de tudo está na família”. No entanto, ele avalia que as administrações estão cada vez mais estruturadas e profissionais. E esse é o mesmo processo que o grupo vem atravessando no Paraná. Carlos acrescenta que a gestão é voltada para o presente e para o futuro, com a estruturação da empresa, reformulação de processos e estatuto para dar longevidade ao negócio e preparando a empresa para a terceira geração. “Esse precisa ser um processo natural de todas as empresas familiares, pois acredito que esse formato de negócio, o familiar, tem tudo para continuar dando certo no Brasil, basta saber profissionalizar”, pondera.

As lojas Beal têm um modelo de varejo voltado para todos os públicos. Já o Festval buscou um mercado mais diferenciado com lojas voltadas para os públicos A e B, que focam em produtos e serviços. No entanto, em todas as lojas, Carlos afirma que é mantida a máxima “foco em ser especialista em alimentos e tornar o ato de comprar um prazer”. No Festval, mais de 10% do mix é formado por importados, uma exigência, que segundo Carlos, é do próprio público consumidor da rede, “que possui uma renda mais elevada, viaja constantemente e busca em nossa rede os mesmos produtos de qualidade que encontra lá fora”. Já no Beal os importados representam cerca de 3% do mix. Nas duas redes, este percentual vem crescendo gradativamente. Em setembro de 2011, a empresa inaugura mais uma loja, em Cascavel. Será a maior do grupo, com 15,6 mil metros quadrados. Terá uma praça de alimentação atendida por franquias, fila única de checkout e produtos diferenciados. Para 2012, o grupo planeja abrir uma nova loja Festval no bairro Ecoville, em Curitiba, e outra Beal em Cascavel. Sobre o setor supermercadista, Carlos afirma que “é altamente competitivo e profissionalizado e que todas as empresas tem condições e sabedoria

para projetar crescimento. A palavra crise deve ser contraposta com trabalho”. Carlos se diz otimista com os resultados do final do ano para o varejo. Como tudo começou e evoluiu A empresa Beal iniciou suas atividades em 1972 em Cascavel, no Oeste do Paraná, com o empreendedorismo de Severino Beal e Lídia Beal. O casal vinha da cidade gaúcha de São Valentin, com pouca bagagem e cinco filhos. Trabalhando inicialmente como vendedor ambulante de armarinhos, Severino abriu em seguida um


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Números do Beal • Cinco lojas Super Beal em Cascavel; • Inauguração de mais uma loja Super Beal - Cascavel (20 setembro de 2011); • Quatro lojas Festval em Curitiba; • Uma Central de Distribuição em Curitiba; • 1,3 mil colaboradores; • 133 checkouts; • Média de 14 checkouts por loja.

pequeno mercado chamado Vitória, uma homenagem à senhora Vitória Sarolli, mãe de sua esposa, que apoiava muito o casal. O Vitória prosperou e com o surgimento do bairro Faculdade, escolhido para ser sede da Faculdade Municipal de Ciências e Letras (hoje Unioeste), foi transferido para lá em busca de mais clientes. Em 1987, o supermercado Vitória já inaugurava sua sede própria. Em 1994, a família vê a chance de expandir o negócio e assume a filial de um supermercado no centro da cidade. Em 1997, incorpora outra filial, sendo esta a maior loja do Vitória.

Em sintonia com um mundo cada vez mais competitivo, em 1998 a empresa alterou seu nome fantasia para Super Beal, em uma atitude de preparação para novas expansões. Em março de 2000, o Super Beal inaugura sua quarta loja, localizada em uma área nobre da cidade de Cascavel. Dois anos depois, a loja do centro foi ampliada e modernizada, dobrando a área de atendimento. Em 2003 foi a vez de mais uma loja passar por reformas, proporcionando conforto e praticidade aos clientes. Em 2011, o Super Beal inaugurou sua quinta loja em Cascavel.

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Já o supermercado Festval iniciou suas atividades com a família Breda em 1995, no bairro Mercês, em Curitiba. Ocorreu então uma seqüência de expansão: em 1997 foi aberto o segundo supermercado Festval, no bairro Cajuru, e em 1999 o terceiro, no bairro Água Verde. Em outubro de 2000, 60% da empresa passou a fazer parte da LMF Participações e no mesmo ano foi inaugurada uma quarta loja, no Alto da XV. Em janeiro de 2002 houve uma cisão entre os sócios Breda e LMF Participações, ficando a família Breda com as lojas Cajuru e XV de Novembro e a LMF Participações com as lojas Brigadeiro Franco e Água Verde. As duas últimas passaram a utilizar a bandeira Festval e as lojas Cajuru e XV de novembro deveriam utilizar outra marca. Neste período, a LMF participações inaugurou sua terceira loja em Curitiba. Em 2003 as lojas do supermercado Festval foram adquiridas pela família Beal de Cascavel, sendo incorporada no mesmo ano à empresa Beal. Em 2004, a família Beal assume as instalações do Super Pão, reformando a estrutura de loja e transferindo a loja Festval Manoel Ribas para o novo endereço com inauguração do Festval Mercês. A empresa Beal conta hoje com dez unidades, sendo cinco lojas com a bandeira Super Beal em Cascavel, quatro lojas com a bandeira Festval e uma central de distribuição em Curitiba. No total, são 1,3 mil colaboradores em todo o Estado e o foco principal é a satisfação dos clientes, com qualidade dos produtos e no bom atendimento.


MEIO AMBIENTE

Apesar de polêmica, uso da sacola plástica pode ser a melhor opção

Enquanto as sacolas tradicionais contêm 2,5% de plástico em sua composição, utilizar sacos de lixo convencional pode representar 10 vezes mais plástico para ser descartado no meio ambiente As “sacolinhas” plásticas utilizadas nos supermercados são um verdadeiro símbolo das questões ambientais, já que são utilizadas por todos os consumidores, independentemente de classe social, a região onde mora, entre tantos outros fatores. Muito presentes na vida das pessoas, as sacolas plásticas permitem aquilo que pode ser chamado “zona de conforto”, pois possibilitam que os consumidores façam o fácil e seguro transporte das compras e, ainda, sirvam como repositórios de lixo em suas residências. Por esses e outros motivos, aparecem com freqüência na mídia como grandes poluidoras do meio ambiente. Entretanto, o que é possível notar em relação ao uso das “sacolinhas” é não apenas a falta de um sistema eficaz de coleta de lixo nas cidades brasileiras – sem contar o despreparo de parcela da população que, alheia às questões ambientais, acabam por descartar inadequadamente as sacolas plásticas –, mas também a falta de informação sobre o ciclo de vida das sacolas que, de acordo com o presidente do Instituto Akatu de Consumo Consciente, Hélio Matar, “são

insuficientes tanto no Brasil quanto em outros países”. Um tema polêmico, de longos debates e que está apenas começando. No Paraná, a discussão sobre as sacolas plásticas está em pauta há pelo menos 10 anos e algumas providências foram propostas para tentar diminuir o impacto provocado pelo uso das mesmas. Como alternativa, após inúmeros debates, a Secretária de Meio Ambiente (Sema) passou a recomendar a utilização de sacolas oxibiodegradáveis, cujo tempo de degradação é menor – em média de 18 meses. No entanto, segundo Cris Baluta, gestora ambiental, analisando o processo produtivo das sacolas plásticas comuns e das oxibiodegradáveis, observa-se que ambas geram impactos ao meio ambiente. “A sacola oxibiodegradável tem a vantagem de ter sua degradação muito mais acelerada que a sacola de plástico comum. Por outro lado, o plástico oxibiodegradável, devido o envolvimento de agentes primários em sua produção, torna a sua reciclagem mais difícil”, aponta. Resumindo, tanto uma como a outra causam impactos ao

meio ambiente, sejam eles diretos ou indiretos, para o solo, a água e o ar. Um estudo encomendado pelo governo britânico sobre o impacto ambiental de diversos tipos de sacolas mostrou que a plástica ainda tem o melhor desempenho. Ela apresenta a menor geração de gás carbônico em seu processo produtivo e consome menos matéria-prima. O debate sobre as “sacolinhas” é certamente muito mais amplo e outras questões também prejudiciais ao meio ambiente devem ser colocadas na agenda. Na realidade, devemos pensar sobre quem são realmente os grandes poluidores? Seriam os automóveis? Ou o ruminar do gado nas pastagens? Agrotóxicos? Lixo hospitalar? Observase que mais de 60% de todo o lixo gerado pelos brasileiros é composto por material orgânico. Mas por serem mais leves, as sacolas plásticas acabam flutuando quando em contato com a água, enquanto que os demais afundam por serem mais pesados, ficando em destaque o plástico. Vale lembrar que, mesmo em contato com a água, as sacolas são inertes e atóxicas, não causando nenhum tipo de contaminação.


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Proibição das sacolas plásticas Cidades como São Paulo, Belo Horizonte e alguns municípios no interior do Paraná estão tentando abolir completamente o uso de sacolas plásticas, mas estão tendo revezes na justiça. De acordo com o deputado estadual Luiz Eduardo Cheida, “não é proibição pela proibição que causa efeito imediato” às condições ambientais. Ele afirma que é preciso somar medidas que estabeleçam regras a serem incorporadas aos hábitos e às práticas dos consumidores, por isso, defende que a redução dos impactos ao meio ambiente deva ser iniciada com a conscientização. “A mudança dos hábitos e atitudes é que leva à redução dos impactos ambientais”, afirma.

A substituição das sacolas plásticas pelas chamadas retornáveis é uma prática que cada vez mais se consolida no varejo e que está sendo incorporada pela população. Entretanto, nos casos em que as “sacolinhas” são utilizadas, Cheida defende mecanismos que possibilitem a identificação do fornecedor das sacolas e sacos plásticos, por meio de códigos de barras. “As sacolinhas plásticas utilizadas pelas redes de varejo em geral já são identificadas; há uma dificuldade em identificar o distribuidor das sacolas de estabelecimentos menores ou informais”, aponta. Essa rastreabilidade se faz necessária para viabilizar a chamada logística reversa, ou seja, fazer com que o fornecedor do produto seja co-responsável pela sua recolha do meio ambiente e pela destinação adequada.

