palavra do presidente
Caro leitor,
Mais um ano chega ao fim. Este, em especial, foi um ano de crises setoriais, mas que não interferiram diretamente no setor supermercadista, que manteve ótimos índices de vendas durante todo o ano. Os empresários supermercadistas se prepararam para atender às novas oportunidades e necessidades do consumidor brasileiro. Acompanhamos de perto as mudanças do perfil dos nossos clientes, assim como, a evolução e grande participação da Classe C na economia brasileira. Com isso, os supermercados brasileiros devem ter, mais uma vez, um dos maiores crescimentos de vendas dos últimos anos e, já para as vendas de final de ano, a expectativa é de que ocorra um aumento, em volume, de 14,4% nas vendas dos produtos típicos durante o período de festas de final de ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados do Índice Nacional de Vendas divulgado mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), no acumulado do ano, as vendas do setor supermercadista alcançam alta de 5,80%, na comparação com o mesmo período de 2011. Índices que já foram deflacionados pelo IPCA do IBGE. Tenho certeza que este ano serviu como um grande aprendizado para muitos setores da economia e também para nós, supermercadistas. Agradeço aos leitores, colaboradores da Supermix, fornecedores e anunciantes que fazem parte do sucesso da nossa revista e a torna realidade à cada edição. Um Feliz Natal, boas festas a todos, e até 2013!
Cesar Moro Tozetto Presidente da Apras
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26
matéria de capa
SAÚDE
Calendário:
Novas tecnologias ganham espaço gradualmente nas lojas
Sal nos alimentos: quando menos é mais
Planejamento para tirar proveito do verão
30
34
40
tendências
MEIO AMBIENTE
SETOR
Composição de mix de loja: no centro de tudo, o consumidor
O desafio da logística reversa
Serviço de Atendimento ao Cliente: mudança na era digital
editorial DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2012/2015
Querido leitor, Para muitos, finalmente chegamos a mais um final de ano e para muitos outros, já chegamos a mais um final de ano. Hora de repensar as estratégias para 2013, levando como aprendizado os erros e buscando melhorar ainda mais os acertos. Sabemos que o ano foi de altos e baixos para todos, principalmente com uma economia que ora se mostrava enrijecida e ora abalada. Mas, como já foi falado no começo, final de ano é o momento para repensar e se programar. Por isso, nesta edição trazemos uma matéria bem interessante com dicas para os empresários do litoral, que nesta época passam a atender diversos e inúmeros consumidores. Além, é claro, das novidades para que o setor esteja sempre inovando e proporcionando aos clientes melhorias no atendimento e, também, para que se possa atender aos anseios dos consumidores que a cada dia se tornam mais informados e exigentes. Por fim, agradecemos por mais um ano que você nos acompanhou e nos ajudou a aprimorar nossa Revista Supermix, que preparamos com todo o cuidado e dedicação para levar para sua empresa conteúdos relevantes e que agreguem valor ao seu negócio. Um ótimo final de ano.
Presidente Cesar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA ) Primeiro Vice-Presidente José Eduardo Muffato Vice-Presidente Financeiro Daniel Kuzma Vice-Presidente de Relações Públicas João Jacir Zonta Vice-Presidente de Patrimônio Ademar Vedoato Vice-Presidente Eventos Everton Muffato Vice-Presidente de Expansão Marlus Kusma Vice-Presidente de Capacitação Carlos Tavares Cardoso Vice-Presidente de Segurança Luiz alberto Leão Vice-Presidente de Relações Sindicais João Jacir Zonta Vice-Presidente de Segurança Alimentar Sergio Jasinski Vice-Presidente Adjunto Luiz Mauricio K. Hyczy Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal Vice-Presidente Adjunto Roberto Angeloni Vice-Presidente Adjunto Carlos Beal Vice-Presidente Adjunto Claudio Tissi Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall Conselho Fiscal Efetivo Albert Pankratz Conselho Fiscal Efetivo Haroldo Antunes Deschk Conselho Fiscal Efetivo Dercio Domingos de Costa Conselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos Conselho Fiscal Suplente Edson Zamprogna Conselho Fiscal Suplente Joraci Boza Presidente Regional Sul - Ponta Grossa Nelvir Rickli Junior (SUPERMERCADO RICKLI) Presidente Regional Norte - Londrina Wilson Yukio Obara (IRMÃOS OBARA & CIA LTDA) Presidente Regional Oeste - Cascavel Genésio Pegoraro (IRANI SUPERMERCADOS) Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco Edy Dalberto (SUPERMERCADO ITALO) Presidente Regional Noroeste - Maringá Mauricio Bendixen da Silva (SUPERMERCADOS CIDADE CANÇÃO) Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho Jair Tozo Junior (SUPERM BEIRA LINHA-RIBEIRÃO DO PINHAL) Presidente Regional - Irati Fabio Storck (SUPERMERCADO GLORIA) Presidente Regional - Guarapuava José Fernando Bracailo Junior (SUPERMERCADO SUPERPÃO) Conselho Permanente Everton Muffato Pedro Joanir Zonta Ruy Senff Sidney Schnekemberg Eduardo Antonio Dalmora Romildo Ernesto Conte Roberto Demeterco Superintendente Valmor Antônio Rovaris Diretor Comercial Walde Renato Prochmann
Karoline Tragante Coordenadora de Comunicação Vice-Presidente de Relações Públicas João Jacir Zonta Diretor Comercial Walde Renato Prochmann Conselho Editorial Karoline Tragante, José Eduardo Nasser e Isabelle Rocker Departamento Comercial Khailany Cardoso e Walde Renato Prochmann Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 E-mail: supermix@apras.org.br Projeto Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico) Diagramação Samuel Rodrigues / Luís Junior Revisão Paulo Roberto Maciel Santos Fotos Alex Santos Pré-Impressão (CtP) e Impressão Maxi Gráfica e Editora Ltda. Tiragem 13.000 exemplares Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix é patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e também seu órgão oficial de divulgação. Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80045-190 Fone: (41) 3263-7000 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR supermix@apras.org.br / www.apras.org.br/supermix Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. JORNALISTA RESPONSÁVEL Karoline de Souza (DRT: 0008904/PR)
Impressão A Apras, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC ( Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Maxi Gráfica e Editora Ltda. - certificada na cadeia de custódia - FSC
NOTÍCIAS
Grupo Abras conhece estrutura do varejo francês ( Parte do grupo da Abras presente no Sial 2012, em Paris,
destaque no País é o supermercado Drive. Auchan, E Leclerc e Carrefour somam quase 400 unidades com serviços diferenciados, no qual o consumidor faz sua compra pela internet e agenda a retirada dos produtos, ganhando
França, se reuniu com executivos da Ubifrance, agência de
agilidade e praticidade. “A estratégia tem ganhado adeptos.
promoção dos produtos franceses ligada ao governo federal,
Entre 2010 e 2011, a quantidade de lares franceses que
para entender como está estruturado e quais as tendências
aderiram ao Drive passou de 3,8% para 6,9%, com valor
do varejo francês.
médio de desembolso anual de 521 euros”, informou
Na sede do órgão, o grupo assistiu uma apresentação da
Almeida.
Adida Comercial da Ubifrance Brasil, Géraldine André Jac.
De acordo com as estatísticas, a perspectiva é de que em
Ela explicou que a Ubifrance promove a maior parte das
2015 haverá 2,3 mil lojas oferecendo os serviços e com
áreas de negócios da França em 80 escritórios espalhados
adesão de 35% dos lares comprando também no Drive,
pelo mundo. No Brasil está presente em São Paulo e Rio de
com média de 13 vezes ao ano, contra oito vezes registradas
Janeiro.
atualmente.
Em seguida, o chefe de Projetos Setoriais da Ubifrance,
Na prática
David de Almeida, abordou diversos temas, começando pela história do autosserviço no País, que teve início com o primeiro supermercado Goulet Turpin, em 1958, e destacou os dias atuais do segmento e comportamento do consumidor francês, diante da crise mundial, que gasta atualmente 40% de sua renda com moradia e transporte e 13,6% com alimentação no lar.
Após a apresentação, o grupo da Abras - composto por Tiaraju Pires, superintendente da Abras; João Carlos Oliveira, presidente do Conselho da Abras e da GS1 Brasil, e pelos membros da diretoria da GS1 Brasil Paulo Pennacchi e Antonio Carlos Leão; além de José Monte, presidente da Coop; Geraldine André JacAlmeida e David de Almeida da Ubifrance -, seguiu para visitas a lojas de supermercados e
O varejo atual
especializadas em Paris, acompanhados dos executivos da
Segundo Almeida, atualmente 50% das compras
Ubifrance, para conferir na prática como funcionam alguns
de abastecimento dos lares são feitas em hiper e
dos serviços apresentados.
supermercados, sendo que o país tem alta concentração,
Foram visitadas: uma loja Picard, que trabalha somente
de 60%, entre seis empresas francesas, Carrefour, E Leclerc,
com congelados, seguindo a tendência da praticidade;
Intermaché, Casino, Systema U e Auchan.
o supermercado Le Bon Marché, loja premium cujas
No entanto, alguns dos destaques do País estão sendo as
instalações estão completando 160 anos, e comercializa
lojas especializadas como a rede Grand Frais (só vende
itens estrangeiros, perecíveis e diversos produtos
produtos frescos e estrangeiros, com 125 unidades), a Picard
diferenciados; a loja Fauchon, muito frequentada pelos
(de produtos congelados, com 878 lojas espalhadas pela
turistas, traz guloseimas, bebidas, cafés, chás em embalagens
França) e a Biocoop (produtos orgânicos, com 328 unidades).
sofisticadas; a Biocoop, que comercializa 4 mil itens
Juntas, em 2011, elas faturaram mais de 2,5 bilhões de euros.
orgânicos e todos certificados em 300 metros quadrados, e
Outro movimento destacado pelo executivo foi a participação do hard discount, que teve seu pico em 2006 e depois reduziu sua participação e registrou certa estagnação na frequência de compras, mesmo assim seu faturamento no ano passado foi de 13,8 bilhões de euros. As principais cadeias são estrangeiras, como as alemãs Lidl, Aldi e Norma, e a espanhola Dia. No entanto, o que vem ganhando
por fim uma das lojas Casino, supermercado de 2 mil metros quadrados e que tem como diferencial o self scan e caixa expresso. Serviços já conhecidos no Brasil, no qual o cliente escaneia os produtos que coloca no carrinho, imprime os valores e paga sua compra. Fonte: Assessoria de Imprensa )
Revista SUPERMIX
Super Muffato participa do lançamento mundial do Windows 8 ( O Windows 8 - novo sistema operacional da Microsoft foi lançado com a realização de eventos simultâneos em várias cidades do mundo, incluindo Londrina. Segundo informações da gerente de Marketing da Microsoft, Alessandra Vianna, o Super Muffato foi a única rede varejista do Paraná a participar do lançamento devido a importância no Estado. Ela esteve em Londrina especialmente para coordenar o evento, realizado no Super Muffato da Madre Leônia em parceria com a CCE. Mais de 300 clientes do Super Muffato compareceram à loja para conferir as novidades do Windows 8. Os dois primeiros
9
O gerente comercial de eletro do Grupo Muffato, Marcelo Augusto Dias, destacou o pioneirismo da rede, que está sempre alinhada com as tendências de mercado procurando oferecer aos clientes as inovações tecnológicas disponíveis. “O Windows 8 traz a praticidade e o dinamismo do tablet para o PC e o notebook e já era aguardado pelos nossos clientes”, explicou. De acordo com ele, o Grupo espera um incremento de no mínimo 20% nas vendas somente no primeiro mês de lançamento. As expectativas do representante da CCE para todo o Paraná, Moacir de Oliveira, são bastante otimistas. Ele acredita que as vendas dos equipamentos de informática produzidos pela CCE com o Windows 8 representarão um crescimento de 50% nas vendas da empresa em todo o país.
notebook CCE com o Windows 8 parcelados no cartão de
Os computadores e notebooks com Windows 8 já estão disponíveis em todas as lojas do Super Muffato de Londrina e na semana que vem também chegarão às prateleiras nas outras 12 cidades onde o Grupo atua e podem ser adquiridos sem juros em até 20 vezes no cartão de crédito
crédito, ainda ganharam de presente uma TV LCD 26’, mimo
da rede.
compradores da nova tecnologia, o representante comercial Henrique Severiano da Silva e o comerciante Fernando Shiguefumi Ogassavara, além de levarem para casa um
oferecido pela CCE e pelo Super Muffato.
