Vida e Obra de João Pedro Mésseder

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João Pedro Mésseder




Ficha Técnica Docente

Lúcia Barros

Autoras

Joana Martins 12562 Sara Mota 11082

Curso

Educação Básica

Unidade Curricular

Literatura Infanto - Juvenil

Escola

Instituto Politécnico de Viana do Castelo


João Pedro Mésseder


João Pedro Mésseder é o nome literário com que o professor, investigador e crítico de literatura, José António Gomes, assina as suas produções literárias destinadas quer a crianças quer a adultos. A opção por um nome ficcional (que recupera de uma herança de família), a que corresponde uma data e local de nascimento diferentes dos que constam nos seus documentos de identificação, além de estabelecer uma espécie de jogo com o leitor, permite – como se de uma semi-heteronímia se

tratasse – separar as identidades e, sobretudo, as atividades editoriais levadas a cabo no campo científico e no domínio literário.


Com uma obra literária para crianças e para adultos que

se tem vindo a afirmar com consistência e originalidade desde 1999, João Pedro Mésseder publicou textos, em prosa e em verso para o público mais jovem, que se caraterizam pela novidade do

olhar face ao universo infantil, simultaneamente inaugural e questionador, capaz de motivar uma observação atenta e demorada dos leitores. A sua obra literária de potencial receção

infantil carateriza-se, ainda, pela novidade com que o autor revisita temas e motivos da tradição, ao mesmo tempo que recria a linguagem poética, cruzando influências diversificadas e

manifestando uma voz interventiva que reflete sobre o mundo e sobre os homens.


Jogo Infância

Paródia

Animais

Áreas Temáticas

Humor

Tradição

Natureza Poesia


• Dez andamentos (1999) • Espuma (2001) • Gondomar em fundo (2003) • De um caderno grego (2003) • O que impuro olhar algum (2005) • Meridionais (2007)

Poesia e outras

• A cidade incurável (1999)


Literatura para crianças e jovens

• Conto da travessa das musas (2001)

• Breviário do sol (2002) • O Laró (2002) • Árvores Pombos Limões e Tropelias (2002) • De que cor é o desejo? (2003) • Não posso comer sem limão (2004) • A couve, as calças e o burro (2004) • Palavra que voa (2005)


• Breviário da água (2004) • O mundo a cair aos bocados (2005)

• A canção dos piratas (2006) • Romance do 25 de Abril em (2007)

• As histórias de Pedro Malasartes (2007) • O Aquário (2007)

• O meu primeiro Miguel Torga (2009) • Guardador de árvores (2009)


• Caneta Feliz (2009) • Eu, Nós e os outros (2009)

• Lulu ou a Hora do Lobo (2010) • Versos quase matemáticos (2010)

• As letras de números vestidas (2010) • Gatos, Lagartos e outros poemas (2012)

• O livro dos meses (2012)


Propostas de Leitura

«CAMA

«O silêncio vive numa casa onde a música entra quase sem pedir licença.»

«O ovo O ovo é um silêncio turbulento.» in Versos com reversos

in À noite as estrelas descem do céu

A palavra esconde o verbo amar E nomeia o lugar onde o verbo se costuma conjugar» in Elucidário de Youkali


Neste álbum, quem merece tal louvação são as árvores. Como antigas mães dos livros, as árvores transmitem um nunca acabar de sensações. O seu mundo é ainda um nunca acabar de palavras. E o emaranhado de folhas e ramos, as formas dos troncos e das copas são, aos nossos olhos, imagens vivas.

São os piratas figuras simpáticas ou assustadoras? Este álbum ilustrado parte desta interrogação que tem fascinado leitores de várias idades. A irreverência, a transgressão ou o espírito aventureiro tradicionalmente ligados à figura dos piratas - pontuam os versos do livro e suscitam o riso.


Será que a poesia rima com a matemática? Dirão os menos atentos que escrever e calcular são coisas muito diferentes. Mas talvez assim não seja. Num livro de extrema sensibilidade, o autor faz dançar as letras com os números, proporcionando uma aproximação envolvente .

Constituído por poemas breves, acessíveis a crianças dos 1.º e 2.º Ciclos (alguns deles, até, a crianças do préescolar), Gatos, Lagartos e Outros Poemas propõe uma pequena viagem pelo mundo dos bichos - de tão larga tradição na literatura infantil -, estimulando o respeito pela natureza e pelos direitos dos animais.


• O seu livro de poesia Fissura foi distinguido com o

Curiosidades

Prémio Literário Maria Amália Vaz de Carvalho –1999

• Versos com Reversos (Caminho, 1999) e Palavra que Voa

(Caminho, 2005) foram nomeados, em anos diferentes, para a «IBBY Honour List»

• Timor Lorosa’e: A Ilha do Sol Nascente (Ambar, 2001) foi seleccionado para a lista «White Ravens 2003» pela

Biblioteca Internacional da Juventude de Munique.


• Gosta mais de escrever para crianças pequenas,

JPM- Eu nem sei se posso dizer que escrevo para adolescentes; acho que não, que nunca escrevi nenhum livro mesmo dirigido a adolescentes. Já escrevi alguns livros para crianças pequenas, como

O Aquário, ou Lulu ou a Hora do Lobo, que são narrativas (…) Quero dizer: uns talvez um pouco mais fixados naquilo que é a realidade de um menino de seis, sete ou oito anos e do seu

imaginário, e outros mais numa zona de fronteira entre a literatura para crianças e a literatura para adultos como é o caso de Guardador de Árvores (…) E também escrevi alguns livros para adultos, mas

menos histórias e mais poesia.

Entrevista

adolescentes ou adultos?


•Porque é que escolheu usar o pseudónimo João Pedro Mésseder para assinar os seus livros? Que significado tem

Entrevista

esse pseudónimo? JPM- Eu sou professor do ensino superior, dirijo uma revista de divulgação e crítica de livros infantis, a Malasartes, publico artigos sobre livros que outros escreveram, (…) portanto, achei que passar a

assinar os meus livros de poesia ou de histórias com um nome literário (…) Portanto, tenho livros assinados com o meu nome próprio (José António Gomes), mas não são livros de criação

literária, e tenho livros assinados com o nome João Pedro Mésseder, que são livros só de poesia ou de contos. Porquê Mésseder? Porque é um nome que existe na minha família, e João porque sempre tive um

certo fascínio por esse nome, por ser curto, simples, (…).


•Porque é que escreve tantos poemas sobre as palavras?

JPM- Se as palavras não fossem importantes para mim, eu não escrevia. Sou obcecado pelas palavras e sou-o de tal maneira, que há palavras que detesto e palavras pelas quais tenho uma enorme paixão. E depois há uma coisa que me faz ficar zangado, que é certas palavras, que de tão repetidas, de tão usadas, parece que já não significam nada (…) por exemplo as palavras «amor», «amizade», «democracia», «justiça». (…) Por isso é que sou fascinado por palavras antigas, que caíram em desuso, e às vezes gosto de as usar precisamente por isso.

www. catalivros.org

Entrevista

Que importância têm elas para si?


Webgrafia • www.casadaleitura.org, acedido a 20 de maio de 2013 • www.catalivros.org, acedido a 20 de maio de 2013

• www.nonio.uminho.pt, acedido a 20 de maio de 2013 • www.wook.pt, acedido a 20 de maio de 2013


“Quando

era

pequeno,

João

Pedro

Mésseder brincava sozinho aos piratas e aos cowboys e gostava de subir às árvores

para saber como ficavam as coisas vistas de cima, mas, de todas as brincadeiras, ler era a preferida. Hoje em dia este escritor e poeta,

que

também

é

professor

de

literatura, continua a gostar muito de ler

e, embora já não brinque como antes, escreve belos livros para crianças.”




“Um livro num passe de mágica tocou-me com o seu feitiço: Deu-me a paz e deu-me a guerra, mostrou-me as faces do homem – porque um livro é tudo isso.” João Pedro Mésseder


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