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Uma alternativa higiênica para a dona-de-casa Quanto à saúde, as “sacolinhas” ainda são a melhor opção. Embalar alimentos e lixo orgânico em sacolas plásticas ainda é uma solução para evitar contaminação, dizem os órgãos de saúde. A pesquisa quantitativa “Sacola plástica: hábitos e atitudes” realizada pelo IBOPE Inteligência junto a 600 consumidoras da Grande São Paulo constatou que 100% das entrevistadas reutilizam as sacolas plásticas nas suas casas para armazenar o lixo. Além de econômicas e resistentes, também são práticas e higiênicas, podendo ser reutilizadas e recicladas. Retirá-las dos supermercados deverá apenas transferir o problema para os sacos de lixo convencionais, muito mais


MEIO AMBIENTE poluente. Estima-se que 2,5% de todo o plástico transformado no Brasil serve para a produção de sacolas plásticas e que destes, apenas 40% é usado nas sacolas de supermercados. Logo, as sacolas de supermercados respondem por apenas 1% de todo plástico transformado e, até agora, somente os supermercados responderam pelo uso de sacolas. Se neste momento adotássemos o saco de lixo, conforme previsto pela ABNT, em substituição às sacolas plásticas, passaríamos a utilizar cinco vezes mais plástico, fazendo com que o consumo de plástico transformado cresça em torno de 10%.

Segundo o presidente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Pedro Joanir Zonta, este é um dos impactos que as alternativas podem gerar ao consumidor, independente se o valor das “sacolinhas” estiver embutido no preço da compra ou se forem cobradas separadamente. “O setor supermercadista é muito competitivo, com margens apertadas e, necessariamente, repassa ao preço. Porém, se a decisão da sociedade for pelas sacolas biodegradáveis e compostáveis, entendemos que não é justo embutir este valor na compra do consumidor”, aponta.

Impasse quanto aos custos

O futuro do meio ambiente

Outra questão a ser discutida tem a ver com o custo da substituição das sacolas feitas de plástico comum para o consumidor, principalmente, o de baixa renda, pois a adoção de sacolas biodegradáveis e compostáveis vão agregar até 6,5% nos preços dos produtos ao consumidor final. Hoje, os gastos com as sacolas respondem por aproximadamente 0,5% do preço dos produtos vendidos nos supermercados. A sacola tradicional e a oxibiodegradável custam em média R$ 0,035 a unidade. Outra opção seria a sacola com 100% de resina orgânica, principalmente derivada de milho, que custa R$ 0,44 por unidade. Na Itália, por exemplo, a legislação obriga o uso de sacolas com resina orgânica, sendo indispensável o consumidor pagar pelas sacolas. Uma alternativa de sacolas biodegradáveis e compostáveis que vem sendo usada no Brasil é uma mistura que utiliza resina de polietileno e resina orgânica, entretanto seus resultados e eficiência ainda não foram comprovados.

Observa-se um grande aumento na procura por produtos ecologicamente corretos; todavia, apesar de ser um mercado potencial, o consumidor final ainda não está maduro para a aquisição em massa deste tipo de produto. É preciso cada vez mais desenvolver a educação ambiental em todos os níveis, pois somente assim a sociedade pode ficar mais consciente e preparada para este tipo de consumo. A própria indústria também deve se preparar para atender a essa demanda, buscando sempre o uso de tecnologias mais limpas, renováveis e energeticamente eficientes, visando assim contribuir para um desenvolvimento sustentável e fornecendo aos mercados potenciais produtos mais benéficos ao meio ambiente e à saúde. O que vem sendo feito Diante deste cenário, Zonta afirma que os supermercados pretendem contribuir incentivando os consumidores a diminuir drasticamente

o uso das sacolas plásticas, entretanto, sem proibi-las totalmente, já que isso depende exclusivamente de uma legislação em âmbito federal. Para que este projeto seja realidade no Paraná, a Apras e os supermercados do Estado estão analisando a possibilidade de eliminar a distribuição de sacolas gratuitas. O que se observa ainda é que as sacolas vêm sendo usadas para gerar gancho na mídia com questões ambientais. Como fato positivo, todo este debate fez nascer uma nova consciência ambiental, frutos dos acertos e erros da sociedade. Zonta ainda afirma que, neste momento, é preciso buscar soluções em conjunto e que passem necessariamente pela conscientização da sociedade, por meio de campanhas para a educação ambiental e sustentabilidade. “Os supermercados, por meio da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), já estão trabalhando em Brasília, nas comissões criadas para implantar a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos. No Paraná, pretendemos construir, junto às autoridades, alternativas para nos conduzir a uma sociedade mais sustentável”, completa.



CAlendário

Boas expectativas para o final do ano

O período, que tradicionalmente é bom para o varejo, esse ano deve contar com fatores sazonais que podem impulsionar ainda mais as vendas O final do ano é considerado o “divisor de águas” do varejo. Isso porque, tradicionalmente, o desempenho das vendas apresenta o melhor resultado na comparação com outros períodos. Em 2011 não deverá ser diferente, e os empresários ainda poderão contar com alguns fatores sazonais, como a queda do dólar e uma nova crise econômica mundial, que poderão refletir no consumo interno. O desempenho positivo do varejo já vem sendo observado ao longo do ano, e deve se manter. De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os resultados trimestrais – referentes aos meses de abril a junho – apontam para um crescimento de 7,8% no volume de vendas do varejo, uma aceleração frente ao crescimento de 6,8% dos primeiros três meses do ano, em comparação com igual período do ano passado. De acordo com o Carlos Magno Bittencourt, economista do Conselho Regional de Economia do Paraná e professor de Economia da Pontifícia Universidade Católica (PUCPR), o setor supermercadista deve fechar o ano com um crescimento superior a 5%. No entanto, esses resultados podem ser ainda melhores nos meses de novembro e dezembro em função da injeção de recursos no mercado como décimo terceiro salário e férias. “O setor supermercadista tem uma especificidade que nenhum outro possui, pois independentemente de condições econômicas adversas, a população continuará consumindo alimentos”, pondera. Segundo ele, a crise econômica que vem se estabelecendo em alguns países pode provocar um efeito psicológico na população brasileira, no entanto, não deverá ter um efeito tão forte no consumo. “As pessoas acabam freando um pouco os gastos em função da incerteza com o futuro, mas isso não deverá ser sentido tão fortemente no varejo supermercadista do Brasil, que deve mais uma vez, passar ileso pela crise mundial”, disse.

Otimismo

Se por um lado as estatísticas apontam para um bom momento neste final de ano, os empresários comungam do mesmo otimismo. O gerente comercial da filial sul da Aurora Alimentos, Ricardo Danilo Bruggemann, afirma que a expectativa de vendas para o período é de um crescimento de 30%, em comparação com 2010. “Para a Aurora os resultados de venda no período sempre foram excelentes.

“O setor supermercadista tem uma especificidade que nenhum outro possui, pois independentemente de condições econômicas adversas, a população continuará consumindo alimentos”. [Carlos Magno Bittencourt]

Acredito que este ano será melhor ainda, pois aprimoramos nossos serviços e crescemos além das expectativas, e isso nos garante um bom resultado”, acrescenta. Apesar de não poder dar números ao crescimento qualitativo em 2011, Pedro Corrêa de Oliveira, diretor da importadora Porto a Porto, afirma que a empresa já registra um crescimento de 27% sobre o ano passado. Segundo ele, o consumidor brasileiro realizou um verdadeiro “upgrade” nas suas compras de produtos gastronômicos, e “este consumidor mais moderno e exigente não se importa em pagar


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um pouco mais caro por produtos (e serviços) de melhor qualidade”. Oliveira aposta que no final do ano o varejista que souber entender as mudanças de necessidades do consumidor, através da apresentação de mercadorias mais

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Cremoso, e a aquisição da marca Sagatiba pelo Gruppo Campari como um reforço para o bom fechamento de ano. O presidente da Frimesa, Valter Vanzella, afirma que historicamente o período é bom para as vendas, principalmente para os produtos típicos da época, como a linha festa composta por carnes especiais e tender. “Nós deveremos manter o mesmo desempenho dos anos anteriores com uma média de crescimento entre 8% a 10%”, afirma. Segundo ele, a empresa também aposta no crescimento do consumo da carne suína, e por isso vem mantendo um planejamento de abate e integração com o produtor para atender a demanda do período. Quem também está otimista é a Tyson. O diretor comercial da empresa no Brasil, Raphael Martins, afirma que de maneira geral, assim como para o varejo, o mercado de frango conquista bons resultados nos períodos de festas, em especial, no final de ano. “Estamos bastante otimistas de que dobraremos os números conquistados em 2010. Além de termos ampliado nossa base de clientes, possuímos um produto de alta qualidade, com preço competitivo. O custo benefício é ótimo e queremos auxiliar nosso cliente a oferecer uma excelente alternativa aos consumidores das regiões onde atuamos”, disse.

Panorama

Com o real valorizado e o dólar em queda, o cenário para o varejo também poderá sofrer alguns alterações na hora das compras. O economista Carlos Magno Bittencourt destaca que esse cenário poderá favorecer a oferta de produtos importados, que chegarão com preços competitivos as gôndolas. Pedro Corrêa de Oliveira, da Porto a Porto, também comunga desse pensamento. “Esse momento cambial foi excelente para o aumento da oferta de diversas categorias de produtos que necessitam de complementos de produtos importados”, diz. No entanto, ele pondera que os varejistas e as indústrias nacionais precisam ficar atentos para melhorar a qualidade do atendimento de ofertas de produtos.

prazerosas e de maior valor agregado, conseguirá melhores resultados diante da concorrência. O gerente nacional da Campari do Brasil, Heitor Cavalheiro, afirma que a expectativa de vendas da empresa para o final do ano varia entre 10% a 15% maiores que no mesmo período do ano passado. “É um período de festas onde as pessoas saem mais para celebrar e acabam consumindo um pouco mais que nos demais meses do ano”, diz. Cavalheiro destaca que as marcas com as quais a empresa atua são fortes e ajudarão a alavancar esse resultado. Aliado a isso, a empresa aposta em lançamentos, como o Dreher

Mais ponderado em sua análise, o gerente da Aurora Alimentos, Ricardo Danilo Bruggemann, não acredita em grandes mudanças no varejo em função da instabilidade da moeda estrangeira. “Ainda é cedo para definir se haverá influência, pois o mercado de commodities é muito dinâmico. No entanto, não acredito que será muito diferente do ano passado”, pondera. O presidente da Frimesa, Valter Vanzella, disse que o dólar provocou uma oferta maior de carne suína no mercado em função da redução nas exportações, provocando uma disputa maior no mercado. Para a empresa, no entanto, esse diferencial ainda não foi sentido fortemente, pois apenas 5% da produção da Frimesa são destinados às exportações, em especial para o Uruguai e China.


SEGURANÇA

O inimigo (oculto) mora ao lado

Aumento da criminalidade exige mais e melhores medidas de segurança nos supermercados Por Aurélio Munhoz Um inimigo oculto, mas perigoso e sorrateiro, ronda os corredores e estacionamentos dos supermercados: os criminosos. Não há estatísticas confiáveis dimensionando a quantidade de roubos e fraudes. Mas o problema preocupa os especialistas no tema, que advertem: os empresários do setor precisam investir mais em segurança, sobretudo nos aspectos relacionados à prevenção. Os roubos e fraudes são responsáveis pelo fechamento de várias empresas no Brasil. E não afetam significativamente apenas os pequenos; causam grandes prejuízos mesmo aos gigantes do setor. “Uma grande rede que atua no País perdeu o equivalente a um supermercado inteiro, em um ano, por causa das fraudes e roubos”, conta o especialista em segurança pública, conferencista e escritor Jorge Lordello. Na base de tudo, a prevenção O diretor de segurança da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Luiz Alberto Leão, é taxativo quanto à importância da prevenção, principalmente diante do cenário de criminalidade crescente no Brasil. “A criminalidade afeta principalmente o pequeno comerciante, que é mais vulnerável. Mas todos devem fazer investimentos permanentes em segurança. A prevenção não resolve todos os problemas, mas minimiza os riscos de que ocorram”, avalia. Leão baseia suas afirmações nos dados. “Nós esti-

mamos que 98% das perdas acontecem por falta de medidas preventivas do supermercado, ou seja, pelo fato de o empresário não ter treinado e investido nas pessoas, na compra de equipamentos de segurança e nos processos de controle”. Preocupada com o tema, a Apras vai promover o primeiro curso de Formação de Fiscais de Loja e de Prevenção de Perdas. Inimigo invisível Delegado de polícia por vinte anos, Jorge Lordello diz que os roubos são um problema muitas vezes invisível, que o empresário não percebe, sobretudo quando não dispõe de ferramentas de prevenção e de controle. “Nestes casos, quando percebe o que aconteceu, o dono do negócio fica irritado, mas aí já é tarde demais. Ele já foi roubado e, porque não tinha as ferramentas necessárias, nunca vai saber quanto perdeu”. O problema, segundo Lordello, é que muitos executivos do setor só tomam providências depois que suas empresas ou clientes já foram assaltados. “É meio da cultura do brasileiro agir assim. Muitas empresas se esquecem de dar o devido valor às questões de segurança porque enxergam a segurança como despesa e não como investimento”. Um processo diferente ocorre na Europa e

nos Estados Unidos, onde a cultura da prevenção está enraizada. “Nos países desenvolvidos, os empresários não só pensam, como gostam, de tratar deste tema”, diz o consultor. Problemas e soluções Luiz Alberto


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Leão lista os problemas mais comuns, em relação aos quais os empresários devem ficar atentos. Dentro da loja, o furto de mercadorias (por cliente ou funcionário), a tentativa do consumidor de passar a mercadoria pelo caixa sem registrá-la e ainda a troca das etiquetas de preços. Fora da loja, o furto de veículos, de acessórios de automóveis e do próprio cliente. Há ainda o roubo de cargas, cometido por quadrilhas especializadas. O diretor

de segurança da Apras também cita algumas medidas de segurança fundamentais: além dos equipamentos eletrônicos (ver quadro), a instalação de cancelas nos estacionamentos, o transporte adequado de valores (com a mudança de horários e de rotina nesta operação) e a adoção de uma arquitetura no prédio que facilite a visualização das pessoas

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e a disposição das mercadorias nas prateleiras e gôndolas. Empresas podem ser condenadas por roubos a clientes Outro grande problema relacionado à criminalidade nos supermercados é a responsabilidade pelos roubos cometidos contra clientes nas lojas. Para ter direito a uma eventual indenização, o cliente precisa provar que foi assaltado nas dependên-


SEGURANÇA cias do supermercado. O problema é que já houve várias decisões judiciais condenando as empresas. “A tendência é que isto aconteça, inclusive porque cabe ao supermercado oferecer o aparato de segurança para que os clientes não sejam roubados”, adverte Jorge Lordello. O especialista cita um caso ocorrido em uma rede de supermercados do Brasil, há cerca de dez anos, que exemplifica bem o risco ao quais as empresas estão submetidas. “Uma moça foi seqüestrada, estuprada e ainda teve seu carro roubado no estacionamento de um supermercado. Ela entrou com uma ação indenizatória com valor alto contra a empresa e ganhou”, conta. Por isso, na avaliação de Lordello, os empresários do setor devem ser proativos: agir antes que o roubo aconteça. Chame a polícia Luiz Alberto Leão diz que outras duas providências simples evitariam problemas maiores: avisar a polícia sempre que há um roubo e manter a maior aproximação possível com os órgãos de segurança pública. “Eles podem atuar tanto na prevenção quanto na investigação. Aliás, a nossa linha de atuação na Apras busca justamente fortalecer esta interação do setor varejista com o setor policial”, explica. Lordello reforça a importância da parceira com as forças policiais com um bom argumento: a importância de não dar margem à impunidade. “Quando se perdoa um pequeno delito, a pessoa volta a cometer o crime”, afirma o consultor. Custo alto é mito A ideia de que os investimentos em

tido: quem investe em tecnologia de segurança obtém de 15% a 20% de retorno já nos três ou quatro primeiros meses. “Hoje, é possível até alugar equipamentos, pagando em torno de R$ 100 por mês”, diz Jorge Lordello. “E há até linhas de financiamento para isso, como a oferecida pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), por exemplo”, afirma Luiz Alberto Leão.

Jorge Lordello

Uma grande rede perdeu um supermercado inteiro, em um ano, por causa dos roubos. segurança são altos não passa de um mito. Os dois especialistas consultados pela Supermix afirmam que os preços diminuíram bastante nos últimos tempos e já são acessíveis a todos – inclusive aos pequenos empresários. E o benefício é garan-

Os equipamentos de vigilância (como as câmeras e cancelas) são peças importantes neste processo. “Mas nada disso adianta se o supermercado não tiver uma sala de monitoramento, que precisa ter porta blindada, para monitorar as câmeras e verificar alguma situação suspeita”, explica Lordello, que também defende a necessidade de os empresários do setor contratarem especialistas no assunto para orientá-los quanto às ferramentas de que precisam. Igualmente, é importante a automatização do processo de venda, como ocorre nos Estados Unidos e na Europa, onde os caixas estão sendo abolidos porque os produtos recebem sistemas de alarmes e códigos de barras que facilitam o pagamento e o controle da saída da mercadoria da loja. A importância do ser humano Mas equipamentos, sozinhos, não bastam; para darem o resultado desejado, precisam ser operados por funcionários bem treinados. Da mesma forma, é essencial que os funcionários sejam bem preparados para agir com os clientes. “O recrutamento é fundamental”, diz Leão. Pensando nisso, há cerca de cinco anos, grandes empresas nacionais passaram a contar até com gerentes na área de segurança.


“O empresário precisa entender que, assim como precisa investir na aparência do seu negócio, também tem que orçar o mínimo necessário para dar mais segurança aos seus clientes e funcionários”, afirma Lordello. “O investimento não é necessariamente alto. Depende de cada realidade”, completa.

Coronel Leão

Academia Empresarial Apras Formação Básica I: Segurança de Loja (08h/aula) Público: para fiscais de loja e demais interessados. Instrutor: Coronel Leão (graduado no curso superior da Polícia Militar de São Paulo e em Sociologia pelo Centro de Estudos Superiores de Londrina; pós-graduado em Criminologia pela Universidade

Noventa e oito por cento das perdas acontecem por falta de medidas preventivas dos empresários.

Estadual de Londrina e formado nos cursos de Aperfeiçoamento de Oficiais da Polícia Militar do Paraná e no curso de Formação de Oficiais da Academia Policial Militar do Guatupê). Investimento: R$ 150 (associados) e R$ 210 (não-associados)


tendências

Produtos vegetarianos: pequenos em fase de crescimento Mix vegetariano já ocupa posição nos supermercados e aumenta a cada ano Por Aurélio Munhoz Eles já correspondem a 9% da população brasileira, segundo pesquisa divulgada em março deste ano pelo IBOPE – e não param de crescer. Antes relegados ao setor de hortifrutigranjeiros, os vegetarianos recebem cada vez mais espaço nos supermercados e se tornaram um lucrativo filão para as empresas da cadeia produtiva de alimentos voltados a este público.

Não sem motivos. Além de defender uma causa nobre, a onda vegetariana – escorada na preocupação com a saúde – cresce em média 15% ao ano no Brasil, nas contas da antropóloga Gisela Black Taschner, especialista em tendências de consumo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo. Não há dados precisos sobre o universo de vegetarianos no Paraná. Mantida a

média nacional, porém, o grupo ronda a casa de um milhão de paranaenses. Tendência mundial O fenômeno, na realidade, é mundial. O banco Credit Suisse encomendou pesquisa, na qual foram entrevistadas 13 mil pessoas com renda superior a US$ 2 mil por mês (cerca de R$ 3,5 mil), e constatou o mesmo em sete


Revista SUPERMIX

Laelia Tonhozi

Orgânicos seguem tendência A venda de produtos orgânicos também registra aumento de consumo, como explica a professora-doutora e pesquisadora, Sônia Stertz, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), especializada em ciência e tecnologia de alimentos. Os alimentos produzidos com base neste sistema, sustentável, que privilegia a preservação ambiental, crescem de 20 a 40% ao ano no Brasil. A média mundial de crescimento oscila entre 10 e 20%.

“As pessoas estão mudando seu comportamento. Os empresários do setor alimentício precisam estar atentos a este cenário. Se não fizerem isso, vão deixar de ganhar dinheiro”. economias emergentes – Brasil, China, Índia, Rússia, Egito, Indonésia e Arábia Saudita. De acordo com a sondagem, os brasileiros seguem a mesma tendência dos consumidores do outro lado do planeta no quesito consumo: querem menos (ou nenhuma) carne na mesa. Este crescimento não se deve apenas ao fato de haver aumento no número de adeptos do vegetarianismo “puro”, mas também ao florescimento do que a especialista em Marketing, Fernanda Oruê, chama de “hábitos vegetarianos”, ou seja, a tendência de muitas pessoas evitarem a carne, especialmente a vermelha, por não a consideram saudável, e de preferirem os produtos feitos à base de soja.

