Selajahfary Magazine

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magazine

›Supa Squad

1ª Edição • Julho Agosto Setembro 2014 • Trimestral • 2€

um projecto inovador de Dancehall

›tributo

Haile selassie

›roots & culture selecta orka

seen?‹ um dia na associAção one love family

especial musa‹ Entrevista a pedro guilherme

dubbing‹ jah version ic st u o ac ry* e a ga hF l.1 eg aJa Vo R e el on a dz - S ati e t ic er Vib pil r índ f m e O *v Co


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Caldas da Rainha

Rua Heróis da Grande Guerra, 5 2500-244, Caldas da Rainha Tel: 262 831 351 caldas@alojadamaria.com


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pág.

reggae

bong belly pikney

roots & culture selecta orka

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pág.

new generation jimi jah

21 22 vegi-tal pág.

pág.

especial pedro guilherme

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Supa Squad

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entrevista

haile selassie

pág.

bio boards

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seen?

one love family

pág.

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dubbing

notícias

4h20

7 rock it pág.

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seen?

pág.

tributo

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Oferta da compilação Selajahfary Reggae Acoustic Vibz: Envia um e-mail para selajahfarymovement@gmail. com com o assunto “Reggae acoustic Vibz“ e o código “SJFed1” no corpo da mensagem.

pág.

Inês de Sousa, João Leite, José Fernades, Pedro Pinto, Ricardo Pedro Projecto Gráfico José Marques & Pedro Cunha – Freela estúdio de design

jah version

pág.

{ ficha técnica } Director Wedontfit Coordenação Wedontfit Colaboração Bárbara e Gabriela Camarneiro, Hugo Lopes,

Editorial É com grande orgulho que apresentamos a 1ª

contacto com a família. Acreditamos solenemen-

edição histórica, pois é a primeira revista da ver-

tarmos nessa mudança, só nos dá mais razões para

edição impressa da SelaJahFary Magazine. Uma tente do reggae a ser impressa em Portugal. O

caminho não foi fácil, mas com o empenho e de-

Um agradecimento especial à fantástica equipa

que me acompanha neste caminho, aos artistas que

ggae nacional. Por muitos já considerado o movi-

que tem acompanhado e apoiado o nosso trabalho.

mento número um em Portugal, não só pelos pro-

jectos e iniciativas realizadas, mas também pelo

apoio dado a todos os artistas que entram em

facebook.com/Selajahfary

continuarmos fortes e unidos.

dicação de toda a família SelaJahFary, deu-se um

passo muito importante pela dinamização do re-

SelaJahFary WeDontFit | Fundador de

te que a mudança positiva é possível e ao acredi-

muito têm apoiado o movimento, e a toda a família Partilhem, divulguem e façam de SelaJahFary a

vossa 2ª família.

Um abraço cheio de positividade.


tributo Haile selassie


tributo

H

aile Selassie Tafari Makonnen nasceu a 23 de Julho de 1892, filho de Ras Makonnen, primo e amigo íntimo do imperador Menilek II. Baptizado Lij Tafari, acredita-se ser um descendente directo do Rei Salomão e da Rainha de Sabá. Criado como um cristão, Tafari foi educado por tutores privados europeus. Haile Selassie passou a infância na corte imperial de Addis Abeba, Etiópia. Cercado por conflitos políticos constantes, aprendeu muito sobre o exercício de poder. Menilek reconhecia a capacidade intelectual e pessoal de Tafari, bem como a sua excelente memória quer visual, quer auditiva. Aos 14 anos, o imperador nomeou-o governador de Gara Muleta, na província de Harar. Após a morte de Menilek em 1913, o neto Lij Yasu sucede ao trono. A aparente conversão de Yasu para a religião Islã fez com que, em 1916 o movimento de oposição liderado por Ras Tafari o destronasse. Zawditu , filha de Menilek , tornou-se imperatriz. Durante a regência da imperatriz, sendo conservadora por natureza e mais preocupada com a religião do que com a política, actuou como oposição ao crescente interesse de Ras Tafari em transformar o país numa nação mais moderna. Em 1926, Tafari assumiu o controlo do exército, uma acção que o tornou forte o suficiente para assumir o título de Negus (rei). Assumindo que este título só foi possível, em parte, pelo sucesso nos assuntos internacionais. Exemplo disso foi, a admissão da Etiópia em 1923 na Liga das Nações. Quando Zawditu faleceu em Abril de 1930, Tafari exigiu a Negast título Negasa (rei dos reis), tomando o controlo completo do governo, ficando conhecido como Haile Selassie I “Poder da Trindade”. Em 1931, Selassie começou a desenvolver uma constituição escrita (um sistema de leis básicas de um país), para simbolizar o seu interesse na modernização e intenção de aumentar o poder do governo, que havia enfraquecido desde a morte de Menilek. Os esforços de Haile Selassie foram interrompidos, quando Benito Mussolini (1883-1945), invadiu o país em 1935. O militar italiano usando artilharia superior, conseguiu esmagar a resistência liderada pelo imperador. Após a invasão, um regime fascista (um país sob o controlo de um governante todo poderoso) ocupou o país e marcou a primeira perda da independência nacional na história da Etiópia. Em 1936, Haile Selassie foi exilado, viajando para Inglaterra. No início de 1941 as tropas britânicas, ajudadas pela resistência

etíope, libertaram o país do controlo italiano, permitindo a Haile Selassie voltar novamente ao seu país e restabelecer a independência do país que tinha sido destruída por Benito Mussolin. Na década seguinte, melhorou o exército, aprovou uma legislação para regular o governo, a igreja, o sistema financeiro e ampliou ainda mais o controlo das províncias. Mas em geral o imperador tinha crescido gradualmente, mais cauteloso, permitindo mesmo assim novos líderes no seu governo. Na década de 1950, Haile Selassie tentou absorver a Etiópia da província do Mar Vermelho (conseguido em 1962). Mais tarde, fundou o colégio da universidade de Adis Abeba. Recebeu o jubileu de prata (celebração de 25 anos no poder). Em 1955, apresentou uma constituição revista, e em 1957 deu-se a primeira assembleia geral (trabalho contínuo de Haile Selassie para manter o equilíbrio político). Na década de 1960, o imperador foi claramente reconhecido como uma grande força no movimento Pan-Africano (um movimento que tinha como principal objectivo a união de África), demonstrando a sua notável capacidade de adaptação a novas circunstâncias. Foi um grande triunfo pessoal, quando em 1963, a recém-fundada organização de unidade africana construiu a sua sede em Adis Abeba. Ao contrário de outros líderes africanos, Haile Selassie nunca precisou de entrar em guerras para provar a sua autoridade legítima para com o seu povo . Em vez disso, os 40 anos a ter controlo total do governo deu-lhe tempo suficiente para mostrar a força do seu poder. Em 1970 o imperador retirou-se lentamente dos assuntos internos do país, envolvendo-se mais nos assuntos externos. Provavelmente fez mais visitas de estado do que qualquer outro chefe de estado, aproveitando estas viagens para a sua estabilidade emocional. As relações exteriores de Haile foram valorizadas um pouco por todo o mundo. A fome e a escassez de alimentos, na província de Wello em 1973, prejudicaram seriamente a reputação de liderança de Selassie. Pressionado pelo país, Selassie foi forçado a demitir-se do poder, a 13 de Setembro de 1974. Com oitenta anos de idade, Selassie passou o último ano de vida em prisão domiciliar. A Sua morte foi anunciada a 27 de agosto de 1975. O homem que liderou a Etiópia cerca de 60 anos, não teve direito a um funeral com honras de estado. Nunca foi revelado o local onde estão os seus restos mortais. Rest in peace Haile!

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Battybwoy: Refere-se aos homossexuais

seen?

O que significa

Q

uantas vezes nos deparamos com estes algarismos, sejam eles usados para transmitir algum pensamento ou simplesmente comunicar alguma informação? Desde quando esta combinação pertence à prática de um ritual? Que sentido fará a actual utilização, divulgação e alastramento deste número? De que forma isso consegue representar e identificar uma comunidade mundialmente interligada? Ora, como SelaJahFary está constantemente a pensar no reconhecimento da cultura associada não só ao reggae e à Jamaica, desta vez tentamos desmistificar uma história relacionada também com a cultura canábica, mais concretamente a origem de uma tradição que não tem morrido com o passar dos anos. Antes pelo contrário. De realçar ainda que durante a pesquisa, encontrámos várias versões semelhantes à abaixo publicada, sendo que esta nos pareceu a mais unânime e credível mesmo que possa ser naturalmente refutada em alguns pormenores. Regressemos ao Outono do ano 1971, em San

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4h20

Rafael, estado da Califórnia (EUA), onde um grupo de jovens estudantes da San Rafael High School se reunia depois das aulas para fumarem marijuana e se intitulavam os Waldos porque o seu spot era por trás de um muro (Wall em inglês) da escola. Certo dia este grupo ouviu falar acerca de uma plantação de canábis abandonada perto de Point Reyes, então decidiram passar a encontrar-se na estátua de Louis Pasteur, designando as 4:20 PM como a sua hora de encontro para que pudessem partir em busca da tal plantação enquanto fumavam a sua erva. Os Waldos referiam-se a este plano através do código “4:20 Louis” mas, depois de inúmeras tentativas nunca a chegaram a encontrar, sendo a expressão reduzida ao que hoje conhecemos como 4:20, rapidamente adotada pelos jovens como código que significaria o acto de fumar marijuana e assim ganhou a popularidade de forma espontânea. Desde então que este número perdurou durante mais de 40 anos, não só devido à simplicidade de ser comunicada uma mensagem mas, também a facilidade de servir como disfarce quer para as autoridades, quer para os pais mais curiosos e faladores,


A Bio Boards é um projecto de Ricardo Marques

do Porto. Tudo começou com a ideia de querer fazer pranchas de surf e skate com materiais al-

ternativos, sustentáveis e recicláveis. No meio

das experiências, o material eleito foi o aglome-

passando assim de uma senha local para um símbolo internacional. O director criativo da revista High Times (fundada em 1974) Steven Hager, foi a primeira pessoa a rastrear os Waldos e a publicar os seus relatos das origens do termo. Hager escreveu um artigo na edição de Outubro de 1998 da High Times “Are You Stoner Smart or Stoner Stupid?” no qual referiu a 4:20 PM como a hora do dia socialmente aceite para consumir canábis. “Eu acredito que 4:20 é uma ritualização do uso de canábis que tem profundo significado para a nossa subcultura”, escreveu Hager. Hoje possui um peso sociocultural enorme e possui múltiplos significados como a solidariedade, o compromisso, a cumplicidade, a união e a luta pela legalização da marijuana entre todos os membros desta comunidade. O significado da expressão 4:20 foi-se modificando com o tempo e o passo seguinte foi adaptar esta realidade ao calendário universal, facilmente correspondendo o 4 ao mês de Abril e 20 ao dia. Estes números apelaram com uma força própria à adesão dos consumidores de marijuana por todo o lado e actualmente neste dia a esta

