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Hera Brigagão
“A pisadeira salta da janela (Da série lendas de terror do folclore contemporâneo paulista)” Grafite e acrílica sobre papel 30x20 cm Julho de 2022
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“Existem relatos de algumas pessoas, e principalmente daquelas que vivem em cidades interioranas de São Paulo, em que na hora daquele descanso do jantar onde vão cochilar, acabam tendo aquele efeito da “ paralisia do sono ” , mas sem poderem se mover, sentem a velha pisadeira, pisando em sua barriga, os sufocando, e logo em seguida ela salta e solta uma gargalhada horripilante, ela se alimenta da energia do medo, largando a vítima imóvel e sem energia. Esta velha decrépita de cabelos desgrenhados e unhas grandes, usa um sapato gigante e salta geralmente dos telhados ou das janelas, quando as pessoas estão distraídas em seu sono, descrita como um “demônio pisador ” , apesar de ela ter uma aparência decrépita, ela é bastante pesada e costuma asfixiar as vítimas por alguns minutos os segundos, e depois desaparece saltando da janela e emitindo sua horripilante gargalhada. Toda vez que alguém for cochilar de barriga para cima, deve tomar cuidado com a pisadeira, pois ela é um espírito que observa as pessoas para assustá-las alimentando-se de seus medos. (Lenda adaptada por Hera B.).
Hera
“A estrada velha de Bragança/SP (Da série lendas de terror do folclore contemporâneo paulista)” Grafite sobre papel 20x15 cm Julho de 2022
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“Pouco se sabe nos dias atuais acerca da estrada velha de Bragança, construída em meados de 1924, trecho próximo ao município de Mairiporã-SP, exatamente no distrito da Terra Preta e que atualmente ela faz uma ligação entre a Rodovia Fernão Dias e a Rodovia Arão Sahm. Relatos afirmam que, os veículos e pessoas que trafegam por lá acabam sentindo odores pútridos, e ouvindo ruídos estranhos, também há boatos de uma peculiar eventualidade paranormal chamada de tapa n ’ água, que consiste em uma espécie de ruído semelhante a um tapa desferido sob uma superfície d’água. Quando ocorre essa manifestação, sempre são ouvidos dois tapas, um logo na sequência do outro. E o mais impressionante nesses relatos é que, ao longo da estrada, não existem rios! Moradores mais antigos da região afirmam que antigamente a estrada era um dos primeiros cemitérios das redondezas, e conforme os municípios foram se expandindo tiveram que desativar o cemitério e transferi-lo para outro local, provavelmente os construtores das estradas não removeram todos os jazigos do antigo cemitério. Será que é por este motivo que existem estes fenômenos paranormais? Ficamos nessa dúvida! (Lenda adaptada por Hera B.). ”
Hera
“O corpo seco se regenerando (Da série lendas de terror do folclore contemporâneo paulista)” Grafite sobre papel 20x30 cm Julho de 2022
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“No início do século XX, existiu um homem chamado Zé Maximiniano que foi assassinado em seu município próximo da Serra da Mantiqueira. Segundo os poucos relatos, Zé morava com os pais e tinha distúrbios mentais e acreditava-se que ele fazia contatos com os espíritos infernais, onde ele acabou sendo possuído por estes espíritos e começou a maltratar seus pais a mando dos espíritos. As crises mentais de Zé não cessavam, foi quando um de seus vizinhos escutou diversos gritos vindos de sua casa, encontrando Zé morto já com seu corpo seco. E acabaram enterrando Zé no cemitério Municipal, local em que seu espírito foi rejeitado pelos outros espíritos do recinto por sempre estar atormentando e assombrando as pessoas que iam e passavam próximas do cemitério. Foi então que, chamaram um Padre para desenterrá-lo e enterrá-lo em outro local pois sua sepultura estava violada pela própria terra, e seu cadáver estava fora do caixão cheio de vermes e ratos. O padre e um antigo amigo de Zé colocaram os restos mortais dele em um balaio, usando uma varinha de marmelo para bater no crânio do cadáver quando ele voltasse a se regenerar, o Padre com medo não conseguiu terminar o exorcismo do corpo, enterrando-o próximo a um rio. Semanas se passaram após o ocorrido, e o povo atualmente que costuma passar próximo ao rio escuta diversos gritos, depois da meia-noite o cadáver se regenera e se transmuta em espírito a ludibriar seus passageiros sussurrando em seus ouvidos que irá revelar o esconderijo de um tesouro em troca de um tempo de suas vidas, quem passa por perto do rio próximo da Serra, deve não dar importância aos sussurros do corpo seco. (Lenda adaptada por Hera B.). ”