Isto faz do Brasil um dos mercados mais promissores do planeta. O faturamento anual se situa na faixa dos US$ 40 bilhões. Mesmo sendo o maior produtor mundial de alimentos, porém, o país é o sexto em hectares plantados de orgânicos. Segundo Sônia, o Paraná é um dos pioneiros na pesquisa, produção e processamento de alimentos do gênero. “Atualmente, o estado conta com cerca de 4,8 mil produtores (o maior do Brasil) e produz por ano cerca de 150 mil toneladas, atrás apenas de São Paulo”, afirma a pesquisadora. O Paraná produz principalmente soja, açúcar mascavo, café, erva-mate e hortaliças orgânicas. Pedro Junior da Silva, com mestrado em Ruralidades e Meio Ambiente pela UFPR, também pesquisou o assunto na sua dissertação, intitulada “Um passeio pelas gôndolas”. Constatou que, em Curitiba, a principal razão alegada por quem escolhe o alimento orgânico é a preocupação com a saúde. “Em seguida, o intuito de conservar o meio ambiente”, diz o pesquisador. Consumidor pede ainda mais atenção Mesmo com o aumento do consumo de

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Entenda a diferença entre alimentos vegetarianos e orgânicos. O alimento vegetariano se caracteriza pela ausência de proteína animal. Porém, pessoas vegetarianas menos radicais consomem carnes “brancas” (como peixes e aves) e laticínios. O alimento orgânico é aquele produzido sem a utilização de insumos industrializados tais como pesticidas, fertilizantes e rações. Portanto, a produção de frangos e derivados, ovinos e bovinos sem a utilização de rações pode ser considerada “orgânica” produtos vegetarianos, muitas redes de supermercados ainda não oferecem um mix bem variado de opções aos clientes. Vegetariana há cerca de vinte anos, a educadora ambiental, coordenadora de Projetos da ONG SOS Bicho e ativista dos direitos dos animais em Curitiba, Laelia Tonhozi conta que tem certa dificuldade para achar produtos do gênero em muitos supermercados. A ativista reconhece, porém, que o quadro melhorou e que há grande variedade de frutas, verduras e legumes nos supermercados. “É legal o fato de empresas que tradicionalmente fabricam produtos de origem animal, como a Perdigão e a Sadia, terem uma



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Revista SUPERMIX

linha de produtos vegetarianos. Mas ainda temos carências na oferta de produtos vegetarianos industrializados, como o hambúrguer de soja e de milho”, pondera. Laelia considera fundamental investir neste setor porque o perfil do público está se alinhando, ao longo do tempo, em direção a um maior consumo de produtos vegetarianos. “As pessoas estão mudando seu comportamento. Os empresários do setor alimentício precisam estar atentos a este cenário. Se não fizerem isso, vão deixar de ganhar dinheiro”. Ela conta que, antes, eram promovidos eventos para angariar recursos para a proteção dos animais por meio de churrascadas e feijoadas, mas isso criava constrangimentos entre os ativistas. “Hoje, estes eventos privilegiam a alimentação vegetariana, até porque as pessoas percebem que não perdem nada em termos nutricionais por consumir este tipo de produto. E nós constatamos que não houve perda de público”, afirma. Dados são imprecisos O mercado de produtos vegetarianos é suficientemente forte para justificar um aumento cada vez maior do mix de produtos nas prateleiras dos supermercados. O problema, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), é que não há dados precisos sobre a participação desta linha nas empresas do setor. Nem há redes de supermercados especializadas em vegetarianos. Processo diferente ocorre na Europa. O grupo Vegilicious abriu uma loja, em fevereiro deste ano, com mais de 100 metros quadrados e 1,5 mil itens. E isto em Dortmund, na Alemanha, a terra da salsicha. Lá, há de tudo, desde imitação de atum até comida para animais de estimação. Seguindo esta tendência, porém, as indústrias brasileiras se voltam a este mercado. Já há até fábricas especializadas para os vegetarianos, como a paulista Lafayette Hohagen

Filtro 18 anos ou mais

Amostra total

Homem

Mulher

E Importante manter a forma física

79%

78%

80%

Eu pagaria qualquer preço por minha saúde

78%

77%

79%

Estou de acordo com as restrições aos fumantes

70%

67%

72%

Em algumas ocasiões medo ou prazer de ingerir comidas que não são boas para a saúde

62%

59%

65%

Eu me informo bem antes de comprar novos produtos alimentícios

60%

55%

65%

tenho que estar realmente doente para ir ao médico

62%

64%

59%

Confio na medicina homeopática/ medicina caseira

53%

49%

56%

Eu procuro ter uma dieta bem balanceada

52%

47%

56%

Devido à minha vida pessoal tão agitada, não me cuido como deveria

53%

52%

53%

Uso preservativos em todo novo relacionamento

52%

55%

49%

Só utilizo serviços públicos de saúde

45%

43%

47%

Eu sempre escolho meu médico por indicação

42%

37%

46%

Quase sempre estou tratando de perder quilos

35%

29%

40%

Sempre verifico o conteúdo nutricional dos alimentos

34%

29%

39%

Eu não tenho tempo para preparar refeições saudáveis

37%

40%

35%

Eu pratico esportes ou exercícios pelo menos uma vez por semana

38%

43%

34%

Sempre procuro as versões diet/ light dos alimentos e bebidas

23%

20%

26%

Sou vegetariano

9%

10%

9%

– empresa que só produz carne, hambúrguer, picadinho e medalhão à base de soja. Mesmo os grandes – como a Sadia, a Perdigão e a Superbom – não se esqueceram deste segmento e lançam ao mercado, todo ano, uma variedade significativa de mercadorias do gênero.

Alimentos utilizados Ovos

Leite e derivados

Cereais

Leguminosos

Oleaginosas

Tubérculos

Frutas

Legumes

Verduras

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Ovo-vegetariano

Não

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Vegano

Não

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Semivegetariano

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Onívoro

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Tipo de dietas

Carnes

Ovo-lacto-vegetariano Lacto-vegetariano

Fonte: Socidade Vegetariana Brasileira


índice de vendas

Consumo Local, Mercearia e Limpeza foram as cestas que mais cresceram no período Na análise do acumulado 2011 versus 2010 (períodos 1 a 8), A Região Metropolitana de Curitiba apresentou um crescimento nominal de 8,6% - próximo à média Brasil, que foi de 8,8%. Considerando a inflação de 6,25% no período, o crescimento real de Curitba foi 2,2% contra 2,4% do Brasil. Três das onze cestas apresentaram crescimento de dois dígitos, sendo Consumo Local a cesta de maior destaque. No comparativo do período 8 (avaliado entre os dias 18 de julho e 14 de agosto de 2011) em relação ao período anterior (avaliado entre os dias 20 de junho e 17 de julho de 2011), as vendas do setor de autosserviço em Curitiba apresentaram um crescimento nominal de 1,5% - inferior à média Brasil, que foi 2,8%. A cesta “Outros” foi a de maior destaque com crescimento nominal maior que no Brasil (7,7% versus 4,4%). Enquanto a cesta de

Têxtil apresentou a maior retração, devido às vendas mais baixas em todas as famílias que a compõe.

Metodologia utilizada A metodologia utilizada para coleta dos dados, pela Nielsen é a chamada scantrack, que realiza a captura semanal de dados provenientes dos caixas de supermercados colaboradores (leitores ópticos do autosserviço). Possibilita uma análise detalhada das categorias de produtos, semana a semana. O ano scantrack é dividido em 13 períodos de quatro semanas cada. Isso significa que, na grande maioria das vezes, as informações não se referem ao mês do calendário.

Curitiba variações Período de Análise - 18/07/2011 a 14/08/2011

Brasil

Variação Nominal

Variação Real**

Variação Nominal

Variação Real** (IPCA / IBGE)

PERÍODO 08 x PERÍODO 07

1,5%

1,4%

2,8%

2,7%

PERÍODO 08 x MESMO PERÍODO DE 2010

9,1%

2,3%

9,8%

2,9%

ACUMULADO 2011 versus 2010

8,6%

2,2%

8,8%

2,4%

*Números de Curitiba e Região Metropolitana com amostragem concentrada nas grandes redes. **Real – deflacionado desde janeiro de 2001 pelo IPCA do IBGE


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Importância Per - 18/07/11 a 14/08/11

Brasil

Curitiba

Brasil Variação em

Variação em

relação ao

relação ao

acumulado

período

anterior

anterior

2011x2010

08x07

Curitiba Variação em relação ao mesmo período do ano anterior 08/11x08/10

Variação em

Variação em

Variação em

relação ao

relação ao

relação ao mesmo

acumulado

período

período do ano

anterior

anterior

anterior

2011x2010

08/07

08/11x08/10

VENDAS TOTAIS

100%

100%

8,8%

2,8%

9,8%

8,6%

1,5%

9,1%

PERECIVEIS (FRESCOS)

30,7%

31,4%

7,1%

2,7%

8,6%

9,1%

3,3%

12,2%

MERCEARIA

21,7%

22,4%

8,3%

2,8%

10,5%

10,7%

2,3%

13,4%

BEBIDAS

10,0%

9,9%

9,6%

1,4%

14,6%

9,4%

1,4%

13,6%

ELETRONICOS

10,2%

11,1%

7,0%

6,0%

5,9%

5,9%

-2,3%

1,7%

PERFUMARIA

7,8%

7,4%

7,4%

3,6%

8,4%

7,2%

3,9%

7,8%

LIMPEZA

5,5%

5,8%

8,6%

4,0%

9,3%

9,9%

3,1%

9,4%

MERCADORIA GERAL

4,5%

4,1%

8,8%

6,1%

5,0%

4,7%

4,6%

0,5%

CASA

3,6%

3,7%

8,3%

6,2%

4,4%

7,8%

3,2%

0,4%

TEXTIL

3,4%

3,6%

4,7%

-11,2%

-1,8%

2,6%

-15,1%

-7,3%

OUTROS

2,4%

0,6%

83,5%

4,4%

103,0%

11,3%

7,7%

28,4%

CONSUMO LOCAL

0,2%

0,2%

8,0%

-0,7%

4,3%

16,0%

-0,7%

7,9%

*Números de Curitiba e Região Metropolitana com amostragem concentrada nas grandes redes. **Total Store – Performance Geral (fonte: dados scanning das cadeias colaboradoras com 5 ou mais checkout)


artigos

Adriane Werner é jornalista, mestre em Administração e ministra treinamentos em comunicação. Escreve neste espaço sobre comportamento profissional e é também professora da Academia Empresarial Apras.

