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Microrganismos do Solo

Criação de Microhabitats ou Corredores Ecológicos

Criação de Abelhas

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Instalação de Casas para Passarinhos Promover a ligação entre a lavoura e o cerrado natural através da restauração de fragmentos do cerrado e do plantio de faixas de vegetação, garantindo assim a manutenção dos processos ecológicos nas áreas de transição e possibilitando o abrigo de insetos e o deslocamento da fauna e flora.

As abelhas desempenham um enorme serviço ecológico ao promoverem a polinização das plantas, contribuindo com a biodiversidade e com a produção dos alimentos. Foram instaladas 60 caixas de abelhas sem ferrão compostas de 4 espécies de enxames que totalizam uma população média de 60 mil indivíduos. Além dessas, também foram instaladas 150 caixas de abelhas com ferrão, com estimativa de enxames que totalizam mais de 6 milhões de indivíduos.

Distribuição de casinhas de madeira nas áreas de eucalipto e no cerrado (divisa com os talhões), que servirão de refúgio ou abrigo onde os pássaros poderão fazer seus ninhos.

Não existe nada em toda a natureza que é mais importante ou que mereça mais atenção do que o solo. Em verdade, é o solo que faz do mundo um meio ambiente amigável para os seres humanos. É o solo que alimenta e fornece para toda a natureza; toda a criação depende do solo que é a base de nossa existência.

Friedrich Albert Fallou, 1982

NOSSA TRANSFORMAÇÃO COMEÇA NO SOLO

O solo é um sistema complexo e muito dinâmico e constitui um excelente habitat para populações microbianas. Entretanto, quaisquer organismos que construíram seu habitat, tiveram que criar múltiplos mecanismos para lidar com a variabilidade na umidade, temperatura e mudanças químicas, de modo a sobreviver, funcionar e multiplicar-se.

À distância de 1 mm no solo, ele pode variar de ácido para básico, de úmido para seco, de aeróbico para anaeróbico, de reduzido para oxidado, e de rico em nutrientes para pobre em nutrientes. Juntamente com a variabilidade espacial, há variabilidade temporal, de modo que os organismos desse ambiente devem ser capazes de se adaptar rapidamente a condições diferentes e mutáveis.

A diversidade genética das comunidades é então fundamental para garantir a continuidade dos processos, uma vez que ela também ocasiona diversidade funcional: a mesma função é executada por diferentes espécies, o que denomina-se redundância funcional. Além disso, uma mesma espécie pode ter várias funções (ou seja, cada espécie pode participar de diferentes processos).

A redundância funcional contribui para a estabilidade dos ecossistemas. Assim, solos com comunidade diversa de organismos são mais resilientes, ou seja, recuperam-se melhor dos estresses porque, quando condições ambientais se tornarem adversas para uma ou mais populações que executam o mesmo processo, outras populações adaptadas àquela nova condição ambiental poderão substituí-las na realização do mesmo processo, garantindo assim sua continuidade.

O funcionamento do ecossistema envolve, portanto, a presença de resíduos de plantas e animais, além de uma vasta diversidade de microrganismos com variadas estruturas físicas e composições químicas em interação com as raízes presentes no solo.

Os microrganismos ali presentes são responsáveis por inúmeras reações bioquímicas como as que envolvem a transformação da matéria orgânica e o intemperismo das rochas, estando envolvidos desde o processo de formação dos solos à ciclagem e regulação de nutrientes.

Em geral, nos solos estão presentes bactérias, actinomicetos, fungos, algas e protozoários. Além dos microrganismos é possível encontrar outros organismos que constituem a fauna, como nematoides, minhocas e artrópodes — principalmente insetos, ácaros, colêmbolas, chetopodos, tatuzinhos, formigas, centopeias e aranhas.

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