“Designando as 4:20 PM como a sua hora de encontro para que pudessem partir em busca da tal plantação enquanto fumavam a sua erva”

hora, milhões de pessoas fumam-na publicamente em diferentes locais do mundo. Tornou-se um feriado da contracultura na América do Norte mas, esta celebração é também um fórum sócio-cultural onde se discute e fala-se publicamente acerca de questões relacionadas com a sua legalização, uso e cultivo. Em inúmeros lugares onde esta é ilegal, o simples acto de acender uma maria publicamente sem que a polícia possa intervir, faz desta celebração um protesto, um desafio e uma reivindicação da legalização e do seu consumo responsável. Por muitos estados americanos é celebrada esta data, porém acredita-se que tenha começado no ano de 1995 em Vancouver, Colômbia Britânica, quando um grupo de 200 fumadores se organizou em público em modo de protesto, reivindicando a despenalização da canábis, sendo hoje uma das maiores do continente. Actualmente grandes festas com desfiles, eventos musicais, actividades de entretenimento, vendas de comida e merchandise relacionados com a cultura da canábis, bem como debates políticos, científicos e medicinais são organizados pontualmente em grandes cidades não só como San Francisco, Denver, Boston, Seattle e Nova Iorque, mas também em Toronto, Ottawa, Ontário no Canadá, um pouco pela América do Sul, Austrália e até Nova Zelândia. Relativamente ao caso europeu, o termo 4:20 não possui o simbolismo tão marcante como na América do Norte, talvez porque o seu consumo não é claramente ilegal nos diferentes países e o debate sobre um uso menos restritivo da canábis está sobre a mesa de forma quotidiana. Mesmo assim organizam-se numerosas competições, concursos e prémios para os diferentes tipos de marijuana conhecidos. No entanto, parece notar-se uma ligação mais forte à hora 4:20 PM que com o dia 20 de Abril, o que impede que se celebrem manifestações em cidades como Londres, Amesterdão, Paris, Madrid, Berlim e Roma nessa data. O caso da Europa é ainda prejudicado pela coincidência de que o 20 de Abril ser a data de nascimento de Hitler, o que impede algumas nações como a França de terem razões para festejar, servindo o dia 18 de Junho como o substituto para esta celebração.

rado de cortiça, que é muito resistente e fácil de trabalhar.

Na Bio Boards existe o compromisso de produ-

zir todas as pranchas com o mínimo impacto ambiental, não são utilizados produtos tóxicos além da cola branca e da tinta acrílica, e sempre que possível também se reciclam skates velhos que de outra forma iriam para o lixo. Cada prancha é feita à mão, por encomenda e ao gosto de cada cliente, que pode escolher o tamanho, o shape e as cores caso queira.

O que diferencia a Bio Boards das outras é o

facto de, a cortiça ser estrutural e não apenas

um revestimento, em média 98% de cortiça. Não tem qualquer tipo de tratamento, e mes-

mo assim ao contrário do que se possa pen-

sar, são muitos resistentes, e quando se sujam

são muito fáceis de limpar. Também tem uma

forma de surfar/andar muito diferente de todas as outras.

O surf skate ocorreu por acidente, que consis-

te num skate de longboard de 130cm com uma

roda de surf skate à frente e duas rodas atrás, tudo montado.

O resultado foi fantástico, a melhor maneira de descrever é: ‘’surfar no asfalto”.

Óptimo treino para quem está a começar a surfar. É possível andar literalmente quilómetros sem ter

que pôr o pé no chão, ganha-se velocidade com o movimento do corpo, como no surf.

Actualmente existem 5 tamanhos padrão desde os 50 cm até aos 122 cm.

Os preços das tábuas vão dos 30 aos 110 euros.

Os preços setup de rodas dependem do que o

cliente quer, mas podem ir dos 80 aos 110 euros. Mais informações e encomendas facebook.com/bio.boards.pt


roots & culture

Oferta de Selecta Orka - SelaJahFary exclusive mix: Envia um e-mail para selajahfarymovement@ gmail.com com o assunto “mixselectaorka“ e o código “SJFed1” no corpo da mensagem.

vinil. Ao longo de 4 anos em Paris, múltiplas viagens a Inglaterra e procura intensiva, foi construindo uma colecção incrível de vinis. Entre festas parisienses e um ano de trabalho com Label Makasound onde conviveu com grandes artistas como Winston McAnuff, Earl China Smith, Kiddus I… Orka regressou a Marselha com uma experiência única e um vasto conhecimento acerca da cultura.

N

atural de Marselha, Selecta Orka colecciona e selecciona música reggae há 12 anos. “A minha paixão pelo reggae começou na minha adolescência com o reggae e raggamuffin francês como Sinsemilia, Raggasonic, mas também com artistas clássicos como Bob Marley, Burning Spears, Skatalites, e mais tarde, todos os artistas de roots e new roots”. Mas tudo começou quando Orka decidiu organizar as primeiras festas. Rodeado pelo techno e pelo movimento free party do Sul de Franca, Orka atendeu a muitos desses pedidos, decidindo então organizar free parties, apenas com música reggae. “Entre amigos, comprámos o nosso primeiro gerador, amplificadores, colunas e leitor de vinis, nascendo assim Constant Fyah Sound System, começando o início de uma longa série de free reggae parties à volta de Marselha!” Orka torna-se rapidamente o único selecta doeConstant Fyah começando assim a sua busca ao

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Sendo natural de Marselha, o que te levou a assentar em Portugal? Depois de 2 anos a tocar em rádios e a organizar sound systems em Marselha, senti a necessidade de procurar novos horizontes. A minha primeira experiência em Portugal foi durante uma viagem organizada pelo Déni Shain que já vivia em Portugal há cerca de um ano. Estávamos a viajar com o sound system de Jumping Lion, e organizámos uma festa em Sintra com Kronik People e Riddim Culture. Senti simplesmente algo inexplicável, apaixonei-me por Lisboa e Portugal. A simplicidade, honestidade, a bondade das pessoas e o gosto pela música foram algo que me marcaram muito pela positiva. Em França, as coisas são diferentes, temos grandes eventos e grande parte deles com artistas internacionais, mas com menos vibrações positivas nas festas. O país em si, vive constantemente em stress. As pessoas são mais agressivas e nunca é totalmente seguro sair à noite. Ao contrário de Portugal, existem mais esquemas da Babilónia. Assim, para mim estar cá é mais uma questão de estilo de vida. Quais os projectos futuros? Actualmente estou focado no Rub a Dub Club e também no 7 HILLS SKANKIN. Há bastante tempo que queria trazer este tipo de festas em Portugal. São festas baseadas nas primeiras festas Rub-a-Dub jamaicanas. Em Setembro voltará em força certamente, a residência de 7 meses no Bacalhoeiro foi um sucesso, e uma grande motivação não só para os artistas mas também

