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VISÃO ESTRATÉGICA
PLANO DIRETOR DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA & INOVAÇÃO 2011 /2015
SECTI SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
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SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
SECTI
PLANO
2015
2011 DIRETOR
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SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ Governador - Simão Jatene
ÍNDICE Mensagem do Governador........................................................................................................ 07
Vice - Governador - Helenilson Pontes Secretário Especial de Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento Sustentável - Sérgio Leão
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Secretário - Alex Bolonha Fiúza de Mello Secretário Adjunto - Alberto Cardoso Arruda Diretora de Planejamento, Administração e Finanças - Simone do Nascimento Baía
Apresentação........................................................................................................................... 08
PARTE I VISÃO ESTRATÉGICA - O PARÁ NO SÉCULO XXI: CENÁRIOS E DESAFIOS
1. Os dilemas do desenvolvimento sustentável da Amazônia..................................................... 11 2. Desenvolvimento industrial no Pará: tendências atuais.......................................................... 35
Diretor de Ciência e Tecnologia - Geraldo Narciso da Rocha Filho Diretora de Inovação Tecnológica - Gisa Helena Melo Bassalo Coordenadora do Programa Navegapará - Lyanny Araújo Coordenador do Núcleo Jurídico - Ademir Silveira Jr.
3. Biotecnologia e bionegócios: os desafios de uma "economia verde"...................................... 41
PARTE II PLANO DIRETOR
Chefe de Gabinete - Silvia Brasil Coordenadora da Assessoria de Comunicação - Ana Carolina Pimenta
4. SECTI – Organização e propósitos......................................................................................... 53 5. SECTI – Objetivos estratégicos, ações e metas....................................................................... 57
PLANO DIRETOR Alex Fiúza de Mello - coordenador (SECTI); Alberto Cardoso Arruda (SECTI); Geraldo Narciso (SECTI); Gisa Helena Melo Bassalo (SECTI); Simone Baía (SECTI); Evandro Diniz e Durval Vieira de Freitas (consultores).
6. Gestão estratégica: o Sistema Paraense de Inovação............................................................. 63 7. Considerações finais............................................................................................................. 69
Contatos: Av. Presidente Vargas, 1.020. Centro. CEP 66017-000. Belém - Pará - Brasil Fone: (91) 4009-2500 - Fax: (91) 4009-2505 • E-mail: secti@secti.pa.gov.br • Site: www.secti.pa.gov.br
8. Referências bibliográficas..................................................................................................... 71
Fotos: Walda Marques / Arquivo Griffo
Anexo...................................................................................................................................... 73
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MENSAGEM DO GOVERNADOR O grande desafio do Estado do Pará, na atual
segundo lugar, pela necessidade e urgência
conjuntura, é construir uma agenda consis-
dessa inflexão, toda ação governamental deve
tente de desenvolvimento para a próxima
estar assentada num inegociável compromis-
década, alicerçada em bases sustentáveis e
so cívico, de forte teor republicano, em que o
ambientalmente seguras e consubstanciada na
interesse geral da sociedade – sobretudo dos
substituição progressiva do tradicional modelo
segmentos mais dependentes da ação estatal
extrativista (ainda dominante) por uma mo-
– se sobreponha, como princípio e finalidade,
derna economia do conhecimento. Esta nova
àqueles de natureza mais corporativa e de
agenda deve estar pautada na aplicação da
curto prazo. E ainda que a capacidade de ação
ciência e de novas tecnologias na inovação de
do Estado seja insuficiente diante da comple-
processos e produtos, tendo como foco prin-
xidade crescente das demandas e problemas,
cipal o aproveitamento racional das enormes
típica do mundo sistêmico contemporâneo,
potencialidades da biodiversidade amazônica,
sua eficiência deve ser socialmente reconheci-
com aumento da produtividade empresarial,
da, nos limites de sua intervenção.
da competitividade regional e a geração de maiores e melhores oportunidades de emprego e renda, com inclusão social.
Nessa perspectiva, os objetivos, estratégias e diretrizes que aqui visam moldar as políticas públicas indutoras dessa desafiadora agenda
Pelos elementos estruturantes e de longo
devem traduzir – com efeitos positivos de
prazo inerentes a essa complexa agenda,
curto, médio e longo prazo – iniciativas consis-
impõe-se ao Governo, em primeiro lugar, uma
tentes e afinadas com as metas pretendidas,
visão de Estado do desafio sob mira, expressa por meio de um plano estratégico capaz de sinalizar, com objetividade e transparência, rumos e horizontes aos atores institucionais presentes em cena e liderar, em consequência, as inúmeras ações coletivas envolvidas nessa travessia, imputando direção e sentido às interações virtuosas a ser consagradas sob a égide desse novo marco regulatório. Em
coerência e articulação na atuação dos vários órgãos e setores do Estado e um diálogo sistemático e democrático com a sociedade e seus principais entes representativos. São tais premissas que conferirão a este Plano sua exequibilidade e o cumprimento, com sucesso, de sua desafiadora agenda.
Simão Jatene Governador do Estado
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APRESENTAÇÃO
O presente documento expressa o posiciona-
O desafio maior do setor público é criar polí-
A identificação dos cenários e desafios postos,
No geral, espera-se que os fundamentos e
mento estratégico da SECTI / Governo do Pará
ticas e programas de interesse geral, de longa
ao Estado do Pará, no horizonte das décadas
as prioridades de uma política de CT&I para
duração, com motivação republicana e coerên-
que inauguram o novo milênio e um plano
o Estado do Pará, no quadriênio 2011-2015,
cia de atuação, capazes de liderar e sinalizar
estratégico de ação da Secretaria para o
tenham, neste documento, as coordenadas
ações coletivas que promovam o aumento da
quadriênio que se inicia – tendo por referência
principais de sua referência, definidas com
mento sócio-econômico do estado, em bases
eficiência e da qualidade dos serviços pres-
esta análise de fundo –, constituem, na ordem
transparência e objetividade, disso resultando
sustentáveis, ancorado na geração e aplicação
tados, com benefícios para toda a sociedade.
lógica de exposição, o conteúdo básico do
uma melhor interlocução com o conjunto dos
do conhecimento, com melhor aproveitamento
Ademais, no caso de CT&I, tais iniciativas
documento. Pela abrangência da abordagem,
agentes de desenvolvimento e o controle e
precisam visar a resultados que conduzam à
optou-se por designá-lo de Plano Diretor, aco-
acompanhamento das ações da Secretaria por
emergência e sustentabilidade de um novo
plado a uma Visão Estratégica, uma vez que
parte da sociedade (e de seus legítimos repre-
modelo de desenvolvimento, baseado na gera-
configura, ao mesmo tempo, um texto analíti-
sentantes).
Em termos gerais, a estratégia está orientada
ção e aplicação de conhecimento aos proces-
co e conceitual, de base para a ação institucio-
para uma ação institucional de médio e longo
sos produtivos, com mudança da atual matriz
nal, e um plano de ação, com a definição dos
prazo – mas com resultados já em curto tem-
econômica, ainda fortemente dependente de
objetivos, metas e estratégias de intervenção e
po – focada na conquista de vantagens com-
um extrativismo de baixa agregação de valor
gestão.
petitivas em um ambiente progressivamente
e de negativo impacto ambiental. Sob este
complexo e instável, configurados, nesse
prisma, torna-se capital – e este é o objetivo
quadro, os recursos e competências necessá-
maior do presente Plano – a busca pela in-
rios ao enfrentamento dos principais desafios
tegração, cada vez maior, dos três principais
postos ao desenvolvimento regional e à solu-
atores institucionais responsáveis pela ação
ção dos “gargalos” que ainda peduram junto
desenvolvimentista – Governo, Academia e
às principais cadeias produtivas do estado e
Setor Produtivo –, de cuja interlocução positi-
pólos de expansão industrial.
va depende o avanço e a consolidação de uma
quanto à concepção e delineamento de políticas públicas em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) para o quadriênio 2011-2015. O que se tem em mira é a promoção do desenvolvi-
das potencialidades naturais e humanas locais e sua transformação em vantagens competitivas, com inclusão social.
ambiência de inovação garantidora de um futuro mais promissor para todos.
Como definido no Plano, a SECTI investirá, dentre as suas prioridades, na gestão estratégica e na preparação de seus quadros técnicos, com vistas a coordenar, seguir e avaliar o conjunto das iniciativas projetadas, fazendo uso de indicadores adequados e antecipando decisões tempestivas, ora voltadas ao reforço, ora à correção de rumo dos processos em andamento.
Alex Fiúza de Mello Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia & Inovação
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1. Os dilemas do desenvolvimento sustentável da Amazônia 1.1.
O contexto nacional
ocupação adotados até o presente, um contingente considerável de áreas destinadas a pastagens – can-
A Amazônia, região habitada por mais de 24 mi-
didatando-se o Pará como um dos principais produ-
lhões de brasileiros, 60% de todo o território nacio-
tores mundiais de gado neste século que se inicia.
nal, convive, ainda, com uma enorme contradição.
A floresta amazônica, a principal floresta tropical da
Constitui-se, ao mesmo tempo, em centro das aten-
Terra, guarda – juntamente com os oceanos (“Ama-
ções do mundo e periferia dos interesses do Brasil.
zônia azul”) –, a maior reserva mundial de biodiver-
Região riquíssima em recursos naturais (uma das
sidade (flora, fauna e microrganismos), credenciando
mais cobiçadas do globo), ainda carece de soluções
a Região como o mais exuberante laboratório natu-
concretas de desenvolvimento humano à altura de
ral para experimentos revolucionários no campo da
sua importância estratégica. Não ao acaso, o tema
biotecnologia, da engenharia genética, enfim, dos
foi o grande destaque, em 2008, da Aca-
experimentos químicos e bioquímicos, de grande repercussão na gera-
demia Brasileira de Ciências, que o consagrou como o maior desafio brasileiro do século XXI, sendo igualmente reconhecido pela 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que dedicou, em suas conclusões, no
“A Amazônia vive enorme contradição: ao mesmo tempo, centro das atenções do mundo e periferia dos interesses do Brasil”
Livro Azul (2010), capítulo específico sobre a questão.
ção de produtos de grande aceitação mundial, como os fármacos, fitoterápicos, cosméticos, perfumes, nutracêuticos, agroquímicos e outros. Some-se a todo esse potencial o fato de aí estar localizada a maior reserva de água
doce do planeta, num contexto em que
PARTE I - VISÃO ESTRATÉGICA - O PARÁ NO SÉCULO XXI: CENÁRIOS E DESAFIOS
É no bioma amazônico onde se situa uma das mais
a água potável já se apresenta como um dos princi-
importantes províncias minerais do planeta, em ple-
pais problemas da humanidade neste alvorecer de
na fase de expansão, diversificação e verticalização
milênio. Pesca e aqüicultura, neste cenário, ganham
de sua exploração produtiva, com previsão de forte
destaque e prioridade na cadeia regional de produ-
impacto nos destinos da economia e do mapa social
ção de alimentos, com tendência de crescimento na
local ao longo das próximas décadas. Na região se
pauta de exportações e possibilidade de liderança
encontra disponível, igualmente, terra abundante e
nacional dentro do setor. Além de tudo, graças à for-
propícia ao desenvolvimento da atividade agrícola,
ça das águas, a Região oferece o maior potencial de
em suas múltiplas modalidades – da agricultura fa-
geração de energia elétrica limpa do Brasil e de toda
miliar à agroindústria – e, em função dos modelos de
a América do Sul, devendo se tornar, dentro em bre-
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SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
ve, o fornecedor estratégico de, pelo menos, um terço
duzida a tema de interesse meramente “regional”,
de toda a energia consumida no país.
quando não de conotações exóticas – ou considera-
1.2.
O contexto mundial
mo, de definitiva exclusão civilizatória, num século movido pelo conhecimento. A aceleração das trans-
das, tão-somente (por pressão internacional), em sua
Paradoxalmente e contrariamente à mentalidade
formações tecnológicas; o acirramento do processo
Apesar de toda essa riqueza natural disponível – in-
dimensão preservacionista –, ao invés de ser trata-
nacional, a Amazônia figura no discurso mundial
de globalização econômica; a multipolarização das
comparável, por sua exuberância e diversidade, às
da como uma questão essencialmente nacional – o
como tema central e gerador de grande interesse,
estruturas políticas de regulação (ONU, G-20, FMI,
demais regiões do país –, à Amazônia ainda não
maior desafio do Brasil no século XXI – e assim en-
fato que deve ser considerado positivo e desejável,
OMC); a estruturação de blocos regionais; as novas
foi agregado, na densidade exigida, o mais impor-
tendida e assimilada por Governos e sociedade civil.
tendo em vista o contexto de acelerada exploração
formas de concentração de poder (tecnológico e mi-
econômica dos recursos naturais do planeta, com os
litar); o agravamento da situação ambiental-energé-
tante elemento da equação do desenvolvimento: o conhecimento científico. Sem ele, sem as cadeias
Não haverá possibilidade de um projeto de Brasil
óbvios riscos ambientais para toda a humanidade.
tica e a ampliação das desigualdades sociais entre
produtivas que, por ele orientadas, geram e agregam
moderno – que necessita de uma remodelação de
Entretanto, esta Região, compartilhada nada menos
povos, nações e regiões, todos esses fenômenos,
valor, os recursos naturais se
sua matriz energética, de um maior aproveitamen-
que por nove países, não recebe, por parte daqueles
medularmente interligados, deslindam e delineiam
transformam em rique-
to de seus recursos naturais, do uso inteligente de
mais ricos, igual nível de atenção quando se trata de
o novo, complexo e interdependente cenário plane-
za efêmera e inca-
sua biodiversidade, da diversificação de seu parque
arcar, globalmente, com o ônus de sua preservação –
tário, residindo, porém, na capacidade de inovação
paz de alicerçar
produtivo, do crescimento de seu mercado interno e
respeitada a soberania dos países que a compõem –,
tecnológica (poder cognitivo), o fator determinante,
um projeto de
de uma crescente eficiência ambiental (servindo de
condição que passa, necessariamente, pelo fomento
em última instância, de todo o processo.
desenvolvimen-
paradigma para o mundo) – sem a inclusão da Ama-
de vias reais de desenvolvimento sustentável, parti-
to sustentável e
zônia como espaço social e economicamente estra-
cularmente por meio da agregação de conhecimento
O fosso que separa os países ricos – que se encon-
inclusivo de longo
tégico no âmbito das futuras políticas nacionais de
científico aos empreendimentos econômicos e conse-
tram no centro do sistema – daqueles mais pobres
prazo, à altura do
desenvolvimento. Para isso, a eliminação da pobreza
quente valorização de seus recursos naturais.
– situados em sua periferia – tem crescido sem parar
que a região necessita.
(pelo acesso a bens públicos fundamentais), a dimi-
Em nível nacional, as áreas
nuição das desigualdades regionais e de renda (que
Não há como ignorar: as grandes tendências do
da disparidade geométrica dos valores canalizados
amazônicas seguem sendo tratadas como mera pe-
dificultam a expansão do mercado interno), bem
sistema internacional, neste alvorecer de milênio,
à aceleração do progresso científico e tecnológico,
riferia do país pelos sucessivos Governos nacionais,
como a redução das disparidades extremas de nível
já estão postas e se expressam em fenômenos de
em cada caso. O conhecimento, em todas as suas ex-
colonialmente como um grande almoxarifado, sem fi-
educacional e científico (que realimentam, na raiz,
incidência transversal, cuja dinâmica global conduzi-
pressões – registro e controle de dados, informação,
gurar como prioridade nos investimentos requeridos
toda essa cadeia de assimetrias) são pré-requisitos
rá, inexoravelmente, os diversos Estados
por uma conseqüente e adequada política de desen-
indispensáveis à construção das condições objetivas
e sociedades à reformulação de
volvimento regional.
capazes de eliminar todo esse tradicional e complexo
suas políticas e estratégias de
conjunto de vulnerabilidades, que ainda insiste em
desenvolvimento, à re-hie-
Dito em outras palavras: a “questão amazônica”,
perpetuar e, mesmo, aprofundar as assimetrias inter-
rarquização de suas prio-
numa ótica de País – apesar das manifestações dis-
-regionais, impedindo a conjugação dos fatores (in-
ridades de investimentos,
cursivas oficiais mais recentes (aparentemente em
fraestruturais e humanos) necessários à ruptura dos
sob pena de ameaça à
contrário) – tem estado, de fato, secundarizada e re-
sucessivos ciclos de atraso e subdesenvolvimento.
própria soberania e, mes-
“Não haverá posibilidade de um projeto de Brasil moderno sem inclusão da Amazônia como espaço social e economicamente estratégico””
nas últimas décadas, basicamente na razão direta
pesquisa, tecnologia, etc.–, tornou-se, definitivamente, o fator de produção mais importante e estratégico da economia do
“Só há uma defesa milênio, sobrepondo-se aos fatores possível para a Amazônia clássicos, como recursos naturais, (e uma saída ao seu desen- mão-de-obra e capital constante. volvimento sustentável): Os processos físico-produtivos, a ciência, tecnologia geração e diversificação de produe inovação”
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1.3. Contornos e tamanho do desafio
Os Governos dos países amazônicos, em especial,
tos e a própria organização gerencial das empresas e
toda essa desigual divisão internacional do trabalho,
dos empreendimentos, em seus vários nichos de atu-
as megaempresas multinacionais continuarão o seu
ação, continuarão a ser influenciados e permanente-
processo de fusão, com ampliação e diversificação de
Diante desses preocupantes horizontes, urgem no-
mente, a importância estratégica da Região para o
mente modificados pelos avanços do conhecimento
suas redes de atuação, de base financeira e produtiva
vos caminhos. Particularmente para as regiões eco-
seu próprio futuro e para o mundo, transformando
nos campos da informática, da biotecnologia, da en-
transversal aos diversos territórios (mas subordina-
nomicamente mais atrasadas e dependentes, que,
em efetiva riqueza econômica o potencial que a so-
genharia genética e da nanotecnologia (além de ou-
das às suas sedes e Estados de origem), disso re-
num contexto de capitalismo tardio, já partem de um
berania sobre o maior banco genético do planeta
tros conexos), cujo domínio determinará a maior ou
sultando a ampliação da interdependência entre as
patamar educacional, científico e tecnológico signifi-
lhes confere. Este rico patrimônio natural representa
menor capacidade de competitividade das empresas
distintas economias nacionais (transnacionalização)
cativamente inferior ao dos demais países desenvol-
um gigantesco potencial econômico, cultural e cien-
(e Estados) por fatias do mercado mundial e corres-
e o grau de globalização da economia.
