ROMANOS Vamos começar uma série de pequenas mensagens no livro do Novo Testamento chamado Romanos. Este é o sexto livro do Novo Testamento. Não vamos estudar versículo por versículo. Mas vamos examinar muitos versículos e você poderá usar essas mensagens para lhe ajudar a ter um melhor entendimento de outras passagens de Romanos. 1. TEMAS Dentre os muitos temas que o livro de Romanos ensina, escolhemos focalizar nossa atenção na Justiça de Jesus Cristo. 2. VERSÍCULOS CHAVE Os versículos chave no livro de Romanos que chamam a nossa atenção para o tema escolhido é Romanos 3:21,22 aonde lemos, "Mas agora, sem lei, tem-se manifestado a justiça de Deus, que é atestada pela lei e pelos profetas; isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há distinção." 3. PEQUENA REVISÃO Agora, vamos apresentar uma pequena revisão geral do livro de Romanos. Vamos examinar partes do livro e apontar certos detalhes em cada parte. Em primeiro lugar, vamos olhar para Romanos capítulo 1, versículos 1 até o 17, os quais podemos entitular, Um retrato da justiça. Romanos capítulo 1, versículos 1 até o 17 é a introdução do livro de Romanos. Entretanto, os versículos 1 até o 17 são mais do que apenas a introdução de uma carta de um homem aos membros da igreja em Roma. Eles também introduzem algumas idéias importantes que serão discutidas mais tarde nesse capítulo. Nesses versículos encontramos "Jesus", o Justo Deus-homem que criou, prometeu e cumpriu Seu evangelho. Nesses versículos também encontramos "Paulo", um homem que foi feito justo através do evangelho e cuja vida ilustra os planos e objetivos desse evangelho. Por exemplo, nesses versículos encontramos primeiro o poder de Deus, fiel poder de manter a Sua promessa, poder de ressurreição trazer vida da morte e poder de salvação para todos aqueles que crêem. Também nesses versículos encontramos os objetivos de Deus, que são resgatar, redirecionar e moldar vidas, assim como mostrar a Sua justiça e glorificar Seu nome. Romanos capítulo 1, versículos 1 a 17 ilustram a justiça de Deus nas vidas de Paulo e dos romanos. Através deles como um exemplo, aprendemos o que é um crente, como ele se torna um crente e qual é a vocação de um crente enquanto ele vive nessa terra. Eles demonstram "obediência a fé". Isto é, com coração agradecido, eles servem a Deus
e se submetem à Sua vontade. Eles através da oração desejam que outros recebam bençãos espirituais. E sem se cansar anunciam o evangelho do modo como são capazes. Portanto, Romanos capítulo 1, versículos 1 até o 17 é um retrato da justiça, descrito através das vidas dos crentes. O retrato não é apenas dos romanos e de Paulo, mas de qualquer crente que já viveu nessa terra e que Paulo e os romanos representam. Portanto, os versículos de abertura de Romanos capítulo 1 nos revelam com o que um crente se parece espiritualmente falando e o que ele faz e nos revela porque ele se parece dessa maneira. O retrato não é apenas uma figura do trabalho externo que os crentes oferecem a Deus e aos homens, mas também inclui a sua motivação interior e atitude. Romanos 1:1 até 17 ilustram como o povo de Deus O obedece por causa do amor que têm por Ele e pelos outros. Portanto, podemos também dizer que Romanos1:1 até o 17 é uma representação de um coração salvo. Agora devemos olhar para Romanos capítulo 1 versículo 18 até o capítulo 3, versículo 20, que podemos entitular como Retrato da injustiça. Romanos 1:18 até 3:20 nos dá um retrato espiritual do que os homens são quando não estão em Cristo. É uma figura feia sobre a qual não gostaríamos de persistir. Podemos pensar nessa passagem como um texto que descreve toda a depravação dos homens. Uma passagem como Efésios 2:1-6 declara o princípio de que os homens estão espiritualmente mortos e completamente incapazes de fazer qualquer coisa que agrada a Deus ou que possa modificar a grave penalidade que vão ter que encarar por causa dos seus pecados. A mensagem de Romanos é parecida descrevendo as atitudes e ações dos homens que os revela estar mortos como a Bíblia diz que eles estão. A natureza horrível e ofensiva dessa parte da Bíblia, mais do que qualquer outra parte nos dá uma clara evidência que a Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus e não o trabalho de homens. Os homens nunca poderiam ter escrito tais coisas de si mesmos e nem se atreveriam a admitir que o que eles lêem em Romanos 1:18 até 3:20 é uma avaliação correta. Isso é algo que perturba e ofende todos os homens. Olhando de um ponto de vista humano essa passagem é algo que envergonha e é inapropriado para uma sociedade educada. Ela é insensível e passa por cima da dignidade e auto-respeito dos homens. Apenas Deus deseja ser honesto dessa maneira, porque Ele sabe que apenas a verdade vai ajudar os homens. Deus sabe dos perigos espirituais de todos os homens, e apenas Ele é o suficiente bom para lhe dizer exatamente o que eles precisam saber, de modo que fiquem motivados a buscar a ajuda que tão deseperadamente precisam. Romanos 1:18 até 3:20 nos ajuda a compreender a necessidade para a completa e soberana eleição de Deus, não eleição no sentido de que Deus viu antes quem iria crer nEle, mas eleição no sentido de que se Deus não decidisse quem seria salvo e então salvasse, ninguém seria salvo. A razão é que ninguém, absolutamente ninguém, é capaz de fazer alguma coisa sobre a sua condição espiritual. E mais do que isso, ninguém deseja agradar Deus, isto é, não do modo como Deus deseja. Não existe fim para a maldade dos homens e essa passagem faz o melhor trabalho no que diz respeito a nos educar sobre as profundezas do pecado dos homens. Apenas quando compreendermos isso é que vamos compreender porque Deus derrama a Sua ira sobre pecadores e porque
eles precisam da Sua misericórdia. Portanto, essa passagem é o melhor lugar para se começar a compreender o evangelho. Romanos 3:21 até 28 anuncia a solução de Deus para o dilema espiritual do homem. Os princípios que formam a fundação da salvação dos homens da ira de Deus estão todos contidos nesses poucos versículos. O resto do livro de Romanos pode ser visto como um desenvolvimento desses princípios, respondendo a possíveis objeções as soluções de Deus, apoiando através da lógica e exemplo, ilustrando para que fique mais claro e mostrando como as consequências dessa solução são demnstradas nas vidas do povo de Deus. De uma certa maneira, é difícil descrever adequadamente as idéias em Romanos 3:21 até 28, não porque essa passagem é difícil, mas porque as idéias são maravilhoas. É difícil escolher palavras que se encaixem com a beleza da solução de Deus ou dar-Lhe honra suficiente por ter planejado isso. Como podemos dizer o que precisa ser dito diante de tão gloriosa salvação? Que vocabulário e gramática podemos usar para declarar a sabedoria e majestade de um Salvador que admiramos e amamos? É como se Romanos 3:21 começasse uma parte da Bíblia que precisaria terminar com as palavras de Romanos 11:33-36 aonde lemos, "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáeis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? Ou quem se fez seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." Por essa razão, um título próprio para Romanos 3:21 até 28 poderia ser " A graça surpreendente de Deus." Continuando devemos olhar para Romanos capítulo 3, versículo 29 até o capítulo 4, versículo 25 que podemos dar o título de A defesa e história da justiça de Deus. Romanos 3:28 afirma, "Concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei." Esse versículo expressa a solução de Deus para o grande problema espritual dos homens e parece ser bom demais para ser verdade. Se a lei é uma ligação eterna conforme a Bíblia diz que ela é, como é que Deus pode justificar as pessoas sem "a obras da lei"? Romanos 3:29 até 4:25 lida com as três possíveis objeções ao programa de salvação de Deus através da fé, isto é, o plano de Deus para alcançar justiça sem perfeitamente obedecer as demandas d lei. A primeira objeção é apresentada e respondida em Romanos 3, versículos 29 e 30. A objeção é que a salvação sem a lei precisa ser um plano para os gentios e também através do qual os judeus ainda possam encontrar justiça através da obediência da lei. Mas essa noção está errada. A resposta é que uma vez que existe apenas um Deus sobre todas as pessoas, Seu plano de salvação sem as obras da lei é o mesmo para todas as pessoas, judeus assim como também os gentios. A segunda objeção é apresentada e respondida no versículo 31. A objeção é que a salvação sem a lei significa que a lei é abolida com autoridade. Essa idéia também está errada. A resposta é que o evangelho da salvação sem as obras da lei vinga e fortalece a lei porque Jesus cumpriu todas as exigências da lei. A terceira objeção e a reposta é discutida por todo o capítulo 4 de Romanos. Embora dentro do lógico curso de Romanos, o capítulo 4 é apenas mais uma defesa contra a objeção ao plano de salvação de Deus, ele é discutido de tal forma que podemos pensar nele como uma dissertação sobre a história do plano de justiça do evangelho de Deus sem as obras da lei. A objeção é que a salvação veio para judeus como Abraão, portanto a salvação vem da lei. Essa
ideia não é verdadeira. A resposta é que Abraão recebeu as bençãos da salvação antes de que ele se tornasse judeu. Abraão simplesmente creu em Deus para alcançar justiça, sem nunhuma das suas obras, como todos os pecadores deveriam fazer. Dando sequência ao nosso raciocínio devemos olhar para Romanos capítulo 5 que pode ser entitulado como O valor da justiça de Deus. Até aqui o livro de Romanos discutiu sobre os pecados dos homens e o evangelho de Deus, incluindo vários desafios ou perguntas sobre o evangelho de justiça de Deus sem as obras da lei. Romanos 5 volta a nossa atenção para o valor desse plano do evangelho. Aprendemos quão bom é o evangelho quando comparado com a obra do primeiro homem, Adão. Aprendemos sobre a origem do pecado do homem. Isto é, respondemos a pergunta, "Como é que os homens passaram a estar numa situação tão ruim?" Também aprendemos sobre a surpreendente motivação e esforço de Deus que recebeu os benefícios espirituais que os homens tão deseperadamente necessitam. Também aprendemos não apenas o que o evangelho tem feito pelos homens, mudando o seu interior através da vida de Jesus. Tão maravilhoso quanto o plano do evangelho é, aonde Deus resgata o Seu povo do inferno, o capítulo 5 explica que muito mais coisas acontecem quando Deus salva Seu povo. Não apenas o evangelho faz algo em favor, mas também para o povo de Deus. O pecado entrou no mundo através de um homem, Adão, tendo como resultado o fato de que ele foi transformado em uma pessoa corruptível, espiritualmente morta, escrava do pecado. Essa infecção mortal do pecado passou para todos os seus descendentes. Mas o que Adão fez para todos os homens, Jesus desfez graciosamente para muitos. A justiça entrou no mundo através de um único homem, Jesus Cristo, com o resultado de que não apenas a Sua justiça, mas também toda a Sua vida passou para todos aqueles que são salvos. A obra de Jesus fez com que os crentes passassem a ser pessoas que "reinarão em vida", como lemos em Romanos 5:17, pessoas que não apenas estão vivas espiritualmente falando, mas que também possuem o poder de vencer tanto as tentações desse mundo e as tendências pecaminosas da sua carne. Portanto, muito mais do que apenas uma volta ao Jardim do Éden, o evangelho, resulta em "vida eterna". Vida eterna é uma vida que nunca termina, uma vida que é segura, protegida de todas as possibilidades de uma outra queda. Portanto, o valor do evangelho pode ser medido pelo seu beneficio às pessoas que são salvas. Ele possui um valor infinito no fato de que os seus benefícios são espirituais e eternos. Ele possui um valor único, porque apenas o evangelho pode ajudar os homens. Não há outra maneira de remover a ameaça da condenação. O valor do evangelho pode ser medido pelo seu custo. As bençãos do evangelho foram asseguradas pela morte de Jesus Cristo. É por isso que o evangelho é tão precioso para os crentes. O capítulo 6 continua a discussão da modificação do povo de Deus que começou no capítulo 5. O livro de Romanos explica dois importantes princípios que moldam a vida de cada crente verdadeiro. Em primeiro lugar, Romanos 6 explica que os crentes não devem pecar como fizeram no passado porque eles morreram com Cristo e foram ressuscitados com Ele para uma nova vida. Em segundo lugar, Romanos 6 explica que os crentes não desejam pecar, e que ao invés disso, eles possuem um novo desejo de servir a Deus.
Uma das principais mensagens de Romanos é que a justiça de Deus vem aos homens através da fé sem as obras da lei. E para apoiar essa idéia, Romanos 6 acrescenta que um dos maiores efeitos do evangelho é fazer com que as pessoas que crêem sejam capazes e estejam prontas para obedecer a lei de Deus com coração agradecido pelo seu poderoso Senhor. Isto é, porque o evangelho é completamente baseado no plano e esforço de Deus apenas, e não nas obras do homem pecador, os resultados são maravilhosos para a vida presente do crente e também para o seu destino eterno. Continuando vamos olhar para Romanos capítulo 7, que podemos entitular como A luta da justiça de Deus. Aprendemos que Romanos 5 e 6 explicam o grande valor do evangelho da justiça sem as obras da lei. Os crentes verdadeiros possuem a habilidade e o desejo de obedecer a Deus como gratidão por tudo o que Ele tem feito em suas vidas. E ainda assim, enquanto os crentes vivem nessa terra, eles pecam, eles desobedecem o seu Deus amoroso e bom, e algumas vezes de um modo muito forte. Como é que podemos reconciliar a grande mudança da motivação interior e habilidade com o seu imperfeito comportamento? Romanos 7 nos ajuda a compreender as lutas com o pecado que os crentes têm que enfrentar conforme vivem nesse mundo. Romanos 7, versículo 1 até 6 enfatizam que os crentes não tem mais o mesmo relacionamento com a lei que possuíam antes de serem salvos. Romanos 7, versículos 7 até 25 descrevem por que os crentes passaram a estar em problemas com a lei no princípio de tudo. Os versículos também descrevem porque eles continuam a lutar com o pecado, além da grande mudança do seu relacionamento com a lei. E compreendendo a luta que os crentes têm com o pecado, do ponto de vista de Romanos 7, isso nos ajuda a compreender porque Deus criou o evangelho da maneira que Ele fez. Em outras palavras, Romanos 7 nos ajuda a compreender porque o evangelho precisa ser "sem as obras da lei." Romanos 7 também nos ajuda a evitar muitos mal entendidos sobre a vida cristã. Uma mensagem de Romanos 7 poderia ser expressada como, "Embora os espíritos dos crentes sejam perfeitos não pense que os crentes são perfeitos em seus corpos. Portanto, se você diz ser um crente, não pense que é super santo e sem pecado. Isso é um engano que o está iludindo." Outra mensagem encorajadora é, "Se você diz ser um crente, não pense que é o único que está lutando com o pecado. Você não é uma pessoa estranha ou especialmente má." Ainda uma outra mensagem de alerta é, "Não pense que pode abaixar a sua defesa. Seja honesto sobre si mesmo e sobre a sua necessidade da ajuda de Deus." Agora vamos até o capítulo 8 de Romanos, que podemos entitular como A vitória da justiça de Deus. A mensagem realística do capítulo 7 de que os crentes precisam lutar nesse mundo com os pecados que tão facilmente os assediam é seguida da mensagem do capítulo 8 de que crentes têm vitória sobre o pecado. Essa vitória é o selo da vida dos crentes verdadeiros. Mesmo que, conforme o capítulo 7 aponta, os crentes percam algumas batalhas com um determinado pecado, eles sempre vencem a guerra, porque esse pecado não pode determinar o seu destino eterno e não pode continuar a determinar o seu comportamento.
