Verbo
Breve apresentação do variabilidade.
verbo e sua
rsn 2007/08
Definição Os verbos são palavras variáveis e exprimem acções, estados, qualidades ou existência. Têm seis categorias: número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz.
Conjugações Existem três tipos de conjugação:
1.ª Conjugação – verbos cuja vogal temática é –a. pensar – a – r (radical)+vogal temática+desinência
2.ª Conjugação – verbos cuja vogal temática é –e. beb – e – r (radical)+vogal temática+desinência
3.ª Conjugação – verbos cuja vogal temática é –i. part – i – r (radical)+vogal temática+desinência
Flexão dos verbos Quanto à flexão, os verbos podem classificar-se em:
Verbos regulares – mantêm o radical em toda a sua conjugação, ex.: cantar, partir, vender, etc. Verbos irregulares – apresentam alteração de radical ao longo da conjugação, ex.: estar, ser, pedir, etc. Verbos defetivos – não se usam em certos tempos, modos ou pessoas, ex.: chover, nevar, etc.
Esquema da conjugação verbal
Modos verbais Os modos são as diferentes formas que o verbo toma de acordo com a atitude (de certeza, de desejo, de dúvida, de mando, etc.) de quem fala em relação àquilo que está a dizer.
Modo indicativo – apresenta o facto como uma realidade, realidade uma certeza, ex.: Os alunos não faltaram às aulas. Modo conjuntivo – apresenta o facto como um desejo, desejo uma possibilidade, uma dúvida ex.: Oxalá, os alunos não faltem às aulas.
Modo condicional – apresenta o facto como uma hipótese, hipótese dependendo de uma condição, ex.: Se não houvesse transportes, os alunos faltariam às aulas. Modo imperativo – apresenta o facto como uma ordem, ordem um conselho, conselho um pedido, pedido ex.: Por favor, vai às aulas.
Modo infinitivo – apresenta o facto de maneira abstrata, abstrata ex.: Faltar às aulas acontece. Nota: Nota Nas frases negativas, o imperativo é substituído pelo conjuntivo. conjuntivo O mesmo acontece nas frases afirmativas, na linguagem familiar, sempre que o imperativo não tem formas próprias. Ex.: Não faltem às aulas, por favor. / Venham às aulas, meninos.
Conjugação perifrástica A conjugação perifrástica consiste na junção de um verbo auxiliar e, geralmente, uma preposição a um verbo principal, principal no infinitivo ou no gerúndio, gerúndio para lhe conferir novas significações.
Os verbos auxiliares da conjugação perifrástica que se utilizam com mais frequência são: ir, ir vir, andar, andar dever, dever estar, estar ter, ter haver, haver começar, começar acabar, acabar ficar, ficar continuar. continuar
Significações mais frequentes conferidas aos verbos através da conjugação perifrástica: Duração do processo – andar a, a estar a + infinitivo ou estar/andar + gerúndio. gerúndio Exemplo: Exemplo ando a ler um livro / estou lendo um livro.
Início do processo – começar a + infinitivo. Exemplo: Exemplo comecei a ler um livro. Fim do processo – deixar de + infinitivo, acabar de, estar a + infinitivo. Exemplo: Exemplo deixei de fumar; fumar acabei de tomar banho; banho estive a estudar. estudar
Necessidade ou obrigação – ter de + infinitivo. Exemplo: Exemplo tenho de trabalhar. trabalhar Certeza – haver de + infinitivo. Exemplo: Exemplo havemos de conseguir. conseguir
Intenção – estar para, haver de + infinitivo. Exemplo: Exemplo estive para telefonar; telefonar hei-de fazer. fazer Simultaneidade – ir a, vir infinitivo. Exemplo: Exemplo Vinha a pensar em encontrei.
a, estar a + ti, ti quando te
Probabilidade ou dever – dever + infinitivo. Exemplo: Exemplo A minha mãe deve estar a chegar. chegar Compromisso – ficar de + infinitivo. Exemplo: Exemplo Fiquei de lhe telefonar. telefonar
Conjugação pronominal A conjugação pronominal é uma forma especial de conjugação em que as formas verbais são acompanhadas de pronomes. Existem três tipos de conjugação pronominal: conjugação pronominal / conjugação pronominal reflexa / conjugação pronominal recíproca. recíproca
Conjugação pronominal Colocados os pronomes antes dos verbos, não se alteram: Não o dou; Colocados os pronomes depois do verbo, as formas o/a, os/as passam a lo/los, quando a forma verbal termina em –r, -s, -z (estas consoantes são suprimidas) – tu dá-lo – e passam a –no/ no nos, nos na/ na nas, nas quando a forma verbal termina em sílaba nasal: eles dão-no.
Conjugação pronominal reflexa O sujeito pratica e sofre a acção, acção ou seja, a acção do sujeito recai sobre ele próprio. O pronome aparece como complemento directo. Utilizam-se os pronomes pessoais me, te, se, nos, vos, se – eu distraio-me, me tu distrais-te, te ele distrai-se… se
Conjugação pronominal recíproca
Exprime reciprocidade na acção praticada, ou seja, a acção de cada um dos sujeitos recai sobre ambos. Esta conjugação utiliza-se apenas no plural, com os pronomes nos, vos e se – nós cumprimentamo-nos, vós nos cumprimentais-vos… vos
Colocação do pronome junto do verbo Geralmente, o pronome, qualquer pronome, coloca-se depois do verbo, ligado a ele por um hífen – Disse o meu número de telefone e ele escreveu- o. O pronome coloca-se antes do verbo, quando as frases estão na forma negativa – Não te repito o aviso – ou quando o verbo está no modo conjuntivo – Espero que me escrevas.
Voz ativa / voz passiva Os verbos podem ser conjugados em duas vozes: vozes na voz ativa - indicando que o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo - e na voz passiva - indica que o sujeito recebe a ação expressa pelo verbo. Os alunos leem livros nas aulas. Livros são lidos pelos alunos nas aulas.
Conjugação do verbo na voz passiva Para conjugar o verbo na voz passiva, passiva recorre-se ao verbo “ser”, como auxiliar, ser conjugado no tempo e modo do verbo na voz activa, acrescentando-lhe o particípio passado do verbo principal. Os alunos leem livros nas aulas. Livros são lidos pelos alunos nas aulas. Nota: Nota pelos alunos desempenha a função de agente da passiva. passiva