urbe revista
bagé
Bagé, 200 anos 1811 - 2011
diagnóstico urbano zona de preservação cultural
julho 2011
editorial 200 Anos. Começando pela raiz
B
agé. Antes que tarde precisamos tomá-la nos
Uma revista inteligente, bonita, ousada, informativa
braços, conhecê-la, ouvi-la em seu mudo clamor
e reivindicadora. Assinada por jovens práticos, com
de identidade. Principalmente divisar as feridas e
viáveis sonhos nos braços, e, uma manhã sólida guiando
beleza de suas raízes, seus espaços de memória,
o olhar. Revista - documento, subsídio e fonte que pode
representações, símbolos, sagas e aquele ordenamento
servir às políticas públicas de planejamento e ação dos
sofrido e orgânico de seu momento primeiro.
setores técnicos do poder executivo e à comunidade,
Os futuros arquitetos, alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, do 7º semestre, da
protagonista de tão árduas e ampliadas lutas em defesa da memória.
Universidade da Região da Campanha decidiram
Com essa publicação a Universidade realiza os
celebrar os 200 anos de Bagé, debruçados em suas
grandes sonhos contemporâneos e se assume como
origens. Exatamente sobre a área urbana de Preservação
resposta sensível às tensões e buscas de um desejado
Cultural que marca sua fundação. Haverá celebração
urbanismo qualificado. A ameaça de uma desordenada
mais consistente que refazer o trajeto de cal e pedra do
expansão urbana e de um progresso cego aos valores de
seu nascimento? E transformá-lo numa revista e, então,
memória vem apagando a possibilidade de articulações
partilhá-lo?
harmônicas entre o econômico, o cultural, o humano e
Os futuros universitários, com um olhar, técnico e
o estético nas soluções urbanísticas.
humanista, chegaram nessa área urbana como se
A Revista traz o suporte técnico e legal do Pleno
num continente ocupado pelo mais sagrado e profano
Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Bagé que
de nossa história. Mergulhados nela, contemplaram,
instrumentaliza a política de desenvolvimento e
conviveram calorosamente com o espaço e sua gente,
crescimento urbano de nossa cidade. Contou com
investigaram seu potencial histórico e traçaram suas
a competência da professora Cristina Wayne em
mais agudas urgências.
sua elaboração e defesa e dá sustentação e legitima
Daí o registro, nesta publicação, de uma leitura,
propostas e ações de desenvolvimento sustentável
sensível e crítica, e, diagnósticos técnicos e claros,
para nossa cidade. Hoje Bagé se situa entre a perda e a
cobrindo a estrutura urbana, o uso do solo e a via de
garantia de seus referenciais de identidade. Fenômeno
todo esse tecido urbano, severo e contido, em seu
inerte à globalização e que vem devastando culturas
silencioso e doído lamento de abandono. Tudo para
milenares.
que Bagé seja, novamente, apropriada por ela mesma,
Mas a consciência de que habitamos uma cidade
para que possa novamente nascer, se erguer em sua
histórica, nos determina e convoca. E, quando arquitetos
estatura histórica, qualificada, a partir de seus começos
futuros abraçam, com vigor, a causa da sustentabilidade,
e, se comunicar, digna e plena, com o mundo. Aqui está
unindo preservação e desenvolvimento, um novo sopro
a Catedral, o eixo majestoso desse espaço histórico,
de luz atravessa Bagé, e a esperança pede a palavra.
simbolicamente plantada com sua fonte para o Norte e
Serão eles, esses jovens, que segurarão a possibilidade
carregando os densos mantos de memória, em seu Sul.
de mantermos o privilégio de habitar uma cidade
Numa perspectiva crítica e colaborativa, levantando
desenvolvida e histórica com uma linguagem e uma
aspectos adequados e inadequados dessa área,
alma intransferíveis. É dessa escritura histórica e do
reivindicações são traçadas, com as mais objetivas
denso espírito desse lugar que nos cabe cuidar.
sugestões de reconhecimento e pedidos por seus
Hoje, aqui, eles narram Bagé, a realidade e o apelo
delicados e imprescindíveis equilíbrios, saneadores e
de uma cidade antiga. O começo de nosso mundo e da
urbanos.
mais séria conversa sobre nossa identidade. Elvira de Macedo Nascimento
2
urbe bagé
Grupo ECOARTE
A Catedral de São Sebastião ou Igreja Matriz é o monumento mais antigo da cidade. Data: 1878 (primeira fase). Autor: Arquiteto Giusepe Obino. Estilo: eclético historicista. Fonte: Inventário dos principais bens edificados de Bagé - RS.
3
expediente
sumário
Orientadora Profª. M.Sc. Crsitina W. Brito Gaffrée Silveira
Editorial
2
Apresentação
5
Editorial Elvira de Macedo Nascimento
Um limite encantado
6
Capítulo 1
7
Um limite encantado | Artigo José Francisco Hillal Botelho
Macrolocalização
8
Histórico da Cidade
9
Macrolocalização Mariana Matucheski Gonçalves Felipe de Pires Nunes Sandro Martinez Conceição Histórico da Cidade Mariana Matucheski Gonçalves Sandro Martinez Conceição Ambiente Urbano Lúcio Stefani Renato de Bem Infraestrutura | Água e Esgoto Carolina Charão Infraestrutura | Rede Elétrica Urbana Felipe de Pires Nunes
Ambiente Urbano
10
Infraestrutura Urbana
11
Uso e Ocupação do Solo
12
Equipamentos Urbanos
12
Mobilidade Urbana
13
Estrutura Urbana
16
Legislação Urbanística
24
Planos, Programas e Projetos
24
Capítulo 2
26
Análise Comportamental
27
Questionários
29
Capítulo 3
32
Diagnóstico
33
Conclusão
35
Infraestrutura | Resíduos Sólidos Lúcio Stefani Renato de Bem Uso e Ocupação do Solo Joaquim Gonçalves Equipamentos Urbanos Viviane Pereira Mobilidade Urbana Gabriela Brandão Mariana Maurente Estrutura Urbana Bruno Gonçalves Morfologia Urbana Lívia Blois Vanessa Richards Fernanda Pêgas Densidade Urbana Juliana Moraes Lidiane Brondani Legislação Urbanística Judie Ribeiro Juliana Machado Programação Visual Felipe de Pires Nunes Patricia Lima Sandro Martinez Conceição
Bagé, 07 de julho de 2011.
4
urbe bagé
agradecimentos A orientação da Prof.ª M. Sc. Cristina W. Brito Gaffrée Silveira. A Prof.ª M. Sc. Magali Nocchi Collares Gonçalves pela atenção disponibilizada, empréstimo de livros, em especial, sua Dissertação de Mestrado. A Prof.ª Maria de Fátima Schmidt Barbosa (Fafá), Prof.ª Maria Luíza Pêgas (Lala) e a Arq. Tatiana Pacheco, pelo empréstimo de livros. A Prof.ª Bruna Gomes, do SENAC Bagé, por auxiliar nas dúvidas sobre a montagem e disponibilizar tempo durante o curso de Edição Gráfica, realizado pelo acadêmico Sandro, para a formulação da revista. Ao desafio proposto a Elvira de Macedo Nascimento (Mercinha) para a produção de nosso editorial. Ao jornalista José Francisco Hillal Botelho pelo excepcional artigo que enriquece nossa publicação. Ao historiador Claudio de Leão Lemieszek que prontamente nos atendeu em seu escritório dando uma verdadeira aula de história sobre a cidade e área em estudo. A Secretaria Municipal de Coordenação e Planejamento de Bagé, em especial a Arq. Tatiana Pacheco e Arq. Neneca Saavedra por disponibilizarem documentos necessários para a pesquisa.
A Secretaria de Habitação, a Secretaria de Meio Ambiente, ao Núcleo de Geomensura e Cartografia, ao Departamento de Água e Esgoto da Prefeitura Municipal de Bagé por disponibilizarem dados para a publicação. Ao fotógrafo Leko Machado que disponibilizou a imagem para a capa de nosso trabalho. Ao amigo Adriano Pacheco que contribuiu com sua sensibilidade em algumas fotografias que ilustram este trabalho. As unidades concedentes de estágios e empregadores pelo apoio e disponibilidade de tempo para realizar as atividades. Aos moradores da ZPC que nos receberam em suas casas disponibilizando informações de seu grupo familiar. Aos colegas pelo entendimento das cobranças e exigências feitas durante o semestre. As famílias e amigos pelo apoio, incentivo e entendimento de nossa ausência em alguns momentos para a realização da pesquisa. Em especial a família da colega Fernanda Pêgas, onde montamos nosso QG durante a edição final da publicação.
apresentação
D
enominamos esta publicação como
valorizada para o futuro, principalmente
“Urbe Bagé”. Urbe é um substantivo
considerando
feminino, que vem do latim Urbs, e na
que
neste
ano
Bagé
comemora seu bicentenário.
língua portuguesa tem o mesmo significado
Primeiramente
de cidade.
realizou-se
pesquisa
e coleta de dados da área em estudo,
A Revista tem como objetivo geral
realizando o mapeamento com informações
apresentar de maneira diferenciada e
e respectivas análises, nos campos da
dinâmica os conteúdos desenvolvidos de
infraestrutura,
forma independente pelos acadêmicos
morfologia,
da disciplina de Projeto de Urbanismo 01,
equipamentos, legislação e o uso e
do 7º semestre do Curso de Arquitetura
ocupação do solo urbano. Realizou-se uma
e Urbanismo da URCAMP, orientada pela
amostragem com a criação e aplicação
Prof.ª M. Sc. Cristina W. Brito Gaffrée
de questionários, assim como, a análise
Silveira.
comportamental em duas praças na zona.
A disciplina consiste no estudo da
mobilidade, estrutura,
o
densidades, ambiente,
Finalizando este processo de estudo se
configuração da cidade, a partir das
construiu o diagnóstico urbano da ZPC.
relações entre desenho urbano, morfologia
O presente trabalho não se encerra com
e dinâmica social.
esta publicação. Ele servirá como fonte de
A área da cidade escolhida para o estudo
consulta para um Projeto com estratégias
foi a Zona de Preservação Cultural – ZPC ,
que serão desenvolvidos no próximo
devido a sua importância histórica, que
semestre, na disciplina de Projeto de
originou a cidade. Nossa intenção é de que
Urbanismo 02.
esta zona seja recuperada, preservada e
1.
ZPC segundo o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental - PDDUA, Lei Complementar nº. 25/2007.
5
Um limite encantado
N
as lendárias caminhadas que fazia por
com serena eloqüência nessas ruas é a vocação
su querido Buenos Aires, o escritor Jorge
à horizontalidade (vocação que hoje se encontra
Luis Borges tinha especial preferência pelos
sob as ameaças de uma verticalização abrupta
arrabaldes de casas baixas e pátios fundos –
e impensada). Antes que começassem nossos
onde o autor de Ficciones acreditava encontrar a
registros históricos, já aqui estava a expansão
pura essência portenha. Bagé também tem seu
ilimitada do pampa, com sua fuga eterna de
arrabalde elementar e essencial. Os aficionados
coxilhas e cerros, onde o olhar, saturado de
pelas paisagens bageenses se extasiam com
horizontes, é atraído a um galope aberto,
justas razões perante os solares neoclássicos da
vertiginosamente amplo. O traçado natural se
Marechal Floriano e da Sete de Setembro – com
estende por essas ruas, como se a cidade, ao
sua profusão de colunatas, brasões e capitéis,
nascer, fosse uma extensão orgânica da paisagem:
essas mansões heráldicas são característica
basta sair da Matriz e dobrar à primeira esquina
marcante da nossa belle époque. Mas não é só
para se entrever, de relance, o reflexo branco
na imponência nobiliárquica que nosso espírito
das lápides lá no fundo. Sempre me pareceu
tutelar se expressa: também existe algo de único,
sugestivo que essa região, onde a cidade nasceu,
algo de encantadoramente bageense, naquela
também seja um dos pontos onde Bagé termina
teia de ruas estreitas, entremeadas e primordiais
ou começa: um limite encantado. Ao contrário
que se estende placidamente entre a Praça da
de tantas cidades brasileiras, Bagé ainda é um
Matriz e o Cemitério da Santa Casa.
espaço cuja paisagem se desenrola diante de
Com suas fachadas de adorável simplicidade,
nossos olhos, em vez de nos oprimir com a prisão
com seus pavimentos de pedras quebradas – cujas
dos arranha-céus; uma cidade cujos monumentos
arestas e superfícies formam os mais variados e
avultam à distância, por trás dos telhados, e nos
inesgotáveis desenhos, num silencioso caos de
convidam a andar, a pensar, a imaginar. É também
linhas e reflexos, sob os pés do andarilho casual
uma paisagem urbana que se abre por todos os
– essa área é como um pacato labirinto que nos
lados à visão da natureza: quando andamos nas
conduz às origens e à alma profunda de nossa
cercanias da Rua do Acampamento, o pampa, os
cidade. Por aqui passaram, há quase exatos 200
cerros e os arvoredos sempre nos acompanham
anos, as tropas de Dom Diogo de Souza em sua
ao longe, como que apontando a continuidade
marcha rumo à capital dos orientales – desde o
entre cultura e mundo natural, entre o homem e
início, portanto, Bagé foi um espaço de trânsito
o universo em que vive.
e intercâmbio entre o mundo da lusofonia e a
Que sabedoria a dessas ruas e dessas casas;
América hispânica. Trânsito que não foi só o de
quanta coisa nos dizem, enquanto caminhamos
guerreiros armados, mas também de cultura e de
entre as torres bulbosas da catedral e os muros do
idéias: também foi aqui, na Rua do Acampamento,
campo santo. É uma paisagem que, em silêncio,
que se localizou um dos primeiros teatros da
conversa conosco sobre o infinito e a eternidade
cidade, por onde passavam companhias vindas
– ao contrário de tantos espaços urbanos atuais
do Uruguai e da Argentina.
que, cheios de fúria e de estrondo, só sabem falar
Outro traço da alma bageense que se revela
sobre o nada. José Francisco Hillal Botelho
6
urbe bagé
Jornalista formado pela PUC-RS, mestre em Literatura Comparada pela UFRGS. Escreve há muitos anos para a editora Abril.
Capítulo 1
Levantamento de Dados, Mapeamento e Análise
Vista da Rua Barão do Amazonas com a Catedral ao fundo.
7
Macrolocalização
O
Município de Bagé está localizado na
Dispõe atualmente de um território de
Microrregião da Campanha Meridi-
4.095,53 km², população de 116.792 habit-
onal, na fronteira sudoeste do Rio Grande do
antes (Censo IBGE/2010) com densidade de
Sul. Faz divisa com o Uruguai e com os municí-
28,52 hab./km². Esta conformação territo-
pios de Dom Pedrito, Hulha Negra, Caçapava
rial atual resultou de um conjunto de eman-
do Sul, Aceguá, Pinheiro Machado, Candiota
cipações, como a de Hulha Negra e Candiota,
e Lavras do Sul, sendo considerada polo desta
em 1992 e de Aceguá em 200, antigos distri-
região.
tos de Bagé.
Mapa Bagé no Rio Grande do Sul
Igreja de Nossa Senhora da Conceição e Prefeitura Minicipal de Bagé
Associação Rural de Bagé | Parque Visconde Ribeiro de Magalhães
Hotel do Comercio
Câmara de Vereadores
Igreja Nossa Senhora Auxiliadora
Centro Histórico Vila de Santa Thereza
Cenrto Administrativo - Antiga Estação Férrea
Casa de Cultura Pedro Wayne
Palacete Pedro Osório
Clube Caixeral Bagé
Unipampa
Clube Comercial de Bagé
Hospital da Santa Casa
Instituto Municipal de Belas Artes legenda Aeroporto Internacional Câmara de Vereadores Casa de Cultura Pedro Wayne Cemitério Catedral Escolas Espaço Cultural da Maya Hospitais Museu Dom Diogo de Souza Panela do Candal Passo do Onze Praças e Espaços Verdes Prefeitura Municipal de Bagé Rodoviária Universidades Área em Estudo
Coreto Municipal
sem escala
8
urbe bagé
Fontes: BAGÉ. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2011. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Bag%C3%A9&oldid=24694758>. Acesso em: 3 jul. 2011. PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DE BAGÉ. Prefeitura Municipal de Bagé e Latus Consultoria. Bagé, 2008. CENSO POPULACIONAL 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Acesso em: 3 jul. 2011. Secretaria de Coordenação e Planejamento, Prefeitura Municipal de Bagé.
Histórico da Cidade
A
história de Bagé começa no momento
Passo do Príncipe, onde se observa a existên-
nado nos setores
em que os índios são trazidos pelos
cia de prédios que “se espraiam pelas quadras
econômico e cul-
jesuítas para se estabelecerem na Serra de
mais altas da Rua Barão do Triunfo e entram
tural, havendo a
Santa Tecla. Logo depois da fixação das fron-
pelas estreitas travessas que chegam à estre-
necessidade
teiras meridionais pelo Tratado de Madrid,
ita rua 7 de Setembro e Barão do Amazonas”.
criação do Primei-
Segundo ele, em torno de 1830, é que surgem
ro Código de Pos-
os
espanhóis
da
tentam a con-
ruas mais largas e
quista do ter-
construções mais ao
ritório,
sul da Rua 7, em di-
turas, que data de 1899 e
reção ao cemitério.
sinaliza a preocupação do
esta-
belecendo em 1773 o Forte
A Revolução Feder-
de Santa Tecla,
alista, em de 1893,
que
servia
ocorre no momento em que os federalistas
como defesa militar espanhola. Porém este
reagiram à ascenção dos republicanos. O mu-
A área em estudo corresponde ao núcleo
foi derrubado em 1779 por forças militares
nicípio testemunhou um dos três combates
formador da cidade. É limitado pelas ruas
portuguesas. É nesse momento em que há a
ocorridos, o “Cerco de Bagé”. A revolução
Doutor Veríssimo, Marcílio Dias, Rua do
distribuição das sesmarias para os militares
ocorre na Praça Carlos Telles, anteriormente
Acampamento, Fabrício Pilar e Anel Perime-
portugueses e se formam as estâncias.
município em relação ao setor da construção civil, embora ainda incipiente.
chamada Praça da Redenção. A batalha trans-
tral. Nesses quarteirões podem ser identifica-
No ano de 1801 os espanhóis recolhem-se
formou a área em um hospital e teve como
dos prédios de interesse histórico cultural e as
para o sul da Serra do Aceguá. Nessa mesma
herói o Coronel Carlos Telles, que deu origem
praças da Matriz e Dom Diogo de Souza.
época, a marcha do
ao nome da praça at-
Exército
ualmente.
da
Pacificador
Banda
Este trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de
Oriental
Em 5 de junho de
uma revista comemorativa
comandada por Dom
1846 Bagé foi elevada
aos 200 anos de Bagé. Esta foi
Diogo de Souza, re-
a município.
elaborada a partir de estudo,
solve transformar o
A partir de 1851 trat-
pesquisa, análise e diagnós-
acampamento de Bagé em núcleo perma-
ados definem a delimitação
tico da Zona de Preservação
nente e chama, em 17 de julho de 1811, o
territorial do município e suas
Cultural, local que originou
comandante da guarda de São Sebastião para
fronteiras com o Uruguai.
a cidade. Seu bicentenário é
assumir o comando deste campo e seu Distri-
Bagé se torna cidade em 1859, iniciando seu
resultado de um jeito diferente de conviver,
to. Ficava fundada então a povoação de Bagé.
período de urbanização. Três anos mais tarde,
de construir coletivamente e também de
O Cerro de Bagé é um referencial na for-
a partir da implantação de projeto de Wilhelm
uma cidade que se desenvolveu nas bases da
mação da cidade, pois foi bem próximo a ele
Ahronz, começa o preenchi-
sua história. As comemorações
que a povoação da cidade começou. Con-
mento do novo traçado
já iniciaram, mas ainda há um
forme Jorge Reis,
urbano para Bagé em di-
outro objetivo por trás disso tudo:
o Núcleo Urbano
reção ao Norte, devido à
plantar dentro de cada bageense
foi se consoli-
insolação, com amplas ave-
a sementinha de um futuro mel-
dando nos arre-
nidas planejadas em malha
hor, com consciência ambiental,
dores do Arroio
urbana de linhas ortogo-
avanço das políticas públicas,
e
à
nais. A largura das vias devia
desenvolvimento econômico e
“Capela” de São Sebastião, onde surgiram os
próximo
ser o suficiente para que as
turístico e a preservação patrimo-
primeiros ranchos de palha.
charretes pudessem fazer a
nial do significativo patrimônio
volta. As construções mais
construído, ambiental e cultural
No ano de 1814 consolidou-se o traçado urbano inicial da cidade, identificado como
relevantes deste período foram a Matriz de
“quadro português” e
São Sebastião e o Mercado Público.
configurado por capela,
No ano de 1881 passa-se a execu-
câmara e praça. Em
tar o primeiro Plano de Urbanização
1827,
aproxi-
com a autoria do agrimensor Augus-
madamente 50 casas ur-
to Alberto Stucky, que contempla o
banas de pedra no estilo
nivelamento e implantação de rede
haviam
colonial português. Tarcísio Taborda confirma que a parte mais antiga de Bagé é aquela que se aproxima do
de água e esgotos na, então, área central de Bagé. Onze anos depois o município foi impulsio-
que esta cidade possui tanto na zona urbana como rural. Ilustrações: Acad. Bruno Silva Gonçalves. Fontes: Síntese dos Sete Eixos da Realidade Municipal, Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, Prefeitura Municipal de Bagé, 2006. Entrevistado: Cláudio de Leão Lemieszek, em 24/03/2011. Linha do Tempo, >>http://www.bage200anos.com.br<<, acessado em 03/04/2011. História, >> http://www.alternet.com.br/bage/historia/index.html<<, acessado em 03/04/2011. Bagé, >> http://pt.wikipedia.org/wiki/Bag%C3%A9<<, acessado em 03/04/2011. Inventário Cultural de Bagé: um passeio pela história/ Elizabeth Macedo de Fagundes. Porto Alegre: Evangraf, 2005, p.304 e p.139. Gonçalves, Magali Nocchi Collares. Arquitetura bajeense : o delinear da modernidade: 1930-1970. PROPAR. Porto Alegre: 2006.
9
Ambiente Urbano
A
aréa em estudo possui uma vegetação menos densa dentro dos lotes, já nos ar-
roios possuem uma boa quantidade de vegetação nativa preservada por um limite de zona de preservação cultural, nas praças predominas as árvores de grande porte, que proporcionam um bom conforto aos pedestres.
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urbe bagé
Infraestrutura Urbana água e esgoto
rede elétrica urbana
A
cidade de Bagé possui uma alimentação elétrica padrão. Todos os lugares que
possuem energia elétrica tem o mesmo tipo
T
oda a área em estudo possui abastecimento de água potável.
As áreas não coloridas não possuem rede
resíduos sólidos
A
área escolhida localiza-se no setor 1, dimensionado pela Concessionária de
coleta de lixo.
e qualidade de
coletora de esgoto, sendo necessário o pedido
Os horários de recolhimento de lixo em que
recebimento
de Informação do Plano Diretor, junto ao
o caminhão passa pelo setor variam conforme
desta energia. Sendo
toda
rede da cidade de 230/380V.
DAEB para que haja fiscalização no local sobre a existência de bueiros ou valas, onde o esgoto poderá ser interligado. Se ainda assim não houver a existência dos mesmas, é exigido a confecção de fossa séptica e sumidouro, mediante apresentação de laudo técnico do mesmo.
os dias da semana: Segunda e terça-feira: são os dias em que apresenta mais quantidade de lixo devido ao acumulo do final de semana, os horários do caminhão variam entre 18h às 23h. Quarta-feira: esse dia na coleta apresenta pequena quantidade de lixo, onde o trajeto do caminhão é feita mais rápido, com o termino do percurso mais cedo. Quinta, sexta-feira e sábado: a coleta desses dias apresenta uma certa quantidade de lixo razoável, onde o trajeto do caminhão varia, das 15h às 18h horas.
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Uso e Ocupação do Solo Equipamentos Urbanos
M
Sede da Associação dos Radioamadores de Bagé
ediante pesquisa em loco e
só na vida religiosa, mas como ponto
dados cadastrais podemos
turístico, as Praças da Catedral e do
identificar peculiaridades da área
Cemitério que por se localizarem em
em questão, como a propriedade
uma região tranquila, reúne pessoas
de ser um setor residencial por ter
de varias regiões da cidade, cemité-
uma proporção de 95% residencial para 0,5% comercial e equipamentos
rio que através da historia desta ci- maritano” e ao fundo Escola Vasco da dade abriga nomes de ilustres figu- Gama e Silva
urbanos.
ras em seus mausoléus, verdadeiras
Destacando-se alguns equipamentos, a Catedral que através dos tem-
Sociedade Espírita “O Bom Sa-
obras de arte, que em seu todo representa um museu a céu aberto.
pos tem servido ao Município, não
Escola Frei Plácido legenda
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Igreja dos Irmãos Menonitas
Mobilidade Urbana Introdução
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107
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R. Mauryti
R. Marcílio Dias
mbro R. 7 de Sete
R. Dr . Santos Gonçalv es
“
um atributo das cidades e se refere à facilidade de deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano. Tais deslocamentos são feitos através de veículos, vias e toda a infraestrutura (vias, calçadas, etc.)... É o resultado da interação entre os deslocamentos de pessoas e bens com a cidade.” (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2004, p. 13).
Dias R. Marcílio
Segundo o Ministério das Cidades (PlanMob, Caderno de Referência para a Elaboração de um Plano de Mobilidade Urbana) , durante um trajeto de deslocamento, as pessoas podem desempenhar diversos papéis: pedestre, passageiro do transporte coletivo, motorista, etc.; ou variá-los em função do motivo, do momento ou de outras condições particulares dos seus movimentos. Além da opção individual, alguns fatores podem induzir, restringir ou condicionar essa mobilidade, como por exemplo, idade, renda, sexo, habilidade motora, capacidade de entendimento de mensagens, restrições de capacidades individuais. Do mesmo modo, na estrutura urbana, a disponibilidade e a possibilidade de acesso às infraestruturas urbanas, tais como o sistema viário ou as redes de transporte público, propiciam
nte Rua Alm ira
Política Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável define mobilidade como:
condições maiores ou menores de mobilidade para os indivíduos isoladamente ou para partes inteiras do território. O PlanMob cita ainda que na atualidade a mobilidade urbana também está vinculada a sustentabilidade ambiental. Os meios de transporte têm duplo impacto nas condições ambientais das cidades: direto, pela sua participação na poluição atmosférica e sonora e na utilização de fontes de energia não renováveis; e indireto, na incidência de acidentes de trânsito e na saturação da circulação urbana (congestionamentos).
Pavimentação Segundo o “Estudo do programa de qualificação das vias estruturantes do transporte coletivo do município de Bagé”, realizado em outubro de 2006 através de Contrato para consultoria entre a Magma Engenharia Ltda. e o Município de Bagé, o sistema viário da cidade compreende a 459Km de vias, sendo ruas não pavimentadas correspondem a 300Km, ruas pavimentadas com paralelepípedo irregular 62Km, ruas pavimentadas com paralelepípedo regular 23Km, ruas pavimentadas com blocos de concreto 4Km, ruas com asfalto frio 3,6Km e ruas pavimentadas com asfalto quente 65,4Km. A área em questão localizase dentro da Zona de Preservação Cultural (ZPC) e compreende a 21,73% a ruas Rua Oscar Salis- sem pavimentação e sem calçamento não pavimentadas, 56,52% a ruas com pavimentação de paralelepípedo irregular, 4,34% a ruas com pavimentação de paralelepípedo regular e 8,69% a ruas com pavimentação de asfalto. Através da consultoria realizada pela empresa de engenharia notou-se que a trafegabilidade das vias, devido a ausência de pavimentação, ciclovias e passeios públicos, causa vários transtornos em dias de chuva, dificultando o atlegenda: endimento das área em estudo n ec es s i d a d es asfalto blocos de concreto básicas da popparalelepípedo irregular ulação no que paralelepípedo regular diz respeito à sem pavimentação linhas Anversa assistência à linhas Stadtbus saúde, edulinha Stadtbus (Micro-ônibus) cação e transrua mão única pontos de parada de ônibus porte. ruas preferenciais pontes principais acessos à cidade
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Mobilidade Urbana Transporte público
Acessibilidade
A largura das ruas na ZPC impede a ocorrência de grande fluxo
O Ministério das Ci-
na área, as ruas são estreitas e não permitem o tráfego de trans-
dades esclarece que em
qualquer pessoa, mas, no Brasil, esse con-
portes públicos. Desta forma o trajeto dos mesmos se dá através
termos gerais, acessibili-
ceito se associa
de três linhas de ônibus e uma linha de microônibus que se dis-
dade significa
mais
“
tribuem por três avenidas fazendo a ligação Norte-Sul da cidade faz a ligação Leste-Oeste da zona com o restante da cidade. Segundo o “Estudo do programa de qualificação das vias estruturantes do transporte coletivo do município de Bagé”, a linha que percorre a Av. General Osório (linha Cohab-Arco-Aeroporto) se destaca por significar 11,2% da composição dos passageiros que utilizam o sistema de transporte público da cidade, esta relevância ocorre por esta linha de ônibus fazer a ligação entre
27
anuel R. João M
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105
89
alizadas
Av. Sete de Setembro- Acessi-
re- bilidade. calçada estreita “in
loco”, percebemos a existência de rampas de acessibilidade em parte da área em estudo, contudo presença de desnível
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públicos
em
algumas
ruas dos Rua Barão do Amazonas - Pre-
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Salis
Bagé, em entrevista ao prefeito Dudu, no dia 06.03.11, a prefeitura estaria realizando obras que dialogam com importantes políticas públicas priorizadas pelo governo, como a recuperação de pavimentos danificados e a questão da acessibilidade para idosos e portadores de deficiência física. Nas visitas realizadas nos locais de malha Rua Barão do Amazonasmais orgânica,
desnível acentuado da rua
pode-se notar tais obras. Na rua Fabricio sendo realizadas obras para a colocação de blocos de concreto.
ório
1360
cia de passeios
Pilar, onde não há pavimentação, estão
o ard 1359 ont
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lobo, a altura dos meio-fios e a inexistên-
para idosos e deficientes físicos.
R. Oscar
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247
247
R.
bagé
pesquisas
de
De acordo com o Jornal Classisul de
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Através
diz respeito a questão de acessibilidade
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o R. Dr . Veríssim
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genérica
nas ruas, a falta de proteção de bocas de
mbro R. 7 de Sete
extremidades Norte-Sul.
ento pam Acam
definição
mente às pes-
garantir a possibilidade do acesso, da aproximação, da utilização e do manuseio de qualquer objeto”.
com a zona e vice-versa; da mesma forma uma linha de ônibus
Esta
1376
legenda: área em estudo limite estacionamento rotativo anel perimetral/rodoviário rua com rampas (acessibilidade) rua sem rampas (sem acessibilidade) rua sem passeio público rua com rampas e com desnível das calçadas rua arterial rua coletora rua local colocação de pavimentação
Mobilidade Urbana Sistema Viário Percebe-se uma deficiência na existência de
urbana, realizado pela Magma Engenharia
vias coletoras, tornando o trânsito mais lento
Ltda. e o Município de Bagé, relata que existe
no local. As ruas locais fazem ligação direta
uma grande variedade de padrões de dimen-
com as ruas arteriais, tais como a Avenida
sionamento, configuração e pavimentação de
General Osório, Avenida Sete de Setembro
passeios públicos. Os padrões encontrados
(quando mão dupla) e Rua Barão do Amazo-
são de no mínimo de 1,5 metros, 2,5 metros
nas que possuem grande fluxo de veículos por
sendo o mais frequente na área central mais
fazerem a ligação Norte-Sul da cidade. Ocorre
antiga de 4,0 a 4,5 metros nas vias de dimen-
com frenquencia na ZPC a existencia de ruas
sionamento mais generoso. Apenas passeios
locais de mão única, com estacionamento
com largura superior a 2,5 metros permitem
paralelo em apenas um lado da via devido ao
a implantação de elementos de mobiliário ur-
traçado estreito das mesmas, o que resulta
bano e arborização, já os que possuem medi-
em um fluxo comprimido.
das inferiores permitem somente a instalação
O estudo de pesquisa sobre a mobilidade
Mão dupla | Av. Sete de Setembro
Av. Sete de Setembro - Mão Única
de postes, lixeiras e placas de sinalização.
Mão dupla | Rua Dr. Veríssimo
Rua Barão do Amazonas- Falta de proteção nas bocas de lobo e falta de acessibilidade
Mão única | Av. Sete de Setembro
Rua Barão do Amazonas- Desnível no passeio público
Mão dupla sem passeio público | Rua Mãe Luciana
Av. General Osório existencia de canteiro central. e encontro do asfalto com o paralelepipedo
Mão dupla | Av. General Osório
A ZPC da cidade de Bagé, em relação a mobilidade urbana encontra-se em condições razoáveis. A pavimentação, em muitos locais inexistente ou em mau estado de conservação, provoca transtorno para moradores. Do mesmo modo a acessibilidade precária e a falta de implementação de mais algumas linhas de ônibus levam a comunidade da zona a usar meios de transportes particulares, o que não proporciona acesso amplo e democrático ao espaço urbano e enfatiza o maior gasto de energia tendo mais impacto ao meio
“
Além de refletir concepções e prioridades; é necessário que os programas e ações voltados para mobilidade urbana previstas para esta zona incorporem o caráter de zona de preservação cultural, visando a adequação e valorização dos aspectos históricos da área.
ambiente. A não priorização dos meios de transporte coletivos também aumenta a segregação espacial e não contribui para a inclusão social.
15
Estrutura Urbana
“
O quarteirão é o espaço delimitado pelo cruzamento de três ou mais vias e subdividido em parcelas (lotes) para construção de edifícios. O quarteirão não é autônomo dos restantes elementos do espaço urbano-traçado, vias, espaços públicos, lotes e edifícios. O quarteirão e também o resultado de regras geométricas da divisão fundiária do solo e do ordenamento do espaço urbano. Os elementos da estrutura urbana como lote, e edifício, traçado e rua e as relações entre espaço público e privado são agregados e organizados pelo quarteirão. (LAMAS, 2000).
Quarteirões
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Porto Alegre
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R. Marcílio Dias
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Dias
área em estudo tem quarteirões de diferentes dos 27. E os de forma irregular, são apenas 8 dos 27 configurações. Na zona mais próxima ao lo- quarteirões. É possível analisar as formas dos quarcal de maior destaque da área de estudo (Praça da teirões no mapa 2. Matriz), os quarteirões têm uma forma mais retanAs tabelas a seguir apresentam dados de dimengular, e enquanto na zona mais afastada da praça, sionamento dos quarteirões nas zonas centrais e os quarteirões têm uma configuração irregular. periféricas. Sendo que no primeiro caso é possível adotar um “padrão” de dimensão para os quarteirões, mas havendo algumas ressalvas, com alguns de maiores e outros de menores dimensões. E no segundo caso os quarteirões, sem forma predominante, ainda assim é possível estabelecer um “padrão” de dimensionamento e podemos notar os casos aonde ocorrem exceções, tanto para os super dimensionados quanto para os de dimensões mais reduzidas. Configuração regular1 Ao todo na área estudada, encontram-se 27 quarteirões, sendo 15 na zona central da cidade e os outros 12 na zona periférica. Os de forma regular estão em maior quantidade na zona em estudo, sendo eles 19
Ruas | dimensionamento (duas mãos)2
ZONA CENTRAL Número do Quarteirão
Padrão (60x90m) – margem +- 10m
1-107
62x96
Maior que o padrão
1-105
Menor que o padrão 62x78
Praça
50x50
1-27
67x41
1-85
67x44
1-103
57x91
1-87
66x88
1-101
56x89
1-140
105x90
1-89
66x102
1-99 1376
Ruas - dimensionamento (uma mãos)2
54x96
1-138
97x98
1-91
65x125
1-97
51x123
1-93
64x133
1-95
53x138
Estrutura Urbana Os Perfis das ruas em estudo, mostra que existe uma grande variedade de padrões de dimensionamento, configuração e pavimentação de passeios. Os padrões encontrados são de no mínimo de 1,5 metros, 2,5 metros sendo o mais frequente na área central mais antiga e 4,0 a 4,5 metros nas vias de dimensionamento mais generoso. Apenas passeios com largura superior a 2,5 metros permitem a implantação de elementos de mobiliário urbano e arborização, já os que possuem medidas inferiores permitem somente a instalação de postes, lixeiras e placas de sinalização. A estrutura ortogonal da área estudada consiste pelas ruas que se cruzam em ângulo reto formando retângulos (grelhas ou grades) na sua grande maioria. No mapa 2 nota-se claramente o traçado das vias. Formando a estrutura ortogonal basicamente em toda a área de estudo.
“
Ruas
São um dos elementos claramente identificáveis tanto na forma como no gesto de projetar uma cidade. O traçado se dá sobre um suporte geográfico preexistente, onde regula a disposição de edifícios e quarteirões, ligando os vários espaços e partes da cidade. O traçado estabelece a relação direta do assentamento com a cidade e o território. Relacionando-se diretamente com a formação e crescimento da cidade de modo hierarquizado, em função da importância funcional do deslocamento, do percurso e da mobilidade de pessoas, bens e idéias. É o traçado que define o plano, intervindo na organização da forma urbana a diferentes dimensões. Sendo indispensável para orientação de uma cidade (LAMAS, 2000).
“
Há estruturas totalmente irregulares, assim como parcialmente geométricas. Entretanto, uma estrutura aparentemente irregular, quando examinada atentamente, pode ser vista operando de fato como uma das categorias básicas de estrutura urbana. (GUIMARÃES, 2004).
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Menor que o padrão 162x60 113x82
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Av. Barão
ZONA PERIFÉRICA Padrão (95x130m) Maior que o – margem +- 10m padrão
R. 21
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Número do Quarteirão Praça 1-1359 1-1360-A 1-1360-B 1-1360-C 1-1376 1-246 1-247-A 1-247-B 1-247-C 1-248 1-249 1-250
Ruas - passeio + 2,5m2
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Ruas - passeio -2,5m2
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Edificações no alinhamento2
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R. Mauryti
R. Marcílio Dias
mbro R. 7 de Sete
Dias
s lotes de um modo geral são predominantemente de forma retangular, sendo que as dimensões ficam em torno dos 10x30 metros. Havendo testadas mínimas perto dos cinco metros e as máximas em torno dos 15 metros, porem as dimensões mais utilizadas fica em média dos sete a dez metros. E a relação entre frente e fundos dos lotes é de 1 para 3 ou 1 para 4 vezes. Na área central, os lotes praticamente não apresentam recuos. Sendo as edificações alinhadas, mas já na zona periférica, os recuos são mais utilizados, até mesmo pela proporção da relação entre frente e fundos dos lotes. Na mapa 2, pode-se notar as devidas formas dos lotes nos quarteirões.
Ru a Barão
“
O lote é um princípio fundamental da relação dos edifícios com o terreno. A forma do lote é condicionante da forma do edifício e, conseqüentemente da forma da cidade. O lote estabelece a separação entre o público e o privado. A cidade moderna estabelece uma relação diferente em relação ao elemento morfológico, quando os pilares saem do lote transformando a relação deste espaço como público. O crescimento urbano se dá em três etapas: o parcelamento (crescimento), a urbanização (infra-estrutura) e a edificação. (LAMAS, 2000).
el R odo v
iári o
1376
99x96 45x73 46x39 79x124 95x66
esc. 1/7500 1. Google Earth. Image © 2011 GeoEye. 2. Adriano Pacheco 3. Mariana Maurente e Gabriela Brandão
17
“
Morfologia Urbana A morfologia urbana estuda essencialmente os aspectos exteriores do meio urbano e suas relações recíprocas, definindo e explicando a paisagem urbana e a sua estrutura. Morfologia Urbana
A
área em estudos é a Zona de Preservação Cultural (ZPC) da cidade,
onde aparecem os aspectos gerais da escala A morfologia urbana estuda essencialmente os aspectos exteriores do meio urbano morfológica do bairro. A escala do bairro tem e suas relações recíprocas, definindo e explicando a paisagem urbana e a sua estrutura. dois aspectos distintos morfológicos, separaAMPLIAR DEFINIÇÃO - COLOCAR DIMENSÃO SETORIAL E DO BAIRRO dos em duas áreas diferentes, reconhecíveis pelos seus elementos, uma onde predomina o traçado regular e a outra o traçado irregular. Será apresentado também um detalhamento para duas dimensões setoriais da área em estudo, que estudará as praças identificadas no 1. Rua Mãe Luciana
mapa ao lado.
1 Rua Mãe Luciana 5
10
4
2. Rua Mãe Luciana
9
6
7
2
8
Rua Mãe Luciana 3. Cemitério da Santa Casa 1
2
3
3 Cemitério da Santa Casa
4. R. Eng. Veríssimo Rebouças
Área em estudo Área em estudo
Traçado Regular Traçado Regular Traçado Irregular Traçado Irregular Dimensão Setorial
Dimensão Setorial
18
urbe bagé
esc. 1/7500
Em 1913 foi inaugurado O monumento em homenagem 5. Av. Sete de Setembro
ao Dr. Francisco de Azevedo Penna, colocado em frente ao local onde foi sua residência. (FAGUNDES, 2005)
6. Escola São Benedito
7. Passo do Onze
A Casa de Pedra é um dos prédios mais antigos da cidade, segundo o jornal Correio
9. Rua Almirante Gonçalves
do Sul, de 17 de Novembro de 1946, há uma referência de que o sobrado de pedra e a Matriz de São Sebastião seriam da mesma época (1870). Existem muitas “estórias” sobre esta velha casa, não se tem informações sobre seu construtor e proprietário. Morou muitos anos na casa a Senhora Soledade Pradie, parteira. (FA8. Casa de Pedra
GUNDES, 2005)
10. Rua Barão do Amazonas
19
Morfologia Urbana
Área Setorial - Entorno Praça Carlos Telles
No entorno da praça Carlos Telles existem residências, comércio e equipamentos urbanos, como igrejas e escola. Por força de lei, nenhuma edificação passa a altura da Igreja São Sebastião. A praça que tem relação com a Igreja São Sebastião possui um traçado radial, que converge para o centro. A vegetação do local é de médio e grande porte, com canteiros que formam os caminhos. Há monumentos que são significativos como por exemplo o Monumento ao Dr. Penna e Monumento a restauração da Praça Carlos Telles. Rua Conde de Porto Alegre
Escola Monsenhor Costabile Hipólito
Igreja São Sebastião (Catedral)
Edificações no alinhamento
Igreja São Sebastião - Catedral. Construída em 1820 para abrigar a imagem do padroeiro da cidade, São Sebastião. Canteiro central com vegetação de médio porte e cercado por duas vias largas.
Av. Sete de Setembro
Residência com platibanda
O canteiro possui vegetação de grande porte
Ruas largas com canteiro central
Igreja evangélica Irmãos Menonitas
Rua Dr. Veríssimo
Edificação destinada ao comércio
Casa Rosa
Rua Barão do Amazonas
Residência Jorge Figueró
20
urbe bagé
Residência alta sem porão
Ruas largas sem canteiro central
Residê recuo
ência sem o lateral
Praça Carlos Telles
Em 1884 Bagé antecipa em 4 anos a abolição da escravatura, reunindo seu povo na Praça da Matriz, afim de pedir a Câmara Municipal que acabasse com a escravidão, e a partir de então, a praça passaria a chamar-se Praça da Redenção. Em 1893, para homenagear o coronel Carlos Telles, após o cerco de Bagé, a praça passa a chamar-se Praça Carlos Telles. Em 1950 por iniciativa de Eurico Salis, a praça recebeu o busto de Carlos Telles doado pelo Estado Maior do Exército. (FAGUNDES, 2005) Igreja São Sebastião
As edificações que compõem a face desse quarteirão já foram bastante modificadas, são edificações recentes com exceção da casa Alcides Pereira. Todas as residências se encontram no alinhamento. O mobiliário urbano do tipo lixeira encontra-se escasso, possuindo apenas uma unidade nesta face. Casa Alcides Pereira
O comércio é destinado a prestação de serviços; A Casa Rosa tem características do ecletismo, como o uso da platibanda, pilastras e balaústres, possui recuo lateral. Antigamente sua função era residencial (Família Salles), atualmente funciona como restaurante. (Pizzaria).
Em 1961, o local da construção foi devidamente estudada, e para decisão final foi designado o engenheiro Paulo José Pereira, dando parecer favorável onde havia o templo antigo, que estava em completa ruína. Em 1878 foi finalizada a 1ª parte da obra elaborada e executada pelo arquiteto José Obino. Em 1943 a Matriz e a casa paroquial e stava m em estado deplorável e logo foi iniciada uma reforma, sendo inaugurada em 1947, e mais tarde foi erguida a gruta com a imagem da Nossa Senhora de Lourdes. Atualmente o prédio da Catedral e a Praça Carlos Telles são bens tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). (FAGUNDES, 2005)
Casa Rosa
Casa Manuel de Macedo, características do ecletismo, sem recuo lateral.
As edificações que compõem a face desse quarteirão seguem o uso da platibanda. As residências se encontram no alinhamento e possuem volumetria horizontal A residência Jorge Figueró atualmente funciona como loja e café.
Trata-se de uma típica implantação residencial da Segunda metade do século XIX, semelhantes aos da casa de morada inteira que é edificada no alinhamento da calçada e com afastamento lateral para iluminação e ventilação. (FAGUNDES, 2005). 21
Morfologia Urbana Área setorial - Praça Dom Diogo de Souza
A
praça Dom Diogo de Souza, conhecida também como praça do cemitério está diretamente relacionada com o cemitério da Santa Casa, pois acontece ao longo do mesmo e no traçado os caminhos dão acesso a esse equipamento. A vegetação do local é de pequeno, médio e
Cemitério da Santa Casa de Caridade de Bagé
I
nstalou-se em 1858, construído com paredes dobradas de tijolos, portão de ferro, ocupando uma área de 300 palmos quadrados (m²). Tinha duas ordens de catacumbas e uma ermida regularmente construída. Não segue o padrão dos demais cemitérios pois o local escolhido para abrigá-
grande porte, com canteiros que formam os caminhos. No cemitério da Santa Casa de Caridade de Bagé podemos encontrar monumentos funerários edificados pelo marmorista José Martinez Lopes.
lo é próximo ao centro da cidade. Foram sepultados grandes personalidades de importância municipal e estadual, e seus túmulos e mausoléus possuem um grande valor artístico - arquitetônico e cultural para a cidade. (FAGUNDES, 2005)
Monumento funerário Monumento funerário da família de Antonio da família de Thomas José Gaffrée Collares
“
Nesta zona está inserida parte do patrimônio histórico arquitetônico do município. A maioria das edificações tem função residencial, onde predomina a volumetria horizontal e sem recuo, mantendo o alinhamento. Caracteriza-se pelas primeiras vias estreitas da cidade, possuindo um traçado regular na zona que se formou
22
urbe bagé
primeiramente como cidade e um traçado irregular nas zonas próximas ao acampamento militar. Existe restrição da vegetação de médio e grande porte nos passeios públicos e o mobiliário urbano é insuficiente. A ZPC é uma zona que valoriza e preserva o patrimônio com ênfase no resgate histórico, cultural e ambiental.
Densidade Urbana
“
A Densidade Urbana é um dos mais importantes indicadores e parâmetros de desenho urbano a ser utilizado no processo de planejamento e gestão de assentamentos humanos. Ela representa o número total da população de uma área urbana específica, expressa em habitantes por unidade de terra ou solo urbano, ou total de habitações por uma unidade de terra. (ACIOLY, C. DAVIDSON, F., 1998)
O
Levantamento executado teve a intenção de mapear a densidade urbana na ZPC.
Para efetuar este trabalho, foi necessário utilizar dados
fornecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de Bagé, sendo solicitadas as informações dos respectivos setores: 13, 14, 15, 16, 18, 42 e 43. Os dados utilizados além dos setores foram: a zona pertencente, o número de domicílios e de população por setores. Com estas informações foi possível fazer uma média de habitantes por km² localizados nos setores estudados. A média de hab/km² foi efetuada da seguinte maneira: Subtraímos a área de comércios localizados nos setores pela área de cada setor respectivo. Com a informação de população cedida pelo IBGE dividimos pelo resultado da subtração de áreas. As informações adquiridas estão representadas no mapa a seguir, com os valores de habitantes por km².
“
A Densidade serve como instrumento de apoio à formação e tomada de decisão por parte dos planejadores urbanos, urbanistas e arquitetos no momento de formalizar e decidir sobre a forma e a extensão de uma determinada área da cidade. (ACIOLY, C. DAVIDSON, F., 1998)
Setor Domicílios População ZPC 13 210 599 ZPC 14 266 705 jetivo de mapear aZPC densidade15 urbana na ZPC. 265 772 ma adequação dos setores censitários do Instituto brasileiro de ZPC 16 289 840 o ano de 2007 pelos setores determinados pelo PPDUA de Bagé. ZPC quais 18quarteirões 289 826área s foi necessário verificar pertenciam a cada ZPC de42 303 GE e determinar o número lotes de cada quarteirão. 992 ZPC 43 152 427
Densidade urbana 0.113 hab/m² 0.052 hab/m² 0.048 hab/m² 0.055 hab/m² 0.212 hab/m² Cemitério 0.007 hab/m²
Setor 13 Setor 14 Setor 15 Setor 16 Setor 18 Setor 42 Setor 43 esc. 1/7500
Este levantamento tem o objetivo de mapear a densidade urbana na ZPC. A metodologia adotada foi uma adequação dos setores censitários do Instituto brasileiro de geografia e estatistica - IBGE, do ano de 2007 pelos setores determinados pelo PPDUA de Bagé. Para obtenção dos resultados foi necessário verificar quais quarteirões pertenciam a cada área
Setor 13 Setor 14 Setor23 15 Setor 16 Setor 18
Legislação Urbanística Planos, Programas e Projetos Uma das grandes virtudes do PDDUA é ter previsto a delimitação das áreas de importância cultural para o município a destacar a Zona de Preservação Cultural (ZPC) no primeiro traçado urbano da cidade, Zona de Preservação Cultural (ZPC-1), Corredor Cultural Leste que representa o primeiro acesso à cidade e seu primeiro distrito industrial e instalações de antiga charqueada, além de dar acesso a um parque temático, o Parque do Gaúcho, Por fim o Corredor Cultural Norte, de memória de outras charqueadas, além das áreas rurais, também com grande importância cultural.
Objetivos específicos A qualificação do espaço territorial que abriga o Patrimônio Cultural (material e imaterial) de Bagé parte das primeiras ocupações, de seu primeiro período, do Plano Diretor, é a Cidade Antiga (ZPC). Na avaliação dos três eixos estruturantes e do objetivo geral, foram listados objetivos específicos e para cada um deles estabelecida uma linha de ação norteadora das ações daí decorrentes. Façamos então a descrição destes objetivos e suas linhas de ação:
Índice de aproveitamento = 1 Taxa de ocupação = 80% Altura máxima das edificações = 6.0 Cota ideal = 500m²
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R.
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R. Oscar
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138
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R. Cel. P
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Madre Maria, bar e restaurante Qualificação do espaço territorial Linha de Ação: Recuperação e promoção de usos de imóveis privados1
24
R. Mã
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to mp am en R. do Aca
Praça revitalizada na ZPC Promover o desenvolvimento social para as comunidades dos territórios de interesse patrimonial. Linha de Ação: Infraestrutura urbana e social1
Acad. Judie Ribeiro http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/334650/gd/1199373021/Catedral-de-SaoSebastiao.jpg. Acessado em: 04 jul. 2011 3. http://www.canalfoto.org/galerias/06/12/3242_06_354_23_54_20.jpg Acessado em: 04 jul. 2011 4. Adriano Pacheco
103
R. Mauryti
R.
Praça localizada na ZPC Desenvolver Ações de Qualificação Urbanística Linha de Ação: Requalificação Urbanística1
Souza
105
87
Espaço Cultural da Maya Valorizar a Identidade e autenticidade da cultura local Linha de Ação: Fomento às Atividades Produtivas Locais1
R. Marcílio
R. Dr . Santos
es nte Gonçalv Rua Alm ira
Catedral Desenvolver ações de educação patrimonial e ambiental Linha de Ação: Recuperação e uso do Patrimônio Cultural e Natural2
R. Marcílio Dias
mbro R. 7 de Sete
Dias
Patrimônio Natural Arroio Bagé, importante afluente do Rio Negro, da Bacia do Rio Uruguai.1
as do Amazon
Programa de Aceleração do Crescimento nas Cidades Históricas, é um plano de ação a longo prazo, com clara intenção de continuidade do programa pela União e deverá desenvolver importantes ações de valorização do Patrimônio Cultural local.
Ru a Barão
O
Legislação Urbanística Planos, Programas e Projetos Destes objetivos específicos deriva um elenco de 33 ações que pretendem não só promover o desenvolvimento social e a preservação do patrimônio cultural de Bagé, mas, sobretudo entrelaçar políticas públicas em andamento na cidade, que se potencializam. Entre elas estão:
Catedral de São Sebastião Sinalização e identificação dos bens tombados1
Hotel do Comércio Criar e rever espaços no centro da cidade com a finalidade de integrar estruturas como o comércio, a prestação de serviços e lazer da população3
Para que estas as futuras intervenções tão necessárias, possam ser executadas de forma mais controlada, o Plano Diretor elabora uma legislação específica para esta macrozona central. Nele estão contidas algumas restrições quanto as possíveis intervenções na Zona de Preservação Cultural (ZPC), que foi tombada pelo IPHAN, e tem os limites especificados nos termos da Lei Municipal nº 2786/91, como mostra no mapa acima. Por ter sido o primeiro traçado da cidade, ter como predominante a volumetria horizontal, ruas com gabarito estreito e edificações sem recuos, para que estas características sejam mantidas a legislação prevê que as novas edificações deveram manter a tipologia predominante e não deverão possuir recuos, e sim manter o alinhamento predial. As construções consideradas patrimônio histórico, e a pavimentação das ruas, deve ser mantida mesmo no caso de reformas, restauros e demais intervenções urbanísticas.
Coleta Conteinerizada de Resíduos Urbanos Padronização do mobiliário urbano, normalização dos passeios e da sinalização urbana e adequação da iluminação pública1
Término do estacionamento rotativo, próximo a ZPC Implantação de estacionamento rotativo1
Obras de pavimentação Regularizar pavimentação em pedras irregulares e paralelepípedos1
Casa de Pedra em tentativa de recuperação Recuperação do patrimônio edificado em estado de degradação, na ZPC (Zona de Preservação Cultural) e através de articulações, com participação do Poder Público, que viabilizem financiamentos especiais à iniciativa privada1
O cemitério que faz parte da memória cultural pois lá estão enterrados seus heróis e familiares, abriga mausoléus de diferentes períodos, possuindo obras de arte em mármore que possuem bom estado de conservação4
A casa de pedra é um exemplar em ruínas da antiga tecnologia construtiva local, de grande valor histórico e cultural1
“ Primeiro traçado da cidade, localizado atrás da catedral1
Esta Zona tem como objetivos a valorização do patrimônio, visando o resgate histórico e cultura, a revitalização e o incentivo ao uso residencial e comercial de forma organizada e controlada, a conservação da morfologia urbana horizontal, a ênfase ao turismo, dando prioridade ao pedestre com o uso de vegetação de pequeno porte nos passeios. A implantação de equipamentos urbanos, áreas de lazer, e infraestrutura básica também fazem parte desta legislação, visando promover a identidade cultural local, e a qualificação das edificações existentes.
A Catedral é uma edificação que necessita de ação de restauro e de conservação em sua totalidade. Possui projeto para tal e encontrase em negociação, para a viabilização da execução do projeto aprovado pelo IPHAN. Catedral de São Sebastião1
25
Capítulo 2
Amostragem e Análise Comportamental
Praça do Cemitério
26
urbe bagé
Análise Comportamental Metodologia
E
sta análise tem como intenção, verificar a área em estudo, a ZPC, mais precisamente as praças existentes nesta zona: Praça Carlos Telles e Praça Dom Diogo de Souza. Para executar esta etapa do trabalho foram necessárias observações diárias durante sete dias, realizadas no turno da manhã no período das 11:00 ao 12:00 e no turno da tarde
das 16:00 às 17:00, realizadas no mês de maio de 2011, estas observações ficaram sujeitas à variações climáticas. O mapa comportamental serviu para analisar como e para que são utilizadas as praças desta zona, e as atividades desenvolvidas pela população diariamente nas áreas em estudo. Com esta análise foi possível verificar o fluxo
de pessoas, as direções de percurso como as diagonais que propiciam a ligação entre zonas, as atividades que podem ser executadas e as funções que as praças exercem no contexto do Centro Histórico da cidade. Nos mapas comportamentais, pode ser constatada a avaliação de toda semana como destaca-se a seguir: Praça Carlos Telles
jeto. A praça apresenta ainda uma parte intermediária do nº de pessoas utilizando-a como área de lazer, destas a maior parte destaca-se com faixa etária entre 16 e 18 anos, uma parte intermediária com faixa etária entre 11 e 15 anos, uma baixa parte, com faixa etária entre 11 e 15 anos, e um insignificante nº de pessoas com idade entre 41 e 60 anos. Desta população a menor parte se encontra brincando e trabalhando nesta área de estudo, as pessoas que se encontram brincando possuem faixa etária entre 0 a 5 anos, 6 a 10 anos e de 11 a 15 anos proporcionalmente, devido a pracinha de recreação que existe no local. Já as pessoas que a utilizam como área de trabalho, possuem entre 19 e 40 anos e 41 a 60 anos na mesma proporção.
11:00 às 12:00
azonas, R Barão do Am
imo, R Dr. Veríss
bro, Av. 7 de Setem
Na Praça Carlos Telles, que possui as Ruas Dr. Veríssimo, Barão do Amazonas, Conde de Porto Alegre e a Avenida Sete de Setembro no seu entorno, pôde-se constatar no turno da manhã no período das 11:00 ao 12:00, um grande nº de pessoas; a maior parte destas, utiliza a praça como acesso de ida e volta entre a zona residencial localizada na ZPC e a zona comercial localizada na ZPC1 – concentrada principalmente, na Av. Sete de Setembro e entorno. A maior parte destas pessoas neste período encontram-se em deslocamento entre as zonas ZPC e ZPC1 e apresentam faixa etária entre 19 e 40 anos, um número menor apresenta faixa etária entre 16 e 18 anos, e de 11 a 15 anos, e uma baixíssima quantidade de pessoas possuem idade entre 41 e 60 anos, essa população utiliza a área como percurso de tra-
11:00 às 12:00
rto Conde de Po
esc. 1/1500
Ainda na Praça Carlos Telles, mas no turno da tarde, no período das 16:00 às 17:00, pode-se observar um fluxo de pessoas muito mais intenso do que no turno da manhã, tanto na utilização como percurso de trajeto, quanto nas demais atividades.
As pessoas continuam utilizando a área em maior parte como percurso de trajeto, mas neste período há uma variação de faixa etária maior, a grande maioria apresenta agora, idade entre 16 e 18 anos, logo a seguir aparece um nº de pessoas entre 19 e 40 anos, e maior 16:00 às 17:00 quantidade 16:00 às 17:00 de pessoas entre 0 e 5 anos, de 6 a 10 anos, e de 11 a 15 anos do que no turno da manhã. Pesimo, R
“
bro, Av. 7 de Setem
azonas, R Barão do Am
Dr. Veríss
rto Conde de Po
Alegre, R
Alegre, R
esc. 1/1500
soas com faixa etária entre 41 e 60 anos, também aparecem mais do que no outro turno. Existe uma quantidade maior de pessoas utilizando-a como área de lazer, a maior parte apresenta entre 11 a 15 anos, depois vem a parcela de pessoas entre 16 e 18 anos, e em quantidade menor aparece as faixas etárias de 19 a 40 anos, e de 6 a 10 anos, respectivamente. Neste horário, o mapa mostra uma elevada quantidade de pessoas brincando, a grande maioria tem entre 0 a 5 anos, a seguir se apresentam pessoas com faixa etária entre 6 e 10 anos, e em último estágio aparecem pessoas com idade entre 11 e 15 anos.
Concluiu-se nesta etapa de observação que no período da manhã o fluxo de pessoas é intenso. O nº de pessoas utilizando o local como percurso de trajeto é elevado, bem maior do que o nº de pessoas utilizando – o para executar as outras atividades relacionadas. No período da tarde o fluxo de pessoas é muito mais intenso; e há uma inversão das faixas etárias no percurso de trajeto, já o nº de pessoas brincando e se divertindo é muito maior do que no turno inverso, além da diversificação de faixa etária. Pôde –se perceber que o grande fluxo de pessoas se dá devido ao fato da Praça Carlos Telles, ter se tornado um eixo de ligação entre a área comercial da cidade e a área residencial do Centro Histórico, além de possuir no seu entorno e proximidades, algumas escolas, lojas e restaurantes que também são freqüentados pelos moradores do Centro. 27
Análise Comportamental Praça Dom Diogo de Souza A Praça Dom Diogo de Souza, possui no seu entorno, o Cemitério Municipal, a Escola Frei Plácido que se encontra na Avenida General Osório, a Rua Preto Caxias, e uma continuação da Rua Barão do Amazonas, por ser localizada no final da ZPC, pode-se considerar alto o nº de pessoas que circulam nas proximidades da praça no turno da manhã, no período das 11:00 ao 12:00. O fluxo de pessoas neste horário na Praça Dom
Diogo de Souza, utilizando-a como percurso de trajeto, apresenta maior parte com uma faixa etária entre 11 e 15 anos, logo em seguida aparecem pessoas com idades entre 19 e 40 anos, um nº intermediário com faixa etária acima de 60 anos, e um nº baixo e proporcional de pessoas com faixa etária entre 0 e 5 anos, 6 a 10 anos, 16 e 18 anos e 41 e 60 anos. Como a praça é utilizada como local de treina-
11:00 às 12:00
. ório, Av Gal. Os
P reto Cax
ias, R
mento, para pessoas que pretendem adquirir habilitação para veículos, ela torna-se um ponto de trabalho, apresentando um nº médio de pessoas trabalhando neste período da manhã, com faixa etária entre 19 e 40 anos, um nº mínimo entre 41 e 60 anos. É usada também como ponto de encontro de moradores da zona, aparecem pessoas utilizando-a como área de lazer em maior nº neste horário com faixa etária entre 11 e 15 anos, quase na mesma proporção aparece a seguir pessoas com idade entre 16 e 18 anos, mas ainda existe uma pequena parte com idade entre 19 e 40 anos e 0 a 5 anos. A Praça Dom Diogo de Souza possui uma pracinha para recreação, nela encontravam-se pessoas em número reduzido, mas o nº maior apresentava idade entre 6 a 10 anos, e um nº um pouco menor entre 0 a 5 anos, e uma parcela reduzida entre 11 e 15 anos. simbologia: brincar
até 5 anos de 6 a 10 anos
caminhar
de 11 a 15 anos
diversão
de 16 a 18 anos
trabalhar
esc. 1/2000
cores:
de 19 a 40 anos de 41 a 60 anos acima de 60 anos
Continuando na Praça Dom Diogo de Souza, mas no turno da tarde, no período das 16:00 às 17:00, foi observado um fluxo de pessoas em escala maior do que no período da manhã, tanto na utilização como percurso de trajeto, quanto nas demais atividades. O nº de pessoas continua sendo mais elevado no percurso de trajeto, em relação às outras atividades que são executadas na área, mas neste período há uma diversificação maior nas faixas etárias comparando com o turno inverso. A faixa etária com maior nº é a entre 19 e 40 anos, com uma boa diferença porcentual, vem a faixa etária de 11 a 15 anos, depois com margem parecida, mas menor, aparecem as faixas etárias acima de 60 anos, 16 a 18 anos, de 41 a 60 anos e de 6 a 10 anos respectivamente, e em um nº um pouco abaixo destes, aparece a faixa etária de 0 a 5 anos. Com a utilização da área em estudo para treinamento de pessoas que desejam adquirir carteira de habilitação, esse nº de pessoas se encontra em alto nível neste período, além de pessoas que trabalham em outras funções. O maior nº é da faixa etária de 19 a 40 anos, um nº intermediário é dado pela faixa etária entre 41 e 60 anos, e uma parcela inferior às outras de idades entre 11 a 15 anos.
“
Concluindo a fase de observação da Praça Dom Diogo de Souza, é possível perceber que o fluxo é grande nos dois períodos, sendo mais intenso na parte da tarde. A escala de pessoas utilizando-a como percurso de trajeto também é maior do que as outras atividades que são efetuadas na área em estudo. O nº de pessoas trabalhando, brincando e utilizando a área para lazer é maior que no turno da manhã. Neste caso a intensificação do uso do local, se dá devido a Escola 28
urbe bagé
Pessoas utilizando a área como local de lazer, aparecem mais neste horário que no período da manhã, a grande maioria apresenta entre 19 e 40 anos, logo após aparecem pessoas entre 16 e 18 anos, com uma pouca diferença aparecem as faixas etárias de 41 a 60 anos e de 11 a 15 anos, e em baixa escala aparecem as faixas etárias de 6 a 10 anos e acima de 60 anos, e um nº muito re-
duzido aparecem pessoas de 0 a 5 anos. Com o uso da pracinha de recreação este período apresenta maior quantidade de pessoas do que no outro horário, a faixa etária que utiliza o local com maior nº é de 6 a 10 anos, e em uma proporção menor aparecem as faixas etárias de 0 a 5 anos, e de 11 a 15 anos, nesta seqüência.
16:00 às 17:00
próximo a praça, ao Cemitério Municipal, o qual recebe um nº significativo de pessoas, e por ter a Avenida General Osório como ligação principal ao centro comercial da cidade, além das ruas Barão do Amazonas e Preto Caxias que recebem o fluxo de moradores dos arredores da praça. Esta também torna-se um eixo de ligação, mas agora unindo a área residencial com alguns equipamentos urbanos existentes nesta parte do Centro Histórico da cidade.
“
esc. 1/2000
Fazendo uma análise geral dos mapas comportamentais, foi possível concluir que as Praças Carlos Telles e Dom Diogo de Souza, são utilizadas em maior escala como percurso de trajeto das pessoas; as atividades que podem ser executadas nos locais, apresentam uma baixa utilização em relação ao uso como acesso e deslocamento dos moradores das áreas estudadas.
Questionários Metodologia
Faixa Etária
Faixa Etária
Dados Gerais
19 a 45
0
Estado Civil
Escolaridade
0 - 5 anos
M
Solteiro (a)
Não Alfabetizado
6 - 11 anos
F
Casado (a)
Analfabeto
50
Solteiro Casado (a) Divorciado (a )(a) 1º G. Comp. Ensino Fund.
19 - 45 anos
Viúvo (a)
1º G. Incomp. Ensino Fund.
41 - 60 anos
União Estável
2º G. Comp. Ensino Med.
Mais 60 anos
0
2º G. Incomp. Ensino Med. 3º G. Comp. (Graduação) 3º G. Incomp. (Graduação)
Renda Familiar Até 1 Salário estado civil 1 - 3 Salário
Divorciado 3 - 6 Salário (a)
190
6 - 10 Salário
60
180
Casado (a) Viúvo (a)
Divorciado (a) União Estável
Viúvo (a)
União Estável
180
9
número de pessoas
Divorciado (a)
Viúvo (a)
União Estável
0
Ens Não alfabetizado Ensino Médio Completo Ens Ensino Fundamental Inco Graduação Incompleta Graduação Completa
40 sexo Feminino
Masculino renda
1 a 3 s.m.
3 a 6 s.m.
6 a 10 s.m.
mais de 10 s.m.
Escolaridade
Masculino ( ) Não
120
Escolaridade
100
Escolaridade ( ) Transformação das ruas para circulação 120 somente de pessoas ( ) Novo projeto para100 a praça do cemitério ( ) Aumento do número de comércios na área/Tornar-se uma área 80comercial ( ) Novo projeto de iluminação pública
60
( )Novo projeto para o sistema de água e esgoto
40
( ) Novos mobiliários urbanos 20 de vegetação ( )Proposta de implementação na área
União Estável
40
Analfabeto
Ensino Fundamental Incompleto
0
10 Quais destas propostas você acha interessante?
80
60
escolaridade
sexo Você gostaria de um projeto de modificação Até 1 s.m. sexo da área onde você mora? Feminino Masculino ( ) Sim Feminino
80
20
Sexo
Casado (a)0
175 20
175
100
Viúvo (a)
estado civil
Não alfabetizado
80
( ) Acessibilidade
120 número de pessoas
número de pessoas
180
0
( ) Ser próximo a vários equipamentos públicos (Praças, mercados, escolas e etc.) 0 estado civil 6 Quais das características da sua área você acha que deveriam mudar?
Divorciado (a)
40
( ) Segurança
60 5 O que você mais gosta na área onde mora? ( ) Tranquilidade ( ) Ser um lugar com valor histórico 50 40 ( ) Proximidade com o centro da cidade ( ) Pouco Transito de Veículos 0 20
(a) Casado (a) ( )Solteiro Ruas Estreitas estado civilvegetação nas ruas ( ) Pouca
60
Renda
190
( ) Não
185 precária ou inexistente ( ) Pavimentação ( ) Iluminação das ruas ( ) Sistema de coleta de lixo
185
o tipo de pavimentação da sua rua? 4 Qual150 ( ) Asfalto ( ) Paralelepípedo ( ) Bloco Você Mudaria? ( ) Sim ( ) Não 100de Concreto
100
80
Sexo
Se sua casa fosse tomabada como patrimônio histórico, você aceitaria/concordaria?
Feminin
120
20
Sexo
Mais 10 Salário
3 O que você acha que faz falta na área onde mora? ( ) Escola ( ) Transporte PúblicoCivil Estado ( ) Lazer ( ) Centro Comunitário ( ) Comércio ( ) Posto Policial 200 Estado Civil ( ) UBS
Masculino
civil 8 Para você, 190 quais osestado maiores problemas da 185 Graduação Completa Viúvo (a) áreaUnião Estável onde você vive? 60 Solteiro (a) Casado (a) Divorciado (a) Viúvo (a) União Estável ( ) Rede de Esgoto
destes46 aspectos você considera importante? 11 a 18 2 Quais 19 a 45 a 60 históricos mais de 60 ( ) Catedral ( ) Cemitério mais de 60 ( ) Praças ( ) Casa de Pedra ( ) Desenho das Ruas ( ) Estilo das Edificações
vil
50
Solteiro (a)
( ) Sim
Profissão
idade Questões Sócio Econômicas: a5 6 aa 10 11 a 18histórica 19 ada 45área 46 a 60 importância onde mora?mais de 60 1 Você 0reconhece ( ) Sim ( ) Não 175 idade 10
100
100
0
número de pessoas
Sexo
120
( ) Edificações não terem recuos ( ) Largura das calçadas
50 7
175
Escolaridade
( ) Tipo de pavimentação das ruas
100
0
Faixa Etária
11 - 18 anos
150
180
Estado Civil
150
número de pessoas número de pessoas
100
Faixa Etária
50
Estado Civil
185
mais de 60
sexo
mais de 60
( ) Não poder ter empresa comercial de grande porte
Profissão
180
200
número de pessoas
150 Faixa Etária
Renda Familiar
46 a 60
Feminino 46 a 60
( ) Altura máxima permitida das edificações ser de 6m
200
19 a 45
idade 11 a 18
número de pessoas
número de pessoas
100
Lote:
número de pessoas
Nº:
número de pessoas
Legenda
ia
200
Dados Gerais Sex Estado Escolaridade 150Civil o
Faixa Etária
número de pessoas
1 2 3 4 5 6 7
Rua:
11 a 18
175
número de pessoas
Nº do Questionário:
idade
6 a 10
número de pessoas
número de pessoas
número de pessoas
número de pessoas
Entrevistador:
190
185
0a5
URCAMP- Universidade da Região da Campanha Centro de Ciências Exatas e Ambientais Curso de Arquitetura e Urbanismo Projeto de Urbanismo Estado Civil I Nº do Quart.:
Sexo
50 0 190
número de pessoas
A
150 nalisando-se as informações obtidas e tab150 uladas em gráficos sobre dados gerais da população entrevistada, pode-se perceber que 100 100 a faixa etária predominante é de 19 a 45 anos e em sua maioria 50 do sexo feminino. O estado 50 civil dominante na área em estudo é casado, seguido pelos solteiros.0 O gráfico que representa 0 a profissão pode se relacionar diretamente com os gráficos da escolaridade e da renda familiar, idade o nível de educação apresenta mais de cem dos 0a5 6 a 10 11 a 18 19 a 45 46 a 60 mais de 60 0a5 6 a 10 entrevistados com ensino médio completo, o que condiz com a renda familiar predominante na área, que é de um até três salários mínimos.
guel. O tipo das perguntas utilizadas no questionário permitiu com que algumas das respostas do grupo familiar se obtivesse mais de uma alternativa, questões dois, seis, oito e dez. Esse tipo de pergunta Faixa Etária fez com que na hora da tabulação, que serve de base para a análise da área, dos questionários algumas 150 questões ficassem com mais respostas que o número de pessoas entrevistadas. 100
número de pessoas
pós a análise comportamental realizada na área em estudo, Zona de Preservação Cultural, foram elaborados questionários para uma aplicação experimental, devendo ser aplicados dez questionários por aluno. As expectativas eram grandes, porém não foram totalmente correspondidas, já que grande parte da população não quis responder aos questionamentos e notou-se um número relevante de residências desocupadas, à venda ou para alu-
número de pessoas
“
A
Com a finalidade de se obter dados mais detalhados da área em estudo, foi desenvolvido um questionário preenchido pelos grupos familiares residentes.
Profissão
80 100 60
80 40 20 60 0 40
20
escolaridade
Não alfabetizado escolaridade Ensino Fundamental Incompleto Não alfabetizado escolaridade
Não alfabetizado
Analfabeto Ensino Fundamental Incompleto
Ensino Fundamental Incompleto
Ensino Médio Completo Graduação Completa
Graduação Completa
Graduação Incompleta
0
Analfabeto
Ensino Fundamen
Ensino Médio Completo
Ensino Médio Inco
AnalfabetoCompleta Graduação
Ensino Fundamental Completo Graduação Incompleta
Ensino Fundamental Completo Médio Completo
Ensino Médio Incompleto profissão
Ensino Médio Incompleto Graduação Incompleta Do lar Estudante Func. Público
Militar
Autônomo
Comércio
29
Esportista
Questionários
Profissão
Questões Específicas
60 40
Questão 1
Questão 1
20
grupo familiar
1000 grupo familiar
80
profissão
60
Do lar
Estudante 40
Questão 1
Func. Público
Militar
Questão 1
20 0
Autônomo
Comércio
Esportista
sim
sim
0 100
não
não
100
40 20 0
sim
sim
não
não
Questão 2 Casa de Pedra Catedral
100
Estilo das Edificações Quais destes aspectos históricos Praças você considera importante? Quais destes aspectos históricos você considera importante?
grupo familiar
grupo familiar
80 Você reconhece a importância histórica da área onde mora? ce a importância histórica 60 da área onde mora?
Cemitério
Questão02
grupo familiar
número de pessoas
80
grupo familiar
Quanto a análise dos gráficos A maioria dos questionados relacionados às questões sobre a afirma que a maior necessidade ZPC pode-se constatar que mais na área seria a de um Posto Polida metade da população entre- cial seguido por áreas de lazer. vistada reconhece a importância Com relação á questão de número histórica da área aonde vive e quatro é notável o número de moclassificou como aspecto histórico radores que vivem em ruas com mais importante a Catedral de São pavimentação tipo paralelepípedo Questão 2 2 Sebastião. Apesar desse reconheci- Questão e que gostariam mudá-la. É preciso 100 mento a população não aceitaria/ acrescentar que noCatedral questionário 100 concordaria com o tombamento da não havia a opção sem pavimenPraças sua residência, como pode ser veri- tação, e que três entrevistadores ficado 50 no gráfico da questão sete. obtiveram essa resposta, porém 50 Desenho das Ruas em número não muito significante. Aposentado
100
50
50
Desenho das Ruas Cemitério
0
0
Casa de Pedra
Estilo das Edificações Quais destes aspectos históricos você considera Quais importante? destes aspectos históricos você considera importante?
ece a importância histórica daVocê área reconhece onde mora? a importância histórica da área onde mora?
Questão 3
Questão 3 Escola
Lazer
Posto Policial Sim Comércio
UBS
20
Sim 4b Questão
Não Trans. Público 10 80 Você mudaria o tipo de pavimentação de sua rua?
grupo familiar
0 avimentação de sua60rua?
Trans. Público
Centro Comunitário
Centro Comunitário
40
Posto Policial ea ondeOmora? que você acha que faz falta na área onde mora? Sim 20 0
Não
UBS
Posto Policial Sim
Não
30
Não poder ter empresa comercial de grande porte
20
Não poder ter empresa comercial de grande porte
Tipo de pavimentação das ruas
grupo familiar
0
grupo familiar
Tipo de pavimentação das ruas Questão 6 Ruas estreitas
Edificações não terem recuos Ruas estreitas
Edificações não terem recuos Pouca vegetação nas ruas
Largura das calçadas Pouca vegetação nas ruas
Largura das calçadas Quais das características Altura da sua máxima área você acha quedas deveriam mudar? permitida edificações Altura máxima permitida das edificações
40 a área você acha que deveriam mudar? 30
0
30
ser de 6 m.
ser de 6 m.
Não poder ter empresa comercial de Não poder ter empresa comercial de grande porte grande porte Tipo de pavimentação das ruas
Tipo de pavimentação das ruas
Edificações não terem recuos
Edificações não terem recuos
urbe
bagé Largura das calçadas
grupo familiar
40 3080
#REF! Qual o tipo de pavimentação de sua rua? Ser próximo a vários Questão 5 Questão 5 equipamentos públicos 040 Paralelepípedo
20
10
10
0
0
Questão 7
Ruas estreitas
Altura máxima permitida das edificações ser de 6 m.
60
20
Largura das calçadas
70 65 60
S eq
Se
Tranquilid
Pr
Pouco trâ
equipamentos públicos
Ser próx equipame
Ser um lugar com valor histórico
Ser um lu
Proximida
70 65 60 55 50
55 50
Po
Asfalto Pouco trânsito de veículos
Proximidade com oQuestão Centro da 7 O que você mais gosta na área onde mora? O que você mais gosta na área onde mora? cidade
Altura máxima permitida das edificações ser de 6 m.
Questão 6
40
Tr
Questão 4a
Bloco de Concreto
Qual o tipo de pavimentação de sua rua? 20 60 60 10
10 80 0 70
Pouca vegetação nas ruas
10
10
20
Pouca vegetação nas ruas
40
20
30
Ruas estreitas
50
80
40
Não
Questão 6
50
50
Tranquilidade
Tranquilidade 80 Ser um lugar com valor histórico 20 20 Bloco de Concreto 70 O que você mais gosta na área onde mora? 0 0 60 60 Asfalto Pouco trânsito de veículos Proximidade com o Centro da O que você 50 mais gosta na área onde mora? 50 cidade 40 40 #REF! de sua rua? Ser próximo a vários 30Qual o tipo de pavimentação de sua 30rua? Qual o tipo de pavimentação
de pavimentaçãoVocê de sua rua? o tipo de pavimentação de sua rua? mudaria
Questão 6 60
100 0
60
grupo familiar
grupo familiar
30 Questão 04b
20
70
Centro Comunitário
20 Posto Policial 40 O que você acha que faz falta na área onde mora? Comércio
a onde mora?
80
Paralelepípedo
Questão 20 4a 60 0 50 100
Questão 7
Sim
Questão 7
Não Se sua casa fosse tombada como patrimônio histórico, você a
70 70 Se sua casa fosse tombada como patrimônio histórico, você aceitaria/concordaria?
A
65
grupo familiar
40
Centro Comunitário Lazer
Trans. Público Escola
70 grupo familiar grupo familiar
50
Trans. Público Escola
Questão 5
60
Questão 5 40 80
40
grupo familiar
60
Questão 3
60
60
grupo familiar
grupo familiar
Questão 10 3 0
UBS
grupo familiar
Questão 4b
UBS
20 80
grupo familiar
Comércio
30
Questão 4b
80
80 Comércio
grupo familiar
40
100
100
Lazer
Lazer
grupo familiar
grupo familiar
50
grupo familiar
60
Questão 4a
Questão 4a
Escola
65
questão de número seis reafirma a vontade dos moradores 60 em60 relação à troca da pavimentação das vias. A quinta 55 Sim questão indagou dos moradores 55 o que eles mais gostam na área 50 50 relevante tem-se a proximionde vivem e como resposta mais Não dade com o centro da cidade.
Se sua casa fosse tombada como patrimônio histórico, você aceitaria/concordaria? Se sua casa fosse tombada como patrimônio histórico, você aceitaria
Pavimentação precária ou inexistente
100 grupo familiar
Iluminação das ruas
25 20
Sistema de coleta de lixo
Questão 10 50 35
15 de esgoto Rede
30
Segurança
5 Pavimentação precária ou inexistente 0
Acessibilidade
grupo familiar
0
10
Não 20 Você gostaria de um projeto de modificação da área onde você mora? 15 Transformação das ruas para circulação Questão 10 10 somente de pessoas
Iluminação das ruas Para você, quais os maiores problemas da área aonde vive?
5
35
Sistema de coleta de lixo
am-se entre si. A pergunta oito quer
Acessibilidade
saber quais os maiores problemas da área em questão, segurança 40 pessoas e pavimen-
Aumento do número de comércios na área/tornar-se uma área comercial Quais destas propostas você acha interessante?
25
grupo familiar
A
oito, nove e dez relacion-
Novo projeto para a Praça do Cemitério
0
30
Segurança s questões
Sim
25
Novo projeto de iluminação pública
20 15
Novo projeto para o sistema de água e esgoto
10 5
tação 36. A próxima, pergunta sobre a possibi-
Novos mobiliários urbanos
0
lidade de uma modificação na área e obtemQuestão 9 se uma resposta positiva. A última questão
Proposta de implementação de vegetação na área
Quais destas propostas você acha interessante?
100
Dias
dá oportunidade aos moradores de escolher
R. Marcílio
quais das propostas selecionadas eles gostar50
0 um novo projeto para a Praça Dom Diogo de
Sim
Souza, seguida por três opções quase empata-
Não
das, com 26 votos projeto para o sistema Você gostarianovo de um projeto de modificação da área onde você mora?
Souza R. Dr . Santos
107
entre aumento do número de comércios na área e uma proposta de implementação de vegetação na área.
R. Conde de
Sim
Porto Alegre
27 85
Não
anuel R. João M
ção da área onde você mora?
105
Ru a Barão
as do Amazon
o R. Dr . Veríssim
de água e esgoto e com 25 votos um empate
es nte Gonçalv Rua Alm ira
iam que se realizasse, em disparado tem-se
103
140
101
87
Lúcio
2
95
Lívia
10
97
Vanessa
7
99
Joaquim
9
101
Felipe
5
103
Gabriela
6
105
Mariana Gonçalves
4
107
Mariana Maurente
3
138
Viviane
5
140
Carolina
9
246
Patricia
4
247
Lidiane
10
249
Renato
7
1360
Juliana Moraes
10
s R. Pr eto Caxia 0 T r. 2
248 M vão scri R. E
93
R. Preto
. An
95
Caxias
o ard 1359 ont
1360 E st
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1360
Av.
1360
R. Cel. P
247
247
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4
250
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3
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247
R.
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250 1359
246
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249
nte Rua Alm ira
R. do
10
Ru a Barão
7
Fernanda
ório
Juliana Machado
91
97
91
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89
ento pam Acam
Salis R. Oscar
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5
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3
Sandro
R. Mã
Mariana Gonçalves
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85 87
R.
to mp am en R. do Aca
138
99
89
as do Amazon
Questionários Aplicados
d o Tr iunfo Av. Barão
Entrevistador
19
Quarteirão
mbro R. 7 de Sete
R. Mauryti
Legenda dos Questionários Aplicados
R. Marcílio Dias
30
mbro R. 7 de Sete
stão 9
Questão 9
35
grupo familiar
e vive?
Questionários
Rede de esgoto
40
grupo familiar
tão 8
Questão 8
el R odo v
iári o
1376
esc. 1/7500
31
Capítulo 3 Diagnóstico Urbano
Casa de Pedra
32
urbe bagé
Diagnóstico Ambiente Urbano
Passo do Onze
Rede Elétrica Urbana A cidade de Bagé possui uma alimentação elétrica padrão. Todos os lugares que possuem energia elétrica tem o mesmo tipo e qualidade de recebimento desta energia. Sendo toda rede da cidade de 230/380V.
Vegetação urbana A pouca vegetação existente dentro dos lotes e quarteirões prejudica o conforto da população. Muitas ruas não possuem arborização. A arborização deve ser adequada a largura das vias. Nas áreas costeiras dos arroios a vegetação é bastante densa. Mas nas praças a vegetação de grande porte prejudica na visualização dos prédios históricos, como exemplo, as arvores que interrompem a visualização da catedral vista da sete de setembro.
Recursos Hídricos No local chamado “Passo do Onze” o sistema viário que atravessa o arroio foi aplicado forma inadequada, pois o arroio quando tem uma vazão abundante, o fluxo de pedestres e automotores e carroçantes é prejudicado. Os arroios são afetados por ser o alvo principal de descarregamento de lixo e esgoto. Os arroios não possuem uma unidade de tratamento das águas e esgotos. Os arroios em estudo possuem uma importância histórica em que a população não mostra o devido valor prejudicando-o.
A área em estudo possui iluminação pública em todas as ruas. Os moradores quando questionados sobre melhorias na energia elétrica e iluminação publica, em sua grande maioria consideraram desnecessárias, pois estão satisfeitos com o funcionamento da rede elétrica na área onde vivem. Embora funcionalmente a rede elétrica na área esteja adequada, visualmente há alguns problemas que foram percebidos, como fios emaranhados em postes e entre eles, ruas que obtêm postes de iluminação em apenas uma das calçadas, deixando um lado menos iluminado que o outro, e também em alguns lugares há uma altura relativamente baixa dos fios entre os postes, podendo acontecer acidentes com a circulação de veículos de grande porte.
Sistema de Coleta De Lixo O sistema de coleta é bastante eficiente, porem em algumas ruas estreitas e de difícil acesso o caminhão não passa, então e é feita manualmente. O trajeto de coleta é feito todos os dias úteis. Faltam lixeiras em alguns lugares e o lixo é colocado no chão até o recolhimento feito pelo caminhão.
Na área em estudo predomina o uso residencial, sendo uma porção bem menor de uso misto e o uso exclusivo comercial ocorre em caráter de exceção. Na área em estudo foi observada a necessidade de equipamentos de saúde. Há alguns lotes que se destacam por suas dimensões avantajadas, sendo distribuídos de forma aleatório, abrigando geralmente equipamentos urbanos tais como: Igreja Catedral de São Sebastião, Cemitério, Escola Frei Plácido,
São Benedito, Espaço Cultural Maya. É observado o uso de alguns equipamento, considerando seu porte são de uso municipal: a Catedral de São Sebastião e sua Praça, o Cemitério e sua Praça Espaço Cultural Maya, a Policia Ambiental. Podendo citar nesta área alguns equipamento, de uso local: Praça do Passo do Príncipe, a Escola Vasco da Gama e Silva, Mercearias em geral, Denominações Religiosas que usam espaço físico reduzidos.
Ruas com inexistência de passeio público; Desnível nas calçadas; Calçamento precário dos leitos carroçáveis, ou inexistente, sem sinalização em alguns trechos; Rampas de acessibilidade precárias, ou inexistentes; Poucas linhas de ônibus na periferia (onde o traçado urbano se distribui de forma orgânica); Passeio público estreito (aproximadamente 1,40 metros); Tamanho adequado das ruas para seu fluxo local de veículos;
A pavimentação original da zona de preservação histórica foi mantida; Falta de ruas coletoras no sentido leste/oeste da cidade; Estreitamento da Av. Sete de Setembro dificultando o estacionamento paralelo; Ruas sem pavimentação dificultam o estacionamento não identificando o sentido do mesmo (paralelo ou obliquo); Ruas sem pavimentação não possuem qualquer tipo de sinalização.
Parte da área em estudo localiza-se próximo ao centro da cidade. A maioria das ruas são pavimentadas, com pedra irregular. A maioria das ruas não pavimentadas próximas as arroios. A área em estudo tem quarteirões de diferentes configurações. Sendo divididos em duas formas: os regulares (maioria na área em estudo) e os irregulares (minoria na área em estudo). Os lotes de um modo geral são predominantemente de forma retangular, sendo que as dimensões ficam em torno dos 10x30 metros. Onde a taxa de ocupação é alta. Na área em estudo, mais próxima ao centro da cidade, os lotes praticamente não apresentam recuos.
Os traçados das vias formam a estrutura ortogonal basicamente em toda a área em estudo. A configuração irregular da área forma a menor parcela da estrutura urbana na área em estudo. Na área em estudo a maioria dos lotes estão edificados. Os lotes com maiores dimensões são destinados aos equipamentos urbanos, sendo eles cemitério, escolas, uma área da CEEE, praças e igreja. Nos quarteirões: 140, 138, 1360-A, 1360B, 1360-B e 246 e 248, possuem os lotes com maiores dimensões e com baixa taxa de ocupação na área em estudo. O quarteirão 1376 possui uma grande área para uma possível expansão do cemitério.
Escritório e Restaurante
Infraestrutura Urbana
Água e Esgoto Há quarteirões não atendidos pela rede esgoto. São eles 1359, 1360 e 1365. Quando questionados, os moradores disseram que gostariam que a rede de água e esgoto fosse melhorada. Toda a área é atendida pela rede de água.
Uso do Solo
Mobilidade Urbana
Estrutura Urbana Na área em estudo predomina a topografia plana.
Rua, elemento estruturador do traçado urbano
33
Diagnóstico Morfologia Urbana Traçado Regular Há necessidade de novos projetos para mobiliários urbanos na Praça Carlos Telles. Na Rua Marcílio Dias a pavimentação é inexistente.
Rua, um dos elementos claramente identificáveis na morfologia de uma cidade
Na área em estudo há necessidade de mobiliário urbano e vegetação urbana compatível com o gabarito das vias. Na área estudo existe pouca vegetação urbana, onde na Rua Almirante Gonçalves a vegetação é inexistente. A vegetação urbana ocorre no entorno da Praça Carlos Telles A principal edificação na morfologia urbana na área em estudo é a Igreja São Sebastião. A maioria dos lotes são edificados O mobiliário urbano do tipo lixeira é insuficiente, principalmente nas ruas Almirante Gonçalves e Marcílio Dias. A área caracteriza-se por não possuir recuos frontal e lateral. A área em estudo predomina ruas estreitas pavimentadas com pedra irregular. Através deste traçado na área em estudo foi onde começou o desenvolvimento da cidade.
Traçado Irregular Há necessidade de um novo projeto para a Praça Dom Diogo De Souza, estudando traçado, programa de necessidades, mobiliário urbano, vegetação. Na praça Dom Diogo de Souza o mobiliário urbano do tipo iluminação pública é insuficiente no centro da praça. Algumas ruas não são pavimentadas Há ausência do mobiliário tipo lixeira nas ruas do entorno dos arroios. Grande parte das edificações é de uso residencial. Existência de quarteirões e lotes maiores, com pequena área construída. Os monumentos de maior relevância na área são encontrados no cemitério e são considerados de valor na arte cemiterial.
Densidade Urbana Nesta etapa do projeto, foi possível diagnosticar uma grande diferença entre o nº de domicílios e comércios na área histórica da cidade, podendo assim, observar a área onde existe maior concentração populacional que residem no local de estudo. Os setores mais próximos do centro comercial da cidade apresentam respectivamente, maior nº de comércios, do que os setores mais afastados, mas, ainda assim apresentam um representativo nº de domicílios e habitantes nestes setores. Os setores ao sul do Centro Histórico, apresentam baixo nº de comércio, e ainda, al-
guns vazios urbanos; que poderiam ser melhor aproveitados, apresentando uma baixa densidade urbana nestes locais. As áreas ao sul do Centro Histórico, poderiam obter mais pontos comerciais, porque estes setores não estão localizados proximamente ao centro comercial da cidade, sendo que os residentes desta área precisam percorrer um deslocamento maior para poder ter acesso ao núcleo comercial. Com estas observações, foi possível concluir, que no processo de urbanização da cidade, as pessoas se concentraram primeiramente no Lar-
go da Catedral São Sebastião e Panela do Candal, distribuindo –se mais uniforme e organizadamente, em relação a malha urbana, do que nas áreas ao sul do Centro Histórico, fazendo com que esta área primeiramente habitada, obtive-se um destaque maior do que os setores próximos aos primeiros acampamentos, fazendo com que estas áreas se tornem até mesmo esquecidas, no âmbito social e cultural, apresentando lotes menos favorecidos, ruas com pavimentação e saneamento diferenciados, dos então mais próximos da área comercial, que tornam-se setores mais privilegiados.
Legislação Urbanística Foram constatados dois momentos distintos, onde aspectos tanto da legislação quanto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão em ação, e outros aspectos que precisam entrar em ação. Aspectos da Legislação e do PAC em Ação: No entorno da Praça Carlos Telles, os lotes praticamente não apresentam recuos. As fachadas das edificações no entorno da Catedral foram preservadas, tendo seu uso alterado de residencial para comercial ou mantido o uso residencial. No entorno da Catedral, algumas edificações foram totalmente substituídas e parcialmente alteradas, mas todas respeitando o limite de altura
de 16 metros em relação à Legislação vigente e o Plano Diretor. A área caracteriza-se por não possuir recuos frontal nem lateral. Foi constatado ações de recuperação e uso do Patrimônio Cultural e Natural. Ações de iniciativa privada relativa às atividades produtivas locais estão em ação. Há restauração e promoção de imóveis privados, na área em estudo. Bens tombados estão sendo sinalizados e identificados, na área. Aspectos da Legislação e do PAC que precisam entrar em ação:
a finalidade de integrar estruturas como o comércio, a prestação de serviços e lazer da população. Padronização dos passeios e da sinalização urbana e adequação da iluminação pública. Regularizar a pavimentação em pedras paralelepípedos e irregulares. Recuperação do patrimônio edificado em estado de degradação, na ZPC (Zona de Preservação Cultural) e através de articulações, com participação do Poder Público, que viabilizem financiamentos especiais à iniciativa privada. Pavimentação das ruas, deve ser mantida mesmo no caso de reformas, restauros e demais intervenções urbanísticas.
Criar e rever espaços no centro da cidade com
Amostragem
Apropriação do espaço público | Praça do Cemitério
34
urbe bagé
Faixa etária predominante de 19 a 45 anos; Maioria dos moradores do sexo feminino; O estado civil mais encontrado na área em estudo é de casados; A escolaridade das pessoas da área é Ensino Médio Completo; A renda familiar encontrada em maior quantidade está entre 1 até 3 salários mínimos; Os profissionais da área em maioria são autônomos; Os entrevistados reconhecem a importância histórica da área onde moram; Dentre os aspectos históricos mais importantes as pessoas consideram a catedral como principal; O que mais faz falta para os moradores é transporte público;
As ruas apresentam pavimentação do tipo paralelepípedo e os moradores gostariam que fosse mudada; O que as pessoas mais gostam na ZPC é a proximidade com o centro; Se as casas fossem tombadas como patrimônio histórico seus moradores não concordariam ou aceitariam; A segurança foi citada como maior problema da área, seguida pela pavimentação precária ou inexistente; Os moradores da área gostariam de um projeto de melhoria na área onde moram e escolheram como a melhor proposta um novo projeto para a praça do cemitério.
Conclusão
O
s objetivos a que nos propusemos
conscientes do valor histórico do lugar em
com a realização deste trabalho foram
que vivem. Infelizmente o que se pode
atingidos, porém é impossível sabermos a
constatar é que esta não é a grande maioria
data precisa da sua conclusão. Tratando-se de
delas. Aqui entra mais um dos nossos
um espaço que sobreviveu a tantas gerações,
inúmeros papeis: mostrar às pessoas que o
nossa meta foi estudá-lo, traçando os
meio em que habitam não trata-se apenas de
resultados das ações do tempo e das pessoas,
mais um objeto construído. Esta é a semente
que surgiram ao longo desse tempo e que nos
que esperamos germinar dentro de cada um,
deparamos hoje, para que ainda permaneça
o reconhecimento da sua importância e seu
vivo e preservado para as gerações que ainda
poder como cidadão bajeense, para manter
virão. As sementes na qual a turma se propôs
vivo o privilegio de habitar uma cidade com
a espalhar, apenas o tempo poderá dizer se
identidade histórica tão forte como a nossa.
atingirão a maturidade ou não.
Antes de tudo, este trabalho foi mais
Este estudo e diagnóstico da Zona de
um pequeno passo para o nosso processo
Preservação Cultural de Bagé procurou traçar
contínuo de crescimento como pessoa e
sua estrutura, necessidades, contentamentos
profissional. O caminho que foi desbravado
e identificar o desejo da comunidade que
na realização deste projeto era um caminho
ali vive e freqüenta. Neste sentido, foram
novo para nós. E trata-se de um caminho
realizados
como
que leva a outros caminhos e que nos solicita
pesquisas de referencial histórico, trabalhos
atitudes e tomadas de decisões, no nível
de observação, análise, e entrevista e
de futuros urbanistas, preocupados com o
aplicação de questionários com os moradores,
futuro sem agredir o existente, aquilo que
para que chegássemos ao trabalho final, esta
deu origem ao lugar que vivemos e que deve
publicação.
ser preservado como patrimônio cultural de
os
devidos
estudos,
A realização deste estudo só terá sentido
Bagé.
a nível social, se as pessoas estiverem
35
diagnóstico urbano zona de preservação cultural