2 minute read

4.1 Motivações favoráveis, desfavoráveis e custos de armazenagem

Next Article
Referências

Referências

4.1 Motivações favoráveis, desfavoráveis e custos de armazenagem

As motivações e os benefícios para a existência de armazenagem passam por melhorar o atendimento ao cliente, pois fornecem rapidez na disponibilidade de produtos, incentivar a produção, compra e economias de transporte, pois permitem longos ciclos de produção, aproveitar descontos preço-quantidade e permitem economias de transporte e tamanhos de remessa maiores. Agir como uma barreira contra variações de preços, pois permite a compra para ter lugar sob condições de preço mais favoráveis, proteger contra as incertezas da procura e de prazos de entrega, pois fornece uma medida de segurança para manter as operações funcionando quando os níveis de procura e prazos de entrega não pode ser conhecido com certeza, e finalmente agir como uma barreira contra contingências, pois protege contra eventos como greves, incêndios e interrupções no fornecimento (Ballou, 2004), (Rushton, Baker, & Croucher, 2017).

Advertisement

As motivações contra a existência de armazenagem prendem-se com o consumo de recursos de capital que poderiam ser mais bem aproveitados noutras partes da empresa, muitas vezes dissimulam problemas de qualidade que seriam imediatamente resolvidos sem a sua presença, e finalmente desviam a atenção da administração sobre o planeamento e controlo dos canais de abastecimento e distribuição mais cuidadosa, promovendo uma atitude insular sobre a gestão de canais (Ballou, 2004).

O e-commerce veio multiplicar as entregas porta-a-porta, a vários clientes e em pequenas quantidades, o que pode tornar mais cara a aquisição de produtos, principalmente por causa do último trajeto, a distribuição (Carvalho & Encantado, 2006), atendendo a que a oferta das organizações retalhistas passa a ser em sistemas omnicanal (omnichannel), o que obriga a aumentar a linha de produtos e a frequência de entrega (Pratas & Quelhas de Brito, 2019). Os elevados custos de entrega, fazem com que se estabeleçam parcerias, para o problema da última milha. Mas, as entregas de forma personalizada, tornam mais caro o serviço logístico. A maioria dos problemas associados à última milha deve-se ao tratamento dos aspetos informacionais e físicos, e à impossibilidade de por vezes ser possível tratar do fluxo físico de uma forma eficaz. As tecnologias conseguem colmatar as falhas do último trajeto, pois permitem minimizar custos, ganhar economias de escala, simplificar processos, planear rotas e diminuir tempos de entrega (Carvalho & Encantado, 2006). Assim, a complexidade operacional aumentou, sendo uma das características da logística moderna, com entregas cada vez mais frequentes, menor tempo de atendimento e menor tolerância a falhas. O acondicionamento e movimentação de stocks, os custos associados aos armazéns (aluguer ou compra), os custos com recursos humanos, com as tecnologias e equipamentos são custos substanciais para as empresas. Com o recurso às tecnologias mais sofisticadas é possível um “picking” de alta velocidade nos armazéns, realizando até mil “picks” por hora (Pratas & Quelhas de Brito, 2019).

Podemos considerar que existem três tipos de custos relevantes relacionados com a gestão de stocks: – custos de aquisição, custos de manutenção e custos “out-of-stock”. Os custos de aquisição são: o preço das mercadorias, custo de preparação dos pedidos, custo de transmissão de pedidos, custo de instalação de produção se for o caso, custo de manuseamento ou processamento de materiais. Os custos de manutenção são: custo para manter o inventário ao longo do tempo, o custo principal é o custo do dinheiro “parado” em stocks, mas também inclui obsolescência, seguros, impostos de propriedade pessoal e os custos de armazenamento. Normalmente, os custos variam entre o custo de capital de curto prazo em cerca de 40%/ano. A média é de cerca de 25%/ano do valor do ítem

This article is from: