Básica
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bancária Publicacao do RN ´ , ~ do Sindicato dos Bancarios Ano XXXIII
Nº 24 13 a 19 de agosto de 2018
CHEGOU A HORA DE BOTAR O BLOCO NA RUA Bancários lançam Campanha Salarial durante o Dia do Basta em Natal e reúnem dezenas de trabalhadores em frente ao Banco do Brasil da Rio Branco
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s Bancários do Rio Grande do Norte lançaram sua Campanha Salarial 2018 em 10 de agosto em frente ao Banco do Brasil da av. Rio Branco. Na ocasião foi servido um café da manhã aos presentes e as agências do BB, Bradesco e Itaú só começaram a atender às 11h. A Campanha da categoria, neste ano, pede 22% de reajuste e manutenção dos direitos adquiridos ao longo dos anos. A manifestação esteve inserida no Dia do Basta, um dia de lutas e mobilizações convocado por várias centrais sindicais, que tem como eixo central a luta pela manutenção de empregos e direitos. Várias categorias se somaram ao ato, com destaque para os técnico-administrativos da UFRN, vigilantes, servidores da saúde, administração indireta e IFRN. A CSP Conlutas, Central Sindical à qual o Sindicato dos Bancários do RN é liado, está convocando as diversas categorias que constroem a Entidade para estarem nas ruas em defesa dos empregos e direitos; pela revogação da Reforma Trabalhista e da Lei das Terceirizações e contra a Reforma da Previdência; pelo m da política de reajustes dos combustíveis; para dizer não às privatizações da Petrobras, Eletrobras e outras estatais e para dizer não à venda da Embraer para a Boeing. Vamos à luta pela revogação da lei do “teto dos gastos” e contra os pacotes de ajuste scal dos governos; contra a criminalização das lutas e pelo m do genocídio nas periferias; para exigir a suspensão do pagamento da Dívida Pública aos
banqueiros. Por uma Greve Geral, Fora Temer e todos os corruptos! Campanha Prevendo a dureza que será a Campanha Salarial deste ano, o SEEB RN vem realizando reuniões nas agências da capital e do interior, conscientizando e mobilizando a base para a construção de uma resistência para avançar e não perder qualquer direito. Diante do lucro exorbitante de mais de R$ 76 bilhões obtido pelos bancos somente em 2017 (Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica e Santander) os bancários reivindicam, ainda, dos banqueiros e do Governo: - Reajuste de 22%; recomposição das perdas salariais acumuladas; isonomia; PLR linear; a defesa dos bancos públicos; mais contratações; plano de saúde com preço justo e rede conveniada satisfatória; m do assédio moral; m das metas; estabilidade no emprego; m das demissões imotivadas; segurança nas agências e nos postos de atendimento; revogação da Reforma Trabalhista e a continuidade da luta contra a Reforma da Previdência. A última negociação ocorreu no dia 7 de agosto e a Fenaban apresentou como proposta apenas a reposição da inação. Uma nova rodada está marcada para o dia 17 de agosto.
Veja também
REFORMA
BNB
É preciso não esquecer os responsáveis pelos ataques aos trabalhadores. PÁG.02 www.bancariosrn.com.br
FNOB e AFBNB se reúnem com o Banco para negociar. PÁG.03
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02 13 a 19 de agosto de 2018
humor e Reflexão
editorial
FARINHA POUCA, MEU PIRÃO PRIMEIRO
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or 7 votos a 4, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram aumentar os próprios salários no dia 8 de agosto. A proposta será analisada pelo Congresso Nacional. Em caso de aprovação pelo Parlamento, os rendimentos dos magistrados passarão de R$ 33,7 para R$ 39 mil. Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski votaram a favor do aumento. Já a presidente do STF, Cármen Lúcia, e os colegas Celso de Mello, Edson Fachin e Rosa Weber votaram contra o reajuste. Para ter validade, o novo salário deve ser aprovado no Orçamento da União para 2019, a ser votado por deputados e
senadores até dezembro. O novo salário ocasionará um efeito cascata nas instâncias inferiores e poderá custar bilhões aos cofres públicos. Diante da crise econômica vivida pelo país e da Emenda Constitucional 95, que limita o teto de gastos por 20 anos no serviço público, é inadmissível que uma categoria já tão privilegiada receba mais essa benesse. Com o aumento, o salário de um ministro do STF será equivalente a 39 salários mínimos mensais! Isso sem contar outros privilégios, como o auxílio-moradia de quase R$ 5 mil que cada ministro recebe. É p r e c i s o s e posicionar e não aceitar mais e s s e a t a q u e a o s trabalhadores.
fábula
O PAVÃO E A GRALHA
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s pássaros discutiam:
—Quem será nosso rei? —Por minha beleza, serei eu — disse o pavão. Todos o aprovaram. Mas a gralha argumentou: —Vejamos. Tu és nosso rei, uma águia nos ataca. Como vais nos salvar? Previdência é sabedoria. Fonte: Fábulas de Esopo (2013), Coleção L&PM POCKET, vol. 68.
REFORMA TRABALHISTA TEM NOME E SOBRENOME
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e há algo que veio para dicultar ainda mais a vida do trabalhador brasileiro, essa foi a tal Reforma Trabalhista, aprovada em meados de 2017 e que fez uma verdadeira devassa na CLT. Agora, o acordado passou a valer mais que o legislado, tornando a luta mais árdua e sem parâmetros legais.
Com isso, os g r a n d e s empregadores, em especial os banqueiros, estão com ‘‘sangue nos olhos’’ para aumentar seus lucros com base em uma maior exploração do trabalhador. A Campanha Salarial dos Bancários de 2018 é um grande exemplo disso. Apesar de ter sido antecipada (não tanto quanto deveria, uma vez que a CONTRAF CUT não ouviu as bases antes de apresentar a proposta) os banqueiros continuam empurrando a negociação com a barriga. Depois de um mês de enrolação, apresentaram como proposta apenas a www.bancariosrn.com.br
reposição da inação, sem qualquer garantia legal de manutenção de direitos. Isso só é possível devido à Reforma Trabalhista, e é preciso lembrar que ela foi gestada e relatada por um deputado potiguar: Rogério Marinho (PSDB). Além dele votaram a favor da proposta: Fábio Faria (PSD), Beto Rosado (PP), Walter Alves (MDB), Felipe Maia (DEM), José Agripino Maia (DEM) e Garilbaldi Alves (MDB). Sem eles, não teria sido possível ao Governo Federal arquitetar um ataque tão profundo. Apesar das eleições não serem um campo de mudanças na vida da classe trabalhadora, é importante lembrar dos inimigos da classe nas eleições deste ano. Não é possível que esses políticos sejam reeleitos após cometerem tamanha atrocidade contra tantos brasileiros.
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REFORMA TRABALHISTA: MENOS CCTS E MAIS ACORDOS EXTRAJUDICIAIS porque ela acabou com a chamada ultratividade”. Antes da nova lei, quando a ultratividade não era vedada, os benefícios adquiridos por meio das convenções e acordos coletivos cavam assegurados mesmo após o prazo de validade dos documentos, até que novos fossem assinados. A mudança na legislação trabalhista também determinou que as convenções e acordos vão prevalecer sobre a legislação em diversos em pontos, como jornada de trabalho, intervalo, banco de horas, plano de carreira, home ofce, trabalho intermitente e remuneração por produtividade.
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m estudo da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe) divulgado no dia 6 revelou que, no primeiro semetre, a quantidade de convenções coletivas de trabalho (CCT) caiu 45,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. O número de acordos coletivos (ACT) também caiu, 34%. Falando à reportagem do site G1, o pesquisador Helio Zylberstajn, responsável pelo levantamento, armou o seguinte: “Alguns sindicatos patronais estão querendo tirar conquistas obtidas
anteriormente. Isso deixa tudo mais difícil e, por isso, a quantidade de negociações concluídas está caindo”. A diculdade é resultado da reforma trabalhista (Lei Nº 13.467/2017), que entrou em vigor em novembro do ano passado alterando mais de uma centena de pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A reportagem lembra que “a reforma trabalhista obrigou sindicatos patronais e de trabalhadores a reverem ponto a ponto as convenções coletivas
Extrajudicialização Outro dado relativo às mudanças introduzidas pela reforma trabalhista foi publicado no jornal Valor Econômico do dia 6, numa reportagem sob o título “Acordo extrajudicial trabalhista avança”. De acordo com um levantamento feito pelo próprio jornal, “empresas e extrabalhadores rmaram, entre janeiro e junho, 19.126 acordos extrajudiciais em todo o país, nos moldes previstos na reforma trabalhista” (…). Do total, 13.236 (69,2%) foram homologados pela Justiça do Trabalho”. Fonte: SEEB Bauru
EDITAL DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Estado do Rio Grande do Norte, com CGC nº 08.344.822/0001-00, por seu coordenador-geral, convoca todos os empregados em estabelecimentos bancários da base territorial deste Sindicato dos municípios de Angicos, Afonso Bezerra, Acari, Alto do Rodrigues, Caicó, Canguaretama, Carnaúba dos Dantas, Ceará-Mirim, Currais Novos, Extremoz, Florânia, Goianinha, Guamaré, Jardim do Seridó, Jardim de Piranhas, João Câmara, Jucurutu, Lajes, Lagoa Nova, Macaíba, Macau, Monte Alegre, Natal, Nova Cruz, Parelhas, Parnamirim, Pedro Avelino, Pedro Velho, Santa Cruz, Santana do Matos, Santo Antônio, São Gonçalo do Amarante, São José de Campestre, São José de Mipibu, São Paulo do Potengi, São Tomé, Tibau do Sul, Tangará e Touros, para a Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará dia 20/08/2018, às 18h30min, em primeira convocação, e às 19h00, em segunda convocação, na sede social do Sindicato, situado na Av. Deodoro, 419 - Petrópolis - Natal/RN, para discussão e deliberação da seguinte ordem do dia: 1 Avaliar, discutir e deliberar sobre a proposta apresentada pela FENABAN; 2 Discutir e deliberar sobre o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 23/08/2018. Natal-RN, 14 de agosto de 2018 Gilberto Luís Fernandes Monteiro Coordenador-Geral www.bancariosrn.com.br
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ITAÚ É CONDENADO A INDENIZAR EMPREGADA QUE FOI CONFINADA EM CUBÍCULO
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4ª Vara do Trabalho de Natal condenou o Itau Unibanco S.A. a pagar indenização, no valor de R$ 90 mil, à empregada que cou isolada numa pequena saleta, sem tarefas a realizar e sofreu transtornos psicológicos sérios pelo assédio moral de seus superiores. A bancária foi admitida em agosto de 2006, como caixa e, em 2011, foi promovida para a função de assessora operacional de empresas, "cargo em que a cobrança pelo cumprimento de metas era demasiada ". Nesse cargo, ele passou a sofrer
d e sérios proble m a s psicol ógicos , como "transt orno d e ansied a d e gener alizad a e outras reaçõ es ao estress e grave" e foi afastada do trabalho. Ao retornar da licença, a bancária foi isolada numa saleta. Diante dessa situação, ela entrou com uma reclamação trabalhista contra o banco. Em sua decisão, o juiz Manoel Medeiros Soares de Sousa analisou um laudo pericial atestando que ela sofria de "perturbação emocional em virtude da sua incapacidade de se adequar às solicitações e ordens de seus superiores hierárquicos". O documento revela, ainda, que a bancária, ao retornar ao trabalho, após auxílio doença, em 2016, passou a
não ter atribuição no serviço e "foi posta para car sozinha em uma saleta com dois metros de comprimento por um metro e meio de largura". Pa r a o p e r i t o , " e s s e s f a t o s caracterizam assédio moral e funcionaram como fatores agravantes do transtorno mental". Manoel Medeiros ressaltou, ainda, que a própria testemunha do banco armou que já presenciou a bancária "apresentando choro", após contatos telefônicos com os seus superiores diretos. O juiz reconheceu que "o ambiente e a postura dos gestores expunham a autora, sem dúvidas, a severa pressão psicológica, o que, aliás, resultou no seu adoecimento". Para ele, "o assédio em casos como o dos autos é evidente, notório e repetitivo. Mais grave ainda foi a atitude do banco ao isolar a reclamante após o retorno de seu afastamento por doença de ordem psicológica". O juiz condenou o banco a indenizar a bancária em R$ 20 mil por danos morais, mais R$ 20 mil doença adquirida e R$ 50 mil por danos materiais. Processo: 000146532.2017.5.21.0004 Fonte: Ascom - TRT/21ª Região
CAIXA PODE PERDER CARÁTER SOCIAL
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m mais uma medida que ameaça a função pública e social da Caixa, o governo federal abriu processo para selecionar novos vice-presidentes nas áreas de corporativo, fundos de governo e loterias, governo e habitação. O processo seletivo está aberto também para candidatos externos.
Para citar um exemplo, a Caixa é responsável por nanciar cerca de 70% do crédito para habitação no país. O processo de seleção dos novos vice-presidentes da Caixa está sendo comandando pelo Comitê de Indicação e Remuneração do banco público e será conduzido pela Russell Reynolds, contratada pelo banco público. Para candidatos internos da Caixa, as exigências para participação do processo seletivo para os cargos de vice-presidentes incluem ingresso no banco público por meio de concurso público, dez anos na instituição, já ter exercido cargo estatutário, curso superior concluído, dentre outras. www.bancariosrn.com.br
Para participantes externos, conforme processo do banco, são necessários no mínimo dez anos no setor público ou privado no setor bancário, atuação de quatro anos em cargo de direção ou de Conselheiro de Administração em empresa de porte da Caixa. O Conselho de Administração da Caixa já está aparelhado por agentes de mercado, o que impacta nos empregados. Nas negociações da Campanha Nacional 2018, dentre outros ataques direcionados aos trabalhadores, os representantes do banco não garantiram o pagamento da PLR Social.
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SINDICATOS E ASSOCIAÇÃO SE REÚNEM COM O BNB
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Sindicatos dos Bancários do Rio Grande do Norte e do Maranhão, juntamente com a Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (AFBNB)
se reuniram com a direção do Banco na manhã de 6 de agosto, em Fortaleza (CE). Foram discutidos temas da pauta especíca alternativa, além de demandas dos funcionários das bases do MA e RN, como aAssédio Moral, concorrências, reestruturação, banco de sucessão, convocação de concursados, instalações físicas de agências e reformas, pré-acordo e ultratividade, além de cartões refeição vale card. Participaram do encontro o diretor Pereira, pelo SEEB MA, Francisco Ribeiro (Chicão), pelo SEEB RN e Assis Araújo da AFBNB. Pelo Banco participaram a presidente Rita Josina, o diretor Cláudio Freire, o Superintendente de Recursos Humanos, Marcos Marinelli, o advogado Dr. João, e o Gestor Geraldo Júnior, a Coordenadora da Comissão de Ética, Sra. Bibiana, Aline Macambira, assessora do RH.
BB SEGUE FENABAN E NÃO AVANÇA NAS NEGOCIAÇÕES
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pesar do lucro do Banco do Brasil ter dado um salto de 55% em 2017, chegando a R$ 11 bilhões, o Banco não apresentou nenhuma proposta razoável na última negociação especíca ocorrida no dia 7 de agosto. Propôs apenas a reposição do INPC, sem qualquer produtividade e renovação da maioria das cláusulas do ACT revisando, muitas das quais com ajustes a denir, o que traduzindo, signica retirar direitos. O Banco propôs manter as seguintes cláusulas do ACT revisando: 2ª; 3ª; 4ª; 6ª; 7ª; 20; 22; 23; 24; 25; 26; 27; 28; 29; 30; 34; 35; 36; 39; 40; 41; 44; 47; 48; 49; 51; 52; 53; 55; 56; 57; 59; 61; 63; 71; 79; 80 e 83. E ajustar a redação das seguintes cláusulas do ACT revisando: 18; 19; 42; 50; 60; 62; 64; 65; 70 e 74, cuja redação com os ajustes pretendidos cou de disponibilizar no decorrer da próxima semana. A estratégia dos banqueiros de diminuir o tempo que os bancários poderiam ter para apreciar a proposta tem dado certo. Até agora a Contraf CUT tem aceitado todas as imposições da Fenaban e a cada dia se aproxima mais o m do ACT sem qualquer garantia de renovação.
CAIXA ENROLA E NÃO APRESENTA PROPOSTA ALGUMA
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Caixa Econômica Federal não fez qualquer proposta de caráter econômico em reunião ocorrida no dia 7, após reunião da Fenaban. Até agora o que a Caixa diz é que alguns termos do Acordo precisam ser revisados, mas não especica quais nem a nova redação, seguindo o exemplo dos demais bancos que vêm enrolando para não negociar o Acordo dentro do tempo especíco. É preciso ter um olha especial para a Caixa neste momento, uma vez que está sendo feita uma verdadeira reestruturação no Banco visando a privatização. É fechamento de agências, planos de demissões voluntárias, sobrecarga de trabalho, assédio, entre outros problemas comuns a toda a categoria. Além disso, o Saúde Caixa tem sido excluído das negociações e a Caixa já expôs a intenção de adequá-lo às resoluções 22 e 23 da CGPar que visam diminuir os custos da empresas públicas com a saúde de seus funcionários. www.bancariosrn.com.br
LUCRO DO ITAÚ CHEGA A QUASE R$ 13 BILHÕES NO PRIMEIRO SEMESTRE
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Banco Itaú obteve um L u c r o Líquido Recorrente de R$ 12,801 bilhões no 1º semestre de 2018, crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2017. A rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado – ROE) cou em 22%, com aumento de 0,2 pontos percentuais em doze meses. Outro ponto interessante a se analisar em plena campanha salarial da categoria é que, por lei, as empresas com ações em bolsa precisam distribuir, no mínimo, 25% do lucro para os acionistas. No entanto, muitas delas, como as de energia e instituições nanceiras, distribuem ainda mais. O Itaú Unibanco, por exemplo, paga pelo menos 35% do lucro aos acionistas. E este ano vai pagar ainda mais: um “superdividendo” de 70,6% do lucro anual da instituição em 2017 (R$ 17,6 bilhões) – o maior montante já distribuído em um ano por uma empresa brasileira de capital aberto. É 1% da população brasileira que lucra com a crise, enquanto que, aos bancários que sustentam este lucro, é oferecido apenas um índice inacionário e maquiado, que não cobre sequer a perdas de poder aquisitivo do último ano.
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REUNIÕES CONTINUAM OCORRENDO POR TODO O ESTADO
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Sindicato dos Bancários do RN vem percorrendo toda sua base a m de organizar a Campanha Salarial 2018. Os bancários já entenderam que somente com muita luta será possível avançar e garantir direitos. Juntos, rumo à greve!
Pegadinhas
da língua portuguesa
Por João Bezerra de Castro
CONCORDÂNCIA COM VERBOS AUXILIARES
Locução verbal é a combinação de um verbo auxiliar com um verbo principal em uma de suas formas nominais (infini vo, gerúndio ou par cípio). Nas locuções verbais, o verbo auxiliar tem a função de ampliar a significação do verbo principal. Exemplos: .Os ônibus voltaram a circular. (auxiliar: voltaram; principal: circular) .“As estrelas iam sumindo aos poucos.” (auxiliar: iam; principal: sumindo) .Temos defendido as boas causas. (auxiliar: temos; principal: defendido) Por esses exemplos, observamos que, nas locuções verbais, o verbo auxiliar concorda com o sujeito e o verbo principal fica invariável. Obs.: Amini Boainain Hauy registra que alguns renomados autores não fazem dis nção entre as formas verbais compostas: locuções e perífrases. Ela considera perífrases as formas verbais cons tuídas de um verbo auxiliar seguido de infini vo ou gerúndio; e as locuções verbais, de um auxiliar (ser, estar, ter, haver) seguido de par cípio. Muitos falantes têm dúvidas sobre a concordância nas locuções verbais, principalmente quando o verbo auxiliar vem separado do verbo principal. Exemplos: .À entrada do estádio o empurra-empurra era grande. Mesmo assim, conseguimos nos manter em pé. (E não: conseguimos nos *mantermos em pé) .“Podem as autoridades resolver esses problemas.” (E não: Podem *resolverem) O sujeito dos verbos que formam a locução verbal é um só. Por isso, o verbo principal não se flexiona. No primeiro exemplo, “nós” é o sujeito de conseguimos e de manter. No segundo, o sujeito de podem e de resolver é “autoridades”. Os verbos poder e dever, na voz passiva sinté ca, seguidos de infini vo, admitem duas interpretações. A primeira, considerando-os verbos auxiliares, portanto uma locução verbal, indica que a flexão se fará de acordo com o sujeito. Exemplos: .“A um faminto não se podem exigir virtudes.” (Bernardo Élis) .Devem-se fazer os exercícios propostos. (suj.: exercícios; loc. verbal: devem-se fazer) A segunda interpretação considera sujeito dos verbos poder e dever a oração iniciada pelo infini vo e, nesse caso, não há locução verbal e os verbos poder e dever ficam na 3ª pessoa do singular. Exemplos: .Pode-se colher as frutas maduras. (suj. oracional: colher as frutas maduras; verbo na 3ª pessoa do singular: pode-se): Colher as frutas maduras pode-se. .“Deve-se respeitar os mais velhos.” (suj. oracional: respeitar os mais velhos; verbo na 3ª pessoa do singular: deve-se): Respeitar os mais velhos deve-se. Como se trata de sujeito oracional, o verbo fica na terceira pessoa do singular. Portanto, as estruturas exemplificadas abaixo são adequadas. .“Não se podiam fixar cartazes ali.” (sujeito: cartazes; locução verbal: se podiam fixar) .“Não se podia fixar cartazes ali.” (suj. oracional: fixar cartazes ali; podia na 3ª p. sing.) .“Devem-se ler bons livros.” (sujeito: livros; locução verbal: devem-se ler) .“Deve-se ler bons livros.” (suj. oracional: ler bons livros; predicado: deve-se).
EXPEDIENTE Luta Bancária é uma publicação do Sindicato dos Bancários do RN
SEDE/NATAL: Av. Deodoro da Fonseca, 419 - Petrópolis - Natal (RN) - CEP 59020-025 FONES: (84) 3213-0394 // FAX: (84) 3213-5256 Conselho Editorial Eduardo Xavier Marcos Tinôco Matheus Crespo
Jornalista Responsável Ana Paula Costa (1235 JP/RN) Estagiária Vanessa Islany Ilustração Brum Impressão Unigráfica Tiragem 4 mil exemplares
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