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ALIMENTAÇÃO

Aqui está uma das coisas mais importantes em qualquer criação: COMIDA!

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De nada adianta todo o trabalho, se o rebanho não estiver bem alimentado: em quantidade e em qualidade.

No período de chuvas, os animais devem se alimentar nas pastagens nativas porque é nessa época que a vegetação apresenta a maior produção de forragem, bem diversificada e com alto valor alimentício. Para manter sua Caatinga por muitos anos, existem quatro formas simples de manejo:

Raleamento – Diminuir o número de árvores/ha, reduzindo a densidade de espécies de baixo valor forrageiro e madeireiro;

Rebaixamento – Fazer um corte na planta a uma altura em torno de 70 cm, permitindo acesso dos animais às partes mais altas;

Raleamento e rebaixamento – Consiste na combinação dos dois métodos anteriormente citados;

Enriquecimento – Consiste em adicionar outras espécies, principalmente herbáceas, à vegetação já existente em uma Caatinga raleada.

Lembramos que o “bolo alimentar”, que o animal ingere, deve ser formado por diversas substâncias chamadas de nutrientes.

Proteínas, Carboidratos, Gorduras, Minerais e Vitaminas. Tudo isso está nas plantas!

Só para não esquecer:

Alimentos Volumosos Alimentos Concentrados

São aqueles muito fibrosos (têm mais de 18% de fibra) Aqueles que são muito ricos em carboidratos (energia) e em proteínas

• FENOS • SILAGENS • PALHAS E RESTOS DE CULTURA DIVERSOS • FORRAGENS VERDES PICADAS • PALMA-FORRAGEIRA • PASTAGENS EM GERAL.

• GRÃOS DE MILHO E DE SORGO • FARELOS DE SOJA, ALGODÃO, GIRASSOL, MILHO, TRIGO, COCO ETC. • POLPA CÍTRICA • RASPA DE MANDIOCA, FARELO DE VAGEM DE ALGAROBA • UREIA • MELAÇO.

ÁGUA

Quem disse que caprinos e ovinos não gostam de água?

É o nutriente mais importante. Setenta a oitenta por cento do corpo dos animais é formado por água. Ela é responsável por:

Regular a temperatura do corpo.

Fazer o transporte dos nutrientes que o animal ingere para as diversas partes do corpo.

Ajudar a eliminar as substâncias tóxicas (fezes, urina) formadas no organismo dos animais.

UMA CABRA OU OVELHA PRECISA BEBER DIARIAMENTE CERCA DE 1 A 2 LITROS DE ÁGUA; SE ESTIVER ALTA (A TEMPERATURA) E SE ALIMENTANDO DE FORRAGENS SECAS, O CONSUMO DE ÁGUA PODE CHEGAR ATÉ 6 LITROS POR DIA.

ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO DE FORRAGENS

É importante guardar alimento para as épocas de pouca chuva, quando a pastagem natural está escassa e com baixa qualidade de forragens. Existem algumas maneiras simples e baratas de fazer isso: É a silagem e o feno.

Silagem

É o material que sofreu fermentação, dentro do silo, na ausência de oxigênio.

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2 Para produção:

A planta deve ser colhida no momento certo, com adequado teor de umidade. No caso do milho, é no ponto de canjica;

Ao cortar a forragem, logo fazer a ensilagem;

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6 O material deve apresentar tamanho de partícula de 2 a 6 cm, dependendo do tipo de material utilizado – usar máquina forrageira para reduzir o tamanho do material;

A compactação pode ser feita por pisoteio dos homens, animais, ou trator, de forma que seja retirado o máximo de ar possível;

A vedação do silo deve ser feita imediatamente após o seu fechamento para evitar entrada de oxigênio;

Ao abrir o silo, o material deverá estar com cheiro agradável de melaço e com tom marrom-claro. Caso esteja com cheiro ácido (azedo), ou com cor escura, ou presença de mofos, ocorreu fermentação inadequada e o material não deverá ser fornecido aos animais.

Silo Rapadura Fotos: Carina Cezimbra

Silo Trincheira

Silo Cincho

FENO

O processo de fenação visa a reduzir o teor de umidade da forrageira para 20 a 15%. A fenação consiste no corte da forragem para desidratação, sendo posteriormente enfardada e armazenada.

VOCÊ SABE O PONTO IDEAL DO FENO PARA SER ARMAZENADO?

Quando ao apertar os entrenós do caule, não existe eliminação de umidade, e ao torcer uma porção de forragem, ela se desfaz lentamente e não há eliminação de água.

Aproveite subprodutos, restos de culturas e outros materiais para a alimentação do rebanho. Eles podem ser armazenados para o período de baixa na Caatinga (período seco) ou ser utilizados como suplemento. Os mais comuns são:

Raspas de mandioca.

Palhada e sabugos de milho.

Palhada e panícula de sorgo.

Palhada e cascas de feijão e de arroz.

Folhagem e manivas de mandioca.

Bagaços de cana.

Resíduos do sisal.

Capins secos (búfel, azevém, elefante)

Folhagens secas e verdes de plantas nativas da Caatinga.

Plantas espinhentas da Caatinga.

As palhadas e os materiais mais grosseiros que sobram na propriedade (manivas, sabugos e cascas) podem ser armazenados em montes ou medas feitas no campo, com o cuidado de proteger a parte de cima com um plástico, para evitar que alguma chuva inesperada se infiltre e apodreça o material. Em geral, as palhadas, incluindo capins secos e folhagens secas da vegetação da Caatinga, podem ser fornecidas à vontade, preferencialmente trituradas. Podem ser dadas puras ou misturadas com ureia. Esse processo é chamado de Amonização. Consiste em dissolver a ureia em água e depois regar o material seco, camada por camada. Depois, cobre o material com uma lona plástica e espera-se por 20 dias de sol quente, até poder abrir e dar aos animais.

SOLUÇÃO DE 1KG DE UREIA PARA 10L DE ÁGUA

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