Lótus Residencial

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UNIFOR - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

(2020)

Lótus [...] sabedoria/ conhecimento/candura/compaixão

Lorena Lúcia Vieira



[

Passam-se os anos e o que fica são as marcas de um tempo vivido, sentido e vencido. (Cecília Sfalsin)



FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA CENTRO DE CIENCIAS TECNOLÓGICAS ARQUITETURA E URBANISMO

Trabalho apresentado em cumprimento das exigências da disciplina Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo - PAURB, do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza - UNIFOR, com requisito mínimo para obtenção do título de Arquiteta e Urbanista. Orientador: Prof. Me. Rodrigo Porto Oliveira

LORENALÚCIAVIEIRA



LORENALĂšCIAVIEIRA

Prof. Rodrigo Porto Oliveira (Orientador). UNIFOR - Universidade de Fortaleza

Profa.Lia Costa Mamede. UNIFOR - Universidade de Fortaleza

Arquiteta e Urbanista Marcela Miranda Batista de Lima



Agradecimentos

Mais uma etapa vencida e agora mudam-se as metas e as expectativas para novas conquistas. E sei que sozinha não conseguiria chegar até aqui. Então agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida e por ter me proporcionado chegar até aqui, agradecer minha família, e amigos principalmente minha mãe Francisca, ela que sempre foi meu modelo para se espelhar de dedicação, esforço e luta, que nunca me deixou desistir dos meus sonhos e que sempre sonhou comigo cada degrau até chegar aqui, aos meus filhos Vinícius e João Bernardo, que me deram forças para sempre seguir e persistir mesmo encontrando obstáculos e perdas em meio ao caminho, pois a caminhada foi longa, mas nunca pensamos em desistir pois a sede de vence-la sempre foi maior, tornando mais leve os dias e prazerosa a caminhada durante esses anos todos, por eles dedico mais essa vitória, ela é nossa, CONSEGUIMOS !

Agradeço a todos os professores e coordenadores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que neles me espelhei, aqueles sempre estiveram dispostos a ajudar e a ensinar, contribuindo imensamente para meu aprendizado, agradeço ao meu orientador Rodrigo Porto, que sempre esteve a postos para me ajudar e somar para a conclusão de mais uma etapa. E agradeço também a UNIFOR, por ter me dado chances e todas as ferramentas que permitiram chegar hoje ao final desse ciclo de maneira satisfatória. Por fim, agradeço a todos que de alguma forma somaram para com mais essa etapa da minha vida!


Resumo

O trabalho que se apresenta trata-se da elaboração de um projeto arquitetônico com exigência do processo de conclusão de curso por exigência da instituição de ensino UNIFOR em Fortaleza – CE. Estudos, pesquisas, visitas e levantamentos foram realizados para melhor entender do assunto e poder melhor aplicar soluções para o projeto e para atender o público em foco. Com isso foi desenvolvido um projeto de um Condomínio Residencial para Idosos, onde chamo de LOTUS. Que visa atender as necessidades da população dessa faixa etária. Que devido ao aumento crescente e acelerado da população idosa, e que embora as estatísticas mostre que no futuro teremos uma inversão na pirâmide humanitária, a sociedade ainda não está apta para lidar com essas mudanças que já são visíveis, além disso são vistos como exclusão, e ao se trata de asilos ou instituição de longa permanência o assunto se torna ainda mais delicado, pois a população veem com o sentimento de abandono e foi em meio a pesquisas e visita a instituição de longa permanência (citada no decorrer do trabalho), que a necessidade de um local adaptado e com a devida estrutura para atender os moradores desse meio onde irão viver me chamou atenção.

Palavras chaves: Acessibilidade. Idoso. Habitação. Inclusão.


Abstract

The work presented is the elaboration of an architectural project with the requirement of the course completion process as required by the UNIFOR educational institution in Fortaleza - CE. Studies, research, visits and surveys were carried out to better understand the subject and to be able to better apply solutions for the project and to serve the target audience. With this, a project was developed for a Residential Condominium for the Elderly, which I call LOTUS. It aims to meet the needs of the population of this age group. That due to the growing and accelerated increase in the elderly population, and that although statistics show that in the future we will have an inversion in the humanitarian pyramid, society is still not able to deal with these changes that are already visible, in addition they are seen as excluded, and when it comes to nursing homes or a long-term institution, the matter becomes even more delicate, as the population sees the feeling of abandonment and went through research and visited the long-term institution (mentioned during the work), where for an adapted place with the proper structure to serve the residents of this environment where they will live caught my attention.

Keywords: Accessibility. Old man. Housing. Inclusion


Listas

Lista de figuras Figura 01: Percentual de Idoso

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Figura 02: Expectativa de vida

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Figura 03: Idosos Brindando

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Figura 19: Vintage Senior Residence Fachada

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Figura 20: Quarto de ILPI

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Figura 21: Quarto de ILPI

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Figura 22: Banheiro de ILPI

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Figura 23: Banheiro de ILPI

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Figura 04: Idoso Trabalhado

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Figura 05: Google Maps, Mapa de Localização do terreno escolhido no bairro

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Figura 06: Google Maps, Mapa de Localização do terreno escolhido no bairro

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Figura 24: Corredor de acesso para área 60 de socialização de ILPI

Figura 07: Terreno de estudo

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Figura 25: Enfermaria da IPLI de estudo

Figura 08: Terreno de estudo

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Figura 26: Corredor com barras de apoio 61 da IPLI de estudo

Figura 09: Terreno de estudo

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Figura 10: Área externa - Cidade Murada

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Figura 11: Idoso em Cidade Murada

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Figura 12: AGERIP (Associação Geronto Geriátrica de São José do Rio Preto)

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Figura 13: AGERIP (Associação Geronto Geriátrica de São José do Rio Preto)

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Figura 14: AGERIP - Vista aérea

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Figura 15: Vila Dignidade - Planta Baixa

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Figura 16: Vila Dignidade

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Figura 17: Vila Dignidade - Vista aérea

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Figura 18: Foto divulgação Vintage Senior Residence

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Figura 27: Refeitório da IPLI de estudo

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Figura 28: Refeitório da IPLI de estudo

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Figura 29: Capela da IPLI de estudo

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Lista de tabelas Tabela 01: Taxa geométrica de crescimento da população

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Tabela 02: População Residente com 60 anos ou mais, por condição de renda e respectiva distribuição por grupos de idade

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Tabela 03: População do bairro Parque Manibura

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Tabela 04: Programa de necessidades

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Lista de gráficos Gráfico 01: Taxa Geométrica de Crescimento da População

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Gráfico 02: Parque Manibura: Homens x Mulheres

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Gráfico 03: Grupos de faixa etárias.

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SUMÁRIO

01

Introdução

-

02 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7

O papel da residência unifamiliar e sua relação na vida do idoso Qualidade de vida na terceira idade Habitação adaptada à terceira idade Decoração x Terceira idade Objetivo Geral da pesquisa Objetivo Específico da pesquisa Definição de Condomínio fechado residencial para terceira idade

03 3.1

Referencial Teórico

Metodologia

Localização do terreno 3.1.1 Mapas indicação de terreno 3.1.2 Faixa etária da população de Parque Manibura – Fortaleza/CE 3.1.3 Mapa de vias e de uso e ocupação 3.1.4 Legislação 3.1.5 Análise Topográfica


04 4.1

Referencial Conceitual

Projetos Referência 4.1.1 Cidade Madura 4.1.2 AGERIP 4.1.3 Vila Dignidade 4.1.4 Vintage Senior Residence

05

Estudo de caso

5.1 Conceito de instituição de longa permanência para idosos (ILPI)

06

Residencial lótus

07

Considerações Finais





01 Introdução


INTRODUÇÃO

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A população estimada em Fortaleza-CE, em 2019, é de 2.669.342 habitantes, sendo que no último censo do IBGE de 2010 era de 2.452.185 habitantes. Dentro dessa população, ao se categorizar o grupo dos idosos (pessoas com 60 anos ou mais), estima-se cerca de 237.775 habitantes, representando 9,7% da população (BRASIL/IBGE, 2010). Com o avanço da frequente da medicina, a disseminação de informação, o aumento da expectativa de vida, os idosos passaram a se cuidar cada vez mais. Devido a esses fatores, pode-se observar também que com o passar dos anos a população de idosos vem crescendo significativamente. Segundo Camaro e Pasinato (2004), o rápido crescimento no número de idosos no mundo vem se apresentando como um fenômeno social e biológico sem precedentes históricos que ao mesmo tempo, representa um dos principais êxitos da humanidade no século XXI e um dos seus principais desafios. Molina (2015) explica que:

A figura da pessoa idosa foi negligenciada durante muito tempo, de maneira que eles eram associados o isolamento social e a falta de atividade em um cenário que só lhes restava piedade. Vivendo dependendo de familiares, auxiliavam em atividades domésticas e cuidavam dos netos. E hoje esse cenário está sendo revertido à medida que os idosos tomam consciência de que a terceira idade pode ser agradavelmente desfrutada, que ele tem autonomia, continua a ser produtivo e desempenha um importante papel social (MOLINA, 2015, p. 38).

O crescimento da população idosa no Brasil e no mundo tem ganhado um ritmo de crescimento significativamente acelerado, os resultados do Censo Demográfico realizado pelo IBGE, em 2010, demonstram que a taxa

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de crescimento da população brasileira vem decrescendo desde 1960 (SCHUSSEL, 2012). Constatou-se também que a concentração da população nas cidades vem crescendo, atingindo uma taxa de urbanização de 84,4% (Gráficos 1 e 2):

Gráfico 1:Taxa Geométrica de Crescimento da População Fonte: BRASIL/IBGE, 2010.

Podemos observar também que as pessoas têm optado por tornarem mais tardia a opção de ter filhos e, com isso ocorrendo o envelhecimento da sociedade e a taxa de natalidade descendente. Tendo cada vez mais expectativa de vida, em que hoje tem-se como dados que o brasileiro chega em média aos 74,9 anos, podendo chegar a 81,2 anos no ano de 2050, isso por vários fatores, especialmente a medicina em avanços constantes. Schussel (2012) ainda acrescenta, o índice de envelhecimento da população brasileira (razão entre o grupo de idosos com qual a idade igual ou superior a 65 anos, o grupo infanto juvenil menores de 15 anos) projetado para 2050 é de 114,3, o que significa que na soma dos dois tipos de população idosa passará a responder com 53,3% do total.


A maior concentração de idosos está localizada na Região Sudeste, que conta com 46,3% da população acima de 60 anos do país, na qual se somam os idosos das Regiões Metropolitanas de São paulo (2.491 milhões de pessoas) e Rio de Janeiro (1.879 milhões de pessoas) que por sua vez, concentram o maior percentual de idosos entre as regiões metropolitanas (Tabela 1).

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Tabela 1:Taxa Geométrica de Crescimento da População Fonte: BRASIL/IBGE, 2010.

Conforme Schussel (2012, p. 57):

As regiões metropolitanas vem concentrando cada vez mais a população idosa (31,0% do total dos idosos concentrados em dez regiões), o que revela uma dimensão particular quanto a qualidade de vida do idoso, no contexto de cidades complexas que já existem múltiplas carências para toda a população e não apenas para os idosos (SCHUSSEL, 2012, p. 57).

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De acordo Schussel (2012), aproximadamente 75% da população brasileira com 60 anos de idade ou mais tem uma renda entre 0 e 2 salários-mínimos na região Nordeste, 61,5% das pessoas com sessenta anos ou mais, apresenta uma renda inferior a um salário-mínimo.

Tabela 2: População Residente com 60 anos ou mais, por condição de renda e respectiva distribuição por grupos de idade. Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (2011)

A partir de pesquisas ao Censo de 2010, a população de idosos ( a partir de 60 anos) em fortaleza representa 9,7% da população (237.775 hab.). Onde teve um crescimento considerável de 61% entre os anos de 2000 e 2010, onde eles representam 12,6% da população total do Estado. Com isso o Ceará se torna a quinta unidade da Federação com maior percentual com pessoas com mais de 60 anos e a segunda maior do nordeste (BRASIL/IBGE, 2010). Com esse crescimento rápido da população idosa, em comparação com os nascimentos na região, acredita-se que até 2050 os idosos chegam a ser 22% da população e pensando nisso, para a melhoria de vida dos idosos, um condomínio para idosos está sendo idealizado.

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Em pesquisa realizada pela Revista Exame (2015) por Valéria Bretas, pode-se ter uma ideia de quão significativo é o número de idosos hoje no Brasil, segundo dados do IBGE de 2013, tem-se que:

Estado RioGrandedoSul RiodeJaneiro Pernambuco SantaCatarina Ceará

Figura 1: Percentual de idosos

% do Idoso na população 11,11% 11,04% 9,04% 9,35% 9,34%


Ano 1980 1991 2000 2010 2014 2050

expectativa de vida ao nascer (ano) 62,60 66,90 69,80 73,90 74,90 81,2

Figura 2: Expectativa de vida

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Conforme o Plano Fortaleza 2040, a prefeitura da cidade tem como proposta assegurar os direitos dos idosos, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade, descrito na lei 8.842 de 4 de Janeiro de 1994 que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso. Dentro dessa legislação,

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02 Referencial Teórico 2.1 O papel da residência unifamiliar e sua relação na vida do idoso 2.2 Qualidade de vida na terceira idade 2.3 Habitação adaptada à terceira idade 2.4 Decoração x Terceira idade 2.5 Objetivo Geral da pesquisa 2.6 Objetivo Específico da pesquisa


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REFERENCIAL TEÓRICO

A pesquisa trata da criação de um condomínio residencial horizontal, localizado no bairro Parque Manibura, em Fortaleza-CE. A proposta é de um espaço voltado para idosos com espaços planejados e adaptados para melhor atender as necessidades dos usuários, nesse caso pessoas de terceira idade, onde permita a pessoa idosa a novas experiências e amizades, coisa que pela vida corrida, não tinha tempo de desfrutar de bons momentos, mas nesse caso não apenas com os vizinhos que naturalmente se tornaram novos amigos, mas um espaço agradável para receber filhos e netos. Com a chegada da terceira idade, para muitos chegam as doenças e as frequentes quedas, para isso pensou-se em um espaço qualificado, adequado e adaptado.

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Tudo isso sem ter a imagem ou julgamento de que seus filhos estão os deixando de lado ou até mesmo sendo abandonados, e sim como uma solução e opção vinda deles mesmos, de forma que possam se sentir incluído no espaço e em um lugar adaptado a sua necessidade atual, é de uma certa forma é libertador, a independência é algo crucial na vida de muitos idosos. Pois com o crescimento da cidade a verticalização e os espaços cada vez menores é algo inevitável, onde o espaço acaba sendo restrito e a permanência do idoso fica comprometida, onde o espaço só acomoda apenas para o casal, ou a um ou dois filhos que tende a nascer, tornando esses espaços não tão confortável ou não adaptável para certas necessidades dos idosos que ali reside. Em outros casos, o idoso tem problemas com seus familiares e preferem viverem sozinhos, ter sua privacidade, seu espaço com sua identidade, nesses casos se torna a melhor opção. Segundo Cunha apud Avelar (2010): A questão habitacional atinge os idosos de maneira intensa, pois se veem limitados a espaços físicos cada vez mais reduzidos, sem um canto para si só, onde possam resguardar sua privacidade e descansar dos caos da vida familiar. Avelar (2010) complementa:

A moradia não é apenas um espaço físico, mas também significa um espaço de representações e histórias, e que dizem respeito à vida dos seus moradores, o lugar dos relacionamentos. A moradia reflete o modo de ser e de viver do seu habitante, transmitindo um pouco da sua identidade e estilo de vida. Pode-se dizer, ainda que a moradia representa um espaço de refúgio e proteção para o ser humano (AVELAR, 2010, p. 65-66).


2.1 O papel da residência unifamiliar e sua relação na vida do idoso

O idoso precisa de atenção e está rodeado dos filhos e netos e dos amigos a família e o vínculo com a mesma é de extrema importância para o idoso, assim como ter relações sociais, independência no seu meio, até mesmo ter uma boa vizinhança acrescenta como ponto positivo na velhice, faz bem pra saúde e pro psicológico.

Torres ainda acrescenta que na literatura aponta a família como fundamental para a qualidade de vida e bem-estar bio-psico-social do idoso, capaz de promover a redução ou a ampliação de suas capacidades/incapacidades, e cuja ausência pode desencadear ou perpetuar a perda de autonomia e independência (MORAES, 2012). Em condição de coabitação em domicílios multigeracionais e quando existem problemas de saúde que exigem cuidados diários, a família mostra-se o principal suporte para os idosos, notadamente as pessoas que atuam como cuidadores primários (RAMOS,

2.2 Qualidade de vida na terceira idade

Com o aumento da longevidade precisa esta associado à qualidade de vida, é determinada por fatores múltiplos sendo aspectos físicos, psicológicos e sociais. Mas de difícil qualificação concreta, pois é bem particular a opinião do que é qualidade de vida, e esses valores podem mudar no decorrer da vida e por questões financeiras. Segundo Rigaray e Trentini (2009):

Os domínios considerados importantes para a qualidade de vida mudam com a idade. Desta forma, pessoas mais jovens dariam mais importância ao trabalho e às finanças, enquanto os idosos julgariam a saúde e a mobilidade como itens mais importantes para a qualidade de vida (RIGARAY; TRENTINI, 2009, p. 27).

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Segundo estudo de Torres, mostrou que os idosos desenvolvem forte apego ao lugar onde moram, entendem a importância dele para a sua saúde e desejam permanecer ali. Assim, embora no local onde moram eles vivenciam muitas barreiras (mais físicas do que sociais), eles se dizem satisfeitos. Como as casas são ambientalmente mais dóceis mudanças simples garantem um pouco de autonomia, independência e mobilidade aos idosos. Por sua vez, as barreiras do meio urbano aparentam ser mais difíceis de enfrentar, tornando este espaço inóspito à maioria dos participantes da pesquisa, condição que dificulta suas atividades físicas e sua participação social, influenciando negativamente sua qualidade de vida.

2005, p. 6). O autor acrescenta que a habitação e seus arredores tornam-se essenciais para a prestação de cuidados, que são proporcionados primeiramente pela família e por amigos e vizinhos.

Ainda, de acordo com Rigaray e Trentini (2009):

Especificamente na velhice, a preocupação com a qualidade de vida ganhou expressão nos últimos trinta anos. Isto se deu entre outros motivos, devido ao aumento do número de idosos na população e a expansão da longevidade. Sabe-se que a qualidade de vida compreende um conceito complexo, que tem múltiplas dimensões, é multideterminado, diz respeito à adaptação de indivíduos e grupos de pessoas em diferentes épocas da vida, de uma ou de várias sociedades (RIGARAY; TRENTINI, 2009, p. 30).

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Da mesma forma Rigaray e Trentini ao citar Lawton (1991), também sustentam a ideia da multidimensionalidade da qualidade de vida a velhice, acrescentando que ela seria realizada a partir de critérios intrapessoais e socionomativos, a respeito do sistema pessoa-ambiente de um indivíduo no momento atual, no passado e no futuro. Segundo Galante e Figueredo 2003 (apud TORRES, 2010):

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Com relação aos idosos a noção de qualidade de vida abarca desde a satisfação com a vida (ou bem-estar social), até a independência, o controle, as competências sociais e cognitivas. Nesse contexto, ela se apresenta como um fenômeno complexo e sujeito a múltiplas influências (TORRES, 2010, p. 54).

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Em um estudo inédito do Mosaic Brasil, da Serasa Experian, publicado por EXAME.com (em 13 set 2016 por Valéria Bretas), diz que de acordo com o levantamento, metade dos idosos que residem no Brasil faz parte da classe média e usufrui de boas condições de vida. Outros levantamentos compilados por EXAME.com revelam que mais idosos estão aproveitando a velhice para voltar a estudar, investir em lazer

ou voltar para o mercado de trabalho (REVISTA EXAME, 2015). Apenas 4,6% dos idosos vivem com alto padrão de vida, o grupo dos idosos que possui elevada escolaridade, vive em áreas nobres e desfruta de carros de luxo, entre outros pontos, representa1 milhão de pessoas. O percentual que reside em regiões pobres chega mais que dobrar – 10,8% desse nicho possui baixa renda e vive em condições precárias e complementa também dizendo que mais de 12% do total de brasileiros com 61 anos ou mais vivem em grandes centros urbanos e trabalham com funções ligadas a atividades manuais. A baixa remuneração deste grupo, que também possui níveis baixos de escolaridade, se torna a principal dificuldade pelo alto custo de vida na cidade grande, mas ainda sim alguns trabalham por prazer, para que não fiquem ociosos sem ter uma atividade diária. Com a chegada da terceira idade, depois de muito se dedicar aos filhos e ao trabalho, muitos idosos chegam a essa etapa da vida, a vontade é de aproveitar o que não aproveitou quando jovem, enquanto ainda tem e saúde, Figura 3: Idosos Brindando Fonte: Revista Exame (2015)


voltando ao mercado de trabalho, viajando ou até mesmo começando uma faculdade, segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), seis de cada dez idosos entrevistados afirmam que aproveitar a vida é prioridade, quase metade não se preocupa em poupar dinheiro. Para 46% dos entrevistados, as atividades de lazer se tornaram mais frequentes com a chegada da terceira idade. Um dos principais gastos, por exemplo, é com viagens, cerca de um quinto investe mais em turismo hoje do que quando era jovem.

pa a 58º em um ranking de 96 países. Para chegar nesse resultado, a pesquisa levou em consideração fatores como expectativa de vida, bem-estar psicológico, renda, transporte e segurança, porém, em relação a renda, o país aparece em 14º lugar. A cobertura de aposentadorias é um dos principais motivos para isso, cerca de 86,3% da população acima dos 60 anos tem uma renda fixa.

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Figura 4: Idoso trabalhando Fonte: Revista Exame (2015)

Em pesquisa da QualiBest a pedido da Pfizer, uma das principais preocupações nessa etapa da vida para os idosos é a saúde, onde , além disso, a preocupação financeira, onde os gastos com remédios são maiores e o custo com plano de saúde é cada vez mais elevado, depois, vem aparência física, nível de responsabilidade e energia. No relatório de qualidade de vida para idosos do Global Age Watch 2014, o Brasil ocu-

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2.3 Habitação adaptada à terceira

2.4 Decoração x Terceira idade

idade

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Schussel (2012) cita que do ponto de vista da legislação, o Estatuto do Idoso, em seus artigos 37 e 38 estabelecem que:

Art.37. O idoso tem direito à moradia digna junto a sua família de origem, ou só, quando desejar, ou ainda em entidade pública ou privada. Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, o idoso goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado o seguinte: - reserva de 3%(três por cento) das unidades residenciais para atendimento ao idoso; - implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados ao idoso; III - eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de acessibilidade ao idoso; IV - critérios de financiamentos compatíveis com os rendimentos de aposentadoria e pensão (BRASIL/ESTATUTO DO IDOSO, 2003).

Em pesquisas pode-se chegar a conclusão de que os programas de habitações voltadas para a população com mais de 60 anos (idosos) é escasso. Schussel cita que no acervo acumulado das melhores práticas vencedoras, foi encontrado um único programa voltado para a população com mais de 60 anos. Trata-se do projeto Vila do idoso, desenvolvido pela COHABSP e Secretaria de Habitação (SEHAB/HABI) da Prefeitura de São Paulo, que abriga 142 pessoas com mais de 65 anos, num programa de aluguel social desde o ano de 2007. A habitação Vila do Idoso serve de exemplo para várias regiões, claro que adaptando-se às suas características, físicas, culturais e renda de cada região. Adequando-se também a renda de 0 a 2 salários-mínimos de cada beneficiado.

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Quando se fala de moradia para terceira idade, precisa-se mais cauteloso na hora de projetar e decorar o ambiente, usar recursos que facilitem o uso do meio ambiente que o idoso vai está incluído, mantendo sua identidade em cada espaço. O idoso precisa de mais espaços livres nos cômodos e demais adaptações, como barras de apoio, no banheiro e até mesmo nas escadas, pisos antiderrapantes, evitar tapetes ou móveis pontiagudos.

Segundo Torres, 2015 apud PERRACINI (2006):

Ressalta a importância dos ambientes serem planejados para promover e encorajar sua independência e autonomia, proporcionando uma boa qualidade de vida. Parte dessa iniciativa diz respeito à procura por um ambiente físico que atue como agente de prevenção de acidentes. Nesse sentido, o ambiente residencial deve ser analisado mediante a pessoa que nele se insere, pois suas características devem compatibilizar-se com as características daquele indivíduo, a fim de facilitar os comportamentos pretendidos (TORRES, 2015 apud PERRACINI, 2006, p. 63).

A iluminação também é outro ponto a se preocupar, pois uma iluminação adequada pode facilitar a vida do idoso, influenciando em sua rotina e favorecendo em sua qualidade de vida. A iluminação inadequada de ambientes que vem se agravando com o registro de que cerca de 60% das quedas ocorrem em casa, durante as atividades diárias sendo 25% delas resultantes de perigos domésticos que incluem a pouca luminosidade e disposição inadequada de móveis (MEZZALIRA, 2011, p.1).


Pessoas com 60 anos ou mais (idosos) sentem mais necessidade de ambientes mais iluminados, de certa forma, transmite mais segurança para a realização das atividades num determinado ambiente. Segundo o Conselho Estadual do Idoso de Minas Gerais (2011), é pensado na iluminação da casa de idosos, associações e conselhos de idosos vêm sugerindo medidas simples e práticas que reduzem os riscos de acidentes e traumas como, por exemplo, manter escadas e corredores sempre bem iluminados; manter o banheiro iluminado à noite; instalar uma lâmpada, um telefone e manter uma lanterna perto da

A efetividade da iluminação para idosos comporta alguns ajustes como os níveis de luz devem ser aumentados nos “ambientes utilizados pelos idosos em, pelo menos, duas a três vezes, minimizar o brilho das lâmpadas, aumentar o contraste, balancear os níveis de luz, e melhorar a percepção de cores” (RIBEIRO, 2006, p.31- 2).

Esta pesquisa tem por objetivo geral reunir instrumentos e fazer uma análise geral da vida após os 60 anos e suas necessidades e adaptações. Com isso tendo um ponto de vista conceitual e técnico do projeto.

2.6 Objetivo específico da Pesquisa

Conhecer dados de funcionamento de condomínios residenciais, se possível para idosos; Coletar dados sore a vivência, as experiências, as dificuldades e expectativas da terceira idade; Desenvolver um programa de necessidade para tornar o espaço agradável, funcional e adaptado para idosos;

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cama do idoso; instalar interruptores de luz na entrada das dependências para que o idoso não precise andar no escuro para acender a luz.

2.5 Objetivo Geral da Pesquisa

Conhecer o modo de vida da terceira idade e suas peculiaridades.

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2.7 Definição de Condomínio fechado residencial para terceira idade

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O condomínio residencial fechado é utilizado estritamente para moradia, um proprietário compra a fração ideal, que engloba a área de uso privativo e a área de uso comum (espaço de lazer, área verde e ruas de acesso), nesse caso voltado a moradia de pessoas acima de 60 anos, na terceira idade. O proprietário tem poderes sobre sua unidade e sobre as demais áreas. O acesso ao condomínio fechado não deve ser livre ao público em geral, ou seja, pode se restringir o acesso de pessoas não autorizadas a circular pelas dependências do residencial, seguindo as leis condominiais preexistentes. Isso porque suas áreas internas são privadas e de responsabilidade direta dos condôminos. Em que tem de fato atender às necessidades especiais dos idosos. Para garantir a acessibilidade e a mobilidade, se torna necessário: Portas e corredores largos; Box de banho com apoiadores e de um bom tamanho para que se possa, inclusive, movimentar-se com cadeira de rodas; Pisos sempre antiderrapantes; Móveis que atendam padrões de segurança; Ausência de escadas e degraus; Localização próxima de pronto-socorro e hospitais.

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03 Metodologia 3.1

Localização do terreno 3.1.1 Mapas indicação de terreno 3.1.2 Mapa de vias e de uso e ocupação 3.1.3 Faixa etária da população de Parque Manibura – Fortaleza/CE 3.1.4 Legislação 3.1.5 Análise Topográfica


3.1 Localização do terreno

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METODOLOGIA A pesquisa em questão consiste em um estudo de caso sobre a construção de um condomínio residencial para idosos, verificando suas necessidades e particularidades dessa faixa etária. De acordo com André (2011), o estudo de caso utiliza-se de várias evidências dentro de uma determinada abordagem para

[...] um sistema bem delimitado, isto é, uma unidade com limites bem definidos, tal como uma pessoa, um programa ou uma instituição ou grupo social. O caso pode ser escolhido porque é uma instância de uma classe ou porque é por si mesmo interessante. De qualquer maneira, o estudo de caso enfatiza o conhecimento do particular (ANDRÉ, 2011, p. 23).

Entende-se o estudo de caso como uma pesquisa qualitativa que constitui uma estratégia de estudo utilizada para revelar as suas várias relações determinantes de um processo real. Tendo em vista sua compreensão global. Assim, Busca-se com o método de estudo de caso interligar assuntos teóricos e metodológicos necessários para a construção de um determinado conhecimento humano.

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A área de intervenção para a implantação do condomínio residencial para idosos é um terreno de 8.470,60 m² (imagem 5, indicado com a cor verde) se localiza em Fortaleza-CE, no bairro Parque Manibura (representado pela linha verde), a quadra situada nas ruas: Rua João Regino com Rua Lourival Correia Pinheiro, Rua Núbia Barroso e Rua João Alves de Albuquerque, ambas vias do entorno do terreno são vias locais e de duplo sentido. Em visita de campo realizada no local onde o terreno é localizado, nos dias 01 de setembro de 2019 e 28 de outubro de 2019, pode-se observar que a área em análise é predominante horizontal, poucas edificações, tanto residencial como comercial, mas predominantemente residencial, perto do polo de lazer como o Lago Jacareí, próximo de supermercados (Assaí Atacadista, Extra, Cometa, Pão de Açúcar), farmácias, açougue, postos de combustível, correios, padaria, bons restaurantes, Buffet (Alices, Viriato e Imperium) , Escolas, Bancos (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica), clínica de atendimento de urgência e emergência (Hapvida, localizado na Av. Washington soares), Shoppings (Via sul), clínicas médicas com diversas especialidades (localizadas na Av. Oliveira Paiva) e com fácil acesso para a BR-116.


3.1.1

Mapa de vias e de uso e ocupação

Figura 5: Imagem feita com o uso do Google Maps, Mapa de Localização do terreno escolhido no bairro. Fonte: Acervo pessoal

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3.1.2

Mapas indicação de terreno

Figura 6: Imagem feita com o uso do Google Maps - Mapa de Localização do terreno escolhido. Fonte: Acervo pessoal

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3.1.3 Faixa etária da população do bairro Parque Manibura, Fortaleza-CE

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Gráfico 3: População separada por grupos de faixa etárias Fonte: Fortaleza (2019).

A população de Parque Manibura - Fortaleza é de 7.529 hab, segundo o Censo 2010. Onde é dividido entre homens e mulheres. A População masculina, representa 3.472 hab, e a população feminina, 4.057 hab. Sendo a população composta de 53,88% de mulheres e 46,12% de homens. O Gráfico 3 demonstra a faixa etária, agrupando em grupos de 0 a 4 anos, 0 a 14

Gráfico 2: Parque Manibura - Homens x Mulheres Fonte: Brasil/IBGE, 2010

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Tabela 3: População do bairro parque Manibura. Fonte: Fortaleza (2019).


Figura 7: Terreno de estudo Fonte: Acervo pessoal.

anos, 15 a 64 anos e 65 anos e +: 3.1.4 Legislação

ZA 3 - ZONA ADENSÁVEL

Taxa de Permeabilidade: 40% Taxa de uso e ocupação do solo: 50%

Figura 8: Terreno de estudo Fonte: Acervo pessoal.

Taxa de ocupação de subsolo: 50% - lótus residencial -

Altura máxima da edificação: 48 m². Dimensões mínima do Lote Testada: 6m Profundidade: 25 m Área: 150 m

Figura 9: Terreno de estudo Fonte: Acervo pessoal.

3.1.5 Análise da Topografia

Análise realizada a partir de visitas in loco, ver imagens a seguir.

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04 Referencial conceitual 4.1

Projetos ReferĂŞncia 4.1.1 Cidade Madura 4.1.2 AGERIP 4.1.3 Vila Dignidade 4.1.4 Vintage Senior Residence


PROJETO

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O projeto a ser desenvolvido é um condomínio residencial, no bairro Parque Manibura, em Fortaleza-CE, para atender cerca de 120 pessoas de terceira idade, do bairro e proximidades, sendo eles aposentados, pensionistas, funcionários público, com ambientes planejados, adaptados e com conforto, para melhor atender a necessidade de cada usuário (morador).

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A arquitetura desse espaço será moderna, planejada e projetada pensando em cada necessidade do idoso, para que se sinta acolhido e confortável no espaço proposto para sua moradia, tendo em vista sempre o bem-estar. Com área de lazer (piscina, playground, yoga, artesanato, salão de festas, churrasqueira, estar ao ar livre, capela), de saúde (atendimento com médico plantonista, fisioterapia, hidroginástica, terapia ocupacional), serviços (porteiro 24hrs, zeladores com escala) e moradia (casas térreas, planejadas e adaptadas).


4.1 Projetos de referência

Cidade Murada

Inaugurado em 2014 na cidade de João Pessoa, o programa Cidade Madura é uma iniciativa do governo da Paraíba destinada a idosos de baixa renda. Possui mais duas unidades, uma em Campina Grande e outra em Cajazeiras, cada uma conta com 40 casas adaptadas de 54 m². O condomínio oferece posto de saúde, academia ao ar livre, horta comunitária, pista de caminhada, centro de convivência com salão, salas de aula, de TV e de fisioterapia, copa, banheiros acessíveis e até um redário, e o investimento total do governo paraibano foi de R$12 milhões nas três unidades.

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Só podem morar idosos a partir dos 60 anos sendo preferencialmente quem vive há mais de dois anos na cidade e com renda de até cinco salários-mínimos, que morem sozinhos ou apenas com os cônjuges e possuam autonomia para realizar atividades diárias. Os beneficiados pagam apenas uma taxa de condomínio e podem viver lá o tempo que quiserem e precisarem. Mas como as casas pertencem ao Estado, os moradores não podem fazer modificações, alugá-las ou cedê-las por conta própria. Da mesma forma, quando um residente desiste da casa ou falece, não existe a possibilidade da casa ser passada como herança para alguém da família do idoso. Um ponto que chamou atenção foi alguns pontos de encontro ou até mesmo a academia ao ar livre se encontra em um local de certa forma não tanto apropriada, pois pelo clima da cidade o local fica boa parte do dia com incidência de sol, ou seja, os usuários se limitam a horários para o fim da tarde para começo da noite para usar os equipamentos que nele foi proposto.

Figura 10: Área Externa - Cidade Murada Fonte: Site hometeka

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Figura 11: Idodos em Cidade Murada Fonte: Site hometeka

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AGERIP A Associação Geronto Geriátrica de São José do Rio Preto, é uma organização não-filantrópica e sem fins lucrativos que desenvolveu o Projeto AGERIP em 1975 para garantir um envelhecer com dignidade, segurança e conforto para as pessoas. Um dos diferenciais do AGERIP é a oferta de diferentes tipos de construções e a possibilidade de se associar e adquirir uma reserva mesmo antes de completar a idade mínima para morar no condomínio.

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O residencial possui três categorias que atendem a diversos tipos de necessidade: Suítes: com 63,55 m² de área de construção, são compostas por dormitório, banheiro acessível, sala com mini-copa e garagem ou varanda. As suítes são adquiridas a preço de custo pelo sistema de comodato, contrato em que algo insubstituível é cedido a alguém temporariamente e depois deve ser restituído;

Apartamentos: ocupados pelos associados que moram sozinhos ou com um cônjuge. São compostos de um quarto planejado com um banheiro acessível e mobiliados pelos moradores. Nesta categoria e nas suítes, são oferecidos os serviços de enfermagem e cuidadores; Chalés: construídos pelos próprios moradores em terrenos também cedidos por comodato, os lotes são de 400 m² e as casas podem variar entre 60 m² e 160 m². Além das moradias, o AGERIP oferece diversas atividades para seus moradores, como hidroginástica, dança de salão, pilates, bordado, artesanato, terapia em grupo e muito mais. As refeições são realizadas no restaurante do condomínio sob a supervisão de nutricionistas e são realizados almoços especiais, bailes, excursões e outros eventos para o lazer dos associados. Podem viver nos apartamentos, apenas idosos a partir de 60 anos, nas suítes e nos chalés, a partir dos 50 anos e qualquer associado com mais de 40 anos de idade pode usufruir das atividades oferecidas no condomíFigura 12: Agerip Fonte: Site hometeka

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Figura 13: Agerip Fonte: Site hometeka

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nio associação tem mais de 750 associados atualmente, e a sede conta com mais de 100 construções prontas e mais algumas em produção. São 1000 títulos disponíveis, sendo 100 para reserva patrimonial, que pode ser feita por pessoas de qualquer idade e transferidas de pais para filhos. Após adquirir o certificado do Título Patrimonial, o associado passa a contribuir com a mensalidade do título.

É um local aparentemente bastante agradável, com acomodações variadas (casa, apartamentos e chalés) de tamanhos excelentes para dar conforto para que reside no local. E de políticas flexíveis para tipos de moradores, é voltado para os idosos, mas não necessariamente só possa ser habitado por pessoas a partir de 60 anos, pois pessoas de 50 anos já são pode viver no AGERIP, de certa forma é ótimo, pois a pessoa já cria vínculo com os vizinhos e com o local e permanece até após os 60 anos completos.

Figura 14: Agerip - Vista aérea Fonte: Agerip.com.br

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Vila Dignidade

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Instituído em 2009 em uma parceria entre a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), secretarias e prefeituras de municípios paulistas, o Programa Vila Dignidade também é voltado a idosos independentes de baixa renda e já conta com unidades em cidades como Ribeirão Preto, Avaré e Mogi das Cruzes. Com o objetivo de proteger os moradores e preservar suas condições de autonomia, os residenciais foram projetados segundo o conceito do Desenho Universal, que facilita o uso da moradia por qualquer pessoa com dificuldade de locomoção, seja temporária ou permanente. Assim, todas as casas pos-

suem itens de acessibilidade, como barras de apoio, portas e corredores mais largos, rampas de acesso e pisos antiderrapantes. Outro diferencial é o “botão de pânico” no banheiro e quarto, que pode ser acionado para avisar os vizinhos caso o morador sofra algum acidente doméstico. Para morar na Vila Dignidade precisa ser idosos a partir dos 60 anos, sendo preferencialmente quem vive há mais de dois anos na cidade, com renda de até dois salários-mínimos, que vivam sozinhos e possuem autonomia para realizar atividades diárias. Os bene-


ficiados são indicados pelo Conselho Municipal de Idosos, recebem assistência social e participam de atividades socioculturais e de lazer.

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Figura 15: Vila Dignidade - Planta Baixa Fonte: http://atualidadesimobiliarias.blogspot.com/

Apesar da disposição das casas serem de forma que todos possam desfrutar da vista da área social central da vila, e ter um contato a mais com os vizinhos, ainda é precário de pontos mais arborizados para a melhor sensação térmica nos locais de encontro como na foto xx acima, mesas para jogar damas em meio a exposição do sol. Mas além desses pontos, os acessos em rampas chama atenção, pois é de grande importância o idoso se sentir independente e seguro para se locomover no meio em que vive, sem obstáculos que possam ocasionar algum tipo de fratura, pois as quedas são frequentes e comuns nos idosos. Figura 16: Vila Dignidade Fonte: http://atualidadesimobiliarias.blogspot.com/

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Figura 17: Vila Dignidade - Vista aĂŠrea Fonte: http://atualidadesimobiliarias.blogspot.com/

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Vintage Senior Residence

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A partir de 2021, a cidade de Porto Alegre, RS, contará com um condomínio vertical, focado especialmente na população idosa. Além dos espaços planejados para atender as necessidades dos mais velhos, o Vintage Senior Residence promete mais de 15 atividades de lazer inclusas no valor do condomínio, como hidroginástica, yoga, alongamento, pilates, artesanato, palestras, entre outros. Serviços como lavanderia, fisioterapia e auxílio de saúde específico poderão ser requisitados separadamente.


Chama atenção, diferentemente de outros condomínios residenciais, a presença de uma central de apoio, que permite identificar riscos relacionados à saúde dos moradores através de avaliações funcionais. O projeto arquitetônico é do Baldasso e Loeff Arquitetura, o projeto paisagístico é da Tellini & Vontobel e o projeto de interiores é pela Link Interiores. A responsável pela construção foi a empresa Cyrela. O Vintage Senior Residence, chama atenção pela sua configuração, apesar de vertical proporciona inúmeros espaços de lazer e de atividades para seus moradores, mas além

de proporcionar variadas atividades, de certa forma limita a socialização. Após pesquisa ficou claro que o idoso precisa de socialização, e está em contato constante com seus filhos, netos e amigos, e em um apartamento entende-se que ele se fecha em seu casulo e da porta pra dentro ele volta a se sentir sozinho, diferente de um condomínio residencial e com interação constante com o meio, com a possibilidade de pôr a cadeira na porta e conversar com os vizinhos, a todo momento movimentação na porta, por mais que não seja na sua.

Figura 18: Foto divulgação Vintage Senior Residence Fonte: https://www.cyrela.com.br/

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No programa de necessidades, pode-se elencar as seguintes:

vestuários masculinos e femininos, sala para cursos ou palestras.

Casas: As casas são térreas, com cômodos amplos, portas largas, pisos antiderrapantes, banheiros adaptados, cozinha, dispensa, sala de estar, sala de jantar, duas suítes, lavabo social lavanderia, garagem para 2 carros.

Área de saúde: A área de saúde possui enfermaria para atendimentos rápidos, sala de fisioterapia, sala de terapia ocupacional, sala de artesanatos.

Área de lazer: A área de lazer possui, piscina, parquinho/playground, quadra para esportes, espaço para festas, banheiro adaptado,

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Serviço: Guarita com porteiro, recepção, vestiário para funcionários, área de descanso, copa, dispensa para materiais de limpeza.


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Figura 19: Vintage Senior Residence - Fachada Fonte: https://www.cyrela.com.br/

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05 Estudo de Caso 5.1 Conceito de instituição de longa permanência para idosos (ILPI)


ESTUDO DE CASO

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As instituições de longa permanência para idosos no Brasil, conforme Camaro e Kanso (2010) explicam que hoje vivemos o crescimento da população de idosos. A certeza do crescimento desse segmento populacional está sendo acompanhada pela incerteza das condições de cuidados que experimentarão os longevos. E complementa que embora a legislação brasileira estabeleça que o cuidado dos membros dependentes deva ser responsabilidade das famílias, este se torna cada vez mais escasso, em função da redução da fecundidade, das mudanças na nupcialidade e da crescente participação da mulher, tradicional cuidadora, no mercado de trabalho. Isto passa a requerer que o Estado e o mercado privado dividam com a família as responsabilidades no cuidado com a população idosa. Diante desse contexto, uma das alternativas de cuidados não-familiares existentes corresponde às Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), sejam públicas ou privadas. No entanto, a residência em instituições não é uma prática comum na sociedade brasileira.

5.1 Conceito de instituição de longa permanência para idosos (ILPI)

Segundo a Revista Brasileira de Estudo de População na literatura e na legislação, encontram-se referências indiscriminadamente a ILPIs, casas de repouso, clínicas geriátricas, abrigos e asilos. Na verdade, as instituições não se autodenominam ILPIs.

Para a Anvisa, ILPIs são instituições governamentais ou não-governamentais, de caráter residencial, destinadas a domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania. É comum associar ILPIs a instituições de saúde. Mas elas não são estabelecimentos voltados à clínica ou à terapêutica, apesar dos residentes receberem, além de moradia, alimentação e vestuário, serviços médicos e medicamentos. Os serviços médicos e de fisioterapia são os mais frequentes nas instituições brasileiras, encontrados em 66,1% e 56,0% delas, respectivamente. No entanto, 34,9% dos residentes são independentes. Por outro lado, a oferta de atividades que geram renda, de lazer e/ou cursos diversos é menos frequente, declarada por menos de 50% das instituições pesquisadas. O papel dessas atividades é o de promover algum grau de integração entre os residentes e ajudá-los a exercer um papel social. Entende-se ILPI como uma residência coletiva, que atende tanto idosos independentes em situação de carência de renda e/ ou de família quanto aqueles com dificuldades para o desempenho das atividades diárias, que necessitem de cuidados prolongados. Conforme Creutzberg, Gonçalves e Sobottka (2010), a ILPI, tem a função de assistir ao idoso “quando verificada inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou carência de recursos financeiros próprios ou da família”. Em visita a loco da Instituição de Longa Permanência para Idosos, fundada pela Congregação Franciscana Capuchinha, é coordenada pela Superiora Irmã Joelma, onde nessa visita contei com a Silvana Moreira para me apresentar a ILPI, em 22 de Novembro de 2019. A casa abriga 30 idosas, sendo 4

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delas bem debilitadas, a mais velha com 106 anos. Pode-se observar que é um ambiente agradável e tranquilo para a moradia, cada uma delas tem sua suíte (quarto e banheiro adaptado), recebem atendimento diário, como banho, remédios e refeições. A casa é mantida através de doações e pela aposentadoria das moradoras que possuem o benefício. A casa possui enfermaria, refeitório e áreas de socialização, jardins, capela, possuem uma equipe de 6 cuidadoras, 3 enfermeiras, auxiliares de limpeza e cozinheiras, 1 médico voluntário que está presente 1 vez por semana para atender as idosas da casa. Algo considerado como uma grande vitória que as moradoras conquistaram, pois a pouco mais de 5 anos todas adquiriram plano de saúde.

Figura 20:Quarto de ILPI Fonte: acervo pessoal

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Mas nem sempre foi assim, a realidade a alguns anos era bem diferente, viviam em situação precária. A casa era conhecida como o corredor da morte, mas apouco mais de 12 anos essa realidade mudou e agora a ILPI é só elogios, que pude acompanhar de perto em contato com as Irmãs que residem no local. Em contato entrevista a Irmã Teresinha Senna Rodrigues de 90 anos que já reside na casa a 3 anos, relatou que gosta muito mais de onde ela está hoje do que da casa que ela foi transferida, ela relata que tem hora para tudo, hora do banho, dos remédios e das refeições. Ela tem irmãos ainda vivos e recebe visitas, mas que algumas não tem família, ou até mesmo nem lembram. Em conversa com a enfermeira Francinaide Trajano da Silva, 47 anos, que trabalha a 5 anos na casa, ela relatou as necessidades básicas da enfermaria, como a presença de macas (já existentes no local) e oxigênio (que a casa não possui) para um atendimento mais urgente, para os primeiros procedimentos enquanto se aguarda uma ambulância. Figura 21:Quarto de ILPI Fonte: acervo pessoal

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Figura 23:Banheiro de ILPI Fonte: acervo pessoal

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Figura 22:Banheiro de ILPI Fonte: acervo pessoal

Figura 24:Corredor de acesso para área de socialização de ILPI Fonte: acervo pessoal

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Figura 25:Enfermaria da IPLI de estudo Fonte: acervo pessoal


Figura 26:Corredor com barras de apoio da IPLI de estudo Fonte: acervo pessoal

Figura 27:Refeitรณrio da IPLI de estudo Fonte: acervo pessoal

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Figura 28:Refeitรณrio da IPLI de estudo Fonte: acervo pessoal

Figura 29:Capela da IPLI de estudo Fonte: acervo pessoal

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06 Residencial Lรณtus


Residencial Lótus Condomínio residencial para idosos, tem como proposta atender e usuários com mais de 60 anos. Contando com área de lazer e socialização, como praças, deck com piscina e jacuzzi, bloco de espaço saúde para atendimentos de primeiro socorros, terapia ocupacional, pilates,massagens e fisioterapia e academia, contando também com salas para cursos diversos, como artesanatos e salão de festas, 2 guaritas 24 horas e um shopping. Ao todo são 13 unidades de casas acessíveis, com suíte e banheiro adaptado, quarto dehóspedes e banheiro social reversível, cozinha, sala de estar e jantar, lavanderia, varanda gourmet, garagem e jardim.

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Programa de necessidades

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SETORES

AMBIENTES GUARITA W.C GUARITA COPA/ AREA DE DESCANSO/ W.C D.M.L DEPOSITO PISCINA/ ACADEMIA SERVIÇO DEPOSITO SALAO DE FESTAS DEPOSITO JARDIM RECEPÇÃO SALA DE REUNIÕES GAS LIXEIRA ADMISTRAÇÃO SALA DE ESTAR/ JANTAR COZINHA QUARTO DE HOSPEDES AMBIENTES BANHEIRO SOCIAL POR U.H SUITE (11 UNIDADES) GARAGEM/ VARANDA LAVANDERIA VARANDA GOURMET PISCINA /JACUZZI DECK LAZER AREAS DE CONVIVENCIA SALAO DE FESTA SALA DE REUNIAO SALA PARA CURSOS SHOPPING ESPAÇO SAUDE SAÚDE ACADEMIA W.C ADAPTADO

AREA ( M²) 6M² 4M² 19,6 8M² 12M² 11,90M² 12M² 8M² 19,90M² 8M² 8M² 16,35M² 21,70M² 11,64M² 14,40M² 4,90M² 21,70M² 53,93M² 5,55M² 34,40M² 70M² 35,05M² APROX. 600M² 131,20M 20,50M² 11M² 390M² 105,10M² 120M² 3,5M²

QUANTIDADE 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 11 11 11 11 11 11 11 1 1 1 1 3 1 1 1

AREA TOTAL 12M² 2,5M² 19,60M² 8M² 12M² 11,90M² 12M² 8M² 19,90M² 8M² 8M² 16,35M²

230M² (POR U.H)

70M² 35,05M² APROX. 600M² 131,20M 20,50M² 33M² 390M² 105,10M² 120M² 3,5M²


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Planta de situação

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Planta de Implantação

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Planta Baixa - UH

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Corte AA - UH

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Corte BB - UH

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Planta de indicação de ambientes - UH

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Planta de coberta - UH

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Fachada - UH

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Especificações - Esquadrias e materiais UH

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Planta Baixa - Deck

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Planta de coberta Deck

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Corte AA - Deck

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Corte BB - Deck

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Fachada - Deck

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Especificações - Esquadrias e materiaisDeck

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Planta Baixa - Bloco saúde

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Planta de coberta Bloco saúde

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Corte AA - Bloco saúde

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Corte BB - Bloco saúde

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Fachada 01 - Bloco saúde

Fachada 02 - Bloco saúde

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Especificações - Esquadrias e materiais Bloco saúde

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Planta Baixa - Salรฃo de festas

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Corte AA - Sal찾o de festas

1

escala

1/125

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Fachada - Sal찾o de festas

Corte Aa Sal찾o de Festas

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Planta de Coberta - SalĂŁo de festas

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Especificações - Esquadrias e materiais Salão de festas

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Planta Baixa - Academia

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Planta de Coberta - Academia


Corte AA - Academia

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Fachada - Academia

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Planta Baixa - Portaria

Planta de coberta - Portaria

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Corte AA - Portaria

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Fachada - Portaria

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Especificações - Esquadrias e materiais Portaria

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Planta Baixa - Shopping

Planta de coberta - Shopping

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Fachadas principais - Lรณtus Residencial

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CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa foi útil para conhecer e aprofundar sobre como vivem as pessoas após alcançar a terceira idade e suas diversas maneiras de envelhecer, como também sua convivência com a família, com a sociedade e suas necessidades de adaptação com o meio em que são incluídos diariamente. Com isso, pode-se incluir no projeto em questão (condomínio para idosos), diversas maneiras de como melhor adaptar as moradias, atendendo as necessidades reais, para o público da terceira idade (pessoas de 60 anos ou mais), de tal forma que seja agradável e funcional. Pude observar que por várias razões a população idosa, atualmente, aponta uma crescente considerável, logo, a procura por qualidade de vida é constante. Para isso foi idealizado o condomínio residencial adaptado a esse público. E com o aprofundamento da pesquisa no próximo semestre, espero, posteriormente, contribuir com o avanço na área de estudo dedicado aos idosos.

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REFERÊNCIAS

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- lótus residencial -

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LORENALÚCIAVIEIRA


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