Fonte: Assessoria de Imprensa )
NOTÍCIAS Londrina é um marco histórico para o Condor ( O Condor de Londrina foi reinaugurado, no dia 14 de setembro, após receber um investimento de R$ 5 milhões. A loja foi aberta em 2000 e marcou a trajetória da empresa por ser o primeiro hipermercado da rede. “Londrina é um marco na história da rede, abrimos esta loja em uma época de muito assédio pelas multinacionais, mas como não tínhamos interesse em vender nossa empresa, precisávamos investir e modernizar para nos manter competitivos. O primeiro passo era renovar o formato de loja e Londrina foi a cidade escolhida para receber o primeiro hipermercado do Condor no Paraná”, destaca o presidente do Condor Super Center, Pedro Joanir Zonta. A loja passou por uma completa revitalização, que deixou o ambiente moderno, aconchegante e sofisticado. Entre as inovações, estão os painéis aplicados nas paredes laterais das esteiras rolantes, que interligam o estacionamento à loja. O acervo é do Museu Histórico de Londrina “Padre Carlos Weiss” e retrata pontos históricos da cidade. Em função de todas as novas tecnologias aplicadas, o Hipermercado Condor de Londrina deve passar a atender 200 mil pessoas por mês, que terão a disposição um mix de 40 mil produtos. CONDOR SUPER CENTER O Condor Super Center é 100% paranaense e atende mensalmente mais de 3 milhões de clientes. Com 38 anos de história, o Condor é a 9ª maior rede supermercadista do Brasil, conta com 9 mil colaboradores e 35 lojas, entre super e hipermercados, nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Araucária, Campo Largo, Lapa, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Paranaguá, Maringá, Londrina, Apucarana, Colombo, Castro e Pinhais, além de duas centrais de distribuição na capital. Em 2011, investiu mais de R$ 100 milhões na revitalização e expansão de sua rede de lojas e registrou um faturamento de R$ 2,136 bilhões, mais de 20% de crescimento em relação a 2010, quando registrou faturamento de R$ 1,728. Para 2012, a expectativa é a de crescer novamente na faixa de 20%. Para isso, está realizando um investimento na ordem de R$ 120
milhões, incluindo a implantação de duas novas lojas – uma na cidade de Pinhais e outra no bairro Campo Comprido, em Curitiba, ambas já inauguradas esse ano –, além da construção de uma nova unidade em Paranaguá, em frente a loja do Centro, que será desativada. Esse investimento ainda contempla a modernização de outras lojas, como a de Londrina, além da aquisição de algumas áreas para construção de futuros empreendimentos. A meta da rede é chegar ao final de 2016 com 45 lojas entre super e hipermercados e um faturamento superior a R$ 4 bilhões, além de expandir sua atuação para outro estado, fora do Paraná, desde que se apresente como uma boa oportunidade. O Condor também quer permanecer entre as dez maiores redes supermercadistas do Brasil e contar com uma equipe de mais de 12 mil colaboradores diretos. SERVIÇO O Condor de Londrina está localizado na Rua Rio Grande dos Sul, 50, Centro, Londrina-PR. O horário de atendimento é de segunda-feira a sábado, das 8h às 22h e domingos e feriados, das 9h às 18h. Fonte: Assessoria de Imprensa )
Supermercados Angeloni e RR Etiquetas desenvolvem projeto sustentável de logística reversa para etiquetas autoadesivas ( Um projeto piloto realizado em conjunto entre o Grupo Angeloni, 8º lugar no Ranking da ABRAS de 2012 e a RR Etiquetas resultou na primeira rede de supermercados do país a reciclar o liner, que é o substrato em papel ou filme plástico que protege e suporta a etiqueta autoadesiva que vai receber a informação. Com isso, mensalmente, mais de uma tonelada de lixo deixou de ir para os aterros sanitários e foi reciclada, gerando matéria prima para produtos como papel higiênico e guardanapo. A implantação do projeto e a rápida obtenção desses resultados foram facilitadas pelo fato de o Angeloni, através de seu programa Angeloni Preserva, já incorporar o tema da sustentabilidade em sua estratégia de desenvolvimento, promovendo investimentos para aprimorar o desempenho ambiental, implantando ações de preservação e adotando
componentes que não agridem o meio ambiente. Outro fator determinante para o sucesso do projeto foi a total mobilização dos colaboradores, inclusive gerando “competição” entre as lojas, que disputam quem separa mais liner para reciclagem deixou de mandar para os aterros sanitários. Esse projeto pioneiro de logística reversa, chamado Etiqueta Zero, visa dar um destino adequado ao liner da etiqueta autoadesiva, além de atender à política nacional de resíduos sólidos. Ele representa uma alternativa sustentável de reaproveitamento desse produto, assunto que tem sido objeto de estudos por todo o mundo, mas sem que se tenha encontrado uma solução, até então. O cliente participante do projeto deve separar, e não mais descartar o liner e a RR Etiquetas providencia seu retorno e encaminha o material para reciclagem e posterior transformação em outro produto. Segundo Patrícia Lombardi, gerente de marketing da RR Etiquetas, vários foram os desafios que precisaram ser ultrapassados para a consolidação do Etiqueta Zero, na busca de uma solução para a destinação final para o liner. “Em primeiro lugar, era necessário encontrar uma empresa capaz de reciclar o liner e transformá-lo em matéria prima para outro produto. Em segundo lugar, tornar o processo de logística reversa economicamente viável e, por fim, informar e conscientizar os colaboradores do cliente a separar corretamente o liner, para a futura reciclagem”. A Transportadora Nascisul teve participação importante para viabilizar a logística do projeto. A proposta de Etiqueta Zero, uma ação que contribui para a sustentabilidade do planeta, está à disposição apenas dos clientes da RR Etiquetas, que oferece os serviços de idealização, planejamento, processo de retorno e gerenciamento de todo o projeto. A “Política Nacional de Resíduos Sólidos” entra em vigor a partir de janeiro de 2014 e tem o objetivo de encontrar uma destinação correta para o resíduo gerado, considerando a responsabilidade compartilhada da cadeia de fabricação do produto. Fonte: Assessoria de Imprensa )
entrevista
Redação Supermix
O futuro é agora Novas tecnologias devem transformar a relação do consumidor com os supermercados, trazendo ao varejo mais informação, dinamismo e entretenimento A experiência de compra dentro das lojas – e mesmo longe delas – por meio de interfaces digitais e novas tecnologias não é apenas uma ideia para o futuro distante. As maiores feiras e congressos internacionais voltados ao assunto apresentam e discutem as principais ferramentas para um varejo multicanal, que cresce no ritmo que o próprio consumidor. E passa a utilizar diversos dispositivos eletrônicos que o conectam em tempo real a uma diversidade enorme de informações. Redes sociais, mobilidade, quiosques, catálogos e comércio eletrônico já são uma realidade para os varejistas, independente do seu tamanho. Autora do livro Varejo & Tecnologia: o futuro do seu negócio passa por aqui, Regiane Relva Romano é uma referência quando o assunto é novas tecnologias no varejo. As principais fontes de inspiração e de informação para o desenvolvimento deste trabalho foram as edições da NRF – National Retail Federation (Nova York), as edições da Cebit (Hanover, Alemanha), as últimas edições da Euroshop (Dusseldorf, Alemanha), bem como várias visitas técnicas realizadas em centros de pesquisas da Europa e dos Estados Unidos, às lojas conceitos do mundo inteiro, além da análise de vários estudos de casos mundiais. Doutora em Administração de Empresas e mestre em Informática, entre outras titulações, e hoje CIO da VipSystems Informática e Consultoria, concedeu a seguinte entrevista à revista Supermix.
Revista Supermix – Quais são as principais tecnologias que devem estar presentes no varejo supermercadista brasileiro em breve? Como funcionam, o que de novo trazem ao cliente?
( Regiane Relva Romano – A convergência digital tem
exigido um varejo multicanal e por que não dizer mais tecnológico, uma vez que as redes sociais, a mobilidade, os quiosques, os catálogos e o comércio eletrônico já são
Regiane Relva Romano uma realidade para qualquer varejista independente de seu porte ou segmento, tornando o conceito do “OmniChannel” uma realidade. O foco é conhecer e implementar as tecnologias que poderão ajudá-lo a melhorar sua operação e proporcionar uma experiência de compra agradável e inesquecível para o seu consumidor, que está cada vez mais exigente, bem informado e disputado. Entre as principais tendências tecnológicas aplicadas ao varejo estão a mobilidade, interatividade, entretenimento,
Revista SUPERMIX
quiosques, vending machines, convergência digital, redes sociais, RFID (Radio Frequency Identification – um método de identificação automática por meio de sinais de rádio), novos meios de pagamentos, gestão colaborativa, sustentabilidade, além da integração de múltiplos canais de vendas. Faça da inovação tecnológica um fator primordial para a sua diferenciação e crescimento.)
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O foco no cliente é chave da estratégia, e por isso a empresa conduziu uma pesquisa de análise de sua satisfação. Um estudo produziu dez grupos de clientes, incluindo famílias jovens, melhor idade, orçamento familiar inteligente e família tradicional. O foco deste “supermercado do futuro” é renovar o ímpeto para a inovação no setor de varejo. As novas tecnologias juntamente com os novos conceitos de venda, proporcionam aos clientes mais conveniência e mais informações além de tornar a experiência de compra mais divertida. O projeto contou com mais de 80 empresas envolvidas, está instalado em uma área de 8.500m2. Toda a loja foi construída para proporcionar conveniência (comidas frescas, frutas e vegetais selecionados e área de checkout flexível), experiência (shopping, departamento de esportes com test drive, mercado de peixes com produtos frescos e área de vinhos, mobile) e informações (quiosques para consultas de beleza, receitas e multimídia). Entre as tecnologias disponíveis, destacam-se: mobilidade – MSA Mobile Shopping Assistant, piso interativo, display holográfico, guias eletrônicos, terminais multimídia, terminais informativos, mesa multitouch, quiosques, self checkouts. Supermix – De que forma um ambiente de loja mais informatizado trará benefícios ao supermercadista?
( Regiane Relva Romano – Toda a base começa por um
Supermix – Quais tecnologias já estão em uso mais corrente no exterior e que experiência que este consumidor já está tendo?
( Regiane Relva Romano – São várias as tecnologias que
estão sendo utilizadas nos outros países. Um dos exemplos que mais se destaca, na área supermercadista, é o do Metro Group na Alemanha – real Future Store (loja do futuro real).
bom sistema de gestão, que será responsável por coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir informação com a finalidade de facilitar o planejamento, controle, coordenação, análise e o processo decisório em empresas. Porém, para ser bem sucedido, o varejista deverá ter metas organizacionais bem definidas, focalização e entendimento dos problemas organizacionais, definição clara dos objetivos do desenvolvimento de sistemas, envolvimento da alta direção e dos seus respectivos usuários, bem como desenvolver projetos que sejam simples e executáveis, lembrando que sempre haverá a necessidade de se gerenciar as mudanças, principalmente devido ao “medo” da perda de emprego e a substituição pelas máquinas. Temos que medir tudo na organização para podemos saber se estamos sendo realmente competentes e focados. O cliente está virando “comprador cirúrgico” sabe mais do que o vendedor que está na loja. Antes de sair de casa, pesquisa na internet, blogs, comunidades virtuais, conversa com amigos, procura informar-se em todas as fontes de que dispõe. Quando chega à loja, espera que o vendedor saiba mais do
entrevista que ele por isto, treinamento é fundamental. Para aumentar a fidelidade dos clientes, teremos que ter a capacidade de entendê-los e de proporcionar-lhes os benefícios que eles esperam e que agreguem valor aos seus cotidianos. O novo formato de varejo poderá ajudar na interação e no entretenimento e tornar a experiência de compra algo inesquecível, prazeroso, gratificante e rentável. Porém, é importante frisar: a tecnologia é um meio e não um fim. As empresas precisam de planejamento e de foco. Sem isto, até as tecnologias mais modernas poderão ser uma ameaça, uma vez que agilizarão os erros e tornarão as empresas mais vulneráveis aos efeitos de sua má administração. Em uma economia global na qual a única certeza é a incerteza, a única fonte segura de vantagem competitiva e duradoura é o conhecimento. Por este motivo, as empresas de sucesso serão aquelas que estiverem analisando constantemente seus processos e gerando conhecimento, disseminando-os por toda a organização, uma vez que precisam ser rápidas, pois os mercados mudam, as tecnologias proliferam, os concorrentes se triplicam e os produtos não acompanham o desenvolvimento global, tornando-se rapidamente obsoletos. ).
Supermix – Que tipo de colaborador o supermercado irá precisar ter para gerenciar novas tecnologias? ( Regiane Relva Romano – Irão necessitar de colaboradores que entendam do negócio e que tenham foco no cliente. Utilizem a tecnologia também para treinar remotamente seus funcionários e disponibilizem terminais de consulta portáteis para que eles possam mostrar todas as funcionalidades do produto que estão vendendo. ) Supermix – As tecnologias são acessíveis a pequenos e médios supermercados? Por onde eles podem começar?
( Regiane Relva Romano – Todas são acessíveis. Já foi a
época que a tecnologia era realmente cara e inacessível. Um exemplo é o Supermercado Mairinque. A tecnologia de RFID foi utilizada para reconhecer os clientes e saudá-los de forma personalizada no evento do Dia dos Namorados em 2010. Cada casal recebia uma flor e, ao passarem pelas antenas, eram recebidos com um coração que continha a foto e o nome dos mesmos. Além da tecnologia de RFID, o tapete interativo (que reconhecia os movimentos do corpo e interagia com os clientes) encantou a todos, tornando
o jantar subsequente realmente inesquecível. Em 2011, realizou o evento sobre o Supermercado Inteligente. Desenvolveu o conceito do uso de todas as tecnologias “tropicalizadas” em sua sede em Mairinque. O evento reuniu mais de 60 empresários do Norte e Nordeste, que vieram juntamente com o SEBRAE Ceará para conhecer o que havia de mais moderno em termos de tecnologia que poderia ser aplicado à área de supermercados. Foram apresentadas soluções como mobilidade, entretenimento, RFID e interatividade. O evento foi um sucesso e será repetido no Brasil inteiro. O evento acabou se tornando internacional. Foi apresentada uma solução da Beverage Metrics, dos Estados Unidos para medir doses de bebidas e o consumo de chopp em chopeiras. O equipamento está sendo utilizado amplamente em hotéis e bares dos Estados Unidos e Europa. Possibilita fazer o inventário on-line e em tempo real e gerar estatísticas precisas do consumo de bebidas. Além dos sistemas administrativos de gestão de frente de caixa, retaguarda e controle de acesso, integrados aos sistemas de prevenção de perdas. Independente do porte e do segmento, as empresas precisam inovar para se diferenciar dos concorrentes. ) Supermix – O brasileiro está preparado para ter uma experiência de compra dinamizada com tecnologia? Como ocorre esta imersão?
( Regiane Relva Romano – Mais do que os varejistas
imaginam. Os nativos digitais estão chegando ao mercado de trabalho e querem experiências diferenciadas e interativas. O mundo deles é touch. Para eles, estas pessoas falam nativamente em telefonia celular, jogos eletrônicos e videogame, internet, intranet, Bluetooth, downloads de conteúdos digitais, ringtones, avatares, comunidades virtuais, blogs, pesquisas cibernéticas, wikis, ou seja, adaptam-se facilmente às novas tecnologias e aos novos meios de comunicação e buscam varejistas que estejam antenados e preparados para esta nova realidade. Estas pessoas fazem parte de uma era digitalizada na qual o limite do real e do virtual, às vezes, é uma linha tênue, transparente e imperceptível. Os varejistas precisam inovar para proporcionarem uma experiência diferenciada. Facilidade e praticidade com design impecável. É isto que os consumidores querem e precisam. Nada de complicado, tudo muito simples e funcional, dando a eles exatamente o que eles necessitam, nem mais e nem menos, tornando suas vidas mais fáceis. )
MATÉRIA DE CAPA
Redação Supermix
Revista SUPERMIX
Etiqueta eletrônica de gôndola, biometria, RFID (identificação por rádio frequência), pagamento móvel por celular e check-out virtual são apenas algumas das novas tecnologias que estão disponíveis para o setor varejista. O emprego efetivo dessas inovações pelo segmento caminha a passos graduais, pois ainda poucas empresas estão investindo fortemente em tecnologia para melhorar a gestão e modernizar as lojas. No entanto, vem crescendo o número de empresários que estão despertando para essa necessidade como forma de se manterem competitivos e atenderem os clientes cada vez mais exigentes. Na avaliação de Sílvio Abrahão Laban Neto, coordenador dos programas de MBA e professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), é crescente a sensação de conscientização do papel estratégico da tecnologia para as empresas varejistas. “O que se percebe é que os varejistas estão cada vez mais atentos e hoje não enxergam a tecnologia exclusivamente com uma área de redução de despesas ou corte de custos. Parece que está havendo um melhor entendimento do papel estratégico que essa tecnologia pode trazer”, disse. Alain Winandy, consultor da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e professor da Fundação Getúlio Vargas, diz que hoje há uma discussão se a tecnologia é estratégica para a empresa ou simplesmente essencial para sobrevivência. “No meu ponto de vista, além de essencial, o seu uso e a forma como a empresa escolhe e utiliza a tecnologia, de acordo com as características de seu negócio, gera diferenciais estratégicos”, comenta. Para o consultor, os benefícios da implantação das novas tecnologias são muito grandes e podem ter reflexos em todas as cadeias dentro da empresa. Um exemplo disso é o pedido ou reposição automática. “Ele libera o comprador para a negociação, planejamento e rentabilidade da sua linha de produtos. Da mesma forma que um sistema de abastecimento eficiente diminui drasticamente o volume de estoques e a ruptura nas lojas”, afirma. Desafios Segundo Laban, o emprego da tecnologia nos supermercados está mais presente na frente de caixa – em função do código de barras – e nas áreas de contabilidade e finanças. Mas, na sua avaliação, ela é primordial em todos os setores. De acordo com dados da pesquisa ‘Tecnologia da Informação em Supermercados: Realidade e Mitos” – que envolveu 117 empresas de 20 estados e 1.468 lojas –, realizada pela Abras e da qual Silvio Laban foi um dos coordenadores, um dos principais problemas dos varejistas do setor é a falta de integração dos sistemas que já existem nas lojas.