para o público, faz-nos amar cada vez mais a música reggae e a cultura sound system. Quero levar o Rub a Dub Club a outro nível mantendo o espírito original, trazendo artistas internacionais, para partilharem as vibes com a família e dar uma nova energia a Portugal. Tenho também vários projectos que quero desenvolver no Santiago Alquimista, mas ainda não há nada certo. Agora que tenho o material necessário, quero desenvolver um projecto podcast ou rádio para dinamizar o movimento local e partilhar o que de bom se faz em Portugal com o resto do mundo. Qual o teu principal objectivo? Um dos principais objectivos do meu trabalho é partilhar a música consciente, com mensagens positivas. Mas também dinamizar o roots/reggae em todas as suas formas, provar que podemos combinar a cultura com a dança e o divertimento. Eu gosto de todo o tipo de reggae mas tem de ser no mínimo consciente. A música educa também! Temos de ter cuidado com a mensagem que nós transmitimos. O reggae é universal e é música que vem do coração, penso que toda gente pode sentir e dançar ao som deste estilo musical. Uma mensagem para todos aqueles que acompanham o teu trabalho? Quero agradecer a todos aqueles que apoiam o meu trabalho, não só em Portugal mas em todo o mundo. A todas as pessoas que apoiam o roots/dub, e todas as variantes da música consciente. A todos os artistas, sejam eles cantores, mc’s ou selectas e a todas as pessoas maravilhosas que conheci em Portugal. Para finalizar, um agradecimento especial a todas as pessoas que acompanham as festas desta vertente. Precisamos de público para partilhar as vibrações positivas que o reggae transmite. SOMOS UM! facebook.com/Mistagoodvibes



entrevista


SUPA SQUAD “Supa Squad é um projecto inovador de dancehall feito em Portugal, um projecto dançante, altamente energético, com o objectivo de transmitir uma boa mensagem e uma boa imagem”


Bangarang: Confusão, tumulto, desordem, perturbação.

entrevista

“Na realidade sempre trabalhámos juntos nos One Love Family, resolvemos juntar as forças e fazer um projecto a solo”

O que vos fez juntarem-se e criarem Supa Squad? Anteriormente tínhamos o conjunto como Mr. Marley e Zacky Man e sentimos a necessidade de dar uma nova imagem e unir o que parecia antes ser dois artistas. Na realidade sempre trabalhámos juntos nos One Love Family, resolvemos juntar as forças e fazer um projecto a solo. Porquê o nome Supa Squad? Pensámos em Supa Squad, por dar a ideia de uma super equipa, não necessariamente de nós os dois mas de toda a equipa que nos acompanha. Consideram-se uns dos pioneiros do movimento dancehall em Portugal? Não sei se pioneiro será a palavra certa, temos

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conhecimento de outros projectos de dancehall, mas pensamos que somos os primeiros a tentar levar o dancehall nacional a um nível mais elevado. Qual a vossa opinião acerca do movimento reggae/dancehall português? Sentem que existe distância e falta de apoio entre os artistas? Sabemos que existe um grande movimento de reggae em Portugal, mais do que o dancehall, embora estejam um pouco ligados entre si por causa da cultura sound system, mas está tudo concentrado em áreas, não há uma união comum, o que achamos errado, visto que Portugal é um país pequeno, ainda assim há quem sinta a necessidade de rivalidade. Com certeza já estaríamos mais longe no movimento se este tipo de pensamentos não


existisse e se trabalhássemos todos juntos para o mesmo objectivo. Qual o concerto que mais gostaram de dar até hoje e porquê? Foi a abertura do concerto de Richie Campbell que houve no Campo Pequeno em Dezembro de 2013. Porque a nossa música é bastante direccionada para aquele tipo de público e, apesar de não ter sido muito anunciado e ter sido um bocado surpresa, o público adorou e teve bastante aderência. De repente, tínhamos 4000 pessoas em êxtase, a corresponder por tudo e por nada e, é sempre uma alegria entrar em palco e sentir uma energia daquelas. É bom referir que este concerto foi em formato de Dj Set e, que no presente estamos a preparar um novo tipo de espectáculo, com uma nova formação, formação essa que é composta por, um baterista, um baixista, um teclista e um Dj/operador de máquinas. Porque a sonoridade do dancehall é mais digital, um bocado mais electrónica, precisando dessa componente musical para conseguirmos o nosso principal objectivo, que é levar exactamente a sonoridade do dancehall que fazemos em estúdio para as actuações ao vivo. Quais as vossas inspirações/ referências artísticas? Em relação ao reggae que é a base, Bob Marley, Peter Tosh, Jacob Miller e todas as grandes lendas do reggae. No dancehall, a grande influência foi sem dúvida Sean Paul entre 2000 e 2005, porque actualmente, já está numa onda diferente, já não podemos considerá-lo no presente, uma influência. Mas também fomos influenciados pelo melhor de cada artista, como por exemplo, a energia de Capleton que sempre foi contagiante, a voz de Sizzla, entre outros como, Busy Signal, Konshens, Bounty Killer e Super Cat, misturando o recente com o old school.

concerto mais dinâmico em termos de jogo de luzes, mais acção em palco e mais interacção com o público. Foi-nos proposto também a realização do hino para o festival, Fresh que foi lançado no site do Sumol no início de Abril. Foi muito trabalhoso porque foi um tema que não estamos muito habituados a fazer, mas ao mesmo tempo engraçado, porque tinha como objectivo, representar o espírito festivaleiro do Sumol. Tocamos no dia 27 de Junho, no dia de Kymani Marley, Protoje e John Butler Trio, e esperamos que o público esteja pronto para saltar e fazer a festa na nossa companhia.

“Estamos a preparar um concerto especial, um concerto mais dinâmico em termos de jogo de luzes, mais acção em palco e mais interacção com o público”

Uma mensagem para todos os fãs e todos aqueles que têm acompanhado o vosso trabalho? E para quem ainda não conhece o vosso trabalho? Um Supa obrigado para os nossos Supa Fans, por nos apoiarem desde o início, grande parte deles desde os One Love Family. Novidades estão para vir, fiquem atentos que prometemos não vos desiludir. Para quem ainda não conhece, Supa Squad é um projecto inovador de dancehall feito em Portugal, um projecto dançante, altamente energético, com o objectivo de transmitir uma boa mensagem e uma boa imagem. Estão convidados a acompanhar. Basta procurarem nas redes sociais por Supa Squad e se gostarem teremos todo o gosto de partilhar as vibrações positivas com vocês. facebook.com/mrmarleyzackyman

O que podemos esperar no futuro de Supa Squad? Poderão esperar a gravação de 2 a 3 singles até ao fim do ano. Para além da nossa presença no Sumol Summer Fest, vão com certeza encontrar-nos em mais palcos por todo o país. O que é que vai ter de especial o concerto no Sumol? Mal recebemos o convite para o festival, as nossas expectativas e perspectivas foram logo para um nível diferente. Anteriormente, já pensávamos em actuar com banda, mas o convite, foi a certeza dessa ambição. Estamos a preparar um concerto especial, um

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ZION: A terra prometida dos Rastas, um lugar mais justo, longe da Babilónia.

reggae

Bong Belly Pickney

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udo começou em 2012 num bar da Figueira da Foz onde 4 amigos se juntaram para fazer uma noite de sound system, hip hop e reggae live act. As boas vibrações sentidas nessa noite fizeram com que as actuações acabassem por ser em conjunto. A partir daí começaram a juntar-se em jam sessions e a tocar em conjunto. A banda Bong Belly Pickney (BBP) foi criada em 2013 e deu o seu primeiro concerto oficial em Janeiro do mesmo ano na Figueira da Foz. O setup inicial era o Rubi na machine, o Roots na percussão, o Paulino no baixo e o Juca na guitarra. A etapa seguinte dos Bong Belly Pickney foi o concurso de bandas do Sumol, onde se sagraram vencedores da competição e actuaram dia 13 de Junho de 2013 no palco principal do festival, no

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mesmo dia que Morgan Heritage e Tarrus Riley. Esta experiência serviu para crescerem ainda mais como artistas e músicos para além do factor motivacional. Nesse verão foi gravado o single – Positive vibes. No início de 2014, os BBP ganharam mais um elemento que conheceram numa jam session, o trombonista André Ramalhais que veio complementar a música da banda através dos sopros. Neste momento, os Bongas estão focados em trabalhar as suas músicas e em gravá-las para as mostrar num futuro próximo. Sem poder deixar de referir que os Bong Belly Pickney têm uma mascote chamada Bongas, uma obra de arte em porcelana que representa o núcleo de energia e todo o caminho já percorrido por este grupo, assim, o Bongas acompanha sempre os BBP em ensaios e concertos. facebook.com/bbpickney


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new generation

Jimi Jah

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udo começou no Verão de 2011. Por mera coincidência, se é que existem coincidências, foi parar, como teclista, aos Naughtyard Band, em que o baterista era JahKikony (ex-membro e fundador dos Jahvai) e o vocalista era Bigg Favz. Por essa altura, Jimi foi ao seu 1º festival de reggae – Sumol Summer Fest, onde sentiu ao vivo artistas como Freddy Locks, SOJA, Natiruts, Anthony B, e se encantou de imediato. Foi o suficiente para ele se aperceber que tinha encontrado a sua “praia”. A seguir a esse projecto seguiu-se os 9Roots, banda de roots com 9 elementos, do qual ficou na memória o concerto de apresentação no Cine Incrível e também o gig no aniversário de Celebration Sound, no Contagiarte. Paralelamente, Jimi foi sempre seguindo o seu caminho a solo, que só passado algum tempo começou a sair do seu quarto para o público em geral. Entre 2012 e 2013 pertenceu aos Jah’lmadan Sound como toaster onde, apesar de sempre ter sido uma pessoa tímida, desenvolveu os seus skills como mc. Apresentando sempre um live act inserido na actuação do sound, chegou a abrir para artistas como Urban Vibsz, Kussondulola, Jimmy P e Dubtonik Kru. Em Abril de 2013, fez parte do lineup do Freekuency Festival, um festival alternativo no meio da floresta. Actuando cerca de 40 minutos em acústico, às 10h da manhã, com o seu companheiro RedPanda. Foi o suficiente para deixar todos os que assistiam com um grande sorriso na cara! No Verão de 2013 foi convidado, pelos Banksank Sound, para actuar no palco secundário do MUSA CASCAIS 2013. Foi uma actuação que ficou marcada por uma vibe muito tranquila e positiva que se sentiu por todo o pessoal que esteve presente. Criou de imediato uma empatia com este sound de Ourém

e após lançar um dubplate para eles, aceitou o convite para ingressar na crew. Em 2014, inúmeras novas oportunidades surgiram, e como sempre, Jimi agarrou-se a todas. Seguiu a ideia do seu selecta e começou a fazer acoustic livestream shows, para que toda a gente, independentemente de onde viva, possa assistir a um show íntimo em acústico, directamente do seu quarto. O feedback foi muito positivo. Aceitou o convite da Blasted (nova e promissora promotora/gravadora de drum&bass), sendo agora um dos mc’s desta crew. Ficaram guardadas no peito algumas actuações especiais como a Acoustic Session no Spot (Barreiro), a convite dos Urban Vibsz e todas rub-a-dub sessions em que subiu ao palco, mas principalmente a última na qual apresentou um acústico ao massivo, em que um dos espectadores era Freddy Locks, um dos artistas que mais admira. Também fez parte no dia 9 de Maio da festa de aniversário de SpitFyah Sound, que contou com a estreia de Pressure em Portugal. No dia 6 de Junho participou no Young Gunz Soundclash na Nazaré, com Banskank Sound, acabando em segundo lugar. O que está para vir? Muitas coisas boas... Está para breve o lançamento do seu primeiro EP “Love, Freedom & Fire” com a participação de Bigg Favz e mc Zuka, produção de Mystic Fyah e Asher Guardian. No dia 5 de Julho também irá estar presente no festival MUSA CASCAIS, considerado o melhor festival de reggae nacional. O que virá a partir daqui? Only Jah know... Mas ele continuará a entregar-se de corpo e alma ao que gosta de fazer. Entregar ao público música pura e positiva, abrir mentes e esboçar sorrisos! facebook.com/JimiJah

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seen?

Um dia na associação

ONE LOVE FAMILY

S

elaJahFary visitou a Associação One Love Family. Uma Associação cultural, ambiental e recreativa, que tem como principal objectivo, expandir de uma forma mais visível, uma opção de vida consciente e auto-suficiente. A associação prossegue os seus objectivos através da música, da arte, da promoção de oficinas de trabalho e formações em expressões artísticas, artesanato, voluntariado, agricultura ecológica e bio construção, defesa do meio ambiente através da preservação dos recursos humanos e naturais, pela cultura rastafariana, pela troca de sementes, produtos e bens. Criação de projectos

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individuais ou colectivos, pelo consumo consciente, sustentável e local, pela reapropriação da memória colectiva e artesanal. Em conversa com sista Benji, fundadora da Associação, a mesma afirmou que “temos de sensibilizar as pessoas para uma vida alternativa, mais saudável, sem stress, mais comunitária, menos material, este é o caminho que alguns de nós já percorrem há alguns anos, tanto os fundadores da associação, como os amigos que ao longo da caminhada juntaram-se a nós, pois partilham uma luta semelhante. Juntos criámos esta associação, que luta pela unificação de todos os que atingiram a consciencialização, no sentido de um estilo de

“Expandir de uma forma mais visível, uma opção de vida consciente e auto-suficiente”


vida que promova os valores do trabalho, auto-suficiência, partilha, alegria, criatividade, amor…!” Nada como descrevermos um dia passado por SelaJahFary na Associação One Love Family para terem uma ideia mais pessoal… Ao chegarmos à associação já com o céu estrelado, foi tempo de pôr a conversa em dia com parte da família One Love Family e ouvirmos grandes temas musicais proporcionados pelos nossos amigos Marley Rosário e Jahlú. Seguiu-se a hora de jantar, onde a sista Benji com a sua experiência e com o apoio de três raparigas estrangeiras que estavam na associação a praticarem “WWoofer” (rede de organizações nacionais que promovem o trabalho de voluntariado em quintas ecológicas de todo o mundo), fizeram um jantar vegetariano maravilhoso. Estava tão bom que repetimos. Durante o jantar tivemos também direito a uma explicação sobre a alimentação vegetariana, como por exemplo, que o nosso prato devia ter mais de 50% de verduras não cozinhadas e que devíamos comer sementes das maçãs biológicas todos os dias, porque são muito nutritivas para o nosso sistema imunitário. A seguir ao jantar, foi hora de mais uma jam mágica, nem demos pelo tempo passar. Estava um

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ambiente perfeito. Imaginem estarem com parte da família One Love Family, à lareira, a cantar diversos temas (não só da vertente do reggae), e a bebermos um belo chá de poejo. No dia seguinte, ao abrirmos a porta do quarto, lá andava a sista Benji a trabalhar no campo, pois estava na altura do semeio da batata, na companhia das três sistas estrangeiras e de um casal com a sua filha pequena. Soube tão bem sentir a felicidade da pequena, com um balde de batatas na mão, a querer ajudar no semeio das mesmas. Na hora de almoço, mais uma refeição vegetariana magnífica e acima de tudo nutritiva. Para quem pensa que estas refeições não nos deixam satisfeitos, engana-se, deixou-nos mesmo muito bem saciados. A seguir ao almoço, seguiu-se mais um momento de descontracção e convivência, onde tivemos o prazer de falar com a sista Benji e com o brother Jahlú sobre a associação e a parte artística da família. As 3 sistas estrangeiras aproveitaram para desfrutar da energia positiva que o sol irradiava. No final do dia, chegou o momento que não queríamos que chegasse, a hora de ir embora. Ainda deu tempo para mais uma fotografia de

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“Juntos criamos esta associação, que luta pela unificação de todos os que atingiram a consciencialização”

grupo e de mais uns abraços, mas tínhamos que partir para mais uma viagem de trabalho. Se já admirávamos a família, ficámos a ser os maiores fans deles não só pelo estilo de vida que levam como pela mensagem que defendem. Só nos resta agradecer à Associação por terem sido tão amáveis, de certeza que voltaremos brevemente. Até Jah! facebook.com/onelovefamilyassociacao

C EC LE EL BE RB AR TA IT OI NO N


vegi-tal

M

ASSIIIVOOO, estamos de volta para a segunda edição do espaço vegan e sempre com MAD… MADFLAVAAS… representado pelo Cuzas SHUABA e desta vez com a participação do mano GUERRA, a indicar-nos o vinho ideal para acompanhar os seguintes sabores primaveris, aproveitando assim a sazonalidade dos espargos! Passando agora para o fogão, o prato apresentado, vai buscar alguma inspiração ás nossa raízes mais a Sul do país, pois o elemento principal chama-se xerém! O que é o xerém? xerém ou xarém é um prato típico de Portugal, mais precisamente do Algarve, que consiste numa papa feita à base de farinha de milho, sendo acompanhado por ingredientes característicos de cada uma das regiões onde é preparado. A combinação de ingredientes deste prato é então, o xerém, juntamente com espargos, sésamo, sumo de beterraba e aveia. Fica aqui mais receita desta vez dedicada à Primavera! Espero que se agarrem aos tachos… e jahhh sabem… 100 papas na línguaaa :p One loveee massiveee food loveeers!

Preparação Xerém: Para 100gr de xerém, juntamos 200gr de água, levar a cozer durante cerca de 30min., sempre a mexer com a colher de pau, para não agarrar. Quando se apresentar com textura sólida e a descolar do tacho, significa que está pronto. Reservamos num tabuleiro dentro do frio. Mais tarde, desmoldar e cortar em cubos. Cubos estes que vão ser fritos numa frigideira com alho, louro e pimenta, num fio de azeite. Espargos e mini-milho: São ambos escaldados em água a ferver, 2min. e 3 min. respectivamente. Posteriormente são salteados numa frigideira com azeite, molho de soja e um toque de vinagre mirin. Com o descascador de batatas, aproveitar para sacar umas raspas de espargos e na hora de empratar fazer pequena salada com folhas de beterraba. Sésamo: Coloca-se ao forno 200gr de sementes de sésamo num tabuleiro, durante 20min. a 180º. Retirar e triturar juntamente com leite de soja, até apresentar um aspecto de pasta tipo manteiga. Temperar com sal e pimenta. Aveia: Realizar o mesmo processo no forno, até apresentar uma cor torrada. Pica-se ligeiramente com a faca e junta-se raspa de 1 limão para 100gr de Aveia torrada. Beterraba: Cozer uma beterraba, cortada em pedaços. Triturar. Passar o sumo pelo colador e temperar com um pouco de vinagre. Empratamento: Com uma colher, espalhar bem a pasta de sésamo no prato, dispôr os cubos de xerém, os legumes salteados, um pouco da salada, regar com o sumo de beterraba, e por fim salpicar por cima com a aveia torrada.

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Sugestão de vinho

O

objetivo desta crónica para além da harmonização com a salada preparada pelo nosso chef Ruka Shuaba, é sobretudo dar a conhecer os produtos que têm origem debaixo do chão que pisamos. Somos, provavelmente, dos países com mais variedade de vinhos tendo em conta a nossa área plantada. Portanto, o trabalho a fazer é valorizar e promover os nossos produtos, os nossos vinhos, e em última análise a nossa cultura. E como sabemos, devido à conjuntura apertada que vivemos nestes dias, proponho-me a sugerir vinhos bons a preços medianamente acessíveis, para que todos os leitores, seja em casa, no campo, num convívio entre verdadeiros amigos ou num ambiente mais íntimo possam desfrutar de um bom vinho sem despender muito dinheiro. Para harmonizar a salada de xerém, juntamente com espargos da época, sésamo, sumo de beterraba e aveia trago-vos um vinho branco Quinta da Lagoalva – Talhão I. De cor amarelada, uma das características principais deste vinho são os citrinos provenientes da casta sauvignon blanc.

Contudo, o restante conjunto vai conferir bons aromas a frutos tropicais, uma boa frescura e acidez equilibrada, um final de boca elegante, frutado e não muito prolongado, deixando-nos com uma vontade imensa de beber mais um copo. “Talhão” no mundo agrícola significa uma porção ou box de terra, que neste caso é a área da vinha onde foram plantadas estas 5 castas. O objectivo desta técnica, é exactamente poder controlar e potenciar de uma forma individual a evolução e as características de cada casta e passá-las para dentro da garrafa, produzindo assim um excelente néctar final, chamado Quinta da Lagoalva Talhão I. Eu pessoalmente ainda não procurei este vinho em grandes superfícies, mas para quem quiser seguir a sugestão poderá encontrar este vinho na www.garrafeiranacional.com ou em lojas de vinhos. Espero que gostem da sugestão. Bebam com moderação. Respeitem a Terra, a Mãe Natureza agradece. Um brinde à vida. Paz. Pedro Guerra

I Quinta da Lagoalva – Talhão Ano: 2012 ho, Sauvignon Castas: Alvarinho, Verdel Blanc, Fernão Pires e Arinto Região: Regional Tejo Preço médio: 5€

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CUTCHIE: Cachimbo para se fumar.

especial musa

Pedro Guilherme Pedro Guilherme aka Gui é o presidente da Associação Criativa, uma associação sem fins lucrativos sediada em Carcavelos. A Criativa é uma associação que realiza vários projectos mas o festival MUSA CASCAIS é o mais acarinhado...

O que vos levou a organizarem este festival? Inicialmente, em 1999 havia um grupo de amigos que queriam fazer uma fanzine (revista despretensiosa, graficamente alternativa onde recebe o contributo de diversos autores). Chegámos à conclusão, nessa altura, que a melhor forma de produzirmos uma fanzine seria termos uma estrutura por trás – desta forma nasceu a Criativa. De forma a podermos constituir a associação legalmente (em 1999 custava muito dinheiro) decidimos realizar um evento para angariação de fundos. O evento realizado foi um festival de bandas de cariz não profissional ao qual demos o nome de MUSA. Sendo assim, em 1999 realizámos o 1º MUSA em Carcavelos. Até aos dias de hoje toda a produção deste festival é baseada no voluntariado. Aqui quando falo de voluntariado é no real sentido da palavra – sem remunerações – simplesmente amor à camisola. Sabemos que toda esta experiência que vai

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de bandas em início de cariz não profissional. Orgulhamo-nos ao longo dos nossos 15 anos de existência ter seleccionado e dado oportunidade a mais de 100 artistas de cariz não profissional de pisarem o festival MUSA CASCAIS com condições muito profissionais e de todos os estilos musicais. Contudo, em 2006 decidimos que o MUSA era mais do que promoção de bandas de cariz não profissional. Desta forma o MUSA consolidou a sua identidade e o seu conceito, associado à sustentabilidade, ao aquecimento global e às alterações climáticas. E assim nasceu a nossa assinatura: PREOCUPAS-TE?. O festival MUSA CASCAIS é um festival de política sustentável em que os parceiros que nos acompanham são igualmente parceiros politicamente sustentáveis e que têm uma preocupação real sobre esta questão. A sustentabilidade que defendemos não é só ambiental, mas também económica e social. A nossa política dos bilhetes do festival MUSA CASCAIS visa isso mesmo – para nós a cultura tem que estar ao acesso de todos!