Para que serve a Etiqueta? Cuidar do comportamento faz toda a diferença nos ambientes em que as pessoas interagem

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uita gente afirma que Etiqueta é coisa “de gente rica”, “de madame”, ou que é “uma frescura”. Infelizmente, para muita gente que só olha o lado superficial da questão, é mesmo tudo isso. Isso acontece porque muitas pessoas usam as regras da chamada etiqueta social para segregar grupos, afastar pessoas ou para diferenciar “quem tem classe” de quem, supostamente, não tem. Mas o propósito da etiqueta é exatamente o contrário dessa ideia de elitização e segregação. As regras de convívio social foram criadas para proporcionar harmonia nos ambientes em que muitas pessoas convivem, e não para que algumas menosprezem outras. A etiqueta, portanto, deve servir para aproximar as pessoas, e não para afastá-las. Pensemos em alguns exemplos práticos... Por que devemos usar o traje sugerido em um convite de casamento, 15 anos ou outra festa? Para que não destoemos do restante do grupo.

Imagine alguém de biquíni em um casamento, ou de fantasia de bruxinha em uma festa de gala... O mesmo se aplica aos ambientes profissionais, mesmo que ali as regras muitas vezes não sejam tão explícitas. Devemos ter o bom senso de saber observar e perceber o grau de formalidade do local em que vamos conviver com outras pessoas. Se o ambiente é formal, não podemos exagerar na informalidade, para não destoar. E se o clima for descontraído, não devemos ser demasiado formais, pois isso criaria uma barreira para a aproximação dos colegas. Podemos ampliar esse raciocínio para todas as áreas em que se faz necessário ter uma etiqueta, uma norma de comportamento. É o caso do comportamento adequado no uso das novas tecnologias, nas redes sociais, nas festas de confraternização, nas reuniões de trabalho e em tantas outras situações. Cuidar do comportamento é respeitar as pessoas que convivem conosco, fazendo com que nossa presença seja agradável e desejada.



*Bernt Entschev é fundador e presidente do Grupo De Bernt, colunista da Gazeta do Povo, Revista Supermix e La Nación, comentarista nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock, e autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos.

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Transparência Corporativa O caminho traçado pelas companhias atuais não nega: quanto mais os colaboradores de uma empresa têm acesso a dados estratégicos, melhor eles fazem seu trabalho. É muito comum que alguns profissionais cometam erros em seu dia a dia e grande parte desses erros ocorre por pura falta de informação. E não me refiro apenas às notícias de jornais. Falo também sobre as informações internas. O que tem de gente alienada no meio corporativo não é brincadeira. Pessoas que não enxergam a importância de saber tudo o que diz respeito à própria empresa onde trabalham. Se considerarmos a quantidade de coisas que acontecem num dia de trabalho e a variedade de informações que são geradas a partir desses acontecimentos, certamente teremos valiosos dados em mãos que podem se converter em negócios. Antes de continuar, vamos fazer uma diferenciação básica: as informações a que

me refiro são os dados estratégicos de interesse comum a todos da empresa. Não cito, de forma alguma, as fofocas de corredor. Por outro lado, convenhamos, há algumas informações que são aparentemente simples para uns, mas quando expostas numa mesa podem fazer algum sentido para outros. Já vi muitos negócios acontecerem a partir de comentários aparentemente banais. Aliás, boas ideias surgem

Transparência é algo que deve permear a cultura organizacional. Visão, missão e valores precisam ser difundidos entre os funcionários, fazendo com que cada um compre os ideais do cenário em que estão inseridos.

de situações e informações, muitas vezes, simples. É daí que vem a importância de uma comunicação fluida entre setores e unidades de negócio, de reuniões bem estruturadas e da transparência da empresa para com seus funcionários. Um exemplo clássico é o corte de custos. Quando algo vai mal, é comum que a diretoria da empresa coloque ordens de redução de custos como impressão, papéis, energia, cafezinho, e por aí vai uma infinidade de outras coisas. A desculpa é sempre a mesma: as coisas não vão bem e, por isso, precisaremos que todos se comprometam em ajudar com os cortes de custos. Porém, dizer que as coisas não vão bem pode soar vago para muita gente. Já diferente é quando a empresa ao invés de deixar no ar o quão mal vai a coisa, mostra em números a real situação da organização. Mostrando o cenário da companhia é mais fácil conseguir que os funcionários entendam as necessidades de corte que a empresa tem. Transparência é algo que deve permear a cultura organizacional. Visão, missão e valores precisam ser difundidos entre os funcionários, fazendo com que cada um compre os ideais do cenário em que estão inseridos. De nada adianta, por exemplo, a


empresa querer exigir que seus funcionários vistam-se ou comportem-se de tal maneira sem que seja dito a eles como se vestir ou se comportar. As regras devem ser colocadas na mesa para que todos saibam exatamente onde estão pisando. Regras veladas são ruins, pois não fica claro para ninguém o que pode e o que não pode. Quando o funcionário entende claramente aonde a empresa quer chegar (visão), de que forma chegarão (missão) e os valores que o sustentarão para seguir adiante, fica infinitamente mais fácil conseguir que a equipe trabalhe de forma homogênea, atendendo as expectativas da organização. É por isso, inclusive, que muitas empresas abrem seus números a seus funcionários. Para que eles entendam o momento pelo qual a empresa passa e, com isso, saibam até onde podem ir ou esperar da companhia. Costumo dizer a meus funcionários que meu computador está à disposição de todos na empresa, pois não tenho nada a esconder de ninguém. Procuro ser o mais transparente possível com todos eles, pois acredito que esse é o melhor caminho. Afinal, existe coisa pior que profissional que não sabe nem mesmo como são realizados os serviços que a empresa oferece ou, até mesmo, para que servem seus produtos vendidos? Não existe essa de “eu sou da área operacional, não preciso entender das finanças da companhia” ou “sou do TI, não preciso saber como o marketing tem posicionado a marca diante do mercado”. Nada disso! Todas as áreas precisam conversar entre si e se complementarem. Caso contrário, dificilmente a empresa obterá êxito. E do que são feitas as empresas? De pessoas, ora! Se a empresa não progride, seus funcionários também permanecem estagnados. O ideal é pensar sistematicamente. Os profissionais que já entenderam a importância disso alcançam cada vez mais seus lugares de destaques nas organizações.


artigos

Fernanda Lara é psicóloga, com pós-graduação em Administração e Gestão de Pessoas pela UFPR; é também pós-graduanda em Gestão e Liderança Educacional pela FAE – Centro Universitário. Atualmente, é coordenadora de treinamentos da Academia Empresarial Apras.

Liderança com Inteligência Emocional, você faz uso? O que é inteligência emocional? Afinal, não recordamos de ter aprendido sobre o assunto ou então, nem aprendemos. O psicólogo Daniel Goleman foi quem deu origem a esse termo em 1994, descrito como “capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e dos outros, de motivar a nós mesmos e gerenciar bem as emoções dentro de nós e de nossos relacionamentos”. Muitas pessoas, ao adentrarem numa organização, desejam construir sua carreira para assumir cargos estratégicos de liderança na empresa. Conquistada a tão sonhada promoção, pensam: “Tenho novas responsabilidades e poder de decisão”. Porém, saímos do ambiente acadêmico pensando que liderar pessoas é um processo simples. Na prática, não é. Sabemos da escassez de mão de obra no Brasil, a falta de líderes no mercado de trabalho com formação acadêmica e experiência profissional; logo, se faz necessário que a organização tome uma decisão imediata de promover um funcionário para assumir a gestão. A princípio, essa decisão é sensata, pois conscientiza e cativa os funcionários que existe a possibilidade de crescer na organização. Mas o problema continua: promovem um novo líder e esquecem de prepará-lo e desenvolvê-lo para assumir

a função. Este novo líder é, literalmente, “jogado na fogueira”, tendo que buscar resultados financeiros e soluções para organização. Com alegria, pode ser que este colaborador seja bem sucedido, aprenda com os erros e até faça uma gestão boa. Entretanto, sua trajetória será desgastante e sem suporte da empresa. Ou, com um final mais triste, sua imagem como um excelente profissional técnico pode ser “queimada”, afinal tanto o novo líder como a organização não desenvolveram competências necessárias para que ele pudesse assumir a sua nova função, e o mesmo pode acabar sendo desligado da empresa. Pensando nas dificuldades dos novos líderes e nos gestores que atuam há mais tempo e também não tiveram preparo para assumir tal responsabilidade, podemos dizer que liderança atrelada à inteligência emocional ajuda muito. Mas como? A liderança constituída de inteligência emocional pode propiciar um bom clima de trabalho e, consequentemente, maior satisfação dos funcionários, maior produtividade e lucratividade para a organização. A percepção é excelente ferramenta para o líder observar as emoções que surgem no contexto e nas pessoas que fazem parte da organização, e fornece informações valiosas. Desta forma, tornam-se dados importantes para a tomada de


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decisões de acordo com os objetivos organizacionais.

conceitos de liderança, e sermos formados líderes!

Compreende-se que o líder é chave-mestra, sendo responsável por influenciar pessoas a atingir metas organizacionais. Para entender melhor, vamos saber como fazer o uso da inteligência emocional atrelada à liderança, utilizando: Autoconsciência e Autogestão com autodomínio, transparência, capacidade de iniciativa, realização e otimismo; Consciência Social caracterizada por empatia, espírito de serviço, consciência organizacional; Habilidade Social, que é a liderança com influência, capacidade de desenvolver os outros, catalizador de mudança, gestão de conflitos, o espírito de equipe. Estes três domínios da

O sucesso da nossa empresa depende do uso da nossa inteligência emocional!

inteligência emocional são os ingredientes básicos para uma liderança eficaz. É necessário que o líder nunca se esqueça disto, pois não é possível trabalhar de forma igual com todos os colaboradores, mas entendê-los de acordo com suas singularidades e de forma justa com os demais. Ainda, vamos lembrar que com humildade, ética e vontade de aprender sempre, podemos praticar habitualmente os

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A percepção é excelente ferramenta para o líder observar as emoções que surgem no contexto e nas pessoas que fazem parte da organização, e fornece informações valiosas.


suporte jurídico

Apras pede dois anos para adequação à lei sobre preços por unidade de medida Supermercados também sugerem regras mais claras para a legislação sobre o tema A diretoria da Associação Paranaense de Supermercados (Apras) apresentou minuta de decreto ao Governo do Estado sugerindo dois anos de prazo para que os supermercados e o comércio de autosserviço tenham tempo de se adequar à exigência legal de que fixem o “preço por unidade de medida” nas etiquetas dos produtos. A Apras também propôs a adoção de regras mais claras a respeito do tema, evitando confusões e prejuízos tanto às empresas quanto aos consumidores. Como a Lei Estadual nº 16.723, publicada no Diário Oficial do Estado em 23 de dezembro de 2010, ainda depende de regulamentação, os supermercados poderiam aguardar para tomar quaisquer providências. Entretanto, uma parte das lojas já está trabalhando para implantá-la. A Lei Municipal de Curitiba nº 13.590 foi promulgada pelo presidente da Câmara Municipal, João Claudio Derosso, em 9 de setembro de 2010. O problema é que os supermercados não tiveram tempo suficiente para se adequar à legislação. É um processo bem diferente do que ocorreu no Estado do Rio de Janeiro, onde um Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo Ministério Público Estadual garantiu às empresas dois anos de prazo para se enquadrar à lei. Já em Santa Catarina, a lei foi aprovada no final de 2009, mas os

supermercados ganharam ma prazo até o último dia 12 de julho de 2011 para se adequar às normas. Para o presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta, as empresas precisam de mais tempo porque a adequação à lei é um processo complexo, que exige a mudança de cultura dos cidadãos e a adoção de critérios claros para que a legislação seja cumprida. É o que deve fazer a regulamentação, pois somente no Paraná, alguns critérios de apresentação do preço por unidade de medida estão sendo contestados e fiscalizados. Mais uma vez, os supermercados estão pagando pelo pioneirismo, pois mesmo que a legislação se estenda a outros setores do comércio de autosserviço, ainda não se notou nenhuma iniciativa por parte deles. “A lei exige uma mudança do padrão de conduta das pessoas, que não estão acostumadas a comparar os preços desta forma. E não é fácil operacionalizá-la. As grandes redes de supermercados já estão fazendo isto usando critérios usados em outros estados, mesmo que ainda com alguns erros operacionais, porém os pequenos ainda nem sabem por onde começar”, explica.

Regras claras Um dos problemas que mais preocupa os empresários é a inexistência de regras claras nas leis. De acordo com a legislação, os preços a serem fixados nas etiquetas devem



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tomar como base três unidades de medida: quilo, litro e metro, sendo esta também a interpretação do órgão de proteção ao consumidor (PROCON). No entanto, de acordo com o superintendente da Apras, Valmor Rovaris, “as leis também falam em ‘outra unidade de medida’, conforme o caso, mas não dizem quais são estas unidades. Não há uniformidade em relação à interpretação da norma”, pondera Rovaris. Ele cita um exemplo para mostrar a confusão que está sendo criada por causa de diferentes interpretações: um pacote contendo quatro rolos de papel higiênico com 60 metros cada um, no total de 240 metros, custa 3,03 reais. Isto significa que cada metro custa R$ 0,012625. Mas, existem dúvidas e dificuldades operacionais em utilizar tantas casas decimais, até para entendimento de consumidores menos esclarecidos. O padrão de preços orienta os empresários a só usar duas casas decimais depois da vírgula nas etiquetas dos produtos. “Situações de arredondamento de casas decimais estão sendo tratadas como erro de informação. É um fato com o qual não podermos concordar”. A Lei também não estabelece regras claras a respeito de produtos vendidos com unidades de medidas diferentes como, por exemplo, o creme dental – comercializado em gramas e em mililitros. Por isso, na minuta de decreto enviada ao Governo, a Apras sugeriu que os fornecedores elejam o parâmetro a ser utilizado em cada produto, desde que seja possível proporcionar ao consumidor a comparação entre produtos iguais ou semelhantes, contudo dispares em peso, medida e volume.

Mais uma dificuldade encontrada no momento de interpretar a Lei diz respeito às demais unidades de medidas que podem ser encontradas nas gôndolas dos supermercados. O TAC original, assinado no Rio de Janeiro, contempla a possibilidade de o comerciante utilizar, além das unidades de medidas básicas, seus múltiplos e submúltiplos. Tanto a Lei Estadual, baseada na legislação catarinense, que também permite o uso de unidades que não as básicas, quanto a Lei Municipal deixam dúvidas em relação à interpretação. Segundo o artigo 1º da Lei Municipal, um frasco de esmalte (8ml), cujo conteúdo é medido em volume, precisa trazer a comparação de seu preço por unidade de medida em litro. Fazendo as contas, um esmalte que custa 3,39 reais pode equivaler R$ 423, 75 o litro. Padrões de comparação nem sempre fazem parte da percepção de preço do consumidor mas podem, inclusive, interferir no poder de compra. Para resolver este problema, basta que seja considerada a própria Lei, que traz no inciso §2º a seguinte descrição: “Excepcionalmente, caso a hipótese singular o aconselhe, o comerciante poderá fornecer a informação com a utilização de referência diversa daquela exposta nos incisos do caput do artigo 1° com a finalidade que se torne mais hábil a proporcionar ao consumidor a comparação entre produtos iguais ou semelhantes, contudo díspares no peso, medida e volume”, ou seja, nada impede os empresários de fazerem comparações entre gramas, centímetros ou mililitros.

Lei 16.723 de 23 de dezembro de 2010 Art. 1°. Os supermercados, hipermercados, autosserviços e mercearias, onde o consumidor tenha acesso direto ao produto, sem intervenção do comerciante, ficam obrigados a expor o preço por unidade de medida. Parágrafo único. Considera-se preço por unidade de medida, reais por quilo, litro, metro ou outra unidade conforme o caso. Art. 2°. O preço por unidade de medida deve ser exposto onde esteja registrado o valor do produto, e ocupar espaço não inferior a 50% (cinquenta por cento). Lei ordinária nº 13.590, de 9 de setembro de 2010 Art. 1°. Os mercados, panificadoras, farmácias, açougues e similares farão constar no preço de cada produto ofertado, a informação do valor equivalente da mercadoria, em relação as seguintes medidas: I - 01 (um) quilo, quando a quantidade do produto for medida por massa; II - 01 (um) metro, quando a quantidade do produto for medida por comprimento; III - 01 (um) litro, quando a quantidade do produto for medida por volume;


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Advogado defende padronização O assessor jurídico da rede de supermercados Condor, Maurício França Lima, defende a padronização das medidas. Na sua avaliação, esta seria a saída para viabilizar o cumprimento da lei pelas empresas, evitar erros na fixação dos preços nas etiquetas e, ao mesmo tempo, garantir os direitos dos consumidores. “Sem a padronização, os supermercados correm o risco de cometer erros”, explica. Lima cita como exemplo deste problema os computadores pessoais. “Do jeito que a lei está, os computadores não poderão ser comercializados porque são vendidos em unidades diferentes – gigabyte, megabyte e terabyte”, avalia o advogado. Lima também lamenta o fato de as empresas não terem tido mais tempo para se adequar à lei. “No Rio de Janeiro, os supermercados tiveram dois anos para se enquadrar à legislação. Nós respeitamos o Código de Defesa do Consumidor e as leis, mas não podemos fazer estas mudanças de uma hora para outra, inclusive porque não podemos cometer erros”, explica o assessor jurídico do Condor. O advogado também defende a adoção de um trabalho de esclarecimento do consumidor a respeito da existência da lei. “Do contrário, a legislação se tornará inócua. Nós afirmamos isso com base na experiência do Rio de Janeiro, onde nem os consumidores da classe A costumam comparar os preços dos produtos. Se nem as pessoas

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da classe A fazem isso, imagine os consumidores menos esclarecidos”, diz.

Leis não detalham medidas A legislação pertinente ao tema – a Lei Estadual nº 16.723/2010 e a Lei Municipal de Curitiba nº 13.590 – estabelecem a obrigação de os supermercados fixarem os preços nas etiquetas por unidade de medida, mas não detalham volumes menores diferentes do litro, do metro e da grama. Leia abaixo, em destaque, os principais pontos das leis.

IV - 01 (um) metro quadrado, quando a quantidade do produto for medida por área; V - 01 (uma) unidade, quando a quantidade do produto não for medida em nenhuma das grandezas acima. § 1°. A obrigação do caput deve se dar em relação a todos os produtos ofertados, com exceção dos têxteis, eletro-eletrônicos e auto-peças. § 2°. Excepcionalmente, caso a hipótese singular o aconselhe, o comerciante poderá fornecer a informação com a utilização de referência diversa daquela exposta nos incisos do caput do artigo 1° com a finalidade que se torne mais hábil a proporcionar ao consumidor a comparação entre produtos iguais ou semelhantes, contudo díspares no peso, medida e volume. § 3°. A informação referida no caput deste artigo deve aparecer na etiqueta fixada no produto ou na gôndola, no tamanho correspondente a 50% do preço do produto, logo abaixo deste. § 4°. Quando o produto for ofertado nas quantidades expostas nos incisos do caput, a informação não precisará aparecer. Art. 3°. Os mercados, panificadoras, farmácias, açougues e similares têm o prazo de 120 (cento e vinte) dias para adequar-se a presente Lei, a contar de sua publicação.


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Nesta edição: Comunicação Visual I: Básico Cartazista. Veja como a educação corporativa pode ajudar sua loja a aplicá-lo ou melhorá-lo.

Isto acontece na sua loja? Funcionários que: • Elaboram cartazes (de vendas ou informações gerais) com baixa qualidade; • Desconhecem as normas sobre exposição de cartazes; • Têm dúvidas sobre o tipo de papel, cor ideal, tamanho de letra e texto; • Sabem produzir cartazes, mas ainda não têm padrão; • Não sabem elaborar cartazes.

Como a Academia Empresarial Apras pode te ajudar Formação Específica - Comunicação Visual I: Básico Cartazista Entre os diversos cursos que a Academia Empresarial Apras oferece nas diversas linhas (Formação Básica, Formação Específica, Gestão e Alta Gestão) está o de Comunicação Visual I: Básico Cartazista. O curso tem o objetivo de formar colaboradores para trabalhar com comunicação visual básica, dentro e fora do supermercado, focando o marketing do negócio. É ministrado em oito horas. Público: Colaboradores e comunidade. Conteúdo Programático: • Conhecimento de leis de exposição de cartazes; • Diagramação de texto; • Conhecimento técnico do material utilizado (papéis, tintas, entre outros); • Confecção de cartazes básicos; • Confecção de cartazes sazonais e de eventos de loja.

Mais informações: telefone (41) 3263-7000. andrea@academiaapras.com.br www.academiaapras.com.br


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Oficina do Conhecimento estréia na Supernorte em Londrina Uma nova iniciativa da Academia Empresarial Apras foi lançada em julho durante a 9ª Feira e Convenção Regional de Supermercados, em Londrina. O objetivo é tratar de forma rápida e dinâmica temas técnicos do varejo, com profissionais que possam agregar ainda mais conhecimento aos participantes.

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Supermeeting: Perdas e Lucratividade 2011 No último dia 17 de agosto, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) transmitiu ao vivo para as Associações Estaduais o Supermeeting: Perdas e Lucratividade 2011. No palco foram apresentadas as grandes preocupações do setor, o índice das perdas e lucratividade nos supermercados abordados por meio de uma peça teatral. Assuntos como quebras operacionais, furtos interno e externo e controle administrativo foram apresentados de forma lúdica e via satélite. A Associação Paranaense de Supermercados (Apras) contou com a presença de aproximadamente 25 pessoas no evento.

SPED Fiscal Para tratar de Sistema de Escrituração Digital, os participantes contaram com a presença do professor e empresário Viniccius Feriato, sócio-proprietário da Controlsul Consultoria Empresarial, e do profissional Volnei Alves Galvagni, da RP Informática. Foi realizado no dia 19 de julho às 19h00 e contou com a participação de aproximadamente 100 pessoas, entre elas proprietários, contadores, compradores e demais interessados.

Gestão de Pessoas Para falar sobre Gestão de Pessoas, os participantes contaram com a presença da professora Cristiane Carvalho Pasquinelli, diretora da Dinamica Corporis Consultoria, empresa que desenvolve treinamentos nas áreas de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas, Atendimento e Vendas, Relacionamento, Endomarketing e Comunicação há quase dez anos. Também foi realizado no dia 19 de julho, às 18h00, e contou com a participação de aproximadamente 40 pessoas, entre elas proprietários, gerentes e gestores do setor de Recursos Humanos no varejo e Indústria. A professora Cristiane deu oportunidade para que os gestores presentes trocassem idéias sobre diversas estratégias de como têm conseguido reter os colaboradores.

GESTÃO Formação Gerencial no Varejo A Apras, por meio de sua regional em Ponta Grossa, realizou o encerramento do curso de Formação Gerencial no Varejo - turma 31, com um grupo de aproximadamente 20 alunos. Eles tiveram a oportunidade de assistir as aulas com grandes professores do setor de supermercado e varejo. Uma turma que contou com alunos de alguns municípios próximos como Irati, Castro, Palmeira, Imbituva, Guamiranga, Prudentópolis e Ponta Grossa.


ACADEMIA EMPRESARIAL APRAS Gestão de Recursos Humanos e Departamento Pessoal

Novas turmas com início no mês de setembro nas regionais de Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Curitiba.

A Academia Empresarial Apras, por meio de sua regional em Londrina, concluiu mais um curso de Gestão de Recursos Humanos e Departamento Pessoal, que teve inicio no dia 13 de maio com mais de 10 alunos. O curso foi ministrado pelo professor Douglas Camilo e teve o objetivo de proporcionar aos participantes conhecimentos teóricos e práticos necessários para o desempenho de rotinas trabalhistas, previdenciárias e de admissão, demissão, permanência, envolvendo a participação dos líderes de loja. Nova turma com início no mês de setembro em Curitiba.

Gestão da Informação (TI) Foi lançado um novo curso na Academia Empresarial Apras: Gestão da Informação. O curso visa preparar os profissionais na organização interna das empresas, no controle de produtos desde o momento de compra, entrada em loja, estoque, venda e saída final do produto, levando em conta a tecnologia da informação interna. Um trabalho que está sendo feito para auxiliar as empresas no funcionamento do SPED Fiscal. O curso vai trabalhar com módulos nas áreas: econômica, fiscal, gestão e controle operacional, contabilidade e controladoria, classificação de produtos e precificação, e centro de processamento de dados (CPD). A primeira turma teve início no dia 12 de julho, com o professor Maurício Bendixen, que ministrou a aula introdutória. A turma demonstrou muito interesse e tem feito grandes elogios, dizendo que o curso tem auxiliado na operacionalização do SPED Fiscal, tirando dúvidas sobre o funcionamento deste programa. Novas turmas terão início em setembro por todo o Estado. Novas turmas com início no mês de setembro nas regionais de Ponta Grossa, Cascavel, Londrina e Maringá.

Gestão Técnico-Operacional de Loja A Academia Empresarial Apras está com as inscrições abertas para o curso de Gestão Técnico-operacional de Loja. Este curso tem como objetivo desenvolver funcionários que já atuam nas lojas, formando-os técnica e operacionalmente para tornarem-se encarregados e líderes de setor. No conteúdo programático constam matérias como Visão Econômica do Varejo, Gestão Operacional, Gestão Comercial, Gestão Administrativo-financeiro, Gestão de Perecíveis, Gestão de Frente de Caixa e Gestão de Pessoas. Faça sua inscrição na regional mais próxima!

FORMAÇÃO ESPECÍFICA

Comunicação Visual I: Básico de Cartazista O curso de formação de Cartazistas é um sucesso na Academia Empresarial Apras em todo o Estado. Mais cinco


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turmas foram formadas no mês de agosto. O professor Anselmo dos Santos ministrou o curso de Comunicação Visual I: Básico em Cartazista nas cidades de Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina e Curitiba. Os alunos aprenderam as técnicas de cartazeamento utilizando materiais dos parceiros Tintas Metiq, Casa do Cartazista e Gráfica Lizotti.

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Perecíveis I: Básico de Carnes (08h/aula) A regional de Cascavel formou mais duas turmas no curso de Perecíveis I: Básico em Carnes. Um curso ministrado pelo professor Rodrigo Bertol (médico veterinário, líder da fiscalização em supermercados de Pato Branco e multiplicador da ENS). As aulas aconteceram na sede da Apras em Cascavel com a presença de 23 alunos, e também na cidade de Foz do Iguaçu com sete participantes. Os alunos conquistaram uma visão melhor sobre os cuidados com o setor de carnes e receberam grandes dicas nos cuidados e aumento das vendas.

Básico de Padaria e Confeitaria As sedes da Apras em Curitiba e Londrina estão promovendo os cursos de Padaria e Confeitaria com início no mês de setembro. Em Londrina, a regional recebe grande apoio do Laboratório de Padaria Tia Ofélia, situado na própria sede com estrutura completa para o curso. Informe-se sobre as datas e inscrições com a equipe da Academia Empresarial Apras. Para colaboradores do setor de padaria, confeitaria, comunidade e interessados que não conhecem o setor. Novas turmas com início no mês de setembro nas cidades de Curitiba e Londrina.


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SOB MEDIDA Empresas varejistas estão buscando o trabalho da Academia Empresarial Apras e pedindo para que sejam trabalhadas as aulas dos cursos in company. É uma nova modalidade que tem como objetivo proporcionar um trabalho mais dirigido e atendendo as particularidades do empresário com datas, horários e locais programados, disponibilizando seus profissionais em momento e tempo adequado à sua disponibilidade. A Central de Distribuição Superama da cidade de Céu Azul (regional Cascavel) programou três cursos no mês de julho com a Academia Empresarial Apras para os seus associados. Participaram em torno de 18 pessoas entre

A Casa China é mais um exemplo de empresa que investe nos funcionários. No mês de agosto realizaram o curso de Vendas II: Layout de Loja que foi ministrado pelo professor Ticiano Raphael Mattos. Ele trabalhou na prática o layout da loja com 20 alunos. Parabéns às empresas que investem em educação profissional. Procure a equipe da Apras para pedir uma proposta de curso. Nós iremos visitá-lo e focar os trabalhos de acordo com a sua necessidade. Um trabalho que poderá ser realizado na sua cidade e dentro da sua loja.

COMITÊS Segurança é discutida em Cascavel O Comitê de Segurança da Apras levou para Cascavel, através do diretor de segurança da Apras Cel. Luiz Alberto Leão, o primeiro encontro do Comitê de Segurança cujo objetivo é “discutir com os empresários, responsáveis pela gestão de segurança de loja e gestão de desperdícios e perdas, as dificuldades e os problemas de grande relevância no setor de segurança nos supermercados”. A regional Cascavel recebeu 26 participantes no dia 21 de julho com a palestra: “A Falta de Segurança nos Supermercados”, ministrada pelo Capitão Wagner Blum, do 6º Batalhão da Polícia Militar de Cascavel. O capitão levou sugestões do próprio batalhão e da experiência que tem em supermercado para auxiliar na segurança dos supermercados ali representados.

empresários e líderes nos três diferentes cursos: Gestão e Controle Operacional com o professor Christian Nogarotto; Gestão do Líder no Varejo com a professora Cristiane Carvalho Pasquinelli e também o curso de Gestão do Custo Operacional de Loja com o professor Alberi Daubermann.


VII Workshop de Recursos Humanos A sede da Apras em Curitiba organizou seu VII Workshop de Recursos Humanos com o auxílio do Comitê de RH. O encontro abordou o tema “Proteção para os colaboradores: Porque investir?”. Os convidados falaram sobre o cenário nacional de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, casos de acidentes de trabalho em supermercados, legislação aplicável e fator acidentário previdenciário. A Apras agradece aos convidados Dr. Marcelo Jorge Brandalizi (médico do trabalho), Dr. Marcelo Luiz Dreher (advogado trabalhista da rede Angeloni), Waldir de Paula Crus Junior (técnico em Ergonomia) e o empresário Dórian Bachamann que nos trouxe resultados de novas pesquisas.

Parceria Academia Empresarial Apras e Faculdades do Paraná A Academia Empresarial Apras mantém parcerias com universidades em Curitiba e no resto do Paraná, a fim de proporcionar aos associados varejistas e fornecedores cursos

dirigidos, buscando atender suas necessidades básicas. Algumas parcerias já foram solidificadas e alguns cursos estão sendo lançados no decorrer do ano de 2011.

Curso Superior de Tecnologia em Gestão Comercial Universidade Positivo (Curitiba) (41) 3322-8944. Se a sua empresa, fornecedor ou supermercadista, tem interesse em patrocinar a Academia Empresarial Apras, por favor, entre em contato com o departamento comercial e informe-se sobre as modalidades de patrocínio. Em breve, a programação completa dos cursos da Academia Empresarial Apras estará disponível no site: www.academiaapras.com.br


ACONTECEU COMIGO

Pedagogos, psicólogos e educadores vivem dizendo que o ser humano aprende mais com exemplos do que com palavras. Pensando nisso, decidimos reunir aqui, na revista Supermix, histórias reais de situações de vendas que, acreditamos, podem nos ensinar muito sobre o que fazer – e o que não fazer – no relacionamento com clientes, fornecedores, colegas e chefes. Com estórias narradas por Adriane Werner, jornalista e palestrante na área de Comunicação e Relacionamento com o Cliente, a seção Aconteceu comigo é uma forma divertida de aprender com os próprios erros.

Pasme, mas o diálogo retratado acima é rigorosamente fiel ao que foi constatado dia desses, em uma loja conhecida. A vendedora não tem ainda grande experiência, está no início da carreira, mas já foi treinada para a função. No fundo, ela não quis dizer que lamentava pelo fato de ter exatamente o que a cliente estava procurando. Mas, como estava acostumada a usar a expressão “pior é que...”, deixou escapar essa resposta.

Costume de casa vai à praça

Se você também viveu ou presenciou uma história que pode ser um exemplo para outras pessoas que trabalham no varejo, compartilhe conosco! Escreva para adriane@adrianewerner.com.br

- Estou procurando uma calça jeans número 42, num modelo bem tradicional, com cós alto, sem muitos bordados ou enfeites... Você tem? - Pior é que tenho!

O exemplo é simples, mas alerta para o cuidado que devemos ter na comunicação com o cliente. Vícios de linguagem, erros de português, brincadeiras mal colocadas ou pequenas gafes, mesmo quando parecem inofensivas, podem colocar em risco o fechamento do negócio. Expressões que demonstrem descontentamento, descaso, pressa ou falta de atenção com o cliente devem ser evitadas. A relação com o cliente é muito delicada. Se não há como prever o que o agrada e o que o desagrada, é preciso tomar cuidado nos detalhes para não errar e por tudo a perder. Portanto, correr riscos com uma simples frase chega a ser inadmissível. Todos estão sujeitos a cometer uma ou outra gafe. Quem, por exemplo, nunca perguntou “pra quando é o bebê” para uma mulher que somente estava alguns quilos acima do normal? Mas, para evitar constrangimentos desse tipo, que são especialmente horríveis quando o assunto é venda, devemos pensar duas vezes antes de agir por impulso. Às vezes, o melhor comentário é um simples sorrisinho simpático, ou uma resposta simples e mais neutra. Para a pergunta da cliente citada no comecinho deste artigo, bastava que a vendedora sorrisse e dissesse: “Tenho, sim.” Ou, melhor ainda: “Tenho exatamente a calça que a senhora está procurando!”. Há um provérbio indiano do qual gosto muito e que cai bem para esta situação: “Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que o silêncio”.



EVENTOS

Cascavel vai sediar mais uma edição da feira voltada a supermercados O evento vai reunir indústria e varejo para a promoção de negócios na região Uma economia impulsionada pelo notável crescimento do poder aquisitivo dos habitantes da região. Aos poucos, o oeste do Paraná vem mostrando sua potência e importância, com um novo perfil de consumidores, mais jovem e sofisticado. Diante destes fatores, o varejo supermercadista tem percebido que fazer as mesmas coisas já não traz bons resultados. Neste cenário de desafios, a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) promove anualmente a Feira e Convenção Regional de Supermercados, conhecida também como Superoeste. Nos dias 19 e 20 de setembro, empresas do oeste do Paraná e de todos os cantos do Brasil deverão apresentar aos empresários supermercadistas da região seus mais inovadores lançamentos em produtos e serviços para o varejo. Uma oportunidade única para reunir a cadeia que abastece as lojas de supermercados e fazer bons negócios. Para o presidente regional da Apras, Luciano Fabian, a feira, que este ano será realizada em apenas dois dias, deverá ser muito movimentada. “A cada feira, a geração de negócios supera as expectativas de anos anteriores”, afirma. Fabian acredita que isto se deve ao crescimento desenfreado, mas satisfatório da região, que tem atraído muitas empresas que visam investir no Oeste, com a instalação de lojas de supermercados,

“Mesmo que não possam comparecer nas demais feiras estaduais, procuramos levar aos empresários as melhores condições apresentadas nestes eventos. Iniciam-se parcerias e se fortalecem laços que podem fazer diferença para os consumidores”.


atacados e ainda, os atacarejos. “O que eles percebem é que a procura está cada vez maior. Além disso, o cliente busca muito mais do que somente preço, fazendo com que muitos apostem em diferenciais”, completa. Esta edição da feira tem uma motivação ainda mais especial: em 2011, a Apras está completando 40 anos de atuação na defesa do setor. Com 100% do pavilhão ocupado há algumas edições, a promotora do evento acredita que neste ano o número de visitantes pode chegar a oito mil pessoas. A expectativa de negócios se mantém na ordem de R$ 60 milhões, com o encontro da indústria, além de atacadistas, distribuidores e supermercadistas. Segundo o diretor comercial da Apras, Walde Renato Prochmann, a entidade está concentrada em qualificar cada vez mais o evento, com pessoas que tenham realmente influencia para assinar contratos e fechar negócios. “Queremos um público seleto para comercializar produtos aqui na feira mesmo”, diz. Para o presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta, as feiras regionais são oportunidades que o empresário local não pode perder. “Mesmo que não possam comparecer nas demais feiras estaduais, procuramos levar aos empresários as melhores condições apresentadas nestes eventos. Iniciam-se parcerias e se fortalecem laços que podem fazer diferença para os consumidores”, afirma. Além da exposição, a programação da convenção traz uma palestra com o escritor e consultor Eduardo Shinyashiki. Com o tema “Estratégias vencedoras”, o palestrante vai falar sobre atitudes e ações que transformam os desafios em conquistas, com o objetivo de desenvolver nos participantes as atitudes que elevem a autoconfiança, ampliando a capacidade de liderança e a motivação de superar os obstáculos e transformá-los em oportunidades que tragam resultados eficientes. A novidade – lançada no mês de julho na feira em Londrina – fica por conta da Oficina do Conhecimento, uma iniciativa da Academia Empresarial Apras que aborda de forma rápida e prática assuntos que são recorrentes no setor supermercadista como o SPED Fiscal e a Gestão de Pessoas. Para encerrar as atividades do evento, o projeto de responsabilidade social da entidade, também chamado de Apras Mulher, vai arrecadar junto com os voluntários, os produtos das vitrines dos expositores que deverão ser doadas a duas instituições beneficentes da região.


ESPAÇO APRAS

Confira a cobertura de mais um jantar Espaço do Fornecedor A Logus – empresa especializada no desenvolvimento de softwares exclusivos para supermercados e associações de compra – foi a patrocinadora do jantar Espaço do Fornecedor do mês de agosto. Aliando capital humano com tecnologia Logus, a Amorim tem oferecido consultoria em varejo, com uma gestão de processos altamente eficaz que gera organização, controle e aumento significativo da rentabilidade para os negócios. Presente em 10 estados brasileiros, o sistema Logus é preparado para atender empresas de pequeno, médio e grande porte. Sobre o jantar O jantar Espaço do Fornecedor é uma iniciativa da Associação Paranaense de Supermercados (Apras) e tem como objetivo promover a integração de associados supermercadistas e a indústria. Com a aquisição de uma cota de patrocínio, a empresa tem uma oportunidade única e exclusiva para apresentar seus produtos, inovações ou serviços.

Regional Londrina promove jantar oriental Com muito yakisoba no cardápio, a Apras, por meio de sua regional em Londrina, organizou no mês de julho um jantar oriental no salão de festas da Paróquia Nossa Senhora Rainha do Universo, no Parque Alvorada. O jantar contou com a presença de 300 pessoas e patrocínio da Nissin Ajinomoto Alimentos, Sorvetes Geloni, Casa di Conti, Café Itamaraty e Frimesa.



Lançamentos Kleenex lança novos lenços na linha Aromaterapia A Kleenex apresenta novos produtos com benefícios múltiplos. A linha Aromaterapia, tem agora em duas versões: Aromas Milenares proporciona sensação de bem-estar e relaxamento inspirada em ervas orientais; e Jardins Místicos com a sensação de equilíbrio e tranqüilidade. A embalagem traz uma novidade: um sistema para identificar os aromas mesmo com a caixa fechada.

Rexona Men lança a proteção dos super-heróis Para oferecer aos homens a performance antitranspirante necessária aos super-heróis, Rexona Men lança Superhero, representado por quem realmente entende de esforço físico e transpiração. A embalagem tem cores azul, vermelha e branca, com layout que remete ao uniforme de super-heróis. Com uma fórmula que entrega máxima proteção por ser testado sob condições extremas, pode ser encontrado nas versões aerosol e roll-on.

Fleischmann amplia sua linha e lança produto em sabor chocolate O Creme Tipo Chantilly Sabor Chocolate é mais uma opção inovadora, prática e saudável ao consumidor dos produtos Fleischmann. Apresentada em embalagens assépticas tipo “longa vida” de 200ml, a nova versão é livre de colesterol, gordura trans e lactose. O novo produto é recomendado para “quituteiras”, pois garante facilidade na hora de preparar qualquer receita.

Danone reforça iniciativas sustentáveis com adoção do plástico verde Líder de mercado na categoria de produtos lácteos frescos, a Danone aposta no plástico verde como mais uma inovação que deve contribuir com o cumprimento de seu sólido compromisso com o desenvolvimento sustentável. O produto Activia 150g chega às gôndolas do Brasil em embalagens desenvolvidas a partir do Polietileno Verde I’m greenTM, um bioplástico derivado da cana-de-açúcar com certificação ambiental internacional.


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Revista SUPERMIX

Surf lança linha de detergente em pó com novas fragrâncias No Brasil, 60% das donas de casa gostariam que o perfume do sabão em pó durasse mais tempo nas roupas. Essa constatação resultou na reformulação de toda a linha da marca Surf. O produto, que acaba de chegar às prateleiras, passa a oferecer fragrâncias que duram o dia inteiro nas roupas. São três variantes com aromas inspirados nos perfumes da natureza e uma fórmula inovadora que traz óleos essenciais extraídos de fontes naturais.

Dove Men + Care lança antitranspirante O novo antitranspirante foi desenvolvido para homens reais, que buscam proteção ao longo do dia e cuidado com a pele. Energy Dry oferece um toque seco, proteção total contra a transpiração por 48 horas devido a ingredientes antitranspirantes altamente eficientes, além do creme hidratante característico dos produtos da marca. O novo antitranspirante também traz uma fragrância mais exótica que o resto da linha.

Nestlé Health Science lança produto desenvolvido para população idosa A Nestlé Health Science apresenta ao mercado brasileiro o Nutren Senior, suplemento alimentar pronto para beber, desenvolvido especialmente para suprir as necessidades nutricionais únicas dos idosos. O lançamento vem atender a crescente demanda por produtos e serviços que contribuam para a saúde e bem-estar da população nesta faixa etária.

Seda lança Spray para Pentear com textura leve e aplicador profissional Para facilitar a vida de quem tem pressa, mas não abre mão de se sentir confiante, Seda completa seu portfólio com o lançamento da linha de Spray para Pentear. Chega ao mercado com quatro variantes que além de deixar o cabelo fácil de desembaraçar, possui fórmula leve que hidrata o cabelo. O aplicador profissional garante uma ampla micro-vaporização do produto em todo o cabelo e rápida absorção.


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