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“São como ilhas de informação dentro das organizações”, compara. Além disso, muitos desconhecem as soluções de tecnologia que possuem e não conseguem tirar o melhor proveito dos sistemas que já implantaram. Outro dado relevante que a pesquisa mostrou é o baixo uso da Internet pelas empresas, seja interno ou externo. Das empresas pesquisadas, 14,5% disseram utilizar a internet como canal de relacionamento com os colaboradores, 11% utilizam com os fornecedores, 7% para a interação com os consumidores, 6% para a venda de produtos, e apenas 3% das empresas supermercadistas utilizam a Internet para realizar cadastro de produtos e reposição automática. “Isso mostra claramente que as empresas estão se batendo com questões consideradas de caráter mais básico”, observa o pesquisador. A falta de mão de obra no setor supermercadista é atualmente um desafio que os empresários estão tendo que enfrentar. Mas Silvio Laban observa que se o emprego da tecnologia fosse efetivo nas empresas, ela poderia até ajudar nos processos. “Uma série de tarefas poderiam ser automatizadas e com isso se dependeria menos de mão de obra”, comenta. Dados gerais da pesquisa apontam ainda que o investimento em tecnologia corresponde a 1,38% das vendas dos supermercados. Dos colaboradores das empresas, 1,5% trabalham na área de TI (tecnologia da informação), e dos profissionais da área, 22,2% são terceirizados. Em longo prazo A visão de futuro da tecnologia é que ela tenha como foco a redução dos custos, a agilização dos processos e a facilidade de controlar os negócios via tecnologia móvel em qualquer lugar e a qualquer momento, sinaliza a especialista no assunto Regiane Romano, que contribuiu com a Supermix para uma análise do cenário deste contexto para o varejo. O conceito da computação ubíqua - termo usado para descrever a onipresença da informática no cotidiano das pessoas - assim como a computação difusiva ou ambiente inteligente, representam uma nova forma da computação invisível. Computadores serão integrados por um objeto inteligente denominado “smart everyday objects” que poderá comunicar e interagir de forma autônoma e com isto irão oferecer ao usuário um grande número de serviços. Os ambientes estão se tornando inteligentes disponibilizando a computação ubíqua, com uso invisível, criação, processamento, transmissão e armazenamento de informações. A miniaturização das coisas (nanotecnologia), o avanço dos sistemas de comunicação, tem tornado a
MATÉRIA DE CAPA “internet das coisas” realmente possível. A “internet das coisas” é a visão técnica da integração de qualquer tipo de objeto dentro de uma rede digital universal. É a metáfora da universalização das comunicações dos processos, para a integração de qualquer tipo de dado digital e conteúdo, para a identificação única de objetos reais ou virtuais. A RFID, um método de identificação automática por meio de sinais de rádio, é um componente chave neste processo, promovendo o “link” entre o mundo da produção e o mundo de serviço. A RFID deverá criar oportunidades de um novo modelo de negócios que irá tirar vantagens de uma rede global em que qualquer objeto poderá estar integrado a qualquer contexto. A junção da tecnologia de RFID, da rede sem fio e da telefonia celular está impondo um novo formato de negócios no varejo. Aproveitar a mobilidade dos consumidores com a facilidade da Web e com os recursos do celular abrirá novas oportunidades para impulsionar as vendas. Conhecer os hábitos dos consumidores, suas preferências, seus anseios e ter sua confiança conquistada, proporcionará a venda de produtos por impulso. O que está em curso é uma revolução e a tecnologia poderá ajudar o varejo na integração dos múltiplos canais de vendas, podendo integrar lojas físicas com lojas virtuais, catálogos, vendas pelo celular, ter ajuda on-line na loja com o uso de wireless e telefones com câmeras de vídeo, permitindo uma maior interação e um atendimento personalizado, com baixo custo. A tecnologia tem mudado a forma de vender e falar com o cliente. O foco é ter uma forma coesa e integrada que é independente do formato da loja ou varejo, possibilitando a experiência total e verdadeira. Quanto mais sutil for a aplicação da tecnologia, mais eficiente será. A privacidade dos clientes e a segurança dos dados serão questões imprescindíveis e deverão merecer foco total da empresa como um todo. Neste mundo onde os concorrentes estão a um clique de distância, o que os clientes esperam é que o varejo seja flexível, conveniente e eficaz, independente do ponto de contato. Não adianta encher a loja de tecnologia se esta não for utilizável instantaneamente e sem treinamento. As vendas guiadas pela tecnologia só serão interessantes se disponibilizarem facilidades como: diferenças entre produtos, mais informações, localização de produtos em outras lojas, vendas em equipamento móveis e promoções integradas nos múltiplos canais de venda, principalmente na internet e nos quiosques, com mensagens e promoções individualizadas. Toda esta parafernália tecnológica deverá ajudar a conhecer quem são os clientes, fornecedores, funcionários, concorrentes, níveis de estoques, entre outros indicadores
fundamentais para a tomada de decisão. Os sistemas de gestão têm papel fundamental, por isto é imprescindível que as empresas os considerem e os analisem antes de adquiri-los. O mercado está recheado de opções de Sistemas de Frente de Caixa Integrados (ERP), CRM Relacionamento com o Cliente BI- Business Inteligence, e- commerce, SCM – Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, Sistemas de Colaboração Empresarial, Segurança da Informação, além dos sistemas de gestão de conhecimento – KMS (Knowledge Management Systems). Para implantar tecnologia na loja Para a especialista Regiane Romano, o primeiro passo para implantação de novas tecnologias é olhar quais são os problemas do negócio que a tecnologia irá resolver. Não se deve comprar tecnologia pela tecnologia e sim para resolver um problema do negócio. O varejista deve começar implantando um bom sistema de gestão que consiga lhe dar as informações básicas para suportar a tomada de decisão. Saber quem são seus melhores clientes, concorrentes, os produtos que mais vendem, os que menos giram, o nível de estoque, os melhores fornecedores, irá ajudá-lo a implementar o próximo passo, que é proporcionar uma experiência de compras diferenciada e inesquecível. Para tanto, é necessário perceber as sensações dos clientes – cheiro, iluminação, interatividade, entretenimento, deverão fazer parte da loja contemporânea. Desta forma, o varejista conseguirá despertar as emoções dos clientes e tornar a experiência de compra mais agradável e gratificante. O empresário também não pode abrir mão de agregar novos conhecimentos para o cliente. Ele está sedento por informações que o ajudem a decidir o que comprar. É preciso procurar oferecer soluções e não produtos, analisar os dados e gerar informações que deem apoio à tomada de decisão do cliente por meio do conhecimento adquirido e estar presente nos múltiplos canais de vendas. Porém, é necessário ter cuidado com os excessos. Geralmente, quando as tecnologias são bem aplicadas, elas geram redução de custos operacionais, conveniência para o cliente e melhoram a experiência de compras. Proporcionam melhorias nos processos internos: recebimento, vendas, troca, expedição, inventário, segurança e prevenção de perdas, melhoria na experiência de compras. O uso da tecnologia no varejo pode causar impactos sobre os negócios e gerar benefícios para eles, desde que sejam considerados fatores como hardware, software, pessoas, fornecedores, insumos e ambiente.
Empresas adotam novas tecnologias No Paraná, algumas empresas já começaram a despertar para a necessidade da adoção de novas tecnologias para a melhoria da gestão e dos negócios. A rede Condor implantou em duas de suas lojas o sistema de etiquetas eletrônicas de preços. A tecnologia oferece uma solução totalmente informatizada e interligada com a frente de caixa. De olho na sustentabilidade, a rede também inaugurou em uma unidade em São José dos Pinhais o sistema CO2, um gás refrigerante 100% natural que substitui os gases sintéticos no setor de congelados. Já o Walmart começou por Curitiba, no mês de outubro, um projeto piloto de conversão dos sistemas de operação das suas lojas. O objetivo é de unir as estruturas oriundas das aquisições do Sonae, no Sul do Brasil; e do Bompreço, no Nordeste. Com isso, espera-se dar mais agilidade e eficiência ao dia a dia da empresa, já que os sistemas reúnem informações de vendas das unidades, de entrada e saída de itens, de nível de estoques, entre outros. De acordo com o presidente do Walmart Brasil, Marcos Samaha, até 2014, todas as mais de 50 lojas do grupo no País estarão operando no mesmo sistema. O grupo Muffato também vem investindo em tecnologias para a integração dos sistemas e controle de informação. O diretor do grupo, Eduardo Muffato, confirmou que diversos setores da empresa já estão utilizando esses processos, como o de suprimento, cujos dados sobre estoque e reposição estão todos integrados. E nos próximos meses, adiantou Eduardo Muffato, estarão implantando a etiqueta eletrônica. “Isso vai agilizar todo o processo de precificação e, principalmente, oferecerá maior transparência e segurança aos consumidores”, disse.
- Comércio eletrônico (B2B) 4% - nunca ouvi falar 22% - já ouvi falar 43% - li a respeito 20% - estudamos a tecnologia profundamente 11% - já implantamos a tecnologia - RFID 34% - nunca ouvi falar 16% - já ouvi falar 41% - li a respeito 7% - estudamos a tecnologia profundamente 2% - já implantamos a tecnologia - Etiquetas eletrônicas de gôndola 8% - nunca ouvi falar 16% - já ouvi falar 47% - li a respeito 22% - estudamos a tecnologia profundamente 7% - já implantamos a tecnologia - Pagamento móvel por celulares 5% - nunca ouvi falar 32% - já ouvi falar 56% - li a respeito 4% - estudamos a tecnologia profundamente 2% - já implantamos a tecnologia - Redes Sociais (Facebook, Twitter) 1% - nunca ouvi falar 11% - já ouvi falar 48% - li a respeito 20% - estudamos a tecnologia profundamente 20% - já implantamos a tecnologia
Novas tecnologias Confira o que pensam os supermercadistas sobre as novas tecnologias (Fonte: pesquisa ‘Tecnologia da Informação em Supermercados: Realidade e Mitos’)
- Sincronização de dados com fornecedores 7% - nunca ouvi falar 25% - já ouvi falar 38% - li a respeito 18% - estudamos a tecnologia profundamente 12% - já implantamos a tecnologia
- Cloud Computing (computação em nuvem) 30% - nunca ouvi falar 18% - já ouvi falar 36% - li a respeito 10% - estudamos a tecnologia profundamente 7% - já implantamos a tecnologia
- Telepresença 27% - nunca ouvi falar 33% - já ouvi falar 29% - li a respeito 9% - estudamos a tecnologia profundamente 2% - já implantamos a tecnologia
perfil
Redação Supermix
Girando Sol: empreendedorismo de sucesso e fase de crescimento limpeza instalada em Arroio do Meio, com filial em Lajeado, no Rio Grande do Sul, é um daqueles bons exemplos de brasileiro criado no interior, vindo de família humilde, unida e trabalhadora e com um talento grande para o empreendedorismo. Esta veia para o negócio veio da necessidade diária de recursos para alimentar e educar os membros da família, e teve força suficiente para que o descendente Gilmar fundasse a própria empresa, que em 2012 deve faturar 120 milhões de reais com a produção de amaciantes de roupas, desinfetantes, detergentes, ceras líquidas, lava-roupas líquido, água sanitária, alvejantes, limpadores e sabão em pó. Entre tamanhos e fragrâncias diferentes, são mais de 150 itens. No total, são 350 colaboradores e a área de atuação engloba os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e países como Uruguai, Paraguai, Angola, Bolívia e Panamá. “Minha história profissional começou trabalhando com meus pais na roça em Arroio do Meio, até 1981, quando comecei então a trabalhar em indústrias de calçados de nossa região, onde atuei durante 10 anos. Neste segmento, tive diversas funções, entre elas auxiliar de indústria – chão de fábrica, auxiliar de chefe, chefe, auxiliar de supervisor, supervisor, gerente industrial e comprador. Em 1991, tive a oportunidade de iniciar meu próprio negócio onde atuo até hoje. Em toda a minha vida profissional, contabilizo então apenas quatro empresas, entre elas a própria Girando Sol”, conta ele. Tendo estudado até o ensino fundamental, Gilmar complementou a formação com diversos cursos nas mais variadas áreas da administração, contribuindo para condução de sua carreira e empreendimento. “Acho que foram mais de 50 cursos. De informática, marketing, custos, relações humanas, vendas, estatística, incluindo grades de aulas
normais e treinamentos intensivos. Como tenho pouca formação escolar, tenho somente o ensino fundamental, foram os cursos que me fizeram ter boa parte da visão que tenho hoje. É evidente que nem tudo se aprende em cursos e treinamentos. Aprendi muito ouvindo conselhos, mas os cursos me ajudam a filtrar melhor o que penso e moldar minhas atitudes de forma assertiva e com mais profissionalismo”, diz ele. O executivo transita bem no ramo industrial inclusive pela aptidão em “lidar com gente”. Ele diz com satisfação que “gosta muito de lidar com pessoas”. “Sou persistente e gosto de trabalhar com metas e objetivos, quero e busco ser justo com elas. Para isto, é preciso ter metas e objetivos claros – é uma forma de cobrar responsabilidades”. Esta vocação por buscar a “justiça” no tratamento diário com os outros deve ter origem na vivência que ele mesmo teve em família, já que tem como fonte de inspiração seus pais, a quem se refere com muito respeito. “Eles tiveram muitas dificuldades na vida, principalmente na saúde e com condições financeiras bem limitadas. Nunca desistiram e nos ensinaram que as melhores conquistas são as que vêm do fruto do trabalho sério e honesto. Também nos ensinaram que o dinheiro é importante, mas a família vem primeiro lugar. A preocupação vital deles é sempre a família e seu bem estar”. Sócio de um negócio que se estabeleceu em vários estados brasileiros e tem uma carteira importante de clientes tanto no Brasil como no exterior, Gilmar coloca como desafio constante “manter um bom ambiente de trabalho que possa sempre ser favorável entre os colaboradores e clientes, para que possamos também em conjunto buscar sempre uma boa lucratividade para o nosso negócio, planejar investimentos em tecnologia e inovação para sempre estarmos atualizando e modernizando nossos produtos e serviços, proporcionando
Revista SUPERMIX
aos nossos clientes e consumidores a satisfação de poderem comprar o que oferecemos tendo o sentimento de que a qualidade supre e surpreende suas necessidades”. Atualmente, a Girando Sol está em fase de expansão. A empresa está em plena fase de construção de um parque industrial próprio no município de Arroio do Meio – um complexo industrial composto por uma área construída de 22 mil metros quadrados. Sendo uma obra de porte grande e complexa, o principal objetivo hoje do comando do negócio é concluir esta construção, que abrigará três unidades. O início da centralização (transferência das unidades) está previsto para iniciar no segundo semestre de 2013, terminando em 2014. “Como sócio administrador da empresa, procuro contribuir no sentido de desenvolver ou propiciar um bom diálogo entre setores e ou departamentos para que seja construtivo, para que decisões e planos tenham ações funcionais e eficazes, proporcionando assim o crescimento pessoal e profissional de cada participante e ou colaborador”. Gilmar destaca que valoriza muito o profissional que tem
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discernimento, iniciativa própria e ação, e que esteja focado na sua atividade designada, trazendo sugestões e melhorias para o todo. “Desde a nossa entrada neste mercado, em 1995, quando ainda estávamos engatinhando como indústria de produtos de limpeza, os supermercadistas do Paraná nos acolheram e nos ajudaram no crescimento de nosso negócio. Nós nos transformamos em uma importante indústria de produtos de limpeza no Sul do Brasil e somos muito gratos ao setor supermercadista paranaense. Queremos que todos saibam que estamos nos preparando para melhor atender às novas necessidades e expectativas tanto do varejo como do consumidor. A partir de 2013, teremos novidades”. A Girando Sol está colocando em prática as iniciativas para tornar sua visão para 2015 realidade: ser referência em soluções de produtos de higiene e limpeza e a marca mais lembrada do setor no sul do país, e ser reconhecida como uma organização sólida, focada no cliente, oferecendo produtos e serviços de qualidade, buscando resultados que atendam as necessidades de todas as partes interessadas.
SAÚDE
Redação Supermix
Sal nos alimentos: quando menos é mais Campanha de redução de sódio desenvolvida pela Abras já colhe resultados positivos Não é novidade para ninguém que o sal é um dos grandes vilões da mesa do brasileiro. É consenso, entre os profissionais da área médica, que o consumo excessivo de sal é a porta de entrada para o desenvolvimento de várias doenças crônicas graves do coração e dos rins, além de ser fator indutor da obesidade e do diabetes. De acordo com pesquisa feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) junto a 26 produtos como bolachas e frios, apenas cinco (menos de 20%) apresentaram níveis adequados de sal. E um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que o brasileiro consome, em média, 11,75 gramas de sal e 4,7 gramas de sódio, quando o recomendado é 5 gramas e 2 gramas, respectivamente - o equivalente a uma colher de chá. O sódio representa aproximadamente 40% da composição do sal.
A preocupação com o tema levou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e o Ministério da Saúde a assinar um protocolo, no dia 7 de abril do ano passado, com o objetivo de deflagrar uma grande campanha de conscientização para
Milan: “A mudança é lenta porque exige mudança de cultura, mas está dando certo. Os consumidores estão prestando mais atenção aos rótulos dos produtos”.
Revista SUPERMIX
redução do consumo de produtos com alto teor de sal. O setor recebe um público estimado de 25 milhões de consumidores nas lojas de todo o país. Acordo similar foi assinado com a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), cuja meta é diminuir o uso de sal nas formulações de caldos, temperos, margarinas e cereais matinais. Com a ação, até o ano de 2020, pelo menos 8,8 mil toneladas de sódio deixem de ser consumidas. O acordo também aumentou para 13 as classes de alimentos cujos níveis de sal deverão ser reduzidos nos próximos anos. Riscos para saúde Há razões sérias para o governo estar preocupado com o problema. O consumo excessivo de sal contribui para o aumento do risco de desenvolvimento de doenças graves do coração. De acordo com a OMS, em 2001, estas enfermidades foram responsáveis por 60% do total das 56,5 milhões de mortes notificadas no mundo. No Brasil, o quadro não é menos grave. A Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio (PNAD) realizada em 2008 apontou que 14% da população sofria de hipertensão. As consequências do problema podem ser medidas em números – e no bolso. Entre 2001 e 2010, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou aumento de 63% dos gastos com internações associadas à hipertensão. Apenas em 2010, internações hospitalares causadas por acidentes vasculares cerebrais, infarto do miocárdio e outras doenças isquêmicas oneraram em aproximadamente U$ 20 milhões o sistema brasileiro de saúde. Abras Em abril deste ano, a Abras lançou um piloto da campanha nos Supermercados Angeloni de Santa Catarina. Agora, o
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isso nas lojas onde a comunicação já foi feita”, explica o vicepresidente da Abras, Marcio Milan. “Mas esta mudança é muito lenta, porque exige mudança de cultura e depende também de outros elos da cadeia”. E a mudança não passa apenas pela orientação quanto ao consumo dos produtos industrializados. Os supermercados também têm papel crucial no processo e já apresentam muitos avanços. “Os supermercados estão tomando mais cuidado com a quantidade de sal que usam no preparo destes produtos”, afirma o vice-presidente da Abras. O presidente da Abia, Edmundo Klotz, também concorda que há avanços. Para ele, os acordos assinados com o governo apresentam resultados significativos, mas dados mais consistentes só deverão ser quantificados a partir de 2013, pois a indústria tem dois anos para se adequar às novas metas. “Estamos falando de grande quantidade de empresas. Não pode haver discordância”, ressaltou. “Com paciência, temos conseguido”, conclui.
Queijo parmesão lidera Pesquisa divulgada no dia 16 de outubro pela Anvisa denunciou os vilões, em quantidade de sal, que frequentam as mesas dos brasileiros. No alto da lista está o queijo parmesão ralado, com média de 1.981 miligramas por 100 gramas do produto. Em segundo lugar ficou o macarrão instantâneo, com 1.798
projeto avança para mais quatro estados: Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pará e Paraná – onde o processo teve início em 5 de novembro. A partir de janeiro, um novo cronograma será elaborado, mas a meta é encerrar a implantação da campanha em todos os estados brasileiros no segundo semestre de 2013.
miligramas por 100 gramas do produto.
“O que sentimos, no primeiro momento, foi que a campanha despertou a atenção dos consumidores para a importância de consultar os rótulos dos produtos. Começamos a perceber
de 26 categorias de alimentos, coletados
A pesquisa identificou alto teor de sódio em 80% dos alimentos vendidos no país e analisou a quantidade de sal em quase 500 amostras pelas vigilâncias sanitárias estaduais, nos anos de 2010 e 2011, no mercado varejista.
calendário
Redação Supermix
PLANEJAMETO PARA T IRAR
PROVEITO DO VERÃO
Empresários do litoral es tão ot imis tas com a temporada 2012/2013 e já se preparam para atender a grande demanda A estação mais quente do ano começa oficialmente dia 21
apenas nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro.
de dezembro. Mas bem antes dessa data os comerciantes do
E esse otimismo é reflexo dos bons resultados registrados nas
litoral do Paraná esperam estar colhendo os frutos de uma
últimas temporadas. De acordo com Alceu Cruz, especialista
temporada de verão que promete ser bastante aquecida
em Branding e Tendências para o Varejo, só na temperada
em vendas. As altas temperaturas, aliadas ao aumento do
de 2011/2012 o faturamento dos varejistas do litoral chegou
poder aquisitivo da população e a facilidade de acesso às
a R$ 1,6 bilhão, o que representou um crescimento de 25%
praias e regiões de veraneio do estado estão entre os fatores
em relação a temporada anterior. Para este ano a previsão é
apontados como positivos pelos empresários. Há quem
que o litoral do Paraná receba 2,5 milhões de visitantes, o que
aposte em um incremento de 80% nas vendas e faturamento
também é um bom indicativo de novos recordes para o setor.
Revista SUPERMIX
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O sócio-proprietário do supermercado Caopi, Cristiano
período é praticamente a mesma do ano todo: limpeza,
Ricardo Caovilla afirma que o movimento no litoral do Paraná
controle de qualidade, verificação de todos os equipamentos,
vem aumentando de forma gradativa, e que o ano de 2012 foi
checagem de preços e demais controles que são feitos
bastante representativo, com um crescimento em torno de
periodicamente para o bom atendimento ao cliente. As
30% nas vendas e faturamento. “Nós tivemos um inverno com
mudanças de procedimentos se referem ao aumento do
temperaturas altas e diversos feriados prolongados, como foi
quadro de funcionários, que cresce 50% neste período e
o de 7 de Setembro. Isso favoreceu para que muitas pessoas
acaba mudando a rotina em diversos setores”, comenta Luiz
descessem ao litoral, movimentando as praias e o comércio”,
Xavier de Lima.
destaca. Segundo ele, para esta temporada, a expectativa é que tenham um resultado 40% maior que o mesmo período do ano passado.
No supermercado Caopi a preparação começa em setembro, com a ampliação entre 20% a 30% do número de funcionários. Cristiano Ricardo Caovilla afirma que esses trabalhadores são
Além das altas temperaturas e feriados, o proprietário do
contratados para o feriado de 7 de Setembro e permanecem
supermercado Clayton, Clayton Valentin Pock, acrescenta
na loja até o final da temporada.
que o aumento dos investimentos no litoral – citando como exemplo o início das atividades da Techint, responsável pela construção de duas plataformas de petróleo para a exploração do pré-sal em Pontal do Paraná – também vem refletindo no bom desempenho do setor varejista. E foi apostando nesse cenário que o empresário resolveu investir na abertura de um café colonial e na construção de uma segunda loja no litoral. “Atuo no ramo supermercadista há 15 anos no litoral e como tenho uma clientela fixa, senti a necessidade de abrir uma segunda loja para acompanhar o crescimento da região”,
Já o gerente de loja do Supermercado Brasão, Luiz Xavier de Lima, afirma que especialmente para essa temporada de verão a expectativa é de um aumento de 15% nos resultados, em relação ao ano anterior. No entanto, ele comenta que as vendas e faturamento nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro tem um incremento de 80% sobre o normal, quando comparado com os demais meses do ano. Preparação E para atender a essa crescente demanda, os comerciantes do litoral afirmam a
procuram preparação
intensificar das
principalmente tocante
exigem atenção dos supermercadistas do litoral, já que existem produtos que são o carro chefe da estação. Entre eles estão protetores solares, cervejas, refrigerantes, artigos de praia, laticínios, embutidos e carnes. O gerente do supermercado Brasão afirma que o gerenciamento do mix é feito a partir do histórico de compra e venda do ano anterior, “mas sempre acompanhando a tendência para a entrada de novos produtos e lançamentos no mercado”. Para o sócio-proprietário do supermercado Caopi, o contato
conta.
que
A adequação e gerenciamento do mix de produtos também
à
lojas, no
contração
de mão de obra. “A preparação
para
esse
com o fornecedor, para saber de pagamento diferenciadas, é decisivo na hora da formação
do
estoque.
Caovilla garante que deixa para realizar as
compras
no mês de
das promoções e formas
calendário dezembro, sempre acompanhando a preferência dos clientes.
comerciante deve conhecer os hábitos de consumo daqueles
“Nesse período os produtos que têm mais saída são açougue
consumidores que frequentarem os estabelecimentos
e bebidas”, diz.
durante a temporada. “Atender as necessidades e desejos
Dificuldades
dos clientes não é mais um diferencial e sim uma obrigação do varejista. Quem ofertar mais percepção destes valores no
Apesar da ampliação da mão de obra ser uma das principais
momento da compra poderá ter um cliente fiel e alguém que
preparações dos estabelecimentos para atender aos
dissemine a sua marca”, acrescenta.
veranistas, essa também tem sido a grande dificuldade dos empresários. Cristiano Ricardo Caovilla conta que essa situação vem piorando a cada ano, especialmente pela abertura de vagas em outras áreas de atuação, como a construção civil. Mesmo com um reajuste médio de 40% no valor dos salários, ele afirma que não consegue completar o quadro. “Eu passei o inverno inteiro com vagas abertas que não consegui preencher”, comenta. Uma das tentativas de Caovilla para tentar driblar esse problema tem sido a contratação de colaboradores mais novos, que estão no primeiro emprego, para a formação de mão de obra. Já Clayton Valentin Pock diz manter um quadro de funcionários um pouco maior durante o ano todo para conseguir ter colaboradores suficientes no período de maior demanda. “Essa também é uma estratégia para manter o quadro durante a temporada”, diz.
E planejamento também é o que defende Jeisan dos Santos, consultor e professor em Marketing de Varejo. Segundo ele, os varejistas que possuem forte influência sazonal devem analisar seu faturamento com uma visão de regime de competência anual. “Planejar baseado no passado, estabelecendo metas futuras”, diz. Essas informações, pondera Santos, são essenciais para uma boa preparação para a temporada, e terão influência direta no número de contratações, reformas, mix de produtos, orçamento de compras e marketing. Outro ponto que deve ser observado pelos varejistas, na visão de Jeisan dos Santos, é o comportamento do mercado, já que as mudanças na economia geram tendências e influenciam as formas de compra dos clientes. “E isso pode gerar novos hábitos de consumo, que também precisam ser observados”. Para o consultor, as empresas varejistas devem encarar a temporada de verão como um evento contínuo e permanente em seu calendário de vendas, e não apenas uma oportunidade de vender mais com o que tem. “Melhorias em
Dicas de especialistas Para que os supermercadistas do litoral continuem tendo êxito nos seus empreendimentos, o especialista em
suas operações e lojas perpetuaram de um ano para o outro, gerarão imagem positiva perante consumidores esporádicos, que, conquistados, se tornarão clientes fiéis”, afirma.
Branding e Tendências para o Varejo Alceu Cruz pondera
Em relação à falta de mão de obra, que é uma das principais
que os varejistas precisam planejar de forma antecipada
dificuldades dos empresários do litoral, Santos orienta que,
as suas atividades comerciais. “São definidas as projeções
para suprir a demanda, as oportunidades devem ser abertas
sobre como a empresa se sairá como um todo e quais áreas
para candidatos com e sem experiência. “Uma percepção
merecem mais ou menos ênfase. Além disso, deve-se estudar
do mercado é o melhor aproveitamento nas contratações
o desempenho das categorias e examinar as tendências de
de pessoas mais maduras”, diz. Além disso, desenvolver
mercado para projetar as necessidades de suas mercadorias
treinamentos eficazes para a diversidade de setores da loja
para esta temporada”. acrescenta.
para que os colaboradores se identifiquem com a cultura da
O especialista diz ainda que um planejamento estratégico bem formulado passa também pelo treinamento da equipe de vendas, estoques satisfatórios e disponibilidade de produtos e serviços adequados às tendências de consumo. Ou seja, o
empresa.
TENDÊNCIAS
Redação Supermix
Composição de mix de loja: no centro de tudo, o consumidor Cada vez mais exigente, cliente quer mais atenção e profissionalismo das empresas Quando o assunto é composição de mix de loja e tendências
(Associação dos Supermercados do Paraná) e coordenador
do mercado, não há mistérios. A definição da quantidade
da Câmara de Profissionalização do Varejo da Associação
e da variedade dos produtos a serem oferecidos pode ser
Comercial do Paraná (ACP).
resolvida levando-se em conta vários aspectos, como o conhecimento profundo da região onde se trabalha e a adoção de ferramentas gerenciais tecnológicas avançadas, mas uma das regras mais simples do processo é exatamente uma das mais eficientes: o gosto do consumidor. Na prática, isto significa que, para formar um mix adequado
Administrador com especialização em Gestão Empresarial e diretor presidente da Made Management, Nogarotto dá uma dica para os empresários que querem compor seus estoques de maneira correta: fazer estoques apenas dos produtos que têm alto giro, como as cestas básicas e as bebidas, que vendem rapidamente. “Os produtos que têm pouco giro não
(o que se traduz em utilizar o espaço disponível na loja da maneira mais adequada possível, gerando lucros maiores) e acompanhar passo a passo as tendências do mercado consumidor, o empresário precisa comercializar não o que ele gosta de vender, mas o que o seu cliente quer comprar. Não levar isto em consideração é, por incrível que pareça, um dos problemas mais comuns existentes nas empresas do setor. Ligado a este aspecto, um dos maiores equívocos cometidos por muitos executivos do ramo é oferecer uma variedade exagerada (e desnecessária) de produtos na loja. “Há muitas opções para pouco cliente. Em uma loja de bairro, por exemplo, que tem menor porte, quanto mais sortimento, mais você confunde o cliente e ganha menos dinheiro porque o consumidor acaba comprando o que quer – e não o que é lucrativo para a loja. Com isso, o empresário vende menos e ganha, digamos, pior. Já em uma loja de maior porte você deve ter maior sortimento porque o cliente vai lá com a expectativa de suprir suas necessidades”, explica Christian Nogarotto, professor da Academia Empresarial Apras
Nogarotto: “Os supermercados devem vender o que o cliente quer comprar – e não o que o empresário gosta de vender”.
Revista SUPERMIX
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precisam de estoque porque os seus representantes estão
totalidade, pequenas e médias. Os empresários do setor
toda semana, e até todo dia, na loja. Neste caso, o estoque
podem fazer uma análise sobre o perfil dos seus clientes para
deve ser feito para a semana, e não para o mês. Quando se
definir corretamente o mix das suas empresas de maneira
estoca para o mês, você descapitaliza a sua empresa de forma
eficaz utilizando uma ferramenta fácil de ser implementada.
desnecessária”, diz. Academia Apras A Apras é parceira dos supermercados na busca pelas empresas por mais eficiência – e mais lucros. A Academia Empresarial oferece cursos técnicos que preparam os gestores para tomar as melhores decisões, um processo fundamental sobretudo no momento em que os consumidores (inclusive os da classe
“Isto é possível por meio de uma pesquisa de mercado muito simples que o empresário pode fazer em um raio de 800 metros da sua loja, abordando quesitos como: ´o que o cliente encontra e não encontra na loja´; ´o que gosta e não gosta na empresa´; ´qual a loja da sua preferência´; etc. Isto possibilita tirar excelentes conclusões, que são fatores de tomada de decisão imediata para o seu negócio”, conta o professor.
C, que aumentaram significativamente seu poder aquisitivo
Segundo Nogarotto, os softwares gerenciais são bons, mas
nos últimos anos) estão mudando seu perfil. O cliente é cada
devem ser considerados apenas como um instrumento
vez mais exigente. Ele busca, cada vez mais, marca e não
que não dispensa o conhecimento. “Há centenas deles
preço. Ele até busca preço, mas de um item ou outro. O que
no mercado, mas sua otimização depende de você saber
ele busca mais mesmo é qualidade na mercadoria”, explica
utilizá-lo. Não adianta ter uma Ferrari e não saber pilotá-la.
Nogarotto.
Muitos softwares são excelentes. A diferença entre eles são
A preocupação da Apras com a formação dos empresários surgiu exatamente da constatação de que a melhor forma de garantir o sucesso dos seus negócios é transmitir-lhes informações e conhecimentos úteis para o seu negócio. Para o professor, o empresário tem que se conscientizar da importância deste processo porque não consegue fazer com que sua empresa caminhe sozinha sem depender de recursos humanos para que possa ser bem gerida. “Eu acredito muito em método de trabalho. A nossa empresa trabalha com uma receita que usamos com nossos clientes no Brasil todo, que é a seguinte: método, disciplina e resultado. O método induz à rotina. A rotina faz com que você se discipline no fazer. E a disciplina gera resultados, sem dúvida nenhuma”, diz.
Lucro não é igual a custo Diferentemente do que se imagina, obter resultados positivos neste ramo não significa, necessariamente, custos elevados para as redes que são, em sua quase
os relatórios que fornecem. Mas é preciso saber ler estes
TENDÊNCIAS relatórios para tomar decisões”, aconselha.
proposta era levar a experiência de salão para as gôndolas
Na base, a boa gestão
dos lojistas. Além disso, Fernandez decidiu cortar custos e
Esta questão está ligada a outro aspecto: a boa gestão
renovar 70% da linha de produtos da empresa, sempre em estreita sintonia com o gosto e os desejos dos clientes.
técnica da loja. “O empresário precisa ter ferramentas de controle, indicadores de desempenho nas suas lojas, metas e resultados. Se não souber fazer isso, vai ter que contratar uma empresa especializada e isto não agrega valor. Você é o maior interessado em fazer com que seu negócio seja eficiente. É preciso buscar e investir em conhecimento. Ele é a única coisa que ninguém tira de você. Com conhecimento, prazo, técnica e disciplina, o empresário vai ter sucesso, com certeza”, diz Nogarotto. Outro aspecto diretamente relacionado aos lucros é o
A linha TRESemmé é um exemplo da eficiência como este processo foi executado e da identidade da empresa com o cliente. Na realidade, o produto foi resultado da compra da empresa americana Alberto Culver, em 2010. A operação foi arriscada porque o lançamento de um novo produto no mercado demora de dois a três anos, exige pesquisas de mercado, análise da concorrência e uma série de tarefas burocráticas. A Unilever fez tudo isso em apenas 135 dias. Salão em casa
marketing, que pode (ou não) ampliar as vendas do mix
Um dos produtos da linha é o TRESemmé® Proteção
das lojas. Para o professor da Academia Empresarial Apras, o
Térmica, que protege os cabelos dos danos causados pelo
empresário costuma pecar neste aspecto porque considera,
calor excessivo dos secadores, chapinhas e modeladores. O
em muitos casos, este elemento como custo – e não como
lançamento da mercadoria não foi casual. Estudo feito em
investimento. “Existe uma ferramenta mercadológica nos
2011 pela Unilever em parceria com o Ibope apurou que 75%
supermercados chamada gerenciamento por categorias, que
das mulheres possui pelo menos um secador em casa, e que
induz as pessoas a comprarem. É você colocar o morango do
31% normalmente seca os cabelos com o aparelho, número
lado do suspiro e do creme de leite. Assim, a pessoa não vai
que sobe para 42% durante o período de inverno.
comprar só o morango, mas os três itens. Estas técnicas de gerenciamento estimulam, e muito, a venda. E esta venda, eu garanto, em uma loja de bairro, pode alavancar os negócios em 10% a 15%”, diz.
“A Unilever trouxe TRESemmé® para o Brasil com o objetivo de democratizar a qualidade e os resultados dos produtos utilizados nos salões. Para que isso aconteça, é preciso atentar para todas as necessidades das consumidoras brasileiras, inclusive a de garantir que seus cabelos se mantenham bonitos e saudáveis mesmo com o uso cotidiano desses
Unilever dá exemplo de eficiência Uma das empresas brasileiras que têm sido citadas como case de sucesso no quesito tendências de mercado é a Unilever. Mais especificamente, um dos seus produtos: o TRESemmé que, com apenas um ano de mercado, já é a segunda marca de produtos de cabelos mais vendida no Brasil. O principal responsável por esta conquista é o empresário executivo argentino Fernando Fernandez, presidente da Unilever no Brasil. Em novembro de 2011, a TRESemmé® chegou ao país adotando o conceito de “salonização”. A
aparelhos”, afirma Marilia Zanoli, gerente de Marketing de TRESemmé. Em 2012, a empresa – que lança uma média de 60 mil produtos por ano e tem 13 mil funcionários – deve faturar R$ 12 bilhões. Atualmente, somente no portfólio de TRESemmé®, são 31 produtos de seis linhas: Reconstrução e Força, Hidratação Profunda, Liso e Sedoso, Cachos Perfeitos, Cor Radiante e Proteção Térmica.
MEIO AMBIENTE
Redação Supermix
O desafio da logística reversa Muito além das leis, toda a cadeia produtiva vai precisar se adaptar a uma questão mais desafiadora ainda: a cultura de consumo no país. Afinal, para que serve a Logística Reversa (LR)? A grande preocupação quando se fala nesse assunto é o conceito do vai e volta: um produto não termina seu ciclo de vida após ser consumido. Quando já não apresenta mais condições de uso, a logística reversa propõe-se a devolvê-lo para seu ciclo produtivo, ou seja, o produto deve retornar para a indústria como insumo e ser reaproveitado ou, então, ter uma destinação correta e ambientalmente adequada. O gráfico a seguir explica exatamente como funciona este processo:
Revista SUPERMIX
Apesar de parecer inteligente e simples, a logística reversa está caminhando a passos lentos no Brasil. Já existem alguns modelos estruturados no país como, por exemplo, a LR de pneus, óleos lubrificantes, agrotóxicos e suas embalagens. No entanto, de acordo com a gestora ambiental da Roadimex, Cristiane Baluta, estes modelos ainda precisam estar integrados entre os estados. “Os acordos setoriais em Brasília ainda não foram finalizados, então qualquer alteração poderá implicar em mudanças profundas na maneira como cada estado vai organizar o debate da LR”, aponta. Como começaram as discussões Há 20 anos, o Congresso Nacional sancionava o Projeto de Lei 354/1989, que dispunha sobre a forma adequada de acondicionamento, coleta, tratamento, transporte e destinação final dos resíduos sólidos de serviços da saúde. Foi com base nesta ementa que, em agosto de 2010, durante o governo do presidente Lula, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) passou a ser um Marco Regulatório no país. Entre as ações previstas na PNRS, algumas delas estão recebendo bastante destaque nos últimos meses, como a prática da Logística Reversa pelos setores produtivos, o incentivo aos acordos setoriais e a responsabilidade compartilhada quanto à destinação dos resíduos sólidos. Para Suzana Ferraz, coordenadora do Comitê de Sustentabilidade da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a responsabilidade compartilhada foi um dos pontos mais
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inovadores desta política. “Estado, indústria, comércio e consumidores são todos corresponsáveis pela destinação correta dos resíduos sólidos. Os supermercados, como parte importante deste processo, têm seu papel e sua responsabilidade, assim como os demais setores”, completa Susana. No Brasil tem sido assim... Por se tratar de um processo complexo, todas as partes envolvidas com a logística reversa estão se reunindo periodicamente em Brasília, desde maio de 2011, por meio de Grupos Técnicos Temáticos (GTTs), para estudar propostas de modelagem em cinco cadeias produtivas prioritárias: embalagens em geral; embalagens de óleos lubrificantes; resíduos de medicamentos; lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; eletrônicos e seus componentes. Neste processo, o varejo é um setor que contempla o Brasil inteiro e que representa um segmento de comércio extremamente importante. Por isso, a Abras foi convidada pelo Ministério do Meio Ambiente e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para compor os cinco grupos e tem atuado fortemente junto ao Governo desde o primeiro momento. Estes grupos estão definindo como cada parte da cadeia será responsável por todo o ciclo de vida do produto e também pela destinação do produto depois de utilizado, ou seja, do produto inteiro ou apenas os compo-
MEIO AMBIENTE nentes provenientes da sua utilização. De forma organizada, a sociedade inteira deverá saber como cada parte da cadeia será responsável pela reciclagem e pela destinação final dos produtos. Enquanto isso, no Paraná... O Paraná é um dos primeiros estados onde já houveram debates organizados a respeito da logística reversa. As ações propõem esclarecer e discutir a sinergia necessária entre os setores para a elaboração, implantação e manutenção do modelo com êxito e sucesso. Por meio do Edital de Chamamento 001/2012, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), as entidades representativas têm até o dia 23 de novembro para entregar suas propostas de Termos de Compromisso para a implantação da logística reversa. Devem ser apresentados conjuntos de ações, procedimentos e meios de viabilizar o recolhimento, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos, mediante o retorno dos produtos depois do uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana. Desde a publicação do edital, a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) tem realizado amplas discussões por meio do seu Comitê de Meio Ambiente para viabilizar a entrega de propostas adequadas ao Termo de Compromisso sugerida pela SEMA, no entanto, sem antecipar os acordos setoriais em andamento no Distrito Federal. Como aponta o próprio Edital de Chamamento, quaisquer acordos firmados em âmbito federal têm prevalência sobre os regionais, estaduais e municipais. Segundo o advogado e membro do Comitê de Meio Ambiente da Apras, Maurício França Lima, está havendo uma antecipação das discussões que já estão em andamento em Brasília. “A iniciativa do estado é extremamente importante, é salutar e mostra que o Paraná é um estado atento aos anseios da sociedade brasileira em relação à sustentabilidade”, afirma. No entanto, ele aponta ainda que é preciso que o estado trabalhe no ritmo das decisões tomadas em Brasília, pois se corre o risco de haver uma decisão, uma modelagem de trabalho para determinados produtos em âmbito nacional, e o estado do Paraná resolva fazer de forma diferente. “A decisão que vier de Brasília deverá contemplar o Brasil todo. Não podemos trabalhar em descompasso”, completa. Em outras palavras, caso o Congresso Nacional institua qualquer outro edital, os trabalhos realizados pelas entidades representativas do Paraná perdem sua validade. A indústria, por meio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), também tem realizado reuniões periódicas
com representantes de diversos setores industriais para viabilizar a formulação de um plano de logística reversa para o Estado. Estes planos envolvem a cadeia produtiva como um todo, inclusive com a participação das cooperativas, do comércio e do governo, como meio de racionalizar o processo. Segundo Luciano Busato, do Sistema Fiep, inicialmente foi feito um acordo com a SEMA que os setores geradores de resíduos apenas assinassem o Termo de Compromisso com a proposta de uma agenda setorial para ser trabalhada no ano de 2013. “É importante frisar que certamente haverá a necessidade de outras reuniões com o intuito de elaborar planos consistentes no médio prazo”, aponta. Luciano completa dizendo que a expectativa é de que os objetivos dos planos de ações setoriais sejam atingidos no médio e longo prazo. Desafios além da logística reversa... Para cobrir todos os segmentos de produtos inclusos na logística reversa, há desafios que primeiro devem estar bem compreendidos por todos os componentes do sistema. Por exemplo, estima-se que o custo do processo de logística reversa das lâmpadas será de R$ 0,40 por unidade. Na modelagem proposta pela indústria, inicialmente, o comércio deverá apoiar o processo disponibilizando pontos de entrega voluntária, enquanto toda a gestão será centralizada e a operação realizada pela indústria. Não há dúvidas de que este processo poderá causar impacto diretamente sobre o preço do produto ao consumidor final. No caso dos eletrônicos, os desafios podem ser ainda maiores. A primeira limitação neste segmento tem a ver com o espaço para receber os produtos: depende do porte das empresas, tipo e tamanho da loja, por exemplo. Além disso, existe a preocupação com os produtos chamados de órfãos, aqueles que são importados, provenientes de países da fronteira ou até mesmo piratas. Todas estas peculiaridades devem ser esclarecidas antes que leis sejam propostas. Mais desafiador ainda é implantar políticas de educação ambiental mais eficiente, para que os consumidores entendam a importância da participação deles no processo de logística reversa. Marcelo Murassawa, engenheiro ambiental e consultor da Roadimex, afirma que “o consumidor é um elemento primordial e que deverá ser trabalhado por meio de políticas de educação de base ambiental”. É importante lembrar que, como ainda não foi definido o funcionamento da logística reversa e quais as punições previstas para quem não cumpri-la, o início desta prática dependem também dos consumidores, que deverão destinar corretamente os produtos e seus componentes para a coleta adequada.
índices
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Assessoria de Imprensa Abras com informações da Redação Supermix
VENDAS DOS SUPERMERCADOS CRESCEM 4,91% Alta ocorreu em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2011. Acumulado dos nove meses do ano alcança 5,50% As vendas reais do setor supermercadista em setembro de 2012 aumentaram 4,91% em relação a setembro de 2011, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em comparação com agosto deste ano, houve alta de 0,21%. No acumulado dos nove meses de 2012, as vendas do setor supermercadista alcançaram alta de 5,50%, na comparação com igual período de 2011. Esses índices já foram deflacionados pelo IPCA do IBGE. Em valores nominais, o Índice de Vendas da Abras apresentou crescimento de 10,50% em setembro em relação a setembro de 2011 e alta de 0,79% sobre agosto deste ano. O acumulado nominal, até setembro de 2012, chegou a 11,14%, na comparação com o mesmo período do ano passado. O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,57% em setembro contra os 0,41% do mês de agosto. O acumulado do ano fechou em 3,77%, bem abaixo dos 4,97% em comparação a igual período de 2011. “Em setembro, as vendas mantêm a trajetória de crescimento dos últimos meses. Os números reforçam nossa expectativa de um ótimo resultado para este ano, apesar do baixo crescimento do PIB. A massa salarial, quando comparada com o mês de setembro do ano passado, continuou apresentando aumento, justificando o resultado acumulado do setor”, diz o superintendente Tiaraju Pires. AbrasMercado Em setembro, o AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, analisada pela GfK, apresentou alta de 2,16%, em relação a agosto deste ano. Já na comparação com setembro de 2011, o AbrasMercado apresentou crescimento de 7,65%, passando de R$ 306,42 para R$ 329,87. Os produtos com as maiores altas em setembro, na comparação com agosto, foram: batata, com 29,78%; cebola, com 23,40%; e farinha de mandioca, com 12,91%. Já os produtos com as maiores quedas no último mês foram: tomate, com -13,38%; extrato de tomate, com -1,23%; e carne dianteiro, com -1,19%. Paraná O Paraná novamente se destaca em relação à região Sul com maior variação de volume e faturamento. Dentre as cestas, os destaques da região são as “Mercearias Doce”, com 25,3% e 16,9% a “Salgada”, sendo também mais relevantes quando comparado pela região, que respectivamente ficaram com 24,6 e 15,8 por cento.
suporte Jurídico
Redação Supermix
Postura linha dura é adotada contra os agrotóxicos
Rastreamento de produtos com defensivos tóxicos ganha força no setor, beneficiando consumidores Responsabilidade social é assunto sério para os supermercados, principalmente quando interfere na saúde dos consumidores. É por esse motivo que a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) estão fazendo um grande esforço para livrar o Brasil do estigma de maior (e/ou pior) consumidor de agrotóxicos do mundo.
explica o superintendente da Abras, Tiaraju Pires. Gianpaolo Busso, responsável técnico pela operacionalização do programa na empresa PariPassu, destaca a redução dos custos que o projeto proporciona. “O programa permite que eu rastreie e monitore os produtos por um custo mais baixo do que se a operação fosse individualizada. Além disso, eu valorizo quem trabalha direito”, diz.