Porquê MUSA? Em 1999 surgiu o nome M.U.S.A. porque queríamos acima de tudo ser um evento de músicas urbanas e sons alternativos… queríamos afastarmo-nos dos sons mais comerciais. O nome MUSA nessa altura representava mesmo isso: Música Urbana e Sons Alternativos. No entanto ao longo dos anos, esse significado foi-se perdendo e ganhando o significado dos dias de hoje: MUSA é MUSA, é uma forma de estar diferente, uma forma positiva mas preocupada com o mundo que nos rodeia, é um conceito de família, de comunidade, de música. MUSA é um lifestyle positivo e sustentável!

Sendo um festival preocupado com o meio ambiente, que medidas têm vindo a ser implementadas em prol do mesmo? O festival MUSA CASCAIS em todo o seu evento promove a sustentabilidade e a minimização do consumo de recursos. Separamos e reciclamos os resíduos produzidos no evento, compensamos as emissões de carbono através da plantação de árvores no nosso talhão MUSA CASCAIS, no parque Natural Sintra-Cascais, privilegiamos a utilização de ferramentas de comunicação menos poluentes, tal como a web 2.0 e materiais de promoção de baixo impacto ambiental. Além disso, realizamos diversos pré-eventos ligados à temática PREOCUPAS-TE? – além dos ciclos de cinema ao ar livre, e dos logótipos humanos no mar feito por surfistas, temos 2 pré-eventos que gostava de destacar: o primeiro é a plantação de árvores onde conseguimos compensar as emissões de carbono produzidas pelo evento e pelo público que vem assistir ao festival (o público é o maior causador de pegada de carbono do evento). O segundo pré-evento a destacar é sem dúvida a mítica “Remada MUSA CASCAIS” que vai já na 4ª edição. A temática desta Remada assenta no oceano e na sua preservação. Muitas pessoas não sabem mas mais de metade do oxigénio que respiramos provém dos oceanos.

Quais os principais objectivos do festival? O primeiro objectivo do MUSA foi e é a promoção

Obrigado pelo tempo e disponibilidade Gui boa sorte para os projectos futuros De nada SelaJahFary.

agora chegar este ano à sua 16ª edição nunca seria possível sem o apoio da Câmara Municipal de Cascais e da Junta de Freguesia de Carcavelos.


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S

endo amigos há 6 anos, Didi e Benny conheceram-se em Cascais, e depressa mostraram o seu gosto pelo roots. Desde cedo que desenvolveram a paixão pelo reggae que acompanham em Portugal. O gosto pelo sound system também surge na mesma altura, quando já nessa altura brincavam aos selectas! Em 2008, um amigo do Didi, foi fazer erasmus em Amesterdão, e certa noite acabou por ir parar a uma festa de sound system onde viu King Shiloh com o seu próprio sistema de som – como ditava a verdadeira tradição jamaicana de sound system, onde as pessoas construíam as suas próprias colunas, arranjavam amplificadores e levavam-nas para a rua, – o que nós viríamos a descobrir mais tarde. Bastou chegar perto da porta para ver que aquilo não tinha nada a ver com as festas que estavam habituados em Portugal. Todo o edifício tremia com a vibração da música, lá dentro não havia palco, os artistas estavam a pôr som no chão ao nível do público. Não há palavras que descrevam como deve ser o sistema de som, eram duas torres de colunas de madeira com 4 andares com um ar bastante artesanal, mas que tinham uma potência como nunca tinha ouvido antes. A música só por sim já tocava alto, mas quando o selecta ligava as colunas dos graves, era brutal! Sentia-se a

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energia da música a vir contra nós e todo esse processo a transformar-se numa explosão de alegria incrível! As pessoas estavam em êxtase como nunca antes tinha visto numa festa de reggae. Era a primeira vez que algum deles sentia ao vivo a experiência sound system. Nessa mesma noite depois da festa, Didi recebe a chamada que iria dar origem a tudo. O amigo deles descreveu-lhes o que se tinha passado concluindo a conversa com — “é isto que temos de fazer aí meu puto!”. Foi a partir desta altura que decidimos avançar com o nosso projecto. Em 2009 Didi foi à procura de viver pessoalmente esta experiência de sound system, e parte com o mesmo amigo com quem tinha estado em Amesterdão para Londres, numa excursão de dub, onde compraram os seus primeiros discos e onde em 3 dias foram a 3 festas diferentes. Viram 6 sound systems, entre eles Jah Tubbys, Aba Shanti e Channel One, para assim viver na primeira pessoa, conhecer e aprender um bocado mais sobre a cultura de sound system. De volta a Cascais começaram então a desenvolver o projecto Jah Version. Arranjaram um anexo na casa da tia do Didi, onde se encontravam diariamente para pesquisar mais música, descobrir mais sound systems, ver documentários desta cultura e


dubbing

começaram a montar o seu próprio estúdio. Nada disso teria sido possível sem a ajuda dos seus amigos. Num dia, apareceu no estúdio uma amiga com o Zinho, vocalista dos One Sun Tribe, que os convenceu a actuar no Rock n’ Shots, juntamente com Big Badda Boom no dia 25 de Junho de 2009, nascendo assim oficialmente Jah Version. