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6.4 As Tecnologias de Informação na logística
6.4 As Tecnologias de Informação na logística
Para se realizarem os processos logísticos da melhor forma possível, é necessário que a informação sobre a entrega de um produto esteja disponível, antes da entrega efetiva, para o destinatário e outras partes interessadas como, por exemplo, o transportador. Isto é possível graças à tecnologia de transmissão eletrónica de dados. Os dados devem estar disponíveis em formatos padronizados que permitam a todas as partes envolvidas na cadeia de abastecimento processar os dados que lhes dizem respeito, de uma forma sincronizada e com interoperabilidade (Gleissner & Femerling, 2013).
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Alguns autores, como Jain, Wadhwa e Deshmukh (2009), propõem modelos de desenvolvimento de TI para fazer face, de uma forma eficaz, aos desafios colocados à Gestão da Cadeia de Abastecimentos, num contexto dinâmico, que requer constantes melhorias contínuas, fruto da necessidade de as empresas ajustarem os fluxo de produtos e programação da produção de acordo com as necessidades do mercado, obtendo vantagens competitivas e a otimização de custos (Jain, Wadhwa & Deshmukh, 2009; Carvalho J., 2012). Assim, as TI no SCM devem ter em consideração os seguintes aspetos (Jain, Wadhwa & Deshmukh, 2009): – Planeamento estratégico das TI: Participação da gestão de topo, plano de negócios a longo prazo, agilidade da empresa virtual e custo global de outsourcing, e-business, parcerias estratégicas, fusões, aquisições, novos serviços/produtos, criação de novos mercados, reputação e sistemas integrados. – Implementação de TI: Suporte da equipa de gestão, reengenharia de processos, desenvolvimento da função qualidade, gestão de projetos, apoio financeiro, medidas de desempenho e métricas. – Infraestruturas: Plataformas aptas para a gestão dos processos de negócio, conetividade com a Internet, investimento em TI, ERP, SCM, CRM, EDI, intranet, extranet, competências em TI, ITIL (Information Technology Infrastructure Library) e treino e formação em TI, bem como avaliação de TI. - Gestão de conhecimento e TI: Treino e formação para obter competências em gestão de conhecimento, groupware, e-learning, e-training, workflow, crowdsourcing, multimédia, esquemas de recompensa e rotatividade de funções. - Empresa virtual: Parcerias baseadas nas competências, as redes de colaboração das empresas, formação de equipas virtuais, produção virtual, logística virtual, sistema
ERP, e-commerce, incluindo b2b, b2c e b2g, formação e educação em TI. - Comércio eletrónico: Mercado global e a concorrência com acesso digital das empresas e dos indivíduos a mercados alternativos, oportunidades em networking, o que obriga a alianças estratégicas com parceiros, redução de custos e aumento da agilidade de comunicação e relacionamento com os clientes. A automatização está a emergir em diferentes graus ao longo da cadeia logística global, e irá afetar a cadeia de abastecimento muito para além das paredes do armazém e do centro de triagem; irá alterar a forma como as mercadorias fluem através de todos os modos de transportes, sendo grande o impacto do transporte autónomo de mercadorias, uma tecnologia de automatização crítica nas estradas, nos caminhos de ferro e nos portos. A automatização dos fluxos de carga está a provocar mudanças para todos os setores; na figura 20 são apresentados os graus de automatismo numa cadeia de logística moderna.