O empenho dos supermercados no combate aos abusos na utilização dos defensivos agrícolas tóxicos vem por meio do Programa de Rastreamento e Monitoramento de Agrotóxicos: o RAMA. Criado especialmente para rastrear e monitorar o uso destes produtos nos FLVs (frutas, verduras e legumes), o programa recebe o apoio da empresa catarinense PariPassu e está em fase de implantação. Em outros estados, como Santa Catarina e Rio Grande do Norte, o programa já começou a ser executado em algumas redes. A meta é os supermercados cobrirem 80% do volume de produtos FLV em três anos, concluindo-se o processo de implantação em 2015. No Paraná, a Apras tenta acelerar o processo e já conversou sobre o assunto com a Abras e o Ministério Público do Paraná, que deseja rigor no combate aos excessos. Como Funciona O processo se inicia com o cadastramento dos produtos e fornecedores, que devem entregar as mercadorias com um código identificando a origem. Depois, a PariPassu faz as coletas (nas próprias gôndolas dos supermercados), as análises técnicas dos resíduos de defensivos agrícolas em cada um destes produtos e disponibiliza os resultados no portal da Abras. Com isto, é possível ao empresário identificar a origem dos problemas de uso excessivo ou incorreto de agrotóxicos já na produção. “O ponto forte do sistema é que as informações são todas compartilhadas. As análises de uma loja podem ser visualizadas por todas, o que permite saber onde estão os problemas e facilitar a adequação dos produtos às normas”,
Tiraju Pires Fonte de doenças Entre as doenças que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), podem ser provocadas pelo excesso de consumo de agrotóxico estão: cegueira, má formação fetal, câncer (sobretudo os de tireoide e mama), puberdade precoce, problemas respiratórios e disfunções renais. E o cenário existente no Brasil agrava este quadro. Aqui, dos 50 produtos químicos mais aplicados na agricultura, 22 são proibidos pela União Europeia e pelos Estados Unidos. Além disso, os fabricantes pagam apenas R$ 90 à Agência Nacional
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de Vigilância Sanitária (Anvisa) por esta operação, enquanto nos EUA, o valor chega a US$ 600 mil (seiscentos mil dólares). Mas isto não é tudo. Enquanto a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) tem 854 técnicos trabalhando na regulação de registros de agrotóxicos, o Brasil possui apenas 50. Paraná O Governo do Paraná também está fechando o cerco contra os abusos na utilização dos defensivos agrícolas. Em setembro do ano passado, o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, assinou resolução criando o Programa Estadual de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos. O objetivo é claro: fiscalizar a aplicação destas substâncias na produção dos alimentos, encargo sob a responsabilidade da Vigilância Sanitária do Paraná. O funcionamento do programa é simples. Técnicos da Secretaria da Saúde, em parceria com as prefeituras, coletam e enviam amostras de alimentos de todas as regiões do
Marcio Milan
Paraná para análise no Laboratório Central do Estado. Se o comerciante não possui documento atestando a origem
Foi esta a ferramenta que a Secretaria Estadual da Saúde
do produto, é autuado e submetido às sanções legais. E,
criou para proteger os cidadãos e, ao mesmo tempo,
quando nas amostras há comprovação da existência de
possibilitar aos agricultores sem acesso a produtos
resíduos de agrotóxicos em níveis elevados ou substâncias
mais novos e eficientes lançados pela indústria ter mais
proibidas pela Anvisa, o produtor é notificado pela Secretaria
competitividade no mercado. Isto porque a normatização,
da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e os produtos são
entre outras conquistas, reduz as restrições para o registro
retirados imediatamente do mercado.
de novos agrotóxicos, o que traz o benefício adicional
Mas, o programa não tem como objetivo apenas fiscalizar. Outro propósito do projeto é conscientizar os produtores que utilizam agrotóxicos rurais – além dos comerciantes
de estimular a atração de investimentos das empresas interessadas em registrar produtos com menos toxicidade – e menos danos ao meio ambiente.
e consumidores – quanto aos riscos do manuseio dos defensivos agrícolas e da ingestão de alimentos com
Isto só é possível, porém, se os produtos seguirem
graus elevados de contaminação, especialmente os
rigorosamente as regras estabelecidas pela Anvisa, que atua
hortifrutigranjeiros.
neste campo desde 2008 e criou um duro protocolo para
Competitividade
combater os excessos: a realização de testes detalhados
Três meses depois de criado o programa, o estado editou a nova resolução sobre o cadastro de agrotóxicos. As normas possibilitam que as indústrias do setor cujos produtos já foram liberados para o mercado pelo governo federal possam comercializá-los no Paraná.
para a análise de resíduos de agrotóxicos nos alimentos. A organização também compete à coordenação de duas outras ações relativas ao mesmo tema: o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos nos Alimentos (PARA) e a Rede Nacional de Centros de Informação Toxicológica (Renaciat).
SETOR
Serviço de Atendimento ao Cliente: mudança na era digital Toda a relação entre o supermercado e o cliente é baseada na forma como a empresa se organiza para fazer o “atendimento ao cliente”, mas o que chamamos de Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) tem, em geral, uma destinação mais específica para situações de solicitações, dúvidas, sugestões e reclamações de assuntos específicos. O atendimento ao cliente pode acontecer por vários meios de acesso à loja, quando o usuário quer realizar uma compra ou solucionar alguma questão. Para o professor do curso de pós-graduação em Marketing da Faculdade de Administração e Economia (FAE), Paulo Henrique Prado, quanto mais rápida a resolução de problema ou solicitação ao momento em que ela ocorreu, mais satisfeito o cliente fica e esta é a melhor opção. “É preciso proatividade na solução de problemas, não optar pelo caminho de postergação”, explica. Atualmente, há diferentes formas de prestar o que chamamos de Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC). Um deles é o conhecido 0800, atendimento via telefone, que pode ser eficiente, mas também pode gerar mais incômodo ao cliente de supermercado, que até pela característica do que compra – itens de consumo rápido – quer respostas ágeis. Outras formas são caixa de sugestões e quiosques dentro da loja, para recebimento de sugestões. Uma outra via de acesso do cliente ao supermercado, hoje já bastante utilizada, é a internet por meio das redes sociais. O diálogo entre cliente e loja por meio de site do supermercado na internet ainda não é uma realidade, mas o consumidor acaba buscando este contato através de sites de reclamação e redes sociais. Um site de acolhimento, publicação e encaminhamento de reclamações, é o www.reclameaqui.com.br, que além de executar todo este processo, publica um ranking das empresas com mais problemas. “Por este tipo de canal, o problema vira uma bola de neve, que vai se replicando, do Facebook para sites de reclamação, para ranking, a marca
fica muito visível”, explica o professor. “Sendo assim, além de encontrar meios de gerir as redes sociais, o supermercadista precisa ter uma estrutura de soluções rápidas de problemas”. Prado conta de um caso a que teve acesso de um consumidor que teve um problema em um supermercado de Curitiba, não resolvido por meio do contato direto com a loja, mas imediatamente encaminhado quando o ocorrido foi parar no Facebook. “Isto mostra o poder das redes sociais – que expõe a marca para milhares de pessoas ao mesmo tempo – e é de fácil acesso ao cliente”. “A melhor recomendação que posso dar é: seja rápido e proativo na solução de problemas assim que eles chegam, já dentro da loja. Se for o caso do problema chegar por 0800, não posterga, resolva com agilidade”. O grupo Pão de Açúcar, que em Curitiba tem mais de 800 colaboradores, distribuídos em quatro lojas Pão de Açúcar e duas da marca Extra Hipermercados, possui alternativas distintas de atendimento aos clientes, buscando suprir diferentes necessidades em cada momento de sua experiência de compra. Desde o atendimento SAC transacional para programa de fidelidade, até o atendimento de Ouvidoria para as marcas do grupo, passando por atendimentos mais técnicos focados em marcas exclusivas e produtos de importação. Para todos esses momentos, a empresa conta com os canais tradicionais gratuitos de telefone, e-mail, chat e portais das marcas na internet. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, esta estrutura, que conta com 63 colaboradores diretamente envolvidos, gera um impacto positivo na manutenção da imagem das marcas da empresa e no reforço da cultura de respeito e atenção aos clientes, alinhado com o que a empresa se propõe a entregar aos seus consumidores, criando um vínculo de confiança e familiaridade. “Como nosso atendimento é para varejo, temos como pressuposto um processo de atendimento via ouvidoria, uma vez que o primeiro atendimento do consumidor já é na própria loja.
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Assim, quase todos os treinamentos estão direcionados a processos analíticos, de direitos do consumidor, relacionamento com clientes, imagem das marcas e administração de conflitos.” Pioneiro no setor varejista de alimentos no Brasil, o Grupo Pão de Açúcar é a maior empresa de distribuição da América do Sul. Para garantir a atuação no mercado e atender às necessidades e expectativas dos consumidores brasileiros, o Grupo mantém uma estrutura multiformato com mais de 1.800 lojas operando sob diferentes modelos de negócio supermercados, hipermercados, lojas de proximidade, lojas de bens duráveis e cash & carry. A companhia também atua no comércio eletrônico nas áreas de alimentos, com o www.paodeacucar.com.br, e não alimentos, com a Nova Pontocom, empresa que possui em seu portfólio as operações online de três grandes marcas do varejo de eletroeletrônicos: Casasbahia.com.br, Extra.com. br, Pontofrio.com.br e Ponto Frio Atacado. Somados todos os seus negócios, ocupa a posição de maior empregador privado do País, com cerca de 150 mil colaboradores. Atuando exclusivamente no Brasil, soma mais de 2,8 milhões de m² de área de vendas distribuídos por 19 estados e Distrito Federal. O Grupo Pão de Açúcar tem ações listadas na Bovespa e na Bolsa de Nova York. Em 2011, o Grupo Pão de Açúcar registrou faturamento de R$ 52,6 bilhões, valor 45% superior ao verificado em 2010. Estratégia, orientação e treinamento As mensagens centrais para a prática de vendas no varejo, disseminadas pelo Sebrae, abrangem a postura no atendimento ao cliente, considerado “vital para a concretização do negócio e sucesso da empresa”, e que precisam ser mantidas quando o consumidor precisa resolver alguma questão além de somente comprar. Oferecer qualidade e saber ouvir o cliente são fatores essenciais, assim como orientar a equipe para ser rápida e solícita com o cliente. Para a entidade, o consumidor deve sair satisfeito com o atendimento recebido e com suas necessidades supridas pelos produtos adquiridos. Para tanto, a empresa deve verificar como ele se comporta, quais são as necessidades dele e como supri-las. Orientar o pessoal da loja para ser rápido e solícito com o cliente é uma necessidade para cativar o consumidor para vendas futuras. O vendedor deve ser treinado para atender a
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cada cliente como se fosse “o cliente dele” – aquele a quem ele deve dar toda a atenção, pois é a razão do trabalho e da profissão. Além disso, o vendedor deve conhecer as mercadorias. Para resumir, os dez mandamentos do bom vendedor, que devem ser mantidos independente do motivo do atendimento – venda, dúvidas, sugestões ou reclamações: ter entusiasmo em vender; manter impecável a apresentação pessoal; ser persistente; possuir boa memória; falar fluente e claramente; ter ambição; ter tato; vestir a camisa da empresa; manter o autocontrole; falar a verdade. O empresário deve desenvolver estratégias e motivar os profissionais de vendas nos seguintes aspectos, que envolvem a forma como o cliente se sente atendido na loja, e não somente por meio do SAC: crie uma política de qualidade voltada ao atendimento ao cliente e faça com que seja uma questão básica para fazer parte da equipe de vendas; desenvolva ações voltadas para a satisfação dos clientes, como melhorias no ambiente, adaptação às características e gostos pessoais; treine constantemente os vendedores buscando o desenvolvimento profissional; verifique se o sistema de recrutamento e seleção dos profissionais de venda é adequado aos produtos de seu empreendimento. Se necessitar, busque auxílio de empresas especializadas; crie uma equipe perene, evitando trocas constantes de vendedores; verifique continuamente o grau de satisfação e motivação dos vendedores, buscando a causa e as soluções possíveis para melhorar as condições de trabalho; evite vendedores despreparados ou desqualificados profissionalmente. Caso não ajam condições de desenvolvê-los, o melhor é buscar outros mais adequados; estabeleça níveis de autonomia para que os vendedores possuam poder de decisão junto aos clientes, evitando que sempre tenham de solicitar apoio da gerência ou do proprietário do negócio para fechar a venda; dê condições adequadas de trabalho, tanto se as vendas forem internas (loja) quanto em vendas externas (por meio de deslocamento e apresentação junto ao cliente); envolva os vendedores nas estratégias e condições de venda. Quando as decisões são tomadas apenas pelo empresário ou pelo gerente, o resultado nunca será tão bom quanto o que pode ser obtido se toda a equipe estiver envolvida nas decisões que dizem respeito ao trabalho.
artigos
Adriane Werner é jornalista e palestrante e escreve nesse espaço sobre comportamento profissional.
Sejamos polidos... Pensar nas virtudes pessoais é melhorar o comportamento
Você já parou para pensar em quais são as características mais importantes que o ser humano deve desenvolver para conseguir conviver bem com seus semelhantes? A Filosofia chama VIRTUDES a cada uma dessas características. O livro “Pequeno Tratado das Grandes Virtudes”, do filósofo materialista francês André Comte-Sponville, traz reflexões a respeito de 18 dessas virtudes, que vão desde a polidez, a humildade e a coragem até o humor e o amor. A primeira virtude abordada na análise do filósofo é a polidez. Segundo ele mesmo, esta é a menor das grandes virtudes, mas, ao mesmo tempo, a origem das outras. Menor porque é puramente formal, trata apenas da aparência, do aparato. Como questiona o autor: “Um nazista polido em que altera o nazismo?” E, mais adiante: “Um canalha polido não é menos ignóbil que outro, talvez seja até mais.” Mas, afinal, do que trata a polidez? Uma pessoa polida é aquela que, por sua postura e comportamento, demonstra
ser afável, cortês e gentil. É o que costumamos chamar de pessoa ‘bem educada’. Ou seja, nosso comportamento depende da educação que recebemos desde a infância, dos nossos pais e professores, mas que continuamos a receber durante toda a vida, pois nunca paramos de aprender. Ser afável é ser terno, acolhedor. Ser cortês é ser atencioso, civilizado, amável. Portanto, ser polido é demonstrar que se importa com o outro, é ser suave nas relações com colegas, amigos, parceiros... com todas as pessoas com quem convivemos. Certamente o mundo seria muito mais harmônico se as pessoas fossem mais polidas. Mas muita gente ainda confunde grosseria com autenticidade e se esconde atrás de argumentos como “o que tenho que falar, falo na cara”, “não escondo o que eu penso” ou “sou sincero, doa a quem doer”. Ser sincero é uma coisa – desejável, claro! Mas ser cruel e grosseiro é outra, bem diferente. E viva a harmonia!
artigos
*Bernt Entschev é fundador e presidente do Grupo De Bernt, colunista da Gazeta do Povo, Revista Supermix e La Nación, comentarista nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock, e autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos.
