Estação ferroviaria barracão

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PROPOSTA DE

REVITALIZAÇÃO DA ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIARIA BARRACÃO

NOVEMBRO / 2013

SARAH BORIN SARILHO


PROPOSTA DE

REVITALIZAÇÃO DA ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIARIA BARRACÃO SARAH BORIN SARILHO

Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação do Prof. Domingos Guimarães.

NOVEMBRO / 2013


SARAH BORIN SARILHO

PROPOSTA DE

REVITALIZAÇÃO DA ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIARIA BARRACÃO

ORIENTADOR: ________________________________ NOME:

EXAMINADOR 1: ______________________________ NOME:

EXAMINADOR 2: ______________________________ NOME:

RIBEIRÃO PRETO: __/__/____


Dedico esse projeto aos meus pais, aos meus irmãos e a minha Tia Izabel, por todo amor, apoio, incentivo e compreensão que tiveram comigo durante toda a minha caminhada. Dedico esse projeto também a uma amiga, na qual é e sempre será uma grande Arquiteta e Urbanista onde quer que ela esteja, Camila Maia. Esse projeto é dedicado com todo o amor a vocês, amor esse que se representa em dedicação, formas, palavras e traços.


Agradeço primeiramente as pessoas mais importantes na minha

vida, meus pais, que tenho como referencia e admiração o amor, dedicação e fé. Agradeço a vocês por terem me dado a oportunidade e me ajudado a encontrar algo que eu pudesse estudar e amar ao mesmo tempo. Obrigada por todo carinho e ensinamento que me deram, por toda a compreensão nas horas de nervosismo e incentivo para que eu não desistisse, agradeço a todo o apoio e por me fazerem acreditar que sou capaz de alcançar tudo que sonho. Meu imenso agradecimento aos meus irmãos Pedro e Susana e a minha Tia Izabel, que sempre se fizeram presentes na minha vida, sempre torcendo pela minha vitória. A todos os meus amigos que sempre me compreenderam, me dando força e torcendo por mim obrigada, e

em especial um obrigada as

minhas queridas Travas, Gabriela, Hannah, Hugo, Paula, Sammia, Sara e Tomas que aguentaram todo meu mau humor matinal e minha sinceridade, obrigada pela amizade nesses maravilhosos 05 anos, por todos os momentos que passamos juntos e toda força, ajuda e carinho que sempre me deram. Agradeço ao meu orientador Domingos Guimarães por me ajudar a fazer esse trabalho, sempre me mostrando o melhor caminho. A

todos

os

professores

que

fizeram

parte

da

minha

trajetória

acadêmica no qual aprendi e trouxe um pouco de cada um a este trabalho. E finalmente agradeço a Deus e Nossa Senhora por sempre me acompanharem, me protegerem e me guiarem a todo o momento, sempre me amparando nos momentos difíceis e me acalmando. Obrigada a todos vocês de coração.


Resumo.............................................................................................7 Abstract...........................................................................................8

Capítulo 1 – Apresentação - Linhas Férreas e sua História 1.1. O Inicio..................................................................9 1.2. Linhas Férreas no Brasil..................................................9 1.3. Linhas Férreas em São Paulo..............................................11 1.4. Linhas Férreas em Ribeirão Preto.........................................11 1.5

História Patrimônio......................................................14

1.6. Patrimônio no Brasil.....................................................15

1.7. Patrimônio Ferroviário...................................................16 1.8. Analise Final............................................................17 1.9. Problemática e Objetivos.................................................19 1.10. Justificativa...........................................................20 1.11. Procedimentos Metodológicos.............................................21 Capítulo 2 – Linhas Férreas e suas Estações 2.1. Caracterização da Área...................................................23 2.2. Barracão – História e Dados..............................................38 Capítulo 3 – Fundamentação Teórica................................................................49 Capítulo 4 – Leituras Projetuais 4.1. Trem da Vale.............................................................52 4.2. Ouro Preto...............................................................53 4.3. Mariana..................................................................55

SUMARIO

4.4. São João Del Rei.........................................................58 4.5. Campinas-Jaguariuna......................................................60 4.6. Conjuntos de Araras......................................................62 4.7.Conjunto KKK..............................................................66 4.8. Südgelände Natur-Park....................................................68 Capítulo 5 – Levantamento da Área.................................................................71 Capítulo 6 Proposta 6.1. Programa de necessidades.................................................84 6.2. Diretrizes Projetuais....................................................85 6.3. Conceito e Desenvolvimento...............................................92 6.4. Estudos Projetuais.......................................................93 6.5. Projeto Final............................................................96 Considerações finais.............................................................................121 Referencias Bibliográficas................................................................122


7

O assunto é a revitalização em uma edificação histórica, considerada patrimônio cultural, uma antiga Estação Ferroviária da

cidade

de

Ferroviária

Ribeirão

Barracão.

Preto O

/

SP,

termo

conhecida

revitalização

como

Estação

remete

a

um

conjunto de medidas que visam a criar nova vitalidade, a dar novo grau de eficiência a alguma coisa, reabilitarem. Esta pesquisa visa mostrar um estudo do desenvolvimento das linhas Férreas e surgimento das Estações Ferroviária no mundo e no Brasil até chegar à região de São Paulo, focando para a criação e crescimento da cidade de Ribeirão Preto, a importância como patrimônio, na historia da cidade, para a população e para o local onde se encontra a edificação. Com esses estudos foi possível buscar alternativas que possam melhorar a área na qual a edificação esta inserida, os elementos que fazem parte dela, essa

que

cultura

este

local

a

edificação,

mas

de

se

encontra através

seu

entorno

degradada,

da e

trazendo

revitalização de

suas

não

linhas

assim só

da

férreas,

promovendo assim o turismo, gerando o interesse da população a preservar e desfrutar deste local no qual faz parte da historia de Ribeirão Preto.

Palavra

Chave

Revitalização,

História,

Patrimônio

Ferroviário, Linha Férreas, Estação Ferroviária, Turismo.

RESUMO

edificação


8

The subject is the revitalization in a historic building ,

considered cultural heritage , an old train station in the city of

Ribeir達o

Preto

/

SP

,

known

as

Train

Shed

.

The

term

revitalization refers to a set of measures aimed at creating new vitality , a new degree of efficiency to give something, rehabilitate . This research aims to show a deep study of the development of lines and Tracks emergence of Railway Stations worldwide and in Brazil to reach the region of S達o Paulo , focusing on the creation and growth of the city of Ribeir達o Preto, the importance as heritage , the history of city, the population

and

the

location

of

the

building

.

With

these

studies it was possible to seek alternatives to improve the area in which the building is inserted , the elements that are part of it , this building which is degraded , thus bringing

ABSTRACT

culture to this site by revitalizing not only the building , but

its

surroundings

and

their

railways

,

thus

promoting

tourism , generating public interest in preserving and enjoying this place where a part of the history of Ribeir達o Preto.

Keyword - Revitalization , History , Heritage Railway Line Tracks , Railway Tourism .


09 1.1 O Início volta

século

Liverpool

e

invenção de Stepherson estendia-se rapidamente no

precisamente

velho continente Europeu em 3000 quilômetros e

Inglaterra,

mercadorias

transporta-las

com

e

maior

a

a

entre

Industrial, que teve seu inicio na Europa, mais

de

com

encontrava

Manchester, já na segunda metade do século XIX a

na

XIX

se

Revolução

produção

do

linha

aumentou-se

a

necessidade

de

5.000

os

por

agilidade

para

comerciantes, com isso James Watt aperfeiçoou uma invenção

de

Newcomen

a

assim

maior

produção

as

Outro

fato

para

destacar

a

maquinas

lagos,

Estados

Unidos,

desertos,

passando

montanhas,

entre

muitos outros obstáculos nos quais eram vencidos.

dando

industriais.

apresentação da primeira locomotiva, apresentada

Estradas de Ferro, após alguns anos a construção

por George Stephenson (1781 – 1848), que com o

da

apoio

industrial

Inglaterra, começou-se uma iniciativa relacionada

conseguiu o aperfeiçoamento da tração a vapor,

às construções por volta de 1828 por parte do

construindo

no

Governo Imperial autorizando por Carta de Lei a

qual recebeu o nome de Bluncher, tracionada por

construção e exploração de estradas em geral para

oito vagões com 30 toneladas entre Lilligwort e

a

Hettonna

de

Parte dessa iniciativa se deve ao fato que na

vapor

época o transporte de mercadorias era feito por

1814.

assim

sua

(Inglaterra)

Com

esse

avanço

do

setor

primeira

data nas

época

de

é

1.2 Linhas Férreas no Brasil

No Brasil não tardou muito para a chegada das

empresários

da

vapor

rios,

nos

a

de

se

máquina

quilômetros

locomotiva,

25

de

locomotivas

julho a

primeira

ferrovia

interligação

diversas

regiões

a

era

das

ferrovias. Em 1823 foi criada por Stepherson em parceria

qual

se

País.

muitos produtos pelo caminho, além do tempo, com

iniciando

no

do

na

setor

assim

animais,

construída

meio

e

de

mundo

trouxe agilidade na entrega dos produtos para o comercial

terrestre

das

do

perdia

a abertura dos portos, o incremento do comércio com

todos

esses

fatores

levou-se

em

conta

a

com seu filho a primeira fabrica de locomotivas

iniciativa de se pensar e construir estradas de

do mundo além de construir a primeira estrada de

ferro, que ocorreu no governo Regente Feijó, mas

ferro, ele construiu também a primeira linha de

sem resultados concretos.

transporte regular de passageiros, inaugurada no

Na

ano de 1839, tendo um trecho de 63 km, um grande

apresentou vantagens como isenções e garantia de

viaduto e o primeiro túnel ferroviário do mundo,

juros sobre o capital investido, isso tudo para

data

de

26

de

julho

de

1852,

o

Governo

APRESENTAÇÃO

Por

essa


10 empresas

nacionais

ou

estrangeiras

que

se

inaugurada em 1867. Após o ano de 1873, que representou o fim da

interessassem em construir e explorar estradas de ferro em qualquer parte do País. Assim no mesmo

Guerra

ano

-1889),

dos eixos ferroviários no País todo, por volta de

Governo

1889 já eram mais de 9.500 quilômetros de linha

Imperial autorização para construção e exploração

ferra no país todo, isso tudo em apenas 35 anos

de uma ferrovia entre a Praia da Estrela, na Baía

após

da Guanabara, e a raiz da Serra de Petrópolis. Em

Brasil. A partir de 1892 a tração elétrica foi

1854 foi inaugurada a primeira seção da linha

empregada num bonde da Companhia Ferro Carril do

férrea, com 14,5 quilômetros, quem a inaugurou

Jardim

foi Dom Pedro II, a primeira locomotiva a andar

começou-se a eletrificação da Companhia Paulista

na Estrada de Ferro Mauá foi chamada de Baroneza

de

que veio da Inglaterra.

eletrificada em 1937.

Irineu

APRESENTAÇÃO

mais

Evangelista

tarde

Barão

de

de

Souza

Mauá,

(1813

recebeu

do

[...] o grande incentivador da introdução da ferrovia no Brasil foi o imperador D. Pedro II. Dele partiu a iniciativa de entregar a Irineu Evangelista de Souza (Barão de Mauá) a concessão para a criação da primeira ferrovia brasileira, a Estrada de Ferro Petrópolis (ou E. F. Mauá). (BECCARI, 2008,p.8; trecho retirado do Livro Pare, Olhe e Escute, p. 23)

No

ano

de

Estrada

O

de

grande

no

primeira

Rio

Ferro,

a

de

desenvolvimento

linha

Janeiro

Central

desenvolvimento

das

do

férrea

e

em

1922

Brasil

ferrovias

no

foi

veio

por volta do ano de 1910, com a ligação de vários estados,

nos

anos

entre

1911

a

1916

foram

construídos mais de 5.000 quilômetros de estrada de

Ferro

e

Ferroviária

em

1957

ocorre

Federal

a

S.A.

criação Todo

da

Rede esse

desenvolvimento das Estradas de Ferro no Brasil

áreas de economia não só gerada de dentro, mas

Ferro

também trazendo lucros de fora.

transformada

de

Brasil,

ligava

Aclamação

ela

e

mais

Estrada os

Queimado

de

na

tarde

Ferro

eixos

a

Botânico

da

o

importante das Estradas de Ferro, a Estrada de II,

inaugurada

construção

aumentou

foi importante para o crescimento do País, nas

Pedro

foi

a

Paraguai,

mais

Dom

1858

do

Central

do

Campo

da

Rio

de

entre

cidade

(1889)

do

Janeiro, no ano de 1877 aconteceu o fato que marcou essa Estrada de Ferro, que foi a ligação das

cidades

mais

importantes

da

País,

Rio-São

Paulo, a linha ligava São Paulo ao Rio era a linha Estrada de Ferro São Paulo, na qual foi


11 1.3 Linhas Férreas em São Paulo

Paulo,

A estrada de ferro surgiu em São Paulo como consequência do desenvolvimento da atividade cafeeira no intuito de transportar a crescente produção até Santos, o porto exportador por Excelencia. A partir de então, a onde verde e rubi dos cafeeiros estendeu suas fileiras de cultivo, sempre à procura de novas terras férteis prolongando-se por todos os quadrantes do território paulista. (GERODETTI; CORNEJO, 2003, trecho retirado do Livro Pare, Olhe e Escute, p. 25 e 26)

Ituana,

surgem após a primeira metade do século XIX, por do

ano

1867.

As

estradas

surgiram

em

decorrência das exportações agrícolas, e também a

expansão

da

produção

cafeeira

do

Vale

ano

inicio

Paulo-Minas. Em novembro de 1971 o Governo do Estado de São Paulo, decidiu unificar em uma só empresa, as cinco estradas

de

ferro

de

sua

propriedade.

Naquela

época, pertenciam ao Estado a Companhia Paulista de Estradas

de

Ferro,

Estrada

de

Ferro

Sorocabana,

Estradas de Ferro Araraquara, Companhia Mogiana de de

Ferro

e

Estrada

de

Ferro

São

Paulo-

Minas, com essa unificação foi criada a FEPASA – Ferrovia Paulista S.A., para administrar mais de

5.000 quilômetros de vias férreas de várias cidades que compunham essa Ferrovia. 1.4 Linhas Férreas em Ribeirão Preto

linhas férreas no Estado de São Paulo, fazendo

de muitos anos foi que o povoado acabou por ser

ligação entre vários Estados, serviam de ramais

colonizado por fazendeiros que vieram da região de

de captação de cargas para as grandes e médias

Minas Gerais. Os fazendeiros que viviam na região

companhias, a saber.

desse

férreas

iniciou

no

estado

a

Ferro

Mogiana,

Preto surgiu em meados do século XVIII, mas depois

que

de

Companhia

meados de 1930, houve um surto no crescimento de

linhas

Estradas

Companhia

O povoado do que hoje é a cidade de Ribeirão

companhia

das

Sorocabana,

Norte,

até

A

de

Ferro

do

Paraíba e a rede de captação do Porto de Santos. Do

Companhia

de

construção

foi

a

povoado

tinham

de

perder

horas

para

das

locomover-se ao distrito de São Simão então decidiu

Companhia

construir uma vila autônoma, mais tarde essa vila

Paulista de Estrada de Ferro que ligava o trecho

se transformou em cidade.

Jundiaí-Campinas, e assim foram surgindo outros

Ribeirão Preto que já fez parte do território do

caminhos em direção a outras cidades, gerando o

município de São Simão, já foi denominado de Barra

crescimento e desenvolvimentos das cidades e da

do retiro, Capela de São Sebastião do Ribeirão

economia.

Ao

longo

dos

anos

surgiram

outras

companhias de Estrada de Ferro no estado de São

APRESENTAÇÃO

volta

Estrada

Estrada de Ferro Araraquara, Estrada de Ferro São

Estrada Na cidade de São Paulo as estradas de ferro

como


12 Seu nome atual deve-se ao rio ribeirão que atravessa a cidade e é chamado de Preto. José Mateus dos Reis foi o primeiro dono e doador de terras

da

cidade,

era

dono

da

Fazenda

das

Palmeiras, fez a primeira doação com a condição de no terreno ser levantada uma capela em louvor

O município foi criado oficialmente em 19 de junho de 1856, mas somente um século depois foi decidida sua criação oficialmente que foi dada na data de 24 de dezembro de 1954, a data de

aniversario da cidade oficialmente é de 19 de

No começo os habitantes da cidade viviam da agricultura de subsistência e pecuária, a partir de 1870, com a decadência da produção do café no do

Paraíba

e

a

chegada

da

Ferrovia

na

cidade de Campinas, Ribeirão passou a se tornar

APRESENTAÇÃO

cidade Ribeirão

possível

explorados, cidade,

centro jornais

falando

riquezas começaram

e

sobre

de

desenvolveram

formar a

época

sua

fertilidade, a

agricultura

da

seus

primeira

a

ser

enalteciam

“Terra

assim

linhas

interesse de

em

Ribeirão

estar

no

férreas,

duas

companhias

construir

suas

linhas

na

fato

de

Preto,

centro

devido

das

ao

atenções

levaria

Roxa”,

donos

cafezais atividade

de

um

local

para

outro

e

o

tamanho

Cia. Mogiana o direito da construção de uma estrada ligando Casa Branca a Ribeirão Preto, passando por Simão,

inaugurada

ao a

dia

23

Estação

de

novembro

Ribeirão

de

Preto

e

assim

de

frente da antiga Chácara Villa-Lobos.

agrícola

movimentar

a

mercadoria com rapidez e assim gerando economia e crescimento para a cidade, buscou-se então a

da

às pressas, ficava localizada na Avenida Caramuru a

Brasil, com a chegada da indústria cafeeira na necessidade

parte

inaugurada eram somente um prédio provisório feito

linha de crescimentos das Estradas de Ferro no

a

foi

a grande espera da chegada da Ferrovia e quando foi

suas terra

1883

população estava frustrada com a inauguração devido

a

de

do

percurso. Em 25 de abril de 1880 uma lei concedeu à

A cidade de Ribeirão Preto esta inclusa na

surgiu

suas

por onde passariam as linhas férreas, quanto tempo

intensa da cidade que foi a produção de café.

cidade

por

riquezas e indústria cafeeira. As duas companhias

São

junho.

um

tiveram

das

competiram muito entre si, mostrando seus planos

a São Sebastião das Palmeiras.

Vale

implantação

Figura 2: Vista de frente da estação. Fonte: Trabalho de Graduação Projeto de Revitalização e Parque Urbano no entorno da Estação Barracão. Camila Vanessa Ferlin de. Souza


13 No

mês

de

outubro

de

1884

começou-se

a

construção da nova estação com lugar definitivo, a Estação foi inaugurada no mês de setembro de 1885, localizada próxima às margens do Ribeirão Preto, na atual Avenida Jerônimo Gonçalves, de frente para a Rua General Osório, contava com a Seção

de

Despachos

de

Encomendas,

Área

livre

para passageiros, telégrafo, sala de espera e restaurante, no ano de 1927 foram inaugurados os armazéns, Casa de Máquinas, Oficinas e a Rotunda que eram

utilizadas

para

girar

o

trem

em

um

circulo de 360°, essa estação passou a ser umas das estações mais importantes da Cia Mogiana. Em 1914 foi entregue um projeto feito pelo

arquiteto

Francisco

de

Paula

Ramos

de

Azevedo da nova Estação, mas o projeto levaria tempo

para

ser

construído,

ficou

decido

Figura 1: Planta da estação de Ribeirão Preto – Velha, Bairro da Vila Tibério. Fonte: Trabalho de Graduação Projeto de Revitalização e Parque Urbano no entorno da Estação Barracão. Camila Vanessa Ferlin de. Souza Figura 4: Detalhe da Rotunda Fonte: Ralph Mennuci Giesbrecht http://www.estacoesferrovia rias.com.br/r/ribpreto.html , apud, Ivan Roberto de Silqueira Jr.

pela

reforma da antiga estação enquanto não começasse

APRESENTAÇÃO

a construção da nova, o que infelizmente nunca aconteceu e ficou apenas no papel. Em nova

junho

estação

localizada

de

fora

de

1965,

Ribeirão da

cidade,

foi

inaugurada

Preto, a

onde

antiga

a

era

estação

junto com os armazéns, oficinas, rotunda e casa

de

maquinas

foi

derrubada

em

1967

devido

a

pressão dos jornais, políticos e etc., dizendo que a área deveria ser usada para o progresso e crescimento surgiram

da

cidade.

comércios,

Após

essa

Rodoviária,

mudança

hotéis,

e

Mercado Municipal, Câmara Municipal (local onde localizava Rotunda) ao longo da Avenida Jeronimo Gonçalves e a Rua José Bonifácio.

Figura 3: Estação Ribeirão Preto – Velha. Plataforma da estação, vista da passagemde nível da rua Duque de Caxias, em 1963. Fonte: Ralph Mennuci Giesbrecht http://www.estacoesferroviarias.com.br/r/ribpreto.html, apud, Ivan Roberto de Silqueira Jr.


14 Na

cidade

encontrar

eram

de

Ribeirão

diversas

utilizadas

Preto

estações

para

pode-se

ainda

ferroviárias

carga

e

Rei também Minas Gerais.

que

descarga

de

1.5. História Patrimônio Outro

mercadorias das fazendas e distribuição delas para

as

redes

utilizadas

de

para

comercio,

passageiros

algumas também,

eram muitas

fator

respeito

de

(2011,

existente é a Estação Ferroviária Barracão que é

conjunto

objeto

imateriais

estudo

desembarcavam

dessa

muitas

pesquisa,

pessoas

neste

que

local

chegavam

à

abrangido

nesta

pesquisa

valor

p.

patrimônio. 8)

de

“Entende-se objetos,

que

De

devem

histórico,

por

ser

com

Souza

patrimônio

edifícios

cultural ou

acordo

e

o

valores

preservados

por

seu

e

por

sua

afetivo,

cidade de Ribeirão Preto em busca de emprego nas

monumentalidade

lavouras.

questão é tido como características de patrimônio Hoje em dia parte da malha ferroviária

identidade.”.

O

objeto

em

ferroviário, para isso foi estudado esses termos

é utilizada para serviços de transporte de carga

para

como,

desenvolvido e poderá ser feito para a proteção e

toras

mineral

e

de

etc.,

madeira, algumas

containers, linhas

carvão

férreas

foram

um

dizer que foi extinto, há apenas uma linha que preserva

distância,

que

Horizonte,

em

serviços é

a

Minas

diários

linha

que

Gerais,

a

de

longa

liga

Belo

Vitória,

entendimento

do

que

será

A palavra patrimônio vem de pater, que significa pai. Tem origem no latim, uma língua hoje morta que deu origem à língua portuguesa. Patrimônio é o que o pai deixa para o seu filho. Assim, a palavra patrimônio passou a ser usada quando nos referimos aos bens ou riquezas de uma pessoa, de uma família, de uma empresa. Essa idéia começou a adquirir o sentido de propriedade coletiva com a Revolução Francesa no século XVIII. (IPHAN, Patrimonio Cultural Imaterial – Para Saber Mais, 2007, p. 12)

do tempo. O transporte de passageiros pode se

ainda

melhor

readequação do local.

desativadas e substituídas por outras ao longo

APRESENTAÇÃO

ser

para o desenvolvimento do projeto em questão é a

outras foram destruídas, um exemplo de Estação

de

a

no

Espírito Santo. O que existem hoje em dia são as linhas de subúrbio nas cidades de São Paulo, Rio João

Pessoa,

O interesse pela preservação de bens e a ideia

Teresina.

Algumas

de um patrimônio cultural que fosse reconhecido

cidades promovem passeios turísticos são elas:

como de interesse da humanidade começou só após a

Curitiba-Paranaguá, Paraná; Campinas-Jaguariúna,

II

São

considerado

de

Janeiro,

Natal,

Salvador,

Recife,

Paulo,

a

Maceió,

Fortaleza

linha

e

urbana

do

Memorial

do

Guerra

Mundial, históricos,

onde

muitos

situados

em

monumentos quase

nos

Imigrante, também em São Paulo, projeto Trem da

países envolvidos no conflito, foram destruídos,

Vale

o que significou uma do conhecimento e da cultura

que

englobam

as

cidades

de

Mariana-Ouro

Preto, Minas Gerais e Tiradentes-São João Del

dessas nações.


15 [...] uma cidade inventa seu passado, construindo um mito das origens, descobre pais ancestrais, elege seus heróis fundadores, identifica um patrimônio, cataloga monumentos, transforma espaços em lugares com significados. Mais do que isso, tal processo imaginário de invenção da cidade é capaz de construir utopias, regressivas ou progressivas, através das quais a urbs sonha a si mesma. (Grifo do autor)

Em 1972 foi criada uma lista chama de Lista do Patrimônio Mundial e também a Convenção para a

Proteção

do

Patrimônio

Mundial,

Cultural

e

Natural, com o passar dos anos observou-se que eram considerados de valor históricos bens como igrejas, palácios, conjuntos urbanos, ficando de fora as áreas relacionadas a cultura de um povo ou a natureza. Foi então que surgiu a ideia de que o Patrimônio Cultural teria de ser dividido em

três

grupos,

o

primeiro

grupo

seria

de

caráter natural, protegendo assim bens naturais, do

meio

ambiente,

o

segundo

grupo

seria

de

O autor apresenta também uma breve explicação do que é para ele a conservação do patrimônio hoje, para

a

sociedade

e

para

a

história

de

uma

sociedade e/ou para um pequeno grupo de pessoas.

caráter intangível, que seriam relacionados a um povo, cultura, conhecimento e o terceiro grupo teria caráter construtivo, onde englobaria todo o setor da construção, fossem elas igrejas até bens considerados menores. Patrimônio cultural é a valorização de algo

fez

espaço,

parte tempo,

da

historia

pessoa,

de

algum

memoria,

lugar,

comemoração,

1.6. Patrimônio no Brasil No Brasil Vargas a preocupação com os bens e a

cultura, é basicamente parte história. Para ser considerado

patrimônio

necessariamente

ser muito antigo ou conhecido

por

todos,

basta

não

apenas

precisa

significar

e

ter

ideia

de

preserva-los

se

deu

no

governo

de

Getúlio Vargas, quando este decretou o tombamento da

cidade

de

Ouro

Preto

em

1933,

incluindo

um

conjuntos arquitetônicos e perímetro urbano. Em

grupo de pessoas e/ou para toda uma cidade em um

1937 foi criada uma lei através de um Decreto-Lei

espaço, tempo e até mesmo memória de algo que já

no dia de 30 de novembro de 1937 que culminou no

existiu. No artigo estudado o autor Tomaz faz

surgimento do Serviço de Patrimônio Histórico e

uma citação

Artístico Nacional (SPHAN), no qual mudou e hoje

relevância

reconstrói

tal

significado,

onde fala que um

passado

e

seja

a

ele

cada

nesse

para

geração de

passado

a

uma

história a ser preservada e contada a futuras gerações.

é

IPHAN,

o

primeiro

órgão

federal

dedicado

proteção do patrimônio histórico e artístico

a

APRESENTAÇÃO

A conservação de bens patrimoniais deve ter por objeto edificações que tenham um significado coletivo para determinada comunidade, pois se perpetua a memória de uma sociedade preservando-se os espaços utilizados por ela na construção de sua história. (Tomaz, 2010, p. 5)


16 nacional,

com

esse

tombamento

para

surgiu

edificações

preservadas.

O

escrito

Mario

por

órgão

projeto de

que

base

o

deveriam

dessa

Andrade,

termo

lei

modernista

ser

Tangíveis

e

Intangíveis,

eram

analisado

pelo

IPHAN e assim recebiam seu tombamento.

foi na

1.7. Patrimônio Ferroviário Patrimônio

época, ele diz;

Ferroviário

deve

ser

entendido,

compreendido e considerado não só como patrimônio Entende-se por Patrimônio Artístico Nacional todas as obras de arte pura ou de arte aplicada, popular ou estrangeira, pertencentes aos poderes públicos, e a organismos sociais e a particulares nacionais, a particulares estrangeiros, residentes no Brasil (Lemos, 1982, treco retirado do artigo O patrimônio cultural e seu uso turístico no espaço urbano, SÁ, Natalia Coimbra de, 2005).

ferroviário, mas sim como patrimônio cultural, o

Tombamento é o reconhecimento do valor cultural

na história, crescimento e economia das cidades

de

um

bem,

APRESENTAÇÃO

cultural,

que

o

sendo

transforma

assim,

em

lhe

patrimônio

preservando

e

termo Patrimônio Ferroviário o estringe a certa classe como se não fosse tão importante e/ou como se

não

São

poucos

Patrimônio

em

seu

muitas

de

qualquer

historia,

memoria

da

os

estudos

Ferroviários,

que

abordam

mas

o

que

o

tema

se

pode

tempo

áureo,

foi

ela

quem

trouxe

crescimento, modernidade, visão de futuro melhor

ser

antes

a

entender é que a ferrovia tem caráter importante

e

destruído,

adequasse

sociedade e da cidade.

protegendo. Após um bem ser tombado ele não pode danificado,

se

desenvolvimento. cidades

se

Foi

graças

formaram,

a

Ferrovia

elas

formavam

que o

intervenção que possa ocorrer deve passar por

desenho da cidade e/ou simplesmente acompanhava-

analise

Os

o, configurando muitas vezes a paisagem urbana,

caráter

para onde se desenvolveria a cidade, onde geraria

órgãos

e

autorização

existentes

Nacional Histórico

(IPHAN e

no -

do

órgão

Brasil Instituto

Artístico

protetor.

são

de

de

Nacional),

Patrimônio Estadual

(CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio,

lucro,

emprego

e

habitação,

criando

assim

a

identidade do povo que ali começava a habitar. Com

a

ferrovia

podia

se

locomover

de

uma

Histórico, Arqueológico e Turístico) e Municipal

cidade a outra com mais agilidade trazendo assim

(CONPPAC – Conselho de Preservação do Patrimônio

o turismo para as cidades que ali apresentavam

Artísticos e Cultural de Ribeirão Preto).

caráter

Os

primeiros

bens

tomados

foram

de

origem

turístico,

e

também

tinha

o

fator

transportar

cargas como saca de café

colonial e logo após modernistas, ja na segunda

tempo

maior

metade do século XIX eram tombados todos os bens

crescimento a todos os setores envolvidos, fossem

considerados Materiais e Imateriais ou

eles fazendas, comércios, indústrias, etc.

e

quantidade,

em

de

dando

maior lucro,


17 Há pouco mais de 10 anos esse tema vem sendo

práticas,

devido

ao

potencial

de

transformação

estudado com maior ênfase pelo IPHAN, no ano de

que essas edificações têm, por serem edificações

2007 foi publicada a Lei 11.483, onde o órgão

antigas seu sistema estrutural é suficientemente

passou

forte

ter

atribuições

especificas

para

para

preservação da Memória Ferroviária, e assim no

destinação

mesmo

que:

ano

vem

Inventario Cultural

de

sendo

levantado

Conhecimento

Ferroviário,

onde

do

mais

um

amplo

de

aguentar usos.

6000

mil

edifícios foram catalogados, nos mais diversos estados. De acordo com essa lei; Art. 9º Caberá ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural, oriundos da extinta RFFSA, bem como zelar pela sua guarda e manutenção.

Ao contrario do que muito

abranger

tem

(2001,

p.

219.)

e diz

Hoje está

o

interesse

aumentando

por

esse

tipo

drasticamente,

de

não

patrimônio só

por

seu

valor histórico e cultural e nem mesmo por seu

1.8. Análise Final

edificações

Choay

transformações

"[...] os edifícios isolados, em geral de construção sólida, sóbria e de manutenção fácil são facilmente adaptáveis às normas de utilização atuais e se prestam a múltiplos usos, públicos e privados". No que tange à preservação, a mudança de função envolve uma avaliação criteriosa. O novo programa não basta ser necessariamente designado por homologia à sua destinação original.

Patrimônio de

tais

um

atividades,

se pensa, essas

potencial sejam

altíssimo elas

para

culturais,

potencial

de

“reutilização”,

mas

por

outros

fatores que acabam por deixar esses citados acima implícitos,

fatores

como

político-econômicos,

escolares e de lazer, essas áreas são versáteis,

aumento demográfico entre outros fatores que se

reutilizáveis, tem nelas a possibilidade de se

englobam a estes, isso faz com que o que deveria

acrescentar

ser

espaços,

crescer

potencialmente

e

valorizado

acaba

por

ser

esquecido,

trazer benefícios para a cidade, a sociedade e

destruindo a integridade da historia, do edifício

manter a historia. Para Ferreira (2009, p. 23)

e de toda a função que um dia existiu. Em um dos

“Nos

artigos estudados a autora expõe sua ideia quanto

processos

desses

de

locais

transformação

dos

valorização se

tornou

mesmos

em

e

revitalização recorrente

espaços

a

culturais

tais como museus, por exemplo.” Nesta citação fica explicito a maneira como estas edificações podem ser utilizadas maneiras estás que estão sendo cada vez mais estudadas e colocadas em

à conservação do patrimônio e seu valor.

APRESENTAÇÃO

a


18 A conservação do patrimônio industrial depende da preservação de sua integridade funcional, e as intervenções realizadas num sítio industrial devem, tanto quanto possível, visar à manutenção desta integridade. O valor e a autenticidade de um sítio industrial podem ser fortemente reduzidos se a maquinaria ou componentes essenciais dele forem retirados, ou se os elementos secundários que fazem parte do conjunto forem destruídos. (Azevedo, 2010 p. 19)

É

preciso

importância

que

haja

desses

uma

conscientização

patrimônios

e

de

da uma

revitalização para o local, o que isso traria para

a

sociedade,

para

o

local

na

qual

esta

edificação esta implantada e na historia. Que isso ocorra, mas sem interferir na história da edificação para que suas funções de antigamente não sejam abaladas e nem esquecidas. Sobre a

APRESENTAÇÃO

"reutilização" a Carta de Nizhny Tagil dispõe:

4.III - [...] A adaptação harmônica e a reutilização pode ser uma forma adequada e econômica de assegurar a sobrevivência dos edifícios industriais, e deve ser promovida mediante os controles legais, os conselhos técnicos, as bolsas e os incentivos fiscais adequados. 5.IV - [...] Os novos usos devem respeitar o material significativo e manter os padrões originais de circulação e atividade, e deve ser tão compatível com o uso original ou principal quanto seja possível. É recomendável habilitar uma área onde se represente o uso anterior.

O estudo da edificação, da historia em que ele se engloba e uma forma para sua melhor adequação no contexto histórico atual deve ser entendido e analisado como era e como esta atualmente o local onde

este

inserido,

o

que

é

preciso

para

se

melhorar à área e promover uma melhor readequação

e manutenção da edificação e mantendo ainda sua integridade na arquitetura e historia.


19 O que uma Revitalização na antiga Estação Ferroviária Barracão e a área onde esta inserida tem a acrescentar para a região de Ribeirão Preto?

O objeto em estudo, é um importante marco na historia do café em Ribeirão Preto e principalmente no bairro do Ipiranga, bairro este que

importância

na

história

da

cidade,

do

local

inserido

e

para

a

população, foram traçados reflexões para se propor a revitalização de uma área histórica, degrada pelo tempo e esquecida pela população no município de Ribeirão Preto que dê um novo uso, uma nova historia ao edifício e uma busca aos valores que cercam esse edifício. •Refletir sobre a importância da valorização do edifício na história do

município.

•Defender a manutenção dos edifícios históricos na cidade. •Propor

um

novo

uso

a

locais

antigos,

mostrando

que

é

possível

integrar antigo e novo juntos.

• Procurar defender a área onde o edifício se encontra dando vida ao local em horários com pouca movimentação de pessoas, fazendo assim com que tenha mais segurança. • Criação de áreas de convívio público e de centros culturais que abrangem diferentes atividades. • Requalificar o uso do trem propondo passeios turísticos que passará pelo bairro, antigas estações e cidades por onde a linha passa. •Reintegrar a Praça Antônio Prado com a Estação Barracão, fazendo a integração por meio da Rua Grande do Sul e propondo assim um museu a céu aberto.

PROBLEMATICA E OBJETIVOS

surgiu com a vinda Cia Mogiana de estradas de ferro 1833, tendo tal


20 Existe uma edificação que faz

argumentos,

pesquisar,

cidade essa que encontram muitos

uma opinião e uma justificativa.

começou

pontos

Com esse estudo aprofundado fica

começou.

patrimoniais

de

qual

grande

e

construir

poderá

ter

acesso

e

adquirir o conhecimento de onde a

história

e

como

a

fácil o desenvolvimento de uma

história e representa a cidade

Revitalização em uma edificação

grande

de

cidade

de patrimônio ferroviário para a

muito

que começou da linha férrea, do

Cidade de Ribeirão Preto, onde

ajudará

café e das grandes indústrias de

esse projeto possa mostrar que

projetos

tecido,

não

ser desenvolvidos em uma escala

Ribeirão

guardam

estudar

população

parte da história de uma cidade,

importância,

Preto,

uma

bebidas,

desenvolveram

JUSTIFICATIVA

desenvolver

e

locais

circulação

de

locais

como

esse

se

para

a

mercadorias,

desenvolver

ter

receio

projetos

de

referentes

a esse assunto. A pesquisa tem como objetivo

Trilhos de trem, a região onde

dar importância a uma área hoje

se encontra o objeto de estudo

esquecida, abandonada, devastada

esta degradado, abandonado, e em

pelo

um

qualifica

história

possa

como potencial de valor alto é

história

essa

preciso estudar um meio para que

cidade de Ribeirão Preto começou

essa

onde

não

edificação

à

tempo,

faz

com

ser

que

recuperada,

que

foi

a

ser

como

seu

cada vez mais com o passar dos

local, o nome pelo qual é dada

anos. Com o desenvolvimento do

essa

solução

projeto

Hoje

em

dia

é

revitalização.

muito

se

fala

em

e

onde

ser

assim

desenvolvida

a

possa

valorizada,

crescesse

poderemos

qualidade

e

dar

uma

habitabilidade

preservação a cultura, história,

melhor

patrimônio

das

circula por essa região, fazendo

ainda

um

estudo

por

receio

é

aprofundado

cidades,

mas pouco

que

a

que

área continua

cometer algum erro contra a lei,

durante

dia

contra

trazendo

história,

edificação para

isso

é

e

se

população

circulação

a

de

com

a

a

preciso

para

o

o

maior

importância discutida, no

e

e

tenha

uma

no

uso

e

segurança, local,

mora

onde

a

noite, conforto toda

a

ambientes

atualmente, esse

projeto

desenvolvimento

futuros,

qualidade

e

local

Estações

precisa-se

O tema abordado é de

onde

trazendo

de

vida,

melhores

de

poderão

cultura,

lazer

e

aproveitados

na cidade de Ribeirão Preto.


Serão utilizados os seguintes procedimento metodológicos:

•Pesquisa

bibliográfica

através

de

livros,

artigos

e

dissertações de mestrado e doutorado; •Pesquisas documentais buscando dados da história do local; •Levantamentos da área da edificação e seu entorno; •Elementos de construção; •Pesquisa iconográfica; •Análise de projeto; •Referências de projeto;

Os

instrumentos

computadores

com

utilizados

na

o

softwares

uso

de

pesquisa

serão

ligados

através

de

a

de

área

arquitetura e urbanismo como Auto Cad, Sketchup, Archi Cad, Photoshop, Corel Drall, World e Power Point.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

21


LINHAS FÉRREAS E SUAS ESTAÇÕES


REGIテグ DE RIBEIRテグ PRETO

Figura 6: Fonte: https://google.com.br/images

MALHA FERROVIARIA

BRASIL

23


24

MALHA FERROVIARIA

ESTADO DE SÃO PAULO

EVOLUÇÃO DA MALHA FERROVIARIA A região de Ribeirão Preto houve um crescimento muito grande das linhas férreas nos anos entre 1870

a

1920.

Após

essas

época

houve

uma

diminuição do crescimento de linhas férreas na

Região de Ribeirão Preto.

Figura 7: https://maps.google.com.br/maps

COMPANHIAS DO ESTADO A região de Ribeirão Preto é traçada pela companhia

Mogiana

de

Estradas

de

Ferro.

Indicadas no mapa pela cor Rosa, de Ribeirão Preto também saia a linha férrea que ligava São Paulo-Minas indicada pela cor verde no

mapa ao lado

REGIÃO PRETO

DE

RIBEIRÃO

Figura 8: https://maps.google.com.br/maps


25

MALHA FERROVIARIA RIBEIRÃO PRETO

Localização da Estação Ferroviária Barracão – Objeto de Estudo

Figura 9: https://maps.google.com.br/maps


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

ESTAÇÕES DE RIBEIRÃO PRETO

26

O mapa ao lado mostra os

Ramais

Estações,

são

e

suas

mostrados

os ramais de Sertãozinho, Jataí-Giaratapá,

e

Estrada de Ferro Dumont

Figura 10: Fonte: Mapa retirado do Livro “Pare, Olhe e Escute: Patrimônio Ferroviário de Rib. Preto/ Autor retirou Arquivo Publico de Ribeirão Preto, 2012


geral

Mogiana

de

das

linhas

Estradas

de

da

Cia.

Ferro,

demonstrando o traçado de Campinas à Araguari. Verso do menu

do

pelo

arrendatário

No

“Wagon

vagão

Restaurant” Antônio

restaurante

dirigido

Bergamini.

eram

servidos

vinhos finos nacionais e estrangeiros, sobremesas

variadas APHRP).

e

(Menu

licores,

frutas,

refeições

quentes

Wagon

Restaurant,

ESTAÇÕES DE RIBEIRÃO PRETO

Planta

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

Figura 11: Fonte: Mapa retirado do Livro “Pare, Olhe e Escute: Patrimônio Ferroviário de Rib. Preto/ Autor retirou Arquivo Publico de Ribeirão Preto, 2012

27


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

ESTAÇÕES DE RIBEIRÃO PRETO

28

O mapa ao lado mostra a evolução da macha urbana na cidade de Ribeirão Preto por volta

de

mostrando

1874 a

a

linha

1930, férrea

existente na época.

Figura 12: Fonte: Mapa retirado do Livro “Pare, Olhe e Escute: Patrimônio Ferroviário de Rib. Preto/ Autor retirou Arquivo Publico de Ribeirão Preto, 2012


mapa

evolução

cidade

ao da

de

lado macha

mostra urbana

Ribeirão

Preto

a na

a

partir do ano de 1874 até o ano de2010,

mostrando

as

linhas

férreas operantes e inoperantes.

Figura 13: Fonte: Mapa retirado do Livro “Pare, Olhe e Escute: Patrimônio Ferroviário de Rib. Preto/ Autor retirou Arquivo Publico de Ribeirão Preto, 2012

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

O

ESTAÇÕES DE RIBEIRÃO PRETO

29


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

SITUAÇÃO ATUAL

30

O

mapa

linhas

ao

férreas

Ribeirão

Preto,

operantes

e

lado

mostra

as

na

cidade

de

linhas

inoperantes,

essas

o

mapa

esta numerados por onde passa e onde estão localizadas.

Figura 14: Fonte: Mapa retirado do Livro “Pare, Olhe e Escute: Patrimônio Ferroviário de Rib. Preto/ Autor retirou Arquivo Publico de Ribeirão Preto, 2012


Figura 16: Linha Férrea escondida pelo mato, Ramal de Sertãozinho no Campus da USP

Figura 17: Linha Férrea escondida pelo mato, Ramal de Sertãozinho no Campus da USP

Figura 18: Linha férrea com entulhos, Ramal de Sertãozinho, Jd. Mario Paiva Arantes

Figura 19: Linha férrea em abandono, Ramal de Sertãozinho, Av. Rio Pardo

Figura 20: Trilhos inoperantes na Rua Rio Grande do Sul, Ramal de Sertãozinho

FOTOS SITUAÇÃO ATUAL

Figura 15: Linha Férrea escondida pelo mato, Ramal de Sertãozinho no Campus da USP

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

Fonte: Mapa retirado do Livro “Pare, Olhe e Escute: Patrimônio Ferroviário de Rib. Preto/ Autor retirou Arquivo Publico de Ribeirão Preto, 2012

31


Figura 21: Linha Férrea nos antigos galpões de açúcar, Ramal de Sertãozinho.

Figura 24: Linha férrea degradada, ao lado da favela na Av. Thomaz Alberto Whately

Figura 22: Linha Férrea escondida pelo mato, Ramal de Sertãozinho.

Figura 25: Terminal de Petróleo, locomotiva chegando.

Figura 23: Linha Férrea abandonada, embaixo do Viaduto da Via Norte, Ramal de Sertãozinho.

Figura 26: Trilhos inoperantes Bairro Quintino.

Fonte: Mapa retirado do Livro “Pare, Olhe e Escute: Patrimônio Ferroviário de Rib. Preto/ Autor retirou Arquivo Publico de Ribeirão Preto, 2012

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

FOTOS SITUAÇÃO ATUAL

32


Figura 29: Vista dos trilhos na Av. Thomaz Alberto Whately

Figura 28: Locomotiva indo em direção a Estação Ribeirão Preto - nova.

Figura 30: Trilhos da Estação Evangelista

FOTOS SITUAÇÃO ATUAL

Figura 27: Linha Férrea da Avenida Costa e Silva. Na esquerda, trilhos inoperantes, na direita, Trilhos Operantes

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

Fonte: Mapa retirado do Livro “Pare, Olhe e Escute: Patrimônio Ferroviário de Rib. Preto/ Autor retirou Arquivo Publico de Ribeirão Preto, 2012

33


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

TABELA DAS ESTAÇÕES

34

A Tabela ao lado mostra as

muitas

Estações

de

Ribeirão

Preto, algumas já não existem mais, estão apenas em memória

Figura 31: Fonte: Mapa retirado do Livro “Pare, Olhe e Escute: Patrimônio Ferroviário de Rib. Preto/ Autor retirou Arquivo Publico de Ribeirão Preto, 2012


linhas

férreas

Ribeirão

na

Preto,

operantes

e

cidade

linhas

de

essas

inoperantes,

o

mapa esta numerados por onde passa

e

localizadas.

Figura 32: Fonte: Mapa retirado do Livro “Pare, Olhe e Escute: Patrimônio Ferroviário de Rib. Preto/ Autor retirou Arquivo Publico de Ribeirão Preto, 2012

onde

estão

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

O mapa ao lado mostram as

ESTAÇÕES EXISTENTES

35


36

O mapa ao lado mostra todos

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

ESTAÇÕES EXISTENTES

os

ramais

cidade

de

que

passam

Ribeirão

pela

Preto

e

algumas das Estações existentes e

desativadas,

além

do

crescimento da cidade

Figura 33 Fonte :http://www.google.com.br/imgres?rlz=2C1SAVU_enBR0538BR0538&biw=1920&bih=946&tbm=isc h&tbnid=LhbT7 PHpWJqXM:&imgrefurl=http://dc355.4shared.com/doc/JI3Kk1z/preview.html&docid=X5UHHnY7O10U7M&imgurl=http://dc355.4shared.com/doc/JI3Kk1z/preview_html_6dbe8c14.jpg&w=1259&h=1502&ei=ZQgxUo3tMYPq8QTd4GwCA&zoom=1&ved=1t:3588,r:18,s:0,i:131&iact=rc&page=1&tbnh=165&tbnw=138&start=0&nds p=37&tx=85&ty=42 , 2012


MALHA FERROVIARIA RIBEIRÃO PRETO - ATUAL

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

37

Figura 34 Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto

6


38

Inaugurada pela Companhia Mogiana de Estradas

toda

a

sua

arquitetura,

ela

de Ferro em 1º de junho de 1900, a Estação foi

funcionava como uma hospedaria para os que ali

construída

chegavam na Estação, muitos apenas a usavam para

na

linha

tronco

original

no

km

314.264, dela saia o ramal de Sertãozinho que

saber

foi inaugurado em 1899.

após seguiam seus caminhos ou eram levados as

Existem

dados

que

mostram

que

a

estação

provavelmente já existia em 1892 como um estribo

seus

destinos

ou

pegar

seus

pertences,

antigas Fazendas da região. O nome da estação originou-se do nome desta

simples para o desembarque dos imigrantes que

hospedaria

de

imigrantes.

Os

bairros

ao

ali chegavam para se abrigarem no barracão, um

redor também foram denominados de Barracão de

galpão próximo a estação, infelizmente por volta

Cima (atual Ipiranga) e Barracão de Baixo (atual

do século XX essa construção sofreu um incêndio,

Campos Elíseos).

BARRACÃO

HISTÓRIA E DADOS

destruindo

Figura 35: A Estação Barracão em 1910 Fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br/b/barracao.htm

Figura 36: A Estação Barracão em 1910 Fonte: Orfeu Barbieri

seu


39 No

passado,

foi

concebida

em

frente

à

Estação a Praça Antônio Prado, que era

uma

esplanada

para

aquele

que

ali

chegavam. Atualmente a praça encontra-se desassociada da Estação já que crescimento da

região

com o

foi inserida uma

via ( Rua Rio Grande do Sul) entre eles e foi

murada

e

incorporada

pela

Escola Alfeu Gasparini.

Figura 38: Vista da Praça Antônio Prado Fonte: https://maps.google.com.br/maps

Figura 39: Vista da Praça Antônio Prado Fonte: https://maps.google.com.br/maps

Figura 37: Vista de cima da Praça Antônio Prado Fonte: https://maps.google.com.br/maps

Figura 40: Vista da Praça Antônio Prado Fonte: https://maps.google.com.br/maps

HISTÓRIA E DADOS

Praça

PRAÇA ANTONIO PRADO

a


40

O ramal de Sertãozinho, a partir de 1914, passou a se ligar com o ramal de Pontal, da Cia. Paulista, permitindo a ligação entre as duas linhas- tronco principais das duas companhias, por um desvio que passou a sair de Ribeirão-nova ( Av. Mogiana) e de

uma

enorme

curva,

encontra

a

linha

antiga, precisamente entre as estações do Alto e de

Barracão.

Portanto,

ainda

existe

um

trecho,

mesmo que pequeno, da antiga linha-tronco no meio de Ribeirão Preto.

Barracão meados manobra de

esteve

dos de

anos

por

1990,

trens

Ribeirão-nova

muitos foi

anos palco

cargueiros

para

o

ramal

desativada, de

que de

uma se

em

curiosa dirigiam

Sertãozinho,

a

manobra existia justamente porque o trem tinha de entrar

BARRACÃO

FATOS INTERESSANTES

depois

num trecho que sobrou da linha original do

tronco da Mogiana e que seguia para a Vila Tibério e voltar para entrar no ramal. Como o ramal está desativado desde 1998, isso não ocorre mais.


41

Linha Tronco, KM 314.264 Ramal de Sertãozinho, KM 0 Coordenadas Geográficas Latitude: 21º9’33.34”S Longitude: 47º48’50.79”O Localização: Rua Rio Grande do Sul esq. com a Av. Dom Pedro I Ano Inauguração: 1900 Uso Original: Estação Ferroviária Uso Atual: sem uso Trilhos no Local: Existentes, porém desativados; Contexto: Urbano Proteção Existente: Estadual (CONDEPHAAT) Estado de Preservação: Integro Estado de Conservação: Bom

Localizado no setor Oeste e sub setor

O-6

de

Ribeirão

Preto,

bairro Ipiranga (antigo Barracão de cima), fica entre a Avenida Dom Pedro I, a Rua Rio Grande do Sul e a Avenida Rio Pardo. Figura 41: Final e tarde na Estação Barracão Fonte: Arquivo Histórico de Ribeirão Preto

B A R R A C ÃHOI S T Ó R I A E D A D O S

DADOS ESTAÇÃO BARRACÃO


42

PROJETO: A Estação é feita em alvenaria de tijolos aparente com um pavimento e apresenta

planta

simetria,

com

formato

retangular, a mesma posição em relação aos trilhos e composição de fachada – caixilhos em madeira maciça, telhado de duas

águas,

forro,

estrutura

telhas

são

do

em

madeira

tipo

sem

francesas

platibanda,

revestimentos

e

ornamentação, com uma plataforma em um dos

lados

arquitetura

onde da

características

a

cobertura

estação essas

é

chega.

A

inglesa,

observadas

e

estudadas com base em livros e estações da época. Figura 42: Implantação Estação Ferroviária Barracão Fonte: Arquivo Histórico de Ribeirão Preto

BARRACÃO

HISTÓRIA E DADOS

vindas da França,

Figura 43: Planta Baixa Estação Ferroviária Barracão Fonte: Arquivo Histórico de Ribeirão Preto, com alterações do autor


43 Ornamentação

da

Estação,

caracteriza

arquitetura

Inglesa,

arquitetura essa muito utilizada na época das construções das

B A R R A C ÃMOA T E R I A L I D A D E

Estações Ferroviárias.

Figura 44: Fonte: Arquivo Pessoal, 2013


44

Paredes: Alvenaria de Tijolo Aparente

Figura 45: Fonte: Arquivo Pessoal, 2013

BARRACテグ

MATERIALIDADE

Fundaテァテ」o em Pedras

Piso: Pedra / Rocha

Figura 46: Fonte: Arquivo Pessoal, 2013


45

Cobertura: Telha de Cerâmica tipo Francesa em duas águas

Cobertura: Estrutura em Madeira

B A R R A C ÃMOA T E R I A L I D A D E

Figura 47: Fonte: Arquivo Pessoal, 2013

Esquadrias e vedação: Madeira Maciça e Vidro

Figura 48: Fonte: Arquivo Pessoal, 2013

Figura 49: Fonte: Arquivo Pessoal, 2013


46 A

Estação

em

Grande do Sul encontra-se degradado, melhorar o

abandono e já não tem mais o seu uso original.

entorno da Estação Barracão visto ser um chão

Através

batido

da

do

Barracão

leitura

do

encontra-se

levantamento,

da

de

terra

onde

se

encontram

alguns

histórias, entre outros fatores, observa-se a

elementos de concreto já destruídos, falta de

necessidade

de

recuperação

iluminação,

edificação,

do

local,

Prado

que

se

falta

de

manutenção

encontra

visto

que

em

da o

a

arquitetura Praça

abandono

Escola, asfalto

da

Antônio

utilizada

uso como

indevido

da

área,

estacionamento,

sendo trilhos

devido

a

abandonados, assim como as casas dos antigos

melhorar

o

ferroviários. Com todos esse fatores causa a

da

Rua

Rio

degradação da edificação.

BARRACÃO

ATUALMENTE

arruamento

como

da

Figura 50: Trilhos abandonados ao lado antiga casa dos ferroviários também em abandono Fonte: Arquivo Pessoal, 2013

Figura 51: Detalhe para o mal uso da área, sendo utilizada como estacionamento, chão batido de terra. Fonte: https://google.com.br/images


47

PROTEÇÃO: ESTADUAL (CONDEPHAAT): Número do processo 21364/80, resolução Secretaria da Cultura 31 de 07/05/1982 – O CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio, Histórico, Arqueológico, Artístico e do Turismo)

é um órgão feito

Figura 52

B A R R A C ÃPOA T R I M Ô N I O T O M B A D O

Fonte: Arquivo Histórico de Ribeirão Preto

para a proteção de qualquer que seja o bem patrimonial, seja ele um monumento, uma construção.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


49

São eles – A Alegoria do Patrimônio de Françoise Choay e Preservação do Patrimônio Arquitetônico da Industrialização de Beatriz Mugayar Kühl. Onde são discutidos temas como a importância do patrimônio, o surgimento e significado, valores e desenvolvimento te quanto ao tema discutido. No livro , A Alegoria do Patrimônio, escrito por Françoise Choay, o livro é composto em seis capítulos onde tem como objetivo abordar a relação do

edificação industrial e seus desafios: (Choay, 2006 p. 219). ...dar-lhe uma nova destinação é uma operação difícil e complexa, que não deve se basear apena em uma homologia com sua destinação original. Ele deve, antes de mais nada, levar em conta o estado material do edifício, o que requer uma avaliação do fluxo dos usuários potenciais.

De acordo com Choay, Patrimônio Industrial não pode ser confundido com patrimônio pré-industrial, que este esteja ligado a outros fatores. O autor apresenta duas questões para essas edificações: (Choay, 2006 p. 219)

patrimônio com a sociedade e o meio onde se esta localizado em meio a

significado da palavra, passando pela Revolução Industrial onde se mostra

A herança industrial fora de uso levanta dois tipos de questão, de natureza e escala diferentes. Por um lado, os edifícios isolados, em geral de construção sólida, sóbria e de manutenção fácil, são facilmente adaptáveis às normas de utilização atuais e se prestam a múltiplos usos, públicos e provados.

que esta foi um divisor de aguas em relação valorização do Patrimônio e o

Conclui-se que essas edificações são de fácil manuseio, onde se podem criar

que se entende por patrimônio dos dias atuais. Discutindo a relação das

vários usos, espaços e até mesmo uma nova arquitetura para o local, valorizando-o

cidades com seus monumentos históricos, o desenvolvimento, sua

e mostrando que é possível que haja uma solução para um local que esteja

importância

abandonado, degradado, e até mesmo seja considerado um imenso vazio urbano

uma sociedade e um local em desenvolvimento. É mostrado toda a história, desenvolvimento e evolução do tema Patrimônio, desde onde surgiu e o

e

seu

desgaste.

Choay desenvolve muitos temas relacionados a Patrimônio, um dos abordados é o Patrimônio Industrial Cultural onde ele explica fatores como o culto a indústria, a valorização, integração a vida contemporânea, efeitos perversos e conservação estratégica. Nesses temas são desenvolvidos subtemas onde é discutida, a integração dos edifícios com a cidade, a sociedade e sua habitabilidade, todos esses fatores podem ser englobados em modernização dos edifícios. Choay diz (2006 p.217) “Modernizar não é dar a impressão de novo, mas colocar no corpo dos velhos edifícios um implante regenerador... espera-se que o interesse suscitado pela obra do presente se reflita na obra antiga dando origem a uma dialética”. Para Choay tem-se que tomar muito cuidado para que com isso não se cometa erros, que por algum elemento novo, algo que seja para modernizar

o edifico acabe ocultando-o e não mostrando sua devida importância há também o que se pensar em um novo uso do edifício, onde possa ser possível sua integração com o uso e a edificação antiga. Riegl e Giovannoni são mencionados no livro pelo autor com relação ao novo uso de uma

e/ou terreno baldio, exemplos de usos são, museus, escolas, teatros, espaços culturais com múltiplas atividades, são esses os mais utilizados para esses locais, fazendo com que haja uma transformação na edificação e em sua localidade. Choay mostra o crescimento e a importancia do uso cultural nessas industrias patrimoniais: (Choay, 2006 p.225 O patrimônio histórico arquitetônico se enriquece, então, continuamente, com novos tesouros que não param de ser valorizados e explorados. A indústria patrimonial, enxertada em práticas com vocação pedagógica e democrática não lucrativa, foi lançada inicialmente a fundo perdido, na perspectiva e na hipótese do desenvolvimento e do turismo. Ela representa hoje, de forma direta ou indireta, uma parte crescente do orçamento e da renda das nações. Esses fatores mostram a importância da valorização da edificação industrial, e dando uma motivação a essa valorização e um novo uso para que o local seja valorizado, a sociedade possa ter acesso e assim aumentando o rendimento, a lucratividade, a qualidade de vida de quem habita e/ou passa pelo local e também proporcionando uma revitalização para a cidade.

QUADRO TEORICO DE REFERENCIA

Foram selecionados dois livros para a referência bibliográfica.


QUADRO TEORICO DE REFERENCIA

50 A outro livro que foi estudado Preservação do Patrimônio Arquitetônico

mostrando sua história, importância, valorização, houve muitas discussões e

da Industrialização escrito por Beatriz Mugayar Kühl Nesse livro a autora

muitos pesquisadores, pensadores, arquitetos entre outros foram contra

aprofunda no assunto Patrimônio Industrial no qual também existe uma

essa busca pela preservação do patrimônio industrial e assim acabavam por

ligação com patrimônio Ferroviário, restauração desses edifícios inserindo-

colocar empecilhos para que não acontecesse, por fim foi-se conseguindo

os em um tema atual, muito debatido hoje em dia que é a preservação de

alcançar essa busca pela preservação e hoje é um dos patrimônios onde se

um bem de poder histórico. Baseei-me nesse livro com relação ao tema da

buscam a melhor valorização e o uso.

ligação entre um edifício antigo e a construção de um novo, e a reutilização

Na cidade de São Paulo a autora mostra que existe um bairro onde foi

dos espaços que antes eram abandonados por acharem que não tinham

feita toda uma revitalização no local onde se encontram muitas indústrias

valor

função.

abandonadas e nelas foram dados novos usos e uma melhor qualidade de

A autora faz pesquisas aprofundadas de questões pouco discutidas como

vida para pessoas que ali habitam, circulam e uma melhor qualidade

e

nem

a relação do edifício antigo e a construção de um novo anexo nas

também para o local.

intervenções, as inovações na construção sem deixar que o edifício perca

Com esses projetos bibliográfico viso aumentar meu conhecimento para

sua história, a preservarão, sentir a história da edificação, sua importância.

um melhor desenvolvimento e entendimento do assunto a ser abordado ao

Para Kühl (não datado p. 37):

longo do ano. Esses livros irão a ajudar a construir opiniões e formar

O interesse pelo patrimônio industrial é relativamente recente, se comparado com a preocupação por outros tipos de manifestação cultural, e deve ser entendido dentro do contexto de ampliação daquilo que é considerado bem cultural.

parâmetros para que possa observar i que esta de acordo com meu tema e local escolhido. Os livros abordam questões pertinentes nos dias atuais, onde se pode ter uma visão inovadora e assim construir um trabalho melhor desenvolvido.

A autora apresenta informações de que essa força para a preservação do patrimônio industrial só ganhou força por volta da década de 60, que foi quando importantes testemunhos da história dessa tipologia de edificação foram destruídos e começou-se então uma luta pela preservação destes,


LEITURAS PROJETUAIS


LEITURAS PROJETUAIS

TREM DA VALE – OURO PRETO E MARIANA

52

Figura 53 Fonte: http://www.tremdavale.org/pt/estacoes/

O

Programa

objetivo

de

Trem gerar

da

Vale

foi

valorização

criado ao

com

o

patrimônio

fazendo com que esse projeto cresça cada vez mais no

Brasil.

cultural e natural das cidades históricas de Ouro

O Programa revitalizou o trecho ferroviário de

Preto, Mariana, além de outras estações que ficam

18km entre as duas cidades e todas as estações do

na

região.

Para

especialistas

de

concretização

de

isso,

uma

diversas realizar

extensa áreas ações

equipe

de

percurso,

trazendo

de

empenha-se

na

tradicional Maria-Fumaça.

volta

aos

trilhos

educacionais

nessa área, promovendo o turismo, a manutenção,

CONCLUSÃO : O projeto revitalização do trecho ferroviário foi escolhido, por ter relação com o tema que escolhi e meu objeto de estudo. O interessante

do

programa é que além da Revitalização, eles promovem passeio turísticos as cidades

ligadas a ele, dando lazer e cultura a população e aos visitantes, gerando assim a valorização e manutenção não só das cidades históricas e do que engloba o passeio turístico, mas também a importância da história em nossas vidas, seja ela nesse passeio ou em qualquer outro lugar.

a


53 construída

de em

Ouro uma

Preto

área

foi

plana

inaugurada

em

1888,

ferroviária

da cidade, conhecida

de

Ouro

Preto,

nesse

programa

estão

inclusos vagões fixos localizados nos arredores do

como bairro da Barra. Em 2006 a estação e todo o seu

prédio e uma Tenda Cultural da Estação.

trecho

FCA. De

A Estação uma abriga exposição museográfica no Haal

acordo com a Fundação Vale “a estação é composta pelo

de Entrada, além de painéis videográficos que exibem

antigo casarão que abrigava a estação ferroviária de

fotografias

Ouro Preto, por vagões fixados em volta do prédio”.

Mariana Serviços Oferecidos Na Estação são, Vagão Café, Sala UFOP, Sala Da Maquete, Sala Memoriais, Sala UFOP, Vagão Sonoro, Ambiental, Tenda Cultural.

Hoje

até

a

Mariana

Estação

foram restaurados

de

Ouro

Preto

é

pela

um

complexo

composto pelo antigo casarão que abrigava a estação

O

Espaço

UFOP

informações

e

relacionados vapor

e

extração

às

sua do

antigas

e

recentes

de

Ouro

máquinas

a

vinculação

à

e

desenvolvimento

ao

das

locomotivas. Figura 54: Espaço UFOP– Vista Interna Fonte: http://www.tremdavale.org/pt/estacoes/e stacao-ouro-preto/

Figura 55: Espaço UFOP– Vista Interna Fonte: http://www.tremdavale.org/pt/estacoes /estacao-ouro-preto/

O Vagão Café é um espaço com infraestrutura

completa

de

lazer e gastronomia. Fazendo com

que

o

visitante

volte

sinta como se estive em uma vagão antigo.

Figura 56: Vagão Café – Vista Interna Fonte:http://www.tremdavale.org/pt/estacoe s/estacao-ouro-preto/

e

reúne objetos

minério

Preto

Figura 57: Vagão Café – Vista Externa Fonte: http://www.tremdavale.org/pt/estacoes /estacao-ouro-preto/

OURO PRETO

estação

LEITURAS PROJETUAIS

A


54 A

Sala

projetada

de

Memórias

como

museográfico a

história

monitores

um

foi

O Vagão Sonoro-Ambiental

espaço

é

contemporâneo, é

exibida e

um

por

por

vagão

Resíduos

construída

recursos

fixo

composto Sonoros,

com

sucatas

variadas, no vagão funciona

multimídias variados.

ainda uma Oficina Ecológica de

Construção

de

Instrumentos Musicais. Figura 58: Sala Memoriais – Museu contemporâneo

Figura 60: Vagão Sonoro Fonte:http://www.tremdavale.org/p t/estacoes/estacao-ouro-preto/

LEITURAS PROJETUAIS

OURO PRETO

Fonte:http://www.tremdavale.org/pt/e stacoes/estacao-ouro-preto/

Figura 59: Sala Memoriais – Museu contemporâneo Fonte:http://www.tremdavale.org/pt/es tacoes/estacao-ouro-preto/

A

Sala

apresenta

da uma

Figura 61: Vagão Sonoro

Fonte: http://www.tremdavale.org/pt/est acoes/estacao-ouro-preto/

Maquete

A Tenda Cultural

Maquete

Ferroviária, que reproduz,

utilizada

com detalhes, o trajeto do

realização de atividades

trem

do Programa de Educação

entre

Ouro

Preto

e

para

é

Patrimonial.

Mariana.

Figura 64: Tenda Cultural Fonte:http://www.tremdavale.org/pt/e stacoes/estacao-ouro-preto/

Figura 62: Maquete da Evolução de Ouro Preto Fonte:http://www.tremdavale.org/pt/ estacoes/estacao-ouro-preto/

Figura 63: Detalhe Maquete Igreja Fonte:http://www.tremdavale.org/pt/ estacoes/estacao-ouro-preto/

CONCLUSÃO : Nesse projeto busquei estudar a maneira como eles usaram a Antiga Estação e como inseriram atividades culturais e educacionais através de objetos relacionados ao programa, como antigos vagões. Além das atividades exercidas no programa, que buscam mostrar a importância do local e da preservação

Figura 65: Tenda Cultural Fonte:http://www.tremdavale.org/ pt/estacoes/estacao-ouro-preto/

a


A estação de Mariana foi inaugurada em 1914. Em

Segundo a Fundação Vale esta estação é também chamada

1980 ainda funcionava os trens de passageiros. Porém

de Estação Parque compreendida por uma Biblioteca,

esta ficou por algum tempo fechada e abandonada. E

pela

foi só em 2006 por iniciativa da FCA que ocorreu uma

Museográfico,

revitalização nela, fazendo parte do programa de trem

estação

turístico que sai de Ouro Preto e vai até a estação

localizados nos arredores do prédio.

Praça

Lúdico

pelo

antigo

ferroviária

de

Musical, casarão

Mariana

e

por

um

que

abrigava

por

vagões

55

Espaço a

fixos

Figura 67: Sala Interna do Vagão de Vídeo Fonte:http://www.tremdavale.org/pt/estacoes /estacao-mariana/

Figura 66: Estação Mariana Fonte: http://www.tremdavale.org/pt/estacoes/estaca o-mariana/

O

Vagão

Oficina

de

Vídeo

é

reservado

ao

registro, em vídeo, de relatos de história oral de moradores da região e visitantes. O

Vagão

Sentidos

evoca

dos a

viagem

do trem entre Ouro Preto e

Mariana

por

meio

de

vídeos sobre o patrimônio da região.

Figura 68: Vista Interna do Vagão Fonte: http://www.tremdavale.org/pt/estacoes/estacaomariana/

Figura 69: Vista Interna do Vagão de Vídeo Fonte: http://www.tremdavale.org/pt/estacoes/estacaomariana/

LEITURAS PROJETUAIS

MARIANA

de Mariana que é o ponto final.


56

LEITURAS PROJETUAIS

MARIANA

Figura 70: Vista Externa do Vagão Café Fonte: http://www.tremdavale.org/pt/estacoes/estacaomariana/

O

Vagão

Café

é

um

espaço

com

Figura 72: Praça Lúdico Musical - instrumentos Fonte: http://www.tremdavale.org/pt/estacoes/estacaomariana/

infraestrutura

A

Praça

Lúdico-Musical

é

composta

de

brinquedos

completa de lazer e gastronomia. Fazendo com que o

sonoros. São estruturas confeccionadas com materiais

visitante

ferroviários

reciclados

férrea,

local

volte

sinta

como

se

estive

em

uma

vagão

antigo.

no

e

sucatas

funcionam

da

oficinas

antiga

linha

abertas

comunidade e atividades de arte-educação.

Figura 71: Vista Interna do Vagão Café Fonte: http://www.tremdavale.org/pt/estacoes/estacaomariana/

Figura 73: Praça Lúdico Musical - instrumentos Fonte: http://www.tremdavale.org/pt/estacoes/estacaomariana/

à


57

A

Sala

Multiuso

é

um

ambiente

lúdico

para

6.350 mil livros, periódicos, DVDs de filmes nacionais

convivência Inter geracional. Conta com TV de plasma

e

e aparelho de DVD, além de dois totens nos quais são

estrangeiros,

todos

vinculados

a

temas

como

literatura, patrimônio natural e cultural, história e

exibidos

memória.

Histórias.

A Biblioteca é um espaço de leitura, pesquisa, consulta

Nela se realizam, ainda, além de encontros variados,

e estudo disponível a toda comunidade.

sessões de cinema com a exibição de filmes do acervo

os

depoimentos

registrados

na

Sala

de

da Biblioteca.

Figura 75: Biblioteca Fonte:http://www.tremdavale.org/pt/estacoes/esta cao-mariana/

CONCLUSÃO : Estudei basicamente nesse projeto o que estudei projeto de Ouro Preto, são projetos muito parecidos em que o conceito e programa acabam por serem os mesmo e minhas conclusões também.

Figura 77: Sala MultiusoFonte: http://www.tremdavale.org/pt/estacoes/estacaomariana/

LEITURAS PROJETUAIS

A Biblioteca Infanto-Juvenil conta com um acervo de

MARIANA

Figura 76: Sala MultiusoFonte: http://www.tremdavale.org/pt/estacoes/estacaomariana/

Figura 74: Biblioteca Fonte:http://www.tremdavale.org/pt/estacoes/esta cao-mariana/


58 A estação de São João del Rey foi inaugurada

resgata o contexto histórico, ligando as estações

com muitas festas e a presença do Imperador Dom

construídas no século XIX, passando por fazendas

Pedro II em 1881. Em 2001, a FCA (Ferrovia Centro-

centenárias, entre rios e montanhas.

LEITURAS PROJETUAIS

SÃO JOÃO DEL REI

Atlântica) assumiu a operação e administração do

Os antigos prédios que serviam de almoxarifado

complexo ferroviário de São João Del Rei. Desde

e

então, a empresa coloca em prática um programa de

restaurados e preparados para a instalação de um

recuperação

centro

originais ferro

e

e

da

restauração Maria

estações)

Fumaça que,

das

características

(vagões, além

de

estrada

de

preservar

a

história ferroviária do Brasil, proporciona maior

de

armazém

de

convenções

ferroviário

artesanato, uma

foram

auditório

infraestrutura,

e

totalmente

centro

portanto,

de em

condições de oferecer ao visitante e ao turista completo apoio e comodidade.

conforto e segurança aos turistas. O passeio de Maria

Fumaça

é

realizado

na

antiga

Estrada

de

Ferro Oeste de Minas (EFOM), com extensão de 12 km entre

São

João

Del

Rei

e

Tiradentes.

A

viagem

Figura 80: Fonte: http://raquelmendonca.blogspot.com.br/2010/ 11/i-semarq-semana-de-arquitetura-e.html Figura 78: Estação Antigamente Fonte: http://raquelmendonca.blogspot.com.br/20 10/11/i-semarq-semana-de-arquiteturae.html

Figura 79: Fonte: http://www.flickr.com/photos/jvcalvelli/sets/72157626047638188/detail/


Na

Estação

inaugurado peças

funciona em

1981,

mecânicas,

o

Museu

Ferroviário,

que

reúne

equipamentos,

painéis

didáticos

e

fotografias que contam a história da estrada de ferro

na

região.

O

museu

exibe,

também,

a

primeira locomotiva com vagão de luxo utilizada para uso da administração e uma coleção de 11 locomotivas a vapor, além de carros e vagões de carga.

Figura 81: Vagão – Trem Turístico Fonte: http://interata.squarespace.com/jornal-deviagens/2008/11/21/tiradentes-e-so-joo-del-rei.html

CONCLUSÃO : o que me chamou atenção nesse projeto não foi só o uso do passeio turístico, mas sim da Antiga Estação transformada em Museu Ferroviário, dando a possibilidade de trazer cultural ao local e valorizando a história.

Vagão – Trem Turístico

Figura 82: Museu Fonte:http://interata.squarespace.com/jor nal-de-viagens/2008/11/21/tiradentes-eso-joo-del-rei.html

S LEITURAS PROJETUAI SÃO JOÃO DEL REI

59


Este é um dos poucos passeios de Maria Fumaça que restam no Brasil. É uma boa opção para quem mora na região de Campinas e também na capital paulista, já que é um dos únicos passeios de Maria Fumaça próximos de São Paulo.

A Maria Fumaça sai da estação Anhumas (em Campinas)

e

Jaguariúna.

começa

a

segue Logo

passar

em

que

direção ela

por

sai

várias

Américo,

Estação

Tanquinho,

Estação

a

cidade

de

Desembargador Furtado, Estação Carlos Gomes e

da

estação

para terminar a Estação Jaguariúna.

paisagens

e

Durante

a

viagem

de

trem

para

a

estação

fazendas da época do café. Em cada vagão, há

Tanquinhos à a explicação do funcionamento do

um monitor que descreve os locais que o trem

trem a vapor (Maria Fumaça).Depois o passeio

passa e fala sobre onde á Antigas Estações das

segue

quais se pegava a mercadoria, Estações essas

museu.

pra

cidade

de

Jaguariúna

onde

um

as quais são, Estação Anhumas, Estação Pedro

LEITURAS PROJETUAIS

PASSEIO DE MARIA FUMAÇA DE CAMPINAS – JAGUARIÚNA

60

Figura 83: Estação Anhumas Fonte: http://guiadoviajante.com/513/passeio-demaria-fumaca-de-campinas-jaguariuna/

Figura 84: Paisagem durante o passeio Fonte: http://guiadoviajante.com/513/passeio-demaria-fumaca-de-campinas-jaguariuna/


61

ESTAÇÃO CARLOS GOMES ESTAÇÃO ANHUMAS

Na estação Carlos Gomes, há uma oficina, na qual

A

estão estacionados os vagões, carros e locomotivas

estação

LEITURAS PROJETUAIS

PASSEIO DE MARIA FUMAÇA DE CAMPINAS – JAGUARIÚNA

está

Anhumas

localizada

para serem restaurados.

no

Município

de

Campinas,

foi

inaugurada em 1926, hoje

ela

preservada ABPF

é

pela

(Associação

Brasileira

de

Preservação Ferroviária).

Figura 85: Estação Anhumas Fonte Fotos: http://guiadoviajante.com/513/passeio-demaria-fumaca-de-campinas-jaguariuna/

ESTAÇÃO PEDRO

Figura 86: Estação Carlos Gomes Fonte Fotos: http://guiadoviajante.com/513/passeio-demaria-fumaca-de-campinas-jaguariuna/

JAGUARIUNA

AMÉRICO A

estação

Américo

é

Inaugurada

assim

1945, estação

fazendeiro com o

Jaguariúna,

nome

utilizada

de

Pedro

como

concedeu

em antiga

chamada porque um

Américo

ela

é

ainda

estação,

por

suas terras para

ter

o

trem

a

turístico

de

construção

linha com Figura 87: Estação Pedro Américo Fonte Fotos: http://guiadoviajante.com/513/passeio-demaria-fumaca-de-campinas-jaguariuna/

Pedro

que

de isso a

da

Campinas

trem,

Jaguariúna.

exigiu

estação

levasse seu nome.

Figura 88: Estação Jaguariúna Fonte Fotos:http://guiadoviajante.com/513/passei o-de-maria-fumaca-de-campinas-jaguariuna/

a Nesta

também

restaurante

um e

um

museu ferroviário.

CONCLUSÃO : O interessante nesse projeto é a maneira como é feito o passeio turístico, passando por antigas Estações Ferroviárias. Mostrando que através desse programa aumentou-se o interesse pela valorização de Estações que antes estavam abandonadas e a importância delas para a história e a população.


62 A estação de Araras entrou em funcionamento em

Além

do

desgaste

deterioração apagava parte da história ferroviária

1882. O prédio sofreu várias reformas durante as

e da cidade de Araras. A intervenção no conjunto

primeiras décadas do século XX. Os armazéns foram

existente teve como objetivo resgatar e valorizar

construídos em 1887 e 1924. A estação atendeu o

as características históricas de cada construção,

transporte

através

1977

e

os

trens

da

restauração

cargueiros cessaram suas atividades no final da

construtivos

e

da

inserção

década de 1980. Aos poucos os trilhos foram sendo

relativos à mudança de uso.

grave

de de

processo

foi

foi substituída por uma edificação em alvenaria em

até

O

conjunto

vandalizado

passageiros

pilhado.

o

1877. A construção original, um galpão de madeira,

de

e

natural

de

seus

elementos

novos

atributos

Figura 91: Armazéns Fonte: http://concursosdeprojeto.org/2009/10/28/centr o-cultural-de-araras-sao-paulo/

Figura 90: Estrutura Estação Fonte: http://concursosdeprojeto.org/2009/10/28/centrocultural-de-araras-sao-paulo/

LEITURAS PROJETUAIS

Figura 89: Galpões Fonte: http://concursosdeprojeto.org/2009/10/28/centr o-cultural-de-araras-sao-paulo/

CONJUNTO DE ARARAS

retirados e as edificações abandonadas.


63 O

projeto

proposto

as

construído na década de 1920, possui pé direito

características mais significativas que resistiram

generoso, 4,8m, e tornou-se o salão de exposições.

ao tempo. Os compartimentos internos são novos e

Contíguo a ele, o armazém primitivo, que possuía

visam

porão alto, era o mais propício para abrigar o

atender

ao

administrativa

do

caixilharia

também

características adornos.

Os

buscou

atual

uso

centro é

do

prédio:

cultural.

nova

e

contemporâneas,

antigos

ressaltar

armazéns

que

área

Toda

a

auditório. Assim, a sala de apresentações acomoda

com

175 espectadores. A porção central do galpão foi

de

reservada para as instalações sanitárias e para a

serviam

cozinha que oferece suporte à lanchonete da área

conta

despojadas antes

como depósito de materiais e mercadorias para a

LEITURAS PROJETUAIS

CONJUNTO DE ARARAS

ferrovia

agora

abrigam

cultura.

O

mais

do foyer.

novo,

Figura 95: Legenda implantação: 1.Plataforma; 2.Edifício administrativo / loja; 3.Marquise; 4.Edifício de exposições; 5.Auditório; 6.Edifício de serviços; 7.Praça; 8.Biblioteca / exposições (não construído); 9.Espelho d’água (não construído); 10.Estacionamento.

Figura 92: Antigos Galpões, Estação Fonte:http://concursosdeprojeto.org/2 009/10/28/centro-cultural-de-ararassao-paulo/

Figura 94: Centro Cultural Fonte:http://concursosdeprojeto.org/2 009/10/28/centro-cultural-de-ararassao-paulo/ Figura 93: Teatro Fonte:http://concursosdeprojeto.org/2 009/10/28/centro-cultural-de-ararassao-paulo/


64 O

bloco

isolado

que

outrora

serviu

como

marquise

de

concreto

nova

valoriza

as

novas áreas de convivência e estabelece relações

feições

reconstituídas

e

hoje

abriga

o

apoio aos funcionários do centro cultural. A

plataforma

da

estação

atua

como

com elemento

integrador do conjunto edificado. A cobertura da

espaços

internos

e

novo

uma

que mais se encontro em melhor estado, teve todas

edificações

um

como

estrutura

as

conexão;

atua

residência do chefe da estação, onde esse foi o

suas

de

que

elemento

remanescentes,

externos.

A

que

configura

marquise

se

expande na porção central do terreno de modo a criar um abrigo para o espaço de convivência.

Figura 98: Galpões Fonte:http://concursosdeprojeto.org/2009/10/28 /centro-cultural-de-araras-sao-paulo/

Figura 97: Galpões Fonte:http://concursosdeprojeto.org/2009/10/28/cent ro-cultural-de-araras-sao-paulo/

LEITURAS PROJETUAIS

Figura 96: Galpões Fonte:http://concursosdeprojeto.org/2009/10/28 /centro-cultural-de-araras-sao-paulo/

CONJUNTO DE ARARAS

mesma foi estendida através da construção de uma


65 A

linearidade

reforçada

Pousado sobre o espelho d´água, no centro do

propostas,

sítio, o novo bloco destinado aos ateliês e à

construções que fazem alusão ao antigo uso do

biblioteca remete à um grande vagão. Projetado

sítio.

através

das

Um

comprimento

do

novas

espelho faz

complexo

foi

edificações

d´água

alusão

245m

de

com

trilhos

de

desmaterialização

com

aos

estrutura

de

aço

corten

desse

volume

propõe-se

a

transformando

antigamente, atua como fator de valorização das

suas fachadas em elementos translúcidos mudando

edificações

o modo de percepção do volume para uma ideia de

e

contribui

para

conforto

“pele”.

LEITURAS PROJETUAIS

CONJUNTO DE ARARAS

ambiental do conjunto.

o

Figura 99: Fonte:http://concursosdeprojeto.org/2009 /10/28/centro-cultural-de-araras-saopaulo/

Figura 100: Fonte:http://concursosdeprojeto. org/2009/10/28/centro-culturalde-araras-sao-paulo/

Figura 101: Centro Cultural - Exposições Fonte:http://concursosdeprojeto.org/2009/10/28 /centro-cultural-de-araras-sao-paulo/

CONCLUSÃO : O interessante do projeto é ver a escolha do conceito e programa utilizado, o que antes servia apenas como Estação hoje se torna um Espaço Cultural de grande importância para o local e a requalificação da área. A maneira como são aproveitados os antigos espaços para os novos usos, os materiais utilizados na nova edificação diferenciando o que é Novo e o que é Antigo, faz com que esse projeto se destaque.


66

recuperação

deteriorado

um projeto de referência histórica, o Memorial da

depois de anos de abandono, contou com o apoio da

Imigração Japonesa do Vale do Ribeira, museu que

prefeitura de Registro e do governo do estado de

conta com significativo acervo de obras cedidas

São

por

Paulo.

restauração

histórico cujo

do

A e

conjunto,

bastante

foram restauradas mas ali também foi implantado

prioridade

do

projeto

recuperação

de

um

reconhecido

remanescente

por

físico

a

patrimônio

tombamento é

foi

estadual,

depositário

da

história do município e da origem de grande parte de

sua

população.

Não

somente

as

artistas

radicados

no

plásticos Brasil,

de além

origem de

japonesa

fotografias,

ferramentas, peças industriais e objetos doados pela população, reunidos para contar a história da imigração japonesa na região.

construções

Figura 105: Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.136/4034

CONJUNTO KKKK

Iniciativa do Brasil Arquitetura, o projeto de

Figura 104: Fonte: http://archiinbrazil.wordpress.com/a rquitetura-contemporanea/

LEITURAS PROJETUAIS

Figura 103: Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas /read/arquitextos/08.091/181

Figura 102: Fonte: http://www.arqbrasil.com.br/_arq/brasil_ arq/brasil_arq_conjunto.html


67 O desse

segundo

aspecto

patrimônio

importante

revitalizado

é com

a

articulação

sua

enchentes, integrando o conjunto à cidade através

paisagem

do projeto de uma praça para o mercado, do desenho

histórica e ambiental, relacionando-o com a cidade

de

de

somam para recuperar a relação histórica da cidade

Registro

e

com

o

rio

Ribeira

de

Iguape

num

projeto mais amplo, o Parque Beira-Rio. O objetivo

LEITURAS PROJETUAIS

CONJUNTO KKKK

é

recuperar

as

margens

do

rio

e

controlar

de

comunicação

e

fluxo,

ações

que

com seu rio.

as

Figura 106: Fonte: http://camiloaparecido.blog.terra.com.br/ca tegory/historia-do-municipio-de-registro/

Figura 108: Fonte: http://www.alltravels.com/brazil/saopaulo/registro/photos/current-photo-85439729

eixos

Figura 107: Fonte: http://www.arqbrasil.com.br/_arq/brasil_a rq/brasil_arq_conjunto.html

Figura 109: Fonte: http://www.arqbrasil.com.br/_arq/brasil_arq/brasi l_arq_conjunto.html

CONCLUSÃO : A relação do antigo e novo, patrimônio revitalizado com a paisagem, são aspectos muito interessantes nesse projeto. Percebe-se a preocupação da nova edificação não “apagar” a antiga, e como elas se relacionam de maneira harmônica, além da escolha dos materiais utilizados na nova edificação, diferenciando da

se


68 Natur-Park

é

um

parque

de

anos.

hectare que ocupa uma grande parque no bairro

Durante esse tempo a natureza foi recuperando

Schöneerg na zona Sul de Berlin, esse parque se

seu território entre velhos trilhos, construções e

estende

escombros.

por

todo

o

antigo caminho da picape e Ferroviária Dresden, a

Um

porção ocidental da ex-ferroviária Tempelhof e os

entre

ex-depósito

moderna

Tempelhof

trechos.

caracterizada

pela

decomposição,

instalações

O

parque

é

ativas,

localizado

entre

e

uma

ocupa

a

onde

e

a

dinâmico e atual.

ferroviárias,

de

Uma

típica

intervenção

despretensiosa,

linhas

férreas

área

residual

uma

dos

regeneração

de

duas

se

modificação

combinação

conservação e de novos objetos de arte. Fica

parque

integração

processos ecológica,

arquitetônica ao

mesmo

tempo

da

harmoniosa sociedade

num

delicada

poética e efetiva.

Figura 112: Fonte: http://www.ytti.de/naturpark-schoenebergersuedgelande-berlin-ausflug-kinder-13159/

Figura 111: Fonte: http://www.flickr.com/photos/fliwatuet/6040738681/

e

extremamente

ferroviária que esteve abandonada por cerca de 40

Figura 110: Fonte: http://www.flickr.com/photos/fliwatuet/6040738681/

cenário

Südgelände Natur-Park

18

Südgelände

LEITURAS PROJETUAIS

O


Partes

linhas

ferroviárias

antigas

foram

Instalados

permanentemente

Obras

de

vários

preservadas. A cerca de 50 metros de altura, torre

artistas estão em exposição no parque. No edifício

de

da

água

símbolo

do

depósito

tangível

ferroviário

antiga

Brückenmeisterei

uma

exposição

velha locomotiva a vapor da série 50 de 1940 e

são entre outros, o de Berlim ramo de Amigos da

um

Terra Alemanha ofereceu (BUND).

os

Mesmo

um

permanente sobre a parte sul. As visitas guiadas

são

parque.

é

uma

gira-discos

do

primeiro

remanescentes

da

antiga estação ferroviária de operação. .

LEITURAS PROJETUAIS

Südgelände Natur-Park

das

Figura 114: Fonte: http://www.flickr.com/photos/fliwatuet/6040 738681/

Figura 113: Fonte: http://www.spreeradio.de/sendungen/aktionen/berlinerschaetze/berliner-schaetze-natur-park-schoenebergersuedgelaende

Figura 115: Fonte: http://photo.pilzglombik.de/index.php?showimage=508/

O interessante está na criação e na utilização de um parque nas antigas linhas de trem, a maneira como o tempo e a natureza integraram-se as antigas linhas de trem e como foi aproveitado ao projeto do parque. Outro aspecto interessante são os espaços ao publico e os mobiliários do local.


LEVANTAMENTO DA AREA


CAMPOS ELISEOS BARRACÃO DE BAIXO

CENTRO

Figura 116: Fonte: https://maps.google.com.br/maps, com alterações do autor

A Estação Barracão esta inserida na área urbana do município. O seu entorno é bem movimentado devido àquela região ter se tornado uma nova centralidade urbana, principalmente em decorrência do comercio e da prestação de serviços na Avenida D. Pedro I e por esta ser uma via de escoamento de transito

proveniente de vários bairros periféricos.

LEVANTAMENTO ÁREA

IPITANGA BARRACÃO DE CIMA

VILA TOBÉRIO

71

LOCALIZAÇÃO

ESTAÇÃO FERROVIARIA BARRACÃO


72

LEVANTAMENTO ÁREA

LOCALIZAÇÃO

A antiga Estação Ferroviária Barracão está localizada na Rua Rio Grande do Sul esquina com a Avenida D. Pedro I.

Figura 117. Fonte: https://maps.google.com.br/maps, com alterações do autor


partir do Censo IBGE 2010, nele são

representados

o

numero

de

homens e mulheres separados por idade, e que são residentes no local

da

área

Percebe-se que

de

estudo.

é um local

com

faixa etária maior entre 20 a 34 anos,

em

mulheres, também

sua o

pode

maioria

numero ser

de

são idosos

considerado

grande devido ao fato de ser um loteamento antigo e com a taxa de mortalidade menor.

Figura 118. Fonte: https://ibge.censo.gov.br

LEVANTAMENTO ÁREA

O Gráfico ao lado foi traçado a

DADOS CENSO IBGE 2010

73


74 Para a análise de Uso

Centro

Formação

os

tipos

Sanatório São Vicente.

no

entorno

de

construções

da

área

de

lado

a

predominância

atividade

de

residenciais,

muitas dessas Residências são

antigas

e

eram

ocupadas

por

trabalhadores da Estação, antiga era

Ferrovia,

considerada

dos

a

área

a

Vila

Ferroviários,

a

predominância atividade

na

de

comércio

de

Profissional,

o

As áreas verdes podem ser observadas

Percebe-se no mapa ao

LEVANTAMENTO ÁREA

o

do Solo, foram levantadas

estudo.

USO DO SOLO

Gasparini,

nas

Pedro

Biagi,

junto

a

praças

na

Praça

escola,

praça

essa que será inserida no projeto, pontos mapa.

além

dos

outro

representados Há

a

presença

no de

muitos espaços de vazios urbanos

representados

na

cor cinza, espaços esses particulares estão

nos

abandonados

quais e

sem

uso.

pode ser vista em pontos bem localizados para tal atividade,

como

na

Avenida

Pedro,

ao

Dom

lado do setor Industrial onde

se

encontra

supermercado

o

Carrefour,

entre outros setores nas quais

são

comércios

de

área

em

questão,

observado

Institucionais Escola

a Revitalização do local e

trazendo

foi

setores

como

Municipal

a

Alfeu

um

ponto

cultural a essa região os moradores poderão ter um espaço

de

cultura,

valorizando

lazer

e as

edificações existente e a região

bairro. Na

Pode-se concluir que, com


75

Para

a

análise

de

Gabarito,

Percebe-se

no

mapa

ao

lado

a

predominância edificações baixas

e em alguns pontos edificações de

altura

mediana,

foram

encontradas

apenas

duas

edificações

consideradas

mais

altas. Com esse levantamento é possível analisar que a edificação a ser trabalhada interferências

não das

sofre edificações

do entorno em relação a altura.

LEVANTAMENTO ÁREA

edificações no entorno da área.

GABARITO

foram levantadas a alturas das


76

Pode

ser

classificada

como

LEVANTAMENTO ÁREA

HIERARQUIA FUNCIONAL

Hierarquia Funcional tudo aquilo que levam em conta os aspectos de acesso aos Na

locais área

e

o

dimensionamento.

levantada

Avenida

Dom

observou-se

Pedro

como

a

principal

ponto de acesso ao Bairro Ipiranga, avenida

essa

que

Avenida

Capitão

é

a

extensão

Salomão

que

da

liga

outros bairros como, Campos Elíseos, Centro.

A

Via

Expressa

Norte

é

considerada Via Arterial, onde faz a ligação

de

um

ponto

a

outro

da

cidade de forma rápida. As

ruas

que

coletoras

são,

Norte,

Rua

são

Rua

Pará,

consideradas

Rio ruas

Grande essas

Do que

levam as ruas locais e principais. As

demais

apenas A

área

Avenida

ruas

são

para

de

uso é

uso

Local,

restrito.

de

estudo

cercada

Dom

Pedro (principal),

pela Rua

Rio Grande do Sul (local) e Avenida Rio Pardo (principal).


77

Hierarquia

classificada Física

tudo

como

aquilo

que

levam em conta os aspectos de fluxo de

pessoas,

veículos

em

geral

no

local. Na

área

levantada

as

ruas

com

maiores fluxos de carros e pessoas é na

Avenida

encontram

Dom

Pedro,

ponto

onde

se

comerciais

e

Institucionais. Nas ruas Rio Grande do Norte, Pará e Avenida

Rio

Pardo,

contatou-se

um

fluxo médio de veículos e pessoas. As

demais

pequeno,

áreas

sendo

são

de

utilizadas

fluxo apenas

para atividades restritas ao local. Na área de estudo a Rua Rio Grande do

Sul

(local)

é

de

baixo

fluxo,

sendo pouca utilizada por pessoas e veículos, rua esta que esta esburaca e falta de iluminação.

HIERARQUIA FISICA

ser

LEVANTAMENTO ÁREA

Pode


78

PRAÇA ANTONIO PRADO

LEVANTAMENTO ÁREA

TOPOGRAFIA

TRILHO DO TREM

ÁREA DO OBJETO DE ESTUDO

A estação do barracão se localiza em um terreno plano, diferente da declividade acentuada

que acompanha o bairro

devido ao remanescente

,ou, fundo de vale próximo. A estação se encontra

acima do talude

que divide a área do bairro, da via expressa norte. A cota de nível que a área esta inserida é a cota 524 a cota mais alta de Ribeirão Preto é a cota 637 onde se encontra o Morro da Paz.


(Zona

de

podendo

Urbanização

ultrapassar

o

Preferencial), gabarito

básico,

ampla infraestrutura, onde permite também a

densidade

populacional

entre

alta

e

média. Na mesma área é observada a ZPM (Zona de Proteção Máxima), onde não podem ser construídas edificações ou qualquer tipo de uso que não seja autorizado pelo órgão

municipal,

sendo

assim

são áreas

que devem ser preservadas. Informação retirada da Lei Complementar 2505/2012.

LEVANTAMENTO ÁREA

A Área de Estudo é representada pela ZUP

MACROZONEAMENTO

79


80

A área em questão se encontra na Área Especial de Interesse Social I - Áreas

LEVANTAMENTO ÁREA

ÁREAS ESPECIAIS

Especiais áreas

de

Interesse

compostas

Social

por

-

São

parcelamentos

destinados à população de média e baixa renda

ou

assentamentos

informais,

sujeitas à recuperação urbanística e à regulamentação

fundiária,

bem

como

áreas desocupadas onde se incentiva a produção segmentos

de

moradias da

habitações descritas

de no

para

população,

interesse Anexo

IV.

aqueles ou

de

social, Informação

retirada da Lei Complementar 2505/2012.


ENTORNO DA ÁREA

LEVANTAMENTO ÁREA

81


82

LEVANTAMENTO ÁREA

VISTAS DA ESTAÇÃO

Localização do objeto de estudo – Estação Barracão.

Figura 120. Vista da Avenida Rio Pardo

Figura 119. Vista da Avenida Rio Pardo

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 121. Vista da Avenida Rio Pardo Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 122. Vista da Avenida Rio Pardo Fonte: Arquivo Pessoal


PROPOSTA


84 Depois de toda a pesquisa, levantamento, estudos e

PROGRAMA DE NECESSIDADES

COMPARTIMENTAÇÃO E DIMENSIONAMENTO PRELIMINARES

analise

da

área,

observou-se

que

existe

um

fluxo

e até mesmo cidades dos ao redores, para o acesso a educação e cultura são traçadas atividades de museu

pequeno de pessoas e carros no local, já que a Praça

e

Antônio

cafeteria/museu,

Prado

encontra-se

murada

e

a

Estação

oficinas

e

para

o

lazer

a

agregando

elaboração

a

tudo

de

uma

isso

a

Barracão abandonada, além disso, levantou-se que o

requalificação da Praça Antônio Prado.

entorno é de uso predominantemente residencial, com

Para

alguns pontos de comercio como a Avenida Dom Pedro

necessária a elaboração de uma edificação nova e a

que se encontra ao lado da área. Logo atrás da Praça

colocação

existe a escola Alfeu Gasparini que atende não só ao

receber

bairro Ipiranga, mas a bairros do entorno, de acordo

interferir na paisagem do local e na da edificação

com dados do IBGE a população é relativamente jovem

antiga,

na faixa etária de 20 a 35 anos, com crescimento no

funcionamento

numero de crianças, levantou-se também que não há a

funcionara

existência de equipamento de cultura e lazer.

funcionários.

Através

desses

proposta

que

dados

consiste

foi na

possível

traçar

Revitalização

da

uma

Antiga

Estação Ferroviária Barracão, propondo a reativação

que

o

programa

de

o

vagões,

museu

os

pudesse

a

nova

das

como

serão

oficinas café

e

atendido

edificação

ferroviário,

vagões

ser

onde

será

esta

a

de

ira

para

Antiga

núcleo

para

não

utilizados e

foi

o

Estação

apoio

para

A praça se ligara a todos o projeto através de um deck,

além

de

proporcionar

atividades

de

lazer

promovidas pelas oficinas.

das linhas ferroviárias para assim crias passeios

turísticos, passando por antigas estações, fazendas Os

museus

preservam

a

propriedade

cultural

arqueologia

e

ciências

mundial e interpretam-na ao público. Esta não é

representa

propriedade comum. Tem um estatuto especial na

conhecimento.

É

também,

Legislação

SIGNIFICATIVO

na

edificação

internacional

e

normalmente,

existe

legislação nacional para a proteger. Faz parte do

uma

naturais,

contribuição

e

por

importante um da

isso

para

o

COMPONENTE IDENTIDADE

CULTURAL, a nível nacional e internacional.

patrimônio natural e cultural mundial e pode ser de caráter tangível ou intangível. Muitas vezes,

VARIOS SÃO OS TIPOS DE MUSEUS E ESTES SÃO GERIDOS

o bem cultural providencia também a referencia

POR

primaria

(SBM) E O INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS (IBRAM).

em

vários

temas

da

área,

tais

como

ÓRGÃOS

COMO

O

SISTEMA

BRASILEIRO

DE

MUSEU


85 O objetivo do projeto é a Revitalização da área da Antiga Estação Ferroviária Barracão e a Praça Antônio Prado, integrando os dois equipamentos, para isso a Rua Rio Grande do Sul será uma parte transformada em calçadão, e promovendo um programa de museu ferroviário para a cidade de Ribeirão Pret o, para isso o levantamento das linhas viárias para o melhor acesso ao programa e que não haja transtornos a

DIRETRIZES PROJETUAIS

população com o fechamento da Rua.

Figura 123: Fonte: https://maps.google.com.br/maps, com alterações do autor.


86 O partir

Programa da

de

leitura

Necessidades dos

projetos

foi

definido

a

boa

nesse

referenciais

e

pontos fortes que faltam na região e pensado um que

quesito.

melhorasse

Com

isso

a

foi

região,

levantado

levantamentos feitos na área e entorno, observou-

plano

foram

se que a área em questão não possui sistema de

dimensionamento e compartimentos preliminares.

DIRETRIZES PROJETUAIS

DIMENCISONAMENTO

lazer e cultura suficiente para tornar a região

LAZER

CULTURA

TREM

FERROVIA

ADMINISTRAÇÃO

REVITALIZAÇÃO

ESTAÇÃO

HISTÓRIA

PATRIMONIO

BARRACÃO

OFICINA

PRAÇA

MUSEU

TEATRO

os

traçados


FLUXOGRAMA

DIRETRIZES PROJETUAIS

87


88 O plano de massas foi desenvolvido com base nos

melhor segurança

dos pedestres

e para que haja

equipamentos já existentes e nas áreas que podem

integração entre a Praça Antônio Prado, que será

ser ocupadas, através do estudo, foi levantado as

desmurada,

necessidades do local e programa.

serão

A entrada principal é feita pela Rua Rio Grande do

separadas

Sul,

privados.

será

transformado

em

calçadão

DIRETRIZES PROJETUAIS

PLANO DE MASSAS

onde

Figura 124: Implantação – Plano de massas. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

para

e

a área do

distribuídas por

ao

setores

Barracão, longo

do

públicos,

as

atividades

terreno,

sendo

semi-públicos

e


89

Figura 125: Implantação – Tipos de Usos. Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

TIPOS DE USOS

PÚBLICOS

DIRETRIZES PROJETUAIS

Os USOS FORAM SEPARADOS de acordo com a sua restrição, isto é, ESPAÇOS , SEMI-PÚBLICOS E PRIVADOS.


90

DIRETRIZES PROJETUAIS

DIMENSIONAMENTO

TABELA MOSTRANDO HABIENTES E SUAS ÁREAS


91

devendo ser acolhedora e convidativa, dando acesso direto à parte destinada ao público.

•Salas de exposições: São salas destinadas à apresentação do acervo do museu; devem ter de preferência paredes contínuas e poucos vãos (portas e janelas) para o melhor aproveitamento e distribuição das peças.

•Setor Administrativo: Deve englobar todas as atividades relacionadas com a administração do

•Setor

salas para a diretoria, secretaria e zeladoria, funcionários.

Funcionários: Deve ser constituído por vestiários, Áreas para descanso, copa, para a

privacidade e descanso dos funcionários.

•Reserva técnica: Este espaço tem a função primordial de guarda do acervo não exposto. Portanto, precauções especiais quanto à sua localização, proteção contra roubo e incêndio e condições ambientais precisam ser observadas.

•Serviços: Hoje os museus podem oferecer ao público serviços como: •

Loja

• Cafeteria • Estacionamento

• Bilheteria • Oficinas • Espaço Cultural • Praça Lúdico Musical • Passeio Turísticos

DIRETRIZES PROJETUAIS

museu, com

ATIVIDADES QUE ABRIGA

•Entrada do Museu: Constitui um espaço de grande importância dentro da estruturação de um museu,


92 Conforme

mencionado,

a

proposta

para

a

Antiga

Estação

Ferrovia Barracão é de que ela volte a funcionar como estação para passeios turísticos, e que a edificação funcione também como café/museu, loja e suporte para funcionários. Para a Praça Antônio Prado, retirou o muro que a cercava, dando acesso para a população e a permitindo a ligação da

CONCEITO E DESENVOLVIMENTO

para com a Estação Barracão, foi retirado também o trecho que compreende a Rua Rio Grande do Sul, trecho esse que esta compreendida

a

frente

da

Praça,

transformado

assim

em

calçadão. Os conceitos estudados e trabalhados foram: • A integração da edificação antiga com a nova, sem que a nova interferisse na paisagem da antiga e diferenciando uma

da outra (novo e antigo), mas com total harmonia entre elas. Para isso foi estudada a topografia do local para que a nova edificação se encaixasse na paisagem, assim além de preservar paisagem

a que

paisagem

da

consiste

estação,

nas

duas

proporcionaria edificações,

outra

uma

sem

sobrepor a outra. • A relação entre a Praça Antônio Prado, a Antiga Estação e a Nova edificação, com isso pensou-se na ligação através de um

deck

que

ligasse

as

três

e

ainda

nivelasse

todo

o

percurso. • A seguir serão mostrados estudos da área atreves de maquete física, eletrônica, estudo de volumetrias e a relação das edificações.


93 Para

entender

maquete

melhor

topográfica,

a

área,

foi

englobando

a

elaborada Praça

uma

Antônio

edifício

novo

com

a

estação,

assim

mostrando

a

ligação entre as edificações, a área e o entorno

Prado, a Estação Barracão e toda a área ao redor,

(paisagens)

das

vias,

sem

facilitando assim o estudo para a construção de

paisagem da Antiga Edficação.

que

interfira

na

Praça Antônio Prado

Estação Barracão

Figura 126: Maquete Física – Topografia do Terreno Fonte: Arquivo Pessoal, 2013

Figura 127: Maquete Física – Topografia do Terreno Fonte: Arquivo Pessoal, 2013

ESTUDOS PROJETUAIS

Nova Edificação

MAQUETE FISICA

uma edificação, é possível visualizar a relação do


94 Estação Barracão

Figura 128: Maquete Física – Relação das Edificações (antigo e novo) Fonte: Arquivo Pessoal, 2013

ESTUDOS PROJETUAIS

MAQUETE FISICA

Nova edificação – Museu Esta abaixo da Estação, acompanhando a topografia

Figura 129: Maquete Física – Relação das Edificações (antigo e novo) Fonte: Arquivo Pessoal, 2013


95

Figura 131: Maquete Eletrônica – Vista da Avenida Rio Pardo com a Avenida Dom Pedro Fonte: Arquivo Pessoal, 2013

ESTUDOS PROJETUAIS

Figura 130: Maquete Eletrônica – Relação das Edificações (antigo e novo) Fonte: Arquivo Pessoal, 2013

MAQUETE ELETRONICA

Estação Barracão


96 Após

o

levantamento

de

dados

e

estudos

mostrados

anteriormente a estruturação do projeto final se da através da Revitalização da Antiga Estação Ferroviária Barracão e a requalificação da praça Antônio Prado. O projeto tem como base a ligação dos equipamentos (praça, estação, nova edificação) através de um deck que permite o acesso do publico, e direcionando-os, o deck fica localizado no mesmo nível da estação, para isso as casas de turmas tiveram que ser niveladas juntos, essas casas estavam no nível da linha do trem. A estação terá como objetivo maior, abrigar o café/museu que consiste

em

uma

série

de

fotografia,

documentos,

fato

importantes da edificação e da história de Ribeirão Preto

que englobam o assunto, outra atividade exercida é a de estação,

onde

são

promovidos

passeios

turísticos

e

sanitários, A loja e o núcleo de apoio para funcionários funcionam nas antigas casas dos funcionários.

PROJETO FINAL

A nova edificação funciona o museu ferroviário que é aberto a todos os tipos de exposições, nesse local funciona também a administração, reserva técnica e depósito, essa edificação encontra-se

localizada

a

4,00

metros

abaixo

do

nível

da

estação. Para as oficinas foram colocados dois vagões que funcionam como oficina de teatro e oficina para desenvolver brinquedo recicláveis.


PROJETO FINAL

IMPLANTAÇÃO

97

Figura 132: Implantação – Proposta Final Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


PROJETO FINAL

IMPLANTAÇÃO

98

Figura 133: Implantação – Proposta Final Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


PROJETO FINAL

IMPLANTAÇÃO

99

Figura 134: Implantação – Proposta Final Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


100 Antiga Estação Ferroviária Barracão

Para a intervenção na Estação procurou-se preservar ao máximo sua estrutura, foram retiradas algumas paredes internas que não tinham função estrutural, visto que a função estrutural da edificação se da através

de

seus

extremidades,

pilares

essas

e

vigas

aberturas

que

foram

ficam

feitas

localizados para

uma

nas

melhor

circulação no ambiente e atender melhor as atividades do programa. Além das aberturas internas, foram abertas espaços para 04 janelas para

a

área

do

café,

onde

estava

insuficiente

a

circulação

de

iluminação e ventilação permanentes previstas no código de obras do município,

essas

aberturas

não

interferiram

na

arquitetura

da

Estação, são janelas que imitam as da época. Antigamente a estação funcionava como armazém, estação e residência do chefe. A Estação e o Armazém foram transformados em cafeteria/museu, foram retirados os antigos piso que eram tábua corrida (armazém) e piso de cerâmica (estação), onde estes se encontraram desgastados, esses pisos foram

sensação de antigo, relacionando ao ambiente. Não haverá forro neste

local, a estrutura do telhado será toda exposta assim como ao longo da edificação, as paredes internas ficaram em tijolo aparente. Nas casas de turma se encontram a loja e o suporte para funcionários, onde

essas

receberam

forros

e

piso

frio

(porcelanato),

foram

totalmente preservadas, apenas com uma nova abertura entre as duas casas para atender ao programa. Todas as janelas e portas foram retiradas e revitalizadas, foram colocados

novos

vidros

nas

janelas

e

nas

portas

também,

foram

lixadas e envernizadas para sua preservação. Museu Ferroviário (nova edificação)

PROJETO FINAL

substituídos por pisos de cerâmica(lajota) também, dando assim a


101 Museu Ferroviário – Nova Edificação

O edifício novo é composto de uma única edificação, ela se

encontra

no

subsolo,

4,00

metros

abaixo

do

nível

da

Estação Barracão. Nele esta inserido o programa de museu Ferroviário, que consiste em mostrar obras relacionadas a esse assunto, mas também aceita exposições de outros meios, as exposições neste local tem caráter de curta duração. Além de museu a edificação abriga as atividades da administração, reserva

técnica

e

depósito.

Seus

acessos

se

dão

separadamente, para o museu encontra-se uma rampa ao lado da Estação e para o acesso a administração e a área de depósito e reserva se dão pelo outro lado da edificação também por uma rampa, ambas acessíveis, de acordo com a NBR 9050.

O

edifício é composto estruturalmente por pilar de perfil U duplo

e

viga

em

perfil

I

metálicos.

Sua

estrutura

é

independente que da flexibilidade na planta, podendo assim

PROJETO FINAL

se moldar de acordo com a exposição a ser exibida. Seus fechamentos são

todos

em placas cimenticeas.

A parte

de

frente para a Avenida Rio Pardo possui um fechamento em vidro com esquadria metálica e estrutura independente de

Cogobó em placas de concreto para um melhor controle da luz solar dentro do museu, ainda assim de dentro do museu se tem uma vista da cidade, além que os vidros podem ser abertos proporcionando ventilação ao local. O piso da edificação é em cimento queimado sem cor e as paredes receberam placas de isopor e pintadas de branco.


102

PISO DECK

Como já foi dito O deck tem como função a ligação da Praça e as edificações, além da integração com a paisagem e o

direcionamento

funcionada

como

dos

pedestres.

nivelador

para

Outra o

função

acesso

a

é

que

todas

ele

essas

edificações e faz com que se tenha uma vista privilegiada de cima

da

nova

edificação,

visto

que

essa

se

encontra

enterrada, para a cidade. Sua estrutura é composta por 70% de plástico reciclável e 30% de serragem de madeira, seus frisos são antiderrapantes, e sua aparência é de madeira devido ao fato de ser utilizada serragem. Sua resistência em comparação aos pisos de madeira é

muito

maior,

não

necessita

de

manutenção,

impermeabilização, verniz e lixamentos, são próprios para áreas externas. Para sua colocação o sistema é de encaixe entre

as

tabuas,

seu

custo

comparado

aos

outro

é

entres fatores, ele acaba por sair mais em conta e tendo uma vida útil maior.

PROJETO FINAL

relativamente maior, mas por não precisar de manutenção,












PROJETO FINAL

113

Figura 135: Perspectiva Nova Edificação e Barracão Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


114

PROJETO FINAL

Figura 136: Perspectiva Nova Edificação e Barracão Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

Figura 137: Perspectiva Nova Edificação e Barracão – vista da avenida Dom Pedro Para a Avenida Rio Pardo Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


115

PROJETO FINAL

Figura 138: Perfil Frontal das duas edificações – Vistas da Avenida Rio Pardo Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

Figura 139: Fachada da Nova Edificação – Museu Estação Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


116

Fechamento em Vedro

Figura 141: Uma das entradas da Pra莽a Ant么nio Prado pela Avenida Dom Pedro Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

PROJETO FINAL

Figura 140: Detalhe do piso e do pergolado Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


117

PROJETO FINAL

Figura 142: Perspectiva Nova Edfificação Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

Figura 143: Perspectiva Nova Edificção Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


118

PROJETO FINAL

Figura 144: Perspectiva Nova Edificação Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

Figura 145: Praça do Museu e Entrada Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

Entrada Museu Ferroviário – Rampa Acessível


119

PROJETO FINAL

Figura 146: Vista da Praรงa do Museu Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

Figura 147: Perspectiva Barracรฃp Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


120

PROJETO FINAL

Figura 148: Vista Geral

Figura 149: Vista Geral Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.


121

Desde o principio buscou-se trabalhar a historia da estação Barracão com o seu entorno, como era a passagem do trem na estação, as pessoas, a praça quando ainda não era murada, como ela funcionava para a recepção de quem vinha

de

fora.

Com

isso

foi

levantado a

importância

dessa edificação não só para o local onde esta inserida, mas a importância dela para cidade de Ribeirão Preto e a importância de preserva-la, de preservar sua história, dando-lhe

muito

mais

histórias.

Mostrando

também

a

CONSIDERAÇÕES FINAIS

importância do Patrimônio Ferroviário que fez com que a cidade crescesse ao longo dos anos, além do Patrimônio Histórico. Com esse projeto busquei a valorização e integração do local, da edificação, da sua história, foram criados espaços que se ligavam a antiga edificação, exaltando sua

arquitetura

e

importância,

espaços

esses

que

interagiam harmonicamente entre si e a paisagem de quem as vê e de quem olha a partir dela, além da integração dessas edificações com a Praça, proporcionando um lugar de lazer, cultura e educação, melhorando todo o entorno. O projeto tem esse objetivo, o de interagir, ligar e gerar

conhecimento

preservação.

despertando

interesse

para

a


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APHRP - Arquivo Público Histórico de Ribeirão Preto.



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