vidos, o desafio, por certo, é colossal. São pendências
tífico, cujo desperdício, por práticas ambientais des-
não resolvidas do século passado que, somadas às
trutivas, só faz aumentar a importância geopolítica
Confirmado esse panorama, a Amazônia, periferia de
novas e intransferíveis tarefas da Era do Conheci-
da Amazônia e o papel a ser cumprido por uma revo-
um Brasil (ainda) periférico, uma vez mantidas as
mento (que inaugura o XXI), definem as coordenadas
lução científica e cultural na concepção de desenvol-
baixíssimas taxas históricas de investi-
que mapeiam o complexo quadro de enfrentamen-
vimento regional, em que Ciência,
mento em educação e pesquisa, a
tos no tempo presente e que terá de ser vencido, em
Tecnologia e Inovação es-
tradicionalmente reduzida trans-
tempo hábil, com determinação e vontade política,
tejam associadas a (e
ferência de tecnologia e a au-
caso se queira projetar qualquer possibilidade de
regidas por) um mo-
sência de políticas eficazes de
futuro. A constituição e universalização de um en-
delo avançado e
incentivo à inovação – a incor-
sino de qualidade (em todos os níveis) e a geração
revolucionário de
poração do conhecimento ao
de uma robusta, criativa e inovadora economia do
conservação
processo produtivo –, por cer-
conhecimento – como exige a atual etapa civilizató-
biental (proativo e,
to guardará, no século XXI – não
ria – são investimentos de primeira grandeza, que se
não, reativo). Não
obstante o imenso potencial de seus
inscrevem como os fundamentos de qualquer plano
haverá defesa possível
recursos naturais –, o seu tradicional lugar na
de desenvolvimento sustentável, em que a geração
de todo esse extraordiná-
manufaturados, produtos agrícolas, serviços tecnoló-
divisão internacional do trabalho, de simples supri-
cumulativa de conhecimentos, a adoção de tecnolo-
rio patrimônio natural por meio de
gicos e bens culturais e importador de energia; b) a
dora de matérias-primas e de almoxarifado das mul-
gias adequadas e a formação continuada de empre-
seu isolamento produtivo. Uma plataforma produtiva
Europa, como exportadora de serviços tecnológicos e
tinacionais, sem a agregação local dos valores gera-
endedores, de quadros científicos e de força de tra-
inovadora, que utilize a biodiversidade como capital
importadora de energia, matérias-primas, alimentos
dos por um modelo econômico meramente extrativo
balho capacitada em lidar com esses conhecimentos
natural por aplicação de C&T, transforma o ataque na
e manufaturados; c) a China e o Japão, como exporta-
e dominado por interesses exógenos. A vigorar esse
e tecnologias se transformam no vértice estratégico
melhor defesa.
dores de manufaturados e importadores de matérias-
modelo, reproduzir-se-á, em escala ainda mais alar-
do processo de modernização, da adaptação das
-primas, alimentos e energia; d) os países periféricos,
mante, o trágico binômio destruição ambiental /
estruturas e culturas institucionais às mudanças em
Não são poucas as vantagens comparativas que se
de uma maneira geral, como exportadores de pro-
pobreza, que tem marcado, até aqui, a história dos
curso e da abertura e fortalecimento dos espaços de
apresentam neste cenário, particularmente no ho-
dutos primários, mão‑de-obra e energia e importa-
povos amazônicos, com todas as inerentes e conhe-
participação social.
rizonte de um mercado mundial que, nas próximas
dores de manufaturados. Articulando sistemicamente
cidas implicações ecológicas, econômicas e sociais.
pondentes taxas de lucratividade, com impacto decisivo na distribuição da riqueza e na reconfiguração da divisão internacional do trabalho. Nas próximas décadas, descontadas as atuais incertezas e o risco de depressão advindos da recente crise financeira mundial (ainda não superada), ver-se-á, como tendên-
“A Amazônia convive no seu dia-a-dia com a ameaça do binômio destruição ambientalpobreza”
cia global, a consolidação do seguinte quadro, hierarquizadas as principais regiões do planeta: a) os Estados Unidos, como exportador de
precisam ter inteligência histórica e assumir, ativa-
am-
“A região amazônica é estratégica para o Brasil e para o mundo”
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SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
décadas, demandará, de forma crescente, por maté-
mente, investimento maciço em conhecimento, isto
Não é possível que, com toda a reconhecida (e in-
O desafio do desenvolvimento amazônico, no limite,
rias-primas estratégicas – minérios, alimentos, água,
é, em ciência e tecnologia, em todos os domínios ne-
ternacionalmente ambicionada) biodiversidade que
não é uma questão técnica, mas política! Supõe um
fármacos, energia, biocombustíveis – e diante do
cessários. Não haverá superação
possui, a Amazônia acolha tão-somente menos de
Projeto de Nação, alicerçado num Pacto Federativo
qual a Amazônia não pode se acomodar à exporta-
do fosso econômico, tec-
3% do número de doutores de todo o país – con-
justo e solidário, com indução, pelo Estado brasileiro,
ção de produtos in natura e/ou semielaborados, mas
nológico e social que
tra 35% do total nacional apenas no estado de São
de oportunidades mais igualitárias a todos os seus
alavancar, paralelamente, uma produção industrial
ainda separa regiões
Paulo –, restando impedida, de antemão, pela baixa
cidadãos, na contramão da herança colonial legada
e de serviços capitaneada por empresas modernas
ricas e pobres, em
densidade científica instalada, de responder, positi-
até o presente. As históricas desigualdades regionais,
e competitivas, construídas com base tecnológica
pleno século global,
va e tempestivamente, às demandas por inovação.
como se sabe – que reproduzem, em nível interno,
avançada, transformando, em definitivo – pela diver-
sem esta centralida-
Um abismo cognitivo colossal. Certamente, a maior
a mesma ordem de contrastes entre países ricos e
sificação do mercado de exportação (novos produtos
de da aplicação da
de todas as assimetrias e injustiças nacionais. Uma
pobres, em plano internacional –, em muito decor-
manufaturados) –, todas essas vantagens comparati-
ciência e da tecnologia
condenação a priori dos brasileiros do Norte à de-
rem das assimetrias dos investimentos nacionais em
vas em vantagens competitivas.
por parte das sociedades
pendência quase que total de outras regiões do país:
Ciência e Tecnologia, canalizados, ao longo de dé-
periféricas e a disseminação de
dependência na formação qualificada; dependência
cadas, para poucos estados da Federação; fato
Do ponto de vista econômico e, mesmo, geopolítico,
uma cultura da inovação entre seus segmentos pro-
na capacidade de inovação tecnológica;
não há alternativas sustentáveis de desenvolvimento
dutivos e populacionais.
dependência na produção indus-
“As vantagens comparativas, legadas pela natureza, precisam se transformar em vantagens competitivas, introduzidas pelo conhecimento”
trial; na geração de informação
e de defesa para uma região com tais característi-
que resultou no surgimento e consolidação de algumas (e importan-
“A exclusão histórica tes) “ilhas de competência”, da Amazônia sobretudo no Sul/Sudeste, testemunha a inexistência mas cercadas por um ocede um Projeto de Nação ano de limitações e óbices e de um Pacto Federativo relativamente ao restante no Brasil”
cas e importância – consideradas as tendências da
No contexto da sociedade contemporânea, o conhe-
e conhecimento; nas iniciativas
demanda efetiva do mercado mundial – sem uma
cimento se tornou, definitivamente, o fator mais im-
empreendedoras capazes de
transformação radical de seu modelo tradicional de
portante da cadeia de produção; a velocidade de sua
agregar escala de mercado aos
produção e de ocupação, até hoje pautado no sim-
incorporação ao processo produtivo e a aceleração da
produtos gerados, emprego e
ples extrativismo – das drogas do sertão do período
busca pela inovação se apresentam, em consequência,
renda. Trata-se da maior prova
colonial ao atual ciclo da mineração (passando pela
como uma questão estratégica e decisiva para todas as
da inexistência de um Projeto (in-
monocultura da borracha do final do século XIX e
sociedades. O campo da ciência e da tecnologia é es-
clusivo) de Nação – se é que existe, no
início do XX) –, na derrubada e queima da floresta
tratégico e insubstituível para o crescimento socioeco-
Brasil, um “Projeto de Nação” – e da não efe-
(para exploração irracional da madeira ou transfor-
nômico auto-sustentado de longo prazo, uma vez que
tividade de um Pacto Federativo responsável, justo e
mação de áreas verdes em pastagem de gado) e na
viabiliza a agregação de valor aos produtos, processos
solidário, comprometido em garantir e socializar os
Sem investimentos em conhecimento científico na
utilização irresponsável de seus recursos hídricos
e serviços, gerando, consequentemente, o aumento de
direitos ao conhecimento a todos os seus confede-
densidade requerida e sem as cadeias produtivas
(poluídos por mercúrio e outros resíduos industriais).
produtividade às entidades empresariais e uma maior
rados, com investimentos diferenciados e coerente-
que, por ele orientadas, geram e agregam valor, os
Uma mudança de paradigma, contudo, pautada e
robustez e qualidade na capacidade competitiva global
mente induzidos às regiões menos favorecidas. Em
recursos naturais não se transformam em riqueza ca-
inspirada numa “economia verde”, descarbonizada
da economia, com reflexo inquestionável na geração de
síntese, a condenação regional, na raiz, dá-se na pro-
paz de modificar a realidade social. Sem a solução
(da floresta em pé e da preservação ambiental), de
renda, emprego, aumento de divisas, com impacto posi-
porção direta de sua crescente desigualdade cogniti-
desta equação, não haverá desenvolvimento socioe-
forte base tecnológica, supõe, essencial e prioritaria-
tivo no processo de inclusão social.
va relativamente ao restante do país.
conômico auto-sustentado, nem progresso humano
do conjunto federativo, não obstante as potencialidades e vocações produtivas presentes em todo o território nacional.
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SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
para todos. Sem o conhecimento aplicado, na esca-
país tropical desenvolvido com economia baseada
e não poluentes) – fator diferencial, aliás, de forte
cial aos contingentes majoritariamente pobres e, até
la necessária, reproduzir-se-á o atraso e a exclusão.
no aproveitamento racional de recursos florestais,
atração a novos investimentos num contexto de crise
hoje, excluídos do mercado de trabalho. Nos quadros
Não haverá defesa possível da Amazônia contra a
em que o desenvolvimento social e econômico es-
ambiental-energética mundial –, com planejamento
da atual crise ambiental planetária, um novo mode-
biopirataria e demais formas de extorsão. Não have-
teja conciliado com a conservação da natureza e das
e apoio do Estado brasileiro e dos Governos locais.
lo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia
rá inclusão social. Não haverá redução das desigual-
diferentes culturas autóctones. Os próprios países
O novo paradigma que deve organizar e dirigir os
poderia anunciar um inédito e amplo horizonte de
dades inter-regionais que, vergonhosamente, ainda
que lideraram a revolução científico-tecnológica e
novos investimentos terá de estar orientado, priorita-
oportunidades, com liderança mundial na formula-
se perpetuam no Brasil, apesar da proclamação da
a constituição do atual sistema capitalista mundial
riamente, ao aproveitamento racional desses ativos
ção e atuação de um paradigma econômico conci-
República.
criaram um modelo de progresso pautado na destrui-
ambientais, compostos, basicamente, por recursos
liador do progresso material com o respeito ao meio
ção da natureza e dos povos, hoje com esgotamento
naturais renováveis, mantendo-se a indústria mineral
ambiente – condição de forte apelo internacional e
do padrão dominante refletido na grave
– com a verticalização de sua cadeia de produção –
fator catalisador de futuros (e necessários) investi-
crise ecológica instalada em todo
estrategicamente importante para gerar parte signifi-
mentos globais.
o planeta. Portanto, o desafio
cativa das divisas indispensáveis (royalties, fundos) à
brasileiro, nesse quadro, não
indução, pelo Estado, dessa diversificação do sistema
Lembremos que a imagem midiaticamente constru-
é nada trivial: tentar – com
produtivo regional e das aplicações necessárias – e
ída da Amazônia – e que coloniza o olhar do sen-
as contribuições cruciais
de longo prazo – à geração de uma economia do
so comum em âmbito nacional e internacional – é,
da Ciência, Tecnologia e
conhecimento, com compromisso e visão dilatada
tão-somente, a de um local exótico, quase inabitado,
Inovação – a construção da
sobre as gerações futuras.
espécie de “santuário” intocável que precisa ser pre-
Em suma, o desenvolvimento é um processo que depende, diretamente, da capacidade de se gerar e aplicar, produtivamente, o conhecimento, e da disseminação de valores e práticas sociais que fermentem uma mentalidade empreendedora no seio da socieda-
“O desafio do desenvolvimento amazônico, no limite, não é uma questão técnica, mas política!”
única “civilização florestal”
de, com qualificação adequada
servado a todo custo, negando-se a ela as condições
da história moderna, em bases
Num mundo onde biotecnologia, recursos hídricos,
científicas e tecnológicas necessárias à formulação de
ambientalmente sustentáveis e tec-
energia e bionegócios passam a ter influência cres-
alternativas adequadas ao desenvolvimento humano
nologicamente avançadas, servindo, assim, de
cente em termos econômicos, a Amazônia é, sem
em tal contexto. O destino da Amazônia, contudo,
nhecimento e do conhecimento em inovação, com
paradigma alternativo para o mundo, com oferta de
dúvida (e literalmente), um tesouro inestimável.
não pode ficar refém da condenação ao extrativismo,
compromisso social e responsabilidade ambiental,
soluções criativas e inovadoras para os crônicos pro-
Abrem-se para ela, nesse horizonte, condições ex-
à função de estoque genético das multinacionais ou
resume, em boa medida, o desenho e o tamanho do
blemas do desenvolvimento sustentável em zonas do
cepcionais – talvez únicas – de conciliar,
desafio.
Trópico Úmido.
sob um novo paradigma, preserva-
da força de trabalho. Criar e manter instituições e arranjos institucionais que promovam a transformação da informação em co-
ção e uso sustentável de seus O futuro da Amazônia depende de um modelo de
recursos naturais renováveis,
desenvolvimento amazônico como um
desenvolvimento em que a base de todo o progresso
iniciativa de forte apelo social
desafio nacional
humano esteja fincada na exploração intensiva, in-
e mercadológico, de indis-
teligente e ambientalmente segura de seus inigualá-
cutível repercussão mundial,
O modelo de desenvolvimento a ser buscado para
veis recursos naturais (sub-solo, solo, floresta, rios e
com emergência, na esteira
a Amazônia é um imenso desafio, na medida em
lagos), assentada numa excepcional condição de ge-
do novo modelo, de alternativas
que não há disponível, no mundo, referência de
ração de energia em bases limpas (fontes renováveis
inéditas de inclusão e ascensão so-
1.4.
A mudança do paradigma do
ao papel de espaço rústico para usufruto idílico dos turistas pós-modernos. Em
nome da preservação da floresta “O futuro da não se pode admitir, acriticaAmazônia depende de de um desenvolvimento mente, a contra hegemonia fincado na exploração de da ideologia fetichizada do sua rica biodiversidade, falso ambientalismo, consercom aplicação do conhevador e farsante (porque socimento e preservação cialmente excludente), quando ambiental” se sabe que um dos aspectos cen-
21
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
trais da acirrada disputa internacional, neste início
e tecnologia, com fins de inovação – e com apoio
ambiental – e superado, de vez, o
de milênio, dar-se-á pelo acesso às principais fontes
decisivo de agências nacionais (governamentais) de
falso dilema desenvolvimen-
de recursos naturais estratégicos, com destaque para
financiamento. Os frutos dessa nova economia verde
to x conservação –, é que
as reservas da África e da América do Sul (com maior
deverão permitir uma maior e mais dinâmica inser-
se poderá dinamizar
foco na Amazônia). Na moldura deste “romantismo
ção regional nos mercados nacional e global, uma
os ativos naturais e
ingênuo” – se não estratégica e hipocritamente pro-
vez que a agregação de conhecimento à produção
romper o arquipélago
posital –, a Região vai sendo ignorada e excluída
renderá maior eficiência e competitividade aos seto-
fragmentado de loca-
no tocante aos investimentos mais urgentes de que
res mais dinâmicos da economia regional – sobretu-
lidades e microrregiões
necessita à sustentabilidade de suas populações e
do no que toca à inovação de produtos que tenham a
amazônicas, ainda hoje
de seu futuro: educação de qualidade, ciência e tec-
biodiversidade como insumo – gerando-se, na escala
separadas pela distância, por
nologia.
necessária, ocupação, emprego e renda.
obstáculos geográficos, por defici-
pólos produtivos nacionais e, num futuro próximo, pelas potencialidades presentes em
“O novo paradigma produtivo implica na passagem do obsoleto extrativismo secular a uma vigorosa e moderna economia do conhecimento”
seu território – síntese mais completa da diversidade amazônica –, poderá atrair parte percentualmente considerável dos investimentos internos e daqueles estrangeiros direcionados ao Brasil e à América do Sul. Com sua economia em crescimento –
não obstante os entraves estruturais ainda persistentes –, o estado, talvez como nunca na
ências de transporte e comunicações, condições his-
história, projeta-se como um dos principais focos
Diante desse quadro, a única forma possível de pre-
O fundamento, portanto, dessa guinada histórica re-
toricamente responsáveis pelos fluxos reduzidos de
das atenções mundiais, graças às potencialidades de
servar a Amazônia e dar-lhe densidade e dinamismo
pousa numa revolução técnico-científica, com apoio
comércio, de investimentos, de pessoas e de culturas,
suas riquezas naturais, expressas em sua internacio-
social e econômico sustentável, no presente e no fu-
decisivo da União (um Projeto Nacional para a Ama-
pela baixa inserção da economia local nas redes di-
nalmente cobiçada biodiversidade, e seu conhecido
turo, é construir uma estratégia de desenvolvimento
zônia), com orientação ao aproveitamento inteligente
nâmicas do mercado nacional e mundial e, conse-
potencial mineral e energético.
centrada na utilização de suas fontes energéticas
dos produtos da biodiversidade por meio da fixação e
quentemente, pelo subdesenvolvimento estrutural.
renováveis e de sua biodiversidade, tendo por base
difusão de conhecimentos e padrões produtivos subs-
a pesquisa científica e (na relação academia/setor
titutivos das estruturas produtivas tradicionais; cadeias
Reside, unicamente, na exploração inteligente e
operações realistas que visem a agregar, para o esta-
produtivo) a inovação tecnológica. Mas os recursos
de produção bioindustriais (fármacos, fitomedicamen-
responsável da biodiversidade amazônica – com a
do e região, os frutos de todo esse progresso que se
somente serão renováveis se as condições de susten-
tos, cosméticos, alimentos, bebidas, nutrientes, óleos,
transformação de seu grande potencial em produtos
anuncia – escapando-se de um novo ciclo de coloni-
tabilidade forem garantidas por investimento inten-
etc.), alimentadas por redes de inovação associadas à
inovadores e estratégicos para o Brasil e para o mun-
zação excludente e de economia de enclave –, ter-
sivo e contínuo em conhecimento. Nessa perspectiva
biodiversidade, com articulação das estruturas regio-
do (bioprodução) – a possibilidade do resgate social
-se-á de construir alianças sólidas entre o setor pro-
e em consequência, deve-se alterar o paradigma
nais (produtivas, científicas e culturais) aos circuitos
e econômico da Região e o carimbo definitivo de seu
dutivo, os governos (federal, estadual e municipais)
produtivo por intermédio da passagem do obsole-
nacionais e internacionais e intensificação dos fluxos
passaporte para a Sociedade do Conhecimento, que
e as universidades e institutos de pesquisa, aproxi-
comerciais e financeiros, em igual escala.
configura o século XXI.
mando os principais atores institucionais para inédi-
to extrativismo secular a uma
Nesse contexto, se o objetivo político maior é traçar
vigorosa e moderna eco-
“Nem 'santuário', nem 'almoxarifado', mas uma 'economia verde' dinâmica e inovadora”
tas sinergias. Urge a emergência de uma nova cultura
nomia do conheci-
O futuro da Amazônia depende do Brasil. Mas o fu-
1.5.
mento, alavancada
turo do Brasil também depende, em boa medida, da
sólido sistema de CT&I
por investimentos
Amazônia. Somente por meio de um novo modelo
estratégicos e se-
de desenvolvimento, nacionalmente pactuado, base-
Na conjuntura econômica do país, o Pará já despon-
direcionados, de interesse comum, que conduzam,
letivos em ciência
ado na aplicação do conhecimento e na preservação
ta, potencialmente, como um dos mais promissores
de forma progressiva e sistemática – com objetivos
O caso do Pará e o papel de um
de relacionamento que não mais esteja pautada em desconfianças recíprocas, preconceitos e isolamento, mas, sim, em políticas claras e projetos concretos e
23
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
e metas bem delineados e devidamente partilhados – à institucionalização de redes efetivas de
que regula o acesso ao patrimônio genético, uma vez
voltadas à mudança do paradigma econômico de de-
A constituição dessas Redes de Excelência, aqui pen-
que a complexidade desnecessária das
senvolvimento e consequente diversificação das ca-
sadas mais como grupos dinâmicos e associados de
exigências atuais e a burocracia
deias produtivas, dinamizando-se a inovação, faz-se
pesquisa em áreas estratégicas de conhecimento – e
pouco inteligente dos proce-
necessário, em primeiro lugar, aprofundar a política
não como estruturas institucionais formais –, é uma
dimentos impostos acabam
de formação (com qualidade) de recursos humanos,
proposta que visa a arregimentar um trabalho coleti-
se constituindo em fator de
em todos os níveis – fermentação de cérebros –, com
vo promissor, potencialmente mais racional e produ-
impedimento ao avanço de
articulação da educação superior, técnica e profissio-
tivo, tendo como finalidade a obtenção mais rápida
projetos de pesquisa cien-
nalizante a empreendimentos dirigidos ao desenvol-
e eficaz de resultados científicos – e sua aplicação
tífica sobre a biodiversida-
vimento socioeconômico das várias microrregiões;
– nos campos de atuação selecionados. Importam
de, com destaque para aque-
em segundo lugar, a criação, consolidação e amplia-
em um trabalho denso de cooperação, com apoio e
ção (conforme o caso) de Redes Interdisciplinares de
financiamento diferenciado, induzido pelo Estado, e
Excelência em Pesquisa, em áreas estratégicas, com
com metodologia de fácil e flexível operação, asso-
eixos focados, entre outros, em:
ciada a um modelo de gestão maleável e com sus-
cooperação, a título de novos e inovadores arranjos institucionais. O dever histórico do Estado é induzir e ampliar, cada vez mais, a participação da ciência, da tecnologia e da inovação no PIB
“O Pará, pelo seu potencial, representa uma das melhores opções de investimentos para o Brasil e para o mundo”
regional, formulando estratégias e ativando ferramentas que comprome-
les de bioprospecção.
tam, definitivamente, este tripé estratégico nas agendas dos setores público e privado, em todos
A criação originária (ainda que tardia) do FUNTEC,
os seus níveis e instâncias de atuação, com redefini-
no início deste século, e a sua transformação mais
ção das bases de um novo marco regulatório para o
recente em FAPESPA – com ampliação significativa
processo de desenvolvimento e a distribuição dos be-
dos investimentos dirigidos ao setor –, já anunciam
nefícios desses avanços para toda a sociedade. Para
uma tomada de consciência da importância do pa-
isso, importante é promover, antes de mais nada,
pel da ciência e da tecnologia no desenvolvimento
alguns ajustes básicos nos marcos regulatórios em
presente e futuro do estado. A canalização de outros
vigência, gerando-se, assim, as pré-condições legais
fundos provenientes do setor privado e do sistema
e normativas indispensáveis à conformação de uma
nacional de C&T (basta pensar nos Fundos Setoriais
ambiência de negócios mais dinâmica e desburocrati-
e no Fundo Verde-amarelo) – com participação ativa
zada. Não é demasiado lembrar que o estado do Pará
das grandes empresas que atuam na região e no es-
já instituiu o seu zoneamento ecológico-econômico,
tado (Vale, Alcoa, Albrás, Alunorte, Eletronorte, etc.)
instrumento estratégico e fator indispensável a um
– também deveria ser, progressivamente, somada a
criterioso direcionamento das formas adequadas e
todo esse esforço comum em prol de um salto quali-
legítimas de apropriação e exploração produtiva das
tativo no patamar atual do financiamento da ciência
diferentes zonas territoriais (conforme suas caracte-
e tecnologia dentro do estado, com adoção comple-
rísticas), e que deve ser acionado e institucionalizado
mentar de uma estratégica e inteligente Lei Estadual
de maneira definitiva, em vista de um monitoramen-
de Inovação – e seus inerentes incentivos.
to adequado das várias atividades produtivas em
tentabilidade de manutenção. Espera-se, dessas Re• Biotecnologia e uso sustentável da biodiversidade;
Para dotar o estado do Pará de infraestrutura em
mente, promover a alteração da legislação em vigor,
ciência e tecnologia capaz de dar suporte às ações
e/ou virtualmente), a busca contínua da vanguarda nas áreas priorizadas de conhecimento. Além disso,
• Sociodiversidade;
devem buscar a aplicabilidade dos resultados de
• Recursos Energéticos e Hídricos;
suas
investigações
junto aos diferen• Recursos Minerais;
ciados
setores
produtivos do es• Agricultura, pecuária e pesca;
tado (micro, pequenas, médias e
• Economia Florestal;
grandes empresas),
“O dever histórico do Estado é induzir e ampliar, cada vez mais, a participação da ciência, da tecnologia e da inovação no PIB regional”
com perspectivas de • Saúde, fármacos e fitomedicamentos;
diversificação e valorização econômica das cadeias regionais de produção e sua
• Tecnologia da Informação e Comunicação;
prospecção. Por fim, imprescindível se torna, igual-
des, exatamente pelo trabalho partilhado (presencial
• Multimodalidade de transportes.
aderência ativa aos novos planos de desenvolvimento, em gestação. É na aglutinação de redes de pesquisa a empreen-
25
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
dimentos produtivos – tendo por base uma rede de
bertas científicas e tecnológicas disponíveis em nível
Esta pauta de carências deveria servir de matriz para
lógicos, incubadoras de empresas e laboratórios); tec-
formação técnica e tecnológica, tematicamente as-
mundial, conhecer, valorizar, incorporar e potenciali-
o planejamento acadêmico de qualquer universida-
nologias sociais de disseminação do conhecimento e
sociada – que ganha relevo o conceito de pólo de
zar, igualmente, outras formas de saber presentes na
de ou instituto de pesquisa amazônico, com decisiva
atuação indutora do Estado (aqui incluída a política
conhecimento, estratégia que norteará a formulação
tradição local – como aquele de índios e caboclos –,
indução pelo Estado. Somente assim a academia po-
de incentivos). Some-se a isso, no mesmo grau de im-
de diretrizes que terão por objetivo a consolidação
acumuladas ao longo de séculos de aprendizagem
derá cumprir a sua missão nobre e insubstituível de
portância, a interlocução orgânica e sistemática en-
de ambiências de inovação em localidades do ter-
e contato das populações autóctones com a natu-
produção dos conhecimentos básicos e de ponta e, ao
tre os diversos atores do processo (fortalecimento da
ritório paraense onde se concentram os processos
reza circundante, com a garantia, pelo Estado, dos
mesmo tempo, ajudar a mudar o patamar e a escala
comunicação entre as instituições e entre os órgãos
mais dinâmicos e avançados de industrialização ou
mecanismos que repartam, com justiça, os benefícios
dos empreendimentos produtivos, contribuindo para
de Estado), sem o que haverá desperdícios, perda de
que apresentem potenciais suficientes à organização
decorrentes do uso desses conhecimentos.
a fixação dos investimentos e dos ativos nas várias
tempo, paralelismo de esforços e baixa rentabilidade
microrregiões do território paraense e amazônico e
dos investimentos.
de cadeias produtivas inovadoras, particularmente ancoradas no aproveitamento da biodiversidade cir-
Os grandes eixos estratégicos de desenvolvimento da
influenciando, por fim, na concertação das decisões
cundante.
Amazônia, na atualidade, com destaque para o Pará,
estratégicas que pautarão a redefinição das políticas
A aplicação dessa equação institucional, embora
econômicas e sociais nos próximos anos.
universalmente válida, deverá considerar, entretan-
dependem de um vigoroso impulso nos processos de agregação
Diante desse quadro desafiador, torna-se imperioso que a ciência praticada nas instituições de pesquisa dê uma contribuição efetiva à
“É na aglutinação de redes de pesquisa a empreendimentos produtivos que ganha relevo o conceito de pólo de conhecimento e inovação”
de valor econômico à biodiversidade e aos recur-
to, o contexto histórico-cultural e o estado cognitivo 1.6.
O desafio da criação de uma am-
e tecnológico do ambiente de intervenção – singular em cada caso –, para que as estratégias e po-
biência de inovação
sos naturais de uma ma-
líticas adotadas, alicerçadas na realidade concreta,
neira geral (inovação),
Inovar, desenvolver as cadeias produtivas regionais,
possam alcançar os resultados esperados. Para isso,
convocando-se, à tarefa,
criar uma ambiência favorável ao enraizamento de
faz-se imprescindível e prioritário o mapeamento do
todo o saber disponível
uma mentalidade empreendedora e criativa, com cul-
cenário existente, em toda a sua heterogeneidade,
(que reside em instituições
tura de respeito ao meio ambiente, supõe a conjuga-
considerando-se:
e pessoas) – e trabalhando-se
ção de inúmeros fatores: educação de qualidade em
em rede. Historicamente, repousam
todos os níveis; densidade e qualidade da produção
em si mesmo, sem qualquer agregação ao seu valor
na ausência de um investimento adequado em ciên-
científica; empresas interessadas em inovação tecno-
social. Afinal, a ciência e a tecnologia só beneficiam,
cia e em tecnologia as raízes dos mais graves proble-
lógica (investimento em P&D); aperfeiçoamento
realmente, a sociedade se forem incorporadas ao
mas regionais, a exemplo das grandes rupturas obser-
dos mecanismos de propriedade in-
processo produtivo e ao cotidiano das pessoas por
vadas nas cadeias produtivas tradicionais, os longos
telectual e de transferência de
intermédio da inovação e da melhoria da qualidade
hiatos das cadeias dos produtos novos (sobretudo
tecnologia para inovação;
de vida de todos. Neste prisma, a academia precisa,
aqueles baseados nas possibilidades dos ecossiste-
infraestrutura
científico-
por ato de inteligência e de compromisso social –
mas locais, de grande potencial) e a incapacidade de
-tecnológica
adequada
a partir da ação de redes sólidas de pesquisa e do
comunicação entre essas cadeias e os seus respec-
(com consolidação de um
domínio de conhecimento nessas áreas estratégicas
tivos setores de dinamização (com peso para o pa-
sistema de parques tecno-
–, além do acompanhamento e absorção das desco-
pel da logística e das estruturas de comercialização).
agregação de valor à economia regional; construir e disseminar a consciência de que os produtos primários devem ser usados como tram-
polim para o futuro (graças à sua transformação pela inovação) e não como um fim
a) a capacidade científica instalada e a sua distribuição pelo território estadual; b) as condições educacionais de cada micror-
“Não é possível a criação de uma ambiência de inovação sem planejamento e parceria entre os vários agentes, com supervisão do Estado”
região (níveis de formação e qualidade do ensino); c) o peso econômico (PIB, emprego e renda) e a distribuição percentual dos diversos níveis
27
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
e setores do aparelho produtivo estadual
ambiência de inovação sem a conjunção proativa de
e aperfeiçoar a competitividade dos diversos setores
a capilaridade da ino-
(grandes, médias, pequenas e microempre-
todos esses elementos, com planejamento e coorde-
da economia regional. Melhorar os mecanismos de
vação tecnológica
sas);
nação partilhada entre os vários atores institucionais
controle dos gastos e otimizar o uso dos recursos
da grande em-
e a correspondente supervisão pelo Estado – com
disponíveis (produzindo-se mais com menos), tam-
presa em favor
d) os potenciais econômicos de cada microrre-
indução de políticas públicas adequadas e de incen-
bém. A presença, em território paraense, de entida-
dos
gião e a identificação de sua vocação produ-
tivos correspondentes. São inúmeros e variados os
des particularmente comprometidas com a produção
e médios em-
tiva e correspondentes vantagens compara-
gargalos e os desafios que se colocam no horizonte
de conhecimento e com a inovação tecnológica e o
preendimentos,
tivas e competitivas;
de cada segmento produtivo (industrial, agrícola, co-
seu aproveitamento sinérgico em favor do aperfei-
articulados em seu
mercial, de serviços, etc.), de cuja tempestividade de
çoamento de todo o sistema produtivo, por certo,
entorno, assim como pro-
e) o atual estágio de industrialização, por se-
solução, pela interlocução inteligente e coordenada
consubstancia uma das ações mais estratégicas a ser
mover e aumentar a sinergia entre a academia e as
tor, com identificação das indústrias âncoras,
entre os setores envolvidos, depende, em boa medi-
perseguidas, com especial atenção, pelo Estado. Uni-
empresas, no sentido de se viabilizar e consolidar
indústrias associadas e correspondentes ca-
da, o sucesso de qualquer plano ou estratégia de me-
versidades (com seus NIT e incubadoras de empre-
a cultura da inovação, com pesquisas direcionadas,
deias de fornecimento, em cada caso;
lhoria da produtividade e da competitividade. Os pro-
sas), Institutos de Pesquisa, Redes de Pesquisa (com
ademais, à superação dos gargalos de fornecimento
blemas podem ser de ordem científica, técnica, mas,
seus laboratórios), o SEBRAE, o IEL e o SENAI (do
(produtos e especialização tecnológica), certificação
também, de natureza adminis-
sistema FIEPA/CNI), o Núcleo RENAPI (Rede Nacional
de produtos, processos e patentes.
trativa, de gestão (públi-
de Política Industrial), assim como ONGs especializa-
ca ou privada), edu-
das em áreas específicas do conhecimento e em seu
Cabe ao Estado, em particular, formular um planeja-
manejo, necessitam interagir com setores de ponta
mento em C, T & I para os próximos anos, que tenha
da economia regional – como é o caso dos empre-
como alvos principais, além da consolidação das re-
endimentos que constituem os emergentes distritos
des de pesquisa em áreas estratégicas:
f) os gargalos produtivos e comerciais das inúmeras cadeias existentes; g) os atores institucionais, públicos e privados,
cacional e, mesmo,
que representam os vários elos das cadeias,
normativo-legal.
com destaque para aqueles que trabalham
Por isso, a atuação
com ações de inovação e cuja parceria pode
conjunta e articula-
potencializar e multiplicar os efeitos das
da, não apenas dos
ações;
atores públicos e pri-
h) o grau de integração entre a comunidade científica e o setor empresarial; i) a capilaridade dos mecanismos de acesso popular ao conhecimento, por meio de tec-
“A sustentabilidade das cadeias produtivas supõe a aplicação contínua do conhecimento”
industriais –, gerando, assim, know-how local no gerenciamento das cadeias de inovação.
a) a liderança do processo de criação de uma ambiência de inovação, coordenando e influen-
vados, mas igualmente dos
Os experimentos em favor do aumento da compe-
ciando as ações das entidades parceiras, a fim
diversos setores do Estado – res-
titividade dos distritos industriais em implantação
de potencializar os resultados em função dos
ponsáveis por suas respectivas áreas de atuação –,
(como é o caso de Barcarena e de Marabá), graças
objetivos de constituição e consolidação de um
torna-se premissa determinante ao sucesso de uma
ao volume das ações em curso e dos desafios a elas
modelo econômico autossustentado, baseado
concertação em favor da instauração efetiva (e de
associados, representam um excelente “laboratório”
no conhecimento e voltado à diversificação das
longo prazo) de uma ambiência de inovação.
de aprendizagem e uma das grandes oportunidades
cadeias produtivas;
históricas de consolidação de uma cultura de CT&I no
nologias sociais apropriadas. Definitivamente, não é possível a criação de uma
pequenos
“A saída para o subdesenvolvimento exige visão de futuro, vontade política e grandeza de espírito”
Garantir a sustentabilidade das cadeias produtivas,
estado. Trata-se de um ambiente de externalidades
b) o favorecimento e indução da parceria entre
pela aplicação de conhecimento, significa melhorar
que oferece uma oportunidade ímpar às instituições
a academia e o setor produtivo, possibilitan-
para aprenderem a trabalhar em parceria e aumentar
do a pesquisa de novos produtos, processos
29
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
para a redução dos custos de transação,
do aquelas voltadas ao uso sustentável da
além da superação dos entraves de forne-
biodiversidade);
cimento às grandes indústrias, entre empresas e órgãos públicos;
g) o apoio à capilaridade dos meios de trans-
m) a desconcentração dos investimentos produ-
com fortalecimento e profissionalização dos
tivos de base tecnológica, disseminando-os,
núcleos e centros tecnológicos de inova-
dentro do possível, por todo o território pa-
ção.
raense;
ferência de tecnologia das grandes para as c) o fomento do crescimento das cadeias industriais (particularmente da bioindústria),
médias, pequenas e microempresas do estado;
utilizando-se, entre outras estratégias, as pesquisas nos laboratórios dos Parques Tecnológicos;
h) o favorecimento da parceria de empresas de tecnologias industriais com as instituições e
Os resultados do planejamento e das ações deverão n) a consolidação do zoneamento ecológico-
ser capazes de ampliar, anualmente, os indicadores
-econômico como instrumento de uso sus-
de inovação, que poderão ser analisados a partir de
tentável da terra, com sua integração aos
dados referentes a(o):
planos, programas e políticas de desenvolvimento local e regional;
a) número de projetos de pesquisa/inovação
empresas locais; d) a geração, com apoio da academia e de suas incubadoras, de novas empresas de base tecnológica, voltadas, prioritariamente, aos produtos da biodiversidade;
o) o fomento à educação empreendedora, in-
produtivos, realizados em parceria entre aca-
i) o aumento da produtividade dos pe-
teligência em tecnologia e lideranças para o
demia e empresas, em relação a alguns esta-
quenos empreendimentos, no cam-
setor produtivo (programas de pós-gradua-
dos de referência e média nacional;
“Cabe ao Estado formular um planejamento em C, T & I para os próximos anos”
e) o apoio, com informações estratégicas, à formação de novas indústrias, particularmente os grupos interessados em
po e nas cidades;
ção, engenharia de planejamento e de projetos, automação, TIC’s, etc);
b) número de patentes de novos produtos em relação a alguns estados de referência e mé-
j) o apoio e estímulo a empreendimentos solidários, liderados, sobretudo, por setores
p) o incentivo à pesquisa e à inovação, com me-
c) número de empresas de base tecnológica
com orientação de parte do enorme
q) a implantação de uma estrutura mais funcio-
poder de compra do Estado para esses
nal e ágil para que pesquisadores e empre-
segmentos;
sas possam realizar, sem maior burocracia, todas as etapas do processo de inovação,
tura, produtos da floresta), além de outras
k) o desenvolvimento de tecnologias sociais, a
iniciativas associadas a cadeias produtivas
exemplo da inclusão digital, como ferramentas
já instaladas ou em fase de instalação,
e produtos que promovam uma maior demo-
como o setor siderúrgico;
cratização no acesso ao conhecimento;
f) a atração de talentos (locais, de outros es-
l) a criação de leis estaduais de inovação e de
tados e do exterior) para áreas de conheci-
incentivos fiscais para a atração de empresas
mento estratégicas ao desenvolvimento da
de base tecnológica de fora do estado;
dia nacional;
didas fiscais indispensáveis;
excluídos da economia formal,
bionegócios (pesca, aqüicultura, agricul-
nova economia do conhecimento (sobretu-
com aplicação na indústria e demais setores
criadas e/ou desenvolvidas no estado; d) produtividade média da indústria em relação a uma referência no país;
com agilidade à garantia da propriedade intelectual;
e) aumento % do número de pessoas especializadas, com mestrado e doutorado, em rela-
“É preciso consolidar o zoneamento ecológico-econômico como instrumento de uso sustentável da terra”
r) a
difusão
ção a alguma referência no país;
da cultura da propriedade
f) número de empresas certificadas em proces-
intelectual
sos ISO’s, OSHAS, PBQPH, PROCEM e outras
no
oficiais, em relação a alguma referência no
meio
a c a d ê m i c o,
país;
31
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
g) % da população atendida pelas ferramentas
continua envolvendo a solução da equação educa-
o conhecimento ocupou o lugar central da matéria- adequadas, com sentido de inovação. Trata-se de
de inclusão digital e outras tecnologias so-
ção-ciência-inovação, única combinação de fatores
-prima, reconfigurando-se o novo panorama plane- uma visão que precisa ser disseminada por todos os
ciais.
capaz de induzir não apenas modificações (por ve-
tário das desigualdades, agora medido pelas diferen-
zes radicais) nos padrões tecnológicos utilizados por
ças cognitivas.
1.7. A formação de uma nova consciên-
um ramo produtivo, uma empresa ou uma estrutura
cia social sobre o papel estratégico da
governamental, mas igualmente mudanças signifi-
Fato é que não é possível uma mudança
ciência, da tecnologia e da inovação
cativas nos modelos organizacionais de gestão e de
de paradigma ou de modelo econômico,
comunicação, de participação social e de distribuição
em plena Era do Conhecimento (e num
Ciência, tecnologia e inovação não se constituem
de renda, com interferência direta no padrão de for-
mundo sistemicamente global), sem
um tema popular. Desconhecido do grande público
mação das mentalidades e do espírito empreendedor
uma transformação paralela (e, mesmo,
e ausente dos meios de comunicação, seu enfrenta-
de um povo.
radical) da cultura de um povo; em outras
segmentos sociais e materializada em valores, cren-
ças, normas e práti“Na atual dinâmicas sociais. ca produtiva, o conhecimento ocupou o lugar central da matéria-prima, São inúmeros os reconfigurando-se o novo agentes – econôpanorama planetário das micos, políticos e desigualdades” sociais – que preci-
sam estar envolvidos e
palavras: sem uma mudança de mentalidade
mento, na Amazônia, envolve mais esta dimensão
interconectados nessa com-
desafiadora: a de sua vulgarização (no sentido po-
Se, no passado, o controle dos meios de produção
da sociedade (emergência de uma nova “cultura po-
sitivo do termo), particularmente num contexto de
levou ao controle da ciência e da técnica, hoje, é o
lítica”), a começar de seus líderes e representantes, plexa trama, por dominarem diferentes tipos de co-
baixa formação educacional e completa alienação da
controle da ciência e da técnica que leva àquele dos
em que o vislumbre da importância da educação (de nhecimento e de informação; porque a solução para
consciência social sobre as tendências e os destinos
meios de produção. Se, outrora, o poder econômico
qualidade), do desenvolvimento científico e tecnoló- a maioria dos problemas do desenvolvimento – ten-
do mundo, na presente contemporaneidade.
sempre favoreceu o acesso ao poder do conhecimen-
gico e do poder da inovação (que supõe os demais do por premissa aquele educacional e tecnológico
to, atualmente é o poder do conhecimento que se
elos da cadeia do conhecimento) seja traduzido em – supõe a utilização de conhecimentos de múltiplas
Nunca é demais alertar – e educar – que o mundo
tornou o acesso inescapável ao poder econômico. Ou
prioridade estratégica, republicana e suprapartidária, fontes, enraizados em pessoas, organizações e locais
moderno sempre esteve fincado e se desenvolveu
seja: ocorreu, no último século, uma mudança dialéti-
e se expresse nos investimentos projetados dos orça- determinados, nem sempre de fácil acesso ou de ga-
na esteira dos avanços do conhecimento científico e
ca monumental – e pouco perceptível para o grande
mentos públicos e naqueles do setor privado.
da aplicação da técnica. E que vivemos, na entrada
público – na dinâmica social, que não pode ser ig-
tica da inteligência: centros estratégicos dotados de
do novo milênio, as consequências da modernidade,
norada, muito menos desconsiderada pelos estrate-
Mais do que nunca, na história, ser “culto” tornou-se capacidade própria de esclarecimento e de interven-
com maior peso de seus fundamentos e do poder
gistas de plantão. Francis Bacon (célebre cientista e
a única maneira de ser livre. “No umbral do século ção, articulados estrategicamente em rede, atuando
aplicativo de seus mecanismos de reprodução civi-
filósofo inglês do século XVI) já houvera profetizado
XXI e no atual contexto internacional, o bem mais como verdadeiras ferramentas de invenção e dina-
lizatória. Na temporalidade da
este fenômeno em curso quando lapidou, memora-
precioso com que conta um país (e uma região) é mização dos arranjos produtivos locais e regionais,
civilização moderna – que
velmente, que conhecimento é poder. Não por acaso,
o seu capital humano” (Manifesto de Angra/COPEA/ com valorização das tradições culturais autóctones
mais recentemente, Manuel Castells (renomado soci-
UFRJ, 1998). Não haverá futuro para o Brasil e para e formulação de propostas econômicas inovadoras e
ólogo espanhol contemporâneo) conceituou a nova
a Amazônia (incluído o Pará) – e este tem de ser o inclusivas, de referência.
fase do capitalismo do último quartel do século XX
substrato da nova visão de mundo a ser dissemina-
de “capitalismo informacional”, chamando a aten-
da – sem uma revolução planejada na educação, na Nessa perspectiva, é necessário que se promova uma
ção para o fato de que, na atual dinâmica produtiva,
produção de ciência e no emprego das tecnologias política de sensibilização das novas gerações para a
“A engenharia ainda fermenta o alvodo desenvolvimento recer do século XXI envolve a solução da –, a engenharia do equação educação-ciência desenvolvimento -inovação, única capaz de econômico e social induzir modificações nos padrões tecnológicos e modelos de gestão”
rantida circulação. É exigida, portanto, uma geopolí-
33
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
temática, com educação adequada e sistemática a
ção, ciência e tecnologia, com fins de inovação e de
respeito e envolvimento das escolas e outros centros
exercício da soberania cognitiva, são matérias de Es-
de formação. Trata-se de um desafio que requer ações
tado – prioritárias e insubstituíveis. Que seu ciclo de
inteligentes e específicas, que vão desde a inserção
maturação é mais longo que os ciclos políticos dos
da temática em currículos escolares (com adaptação
governos. Que, nesse campo, os dividendos políticos
da linguagem a cada série) e ambientação dos jo-
não podem interromper a continuidade e o aperfei-
vens estudantes em espaços onde se produz ciência
çoamento dos investimentos. Que os frutos são colhi-
(institutos e universidades) e onde se cultua a sua
dos após décadas – e não em meses. E que o desafio,
memória e manejo (museus de ciência), até a cria-
em consequência, posto no horizonte do terceiro mi-
ção de programas de divulgação científica, feiras de
lênio, exige estadistas, mais que bons governantes.
ciência, etc., com uso inteligente das novas tecnologias sociais e inserção de campanhas escla-
A saída para o subdesenvolvi-
recedoras em veículos de comunicação
mento exige visão de futuro, “Na era do de massa. Todas as formas criativas vontade política e granconhecimento e possíveis de motivação dos jovens deza de espírito; requer do globalismo, o único passaporte à cidadania pla- uma nova cultura (nova para a ciência – estruturas, espanetária será aquele ços permanentes e programas de mentalidade) aberta aos carimbado pelo lastro da estímulo à sua reflexão e engajadestinos do mundo e capacitação cognitiva e mento –, por impulso local ou em aos desafios civilizatórios. criativa” associação com iniciativas da União e
O maior desafio da política
de outros estados, deverão ser valorizadas e atuadas.
brasileira e daquela regional, no alvorecer do terceiro milênio, reside no investimento maciço e contínuo em educação, ciên-
É preciso que todos saibam, desde cedo, que inves-
cia e tecnologia. Na Era do Conhecimento e do glo-
timentos em educação e em pesquisa são, definiti-
balismo, o único passaporte à cidadania planetária
vamente – na presente contemporaneidade –, as
será aquele carimbado pelo lastro da capacitação
molas-mestras de todo esforço de desenvolvimento
cognitiva e criativa.
auto-sustentado de um povo. Portanto, que educa-
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
2. Desenvolvimento industrial no Pará: tendências atuais Como premissa à definição de um planejamento es-
Belém), as principais obras e indústrias da região do
tratégico viável e realista para o estado do Pará, in-
Oeste do estado (Tapajós/Calha Norte), assim como
dispensável se torna um mapeamento das principais
sobressai o projeto Grande Carajás (Sul/Sudeste do
tendências em curso no cenário produtivo local, onde
Pará) e a presença da SINOBRAS, em Marabá, com a
ganham centralidade as grandes transformações e
verticalização da produção do minério de ferro.
realinhamentos do quadro industrial em configuração, com destaque para o setor mineral e energético,
Os grandes projetos e suas empresas-âncora dão
pelo volume dos investimentos previstos.
origem a cadeias de fornecimento, onde se destacam aquelas da indústria de base (construção civil
2.1. Mapa industrial: situação atual Até passado recente, a indústria paraense esteve basicamente assentada na exploração de dois insumos principais: a madeira e a castanha (anos 1950/60). Com o início das atividades minerais, nas décadas de 1970/80, o papel cumprido por este novo setor veio se tornando o grande vetor da economia do estado, ao ponto de, hoje, representar cerca de 80% da pauta de exportações. De fato, os principais projetos industriais em estruturação no estado do Pará pertencem aos pólos da mineração, conduzidos por grandes empresas (como Vale, Alcoa, Mineração Rio do Norte, Albrás, Alunorte, etc.), em torno das quais se estruturam cadeias de fornecimento de bens e serviços, sobretudo do setor metal-mecânico. Ao lado da mineração, ganha também evidência o setor energético, representado, sobretudo, pelos investimentos da Eletronorte na construção de grandes hidrelétricas (Tucuruí e Belo Monte), e que irão transformar o Pará, dentro em breve, no maior fornecedor de energia elétrica (e limpa) do país.
e metal-mecânica). Torna-se fundamental, em conseqüência, ao longo das cadeias, os serviços administrativos, os ambientais e aqueles relacionados com a tecnologia da informação. Em geral, a grande maioria das empresas fornecedoras locais precisa realizar saltos tecnológicos com relação aos processos e produtos tradicionalmente manejados, como condição para se firmar no mercado e usufruir das oportunidades em curso, assim colaborando ao aumento da competitividade dos grandes empreendimentos-âncora, que concorrem no mercado mundial. 2.2.
Investimentos previstos para os
próximos 4 anos Considerando-se os investimentos em mineração, transformação e energia, previstos para a primeira metade da presente década, e dividindo-se o estado do Pará em pólos de desenvolvimento, com base nas tendências da expansão industrial em curso, ter-se-á
No mapa da página 36 verifica-se a concentração de
os seguintes desenhos geoeconômicos, nos próximos
indústrias na região do entorno de Barcarena (Grande
anos:
35
37
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
Concentração industrial por região
Tapajós MRN - Novas minas Alcoa - Bauxita 2ª fase PAC - Pavimentação da Transamazônica PAC - Usina Hidrelétrica de Belo Monte (Rio Xingu) PAC - Construção de terminais portuários PAC - Construção do novo terminal de passageiros PAC - BR-163 - pavimentação da divisa PA/MT
2.2.1. Pólo de influência da Grande Belém Plataforma Petrobras Gavião / Harpia 216 / 222 km
Grande Belém Celpa - Luz para Todos Terfron - Plataforma multinacional PAC - Manutenção da BR-316
Anglo Ferrous - Porto flutuante RDP - Porto Espadarte
Celpa - Luz para Todos Terfron - Platasforma multinacional PAC - Manutenção da BR 316
Norks Hidro - Companhia Paraense de Alumina Vale - Porto de Vila do Conde (participação) Usipar - Siderúrgica / porto / navegação
Votorantim Fábrica de cimento
PAC - Construção e ampliação do Porto de Vila do Conde PAC - Manutenção da BR-316 e da BR-010
Norsk Hidro - CAP
Biovale - Oito usinas de biodiesel em Moju
Vale - Porto de Vila do Conde (participação)
Petrobras - Biodiesel Mineração Buritirama - Porto (participação) e sinterização (Vila do Conde) Anglo Ferrous - Porto flutuanten Vale - Porto Espadarte Plataforma Petrobras Gavião/Harpia - 216/222 km Votorantim - Fábrica cimento Norks Hidro - Projeto Bauxita Paragominas III Vale - Reflorestamento
BELÉM
Usipar - Siderúrgica / porto / navegação
CURUÇÁ PRIMAVERA
PAC - Construção e ampliação do Porto de Vila do Conde
BARCARENA
PAC - Manutenção da BR-316 e da BR-010 Biovale - Oito usinas de biodiesel em Moju
IPIXUNA
PARAGOMINAS
Petrobras - Biodiesel Mineração Buritirama - Porto (participação) e sintetização (Vila do Conde) Norsk Hidro - Projeto Bauxita III Vale - Reflorestamento
Carajás Mineração Buritirama - Fábrica de ferro-liga
Fonte: FIEPA (dez/2010). Atualização ED Consultoria
Ocorre a concentração de empreendimentos na área
Porto de Vila do Conde, fato que irá contribuir para
Vale - Logística EFC
circunscrita a Barcarena (Grande Belém), com desta-
o aumento da integração dos distritos industriais de
Vale - Serra Sul (s11d)
que para as usinas de Biodiesel, que estão começan-
Barcarena (Grande Belém) e de Marabá (Sul/Sudeste
Anglo American - Níquel
do a ser construídas, mais precisamente no município
do Pará).
PAC - Construção das duas eclusas de Tucuruí
de Moju, onde a vocação para o cultivo do óleo de
Vale - Carajás 140 MTA
Mineração Caraíba - Cobre
PAC - Construção da linha de transmissão
palma já se consolida.
