palavra do presidente Sempre foi uma preocupação do setor supermercadista atender bem aos seus consumidores e lhes oferecer produtos de qualidade – sejam eles perecíveis ou não – num ambiente organizado, limpo, de fácil acesso, preços competitivos e bom atendimento. A evolução de nossos supermercados, em termos de lojas, equipamentos e procedimentos de segurança é comparável aos países mais desenvolvidos. Somos o primeiro setor em atendimento direto ao consumidor, com emissão, só no Paraná, de 30 milhões de cupons fiscais por mês e o quinto setor em reclamações junto ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC). Nos últimos 15 anos, fomos responsáveis, juntamente com nossos fornecedores, por uma produtividade contínua, que nos permitiu oferecer um produto com preço médio ao consumidor, com correção de apenas 50% da inflação média (IPC/FGV) deste período. Apesar de todos estes esforços, os supermercadistas travam diariamente verdadeiras batalhas para se adequarem às inúmeras exigências impostas pelo poder público e por setores organizados dos consumidores. Politicamente, é interessante legislar sobre o setor e, por isso, presenciamos uma grande quantidade de exigências, leis e regulamentos, que tramitam no Legislativo, Executivo, Ministério Público e Judiciário. São mais de mil leis tramitando, que de alguma forma atingem o setor supermercadista. Muitas delas trazem custos de operação agregados e nem sempre trazem vantagens ao consumidor, acabando por onerar ou representar um acréscimo de custo para eles e, ainda, muitas delas são inviáveis na sua aplicação ou não têm uma avaliação mais precisa sobre a relação custo/beneficio. Consideramos totalmente pertinente todo e qualquer esforço no sentido de oferecer um melhor atendimento ou serviço prestado aos consumidores e esta é também nossa constante e maior preocupação. Como presidente desta entidade, posso afirmar que inúmeros são os trabalhos realizados pela Apras – Associação Paranaense de Supermercados –, na tentativa de profissionalizar os colaboradores que trabalham no setor, melhorar processos e formas de gestão. A própria revista Supermix é um exemplo de nossa preocupação em levar aos associados informações que possam ser aplicadas no dia-a-dia e transformar o varejo num celeiro de qualidade e excelência na prestação de serviços.
O recente projeto de educação corporativa lançado pela entidade, a Academia Empresarial Apras, é também exemplo da dedicação de todo o setor na busca por oferecer o melhor para os consumidores. E o nosso trabalho não pára por aqui. Estaremos sempre procurando maneiras de agregar qualidade aos nossos serviços. Diante disto, consideramos que o segmento deve estar ainda mais unido para buscar um maior equilíbrio para setor e sua participação, caro supermercadista, é de fundamental importância, para termos mais chances de mostrar esta realidade aos governantes e a sociedade. Seja um multiplicador você também destas ideias. Uma ótima leitura.
Pedro Joanir Zonta
Presidente da Apras
sumário
NOTíCiAS
(08)
ÍNDICE APRAS
(36)
espaço apras
(55)
ENTREVISTA
(20)
ARTIGOS
(40)
lançamentos
(56)
PERFIL
(36)
SUPORTE JURÍDICO
(44)
espaço do leitor
(58)
DESIGN NO PDV
(38)
academia empresarial (48)
28
32
30
VAREJO
Calendário
EVENTOS
Planejamento: é hora de sentar e organizar estratégias para 2011
Varejistas e fornecedores estão otimistas com o cenário econômico
Feiras regionais trazem bons negócios ao interior do Paraná
18
47
Terceira Idade
Institucional
Esta parcela da população gera novas oportunidades de negócios
Financeiro: entenda o que é uma organização sem fins lucrativos
34
Responsabilidade Social “A vida é feita de escolhas”, afirma José Luiz Pauluci
editorial DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2009/2012
Caro Leitor Que a população brasileira está envelhecendo não há dúvidas. Com a medicina cada vez mais moderna e auxiliada pela tecnologia, nossa expectativa de vida está crescendo e a pirâmide populacional está mudando. Se há algumas décadas vivíamos até os 51 anos, daqui para frente devemos ter uma vida mais longa: em 2050, nossa expectativa de vida chegará aos 81 anos. Imagine o impacto dessa evolução na economia mundial. Vamos precisar de mais produtos e serviços que atendam de maneira eficaz todas as nossas maiores exigências como consumidores. Será que o comércio, de modo geral, está preparado para isso? Nos recentes eventos que tenho participado, pude perceber que os setores mais organizados já estão preocupados com o futuro do varejo. Esta revolução pela qual estamos passando demanda adaptações na forma de atender e fornecer produtos aos consumidores, além da grande concorrência que deverá contribuir para os empresários buscarem diferenciais cada vez mais criativos. O consumidor de terceira idade é o tema da matéria de capa desta edição da revista Supermix. Para desenvolvê-la de forma consistente, nossa equipe esteve em contato com profissionais altamente gabaritados e estudiosos do tema. É importante que o leitor entenda que esta parcela da população tem necessidades de compra muito específica e que geram muitas oportunidades de negócios até então pouco – ou nada – exploradas. Além disso, entenda a importância do planejamento para as empresas; como a indústria e o varejo já se preparam para o final de ano; as feiras e eventos promovidos pela Apras; Dante Quadros fala sobre atendimento para a terceira idade; e uma entrevista exclusiva com o Promotor de Justiça sobre a rastreabilidade de frutas, legumes e verduras. Tenha uma boa leitura! Camila Manssour Tremea Coordenadora de Comunicação
Presidente Pedro Joanir Zonta (Condor Supermercados) Primeiro Vice-Presidente Luiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.) Vice-Presidente Financeiro Daniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA) Vice-Presidente de Patrimônio João Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta) Vice-Presidente de Capacitação Mauricio Bendixen da Silva (Walmart Brasil.) Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA) Vice-Presidente Segurança Luiz Alberto Leão (Condor Supermercados) Vice-Presidente Eventos Everton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.) Vice-Presidente Expansão Alceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA) Vice-Presidente de Segurança Alimentar Nelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli) Vice-Presidente Relações Sindicais Ademar Vedoato (Supermercados Viscardi) Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal) Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA) Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.) Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA) Vice -Presidente Adjunto Cezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Rodolfo Pankratz Haroldo Antunes Deschk Dercio Domingos de Costa Conselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos Edson Zamprogna Claudia Maria Dalmora Presidente Regional Sul - Ponta Grossa Sergio Jasinski (Supermercado Jasinski) Presidente Regional Norte - Londrina Valdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Presidente Regional Oeste - Cascavel Luciano Fabian (Supermercado Fabian) Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco Vinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA) Presidente Regional Noroeste - Maringá Roberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci) Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho Luiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes) Presidente Regional - Irati Paulo César Ivasko (Supermercado Ivasko) Presidente Regional - Guarapuava Daniel V. Hyczy (Supermercado Superpão) Conselho Permanente Everton Muffato Pedro Joanir Zonta Ruy Senff Sidney Schnekemberg Eduardo Antonio Dalmora Romildo Ernesto Conte Roberto Demeterco Superintendente Valmor Antônio Rovaris Diretor Comercial Walde Renato Prochmann
Vice-Presidente de Relações Públicas José Eduardo Muffato Diretor Comercial Walde Renato Prochmann Conselho Editorial Camila Manssour Tremea e José Eduardo Nasser Redação Fabio Pinheiro Departamento Comercial Patrícia Bernardi e Rosicléia Jonas Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 E-mail: supermix@apras.org.br Projeto Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico) Diagramação Samuel Rodrigues Revisão Paulo Roberto Maciel Santos Fotos Alex Santos Pré-Impressão (CtP) e Impressão Maxi Gráfica e Editora Ltda. Tiragem 13.000 exemplares Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix é patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e também seu órgão oficial de divulgação. Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80050-040 Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR apras@apras.org.br / www.apras.org.br Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados.
Impressão A Apras, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC ( Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Maxi Gráfica e Editora Ltda. - certificada na cadeia de custódia - FSC
NOTÍCIAS foi um dos fatores decisivos para o grande investimento nos setores de panificação, confeitaria, rotisseria e friambreria, que também passam a contar com um profissional para dar um atendimento personalizado aos clientes. Além da fachada externa, que ficou mais elegante, o layout interno da loja foi idealizado dentro do conceito das últimas lojas inauguradas pela rede. Corredores largos, gôndolas baixas e uma comunicação visual com cores suaves, harmônicas e boa sinalização possibilitam que os consumidores consigam, já ao entrar no hipermercado, visualizar o local dos produtos que procuram. Outro grande diferencial do hiper é o estacionamento aberto na área Condor investe R$ 3,5 milhões na reforma da loja Nilo Peçanha ( CUm dos hipermercados mais tradicionais de Curitiba, o Condor Nilo Peçanha recebeu um investimento de R$ 3,5 milhões na revitalização e modernização da loja reinaugurada em julho. O hipermercado começou a funcionar em 2002 e atende mensalmente cerca de 150 mil clientes. Considerada a maior loja da rede, ela conta com sete mil metros quadrados de área de venda. Após as mudanças implantadas, o número de funcionários aumentou em 15%. O número de checkouts também foi ampliado de 41 para 45. Segundo o presidente da rede, Pedro Joanir Zonta, o hiper contou com uma ampla reestruturação e a proposta foi de inovar sem perder o referencial. “O investimento é um presente pela fidelidade dos clientes, que a transformaram em uma das lojas mais importantes do grupo”, afirma. Os clientes vão contar com uma variedade de mais de 40 mil itens, entre produtos básicos e uma vasta linha de produtos especiais nacionais e importados. Para otimizar o consumo de energia elétrica, o sistema de iluminação foi modernizado, com lâmpadas que além de serem 20% mais eficientes, têm rendimento seis vezes maior. É possível ver as novidades já na entrada da loja. O setor de eletros foi completamente modificado. Para uma maior integração, logo em seguida fica o departamento de presentes, dando um aspecto de loja especializada. A adega foi levada para a área central da loja e transformada em um espaço com linha completa de vinhos e espumantes de diversos países. Os expositores refrigerados foram todos substituídos por equipamentos mais modernos. A tendência pela busca de alimentos prontos e semiprontos
externa à loja e no subsolo, com dois andares cobertos, com capacidade para atender 12 mil veículos por dia. “Sintome privilegiado em fazer parte de uma loja como esta. Gerencio este hiper desde sua inauguração. São oito anos de convivência e é gratificante ver esta revitalização, que deixou o que já era bom ainda melhor”, diz o gerente da loja, Domingos Luiz Lorenz. Fonte: WBC Comunicação) Perdas de produtos em supermercados superam lucros em R$ 100 milhões
( As perdas nos supermercados superaram em cerca de R$ 100 milhões a margem de lucro das grandes redes em 2009. Enquanto o retorno dos negócios representou R$ 4 bilhões (2,30%) dos R$ 177 bilhões faturados no ano passado, os prejuízos com quebras, furtos e produtos estragados ficaram em R$ 4,1 bilhões (2,33%). Uma pesquisa feita pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) mostrou que o índice de perdas foi menor do que em 2008 (2,36% do
faturamento total), mas maior do que nos anos anteriores. Em 2007, o índice médio de perdas foi de 2,15%; em 2006, de 1,97%; em 2005, de 2,05%; em 2004, de 1,78%; e em 2003, de 2%. Sussumu Honda, presidente da entidade, diz que esse tipo de prejuízo causa um grande efeito em toda a cadeia de mercados, dos produtores aos consumidores. “As perdas do nosso setor são maiores do que as nossas margens de lucro, que ficaram em 2,30% em 2009. As perdas prejudicam todos os agentes da cadeia econômica, desde os produtores até os varejistas e, principalmente, a própria sociedade”, diz. A principal causa de perdas para os supermercados continuam sendo as quebras operacionais, que responderam por 51,5% das perdas nos supermercados. Em 2008, essas perdas representavam 46,4% do total. Os furtos (tanto externos quanto internos) apresentaram recuo em relação ao ano anterior, passando de 35,5%, em 2008, para 28,3% das perdas, no ano passado. Separadamente, os furtos internos representaram 14%, e os externos, 14,3%. Os produtos com validade vencida representaram quase um em cada três (31%) itens perdidos. De acordo com os números da Abras, o índice de perdas em perecíveis alcançou, em 2009, 4,07% do total de vendas da cesta. Em 2008, esse número foi ligeiramente maior: 4,44%. Fonte: Portal R7) Empresários discutem varejo multicanal e mídias sociais
( O Fórum Varejo em Revolução foi idealizado pelo SEBRAE/ PR, com o apoio do Sistema Fecomércio/PR, para promover
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conhecimento e aproximar o empresário da pequena empresa de estratégias para conquistar o “neoconsumidor”. Esse conceito é fruto de mudanças nos hábitos de consumo e formas de relacionamento varejo-clientes. Osmar Dalquano Junior, coordenador estadual do Setor de Comércio, Bens e Serviços do SEBRAE/PR, observa que o novo consumidor tem acesso a uma série de informações e usa ferramentas, baseadas em novas tecnologias, para buscar a melhor forma de consumir. “Antes de comprar, pesquisa sobre o produto ou serviço na internet, compara preços, busca impressões de outras pessoas em sites de relacionamento e conversa com amigos”, diz. O evento, que reuniu especialistas, consultores, empreendedores e empresários do comércio varejista, no Estação Convention Center, analisou a nova economia, os cenários para os próximos anos, os desafios e oportunidades de mercado para um dos setores mais competitivos da atualidade. O jornalista Paulo Henrique Amorim e o consultor Edmour Saiani foram convidados-âncora do Fórum. Em pauta, indicadores econômicos e a importância do empresário investir na capacitação de seus colaboradores, implantando uma gestão estratégica de atendimento. Os temas permeiam uma equação em que a qualidade do negócio está diretamente ligada à capacidade que o empresário tem de estar preparado para interpretar cenários e enfrentar novos desafios. Ainda durante o Fórum Varejo em Revolução, os participantes tiveram acesso ao Espaço Network, uma área reservada com soluções inovadoras voltadas ao varejo relacionadas à sustentabilidade, softwares, mídia digital, automatização, embalagens recicláveis, comunicação, entre outras. Uma oportunidade para ampliar a rede de contatos e conhecer novas tecnologias para implementar nas lojas. Fonte: Agência SEBRAE de Notícias no Paraná ) Revistaria em supermercados – de tendência a realidade ( O cliente quer mais comodidade e menos consumo de tempo, assim como quer mais valor com menos dinheiro. Os supermercados também evoluíram, modernizando em atendimento, mix de produtos e serviços, todas as ações com o objetivo de facilitar a vida dos consumidores agrupando tudo isso em um só lugar.
Agora chegou a vez de vender conhecimento. Hoje, já é possível, além de fazer compras, ir ao supermercado encontrar lazer, entretenimento, informações úteis e ampliar seu conhecimento. A revistaria é a nova categoria que agrega tudo isso através da exposição estratégica de revistas, livros e DVDs, em expositores exclusivos. A Alternativa Distribuidora traz até você, supermercadista, um novo conceito em vendas, unindo lucratividade, ousadia sem risco e sem investimento inicial (produtos em consignação). É a opção de conveniência dentro dos supermercados, um diferencial com grande variedade de títulos que agradam todos os tipos de públicos e possibilitam que dentro de sua loja, o prazer em adquirir revistas, livros, DVDs e audio-books, seja oferecido aos seus clientes, além de preços já préfixados e seu lucro garantido. A Alternativa Distribuidora é referência no segmento. São mais de 2 mil clientes atendidos, 10 anos de mercado e líder no Paraná. Conta com uma equipe capacitada e especializada neste tipo de distribuição. Com agenda de atendimento de acordo com a necessidade de cada loja, evidencia o profissionalismo e dedicação e mostra que cada cliente é único e fundamental para a empresa. O trabalho da Alternativa Distribuidora estará exposto na 17ª Superoeste. A feira supermercadista que vai acontecer em Cascavel nos dias 19, 20 e 21 de setembro. Aproveite e venha nos conhecer. Fonte: Da Assessoria
)
Natal deve registrar volume recorde em importados ( O Grupo Pão de Açúcar espera elevação de até 30% na venda de importados para o próximo Natal, ante o mesmo período do ano passado. A empresa antecipou as encomendas de itens de decoração natalinos, brinquedos, pratos típicos, presentes e busca oferecer aos seus clientes itens diferenciados, sem similares nacionais. Nos itens tradicionais, como bacalhau, vinhos e frutas secas, a expectativa do Grupo é de elevar entre 15% e 20% os volumes a serem vendidos no mês de dezembro. As encomendas começam a chegar mês que vem. Para Sandro Benelli, diretor de importações e exportações do Grupo, a ampliação nos volumes negociados reflete a expectativa da empresa para um final de ano de boas
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vendas para o Grupo, em linha com o bom momento econômico do País. “Com o dólar em cotação bem regular em relação ao ano passado e com o crescimento do poder de compra da população, a expectativa é que a venda de importados em 2010 seja uma das mais expressivas da empresa. O grande destaque deve ser as vendas de não alimentos”, destaca Benelli. O cenário atual favorável ao consumo, maior oferta e prazo de crédito e a desaceleração da inflação devem contribuir para um Natal de consumo em alta. O consumidor se mostra confiante na economia, conforme o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de agosto, divulgado pela Fecomércio/ SP, com alta de 4,6% em relação a julho, passando de 155,2 para 162,3 pontos. O resultado é o maior da série histórica do indicador, calculado desde 1994. Fonte: Literal Link ) Walmart anuncia ações de políticas responsáveis ( O presidente do Walmart Brasil, Héctor Núñez, anunciou
em agosto num evento com o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, compromissos para o desenvolvimento sustentável da pesca e aquicultura no Brasil e a ampliação da oferta nas lojas da rede de pescados artesanais e da Amazônia. A empresa também lançou um programa de rastreabilidade para os produtos perecíveis em geral, prioritariamente carnes e hortifrutigranjeiros.
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As novas regras são resultado de discussões com os diversos públicos que formam a cadeia do pescado, como autoridades, especialistas, fornecedores e ONGs. “Estamos engajados em construir uma cadeia de pescados mais sustentável, buscando iniciativas que mobilizem empresas do setor, governo e sociedade”, afirmou Núñez. A cadeia de pescados é uma das mais importantes do setor da economia, movimentando e estimulando o desenvolvimento de comunidades e produtos em todo o território nacional. São mais de 800 mil pessoas envolvidas, com grande potencial de desenvolvimento. A produção brasileira é de cerca de 1,1 milhão de toneladas por ano. Estima-se, no entanto, que o potencial nacional chegue a 1,4 milhão de toneladas anuais até 2011, desde que explorado através de manejo rigoroso. O Walmart também anunciou o programa “Qualidade Selecionada, Origem Garantida”, que permite ao cliente acompanhar, no site da empresa todo o processo da cadeia produtiva de itens de agricultura por meio de um código de barras disponível nas embalagens. De maneira fácil, o consumidor vai saber exatamente a localidade e o caminho que os produtos percorreram até chegar às suas mesas. O primeiro produto lançado nesta plataforma é a carne da marca própria “Campeiro”. “Por conta de todo o desafio da pecuária em relação ao desmatamento da Amazônia, a carne é o primeiro item deste programa, que já nasce com o objetivo de monitorar nossos produtos do hortifruti, o que deve começar a acontecer até o final deste ano”, acrescenta Núñez. O programa de rastreabilidade é mais um passo em direção à sustentabilidade na Amazônia, uma das metas estabelecidas pela empresa em 2009 no “Pacto pela Sustentabilidade’, firmado com seus principais fornecedores. O envolvimento dos parceiros comerciais na criação de processos e produtos mais sustentáveis faz parte da estratégia do Walmart de construir uma cadeia de suprimentos mais sustentável, incorporando no plano de negócios da rede com seus fornecedores práticas ambientais e sociais mais rigorosas, assim como medições constantes de indicadores previamente definidos. Para poder acompanhar os avanços dos fornecedores nos compromissos do “Pacto pela Sustentabilidade”, a empresa também desenvolveu um sistema online de monitoramento de indicadores socioambientais. Até 2011, 100% da cadeia
de abastecimento reportará seu progresso em relação às metas assumidas conjuntamente. Além disso, a empresa lançou no início deste ano o programa “Sustentabilidade de Ponta a Ponta”, na qual 10 dos principais fornecedores da rede analisaram o ciclo de vida de produtos líderes de mercado e desenvolveram processos mais sustentáveis. Para 2011, a varejista já começou a segunda fase do programa, com mais 15 fornecedores, que já estão revisando o ciclo de vida dos seus produtos. Fonte: Da assessoria ) Curitiba recebe a 30ª edição da Convenção Anual do Atacado Distribuidor ( A Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD) trouxe para Curitiba a 30ª edição da Convenção Anual do Atacado Distribuidor e Sweet Brazil International, evento nacional de grande importância para a cadeia de abastecimento. O público, composto por convencionais vindos dos quatro cantos do país, entre empresários e principais executivos da indústria e das empresas atacadistas distribuidores, além de participantes do exterior, chegou à marca de 33 mil visitantes, número recorde segundo Carlos Eduardo Severini, presidente da ABAD. Os visitantes puderam encontrar em os 240 estandes, lançamentos e inovações, além de fazer novos contatos, adquirir novos conhecimentos, também rever amigos e realizar bons negócios. Durante a convenção, dois dias de palestras foram a oportunidade de atualização e capacitação que os convencionais tiveram, com os principais temas de interesse do setor, podendo também participar de debates que podem ajudar a definir o futuro do atacado distribuidor brasileiro. Segundo Severini, as palestras atraíram o público acima do esperado. “Aproveito para fazer um agradecimento aos nossos palestrantes, profissionais de amplo conhecimento em seus campos de atuação, diretamente responsáveis pelo grande sucesso das palestras deste evento”, afirmou. Outra importante iniciativa voltada à capacitação foi a segunda edição da Loja Modelo Varejo Competitivo, que procurou demonstrar, em uma instalação de 140m², como um pequeno varejo independente pode tornar
seu negócio mais vendedor e mais competitivo. Outro destaque da Convenção foram as ações de responsabilidade socioambiental realizadas pelo instituto ABAD, por intermédio das suas Representantes Estaduais e Nacional. O encerramento da feira contou com a já tradicional premiação para o Melhor Atacadista Distribuidor Nacional, Melhor Atacadista Distribuidor Estadual, Maior Caravana Estadual por Região e Prêmio Expositor-Destaque ABAD 2010. Fonte: Da assessoria ) Karacá Alimentos é a primeira patrocinadora oficial da Supernorte 2011
( Recém chegada ao mercado paranaense, a indústria Karacá Alimentos é a primeira patrocinadora confirmada para a edição da Supernorte 2011 – Feira e Convenção Regional de Supermercados – que acontece anualmente na cidade de Londrina. Após participar da feira em julho deste ano, a empresa acredita que o formato e a dinâmica do evento são estratégicos para sua operação na região. A indústria atua no segmento de massas semiprontas, pão de queijo congelado, massas para pastel e, como carro-chefe, destaque para alinha de pizzas congeladas. Karacá Alimentos, que já inaugurou seu centro de distribuição em Londrina, tem sua sede em São Gabriel do Oeste (MS) e já atua em todo o Mato Grosso do Sul, interior de São Paulo, na região de Chapecó, em Santa Catarina e agora também em Londrina e região, com objetivo de atuar futuramente em todo o Paraná. Mais uma prova de que a Supernorte gera resultados para expositores e visitantes. Fonte: Da assessoria )
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Carrefour comemora 35 anos no Brasil e revive década de 70 em sua campanha ( REm setembro, o Carrefour celebra 35 anos de sua chegada ao Brasil com uma grande campanha que contempla os diferentes veículos de comunicação e uma série de ações que remetem os consumidores para a década dos anos 70, numa viagem virtual no túnel do tempo, e muitas ofertas especiais a seus clientes. O diretor executivo de Marketing do Carrefour, Rodrigo Lacerda, explica que, mais uma vez, a empresa é pioneira ao desenvolver uma campanha baseada numa plataforma de mídia integrada, usando-se tanto a mídia tradicional – jornais, rádio, tevê –, como a mídia social – sites, twitter – além de várias ações nas lojas, inclusive de flash mob. A campanha explora gírias, músicas e trajes da época, criação de ambiente que relembra o primeiro hipermercado inaugurado em 1975, em São Paulo, na Marginal do Rio Pinheiros. Estão previstas várias promoções comerciais em toda a rede, com descontos que chegam até 35% no segmento de produtos alimentícios. No mês de aniversário, permanecerão os maiores prazos de financiamento oferecidos no País e sem juros: em até 30 vezes para toda a sua linha branca (geladeiras, lavadora de roupa, freezer, fogão, etc); em até 24 meses para a linha marrom (televisores, DVDs, equipamentos de áudio); e em até 18 meses para os produtos de informática. Ao mesmo tempo, as lojas do Carrefour estarão vestidas com a comunicação de aniversário, anunciando promoções especiais feitas em parcerias com alguns dos maiores fornecedores, que acompanharam a trajetória da rede nesses 35 anos. Além de negociações especiais, serão feitas promoções com destaque para produtos de marcas tradicionais, que fazem parte da história do Carrefour no Brasil. Fonte: A4 Comunicação.) NFe: empresa pode ser surpreendida com multa em até cinco anos ( A partir do dia primeiro de janeiro do próximo ano todas as empresas devem ficar mais atentas à conduta fiscal de seus clientes e fornecedores. O motivo é que nessa data
mais de um milhão de companhias brasileiras estarão na obrigatoriedade da emissão de nota fiscal eletrônica e será ainda maior o acompanhamento da Receita Federal. Para aquelas que já adotaram o modelo, porém, surge outra preocupação. A fiscalização sobre os documentos fiscais pode ser feita em até cinco anos, o mesmo prazo exigido por lei para a guarda segura dos arquivos, ou seja, a empresa que em 2006 iniciou a emissão de nota fiscal eletrônica poderá ser autuada até 2011, caso tenha enviado informações erradas ao Fisco. O resultado pode ser um grande número de multas com valores acumulativos, pelo tempo em que ocorreu a irregularidade. Os valores das multas ficam entre 10% e 100% sobre cada nota fiscal autuada e outros variáveis para erros no SPED Fiscal e Contábil. “Para aquelas companhias que querem ficar longe de riscos como esse, o ideal é entender as reais penalidades que estão sujeitas”. É o que conta Marco Zanini, presidente da NFe do Brasil. “As punições vão não só para quem emite, mas também para quem recebe a mercadoria. Se você é emissor precisa estar bem informado para ser receptor também”, comenta. Nesse cenário, a escolha do fornecedor passa a ser predominante na atividade comercial. A má conduta fiscal do emissor pode gerar prejuízos também para quem compra. A multa para a empresa não emite nota fiscal eletrônica, ou insiste na emissão da nota de papel estando na obrigatoriedade, é de 50% do valor da operação, e o destinatário também é multado com 35% do mesmo valor, ou seja, o cliente também é responsável pela conduta fiscal de quem está vendendo. Os riscos não ficam somente em emitir ou não emitir a nota fiscal. O modelo eletrônico, assim como era a de papel, deve seguir uma ordem numeral. Caso a empresa pule a numeração, o que é conhecido como falta de inutilização de número, deve comunicar a SEFAZ (Secretaria da Fazenda) até o décimo dia do mês subsequente. Caso não informe, receberá a multa de R$ 246,30. Se for necessário o cancelamento da nota, o prazo atual é de 168 horas após a emissão, porém a partir de 01 de janeiro de 2011 esse período será reduzido para 24 horas. “Será mais uma adaptação que as companhias devem estar atentas, a multa por não cancelamento da nota é de 10% do valor da operação”, afirma Zanini. Dessa forma, as empresas podem perder grande parte de sua venda somente no pagamento de penalidades. Para o executivo, ainda há muito o que avançar no que diz respeito ao conhecimento das empresas sobre a legislação
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da nota fiscal eletrônica. “São detalhes que, principalmente a área de faturamento, deve estar 100% informada. A grande maioria das dúvidas que recebemos no SAC da NFe do Brasil são simples e relacionadas à dados de preenchimento”, conta. Uma das multas que pode ser considerada uma das mais altas da legislação corresponde à divergência entre dados de valor e destinatário contidos na nota fiscal eletrônica e os fixados na DANFE (Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica). Caso não estejam compatíveis, a multa é de 100% em cima da operação. Outros erros de divergência terão multa de R$ 328,40 por documento fiscal. Outro descuido que pode gerar grande número de multas para as companhias é a falta de envio do arquivo fiscal ao cliente. Não há uma regra específica para a forma em que o fornecedor deve enviar a nota eletrônica para o destinatário, essa atividade deve ser feita em comum acordo entre as partes e, muitas vezes, ocorre por e-mail ou disponibilidade de download no site do fornecedor. No entanto, a legislação prevê a obrigatoriedade do envio, e caso não ocorra, a empresa receberá multa de 50% no valor da venda. Na contabilidade as penalidades também são severas. A não
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apresentação do SPED Contábil no prazo determinado é de R$ 5 mil por mês ou por fração e ainda a impossibilidade de participar de licitações e concorrências do âmbito público. No SPED Fiscal a falta de Escrituração do Documento Fiscal de entrada é de 10% no valor da operação identificada. Já o atraso na Escrituração do Livro Fiscal é de 1% em cima dos valores das operações do período. “Quando falamos em 1%, pode parecer uma multa baixa, porém, se pensarmos que ela é aplicada sobre as vendas no período de um mês, o valor é muito alto, ainda mais para empresas que tem grande faturamento mensal”, lembra Zanini. É importante lembrar que já existem tecnologias que auxiliam as empresas na redução desses riscos. “O mercado fornece soluções que validam os arquivos fiscais antes que eles sejam enviados para a SEFAZ. Isso é uma garantia de que no período dos cinco anos sua empresa não terá desfalques nos negócios gerados por multas na área contábil” finaliza Zanini. Fonte: Agência Ideal.)
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gerente de produto de Pampers (P&G). Ferramenta em pleno uso pela indústria brasileira desde meados dos anos 2000, a sugestão do preço pelo fornecedor tem sido ponto nevrálgico nas relações entre supermercadistas e fabricantes. O Valor levantou uma série de dez produtos que, nos últimos doze meses, passaram a estampar na embalagem o “preço sugerido”. Há refrigerante de menos de R$ 1 a odorizador de ambiente por quase R$ 25. E os efeitos da expansão dessa prática já chegaram aos escritórios de advocacia.
Indústria tem novo formato para o preço ( Um ponto sensível na relação entre indústria e varejo, a prática de estampar o preço ao consumidor na embalagem do produto, ganha novos formatos. A expressão “preço sugerido”, que precede o valor carimbado pela indústria em vários tipos de produtos, de iogurte a xampu, está sendo substituído por “preço especial” e “a partir de”. A aparente singeleza na troca tem o objetivo de reduzir conflitos com varejistas, dando-lhes mais flexibilidade para alterar preços e, ao mesmo tempo, tentar mostrar ao consumidor o valor pretendido pelo fabricante. O valor pode variar de acordo com a região do país. Em hipermercados Extra e Carrefour, visitados pela reportagem do Valor, xampus e condicionadores para cabelo da marca Seda, da Unilever, e Gold, da Niely, são vendidos em “ilhas” no meio dos corredores com a informação “preço especial” impressa em letras garrafais nas embalagens, com o símbolo do cifrão em destaque. Nesses casos, não surge a expressão “preço sugerido”, frequentemente grafada nas mercadorias. A substituição pretende chamar a atenção do consumidor e reduzir conflitos com varejistas. “A gente sabe que varejo não gosta muito disso [da sugestão do valor no produto]. Com o ‘a partir de’, deixamos claro um piso de preço possível, e não um único valor como referência”, diz Fernando Bueno,
“Cresceu a procura de clientes que precisam de um trabalho de consultoria sobre a questão do preço sugerido”, diz o advogado José Del Chiaro, ex-secretário de Direito Econômico. Ele atende clientes nas áreas de cerveja e de produtos de higiene pessoal. “[Essas empresas] buscam entender como se proteger nos casos em que o varejo pratica preços abaixo ou acima do valor sugerido. E se cabe alguma ação a respeito do efeito disso para a marca”, diz Del Chiaro. Quando a embalagem traz a sugestão de preço, e mesmo um piso mínimo (como o “a partir de R$”), normalmente há uma tentativa de reposicionar o produto. “A indústria faz isso porque quer proteger a sua mercadoria de fortes variações no preço. Ela pode querer se focar numa nova classe [social], por exemplo, e preço é parte crucial desse plano”, diz Eugênio Foganholo, sócio da Mixxer Consultoria. A Danone é um exemplo, na sua tentativa de popularizar o consumo do iogurte Activia. A bandeja com seis iogurtes é vendida a R$ 4,74 (“ou só R$ 0,79 por unidade”, diz a embalagem) porque é “parte importante da estratégia da Danone oferecer preços mais acessíveis ao produto e isso garante mais ganhos aos varejistas”, diz a companhia, em nota. A Ambev faz o mesmo com o Guaraná (de 237 ml), com preço sugerido de R$ 0,99. A questão começa a se complicar quando o preço na etiqueta do varejista fica abaixo do valor sugerido. O Guaraná é vendido pelo Extra em São Paulo a R$ 0,95. “A rede pode até tirar isso da sua margem. De qualquer maneira, é essa guerra de preços que as marcas tentam evitar com a tática do preço mínimo ou sugerido”, diz Alexandre Horta, sócio da GS&MD. Fonte: Valor Econômico.)
Revista SUPERMIX
Otimismo do consumidor sobe em agosto e bate recorde, diz CNI ( O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) registrou crescimento de 2,1% de julho para agosto deste ano, quando atingiu 119,3 pontos, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O INEC é elaborado a partir de pesquisa de opinião pública de abrangência nacional conduzida pelo Ibope com 2.002 pessoas. A pesquisa tem periodicidade mensal e foi realizada entre 18 e 21 de agosto. “O valor de agosto é o maior da série histórica do INEC, iniciada em 2001, o que mostra que o consumidor brasileiro está especialmente otimista”, informou a CNI. De acordo com a entidade, o crescimento do índice em agosto se deve, sobretudo, às expectativas do consumidor com relação ao desemprego e à inflação. Segundo a Confederação, o índice de expectativa de evolução do desemprego nos próximos seis meses mostra maior otimismo do consumidor, ou seja, maior parcela dos consumidores acredita em queda do desemprego,
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ao mesmo tempo em que o índice de expectativa de inflação subiu 8%, o que mostra que subiu a proporção de consumidores que esperam queda da inflação. “O índice de expectativa de inflação registrou o quarto aumento consecutivo e acumula crescimento de 12,6% no período. A trajetória recente dos preços aumentou o otimismo dos consumidores”, avaliou a CNI. Já os índices de situação financeira e de compras de bens de maior valor, por sua vez, mantiveram-se praticamente estáveis em agosto, segundo a entidade, com crescimento, de 0,7% e 0,8%, respectivamente. “Ressalte-se, contudo, que ambos permanecem superiores as suas médias históricas”, acrescentou. Fonte: G1.)
ENTREVISTA
Muitos ainda continuam no esquema tradicional de atendimento e não oferecem ao público da terceira idade um serviço diferenciado. [Dante Ricardo Quadros]
Varejo precisa estar atento ao consumidor da terceira idade Pesquisas apontam que idosos gastam em supermercados em primeiro lugar, depois com planos de saúde Atendimento diferenciado, uma equipe bem treinada e promoções direcionadas. Essas são algumas ações que o supermercadista deveria adotar para atender melhor ao público da terceira idade, na opinião de Dante Ricardo Quadros, consultor de empresas na área de mudança organizacional, em entrevista exclusiva para a revista Supermix. Pare ele, esse público ainda não está recebendo a devida atenção como cidadão e tampouco como grande consumidor.
Os consumidores da terceira idade correspondem a 43% da classe de renda mais alta no Brasil (acima de dez salários mínimos). Como atender as expectativas e necessidades desse público?
( De várias maneiras. Uma pesquisa recente descobriu algo muito interessante: o público da terceira idade, na maioria das vezes, vai às compras acompanhado, seja por um neto ou sobrinho. Essa influência de uma outra pessoa é algo que não se tinha como valor de pesquisa. Embora o consumidor de mais idade seja influenciador da decisão de compra, hoje já se tem a preocupação com essa segunda pessoa, geralmente jovem da chamada geração Y.)
Segundo o IBGE, os brasileiros terão uma vida mais longa. A estimativa de vida média da população em 1980 era de 62,7 anos; e em 2050, atingirá 81,3 anos. O varejo está atento a essa realidade?
(Desde 2005, existe uma preocupação muito grande com a terceira idade. Os próprios supermercadistas têm admitido esse pessoal, seja para funções como empacotadores ou como guias. Essa preocupação tem se revelado com muito mais ênfase hoje, ao perceber onde eles gastam. As pesquisam demonstram que em primeiro lugar vem o supermercado, e em segundo, os planos de saúde. Então pode-se dizer que o “território” do idoso é o supermercado,
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onde eles gastam um tempo grande do seu dia. Mas na minha experiência, não são todos que estão atentos a isso. Muitos ainda continuam no esquema tradicional de atendimento e não oferecem ao público da terceira idade um serviço diferenciado. Isso não só no supermercado, mais no varejo de uma forma geral. ) Quais ações ou medidas específicas o varejo poderia adotar para melhorar o atendimento para a terceira idade?
( Vão desde o acesso ao supermercado, com a instalação de rampas, ao peso do carrinho, até a exposição de objetos nas gôndolas. Alguns produtos de primeira necessidade são expostos próximos do chão e dificultam ao idoso o acesso. O atendimento nos caixas poderia ser ampliado pois, como esses consumidores são mais lentos, isso evitaria a formação de filas. Muitos idosos frequentam as lojas pela manhã e a tarde, e seria interessante o supermercadista observar isso na sua região, e até criar um dia especial para eles. Alguns setores já fazem isso, como as farmácias. Os idosos também poderiam ser aproveitados em funções como de anfitrião nas lojas, pois são muito mais pacientes e mais calmos que os jovens. Um detalhe importante na contratação de pessoas de terceira idade é que, quando bem selecionadas, elas são assíduas ao trabalho e leais à casa, o que traz muitos benefícios ao empregador. Mas o supermercadista ainda não acordou para isso. ) Em sua opinião, os gestores de supermercado estão preparados para atender esse novo consumidor?
(Ainda falta muito, não só para o atendimento à terceira idade, mas ao consumidor em geral. O gestor não tem formação mais elaborada e não trabalha na formação de equipes com um sentido de compartilhamento, de time. Geralmente, o gestor começou na atividade como um repositor, que foi mudando de função, e não tem uma visão sistêmica do negócio. No Paraná, em especial, falta uma visão educacional mais elaborada. São pessoas de confiança que não tem preocupação com o aprimoramento intelectual e cultural. São poucos os que fazem cursos de aprimoramento, a não ser os que são oferecidos por fornecedores. Por isso, não existe uma visão de formação de equipe, de trabalho compartilhado. É tudo mecânico, como reposição de estoques e fluxo de mercadoria. ) Quais ações um gestor de supermercado pode adotar para atender melhor os consumidores da terceira idade?
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( A programação visual é algo muito importante. Por isso, o taExiste uma série de ações. Por exemplo, ter dentro do próprio supermercado um pessoal para recebê-lo, acompanhá-lo e orientá-lo, porque são, muitas vezes, consumidores de grande porte. Ter adequação de certos produtos, de dias mais interessantes para compra, certas facilidades de locomoção, até um cartão de fidelização. Na minha percepção, falta respeito e cuidado com os idosos. ) Em relação ao treinamento, como o gestor deve trabalhar com a equipe?
( Quando se fala em equipe é importante pensar em quatro itens. O primeiro é como trabalhar em equipe. Geralmente, as pessoas não sabem trabalhar juntas, e em supermercado aprender a trabalhar de forma unida e compartilhada é essencial, desde o operador de caixa, até o pessoal de apoio e os repositores. Tudo tem que ter sentido de equipe. O segundo é essa equipe estar preocupada com a satisfação do cliente. Por exemplo, quando se tem noções básicas, essa equipe vai atender o idoso, ou quem quer que seja, de forma diferenciada. Mas não existe, de maneira geral, essa preocupação. Uma terceira questão que uma equipe tem que desenvolver são noções sobre desperdício e cálculos mais precisos, até para que veja a relação dos produtos e quanto isso está sendo desgastado. E uma quarta, é a função propriamente dita. Ter um treinamento específico na sua área de atuação ou tarefa inerente. ) Que outras ações positivas, voltadas para o consumidor da terceira idade, podem ser adotadas pelo varejo?
( A programação visual é algo muito importante. Por isso, o tamanho das letras e a disposição dos produtos podem fazer a diferença. Outra ação positiva é a criação de um cartão de fidelização. Em um determinado dia do mês, o idoso poderia ser recepcionado com lanche ou café especial, além de promoções voltadas para ele. Na época de inverno, por exemplo, produtos de vestuário típicos da época poderiam ser um atrativo. Mas de forma genérica, os supermercadistas estão perdendo a oportunidade de fazer bons negócios. )
Matéria de capa
Terceira idade está provocando mudanças de consumo Em número crescente, esta parcela da população tem necessidades específicas e gera oportunidades de negócio que ainda podem ser exploradas Cadeira de balanço e arrastar de chinelos são imagens que estão cada vez menos associadas ao público da terceira idade. Hoje eles vão para a academia de ginástica e freqüentam as salas de aula da faculdade, viajam pelo mundo, e costumam ir diversas vezes às compras. A população com mais de 60 anos no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2008) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é de 21 milhões de pessoas, que detém 43% da renda mais alta do País (acima de dez salários mínimos). No Paraná, essa população ultrapassa 800 mil pessoas. Ainda segundo o IBGE, em 2020 o Brasil terá 29,3 milhões de pessoas com mais de 50 anos, com renda total de R$ 25 bilhões.
A análise feita pela GfK – quarta maior empresa de pesquisa de mercado do mundo –, aponta que o público da terceira idade vai ao supermercado pelo menos cinco vezes por semana, e tem potencial de consumo de R$ 7,5 bilhões, o dobro da média nacional. Cerca de 80% desse grupo recebe aposentadorias e pensões, além de ter obtido uma melhoria na renda nos últimos dez anos. Perto de 20% ainda continua no mercado de trabalho contribuindo para a melhoria da economia. Entre os maiores de 50 anos, 33% trabalham por conta própria. Mesmo assim, esse público consumidor passa quase que despercebido diante dos olhos do mercado, que não costuma traçar estratégias específicas para atraí-lo.
De acordo com Paulo Carramenha, diretor presidente da GfK Brasil e professor do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM – instituição superior voltada ao ensino da Propaganda, Marketing e Administração de Empresas –, outro fator que merece destaque é a longevidade. Nos anos 80, a expectativa de vida dos brasileiros era de 62,7 anos. Hoje, hoje é de 73 anos, e em 2030, será de 80 anos. Isso reforça, segundo Carramenha, o bônus demográfico que o Brasil está ingressando, e que deve seguir pelos próximos 30 anos. “A partir de 2007 a pirâmide demográfica do País começou a mudar, e nos próximos anos teremos uma população expressiva de jovens e idosos, que terão muito peso na economia”, pondera o especialista. Essas transformações demográficas e econômicas mudarão o panorama do consumo do brasileiro e diversos segmentos sofrerão forte expansão. Pesquisas do IBGE apontam que de 2007 a 2012 o salto de consumo deverá atingir setores como: automóveis (de 2,5 milhões de unidades para 4 milhões de unidades), TV por assinatura (de 3,8 milhões de assinaturas para 6 milhões de assinaturas), bebidas alcoólicas (de US$
“Se a indústria ainda não se deu conta do potencial desse público, vale oferecer serviços diferenciados, preparar as lojas e treinar as equipes para oferecer um atendimento especializado”.
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7,9 bilhões para US$ 11,2 bilhões) e laticínios (de US$ 15,4 bilhões para US$ 21,4 bilhões). Carramenha comenta que a operadora de turismo CVC estima que o total de clientes com mais de 50 anos em seus pacotes de viagens passará de 750 mil, atualmente, para pelo menos 1,4 milhões em 2011. Hoje dos passageiros de cruzeiros marítimos, 60% são pessoas com mais de 60 anos.
Movimento lento no varejo A tendência do envelhecimento da população, e conseqüentemente de consumidores, é mundial. Matt Thornhill, presidente do Boomer Project, empresa norteamericana especializada em consultoria e pesquisa de marketing, afirma que o mundo está passando por uma profunda mudança nas características da população, em especial nos últimos 20 anos. Segundo Thornhill, isso tem grande influência dos avanços da tecnologia e medicina. Com isso, as projeções da Organização das Nações Unidas para 2050 é que as pessoas com mais de 60 anos atinjam 2 bilhões em todo o mundo. Matt também comenta que a baixa na taxa de natalidade no mundo terá influência nesse movimento. “No Brasil, um exemplo do impacto dessa mudança é que hoje a população com mais de 60 anos é apenas uma em cada 10 pessoas. Em 2050, será de uma para cada 3,3 pessoas. É difícil imaginar que isso não irá mudar a realidade do País”, afirma. Mesmo diante desse cenário, os especialistas afirmam que ainda são lentas as ações voltadas para atender essa clientela, em especial no varejo. Paulo Carramenha disse que as grandes redes de supermercados pretendem atender a todos os consumidores, e ainda não se deram conta do potencial desses clientes mais experientes. Outro problema que ele observa é que o varejo ainda depende da indústria, que também caminha a passos lentos em direção a esse consumidor. Para Matt Thornhill, o setor supermercadista ainda está focado na venda em volumes, que tradicionalmente vinha das famílias. “Mas as famílias estão menores, e ao mesmo tempo, multigeracional. Focar suas ações de marketing para a juventude é importante, mas também há uma oportunidade de negócio significativa nos que têm mais de 50 anos”, declara. Patrícia Contesini, gerente de pesquisa do Grupo Pão de
Açúcar, admite que não existe nenhum levantamento sobre quanto o público da terceira idade representa nas vendas do grupo. No entanto, existe uma percepção qualitativa de que esse público é importante. “Nós acompanhamos isso através do programa de relacionamento, onde temos condições de verificar as necessidades desse público”, disse. Patrícia comenta que diante desse contato, o grupo procura dar um retorno por meio de iniciativas como mudanças no tamanho das etiquetas nas gôndolas, disposição de produtos, sinalização dentro das lojas, vagas preferenciais nos estacionamentos e treinamento da equipe para um atendimento diferenciado.
“Há uma oportunidade enorme na formulação de produtos, ingredientes, tamanho das porções e embalagens. Acredito que a personalização de produtos para esse segmento será o futuro”
Comportamento não é o mais o mesmo O consumidor está cada vez mais exigente e consciente. Busca constantemente informações que o ajudem na tomada de decisões e se mostra menos previsível e fiel. Além disso, usa cada vez mais diferentes opções de canais de compra e formas de pagamento. E isso vale para todos os públicos consumidores, em especial, o da terceira idade, que segundo pesquisa da GfK, 47% são os responsáveis pelas compras nos lares brasileiros. Para compreender melhor os idosos, é importante observar alguns conjuntos de valores. O público maduro prima pela autonomia e deseja levar a vida ativa e auto-suficiente.
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Nas suas conexões, valoriza muito os laços com amigos e familiares. Também é altruísta, e quer dar algo em troca para o mundo. A idade percebida não é a idade sentida, pois se sentem em média dez anos mais jovens que a idade atual. São criteriosos, e em geral, pedem uma segunda opinião antes de escolher um determinado produto. Pesquisas mostram que o consenso de lealdade às marcas que antes era atribuído a essa faixa etária vem se quebrando ao longo do tempo. O que se percebe é que quanto mais acesso à informação o idoso tem, mais aberto ele se torna a novas experiências. Nesse sentido, Osmar Dalquano Júnior, coordenador estadual do Setor de Comércio, Bens e Serviços do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) do Paraná, aposta que as empresas que souberam trabalhar bem suas marcas poderão conquistar esse público. “Isso vale também para as marcas próprias, que deverão crescer muito no mercado brasileiro”, diz. A relação de preço e valor de produto também é diferenciada para esse público. “Esse consumidor compra pelo valor que percebe que o produto tem, e não pelo valor que ele paga. Prova disso é que os produtos que são os líderes de mercado são os mais caros”, analisou Paulo Carramenha, diretor presidente da GfK Brasil. O consultor do SEBRAE afirma que segmentos como os de turismo, medicamentos, produtos ligados à saúde, seguros e crédito já despertaram para o potencial desse consumidor e voltaram ações específicas para esse público. “O mercado está pouco a pouco percebendo o grande potencial de consumo desse grupo etário, que também é um agente modificador. As filas preferenciais nos bancos, os pacotes de turismo especializados, e moradias adaptadas são um sinal de que o comércio começa a ver os idosos com outros olhos”, afirma Dalquano. Paulo Carramenha também comenta que algumas empresas de bens duráveis de eletroeletrônicos e eletroportáteis começaram a voltar a atenção para o consumidor sênior, e estão desenvolvendo produtos com menos funções, teclas maiores e com acessibilidade maior. No tocante aos supermercados, ele avalia que os empresários ainda estão muito dependentes das indústrias. “Se a indústria ainda não se deu conta do potencial desse público, vale oferecer serviços diferenciados, preparar as lojas e treinar as equipes para oferecer um atendimento especializado”, diz. Matt Thornhill, do Boomer Project, também é enfático, e
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afirma que poucos ainda descobriram este segmento de consumo. “Há uma oportunidade enorme na formulação de produtos, ingredientes, tamanho das porções e embalagens. Acredito que a personalização de produtos para esse segmento será o futuro”, finaliza.
Panorama da Maturidade (Fontes: IBGE e GfK) - O Brasil tem 21 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Esse número supera a população de idosos de países como França, Inglaterra e Itália, que têm entre 14 e 16 milhões de pessoas. - A população de idosos do Brasil – que equivale a 10% da sua população total – é maior que a população de alguns países. O Chile tem 16 milhões de pessoas, e Portugal cerca de 10,5 milhões. - Em relação do poder de consumo, 88% dos idosos no Brasil têm renda pessoal. Isso representa 17% do poder de compra do País. No entanto, em estados como Rio de Janeiro e Recife o poder de compra dos idosos é de 26% e 20% respectivamente. - 70% dos idosos são responsáveis pelo domicílio, e 47% respondem pelas compras dos lares brasileiros. - Do total de idosos no Brasil, 60% são mulheres. Elas também representam 70% da população com 80 anos ou mais, e 56% da faixa etária entre 60 e 64 anos. - Dentro de suas casas as atividades que predominam entre os idosos são assistir TV (92%) e ouvir rádio (74%). Já as menos difundidas são ler revistas (32%) e ler livros (27%). Fora de casa, igreja ou culto (65%) e andar ou caminhar (56%). - Em relação do trabalho voluntário, 74% dos idosos do Brasil não fazem e nem querem fazer, e apenas 20% dedicam seu tempo a essas atividades. Já em relação aos bailes da terceira idade, 92% nunca ou raramente freqüentam. - 84% dizem nunca ter sofrido preconceito ou discriminação por ter mais de 60 anos, e 15% admitem que já sofreram preconceito.
PERFIL
Pequeno varejo mostra o que é senso de oportunidade A história do mercado Du’Leo começou com um misto de senso de oportunidade, persistência e muito trabalho. O que hoje são duas lojas de perfil segmentado, de acordo com as características do público potencial das redondezas onde estão situadas, iniciou a partir de um negócio de outro ramo, uma banca no terminal Santa Cândida. Em 1993, o proprietário da banca, Aurimar Willms, “olhou para o lado” e viu que um ponto comercial desacreditado era uma provável fonte de bons resultados. “Todo mundo dizia que ali a coisa não andava. Eu me perguntava por que”. Só de freqüentar o local, ele já sabia: o atendimento não era de qualidade e faltavam produtos. Aurimar fez seu planejamento financeiro e apostou no novo negócio, abrindo ali o mini mercado Du’Leo. Corrigindo os erros do passado no local e atento ao perfil de compra dos clientes, ele formatou a loja para atender aqueles que passavam pelo terminal, indo ou vindo de casa. “Ali, os clientes fazem pequenas compras, precisam de pão, carne. Alguns itens que eles não encontravam eu ia atrás. Era preciso opções de menor custo e a presença do dono, se relacionando com os freqüentadores”, conta ele. A receita deu certo e Aurimar “pegou gosto” pelo setor supermercadista. “Eu me identifiquei mesmo”, fala. A afinidade e interesse na área de financeira e de planejamento deram saúde e fôlego ao empreendimento. Dez anos depois, em 2003, o empreendedor inaugurou uma nova loja da marca, o mercado Du’Leo, no Atuba,
com 600m2 de área comercial e 400m2 de depósito. Além da experiência que tinha, ele visitou supermercados e se inspirou no antigo e conhecido modelo do Mercadorama, pela qualidade de serviço de mix de produtos. “No Atuba, eu atendo a classe A, B e um pouco da C e busquei boas referências de negócios direcionados a este público”, explica. “Optei por oferecer bom açougue, panificação, confeitaria, além de boas marcas de produtos”. Para escolher o ponto onde abrir o novo negócio, Aurimar observou o crescimento da região do Atuba, a presença de muitos conjuntos residenciais com prédios e a demanda por supermercado no local. “Tenho importante concorrência hoje, mas continuo apostando nos diferenciais no meu negócio”, conta. “E eu quis aprender mais, então fui fazer faculdade de Administração de Empresas, em 2005.” Aurimar tem uma visão completa do negócio e sabe da importância do investimento na área de recursos humanos. “Esta área está em implantação. Quero melhorar ainda mais a gerência dos colaboradores. Minha esposa, psicóloga, vai liderar isto”. Hoje, contando as duas lojas da marca, o Du’Leo tem 38 funcionários. O filho do casal, que vai se formar em publicidade, também já tem a sua participação. “Fazemos o possível para manter e melhorar a qualidade do negócio”, diz Aurimar. Sabendo da história deste empreendimento e como ele é conduzido no dia a dia, pode-se acrescentar à receita “senso de oportunidade, persistência e trabalho” uma generosa porção de competência.
VAREJO
Planejamento é chave de sucesso É hora de sentar e organizar planilhas e estratégias para 2011 O crescente nível de competição nas organizações tem levado as empresas a desenvolver estratégias que visam torná-las menos vulneráveis às mudanças que vêm ocorrendo nos ambientes externo e interno. E, nesse sentido, o planejamento de ações e negócios é o melhor caminho para minimizar possíveis
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efeitos negativos deste ambiente turbulento. No setor varejista, esse planejamento é fundamental, com controle e adaptações no decorrer da execução. Nesta época do ano, quando é possível perceber as tendências de comportamento futuro de algumas variáveis para o ano seguinte, e também, em função do desenvolvimento e negociação das campanhas de início do ano, ele se torna imprescindível. “Apesar da incidência até que significativa, é difícil imaginar algum tipo de negócio que opere sem planejamento. Com ele se projeta faturamento, receitas e despesas, e se programa com antecedência as ações necessárias para garantir o seu resultado”. Quem afirma é Alain Winandy, gerente administrativo financeiro da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e consultor na área de varejo. Segundo ele, um bom planejamento de vendas, mês a mês, loja a loja, seção a seção, tem fundamental importância, pois é a partir dele que surgirão questões como: qual o crescimento esperado das vendas do setor; qual seria o crescimento mínimo necessário, assim como qual seria o desejado; as previsões da economia; as interferências diretas de inaugurações, reformas, próprias e de concorrentes; a influência de eventos e características locais; entre outros. “O planejamento é um instrumento dinâmico, a ser reavaliado constantemente, de acordo com mudanças significativas que tenham ocorrido, e que afetem suas variáveis, e consequentes resultados”, declara Winandy. Segundo o especialista, cenários
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políticos, econômicos e culturais também devem ser considerados durante o planejamento. “Por exemplo, uma decisão política de aumento real de salário mínimo irá gerar respostas diferentes de acordo com áreas ou público consumidor. Assim como eventos específicos, festas regionais, tradições de consumo com sua demanda específica podem provocar diferentes respostas em regiões, cidades e até bairros de uma mesma cidade”, ponderou.
O Brasil atravessa um processo irreversível de crescimento e concentração de empresas. E nestas circunstâncias, é necessário buscar informações e oportunidades para o desenvolvimento do negócio.
Para Soeli de Oliveira, consultora do Instituto Tecnológico de Negócios nas áreas de marketing, varejo, atendimento e motivação, quando se fala em planejamento é importante ter em mente sua aplicação, se a curto, médio ou longo prazo, já que seu sucesso irá depender da capacidade de um grupo de pessoas. “Por isso, a equipe precisa concordar com os objetivos propostos e saber de forma clara quais são suas responsabilidades e papéis”, diz. Ela acrescenta que também é necessário ter prazos realistas e custos reais, contar com um sistema flexível de acompanhamento dos resultados, manter processos e procedimentos rotineiros, e contar com o apoio mútuo e um sentimento de equipe. Segundo Soeli de Oliveira, o setor de varejo de alimentos no Brasil atravessa um processo irreversível de crescimento e concentração de empresas. E nestas circunstâncias, é necessário buscar informações e oportunidades para o desenvolvimento do negócio, “e isso passa pela análise do ambiente de negócios e um bom planejamento”.
calendário
Varejo deve repetir bom desempenho até final do ano O comércio varejista registrou, no primeiro semestre de 2010, o melhor resultado dos últimos nove anos. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta no volume de vendas foi de 11,5%. O destaque ficou por conta do setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e bebidas, cujo volume de vendas subiu 10,4% de janeiro a julho. De acordo com pesquisa encomendada pela Apras (Associação Paranaense de Supermercados) e realizada pela Nielsen, na análise do acumulado do primeiro semestre de 2010 versus 2009, a variação nominal de crescimento da Grande Curitiba foi de 10,8%, confirmando o desempenho divulgado pelo IBGE. E esse resultado positivo deve se repetir no segundo semestre. Varejistas e fornecedores já demonstram o otimismo com esse cenário em curto prazo. O aumento do poder aquisitivo da população, condições favoráveis para o ganho salarial do trabalhador e preços subindo de forma moderada, são fatores que devem influenciar o comportamento do comércio varejista até o final do ano. Para Paulo Ivasko, da rede de Supermercados Ivasko, de Irati, a força que vem impulsionando o varejo atualmente é a segurança que o consumidor possui no futuro e as facilidades de crédito. “Em um passado recente o mercado consumidor, como um todo, se fortaleceu com a melhora do poder de compra das pessoas atendidas pelos programas sociais do governo, criando a partir daí uma larga base para o crescimento da economia. Sabemos que as classes C e D são a maioria da população brasileira, e qualquer estímulo de consumo para esta fatia de consumidores já
representa um círculo virtuoso”, comenta. Para Eduardo Tubosaka, diretor comercial da Spaipa, outros fatores que deverão influenciar no cenário promissor do comércio varejista serão o aumento dos gastos do governo como a preparação das eleições, e o início das obras necessárias para a Copa do Mundo de Futebol em 2014. Mas Tubosaka acrescenta que o principal é “o crescente nível de confiança na economia de um modo geral”. Na visão de Mário Luiz Brognoli, gerente comercial do Café Damasco, esse otimismo com a economia brasileira é reflexo de como o país se comportou diante da crise econômica mundial. “Em minha opinião, o Brasil foi um dos países que menos sofreu com a crise mundial. Acredito que ela trouxe
“Quem estiver mais bem preparado conseguirá capturar maior fatia de faturamento. Nesse sentido fazer parcerias com os principais fornecedores da categoria pode ser uma boa opção para oferecer diferentes alternativas aos consumidores”.
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mais credibilidade a economia brasileira, pois, exceto alguns seguimentos que dependiam muito de exportações, de um modo geral, o país não foi abalado. Com isso, a economia em 2010 está madura, e o brasileiro está acreditando mais no país”, diz. Planejamento Apesar de todas as projeções positivas, tanto varejistas como indústrias enfatizam que o momento é de grande desafio, pois é preciso se preparar para aproveitar todo o potencial que o período oferece. E isso exige planejamento. De acordo com João Luiz de Lima Silva, gerente comercial da Rede Condor de Supermercados, esse planejamento passa pela área comercial, através de ações como, da negociação de preços e volumes – em especial dos produtos sazonais –, da melhora do mix apostando em novas tendências de consumo, e eliminação de rupturas nos centros de distribuição. Já na área operacional, Silva defende adequações como o treinamento do quadro de funcionários, preparação da área de vendas, manutenção preventiva de equipamentos e agilidade na reposição. “Também é
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necessário uma logística adequada e um marketing criativo”, pondera o gerente. No seu segmento em especial, Eduardo Tubosaka diz que o período exige preparação e disponibilidade de produtos por parte do varejista, fornecendo alternativas de conveniência para os consumidores, principalmente perto das festas de final de ano. “Nessa época, todos estão com pouco tempo e deixam tudo para a última hora. Quem estiver mais bem preparado conseguirá capturar maior fatia de faturamento. Nesse sentido, fazer parcerias com os principais fornecedores da categoria pode ser uma boa opção para oferecer diferentes alternativas aos consumidores”, analisa o diretor da Spaipa. Já Mário Brognoli entende que nesse momento o maior desafio do varejista será montar uma equipe de pessoas treinadas e motivadas. “Vejo que o varejista deve investir em capacitação e preparação de sua mão de obra”, afirma.
EVENTOS
Feiras regionais trazem bons negócios ao Oeste e Norte do Paraná Superoeste, que acontece em setembro, e a Supernorte, realizada em julho, fortalecem os mercados regionais
Com 100% do pavilhão ocupado desde a edição passada, a organização do evento acredita que, este ano, o número de visitantes pode chegar a 7 mil pessoas, quase 8% maior que em 2009, quando a feira recebeu 6,5 mil. A expectativa na realização de negócios está na ordem de R$ 60 milhões, já que o evento reúne fornecedores regionais e do Brasil, além de atacadistas, distribuidores e supermercadistas. De acordo com Walde Prochmann, diretor comercial da Apras, agora a entidade deve concentrar seus esforços em melhorar a qualidade do evento já que não é possível crescer a feira em área de exposição. “Reunir um público seleto e disposto a realizar excelentes negócios será nossa prioridade”, completa. Luciano Fabian, presidente da regional oeste da Apras, afirma que a expectativa é de crescimento de 10% a 15% na comercialização na feira em comparação com a edição do ano passado. Fabian destaca a importância do evento para a valorização das empresas regionais e a união do setor. Para o presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta, o evento é a oportunidade que o empresário supermercadista da região encontra
para ter acesso a produtos e serviços que devem agregar valor ao seu negócio. “Participar destas feiras é, sem dúvida, uma excelente ocasião para ampliar a rede de relacionamentos e contatos com a indústria e buscar parcerias que possam propiciar a satisfação plena de nossos consumidores”, finaliza. Além da feira, o evento apresenta uma programação de palestras com profissionais de destaque. Bernt Entschev, um dos principais headhunters do Brasil, tem presença confirmada para falar sobre a gestão de pessoas. Com a palestra “Como Gerenciar uma Equipe de Sucesso”, o especialista irá discorrer sobre o gerenciamento de pessoas a partir do entendimento da importância de um bom desenvolvimento profissional, o real funcionamento de uma empresa e o que ela espera de seus colaboradores, em contrapartida com o que pode ser oferecido a
eles. Bernt destaca os aspectos comportamentais mais significantes e também a fundamental importância do constante crescimento técnico e teórico. Aliado a isso, incrementa histórias de comprometimento com a empresa, respeito aos demais colaboradores e consideração aos superiores, destacando seus valores para a empresa. A exposição trata ainda de aspectos do mercado de trabalho, tipos de emprego, práticas e políticas empresariais, carreira típica, competências e habilidades desejadas, aumento da empregabilidade e técnicas de desenvolvimento. José Eduardo Nasser e Dante Quadros, os dois professores de pós-graduação na FGV/SP e FAE Centro Universitário, respectivamente, vão apresentar a palestra “Endobranding: a Qualidade do Serviço Interno que gera a Lealdade do Cliente Externo”, numa grande aula que abordará temas como a cadeia de
lealdade e lucro, dados sobre as expectativas dos empregados, motivos para o cliente deixar de comprar em sua loja, como elevar o nível de fidelidade dos funcionários, além de exemplos de empresas que trabalham muito bem com as premissas expostas anteriormente. Para fechar a palestra, o sistema de percepção das pessoas e como gerenciar uma experiência global de consumo. O Apras Mulher, braço de responsabilidade social da entidade, estende por mais um ano sua atuação até a cidade de Cascavel para arrecadar, junto aos expositores, os produtos das vitrines da feira, que serão doados para a APAE Cascavel e a Fraternidade Missionária O Caminho. Destinadas, respectivamente, a pessoas com deficiências intelectuais e múltiplas, e a moradores de rua e dependentes químicos, estas organizações precisam do apoio da sociedade para manter suas atividades. Se agora a vez é do oeste, em julho foi do norte do Estado. A 16ª edição da Supernorte foi realizada com sucesso de negócios e público nos dias 18, 19 e 20 de julho, no Centro de Exposições e Eventos de Londrina. O número de visitantes em três dias de feira foi superior a sete mil pessoas e os negócios fecharam na casa dos R$ 60 milhões. O presidente da Apras reafirma a importância do fortalecimento regional e ampliação da entidade no interior do Estado. “Nossas feiras regionais devem continuar crescendo para fortalecer as empresas locais”, analisa Zonta. De acordo com Walde Prochmann, a feira só não pode crescer mais em área de exposição porque 100% do pavilhão já está ocupado. “Em 2010, nossas metas concentram-se em promover a geração de negócios”, completa. Bernt Entschev, que irá repetir a dose na Superoeste, realizou uma palestra sobre gestão de pessoas, disseminando no mercado regional a importância deste aspecto do negócio. O palestrante do segundo dia de convenção, José Alfredo Lievore, teve uma participação de destaque com a palestra “Estratégia de Marketing e Vendas para um Varejo de Sucesso”, ele falou sobre aspectos essenciais para o sucesso de uma empresa supermercadista: a correta indicação dos preços nas prateleiras, a disponibilidade constante dos produtos e a liderança dos gerentes. O Apras Mulher beneficiou a Associação de Pais e Amigos de Portadores de Síndrome de Down, a APSDown, e a Toca de Assis, ambas de Londrina.
Serviço 17ª Superoeste - Feira e Convenção Regional de Supermercados Local: Centro de Convenções e Eventos de Cascavel Av. Rocha Pombo, 987 Data: 19, 20 e 21 de setembro de 2010 Informações: 41 3263-7000 - 45 3223-9995
Responsabilidade social
Apae Cascavel e O Caminho recebem doações da Superoeste Mais duas entidades serão beneficiadas pela ação do projeto Apras Mulher, braço de responsabilidade social da Apras (Associação Paranaense de Supermercados), na 17ª Superoeste – Feira e Convenção Regional de Supermercados, que acontece de 19 a 21 de setembro de 2010: a Fraternidade Missionária O Caminho e a APAE Cascavel (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Cascavel). Direcionadas, respectivamente, a moradores de rua e dependentes químicos, e a pessoas com deficiência intelectual e múltiplas, estas organizações sem fins lucrativos irão receber os produtos expostos nas vitrines da feira, doados pelos expositores a partir da mobilização feita pelos voluntários do Apras Mulher. Pela natureza destas instituições – entidades formadas pela sociedade civil em benefício da comunidade em geral – a contribuição empresarial é essencial para sua manutenção. A entidade O Caminho mantém três casas para atender moradores de rua dos sexos masculino e feminino, e dependentes químicos. Uma casa tem capacidade para atender 30 pessoas por dia (homens), com alimentação completa e abrigo, outra mais 20 pessoas (mulheres) e a terceira faz um trabalho de recuperação de dependentes, podendo atender diariamente 20 pessoas. O trabalho de acolhimento tem o objetivo de resgatar a dignidade humana, orientando os moradores de rua para o fortalecimento de valores. O trabalho de recuperação de pessoas com dependência química segue um programa de 12 passos, no qual os participantes são orientados a lidar com problemas atuais e do passado, buscando uma nova conduta e harmonia de vida. “Para cumprir nossa missão contamos com a ajuda das pessoas por meio de doações. O mais curioso é que a maioria dos doadores é de origem humilde”, conta o irmão João Maria do Crucificado, que coordena uma das casas. Já a APAE Cascavel atua por meio da assistência integral à pessoa com deficiência intelectual e múltipla. Beneficia aproximadamente 480 alunos em diversas áreas de conhecimento e em diferentes fases de suas vidas, que vão desde a educação infantil, ensino fundamental, ensino profissionalizante, artes, saúde e assistência social. Filiada à Federação Nacional das APAEs, e à Federação Paranaense das APAEs, a APAE de Cascavel faz parte do maior movimento do mundo em prol da pessoa com deficiência
intelectual e múltiplas. O “movimento Apaeano”, como é chamado, é formado por uma rede organizacional composta pela Federação Nacional, 21 Federações nos Estados, 187 Delegacias Regionais e cerca de 2 mil APAEs espalhadas por todo o território nacional. As atividades realizadas pela APAE de Cascavel são custeadas por meio de contribuição de sócios, doações diversas, promoção de campanhas e eventos, arrecadações pelo serviço de telemarketing, comercialização de produtos, prestação de serviços e por parcerias de auxílio e cooperação técnica estabelecidas com órgãos governamentais. Apesar da mobilização por recursos, a entidade apresenta necessidades contínuas. Entre elas: materiais didáticos, de expediente, higiene e limpeza, alimentos, entre outros.
Serviço Fraternidade Missionária O Caminho Rua Panaguai, 901 – Alto Alegre 45-3326-7924 santoantonio@ocaminho.org.br APAE Cascavel Rua Manaus, 3990 – Tropical 45-3036-4241 cascavel@apaebrasil.org.br
ÍNDICE DE VENDAS
Perecíveis e mercearia foram as cestas que mais contribuíram com o crescimento Na análise do acumulado 2010 versus 2009 (entre 4 de janeiro e 18 de julho), a Grande Curitiba teve um crescimento nominal de 10,1%, mantendo-se alinhada com a média Brasil, que teve um crescimento de 10,0%. Considerando a inflação de 4,55% no período, o crescimento real foi de, respectivamente, 5,3% e 5,2%. Perecíveis e mercearia foram as cestas de maior contribuição para o crescimento na Grande Curitiba e Brasil.
geral, sendo bebês (puericultura) e brinquedos as duas famílias com melhor desempenho. Eletrônicos foi a cesta de maior impacto nos resultados de Curitiba, com uma queda de -26,4% e no Brasil com uma queda de -17,9%. Metodologia utilizada
No comparativo do período 7 (avaliado entre os dias 21 de junho e 18 de julho) em relação ao período anterior (avaliado entre os dias 24 de maio e 20 de junho), as vendas do setor de autosserviço na Grande Curitiba teve uma retração nominal de -5,9%, queda mais intensa que a da média Brasil, que sofreu uma retração de -3,0%.Na Grande Curitiba, as únicas cestas com crescimento foram perfumaria, sendo cosmética e cuidados pessoais as duas famílias de maior crescimento, e mercadoria
A metodologia utilizada para coleta dos dados pela Nielsen é chamada scantrack e realiza a captura semanal de dados provenientes dos caixas de supermercados colaboradores (leitores ópticos do autosserviço). Ela possibilita uma análise detalhada das categorias de produtos, semana a semana. O ano scantrack é dividido em 13 períodos de quatro semanas cada. Isso significa que, na grande maioria das vezes, as informações não são referentes ao mês fechado.
Curitiba Variações Período de Análise – 29/03 a 25/04
Brasil
Variação Nominal
Variação Real** (IPCA / IBGE)
Variação Nominal
Variação Real** (IPCA / IBGE)
PERÍODO 7 x PERÍODO 6
-5,9%
-5,9%
-3,0
PERÍODO 7 x MESMO PERÍODO DE 2009
6,0%
1,4%
-3,0 8,7%
4,0%
ACUMULADO 2010 versus 2009
10,1%
5,3%
10,0%
5,2%
* Números de Curitiba e Região Metropolitana com amostragem concentrada nas grandes redes. A partir de 2011, será contabilizado também o interior do Paraná. **Real – deflacionado desde janeiro de 2001 pelo IPCA do IBGE
Importância 21/06/2010 a 18/07/2010
Curitiba
Interior do Paraná
Variação em relação ao período anterior (03x04)
Variação em Relação ao Período 01/2010
10,1%
-5,9%
6,0%
-4,8%
31,1%
7,9%
-3,8%
1,6%
23,5%
21,6%
9,9%
-3,6%
10,3%
8,3%
9,5%
16,6%
Bebidas
10,1%
10,6%
9,9%
Perfumaria
7,7%
8,2%
Limpeza
5,8%
Textil
Variação período anterior (06x07)
Variação mesmo período do ano anterior (07/09x07/10)
-7,65%
10,0%
-3,0%
8,7%
-2,6%
-4,57%
7,0%
-1,4%
3,7%
7,1%
-2,7%
2,35%
9,8%
-1,1%
11,6%
-26,4%
0,8%
-26,7%
-13,00%
15,0%
-17,9%
6,6%
9,7%
-0,3%
16,6%
1,2
-17,49%
13,8%
-2,0%
17,8%
7,9%
13,2%
3,0%
12,9%
2,0%
-5,91%
9,2%
2,7%
10,0%
5,8%
5,5%
13,1%
-1,3%
11,9%
-0,8%
-18,36%
10,8%
-0,2%
11,1%
4,2%
3,2%
3,9%
5,8%
-13,7%
-1,9%
-15,5%
-35,50%
10,8%
-12,3%
4,6%
Mercadoria Geral
4,2%
3,4%
10,2%
7,4%
3,2%
10,3%
-0,8%
-7,58%
11,8%
3,3%
10,2%
Casa
3,7%
3,5%
11,6%
7,7%
-1,7%
7,7%
0,0
7,79%
7,7%
0,4%
11,6%
Outros
0,5%
1,9%
1,3%
14,4%
-1,4%
6,3%
-7,3%
-15,36%
27,2%
1,0%
34,8%
Consumo local
0,2%
0,1%
0,2%
13,5%
-2,3%
2,1%
12,6%
-14,83%
10,3%
0,5%
156,6%
Brasil
VENDAS TOTAIS
100%
100%
100%
Perecíveis (frescos)
31,1%
30,9%
Mercearia
21,7%
Eletrônicos
Variação período anterior (06x07)
Variação com Período 01/2010
Variação acumulado anterior (2010x2009)
Curitiba
Interior Paraná
Período 04 29/03/2010 a 25/04/2010
Brasil
*Números de Curitiba e Região Metropolitana com amostragem concentrada nas grandes redes. A partir de 2011, será contabilizado também o acumulado no interior do Paraná. - **Total Store – Performance Geral (fonte: dados scanning das cadeias colaboradoras com 5 ou mais checkouts)
Design no PDV
Zeh Henrique Rodrigues é designer gráfico, especialista em marketing e diretor da Brainbox Design Estratégico, empresa especializada em branding, embalagem e design para varejo e PDV. É também professor da Academia Empresarial Apras.
Os paradigmas do varejo Parte 3 Nas últimas duas edições, falei sobre dois paradigmas importantes para supermercadistas: síndrome de depósito e excesso de cartazes. A bola da vez é o “bom atendimento” prestado pelos varejistas. Em minhas aulas de design e comunicação visual na Academia Empresarial Apras, pergunto aos alunos (todos eles supermercadistas) qual o grande diferencial de suas empresas. A resposta é uníssona: atendimento. Tem sido assim há mais de cinco anos. O que me espanta é como alguém vai se diferenciar da concorrência se o discurso é o mesmo? Onde está o posicionamento único? Esse discurso virou lugarcomum. Mas, à medida que começo uma investigação mais profunda, percebo que o dito “bom atendimento” não é tão bom assim.
Façamos um checklist básico: • Seu estabelecimento oferece seguro para os veículos dos clientes no estacionamento? Existe alguém orientando o fluxo de carros? • Para acessar seu banheiro é preciso pegar chave? Os sanitários ficam próximos ao acesso principal? São limpos, arejados e bem sinalizados? • Como estão expostos baldes, isopores e latões de lixo? Bem no alto das gôndolas? • Quando chove, há goteiras? • Você oferece alguma distração no momento das filas? • Existem áreas de descanso no interior da loja? • Seu estabelecimento possui fraldário e espaço para amamentação? • Possui auxílio especial para idosos? Estes são apenas alguns itens para que possamos medir o índice de bom atendimento. Existe uma concepção antiga que atender bem é simplesmente sorrir, cumprimentar o cliente e conduzí-lo ao corredor que procura. Olha o paradigma em ação. Isso é fácil de fazer e todos fazem. Vimos no checklist acima que o nível de atendimento que os consumidores esperam dos varejistas é muito mais complexo. Os supermercadistas precisam se especializar em marketing de serviço e inovar constantemente para que seus clientes percebam o valor disso. O posicionamento de uma empresa deve ser forte, inovador, único. Caso sua empresa queira focar em atendimento como essência da sua marca, pense duas vezes. Você vai ter que criar um envolvimento racional e emocional com seus clientes, muito maior e mais abrangente do que qualquer supermercado faz hoje. Na próxima edição, falarei mais de posicionamento e como os paradigmas também agem sobre ele. Até lá.
artigo
*Andréa Luy é psicóloga formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), pósgraduada em Gestão de Pessoas pela Faculdade Estudos Sociais do Paraná (Fesp) e em Gestão Estratégica do Varejo pela USP/Provar. É gerente de treinamentos da Academia Empresarial Apras.
O novo consumidor da Terceira Idade Estamos diante de um aumento significativo da população idosa. A Europa já vive esta experiência há bastante tempo. No Brasil, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do brasileiro aumentou em três anos na última década, passando de 69 para 72 anos. O grupo de pessoas com mais de 60 anos foi o que mais cresceu no país, enquanto a população jovem encontra-se em processo de desaceleração. Para avaliar este consumidor que veio para ficar, primeiramente é necessário levantar qual é o perfil do idoso desta última década. Ele sempre foi conhecido como alguém dependente e, no entanto, são eles os responsáveis pela manutenção de 25% dos lares brasileiros, participando diretamente da compra da família atualmente. Em sua grande maioria, possuem uma renda ou aposentadoria, fruto do seu trabalho de mais de 30 anos. Outra característica a ser levada em consideração é a forma como faz suas compras, sendo conhecido como um “cliente difícil”. Aquele que chega quando a loja abre, bem cedinho e no horário que a área de exposição não está totalmente pronta para o atendimento. Um cliente que não vai somente comprar produtos, mas que também quer tempo e dedicação do atendente. Nisto, percebe-se logo uma grande dificuldade do setor: a falta de comunicação do funcionário da loja para compreender este cliente e entender suas necessidades. Eles são o tipo que gosta de ouvir “bom dia” e fazem muitas perguntas. Atualmente, a oferta de mercadorias nas gôndolas é grande e isto traz muitas dúvidas a este público. Os jovens, em sua maioria, compram rapidamente, sem muitas pesquisas e, recentemente, aumentaram consideravelmente as compras pela Internet. Já o idoso tem tempo para fazer as compras, sai em busca de ofertas e pesquisa muito antes de comprar. Mais uma dificuldade pode ser analisada neste momento: grande
Revista SUPERMIX
parte dos colaboradores responde perguntas, mas não são devidamente comunicativos nem têm paciência suficiente para dar atenção que eles gostariam. Isto é um grave problema no atendimento, pois a venda verbal ainda é muito importante para a terceira idade, já que a chance de ser substituída pela venda online é muito pequena. O idoso também é lembrado como aquele que compra pouco e o mercado de consumo tem definido como consumista o público jovem. Com isto, surge a seguinte pergunta: as empresas estão preparadas para atender este novo consumidor da terceira idade? Ao contrário do que se imagina é um público que continua no mercado de trabalho, tendo uma atividade remunerada e por isto continua sendo um bom consumidor. Aliás, muito bom consumidor, pois planeja seus gastos e procura não estar em débito com as empresas. Outra característica deste consumidor é o caráter fortíssimo, tornando-o um grande formador de opinião. Possui senso crítico e defende sua opinião com força, sendo resistente a mudanças. Não aceita que o tempo e a forma de vida da
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sociedade pós-moderna mudem seus valores, facilmente identificados no seu comportamento como consumidor. Precisamos entendê-los. Temos, então, um novo consumidor? Sim, um novo cliente, que apesar de manter seus valores, hoje conhece seus direitos, está bem informado e tem uma opinião forte sobre assuntos pertinentes a sociedade. Pessoas que trazem consigo a sabedoria que o tempo de vida lhe proporcionou. A nós, cabe aprender com eles e boas vendas!
“O público da terceira idade é um grande formador de opinião. Possui senso crítico e defende sua opinião com força, sendo resistente a mudanças. Não aceita que o tempo e a forma de vida da sociedade pós-moderna mudem seus valores, facilmente identificados no seu comportamento como consumidor”
artigo
Bernt Entschev é fundador e presidente do Grupo De Bernt, colunista na Gazeta do Povo, Revista Supermix e La Nación, comentarista nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock e autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos.
Aposentei-me, e agora? Hoje escrevo especialmente para uma classe muito importante. Aqueles que trabalharam e nos favoreceram (direta ou indiretamente) durante anos e anos: os aposentados. Afinal de contas, hoje falo para eles, mas pode servir amanhã para mim mesmo e para vocês que ainda são jovens. Aliás, aposentadoria, essa palavra que muitas vezes parece distante de nossa realidade e rotina tão atribuladas, na verdade é o ponto de chegada da maioria dos brasileiros. Mesmo porque, quem nunca pensou no dia em que não precisará mais acordar cedo para trabalhar, ou que não necessitará esperar as férias chegarem para fazer as viagens que “surgirem na telha”? Porém, aposentadoria é alguma coisa muito mais complexa do que simplesmente pendurar as chuteiras, e muito mais simples do que um planejamento estratégico de carreira. A primeira reflexão que proponho é: o que você gostaria de fazer quando a lei permitir que você fique em casa descansando, sendo respaldado financeiramente? Sei que
muitas pessoas responderão que vão fazer tudo que não puderam fazer durante toda a vida, por causa da falta de tempo. Mas as coisas não são tão simples assim. Primeiramente, digo que para fazer tudo que não fizemos durante toda a vida, precisamos estar bem estruturados financeiramente. Ou seja, há que se planejar para dar conta de se manter sozinho até o fim da vida, e ainda sobrar capital suficiente para realizar nossos sonhos (os possíveis de se comprar). Essa é a primeira questão e talvez a mais relevante, afinal, a maioria dos brasileiros acaba se tornando dependente de outras pessoas (filhos, parentes, amigos), quando chegam à terceira idade. Entretanto, este não é o modelo ideal, e tão pouco o que almeja a maioria deles. Mas não estou aqui hoje para falar sobre planejamento financeiro para aposentados. E sim, sobre plano de vida (profissional) para essa categoria. Muitas destas pessoas se sentem num profundo vazio quando se aposentam.
Isso normalmente acontece em virtude da vida atribulada que levaram durante tanto tempo, obedecendo a horários, correndo atrás de números, tentando atingir metas, entre outras coisas. De repente, veem-se numa apatia tão grande que nem mesmo sabem o que fazer com tanto tempo livre. Alguns se tornam deprimidos, com uma sensação de inutilidade. Vez ou outra acham um refúgio em bebidas e jogos. Outros buscam algo prazeroso para fazer e, quem sabe, até o transformam em algo rentável. Outro dia, um cliente comentou que chegou à conclusão que ele não irá parar de trabalhar. Não por enquanto. Ele está no auge de sua carreira, presidindo uma importante organização e não acha justo parar quando, finalmente, alcançou seu principal objetivo profissional. Estabeleceu mais um tempo em que se dedicará à empresa e só depois se aposentará oficialmente. Mas também há pessoas que preferem deixar de ser empregados para se tornarem empresários. Outros, ainda, dedicam-se a causas sociais, como voluntariado em hospitais. Alguns preferem colocar em prática habilidades não exploradas anteriormente. Independente de qual a decisão de cada um, o importante é estar preparado psicologicamente para uma mudança brusca de rotina. E, principalmente, estar bem estruturado para encarar com tranquilidade a fase da vida em que deveríamos apenas colher os louros do que plantamos durante toda uma vida. Exatamente por isso, meu conselho de hoje é: aproveite enquanto você está ativo para definir o fim da sua vida. Até mesmo porque, para muitos, o que chamamos de terceira idade é, na verdade, a melhor época da vida, pois já possuímos experiência e vivência suficientes para sabermos o que é bom para nós mesmos. Para quem goza de boa saúde, é fundamental aproveitar esta etapa para, de fato, realizar todas as vontades que passou durante a vida. E, para que isso aconteça, a saúde mental é muito importante. E, convenhamos, para garantir esse bem-estar, é essencial que tudo na vida esteja na mais perfeita ordem. Se você está próximo de se aposentar, procure alguém que possa ajudá-lo(a) com um planejamento adequado. Isso garantirá o deleite de uma vida mais serena e transformará sua terceira idade em melhor idade.
Suporte Jurídico
Promotor de Justiça fala sobre o problema da rastreabilidade no Estado A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor vem trabalhando em conjunto com órgãos sanitários e de fiscalização para verificar a qualidade das frutas, verduras e legumes (FLV) comercializados no Paraná. Em um primeiro momento, as próximas ações a serem iniciadas irão focar distribuidores, supermercados e produtos que entram no Paraná advindos de outras regiões produtoras. A ideia é cobrar a rastreabilidade dos produtos que são ofertados aos consumidores. No início de agosto, uma comissão formada por agentes das vigilâncias sanitárias do Paraná e de Curitiba, Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (SEAB), Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) e Ministério Público visitou o Ceasa (Centrais de Abastecimento do Paraná) de Curitiba. A partir dessa, visita foi elaborado um relatório circunstanciado, e com base nele, definidas as estratégias de ação da Promotoria. O promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, Maximiliano Deliberador, falou com exclusividade a revisa Supermix sobre o tema. Como o Ministério Público analisa a questão da qualidade dos produtos ofertados nos supermercados, em especial FVL?
( Eu não tenho como saber, pois a contaminação não pode ser vista ou sentida. O efeito do agrotóxico é cumulativo no organismo ao longo dos anos. Quem me passa essas informações é a análise de laboratório. E a análise do PARA (Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos), da Anvisa deixa todos preocupados quando vemos algumas culturas com excesso de agrotóxicos ou produtos que não são permitidos. Isso sim me deixa preocupado: não é o produto que vejo nos supermercados, mas o resultado destas análises de alguns produtos que estão sendo vendidos.) Como o órgão entende a
participação do supermercadista nesse processo? E dos produtores? E dos atacadistas? E do Governo? E da indústria de agrotóxicos?
(Na verdade ela é compartilhada, e até o código do consumidor fala em responsabilidade solidária. Não deve ser diferente porque quem fabrica o agrotóxico tem sua parcela no processo. Nós temos produtos que não podem ser aplicados nas lavouras fora do país, mas que no Brasil são usados. Será que quem vende estes produtos tem a preocupação com o receituário correto, tem um técnico dentro do estabelecimento que vai impedir a venda irregular, ou só quer vender o veneno? Tenho preocupação com o produtor que está pouco se importando com o consumidor final. Ele não quer ter quebra na safra e aplica o produto que não é para a
lavoura ou então é clandestino. Eu tenho preocupação com o Ceasa, pois será que ele atende o controle sanitário do estabelecimento, se preocupa em combater aquele que faz a venda irregular no local, ou só quer fazer volume de venda? E o supermercado, só se preocupa em vender o produto que chega para ele, ou está preocupado com o consumidor e exige a rastreabilidade desse produto, impedindo que os não identificados não entrem no estabelecimento? Pois o prejudicado
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Revista SUPERMIX
no final será o consumidor, aquele que a promotoria vai ter que defender. É ele que terá o agrotóxico acumulado no organismo ao longo do tempo. Quem vai sofrer de câncer é o consumidor. E aí, o dono do supermercado também é consumidor, o responsável pelo Ceasa é consumidor, o dono da multinacional e o produtor também são consumidores. Então, minha preocupação é com todos e a parcela de culpa é dividida, pois se tem alguém que vende é porque tem alguém que compra.) A responsabilidade civil e criminal também deve ser dividida?
( Cada um responde por um crime específico. A responsabilidade civil é solidária, é de toda a cadeia. Mas a criminal é específica. A lei declara o seguinte: impróprio para o consumo é todo o produto que é entregue ao consumidor danificado, fraudado, estragado, nocivo à saúde ou à vida; e em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição e armazenamento. Nessa cadeia do crime, podem ser responsabilizados o Ceasa e o mercado. No crime do agrotóxico, quem fez a venda irregular, aplicação ilegal, ou aquele que eventualmente falsificou o receituário. Há duas situações distintas: o crime contra o consumidor e o crime contra o meio ambiente. Mas no civil, a responsabilidade é solidária e objetiva, ou seja, independe de demonstração de culpa.) Que medidas já foram tomadas no Paraná para tentar minimizar ou resolver esses problemas?
( Há cerca de 30 dias, a SEAB implantou uma mudança na prescrição de agrotóxicos no Paraná. Um sistema faz o cruzamento de dados de quem vendeu o produto, se é indicado para a época, quem é responsável por assinar e qual o volume. Outro trabalho que estamos
começando, em parceira com a Promotoria de Defesa do Consumidor e Meio Ambiente e outros órgãos, visa buscar a solução para o problema. Nós temos o PARA, que nos dá uma idéia do que está errado. Por isso, vamos basear o trabalho na distribuição do produto, seja no Ceasa ou em outros pontos como supermercados e barreiras sanitárias. Pois de nada adianta fiscalizar o mercado distribuidor do Paraná e não fiscalizar o que vem de fora do estado. Será um trabalho, no primeiro momento, em três frentes: barreiras sanitárias, supermercados e pontos de distribuição. A ideia é buscar a rastreabilidade, pois a partir do momento que se começa a rastrear o alimento, o produtor vai ter o cuidado de não atrelar seu nome ao produto irregular, pois ele será facilmente identificado. Se eu exigir a rastreabilidade de todos da cadeia (distribuição e produção) o índice de contaminação de agrotóxicos tende a diminuir. Temos consciência que não vamos atingir o ideal, mas temos que trabalhar com uma frente, e essa frente é a menos difícil nesse momento. Se eu exigir, por exemplo, do supermercado que compre apenas produtos rastreados, ele não terá produtos suficientes para comprar. Mas, em um segundo momento, quando o produtor ver que não terá quem compre, ele trabalhará com a rastreabilidade, ou será forçado a trabalhar. O mesmo vai acontecer com o Ceasa e com a distribuição. ) Existe vontade política ou até prioridade para resolver esse problema?
( Por parte do Ministério Público existe, porque não somos um órgão político. Se houver interferência política, o Ministério irá cobrar. Eu até tenho receio que nesse período eleitoral possamos ter algum tipo dificuldade.
Mas o Ministério Público está aí para fazer a defesa da sociedade em todos os momentos, sejam políticos ou não. Se o MP verificar “corpo mole” de algum órgão, irá responsabilizar o órgão. Nós não podemos conceber que algo desse tipo ocorra, principalmente quando se trata de vida humana.) O Ministério Público vem acompanhando esse assunto em outros estados?
( É um trabalho que estamos começando agora no Paraná. Eu não tive a oportunidade de ver nos outros estados como isso está sendo feito. Acho que como Promotoria, que atua em Curitiba, e o Centro de Apoio, em todo o Paraná, nossa preocupação é com o consumidor do Estado. É claro que se essa medida for salutar no Paraná, não tenho dúvidas que outros estados irão se espelhar para agir também.) Existem ações ou medidas positivas que podem ser citadas como exemplo?
( A única coisa que estou vendo de fora é mesmo o PARA, do Governo Federal, e foi isso que abriu os olhos do Ministério Público para o problema.)
INSTITUCIONAL
O lado financeiro da Apras Entenda o que é uma organização sem fins lucrativos Segundo o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), “associação” é uma entidade de direito privado, dotada de personalidade jurídica e caracterizada pelo agrupamento de pessoas para a realização e consecução de objetivos e ideais comuns, sem finalidade lucrativa, ou seja, uma organização sem o objetivo de acúmulo de capital para o lucro dos seus diretores e sim para ser reinvestido em estrutura da própria pessoa jurídica. A Apras (Associação Paranaense de Supermercados) é uma associação sem fins lucrativos, criada com o objetivo de fomentar o setor supermercadista no Paraná. Como uma entidade criada para representar o segmento, com receita gerada revertida nesta missão e cumprimento de requisitos legais de
demonstração financeira, a associação atua de forma ativa para gerar receitas que fortaleçam o setor. A transparência acompanha a atuação da Apras: bimestralmente, as contas da associação são analisadas pela diretoria e Conselho Fiscal da entidade. A contabilidade é feita por uma empresa externa e, uma vez por ano, elas são submetidas a uma auditoria independente. Posteriormente, o recurso do exercício do ano anterior é apresentado à Assembleia dos Associados para aprovação final. A Assembleia é aberta a todos os mais de 700 associados. Tanto a Prefeitura de Curitiba como o Governo do Estado realizam fiscalização na associação, como acontece com pessoas jurídicas. As principais fontes de recursos da associação são os eventos e jantares (80%), mensalidades (15%), revista e outras receitas (5%). Segundo
Valmor Rovaris, superintendente da Apras, para se manter e ser um símbolo de representatividade no setor supermercadista, a mobilização dos empresários tem papel fundamental. “O trabalho realizado junto ao setor viabiliza a existência da entidade, essencial para a defesa e crescimento supermercadista fazendo com que as feiras e eventos tenham uma importante composição no total dos recursos levantados”, afirma. Para Walde Prochmann, diretor comercial da entidade, o desafio está em procurar novas fontes de recursos para poder investir em melhorias constantes para a associação. “Recentemente, formatamos um plano de marketing que apresenta estratégias para implantarmos novos produtos e serviços capazes de angariar outras fontes de recursos para a Apras e já estamos preparando ações para alcançarmos mais esta meta”, conclui.
ACADEMIA EMPRESARIAL APRAS
Nesta edição: problemas de comunicação? Veja como a educação corporativa pode ajudar Isto acontece na sua loja? • • • • • • • • • •
Têm conhecimento sobre os produtos, mas não transmitem bem as informações aos clientes; Têm dificuldade de conversar com os clientes tranquilamente; Ficam inseguros se questionados sobre algo que não sabem; Não dominam o contato com a diversidade de estilos das pessoas; Falam com os clientes com ansiedade, timidez ou desinteresse; Atendem ao telefone sem postura boa de voz e padrão de condução da conversa; Expressam-se com voz muito alta ou muito baixa; Não transmitem claramente o trabalho que fazem, mesmo que tenha sido realizado com correção; Ficam ansiosos ao serem abordados por um superior; São muito calados.
Como a Academia Apras pode te ajudar Formação Básica - Curso de Técnicas de Comunicação Entre os diversos cursos que a Academia Empresarial Apras oferece nas diversas linhas (formação básica, formação específica, gestão, alta gestão e sob medida) está o de Técnicas de Comunicação, na formação básica. O curso é destinado a estimular o aprendizado do atendimento direcionado e personalizado, buscando responder o questionamento do cliente sobre os produtos e a forma de trabalho utilizada pela empresa. Ministrado em apenas oito horas, o curso apresenta ao aluno aspectos essenciais para o bom atendimento ao cliente: comunicação com clientes – verbal e não verbal; postura; slogan; atendimento e comunicação ao telefone; estilos de clientes; excelência no atendimento; objetivos da empresa; marketing pessoal; comunicação correta com vários tipos de público; comunicação com clientes especiais (crianças, idosos, deficientes, grávidas) e exercícios de comunicação.
A influência da gestão de categorias na formação do preço de venda A Academia Empresarial Apras teve o privilégio de receber seus associados nos dias 15 de julho, em Ponta Grossa; 29 de julho, em Curitiba; e 26 de agosto, em Guarapuava, para uma palestra com o professor e empresário Lauro Júnior Bueno, sócio diretor da TRIER Consultoria. A palestra teve o objetivo de fornecer ao empresário maior segurança na formação do preço de vendas. O palestrante falou da classificação e análise das categorias de produtos, a aplicação tributária da formação do preço de venda e margem de lucro.
A nova revolução industrial - Resolvendo conflitos entre indústria e varejo
Tivemos o prazer de receber o empresário Miguel Abuhab, fundador da Datasul – que se tornou a maior empresa de softwares de ERP do Brasil – e atual presidente da Neogrid. Miguel esteve em Londrina no dia 27 de julho e em Curitiba no dia 19 de agosto. Muitos diretores e empresários puderam ouvi-lo falar sobre os mandamentos da nova revolução industrial, entre eles, como potencializar o ganho sem aumentar o espaço na prateleira. A Apras agradece ao empresário pela contribuição e por nos trazer estas preciosas informações.
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Etiqueta Corporativa com Adriane Werner para o Litoral
Centro de Ensino Superior de Dracena (SP), perito financeiro, consultor em contabilidade gerencial e financeiro da Jaworski Consultoria, além de coordenador de Expansão da Jaworski Consultoria filial Santa Catarina e vice-presidente da câmara setorial de consultores de São José dos Pinhais. Participaram supermercadistas associados e não associados, visitados pelo Fábio, do Associe-se.
Gestão de Empresas Familiares
Dia 25 de agosto, Adriane Werner, empresária e professora da Academia Empresarial Apras, ministrou em Guaratuba a palestra de “Etiqueta Corporativa”. Tivemos mais uma vez o apoio do ISEP – Instituto Superior de Ensino e Pesquisa de Extensão – na pessoa de seu diretor, Luiz Antonio Emichliszyn Filho, e da gestora Tânia Regina Kohnlleleini. Estavam presentes aproximadamente 140 alunos. Os supermercadistas do litoral têm buscado manter seus colaboradores informados. Parabéns pela participação de todos e obrigada professora Adriane por seu auxílio. Os alunos ficaram muito felizes com sua presença.
Ana Liz, empresária e professora da Academia Empresarial Apras, ministrou uma palestra no dia 10 de agosto na cidade de Bandeirantes, abordando a existência de conflitos, decisões emocionais, falta de planejamento, dificuldade de escolher um sucessor e dicas de como separar os negócios da empresa com o relacionamento familiar. Estiveram presentes 35 empresários.
Registro Eletrônico de Ponto
Administração de Capital de Giro – A Teoria na Prática
A regional Apras em Cascavel promoveu, no dia 14 de julho, em sua sede, uma palestra sobre ponto eletrônico ministrada por Edilson Mesquita, profissional que discorreu a respeito da portaria nº 1510 do Ministério do Trabalho.
Cursos de Gestão:
A atuação da Apras tem se expandido para a cidade de Foz do Iguaçu, com o apoio da regional Cascavel. Nos dias 10 e 11 de agosto, respectivamente, as cidades receberam a palestra “Administração de Capital de Giro – A Teoria na Prática”, com Pedro Henrique de Almeida, da Jaworski Consultoria. Ele é Bacharel em Ciências Contábeis pelo
Nova turma em Curitiba: Gestão Técnico-operacional de Loja A sede da Apras em Curitiba deu início, no dia 19 de agosto, com 30 alunos, a segunda turma do curso de Gestão Técnico-operacional de Loja. Esse curso tem como proposta o desenvolvimento generalista técnico-operacional dos líderes, encarregados de setor, trainees que atuam no varejo
e nas seguintes áreas de gestão: operacional, comercial, administrativo-financeira, perecíveis, frente de caixa e gestão de pessoas, capacitando-os operacionalmente para trabalhar diretamente com o gerente e empresário de forma efetiva.
Registro Eletrônico de Ponto
A regional Apras em Cascavel promoveu, no dia 14 de julho, em sua sede, uma palestra sobre ponto eletrônico ministrada por Edilson Mesquita, profissional que discorreu a respeito da portaria nº 1510 do Ministério do Trabalho.
Formação Gerencial no Varejo A turma 34 (Curitiba) dará início ao curso no dia 15 de setembro. O curso também está pronto para iniciar suas atividades em Foz do Iguaçu e Pato Branco, basta você se inscrever.
Gostaria de ter o curso de Formação Gerencial no Varejo também em sua cidade? Entre em contato com a regional Apras mais próxima de você.
Gestão de RH: Legislação Trabalhista e Cálculos Foi dado início à primeira turma do curso de Gestão Trabalhista em Curitiba. Um novo curso de criado pela Apras que chamou bastante a atenção dos associados. Os professores Carlos Gelenski Neto e João Matias Lock são dois grandes profissionais nas áreas de Direito Trabalhista e Contabilidade. O curso está sendo trabalhado em dois módulos: Legislação Teórica e Aplicada e Cálculos. As
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aulas devem encerrar ao final de setembro e novas turmas deverão ser abertas. Ligue e reserve vagas para a nova turma. Este curso se estende por todo o estado, procure a regional mais próxima e se inscreva.
Cursos de Formação Específica: Técnico-operacional em Carnes A Academia Empresarial Apras, em parceria com a Associação Paranaense de Suinocultores (APS), promoveu o curso “Prático de Cortes de Carne Suína” nos dias 26 e 31 de agosto. O curso tem como objetivo ensinar auxiliares de açougue e trainees do setor de perecíveis em geral a trabalhar com a carne suína de forma a realizar os cortes com qualidade e aumentar as vendas do produto em loja. O curso, com carga horária de 16 horas, aconteceu no laboratório do Mercado Municipal de Curitiba. A Apras tem o objetivo de treinar quem não conhece o setor de carnes com turmas sob medida. Procure a regional mais próxima da sua cidade.
Formação específica em Carnes na cidade de Foz do Iguaçu
Técnico-operacional em Padaria e Confeitaria A Apras está buscando a formação de novos confeiteiros. O curso é prático e tem uma carga horária de 40 horas. Apresse-se em fazer sua inscrição! A nova sede da Apras em Londrina e sua Padaria Tia Ofélia estão esperando os alunos. Informe-se das datas e inscrições com a Priscila pelo e-mail londrina@apras.org.br ou pelo telefone (43) 3323-9995.
Vendas II: Layout de Loja (Técnicas de Exposição e Reposição)
Nas cidades de Matinhos e Ponta Grossa foram formadas mais duas turmas do curso de Layout de Loja. Tem como objetivo fornecer várias informações de como organizar e modernizar supermercados e ensinar empresários e funcionários a desenvolver projetos para tanto. A professora Cléia Franczak da Silva ministrou o trabalho que teve um excelente resultado.
Cursos de Formação Específica: Mais cartazistas formados no Estado A cidade de Foz do Iguaçu recebeu, por meio da regional Apras em Cascavel, o curso Técnico-operacional em Carnes, com o instrutor e médico veterinário, Luiz Fernando Camargo. O objetivo é fornecer informações teóricas e práticas para que se compreenda a importância de uma operação eficaz na seção de carnes dos supermercados. O curso formou 17 participantes em agosto.
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As cidades de Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina e Bandeirantes formaram novos cartazistas, com boas técnicas de cartazeamento. A Academia Apras agradece à Metic e a Casa do Cartazista pela parceria nos trabalhos de educação corporativa. Queremos agradecer também ao senhor José Luiz da Silva, representante do CINE de Bandeirantes pela sala concedida para ministrar a aula do professor Anselmo dos Santos. Parabéns aos novos Cartazistas!
Controle de Desperdícios e Perdas em Ponta Grossa
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Com o objetivo de fornecer informações fundamentais sobre a importância de se identificar, quantificar e eliminar os desperdícios e perdas, levando-se em consideração sua importância nos resultados e lucratividade dos supermercados, foi que colaboradores do varejo, fornecedores e comunidade da região de Ponta Grossa puderam assistir às aulas de um curso ministrado no dia 27 de julho pela professora Cléia Franczak da Silva na Apras – Regional Ponta Grossa. Trinta e três pessoas receberam o diploma deste curso de formação básica.
Cursos Sob Medida: Empresas de todo o Paraná têm buscado junto à Apras os cursos in company. É um novo trabalho que tem como objetivo proporcionar atividades mais dirigidas e que atendam às particularidades dos empresários nas datas, horários e locais em que seus profissionais têm maior disponibilidade. Procure a equipe da Apras para solicitar os cursos que poderão ser realizados na sua cidade e também na sua loja.
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MBA em Maringá - Gestão de Supermercados
discutir o tema “Papel do RH nos Negócios da Empresa”. Em
Uma parceria Academia Empresarial Apras e Faculdades Maringá
Humanos, e Maria Cristina de Carvalho e Silva, diretora de
A Apras, em parceria com o Centro de Ensino Superior do Paraná (Cespar), mantenedor das Faculdades Maringá, oferece o MBA em Gestão de Supermercados com o objetivo de atualizar empresários, administradores e profissionais da área para não perder espaço no seu campo de atuação, além de reciclar, aprofundar e solidificar seus conhecimentos.
convidadas falaram da importância do gestor de pessoas
Curitiba, pudemos contar com a presença de Sônia Maria Gurgel, presidente da Associação Brasileira de Recursos Recursos Humanos da Rede de Hotéis Bourbon. Ambas as na empresa como uma função estratégica e que deve auxiliar os colaboradores a encontrar um sentido para o seu trabalho. Foi apresentado também o resultado das pesquisas salarial e por que meu funcionário vai embora. A última é uma pesquisa de desligamento na qual muitos empresários e seus RHs auxiliaram neste ano, somando a entrega de 493
Público alvo:
empresários, diretores, gerentes, técnicos e empreendedores com curso superior Corpo docente: composto por professores do Cespar e professores convidados especializados no setor supermercadista
pesquisas. Em Ponta Grossa, o tema “Cartão Ponto e suas dificuldades” reuniu Stela Malucelli, professora da Academia Empresarial Apras, e Rodrigo, da Rotec, empresa de relógios técnicos. Ambos falaram sobre a importância de utilizar um relógio ponto, em acordo com a portaria 1510, que foi prorrogada para março do próximo ano e que tem como objetivo o controle efetivo e fidedigno da carga horária
Duração: 15 meses Turmas: máximo de 35 pessoas Local: Faculdades Maringá Informações: Fernanda Lara – (41) 3263-7000 fernanda@academiaapras.com.br
Comitê de Recursos Humanos
dos funcionários. A ideia é incentivar os empresários a se ajustarem e ensinarem os funcionários “assim como se ensina um filho” na utilização desta nova tecnologia.
Se a sua empresa, fornecedor ou supermercadista, tem interesse patrocinar a Academia Empresarial Apras, por favor entre em contato com o departamento comercial da Apras e informe-se sobre as modalidades de patrocínio. Em breve, a programação completa dos cursos da Academia
A Apras realizou na matriz e regionais a terceira reunião do comitê de Recursos Humanos do ano de 2010. Um trabalho que está chamando a atenção dos empresários e no qual estão participando profissionais do varejo e atacado para
Empresarial Apras estará disponível no site: www.academiaapras.com.br
Espaço Apras Jantares mensais proporcionam integra- Pato Branco ção entre associados Jantar Espaço do Fornecedor, com patrocínio da empresa Em uma sociedade cada vez mais individualista, as entidades de classe desempenham papel importante na integração e promoção da união entre seus associados. Por isso, as regionais Apras no interior do Estado organizam mensalmente jantares de confraternização. Esse é um momento em que empresários da indústria e do varejo se reúnem para conversar e se relacionar, ampliando a possibilidade de negociar melhores condições para repassar ao consumidor final. Confira a programação dos eventos promovidos pelas Apras:
Karina, no Restaurante Ponto Quente.
Londrina Jantar organizado pelo diretor Ademar Vedoato, no mês de agosto, no Buffet Atlântico, com cardápio diverso e completo.
Jantar Espaço do Fornecedor, com patrocínio da Indústria Mate Laranjeiras e a palestra “Satisfação dos colaboradores baseados nos conceitos de valores, missão e visão das organizações”, com o empresário e consultor Carlos Alberto Bonadio. O evento aconteceu no Restaurante Kasa Nostra, no dia 13 de agosto, em Francisco Beltrão.
Jantar organizado pelos diretores Jorge Shiki (Sacolão Big Dog) e Antonio Luiz Salla, no mês de junho, no Restaurante Porco no Tacho. Cardápio com comida caseira e, claro, porco no tacho.
Lançamentos Bebidas lácteas da Tirol ganham marca e novas embalagens Umas das mais tradicionais empresas de laticínios do sul do Brasil, a Tirol renovou as embalagens da sua linha de bebidas lácteas. Os produtos contam agora com sua própria identidade: Frutirol. A marca, com predominância de tons de azul, agrega valor ao produto, ideal para sobremesas e lanches. A gama de opções de consumo da bebida é grande: pacote de 180g, bandeja de 540g e pacote de 900g. Os produtos já estão no mercado.
Leite Isabela é fonte de cálcio e leva mais sabor para consumidores Preocupada em levar praticidade e momentos de mais sabor para os seus consumidores, a marca Isabela apresenta o biscoito Leite, tradicionalmente conhecido como o biscoito da vaquinha. O produto é fonte de cálcio e uma alternativa fácil e rápida para complementar a alimentação da família, trazendo um ingrediente essencial para a saúde. Sua embalagem contém três bisnagas e facilita o consumo a qualquer hora do dia, pois cabe na lancheira, mochila e até na bolsa.
Renata ingressa no mercado de wafers com sabores chocolate e morango Uma das maiores e mais tradicionais indústrias de alimentos do país acaba de anunciar uma novidade para seus consumidores: os biscoitos wafers Renata. Levando a qualidade e tradição de uma das marcas líderes de mercado, o lançamento estará disponível nas versões chocolate e morango, em pacotes individuais de 115g. A novidade fica por conta das quatro amplas camadas de recheio – o dobro das demais encontradas no mercado –, trazendo mais sabor e cremosidade.
Picolés Molico ganham versão multipack Já reconhecidos e apreciados pelos consumidores que priorizam o bem-estar sem abrir mão do sabor, os picolés Molico agora podem ser encontrados em formato multipack (embalagem com três unidades) nas versões Frutas Vermelhas e Frutas Amarelas, com até 50 calorias (cada picolé). O lançamento é uma opção para os consumidores que preferem saborear os produtos em casa. Com 0% de adição de açúcares e redução de gorduras, os picolés Molico são de consumo seguro para pessoas diabéticas.
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Karacá Alimentos acaba de chegar ao mercado de Londrina e região Com uma linha completa de massas semiprontas, pão de queijo congelado, massas para pastel e, como carro-chefe, destaque para a linha de pizzas congeladas que tem como diferencial sua massa especial mais macia e crocante, a Karacá está pronta para atender a um dos mercados que mais cresce em todo o Brasil e, é claro, conquistar a preferência do consumidor e do lojista.
Inovação é destaque na Igor Refrigeração A Igor Refrigeração está no mercado desde 1987, com o objetivo de trabalhar com qualidade e atendimento personalizado. A empresa prioriza a necessidade do consumidor, sugerindo sempre alternativas viáveis. Busca inovação para seguir as tendências do mercado e trabalha com diversas marcas e lançamentos. Oferece equipamentos e utensílios para supermercados, panificadoras, restaurantes e lojas de conveniências. Confira no site www.igorrefrigeracao.com.br
Neutrox inova com xampu e condicionador para o público masculino Cada vez mais vaidosos, homens agora contam com linha exclusiva de cuidados para seus cabelos, mais oleosos. A Neutrox criou a linha de xampu e condicionador Neutrox Homem. Sua moderna fórmula
Frangos Pioneiro oferece bandeja com 500g de produtos resfriados
inova no segmento de beleza ao trazer o conceito sem sal para o universo masculino. Ideal para uso frequente e contínuo, Neutrox Homem é indicado para todos os tipos de cabelo.
A Frangos Pioneiro, atenta às necessidades do consumidor e às mudanças sociais, lança a bandeja de 500g de produtos resfriados. Oferece praticidade e qualidade às pequenas famílias e evita desperdícios, possibilitando um produto sempre fresquinho. Além da bandeja de 1kg, são comercializados em bandejas resfriadas asas, coxinha das asas-drumette, meio da asa, coxa-sobrecoxa, sobrecoxa, coxas, peito sem pele e osso, coração e moela.
ESPAÇO DO LEITOR
Prezado leitor, Mande suas dúvidas e críticas. Para a equipe da revista Supermix é muito importante ouvi-lo.
Envie sua correspondência para: Av. Senador Souza Naves, 535 – Cristo Rei Curitiba/PR – CEP 80045-190 E-mail: comunicação@apras.org.br O que você gostaria de ver na revista Supermix? Nossa equipe quer saber sobre quais temas você gostaria de ler a respeito nas páginas da revista. Participe, enviando sua sugestão para o e-mail supermix@apras.org.br
Formando espírito crítico Parabéns à Revista Supermix pelo excelente trabalho realizado pela sua equipe. Sou Professor de Filosofia no Curso de Técnico de Administração na Escola Aldo Dallago e sempre utilizo as reportagens desta revista para trabalhar com os alunos em sala de aula. É um excelente e rico material para se trabalhar e formar nos alunos o espírito crítico administrativo. Parabéns e continuem assim. [...]
Genival Freire De Siqueira – Ibaiti/PR Supermix: Caro Genival, é uma grande satisfação para a equipe da Supermix receber este retorno positivo e, principalmente, saber que nosso conteúdo está sendo tão bem administrado por seus alunos. Continue conosco. Nossos esforços são para oferecer cada vez melhor conteúdo aos nossos leitores.