COMUNIDADE
O POLOIGUASSU - INSTITUTO POLO INTERNACIONAL IGUASSU é uma Organização Não Governamental - Associação de Direito Privado Sem Fins Lucrativos - que atua há 17 anos no apoio às iniciativas, instituições e movimentos orientados para a integração, estruturação e desenvolvimento da Região Trinacional do Iguassu (Brasil, Paraguai e Argentina). Fundada em 9 de julho de 1996, possui a missão de atuar de forma integrada nas áreas de gestão, educação e pesquisa em turismo, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social sustentável, em âmbito nacional e internacional, especialmente na Região Trinacional do Iguassu. A primeira ação do Instituto voltada à educação foi realizada em 2004, por meio do programa Eirete Eirui em parceria com a Fundação Parque Tecnológico Itaipu e Itaipu Binacional. O programa surgiu como uma ferramenta de educação para o turismo, a fim de consolidar valores de cidadania, reconhecer a história e culturas regionais, respeitar o meio ambiente e sensibilizar a comunidade para a atividade turística do Destino Iguaçu e região. O programa atuou na região trinacional, com crianças de escolas públicas de 1ª a 4ª série, por meio de capacitação aos professores, que atuaram diretamente como agentes multiplicadores. Foram sensibilizados 17 mil alunos do Brasil e Paraguai de 45 escolas públicas, envolvendo 250 educadores. Com a expansão do Programa Trilha Jovem em 2006, criado pelo Ministério do Turismo e gerido pelo Instituto da Hospitalidade (BA), o Instituto Polo Internacional Iguassu passou a executar o Programa Trilha Jovem Iguassu. Por meio de atividades
pedagógicas e vivências profissionais baseadas nas normas do Sistema de Certificação da Qualidade Profissional para o setor do Turismo, o Programa visa a inserção de jovens em situação de vulnerabilidade social no setor de turismo na cidade. Nas cinco edições já executadas pelo POLOIGUASSU foram capacitados cerca de 690 jovens e atualmente o Trilha Jovem Iguassu está para dar início a uma nova turma que contará com a participação de 120 jovens. Em 2010 realizou o Programa Por um Destino de Excelência (PDE) em parceria com o Instituto Federal do Paraná e com financiamento do Ministério do Turismo. O PDE desenvolveu cursos de qualificação profissional no setor turístico no destino Foz do Iguaçu, visando a melhoria da prestação dos serviços. O programa ofereceu seis cursos de qualificação profissional dentre eles: camareira, cozinheiro polivalente, garçom especializado, gerente e supervisor, recepcionista e sommelier, tendo qualificado 129 profissionais do setor. Nos anos de 2011, 2012 e 2013, o POLOIGUASSU executou o PROGRAMA INTEGRADO DE EDUCAÇÃO TURÍSTICA – PIET com intuito de promover a cultura da hospitalidade. A experiência do Instituto adquirida em sua trajetória foi um importante estímulo para a construção deste material educativo. Acreditamos que por meio do PIET seja possível inserir na cultura local de uma cidade essencialmente turística, como é Foz do Iguaçu, a prática da HOSPITALIDADE, para que em médio e longo prazo tenhamos uma cidade ainda mais acolhedora.
Nossa cidade é mun dialmente conhecida e recebe mais de 2,5 milhões de visitantes anualmen te que vêm desfruta r da beleza de nossas Cataratas. Queremos que noss a hospitalidade tam bém seja reconhecida mundial mente e para isso va mos trabalhar juntos. Convidamos a comun idade de Foz do Igua Região a cultivar os çu e diversos aspectos do bem receber, um caminho que pe rcorreremos juntos, valorizando nossas boas práticas e descobrindo nova s formas de acolher o visitante. É um prazer para a equipe PIET vivencia r essa experiência co m você. Boa jornada!
Programa Integrado de Educação Turística – PIET EXECUTOR Instituto Polo Internacional Iguassu Fernanda Helena Fedrigo – Presidente Executiva Edvino Borkenhagen – Diretor Financeiro Equipe Técnica Meire Curcel Pedro Bernardi Thalita Tomazetti Valéria Silvia Torres PRODUÇÃO DE CONTEÚDO Tânia do Rocio de Camargo Santos Renata Chaguri de Oliveira DIAGRAMAÇÃO Sarah Scholz Dias Thaís Resende de Brito
CONTEXTUALIZAÇÃO .......................................................... 5 O TURISMO: CONCEPÇÃO SISTÊMICA .................................... 7 TEXTO 1 | Turismo: história e definição ............................ 9 TEXTO 2 | O “boom” turístico: a importância do turismo na dimensão econômica ....................................... 14 TEXTO 3 | Turismo, um negócio em pleno desenvolvimento no Brasil ............................................................................... 18 TEXTO 4 | O turismo e suas segmentações: possibilidades a serem exploradas ................................... 22 TEXTO 5 | Patrimônio Cultural do destino Iguaçu ............ 27 TEXTO 6 | Hospitalidade ..................................................... 33 TEXTO 7 | Exploração sexual no turismo .......................... 38 COMUNIDADE E TURISMO ................................................. 41 CADERNO DE ANOTAÇÕES ............................................... 45 REFERÊNCIAS ...................................................................... 49 SUGESTÕES DE LEITURA COMPLEMENTAR ................... 51 FIGURAS ...............................................................................52
PIET - Programa Integrado de Educação Turística
A apresentação do turismo neste exemplar resulta da consideração de seus componentes, no contexto histórico da atividade. Tratar de uma atividade, seja da natureza ou do homem, significa considerar o contexto social, político, econômico e cultural em que esta atividade se desenvolve. Assim, propõe-se o desenvolvimento de uma visão global sobre o turismo, contribuindo para a organização de um pensamento integral sobre a atividade, apontando para possibilidades de ações participativas, significativas para o seu desenvolvimento no destino Iguaçu e Região. Quando coisas se juntam, algo novo acontece. Neste contexto, há novidade, criatividade, uma complexidade mais rica.
Tratar do turismo significa considerar os seus componentes correlacionando-os, mostrando o contexto onde surgem, se tocam, se entrelaçam e se unem para produzir o fenômeno global.
Neste contexto verificou-se, que a ciência moderna identificou a qualidade do fazer completo e a característica da natureza de colocar as coisas juntas, em um padrão cada vez mais significativo.
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Desta forma, o SISTUR - o Sistema de Turismo foi elaborado a partir da Teoria Geral de Sistemas, a fim de se conhecer a estrutura desta atividade, identificando os seus componentes e as respectivas relações, apresentando elementos que constituem estas relações do sistema, em interdependência:
• O espaço turístico, abrangendo: delimitação e descrição física da área receptora, os recursos naturais e culturais, rede hoteleira, de alimentação e recreação e a infraestrutura de apoio à atividade;
• O perfil socioeconômico da área receptora, compreendendo: o levantamento sobre a ocupação da área e densidade demográfica, composição étnica e organização social da população, indicadores econômicos, como o nível de renda, investimentos de capital, consumo, importação e exportação e outros.
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Sistema é um conjunto de partes que interagem de modo a atingir um determinado fim, de acordo com um plano ou princípio; ou conjunto de procedimentos, doutrinas, ideias ou princípios, logicamente ordenados e coesos, com intenção de descrever, explicar ou dirigir o funcionamento de um todo. Sistema é um conjunto de unidades com relação entre si. J. G. Miller, 1978. Num sistema, este conjunto encontra-se organizado em virtude das inter-relações entre as unidades, e seu grau de organização permite que assuma a função de um todo maior que a soma de suas partes. Considerando esta concepção sistêmica, o SISTUR – Sistema de Turismo, “constitui-se no conjunto de procedimentos, ideias ou princípios logicamente ordenados e coesos com a intenção de descrever, explicar ou dirigir o funcionamento de um todo”. (Beni, 2001) Desta forma, situa-se o turismo como atividade ligada, praticamente a quase todos os setores da atividade social humana. Por este motivo, a conceituação do turismo não pode ficar limitada a uma simples definição, uma vez identificado em vários contextos da realidade social, política, econômica e cultural de um local.
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CONCEITO Turismo, segundo a Organização das Nações Unidas e a Organização Mundial de Turismo (OMT), é a atividade de uma pessoa que visita um local fora de seu contexto habitual, por período inferior a um ano, com propósito diferente da atividade remunerada que exerce em sua vida profissional.
HISTÓRIA Podemos pensar a história do turismo por duas linhas: a de que o turismo é motivado pela busca de descanso, cultura, saúde, negócios, relações familiares, até mesmo passeio e lazer. É o tipo mais comum de turismo no dia-a-dia. Outro tipo de turismo seria o de viagens motivadas por guerras, movimentos migratórios e conquistas de territórios. Na literatura, o turismo tem antecedentes históricos claros, com início na época da Revolução Industrial.
NA GRÉCIA ANTIGA Na Grécia Antiga o tempo livre era culturalmente valorizado, o qual era dedicado à cultura, ao lazer, à religião e ao desporto. Os deslocamentos (viagens) que mais aconteciam eram para assistir às Olimpíadas, na cidade de Olímpia, a cada quatro anos, com finalidade esportiva. Já na religião, existiam as peregrinações religiosas, onde as pessoas se deslocavam, principalmente, aos Oráculos de Delfos e ao de Dódona. 10
Figura 1 | Teatro de Delfos
Figura 2 | Teatro Romano de Merida
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IMPÉRIO ROMANO Os romanos eram assíduos frequentadores de águas termais, visando o lazer e à saúde; na vertente cultural frequentavam teatros, e viajavam para a costa litorânea. Estas viagens voltadas ao lazer ocorreram, possivelmente, devido a três fatores: a Pax Romana, expressão latina para “a paz romana”, caracterizado por um longo período de relativa paz, livre de guerras; o desenvolvimento de importantes vias de tráfego; e a prosperidade econômica, que possibilitou a alguns cidadãos tempo livre e condições financeiras.
IDADE MÉDIA A Idade Média foi marcada, principalmente, pelas peregrinações religiosas, ocorridas numa época de recessão econômica. As famosas expedições de Veneza à Terra Santa, e as peregrinações pelo Caminho de Santiago, além das peregrinações de toda a Europa, fez com que fossem criados mapas (roteiros) e serviços para os viajantes.
IDADE MODERNA As peregrinações continuaram durante a Idade Moderna. Nessa época surgiram os alojamentos com o nome de hotel (palavra de origem francesa; significava uma residência grande e particular, uma mansão urbana, nas quais quartos e apartamentos podiam ser alugados por dias, semanas ou por mais tempo). 11
Novas instalações hoteleiras foram criadas para alojamento de personalidades e suas comitivas, que passaram a viajar com mais frequência. Esta também foi a época de grandes expedições marítimas de europeus, principalmente os espanhóis, os britânicos e os portugueses. No final do século XVI surge na Europa o costume de mandar os jovens aristocratas ingleses para fazerem um Grand Tour (grande viagem) ao final de seus estudos, com a finalidade de complementar sua formação e adquirir experiência. Era uma viagem que durava de três a cinco anos. Desta atividade, surgiram os termos turismo, turista. Houve também o retorno das antigas termas, que haviam decaído durante a Idade Média. Ainda que tivessem indicação medicinal, passaram a ser exploradas como lazer e entretenimento, surgindo, então, as Estâncias Termais como, por exemplo, em Bath, na Inglaterra. Nessa mesma época houve o descobrimento do valor medicinal da argila com os banhos de barro como ação terapêutica, onde as pessoas iam tomar os banhos por prescrição médica.
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REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Com a Revolução Industrial a burguesia volta a dispor de recursos econômicos e tempo livre para viajar. O invento do maquinário a vapor promove uma revolução nos transportes, que possibilita a substituição da tração animal pelo trem a vapor; houve o desenvolvimento das linhas férreas em grande parte da Europa, com rapidez e segurança. A Inglaterra foi a primeira a oferecer passagens de travessias transoceânicas para a América, com redução de tempo nos deslocamentos, dominando o mercado marítimo na segunda metade do século XIX, o que favoreceu as correntes migratórias europeias para a América. Nessa época, surgiu na Europa o Turismo de Montanha, com sanatórios e clínicas particulares, cuja finalidade era o tratamento e saúde ou para descanso.
Figura 3 | Trem a vapor em Alegrete
Figura 6
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BATE – PAPO
O turismo nos remete à ideia de descanso, cultura e lazer. O que é possível agregar a esses fatores para promover o turismo de forma sustentável, no destino Iguaçu e Região? Converse com os colegas de profissão e outros profissionais a respeito dessas situações. Exponha a sua opinião. Se possível, proponha discussão sobre outros textos que sejam de interesse comum.
anotações
PROJETO DE AÇÃO Organize um grupo de trabalho, de até cinco pessoas. Leiam atentamente o texto a seguir: A sensibilização da população para o turismo no destino Iguaçu, pode contribuir significativamente para o desenvolvimento de uma cultura e práticas que conciliem preservação da natureza com a expansão do turismo. E agora, vamos à ação: • Discutam o texto apresentado, considerando o que o grupo entende por turismo sustentável.
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• Dentre os atrativos turísticos do destino Iguaçu, selecionem três deles e discutam sobre a infraestrutura existente nestes atrativos para atender aos seus visitantes.
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• Retomem o conceito de turismo sustentável e elaborem para cada atrativo, sugestões de melhoria na sua infraestrutura, de forma que garantam ao mesmo tempo, as necessidades para o atendimento e a preservação do meio ambiente. A Coordenação local PIET, articulará a apresentação de todos os grupos, realizando a mediação e valorizando os pontos estratégicos desta apresentação, de forma a identificar os encaminhamentos cabíveis.
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Entre as décadas de 1950 e 1970 ocorreu o chamado “boom” turístico, devido ao crescimento do turismo internacional, num ritmo superior ao de toda a sua história.
Figura 4
O interesse por viagens surgiu a partir da classe média, com a recuperação econômica, especialmente da Alemanha e do Japão. Principalmente nesses países houve potencial elevação de renda, o que resultou em uma classe média mais estabilizada. Foi a classe média que potencializou o turismo, pois com as suas necessidades básicas de sobrevivência garantidas, foi em busca de novos atrativos, como a formação educacional de seus filhos, o interesse por viagens, para o desenvolvimento da cultura e também ao lazer.
Figura 5
Nessa época a condição de transporte já era bem mais desenvolvida, com larga produção de carros, a construção de novas estradas teve seu avanço, permitindo maior fluxo de viagens. Na Europa, a estrada dos Alpes, que atravessa a Suiça foi o auge de viajantes em busca de melhores condições climáticas. As empresas navais também se modernizaram, ofertando à população de viajantes a possibilidade de realização de cruzeiros, com alto luxo. A legislação em torno do turismo começa a aparecer com a demanda da padronização dos produtos e serviços. Na década de 1970, como consequência da inflação, ocorre nova crise no setor.
Figura 6
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MODERNIZAÇÃO EM TORNO DO TURISMO Na década de 1980 o mercado se estabiliza e novamente o turismo volta a aparecer, inclusive com melhorias significativas nos transportes, principalmente no aéreo. As empresas hoteleiras também se vêm obrigadas a modernizarem-se; para tanto, criam os parques temáticos, os resorts, os hotéis especializados em tratamento de saúde, como os spas, entre outras opções visando maior conforto e permanência do hóspede. Esse crescimento vai até a década de 1990, porém de maneira mais controlada, devido a alguns acontecimentos sociais, que interferiram na estabilidade financeira, como a Guerra do Golfo e a unificação alemã.
Figura 7
Figura 8
O desenvolvimento econômico possui direta participação no turismo, o que faz com que possa ser cada vez mais acessível; a concorrência entre as empresas, a facilidade das viagens por via áerea pelas empresas de baixo custo (low cost), o encantamento das viagens de cruzeiro, tudo faz com que o setor tenha seu crescimento e desenvolvimento vertical. Figura 9
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Figura 10
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BATE - PAPO
O Brasil apresenta hoje importantes avanços para a sustentação do turismo como fenômeno global, mas ainda há muito a fazer. Qual a necessidade brasileira quanto à modernização dessa atividade? Como é a realidade onde você atua? O que pode ser feito, no sentido de melhoria, no destino Iguaçu? Qual pode ser a sua participação, junto dos seus colegas de trabalho e das pessoas das demais relações sociais, do cotidiano? Converse com os colegas de profissão e outros profissionais a respeito dessas situações. Exponha a sua opinião. Se possível, proponha discussão sobre outros textos que sejam de interesse comum.
anotações ______________________________________________________________
PROJETO DE AÇÃO Em grupos de até cinco integrantes, organizem um mural da história do turismo, em ordem cronológica de acontecimentos no setor, até os dias atuais. Estabeleçam relações com o contexto turístico do destino Iguaçu. Após, analisem as necessidades de desenvolvimento que ainda estão por acontecer no turismo e as possibilidades de participação de cada um neste processo. Com a Coordenação local PIET, cada grupo escolhe uma escola do destino Iguaçu para expor seu trabalho, para realizar uma conversa com os alunos, com a finalidade de contribuir com a sensibilização para o turismo, partindo do ambiente escolar. Após a realização desta ação, é muito importante que todos os grupos se reúnam, para uma avaliação e significação do trabalho realizado.
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Mãos à obra!
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Convidamos você a conhecer o mundo do turismo e descobrir as possibilidades do turismo no Brasil. A atividade turística vem ganhando força a cada dia em todo o mundo, e no Brasil está em pleno desenvolvimento social e econômico, com vistas ao mundo devido aos grandes acontecimentos: a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. O turismo é um setor de serviços que gera empregos, renda e alto investimento público e privado, de forma moderna e atrativa. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), esse setor vem ganhando espaço dia a dia, movimentando cerca de 950 bilhões de dólares em receitas cambiais. Ainda segundo a OMT, o fluxo de turistas chegou a 935 milhões de pessoas circulando em viagens pelo mundo em 2010. A expectativa é que esse número aumente significativamente até 2020, chegando a 1,6 bilhões de pessoas.
Figura 11
Figura 1219
FLUXO DE TURISTAS INTERNACIONAIS (em Milhões)
Figura 13 Fonte: Organização Mundial do Turismo – OMT
que trazem visitantes ao Brasil estão o lazer (cerca de 45%); negócios, eventos e convenções (cerca de 23%), e outros motivos que somam a totalidade de ingresso de turistas ao país. Algumas cidades são consideradas polos de negócios, onde feiras e atividades comerciais e culturais, entretenimento, e negócios são muito destacadas, como por exemplo, Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo dados da World Travel & Tourism Council (WTTC), a projeção para 2021 é que o Brasil receba cerca de 11 milhões de turistas, o que gerará crescimento significativo na receita. São números expressivos, que possibilita a reflexão acerca da importância do Turismo no país, portanto, pode-se concluir que o investimento será alto por parte dos setores público e privado.
Segundo a Organização Mundial do Turismo, o alvo principal de visitas é a Europa, os Estados Unidos da América, e países da Ásia. O Brasil ainda tem muito que crescer, porém é o primeiro lugar no ranking da América Latina.
PRINCIPAIS PAÍSES RECEPTORES DE TURISTAS INTERNACIONAIS (%) O Brasil possui grandes oportunidades de crescimento nesse setor, devido aos eventos da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, que trarão ao país possibilidades reais de geração de empregos diretos e indiretos, investimentos públicos e privados, bem como os gastos dos visitantes. Segundo a Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), dentre os motivos 20
Figura 14 Fonte: Organização Mundial do Turismo – OMT
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BATE-PAPO
Você conhece o fluxo de turistas, que visitam o destino Iguaçu, anualmente? Busque esta informação nos órgãos oficiais do turismo existentes no destino Iguaçu, e também, pesquise em fontes diversas como sites específicos, revistas e livros de turismo. Reflita sobre a necessidade de preparo da população de um destino turístico, para receber tal fluxo de turistas. Converse com os colegas de profissão e outros profissionais a respeito das informações selecionadas. Exponha a sua opinião, provoque uma discussão construtiva e juntos busquem responder: Quais as possibilidades de crescimento do turismo no destino Iguaçu? Como podemos contribuir para com o crescimento e o desenvolvimento do destino Iguaçu e Região, no setor de turismo? Como esta contribuição pode impactar no contexto nacional do turismo?
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PROJETO DE AÇÃO Realize uma pesquisa para saber do potencial de desenvolvimento do Turismo no Paraná, mais especificamente, no destino Iguaçu e Região. Essa busca pode ser feita no FECOMERCIO do Estado do Paraná (http://www.fecomerciopr.com. br/), na Secretaria de Turismo do Estado (http:// www.setu.pr.gov.br/), na Secretaria Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu (http://www.pmfi.pr.gov.br/ turismo/), em jornais, em revistas especializadas, ou em outros órgãos que você conhecer. Organize as informações que você encontrar em tópicos. Depois, em grupo dirigido de estudo; juntem as informações coletadas e produzam um fôlder com conteúdo informativo. glossário - fôlder: impresso de pequeno porte, constituído de uma só folha de papel com uma ou mais dobras, e que apresenta conteúdo informativo ou publicitário; folheto.
O fôlder poderá ser impresso e distribuído à comunidade. O taxista, por exemplo, pode entregá-lo às pessoas que usarem seus serviços; o comerciante, em sua loja. Para a impressão, busquem alternativas de custo, como o patrocínio de empresários locais. Essa ação é colaborativa e exige a participação da comunidade local.
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Em seu local de trabalho, aproveite alguns dos intervalos das atividades de rotina, para apresentar o conteúdo do folder, como a sua contribuição para a sensibilização para o turismo, a partir das práticas diárias no trabalho. Mãos à obra! 21
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O Turismo possui diferentes segmentos no mundo todo. Em documento publicado em 2012, a Secretaria Nacional de Políticas do Turismo conceitua essa segmentação como: (...) uma forma de organizar o turismo para fins de planejamento, gestão e mercado. Os segmentos turísticos são definidos de acordo com: atividades, práticas e tradições (agropecuária, pesca, esporte, manifestações culturais, manifestações de fé); aspectos e características (geográficas, históricas, arquitetônicas, urbanísticas e sociais); determinados serviços e infraestrutura (de saúde, de educação, de eventos, de hospedagem, de lazer). BRASIL, 2012 Neste documento ainda são mencionados os seguintes segmentos turísticos: o Ecoturismo; o Turismo Cultural, aonde se enquadra o Turismo Religioso; o Turismo de Estudos e Intercâmbio; o Turismo de Esportes; o Turismo de Pesca; o Turismo Náutico; o Turismo de Aventura; o Turismo de Sol e Praia; o Turismo de Negócios e Eventos; o Turismo Rural e o Turismo de Saúde.
Turismo Rural O Turismo Rural, segundo a Secretaria Nacional de Políticas do Turismo, se caracteriza como: O conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade. BRASIL, 2012. O Turismo Rural tornou-se fonte de ação turística pela necessidade de o produtor rural aumentar sua fonte de renda, de agregar valor aos seus produtos, e pela necessidade de os moradores urbanos conviverem com a natureza, reencontrar suas raízes, tradições, costumes. Portanto, o Turismo Rural tem sua base de ação fundamentada nos aspectos que se referem a território, aos recursos naturais, à preservação da natureza, à valorização da cultura, e também, à economia.
23 Figura 15
Figura 16
Figura 17
Figura 18 | Templo Budista - Foz do Iguacu/PR
Turismo Religioso O Turismo Religioso é bastante difundido no Brasil, atendendo às diversas religiões. Historicamente, o Brasil é um país onde o catolicismo é predominante, porém essa característica já vem se alternando com outras igrejas e crenças. O fato é o que Brasil é pluricultural, portanto a temática quando tratada dentro do Turismo deve ser feita de forma que uma religião não se sobressaia à outra. Como exemplo de Turismo Religioso no Brasil, pode-se citar: • no Pará, o Círio de Nazaré; na Bahia, inúmeras igrejas históricas e a cultura afro; • Juazeiro do Norte, no Ceará, a devoção ao Padre Cícero; • em Minas Gerais, igrejas históricas em Ouro Preto, Sabará, São João Del Rei; • Nova Trento, em Santa Catarina, o Santuário de Santa Paulina; 24
• São Paulo, tanto a capital, como o interior, conta com famosos templos; entre tantas outras cidades bastante conhecidas, onde o Turismo Religioso é celebrado, reunindo devotos, turistas e a população local, em torno dos festejos e das manifestações culturais.
Turismo Cultural Segundo a Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, o turismo cultural abrange: as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura. BRASIL, 2012.
Sendo assim, pode-se afirmar que o Turismo Cultural possibilita ao cidadão conhecer e vivenciar o patrimônio histórico e cultural do país, além de possibilitar que a preservação dos bens patrimoniais seja realizada.
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Prática Turística
Figura 19
Figura 20
Ao conhecer e analisar cada segmento turístico pode-se perceber que o Turismo deve ser entendido não somente como uma prática que visa à economia, fins lucrativos, mas também como uma prática cultural. Segundo Moesch, 2000, (...) como um fenômeno com base cultural, com herança histórica, meio ambiente diverso, cartografia natural, relações sociais de hospitalidade, troca de informações interculturais. O somatório que esta dinâmica sociocultural gera parte de um fenômeno recheado de objetividade-subjetividade, que vem a ser consumido por milhões de pessoas. MOESCH, 2000.
BATE-PAPO Você pode perceber que a abordagem acerca dos diversos segmentos do Turismo possibilita o fazer, o olhar atento às possibilidades a serem desbravadas no contexto local. Figura 21
Reúna-se em grupos de até cinco integrantes e pesquisem os segmentos turísticos que já acontecem no destino Iguaçu, quais ainda não ocorrem e quais já ocorrem, mas podem ser ainda mais explorados. Analisem a situação atual e verifiquem as possibilidades de desenvolvimento, ou até mesmo de implantação local.
Figura 22
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PROJETO DE AÇÃO Ainda em grupos, retomem a discussão e registrem as suas observações no quadro a seguir.
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Após o registro e análise das possibilidades encontradas, apresente-as aos colegas e à Coordenação local PIET. Se possível, divulguem as suas descobertas junto ao Conselho de Turismo local.
Figura 23 | Igreja Matriz - Foz do Iguaçu/PR
Patrimônio Cultural – uma herança a ser cuidada Patrimônio, segundo o dicionário Houaiss, é uma herança familiar, um conjunto de bens familiares. Mas, não somente os bens materiais que são herdados da família; recebe-se da família a cultura, os valores, a educação, e da sociedade vários bens, que se traduzem em patrimônio cultural. Segundo o IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, órgão brasileiro vinculado ao Ministério da Cultura,
O patrimônio cultural não se restringe apenas a imóveis oficiais isolados, igrejas ou palácios, mas na sua concepção contemporânea se estende a imóveis particulares, trechos urbanos e até ambientes naturais de importância paisagística, passando por imagens, mobiliário, utensílios e outros bens móveis. Por este motivo é possível realizar uma das mais importantes distinções que se pode fazer com relação ao Patrimônio Cultural, pois sendo ele diferente das outras modalidades da cultura restritas apenas ao mercado cultural, apresenta interfaces significativas com outros importantes segmentos da economia como a construção civil e o turismo, ampliando exponencialmente o potencial de investimentos.
Disponível em: http://wwwiphan.gov.br/montarPaginaSecao. do?id=20&sigla=PatrimonioCultural&retorno=paginaIphan.
Acesso em: 25 jun. 2013. 28
O Ministério do Turismo, http://www.turismo. gov.br/, comenta a respeito do que vem a ser Patrimônio Histórico e Cultural:
Consideram-se patrimônio histórico e cultural os bens de natureza material e imaterial que expressam ou revelam a memória e a identidade das populações e comunidades. São bens culturais de valor histórico, artístico, científico, simbólico, passíveis de se tornarem atrações turísticas: arquivos, edificações, conjuntos urbanísticos, sítios arqueológicos, ruínas, museus e outros espaços destinados à apresentação ou contemplação de bens materiais e imateriais, manifestações como música, gastronomia, artes visuais e cênicas, festas e celebrações. Os eventos culturais englobam as manifestações temporárias, enquadradas ou não na definição de patrimônio, incluindo-se nessa categoria os eventos gastronômicos, religiosos, musicais, de dança, de teatro, de cinema, exposições de arte, de artesanato e outros.
A partir da análise desses conceitos, podese perceber que o Patrimônio Cultural é amplo e acessível a todos, moradores e visitantes de um determinado local. Faz parte da cidadania o cuidado e o respeito à preservação desse Patrimônio, que será deixado para outras gerações, com intuito de renovar, a cada momento, a memória de um passado bastante presente. Disponível em:
http://www.turismo.gov.br/turismo/programas_acoes/
regionalizacao_turismo/estruturacao_segmentos/turismo_cultural.html.
Acesso em: 25 jun. 2013. Figura 24 | Comunidade Indígena Yryapú - Puerto Iguaçu/AR
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Ver Vendo – Otto Lara Resende Em nossa vida passamos por muitas ruas, edifícios, arquiteturas diferentes, pessoas que chegam e que vão; Otto Lara Resende escreveu a respeito da banalização do olhar... Ver Vendo:
VER VENDO Otto Lara Resende* ... De tanto ver, a gente banaliza o olhar... Vê não-vendo... Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver... Parece fácil, mas não é... O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade... O campo visual da nossa rotina é como um vazio... Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta... Se alguém lhe perguntar o que você vê no seu caminho, você não sabe... De tanto ver, você não vê... Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio de seu escritório... Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro... Dava-lhe um bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência... Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer... Como era ele? 30
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Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia... Em 32 anos, nunca o viu... Para ser notado, o porteiro teve que morrer... Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência... O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem... Mas há sempre o que ver... Gente, coisas, bichos... E vemos? Não, não vemos... Uma criança vê o que um adulto não vê... Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo... O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê... Há pai que nunca viu o próprio filho... Marido que nunca viu a própria mulher (e desconhece os seus segredos e desejos), isso existe às pampas... Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos... É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença... Figura 25 *Otto Lara Resende foi professor e jornalista; nasceu em São João del Rei, Minas Gerais, em 1922, e faleceu em 1988, com 94 anos de idade. Em 03 de julho de 1979 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Tomou posse em 02 de outubro do mesmo ano, ocupando a cadeira 39. Disponível em: http://www.releituras.com/olresende_bio.asp. Acesso em: 26 jun. 2013.
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Quantas vezes você já passou por um determinado local e não percebeu que ali existe uma nova praça, uma nova rua? Qual a contribuição das pessoas para que a memória local seja preservada? Você costuma ‘parar no tempo’ para enxergar os detalhes na arquitetura, nas pessoas, no ambiente? Reúna-se em grupos de até cinco integrantes e juntos relembrem o que faz parte do Patrimônio Cultural do Destino Iguaçu. Um dos integrantes da equipe fará uma lista do que for lembrado. Este é um exercício de Brainstorming, ou seja, uma tempestade de ideias que vocês levantarão pela lembrança, sem acessar livros, internet, ou realizar consultas com familiares. Trata-se de um momento de recordação da sua história local.
PROJETO DE AÇÃO Com a lista do Patrimônio Cultural do Destino Iguaçu em mãos, em equipes de até cinco integrantes, escolham um lugar que vocês queiram visitar. Pode ser um museu, uma praça, uma rua, ou até mesmo um evento cultural. A equipe reunida irá até o local escolhido e perceberá cada detalhe; fazendo as anotações necessárias para apresentação ao grande grupo. Se possível, podem tirar fotos. De volta à turma, apresentem os locais visitados; comentem sobre os detalhes observados, e encantem os demais participantes para que façam essas visitas. Após as apresentações dos grupos, reúnam todos os materiais e levem a pesquisa da equipe, a outras pessoas e grupos comunitários; vocês poderão reproduzir cartazes, ou até mesmo apresentar o trabalho em forma de palestras, convidando todos os cidadãos locais a reconhecerem o Patrimônio Cultural do Destino Iguaçu. Bom trabalho!
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Acreditar na sensibilização para o turismo, em Foz do Iguaçu e Região, representa identificar no ambiente das suas relações sociais, as possibilidades para desencadear no destino, um processo socioeducativo transformador de sentido e significado do saber e do fazer. O sentir e o agir da população podem ir além de simples práticas sociais do cotidiano, tornando-se atitude de acolhimento, hospitalidade com excelência: Se o intuito da hospitalidade é criar e manter relações sociais, o ambiente que a pessoa está passa a ter significado, criando identidade e memória com este ambiente. Marches; Souza; Castaldelli, 2008.
Desta forma, cabe-nos contribuir para o desenvolvimento de uma cultura e prática da hospitalidade, no Destino Iguaçu, para que a atitude de acolhimento, com excelência, seja não somente com o turista, mas também entre os próprios moradores do destino.
Figura 26
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Com o sentimento de pertencimento, a partir da identidade e memória com o Destino Iguaçu, cabe também a sensibilização para a preservação do patrimônio público ambiental, histórico e cultural da cidade, considerando que sendo o patrimônio público pertencente a todos, a todos cabe por ele zelar, valorizando e cooperando com a proteção, defesa e preservação dos bens públicos, como os monumentos, ruas, praças, rios, mobiliário urbano, bibliotecas, escolas e tantos outros bens. A hospitalidade é um modo privilegiado de encontro interpessoal marcado pela atitude de acolhimento em relação ao outro. As práticas de hospitalidade deverão marcar todas as situações da vida, ou seja, a hospitalidade não deverá ficar circunscrita à disponibilidade para receber o turista, o visitante que chega de fora e está de passagem pela cidade, é necessário que esta atitude de acolhimento e cortesia, seja a todo o próximo, seja o vizinho, o colega de trabalho, um desconhecido. Baptista, 2002.
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Conversem na equipe de estudo, sobre o ato de acolher. Exponham opiniões e provoquem uma discussão construtiva, sobre o que entendem por hospitalidade e como ela pode ser praticada, no dia a dia, no trabalho, em casa, entre amigos e familiares, nos ambientes das relações sociais por onde transitamos. Registrem as possibilidades de prática da hospitalidade no cotidiano, a partir das experiências pessoais e da equipe.
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PROJETO DE AÇÃO Em cada ambiente de convívio entre pessoas, pode ser criado um contexto adequado para o desenvolvimento de uma cultura e prática da hospitalidade, de forma tão significativa que acabe por criar um referencial de acolhimento. A hospitalidade, como ato de acolher, pode assim ser traduzido em imagens que permanecem em nossa lembrança pelo referencial criado. Agora que você e sua equipe já conversaram e registraram as possibilidades de prática da hospitalidade busquem, no cotidiano do Destino Iguaçu, as imagens que imediatamente nos reportam ao acolhimento, com excelência, considerando exemplos abaixo: Concluam a Proposta de Ação, projetando como exercício diário, a prática da hospitalidade, considerando que a hospitalidade é também, segundo Montandon, 2003, uma maneira de se viver em conjunto, regida por regras, ritos e leis”. Nesse sentido, a hospitalidade é “concebida não apenas como uma forma essencial de interação social, mas também como uma forma própria de humanização, ou no mínimo, uma das formas essenciais de socialização.
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Bom trabalho!
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DISQUE 100 PARA DENUNCIAR Você já deve ter visto imagens como essas:
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A exploração sexual no turismo é algo que preocupa muito a sociedade. Segundo dados oficiais do Ministério do Turismo, http://www. turismo.gov.br/, foi registrado um aumento do número de denúncias com relação a abusos sexuais cometidos contra nossas crianças, adolescentes, idosos, moradores de rua, pessoas com deficiências, e também, com pessoas pertencentes ao grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) em todo o Brasil. Em 2012, foram 168,6 mil. Em 2011, 96,4 mil; portanto, um aumento de 74,9% de denúncias. Em primeiro trimestre de 2013, o disque 100 registrou 53,5 mil denúncias, o que demonstra a conscientização da sociedade, considerando que o número de denúncias aumentou significativamente. O olhar atento das pessoas pode, com certeza, colaborar na diminuição desse abuso.
O Ministério do Turismo apoia e colabora em campanhas a nível nacional contra o abuso sexual no turismo, com ações direcionadas com maior foco em períodos de grande movimentação turística no país, como no carnaval, e outros eventos. A campanha de 2013 “Proteja – não desvie o olhar” teve material distribuído em todo o país, com intuito de estimular a população a denunciar os casos de abuso pelo disque 100.
A exploração de crianças e adolescentes é crime tipificado pelo Código Penal e consta no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Informações disponíveis em: http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/todas_ noticias/20130613-1.html.
Acesso em 30 jul. 2013. Figura 30
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O que as imagens apresentadas têm em comum? Qual a sensação ao vê-las? Não podemos fechar os olhos para o abuso sexual. É nosso dever, enquanto cidadão, denunciar casos de exploração sexual.
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PROJETO DE AÇÃO Em grupos de até 5 participantes, pesquisem a respeito dos índices de exploração sexual no município. Vocês poderão buscar informações no Conselho Tutelar, na Secretaria de Turismo, ou com Autoridades locais. Após a identificação dos dados sobre a exploração sexual no Destino Iguaçu, promovam uma ação coletiva de combate ao crime. Busquem materiais de divulgação na Secretaria de Turismo, ou em agências locais e ajudem a reforçar a distribuição dos cartazes, banners e adesivos em hotéis, restaurantes, bares, e outros locais públicos que vocês acharem conveniente. É interessante, também, formular palestras para divulgar às escolas locais, alertando pais e alunos sobre essa questão. O Coordenador local PIET poderá auxiliá-los nessa ação.
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COMUNIDADE e turismo
Como construir de forma participativa o turismo na cidade onde eu moro? A atividade turística em Foz do Iguaçu construiu mecanismos que facilitam a participação da comunidade na construção das políticas públicas vinculadas ao setor, conheça alguns deles!
Apresentamos a Conferência Municipal de Turismo, estabelecida em 2012, por iniciativa do Conselho Municipal de Turismo, a conferência surgiu a fim de oportunizar a participação da sociedade, de forma democrática e representativa, no processo de discussão das políticas públicas voltadas ao Turismo e suas transversalidades, além de dar ao Poder Público e às entidades ligadas ao setor, subsídios à elaboração participativa do Plano Municipal de Turismo. Criada por meio do Decreto Municipal 21.245, de 19 de abril de 2012, a conferência busca a descentralização das discussões sobre Turismo e um meio de fortalecimento do Conselho Municipal de Turismo, agregando a ele representantes da comunidade, garantindo o pluralismo do diálogo social junto ao Poder Público na elaboração do Plano Municipal de Turismo, na preposição de Programas de fomento e sustentabilidade social, ambiental e econômica e na fiscalização das ações. E por falar em Conselho Municipal de Turismo, o COMTUR, conheça um pouco mais sobre o que ele faz e como participar. Criado por meio da Lei Municipal Nº 2.442 de 24 de setembro de 2001, o COMTUR é um órgão consultivo, normativo e deliberativo, que atua em conjunto com as entidades que o integram, para 41
dar atendimento aos fatores socioeconômicos relacionados ao turismo no Município. O principal objetivo do COMTUR é de formular e implementar a Política Municipal de Turismo, visando a criar condições para o aperfeiçoamento e o desenvolvimento, em bases sustentáveis, da atividade turística no município de forma a garantir o bem estar de seus habitantes, dos turistas e do patrimônio natural e cultural da região, bem como estimular os investimentos estaduais, nacionais e internacionais na região do polo de Foz do Iguaçu. As reuniões acontecem mensalmente na sede do conselho localizada na Avenida das Cataratas, 2330 – vila Yolanda, Centro de Artesanato, e são abertas ao público. Além deste órgão, Foz do Iguaçu conta com uma Secretaria Municipal de Turismo, criada por meio da Lei nº 1.081, de 19 de novembro de 1980, a secretaria realiza inúmeros trabalhos, divididos em quatro estruturas: o Gabinete do Secretário, o Departamento de Desenvolvimento de Turismo, o Departamento de Assuntos Exteriores, e a Coordenadoria de Marketing e Eventos. Outra importante iniciativa da atividade turística em Foz do Iguaçu é a Gestão Integrada do Turismo, que já virou um caso de sucesso reconhecido em todo o Brasil, e inclusive pelo Ministério do Turismo. O objetivo da Gestão Integrada do Turismo do Destino Iguaçu é contribuir para o desenvolvimento do turismo no destino em todas as suas dimensões e apoiar o crescimento e fortalecimento do setor. O caráter multiinstitucional da Gestão Integrada à torna a principal ferramenta de planejamento, elaboração, execução 42
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e monitoramento das demandas, ações e projetos turísticos para o turismo. Formalizada por meio de um termo de cooperação entre as instituições públicas e privadas, onde cada uma se compromete em aportar recursos econômicos e financeiros, assim como recursos humanos, num alinhamento de ações, a fim de garantir a continuidade das ações de desenvolvimento do turismo.
Biblioteca Municipal de Turismo
Na Biblioteca de turismo você pode conhecer um pouco mais sobre esta que é uma das mais importantes atividades econômicas do seu município. Inaugurada em 27 de fevereiro de 1992, a Biblioteca Especializada em Turismo presta homenagem ao pioneiro Frederico Engel, proprietário do primeiro hotel de Foz do Iguaçu, denominado "Hotel Brasil". Inserida na estrutura da Biblioteca Municipal, a Biblioteca segue os padrões bibliotecários na administração e organização dos materiais bibliográficos, resgata, ordena, coloca à disposição para consultas, pesquisas, cópias e empréstimos uma gama de informações de interesse turístico e cultural. Atualmente localizada junto à Biblioteca Municipal Elfrida Engel, nas instalações da Fundação Cultural, a Biblioteca atende gratuitamente aos alunos dos diversos segmentos educacionais, profissionais do setor turístico, funcionários de empresas, turistas que buscam informações prévias dos locais que queiram visitar, entre outros. O acervo é adquirido através da captação em eventos, solicitação aos organismos oficiais de turismo, nacionais e internacionais, às embaixadas e consulados, doações do "trade turístico" e repasse das demais divisões da Secretaria. É composto 43
por anuários, guias, roteiros, livros com descrição de economia, meio ambiente, aspectos sociais, arte, cultura, turismo local, regional, nacional e internacional, livros técnicos em turismo e hotelaria, folders, revistas, jornais, mapas, cartazes, fitas que divulgam e ensinam sobre os potenciais turísticos. A Biblioteca disponibiliza, para consulta via internet, as referências bibliográficas do acervo Bibloteca, que podem ser localizadas pelo autor, título ou palavra chave diretamente no site: http://pmfi.phlnet.com.br. Também é possível solicitar a reserva do material por telefone ou e-mail. Documentos necessários para se cadastrar na Biblioteca: foto 3x4, cópia da Carteira de Identidade e cópia de comprovante de residência. Endereço: Rua Benjamin Constant, 62 – Centro.
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BENI, M. C. Análise Estrutural do Turismo. São Paulo: Editora SENAC, 2001. BRASIL. Secretaria Nacional de Políticas de Turismo. Marcos conceituais do Turismo. Disponível em: <http:// www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/o_ ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/ Marcos_Conceituais.pdf>. Acesso em: 30 maio 2013. BRASIL. MINISTÉRIO DO TURISMO. Turismo Cultural: orientações básicas. Ministério do Turismo, Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico, de Segmentação. Brasília: Coordenação-Geral Ministério do Turismo, 2010. BRASIL. MINISTÉRIO DO TURISMO. Turismo Cultural. Disponível em: <http://www.turismo.gov.br/ turismo/programas_acoes/regionalizacao_turismo/ estruturacao_segmentos/turismo_cultural.html>. Acesso em: 25 jun. 2013. BRASIL. MINISTÉRIO DO TURISMO. Turismo lança campanha contra exploração sexual de crianças. Disponível em: <http://www.turismo.gov.br/turismo/ noticias/todas_noticias/20130613-1.html>. Acesso em 30 jul. 2013. CATARATAS DO IGUAÇU. Disponível em: <http://www. cataratasdoiguacu.com.br/portal/paginas/226-lendadas-cataratas.aspx>. Acesso em: 01 jun. 2013. 49
CRONOLOGIA HISTÓRICA DO MUNICÍPIO. Disponível em: < http://www.pmfi.pr.gov.br/conteudo/984/1009/ Cronologia-da-Historia> . Acesso em: 04 jun. 2013. GASTAL, S., MOESCH, M. Turismo, políticas públicas e cidadania. São Paulo: Aleph, 2007. IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Disponível em: <http:// w w w. i p h a n . g o v. b r / m o n t a r Pa g i n a Se c a o . sigla=PatrimonioCultural&retorno=paginaIphan>. Acesso em: 25 jun. 2013. MARCHES, J. S.; ANTONIO, R. B.; SOUZA, T. M. M. M.; CASTALDELLI, V. A. Companhias aéreas: o e-commerce e a hospitalidade virtual. 2008. 81 f. Monografia (Especialização em Planejamento e Gestão da Hospitalidade em Turismo). INTEGRALE SISTEMAS DE ENSINO/FECAP. Bauru, 2008. MILLER, J. G. Living systems. New York: McGraw-Hill, 1978. MOESCH, M. A produção do saber turístico. São Paulo: Contexto, 2000.w.
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BOFF, L. Virtudes para um outro mundo possível. Vol. I: Hospitalidade: direito e dever de todos. Petrópolis: Vozes, 2005. CASTELLI, G. Hospitalidade na Perspectiva da Gastronomia e da Hotelaria. Editora Saraiva, 2006. CERQUIER-MANZINI, M. L. O que é cidadania. São Paulo: Brasiliense, 2010. KRIPPENDORF, J. Sociologia do Turismo: para uma nova compreensão do lazer e das viagens. São Paulo: Aleph, 2001. LASHLEY, C. MORRISON, A. (Orgs.) Em busca da hospitalidade: perspectivas para um mundo globalizado. Barueri: Manole, 2004. LEMOS, C. A. C. O Que é Patrimônio Histórico. São Paulo: Brasiliense, 2006. LIMA, G. F. C. Educação Ambiental no Brasil. Formação, Identidade e desafios. São Paulo: Papirus, 2004. MONTANDON, A. Hospitalidade: ontem e hoje. In DENCKER, A. F.M. BUENO; M.S. (Orgs) Hospitalidade: Cenários e Oportunidades. São Paulo: PioneiraThomson, 2003. PORTUGUEZ, A. P. Consumo e espaço: turismo, lazer e outros temas. São Paulo: Roca, 2001. RUSCHMANN, D. V. M. Turismo e planejamento sustentável: a proteção do meio ambiente. Campinas: Papirus, 1997 51
TEXTO 1: 01 - Teatro de Delfos ...............................................................10 Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/ Ficheiro:07Delphi_Theater03.jpg Acesso: 08.12.2013 02 - Teatro Romano de Mérida .............................................. 11 Disponível em: http://commons.wikimedia.org/wiki/ File:Merida_Roman_Theatre2.jpg Acesso: 28.11.203 03 - Trem a Vapor de Alegrete ............................................... 12 Disponível em: http://upload.wikimedia.org/ wikipedia/commons/3/3a/Locomotiva_em_Alegrete. JPG?uselang=pt-br Acesso: 27.12.2013
TEXTO 2: 04 - Embarque e Desembarque ............................................ 15 Disponível em: http://www.sxc.hu/browse. phtml?f=download&id=753722 Acesso: 01.12.2013 05 - Malas Prontas ................................................................. 15 Disponível em: http://pixabay.com/en/bags-blackperson-sitting-view-166764/ Acesso: 28.11.2013 06 - Muitos Destinos ........................................................... 15 Disponível em: http://www.sxc.hu/browse. phtml?f=download&id=1413797 Acesso: 28.11.2013 07 - Serviços e Lazer............................................................... 16 Banco de imagens Polo Iguassu.
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08 - Turismo Regional ............................................................ 16 Banco de imagens Polo Iguassu. 09 - Marina Herradura - Jacó/Costa Rica ............................. 16 Banco de imagens Polo Iguassu. 10 - Sitio Colina ......................................................................16 Banco de imagens Polo Iguassu.
TEXTO 3: 11 - Logo Olimpíadas Rio 2016 ............................................ 19 Disponível em: http://www.rio2016.com/copyright. Acesso: 04.12.2013 12 - Campanha Pátria de Chuteiras ..................................... 19 Disponível em: http://www.colunistas.com. br/pc2013/df/exterior/ARTPLAN-a_patria_de_ chuteiras-13.jpg Acesso: 04.12.2013 13 - Gráfico Fluxo de Turistas Internacionais ...................... 20 Fonte: Organização Mundial do Turismo - OMT. 14 - Gráfico Principais Países Receptores de Turistas Internacionais ........................................................................ 20 Fonte Organização Mundial do Turismo - OMT.
TEXTO 4: 15 - Sítio Pequeno Paraíso - São Miguel do Iguacu/PR...... 23 Banco de imagens Polo Iguassu.
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16 - Sitio Maioli. Morangos .................................................. 23 Banco de imagens Polo Iguassu. 17 - Sitio Arruda ......................................................................23 Banco de imagens Polo Iguassu. 18 - Templo Budista de Foz do Iguaçu ................................. 24 Banco de imagens Polo Iguassu. 19 - Turismo de Pesca ............................................................ 25 Dispnível em: http://www.sxc.hu/ photo/1418274. Acesso: 05.12.2013 20 - Igreja - Paraty/RJ ........................................................... 25 Banco de imagens Polo Iguassu. 21 - Turismo Náutico .............................................................. 25 Disponível em: http://www.sxc.hu/ photo/1063691 Acesso: 05.12.2013 22 - Cânion Iguaçu ................................................................. 25 Banco de imagens Polo Iguassu.
TEXTO 5: 23 - Igreja Matriz - Foz do Iguaçu/PR ................................... 28 Banco de imagens Polo Iguassu 24 - Comunidade Indígena Yryapú - Puerto Iguaçu - AR .... 29 Banco de imagens Polo Iguassu. 25 - Otto Lara Resende ......................................................... 31 Disponível em: http://f.i.uol.com.br/folha/publicidade/ images/11329395.jpeg Acesso: 06.12.2013
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TEXTO 6: 26 - Vinhos Boufleur .............................................................. 34 Banco de imagens Polo Iguassu. 27 - Acessibilidade ................................................................. 34 Banco de imagens Polo Iguassu. 28 - Sítio das Orquídeas ........................................................ 34 Banco de imagens Polo Iguassu.
TEXTO 7: 29 - Quadro de Imagens Campanhas Contra a Exploração Sexual .................................................................................... 38 Disponível em: http://www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/ programas_acoes/programa_sustentavel_infancia/downloads_ tsi/Cartaz_46x64.jpg http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/todas_noticias/ galeria_noticias/Filipeta_frente_15_x_21.jpg http://1.bp.blogspot.com/_rqjuEZPOiCQ/ TTrT5fzrpAI/AAAAAAAAHWs/_4p2xir8L_0/s1600/ campagna%252520brasiliana.jpg http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/_agenciabrasil/files/gallery_ assist/29/gallery_assist665107/09122010-09.12.2010MCA3632. jpg http://rotadaamizade.files.wordpress.com/2012/09/cartaz_ fac3a7a_turismo_nc3a3o_abuse_balanc3a7o.jpg http://rotadaamizade.files.wordpress.com/2012/09/menina.jpg Acesso: 30.11.2013 30 - Banner Campanha Contra a Exploração Sexual ......... 39 Disponível em: http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/ todas_noticias/galeria_noticias/Adesivo_MinTurismo_210x100-1. jpg Acesso: 30.11.2013 55
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