2.2.2. Pólo de influência de Carajás
PAC - Construção da linha de transmissão
A implantação da Companhia de Alumina do Pará,
No mapa da página 38, com o desenho da região
Mineração Buritirama - Calcinação / porto
pela Norsk Hidro, deverá adensar a cadeia de alumí-
em questão, verifica-se uma concentração de inves-
Vale - Projeto Cristalina
nio nessa região, podendo haver pressão por novos
timentos em Marabá, com destaque para a Aços La-
Colossus - Ouro
investimentos à jusante da cadeia.
minados do Pará (ALPA), empreendimento que terá
PAC - Obras de hidrovia do Rio Tocantins Sinobras - Siderúrgica (Aline) Vale - Projeto Salobo II
Vale - Projeto Serra Leste
Vale - Onça Puma
Fonte: Ed Consultoria/SECTI: 2011
uma forte e decisiva influência na verticalização da Outro fato significativo são os investimentos em logística e, em particular, o aumento da capacidade do
cadeia mineral (siderurgia).
39
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
Juntamente com o Projeto ALINE (parceria Aço Cea
ocorram outros investimentos associados, favorecen-
ários (para escoamento de minérios e de grãos) e a
eventos que merecem atenção e que terão, também,
rense e Vale), que vai produzir bobinas para o uso
do a formação de um forte pólo metal-mecânico, jun-
produção de bauxita, pela empresa Alcoa, são outros
forte influência no desenvolvimento econômico local:
direto na indústria, impor-se-ão pressões para que
tamente com outras empresas correlatas e de apoio. MRN - Novas minas
Vale - Carajás 140 MTA
PAC - Construção das duas eclusas de Tucuruí
Mineração Buritirama - Fábrica de ferro-liga
PAC - Construção da linha de transmissão PAC - Obras da Hidrovia do Rio Tocantins
PAC - Construção de terminais portuários
TERRA SANTA
Sinobras - Siderúrgica (Aline) Vale - Logística EFC Vale - Serra Sul (S11D)
MONTE ALEGRE
ÓBIDOS
Vale - Siderúrgica Vale - Projeto Salobo II PAC - Construção da linha de transmissão Mineração Buritirama - Calcinação / porto
ALMEIRIM
ORIXIMINÁ BELÉM
MRN - Novas minas
SANTARÉM JURUTI
Alcoa - Bauxita 2ª fase RUROPÓLIS
PAC - Construção de terminais portuários PAC - Construção do novo terminal de passageiros PAC - BR 163 - Pavimentação divisa PA/MT
Mineração Caraíba - Cobre
Anglo American - Cobre
Vale - Projeto Serra Leste Vale - Projeto Cristalino Colossus - Ouro
PAC - Pavimentação da Transamazônica
Vale - Onça Puma PAC - Usina Hidrelétrica de Belo Monte (Rio Xingu)
Fonte: FIEPA (dez/2010). Atualização ED Consultoria Fonte: FIEPA (dez/2010). Atualização ED Consultoria
Outro investimento significativo é o projeto S11D, ex-
de cobre, com a previsão de que se passe da atual produ-
tração de ferro da empresa Vale, situado em Canaã
ção de 120 mil toneladas/ano para cerca de 1 milhão de
do Carajás, que deverá começar com uma produção
toneladas anuais, até 2015, num crescimento exponencial
de 90 milhões de toneladas, sendo este um produto
da capacidade produtiva regional e sua definitiva afirma-
de maior valor no mercado e que fará do Pará um dos
ção no mercado mundial de minérios.
maiores produtores de ferro do planeta. 2.2.3. Pólo de influência do Tapajós/Xingu Neste projeto já deverão ser utilizadas as novas tecnolo-
2.3. Investimentos e Geração de Empregos
como o maior percentual de geração de Todas essas frentes de expansão industrial importam
empregos, ocorrerá no pólo de Carajás, com
os seguintes e expressivos números sócio-econômi-
53% e 52% do total, respectivamente.
cos, previstos para os próximos quatro anos:
gias de extração a seco, evitando-se, assim, as grandes
Nesta região, o grande destaque é a usina hidrelé-
a) O valor total de 59,7 bilhões de dólares de
bacias de rejeitos, com um grande salto tecnológico que
trica de Belo Monte (imediações de Altamira), sendo
investimentos em logística e infra-estrutura
trará benefícios ao meio ambiente, além de maior susten-
este o principal investimento em energia em toda a
industrial;
tabilidade ao modelo de processamento.
região Norte do país e que vai contar no seu consórcio, além da Eletronorte, com empresas como a
Chama também a atenção os novos projetos de extração
Vale e a SINOBRAS. Construções de terminais portu-
c) A maior parcela de investimentos, assim
PÓLOS PÓLOS Grande Grande Belém Belém INVESTIMENTOS INVESTIMENTOS
(Milhões US$) (Milhões US$) EMPREGOS EMPREGOS
b) A geração de 123.507 empregos diretos, com as obras em curso;
TOTAL TOTAL
Carajás Carajás
Tapajós Tapajós
18.945,60 18.945,60
31.473,80 31.473,80
9342,36 9342,36
59.762,76 59.762,76
29.213 29.213
68.444 68.444
25.850 25.850
123.507 123.507
Fonte: FIEPA. Atualização Ed. Consultoria (Junho/2011) Fonte: FIEPA. Atualização Ed. Consultoria (Junho/2011)
41
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
3. Biotecnologia e bionegócios: os desafios de uma “economia verde” O desenvolvimento e a implantação de uma política
nos cultivos e a redução dos insuportáveis custos de
consistente de Bionegócios (ainda inexistente) – para
internação e do uso de remédios/produtos químicos.
além do apoio às demais cadeias produtivas – têm
A Biotecnologia transforma a vida cotidiana da socie-
por finalidade inserir o estado do Pará em uma das
dade contemporânea. O seu impacto atinge vários se-
indústrias mais promissoras de futuro – a bioindústria
tores produtivos, oferecendo novas oportunidades de
– por meio da qual se apresentam condições e vanta-
emprego e inversões.
gens potenciais para inserir a região entre os líderes mundiais do setor. O desafio é transformar as van-
Três grandes tendências, relativas à economia mun-
tagens comparativas – legadas pela natureza – em
dial, vêm se apresentando no século XXI. A primeira
vantagens competitivas – promovidas pelo conheci-
se refere à elevação geral do preço das commo-
mento. E, neste campo, está-se buscando recuperar
dities, como ferro, soja e dendê, o que está provo-
o tempo perdido, em que quase nada de substantivo
cando uma corrida por terras; a segunda é a busca
foi realizado para reverter o atual quadro, em vista da
por sementes para os laboratórios de biotecnologia;
diversificação da matriz econômica paraense.
a terceira é a bioindústria, que está sendo anunciada como o grande segmento industrial do futuro do
A bioindústria vem se desenvolvendo de várias ma-
planeta (Rosa Acevedo Marin: NAEA-UFPA-PNCSA,
neiras. Uma, é a substituição de produtos com mer-
2010).
cado certo por bioprodutos que oferecem vantagens de custo e eficácia, como é o exemplo do biodiesel.
O Estado é o principal arquiteto da modernização da
Outro caminho é a criação de novos produtos ou apli-
sociedade e o responsável pela construção de para-
cações, como os fármacos, que cada vez mais, mesmo
digmas que permitam a realização das ações plane-
quando resultantes de processos de síntese química,
jadas. No âmbito da Biotecnologia e da Bioindústria
passam pela bioindústria. A nanobiotecnologia já está
não é diferente. O Pará se destaca como um dos es-
permitindo a geração de formas mais eficientes de le-
tados com maior potencial para o aproveitamento
var o princípio ativo até o alvo desejado, resultando
racional e sustentável da biodiversidade; porém, até
em mais eficácia e efetividade no uso de medicamen-
agora, somente cerca de 30 empresas chegam a atu-
tos e em menor custo nas ações de saúde pública. Na
ar nos setores de alimentos, cosméticos e fitoterápi-
agricultura, no meio ambiente e na saúde humana, o
cos. O incentivo à Bioindústria toma corpo através de
uso de kits diagnósticos e do conhecimento da genô-
uma nova política de Governo, que visa a dar início à
mica permite antecipar tratamentos. Como resultado,
valorização desta atividade. Os primeiros passos se-
tem-se um menor número de aplicações de defensivos
rão dados por intermédio do BIOPARÁ.
43
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
Bioindústrias em atividade no Estado do Pará Nº
Razão Social/CNPJ
Produtos e/ou Serviços 13
01
Açaí Pura Polpa Agroindustria Ltda.
Polpa de Açaí Extração de óleo de dendê para produção de gorduras para frituras, para
02
Agropalma S/A
14
biscoitos/panificação, para uso geral na indústria de alimentos, para as15
Compostos bioativos extraídos de polifenóis das frutas e folhas da floresta 03
Amazon Dreams Ind. e Com. S/A
granulada ou líquida, e permitindo sua aplicação nas áreas de alimentos
04
05
06
07
Ltda. Amazonfrutas Polpas de Frutas da Amazônia Ltda Amazônia - Criação de Camarão em Água Doce Ltda Bela Iaçá Ind. e Com. de Polpas de Frutas Ltda
Polpa de açaí (fino, médio e especial ), refrescos (açaí com guaraná , açaí
971.093/0001- 88
com banana e açaí com morango)
Ervativa - Extratos Vegetais Ativos
pessoal e indústria de bebidas. Seus produtos baseiam-se em extratos (açaí,
LTDA ME
guaraná, cupuaçu, jambú, mastruz), óleos essenciais (priprioca, estoraque e patchouli) e óleos vegetais (óleo de açaí e manteiga de cupuaçu). Produtos de perfumaria e dermocosméticos (antisépticos, bactericidas, fun-
16
Granado Pharmácias
Produtos de perfumaria e cosméticos (loção hidratante, óleo corporal, sabo-
Polpa de açaí 17
Juruá Artesanatos e Perfumaria Ltda
18
Mamma di Masi Ltda-ME
Massas produzidas com ingredientes regionais (jambu, açaí, etc.)
19
Natura Cosméticos
Produção de produtos de cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal
20
Naturale - Guaraná da Amazônia
Larvicultura de camarão-da-amazônia Açaí in natura e pasteurizado, convencional e orgânico, polpas de frutas de abacaxi, acerola, caju, cacau, cupuaçu, camu camu, goiaba, graviola, manga, muruci, maracujá, morango, limão, uva e taperebá
Beraca Brasmazon Indústria de
de óleos fixos e essenciais para uso na indústria de fragrâncias, cosmética e
Oleaginosas e Produtos da Amazô-
fitoterápica. Os óleos mais utilizados são os da copaíba, andiroba, cupua-
nia Ltda
çu, maracujá, murumuru, castanha do Brasil, buriti, urucum, açaí, espécies
Bolthouse do Brasil Ind. e Com. de Frutas, Sucos e Polpas Ltda.
nete líquido e glicerinado, gel esfoliante,etc) utilizando como matéria prima: cupuaçu, açaí, castanha-do-pará.
Polpa de açaí e polpa de cupuaçu
aromáticas e argilas nativas. 09
gicidas) na forma de polvilhos, sabonetes, loção hidratante, óleo corporal, xampus, hidratantes etc.,além de acessórios como bolsas e chapéus.
Empresa do segmento de óleos e gorduras vegetais e animais, que fabrica 08
Produção de bombons, geléias e doces com recheio de frutas regionais
GlobalBony Açai S.A./ CNPJ: 06.
Amazônica, ricos em antioxidantes, com a facilidade de oferecer em forma funcionais, cosméticos e farmacêutica.
Amazonfrut - Frutas da Amazônia
Chocolates Ltda.
Produz insumos naturais para perfumes e cosméticos, produtos de higiene
persão, para sorvetes; oleínas; óleo de palmiste; margarinas; óleo, oleína e estearina de palma orgânicos; óleo de palmiste orgânico
D’Amazônia Indústria e Comércio de
Produção de xarope de guaraná e guaraná em pó; suplementos nutricionais (aminoácidos, hipercalóricos, proteínas, redução de peso e energéticos). Óleos naturais (copaíba, andiroba, pracaxí, castanha-do-pará, buriti,
21
Naturais da Amazônia
semente de maracujá); sabonetes artesanais (andiroba, copaíba, cupuaçu, manteiga de bacuri).
22
Palamaz Prod. Alim. da Amaz. Ind. e Com Ltda-EPP
Polpa de açaí
Polpa de açaí 23
S. N. R. de Matos & Cia LTDA - ME
Produção de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal
24
Sabores da Amazônia
Geléias e sucos regionais com polpa de frutas e pimenta de cheiro
Sucasa - Sucos da Amazônia Agro-
Polpas: abacaxi, acerola, caju, carambola, cupuaçu, maracujá, goiaba,
Ind. e Comércio Ltda
graviola, açaí, murucí, taperebá, bacuri, manga.
Produção de perfumes pessoais e de ambiente, sabonetes, cremes hidra10
Chamma da Amazônia Ltda.
tantes, sachês, colônias, esfoliantes, etc., utilizando como matéria prima produtos regionais (cupuaçu, açai, castanha-do-pará, etc.) Polpa de frutas: acerola, abacaxi, açaí, cacau, caju, carambola, cupuaçu,
11
Cooperativa Agrícola Mista de
goiaba, graviola, manga, maracujá, murici, taperebá e camu camu; recebi-
Tomé-Açu - C.A.M.T.A / CNPJ:
mento e vendas de pimenta-do-reino e cacau; óleos vegetais de maracujá,
05.753.983/0001-50
andiroba e cupuaçu para a produção de cosméticos; geléias e geleadas de
25
26
maracujá, cupuaçu e goiaba. 12
Cupuaçu e Cia.
Produz bombons e doces regionais da Amazônia, embalagens para presente e Kits regionais para presente.
27
Top Açaí Indústria e Comércio de Polpas Ltda. Vale do Açaí Indústria e Comércio Ltda.
Fonte: SECTI: 2010
Polpa de açaí orgânica
Polpa de açaí
45
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
O Programa Paraense de Incentivo ao Uso Susten-
Pará – realizam levantamento das principais cadeias
Cadeias como a do açaí, por exemplo, já movimentam
técnica e de logística, o incentivo ao associativismo e
tável da Biodiversidade – BIOPARÁ – está sendo
produtivas do estado. Este estudo tem por objetivo
cerca de 1,8 bilhão de reais/ano, dos quais menos
ao cooperativismo, por si só, permitirão a agregação
concebido como uma ferramenta para nortear a
identificar e analisar as cadeias de comercialização
de 10% retornam às populações locais, por absoluta
de valor à matéria-prima e aos produtos dela deriva-
elaboração de políticas públicas que possibilitem a
de PFNM (perfis dos agentes mercantis, estrutura das
falta de apoio do poder público, especialmente quan-
dos, com elevação da renda da população produtora.
agregação de valor às cadeias produtivas voltadas ao
cadeias, Valor da Produção - VBP, o Valor Agregado
to à educação e valorização do produtor. A melhoria
aproveitamento da biodiversidade estadual.
- VAB e a Renda Bruta - RBT, fatores críticos e potenciais), bem como produzir documentos técnicos, so-
Em estudo recente, ainda não concluído, nem divul-
cializar resultados e subsidiar políticas públicas. Até
gado, o IDESP – Instituto de Desenvolvimento Eco-
o momento, foram levantados 85 municípios, corres-
nômico, Social e Ambiental do Pará – e o IDEFLOR –
pondentes a 60% da área do Pará, em 8 regiões de
Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do
integração:
Mapas de distribuição de produtos não-madeireiros no Estado do Pará, referentes às regiões que tiveram seus estudos concluídos pelo IDESP (IDESP: 2010) REGIÃO DE INTEGRAÇÃO BAIXO AMAZONAS
Regiões de Integração Marajó Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista, Soure
Baixo Amazonas Alenquer, Almeirim, Belterra, Curuá, Faro, Juruti, Monte Algre, Óbidos, Oriximiná, Prainha, Santarém e Terra Santa
Metropolitana Ananindeua, Belém, Benevides, Marituba, Santa Bárbara do Pará
Rio Caeté Augusto Correa, Bonito, Bragança, Cachoeira do Piriá, Capanema, Nova Timboteua, Peixe Boi, Primavera, Quatipuru, Salinópolis, Santa Luzia do Pará, Santarém Novo, São João de Pirabas, Tracuateua, Viseu
Guamá Castanhal, Colares, Curuçá, Igarapé Açu, Inhangapi, Magalhães Barata, Maracanã, Marapanim, Santa Isabel do Pará, Santa Maria do Pará, Santo Antonio do Tauá, São Caetano de Odivelas, São Domingos do Capim, São Francisco do Pará, São João da Ponta, São Miguel do Guamá, Terra Alta, Vigia
Tocantins Abaetetuba, Acará, Baião, Barcarena, Cametá Igarapé Miri, Limoeiro do Ajuru, Mocajuba, Moju, Oeiras do Pará, Tailândia
Xingu Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilância Pacajás, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará, Vitória do Xingu
PRODUTOS Açaí Andiroba Artesanato Bacaba Bacuri Breu branco Borracha
Regiões de Integração (Fonte IDESP-SECTI: 2011)
Fonte: IDESP/SECTI: 2011
Fonte: IDESP/SECTI: 2010
Buriti Cacau Caju-açu Carvão Castanha do Brasil Copaíba Cumaru Cupuaçu
Ervas medicinais Lenha Mel Muruci Taperebá Tucumã Urucum
47
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
REGIÃO DE INTEGRAÇÃO RIO CAETÉ REGIÃO DE INTEGRAÇÃO GUAMÁ
PRODUTOS Açaí Andiroba Artesanato Bacaba Bacuri Biribá Borracha Cacau Cajarana Carvão Castanha do Brasil Copaíba Cupuaçu Ervas medicinais Mel Mucajá Muruci Murumuru
PRODUTOS Ajiru Açaí Andiroba Artesanato Bacaba Bacuri Breu branco Buriri Carvão Castanha do Brasil Copaíba Cupuaçu Ervas medicinais
Palmito
Mel
Piquiá
Muruci
Pupunha
Murumuru
Taperebá
Pupunha
Tucumã
Taperebá
Urucum
Tucumã Urucum
Fonte: IDESP/SECTI: 2010
Fonte: IDESP/SECTI: 2010
49
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
REGIÃO DE INTEGRAÇÃO DO XINGU
REGIÃO DE INTEGRAÇÃO DO MARAJÓ
PRODUTOS Açaí Andiroba Artesanato Bacaba Bacuri Breu branco Borracha Buriti Cacau Caju açu Carvão Castanha do Brasil Copaíba
Buriti
Cupuaçu
Andiroba
Cacau
Ervas medicinais
Ervas medicinais
Artesanato
Caju-açu
Mel
Mel
Bacaba
Carvão
Muruci
Muruci
Bacuri
Castanha do Brasil
Taperebá
Taperebá
Breu branco
Copaíba
Pupunha
Pupunha
Borracha
Cumaru
Urucum
Cumaru Cupuaçu
Urucum
Fonte: IDESP/SECTI: 2010
PRODUTOS Açaí
Fonte: IDESP/SECTI: 2010
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
O investimento em biotecnologia passa, igualmente,
da matriz econômica do estado, com investimentos
pelo apoio à criação e à acreditação de laboratórios
que conduzam, progressivamente, à consolidação de
multiuso de análise e controle de qualidade, focados
uma “economia verde”, descarbonizada, baseada no
na produção local e devidamente certificados por ór-
uso dos recursos renováveis da biodiversidade.