A razão pela qual os crentes são bem sucedidos na sua luta com o pecado é que eles não lutam por si mesmo, mas Deus luta por eles. A sua vitória é baseada na vitória pessoal de Jesus sobre o pecado e a morte através do Seu sacrifício diante da lei, junto com o seu trabalho nos corações do Seu povo. No tempo presente, essa vitória é vista na habilidade do crente em caminhar após o Espírito e será revelado no final dos tempos na renovação do universo físico, o qual também inclui os corpos dos crentes. Em Romanos 8 aprendemos que porque a salvacão dos crentes é completamente baseada na graça e trabalho de Deus e não nas obras da lei, lhes foi prometida uma 0herança como filhos de Deus e estão eternamente seguros em Seu amor. O Jesus Cristo da Bíblia é o Senhor. Ele é o Senhor sobre a criação e portanto pode controlar a sua influência sobre o Seu povo. Ele é o Senhor sobre Seu povo e portanto pode guiá-los a saírem da tentação, da tribulação até que eles morram ou que Ele volte para eles no último dia. Ele é o Senhor do evangelho da justiça. Ele o criou, cumpriu e o aplica a quem deseja. Ele preside sobre a sua conclusão no final dos tempos, não importa qual seja a oposição. Portanto, Ele recebe toda a glória por ser o Poderoso Senhor do universo e por fazer bem todas as coisas. O que nós lemos no capítulo 9 é uma consequência natural e lógica do que foi dita no capítulo 8. O capítulo 8 termina com uma série de perguntas como, "Quem será contra nós?" "Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus?" "Quem os condenará?" "Quem nos separará do amor de Cristo?" E baseados no fato de que "Se Deus é por nós" ou "Nem mesmo a seu próprio Filho poupou" ou "É Deus quem os justifica" ou "Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós". A resposta para essas perguntas é, "Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." Isso é uma grande ostentação. Será que é muito bom para ser verdade? Será que são apenas bonitas relações públicas? Já existiu ou vai existir uma excessão que nos levaria a duvidar que tal promessa pudesse estar debaixo de muitos inimigos físicos e espirituais que assaltam os crentes? Existe um exemplo histórico que poderia nos levar a pensar sobre o poder do evangelho de Deus. Se é verdade que nada pode nos separar do amor de Deus, por que então a maior parte dos judeus não são salvos? Quando pensamos nas vantagens que eles tiveram como pode ser que a maioria dos judeus do passado e de hoje não possuem interesse no evangelho? Deus pode salvar Seu povo, mantê-los fiéis e preservá-los da ira que está por vir? Ou o exemplo dos judeus mostra que o pecado é tão forte que mesmo Deus não pode garantir o destino espiritual de qualquer pessoa? O assunto do capítulo 9 está colocado no versículo 6. Além das aparências, "Não que a palavra e Deus, (isto é, as promessas de Deus descritas por toda a Bíblia incluindo o capítulo 8) haja falhado." O fato de que alguns israelitas não estão salvos, especialmente considerando todos os seus privilégios descritos no versículo 4 e 5, isso não é um reflexo da fraqueza ou injustiça de Deus. A verdade sobre esse assunto é dita no versículo 18 que diz, "Portanto, tem misericórdia de quem quer, e a quem quer endurece." Aquele que é salvo é um reflexo da escolha através da eleição de Deus. Deus é soberano e não um respeitador das pessoas. Ele salva aqueles que Ele determinou
salvar, de acordo com a Sua boa vontade e sabedoria, independente de algum esforço ou atributo daqueles que são salvos. Somos forçados a concluir que a maioria dos Israelitas não são salvos porque não foi a vontade de Deus salvá-los, de outra maneira eles seriam salvos tanto quanto a vontade de Deus é forte como Ele é. Portanto, o capítulo 9 pode ser visto como uma dissertação que descreve o poder soberano de Deus. Esse tema é expressado muitas vezes no capítulo 9. Vamos brevemente ver como as idéias principais desse capítulo são colocadas. Romanos 6, versículos 1 até o 5 expressam que o coração de Deus se preocupou com os israelitas no passado, os quais Ele abençoou, mas que não creram nas promessas do seu evangelho, mas nas suas próprias obras. A sua rejeição ao evangelho é um aparente reflexo negativo sobre a habilidade de Deus de salvar as pessoas e parece contradizer as fortes afirmações do capítulo 8. Entretanto, como Romanos 9 explica, o fato de que apenas um remanescente, muito poucos são salvos, não é um reflexo da inhabilidade de Deus de preservar Seu povo. Mas é uma revelação do que é a vontade de Deus, que os poucos isrelitas salvos, são aqueles que Deus desejou salvar. Romanos 9, versículos 6 até o 13 coloca o nosso pensamento de uma forma correta em relação ao assunto do evangelho. O princípio é que Deus sempre executa Sua vontade e nunca falha. O testemunho da história é que os crentes eram sempre a minoria na nação de Israel, desde o tempo do Êxodo até o reinado dos seus reis. Assim como outros povos em outras nações, a maioria dos israelitas eram ímpios, e mostraram essa triste característica desde quando Moisés através do fim da sua nação. De acordo com esses versículos, devemos concluir que Deus nunca teve em mente a nação de Israel quando Ele prometeu a Sua salvação. Ao invés disso, Deus reservou a salvação para um povo prometido especial. Eles são seus eleitos, todos os que Ele salvou como palnejou, sem qualquer contribuição dos homens. Romanos 9, versículos 14 até 33 discutem vários argumentos que alguém pode trazer contra o plano do evangelho e que é descrito nos versículos anteriores. A base para a defesa é que Deus não está cometendo um erro quando alguns israelitas são salvos e muitos não são. O controle poderoso de Deus não absolve as pessoas não salvas da culpa que possuem. Ele simplesmente mostra que um Deus justo é capaz e faz a Sua vontade perfeita. A mensagem desse capítulo é que a nossa esperança está no poder de um Pai soberano e não nas obras dos homens. E o versículo 33 diz, "Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço; e uma rocha de escândalo; e quem nela crer (ao invés de crer nas obras da lei) não será confundido (no dia do julgamento)." Qualquer pessoa que não é salva, ainda não buscou a justiça de Deus pela fé. A mensagem central de Romanos é expressada em Romanos 3:28 que diz, "Concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei." Essa mensagem é fundamental para compreender todos os capítulos de Romanos, incluindo o capítulo 9. O fato de que os homens são pecadores que não querem e não podem obedecer a Deus significa que a salvação não pode ser resultado das obras da lei. A única esperança para o homem é voltar-se para Deus. A salvação depende completamente da habilidade e desejo de Deus. Deus está completamente no controle e aquele que é salvo, é de acordo com o Seu propósito e vontade. Eles precisam crer nas palavras do evangelho que declaram que a justiça apenas é encontrada no sacrifício de Jesus.
O evangelho da justiça pela fé sem as obras da lei, não apenas é verdadeiro, mas tem um valor infinito e eterno. No evangelho existem propósitos de Deus que abençoa tanto a Deus quanto Seus filhos. Em primeiro lugar, o evangelho glorifica Deus, porque somente Ele criou e cumpriu o plano do evangelho, Ele recebe toda glória e crédito pela salvação. Apenas Ele possui a sabedoria e poder para que ele seja cumprido. Em segundo lugar, o evangelho educa os homens sobre eles mesmos. Porque as obras os homens não têm relação alguma com o cumprimento do evangelho, os crentes devem estar humildes e agradecidos na presença de Deus, confiando no Seu cuidado eterno por eles, desejando ser compassivos com os outros, compreendendo tanto a sua situação espiritual desesperada e a única solução para o horror que eles enfrentam. Precisamos falar algo sobre como Israel se encaixa no desenvolvimento lógico do capítulo 9. Romanos 9, fala sobre os israelitas como uma nação em relação à salvação que é pela fé e não pelas obras dos homens. Isto é, a salvação está completamente nas mãos do Deus soberano e independente de qualquer coisa que o homem possa fazer. Quando Paulo focaliza a nação histórica de Israel, ele responde objeções ao evangelho da graça. O assunto nacional se resume dentro do assunto de obras contra a graça. A lógica do capítulo é que Paulo equipara a tentativa do homem de alcançar justiça baseado no privilégio nacional com a tentativa do homem de alcançar uma justiça baseado apenas na sua própria obra. Essa equivalência é válida porque a identidade nacional dos judeus era baseada nas regras e rituais da lei que foi lhes dada por Deus e era essa lei que eles buscavam obedecer para agradar a Deus como lemos em Romanos 9:32 que diz, "Por quê? Porque não a buscavam pela fé, mas como que pelas obras; e tropeçaram na pedra de tropeço." O comportamento dos israelitas é uma figura da tentativa desesperada de todos os homens, gentios assim como judeus, para encontrar a justiça através das suas próprias obras. Os isrelitas não obedeceram a lei muito bem, mas na sua própria estimação, eles obedeciam a lei o suficiente. Também pensavam que tanto a sua obediência aos rituais ou a sua associação física com eles removeria qualquer responsabilidade que pudessem ter por causa da sua desobediência à lei. Os israelitas criam nas suas obras e nos seus privilégios. Eles não criam no Senhor. A mensagem de Romanos é que qualquer pessoa, israelita ou gentio, que crê nas suas próprias obras não encontrará a justiça de Deus. Embora o foco de Romanos 9 esteja primeiro sobre a nação de Israel, também podemos encontrar uma mensagem para todos, especialmente o Novo Testamento de hoje. A nação de Israel era a igreja organizada antes de Jesus vir e morrer na cruz. Depois do Pentecostes as igrejas do Novo Testamento continuaram o mandato de representar Deus aqui na terra. Todos os perigos espirituais e todos os alertas aplicados à nação de Israel se encaixam nas igrejas hoje. Específicamente, a mensagem de Romanos é o perigo geral de buscar justiça através das obras da lei assim como também descansar numa identificação externa com a igreja de Deus. Hoje os homens tentam cobrir a si mesmos com a sua própria justiça e se esconder atrás de uma religião para se protegerem da ira de Deus. Eles tentam o batismo, a profissão de fé, ser membros de uma igreja, frequentar uma igreja, participar das atividades da igreja e muitas outras maneiras. Portanto, no nosso estudo de Romanos 9, assim como Romanos 10 e 11, precisamos ter em mente que os princípios, frutos da nossa análise se aplicam mais do que apenas à nação de Israel. E o capítulo nos leva a considerar o plano de Deus para um povo além da nação de Israel. Quando aprendemos algo sobre como
Deus lida com essa nação, a igreja do Velho Testamento, precisamos considerar também o que isso significa para a igreja hoje do Novo Testamento. Embora na maioria das Bíblias exista um espaço depois de Romanos 9:33, não há um espaço na lógica que vai do capítulo 9 para o capítulo 10. Os capítulos 9 e 10 são parte de uma discussão que continua no capítulo 11. Portanto, o espaço que existe depois de Romanos 10:21 também é artificial. Esses espaços depois dos capítulos 9 e 10 não são apenas desnecessários, mas são também ruins para uma compreensão própria de Romanos, porque isso implica que existe uma mudança de assunto de um capítulo para outro, quando não existe. A mensagem central de Romanos, expressa em Romanos 3:28 continua por todos os três capítulos Romanos 9, 10 e 11, embora cada capítulo apresente a mensagem de uma maneira um pouco diferente. Quando vemos como os capítulos 9 e 10 se encaixam, podemos compreender melhor o que o capítulo 10 tem para nos dizer. O capítulo 9 nos lembra que Deus é absolutamente soberano. Esse capítulo ensina que o fato de toda a nação judia não ser salva e de que alguns gentios são significa que a salvação não é baseada na identidade judia. De acordo com Romanos a distinção entre os judeus era que eles tinham a lei e Deus escrita. Portanto, podemos concluir que a salvação não é baseada nas obras da lei, porque a lei era a possessão exclusiva dos judeus e a maioria deles não eram salvos. Por outro lado, alguns gentios que não tinham a lei, foram salvos. Tudo isso nos diz que a salvação é completamente independente de qualquer coisa que o homem possa fazer. Ela é completamente dependente da soberana vontade de Deus. O capítulo 10 explica o fato adicional de que Deus é absolutamente justo, como lemos em Romanos 10: 12,13, "Porquanto não há distinção entre o judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." O fato de que muitos judeus não são salvos não é um reflexo do preconceito de Deus contra eles. E ao invés disso, mostra sua rebelião. Deus é justo em Seus motivos, porque ele não faz acepção de pessoas, não vendo diferença entre aqueles que criou, judeus ou gentios. Deus é justo em Seus métodos, porque Ele criou um plano para o evangelho de modo que todo aquele que crêr nEle não será confundido no dia do julgamento. Os judeus e os gentios são salvos no mesmo dia. O plano de Deus para a salvação pela graça sem as obras da lei significa que os homens de todas a nações podem ser salvos, mesmo se eles possuem ou não a lei como os judeus tinham. Deus justamente anuncia o evangelho para todos do mundo, como lemos em Romanos 10:18 que diz, "Mas pergunto: Porventura não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra saiu a voz deles, e as suas palavras até os confins do mundo." O fato de que a maioria dos judeus não crêem deve ser atribuído a sua desobediência, eles, como as pessoas de todas as nações, simplesmente não querem crer apenas em Deus para alcançarem justiça. Como mencionamos no nosso breve estudo do capítulo 9, precisamos alargar o nosso foco de Romanos e da aplicação dos seus princípios sobre a nação de Israel. Na realidade, incluir os gentios na nossa análise de Romanos 10 não é algo que deliberadamente chegamos a fazer, porque o capítulo faz isso por si mesmo, porque uma idéia importante de Romanos 10 é que os gentios estão incluidos no plano de Deus. Ele bondosamente incluiu os gentios que não mereciam. Deus não faz acepção de pessoas, limitando Sua salvação aos judeus.
Continuando vamos ao capítulo 11 de Romanos que pode ser entitulado, A glória de um Deus justo. A mensagem de Romanos 11, que é o ponto mais alto da explicação histórica do evangelho que começou no capítulo 9, nos leva a glorificar Deus por tudo que Ele tem feito como lemos em Romanos 11:33-36, "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? ou quem se fez seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." Romanos 9 explica que Deus é o criador do evangelho. Ele expressa a vontade soberana de Deus. Ele salva quem Ele deseja e do modo que quer. Entretanto, Deus não é arbitrário. Romanos 10 explica que o evangelho é justo para com todos os homens, judeus e gentios. Ninguém tem vantagem ou privilégio sobre outra pessoa, porque a salvação não é dependente da habilidade de uma pessoa para obedecer a lei. Ao invés disso, a salvação é encontrada por qualquer que crer no Senhor Jesus Cristo. Romanos 11 conclui com a mensagem de que o plano do evangelho é sábio e traz honra para Deus. Nada pode impedir que Deus salve aqueles que elegeu salvar. Todo o Seu povo será salvo de um modo que mostre a Sua graça e controle. Romanos capítulo 9 até o capítulo 11 são um conforto e encorajamento para os crentes porque eles testificam que a história não se contradiz, mas suporta a mensagem de Romanos 3:28, "Concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei." O povo de Deus aprende que a história revela que a salvação não é baseada nas obras dos homens, mas no Soberano Criador que faz o quer com as Suas criaturas. Seu povo não está limitado aos judeus, mas pessoas de todas as nações. Portanto, a maravilha e a alegria do evangelho é que o Soberano Deus usa a sua sabedoria e poder, não para julgar todos os descendentes de Adão como eles merecem, mas para o benefício espiritual daqueles pecadores que ele prometeu salvar. No total, a mensagem de Romanos 9 até 11 é que Deus é Deus em tudo o que Ele diz e faz. Por que Ele faz as coisas dessa maneira é parte da sua soberana vontade. Ele salva o Seu povo da Sua maneira maravilhosa e no Seu tempo, sem relação ao conselho ou contribuição de outra pessoa qualquer. O que Ele revelou aos homens mostra que é Deus. Entretanto, o que Ele revelou aos homens também mostra que Ele é justo, competente e confiável. Deus diz, "É isso o que eu decidi fazer. E sou justo no que decido realizar. E sou capaz de fazer o que decidi." Tudo isso é um conforto para os crentes que se apoiam no fato de que são salvos e vão viver para sempre, não pelas suas obras, mas pelo poder e sabedoria de Deus. Tudo isso é glória para Deus. Podemos também olhar para Romanos 11 como o pontomais lato da defesa final do evangelho que começou no capítulo 9. Embora Deus tenha incluido Romanos 9 até 11 como parte da Sua palavra por muitas razões, os capítulos especialmente respondem as perguntas das pessoas que apelam para a história no seu ataque ao evangelho. De uma certa maneira, Romanos 9 até 11 não seria necessário se as pessoas cressem e glorificassem a Deus por tudo que leram em Romanos 1 até 8, se as pessoas concordassem e se submetessem à verdade que a sua salvação é baseada completamente na promessa e poder de Deus e não nas suas obras. Entretanto, essa mensagem, que é expressa em Romanos 3:28 entre outras passagens e explicada nos primeiros 8 capítulos de Romanos, é uma afronta para o ego e orgulho do homem. O evangelho da graça é um
insulto para os homens porque revela que eles são incapazes de fazer qualquer coisa para tirar a sua responsabilidade diante da lei e que apenas Deus está em controle de como os homens podem ser salvos da Sua ira e como podem obter justiça. Sem o conhecimento e a sabedoria que acompanha a salvação através da fé, os homens sempre reclamam da forma como Deus age. Apenas através do reconhecimento de que Deus é soberano, elegendo alguns judeus e gentios para a salvação sem necessidade de explicar porque uns são escolhidos e outros não, apenas reconhecendo que todos os homens são pecadores que não dão nenhuma contribuição para a sua própria salvação, é que os homens verão que Deus é justo, correto e sábio e são capazes de glorificá-Lo por isso. O ataque a Deus e a Seu evangelho está implicado nas perguntas sobre os judeus. Em Romanos 11:1 a pergunta é, " Rejeitou Deus ao seu povo?" Em outras palavras, a idéia é, "Vamos examinar o que Deus fez. Será que talvez muitos israelitas não são salvos porque existe algo deficiente na criação e desenvolvimento do evangelho de Deus?" Em Romanos 11:11 a pergunta é, "Porventura tropeçaram de modo que caíssem?". A idéia aqui é "Será que os israelitas pecaram tanto que não existe esperança para eles além do poder e da promessa do evangelho? Será que eles surpreenderam Deus com o seu pecado e foram além do poder que Deus possui para salvá-los?" Deus deixou que Paulo antecipasse as perguntas das pessoas que eram motivadas por um coração rebelde e cheio de orgulho. O objetivo do ataque expresso no versículo 1 assim como no versículo 11 é para remover o evangelho, especialmente a idéia expressa em Romanos 3:28, e por fim remover a própria autoridade de Deus. Não nos surpreende o fato de que Romanos 11, capítulo que podemos pensar comos sendo a conclusão da defesa do evangelho da graça, termina com uma música de triunfo para a glória de Deus. Isto é, nenhum dos a ataques do homem vai se manter em pé. Ao invés disso, a sabedoria e a justiça de Deus vão brilhar como a palavra final da verdade. As pessoas quando são salvas perguntam, "Como posso servir o meu Senhor que fez tanto por mim? O que Deus deseja que eu faça? Qual é a Sua vontade para a minha vida?" A resposta para essas perguntas é parte da mensagem de Romanos 12 até 16. Isto é, o foco de Romanos, começando no capítulo 12 está em alguns princípios importantes que guia as pessoas que Deus salva e que desejam serví-Lo em gratidão pela Sua graça quando tentam fazer Sua vontade em diferentes situações em suas vidas. Nos 11 capítulos anteriores, o livro de Romanos nos ensina muitas coisas maravilhosas sobre os mistérios do plano de Deus para todas as idades. Aprendemos sobre a eterna vontade de Deus em preparar a salvação pela graça através da fé sem as obras da lei e como Deus fez com que ela se cumprisse entre as pessoas de todas as nações de uma maneira poderosa, soberana e gloriosa. Aprendemos que o alcançe do evangelho inclui todo o universo. Aprendemos que o evangelho abrange assuntos de eternidade a eternidade e ainda assim Deus Se preocupa e salva as pessoas. Portanto, o assunto da vontade de Deus é trazido à tona numa determinada pergunta, "Agora que estou salvo, qual é a vontade de Deus para mim? O que eu posso fazer para cumprir a vontade de Deus para minha vida e dessa maneira glorificá-Lo e agradá-Lo?" O problema que geralmente os crentes possuem quando buscam a vontade de Deus pode ser expressado da seguinte maneira, "Quando os crentes têm que fazer escolhas, como é
