palavra do presidente Caro leitor, É com muito orgulho e satisfação que me despeço nesta edição da Revista Supermix, última da minha gestão como presidente da Apras – Associação Paranaense de Supermercados. Foram três anos de muito esforço e conquista para fazer da Associação uma forte entidade representante do setor supermercadista no Paraná e, também no Brasil. Tenho certeza que cumpri com os objetivos. E, prova disso, é o fato de nossa entidade ser apontada, hoje, como exemplo de gestão pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Procurei desenvolver em nossos associados o espírito de associativismo, fazendo com que todos constantemente aprimorassem suas relações, de maneira a fortalecer o nosso setor. E conseguimos. Após esses anos frente à entidade, posso ter a certeza que o trabalho foi concluído com êxito. Nosso setor nunca esteve tão bem posicionado frente aos demais Estados como agora e, tenho a certeza, que esse trabalho continuará tendo excelentes resultados, pois sua base está sólida. Também durante esse período, a nossa Academia Empresarial Apras tomou corpo, passando por uma reformulação, desde o nome, antes chamada de Iespar (Instituto Escola Paranaense de Supermercados) até a readequação da marca e planos para os associados. O que a faz ser, também, referência em educação profissionalizante e base para diversas instituições que desenvolvem semelhante trabalho, em outros segmentos. Chegando a formar mais de 3 mil alunos em diversos cursos, como básico, específicos de gestão e alta gestão. A Mercosuper 2012 – “O Varejo Olhando para o Futuro”, chega mais uma vez com grandes oportunidades para excelentes negócios. Nossa meta é receber mais de 50 mil visitantes nos três dias de feira. Projetamos um crescimento de 5% em relação ao evento do ano passado e, hoje, já ocupamos aproximadamente 26.000m² do pavilhão Expotrade. Será o momento em que os mais de 280 expositores do setor supermercadista e fornecedores deverão realizar negócios que podem somar R$ 600 milhões. É o que chamo de excelente oportunidade para os pequenos e médios empresários negociarem preços que vão beneficiar o consumidor final. Espero ter contribuído integralmente com a Apras durante esses três anos de gestão e desejo aos amigos leitores excelentes negócios em 2012. Boa leitura e ótima Mercosuper!
Pedro Joanir Zonta Presidente da Apras
sumário
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academia apras
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(66)
CARREIRA
(34)
ORGÂNICA 2012
(54)
SUPORTE JURÍDICO
(44)
espaço apras
(56)
20
ENTREVISTA Flavio Toledo da Federação das Associações comerciais e Empresariais do Paraná
24
36
matéria de capa
CALENDÁRIO
Mercosuper 2012: o varejo olhando para o futuro
Os próximos períodos que aceleram as vendas
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40
tendências
SEGURANÇA
As mudanças sociais e tecnológicas que estão alterando o perfil do consumidor
Caixas eletrônicos em supermercados: serviço ou preocupação?
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economia A era dos supermercados-shoppings
editorial DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2009/2012
Caro Leitor Chegamos ao final de mais um triênio - gestão 2009/2012 - da Apras. E, por isso, dedico esse espaço para agradecer a dedicação da nossa diretoria e do então presidente, Pedro Joanir Zonta, desempenhada nestes três anos de gestão, pois foram fundamentais para fortalecer os laços do setor e, o mais importante, fortalecer a entidade. E, mais uma vez, a força do setor paranaense foi comprovada nas pesquisas deste começo de ano. As vendas reais do setor supermercadista em fevereiro de 2012 cresceram 11,58% em relação a fevereiro de 2011, de acordo com o Índice Nacional de Vendas. E, só no Paraná, esse crescimento foi de 17%, em janeiro – considerando o desconto da inflação. Foi o maior crescimento entre todos os estados brasileiros que integram a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média nacional ficou em 7,7%. É por isso que, as expectativas para a feira Mercosuper 2012 são as melhores. Com uma tradição de mais de trinta anos, a feira tornou-se uma grande vitrine para negócios. E, nesta edição da revista, você vai poder conferir assuntos relacionados ao futuro do varejo, tema da Mercosuper. É o “Varejo Olhando para o Futuro”. Questões importantes como sustentabilidade, o novo consumidor, o vendedor do futuro e a escrituração digital fazem parte das principais abordagens do evento e da Supermix 139.
Presidente Pedro Joanir Zonta (Condor Supermercados) Primeiro Vice-Presidente Luiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.) Vice-Presidente Financeiro Daniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA) Vice-Presidente de Patrimônio João Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta) Vice-Presidente de Capacitação Mauricio Bendixen da Silva (Walmart Brasil.) Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA) Vice-Presidente Segurança Luiz Alberto Leão (Condor Supermercados) Vice-Presidente Eventos Everton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.) Vice-Presidente de Segurança Alimentar Nelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli) Vice-Presidente Relações Sindicais Ademar Vedoato (Supermercados Viscardi) Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal) Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA) Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.) Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA) Vice -Presidente Adjunto Cezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Rodolfo Pankratz Haroldo Antunes Deschk Dercio Domingos de Costa Conselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos Edson Zamprogna Claudia Maria Dalmora Presidente Regional Sul - Ponta Grossa Sergio Jasinski (Supermercado Jasinski) Presidente Regional Norte - Londrina Valdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Presidente Regional Oeste - Cascavel Luciano Fabian (Supermercado Fabian) Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco Vinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA) Presidente Regional Noroeste - Maringá Roberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci) Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho Luiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes) Presidente Regional - Irati Paulo César Ivasko (Supermercado Ivasko) Presidente Regional - Guarapuava Daniel V. Hyczy (Supermercado Superpão) Conselho Permanente Everton Muffato Pedro Joanir Zonta Ruy Senff Sidney Schnekemberg Eduardo Antonio Dalmora Romildo Ernesto Conte Roberto Demeterco Superintendente Valmor Antônio Rovaris Diretor Comercial Walde Renato Prochmann
Fique por dentro do varejo do futuro!
Seja bem-vindo e boa feira!
Karoline Tragante Coordenadora de Comunicação
Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato Diretor Comercial Walde Renato Prochmann Conselho Editorial Karoline Tragante, José Eduardo Nasser e Isabelle Rocker Departamento Comercial Khailany Cardoso e Walde Renato Prochmann Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 E-mail: supermix@apras.org.br Projeto Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico) Diagramação Samuel Rodrigues / Luís Junior Revisão Paulo Roberto Maciel Santos Fotos Alex Santos Pré-Impressão (CtP) e Impressão Maxi Gráfica e Editora Ltda. Tiragem 13.000 exemplares Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix é patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e também seu órgão oficial de divulgação. Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80045-190 Fone: (41) 3263-7000 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR supermix@apras.org.br / www.apras.org.br/supermix Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. JORNALISTA RESPONSÁVEL Karoline de Souza (DRT: 0008904/PR)
Impressão A Apras, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC ( Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Maxi Gráfica e Editora Ltda. - certificada na cadeia de custódia - FSC
NOTÍCIAS Vendas do varejo aumentam 22%, em média, após a desoneração do IPI ( Desde o decreto baixado pelo governo, em dezembro do ano passado, que desonerou o IPI de eletrodomésticos de linha branca, as vendas destes produtos no varejo aumentaram, em média, 22,63% nos últimos três meses. Os dados foram obtidos com todos os associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo). Este grande aumento de vendas de eletrodomésticos de linha branca impactou positivamente também em outras linhas de produtos, e no período de dezembro a fevereiro, as vendas de eletroeletrônicos também subiram, em média, 12,13%. A expansão da rede de atendimento do varejo, os grandes investimentos em novas lojas, equipamentos, estoques de produtos, inovação e tecnologia e a desoneração do IPI ajudaram a viabilizar a incorporação da nova classe média emergente ao mercado de consumo. O crescimento em unidades vendidas de eletrodomésticos de linha branca foi ainda maior e continua aumentando gradativamente. Em dezembro de 2011 o aumento foi de 26,11%, passando a 27,30% em janeiro e 31,84% em fevereiro, ou seja, uma média de 28,42%; decorrência direta da redução dos preços e também da política de descontos adicionais praticada pelo varejo. Com isto, as redes varejistas têm levando aos consumidores os bens que tanto aspiravam ao preço que eles têm condições de pagar. O mercado varejista estima que as vendas globais em março tenham uma alta de 6,5%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Esta é a projeção do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do IDV, que já havia previsto e, posteriormente, constatou altas de 6,5% e 7,4% nas vendas de janeiro e fevereiro, respectivamente, sendo que um dos fatores que influenciaram fortemente este crescimento foi justamente a desoneração do IPI para os eletrodomésticos de linha branca. “É fundamental que o governo mantenha essa desoneração por mais seis ou 12 meses, uma vez que este decreto deixará de vigorar após 31 de março. O IDV está justamente demonstrando junto ao governo a necessidade de que ele seja renovado”, explica o presidente do instituto, Fernando
de Castro. “Seria importantíssimo que essa medida pudesse ser estendida para outros setores de bens duráveis, que são fortes alavancadores de vendas e de atividade econômica em geral, tais como móveis, materiais de construção e artigos eletrônicos”, completa Castro. Os resultados da economia brasileira em 2011 demonstraram que o varejo faturou R$ 776 bilhões, excluindo veículos e peças automotivas, e que em 2012 trabalhará para ultrapassar a marca dos R$ 800 bilhões. Além disso, pelo oitavo ano consecutivo, as despesas de consumo das famílias brasileiras aumentaram. O crescimento deste setor foi de 4,1%, superando o do PIB, o que reforça estas expectativas do varejo. Fonte: Assessoria de Imprensa ) Vendas do varejo cresceram 17% no Paraná em janeiro ( As vendas do comércio varejista paranaense, já com o desconto da inflação, cresceram 17% em janeiro de 2012, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi o maior crescimento entre todos os estados brasileiros que integram a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média do País ficou em 7,7%. Os dados referem-se ao varejo ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção. O desempenho positivo no Paraná foi generalizado, com destaque para artigos farmacêuticos e de perfumaria (31,2%), móveis e eletrodomésticos (24,9%), artigos de uso pessoal e doméstico (22,7%), hipermercados e supermercados (21,1%), livros, jornais e revistas (20,7%) e veículos, motocicletas, partes e peças (17,4%). No acumulado dos 12 meses encerrados em janeiro, o volume comercializado pelos estabelecimentos varejistas que atuam no Paraná aumentou 9,5%, ficando acima da média nacional (6,4%) e dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nessa base de comparação, a performance positiva foi determinada por móveis e eletrodomésticos (17,7%), artigos farmacêuticos e de perfumaria (17,7%), material de construção (12,1%), veículos, motocicletas, partes e peças (11,0%) e artigos de uso pessoal e doméstico (10,0%).
Para o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o economista Gilmar Mendes Lourenço, “esse cenário virtuoso do comércio paranaense reflete a conjuntura de afrouxamento do crédito, produzida pelo Banco Central desde agosto de 2011, e a vitalidade do mercado de trabalho regional, que vem exibindo acréscimos expressivos nos níveis de ocupação e rendimentos”. Fonte: Agência Estadual de Notícias)
Condor de Castro ganha cinema de última geração ( Com um investimento de R$ 1 milhão, Castro ganha o primeiro cinema da cidade, que será inaugurado pela Cineplus, no Hipermercado Condor, nesta sexta-feira, dia 9 de março. Idealizado para ser uma nova opção de lazer e cultura para os castrenses, o cinema vai contar com duas salas de projeção, uma convencional e outra em 3D, com capacidade de atender 316 pessoas por sessão. Para oferecer mais conforto e agradar a todos os públicos, o cinema vai contar com poltronas reclináveis em couro ecológico, largas e confortáveis, além de um espaço reservado para cadeirantes com toda a praticidade e bem estar necessários. Os braços móveis das poltronas vão garantir o clima romântico típico do cinema e a proximidade dos casais. O Cineplus do Hipermercado Condor Castro vai surpreender pela relação custo benefício, em que as pessoas vão contar com um cinema top em qualidade e beleza por um preço acessível a todas as classes sociais. “Pretendemos colocar Castro no cenário nacional dos grandes lançamentos do cinema mundial”, diz o diretor geral da rede Cineplus, Milton Durski. Segundo Durski, para que todos possam usufruir desta inovação, o cinema do Condor vai oferecer ações como o projeto escola, que oferece sessões com preços diferenciados para alunos da rede escolar, além das sessões solidárias, gratuitas para as instituições beneficentes que se cadastrarem. O Condor Super Center inaugurou em novembro de 2011
NOTÍCIAS o 1º hipermercado da cidade, com um investimento de R$ 25 milhões em uma área total de 15.500 m², sendo 4 mil m² de área de vendas. “Idealizamos uma loja completa e, como o último cinema da cidade foi fechado há mais de 20 anos, decidimos presentear Castro com mais esta opção de entretenimento”, afirma o presidente do Condor, Pedro Joanir Zonta. Após a implantação do cinema, o Condor de Castro atinge o objetivo de ser um verdadeiro centro de compras e lazer para as famílias. Além do cinema, o hipermercado também conta com oito lojas de apoio, entre elas O Boticário, farmácia e praça de alimentação. Fonte: Assessoria de Imprensa )
Os interessados devem enviar o currículo para (rhpsiclond@ muffato.com.br ou seleção@muffato.com.br) e indicar a cidade de seu interesse. Com o currículo selecionado irá participar do nosso processo de seleção. Hoje temos mais de 507 vagas disponíveis, entre as 33 lojas de Varejo e duas no formato Atacado, nas unidades do Paraná e também interior de São Paulo. Venha fazer parte da família Super Muffato. Fonte: Assessoria de Imprensa )
Zaeli marca presença na 31ª Mercosuper 2012 ( Evento é um dos principais encontros do setor mercadista do Estado Paraná e deve reunir mais 50 mil empresários. A Alimentos Zaeli, uma das maiores empresas do ramos
Muffato da Madre Leônia investe no bom atendimento ( O Super Muffato da Madre Leônia Londrina , com o intuito de promover o aperfeiçoamento de seus colaboradores, deu início aos seus treinamentos internos referente ao ano de 2012. Por considerar essencial a qualidade no atendimento e assim a garantia dos melhores serviços prestados, o primeiro tema a ser abordado foi “Atendimento ao Cliente”. O curso foi realizado entre os dias 27,28 e 29 de fevereiro, onde as turmas foram divididas em vários horários para que todos os colaboradores pudessem participar. Fonte: Assessoria de Imprensa )
de alimentação do pais, participa da 31ª Mercosuper 2012 - Feira e Convenção Paranaense de Supermercado, considerada um dos maiores eventos mundiais do setor, que acontece entre os dias 16 e 18 de abril, em Curitiba (PR). Representantes da Zaeli estarão em um estande montado especialmente para receber empresários do setor de supermercados. No espaço será apresentado o mix de produtos com ênfase nos juninos como: mistura para bolo, amendoim, castanha de caju, bananinha doce, chocolate em pó, coco ralado, farofas, canjicas, farinha de milho, sagu e claro, a pipoca. Com um público estimado em 50 mil empresários e executivos do setor de supermercados do varejo
Mais de 500 vagas de empregos disponíveis no Super Muffato
paranaense, a Mercosuper é, segundo o presidente da Zaeli, Valdemir Zago, uma excelente oportunidade para geração de novos negócios e consolidação da marca. “Ampliamos a
( O Super Muffato é uma empresa referência quando se fala em contratações para o mercado de trabalho. Damos oportunidade para a terceira idade, o primeiro emprego e fazemos questão de cumprir a risca a lei de empregabilidade para o portador de necessidades especiais, ao invés dos 5% exigido pela lei, nós contratamos 7%.
oportunidade para apresentar nosso mix de produtos, que
Nesse momento, as lojas Super Muffato nas seguintes cidades: Londrina, Cambé, Ibiporã, Apucarana, Cascavel, Foz do Iguaçu, Curitiba, Maringá, Paranavaí, Campo Mourão e Presidente Prudente, estão com vagas disponíveis para diversos setores.
Zaeli.
hoje conta com mais 300, e reforçamos o relacionamento com os clientes atuais, além de permitir novas prospecções”, diz. Os visitantes da Mercosuper 2012 terão a oportunidade de conhecer, ainda, a variada linha de produtos da Alimentos da Fonte: Assessoria de Imprensa )
Revista SUPERMIX
PR quer compensar quem preserva o meio ambiente ( O governo do Paraná enviou ontem à Assembleia Legislativa um projeto de lei que garante compensação financeira a quem preservar o meio ambiente em sua propriedade. Chamada de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), a medida está prevista para casos como preservação ou recuperação de vegetação nativa e conversação de recursos hídricos. A forma como a compensação vai ser feita – se por pagamento em dinheiro ou via abatimentos fiscais – será definida 90 dias após a entrada da lei em vigor. Pela proposta, só terá direito ao benefício quem apresentar certidões negativas de débitos ambientais. No meio rural, os beneficiários deverão manter as áreas de preservação permanente e as de reserva legal conservadas e averbadas na matrícula do imóvel – ou seja, registradas em cartório e sem possibilidade de serem modificadas. Já em áreas urbanas, além de se enquadrar nas regras estabelecidas no projeto, é necessário respeitar o que determina o plano diretor de cada município. Além disso, o pagamento será suspenso se o beneficiário cometer algum crime ambiental ou desrespeitar as normas da proposta. De acordo com o texto, o valor do pagamento será baseado no tamanho do imóvel e da área de vegetação nativa conservada, na qualidade da cobertura preservada e na região do estado onde ela estiver inserida. As especificações a respeito do pagamento, porém, só serão determinadas posteriormente pela Secretaria do Meio Ambiente. O
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único ponto já definido é que os recursos sairão do Fundo Estadual do Meio Ambiente e do Fundo Estadual de Recursos Hídricos. O dinheiro de ambos os fundos também será destinado à implantação da Política Estadual sobre a Mudança do Clima (leia mais ao lado). Análise Advogado da ONG Liga Ambiental e representante da Região Sul no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), Rafael Filippin elogiou o projeto do governo do Paraná e disse que essa é uma legislação típica do século 21. Segundo ele, a medida é uma forma de investimento preventivo contra catástrofes, doenças e perda da qualidade de vida em geral. “É uma ideia importante incentivar as pessoas a conservar além do estritamente necessário. Assim como quem degrada deve pagar por isso, quem conserva merece ser recompensado. Afinal, essa pessoa está prestando um benefício a toda a sociedade”, diz Filippin. “Investir dinheiro nisso diminui o custo do Estado para tratar a água, tratar pessoas doentes pela poluição.” Filippin, porém, afirma que é fundamental beneficiar também pessoas que vivam em áreas urbanas e ajudam a amenizar os problemas ambientais das grandes cidades. “Além disso, tudo precisa ser bem planejado e com o devido controle. Do contrário, corre-se o risco de criarmos incentivos desproporcionais, em que a pessoa pare com seus investimentos produtivos e se ‘encoste’ para ser beneficiada pelo programa”, alerta. Fonte: Gazeta do Povo )
NOTÍCIAS Três mil crianças ganham festa de Páscoa ( Mais de três mil crianças da Vila Sandra, no Campo Comprido, em Curitiba, tiveram um dia de alegria na Páscoa da Cidadania, no dia 3 de março. Além de se divertirem nos brinquedos, puderam comer doces como chocolates, algodão doce, geladinho e Refrigerante Cini a vontade. O evento foi realizado na Paróquia São João Batista, que abriu as portas para a comunidade da região. A festa reuniu estudantes de 36 escolas públicas da região, que participaram de um concurso de redação e desenho, que premiou com um computador o vencedor de ambas as categorias. Fonte: Assessoria de Imprensa )
Mais de 50% dos consumidores brasileiros preferem comprar pela internet ( Os consumidores estão cada vez mais realizando compras pela internet, é o que revela o estudo Winning over the Empowered Consumers, realizados pela IBM. A pesquisa foi feita com 28 mil consumidores em 15 países (incluindo 1,8 mil brasileiros) e mostra que mais de 50% dos consumidores no Brasil preferem as compras pela internet, pois acreditam que têm mais opções de produtos e condições melhores de preços no comércio eletrônico. “Ao contrário do varejo físico, por termos um estoque centralizado, podemos oferecer uma gama de produtos muito mais extensa, atendendo a demanda de todos os tipos de consumidores”, explica Gustavo Furtado, CEO da Tricae (www.tricae.com.br) – maior loja virtual especializada em artigos para crianças de 0 a 10 anos”. O levantamento também revela que as pessoas estão mais dispostas a fornecer informações pessoais a seus grupos favoritos de varejo em busca de uma experiência mais personalizada, pois no Brasil, 55% dos consumidores estariam dispostos a fornecer dados demográficos básicos e 41% divulgariam informações sobre estilo de vida. “Por termos informações detalhadas sobre o perfil de nossos clientes, podemos fazer promoções focadas nas preferências de nossos consumidores, baseadas, por exemplo, nas compras anteriores, na região onde moram e até mesmo na idade e sexo dos filhos”, comenta Furtado. Fonte: Assessoria de Imprensa )
Varejo sugere que saco de lixo tenha tributo menor ( Supermercado deixa amanhã de dar sacolinha após 60 dias acertados com Procon Após os 60 dias dados para o consumidor se habituar ao uso de “ecobags”, os supermercados retomam amanhã o acordo que deve, finalmente, banir as sacolinhas plásticas no Estado. A novidade é que eles agora negociam a redução de ICMS no saco de lixo feito com plástico reciclável. Como os supermercados vão deixar de fornecer 5,2 bilhões de sacolas plásticas por ano no Estado, a expectativa é que aumente o consumo de sacos de lixo. As sacolinhas eram reutilizadas como lixo de pia e de banheiro. Segundo João Galassi, presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), o objetivo é incentivar o consumo e a produção de sacos de lixo feitos com plástico reciclado, que são mais caros. Hoje, a alíquota de ICMS para o saco de lixo é de 18%. O governo de São Paulo já tinha manifestado interesse de reduzir o ICMS das “ecobags”. A medida valeria, ao menos, por um período para estimular a produção e a compra das sacolas retornáveis. Fechado em fevereiro com o Procon-SP e o Ministério Público, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) deu mais 60 dias de sacolas descartáveis grátis para os consumidores “se acostumarem” a levar “ecobags” nas compras. “Foram cumpridos os objetivos do TAC”, disse Paulo Arthur Góes, diretor-executivo do Procon-SP, que descarta prorrogar de novo o prazo. Outras alternativas para estimular a compra de “ecobags” devem ser anunciadas hoje pela Apas, que representa 1.200 supermercados com 2.600 lojas no Estado. “Vamos desmistificar a ideia de que os mercados querem vender sacola retornável. Estamos batalhando para reduzir o custo”, disse Galassi. CARRINHOS No Pão de Açúcar, os carrinhos que custavam R$ 49 estão agora entre R$ 24,50 e R$ 29, e as “ecobags” de rafia desceram de R$ 2,99 para R$ 1,99. A rede diz que trabalha
NOTÍCIAS quase sem margem.
Guido Mantega.
Para Miguel Bahiense, presidente do Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), esse “não é o caminho correto”.
“O IPCA em 0,21% é muito bom. Significa que a inflação está sob controle e abre possibilidade de crescimento maior [da economia] este ano”, destacou o ministro.
“Não é adequado que o Estado abra mão da receita de arrecadação porque os supermercados querem substituir a sacolinha por saco de lixo. Pesquisa do Datafolha mostrou que mais de 80% dos consumidores reciclam suas sacolinhas, inclusive usando-as para descartar o lixo.”
No ano, a inflação oficial acumula uma taxa de 1,22%. Já a inflação acumulada em 12 meses chega a 5,24%, de acordo com o IBGE.
O que deve ocorrer em um prazo curto de tempo, segundo ele, é que haverá maior demanda por sacos de lixo e os preços serão reajustados. “Em dois ou três meses, o preço sobe, e o consumidor arca com o custo novamente. E o mercado sai ganhando, ou seja, o preço acaba sendo o mesmo que antes da isenção [caso seja concedida].” Diferentemente do acordo do setor, que não previa sanção para quem boicotasse, agora o Procon vai poder multar os supermercados que não aderirem ao fim da sacolinha. “Vamos continuar vendo a aplicação”, disse Góes. O Procon multou 21 dos 94 supermercados fiscalizados que não informaram corretamente ou deixaram disponíveis ao consumidor embalagens gratuitas durante os 60 dias em que o TAC vigorou. Fonte: Folha de S.Paulo )
Educação explica recuo do índice O freio na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em março deveu-se à forte redução na variação dos preços do grupo Educação. Principal influência em fevereiro, o grupo saiu de uma alta de 5,62%, com um impacto de 0,25 ponto porcentual naquele mês, para uma variação de 0,54% em março, o mesmo que uma contribuição de apenas 0,02 ponto porcentual na formação do IPCA. Em março, apenas os grupos Alimentação e Transportes registraram avanço na inflação. O grupo Alimentação e Bebidas teve aumento de 0,19% em fevereiro e de 0,25% em março, enquanto Transportes reverteram a queda de -0,33% para uma alta 0,16%. Os demais grupos tiveram resultados inferiores, o que contribuiu para a desaceleração do índice: Habitação saiu de 0,60% para 0 48%; Artigos de Residência de 0,06% para -0,40%; Vestuário de -0 23% para -0,61%; Saúde e Cuidados Pessoais de 0,70% para 0,38%; Despesas Pessoais de 0,88% para 0,55%; e Comunicação de -0,17% para -0,36%. INPC cai para 0,18%
Inflação de março é a menor em 8 meses, mostra IBGE ( A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou variação de 0,21% em março deste ano. Foi a menor taxa dos últimos oito meses e um índice quase quatro vezes inferior ao do mesmo mês do ano passado (0,79%). A taxa também é inferior à registrada em fevereiro (0,45%). O dado foi divulgado nesta quinta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,18% em março, após ter registrado alta de 0,39% em fevereiro. Com o resultado, o índice acumulou uma alta de 1,08% em 2012, e de 4 97% nos 12 meses encerrados em março. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados. Fonte: Agência Brasil )
O resultado ficou abaixo do piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de uma taxa de 0,30% a 0,40%, com mediana de 0,37%.
Vendas a prazo sobem 22,25% em março
O índice mostra que a inflação está sob controle e abre a possibilidade de um crescimento maior da economia neste ano, avaliou nesta quinta-feira (5) o ministro da Fazenda,
( As vendas a prazo no Brasil, medidas pelo número de consultas feitas junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), cresceram 22,25% em março, na comparação com
NOTÍCIAS fevereiro, de acordo com dados divulgados nesta quintafeira (5) pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Em relação a março do ano passado o aumento foi de 10,36%. Segundo o comunicado, o resultado pode ter sido influenciado pela entrada das coleções de outono/inverno após as grandes liquidações de final de ano. A entidade também destacou a queda nos juros e o aumento do salário mínimo, justificando um crescimento nas vendas de 5,83% no primeiro trimestre do ano ante igual período de 2011. Já a inadimplência nas vendas a prazo, medida pelo número de registros no SPC, cresceu 3,38% em março sobre fevereiro, revertendo o movimento de quatro quedas consecutivas. Para a CNDL, o aumento pode ser explicado pelo número maior de dias úteis em março, na comparação com o mês anterior. Ainda assim, em relação a março de 2011, a queda da inadimplência continua expressiva, em 11,95%. Em 2012, a queda acumulada de janeiro a março é de 3,51%, ante igual período do ano passado. Fonte: Agência Estado )
Secretário do Ministério promete reajustar preço mínimo do trigo ( O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, prometeu no dia 5 de abril, que o governo irá reajustar o preço mínimo do trigo, atualmente em R$ 26,80 (saca de 60 quilos, tipo 1). A promessa foi feita diante de cerca de 300 produtores que comparecem ao Fórum do Trigo, evento que abriu as discussões técnicas da ExpoLondrina, feira agropecuária que é realizada até o dia 15 deste mês, em Londrina. O Fórum do Trigo, que recebeu um público acima do esperado, é organizado pelo Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM) em parceria com entidades do setor. O secretário, porém, não apontou o novo patamar do preço mínimo nem estipulou prazo para a mudança. Rocha prometeu ainda que não faltarão recursos para o seguro do trigo. A cultura que enfrenta dificuldades no Paraná. A área plantada do grão cai a três safras consecutivas e hoje está estimada entre 800 e 900 mil hectares - há três anos, esse
montante mostrava cerca de 400 mil hectares a mais. Muitos participantes do Fórum expuseram suas preocupações ao representante do ministério. O presidente da Integrada Cooperativa Agroindustrial, Carlos Yoshio Murate, afirmou que o trigo perdeu a viabilidade e que o produtor só utiliza o grão como forma de cobrir a terra durante o inverno. Fonte: Agência Estado )
Ovo de Páscoa é mais caro em Belo Horizonte, segundo a FGV ( Belo Horizonte tem o ovo de chocolate mais caro da Páscoa deste ano e Recife mostra a taxa mais alta de aumento de preço para esse produto, em relação ao ano passado. A avaliação leva em conta os dados de preço médio de ovos de chocolate, de seis tamanhos diferentes, em em sete capitais - São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre. A capital mineira, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), compilados pelo Valor Data, tem cinco dos seis tamanhos do chocolate pesquisados mais caros do que nas demais cidades. Apenas o ovo de 50g vendido no Rio de Janeiro é mais caro que o de Belo Horizonte. A média de preço do produto deste tamanho na capital fluminense é de R$ 5,69, ante R$ 5,69 na capital mineira. O ovo de 150g, categoria com maior variação dentre as pesquisadas, custa R$ 18,27 em Belo Horizonte, o que representa R$ 4,44 maior que a média nacional. Enquanto os preços de chocolate em barra e bombons ficaram, segundo o IPCA, 0,1% menores em relação ao ano passado, o preço do ovo de chocolate subiu no mesmo período. A alta média do produto nos últimos 12 meses terminados em março foi de 8,9%, de acordo com os dados da FGV. O aumento dos itens do grupo alimentos e bebidas, também medido pelo IPCA, foi de 6,2% no mesmo período. O índice mede a inflação oficial do país e é calculado pelo IBGE com base nas variações de preços de onze capitais, entre elas todas as sete cujo preço do chocolate foi medido pela FGV. Em relação ao ano passado, os preços médios em Recife estão 12,5% mais altos, o maior índice entre as sete cidades.
NOTÍCIAS A capital pernambucana teve aumento maior no valor em três categorias, a dos ovos de 250g, 350g e 500g. As altas foram de 15,7%, 13,2% e 13,7%, respectivamente. São Paulo mostra duas maiores variações, das embalagens de 50g e 750g, que subiram 10,3% e 14,5%. Porto Alegre teve a maior valorização no ovo de chocolate de 150g, de 11,6%. Fonte: Valor Online ) Preços no varejo caíram 0,51% em fevereiro ( O Índice de Preços no Varejo (IPV), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e divulgado nesta quinta-feira, caiu 0,51% em fevereiro. Oito dos 21 grupos que compõem o indicador apresentaram recuo em fevereiro, com destaque para o segmento de açougues, que variou negativamente em 2,44%, e de supermercados, com queda de 1,8%. É o primeiro recuo do IPV em seis meses. Dos 29 itens que integram a cesta de supermercados, 22
Vale diz que vai contratar 40 mil trabalhadores até 2015 ( Apesar da nuvem sombria que paira sobre a companhia com cobrança de impostos extras no Brasil e na Suíça, além da perda de ritmo da economia chinesa, a Vale mantém os planos para ampliar o número de funcionários nos próximos anos, informa reportagem de Pedro Soares na Folha desta segunda-feira. Serão 10 mil novos empregados, em média, a cada ano até 2015, antecipou à Folha Vânia Somavilla, diretora-executiva de RH, Energia e Sustentabilidade. Até lá, diz, a companhia manterá forte ritmo de expansão. Para 2012 estão previstas 8.100 contratações --destes, 800 serão engenheiros. Atualmente a empresa tem 134 mil empregados em todo o mundo. Leia mais na edição da Folha desta segunda-feira. Fonte: Folha online ) Mercado reduz estimativa à inflação e eleva ao dólar em 2012, diz Focus
tiveram queda de preço em fevereiro. De acordo com a FecomercioSP, o recuo é justificado por um realinhamento de preços em razão de melhores condições de safra. As quedas mais acentuadas no grupo foram as de pescados (-2,89%), ovos (-3,25%), tubérculos (-4,41%), carnes suínas (-6,47%), aves (-6,70%), carnes bovinas (-7,79%) e legumes (-9,85%). No caso dos açougues, as maiores quedas foram verificadas em carnes suínas (-3,01%), carnes bovinas (-2,44%) e aves (-2,27%). Também registraram recuo de preços em fevereiro os grupos combustíveis e lubrificantes (-0,90%), automóveis (-0,65%), feiras (-1,97%), eletrônicos e outros (-0,61%), vestuário, tecidos e calçados (-0,47%) e autopeças e acessórios (-0,29%). Móveis e decoração (0,80%), eletrodomésticos (0,21%), padarias (0,46%), materiais de construção (0,20%), jornais e revistas (0,11%), drogarias e perfumarias (0,72%), óticas (0,26%) e relojoarias (0,30%) foram alguns dos setores que registraram aumento no período. Fonte: O Estado de São Paulo )
( O mercado reduziu a estimativa para a inflação oficial (medida pelo IPCA) e elevou para o preço do dólar para este ano, segundo divulgação do boletim Focus desta segundafeira (9). Para 2012, a projeção da inflação oficial recuou de 5,27%, na semana passada, para 5,06% hoje. Para 2013, a expectativa é de 5,50%. A estimativa para o valor do dólar em 2012 subiu pela terceira semana, passando de R$ 1,77 na semana passada, para R$ 1,78 hoje. Em 2013, a projeção se manteve em R$ 1,80. As projeções para o PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas por um Estado em determinado período) de 2012 e 2013 ficaram inalteradas em em 3,20% e 4,20%, respectivamente. A expectativa para a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida em 9% neste ano, e em 10% para 2013. O boletim Focus é elaborado pelo BC a partir de consultas feitas a instituições financeiras e expressa, semanalmente, como o mercado percebe o comportamento da economia. Fonte: Folha online )
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Bancos vão debater juro menor com governo ( ressionados pela concorrência de Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que reduziram agressivamente as taxas de juros aos clientes, os bancos privados vão pleitear ajuda do governo para terem “condições de mercado” para também trabalhar com taxas menores. Entre as propostas que serão apresentadas ao governo estão a redução nos impostos, regras mais rígidas para recuperar o dinheiro emprestado ao cliente inadimplente e mudanças no chamado Cadastro Positivo de informações de “bons pagadores”. Representando Itaú, Bradesco e Santander, os três maiores bancos privados, o presidente da Febraban (federação dos bancos), Murilo Portugal, deve ser reunir na próxima semana com autoridades do Ministério da Fazenda e do Banco Central para discutir como gerenciar os custos com inadimplência, impostos, depósito compulsório e encargos governamentais, que dificultam a redução dos juros aos clientes. Portugal deve ir a Brasília na terça, mas o encontro com autoridades do governo ainda não foi confirmado. Segundo estudo do BC, o risco de calote é o principal fator justificado pelos bancos para explicar a “gordura” entre as taxas que oferecem para captar dinheiro dos clientes e aquela que cobram nos empréstimos --o chamado “spread” bancário, que a presidente Dilma Rousseff considerou “difícil de explicar tecnicamente”. Em 2010, data do último estudo do BC, 28,7% do “spread” vinha da inadimplência, seguido por 21,9% de impostos diretos. Para reduzir o risco de inadimplência, os bancos apostam no chamado Cadastro Positivo, com informações sobre “bons pagadores”, que só pode ser utilizado e compartilhado com autorização dos clientes. Com essa limitação, os bancos não estão conseguindo utilizá-lo para mitigar o risco de calote. Desde 2004, os bancos e o governo trabalharam para reduzir os custos com depósito compulsório, contribuição ao FGC
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(Fundo Garantidor de Créditos), além de subsídios cruzados e encargos. Esses custos desceram de 9,4% para 4,08%, entre 2004 e 2010. A margem líquida de ganho dos bancos, porém, subiu de 20,25% para 32,73%. Fonte: Folha online ) Mercado reduz previsão de inflação do Brasil em 2012 ( Estimativa para o ano aponta alta do IPCA de 5,06%, contra 5,27% da previsão anterior O mercado financeiro reduziu suas previsões para a inflação deste ano, mostrou o relatório Focus do Banco Central nesta segunda-feira (9). O mercado estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará o ano em alta de 5,06%, ante 5,27% no relatório da semana passada. As projeções de inflação para 2013 foram mantidas em 5,50 por cento. Para o IPCA em 12 meses, as projeções do relatório Focus apontam alta de 5,44 por cento, ante 5,40 por cento na semana passada. Fonte: Gazeta do Povo )
entrevista
Nesta entrevista à revista Supermix tRAZ o coordenador do Núcleo de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial (Nurse) da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Flavio Toledo...
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O enigma (decifrável) da sustentabilidade A sustentabilidade tornou-se uma questão complexa para muitos supermercadistas. Preocupados em atender à cobrança da sociedade, da mídia e da legislação a respeito deste conceito de nome complicado, um número considerável de executivos da área ainda considera a sustentabilidade uma espécie de enigma indecifrável e fonte de grandes preocupações. Nesta entrevista à revista Supermix, o coordenador do Núcleo de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial (Nurse) da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Flavio Toledo, revela que o assunto não é tão complexo quanto parece. Mais: os supermercadistas têm muito mais a ganhar com a adoção deste conceito do que imaginam. Quando compreendida plenamente, a sustentabilidade torna-se uma ferramenta importante não apenas para desenvolver ações em benefício da sociedade e do meio ambiente, mas também para alavancar os negócios. “As ações ligadas à sustentabilidade melhoram a qualidade de vida das pessoas e, em conseqüência, melhoram também o seu poder de compra. Se pensarmos que no Paraná temos em média 20% da população abaixo da linha da pobreza, o que significa segundo a Organização das Nações Unidas - ONUsobreviver com menos de US$ 1,00 por dia, temos em torno de dois milhões de potenciais consumidores ávidos por este consumo”, diz. A raiz do problema no ambiente empresarial, portanto, é a falta de informação. Por este motivo, Toledo defende que os executivos da área busquem mais conhecimento a respeito do tema e ajustem seu negócio de forma a gerar menos impacto ao meio ambiente e mais benefícios à sociedade. “A grande dificuldade dos empresários de trabalhar com este tema é a falta de entendimento sobre seu significado. Todo mundo entende o que é sustentabilidade econômica porque é algo que afeta diretamente as pessoas. Os problemas começam a aparecer quando se trabalha a questão social e ambiental por falta do entendimento do que isto significa”, avalia Flavio Toledo. “Mas eles precisam entender que todo mundo tem a ganhar com isto”. Abaixo, a íntegra da entrevista.
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Supermix - A mídia cita o termo sustentabilidade com freqüência mas, muitas vezes, não explica seu significado adequadamente ou identifica-o apenas à idéia de proteção ao meio ambiente. O que é a sustentabilidade?
( Flavio Toledo - Foi importante você ter tocado neste assunto porque é fundamental lembrar o tripé que caracteriza a sustentabilidade. Para que ela exista, é preciso que tenhamos em harmonia as áreas social, ambiental e econômica. ) Supermix - Com base na sua experiência neste campo, qual destas três áreas é mais frágil, no setor privado brasileiro?
( Flavio Toledo - A grande dificuldade dos empresários de trabalhar com a sustentabilidade é a falta de entendimento sobre seu significado. Todo mundo entende o que é sustentabilidade econômica porque é algo que afeta diretamente as pessoas. Os problemas começam a aparecer quando se trabalha a questão social e ambiental por falta do entendimento do que isto significa. A sustentabilidade social é confundida muito com filantropia e caridade. Na verdade, não é isso. O que ela busca é cuidar das desigualdades sociais, promovendo acesso não só econômico e financeiro, mas à saúde, à educação, à capacitação e ao trabalho. Já no aspecto ambiental, obviamente, é importante cuidar dos animais, mas pensar também no resíduo que se gera na sua destinação. A nossa atribuição em relação ao meio ambiente não acaba quando se coloca o lixo na frente da porta de casa. Ao fazer isso, nós só transferimos o problema, mas ele continua. Então, é importante pensar no impacto que causamos ao meio ambiente com nossas atividades do dia a dia como cidadãos, empresa ou município.) Supermix - A adoção da sustentabilidade pode trazer quais benefícios concretos às empresas do setor supermercadista?
( Flavio Toledo - Muito mais do que promover o desenvolvimento, é importante que o trabalho se faça pelo associativismo, pela união das vontades. Isto vem do entendimento do que é a sustentabilidade e do desenvolvimento de ações que começam pequenas e vão crescendo de acordo com cada atividade. Estas ações melhoram a qualidade de vida das pessoas e, em conseqüência, melhoram também o seu poder de
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compra, de avaliação sobre os produtos que fabricamos ou comercializamos. Com isto, é possível melhorar o potencial do consumidor. Se pensarmos que no Paraná temos em média 20% da população abaixo da linha da pobreza, o que significa (segundo a ONU – Organização das Nações Unidas) sobreviver com menos de US$ 1,00 por dia, temos em torno de dois milhões de potenciais consumidores ávidos por este consumo. )
Supermix - Sustentabilidade e responsabilidade social são, portanto, sinônimos de desenvolvimento e de lucro?
( Flavio Toledo. Sem dúvida. Confunde-se muito crescimento econômico com desenvolvimento sustentável. Nós estamos experimentando, nos últimos anos, um grande crescimento econômico, que permitiu às pessoas terem um pouco mais de renda e de acesso ao mercado de consumo. No entanto, desenvolvimento é mais que isto. Precisa gerar alteração qualitativa nas vidas das pessoas, garantir-lhes acesso à saúde, à Educação e à capacitação. O crescimento econômico é uma ferramenta importante para que o desenvolvimento aconteça, mas não podemos confundi-lo com desenvolvimento sustentável. ) Supermix - Não se pode pensar o conceito de desenvolvimento sustentável, portanto, de maneira individualizada e fora de um contexto global.
( Flavio Toledo - Sem dúvida nenhuma. É preciso pensar as coisas em um todo. Não se pode pensar a produção ou a venda sem pensar na logística de distribuição, na administração financeira e de pessoas, no pós-venda com o cliente, no relacionamento com os fornecedores. É preciso também pensar as questões de maneira ampla. É preciso pensar o impacto que se causa com sua atividade econômica aos funcionários, ao público do entorno, ao meio ambiente, aos stakeholders (grupos com os quais a empresa se relaciona). Então, ao se falar em desenvolvimento, é preciso estar apoiado nos três pilares que já falamos. Se estiverem em harmonia, a empresa estará trabalhando pelo desenvolvimento. )
Supermix - O meio ambiente é uma área sensível para os supermercadistas. De que forma é possível ao empresário do setor adotar o conceito de sustentabilidade ambiental?
( Flavio Toledo - Fala-se muito em proteção ao meio ambiente em relação ao uso das sacolas plásticas nos supermercados. Defende-se um uso menor das sacolas para proteger o meio ambiente. Mas as pessoas se esquecem de que todos os produtos vêm embalados e de que estas embalagens também podem causar danos ao meio ambiente. Então, a atitude de não se usar as sacolas torna-se, de certa forma, inócua. É uma ação que eu definiria como mais “marqueteira” do que efetiva na proteção do meio ambiente. Além disso, no Brasil, existe um grande desperdício de tudo. Desperdiça-se muito material de construção e alimento, começando na produção, passando pelos centros de distribuição e terminando nos supermercados. Então, é importante que o supermercadista se preocupasse com esta questão, com os resíduos que sua empresa gera. Pode-se trabalhar de maneira melhor para que este impacto seja menor, até porque os supermercados são grandes geradores de resíduos. ) Supermix - Você diria que é necessária uma maior articulação dos supermercadistas com a indústria e os fornecedores para que haja menos desperdício e menos resíduos?
( Flavio Toledo - É preciso que estas pessoas aprendam a fazer bem feito. E isso é uma questão de educação porque não se pode transmitir um conhecimento e uma consciência por decreto. É preciso trabalhar as consciências das pessoas que integram esta cadeia produtiva. A grande palavra é a inovação. É preciso pensar o que se pode fazer para melhorar neste campo, olhando o todo e não as partes.) Redação Supermix
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Mercosuper 2012: o varejo olhando para o futuro
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A feira abre a discussão de assuntos que já estão na ordem do dia do setor supermercadista e terão cada vez mais impacto em médio e longo prazos O mercado está em transformação e o setor supermercadista faz parte deste movimento. Mudanças econômicas, sociais e tecnológicas estão alterando as expectativas em relação às empresas e o perfil daquele que as torna possíveis: o consumidor. Se por um lado o conceito de sustentabilidade faz cada vez mais parte do vocabulário da sociedade civil e dos empresários, as características do consumidor mudam pouco a pouco e a forma como as pessoas se relacionam com o mundo também. Atenta a isso, a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) concentra esforços para auxiliar o varejista a mergulhar neste panorama e retirar o máximo de informações que o apóiem em seu negócio. Em 2012, a Mercosuper – Feira e Convenção Paranaense de Supermercados, a segunda maior feira do segmento no país, traz o tema ‘O Varejo Olhando para o Futuro – Estratégias que inovam sua empresa’, chegando a sua 31ª edição. Realizada nos dias 16, 17 e 18 de abril, a Mercosuper ocupa os 26.000m² do Expotrade Convention Center, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba. A expectativa é que mais de 50
mil visitantes passem pela feira. A Apras, organizadora do evento, aposta que a temática dará um importante suporte de atualização ao varejista. “Consumidor diversificado, bem informado, com mais renda, e varejista atento”. É assim que Joanir Zonta, presidente da Apras, resume este momento e as questões importantes do futuro. A sustentabilidade, o novo consumidor, o vendedor do futuro e a escrituração digital fazem parte das principais abordagens do evento. Novidades Com uma tradição de mais de trinta anos, a Mercosuper tornou-se uma grande vitrine para negócios. E nesta edição não será diferente. A organização da feira estima que sejam gerados cerca de R$ 600 milhões em negócios, incluindo oportunidades pós-feira. A expectativa é da participação de mais de 280 empresas expositoras - o que representa um aumento de 5% em relação a 2011 – incluindo empresas de países como Paraguai e Argentina. Para a realização, a Mercosuper 2012 conta com a parceria de diversas empresas. Procurando inovar a cada ano, a
organização da Mercosuper preparou novidades para esta edição. Uma delas é o sorteio de um automóvel Gol - geração 5 e quatro portas - entre os varejistas que realizarem negócios na feira, com o apoio da Parati. Outra novidade é a mudança de horário da programação técnica. De acordo com Walde Renato Prochmann, diretor comercial da Apras, todas as palestras serão realizadas no período da tarde. Dessa forma, os participantes poderão aproveitar ao máximo as atividades. “A Apras procura com a Mercosuper possibilitar aos varejistas não só a oportunidade de realizar negócios, mas também que eles tenham acesso a atualização e a capacitação. Com isto, é possível compreender a realidade do varejo e fazer a diferença na atividade comercial”, explica Prochmann. Mantendo a tradição e o pioneirismo, os orgânicos continuam com o espaço exclusivo durante a exposição. A Mercosuper inovou em 2008 ao ser a primeira feira do setor a abrir espaço para estes produtos, e desde 2011 a Apras assumiu a organização da Feira de Produtos Orgânicos. O objetivo é apresentar o que existe de mais atual nesse segmento com a exposição e
matéria de capa
produtos e uma programação técnica, além de favorecer o intercâmbio entre os expositores e os supermercadistas. Programação Ao todo, onze palestras compõem a parte técnica da feira. O consultor técnico do filme Tropa de Elite, Paulo Storani, é quem fará a palestra de abertura da Mercosuper 2012, no dia 16 de abril, às 14h, abordando o tema “Como construir uma Tropa de Elite”. Já no dia 17 de abril o mentor de estratégia e inovação do Grupo Newcomm, Walter Longo, falará sobre “O impacto da revolução tecnológica”. E no último dia da feira, 18 de abril, o sócio-diretor do instituto de pesquisa e consultoria Data Popular, Renato Meirelles falará sobre “O consumo da nova classe média”. A programação completa com os horários e palestrantes está no endereço www. apras.org.br/mercosuper. Ao término da feira, se cumprirá o compromisso de auxiliar instituições beneficentes de Curitiba e região com a iniciativa Apras Mulher, braço de responsabilidade social da Apras, que consiste no recolhimento de produtos de expositores e o repasse para doações. Há também uma parceria entre a Mercosuper e empresas do ramo de reciclagem que promovem 100% de reaproveitamento dos materiais não orgânicos da feira. E um dos momentos mais esperados, o Top de Categoria, que premia os destaques do varejo de 2011, será realizado no próprio Expotrade. A festa de encerramento acontecerá no local, com a solenidade de posse da nova diretoria da Apras, eleita no final do mês de março para comandar a entidade nos próximos três anos. Os participantes
poderão assistir ainda a apresentação do Grupo Sambô, que mescla no seu repertório clássicos do rock em ritmo de samba e tem ganhado grande destaque na mídia nacional, conquistando todos os públicos.
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Sustentabilidade
A sustentabilidade pode ser entendida como a habilidade de sustentar uma ou mais condições, um sentido de permanência, de durabilidade. O uso do termo é comum para “sustentabilidade financeira”, ou seja, ações que permitam o futuro de uma empresa pelo viés do recurso financeiro. Ultimamente, ouve-se falar muito na questão ambiental. Mas ainda há um conceito mais amplo de sustentabilidade. Nos últimos anos, a ação do homem sobre o planeta, em diversos campos (meio ambiente, social e econômico) levantou uma visão mais geral: o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras. A importância de se racionalizar o uso dos recursos naturais vai além dos efeitos das mudanças climáticas globais. Para o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, é preciso uma abordagem mais abrangente no que diz respeito aos limites desses recursos e sobre os impactos das atividades humanas. “As questões das desigualdades sociais devem ser observadas, pois acabam limitando a melhoria do bem-estar e não permitem o aproveitamento dos avanços econômicos e tecnológicos”, afirma Jorge Luiz Numa Abrahão, presidente do Ethos. Para o Ethos, em um sistema econômico já se tem o entendimento de que não faz sentido um planejamento que não contemple a sustentabilidade. As boas práticas precisam ser transformadas em regras e consolidadas como padrão geral por meio das regulamentações públicas e autorregulação de mercado. Oportunizar a geração de renda e o acesso aos bens públicos; assegurar condições de vida digna à população; promover a qualidade de vida e progresso, entre outros, precisam fazer parte destas atitudes. E Abrahão complementa: “A economia deve, portanto, promover o desenvolvimento equilibrado entre os capitais financeiro, humano, social e natural”. Do conceito para a ação Há várias iniciativas que já apontam para a preocupação com a sustentabilidade em um sentido mais amplo ou na questão ambiental. E é o que vem fazendo, por exemplo, a Spaipa – Indústria Brasileira de Bebidas – fabricante e distribuidora da Coca-Cola, da água mineral Vittalev e dos produtos da Heineken Brasil. Segundo Mario Antonio Veronezi, superintendente industrial e de logística da Spaipa, desde 2008 a empresa criou a plataforma “Viva Positivamente”, que envolve uma série de ações de caráter ambiental, social e econômico que passam pela redução de emissões de carbono, embalagens sustentáveis e redução do consumo de água.
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A Coca-Cola criou a Plant Bottle, uma garrafa PET 30% à base de vegetal, feita de etanol de cana-de-açúcar, que substitui parte do petróleo utilizado como insumo. Além de reduzir a utilização de recursos não renováveis, a iniciativa diminui em até 25% a emissão de dióxido de carbono (CO2). A empresa também tem como meta, até 2020, que todas as garrafas no país sejam de bioplástico em sua produção e que 100% da matéria prima seja vegetal. Já a empresa paranaense Eletrofrio Refrigeração vem atuando há mais de 15 anos com a produção de expositores frigoríficos livres de CFC (clorofluorcarboneto) e HCFC (hidroclorofluorcarbonos) - gases que afetam a camada de ozônio. Além disso, recicla e reutiliza 100% da água utilizada em seus processos fabris. Durante a Mercosuper 2012 a empresa irá lançar um novo expositor com dupla cortina de ar que reduz em 13% a carga térmica deste equipamento. De
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acordo com Roberto Weidner, diretor de marketing e vendas da Eletrofrio, a empresa foi pioneira na utilização do gás em lojas de grande porte no Brasil em substituição aos gases sintéticos que provocam o efeito estufa. Exemplo disso é o projeto de Engenharia de Refrigeração utilizado no Hiper Condor, de São José dos Pinhais (PR), que pretende reduzir em 20% o consumo de energia no sistema de congelados. A loja também conta com aproveitamento da luz natural; e na iluminação artificial utiliza lâmpadas T5, que economizam em média 45% de energia. A água da chuva também será captada e reaproveitada na irrigação de jardins, descargas sanitárias e lavagem de pisos. Segundo o presidente do Condor, Joanir Zonta, “a loja vai marcar o início para uma era em que os cuidados com o meio ambiente estarão em primeiro lugar”.
Boas práticas para a sustentabilidade Seleção realizada pela Apras mostra iniciativas que trazem impacto positivo à sociedade hoje e no futuro. AÇÃO Separação dos resíduos e instalação dos PEVs (pontos de entrega voluntária)
COMO FUNCIONA
COMO CONTRIBUI
Incentiva o consumidor a separar A empresa estimula o consumidor a separar o lixo por meio o lixo que vai para a reciclagem, de ações educativas e instala receptores de resíduos, geralreduzindo o material que vai para mente em parceria com associações de catadores. aterros.
A loja desenvolve campanhas de arrecadação de produtos Apoio à comunidade (principalmente alimentos) ou de recursos por meio da local venda de mercadorias marcadas na gôndola. Posteriormente, eles são distribuídos às comunidades vizinhas.
Melhora a qualidade de vida dos moradores do entorno da loja.
Construção de lojas sustentáveis
O supermercado utiliza tecnologias de ponta à base de gás inerte e CO2 (na refrigeração), de lâmpadas de luz fria e LED (na iluminação) e de soluções de engenharia (na arquitetura) para reduzir o consumo de energia e água.
Contratação de idosos e de pessoas com necessidades especiais
Valoriza os idosos e portadoA empresa abre um número determinado de vagas para a res de necessidades especiais, contratação deste público, oferecendo-lhe todos os benefí- melhorando sua auto-estima e incluindo-os no mercado de cios estabelecidos pelas leis trabalhistas. trabalho.
Fixação de lojas mais próximas do consumidor
A loja, de tamanho menor, é instalada nos bairros onde vivem seus clientes.
Lixo zero
O supermercado praticamente zera a geração de resíduos produzidos na loja, destinando os produtos recicláveis para Promove a reciclagem e contribui beneficiamento e os restos de alimentos (FLV e restos de para lojas mais limpas. comida industrializada) para a alimentação animal.
Diminui a geração de gases nocivos ao meio ambiente, bem como o consumo de água e de energia elétrica.
Gera economia de tempo e com transporte para o consumidor.
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2º
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O novo consumidor
Ou seria mais correto, os novos consumidores? O vicepresidente de capacitação da Apras, Maurício Bendixen da Silva, destaca pontos fundamentais para entender o novo consumidor do século XXI. Seriam eles: o aumento do emprego formal, a melhoria da educação e a expansão do crédito, que levaram à inclusão no mercado consumidor da chamada nova classe C, bem como o aumento das classes A e B. E saber atender os anseios e desejos dessa população também é um desafio para os empresários. Segundo o estudo apresentado pela Nielsen “O Consumidor da classe C” este público se divide entre C1 e C2. O diretor de atendimento da empresa, Olegário Araújo, afirma que existe diferença de comportamento de consumo entre eles. “As donas de casa da C1 compram no fim de semana, com a família, importando-se com a variedade de produtos e marcas, primam pela relação da qualidade versus preço, aproveitam a semana de promoção, pois gostam de comprar tudo de uma vez”, diz. Já a da C2 compra pela manhã, em dia de semana e sozinha, paga em dinheiro e escolhe as marcas por preço e promoção. E a democratização digital acabou impulsionando as classes sociais mais baixas. “Esta classe experimentou as marcas de boa qualidade e agora exige pagar barato por isso”, garante o especialista em marketing de varejo, Jeisan dos Santos. Assim, o mercado tem que estar atento às novas tendências de compra deste consumidor. Os produtos anteriormente considerados supérfluos e proibidos estão ao alcance deste cliente, que exige do varejo e da indústria o produto que ele quer consumir. “Essa história de empurrar produto sem qualidade e baratinho para este público é um grande erro”, alerta o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles. E este aviso deve ser levado em conta, afinal, a classe C é responsável por 78% do que é comprado em supermercados, assegura. Existe também a ”Geração Y”, que é a geração digital, com intensa interação via internet. Por ser muito crítica, é uma geração que tende a não ter fidelidade. “Busca sempre a melhor relação custo-benefício-recompensa”, diz Jeisan dos
Jeisan dos Santos. Santos. Por isso o varejista online tem que saber utilizar este canal e ter consciência da distribuição, utilizando a mesma estrutura física, sem ampliar custos dentro da sua operação. Outro tipo de consumo é da “melhor idade”, que é uma população economicamente ativa, que sabe escolher, se preocupa com a saúde e quer qualidade. “Ele tem uma rotina bem definida de compra, portanto, o varejo deve tratar este público com dedicação, fazer ações direcionadas e específicas, procurando disponibilizar um atendimento de forma mais personalizada”, alerta Santos.
Saiba mais na Mercosuper 2012:
DIA 18
14h
O consumo da nova classe média - Renato Meirelles Leia também “As mudanças sociais e tecnológicas que estão alterando o perfil do consumidor”, na página 38.
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3º
Vendedor do Futuro
Antes bastava ter um bom sistema de gestão e processos bem definidos para efetuar boas vendas. Agora a tecnologia está presente em quase tudo e tornando o ato da venda muito mais complexo. De acordo com Regiane Relva Romano, CIO da Vip-Systems Informática – empresa que desenvolveu o conceito de Loja Inteligente – as novas ferramentas de interatividade, entretenimento e mobilidade permitirão melhorar a experiência de compra da loja física, e os sistemas de gestão integrarão os múltiplos canais de vendas “para que o cliente seja reconhecido e seu atendimento personalizado, independente do ponto de contato com este cliente”.
ao site da empresa. “Os consumidores buscam a opinião dos amigos nas redes sociais antes de comprar. Pensando nisso, criamos uma ferramenta online capaz de aproximar o comprador do divulgador”, explica Trajano.
Segundo Regiane, é importante entender que o consumidor agora interage em todos os canais e a todo momento e por isso é necessário integrar todas as soluções tecnológicas e todos os meios de contato com este consumidor, como loja física, catálogos, equipamentos móveis, quiosques, comércio eletrônico – seja por celular, internet ou TV. O Magazine Luiza, por exemplo, está mudando o jeito de fazer negócios nas redes sociais. É o “Magazine Você”, uma iniciativa que permite ao usuário do Facebook e do Orkut criar uma loja na própria rede social e ganhar comissões de até 4,5% por venda. A loja é personalizada e o divulgador monta uma vitrine podendo vender qualquer produto do Magazine Luiza em suas redes sociais e escrever dicas que ajudem seus amigos a comprar. Para o diretor de vendas e marketing do Magazine Luiza, Frederico Trajano, o processo inteiro é realizado nas próprias redes sociais e somente a finalização da compra é direcionada
Frederico Trajano Saiba mais na Mercosuper 2012: Leia também “As mudanças sociais e tecnológicas que estão alterando o perfil do consumidor”, na página 38
DIA 17 - TERÇA-FEIRA 14h30 - Welcome Coffee 15h00 - Vendedor conectado ao futuro - Prof.º Liévore 14h30 - Welcome Service 15h00 - Para onde caminha o varejo - Patrícia Amaral
DIA 18 - QUARTA-FEIRA 14h30 - Welcome Coffee 15h00 - Redes Sociais e Seus Impactos no Mercado Atual - Antônio Borba 17h30 - Welcome Service 18h00 - O perfil do novo trabalhor no varejo - Cristiane Pasquinelli
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4º
Escrituração Digital
O governo federal vem trabalhando na implantação de um sistema que possibilite a melhoria no processo de fiscalização e, por consequência, de arrecadação de tributos nas três esperas: federal, estadual e municipal. O conjunto de ações adotadas no decorrer dos anos culminou no Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), que consiste na concentração das informações geradas pelas empresas, antes em papel, agora em forma digital e armazenadas em um só local em formato que permitirá todos os cruzamentos possíveis. “Mas a grande questão é que a maioria das empresas, principalmente as de pequeno e médio porte, seja no varejo ou na indústria, não atentou para a necessidade de melhoria na geração de suas informações, buscando corrigir erros ou inconsistências que podem gerar pesados desembolsos com multas e autuações fiscais”, alerta o diretor de consultoria da Controlsul Consultoria Empresarial, Samir Pedro Cecatto. Ele destaca que os gastos que estão sendo realizados para
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atender as exigências do SPED passarão a serem vistos como investimentos. E sugere às empresas de varejo que realizem um trabalho de revisão completa no cadastro dos produtos comercializados corrigindo erros no código de classificação da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), procedimento que além de evitar penalidades oriundas do cruzamento de informações poderá reduzir a carga tributária de forma legal.
Samir Pedro Cecatto Saiba mais na Mercosuper 2012: DIA 17 - TERÇA-FEIRA 18h30 - Welcome Coffee 19h00 - Tributação no varejo - Vinicius Feriato e João Gelásio Weber
perfil
Roberto Kummel
Moinho Arapongas: a empreendedora trajetória que começou nos anos 60 Com produtos diversificados, a empresa aposta na qualidade de produção e na força de vendas Uma história antiga, de origem familiar e de muita vontade de dar certo. O Moinho Arapongas, empresa paranaense localizada onde o próprio nome diz, em Arapongas, no Norte do Paraná, tem uma curta herança catarinense. Paulo Kümmel, o fundador, tinha negócios ligados a madeira e ao
trigo no Estado vizinho nos anos 60, mas resolveu investir neste mercado em novas terras. Foi quando resolveu levar toda a família - esposa e cinco filhos, entre seis e 17 anos - e mudar para onde hoje está localizada a empresa. A aposta seria no moinho de trigo. Nesta época, boa parte do trigo ainda
precisava ser importada de outros países. A produção local não tinha a qualidade necessária ou não atendida à demanda. E este foi um dos impactos da empresa no local: ela, pouco a pouco, fomentou a melhoria do desempenho dos produtores da região, atualmente consolidada. Roberto Kümmel, filho de
Paulo, começou a trabalhar na empresa nos anos 70, nas mais diversas funções, e hoje, como diretor comercial, conta como foi o crescimento. “Trabalhávamos bastante e meu pai agiu com muito espírito empreendedor”. “Eu fazia de tudo. Trabalhei no carregamento, na moagem, no pastifício, na venda, na cobrança”. No início, a dedicação do negócio era na moagem de trigo e gradualmente novas frentes foram se abrindo. O Moinho ganhou uma fábrica de macarrão e hoje oferece ao mercado cerca de 180 tipos de produtos, entre derivados do trigo, do milho, do tomate, conservas e misturas para bolo. Emprega cerca de 500 colaboradores e tem como principais mercados consumidores o Paraná e São Paulo. Além da gestão da empresa, Roberto destaca um aspecto que foi importante para a sustentabilidade do negócio e da unidade da família: a gestão da empresa familiar. “Meu pai teve um olhar atento nisto, fizemos várias consultorias”. Para conciliar as questões internas da família, que estava diretamente envolvida na direção e nos rumos do Moinho Arapongas, e das necessidades profissionais da empresa, o olhar profissional de fora ajudou a superar conflitos, manter o empreendimento e as relações interpessoais no rumo. “Discutimos nossas diferenças, buscamos soluções para os conflitos, percebemos quais eram nossas prioridades e tocamos adiante”. Lidar com risco Nenhuma trajetória, ainda mais as longas, transcorre sem percalços. Entre outros, Roberto conta um episódio que o marcou na administração da empresa pela firmeza de decisão que exigiu. Era 1999, o real estava desvalorizado e o Moinho Arapongas comprava itens importados com carta de crédito em dólar. O cenário mudou completamente e o real foi supervalorizado. A dívida da empresa cresceu, praticamente da noite para o dia, em 70%. “As recomendações que ouvíamos eram: agora, não façam estoque”. E nós fizemos. “O trigo valorizou, como o real, e conseguimos equilibrar as contas”. O ritmo do Moinho Arapongas se mantém em crescimento. De 2010 para 2011, o crescimento foi de 27% nas vendas, motivada por várias iniciativas internas, e a perspectiva é de aumento de 15% em 2012, em relação ao ano passado. Diversas ações compõe a força de venda da empresa, objeto de dedicação direta de Roberto. “Se a venda não acontece, a empresa não gira”. Além da gestão comercial, ações como participação em feiras, incluindo a Mercosuper, da Apras, fortalecem a marca e o desempenho da área comercial. Formado em Administração de Empresas e em Química, Roberto é minucioso no conhecimento desde o processo de produção de cada produto ao apelo do vendedor, lá na ponta. “Também mantemos a preocupação ambiental. Trocamos nossas caldeiras e hoje utilizamos energia renovável”. Passados quase 50 anos, o Moinho Arapongas se modificou bastante, mas mantém o que trouxe a empresa até aqui: o empreendedorismo. Redação Supermix
CARREIRA Redação Supermix
De empacotador a executivo A história profissional de Gilberto Nascimento, hoje diretor de operações da Rede Condor, é uma lição para aqueles que agora iniciam suas carreiras e também para os que querem um novo recomeço. Nascido em família pobre, precisou trabalhar desde cedo. Aos 14 anos fez sua entrada no setor do varejo, como empacotador, uma porta comum a muitos. De lá, foi repositor, auxiliar de depósito, verdureiro, padeiro, balconista de açougue, entre outras funções. Esteve em várias seções dentro do supermercado e viu de perto o detalhe de cada atividade. Esta experiência de participar em cada ponta, mais tarde se revelou essencial para uma posição executiva: saber fazer dá ferramentas para orientar o outro a fazer. Um pouco mais velho, mas ainda jovem, foi contratado pela Rede Condor como recebedor de mercadorias, o que exigia habilidades mais organizacionais. Pouco a pouco, a responsabilidade aumentava. Aos 20 e poucos anos passou a encarregado de depósito e depois de loja e então subgerente. Com 25 anos assumiu uma loja como gerente geral. “Sempre tive a necessidade de dedicação, pois precisava do emprego e do crescimento. Gostar muito do varejo também me ajudou, é claro”, conta. Deste cargo em diante iniciou então uma expansão ainda maior de horizontes. Passou a ser gerente de loja em diversas filiais. Cada loja, uma vivência diferente de pessoas, o ambiente, os clientes, a vizinhança, a perspectiva de negócio, aprendizados. A subida não parou por aí. De gerente foi promovido a supervisor, cargo no qual ficou durante 11 anos, sendo responsável pelos hipermercados da rede. Enfim, em 2010, chegou ao posto de diretor de operações da Rede Condor, que tem 33 lojas e oito mil colaboradores e que tem planos de expansão. Gilberto responde diretamente ao presidente da empresa pelas operações de todo este conjunto, o que inclui implantação e layout de lojas, departamentalização, comunicação visual, negociações com fornecedores, sazonalidades juntamente com a área comercial, programa de trainee em parceria com a área de Recursos Humanos, formação e contratação de líderes de equipes, entre várias outras atribuições. “Tenho uma sintonia muito grande com as diretrizes da empresa. Preciso ‘remar’ junto com ela, fazer acontecer. É assim que é preciso pensar e agir”, avalia ele, que
Gilberto Nascimento, diretor de operações da Rede Condor, mostra que comprometimento e atitudes são chaves para o sucesso
faz das lojas seu escritório. “Circulo o tempo todo, a operação acontece na loja, não dentro de uma sala”. “Você precisa estar aberto para que as pessoas venham até você. O que mais busco é que, na minha presença, as pessoas pensem ‘chegou alguém para me ajudar’ e não ‘chegou alguém para me dar problema’”. Em paralelo ao entusiasmo, a dedicação diária e a trazer a responsabilidade para si, Gilberto buscou também ampliar os horizontes. Na Apras, fez curso de Gestão do Varejo e viajou o mundo visitando lojas e buscando o novo. Foi aos Estados Unidos para conhecer lojas em Miami, Chicago, Nova York, Boston e ao Chile e Argentina. Independente dos benefícios do crescimento na carreira – melhores salários, mais estudo, viagens, poder de ação – são componentes que acompanham Gilberto desde a juventude e que se mantém intensos até hoje que permitiram esta trajetória de sucesso: a vontade e a responsabilidade. Casado, com três filhos, busca passar estes valores adiante. “Não basta estar envolvido, precisa estar comprometido”. Por isto, a história dele vale para quem está começando e para quem quer recomeçar. “É uma questão de vontade e atitude”.
calendário Redação Supermix
Os próximos períodos que aceleram as vendas
Dia das Mães
Conforme um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos dez anos, o número de mulheres responsáveis pelo sustento do lar aumentou de 11 milhões para 22 milhões, um percentual de 38,7% de chefes de famílias. No Paraná, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a participação das mulheres com relação aos empregos formais vem crescendo desde 1990, saltando de 34% para 43% em 2010.
Passada a euforia da Páscoa, o varejo e a indústria já estão se preparando para o Dia das Mães, considerada a segunda melhor data comemorativa em termos de vendas, atrás apenas do Natal. Especialistas garantem que com planejamento e criatividade é possível ter uma lucratividade adicional com a data. E isso passa por uma pesquisa da clientela, pois o papel da mulher na sociedade mudou e seus desejos de consumo também.
E essa nova mulher vem procurando cada vez mais comodidade e praticidade na sua vida. Por isso na hora de ser presenteada almeja produtos que remetam a uma liberdade de tempo maior. E atenta a isso a indústria já vem preparando suas estratégias e lançamentos. Dirceu Brugalli, gerente comercial da Cadense, comenta que entre os produtos que costumam liderar as vendas nessa data estão as linhas de eletrodomésticos como batedeiras e grills, além de produtos para cuidados pessoais, como secadores de cabelos e chapinhas. Para este ano, de olho no Dia das Mães, quando a empresa projeta um crescimento de 30% nas vendas, a Cadense irá apresentar novidades em batedeiras, panificadoras, liquidificadores, garrafas térmicas, chaleiras elétricas, secadores de cabelos, fornos elétricos e micro-ondas. Já a Latina apostará em uma ação diferenciada para
conquistar as mulheres. Ulisses Pincelli, diretor comercial, disse que a empresa vem observando que nos últimos anos elas esperam por presentes de cunho mais pessoal nesta data. “Por isso nós iremos trabalhar em parceria com o varejo e fazer com que as mães sejam lembradas com presentes de conotação mais pessoal. Foi uma forma inteligente que encontramos para trabalhar a data”, disse. Pincelli acrescenta que historicamente o Dia das Mães representa um incremento de 10% nas vendas. O gerente comercial do Muffato, Adilson Corrêa, confirma que os eletrodomésticos e eletroportáteis lideram as vendas no Dia das Mães. No entanto, nos últimos anos, o varejista também vem apostando em opções de presentes na linha de bazar e importados. De acordo com ele, a empresa irá trabalhar de forma antecipada com encartes específicos e aposta que a negociação e o estoque serão diferenciais que possibilitarão oferecer preços mais competitivos. “Nos preocupamos também em produzir encartes específicos para a campanha, além da decoração das lojas e produtos exclusivos que deverão ser nossa grande estratégia”, diz. Para ficar alinhado ao calendário de promoções sazonais, como o Dia da Mães, Gustavo Carrer, consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) afirma que é preciso planejamento. “Como o consumidor não dispõe de um período longo para as compras, o empresário precisa ficar atento à divulgação e campanhas de marketing nos dias que antecedem a data, pois o cliente deverá pesquisar antes de efetuar a compra”, comenta. O especialista também afirma que para estimular as vendas e atrair novos consumidores o varejista também pode investir na promoção de sorteio prêmios ou distribuição de brindes. Inverno Além das datas sazonais, especialmente no Paraná, a chegada do inverno também representa um bom momento para incrementar as vendas. Em 2012, a estação mais fria do ano começa oficialmente, de acordo com o Simepar – Sistema meteorológico do Estado – no dia 20 de junho, às 20h00. Mas antes mesmo desta data já é possível lucrar com produtos típicos de inverno, como queijos e vinhos. O diretor de planejamento da Vinícola Salton, Maurício Salton, disse que a expectativa para este ano é um crescimento nas vendas entre 12% a 15%. E para incrementar os negócios a empresa está preparando o lançamento de novos rótulos e de uma linha de vinhos diferenciada voltada para os supermercados, a Salton Intenso. E para os meses de abril e maio a empresa também deverá lançar no mercado uma linha de sucos de uva orgânica. Quem também está apostando na estação é a Zaeli, que tem nos meses de junho e julho um giro grande de produtos como achocolatados e milho para pipoca. O presidente da Zaeli, Valdemir Zago, afirma que a empresa irá trabalhar com diversas ações para a divulgação dos produtos nos PDV´s, como a montagem de barracas juninas e a degustação. “Além do material de publicidade visual fornecido por nós no PDV, os produtos que giram mais nas épocas específicas sempre oferecemos preços competitivos”, garante.
TENDÊNCIAS
As mudanças sociais e tecnológicas que estão alterando o perfil do consumidor Redação Supermix Nos últimos dez anos, o Brasil teve uma das mais profundas mudanças da história, com o surgimento de uma nova classe média que já é maioria absoluta em uma série de categorias de consumo. Este grupo - se podemos assim chamá-lo - já deixou de ser um nicho de mercado para se transformar no próprio mercado. Hoje, de acordo com a empresa Data Popular – especializada no consumo da nova classe média - são mais de 110 milhões de pessoas no Brasil que viram sua condição melhorar e se estabeleceram de forma definitiva universo do trabalho. “O acesso ao crédito possibilitou uma mudança drástica no seu poder de consumo e esse brasileiro aprendeu que se planejar, pode tudo, desde a primeira TV de plasma à viagem de avião”, diz o sócio-diretor da Data Popular, Renato Meirelles, instituto especializado no mercado popular. Muitas facilidades estão sendo incorporadas ao novo modo de viver e às experiências de compra desta nova classe. O acesso e as aquisições de bens de consumo desta parcela da
população cresceram muito, e isto pode ser notado no carrinho de compras. A Data Popular constatou que se em 2001 este público consumia apenas 27 categorias de consumo, hoje este número passou para 41. E a tendência é que continue aumentando. Paralelamente ao aumento de renda, outra mudança se configura: o acesso à informação, pela internet. O consumidor atualmente está rendido a ela. Independentemente da geração a que pertençam, com inclinação, é claro, para os mais jovens, esta ferramenta passou a ser quase obrigatória em suas vidas. E, por terem maior acesso às informações, estão sempre atentos às novidades do mercado. As compras pela internet ou no próprio PDV estão incrementadas para quem gosta de aproveitar as promoções e encontrar os melhores preços. Sites especializados na comparação de preços de supermercados estão surgindo por todo o país, o que torna a vida do consumidor mais ágil, e exige atenção dos supermercadistas para manter o cliente.
Tecnologia móvel Exemplo disto é a plataforma MeuCarrinho (www.meucarrinho. com.br), que ajuda as pessoas no gerenciamento de suas listas de compras na web ou no celular. Ela permite o acesso às avaliações e comentários sobre produtos, ao mesmo tempo em que compara os preços de supermercados online. O aplicativo móvel funciona via escaneamento de códigos de barra com a câmera de celulares smartphone que possuam sistemas Android e iPhone/iOS. Tudo é feito pela web, sendo que as informações de produtos são alimentadas por diversas fontes, desde preços atualizados diariamente pelo site, até avaliações fornecidas pelos próprios usuários. A facilidade é não precisar estar conectado à internet, o acesso às listas pode ser obtido offline. O CEO do MeuCarrinho, André Nazareth, diz que o aplicativo é um novo canal de comunicação entre fabricante e consumidor dentro do PDV. “Trata-se de uma solução alternativa mais rápida, escalável, segmentada e com poder
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viral, se comparada com as soluções tradicionais”, afirma. Ele explica que ao escanear o código de barras, se obtém uma relação de ofertas em diversos supermercados, e que ao colocar os preços dos produtos durante a compra é possível saber o valor total antes de chegar ao caixa, com a possibilidade de salvar e manter um histórico dos gastos. Em menos de um mês o novo serviço já contou com mais de 100 mil downloads. O serviço está disponível nas cidades de São Paulo (SP), Jundiaí e Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES). No início do ano o MeuCarrinho foi adquirido pela empresa Buscapé Company, que é direcionada para indústrias de bens de consumo, varejistas, distribuidores, mercado financeiro e
agências de publicidade, que precisam conectar seus produtos e serviços aos consumidores, dando a estes poder de decisão. Está presente em 28 países e recebe 60 milhões de visitas todos os meses. Pesquisa para economia Mais um exemplo da internet aliada às compras é o polêmico portal curitibano Mercafacil (www.mercafacil.com.br), que compara preços de supermercados. A ideia partiu dos paranaenses Bruno Leal e George Christofis Neto, que garantem que a economia pode chegar a 35% por compra. “O que existe hoje são apenas os sites de cada mercado, mas não um que agregue todos eles e faça a comparação e a porcentagem imediata da economia que se pode fazer”, asseguram. Com a ferramenta, o consumidor
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pode avaliar qual o mercado oferece o melhor custo. Isto pode ser feito item por item ou então pela lista de compras completa, o que torna a ida ao supermercado uma tarefa mais fácil e rápida para quem tem a vida corrida, e mesmo para quem busca equilibrar o orçamento doméstico. Os idealizadores acreditam que ao final de um ano utilizando o serviço, é possível economizar até R$ 4 mil, em uma família de até quatro pessoas. O site ajuda a organizar as compras em uma única lista fazendo a pesquisa em alguns supermercados da região. São mais de 40 mil produtos que têm a atualização feita a cada 24 horas pelo próprio sistema por captura automática. Há ainda a possibilidade de que o consumidor salve a sua lista, e assim, da próxima vez que entrar no site não precise selecionar tudo novamente.
SEGURANÇA
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O que em passado recente era uma comodidade para o consumidor tornou-se uma enxaqueca para os empresários. Os assaltos a caixas eletrônicos e a agências bancárias instaladas em supermercados viraram um caso de polícia. Apenas nos dois primeiros meses do ano, segundo o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, a chamada “Gangue da Dinamite” mandou pelos ares nada menos que 24 caixas eletrônicos em todo o Paraná – 35% deles instalados dentro de supermercados. No ano passado, foram 49 casos. Mantida a média registrada nos dois primeiros meses de 2012, o ano pode terminar com a marca de 144 assaltos a caixas eletrônicos. Um recorde. Ameaça ao consumidor Como os supermercados registram um grande fluxo de pessoas, o medo de que inocentes sejam feridos ou mortos pelos assaltantes bateu às portas da Promotoria e do Centro de Apoio de Defesa do Consumidor, órgãos do Ministério Público do Paraná. Preocupado, o procurador-geral de Justiça, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, convocou reunião em Curitiba, no último dia 15 de março, para debater o problema com representantes da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Secretaria de Segurança Pública, Associação Comercial do Paraná (ACP), Sindicombustíveis e Sindicato dos Vigilantes do Paraná. Curando as feridas O saldo do encontro foi positivo, mas resultou em mais trabalho para
os empresários do setor. Decidiu-se que, para inibir este tipo de assalto e reduzir os riscos ao consumidor, será necessário adotar três medidas: criação de uma alternativa para a destruição automática das cédulas, em caso de assalto; definição de critérios para a instalação dos caixas eletrônicos; e a melhoria da qualidade das imagens das câmeras instaladas nos locais onde há este tipo de equipamento. Além disso, as entidades vão elaborar propostas para resolver os problemas já citados. E, finalmente, assinar um termo de ajustamento de conduta que garanta mais segurança aos consumidores. “Nossa prioridade é a segurança dos paranaenses. Já houve inclusive o registro de vítimas em virtude dessas explosões. Por isso, precisamos nos antecipar e coibir a ação desses criminosos”, justificou Sotto Maior Neto.
Acuados, mas não derrotados Vários empresários do setor supermercadista – sobretudo pequenos – decidiram não esperar por uma solução externa e retiraram os caixas eletrônicos de suas lojas. Diretor de Segurança da Apras, o coronel Luiz Alberto Leão, compreende esta preocupação. “Além de não terem a mesma estrutura de segurança das agências bancárias, geralmente estas lojas estão situadas nas periferias das cidades, com fácil acesso viário para fuga, o que facilita os assaltos”, explica. Leão diz que uma das soluções apontadas pelos bancos para minimizar o problema (o “entintamento”,
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mecanismo que mancha as notas quando o equipamento é arrombado) não tem se revelado tão eficaz como se pensava. Com a medida, de fato, os ataques aos caixas diminuíram. Mas não acabaram. “Os bandidos já inventaram um jeito de ´lavar´ as notas para poder usá-las”, conta o coronel. Rigor contra o crime Por este motivo, o diretor de Segurança da Apras sugere ações complementares importantes e eficazes para coibir este tipo de crime. Uma delas é a prisão urgente das quadrilhas, o que começou a acontecer. Há vinte mandados de prisão contra assaltantes em execução na Região Metropolitana em Curitiba e no Interior do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Leão também propõe mais controle do governo sobre os explosivos e, no caso dos bancos, a utilização de tecnologia mais eficiente para a destruição das cédulas de dinheiro. Feito isso, diz o coronel, os supermercados e os shoppings continuarão sendo os locais mais seguros para os consumidores fazerem saques de dinheiro ou para pagar suas contas. “Esta vantagem vale principalmente para o período da noite, porque os supermercados oferecem aos consumidores locais com estacionamento, circulação de pessoas, iluminação e segurança”, avalia o diretor de Segurança da Apras. Redação Supermix
ECONOMIA
A era dos
supermercados-shoppings
Redação Supermix
Na onda do consumidor, redes intensificam parcerias e multiplicam conceito one stop shop
fidelização do cliente. One stop shop
Já ficou para trás o tempo em que o consumidor só ia ao supermercado para rechear a geladeira com comida e os armários de casa com produtos de limpeza e de higiene. Habituado ao universo quase inesgotável de ofertas dos shopping centers, os clientes forçaram os supermercados a ampliar seu perfil e a se converter em grandes espaços privados de serviços, de lazer e, claro, de uma infinidade de produtos.
Os hipermercados Walmart em Curitiba – das bandeiras BIG e Walmart Supercenter – adotam a mesma linha. É uma das redes que mais investe neste conceito, conhecido como one stop shop. No caso do Walmart, a proposta é oferecer tudo de que os clientes precisam em um único lugar e em qualquer unidade da rede: eletroeletrônicos, têxteis, utilidades domésticas, brinquedos, papelaria, ferramentas, CDs e DVDs, pets, produtos para limpeza e jardinagem e até camping.
Embaladas por esta onda do mercado, as grandes redes intensificaram suas parcerias para facilitar a vida do consumidor. O resultado deste movimento é palpável. Hoje, é possível comprar um pneu e logo depois instalá-lo no carro, ao mesmo tempo em que se saboreia o almoço ou se compra sapatos e pasta de dente. Tudo nas lojas anexas ao supermercado – ou até dentro dele. É o que acontece na rede Muffato. Em grande parte das lojas do grupo, sobretudo as mais novas, os consumidores têm à sua disposição um leque de operações de negócios. A ideia é que os clientes tenham, em um único local, serviços que facilitem o seu dia a dia, como: casa lotérica, caixas eletrônicos, farmácia, moda feminina, calçados e alimentação, entre outros. “O cliente sai de sua casa para fazer compras no mercado e aproveita para pagar a conta de água, luz, tirar dinheiro, comprar um presente de ultima hora, ir ao cabeleireiro, entre outros, desfrutando do estacionamento, da segurança e ainda poupando tempo de ter que estar se deslocando de um lado para o outro neste transito tumultuado”, explica o gerente comercial do grupo, Adilson Corrêa. Os resultados são óbvios: praticidade, ganho de tempo e, além de tudo, a
O balcão de atendimento pós-vendas “Chame o Gênio” é um dos serviços agregados pela rede. Fica no setor de eletroeletrônicos e está em fase de implementação em todos os Walmart no Paraná. A infra-estrutura conta com atendentes exclusivos e especializados para testar o funcionamento e orientar o cliente sobre a correta utilização dos produtos, dando suporte às suas dúvidas e evitando futuros transtornos. Este serviço também suporta tecnicamente o cliente que eventualmente retorne à loja para trocar algum produto com defeito funcional, através de completa avaliação e orientação de uso. O horário de funcionamento é de segunda a sexta das 10h00 às 22h00 e nos fins de semana e feriados das 10h00 às 17h00. O crescimento deste setor pode ser medido em números. Levantamento feito pelo Walmart em 2011 mostrou crescimento de 28% apenas nas vendas de genéricos nas suas farmácias da região Sul, na comparação ao ano anterior. A rede tem onze farmácias no Paraná, localizadas dentro dos estabelecimentos Walmart Supercenter e TodoDia de Curitiba e Região Metropolitana, bem como de lojas Maxxi Atacado e BIG localizadas no Interior do Estado.
suporte Jurídico Redação Supermix
Supermercados e o “novo” consumidor: o caminho é o diálogo Por motivos óbvios, os consumidores hoje em dia estão cada vez mais atentos e cientes dos seus direitos. A facilidade no acesso a informação, por meio da mídia e das redes sociais gera, em consequência, a obtenção de mais consciência sobre seus direitos, sobretudo em relação ao Código de Defesa do Consumidor. Se esta interação ficou mais intensa nos dias atuais e tende a acentuar-se, existe uma luz no fim do túnel quando se apresenta um caminho conflituoso entre consumidores e supermercados: o aprofundamento do diálogo e da negociação. A orientação é do advogado da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Silvio Brambila. Ele fala sobre o tema com autoridade. Professor de Relações de Consumo, mestre em Direito Civil e procurador jurídico de Curitiba, o advogado acompanha de perto a mudança do perfil dos consumidores, ocorrida sobretudo nos últimos anos. Um dos caminhos sugeridos pelo advogado para ampliar este diálogo e evitar que a aplicação da lei se transforme em uma tortura para os supermercadistas é a chamada Convenção Coletiva de Consumo. Curiosamente, este mecanismo está previsto no Título V do próprio Código do Consumidor. Por meio desta ferramenta, é possível a um grupo de fornecedores e consumidores se unir para pactuar regras a respeito de determinados temas mais amplos. O problema é que esta ferramenta ainda é pouco usada no Brasil. “Em outros países com o mesmo nível de desenvolvimento que o nosso, a Convenção Coletiva de Consumo é muito utilizada porque resolve problemas antes que aconteçam, evitando controvérsias e até pendências judiciais”, explica.
Brambila entende, porém que, considerando a evolução das relações entre supermercado e consumidor, a tendência é que o uso deste meio se aprofunde nos próximos anos. “Os fornecedores e supermercadistas estão cada vez mais cuidadosos. Por outro lado, os consumidores estão
aprendendo que a negociação setorial e com grupos é muito mais importante que as demandas individuais”, diz o advogado. Mas este não é o único recurso ao qual o empresário pode recorrer para evitar problemas. O advogado da Apras também considera fundamental que os supermercadistas se aproximem mais dos Poderes Executivo e Legislativo. “Os supermercados estão se articulando mais e ampliando suas vozes na sociedade. Penso que isso deve continuar. É fundamental estabelecer um bom nível de diálogo com lideranças políticas, assim como com os grupos organizados de consumidores, para atingirmos pontos adequados nas relações de consumo”, avalia.
“Brasil tem inflação legislativa”
Há um motivo especial pelo qual o advogado Silvio Brambila sugere o caminho do diálogo e da negociação entre empresas, consumidores e governo: o número exageradamente grande de leis de defesa do consumidor. Para ele, embora importantes, muitas vezes estas leis causam transtornos aos empresários do setor. Brambila diz que, evidentemente, elas devem ser cumpridas, mas faz uma ressalva. “Há uma proteção grande do consumidor porque os meios jurídicos e legislativos reconhecem que os fornecedores são cada vez mais fortes. O problema é que muitas vezes ocorrem exageros nesta busca de proteção. O Brasil tem a característica, faz muitos anos, de ser o país da inflação legislativa. O problema é que, aqui, tem lei que pega e lei que não pega”, comenta. Uma lei que “pegou” foi o Código de Defesa do Consumidor, criado como resultado de um movimento internacional, fruto de uma resolução da Organização das Nações Unidas
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(ONU) de 1985. Esta resolução determinou aos países signatários que promovessem ações enérgicas de defesa do consumidor. Este princípio foi incorporado à Constituição Federal do Brasil de 1988. A mais importante delas foi o Artigo 5, que criou o Código de Defesa do Consumidor (instituído em setembro de 1990 e em vigor um ano depois) e estabeleceu a obrigação do Estado de garantir o seu cumprimento.
Código de Defesa do Consumidor Brambila defende a lei, embora considere que o fato de o Código não ter sido discutido com a sociedade tenha provocado a demora na sua aplicação. “O Código, sem dúvida nenhuma, representa um grande avanço na legislação, mas como foi imposto, demorou muito para ser entendido pela população e pelos aplicadores da lei”, avalia. No seu entendimento, as duas grandes mudanças
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provocadas pelo Código foram a responsabilidade civil pela venda e a publicidade dos produtos. No primeiro caso, antes do código, quando vendia um produto, o supermercadista não tinha responsabilidade pelo funcionamento e durabilidade da mercadoria. “O Código estabeleceu a responsabilidade solidária entre comerciante e fabricante, o que quer dizer que se um produto não estiver adequado, os dois podem ser responsabilizados”. Quanto à publicidade, atualmente, um dos pontos que mais complicam as vidas dos supermercadistas é a exposição de produtos com prazo de validade vencido. “Em vários setores dos supermercados, quem repõe estes produtos não é um agente da empresa, mas um funcionário do fabricante. Isto significa que, se o produto tiver data de validade vencida, haverá configuração de crime e pode haver prisão em flagrante do representante do supermercado - no caso, o gerente”. Para Silvio Brambila, neste item, a legislação é muito rigorosa e deveria ser modificada. “O que se deveria buscar é a isenção da responsabilidade criminal e se encontrar outra hipótese que não a prisão imediata do representante do supermercado”, avalia o advogado da Apras.
artigos
*Bernt Entschev é fundador e presidente do Grupo De Bernt, colunista da Gazeta do Povo, Revista Supermix e La Nación, comentarista nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock, e autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos.
O Varejo olhando para o futuro Sobreviver no varejo dá trabalho e é duro, e os donos de comércios deste tipo sabem como é. É preciso manter as vendas em alta para custear as baixas margens de lucro e, além disso, estabelecer uma relação harmoniosa entre a qualidade dos produtos, o preço, a infraestrutura da loja e manter a equipe de trabalho motivada e bem treinada. Mas, de tantos pontos para cuidar, o que podemos realmente esperar do varejo do futuro? Em minha concepção, e eu sou um pouco suspeito para falar disso, acredito que o sucesso em todo e qualquer varejo é o seu relacionamento com o cliente, e já explico porque. Chegamos a um ponto onde há sistemas concebidos para automatizar o maior número de processos possíveis. Processos esses que, até pouco mais de uma década, eram feitos manual e artesanalmente. Sim, criar os sistemas de controle de estoque, fluxo de caixa ou atualizar os preços podia ser considerado uma arte, daquelas que enchiam as cadernetas de números e anotações. Hoje isso não existe mais e tais sistemas são tão básicos que os próprios órgãos do governo oferecem sistemas para os micro e pequeno empresários a custos simbólicos.
Comparar o comércio de hoje com o de até então poderia ser considerado até covardia. O homem cria e aperfeiçoa máquinas e sistemas para substituir e resumir o pensamento humano à menor partícula de esforço possível. Com tamanho artifício tecnológico nas mangas, com o que exatamente o varejo do futuro deveria se preocupar, já que inovação e sistemas mais modernos obviamente surgirão com o tempo? Que armas teriam as lojas para fidelizar o cliente? e digo fidelizar um cliente como deixalo tão feliz quanto em um matrimônio recente. Pessoas sempre irão necessitar e/ou desejar produtos e, justamente por isso, as lojas não devem simplesmente existir para vendê-los, mas sim para proporcionar uma experiência agradável ao público que comprar ali. Deve haver uma razão, por mais subliminar que seja, para que o público se sinta realizado ao gastar seu suado dinheiro justamente ali. Proporcionar isso enobrece o produto, desperta o sentimento de realização ao finalizar a compra e, a mais tarde, desfrutar do produto. Por essas e outras razões as empresas normatizam seu atendimento ou fazem um trabalho fantástico de arquitetura
no interior de suas lojas - tudo para aumentar a qualidade e uniformidade do que é ofertado, mesmo em diferentes lojas. Porém, ainda há falhas. Há lojas em que se perde mais tempo em filas de caixa do que efetivamente escolhendo o produto. Em outras, o atendimento simplesmente deixa a desejar – seja pela carência ou excesso de zelo com o cliente, ou mesmo por sequer conhecer o produto da loja em que trabalha. E ainda em outras, o ambiente criado ao consumidor não o agrada, com produtos mal dispostos, prateleiras e estandes desarrumados ou mesmo a falta de uma ouvidoria funcional. Ouvir a real necessidade do cliente, seja para disponibilizar um produto específico no ponto de venda, ou para resolver um problema mais rápido, deverá sempre ser a prioridade do varejista. Canais de comunicação eficientes, onde a mensagem não só vai ao consumidor, como também chega à direção do empresário varejista, devem ser revistas à exaustão. O número de clientes cresceria muito, e o comércio agradeceria, muito.
Adriane Werner é jornalista e palestrante e escreve nesse espaço sobre comportamento profissional.
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As lições de Thomas Edison Inventor americano foi também autor de dezenas de frases de impacto citadas até hoje e que valem por verdadeiras aulas de comportamento profissional. “Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais
Para quem acha que veio para a vida a passeio, que basta
certo de vencer é tentar outra vez.” Essas frases, que
esperar a sorte, ele aconselha: “Aprenda a confiar em si
poderiam render páginas e páginas de comentários, são
mesmo e aprenderá o grande segredo da vida”, e, de quebra,
de Thomas Edison, o norte-americano que, entre milhares
acrescenta: “Nunca fiz nada que valesse a pena por acidente;
de inventos, criou a lâmpada elétrica, o gramofone e o
nem nenhuma de minhas invenções aconteceu por
microfone. Edison é considerado o maior inventor de todos
acidente; todas aconteceram por meio de muito trabalho”.
os tempos. A ele são atribuídas mais de 1300 patentes.
Mas para aqueles que levam a vida muito a sério, Edison
A lâmpada, por exemplo, foi resultado de inúmeras
lembra que o melhor caminho é descobrir o que você
tentativas frustradas, ao que ele respondia: “Nunca falhei.
realmente gosta de fazer... aí a vida vira uma festa: “Nunca
Apenas descobri 10 mil maneiras que não funcionam.”
trabalhei um dia em minha vida — era sempre uma
Edison tornou-se notável não apenas porque foi mais um
diversão.”
americano excêntrico que se dedicou a inventar coisas que muitos achavam que não teriam utilidade, mas principalmente porque foi uma pessoa da visão, uma pessoa persistente e que sabia onde poderia e onde queria chegar.
Pra quem pensa em desistir quando aparecem os primeiros obstáculos, o lembrete é o seguinte: “O maior elogio que ouvi em toda a minha vida de inventor foi: ‘Nunca vai funcionar’ ”. E ainda diz que, assim, poderemos até ser
Até hoje, Edison nos ensina o quanto é preciso persistir,
grandes como ele foi: “Gênio é aquele que tem uma grande
especialmente naqueles momentos em que nada parece
paciência.”
dar certo, em que o mundo parece estar contra nós. Aí é o momento de lembrar que ele disse também: “Qualquer homem pode alcançar o êxito se dirigir seus pensamentos numa direção e insistir neles, até que aconteça alguma coisa”. Quem nunca ouviu a célebre “talento é 1% inspiração e 99% transpiração”? Pois é... é dele também!
Então, meu amigo, minha amiga, agora é só colocarmos em prática tudo o que o inventor nos ensinou... Desejo que as palavras de Thomas Edison sejam, a partir de agora, verdadeiros mantras pra você, como já estão sendo para mim...
ACADEMIA EMPRESARIAL APRAS
Palestra: “Prevenção a Desperdícios e Perdas” A Apras Regional de Curitiba recebeu no dia 03 de abril de 2012 às 19h00 os profissionais Angelita Pontes, Geudson Liboa e Sergio Gaze da L&G Consultoria que ministraram a palestra de como “Prevenir Desperdícios e Perdas”. Estiveram presentes 69 pessoas, entre associados e seus colaboradores. Os palestrantes abordaram o tema falando da representatividade das perdas no faturamento do setor, explicaram qual é o papel do colaborador na redução das perdas e como deve ser a Gestão empresarial no que se refere a Desperdícios e Perdas. O aproveitamento foi muito bom e todos saíram enriquecidos com a palestra.
LANÇAMENTO!!!!!!!! Curso Gestão do Custo Operacional de Loja – 40h/aula Após a participação dos alunos no Curso Gestão da Informação, os alunos requisitaram um curso de cálculos de tributos. O curso é dirigido para os profissionais do setor de tesouraria, controladoria, setor financeiro e para aqueles que trabalham com compras de mercadorias e outros interessados. O conteúdo do curso estará abordando a Análise de Custos, Tributação (Formas de Tributação, Substituição tributária e cálculos de tributos); Análise financeira (Cálculo da margem com os impostos, cálculo do custo de mercadorias) e Análise de Custos Logísticos. O curso está sendo lançado em abril e para participar é necessário ter domínio de Matemática Básica e Financeira, incluindo domínio de calculadora financeira. Entre em contato com sua regional, pois ela primeiramente estará divulgando o curso prévio de Matemática básica e financeira. Curso Formação Gerencial no Varejo – 200h/aula O Curso de Formação Gerencial no Varejo estará dando início a novas turmas no mês de abril de 2012.
CURSOS DE GESTÃO: Curso Gestão da Informação (TI) – 60h/aula A Academia Apras lançou o novo curso Gestão da Informação e 5 turmas já se formaram. O curso visa preparar os profissionais na organização interna das empresas, no controle de produtos desde o momento de compra, entrada em loja, estoque, venda e saída final do produto, levando em conta a Tecnologia de informação interna. Um trabalho que está sendo feito para auxiliar as empresas no funcionamento do SPED Fiscal. O curso está trabalhando com módulos na área econômica, fiscal, gestão e controle operacional, contabilidade e controladoria, classificação de produtos e precificação e centro de processamento de dados (CPD). Novas turmas estarão iniciando em 2012 e a nova carga horária foi aumentada em 60horas/aula a pedido dos alunos. Reserve a sua vaga! Entre em contato com sua regional.
Um trabalho que tem visto grandes resultados, onde novos líderes estão sendo preparados para gerenciamento de lojas. Inscreva-se já, prepare seus colaboradores para a gestão em sua empresa!!! Entre em contato com sua regional!!! Curso Gestão Técnico-operacional de Loja – 100h/aula O Curso de Gestão Técnico-operacional de Loja que tem como objetivo desenvolver funcionários que já atuam nas lojas, formando-os técnico e operacionalmente para tornarem-se encarregados e líderes de setor. Novas turmas estarão iniciando em 2012 e a nova carga horária foi aumentada em 100horas/aula a pedido dos alunos. Reserve a sua vaga! Entre em contato com sua regional. O curso pode ser realizado In company e de acordo com as necessidades de sua empresa. Procure a regional mais próxima e se informe. Ele poderá ser levado até a sua cidade!!
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CONTATOS: Ponta-Grossa: Anita no fone (42) 3236-3077 e-mail: pontagrossa@apras.org.br Curitiba: Fernanda no fone (41) 3263-7000 e-mail: fernanda@apras.org.br Cascavel: Laila/Claudia no fone (45) 3223-9995 e-mail: laila@apras.org.br Londrina: Gleyce no fone (43) 3323-7935 e-mail: gleyce@apras.org.br Maringá: Patrícia no fone (44) 3031-6622 e-mail: maringa@apras.org.br Pato Branco: Tamycieli no fone (46) 3224-5495 e-mail: patobranco@apras.org.br Se você quer levar o curso para sua cidade, entre em contato com a regional mais próxima.
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CURSOS DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA: Mais quatro turmas de Cartazistas se formaram no mês de março de 2012. Em Cascavel foram formados 11 alunos no dia 14 de março de 2012, em Londrina 19 alunos foram capacitados no dia 15 de março de 2012, em Maringá 13 alunos receberam seu certificado e também foram capacitados em Curitiba no dia 29 de março de 2012 mais 16 alunos. O Curso de Formação de Cartazistas é um sucesso na Academia Apras em todo o Paraná e o prof, Anselmo dos Santos tem nos auxiliado nesta conquista, ensinando a boa técnica do “Cartazeamento”. A Academia Apras agradece às “Tintas Metiq” e à “Casa do Cartazista” que têm sido grandes parceiros com seus materiais de excelente qualidade. Obrigada pela parceria! Parabéns aos 59 novos cartazistas capacitados no mês de março no estado!
ACADEMIA EMPRESARIAL APRAS alertas aos golpistas de loja. Este trabalho poderá ser realizado no seu município! Procure sua regional e faça sua requisição!
CURSOS IN COMPANY A CASA CHINA foi um grande exemplo em investimento de funcionários no mês de março. Nos dias 13, 20 e 27 de março encaminhou um grupo de 22 funcionários para o Curso de Atendimento ao Cliente com o prof. Ronaldo Rangel. Ele com sua experiência auxiliou os participantes a aperfeiçoar seus conhecimentos, adquirindo novas formas de comunicação visando a melhoria da qualidade no desempenho das funções e na prestação de serviços. Parabéns a Casa China pelo investimento.
Curso Básico de Carnes (08h/aula) A Apras de Curitiba realizou seu curso de Capacitação Básica em Carnes no dia 28 de março de 2012. Estavam presentes 29 participantes e o curso foi ministrado pelo médico veterinário prof. Luiz Fernando Camargo (CRMV-PR 1967). Os alunos se envolveram bastante e a aula foi estendida por estes, com muitos questionamentos. Parabéns aos alunos pelo empenho!!!!!
Frente Caixa II - Perícia: Controle de Fraudes e Golpes (08h/aula) Uma turma de 20 alunos foi capacitada no dia 12 de abril de 2012 no Curso de Controle de Fraudes e Golpes. Este trabalho foi ministrado pelo prof. Alexandre Matta do Banco Central, que trabalhou com os alunos vários tipos de notas falsas. A profª Cléia Franczak da Silva deu continuidade ao programa trabalhando vários tipos de golpes , cartões e documentos falsos. São golpes antigos e golpes novos que de forma vivencial foi aplicado na turma, a fim de deixá-los
Procure a equipe da Apras para pedir uma proposta de curso. Nós iremos visitá-lo e focar os trabalhos na sua necessidade. Um trabalho que poderá ser realizado na sua cidade e dentro da sua loja!!
COMITÊ RECURSOS HUMANOS A Apras organizou mais um trabalho do Comitê de RH com seus associados nas regionais do estado. O encontro abordou o tema: “Novas Fontes de Recrutamento e Seleção”. O objetivo da reunião foi trazer ao associado novas idéias de locais e de novos profissionais que poderiam estar trabalhando no setor supermercadista. Foram colocadas 3 possibilidade de contratação: O Menor Aprendiz, Portadores de Deficiência e Ex-presidiários. As reuniões aconteceram durante o mês de março e se estenderam por todo o estado. A regional de Londrina recebeu seus associados no dia 15 de março, contou com o auxílio do sr. Claudio Marcio Melo – Diretor da Guarda Mirim que, falou da contratação
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do Menor Aprendiz. Participou da mesa a Srª Glaucia Maria Machado do ILECE, e orientou a todos sobre a contratação do Portador de Deficiência. A regional contou também com a presença da sr. Cintia Helena dos Santos, Psicóloga e Diretora do Patronato Penitenciário de Londrina. Eles responderam muitas perguntas e tiraram muitas dúvidas dos presentes. A reunião contou com o apoio da associada Virgínia Maria Simões, gerente de RH e representante da rede Viscardi. Ela declarou que está tendo muito bons resultados com o aprendiz e que a rede Viscardi está conseguindo treiná-los internamente, incentivando a todos na contratação do menor. Ao término da reunião a srª Kimiko Yoshii que auxilia em projetos sociais em Londrina, parabenizou a Apras pela reunião e incentivou a todos dizendo que os jovens devem receber nossas mãos para ajudá-lo e que disso depende termos uma sociedade melhor.
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dos associados sobre o trabalho destes profissionais. O sr. Roberto Canto do Patronato Penitenciário esteve presente e falou sobre a contratação do egresso. Neste dia contamos com o apoio de Josiella Dariane Camargo, que representou da Rede Muffato. Josiela incentivou a todos na contratação do Menor Aprendiz e disse que tem tido bons resultados com seus trabalhos. Uma nova fonte de Recrutamento e seleção cujo tema deixou todos pensativos foi sobre a contratação de egressos. É algo que assusta aqueles que desconhecem o proceder, mas aqueles que puderam esclarecer suas dúvidas dizem ter saído com uma nova visão sobre o assunto e visualizando mais um grupo de pessoas que querem muito trabalhar e se integrar à comunidade. A Apras agradece a todos os profissionais que trouxeram informações neste momento!!!!!
Em Curitiba recebemos os associados no dia 20 de março e contamos com o auxílio da srª Yvy Karla Abbade, Diretora da Unilehu que explicou a todos como contratar Portadores de Deficiência. Também tivemos conosco o sr. Roberto Canto, Diretor do Patronato Penitenciário do Paraná que de forma bem explicativa orientou a todos como e por que contratar ex-presidiários. A regional de Ponta Grossa recebeu seus associados no dia 21 de março e contou com o apoio do sr. José Amande, Técnico Educacional do SENAC que explicou na todos o proceder na contratação do Menor. O associado também pode conhecer melhor como contratar o Portador de deficiência através do auxílio de Érica Cristina Pereira e Fernanda de Matos do Instituto Mundo Melhor que, gentilmente nos cederam a foto da reunião. E de forma muito explicativa e esclarecedora receberam orientações do sr. Roberto Canto sobre a contratação do ex-presidiário. Durante a reunião contamos com o apoio e incentivo da srª Ana Lucia Szaucoski, responsável pelo Recrutamento e Seleção da Rede Tozetto. Ana falou de sua experiência na loja e incentivou a todos a “arregaçar as mangas e ir atrás destas pessoas”. Se não são aptos acredita que “a empresa poderá revertê-los em aptos para o trabalho”. Cascavel também realizou sua 1ª reunião de comitê de RH do ano no dia 27 de março. Pudemos contar com apoio de Maristela Zenere, assistente Social da guarda Mirim que orientou a todos sobre a contratação do menor. Lá também estava presente a srª Marcia Weiber da associação Cascavelense de Surdos, que também respondeu perguntas
A Programação dos Cursos da Academia Empresarial APRAS pode ser vista no site www.academiaapras.com.br
orgânica
Miguel Ferrari Stella, Consultor de Marketing Editorial e Trade e Marketing para a indústria e varejo. Em 2005, produziu o “Espaço Orgânico & Natural” no varejo alimentar, que resultou na criação da “Semana Nacional de Alimentos Orgânicos em Supermercados”, realizada por meio de uma parceria da ABRAS e Ministério do Meio Ambiente, hoje na 8ª Edição.
A hora e a vez dos produtos orgânicos no varejo Em franca expansão, o mercado de produtos orgânicos constitui uma grande oportunidade de negócios para quem souber trabalhar com a chamada “bandeira verde”. Supermercados, lojas especializadas, restaurantes e hotéis podem encontrar aí um forte diferencial competitivo, com atributos de valor cada vez mais reconhecidos e valorizados pelos consumidores. Alinhados às tendências internacionais de consumo que privilegiam a saúde e o bem-estar, a sustentabilidade e a ética, os brasileiros buscam informações sobre a origem dos produtos, selos de qualidade e já encaram qualidade de vida sob um ponto de vista mais amplo, que inclui a sociedade e o meio ambiente. Mas querem pagar um preço justo por isso, entendem que estes produtos, em relação aos tradicionais, podem ter de 20 a 30% de diferença nos custos. Quem oferece orgânicos em suas gôndolas agrega valor e diferenciação ao negócio, gerando satisfação e fidelização de clientes. Estimulados por essa perspectiva, produtores e indústrias apostam na produção de orgânicos, ampliando a variedade e a oferta para muito além dos alimentos, estendendo-a a cosméticos, confecções e limpeza doméstica, entre outras categorias, a exemplo do que se vê nos mercados europeu, asiático e norte-americano. Os produtos orgânicos são provenientes de processos que não utilizam insumos químicos, agrotóxicos
e outras substâncias tóxicas e sintéticas. Com isso, se preservam ecossistemas, a biodiversidade, os ciclos, além de promover a inclusão social de pequenos agricultores e indústrias. Segurança e confiabilidade Outra alavanca que tende a impulsionar ainda mais a demanda por orgânicos no Brasil é a obrigatoriedade de que os produtos oferecidos ao mercado exibam o selo do sistema brasileiro de avaliação da conformidade orgânica, o chamado selo orgânico brasileiro. Essa prática, estabelecida pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA) e em vigor desde janeiro de 2011, atesta aos empresários e aos consumidores finais que o produto que estão comprando é realmente orgânico. E não é só. O Governo brasileiro está realmente empenhado em promover internacionalmente a diversidade ambiental e social do país e também os “produtos” brasileiros, entre eles os orgânicos. Afinal, o país está prestes a hospedar uma série de mega-eventos, a começar pelo Rio+20 em 2012, a Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. Todos eles oportunidades excepcionais para atingir esse objetivo. A APRAS, vendo estas diversas oportunidades para o varejo, realiza durante a MERCOSUPER 2012, a “Orgânica – Feira de Produtos Orgânicos”, onde dezenas de produtores estarão expondo seus produtos, para
que você, supermercadista, possa negociar diretamente com eles. Neste espaço você vai encontrar produtos industrializados e in natura, para preparar sua loja para esta onda de consumo que vai invadir o país. Lembro ainda que nesta área orgânica, será lançado oficialmente o Cadastro Nacional de Produtos Orgânicos & Naturais – (CNPON), editado pela Ferrari Stella Comunicação. Nesta edição, que é anual, você vai conhecer as tendências e oportunidades que o segmento oferece, e receber informações sobre as novas normas estabelecidas pelo MAPA para comercializar produtos orgânicos no varejo até os cuidados com a importação. Nas páginas finais do CNPON, a relação das empresas e seus produtos industrializados ou in natura, por seção de loja. Enfim, a Orgânica 2012 é uma ótima oportunidade para os varejistas rentabilizarem suas lojas e atenderem o desejo deste novo consumidor que quer produtos saudáveis e empresas que praticam a responsabilidade social, como os orgânicos. Boa leitura e até a próxima edição!
Miguel Ferrari Stella Diretor - Ferrari Stella Comunicação PS.: Caso queiram sanar suas dúvidas, ou mesmo, mais exemplares do Cadastro Nacional de Produtos Orgânicos e Naturais, solicitem informações pelo e-mail: ferraristella@ferraristella.com.br
ESPAÇO APRAS
1º Jantar do Espaço do Fornecedor 2012
A Associação Paranaense de Supermercados (Apras) organizou o primeiro jantar Espaço do Fornecedor 2012, no dia 23 de março, com a presença de mais de 150 empresários e colaboradores supermercadistas de Curitiba e Região Metropolitana. A empresa que patrocinou o evento foi a Moinha Arapongas, com uma de suas marcas: a Alimentos Floriani. Na década de 60 a Moinho Arapongas de inicio as atividades com a farinha de trigo e, graças a grande visão do seu idealizador, Paulo Kümel, hoje o norte paranaense é considerado o melhor do país e, líder em produtividade de trigo. Após o sucesso com a farinha arapongas, a empresa
começou a diversificar e, no ano de 1989, foi criada a linha Alimentos Floriani, que produz diversificados produtos com as mais modernas técnicas de fabricação e atende os mais exigentes paladares. Estiveram presentes no evento o diretor comercial da empresa, Roberto Kümel, filho do idealizador da empresa, o gerente de marketing, Paulo Kümel e o gerente comercial Francisco Luiz Peça, quem fez questão de apresentar toda a equipe da empresa para os convidados.
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Secretaria de Educação e Apras firmam acordo de parceria
O diretor comercial da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Walde Prochmann, e a gerente de treinamentos estadual, Andrea Luy, estiveram no dia 20 de março, em audiência na vice-governadoria do Paraná, com o vice-governador e secretário Flávio Arns. A reunião também contou com a participação do vereador Felipe Braga Côrtes, parceiro da entidade que solicitou a audiência. A reunião teve a finalidade de apresentar ao secretário de educação, uma proposta de parceria entre a Apras e a Secretaria Estadual de Educação, para que os cursos ministrados pela academia empresarial apras tenham reconhecimento e alcance no Paraná. Segundo o secretário de educação, Flávio Arns, é de muito interesse que estes cursos sejam reconhecidos e continuem
a capacitar mais e mais pessoas. “Esta é uma área que podemos sim avançar com cursos por todo o Estado. É uma área carente de profissionalização. Além disso, estes cursos são de grande importância na questão do primeiro emprego”, afirmou. A sugestão da secretaria foi estabelecer um convênio aonde a entidade entraria com o ensino e a ‘expertise’, enquanto a secretaria entraria com a cooperação técnica, ou seja, forneceria o material, o espaço e até os computadores usados nos cursos – dependendo da região em que estes sejam ministrados. A assinatura desta importante parceira seria firmada durante a solenidade de abertura da Mercosuper 2012, “O Varejo Olhando para o Futuro”.
Lançamentos Zaeli lança Tempero Meu Preparado especialmente para facilitar a vida de quem não tem o hábito, não gosta ou não tem tempo de ficar picando alho e cebola, a Alimentos Zaeli lança o ‘Tempero Meu’ nas versões Arroz e Feijão. O Tempero Meu garante um arroz branco e soltinho e um feijão com sabor brasileiro, que oferece a cor, o paladar e o aroma ao prato mesmo após seu congelamento, preservando o sabor caseiro. Preparar os pratos é muito fácil e prático: basta refogar o arroz no óleo, jogar todo o conteúdo do sachê e acrescentar água. No feijão é só aquecer uma colher de óleo e adicionar um sachê do Tempero Meu e refogar o feijão já cozido, deixando ferver por três minutos e pronto.
Molico Totalcálcio lança nova embalagem em formato sachê A partir deste mês, chega às gôndolas de todo o país o MOLICO TotalCálcio Sachê com 600 gramas, em embalagem econômica, com rendimento de 6 litros e de fácil armazenamento. O lançamento mantém todos os benefícios da linha MOLICO TotalCálcio, desenvolvida para oferecer100% das recomendações diárias de cálcio para um adulto (1.000mg) por meio do consumo de apenas dois copos por dia, além de ser rico em cálcio e ter 0% de gordura. Esta versão de NINHO oferece a mesma qualidade do NINHO tradicional com 90% a menos de Lactose. E para manter a principal característica da marca que as mães brasileiras adoram, ele também é fortificado com Ferro e Vitaminas C, A e D. Não é à toa que NINHO é o grande aliado da boa nutrição das crianças. A Sollys, marca de bebida à base de soja da Nestlé lança a linha Sollys Vitamina. O produto utiliza aveia em sua composição e pode ser encontrado na versão de 1 litro, nos sabores banana com aveia e frutas com aveia. As embalagens de 1L também apresentam novos layouts com tampa de rosca. O produto estará disponível nos supermercados a partir deste mês.
Lux lança versão Pump e mostra que a sedução começa pelas mãos Lux, a marca líder em sabonetes que mais reflete a beleza feminina, estreia 2012 com uma grande novidade: chega este mês sua primeira linha de sabonetes líquidos especificamente para as mãos. Inspirados pelas notas frutais, Toque de Cereja e Toque de Damasco, revelam fragrâncias doces, porém suaves, que dão leveza e frescor às mãos, deixando-as limpas e macias. Com uma combinação de estímulos que envolvem a consistência encorpada dos cremes aos leves perfumes das duas frutas, é possível sentir um toque diferenciado à pele, estimulando o poder da sensualidade presente em todas as mulheres. A fórmula limpa delicadamente a pele de óleos
Lançamentos e impurezas, sem remover a hidratação natural da pele, evitando assim, o ressecamento. “Lux já possui uma linha completa e distinta para o corpo, tanto em barras quanto líquidos. Este ano a marca dá um passo à frente com a ampliação do portfólio, de maneira a abranger todos os momentos de cuidados que as mulheres possuem com seu corpo, com uma fórmula que ressalta a beleza feminina”, explica Bianca Shen, gerente de marketing de Lux. A embalagem moderna traz as variantes em um formato prático e econômico: basta uma leve pressão para retirar a quantidade ideal do produto em cada lavagem. A textura
consistente, quando em contato com a água e as mãos, revela um perfume irresistível e envolvente, que limpa sem agredir a pele. Lux Linha Mãos: Toque de Cereja: o creme da cereja revela um delicioso e sensual perfume, capaz de envolver a pele em prazer e maciez. Toque de Damasco: revigorante, a fragrância frutal do creme de damasco permite uma pele bonita e sedosa. Todos os sabonetes Lux são clinicamente testados para comprovar segurança e eficácia para a pele.
Distribuidora Sardagna apresenta lançamentos na Mercosuper 2012 START é a batata ondulada que chega aos pontos de venda unindo um tema jovial e um sabor único. Seu diferencial é conter 60% menos gordura saturada que os concorrentes, reafirmando a preocupação com o bem-estar dos consumidores. Um produto exclusivo que a Distribuidora Sardagna estará apresentando na Mercosuper, além do seu tradicional mix com mais de 2.500 itens. A distribuidora também convida os participantes/visitantes da Mercosuper a degustar o Altanero, no stand da Sardagna. O vinho Altanero é uma ótima opção para o seu inverno. A vinícola, localizada no Valle Del Maule, é uma das mais modernas do Chile, com plantações e vinhedos próprios, onde a oscilação de temperatura colabora para um bom desenvolvimento da fruta e uma fermentação de qualidade.
Lançamentos Alimentos Coamo lançam margarina Coamo Cremosa para uso geral Os Alimentos Coamo lançam a margarina Coamo Cremosa para uso geral, com 50% de lipídios envasada em balde retangular de 15kg. Esse produto foi desenvolvido para o preparo de pães, bolos, biscoitos, doces, salgados, massas, cremes, molhos, refogados, panificação industrial e confeitaria. Além de multiuso em outras aplicações na indústria de alimentos. A nova margarina já vem ao mercado na embalagem retangular, lançamento recente da cooperativa para a gordura vegetal, e que tem obtido uma ótima aceitação pelo mercado.
Torrada Dueto Slim para um lanche prático e gostoso A parceria entre a Fhom e a Queensberry traz ao mercado um lançamento exclusivo. Da junção das torradinhas mais finas do mercado com a geléia referência em sabor chegamos a um produto de qualidade inquestionável: a torrada Dueto Slim. Perfeita para o lanche das crianças, para acompanhar o cafezinho da tarde ou, até mesmo para aquele momento do dia em que tudo que precisamos é comer algo gostoso e prático, a torrada Dueto Slim é a pedida. Biscoito Recheado Mini Spantooo 50 gramas Como uma nova opção para o lanche das crianças, a Itamaraty amplia a linha de biscoitos recheados Spantooo, agora também na versão lanchinho 50gramas, nos sabores: Chocolate, Morango e Chocolate Branco, eles são saborosos, crocantes e possuem casquinhas com personagens e desenhos, os quais são diversão garantida para as crianças que se divertem enquanto se alimentam.
Lançamentos LOCTITE LANÇA ADESIVO UNIVERSAL A Loctite, líder mundial em adesivos instantâneos e fabricante do Super Bonder, apresenta mais uma novidade, o Loctite Hybrid Adesivo Universal, produto transparente, resistente à água, aos impactos e às variações de temperaturas, podendo ser reposicionável em até cinco minutos após a aplicação, proporcionando ao consumidor perfeição e agilidade durante o reparo. Extra-forte, flexível e multimateriais, o Hybrid é a fusão da força do poliuretano com a versatilidade do silicone, novo adesivo que traz a expertise de Loctite industrial para o consumidor final, sendo utilizado em madeiras, metais, couros, plásticos, pedras, vidros e azulejos.
COSTA FRIO APRESENTA NOVIDADES NAS LINHAS DE SORVETERIA Há 15 anos no mercado produzindo produtos para Sorveterias, Confeitarias, Food Service e utilidades domésticas, 90% dos produtos não tem concorrência e são patenteados. Conheça às novas linhas de produtos da empresa:
NOVILHO NOBRE APRESENTA LANÇAMENTO NA MERCOSUPER 2012 As almôndegas de frango Novilho Nobre, são feitas com pequenos pedaços de frango combinados com ingredientes especiais. Estão disponíveis em cartuchos de 254gs com 8 unidades. Caixa com 3,3kg contendo 14 cartuchos de 240gs cada.
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