gãos como a ANVISA e o INPI, capazes de trazer, para o estado, as condições técnicas e científicas necessárias à avaliação da qualidade e à certificação dos produtos e insumos oriundos da biodiversidade. Tal ação representará considerável redução de custos, visto que, no momento, a quase totalidade das análises é realizada no Sudeste, fato que reduz a competitividade da indústria local. Estes laboratórios possibilitarão, inclusive, a prestação de serviços a outros estados. A criação do “selo PARÁ” (ou equivalente), como instrumento de certificação da qualidade dos produtos originados da biodiversidade estadual, depende da implantação destes laboratórios. Outra vertente a ser considerada é a implantação de instrumentos biotecnologicamente avançados, como, por exemplo, as biofábricas, que representarão um salto considerável na propagação de espécies vegetais de interesse comercial, atendendo a demandas reprimidas por matéria-prima em todos os segmentos produtivos do setor e permitindo a geração de insumos de qualidade e em quantidade suficiente. Fica evidente a potencialidade das cadeias que, se bem trabalhadas por meio de políticas públicas devidamente embasadas na aplicação de conhecimento, representam importantes pontos de partida para o início das ações do BIOPARÁ e para a diversificação
51
53
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
4. SECTI – Organização e propósitos 4.1. Organização
reitos e obrigações – a área de meio ambiente passou a constituir objeto de uma Secretaria específica,
No âmbito da Administração Pública estadual, a
a SEMA –, assim como agregou, em sua estrutura
Secretaria Ciência, Tecnologia e Inovação – SECTI
institucional, as competências da outrora Diretoria de
responde pela coordenação da política de desen-
Ciência e Tecnologia – DCT, da extinta SECTAM.
volvimento científico, tecnológico e de inovação do Estado do Pará, com a responsabilidade de articular,
Por determinação da Lei n. 7.543/2011 – que dispõe
para essa finalidade, os demais órgãos governamen-
sobre a reorganização da estrutura administrativa e
tais e as instituições acadêmicas, empresariais e do
vinculações no âmbito do Poder Executivo Estadual
terceiro setor afins.
e dá outras providências –, a anterior SEDECT veio a ser substituída pela atual Secretaria de Ciência, Tec-
Antes da SECTI, por ordem histórica, o primeiro ór-
nologia e Inovação – SECTI, que passa a ter – agora
gão estadual que tratou de Ciência e Tecnologia foi a
com maior foco – o propósito de planejar, formular,
Secretaria Executiva de Indústria, Comércio e Mine-
coordenar e acompanhar a política estadual de de-
ração - SEICOM, criada pela Lei Estadual nº 4.946,
senvolvimento científico e tecnológico, bem como
de 18 de dezembro de 1980. Entre suas finalidades,
promover, apoiar, controlar e avaliar as ações relati-
constava a promoção do desenvolvimento dos seto-
vas ao desenvolvimento e fomento da pesquisa e sua
res da indústria, do comércio e da mineração, além
aplicação produtiva, gerando a ambiência necessária
da função de incentivo à pesquisa científica.
aos processos de inovação.
Subseqüentemente, a Lei nº 5.752, de 26 de julho de 1993, criou a Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente – SECTAM, definindo que, dentro de sua estrutura organizacional, funcionaria a Diretoria de Ciência e Tecnologia – DCT, tendo por escopo implementar, a partir de então, a política estadual de ciência e tecnologia.
PARTE II - PLANO DIRETOR
Em 2007, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia – SEDECT – que antecede a atual SECTI – veio a ser criada pela Lei Estadual n. 7.017, de 24 de julho, sucedendo, assim, a antiga SEICOM e parte da SECTAM, em todos os seus di-
55
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
4.2. Propósitos
Organograma da SECTI
c) Ética: A origem da palavra ética vem do grego “ethos”, que quer dizer o modo
São propósitos da SECTI:
valores e princípios que moldam o relacio-
Conselho 4.2.1. Missão
namento entre os atores sociais, com base no respeito a códigos de comportamento
Secretário de Estado
FAPESPA
de ser, o caráter, ou seja, um conjunto de
Fomentar a ciência, a tecnologia e a inovação para
Fundação Guamá Gestão do PCT Guamá
comumente partilhados.
fins de melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento sustentável da sociedade paraense.
d) Inovação: É o processamento e materialização de novas idéias, capazes de representar
Secretário Adjunto
4.2.2. Visão
Gabinete
com indução no desenvolvimento sócio-
NUJUR Núcleo Jurídico
Ser reconhecida no Brasil e no exterior como insti-
ASCOM
-econômico em bases renovadas.
tuição de referência no fomento a políticas de de-
Assessoria de Comunicação
Controle Interno
mudanças de padrão e saltos tecnológicos,
senvolvimento científico e tecnológico no contexto
Núcleo de Engenharia
amazônico.
e) Respeito às Pessoas: Significa a valorização do ser humano, independentemente de raça, religião ou ideologia, com atenção
4.2.3. Valores
à civilidade, à cordialidade e à observação das normas de boa convivência.
DIPLAN
Diretoria de Planejamento Administração e Finanças
Gestão de Pessoas Logística Planejamento Finanças Contratos e Convênios
DCT
Diretoria de Ciência e Tecnologia
Tecnologia para políticas públicas Redes de pesquisa Informação e prospecção tecnológica Difusão e popularização da ciência
DIT
Diretoria de Inovação Tecnológica
Tecnologia industrial básica Ambientes de apoio à Inovação (parques de C&T e incubadoras de empresas) Gestão do conhecimento para inovação
DTS
Diretoria de Tecnologias Sociais
Inclusão digital Acesso ao conhecimento Tecnologias sociais Redes, produtos, ferramentas e metodologias
a) Comprometimento: Qualquer mudança nas estratégias de atuação de uma organização requer o comprometimento de sua equipe de gestão. Isto significa: saber escutar, dialogar e compreender os interlocutores e conhecer e acompanhar, detalhada e sistematicamente, cada problema e ação, inspirando confiança na liderança do processo. b) Parceria: É trabalhar de forma cooperativa com os interlocutores que buscam os mesmos objetivos, servindo de modelo de comprometimento e ação.
57
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
5. SECTI – Objetivos estratégicos, ações e metas Diante dos cenários, expectativas e desafios caracterizados e analisados na Parte I do presente docu-
• Contribuir para a melhoria dos indicadores sociais.
mento, os objetivos estratégicos, ações e metas a ser priorizados e perseguidos pela SECTI, para o quadriênio 2011-2015, passam a ser os seguintes:
O mapa estratégico está formulado segundo 4 (quatro) perspectivas:
5.1. Estratégia Integrar os principais atores do sistema de CT&I do estado: Governo, Academia e Empresa.
a) do APRENDIZADO organizacional e das competências-chave para a gestão; b) dos PROCESSOS sob a ótica interna e de integração com parceiros;
5.2. Objetivos Estratégicos • Consolidar a CT&I como base para a ampliação da matriz econômica estadual; • Legitimar a relevância da CT&I para o desenvolvimento sustentável; ESTADO
5.3. Mapa Estratégico
c) de políticas definidas em PARCERIAS; d) dos resultados projetados para o ESTADO. 19. Legitimar a relevância da C, T&l para o desenvolvimento sustentável
18. Consolidar a C, T&l como base para a ampliação da matriz econômica
17. Articular/promover ações de integração entre academias e empresas com foco no mercado (inovação em bens e serviços)
16. Articular a C, T&l e a fixação de competências
PARCERIAS
14. Estabelecer políticas de fomento à criação / consolidação de cadeias produtivas estratégicas 11. Estimular a formação técnica / tecnológica orientada para o mercado
PROCESSOS
4. Garantir e manter ambiente de trabalho funcional
APRENDIZADO
15. Efetivar estratégias de atração de investimentos e ampliar a captação de recursos para C, T&l
12. Estimular a inovação, o empreendedorismo e a gestão do conhecimento 9. Incentivar a aplicação / uso da TIB para inovar
8. Incentivar a Nononononono formação de mestres e doutores e a pesquisa
5. Apoiar o estabelecimento de marco jurídico para a C, T&l
1. Qualificar a equipe da SECTI com foco em competências estratégicas
20. Contribuir para a melhoria dos indicadores sociais
2. Implantar programa de excelência em Gestão
13. Viabilizar incubadoras de empresas, parques de C, T&l e pólos de conhecimento
10. Consolidar e ampliar a inclusão digital
6. Criar sistema de informação em C, T&l
7. Divulgar e popularizar a C, T&l em todo o estado
3. Aprimorar a gestão da informação e do conhecimento
59
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
Para o cumprimento dos objetivos do Mapa Estra-
empenhar-se-á na consecução das seguintes ações e
tégico, na perspectiva de sua concretização, a SECTI
metas, distribuídas ao longo do período de vigência
– na condição de órgão coordenador de Estado –
do presente Plano Diretor:
Perspectiva: processos Ação
Nº
Meta
Finalidade
9
Consolidar o Parque de
Estimular o empreendedorismo e
Ciência e Tecnologia
a inovação tecnológica no estado,
Guamá
a partir do desenvolvimento de
QUADRO DE METAS Perspectiva: aprendizado Ação
Finalidade
Meta
Indicador
1
Implantar 9 práticas de
Permitir que os servidores da
Nº de práticas
GC na SECTI
SECTI conheçam as competências
implantadas
gica
Viabilizar incubadoras Implantar 2 novos
Estimular o empreendedorismo e
Parque(s)
C&T e polos de conheci-
Parques de Ciência e
a inovação tecnológica no estado,
implantado(s)
mento
Tecnologia (Tapajós e
a partir do desenvolvimento de
Tocantins)
ambientes de inovação tecnoló-
de empresas, parques de
10
organizacionais e possam utilizá-las de acordo com os objetivos ambiente de trabalho
gica 11
da Secretaria 2
funcional
Criar e consolidar 7 In-
Estimular o empreendedorismo e
Nº de incubado-
Suprir as demandas
Assegurar atendimento de quali-
% de demandas
cubadoras de Empresas
a inovação tecnológica no estado,
ras criadas e/ou
dos servidores da SECTI
dade às demandas dos servidores
atendidas
no Estado
a partir do desenvolvimento de
apoiadas
de forma plena, ágil e
das áreas finalísticas
ambientes de inovação tecnoló-
eficaz Aprimorar a gestão da
3
informação e do conhecimento
4
gica
Realizar 8 eventos
Disseminar a cultura da gestão do
Nº de eventos
internos
conhecimento na SECTI
realizados
Implantar centro de
Prover acesso a informações sis-
Centro implantado
documentação e infor-
tematizadas geradas pela SECTI
Implantar programa de excelência em Gestão
6
TI com foco em competências estratégicaS
8
Capacitação e aculturação na
Nº de eventos reali-
tre seminários e cursos
área de empreendedorismo, ino-
zados
vação, gestão do conhecimento e Estimular o empreendedorismo e
Nº de eventos reali-
empreendedorismo e a
de capacitação para
a inovação tecnológica no estado,
zados
gestão do conhecimento
gestores de Incubadoras
a partir do desenvolvimento de
de Empresas e PCT, no
ambientes de inovação tecnoló-
Estado
gica
Criar/Implantar/Manter
Gerar conhecimento e possibilitar
Lançamento do PPI;
% de processos
o Portal Paraense de
a troca contínua de informações
Periodicidade de
estruturados
Inovação (PPI)
entre os entes dos SPI, como
atualização do Portal
Desenvolver projetos voltados
Nº de cursos reali-
aperfeiçoamento em
para o aprimoramento profissio-
zados
conhecimentos técnicos
nal do servidor, com o objetivo
das áreas estratégicas e
de melhorar seu desempenho na
de gestão da Secretaria
prestação do serviço público
Implementar procedi-
Garantir a eficiência da operação
mentos padronizados
dos processos gerenciais-adminis-
para os processos
trativos da SECTI
Estimular a inovação, o
13
14
suporte à inovação no estado Apoiar a formação técni-
15
Efetivar a realização de
Formar recursos humanos qualifi-
Nº de cursos
Promover a partici-
Capacitar e qualificar o quadro
% de servidores
ca/tecnológica orientada
cursos técnicos profis-
cados para atuação em segmen-
pação de 70% dos
funcional da SECTI
qualificados
para o mercado
sionalizantes (médio e
tos econômicos prioritários para
pós-médio)
o estado
Implantar 300 novos
Ampliar o acesso das comuni-
Nº de telecentros instalados
servidores em eventos Qualificar equipe da SEC-
Realizar 92 eventos en-
Promover 19 eventos
Realizar 28 cursos de
internos 7
12
TIB para a sociedade paraense
mação 5
% consolidado
ambientes de inovação tecnoló-
Nº
Garantir e manter
Indicador
relacionados às áreas
Consolidar e ampliar a
de atuação da SECTI
inclusão digital e o aces-
telecentros em todo o
dades a conteúdos digitais e a
so ao conhecimento
estado e potencializar
serviços públicos e qualificar as populações locais
16
Realizar 9 campanhas
Desenvolver atividades voltadas
Nº de oficinas e
de saúde preventiva e
para a saúde física e mental do
campanhas reali-
novos conteúdos em sua
13 oficinas de saúde
servidor
zadas
utilização
ocupacional
61
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
17
Incentivar a aplicação/ uso da TIB para fins de inovação Incentivar a formação de mestres e doutores e a pesquisa
18
19
20
Divulgar e popularizar a C,T&I
21
22
23
Criar sistema de informação em C,T&I
24
25
Apoiar o estabelecimento de marco jurídico para a C,T&I
26
27
Estimular a execução de pelo menos 20 projetos na área de TIB (PI e Qualidade)
Obter indicações geográficas de produtos e patentes, bem como certificação de qualidade para produtos e processos, no estado do Pará
Apoiar a acreditação de 20 processos em laboratórios no estado
Criar infraestrutura de TIB para segmentos específicos
Captar e aportar recursos para pesquisa, com destaque para o aproveitamento da Biodiversidade
Formar recursos humanos altamente qualificados em áreas estratégicas da Biodiversidade
Realizar 68 Mostras de Ciência e Cultura, no Estado
Perspectiva: parcerias
Nº de projetos executados
Nº de processos com credibilidade Recursos direcionados
AÇÃO
No
Articular/promover ações
28
FINALIDADE
INDICADOR
Realizar protocolo de
Identificar e integrar ações capazes
% do protocolo de
de integração entre acade-
integração/cooperação
de promover a competitividade do
integração/ coopera-
mia e empresas com foco
com Empresas, ICT e
Estado por meio da inovação
ção efetivado
no mercado (inovação em
Órgãos Governamentais
produtos e serviços)
para a formação do
Estimular a oferta de
Construir capital intelectual com-
Nº de bolsas imple-
bolsas de pesquisa, com
petitivo em instituições e empresas
mentadas
o apoio da FAPESPA,
por meio da oferta de empregos
para atuação de profis-
qualificados
Conselho de C,T&I do estado 29
Promover, difundir e popularizar ações de CT&I e a cultura do Empreendedorismo e da inovação, no estado
META
Eventos realizados
sionais qualificados em
Articular P&D&I e a fixação de competências
Criar o Museu de Ciência e Tecnologia do Estado
Estabelecer espaço público de disseminação e acesso à aprendizagem em CT&I
% de construção e implantação
Lançar a Revista Eletrônica de divulgação em C,T&I do Estado
Divulgar informações sobre C,T&I no Estado para as diversas cadeias produtivas atuantes
Edição lançada
Desenvolver metodologia de acompanhamento e avaliação de desempenho
Desenvolver ferramenta de gestão de Redes
% de sistema desenvolvido
Aplicar metodologia de avaliação de desempenho das Redes de Pesquisa
Fornecer indicadores de desempenho quantitativo e qualitativo
Implantar o SIGAP Sistema de Grupos e Atividades de Pesquisa do Estado do Pará / Mapa de Instituições de CT&I do Pará
Dotar o Estado de um sistema informatizado e georreferenciado de CT&I para prospecção de oportunidades e apoio à tomada de decisão
Revisar e encaminhar a Lei de Inovação do Estado
Aprovar a Lei de Inovação do Estado
Elaborar minuta da Lei Estadual de Acesso à biodiversidade e ao conhecimento tradicional
Dar apoio à implementação do marco regulatório sobre o tema, no Estado
empresas e ICT 30
Criar e manter o Obser-
Melhorar o Processo de Tomada de
Observatório implan-
vatório Estadual de CT&I
Decisão e Investimentos em CT&I
tado e em operação
no Estado do Pará 31
Captar recursos para investimento
Recursos captados
de apoio à inovação por
do tipo "capital semente" e "capi-
(R$)
meio da composição
tal inovador"
de recursos financeiros externos Efetivar estratégias de
Redes avaliadas
Estabelecer mecanismo
32
Apresentar propostas
Diversificar fontes de financiamen-
Nº de projetos apre-
atração de investimentos
de projetos integradores
to/investimento de ações de C,T&I e
sentados
e ampliar a captação de
a agentes de fomento
a cooperação internacional
recursos para C,T&I
em C,T&I, na região, no Brasil e no exterior 33
Nº de pesquisadores e laboratórios cadastrados
Obter financiamento
Viabilizar a implantação e operação
Recursos captados
junto a entidades de
dos PCT (Guamá, Tocantins e
(R$)
crédito para os PCT
Marabá)
(Guamá, Tocantins e Tapajós) Estabelecer políticas
Minuta de lei reformulada e encaminhada Minuta de lei elaborada e encaminhada
Implementar redes de
Promover o desenvolvimento e
Nº de produtos no
de fomento à criação/
34
pesquisas estratégicas
transferência do conhecimento
mercado e/ou redes
consolidação de cadeias
e apoiar o lançamento
científico, tecnológico e inovador
de pesquisa apoiadas
produtivas estratégicas
de novos produtos no
Estabelecer programa
Gerar mecanismos de atração de in-
Programa executado
de atração de empre-
vestimentos para desenvolvimento
sas inovadoras para o
de Empreendimentos Tecnológicos
mercado, advindos dos resultados de pesquisa 35
Estado
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
6. Gestão estratégica - o Sistema Paraense de Inovação A ciência, a tecnologia e a inovação são fatores de-
lações de confiança e colaboração entre os agentes.
terminantes ao desenvolvimento sustentável de uma região e de um povo. A aplicação do conhecimen-
Nessa perspectiva, a efetivação do Sistema Paraense
to em áreas prioritárias da economia tende a gerar
de Inovação – SPI se apresenta como a estratégia
maiores oportunidades de emprego, melhor distribui-
fundamental à promoção de uma ação coletiva ar-
ção de riquezas e aumento da competitividade de
ticulada entre os agentes da inovação, despontando
empresas e demais organizações da sociedade civil,
como o arranjo institucional adequado para a cria-
com melhoria da qualidade de vida da população.