que eles sabem qual é a correta?" Isso é muito importante para eles. As pessoas do mundo que ainda não estão salvas não se preocupam em saber qual é a vontade Deus. E eles devem e vão ser responsáveis pela sua indiferença. Contudo, os incrédulos desprezam e ridicularizam a vontade de Deus. Entretanto, os crentes, se preocupam muito com esse assunto. E é assim que deve ser porque eles são salvos, possuem um coração que se alegra em Deus e na Sua vontade. Deus sabe disso. Na realidade, Ele criou esse desejo nos crentes. E como um pastor que cuida do seu rebanho, Ele carinhosamente providencia orientação para aqueles que buscam a Sua vontade. Portanto, uma vez que os crentes se preocupam em fazer a vontade de Deus, eles estão sempre perguntando, "Qual é a vontade de Deus para mim quando eu enfrento essa determinada situação?" Romanos 12 nos ajuda a responder essa pergunta. Conforme os crentes desejam e lutam para fazer aquilo que agrada a Deus, Ele carinhosamente lhes ajuda através da Sua Palavra para realizarem esse desejo. Podemos dividir a Palavra de Deus em duas partes. Embora essa divisão seja um pouco artificial, ela nos ajuda a analisar a questão da vontade de Deus para os crentes. Em primeiro lugar, existe a vontade de Deus para o caráter de um crente. A vontade de Deus nessa área é a mesma para todos os homens. Todos os homens devem ser honestos, fiéis, dóceis, e assim por diante. Entretanto, quando a maioria dos crentes pensa sobre a vontade de Deus para suas vidas eles normalmente estão pensando, "O que Deus deseja que eu faça com a minha vida de serviço?" A vontade de Deus para o serviço de um crente não é a mesma para todas as pessoas. O plano de Deus para o serviço de cada crente é dado sobre medida para cada crente através dos dons que Deus dá a cada um assim como as circunstâncias que Deus permite que aconteçam em suas vidas. Mas, muitos crentes perguntam, "Como eu sei que estou fazendo aquilo que Deus deseja que eu faça? Dentre todas as coisas que eu poderia estar fazendo, dentro de todas as maneiras que eu poderia estar servindo, como posso saber se estou fazendo a escolha certa?" Os crentes têm muitas perguntas específicas como, "Será que eu devo me mudar para essa cidade? Devo me matricular em tal escola? Devo me preparar para ter tal profissão? Devo me casar com essa pessoa? Será que devo tomar vantagem dessa oportunidade de ministério?" Romanos 12, que fala sobre a vontade de Deus, assim como toda a Bíblia, nunca nos dá respostas para esses tipos de perguntas específicas. Isso não significa que Romanos 12 é uma passagem deficiente porque parece negligenciar a importante área da vontade específica de Deus para o serviço de um crente. Isso simplesmente significa que Romanos 12 ordena que os crentes façam coisas que demonstram um caráter correto e que revela uma motivação de amor. A mensagem é que não importa o que um crente faz no seu serviço, porque se o coração de uma pessoa está correto, o seu serviço também será. O princípio interessante do livro de Romanos é que se um crente verdadeiramente busca a vontade de Deus para o seu caráter, se ele realmente deseja e dá os passos para ter certeza que seu coração está correto diante de Deus, então, não importa a escolha que ele faz para seu serviço. Se um crente leva em consideração o fato do seu caráter estar de acordo com a vontade de Deus, então ele nunca pode cometer um erro quanto a vontade de Deus para o seu serviço. Deus Se preocupa com os detalhes do serviço ao qual os crentes estão executando. Na realidade, Ele criou suas habilidades e personalidades, de modo que sejam capazer de fazer aqui na terra o trabalho que Deus tem em mente. Entretanto, a Bíblia não nos dá
conselhos específicos para o serviço do crente porque os crentes caminham pela fé e não por vista. Eles precisam crer que Deus é o Todo Poderoso Senhor que controla o universo para obenefício espiritual do Seu povo. Os crentes não vêem todos os fatores complexos que controlam os eventos desse mundo. Mesmo se eles pudessem saber tudo, não teriam a sabedoria para analisar propriamente toda a informação e decidir qual é a melhor escolha. Ao invés disso, eles somente podem com cuidado e oração colocar na balança as coisas que eles têm conhecimento e que afetam a sua escolha de serviço e confiar no Senhor para guiar as coisas em suas vidas de modo que andem pelo caminho certo do serviço. Romanos 12 lista muitas ordens gerais. Não existem conselhos específicos para o serviço de um crente porque uma vez que os crentes focalizam sua atenção em serem fiéis, em pacientemente desenvolver os dons que Deus lhes deu, eles vão ver que as oportunidades certas de serviço vão aparecer normalmente. Se os crentes se concentrarem no desenvolvimento do seu caráter, eles serão testemunhas fiéis, não importa a escolha que tenham feito para o seu serviço. Fidelidade é a medida verdadeira de como os crentes estão fazendo a vontade de Deus com sucesso. Em outras palavras, se os crentes crescem no entendimento da Bíblia e na sua obediência do que aprendem dela, e se os crentes descansam alegremente na situação que Deus os colocou, eles vão saber que Deus os vai mostrar o serviço que lhes é melhor, como lemos em Romanos 12:2, 3 que diz, "E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um." Com tudo isso em mente, podemos pensar em Romanos 12, e continuando, descrevendo o que Deus faria se Ele estivesse enfrentando situações que são apresentadas nesses capítulos. Portanto, Romanos 12 pode ser visto como uma descrição das próprias atitudes e ações de Jesus que podem nos ajudar a compreender a vontade de Deus para nós. Jesus Cristo sabe melhor do que qualquer outra pessoa como provar o que é a boa, aceitável e perfeita vontade de Deus. Os crentes buscam e se alegram em fazer a vontade de Deus, mas não apenas porque Ele é seu Criador, mas também porque Ele é seu Salvador e Senhor. Mas ainda assim os crentes vivem debaixo da jurisdição de algumas autoridades terrenas que exigem obediência e lealdade. A quem os crentes devem obedecer? Será que o serviço fiel as autoridades signfica rebelião contra Deus? Ou o se servimos a Deus estamos traindo as autoridades terrenas? A resposta para essas perguntas parecem complicadas. Em primeiro lugar, quase todos os líderes terrenos são pessas incrédulas e que estão em rebelião pessoal contra Deus. Portanto, será que os crentes têm alguma responsabilidade em obedecê-los? Em segundo lugar, os crentes estão nesse mundo por um período temporário. Esse mundo não é seu lar. Uma vez que eles pertencem ao reino de Deus e não possuem interesse nesse mundo, será que eles possuem alguma obrigação de servir a liderança de autoridades terrenas que aparentemente estão em competição com o Senhor no céu? Em terceiro lugar, os crentes têm uma tarefa espiritual para ser cumprida aqui na terra. Será que o serviço prestado aos líderes do mundo e as leis dos homens são uma interferência ao cumprimento da vontade de Deus para os homens na terra?
Romanos 13 explica o lugar das autoridades terrenas no universo de Deus e na Sua economia da história. Romanos 13 ajuda os crentes a compreenderem porque Deus tem permitido que seres humanos tenham a liderança da terra em suas mãos, embora a maioria dos homens não sejam salvos. Romanos 13 também ajuda os crentes a compreenderem qual é a sua obrigação para com essas autoridades terrenas. Em outras palavras, Romanos 13 nos ensina a vontade de Deus para crentes que vivem num mundo cuja sociedade é moldada pelas correntes humanas de comando, como lemos em Romanos 13:1,5, "Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. Pelo que é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa da ira, mas também por causa da consciência." De acordo com Romanos 13, a submissão do crente aos ministros que Deus colocou sobre eles é parte da sua expressão de amor por Ele e por outros, como lemos em Romanos 13:8 que diz, "A ninguém devais coisa alguma, senão o amor recíproco; pois quem ama ao próximo tem cumprido a lei." Continuando devemos olhar para Romanos capítulo 14, do versículo 1 até o capítulo 15, versículo 7 que pode ser entitulado como, A justa vontade de Deus dentro da igreja. As pessoas precisam fazer a vontade de Deus num mundo imperfeito. É difícil para o crente fazer a vontade de Deus com sucesso nesse mundo com todos os impedimentos da sua própria carne pecadora. Entretanto, a isso deve ser acrescentado a dificuldade de servir a Deus entre os pecadores. Portanto, Romanos 14:1 até 15:7 explica como os crentes podem fazer a vontade de Deus na igreja, uma sociedade composta de pecadores, alguns que são salvos e maduros, alguns que são salvos e imaturos e outros que não são salvos. Precisamos compreender que a discussão do capítulo 14 não é primariamente sobre a diferença entre crentes e não crentes. Esse assunto é estudado no capítulo 8. Mas o foco desse capítulo está na diferença entre crentes fracos e fortes. Isto é, de acordo com o versículo 3, os membros "fracos" são pessoas que Deus recebeu, no sentido de que foram salvas, como lemos em Romanos 15:7 que diz, "Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu, para a glória de Deus." Fazer a vontade de Deus é mais do que apenas ter conhecimento da Sua lei e cumprí-la. A pessoa madura precisa considerar a salvação e a edificação dos eleitos. A pessoa madura precisa considerar que os outros, assim como ela, lutam com a sua fraqueza e que Deus tem um plano para ajudar essas pessoas fracas. A pessoa madura deve se submeter a esse plano, ela precisa se humilhar diante daquilo que Deus deseja que ela faça. Ela deve perdoar, ser paciente, ela precisa desejar e estar pronta para edificar espiritualmente a pessoa fraca. Esse é o princípio expressado em Romanos 14:19 que diz, "Assim, pois, sigamos as coisas que servem para a paz e as que contribuem para a edificação mútua." Finalmente chegamos a Romanos capítulo 15:8 até 16:27, que pode ser entitulado como, A justa vontade de Deus ilustrada. A porção do livro de Romanos ilustra a vontade de Deus nas vidas de Jesus (Romanos 15:8-12), Paulo (Romanos 15:13-33) e de muitas pessoas que Paulo conhecia (Romanos 16:1-27). Podemos ver na vida de Jesus, Paulo e outros crentes, a graça de Deus que é dada aos pecadores e que os salva de qualquer obra qe tenham feito. Também vemos a
fé e a obediência que marcam a vida das pessoas que foram modificadas pela soberana graça de Deus e a honra que a sua fidelidade traz para Deus. Essas ilustrações têm muitos propósitos. Por exemplo, elas servem para demonstrar que os princípios colocadas em Romanos são reais e certos, uma vez que eles foram cumpridos na história. Serve também para deixar claro o que foi dito antes, quando vemos os princípios funcionando na vida de muitas pessoas diferentes. Também essas ilustrações servem para encorajar os crentes através da lembrança de que não estão sozinhos nessa luta. Outros também lutaram o bom combate. Também trazem coragem aos crentes quando demonstram que fazer a vontade de Deus não é uma possibilidade teórica, algo que é um alvo maravilhoso que nunca chega a ser realizado, mas algo que pode se realizado com sucesso. Isto é, as ilustracões nos mostram que Deus dá tanto o desejo como o poder para que a Sua vontade seja feita a todos aqueles que Ele salva. E porque as ilustrações fazem propaganda da vitória do poder do evangelho, elas honram Deus que planejou e que cumpriu o evangelho na vidas dos Seus crentes eleitos. Quanto a isso, as ilustrações também servem como um alerta. Elas chamam a nossa atenção para o fato de que o cumprimento da vontade de Deus é algo esperado mais e mais nas vidas de todos aqueles que se dizem crentes. Portanto, qualquer pessoa que percebe que está seguindo a sua própria vontade ou a vontade do mundo ao invés de seguir a vontade de Deus, precisa conferir para ter certeza se é realmente salvo. Podemos sumarizar brevemente o conteúdo de todo o livro de Romanos da seguinte maneira. Romanos 1:1 até 3:20 descreve o pecado do ser humano e a culpa que todas as pessoas têm diante da lei de Deus. Romanos 3:21 até 11:31 descreve a salvação de Deus, a qual Ele criou e preparou de modo soberano para todo o Seu povo. Romanos 12:1 até 16:27 descreve a vida de serviço através da qual o povo de Deus demonstra gratidão pela salvação. 4. COMENTÁRIOS GERAIS Concluimos com uma pequema visão do livro de Romanos. Agora precisamos fazer alguns comentáios gerais sobre o livro de Romanos que vão nos ajudar a olhar para alguns detalhes mais tarde. Nós lemos em Romanos 1:13, "E não quero que ignoreis, irmãos, que muits vezes propus visitar-vos (mas até agora tenho sido impedido), para conseguir algum fruto entre vós, como também entre os demais gentios." A partir desse versículo podemos deduzir que quando Paulo escreveu essa carta, ela ainda não tinha visitado pessoalmente a congregação em Roma. Eles foram evangelizados e cresceram debaixo do ministério de outra pessoa. Quando Paulo lhes escreveu eles estavam maduros, formavam uma igreja forte, como lemos em Romanos 1:8 que diz, "Primeiramente dou graças ao meu Deus, mediante Jesus Cristo, por todos vós, porque em todo mundo é anunciada a vossa fé." Com isso em mente, podemos entender porque, do ponto de vista humano, Paulo estaria inclinado a lhes providenciar uma completa e profunda discussão sobre o evangelho. Ele foi bastante minucioso uma vez que não podia estar em pessoa para conversar com eles, e ele queria ter certeza de que havia antecipado e respondido todas as questões possíveis sobre o evangelho e seus desafios. Paulo se aprofundou porque ele
sabia que eles seriam capazes de compreender tudo e apreciar as riquezas da maravilhosa graça de Deus. Entretanto, nunca podemos ter a idéia de que essa carta foi algum tipo de relíquia de uma correspondência pessoal, de um homem para uma igreja, e que sobreviveu durante séculos. A carta aos Romanos é a Palavra de Deus para todos os homens de todas as idades. Deus usou Paulo para escrever uma mensagem que confrontaria pecadores com sua loucura e que os deixaria sem desculpa, assim como traria conforto para os crentes com a maravilha e a esperança do evangelho. Algumas das importantes idéias sobre o evangelho que são desenvolvidas no livro de Romanos são as seguintes: o livro de Romanos cuidadosamente descreve o padrão do evangelho, que é a justiçca de Deus, como lemos em Romanos 3:21,22, "Mas agora, sem lei, tem-se manifestado a justiça de Deus, que é atestada pela lei e pelos profetas; isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há distinção." O livro de Romanos cuidadosamente descreve a motivação do evangelho, qua é o amor de Deus, como lemos em Romanos 5:8 que diz, "Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós." O livro de Romanos cuidadosamente descreve o objetivo do evangelho, que é a satisfação da lei de Deus através de Jesus Cristo, como lemos em Romanos 8:3,4 e pelos crentes, como Romanos 8:4 nos diz, " Para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito." O livro de Romanos cuidadosamente descreve as bençãos do evangelho que são a salvação da ira de Deus, como lemos em Romanos 5:9 que diz, "Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira." e a adoção como filhos de Deus, como lemos em Romanos 8:14-16, "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai! O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus;"O livro de Romanos cuidadosamente descreve o alcance do evangelho que são os eleitos de Deus, ambos judeus como gentios, como lemos em Romanos 3:9, 29 e 30, "Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira nenhuma, pois já demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado; É porventura Deus somente dos judeus? Não é também dos gentios? Também dos gentios, certamente, se é que Deus é um só, que pela fé há de justificar a circuncisão, e também por meio da fé a incircuncisão." Finalmente o livro de Romanos cuidadosamente descreve o efeito do evangelho sobre aqueles que Deus salva. Um efeito é que eles possuem o poder e o desejo de servir a Deus de coração, como lemos em Romanos 6:17, "Mas graças a Deus que, embora tendo sido servos do pecado, obedecestes e coração à forma de doutrina a que fostes entregues." Um outro efeito e que eles possuem um grande desejo pelo benefício espiritual pelos outros, como lemos em Romanos 1:11, "Porque desejo muito ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais fortalecidos." E outro efeito é que eles possuem o desejo de glorificar a Deus, como lemos em Romanos 5:2, "Por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus." Acima de qualquer outra coisa, o livro de Romanos mostra a majestade e glória de Deus. Deus é o puro e perfeito Juiz de todos os homens. Deus é o Criador que poderosamente dispensa Sua graça de acordo com a Sua vontade. Deus é o Senhor da história. Deus é único no Seu maravilhoso caráter, como a Sua justiça, amor e
sabedoria. de uma certa maneira todo o livro de Romanos aponta para o último versículo, Romanos 16:27 aonde lemos, "Ao único Deus sábio seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém." Precisamos compreender a Lei de Deus antes de compreendermos da maneira correta e clara a mensagem da salvação do livro de Romanos. Em primeiro lugar, a lei de Deus não é limitada aos Dez Mandamentos que Deus deu a Moisés no Monte Sinai. Podemos encontrar a Lei de Deus em toda a Bíblia. E nos ajuda pensar na Lei de Deus como toda a Bíblia. A Bíblia é a parte da vontade de Deus que Ele decidiu revelar ao homem e a qual Ele espera que os homens obedeçam. Em segundo lugar, a Lei não é algo novo que Deus acrescentou ao universo como reação ao pecado do homem. Deus não criou o universo primeiro e depois, quando viu o pecado do homem, criou as leis como um meio para policiar o homem, como uma tentativa de freiar as suas tendências pecaminosas. A lei é eterna e imutável assim como Deus é. Em terceiro lugar, a Lei não posssui uma existência independente de Deus. Não é como se Deus selecionasse um grupo de regras auto-existentes, as quais Ele achou que fariam um bom código de conduta para os homens e então chamou de Lei. Mas ao invés disso, a Lei é uma expressão do que o próprio Deus faria. Deus tem os homens, Suas criaturas responsáveis diante da Lei porque Ele Se ajusta também a Sua Lei. Entretanto, não é como se Deus fosse forçado pela Sua Lei ou que a Sua Lei de alguma maneira tivesse uma autoridade maior ou independente da que Ele tem. Mas o que acontece é que Deus tem um caráter que O leva a pensar e a Se comportar de uma certa maneira, e a Lei de Deus é a expressão do que Ele também deseja. A lei de Deus revela que tipo de coração Ele possui. Em outras palavras, Deus é o que Ele é e a Lei nos diz como Deus Se comporta e o que Ele espera das Suas criaturas. Portanto, não é justo que Deus espere uma determinada atuação dos homens, mas Deus espera que os homens desejem a mesma coisa que Ele. Deus deseja que o homem tenha o mesmo tipo de caráter e coração que Ele possui, o qual automaticamente o levaria a se comportar da mesma maneira que Deus. Finalmente, precisamos colocar de lado qualquer noção que a Lei de Deus é de alguma maneira uma competição ou um conflito com a Sua graça. A Lei é designada para mostrar o pecado do homem de modo que ele busque a graça de Deus e deseje viver uma vida de serviço a Deus em gratidão por sua salvação. Continuando, faremos alguns comentários gerais sobre o que livro de Romanos ensina no que diz respeito aos Judeus (ou Israelitas) e Gentios (ou Gregos). Durante o curso da história, Deus temporariamente separou as pessoas em dois grupos: aqueles que receberam a Sua lei, chamados de Judeus ou Israelitas, e todo os resto dos seres humanos, chamados de Gentios. Não é como se Deus tivesse olhado para todas as nações existentes e selecionado uma que era apropriada para o Seu trabalho. Mas ao invés disso, Deus formou um grupo de pessoas que antes não existiam como nação. Através da criação de uma completa nação, Deus passou a ter em Suas mãos um plano através do qual Ele poderia realizar certos propósitos. Alguns desses propósitos foi a preservação da Sua Palavra escrita, o desenvolvimento de ilustrações do evangelho, e uma nação através da qual o Messias haveria de nascer.
Uma mensagem importante do livro de Romanos é que os habitantes da nação física de Israel poderiam ter tido a tarefa única na história do mundo, mas eles eram pessoas iguais as outras do resto do mundo. O livro de Romanos, assim como toda a Bíblia, afirma que existe um distinção que Deus faz entre os homens, mas a linha está entre os crentes e os incrédulos. A distinção que conta é espiritual, física ou nacional. Precisamos acrescentar um pensamento importante antes de vermos o que o livro de Romanos nos diz sobre os judeus e os gentios. É apropriado aplicar essas coisas que a Bíblia declara para a igreja sobre os judeus e o que que ela declara sobre os gentios para as pessoas que não são parte da igreja. Conforme estudamos a Bíblia, é tarefa nossa comparar o que a Bíblia diz sobre os judeus diante da situação daqueles identificados com a religião cristã, e comparar o que a Bíblia diz sobre os gentios diante da situação daqueles que não possuem filiação com a igreja cristã. 5. VERSÍCULOS SELECIONADOS Concluimos com alguns comentários gerais sobre o livro de Romanos. Agora vamos olhar para alguns versículos selecionados do livro de Romanos em mais detalhe. a) Romanos 1:16, 17, "Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo quele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque no evangelho é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus, como está escrito: Mas o justo viverá da fé." Muitos e muitos livros poderiam ser escritos acerca desses importantes versículos. Por causa dessa pesquisa, devemos concentar a nossa atenção sobre apenas algumas idéias. Em primeiro lugar, devemos olhar para as palavras, "Porque não me envergonho do evangelho de Cristo." Precisamos compreender essa frase à luz de dois fatos. Um é que Paulo estava anunciando o evangelho a Roma, como lemos em Romanos 1:15, "De modo que, quanto está em mim, estou pronto para anunciar o evangelho também a vós que estais em Roma." O outro é que o evangelho é o poder de Deus, como acabamos de ler em Romanos 1:16. O versículo 16 diz que o evangelho é o poder, não um poder comum, mas o poder do próprio Deus. Portanto, se Deus tem o poder para criar o universo e moldar a história do modo que deseja, por que, à luz do fato de que os crentes em Roma deram um forte testemunho, como lemos em Romanos 1:8 que diz, "Primeiramente dou graças ao meu Deus, mediante Jesus Cristo, por todos vós, porque em todo mundo é anunciada a vossa fé.", por que existiam tão poucos crentes numa cidade tão ímpia como Roma? A resposta é que o poder da salvação não é medido pela quantidade de pessoas que são salvas. Além do mais, o evangelho da salvação não é colocado a disposição como verduras no mercado e então as pessoas decidem se vão ou não querer levá-lo para casa. Salvação é um dom de Deus, dado apenas a algumas pessoas específicas, os crentes. Deus tem certas pessoas em mente e trabalha poderosamente em suas vidas. Poderíamos expressar essa idéia da seguinte maneira, "Você deseja ver o poder e o sucesso do evangelho? Então, olhe para os crentes. Foi por causa deles que o evangelho foi criado, e é na vida deles que você pode ver a evidência profunda e extensiva da obra de salvação de Deus."
O ponto da frase "porque não me envergonho do evangelho de Cristo" está no fato de que quando Paulo foi pregar o evangelho e medita nos resultados do seu esforço, ele não fica cheio de dúvidas ou confusão, porque ele sabe que o poder do evangelho não é medido através da comparação do número de pessoas que dizem que são crentes dentro da população. Mas ao invés disso, o evangelho é medido na vida dos crentes verdadeiros. Não podemos avaliar o evangelho baseados naquilo que vemos a nossa volta no mundo. Existem muitos romanos e poucos crentes. Não importa quão ruim as coisas pareçam ser, o evangelho é o poder de Deus para a salvação, porque os resultados do evangelho são aquilo que Deus quer que eles sejam. Eles nunca nos deixam evergonhados. São sempre o melhor porque o evangelho tem o poder de transformar a vida do povo de Deus em pessoas fiéis, corajosas e amorosas. As palavras "não me envergonho do evangelho" expressam a perspectiva do crente que compreende o plano de salvação de Deus e que como ele está atuando na história. Continuando, devemos olhar para as palavras, "poder de Deus para a salvação." Os homens ficam impressionados com o poder: poder físico para construir, destruir e mover grandes objetos. Poder intelectual para formar idéias e controlar o meio ambiente. Poder político para moldar a sociedade e as mentes dos homens. Certamente Deus, como o Criador, tem poder supremo sobre o universo físico. Entretanto, o poder de Deus que está em vista aqui em Romanos 1:16 é a dinamite que resulta na salvação. Portanto, chegamos ao coração da mensagem da Biblia e da razão pela qual a Bíblia foi escrita: salvação da ira de Deus e salvação da escravidão do pecado. Salvação é o grande assunto da Bíbila. A mensagem de salvação é a mensagem mais importante que um homem pode ouvir. Por essa razão é absolutamente essencial que compreendamos o que a Bíblia quer dizer com salvação. Uma das afirmações mais claras sobre a salvação é encontrada em Romanos 5:9, aonde lemos, "Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira." A idéia chave aqui é que a salvação é o resgate da ira de Deus. Todos os homens pecaram, e a resposta e Deus é Sua ira, que está preparada para descer sobre os homens no dia do julgamento. Um dos propósitos da Bíblia é declarar que Deus está zangado com os homens. O terror e medo deve estar na vida dos homens que pecaram contra Deus. A mensagem de salvacão começa com um Deus zangado que implacávelmente persegue o homem e o horror que os aguarda depois do túmulo. A ira de Deus é unicamente a mensagem da Bíblia. É o fato básico do universo, o qual o homem tenta explicar através de teorias imaginárias ou das quais o homem tenta se esconder quando mergulha nas coisas desse mundo. A maravilha da mensagem da Bíblia é que existe salvação a partir do perigo da ira de Deus. Um homem não precisa encarar um Deus zangado. Deus tem o poder de libertar o homem das consequências do seu pecado. Um dos propósitos da Bíblia é revelar como é que Deus faz isso. A Bíblia mostra como um homem pode tomar conhecimento do grande alívio da ira de Deus. Uma outra idéia aparece das palavras, "de fé em fé" encontradas no versículo 17. Um maneira mais exata de dizer isso seria, "da fé e para a fé". A idéia aqui é que existe uma transferência de fé de uma passagem para outra. De acordo com muitas passagens na Bíblia, como João 6:29 aonde lemos, "Jesus lhes respondeu: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.", podemos ver que a fé que salva não é um atributo natural do homem, mas é um dom dado por Deus. Portanto, a idéia de Romanos 1:17 é
que o poder do evangelho é visto no fato de que os crentes vivem da fé em Deus. Podemos compreender isso não apenas no fato de que Deus é fiel às Suas promessas de salvação e portanto os crentes podem ter a vida eterna, mas também no sentido de que a parte do seu caráter que crê em Deus é realmente o caráter de Jesus cujo Espírito vive neles. b) Romanos 1:18, "Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça." A palavra "ira" se refere ao julgamento de Deus. Estritamente falando, a ira no sentido de punição somente pode ser lançado sobre um homem depois que ele foi julgado e achado culpado. Jesus já suportou a ira de Deus por todo o Seu povo. Entretanto, a ira vai ser a resposta do dia de julgamento de Deus para a maldade daqueles que não estão salvos. O julgamento que determina a culpa é um evento futuro para os não crentes, que vai acontecer no último dia. Romanos 1:18 nos ensina que precisamos começar a anunciar a mensagem do evangelho, as "Boas Novas", da maneira que a Bíblia ensina. O evangelho significa boas novas porque antes existiram más novas. A ira de Deus espera pelos pecadores. Deus está zangado com eles por causa dos seus pecados. O que pode ser feito? O evangelho se resume nas boas novas de que existe um escape, um resgate do perigo da ira eterna de Deus. Esse é o ponto da salvação (Romanos 5:9, II Coríntios 5:11). Precisamos sempre começar com o conceito bíblico de necessidade. As pessoas geralmente tentam encontrar o Cristo ou a teologia que se encaixa dentro da sua necessidade. Alguns necessitam de um exemplo ético. Para eles, Cristo é o professor . Outros precisam de alívio para uma opressão física, para eles Cristo é um revolucionário social. Alguns necessitam de alívio da doença. Para eles, Cristo é um grande fazedor de milagres. Entretanto, precisamos começar com o conceito bíblico de necessidade. A necessidade desesperada do homem é a proteção da ira de Deus. Nada mais é importante. Como uma ilustração da situação espiritual dos pecadores, vamos imaginar um homem se agarrando a um pedaço de madeira no meio de um rio caudaloso que está indo na direção de uma grande queda d'água. Imagine que o homem está preso de alguma maneira no pedaço de madeira e que está inconsciente . Qual é o perigo que ele está enfrentando? Não é que ele vai cair na queda d'água e será esmagado até a morte nas rochas? Imagine mais: você vê um outro homem na beirada do rio olhando para o que está preso a madeira. Se este consegue lançar a madeira e puxa o homem para a margem do rio e consegue salvá-lo, podemos dizer que ele foi salvo. Essa é uma descrição exata da palavra "salvo". Um grande perigo foi evitado através da obra de outra pessoa. A situação espiritual do homem é similar a ilustração acima. Os homens estão em grande perigo. A ira de Deus está prestes a ser derramada sobre eles. A ira de Deus não é algo terapêutico do Seu amor que nos mostra como devemos obedecer. Mas é algo que é produto da Sua cólera em resposta a incapacidade e o não desejo de obedecer. A ira de Deus é apenas uma resposta ao pecado do homem. A salvação é um resgate dessa ira, através da graça.
Não podemos usar a ira do homem, com a qual estamos tão familiarizados para compreender a ira de Deus. Deus não fica zangado como o homem. A ira do homem vem da impaciência. Mas Deus nunca está com pressa. Ele sempre espera pelo momento certo e nunca toma atitudes apressadamente. A ira de Deus vem da sua fraqueza e frustração, mas Deus é o Todo Poderoso e sempre cumpre a Sua vontade. A ira do homem vem do medo, mas Deus nunca é intimidado. Ele até mesmo pode desejar sacrificialmente passar pelo horror do inferno pelo benefício do Seu povo. A ira do homem vem de um ego ferido. Mas Deus nunca faz retaliações ou é rancoroso. Ele é Santo e Justo e reage aos insultos dos homens com justiça perfeita. O horror e terror da ira de Deus é igual a iniquidade do pecado dos homens. Os homens são ímpios e injustos como a ira de Deus implica. A preposição "do" na frase "do céu" é uma tradução da palavra grega que significa "longe de". O ponto das palavras "do céu" é que o céu é a fonte da ira. A ira desce do céu na direção dos pecadores. Podemos ser inclinados a pensar na conecção entre a ira e o céu. O céu e a ira são compatíveis um com o outro? Como pode ser que a ira vem de um lugar perfeito e belo aonde Deus mora? A resposta é que não devemos pensar no céu como um frasco e a ira como uma substância. Em primeiro lugar, o céu é aonde Deus está. O problema no universo é um conflito pessoal entre os homens e o próprio Deus e Ele responde de uma maneira pessoal. Para ser franco, os homens não gostam de Deus e também não desejam fazer o que Ele diz para fazerem. Portanto, Deus está zangado com homens como já poderíamos esperar que estivesse. O que vem do céu é um reflexo da personalidade de Deus, isto é, um Deus que odeia o pecado. O céu é uma fonte de doçura e luz para aqueles que crêem no Senhor Jesus Cristo, mas apenas porque Deus está em paz com eles. O céu é a fonte da ira por pecadores rebeldes porque Deus está zangado com eles. Se o homem não encontrar a salvação que vem do céu, não vai encontrar em outro lugar. Tudo o que eles encontram é ira. Estudamos todo o versículo, a não ser a última frase que diz, "que detêm a verdade em injustiça." A palavra "detêm" na frase "homens que detêm a verdade em injustiça." é composta por um prefixo que significa "para baixo" e por uma raiz que significa "ter" ou "possuir". A palavra "detêm" pode ser traduzida como "oprimir". A idéia dessa palavra é uma supressão ativa. Portanto, a ira de Deus é revelada porque os homens deliberadamente se opõem a verdade, buscando inibí-la para que ela não os acuse. Eles fazem isso em "injustiça", o que poderia significar que as suas supressões da verdade é uma ação injusta ou que suas vidas são tão injustas que eles removem qualquer pensamento sobre a verdade das suas consciências, assim como qualquer apelo externo da verdade de Deus. A idéia em vista não é que os homens buscam negar a existência de Deus, embora muitas pessoas certamente façam isso. Mas ao invés disso, em Romanos vemos que os homens tentam suprimir a verdade tentando distorcê-la ou substituí-la pela sua própria versão da verdade. Alguns usam a psicologia enquanto outros usam a religião, mas todos os homens tentam modificar a verdade de Deus, assim como criar a sua própria
verdade, de modo que podem explicar a ira de Deus e se reconciliarem com Deus dentro dos seus próprios termos. Como um exemplo de como os homens "detêm a verdade em injustiça", vamos examinar a idéia de pecado. A Bíblia diz que o pecado é desobediência a lei de Deus (I João 3:4). Entretanto, essa não é apenas uma definição de comportamento do pecado, porque uma pessoa que peca é levada a isso pelo seu coração. Não podemos aceitar a premissa de que os homens são basicamente bons. E também não devemos ser surpreendidos com o fato de que "boas" pessoas, às vezes, fazem coisas ruins. Mas, a evidência é que a maldade segue os homens aonde quer que eles possam ir, porque todos os corações dos homens são ímpios e que o pecado é uma expressão do que eles são, como lemos em Jeremias 17:9 que diz, "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?" A lei diz, "Faça isso, mas não faça aquilo." O homem diz, "Besteira! Eu faço o que eu quero fazer." Pecado é aquilo que o homem faz ou não baseado num coração ímpio e egoísta que diz, "Me deixe em paz e deixe que eu viva minha vida." E é por causa dessa rebelião insolente e pessoal que a ira de Deus virá sobre os homens. Essa explicação do pecado é inaceitável pelo homem. Ela é uma lembrança odiada da sua obrigação de obedecer a Deus, assim como a sua responsabilidade pela sua desobediência. Portanto, os homens suprimem a verdade sobre o pecado quando inventam a sua própria definição. Precisamos estar certos de que estamos compreendendo o que a Bíblia quer dizer com a palavra "pecado". Em primeiro lugar, vamos colocar de lado, todas as idéias erradas sobre o pecado. Algumas pessoas pensam que o pecado é uma doença. Outras acham que pecado são os erros que as pessoas cometem em suas vidas. Outras dizem que pecado é um defeito hereditário. Alguns acham que o pecado é uma fraqueza ou que é a mesma coisa que ignorância. Algumas pessoas dizem que o pecado é apenas uma parte do fato de ser humano, com a desculpa de que não podem ser culpados da forma natural de se comportarem. Finalmente, algumas pessoas pensam que o pecado é a ausência de Deus. Mas todas essas idéias de pecado estão erradas. Em contraste com todas essas idéias erradas de pecado, a verdade é que o pecado é uma rebelião deliberada contra Deus. A Bíblia diz que o pecado é desobediência à lei de Deus, como lemos em I João 3:4, "Todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia." Ainda assim perguntamos, "Por que a ira de Deus deve vir sobre os homens? Por que a reação contra o pecado parece ser tão dura?" Uma coisa temos certeza: Tão severo quanto a penalidade e a acusação são, não existe dúvida que se encaixa com o crime porque Deus é absolutamente justo. Deus é santo e puro. A rebelião do pecado é uma afronta para Deus. O pecado é fruto de uma atitude que diz que Deus não é todas essas coisas e que portanto não precisa ser obedecido. Portanto, a ira de Deus vem sobre os homens que não gostam de Deus e que são contra Ele. A ira de Deus é uma medida exata de quão grande Deus é e quão bobo, feio, sujo e odioso é o homem. É por isso que o homem faz de tudo para suprimir a verdade. A verdade de Deus é uma afronta para o seu orgulho e auto respeito. A revelação da verdade de Deus é uma lembrança do terror que eles gostariam de esquecer. Para pecadores que ainda não foram salvos, seria muito melhor se Deus não existisse. As más notícias é que Deus age e Ele está zangado com os homens. Eles estão em apuros e tudo é sua culpa. Os homens podem ser salvos dessa ira, mas primeiro eles precisam encarar
a verdade. Eles precisam ser honestos sobre o que eles são, o que fazem e sobre o que merecem. Precisam ser honestos sobre o seu pecado. Precisam ser honestos sobre quem Deus é, o que Ele faz e o que fará com os pecadores. Eles precisam suplicar a Deus por misericórdia, porque apenas Ele pode perdoar. c) Romanos 2:25, "Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se guardares a lei; mas se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão tem-se tornado em incircuncisão." A circuncisão se refere a um ato cerimonial o qual os judeus tinham que fazer. Era algo requerido pela lei de Deus. A circunciso é um ato aonde os judeus tinham que remover uma parte da carne, o que também significava que parte do seu sangue era derramado. Isso fazia parte das suas leis religiosas que representavam a verdadeira salvação espiritual aonde o pecado era removido. O sangue derramado era uma representação do Salvador prometido, Jesus Cristo, que derramou Seu sangue, isto é, morreu para pagar pelos pecados do Seu povo de modo que seus pecados pudessem ser removidos. A circuncisão também os identificou como membros da nação de Israel. O problema com a cerimônia da circuncisão física estava no fato de que as pessoas que a faziam começaram a crer que a cerimônia em si os protegia da ira que estava para vir, ao invés da promessa do Salvador, que pagaria pelos pecados. Isto é, as pessoas criam na sua religião e nas suas cerimônias ao invés de crerem na salvação de Deus providenciada através de Jesus Cristo. Os judeus estavam confortáveis e orgulhosos com sua religião e eram desprezados por outras pessoas que não observavam suas religiões como os judeus faziam. Eles falavam, "Os gentios pecam e têm que encarar Deus por causa do seu mau comportamento. Mas isso é problema deles. Que eles encarem Deus com esse pecado. Estou protegido pela circuncisão e eles não." A resposta aos judeus em Romanos 2:25 é, " Eu tenho algumas notícias ruins para vocês. Vocês podem se apegar a cerimônia da circuncisão, mas a surpresa é que se você crer na sua religião, é como se não fosse circuncidado." O assunto de Romanos 2:25 é que os homens possuem uma tendência natural de envolverem-se na religião e chegarem a pensar que seus pecados foram cobertos e que Deus não vai ver seus pecados, mas Deus vê e fica irado. As cerimônias religiosas não ajudam. Elas não ajudam na diferença que existe por causa da desobediência da lei de Deus e da ira que está por vir para todos aqueles que não estão protegidos pelo Salvador. As palavras, "Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se guardares as leis" não significam que existe um lucro espiritual quando se guarda a lei da circuncisão, porque essa é apenas uma lei em particular. Precisamos ter em mente que a cerimônia da circuncisão é apenas uma das leis de Deus. Apenas existe lucro se uma pessoa guarda todas as leis de Deus, o que também inclui guardar a lei da circuncisão. O lucro é a justiça, mas isso só chega a um homem que mantém toda a lei de Deus. Em outras palavras, na frase, "se guardares a lei", devemos acrescentar a palavra "toda" entre "guardares" e "a". Um homem não pode simplesmente escolher a parte da Palavra de Deus que ele deseja obedecer. Um homem que segue a lei da circuncisão para estar correto diante de Deus, também precisa manter todo o resto das leis. A única maneira que uma cerimônia religiosa é boa é se a pessoa que a observa também obedece todas as leis de Deus perfeitamente sem nunca cometer qualquer deslize.
Com isso em mente, podemos dizer que se um homem quebra a lei, o resultado é o mesmo como se ele tivesse quebrado todas as leis. Isto é, ele ainda vai para o inferno e nao importa quais foram as leis que ele quebrou ou quais as leis que ele observou. Como o versículo 25 coloca, "a tua circuncisão tem-se tornado em incircuncisão." É como se ele não tivesse sido circuncidado, como se não tivesse feito nenhuma das cerimônias religiosas, porque a razão é que como pecador, ele ainda precisa ir para o inferno. De fato, como um não crente, ele não faz parte do povo de Deus e portanto, as suas cerimônias religiosas, não importa se é a circuncisão ou qualquer outro ritual, o qual é um sinal de identificação com o povo de Deus, não tem nenhum significado e é como se não existisse. A mensagem do versículo 25 é que se um homem mantém parte da lei, ele ainda é responsável pela sua desobediência da parte que ele não cumpriu. Obediência por um lado não traz equilíbrio para a desobediência por outro lado. Sua religião, não importa o quão fervorosamente ela seja observada, não vai ajudá-lo, e é como se ele não observasse nenhum ato religioso. É isso o que significa a frase, "mas se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão tem-se tornado e incircuncisão." Um homem que é fisicamente circuncidado em obediência à lei é considerado aos olhos de Deus ter quebrado a lei que ele obedeceu por causa da sua desobediência as outras leis. Podemos expressar as idéias do versículo da seguinte maneira, "Está bem, você deseja manter parte da lei para agradar Deus. Você pode tentar alcançar o seu alvo dessa maneira. Mas você deve manter toda a lei, sem mesmo um delize porque de outra maneira, você será amaldiçoado. Se você deslizar em apenas uma lei, é como se você não tivesse nem mesmo observado a parte da lei que tanto lutou para obedecer, porque você ainda vai para o inferno." A circuncisão era para ser uma reprsentação das bençãos espirituais da salvação através do derramamento de sangue de Cristo e da remoção do pecado da vida do Seu povo. Mesmo no Velho Testamento, que insistiu que a circuncisão devia ser feita, a insistência era para que as pessoas buscassem a realidade espiritual para a qual o ritual apontava. Um judeu do Velho Testamento não podia se removido da nação física se ele tivesse sido propriamente circuncidado, mas se ele não fosse salvo pela graça, ele seria cortado da congregação espiritual do povo verdadeiro de Deus, embora ele fosse fisicamente circuncidado. Esse é o sentido que a sua "circuncisão tem-se tornado em incircuncisão."como o versículo 25 nos avisa. Do ponto de vista de Deus, qualquer homem que não mantém a lei perfeitamente é incircunciso, tanto judeu como gentio. d) Romanos 3:10-18, "Como está escrito: Não há justo, nem sequer um. Não há quem entenda; não há quem busque a Deus. Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios; a sua boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Nos seus caminhos há destruição e miséria; e não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante dos seus olhos." Esses versículos são uma afirmação de uma certa culpa de todas as pessoas. Observe as palavras "como está escrito". O veredito final da culpa do homem como pecador descansa sobre o que está escrito, isto é, a Palavra de Deus. A culpa não é equivalente a um sentimento de medo ou aos efeitos do pecado na vida de um homem. A culpa é uma
declaração feita por Deus, uma afirmação que depois de uma revisão de toda a informação, fica claro que o homem desobedeceu a lei. Uma idéia por trás da palavras "como está escrito" é que o veredito é permanente. É como se sempre pudéssemos voltar atrás e ler o que é. Amanhã, depois de amanhã, para sempre, o veredito é o mesmo. Portanto, está escrito ou documentado para que isso seja verificado. A declaração do justo Juiz, Deus, é absolutamente verdadeira, final e que dura para sempre. O caso está fechado. De modo diferente das regras de jurisprudência que governam os julgamentos dos homens, no sistema legal de Deus, não é apelação, não existe a possibilidade de um veredito reverso. Não deve haver um outro julgamento porque uma revisão não vai encontrar nada de errado. Os homens são pecadores culpados e ponto final. Baseados nas palavras "não há quem ... não há nem um só" encontradas em Romanos 3:10 a 18, aprendemos sobre o alcance da acusação e condenação. Todo ser humano é ímpio, injusto, rebelde, pecador, sem excessão. Bonitas crianças, pessoas idosas, pessoas ricas, pessoas pobres, intelectuais sofisticados, pessoas comuns, artistas com excelentes dons, atletas, pessoas limitadas por um problema físico, pessoas com uma orgulhosa descendência, você e eu, não importa quem seja, todos somos ímpios. Sem a intervenção de Deus, as pessoas continuam a crescer mais e mais ímpias com o amargo fruto de seus ímpios corações. As pessoas não apenas pecam, mas esses versículos explicam que os homens são pecadores. A partir das palavras, "Todos se extraviaram" aprendemos que os homens tentam evitar caminhar pelo caminho que Deus escolheu para eles. Essa figura é parecida com uma criança que está na rua e se recusa a caminhar ao lado da sua mãe. Isto é, Deus diz, "Vá!". E como resposta o homem diz, "Não!". O grande problema do universo é esse conflito de vontades. Os homens simplesmente não desejam fazer nada que resulte no cumprimento do plano de Deus para suas vidas. Das palavras "juntamente se fizeram inúteis" aprendemos que os homens são incapazes de providenciar o que pode mantê-los longe do pecado e da destruição que merecem. Dentre todos os homens da raça humana, nenhum pode ser encontrado capaz de providenciar algo para as suas reais necessidades e dos outros. Os homens são inúteis uns para os outros, porque todos fazem parte do problema do pecado. As palavras "garganta...línguas...lábios...boca" são todas parte da anatomia do homem. De acordo com Mateus 15:18 que diz, "Mas o que sai da boca procede do coração; e é isso o que contamina o homem", as palavras que saem da boca dos homens são um reflexo dos seus corações, da pessoa real que existe em seus íntimos. O homem é fundamentalmente ímpio, como as suas palavras mostram. Em contradição a uma crença comum, não há nada de bom em ninguém. Os homens são maus. E os versículos em Romanos 3:10 até o 18 são realmente citações das passagens do Velho Testamento que leva essa mensagem até em casa. As palavras "A sua garganta é um sepulcro aberto" nos ensinam que as pessoas não salvas estão mortas. Elas caminham nesse planeta por um período de tempo e depois morrem fisicamente assim como já estão epiritualmente mortos. Os homens espiritualmente falando são cadáveres no sentido de que não possuem a habilidade para
obedecer a Deus enquanto vivem aqui na terra e no sentido de que são dedicados a segunda morte no futuro. E de pessoas mortas saem palavras que mostram o quão mortas elas realmente estão. As palavras de um homem morto espalha morte e deterioração. As filosofias morais e os falsos evangelhos dos homens infeccionam o pensamento e o comportamento dos outros, os levando a se afastarem da salvação de Deus. Na frase "peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios", a palavra "áspides" se refere a uma cobra ou serpente, e ela é apropriada porque os incrédulos são os portavozes de seu pai, o demônio que também é representado por uma serpente. Algumas pessoas não salvas parecem ser tão boas, melhores do que outras que dizem ser crentes. E o que falar de belas crianças não salvas? Será que essa frase pode também estar fazendo referência à elas? Deus não quer que nós subestimemos a verdadeira natureza dos homens, ou que estejamos impressionados com a aparência física ou a educação. Não devemos errar na nossa avaliação dos homens. Os homens nascem como cobras e crescem para ser tão mortais como uma serpente pode ser. As palavras "a sua boca está cheia de maldição e amargura" e "para derramar sangue. Nos seus caminhos há destruição e miséria e não conheceram o caminho da paz" chamam a nossa atenção para a agressividade do maligno. Os homens possuem uma vingança nata e odiosa contra qualquer pessoa que se coloque no seu caminho. Os homens ímpios não têm descanso debaixo da ira de Deus e partem para atacar qualquer pessoa que tente frustrar suas tentativas de cumprir as suas cobiças da carne. É claro que essa é uma agressão direcionada a Deus. A propósito, o fato de que a violência sempre prevalece na terra debaixo da vista de Deus não indica que Deus é fraco ou mal. Mas essa é uma evidência de que Deus removeu o que segurava o homem e está permitindo que ele cometa toda iniquidade possível para que esteja pronto para o dia do julgamento. E quando vemos esses atos pecaminosos dos homens ainda pensamos, "Por que os homens são tão violentos?" Talve nem eles mesmos possam saber da razão. O homem está cheio de ódio. Ele mata outra pessoa sem nem mesmo pensar em todo o sofrimento que causam ou sobre a penalidade que vão ter que pagar a Deus por suas ações. Uma fonte certa de um temperamento e ações violentas que vemos no mundo é o ego do homem. O coração egoísta do homem é revelado através das suas palavras ímpias e da sua agressão. A violência do homem é a mais clara evidência da sua verdadeira natureza e a destruição e miséria que eles causam no universo é apenas sua própria falta. Quanto mais pensamos sobre a mensagem de Romanos 3:10 a 18, mais ela se torna clara de que todas as pessoas estão indo por seus próprios caminhos e se afastam cada vez mais da paz, que é Jesus Cristo, o caminho da paz. É como se o homem tivesse feito uma escolha numa bifurcação na estrada, decidindo ir pelo seu próprio caminho ao invés do caminho de Deus. Eles pensam que o evangelho da salvação em Jesus é besteira. Eles não apenas possuem nenhum interesse em aprender o evangelho de Jesus Cristo, mas também possuem uma aversão a qualquer coisa relacionada a ele. Eles foram tão longe em seus caminhos pecaminosos que parecem ter passado do ponto de
retorno, sem prestar atenção aos sinais de perigo no caminho. Isto é, eventualmente o engano do pecado se torna completo. O homem não teme a condenação, não porque ele não crê que é pecador, mas também porque eles pensam que são capazes de enganar a Deus com sucesso. Infelizmente, sem o temor de Deus, eles nunca vão encontrar a sabedoria que precisam para encontrar a resposta para o julgamento que está por vir. E todos os seus atos religiosos não vão ajudar e) Romanos 3:23, "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus." Esse versículo é quase sempre mal entendido. Algumas pessoas ilustram esse versículo com uma figura de um homem que lançou uma flecha num alvo e não conseguiu acertar. Essa ilustração quer nos dizer que o homem da sua maneira pecaminosa tenta fazer o que Deus diz, mas não consegue. Essa é uma maneira errada de compreender o que Romanos 3:23 nos diz. O homem, é claro, tem falta da glória de Deus, como esse versículo diz. Mas se usarmos a mesma ilustração, uma figura melhor sobre isso seria a de um homem que deliberadamente se volta para trás e fica virado para olado oposto do alvo. De fato, o homem na sua perversidão quebra o arco e a flecha e não possui nenhum desejo de nem mesmo pensar em alcançar o alvo. Essa é a mansagem de Romanos 3:10-18, que aprendemos antes. Romanos 3:23 não é um comentário sobre os esforços sem efeito do homem de alcançar um padrão da justiça gloriosa de Deus. Longe de Cristo, o homem nem mesmo deseja obedecer a Deus. É necessária a graça de Deus para que o homem se volte e encare a justiça de Deus e busque alcançar a glória de Deus. f) Romanos 5:8, "Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós." Em grande contraste com o egoísmo do homem descrito em Romanos 3, Romanos 5:8 descreve o gracioso auto sacrifício de Deus. Deus é motivado a salvar pecadores por causa do seu amor. Isto é, Ele não é motivado porque vê algum tipo de nobreza ou justiça na pessoa por quem Ele Se sacrifica. E também, Ele não é motivado a um auto sacrifício que vem de avidez. O sacrifício de Deus não pode vir como uma reação de algo que Ele vê no objeto do Seu amor, porque todos os homens estão do mesmo modo diante de Deus, isto é, com pecadores. Deus sabe que as pessoas, para as quais Ele planejou a salvação, estão em guerra com Ele e merecem a Sua ira. Essa é uma grande diferença entre o homem e Deus. O homem não deseja sacrificar a si mesmo por inimigos que os odeiam. Deus deseja e faz isso. Essa é a grande demonstração do amor de Deus. A morte de Cristo na cruz mostra quão longe Deus pode ir para ajudar rebeldes pecadores. Assim como uma pessoa madura que vê a necessidade, que sabe o que precisa ser feito e faz isso sem levar em consideração o custo pessoal porque não existe outra maneira para que a necessidade seja satisfeita, Deus foi até o fim. E mais do que isso, Deus ajudou além da resistência daqueles pelos quais Ele estava trabalhando,
sabendo que pecadores estão espiritualmente mortos e incapazes de enxergar a sua grande necessidade espiritual. Deus fez muito por pessoas que são terríveis e que eram terríveis para Ele. Ele sabia o que precisava fazer, e fez isso diante de uma grande oposição. Embora um dos propósitos do evangelho seja a glória de Deus, isso não significa que Deus usou o homem apenas como um instrumento para ganho pessoal. É verdade que o resultado da salvação é que Ele seja honrado pela sabedoria, beleza e majestade que Ele já possui. Entretanto, como Romanos 5:8 nos diz, Deus resgatou Seu povo por causa do grande amor que Ele tinha por eles. Esse amor é demonstrado no fato de que essa salvação Lhe custou muito, isto é, a vida de Seu Filho Jesus Cristo. Nunca devemos diminuir o valor do preço da salvação dizendo que ela não foi tão ruim porque Jesus passou pelo inferno e depois da ressurreição foi estar com o Pai no céu. A experiência do inferno é algo tão horrível que não podemos nem mesmo imaginar. Apenas aqueles que têm que suportar o inferno podem compreender o seu grande custo. g) Romanos 5:9, "Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira." O verbo "sendo justificados" está no passado que se refere a um evento que tem efeitos presentes. A idéia é que pecadores agora são justos diante de Deus por causa do grande esforço de Cristo no passado que efetivamente pagou por todas as suas transgressões da lei. Romanos também ensina que os crentes podem estar seguros de que Deus vai manter a Sua promessa de protegê-los da ira futura que está por vir, assim como Ele manteve as Suas promessas no passado. A base para essa segurança é que eles não estão mais condenados pela lei, sendo justificados por causa do pagamento de Jesus pelos seus pecados. A salvação providenciada por Jesus Cristo derramando Seu sangue é completa, final e certa. Entretanto, o drama completo da salvação ainda não aconteceu. O dia do julgamento, o dia da ira de Deus está chegando. Esse versículo está afirmando que a presente reconciliação com a lei significa proteção futura contra a ira. O valor da morte de Cristo é visto, dentre outras coisas, no seu efeito sobre o futuro. "Muito mais" do que a reconcliação presente com a lei, o evangelho garante que os crentes vão encarar no futuro a responsabilidade diante da lei assim como no futuro, a penalidade que resulta dessa culpa. Em Romanos 5:9, aprendemos que o auto sacrifício de Deus providencia uma garantia legal de que os crentes vão escapar da Sua ira. h) Romanos 5:10, "Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida." A palavra "inimigos" ajuda a manter uma correta perspectiva do problema do homem e a motivação de Deus para resolver o problema. Os pecadores não são vítimas de alguns vilões. A história da salvação não é como algum tipo de drama no qual os pecadores são
os pobres heróis capturados e presos por um resgate, e que esperam o seu resgate por um belo herói. Certamente os homens são algumas vezes vítimas das obras más de outras pessoas e certamente Satanás mantém todo o seu povo cativo antes deles serem capturados por Jesus. Entretanto, todos aqueles que são salvos era inimigos que odiavam Deus e que ativamente faziam oposição à Ele. Deus não era motivado a morrer por pessoas por causa de algo atrativo que Ele viu nelas. E também não foi obrigado a resgatá-las por causa da sua condição de pena. Elas eram inimigos que não mereciam nada. Seria mais apropriado para Deus mostrar a Sua ira para eles do que amá-los. É verdade que a ira de Deus está reservada para Seus inimigos. Entretanto, esses pecadores que Deus desejou salvar foram reconciliados com a lei que os condenava quando eles eram inimigos porque Jesus morreu para remover a ira requerida pela lei por causa dos seus pecados. No dia do julgamento no final dos tempos, todos os não salvos serão julgados. Entretanto, o povo de Deus será poupado, ou salvo do dia da ira que está por vir. No versículo 10, vemos que o coração de Deus deseja proteger Seu povo da ira que está por vir. De acordo com o versículo 10, mesmo sendo pecadores isso não impediu Deus de mostrar Seu amor sacrificial e podemos estar certos de que Ele não vai mostrar Sua ira ao Seu povo no dia do julgamento, especialmente uma vez que fomos reconcliados com a lei. A lógica é, "Se Deus nos amou na pior situação das nossas vidas, podemos estar certos de que Ele vai nos amar também em outras situações." Agora vamos pensar na palavra, "reconciliados" de uma outra maneira. A salvação significa, dentre outras coisas, que pecadores são reconciliados com a lei de Deus. Entretanto, também é verdade que antes que eles foram salvos, o povo de Deus estava em guerra e precisava se reconcilair com Deus no sentido de que precisavam estar em paz com Ele. Deus e aqueles pelos quais Ele morreu estavam em guerra uns com os outros. Precisava existir uma mudança de atitude de um para o outro, a paz precisava substituir a guerra. Entretanto, Deus não mudou, quem mudou foi o Seu povo. Deus sempre amou o que era Seu, desde a fundação do mundo. E esse amor foi demonstrado quando Jesus absorveu a ameaça da ira de Deus na cruz. Deus também modifica os corações daqueles que Ele salva. Em Cristo, pecadores são novas pessoas e possuem um novo relacionamento com Deus. Agora o povo de Deus tem um relacionamento mais próximo com Ele. A alegria é que é tudo algo que veio das mãos de Deus e eles podem estar seguros nessa reconciliação. i) Romanos 5:12, "Portanto, assim como por um só entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram." Esse versículo apresenta uma visão bíblica única do universo. Ele afirma que o pecado "entrou" no mundo, assim como uma flecha penetra numa maçã e passa a ficar dentro da maçã. Com isso em mente, podemos compreender que o versículo está querendo dizer que o pecado é um intruso estranho que entrou no mundo através da rebelião do homem, trazendo morte e se unindo ao mundo e a seus habitantes. Os homens perdidos não concordam com esse versículo. Eles dizem que o que vemos no universo é normal e que toda a morte e a corrupção do universo é algo normal, é
assim que as coisas devem ser. De fato, eles dizem que a morte é algo normal para o universo. Se Deus entra na conversa, Ele é culpado como um Criador falho, ausente, fora de controle, mau ou um mito. Do ponto de vista deles, tanto a falta quanto a culpa para um universo corrupto é culpa do sistema, ou não têm importância alguma. Eles concluem dizendo que não é possível encontrar respostas para a miséria do homem e perguntas profundas porque tais respostas não existem. A alegria e a real esperança da Bíblia é que o universo foi criado perfeito, com um propósito. A Bíblia diz que as pessoas não são um acidente da natureza. As boas novas é que o pecado, a corrupção e a morte não são parte do plano básico de Deus para o universo. Algo aconteceu de errado. Não era para ser dessa maneira. O pecado "entrou" num mundo perfeito. O pecado é um problema para ser resolvido ao invés de uma tragédia que precisa ser renunciada. As duas visões do universo podem ser ilustradas por um relógio quebrado. Se achamos que o relógio é suposto estar quebrado, que é assim que o relógio deve ser, então não vamos ver nenhum propósito para a sua construção e também não vamos tentar consertá-lo. Entretanto, se compreendemos que existe algo errado com o relógio, estaremos mais desejosos de vê-lo restaurado a sua condição original de funcionamento. De modo similar, a Bíblia diz que o pecado e a morte são problemas e que Deus lida com esse problemas do universo em Jesus Cristo. j) Romanos 6:16, "Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?" Observe que esse versículo descreve apenas duas escolhas, o serviço ao pecado ou a obediência a lei de Deus. A graça faz um pecador ser livre. Entretanto, a liberdade não faz uma pessoa autônoma. Os crentes não são pessoas independentes, que servem a Deus porque isso faz sentido e lhes dá algum lucro. Mas, como aprendemos nesse versículo, eles são escravos por livre vontade de Jesus Cristo. Os crentes não estão livres para fazerem aquilo que desejam, mas livres para fazer aquilo que devem, aquilo para o qual foram originalmente criados. Os crentes estão livres para fazer o que lhes dá maior benção ao invés do que os escravizou e buscou destruí-los. Nas palavras desse versículo, podemos ver que a obediência ao pecado leva a morte, enquanto que a obediência a Deus leva a justiça. Precisamos remover o mal entendido que existe com as palavras "obediência para a justiça". Elas certamente não implicam que as obras da obediênca a lei resultam em justiça, porque a lei exige obediência perfeita, um padrão impossível para qualquer pessoa. Além disso, o versículo está comparando os não crentes que servem o pecado e crentes que servem a Deus. Obediência para a justiça tanto significa que os crentes obedeceram a chamada do evangelho para crer e portanto receberam a justiça de Deus, ou significa que os crentes que já estão salvos, demonstram a justiça de Deus em si mesmos através da obediência à Sua vontade. Precisamos corrigir alguns mal entendidos que possam ocorrer associados com a palavra "obedecer." Esse versículo não significa que no momento em que as pessoas
pecam elas se tornam servas do pecado ou o momento que obedecem se tornam servs da justiça. As pessoas não ficam indo de uma situação para a outra, uma hora como salvos e outra hora como não salvos dependendo da sua atuação mais recente. E esse versículo também não quer dizer que a salvação ou a condenação resultam em obedecer o pecado ou a justiça, como se fosse uma questão do que as pessoas fazem por seus próprios esforços. A palavra "obedecer" se refere a mais do que uma atitude externa. Quando ligamos esse versículo com o versículo seguinte, vemos que obedecer é um assunto do coração. Todas as pessoas pecam, até mesmo os crentes que compreendem a vontade de Deus e que possuem o poder de resistir a tentação de se revoltarem, vão algumas vezes desobedecer a Deus. A diferença entre crentes e não crentes que pecam está no interior, ou é um assunto do coração. Dito isto, precisamos reconhecer que um coração diferente resulta num registro médio diferente de obediência. O pecado contínuo na vida do não crente é uma evidência que ele está obedecendo o pecado no seu coração. O pecado é algo comum para eles, porque ele é seu mestre. O pecado é um vício que os não crentes não conseguem quebrar e que não desejam quebrar. Nenhum outro comportamento é esperado deles porque não possuem vida espiritual que lhes incapacita de servir a Deus. A situação dos crentes é diferente. A desobediência dos crentes é uma violação dos desejos de seus corações. O pecado dos crentes os fere profundamente porque eles compreendem a vontade de Deus e possuem o poder para resistir a tentação. O pecado dos crentes os fere porque é como se eles tivessem feito uma escolha premeditada de fazer do pecado o seu mestre ao invés de Jesus. Quando eles pecam é como uma bofetada no rosto de Jesus demonstrou tão grande amor por eles! Como é que podem brincar com algo que os identifica com os não crentes e dá ao seu Mestre um nome feio? O pecado dos crentes lhes fere porque eles possuem um novo coração. Eles não desejam pecar. Portanto, existe uma grande motivação interior e poder na vida dos crentes que vai resultar em mais obediência a vontade de Deus. A palavra "obedecer" nesse versículo também faz referência a um longo período de comportamento. Isto é, o que as pessoas são em seus corações será visto mais ainda conforme o tempo passa. Os não crentes eventualmente vão revelar estarem mortos interiormente e na direção da segunda morte. Em contraste, a obra de Deus de justiça no Seu povo e a nova vida, que essa obra traz, vai resultar num registro de obediência. Os crentes desejam obedecer a justiça e se for dada a oportunidade, vão mostrar mais e mais esse desejo, embora a sua carne os tente a pecar. l) Romanos 6:17, "Mas graças a Deus que, embora tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues." Apenas Deus deve receber o agradecimento pela salvação porque foi somente Ele que fez tudo. Todos os homens são servos do pecado. Apenas Deus pode libertá-los, da escravidão do pecado e lhes dar uma nova vida como servos de Si mesmo. Todos os homens estão aprisionados pelos ditames da sua carne pecaminosa e de modo algum participam ou contribuem para a sua libertação.
Aprendemos de Romanos 6:17 que o alvo que Deus tem para o Seu povo é que ele deve amar a Deus de todo o seu coração. A promessa que Deus faz é que Ele vai lhes conceder um coração para Lhe amar como eles devem amar. Os crentes devem obedecer por causa de algo maior do que uma obrigação. Eles fazem isso por causa do amor, do amor de Deus por eles e do amor deles por Deus. É por isso que o pecado e especialmente o pecado do próprio crente, o fere muito. O seu próprio pecado viola a sua nova natureza e causa um desequilíbrio interno. O seu próprio pecado é um insulto ao seu Deus, a quem eles tanto honram. Por outro lado, o amor dos crentes por Deus e sua habilidade de expressar esse amor em serviço que O glorifique e sirva, lhes dá uma grande alegria. Com isso em mente, podemos compreender a frase "forma de doutrina" que quer dizer que Paulo desejou que os Romanos pudessem obedecer, não apenas o mandamento externo, mas a essência que ele ensinava, ou melhor, o que Deus ensinava através dele. Se eles obedeciam de coração, então estavam obedecendo a forma da doutrina ensinada na Palavra de Deus, a Bíblia. m) Romanos 7:14 , "Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado." Com esse versículo será que Paulo está descrevendo quando ele ainda não era crente, quando ele ainda estava morto espiritualmente falando e sujeito aos desejos pecaminosos da carne? Não. Esse não pode ser o caso porque o verbo "sou" está no presente. Romanos 7:14 expressa o que Paulo sabia ser verdadeiro sobre si mesmo no momento que ele escreveu o versículo. A palavra "carnal" é um termo para a parte física do homem, isto é, o seu corpo. O homem possui uma parte espiritual e física. Não é pecado ter uma parte física. Jesus possuia uma parte física e ainda assim não tinha pecado. Adão também foi criado com um corpo carnal perfeito, assim como um espírito sem pecado também. Não há nada pecaminoso ou mau na parte carnal do homem. Entretanto, quando Adão pecou, a sua parte espiritual morreu. A parte física de Adão se tornou corrupta e também ficou debaixo da morte. Através do seu pecado, Adão trocou a sua perfeição pela corrupção a se tornou escravo da sua carne cheia de pecado. O problema a partir daí, é que a corrupção começou a entrar na parte carnal do homem e se uniu de modo inseparável à ela. Apenas assim podemos equiparar a palavra "carnal" com "pecado". Adão passou o legado da corrupção e morte para todos os seus descendentes. Portanto, uma vez que o homem possui uma natureza espiritual morta e uma parte carnal ou física cheia de pecado, ele é dominado pelos desejos pecaminosos da sua carne. Em Romanos 7:14, Paulo está descrevendo a si mesmo como um não crente com uma parte espiritual morta, dominada pela sua parte carnal? Ou ele está admitindo que posssui um grande problema de pecado que não pode remover? Não. Em muitas maneiras Paulo era um crente fiel e maduro. Paulo usa a palavra "carnal" para ensinar algo sobre a luta dos crentes com o pecado. Paulo certamente possuia uma parte carnal, um corpo, mas esse não é o fim da história. Ele também possuia uma parte espiritual que estava viva. Um verdadeiro crente possui uma alma perfeita na qual habita a vida eterna. Se ele moresse naquele momento, iria
imediatamente para o céu sem ter que fazer nenhuma limpeza na sua alma. A consequência de ter uma parte espiritual é que é razoável esperar que os crentes amostrem a obra de Deus em suas vidas através da obediência a Sua vontade. Isto é, a sua parte espiritual precisa dominar e prevalecer sobre a parte carnal. Entretanto, um crente comete pecado. Ele peca quando ouve e obedece as ordens da sua parte carnal, a qual ainda faz parte dele. Embora ele seja diferente de um não crente, uma vez que possui a vida eterna na sua alma, o fato é que ele ainda peca. É um terrível engano pensar que uma vez que uma pessoa se torna um crente, ela está imune dos apelos da carne e capaz de viver uma vida sem nunca ter pecado. É verdade que embora os crentes muitas vezes percam a batalha contra o pecado, eles não perdem a guerra, porque os crentes cada vez mais obedecem a vontade de Deus como está expressada na Sua Palavra. Esse pensamento é desenvolvido em Romanos capítulo 8. Entretanto, o ponto de Romanos 7, includindo esse versículo, o versículo 14 é que os crentes não podem alcançar um comportamento perfeito enquanto vivem nessa terra. Qualquer nocão de que os crentes podem alcançar uma perfeição sem pecado é igual ao evangelho das obras. A razão é que a perfeição sem pecado não é parte do plano de Deus para os crentes e se alguém insiste que pode e que alcançou a perfeição sem pecado, está se gabando nas suas próprias ações. E não apenas isso, mas eles precisam descartar a clara declaração da Bíblia de que todos os homens pecam, mesmo os crentes Nós podemos ficar pensando nos métodos de Deus que permitem que os crentes lutem com o pecado depois de terem sido salvos. Qual teria sido o propósito de permitir que os crentes suportassem as tentações da carne que contradizem os desejos de seus corações? Por que Deus permitiria que eles sofressem diante de suas falhas para obedecerem? Muitas das razões pela qual Deus faz o que faz, são apenas do conhecimento dEle. Mas alguns propósitos estão claros. Um propósito é que as lutas com o pecado são testes para revelar se a pessoa possui o coração e a habilidade de servir a Deus ao invés de servir a sua própria carne. Os incrédulos não resistem ao apelo da sua carne. E se eles resitem, não o fazem pela razão correta. Os crentes são sempre capazes de resistir e o fazem pela razão correta. Um outro propósito é que a luta contra o pecado revela o crescimento na vida cristã. Conforme os crentes crescem em experiência na sua caminhada com o Senhor, eles resistem mais e mais aos desejos pecaminosos da carne. Um terceiro propósito é a luta contra o pecado é uma oportunidade para que os crentes sejam testemunhas. Embora algumas vezes eles falhem, os crentes ainda são capazes de obedecer a lei de Deus além dos apelos da sua carne. Eles mostram nas suas vitórias que o trabalho de Deus em suas vidas é real. Eles mostram em suas vitórias que Deus é uma ajuda presente em tempos de necessidade. n) Romanos 8:1, "Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus."
O versículo começa com a palavra "portanto", e por isso precisamos compreender como Romanos 8:1 é uma conclusão para o que é encontrado no capítulo 7. Isto é, embora os crentes lutem com o pecado como é descrito no capítulo 7, podemos ainda chegar a conclusão de que "portanto" os crentes não são condenados. Sempre devemos ter em mente que o evangelho não é um plano de salvação baseado nas obras dos homens. Mas ao invés disso, ele depende da obra de Deus e de nada mais. Os homens precisam crer que a obra de Jesus é suficiente e completa para pagar pelos pecados de todos os crentes. Apenas podemos compreender a frase "em Cristo Jesus" de um ponto de vista espiritual. Por um lado, essa frase chama nossa atenção para a sobrerania de Deus no programa de salvação porque apenas Ele, colocou os crentes "em" Jesus antes mesmo do mundo começar como lemos em II Timóteo 1:9 que diz, "Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos." Por outro lado, essa frase apresenta os crentes sendo protegidos da condenação e da ira que etá por vir e que merecem. A idéia é que Jesus é como uma coberta que protege os crentes das fortes explosões da ira de Deus ou Jesus é como um navio que protege os crentes da chuva do terror da ira de Deus. A idéia é que a salvação significa que Deus colocou Seu povo "em Jesus", aonde nenhum homem ímpio pode amaeçá-los. Adicionalmente, essa frase pode ser vista como o local para aonde as bençãos de Deus são direcionadas. O pensamento nesse caso é que quando estamos "em Cristo" encontramos essas bençãos. Por exemplo, uma vez que em Jesus temos vida como Ele diz em João 14:6, "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.", nós encontramos vida eterna quando estamos nEle. As palavras de Romanos 8:4 que diz, "que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito." não significa que esses são os passos que as pessoas precisam tomar para se assegurarem da libertação da condenação. Mas, essas palavras são uma descrição com o que as pessoas se parecem quando não estão debaixo da condenação do pecado. Elas são um testemunho encorajador para os crentes que diz que eles realmente estão em Jesus, assim como também um alerta para os não crentes que a sua vida de pecado os vai levar para a destruição. Precisamos acrescentar que essas palavras "que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito "não querem dizer que os crentes sempre obedecem ao Espírito e que nunca obedecem a carne. Mas ao invés disso, a idéia é que o desejo do coração de cada crente é caminhar pelo Espírito e, embora algumas vezes eles caiam, podemos ver que o padrão de suas vidas é que eles caminham guiados pelo Espírito ou de acordo com a vontade do Espírito. Dois pensamentos extremamentes importantes se originam dessa frase. Um pensamento é que tanto uma pessoa está em Cristo e portanto não está condenada ou não está em Cristo e portanto ainda não está salva, sujeita a ira de Deus. Isto é, não existe meio termo, como estar parcialmente em Cristo. Outro pensamento é que aqueles que estão em Cristo caminham pelo Espírito, enquanto que aqueles que não estão nEle, caminham na carne. Isto é, existe uma clara distinção entre o comportamento dos crentes e dos não crentes. A mensagem da primeira parte do capítulo 8 é essa, que ou uma pessoa está em Cristo ou não está e ela mostra isso através do modo como caminha.
É uma coisa terrível ensinar que uma pessoa possa continuar a viver como lhe agrada sem encarar a pergunta se ela é realmente salva. Certamente os crentes podem e pecam, mas para implicar que uma pessoa pode continuar a viver infielmente e ainda ser salva porque previamente fez algum tipo de confissão pública e se uniu a igreja local é uma decepção que pode levar tal pessoa a pensar que é salva quando pode não estar salva. Um princípio da vida cristã é que os crentes não devem continuar vivendo se examinar sua vida para ver se são ou não salvos. O auto exame não é algo que deve acontecer uma só vez, mas deve continuar por toda a vida do crente (II Coríntios 13:5). Romanos 8:1 coloca todas essas idéias erradas de lado. Ou uma pessoa caminha pelo Espírito porque está em Cristo, ou ela caminha pela carne porque não é de Cristo. Uma pessoa que é salva vai descobrir que ela é capaz de fazer a vontade de Deus,não de maneira perfeita todo o tempo, mas cada vez mais, conforme ela cresce em graça. Um não crente não pode agradar a Deus. Portanto, uma pessoa que tem pouca ou nenhuma evidência na sua vida que ela é crente deve encarar a pergunta, "Será que eu realmente sou salvo? Ou será que estou me enganando?" Embora Romanos descreva a soberana obra de Deus que resulta na não condenação para os crentes, Romanos capítulo 8 explica que existem certos padrões de comportamento e certas promessas que sempre estão presentes nas vidas de crentes que escaparam da condenação de Deus. Isto é, a mensagem de Romaos 8 é que, embora o comportamento não seja parte do mecanismo através do qual Deus salva os homens da Sua ira, o comportamento ainda é importante. E é importante no sentido de que ele é a revelação de que uma certa pessoa já foi salva. É uma testemunha para si mesmo e para os outros que Deus a salvou e que Ele Se preocupa com sua vida agora e no futuro, num novo universo.. o) Romanos 8:33, 34, "Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está a direita de Deus, e também intercede por nós." A idéia desse versículo está um pouco mais adiante. A idéia é que o único que tem autoridade para condenar os eleitos é o próprio Deus. Mas Deus não os condena, Ele os salva. Portanto, se Ele ao invés de condenar, justifica os eleitos, quem é que sobra para condená-los? A resposta é "Ninguém!" O Juiz de todos os homens é Jesus Cristo, como lemos em Romanos 2:16 que diz, "No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Cristo Jesus, segundo o meu evangelho." De modo surpreendente, Ele é o único que pode julgar os eleitos, aquele que morreu e ressuscitou por eles. E na realidade, Ele intercede por eles. O evangelho ensina os crentes a olhar para o passado de desapontamentos e miséria desse mundo e para as promessas que são tão certas como as palavras de graça de Deus. Eles sabem que não existe revanche no coração de Deus, mesmo diante da terrível rebelião que eles praticaram e que ainda lutam com ela enquanto estão na carne. É a característica de Deus que O leva a amar, e não a desprezar os pecadores, mas a salválos. Que grande motivação para amar a Deus em troca! p) Romanos 8:35, 36, "Quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a
angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro." Como é maravilhoso ser o objeto do amor de Deus e ser beneficiário do Seu grande esforço. Mas a próxima pergunta é, "Será que essas coisas maravilhosas podem ser desfeitas?" Como temos visto, os nossos pecados não podem nos separar de Cristo, porque apenas Ele pode nos condenar, redimir e perdoar. E o que falar das circunstâncias externas, como as listadas no versículo 35? Esses versículos fazem a seguinte pergunta, "Existe alguma situação ou força que possa nos separar de servir a Deus? Se nada nos separa de Deus, será que alguma coisa pode nos levar a perder o nosso foco celestial e a nossa segurança do Seu cuidado sobre nós?" Como podemos compreender as palavras "somos entregues à morte o dia todo"? Um homem só pode morrer uma vez. Além do mais, ele está morto e não pode morrer de novo. Portanto, a citação feita deve se referir a contínua perseguição a qual os crentes experimentam nas mãos dos seus inimigos. O mundo trata os crentes do modo como trataria Cristo. Os crentes e Jesus são perseguidos "o dia todo". E ainda assim os crentes não estão separados do amor de Deus, porque mesmo se eles morrerem, eles vão estar com o Senhor no céu, porque II Coríntios 5:8 ensina os crentes que estar ausente do corpo, é estar presente em Cristo Jesus. Embora os inimigos dos crentes pareçam ter livre aceso para perseguí-los e o evangelho que eles anunciam, os crentes não apenas são fortalecidos em sua difícil caminhada com o Senhor, mas também o seu testemunho brilha cada vez mais na escuridão do pecado que está ao seu redor. De fato, Deus usa as obras más dos inimigos dos crentes para anunciar Seu evangelho a mundo. O que as pessoas do mundo têm como mau quando perseguem os crentes, Deus pode ter como bom, quando Ele fortalece os crentes a reagirem de uma maneira que O glorifica e que leva a salvação de outros. Podemos resumir a mensagem encorajadora de Romanos 8:33 até 36 da seguinte maneira. Os versículos 34 e 35 nos ensinam que os pecados dos crentes não podem separá-los do amor de Deus. E dos versículos 35 a 36 aprendemos que os inimigos dos crentes também não podem separá-los do amor de Deus. q) Romanos 9:13, "Como está escrito: Amei a Jacó, e aborreci a Esaú." Jacó e Esaú eram dois irmãos, filhos gêmeos de Isaque e sua esposa Rebeca. Jacó, quando adulto, creu e obedeceu a Deus e foi abençoado. Entretanto, Esaú permaneceu como um pecador rebelde por toda a sua vida. Romanos 9:13 nos força a olhar para a situação dessa família do ponto de vista de Deus para nos mostrar que a salvação é obra apenas do Deus soberano sem contribuição alguma do homem. Esse é um versículo bastante inconfortável para ser lido. Parece expressar uma atitude arbitrária e preconceituosa. Será que Deus é tão injusto a esse ponto? Talvez Deus tenha reagido assim por causa do comportamento dos dois jovens, amando Jacó que buscava as coisas celestiais e odiando Esaú que as desprezava. Não, isso não poderia ter acontecido. Deus nunca reage. Ele sempre age. Ele sempre toma a iniciativa e está no controle do Si mesmo e das circunstâncias. Romanos 9:11 diz, "(pois não tendo os
gêmeos ainda nascido, nem tendo praticado bem ou mal, para que o propósito de Deus segundo a eleição permanecesse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama)." Esse versículo, na realidade, ensina que Deus já havia decidido qual seria a sua situação espiritual de acordo com a sua eleição, mesmo antes que eles tivessem nascido. Portanto, Deus não reagiu diante do que viu no comportamento dos dois meninos. Se o comportamento dos meninos determinava alguma coisa, então teríamos que dizer que os dois eram pecadores e mereciam a condenação de Deus. A causa principal da diferença na situação espiritual de Jacó e Esaú estava em Deus e não nos meninos. Nós não podemos tentar melhorar a palavra "aborreci" dizendo que ela significa "amar menos". A palavra aborreci é usada para identificar alguém debaixo do julgamento de Deus. A Bíblia afirma que Deus aborrece aqueles que nunca vão ser salvos, como lemos em Salmos 5:5, "Os arrogantes não subsitirão diante dos teus olhos; detestas a todos os que praticam a maldade." Não há nenhuma graça para eles, apenas a ira de Deus. Entretanto, o foco de Romanos 9:13 não é tanto sobre o fato de que Deus aborreceu Esaú, mas no fato de que amou Jacó de acordo com a Sua soberana vontade. É como se o versículo pudesse ser escrito da seguinte maneira, "Da maneira correta Eu deveria aborrecer a Esaú e Jacó. Entretanto, em graça, Eu amo Jacó e aborreço Esaú." Portanto a visão correta do versículo 13 é que, embora todos os homens mereçam a ira de Deus, de maneira surpreeendente, nem todos os homens vão experimentá-la porque Deus mostra misericórdia, de acordo com a Sua vontade. Mais uma vez, o foco é sobre aquele que são salvos do que sobre os que não são. Enquanto a Bíblia claramente ensina que Deus predestina pessoas para a salvação, precisamos evitar a noção de que Deus predestina as pessoas para a condenação, porque isso fala mais do que a Bíblia permite. Uma das mensagens da Bíblia é que todos os homens estão condenados, porque eles herdaram corrupção do seu pai Adão e porque eles vivem vidas pecadoras e rebeldes. Uma outra mensagem é que pessoas que deveriam ir para o inferno, vão para o céu, porque Jesus pagou a penalidade por seus pecados. Deus decidiu salvar alguns pecadores, embora eles merecessem a Sua ira, e deixou o resto dos pecadores para encarar o justo julgamento por sua rebelião ou ira contra Deus. Não sabemos todos os mistérios do evangelho, mas precisamos permanecer fiéis para o que é revelado e evitar afirmações que não são apoiadas pela Bíblia. Nesse ponto, precisamos olhar para Romanos 9:14 aonde lemos, "Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum." Esse versículo é uma queixa de que Deus é injusto porque como lemos em Romanos 9:13, "Como está escrito: Amei a Jacó, e aborreci a Esaú." Entretanto, a escolha de Jacó, demonstra a soberana eleição de Deus e que essa eleição não é baseada sobre qualquer consideração de fatores físicos porque Jacó, foi eleito para a salvação antes mesmo de ter nascido. Essas são idéias que estão na Bíblia e nós somos forçados a encará-las. Mas essas idéias são odiadas pelos homens e elas os levam a se queixar. A queixa contra Deus é que Ele injusto, o que significa que Deus é acusado de transgredir a Sua própria lei, a mesma lei que exige obediência dos homens. Será que Deus violou a lei quando salvou Jacó, sem levar em consideração as suas obras da lei?
Se tomarmos as obras da lei dos homens em consideração, então, precisamos dizer que Deus deveria ser justo a ponto de não eleger ninguém para a salvação porque todos os homens são pecadores e merecem condenação. O fato de que algumas pessoas não serão condenadas no dia do julgamento está baseado no fato de que Deus fez uma promessa de salvar alguns e que Ele é justo para manter essa promessa. A promessa não era que a salvação estaria disponível como legumes numa mercearia ou feira e que qualquer um que comprasse o que estivesse disponível na loja receberia a benção. A promessa do evangelho não é que algumas pessoas na história, farão o que seja necessário, como crer e obedecer a Deus, para ser salvo. Além do mais, se aprendemos alguma coisa da Bíblia, precisamos aprender que ninguém possui interesse em Deus ou poder para buscá-Lo, mesmo que desejassem. Mas ao invés disso, a promessa era que Deus salvaria especificamente algumas pessoas, como Jacó, que Deus faria tudo que fosse necessário para salvá-las, uma vez que não poderiam fazer nada para escapar da ira de Deus. A mensagem do evangelho é que de acordo com a Sua vontade, Deus encontrou um plano para ser justo e ainda justificar pecadores como Jacó sem levar em conta as suas obras. O que os homens não podem fazer e não desejam, Deus faz para Seu povo. De modo surpreendente, Deus salva alguns pecadores rebeldes. Por um lado, Deus é mais do que justo. O evangelho é uma demonstração da graça de Deus, porque uma vez que nenhum homem pode ou deseja obedecer, Deus precisa mostrar misericórdia. Portanto, a maneira correta de encarar a eleição é olhar, não para os perdidos, mas para os remidos. Alcançamos a perspectiva própria da eleição quando olhamos para a demonstração da graça de Deus na vida de pecadores que não a merecem, porque Deus é perfeitamente justo. O salário do pecado é a morte, sem excessão. Os homens que são condenados recebem nem mais, nem menos do que aquilo que eles merecem. Mas os que são resgatados do inferno também não merecem nada melhor. Podemos dizer que Jacó não era melhor que Esaú. O fato de que algumas pessoas são salvas não é "injustiça da parte de Deus." Isso não é verdadeiro porque é o homem que é injusto e não Deus. O fato de que algumas pessoas crêem e são salvas é efeito da graça e não uma demonstração de que eles são melhores do que qualquer outra pessoa. Quando algumas pessoas crêem e são salvas, isso mostra que Deus é bom, muito mais bondoso do que deveria ser. Essa bondade é gloriosamente demonstrada através do sacrifício do Seu Filho o que Lhe permite ser justo e ainda salva e justifica alguns pecadores, salvando-os da morte eterna do inferno. Será que podemos reclamar que Deus é injusto porque Seu evangelho inclui graça e exclui as obras dos homens? De modo algum! É algo bom o fato de que a fórmula para a salvação não requer as boas obras dos homens, porque não existe boas obras vindas dos homens. Será que podemos nos queixar que Deus é injusto porque E plano Seu salvar apenas algumas pessoas? De modo algum. Ninguém merece ou mesmo deseja a graça de Deus. A graça é algo extra. A queixa de Romanos 9:14 é um triste gasto de energia. É melhor buscar pela salvação encontrada no evangelho, estar completamente preocupado em suplicar a Deus por isso, ao invés de estar ocupado reclamando sobre o seu formato. Por que um homem que está num prédio pegando fogo criticaria o desenho da porta através da qual ele pode escapar? Não seria melhor escapar pela porta para a rua? A tragédia é que a maioria das pessoas
não crêem que estão em perigo ou que orgulhosamente desejam salvar a si mesmas, rejeitando a idéia de que apenas Deus pode ajudá-las. Precisamos também acrescentar que não é da nossa conta tentar descobrir se somos ou não eleito de Deus ou se outra pessoa é. De acordo com Romanos 9, nós precisamos ter em mente que Deus é o Deus soberano do universo. Isso significa que a Sua vontade secreta é assunto que só a Deus diz respeito. Nós devemos nos preocupar em suplicar a Deus por misericórdia e crer nEle para salvação. A nossa preocupação, deve ser anunciar fielmente apenas o evangelho da salvação em Jesus Cristo. Precisamos crer que Deus vai fazer o que é certo. Romanos 9 explica o suficiente do plano de Deus para mostrar que Ele está em controle e que precisa receber toda a glória pela salvação de uma pessoa. Deus nos mostrou que somos pecadores e que Jesus é o Salvador para todos aqueles que crêem nEle. Não devemos criticar Deus por aquilo que Ele faz. A pergunta que está diante de nós é a seguinte: Temos o coração que deseja obedecer Deus em tudo o que Ele nos disse e crer nEle para todas as coisas que não compreendemos? Será que desejamos dar a Ele toda a glória que merece? r) Romanos 10:11-13, "Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido. Porquanto não há distinção entre o judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." Esses versículos chamam nossa atenção para a justiça de Deus. As palavras "Ninguém que nele crê" no versículo 11 e "Todo aquele que invocar" no versículo 13 podem ser compreendidas através das palavras "Porquanto não há distinção entre o judeu e grego" no versículo 12. A idéia é que ninguém é excluído da salvação porque faz parte de uma determinada nação, porque todos os homens são filhos pecadores de Adão, sem que uma pessoa seja melhor ou pior do que outra. Que coisa maravilhosa o fato de que nem você nem eu somos excluídos da graça de Deus simplemente por causa da nossa nacionalidade porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. E podemos crer que isso é verdade porque Deus é Justo no Seu plano de salvação. Romanos 10:12 afirma que "Não há distinção entre o judeu e grego." As pessoas de todas as nações são as mesmas porque "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". A Bíblia também afirma que Deus não faz acepção de pessoas, porque Deus vai julgar tanto Judeus que possuem a lei como os gregos que não possuem usand um mesmo padrão. Para ser mais exato, a igualdade do evangelho começa com o fato de que existe uma igualdade de culpa. De acordo com esses versículos, as palavras "ninguém" e "todo" se referem a pessoas de todas as nações, isto é, alguns Judeus como também Gregos, que fazem parte de uma outra nação. Deus criou todos os homens e é Senhor de todos. Portanto, Ele pode salvar aqueles que deseja. O âmbito das palavras "ninguém" e "todos" inclui aqueles que são filhos da promessa, que mostram em si memsos o propósito de Deus de acordo com a eleição de cada nação. Esses versículos enfatizam o quanto Deus é Justo, isto é, a Sua justiça para todas as nações no Seu plano e administração do evangelho. Deus é Justo porque é plano Seu incluir pessoas de todas as nações. Ele é Justo porque é plano Seu reuní-los de tal
maneira que pessoas de todas as nações possam participar. Dessa maneira, a salvação fica separada das obras da lei, da qual apenas os Judeus eram seguidores. A igualdade que é expressada nesses versículos é encontrada no fato de que existe apenas um tipo de homem - o pecador. Portanto, existe apenas um tipo de necessidade a salvação, e apenas um tipo de provisão para alcançar essa necessidade - o sacrifício de Cristo. De acordo com esses versículos, existe apenas um tipo de método que Deus usa para aplicar o trabalho de Jesus na vida do Seu povo - suplicando a Deus por misericórdia. Por todas essas razões, podemos dizer que o evangelho da salvação em Jesus Cristo não é um plano judeu, americano, francês, chinês, não é um plano de uma determinada nação. Mas é um plano que vem de Deus para resgatar pecadores de todas as nações, porque eles não podem resgatar a si mesmos. Isso, é claro, é a boa nova que temos! As palavras "que invocar o nome de Jesus" significam muto mais do que apenas uma súplica verbal pela misericórdia de Deus. Isso significa que uma pessoa vê a si mesma do ponto de vista de Deus, como um ímpio pecador que merece ir para o inferno, que concorda com a avaliação de Deus e abandona qualquer auto respeito ou esforço para obter justiça. Isso significa que a pessoa reconhece que precisa pedir ajuda a alguém, uma vez que é incapaz de ajudar a si mesma. Isso significa que ela confia completamente em Deus, esperando uma resposta a sua súplica. Ela invoca Deus buscando por ajuda, crendo que Deus é sábio e capaz para satisfazer as necessidades da sua alma, como Ele disse que poderia fazer. O fato de que Deus tenha planejado o evangelho de modo que todo aquele que invocar o Seu nome será salvo, não significa que os homens estão em controle da aplicação do evangelho. Deus não está esperando em suspense por alguém que invoque Seu nome para que assim Ele possa responder com a salvação. Mas ao invés disso, a súplica dos homens está nas mãos de Deus. Naturalmente, os homens não sentem o desejo de invocar o nome de Deus. Os homens são inimigos pecadores de Deus. Eles odeiam e tem medo de Deus. Desejam fugir da Sua presença e suprimir todo o conhecimento que possuem dEle. Portanto, naturalmente os homens não buscam o evangelho que Ele criou para seu benefício. Eles não vão invocar o nome de Deus ao menos que Deus os leve a fazer isso. Lembre-se que todos os homens são pecadores e não desejam a salvação de Deus. Mas dentro da Sua misericórdia Deus salva muitos de todas as nações. Ele leva as pessoas a invocarem Seu nome e então responde como lemos em João 6:37 que diz, "Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora." s) Romanos 12:2, "E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Romanos 12 é um apelo para aqueles que ouviram e creram no evangelho, a viverem de uma maneira que experimentem qual seja a boa, agaradável e perfeita vontade de Deus. É um desafio para aquelas pessoas que chamam a si mesmas de crentes a aprender e fazer a vontade de Deus como uma forma de gratidão e amor para com Seu Salvador.
O livro de Romanos nos revelou muitas coisas grandes e majestosas sobre a vontade de Deus para homens de todas as idades. Romanos ensina como Deus preparou Seu plano de salvação e como Ele realizou esse plano através da história de uma maneira soberana. Em Romanos também aprendemos que Deus não salva nações, mas Ele salva indivíduos de todas as nações, os quais Ele prometeu que iria salvar. Portanto, quando pensamos na vontade de Deus, chegamos a pergunta, "Qual é a vontade de Deus para minha vida individual? ou "O que Ele deseja que eu faça?" Essas são perguntas para as quais todos os crentes buscam por resposta. Devemos dividir a vontade de Deus para os crentes em duas partes. Embora essa divisão seja um pouco artificial, ela nos ajuda a responder as perguntas acima. Em primeiro lugar, existe a vontade de Deus para o caráter do crente. A vontade de Deus nessa área é a mesma para todos os homens. Todos os homens devem ser honestos, fiéis, dóceis, etc. Entretanto, quando a maioria dos crentes pensa na vontade de Deus para suas vidas, normalmente eles estão querendo dizer, "O que Deus quer que eu faça com minha vida?" Também existe a vontade de Deus para o serviço do crente. Ela não é a mesma para todos. O plano de Deus para o serviço de cada crente é moldado pelos dons que Deus os dá, assim também como as circunstâncias que Ele permite que aconteçam em suas vidas. Devemos focalizar nossa atenção na questão da vontade de Deus para o serviço. Específicamente, a pergunta que muitos crentes fazem é a seguinte, "Como posso saber se estou fazendo aquilo que Deus deseja que eu faça? Dentro de todas as maneiras que estou servindo e nas coisas que estou fazendo, como posso saber se estou fazendo a escolha certa?" A mensagem interessante do livro de Romanos é que se um crente busca a vontade de Deus para seu caráter, se ele realmente deseja e dá passos para ter certeza de que seu coração está correto diante de Deus, então, não faz diferença que escolha ele deve fazer para seu serviço. Se um crente se preocupa para que seu caráter seja de acordo com a vontade de Deus, então, ele nunca vai cometer um erro no que diz respeito a vontade de Deus para seu serviço. Os crentes possuem muitas perguntas, "Será que devo estudar nessa escola? Será que devo me preparar para essa carreira? Devo me casar com tal pessoa? Devo começar tal ministério? Como posso decidir se estou fazendo a escolha certa quando me deparo com tantas decisões?" Romanos 12, que fala sobre a vontade de Deus, assim como toda a Bíblia fala, nunca nos dá uma resposta específica para essas perguntas. Mas ao invés disso, Romanos 12 está cheio de princípios gerais que guiam a vida do crente. A razão pela qual o conselho de Romanos é geral e não dá algo específico para determinadas situações da vida é porque a vontade de Deus é que os crentes façam coisas que demonstrem um caráter correto, que revela uma motivação amorosa. É como se para Deus não importasse o que um crente faz no seu serviço. Isso não significa que Romanos 12 é deficiente porque parece negligenciar um importante conselho quanto a vontade de Deus para o serviço do crente. Isso simplesmente significa que se o coração de uma pessoa é correto, o seu serviço também vai ser. Deus Se preocupa com os detalhes do serviço no qual o crentes estão comprometidos. Entretanto, existem muitas razões pelas quais a Bíblia não dá conselhos específicos para a obra do crente. A razão mais importante é que um crente precisa crer que Deus está no controle da sua vida. Ele não pode enxergar todos os fatores complexos que controlam os eventos desse mundo. Mesmo que ele pudesse saber todas as coisas, não teria a
sabedoria própria para analisar todas as informações e decidir qual é melhor escolha. Mas ao invés disso, ele só pode pensar com cuidado e debaixo de oração as coisas que sabe que afetam a sua escolha de serviço e confiar no Senhor para moldar e guiar os negócios da sua vida e levá-lo para o caminho correto do serviço. Se um crente cultiva e alimenta a sua caminhada com Deus e pacientemente desenvolve as habilidades que Deus lhe concedeu, ele vai descobrir que as oportunidades corretas para o serviço vão vir automaticamente. Mateus 6:33 aonde lemos, "Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." é um conselho muito próprio para esse assunto. Em segundo lugar, se um crente se concentra no desenvolvimento do seu caráter, ele será uma testemunha fiel, não importa que escolha ele faça para seu serviço. A fé, é uma medida correta para nos mostrar quão bem um crente está fazendo a vontade de Deus. Essencialmente, se um crente cresce na sua compreensão da Bíblia e na sua obediência do que aprende dela, e se um crente descansa na situação de vida que Deus o colocou, ele vai descobrir que Deus vai guiá-lo para o serviço como lemos em Provérbios 3:5,6 que diz, "Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento." t) Romanos 13:1,2, "Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação." As palavras "autoridades superiores" se referem a governos terrenos, controlados por líderes humanos, pessoas que possuem uma autoridade política para fazer e aplicar leis para as sociedades terrenas. De acordo com esse versículo, a vontade clara e perfeita de Deus para todos os homens é que cada pessoa deve obedecer o governo na jurisdição aonde ela vive. Não existem frases de modificação nesse versículo, porque a ordem se aplica a todos os homens, salvos e não salvos. A razão para essa ordem é que "não há autoridade que não venha de Deus". Além do fato de que os homens se apegam as autoridades terrenas através do poder armado, de manipulação enganosa ou persuasão, eles realmente não alcançam a sua posição de autoridade por causa dos seus próprios esforços. Todos os líderes terrenos obtém autoridade e se mantém no poder apenas porque Deus os ordenou a fazer isso. Não importa quão poderosa as nações possam parecer ser, pois o seu poder não é nada diante de Deus. Ele tem poder sobre todas elas. Os homens governam apenas porque Deus permite, como lemos em Daniel 2:21 que diz, "Ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; é ele quem á a sabedoria aos sábios e entendimento aos entendidos." E o que eles fazem como líderes está completamente nas mãos de Deus, como lemos em Provérbios 21:1, "Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor, ele o inclina para onde quer." Romanos 13:1,2 nos ajuda a ver que a obediência aos poderes terrenos não é deslealdade a Deus. Além da ambição e orgulho dos líderes humanos que possuem poder na terra, não existe competição entre a sua liderança e a liderança de Deus. Deus é o único que possui poder, portanto a obediência aos governos terrenos é o mesmo que obediência a Deus, porque os governos obtém e mantém sua autoridade porque Deus
assim deseja. Portanto, os crentes podem, em todas as coisas que estão debaixo da lei, sem ficar com a consciência pesada estar sujeitos às autoridades terrenas. Qualquer pessoa que tem uma disputa com uma autoridade terrena está comprando briga com Deus. E essa é uma briga que todo homem perde, com consequências espirituais terríveis, como Romanos 13:2 diz, que resulta em condenação. Qualquer pessoa que se rebela contra o seu governo está pronto para ser condenado, não apenas por seu ato de rebelião, mas porque essa rebelião revela que provavelmente não são salvos. Se eles fossem salvos, o seu coração os levaria a sentirem vontade de humildemente se sumeterem a cadeia de comando de Deus ao invés de uma vontade cheia de orgulho de fazer o que querem. É verdade que muitas vezes os governos terrenos podem ser injustos e repressivos, mesmo fazendo exigências que são contrárias a vontade expressada de Deus. Romanos 13 está dizendo que os crentes devem obedecer a seus líderes, mesmo quando eles são levados a desobedecer a Bíblia? Não, algumas vezes os crentes precisam desobedecer seus líderes terrenos, como vemos na vida de Daniel, quando ele orava a Deus mesmo quando era proibido. Os crentes podem ter uma razão para desobedecerem aos seus líderes quando as leis da terra na qual vivem exigem que eles pequem contra Deus. Entretanto, as pessoas não podem usar a vontade de Deus como uma desculpa para desobedecer os seus líderes quando eles crêem que o governo está agindo socialmente ou politicamente de uma maneira ímpia. Mesmo que a avaliação que eles possuem do seu governo seja correta, eles devem sempre buscar obedecer todas as leis possíveis. A maldade ou a negligência das suas autoridades seculares não lhes dá a liberdade de desobedecer as leis que são direcionadas pessoalmente à eles e que não os leva a violar a lei de Deus. A vontade de Deus para o crente é que ele viva com obediência ao governo que seja uma fiel testemunha na sociedade. Eles possuem um mandato espiritual, de não fazer todas as coisas sociais ou políticas corretas nesse mundo ímpio, mas de cultivar e alimentar a sua própria caminhada com Deus assim como ser uma testemunha no mundo em necessidade. A atitude política própria é se submeter com humildade. A ação cristã política própria é servir alegremente. É assim que os crentes podem pagar o débito de amor que devem a todos os homens e provar a vontade de Deus nesse mundo descrente. Os crentes devem manter na mente que todas as coisas no universo de Deus, incluindo os negócios de estado, estão em Suas mãos. Os crentes compreendem que Deus sabe de todos os detalhes das coisas ímpias que os governos terrenos fazem e planejam fazer. Os crentes sabem que Deus pode mudar o coração de um rei se essa for a sua vontade. Eles sabem que Deus usa esses líderes ímpios cujos corações Ele não modifica e que vai julgar todas as nações por seus pecados, embora Ele os use para realizar Seus propósitos. Os crentes crêem nEle para corrigir todos os erros sociais e políticos no Seu tempo e da Sua maneira e possuem a confiança de que Ele faz todas as coisas para o benefício do Seu povo, como lemos em Romanos 8:28, "E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." Portanto, o poder do governo terreno nunca deve ser uma ameaça para a sua esperança celestial e nunca devem sentir a necessidade de proteger a si mesmos através de rebelião ou revolução.
A mensagem da Bíblia é que os crentes devem desenvolver o seu caráter e esperar pacientemente por Deus para abrir a porta do serviço para eles. Se existe grande oposição política para o serviço do crente, especialmente quando ele anuncia o evangelho, ele não deve buscar justiça com suas próprias mãos, porque Deus vai usar o governo do modo que Ele vê que é o melhor para fazer Sua vontade. Romanos 13 explica que é trabalho do governo punir pessoas ímpias e estabelecer a ordem social que é uma ajuda para anunciar o evangelho. A pergunta é, "Nós cremos e nos submetemos a Deus ou nos apoiamos na nossa própria sabedoria e força?" u) Romanos 14:1 e 19, "Ora, ao que é fraco na fé, acolhei-o, mas não para condenar-lhe os escrúpulos. Assim, pois, sigamos as coisas que servem para a paz e as que contribuem para a edificação mútua." Uma pessoa fraca é alguém que não sabe bem a Bíblia e que algumas vezes faz coisas e outras vezes não faz por uma razão errada. De vem em quando uma pessoa fraca não vê nada de errado em beber álcool ou em participar de uma atividade questionável ou em aproveitar o domingo passeando. E a razão para isso, pode ser o que ele vê o mundo fazendo, o que ele fez no passado ou o que costumava fazer. Mas a razão fundamental é sempre o fato de que a pessoa que é fraca na fé não possui o entendimento necessário da Bíblia para mudar certas coisas na sua vida. Por outro lado, algumas vezes, uma pessoa fraca pode se abster de algo que é biblicamente aceitável, como comer carne, porque não compreende a Bíblia o suficiente para ver que pode comer qualquer coisa ou os seus hábitos do passado interferem com a sua habilidade de fazer o que a Bíblia diz que está certo fazer. Uma pessoa forte conhece a Bíblia muito bem e faz coisas ou se abstem de outras baseada na razão correta. Uma pessoa forte sabe que existem certas coisas que ela não pode fazer porque a Bíblia lhe proíbe. Uma pessoa forte não bebe álcool, não vê o domingo como os outros dias da semana, não participa de diversões questionáveis, etc, porque ela compara esse tipo de comportamento com a Bíblia. Uma pessoa forte também sabe que outras coisas não são essenciais a vida cristã e que ele deve se abster de tal coisa dependendo da situação. Por exemplo, ela pode ou não comer carne dependendo de como isso vai atingir uma pessoa fraca que se incomoda com o fato de que tipo de carne é essa. A mensagem de Romanos 14 é que uma pessoa que é forte não deve entrar numa discussão ao tentar modificar a mente de uma pessoa fraca. Uma pessoa que é forte deve procurar edificar alguém que é fraco, como lemos em Romanos 14:19 e não julgá-las como lemos em Romanos 14:4 que diz, "Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é o Senhor para o firmar." De acordo com o que Romanos 14:19 nos diz, a tarefa de um irmão forte não é julgar o irmão fraco, mas sim edificá-lo. Uma razão para isso é que um crente forte precisa lembrar quão paciente Deus tem sido com ele através dos anos. Mesmo um crente mais maduro possui a sua fraqueza e ainda assim Deus o edifica e recebe de maneira paciente, carinhosa e o corrige através dos anos. Uma pessoa forte é paciente com a pessoa fraca. Porque ela tem maior conhecimento da Bíblia, sabe quando deve ser flexível, se for necessário. A pessoa forte sabe quais são os limites bíblicos para a acomodação, e ele pode atender, dentro do possível, às
necessidades de uma outra pessoa quando tenta pacientemente ensinar uma pessoa fraca. Uma pessoa forte compreende o que é e o que não é espiritualmente importante. Isso não significa que a pessoa fraca deve ser abandonada dentro da sua incompreensão das leis de Deus. Deus sabe que os pontos de vista errados sobre a lei da pessoa fraca devem ser corrigidos e que sua vida deve estar cada vez mais dentro da Sua vontade. Entretanto, Deus é o Senhor de todos e possui Seu próprio plano para lidar com a pessoa fraca. A mensagem desse capítulo é que todos os irmãos devem ter os mesmos objetivos que Deus possui uns para com os outros e que devem se submeter à maneira de Deus para alcançar esse objetivo. Entretanto, fazer a vontade de Deus é mais do que conhecer pessoalmente a lei de Deus e cumprí-la. A pessoa forte precisa considerar a salvação e a eleição dos eleitos. A pessoa forte precisa considerar que outras pessoas, assim como elas, lutam com suas fraquezas e que Deus possui um plano para ajudar essas pessoas fracas. A pessoa forte precisa se submeter a esse plano. Ela precisa se humilhar ao que Deus deseja que ela faça. Ela precisa perdoar, precisa ser paciente. Precisa desejar e estar pronto para ajudar a pessoa fraca espiritualmente falando. O ponto de tudo isso é que a Bíblia diz que um homem forte tem uma boa compreensão da Palavra de Deus e portanto, se comporta de uma tal maneira que ajuda a pessoa mais fraca, algumas vezes participando em algum tipo de atividade e algumas vezes não participando de outras, mas sempre fazendo o que está de acordo com a Palavra de Deus. Portanto, uma pessoa forte pode se comportar de tal maneira que vai ajudar as pessoas fracas, que não compreendem a Bíblia como ela, porque a pessoa que é forte age baseada numa forte crença na Palavra de Deus e um amor forte tanto por Deus como por seu irmão fraco. Dessa maneira, a pessoa forte verdadeiramente faz a vontade de Deus e reflete a obra da graça de Deus em sua vida. v) Romanos 16:14,15, "Saudai a Asíncrito, a Flegonte, a Hermes, a Pátrobas, a Hermas, e aos irmãos que estão com eles. Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, e a todos os santos que estão com eles." Romanos capítulo 16 lista os nomes de muitas pessoas cujas vidas ilustram como fazer (a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2) As pessoas que são mencionadas em Romanos 16 são tanto um exemplo, como um encorajamento. Vamos ver isso em Romanos 16:15 e 16. Observe que as dez pessoas são: Asíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas, Filólogo, Júlia, Nereu, sua irmã e Olimpas. O número dez significa conclusão, como nas parábolas das dez moedas ou das cem ovelhas, aonde o número 10 ou 100 representa o completo número do povo de Deus. Essas dez pessoas são apenas nomes para nós. Mas os dez eram conhecidos por Paulo, pelos irmãos romanos e especialmente por Deus, porque eles ajudaram a completar a Sua igreja. Sem eles, a igreja de Deus seria incompleta. A partir dessa observação, somos lembrados que a vontade do evangelho de Deus é precisa e específica. Deus sabe exatamente quantos Ele deseja salvar. Ele conhece cada um dos salvos por nome e Ele tem certeza de que vai salvar todos, concluindo Sua obra
de chamada do Seu povo à salvação apenas quando a população do Seu reino estiver completa. Deus não é incerto ou descuidado no Seu plano de salvação no sentido de que Ele salva qualquer pessoa que estiver à mão ou convenientemente disponível. A salvação de Deus não significa que se Deus busca salvar alguém e ainda assim acontece algo errado e essa pessoa fica perdida, Ele sempre pode pegar uma outra pessoa. E a salvação também não significa que conforme Deus procura preencher Seu Reino, Ele apenas recolhe o maior número possível de pessoas. Deus não possui uma cota no Seu plano de salvação, no sentido de que indivíduos que são incluidos entre os salvos não podem ser trocados com aqueles que não são e que apenas o número total daqueles que são salvos é que importa. É verdade que Ele preparou a salvação do remanescente, os quais são um número de pessoas que apenas o Pai tem conhecimento. Entretanto, as pessoas que são parte desse remanescente são conhecidas por Deus por nome, porque Ele as escolheu desde a fundação do mundo. Deus ama e busca ovelhas específicas. Ele não vai parar de procurar até que as encontre e as mantenha seguras em Seus braços para sempre. Como Romanos 16:15, 16 nos lembra, cada crente é conhecido e recebe o cuidado de Deus individualmente. As frases "aos irmãos que estão com eles" e "a todos os santos que com eles estão" poderiam fazer referência as pessoas das igrejas às quais essas pessoas pertenciam. Espiritualmente a idéia da frase "com ele" é mais do que "que estão na mesma casa". A idéia é "que estão com eles em mente e em coração, concordando com o evangelho pregado por homens fiéis que os ensinaram." O número completo de pessoas que populam o Reino de Deus tem uma mesma mente e coração para a glória de Deus. Nós também devemos observar que não é dada muita informação bíblica à respeito das pessoas mencionadas nos versículos citados. E mesmo assim, esses versículos não são comentários sem importância que possuem menos valor e autoridade do que outras partes da Bíblia. Toda escritura é santa e dada para nossa edificação. A falta de informação histórica chama nossa atenção para o fato de que devemos buscar pela mensagem espiritual, como deveríamos fazer em cada passagem que estudamos. Um pensamento muito importante que vem da menção dessas pessoas é que, acima de qualquer coisa, para fazer a vontade de Deus, precisamos de humildade. Paulo foi um famoso missionário, um viajante que era bem conhecido por todas as igrejas e essas pessoas não eram tão bem conhecidas e também não estavam fazendo um tipo de trabalho que era conhecido por tantas pessoas. E ainda assim, como podemos ver, eles demonstraram entre outras virtudes, a coragem, a generosidade e a preocupação espiritual por outras pessoas. Não é o que um crente faz para Deus que conta, mas sim o fato dele ser fiel, o qual é o princípio que eles ilustraram em suas vidas. Os versículos também ilustram que o povo de Deus trabalha com humildade, sem muito crédito pessoal. A humildade é uma virtude maravilhosa. É uma atitude que se encaixa perfeitamente em todos os filhos de Deus e faz parte do caráter de todos aqueles que vão habitar para sempre com o Santo e Poderoso Deus. Eles são santos porque sabem que são criaturas, que dependem e estão debaixo da autoridade do Senhor do universo. De fato, eles são contritos porque sabem que são pecadores, que merecem a ira de Deus, mas que estão recebendo graça. Além de tudo isso, eles ficam surpresos porque o Santo Deus lhes permitiu terem a tarefa de serví-Lo. Que graça, que amor o fato de Deus dar
ao Seu povo o desejo e a habilidade e a oportunidade de fazer Sua vontade! Apenas Deus merece e precisa receber a glória, como o último versículo de Romanos nos diz, "Ao único Deus sábio seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém." Assim concluimos a nossa pesquisa do livro de Romanos. Esperamos que esse breve exame possa lhe ajudar a compreender esse livro e lhe encorajar a estudá-lo mais tarde por si mesmo. E que o Senhor possa lhe abençoar ricamente.