Capacitação para a otimização de processos Apesar de ser algo “pré-histórico”, muitos supermercados,
mais óbvias: melhor atendimento, melhor distribuição de
mercearias e armazéns ainda controlam seu estoque
produtos, melhor gerenciamento de crises, menos filas,
manualmente, através de fichas de controle e de prateleiras.
atendimentos mais rápidos, produtos melhor organizados e
Eu sou da seguinte opinião: se existe a tecnologia ao seu
repostos mais rapidamente, assim por diante. Isso acontece
alcance, use-a para facilitar e otimizar os processos.
porque as novas tecnologias permitem trazer controles
Hoje em dia, não somente para controle de estoque, muitos serviços e processos foram informatizados com o intuito de
específicos de desempenho, acompanhamento de metas, entre outros, de maneira mais eficaz e rápida.
facilitar o controle e melhorar o atendimento final ao cliente.
Voltando ao exemplo de controle de estoque. Hoje em dia,
Por isso e para manter a competitividade no mercado,
com o sistema correto para substituir antigos processos,
as empresas devem se adequar às novas tecnologias e
as empresas conseguem verificar em um clique quando
processos organizacionais.
devem repor o estoque de leite condensado, por exemplo.
Entretanto, de nada adianta dispor de uma tecnologia de ponta sem profissionais capacitados para colocá-la em prática. Para que isso aconteça, é necessário oferecer recursos para que os funcionários aprendam a trabalhar com a nova tecnologia - seja com treinamentos ou cursos. Não se pode exigir resultado de um profissional que não possui conhecimento para colocar a ferramenta em prática. É a mesma coisa que dar um carro para alguém que não sabe dirigir e exigir que essa pessoa pilote da noite para o dia, sem nenhum ensinamento – não acontecerá. Além disso, quando o RH capacita os funcionários, além de trazer melhorias para a empresa, também promove o crescimento profissional do indivíduo. Aumenta seus conhecimentos técnicos e, com o tempo, pode inclusive tornar um simples atendente em alguém qualificado para exercer posições maiores dentro da empresa. Quanto às melhorias para os consumidores, essas são as
Melhor que isso, sabem quantos leite condensados vendem em determinado período de tempo, quais são as marcas mais populares, qual é a época do ano de maior procura, qual o local mais propício para a disposição desse produto, quais promoções e descontos funcionam melhor e trazem mais pessoas à loja, etc. Ou seja, fornece dados de grande importância sobre o público-alvo e seu comportamento de compra. Se essas informações forem usadas com sabedoria, o lucro da empresa com certeza aumentará. Em qualquer situação, a gestão deve estar atenta a esses detalhes para que seja possível aproveitar o máximo que a tecnologia pode oferecer. Com a capacitação adequada aliada a um sistema de dados eficiente e a correta utilização de ambos, a empresa tenderá a lucrar mais, a ter clientes mais satisfeitos e funcionários mais preparados para diversas situações.
orgânica
Miguel Ferrari Stella, Consultor de Marketing Editorial e Trade e Marketing para a indústria e varejo. Em 2005, produziu o “Espaço Orgânico & Natural” no varejo alimentar, que resultou na criação da “Semana Nacional de Alimentos Orgânicos em Supermercados”, realizada por meio de uma parceria da ABRAS e Ministério do Meio Ambiente, hoje na 8ª Edição.
Verão, mais um grande motivo para vender produtos orgânicos e naturais nas lojas Apesar de ser uma tendência de consumo, o verão requer
Copa das Confederações e a Copa do Mundo em 2014,
uma alimentação mais leve e saudável, as altas temperaturas
para atender a demanda do mercado interno e dos turistas
que hoje estão castigando o nosso planeta, o culto ao corpo
que receberemos em nosso país, temos que agir rápido.
onde o consumidor quer ficar mais bonito, as viagens de
A APRAS – Associação Paranaense de Supermercados,
férias, etc., faz com que as pessoas busquem alimentos mais
realizará nos dias 8, 9 e 10 abril a 32ª. Mercosuper /
saudáveis como os orgânicos e naturais.
Orgânica, em uma área de mais de 2.000 m2, onde
Atualmente estes produtos vão muito mais além das frutas verduras e legumes, existe hoje a disposição do varejo uma enorme gama de item para abastecer a loja, que vai desde
serão apresentados dezenas de fornecedores, entre eles empresas com produtos orgânicos, naturais e sustentáveis industrializados, produtores, cooperativas e associações.
roupas produzidas com algodão orgânico, um produto
O varejo vai ver que hoje este segmento de mercado
antialérgico, biscoitos, cremes hidratantes, repelentes sem
está organizado e tem capacidade de atender suas redes,
nenhum agente químico, carnes brancas como frango e
fornecendo produtos para expor em suas gondolas,
porco e vermelhas e todas com diversos cortes entre outros.
como desenvolvendo marcas próprias, com certeza este
Observe que até mesmo as grandes redes de fast-food hoje destacam um cardápio muito mais saudável, o consumo mudou, já faz algum tempo que a preocupação com a
segmento possui produtos que podem ser exclusivos, um grande diferencial de uma loja para outra, fidelizando inúmeros consumidores em sua rede.
saúde influencia todos nós. Esta é uma tendência mundial,
Se você quer atender estes consumidores já neste verão,
na Dinamarca 70 % da alimentação fora do lar é orgânica. A
solicite o Cadastro Nacional de Produtos Orgânicos,
Inglaterra está utilizando canteiros em ruas e praças para o
Naturais e Sustentáveis, nele você vai encontrar centenas de
plantio de diversas hortaliças, frutas e temperos orgânicos,
produtos que podem certamente diferenciar suas gondolas,
o consumidor hoje é globalizado quer alimentos livres de
a padaria e a lanchonete de sua loja, envie um e-mail para
agrotóxicos, pesticidas e hormônios e produtos que são
ferraristella@ferraristella.com.br ou ligue para 11 4038 0601
feitos em harmonia com o meio ambiente, responsabilidade
/ 11 4038 0500 e enviaremos gratuitamente para sua
e inclusão social.
equipe comercial.
No Brasil, vamos receber milhões de turistas já em 2013,
Espaço Apras - Academia Apras
“Administração do Capital de Giro: A Teoria na Prática” A palestra sobre “Administração do Capital de Giro” deu continuidade no estado e foi ministrada pelo empresário e professor Christian Nogarotto, quem falou sobre fatores geradores da falta de capital de giro, ciclo financeiro, estrutura de balanço entre várias informações para os empresários da região. A região Centro Oeste recebeu a mesma palestra no dia 15 de outubro de 2012, realizada na Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG). Estiveram presentes vários convidados que também puderam obter informações e tirar muitas dúvidas com o prof. Christian. A Apras agradece à ACIG, pelo diretor presidente Eloi Mamcasz pelo auxílio e parceria, a fim de estarmos em conjunto oferecendo a boa e necessária informação para os varejistas da região e de todo o estado do Paraná.
Mais de 400 convidados participam da palestra sobre
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Tributos no Varejo
A cidade de Paranavaí recebeu a palestra “Tributos no Varejo” no dia 29 de outubro, ministrada pelo sócio-proprietário da Controlsul e advogado especialista em Legislação Tributária, professor Viníccius Feriato. O trabalho foi realizado no centro de eventos da Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí – FACIPA e, teve todo o apoio do professor Erick Dawson, quem organizou a palestra no local junto com seus alunos do 1° ano de administração da faculdade. Além dos empresários da cidade e associados da Apras foram convidados alunos de outras faculdades da região (UNIPAR / FATACIE / FANP / FAPAN) e estiveram presentes mais de 400 pessoas. O trabalho iniciou com a palavra do presidente da Regional Maringá, Maurício Bendixen, quem destacou a importância da educação, também, incentivou todos para o trabalho em supermercado. Dando continuidade os alunos assistiram uma comédia ministrada por um professor da Escola de Inglês Influx quem pode mostrar as dificuldades que o empresário tem quando se fala de Tributos. Logo após o professor Vinícius deu iniciou à palestra trazendo conhecimentos básicos sobre tributação no varejo, incluindo leis, planejamento tributário, penalidades frente a sonegação e ressaltou que, trabalhando de forma ética e com profissionalismo o empresário sempre terá mais sucesso negócio. A Apras, em nome do presidente regional de Maringá, Maurício Bendixen, agradece também ao Diretor da FACIPA, Antonio Rodrigues Varela Neto por ceder o auditório e rece-
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ber gentilmente à todos. Também agradecemos a equipe de professores e diretores que nos auxiliaram no evento: prof. Hercílio Costa (Coord. UNIPAR); prof. Jorge Vandal (coord. Marketing FATECIE); prof. Victor Biazon (coord. de processos gerenciais da FATECIE); prof. Marcos Albuquerque (Cood. do Colegiado Adm. FAFIPA); prof. Gilberto Cerpa (Pres. Conselho Regional de Admin.) e ao prof. Elias de Souza Junior (Representante do diretor da FACIPA), quem fez a abertura da palestra.
30 de outubro em Maringá e dia 31 em Londrina. Estavam presentes empresários e representantes de empresas associadas e muitas dúvidas foram tiradas e esclarecidas.
Parabéns para as faculdades de Paranavaí e região que incentivaram os alunos a conhecer problemas reais do setor , dando a eles visão de mudanças.!!!!!
No dia 18 de outubro, a sexta turma do curso Gestão da Informação recebeu certificado de conclusão e formação na sede da Academia Apras, em Curitiba. Os alunos comemoraram o encerramento saboreando as maravilhosas tortas da empresa Certo Sabor, quem mais uma vez proporcionou os doces para o coquetel dos recém formados.
Lei sobre Preço por Unidade de Medida é esclarecida em palestras no Paraná Tendo em vista a Lei estadual nº 16.723/2010 e a Lei Municipal de Curitiba nº 13.590 que estabelece a necessidade do
“preço por unidade de medida” na etiqueta de gôndola, a Apras promoveu palestra para relembrar o associado quanto ao prazo solicitado de dois anos para os supermercados se adequarem a lei e que termina em dezembro deste ano. O superintendente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Valmor Rovaris, foi quem ministrou a palestra no dia 26 de outubro na sede da entidade em Curitiba, dia
Curso Gestão da Informação (TI) – 60h/aula
O curso visa preparar os profissionais na organização interna das empresas, no controle de produtos desde o momento de compra, entrada em loja, estoque, venda e saída final do produto, levando em conta a Tecnologia de informação interna. Um trabalho que está sendo feito para auxiliar as empresas no funcionamento do SPED Fiscal. O curso está trabalhando com módulos na área econômica, fiscal, gestão e controle operacional, contabilidade e controladoria, classificação de produtos, precificação e centro de processamento de dados (CPD). Novas turmas iniciam no estado. Reserve a sua vaga! Entre em contato com sua regional.
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Cálculo de Tributos e Formação Preço de Venda Em função da dificuldade encontrada para cálculos dos tributos pagos pelos produtos, muitos empresários requisitaram um curso de cálculos de tributos, principalmente para seus compradores. O curso é dirigido também para os profissionais do setor de tesouraria, controladoria, setor financeiro, gerentes e outros interessados. O conteúdo trabalha em sala de aula aborda a Análise de Custos, Tributação (Formas de Tributação, Substituição tributária e cálculos de tributos); Análise financeira (Cálculo da margem com os impostos, cálculo do custo de mercadorias) e Análise de Custos Logísticos. As turmas de Pato Branco e de Imbituva já realizaram o trabalho e no dia 05 de setembro o professor Antonio de Oliveira Junior encerrou o trabalho em Imbituva, onde foram capacitados 15 alunos. Novas turmas serão lançadas em novembro de 2012. Informe-se e peça em sua região! Entre em contato com sua regional e deixe seu nome!
Se você quer levar o curso para sua cidade, entre em contato com a regional mais próxima. Ponta-Grossa: Anita no fone (42) 3236-3077 E-mail: pontagrossa@apras.org.br Curitiba: Fernanda no fone (41) 3263-7000 E-mail: fernanda@apras.org.br Cascavel: Laila/Poliana no fone (45) 3223-9995 E-mail: laila@apras.org.br Londrina: Gleyce no fone (43) 3323-7935 E-mail: gleyce@apras.org.br Maringá: Lidiane no fone (44) 3031-6622 E-mail: maringa@apras.org.br Pato Branco: Edivane no fone (41) 3263-7000 E-mail: patobranco@apras.org.br
Comunicação Visual I: Básico de Cartazista (08h/aula)
Curso Formação Gerencial no Varejo – 200h/aula As turma 39 de Curitiba, 40 de Cascavel e 41 de Londrina estão em formação, mas, outras turmas estarão dando início no ano de 2013. As inscrições já estão abertas em Curitiba, na regional de Irati, Ponta Grossa e Guarapuava. Grandes resultados têm sido vistos, pois novos líderes estão sendo preparados para gerenciamento de lojas. Inscreva-se já, prepare seus colaboradores para a gestão em sua empresa!!! Entre em contato com sua regional!!!
No dia 4 de outubro, 18 alunos foram capacitados em Curitiba no Curso de Cartazista e aprenderam com o auxílio do professor Anselmo dos Santos a boa técnica do cartazeamento. A Academia Apras agradece às “Tintas Metiq” e à “Casa do Cartazista” que têm sido grandes parceiros com seus materiais de excelente qualidade. Obrigada pela parceria! Parabéns aos novos cartazistas capacitados!
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CURSOS IN COMPANY
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um treinamento dirigido e atendendo as particularidades do empresário, com datas, horários e locais programados, disponibilizando seus profissionais em momento e tempo adequado à sua disponibilidade.
Capacitação de portadores de necessidades especiais Curso Atendimento ao da COPACOL mostra visão Cliente e Técnicas de e comprometimento das vendas (12h/aula) empresas Paranaenses. A CASA CHINA mais uma vez treinou seus colaboradores
preparando-os para o final do ano. No mês de setembro/ outubro mais 22 funcionários participaram do Curso de Atendimento ao Cliente e Técnicas de Vendas com o professor Ronaldo Rangel, quem auxiliou os participantes a aperfeiçoar conhecimentos, adquirindo novas formas de comunicação visando a melhoria da qualidade no desempenho das funções e na prestação de serviços. Parabéns a Casa China pelo investimento!
Nos dias 06, 14, 20 e 21 de setembro de 2012 a Copacol, empresa com sede administrativa na cidade de Cafelândia, realizou com o auxílio da Academia Empresarial Apras um grande projeto de capacitação de pessoas portadoras de necessidades especiais. Como objetivo de inclusão no mercado de serviço supermercadista, a empresa requisitou cursos de Manipulação de Alimentos, ministrado pela professora Raquel Zarpellon de Curitiba; Curso de Exposição e Reposição, Empacotador e Atendimento ao Cliente ministrado pela professora Rosângela Dias de Arapongas. Foram treinados 17 alunos que, durante quatro dias inteiros, puderam conhecer melhor o setor onde pretendem trabalhar. A Copacol colocou seus profissionais para realizar o trabalho em conjunto com a Academia Apras e com o auxílio do tradutor Vitor Paulo dos Santos, os alunos portadores de deficiência auditiva acompanharam as aulas na linguagem de libras. Os professores e colaboradores ficaram emocionados e relataram o sentimento ao participar deste curso. “As lágrimas rolaram em meu rosto, de ver o compromisso e o empenho e parceria de todos em prol do mesmo objetivo, e a felicidade se abraçando como jogadores no final de um vencimento de uma partida. Não existe maldade, existe solidariedade, pois um quer ajudar o outro”, conta Rosângela dias. A procura das empresas varejistas nos cursos in company ofertados pela Academia Apras cada dia aumenta mais. É um novo trabalho que tem como objetivo proporcionar
Curso Manipulação de Alimentos (08h/aula) O Supermercado Cruz de Curitiba também está preocupado na capacitação de seus colaboradores. Por isso, nos dias 22 e 23 de outubro solicitou a Academia Empresarial curso de Manipulação de Alimentos ministrado pelo professor Luiz Fernando Camargo, médico veterinário e professor que garante o certificado do curso segundo exigências do Ministério da Saúde. O trabalho in company foi realizado em São José dos Pinhais no local escolhido pela empresa. Parabéns ao supermercado Cruz pelo investimento e cuidado com a qualidade do trabalho! Procure a equipe da Apras para pedir uma proposta de curso. Nós iremos visitá-lo e focar os trabalhos na sua necessidade.
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SEMINÁRIO REÚNE EMPRESÁRIOS SUPERMERCADISTAS PARA DISCUTIR AS RELAÇÕES DE TRABALHO DO SETOR Evento reuniu representantes do Ministério do Trabalho e gestores em ação inédita no país Durante toda a manhã do dia 25 de setembro, gestores do setor supermercadista de Curitiba e Região Metropolitana estiveram reunidos no “Seminário de Sensibilização do Setor Supermercadista” organizado pela Associação Paranaense de Supermercados (Apras) e promovido pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Paraná (SRTE/PR). O seminário teve como tema a “Gestão eficaz das relações de trabalho” e contou com a participação de mais de 100 gestores, líderes e empresários supermercadistas, que são diretamente responsáveis pelos colaboradores das lojas da capital e região, numa ação pioneira no país e que tem como objetivo buscar a melhora das relações de trabalho no setor. “Nos sentimos aliviados e gratificados por unir um setor tão importante para a sociedade e
“Como foi salientado pelo superintendente, mais uma vez, o Paraná sai à frente para discutir
economia do Paraná para dialogar de maneira franca, honesta e positiva sobre um assunto que
um assunto tão delicado e importante que é a questão da
visa harmonizar as relações dos empresários com os colaboradores”, discursou o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/PR), Neivo Beraldin.
supermercadista”, afirma o presidente da APRAS, Cesar Moro Tozetto, que ainda aproveitou
De acordo com Beraldin, as informações colhidas durante o debate do seminário servirão de base para os trabalhos futuros do Ministério do Trabalho e Emprego no setor supermercadista e, começa após uma iniciativa da Associação Paranaense de Supermercados em reunir os associados da entidade.
relação de trabalho no setor
para pontuar a necessidade de leis e normativas que contribuam para a humanização da relação de trabalho. No encontro foi apresentado um panorama sobre as leis que regem a contratação dos trabalhadores do setor supermercadista, assim como, um apanhado geral das leis trabalhistas existentes no Brasil e que ganharam um peso ainda maior a partir da Constituição de 1988.
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Orientações quanto às condições de saúde do colaborador, recrutamento e seleção e, inclusive, as diferenças de um ambiente de trabalho gerido por um líder qualificado foram assuntos abordados pelos profissionais que ministraram as palestras. O seminário que teve início às 9 horas contou com a palestra de Sérgio Silveira de Barros, chefe da seção de inspeção do trabalho da SRTE/PR, Luiz Fernando Busnardo, chefe da seção de relações do trabalho da secretaria e da consultora e pedagoga Cristiane Carvalho Pasquinelli. Palestras A pedagoga e consultora Cristiane Pasquinelli foi quem iniciou as explanações do evento. Com a palestra “O papel do gestor de loja”, Cristiane abordou questões que parecem simples, mas que ainda provocam grandes problemas devido a uma má liderança por parte do gestor. Para exemplificar o tema, a consultora relatou sobre os contrates existentes em ambientes que possuem um bom líder dos ambientes em que “uma nuvem negra” parece estar no local. Na palestra apresentada pela equipe da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, além das apresentações sobre os principais pontos do direito do trabalhador que ainda causam certos desentendimentos, uma bandeira foi levantada para que as empresas sejam mais humanistas, lembrando que o trabalhador é “formado” por Corpo e Mente e que quando estes estão em harmonia todos são beneficiados. “Precisamos de empresas modernas e humanistas e que compreendam que todos caminham para o mesmo objetivo, que é o de ser feliz e satisfeito com a vida/trabalho que possui”, finalizou Sérgio Barros. No final do seminário, um convite foi feito para que o setor participe das Câmeras Técnicas sobre “Trabalhos Terceirizados” e que são realizadas pela Secretaria de Trabalho e Emprego, principalmente pela importância de se discutir e compreender como são as relações de trabalho terceirizado no setor e que são indispensáveis para a indústria e os supermercados.
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APRAS Mulher leva alegria para inúmeras crianças com a Campanha Solidária do Dia das Crianças O programa de responsabilidade social APRAS MULHER da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), coordenado pela empresária Vânia Obara, promoveu uma campanha Solidária do Dia das Crianças para levar diversão aos associados à entidade com uma simples troca: uma doação de brinquedo para uma criança carente. A campanha, que recebeu o slogan a “Arte de Brincar”, promoveu dois shows de humor na sede da entidade, em Curitiba, nos dias 05 e 10 de setembro, com o ator Vitor Hugo. Para participar, os interessados tiveram a opção de comprar o ingresso por R$ 10 reais ou doar um brinquedo. Com a ação, foram arrecadados mais de 900 brinquedos entregues às seguintes instituições: Associação Paranaense de Assistência a Criança com Neoplasia (APACN), Hospital Pequeno Príncipe, ACOA, Pequeno Cotolengo do Paraná e Centro de Educação e Habilitação /Reabilitação da Audição. Um evento especial para as crianças aconteceu no dia 12 de Outubro, com a Peça Infantil “Pinóquio” no Teatro Regina Vogue. No dia 10, em parceira com a RIC TV Record e Programa do Voluntariado Paranaense – Provopar - mais
Espaço Apras de 150 crianças da Associação de Moradores das Moradias Zimbros e da Cruzada Social Cosme e Damião assistiram a peça. No final, todas saíram com um brinquedo de presente pelo Dia das Crianças. A Campanha, que teve inúmeras empresas parceiras, passa a fazer parte do Calendário Anual de Eventos da Entidade.
Comitê DE Recursos Humanos se reúne em Cascavel A Apras organizou mais um trabalho do Comitê de RH com os associados à entidade. Dessa vez, a reunião foi realizada na feira SuperOeste, em Cascavel, no dia 10 de setembro. Os associados e participantes do comitê da região foram convidados a assistir uma palestra sobre “ O Perfil do novo Colaborador do Varejo”, ministrada pela professora Sandra Maria Coltre, Mestre do Instituto Insaeos. Sandra falou sobre as mudanças que devem ocorrer dentro das empresas e que exigirá uma adaptação. A conclusão que se chegou foi a de que, o empresário e o RH deverão receber todas as pessoas que tenham vontade de trabalhar, sem exigir um perfil ideal para o trabalho no setor, mas sim a necessidade de se ter um novo perfil administrativo e de gestão de pessoas. Foi grande a participação durante o evento e muitas questões foram levantadas e respondidas.
Supermercados do Paraná iniciam Campanha de Conscientização do Consumo de Sal Seguindo a programação nacional, a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) realizou o Lançamento Oficial no Paraná, nesse dia 5 de novembro, da Campanha de Conscientização do Consumo de Sal, apresentando os materiais desenvolvidos para divulgação nas lojas de todo o Estado. O lançamento faz parte do acordo de cooperação técnica assinado entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Ministério da Saúde e Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e contou
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com a presença do vice-presidente da Abras, Marcio Milan, Luiz Antônio Bittencourt Teixeira da Secretaria Municipal de Saúde, Denise de Oliveira Resende, gerente geral de alimentos da Anvisa, Paulo Costa Santana, chefe da Vigilância Sanitária Estadual, Wanclei Said, Diretor Administrativo do Condor, José Agenor da Silva, diretor da ANVISA e Cesar Moro Tozetto, presidente da Apras. Com a campanha de conscientização do consumo de sal, mais de 25 milhões de consumidores de todo o país serão alertados sobre os riscos do consumo excessivo de sal para a saúde por meio de folders, banners, cartazes e spots para rádios e, também, para aviso pelos autofalantes das lojas. De acordo com pesquisa feita pela ANVISA junto a 26 produtos como bolachas e frios, apenas cinco (menos de 20%) apresentaram níveis adequados de sal. E um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que o brasileiro consome uma média de 12 gramas de sódio por dia, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o consumo máximo de dois gramas de sódio por dia - o equivalente a uma colher de chá. O consumo excessivo de sal contribui para o aumento do risco de desenvolvimento de doenças graves do coração. Dados da OMS, em 2001, apontam que estas enfermidades foram responsáveis por 60% do total das 56,5 milhões de mortes notificadas no mundo. No Brasil, o quadro não é
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menos grave. A Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio (PNAD) realizada em 2008 apontou que 14% da população sofria de hipertensão. As consequências do problema podem ser medidas em números – e no bolso. Entre 2001 e 2010, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou aumento de 63% dos gastos com internações associadas à hipertensão. Apenas em 2010, internações hospitalares causadas por acidentes vasculares cerebrais, infarto do miocárdio e outras doenças isquêmicas oneraram em aproximadamente U$ 20 milhões o sistema brasileiro de saúde. Acordo assinado Preocupados com o tema, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e o Ministério da Saúde assinaram um protocolo, no dia 7 de abril do ano passado, com o objetivo de deflagrar uma grande campanha de conscientização para redução do consumo de produtos com alto teor de sal. Acordo similar foi assinado com a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), cuja meta é diminuir o uso de sal nas formulações de caldos, temperos, margarinas e cereais matinais. Com a ação, até o ano de 2020, pelo menos 8,8 mil toneladas de sódio deixem de ser consumidas. O acordo também aumentou para 13 as classes de alimentos cujos níveis de sal deverão ser reduzidos nos próximos anos.
Lançamentos Predilecta lança produto inédito: Creme de Milho A Predilecta Alimentos, líder no mercado de molhos, lança o Creme de Milho. Comprometida em oferecer aos clientes produtos que venham trazer praticidade na cozinha, com sabor e aroma iguais aos feitos em casa, a empresa inova mais uma vez. A grande novidade já vem pronta para ser consumido. Basta aquecer, elaborar o prato que desejar e servir. Em embalagem Stand up Pouch de 240g, confere ao produto, qualidade e sabor, sem abrir mão do aroma e textura. Fonte: Assessoria de Imprensa
Indústrias Anhembi apresenta ao mercado novos produtos da linha Qboa e Super Candida No momento em que a Indústrias Anhembi, fabricante das marcas Qboa e Super Candida, comemora 65 anos de história, a empresa ingressa na categoria de alvejantes sem cloro e lança quatro novos itens que auxiliam as consumidoras nas tarefas domésticas: os alvejantes sem cloro Qboa Oxi, Super Candida Cores, Super Candida Branqueador e o desengordurante Qboa Cozinha. Em 2011, segundo levantamento da Kantar WorldPanel, a categoria de alvejantes sem cloro movimentou cerca R$ 230 milhões, com crescimento de 54% em relação ao ano anterior. O segmento produziu aproximadamente, no mesmo período, 30 milhões de litros, sendo que 90% do volume direcionado à versão líquida. Fonte: Assessoria de Imprensa
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Lual Alimentos lança o Brassuk Família 300g Chega ao mercado brasileiro, o Brassuk Família 300g, da linha de refrescos em pó da Lual Alimentos, empresa que atua na produção de alimentos e bebidas para o varejo, food service, co-packer (marca própria) e exportação. O novo produto possui um rendimento de 10 litros por sache e está disponível em onze diferentes sabores. A linha Brassuk Família será um diferencial no gosto dos consumidores por ser um produto mais econômico e prático. Além disso, são enriquecidos com vitamina C, feitos com a polpa da fruta e já vem adoçados, basta misturar com água e está pronto. Fonte: Assessoria de Imprensa
LA Food lança linha de snacks saudáveis Inspire A LA Food lança a linha de snacks saudáveis Inspire. A proposta desses novos produtos é aliar o prazer de comer salgadinhos, mas sem a culpa de ingerir muita gordura que é prejudicial à saúde do organismo, valorizando o bem-estar do consumidor. A empresa aposta em produtos integrais e a base de soja, que vão ao encontro do consumidor que quer um lanche gostoso, rápido, simples e mais saudável para o seu dia a dia, aportando energia e melhorando o seu bem-estar. Fonte: Assessoria de Imprensa
Lançamentos
Batavo incorpora linha de queijos mussarela e prato ao portfólio O brasileiro está consumindo mais queijo e, atenta a esse movimento, a Batavo lança duas opções: mussarela e prato. “É um mercado que cresce quase dois dígitos ao ano e movimenta cerca de R$ 7 bilhões”, afirma Luciane Matiello, diretora de marketing da unidade de lácteos da BRF. Embora não exista estatística recente, calcula-se que o brasileiro consome cerca de 4 quilos de queijo por ano. Um volume irrisório se comparado a países europeus como França, Dinamarca, Itália e Holanda, onde o consumo médio supera 20 quilos, ou seja, quase sete vezes mais que no Brasil. Fonte: Assessoria de Imprensa
Ypê lança novas versões da linha de lavalouças Clear Sempre preocupada em trazer novidades que facilitem os afazeres domésticos, a Ypê, marca líder no segmento de limpeza no Brasil, lança duas novas versões de lava-louças. As novas versões ClearCare e Clear Soft estão alinhadas ao conceito “Clear”, fortemente reconhecido pelo mercado e oferecem às consumidoras o mesmo poder de detergência, cuidado, rendimento e qualidade que ela já conhece e confia.Fonte: Assessoria de Imprensa
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Cooperativa Castrolanda lança feijão Tropeiro A Cooperativa Castrolanda (Castro/PR) lança um produto típico do prato brasileiro: o feijão. A marca leva o nome Tropeiro, em homenagem a cidade que serviu de passagem dos tropeiros no século passado, e vem para completar o ciclo de produção da Castrolanda, cooperativa formada por imigrantes holandeses há mais de 60 anos. No processo de beneficiamento e limpeza a Unidade dispõe de 12 processos com as mais modernas tecnologias que permitem chegar a mesa do consumidor um produto com qualidade garantida. Sempre em busca de novidades a Castrolanda também inova na embalagem. Além da tradicional de 1 kg, o feijão Tropeiro de dois tipos, carioca e preto, será comercializado em embalagens de 500g que asseguram a qualidade e a praticidade do produto. Fonte: Assessoria de Imprensa
Dove lança antitranspirante 100% livre de corantes, parabenos, perfume e álcool
Dove Pure, que chega ao mercado em outubro, traz apenas ingredientes essenciais, oferecendo proteção e cuidado às mulheres que buscam praticidade Dove Pure, a nova variante de antitranspirantes femininos da marca, chega ao mercado com o objetivo de oferecer além da proteção contra a transpiração e cuidado com a pele. Com ¼ de creme hidratante, que contribui para manter as axilas hidratadas e prevenir a irritação, a novidade não contém perfume, corantes, parabenos e álcool. A inovação foi desenvolvida por especialistas em cuidados pessoais para as mulheres que buscam produtos com o mínimo de ingredientes necessários e que não agridam a pele. Por isso Dove Pure, além de ser sem perfume, contém apenas o essencial para manter a pele das axilas protegida e visivelmente saudável. Fonte: Assessoria de Imprensa
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ESPAÇO DO LEITOR
Prezado leitor, Mande suas dúvidas e críticas. Para a equipe da revista Supermix é muito importante ouvi-lo.
Envie sua correspondência para: Av. Senador Souza Naves, 535 – Cristo Rei Curitiba/PR – CEP 80045-190 E-mail: comunicação@apras.org.br Responsável: Karoline Tragante O que você gostaria de ver na revista Supermix? Nossa equipe quer saber sobre quais temas você gostaria de ler a respeito nas páginas da revista. Participe, enviando sua sugestão para o e-mail supermix@apras.org.br