ção, no estado, de uma ambiência sistematizada de interlocução e de definição de diretrizes e metas, sua
A inovação como processo – que perpassa o manejo
efetivação e seguimento. Composto por organiza-
do conhecimento e sua aplicação na transformação
ções, pessoas, instrumentos e processos, o SPI visa
de matérias-primas em produtos e serviços de alto
ao engajamento do Estado do Pará na nova econo-
valor agregado – torna-se, assim, o alvo principal de
mia mundial – fortemente baseada no conhecimen-
toda engenharia política voltada à organização de
to – e se configura como alternativa de governança
arranjos institucionais que induzam e sustentem, de
garantidora, em caráter duradouro e sustentável, do
forma eficaz e com transparência pública, um siste-
desenvolvimento regional/local de longo prazo, gera-
ma integrado de ação com essa finalidade.
dor de melhor qualidade de vida às futuras gerações.
Sabe-se, hoje em dia, que, da parte do Estado, mais
Assim, os propósitos estratégicos deste Plano deve-
eficiente é investir na ambiência facilitadora da ino-
rão ser assimilados por todos os órgãos do Estado
vação que no processo propriamente – este, de com-
e da sociedade civil, comprometidos com as inicia-
petência dos agentes empreendedores. A imersão
tivas e ações de P&D; ficando reconfigurados, pela
dos agentes em um contexto favorável à inovação
parceria sinérgica, os novos marcos de referência à
– infra-estrutura, marcos regulatórios e políticas pú-
construção de um verdadeiro sistema paraense de
blicas facilitadoras (incentivos fiscais, fomento à pes-
CT&I. Esta condição ajudará o Governo do Estado a
quisa, etc.) – tem trazido melhores resultados, em
ter um posicionamento efetivo e destacado no cená-
todos os lugares.
rio nacional e a fazer emergir, com políticas públicas adequadas e consistentes, vantagens competitivas
Os Sistemas de Inovação, voltados à estruturação,
duradouras.
organização e operação de condições apropriadas, representam, nesse diapasão, a estratégia mais efi-
6.1. Objetivo
ciente para o desenvolvimento das sociedades contemporâneas, principalmente se alicerçados em re-
Criar e manter ambiência propícia à inovação, consi-
63
65
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
derando-se os aspectos científicos e tecnológicos, jurí-
produtos e serviços para o mercado. As entidades go-
e tornem seguras as interações, bem como a imple-
vernamentais devem propor políticas e criar meios
mentação de programas que as apóiem financeira-
Os elementos que integram o SPI estão organizados,
para que a relação entre os dois primeiros aconteça
mente, são, a seu turno, imprescindíveis.
de acordo com a natureza de suas funções, em 3
de forma segura e vantajosa para a sociedade.
6.3. Estrutura/Organização
dicos, físico-ambientais, sócio-econômicos e culturais.
6.2. Estratégia
(três) categorias: agentes da inovação; ambientes e
6.7.
Processos Promotores da Inovação
Induzir e facilitar interações colaborativas fundamen-
instrumentos de apoio à inovação e processos pro-
tadas em confiança e propor ações que estabeleçam
motores da inovação. A figura 01 mostra um esque-
suficiente sinergia entre os agentes, capaz de resultar
ma da composição do sistema, inserida num contex-
Os ambientes que facilitam, fomentam e incentivam
são a chave para a efetiva operação do sistema. Os
em inovação.
to societário mais abrangente.
a inovação são representados, no SPI, por incuba-
processos mais relevantes são: geração e transferên-
doras de empresas, parques tecnológicos, arranjos
cia de conhecimento e de tecnologias; formação de
produtivos locais – APL, pólos de excelência e Em-
pessoas e construção de competências; fomento e
presas de Propósito Específico – EPE. Todos têm pa-
promoção do acesso ao capital e criação e uso de
pel fundamental na interface entre o mundo do co-
instrumentos e ambientes de apoio à inovação.
Figura 01 – composição do SPI Contexto Científico e Tecnológico
Contexto Físico-ambiental
6.5. Ambientes As interações entre os diferentes elementos do SPI
nhecimento e o mundo empresarial. São os efetivos tradutores das linguagens para que essa interação
Depende do planejamento adequado das ações per-
ocorra. Atuam no espaço que separa esses dois mun-
tinentes a cada processo o êxito do sistema. A ino-
dos. Suas atividades envolvem a orientação técnica,
vação acontecerá em maior ou menor número, de
o empreendedorismo e a disseminação de informa-
forma mais ou menos intensa (e duradoura), em fun-
ções tecnológicas.
ção da quantidade e da qualidade dessas interações.
6.6. Instrumentos
6.8. Governança/Gestão
Para se obter a ambiência propícia às diferentes
Para que o SPI seja efetivado e consolidado como
interações geradoras da inovação, são necessários
padrão institucional de gestão é necessário a sua
instrumentos que garantam segurança jurídica aos
identificação e legitimação – por todos os agentes
processos (marcos regulatórios), viabilizem a trans-
– como organismo coordenador e facilitador dos
ferência de informação de forma rápida e em grande
processos promotores da inovação. Sua estrutura em
volume (softwares e infra-estrutura de telecomunica-
categorias: 1) instituições geradoras de conhecimen-
forma de rede – com fóruns de agentes e grupos de
ções), e financiem e apóiem a gestão e a execução de
to – ICT; 2) setor empresarial - EMP e; 3) entidades
trabalho por segmento produtivo – permite o esta-
ações compartilhadas. A Assembléia Legislativa do
Os agentes que promovem a inovação podem ser governamentais – GOV. Às ICT cabe a produção de
belecimento de parcerias para o planejamento parti-
Estado - ALEPA e a Fundação de Amparo à Pesqui-
classificados, segundo a teoria da hélice tríplice conhecimento e a formação de pessoas. Do setor
cipativo e a execução, com maior sucesso, de ações
sa – FAPESPA têm papel destacado na construção e
(Henry Etzkowitz e Loet Leydesdorff - 1996), em três empresarial é esperado o desenvolvimento de novos
de comum interesse, pactuadas em agendas de tra-
manutenção do SPI. A aprovação de leis que regulem
balho, em cada caso.
Agentes
GOV
ICTs Ambientes e Instrumentos
Políticas Públicas
Contexto Público
Inovação
EMP Contexto Jurídico
6.4. Agentes
Contexto Econômico
Contexto Social
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
A formação de um Conselho que represente todos
e) estabelecimento de marcos regulatórios,
os tipos de agentes do sistema é a forma mais apro-
como a lei estadual de inovação e a lei esta-
priada para gerir este arranjo institucional. Assim, o
dual de acesso à biodiversidade;
Conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação – CONCITI, instituído pela Lei 7.017, de 24 de julho de 2007, que criou a antiga SEDECT – e composto por
f) qualidade na gestão das organizações que compõem o sistema;
representantes dos agentes do sistema –, é o fórum apropriado para supervisionar as políticas em curso e propor ações que viabilizem a inovação em todos os
g) acesso a serviços de tecnologia industrial básica;
níveis e instâncias. h) acesso a recursos financeiros para investi6.9. Atuação
mento nos processos de inovação;
O SPI atuará por meio de programas estruturantes e
i) aumento da capilaridade do SPI por meio da
da criação de uma Plataforma Interativa de Informa-
implantação de mais unidades de infocen-
ções e Serviços.
tros/telecentros do NavegaPará e promoção de outros programas de acessibilidade e in-
Os Programas poderão contemplar ações de: a) formação de pessoas em nível superior e técnico;
clusão digital. A Plataforma Interativa será viabilizada por meio de um portal na wide world web sobre inovação - locus virtual de funcionamento do sistema. Nele, serão
b) pesquisa e desenvolvimento aplicados a
disponibilizadas informações sobre em que, onde e
setores e segmentos específicos da econo-
como inovar no estado. Na forma de uma biblioteca
mia;
virtual, todo o conteúdo sobre inovação estará acessível a qualquer cidadão ou organização.
c) difusão e popularização da cultura de C,T&I;
O casamento entre ofertas e demandas tecnológicas também terá, a seu turno, espaço na plataforma vir-
d) criação e consolidação de ambientes de
tual. O Portal propiciará velocidade e maior abran-
apoio à inovação: parques tecnológicos e in-
gência nas interações pretendidas. Será o meio pelo
cubadoras de empresas;
qual o SPI estará sempre – e em tempo real – disponível e ao alcance da sociedade em geral.
67
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
7. Considerações finais
A construção de um ambiente de inovação
A credibilidade da atual administração e a
passa, necessariamente, pela integração en-
competência da equipe da Secretaria, ava-
tre Governo, Academia e Setor Produtivo, sen-
liadas no workshop como forças significa-
do esta uma condição imprescindível para o
tivas ao sucesso das políticas de CT&I aqui
sucesso das ações previstas no planejamento.
projetadas, são fatores fundamentais para o trabalho que está sendo proposto e responsabilida-
Este tem sido um desafio comum a outros esta-
de de todos os gestores, da Secretaria, envolvidos.
dos brasileiros, assim como a todos os países, nos diversos quadrantes do planeta. A grande opor-
Na verdade – seja novamente sublinhado –, exis-
tunidade de criação de uma ambiência de inova-
te uma oportunidade ímpar de contribuir-se para
ção, no Pará, com o rompimento do histórico iso-
uma verdadeira mudança de rumo na efetivação
lamento e das desconfianças recíprocas entre os
de políticas sustentáveis de CT&I e, assim, ajudar
atores institucionais envolvidos, é condição sine
o Estado do Pará a ter um posicionamento res-
qua non à transformação da atual (e superada)
peitado no cenário nacional, com a construção de
matriz econômica, que tem condenado o estado a
vantagens competitivas locais duradouras, capazes
ficar reduzido a um exportador quase que exclusi-
de dinamizar a economia paraense sob o prisma
vo de produtos primários, de baixo valor agregado.
de um novo modelo de desenvolvimento – de base científica e tecnológica – e, pelos seus fru-
Os primeiros passos à superação desse quadro fo-
tos, resultar na melhoria dos indicadores sociais.
ram dados, nesta nova fase, com o processo de planejamento participativo que antecedeu e subsidiou
Este Plano não é um documento imutável e estanque.
a construção do presente Plano. Na enquete e no
Deve ser permanentemente acompanhado, avaliado
workshop que foram realizados nos primeiros
e readequado. À medida que os cenários se alterem,
meses de 2011, os atores locais puderam externar
ou fatos novos se apresentem, novas iniciativas de
suas opiniões e contribuir, decisivamente, para a for-
adaptação estratégica deverão ser implementadas,
mulação das estratégias de ação aqui formuladas,
em vista do sucesso de todo o empreendimento.
indicando linhas programáticas e, principalmente, sinalizando a necessidade de efetivação do Sistema Paraense de Inovação como medida inovadora na gestão das políticas de CT&I em âmbito estadual.
69
71
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
8. Referências bibliográficas ALTMAN, Daniel. O Futuro da Economia: As 12 tendências que vão transformar a economia global. Campus. São Paulo; Campus, 2003. CHIAVENATO, Idalberto. Planejamento Estratégico. São Paulo, Campus; 2003. HERRERO FILHO, Emílio. Balanced Scorecard e a gestão estratégica. São Paulo; Campus, 2005. ISNARD, Martinho. Manual de Planejamento Estratégico. São Paulo; Atlas, 2003. JOHNSON, Gerry. Fundamentos de Estratégia. Porto Alegre. Bookman, 2011. Kaplan, Robert S. e Norton, David P. Organização Orientada para a Estratégia: como as empresas que adotam o balanced scorecard prosperam no novo ambiente de negócios. Rio de Janeiro. Editora Campus, 2000. LOET, Leydesdorff and ETZKOWITZ, Henry. "Emergence of a Triple Helix of University-Industry-Government Relations," in Science and Public Policy n. 23, 279-86. 1996. MINTZBERG, Henry. O processo da estratégia: Conceitos, contextos e casos selecionados. Porto Alegre. Bookman, 2011. ______________. Safári de Estratégia. Porto Alegre. Bookman, 2011. SECTES, Governo do Estado de Minas Gerais. Plano de Gestão Estratégica. Belo Horizonte, 2010. PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva. São Paulo. Campus, 1986. ______________. Competição (ed. rev. ampl.). São Paulo. Campus, 2009. PARA. Minas Avança na Economia do Conhecimento. Inovação: Uma Face do Estado para o Resultado. Belo Horizonte. SECTES, 2010. PDF; DVF Consultoria. Programa de Desenvolvimento de Fornecedores: Uma Estratégia de Sucesso. Vitória. Sebrae, 2009. PRAHALAD, C. K. A riqueza na Base da Pirâmide. São Paulo. Bookmam, 2010. VALE-ALPA. Estratégias para o Desenvolvimento de Oportunidades de Negócios e Empregos. Relatório. Marabá. DVF Consultoria, 2010.
73
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
Instituições de ciência e tecnologia e empresas com histórico de investimentos em P&D 1. Instituições de Ciência e Tecnologia As principais instituições geradoras de conhecimento, bem como sua distribuição espacial no território paraense, estão apresentadas no quadro e no mapa a seguir: Principais ICT no Pará Seq.
Instituição de C&T (ICT)
Áreas de Atuação
Link
1
Universidade Estadual do
Ciências Agrárias; Ciências Biológicas; Ciências da Saúde;
http://www.uepa.br/
Pará – UEPA
Ciências Exatas e da Terra; Ciências Humanas; Ciências
portal/
Sociais Aplicadas; Engenharias; Linguística; Letras e Artes. 2
Universidade Federal do
Ciências da Educação; Biodiversidade e Florestas; Ciências
http://www.ufopa.
Oeste do Pará - UFOPA
da Sociedade; Engenharia e Geociências; Ciências e Tecno-
edu.br/
logia das Águas. 3
Universidade Federal do
Ciências Agrárias; Ciências Biológicas; Ciências da Saúde;
http://www.portal.
Pará – UFPA
Ciências Exatas e da Terra; Ciências Humanas; Ciências
ufpa.br/index.php
Sociais Aplicadas; Linguística, Letras e Artes; Engenharias; Multidisciplinar 4
Universidade Federal Rural
Agronomia; Engenharia Florestal; Medicina Veterinária;
http://www.portal.
da Amazônia – UFRA
Zootecnia; Engenharia de Pesca; Computação; Informática
ufra.edu.br/
Agrária; Engenharia Ambiental. 5
Instituto Nacional de C&T
Modelagem de Biodiversidade; Impactos sobre a Biodiver-
http://marte.museu-
em Biodiversidade e Uso
sidade; Interações Socioambientais e Mudanças de Uso da
-goeldi.br/inct/
da Terra da Amazônia
Terra; Análise de Custo-benefício entre Desenvolvimento e Conservação; Desenvolvimento de Estratégias Sustentáveis e Transferência de Conhecimento – Laboratório de Práticas Sustentáveis; Formação de Recursos Humanos – Escola da Biodiversidade.
6
Instituto Nacional de C&T
Estudos e Desenvolvimento de Alternativas Energéti-
http://www.ufpa.br/
de Energias Renováveis e
cas; Energia, Biomassa e Meio Ambiente; Tratamento de
inct-ereea/index.html
Eficiência Energética da
Minérios, Energia e Meio Ambiente; Recursos Hídricos da
Amazônia
Amazônia; Sistemas Fotovoltaicos/ Instituto de Eletrotécnica
ANEXO
e Energia; Pesquisa Estratégica em Energia Solar; Laboratório de Energia Solar; Energias Alternativas. 7
Instituto Nacional de C&T para Febres Hemorrágicas e Virais (INCT-FHV)
Febres Hemorrágicas e Virais.
http://inct.iec.pa.gov. br/index.htm
75
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
8
Instituto Nacional de
Análise de Bacias Sedimentares da Amazônia; Geologia Iso-
http://www.ufpa.br/
C&T de Geociências da
tópica; Geologia Sedimentar; Magmatismo e Metamorfismo
inctgeociam/
Amazônia
do Cinturão Araguaia; Metalogênese; Mineralogia e Geoquí-
17
Instituto Tecnológico Vale
Mudanças Climáticas; Gestão de Águas; Sustentabilidade
http://www.vale.com/
– ITV
na Indústria da Mineração; Biodiversidade; Energia; Tecnolo-
pt-br/sustentabilida-
gias para Monitoramento Ambiental.
de/instituto-tecno-
mica Aplicada; Petrologia de Granitóides; Sedimentologia. 9
logico-vale/paginas/
Instituto Nacional de Pes-
Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélite; Detec-
http://www.inpe.br/
quisas Espaciais – INPE
ção de Desmatamento em Tempo Real; Mapeamento da
index.php
default.aspx 18
Degradação Florestal na Amazônia Brasileira. 10
Museu Paraense Emílio
Antropologia e História do Conhecimento sobre a Amazô-
http://www.museu-
Goeldi – MPEG
nia; Antropologia das Sociedades Amazônicas; Arqueologia
-goeldi.br/institucional/index.htm
Instituto Federal de Educa-
Recursos Naturais; Produção Cultural e Design; Informação
http://www.ifpa.edu.
Histórica; Arqueologia da Pré-História da Amazônia; Botâ-
ção, Ciência e Tecnologia
e Comunicação; Controle e Processos Industriais; Infra-es-
br/
nica Econômica e Fitoquímica; Ecologia, Manejo e Conser-
– IFPA
trutura; Hospitalidade e Lazer; Geomática; Design Industrial;
vação da Fauna; Ecologia de Paisagens; Ecologia Vegetal,
Biologia; Pedagogia; Física; Geografia; Matemática; Quími-
Conservação e Manejo; Geologia Histórica; Geomorfologia;
ca; Letras; Engenharia de Materiais; Engenharia de Controle
Geoquímica; Linguística Indígena na Amazônia; Morfologia
e Automação; Ambiente, Saúde e Segurança; Informação e
e Anatomia Vegetal; Pedologia; Sistemática Vegetal e Mico-
Comunicação; Gestão e Negócios. 11
Instituto Evandro Chagas-
Arbovirologia e Febres Hemorrágicas; Bacteriologia e Mico-
http://www.iec.
IEC
logia; Hepatologia; Meio Ambiente; Parasitologia; Patologia;
pa.gov.br/index.htm
logia; Sistemática, Taxonomia e Zoogeografia. Fonte: DITT/SECTI: 2011
Mapa das principais ICT no Pará
Virologia; Epidemologia. 12
Instituto de Desenvolvi-
Abastecimento de Água; Educação; Transporte; Agricultura;
http://www.idesp.
mento Econômico, Social e
Floresta; Mercado de Trabalho; Demográfico; Comunicação;
pa.gov.br/idesp/
Ambiental do Pará - IDESP
Saúde; Energia Elétrica; Desmatamento; Segurança; PIB; Extração Vegetal; Governamental; Pecuniária.
13
Instituto de Pesquisa
Geoprocessamento; Manejo Comunitário de Várzea e Flo-
http://www.climae-
Ambiental da Amazônia
resta; Cenários para a Amazônia e Programa Internacional;
desmatamento.org.br/
– IPAM
Recuperação Produtiva de Pequenas Propriedades da BRManejo Integrado de Propriedades Familiares.
Instituto de Pesquisa Apli-
História Econômica; Sistemas de Produção; Crescimento
http://www.ipades.
cada em Desenvolvimento
Econômico; Investimento e Inovação; Política Econômica;
com.br/
Econômico e Sustentável
Política Ambiental; Desenvolvimento Regional e Local.
ABAETETUBA •IFPA •UFPA
MOJU •UEPA
SOURE •UFPA
CAMETÁ •UEPA •UFPA
CASTANHAL •IFPA •UFPA •UEPA
Instituto de Pesquisa e
Pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas,
http://www.ipeama-
Engenharia da Amazônia –
produção e divulgação de informações e conhecimentos
zonia.com.br/institu-
IPE Amazônia
técnicos e científicos, que digam respeito ao interesse públi-
cional.htm
CAPANEMA •UFPA CAPITÃO POÇO •UFPA
PARAGOMINAS •UEPA
MARABÁ •IFPA •UEPA •UEPA PARAUAPEBAS •UEPA •UFRA
co, de preservação ambiental e sustentabilidade econômica. 16
Instituto do Homem e
Monitoramento da Amazônia; Política e Economia; Floresta
http://www.imazon.
Meio Ambiente da Amazô-
e Comunidade; Mudanças Climáticas; Direito e Sustentabi-
org.br/novo2008/
nia - IMAZON
lidade.
index.php
BELÉM •UFPA •UFRA •UEPA •EMBRAPA •IEC •IFPA •IPAM •IPADES •IPEA •ITVale •MPEG •CPRM •INPE •IMAZON •CEPLAC •IDESP •INCT •Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia •INCT Energias Renováveis e Eficiência Energética •INCT para Febres Hemorrágicas e Virais •INCT de Geociências da Amazônia
BRAGANÇA •UFPA •UEPA
SANTARÉM •UFPA •UEPA •IFPA
– IPADES 15
BARCARENA •UEPA
SALVATERRA •UEPA
ALTAMIRA •UFPA •UEPA •IFPA
230; Mudanças Climáticas; Planejamento Regional BR-163; 14
BREVES •IFPA •UFPA
ITAITUBA •IFPA
Fonte: DIT/SECTI: 2011
TUCURUÍ •IFPA •UEPA •UFPA
REDENÇÃO •UEPA CONC. DO ARAGUAIA •IFPA •UEPA
77
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
2. Empresas com histórico de investimento em P&D, Pará. As empresas que apresentam histórico de investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), assim como
7
Brasilit / Saint-Gobain
Telhas, Placa Cimentícia Impermeabilizada, Caixas d'Água,
http://www.brasilit.
Subcoberturas, Acessórios
com.br/institucional/
suas localizações no território paraense, são mostradas no quadro e no mapa a seguir:
nossas-industrias.php / Fone: 0800 11 62 99
Principais empresas com investimento em P&D
Seq. 1
2
Razão Social Agropalma
Albras Aluminio S/A
Produtos e/ou Serviços
Alcoa Words
Cadam SA
Papel e Celulose
9
Cerpasa
Bebidas (cerveja e refrigerante)
Extração de óleo de dendê para produção de gorduras para
Site: http://www.
frituras, para biscoitos/panificação, para uso geral na indústria
agropalma.com.br/
de alimentos, para aspersão, para sorvetes; Oleínas; Óleo de
cerpa.com.br / Fone: 55 (91) 3204-7200 Água de colônia; Desodorante; Ambientadores; Condicionador;
Site: www.chamma-
E-mail - Departamento
Cremes de beleza (massagem); Gel espumante para banho; Gel
daamazonia.com.br /
palmiste; Margarinas; Óleo, oleína e estearina de palma orgâni-
Comercial: comercial@
hidratante Facial Pós barba; Gel Refrescante para o corpo (pro-
E-mail: sac@chamma-
cos; Óleo de palmiste orgânico
agropalma.com.br/
duto de beleza); Loção após barba; Loção hidratante corporal;
daamazonia.com.br/
Fone: (91) 4009-
Máscara capilar; Máscara esfoliante (produto de beleza); Óleo
Fone: (91) 3236-2419
8000;(11) 2505-6400
des. Corporal; Óleos aromáticos; Reparador de pontas; Sabo-
http://www.albras.net
nete líquido; Sache perfumado; Sais Perfumados E Preparações
/ Fone: 55 (91) 3754-
para banhos; Xampu
Produção de Alumínio
10
11
6
Compar
Refrigerantes (Cola e sabores)
http://www.co-
www.alcoa.com/loca-
cacolabrasil.com.
na e Alumínio Primário
tions/brazil_juruti/pt/
br/conteudos.
Produção de Alumina
12
Cosipar - Cia Siderurgica
Ferro-Gusa, Mudas para reflorestamento, Projetos Siderúrgicos,
http://www.cosipar.
do Pará
Coque Metalúrgico
com.br/ cosipar@cosi-
http://www.alunorte.
par.com.br / Fone: 55
net/cgi/cgilua.exe/sys/
(94) 2101-5000 / Fax:
start.htm?tpl=home
55 (94) 2101-5006 Geradora e Transmissora de energia elétrica operando e man-
CENTRO DE TECNOLO-
9000
tendo as Usinas Hidrelétricas Tucuruí e Curuá Una e Subesta-
GIA DA ELETRONORTE
/ Fone: 55 (91) 37545
Chamma da Amazônia LTDA
Extração de bauxita e produção de Alumina Chemicals, Alumi-
(93) 3536-1830 Alunorte - Alumina do Norte
http://www.cerpa.com. br/ E-mail: cerpa@
Contatos
home.asp / Fone: 55 4
Fone: 55 (93) 37361233
6000 3
8
13
ELETROBRAS Eletronorte
Amazon Dreams Ind. e
Compostos bioativos extraídos de polifenóis das frutas e folhas
Site: www.amazondre-
ções em Marabá, Altamira, Vila do Conde (Barcarena), Altamira,
Tel: 55 91 3257-1966
Com. S/A
da floresta Amazônica, ricos em antioxidantes, com a facilidade
ams.com.br/ E-mail:
Uruará, Ruropólis, Guamá (Belém), Utinga (Ananindeua) e
R 8201 / e - mail:
de oferecer em forma granulada ou líquida, e permitindo sua
info@amazondreams.
Santa Maria. Possui em Miramar, Belém, Centro de Tecnologia
francisco.franca@
aplicação nas áreas de alimentos funcionais, cosméticos e
com.br; ivonete@
com laboratórios acreditados INMETRO e atividades de P&D.
eletronorte.gov.br
farmacêutica (extratos vegetais purificados de Plantas Amazô-
amazondreams.com.br/
Amazônia - Criação de Camarão em Água Doce Ltda
Contatos: www.eletronorte.gov.br (Tecnologia) Ervativa - Extratos Vegetais
Produz insumos naturais para perfumes e cosméticos, produtos
Site: www.ervativa.
Ativos LTDA ME
de higiene pessoal e indústria de bebidas. Seus produtos
com.br / E-mail: erva-
sui@uol.com.br /
baseiam-se em Extratos de plantas (açai, guaraná, cupuaçu,
tivaltda@bol.com.br /
tiberiosro@gmail.com /
jambu, mastruz), Óleos essenciais (priprioca, estoraque e pa-
Fone: (91) 3226-2690
Fone: (91) 8163-8600
tchouli) e Óleos vegetais (óleo de açaí e manteiga de cupuaçu).
/ (91) 9987-8939
nicas, como Ingá, Muruci e Açaí; Polpa de açaí; Açaí clarificado).
Fone: (91) 3269-1001
Pós-Larva e juvenis de Camarão Macrobrachium amazonicum
E-mail: grotadotaias-
14
79
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
15
FACEPA
Papel Higiênico, Papel Toalha, Guardanapos, Papéis para Im-
http://www.facepa.
pressão e Laminação, Papéis interleaving, Papéis TISSUE.
com.br/ Fone: 55 (91)
24
Ocrim S.A. - Produtos
Farinha para indústria, para pizzaria, para panificação, para
http://www.ocrim.com.
Alimentícios
uso doméstico, massa de macarrão, biscoitos doces e salgados,
br/ E-mail: ocrimblm@
rações animais.
ocrim.com.br / san-
4005-7300 16
17
Granado Pharmácias
Hiléia S/A
Produtos de perfumaria e dermocosméticos (anti-sépticos,
Site: www.granado.
tarem@ocrim.com.br
anti-bactericidas, fungicidas) na forma de polvilhos, sabonetes,
com.br/ Fone: (91)
/ ocrimananindeua@
loção hidratante, óleo corporal, xampus, hidratantes etc.,além
3241-4174/ (91)
ocrim.com.br / Fone:
de acessórios como bolsas e chapéus.
3224-5022
(91) 3344-3881 / Fax:
Batatas Fritas, Biscoititos, Biscoitos a Granel, Biscoitos Maria,
http://www.hileia.
Biscoitos Recheados Kicks, Biscoitos Wafer, Cream Cracker, Ma-
com.br/ Fone: 55 (91)
carrão, Macarrão Instantâneo, Macarrão Instantâneo Infantil,
4006-4000 / Fax: 55
Massas Curtas, Mistura para Bolo, Rosquinhas, Salgadinhos de
(91) 4006-4006
(91) 3344-3882; Fone: (91) 3204-3800 / Fax: (91) 3204-3801 / Fone: (93) 3523-3697
Milho 18
Imerys
Carbonatos de cálcio naturais e precipitados, caulins naturais
http://www.imerys-
finos e de laminados e caulins calcinados
nopara.com.br/ Fone:
/ Fax: (93) 3523-2126 25
Schincariol S/A
Águas, Sucos Cervejas e Refrigerantes
com.br/index.php/site/
55 (91) 3754-7021
Fone: 55 (91) 3724-
/3754-7709 / 31847000 19
Jari Celulose, Papel e Emba-
Papel para embalagem, chapas, embalagens de papelão ondu-
http://www.
lagens S.A
lado e celulose branqueada de eucalipto – Forest Stewardship
bracelpa.org.br/
Council (FSC)
bra2/?q=node/133 /
9600 26
Sinobrás -Siderúrgica Norte-
21
22
Produtos de perfumaria e cosméticos (loção hidratante, óleo
Site: www.produtosju-
cos da Amazônia
corporal, sabonete líquido e glicerinado, gel esfoliante etc) utili-
rua.com.br/ E-mail:
zando como matéria prima: cupuaçu, açai, castanha-do-pará.
artjurua@amazon.
27
Sococo - Agroindústria da
Derivados de coco (leite de coco, água de coco, coco ralado e
Site: http://www.
Amazônia
em flocos, sucos com água de coco, doce de coco), derivados
sococo.com.br/ Fone:
de soja (sucos), atendendo também em escalas industriais
(91) 4006-3010
28
Tramontina Belém S/A
Móveis de madeira, tábuas de corte, utilidades de madeira e
Site: www.tramontina.
cabos de ferramentas
com.br/institucional/
3229-7746/ 0797
Fone: Tel: 55 (91)
Azeite de Oliva, Massa para Bolo, Cereais Exportação, Condi-
http://www.marizaali-
Amazônia
mentos, Confeitos, Conservas, Doceria, Farináceos, Flashcau-
mentos.com.br/ E-mail:
-Achocolatado, Gelatinas, KIPOP-Pipocas, Marilina-corantes
sam@marizaalimentos.
comestíveis, Mel Alimento,Molhos & Picantes, Palmito, Refresco
com.br / Fone: 55 (91)
em pó, SNACKS, Temperos ,UIRAPURU - Alimento pro Amigo
3412-2100
Extração de Bauxita para produção do Alumínio
http://www.mrn.com.
Natura Cosméticos
(vendas em grande escala).
unidade/1-belem /
br/index_1024.htm 23
bras.com.br, fone
com.br / Fone: (91) Mariza Ind. e Com. da
Mineração Rio do Norte
Site www.sino-
09421013600
1862 Juruá Artesanato e Cosméti-
Produção de aços longos e trefilados
Brasil Ltda
Fone: 55 (93) 373520
http://www.schincariol.
Produção de produtos de cosméticos, fragrâncias e higiene
Site: scf.natura.net/
pessoal
Fone: (91) 3223-0892
4009-7700, Fax: 55 (91) 4009-7701 29
Vale
Extraçãode ferro, manganês e cobre. Siderurgia,
http://www.vale.com/
hidrometalurgia,energia e logística.
pt-BR/Paginas/default. aspx / Fone: 55 (91)
Fonte: DITT/SECTI: 2011
3215-2400
81
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
Mapa dasPrincipais principaisempresas empresascom cominvestimento investimentoem emP&D P&D no Pará
BARCARENA •ALBRAS
MONTE DOURADO •Cadam SA
•Imerys •Alunorte
• Jari |Celulose
BELÉM •Natura •Ervativa •Chamma •Amazon Dreans •Eletronorte •Tramontina •Agropalma •Grota do Taiassuí •Granado Pharmácias •Alcoa World •Brasilit •Cerpasa •Compar •Facepa •Hiléia •MRN •Ocrim •Sococo
BENEVIDES •Schin CASTANHAL •Hiléia •Marisa
ORIXIMINÁ •MRN
3. Áreas (regiões) com potencial para inovação O processo de inovação pressupõe a perfeita integração entre a geração de conhecimento e sua transformação em produtos e serviços úteis à sociedade. No mapa a seguir estão localizadas as principais áreas do território paraense onde há coincidência de proximidade física de ICT e de empresas que investem em P&D. Apesar de não ser condição suficiente, essa coexistência geográfica é forte aliada da atuação colaborativa – importante aspecto indutor da inovação e do aumento de competitividade de organizações e regiões. MONTE DOURADO •Cadam SA •Jari Celulose
SALVATERRA •UEPA
BREVES •IFPA •UFPA
ABAETETUBA •IFPA •UFPA
MOJU •UEPA
IPIXUNA DO PARÁ •Imerys
JURUTI •Alcoa World
BARCARENA •Albras •Imerys •Alunorte
BARCARENA •UEPA BENEVIDES •Schin
SOURE •UFPA
CAMETÁ •UEPA •UFPA
CASTANHAL •IFPA •UFPA •UEPA
BELÉM •UFPA •UFRA •UEPA •EMBRAPA •IEC •IFPA •IPAM •IPADES •IPEA •ITVale •MPEG •CPRM •INPE •IMAZON •CEPLAC •IDESP •INCT •Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia •INCT Energias Renováveis e Eficiência Energética •INCT para Febres Hemorrágicas e Virais •INCT de Geociências da Amazônia
CASTANHAL •Hiléia •Marisa
BRAGANÇA •UFPA •UEPA
ORIXIMINÁ •MRN
MARABÁ •Cosipar •Sinobrás SANTARÉM CARAJÁS
•Ocrim
•Vale
PARAUAPEBAS •Vale
TUCURUÍ
CAPANEMA •UFPA
ALTAMIRA •UFPA •UEPA •IFPA
CAPITÃO POÇO •UFPA
JURUTI •Vale •Alcoa World
IPIXUNA DO PARÁ •Imerys
SANTARÉM •UFPA •UEPA •UFOPA
PARAGOMINAS •UEPA MARABÁ •Cosipar •Sinobrás
•Eletronorte SANTARÉM •Ocrim
CARAJÁS •Vale PARAUAPEBAS •UEPA •UFPA
Fonte: DIT/SECTI: 2011 ITAITUBA •IFPA TUCURUÍ •IFPA •UEPA •UFPA
Fonte: DIT/SECTI: 2011
TUCURUÍ •Eletronorte
REDENÇÃO •UEPA CONC. DO ARAGUAIA •IFPA •UEPA
PARAUAPEBAS •Vale
MARABÁ •IFPA •UFPA •UEPA
BELÉM •Natura •Ervativa •Chamma •Amazon Dreans •Eletronorte •Tramontina •Agropalma •Grota do Taiassuí •Granado Pharmácias •Alcoa World •Brasilit •Cerpasa •Compar •Facepa •Hiléia •MRN •Ocrim •Sococo
SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
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SECTI • VISÃO ESTRATÉGICA PLANO DIRETOR 2011 • 2015
Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação Secretaria Especial de Infraestrutura e Logistíca para o Desenvolvimento Sustentável
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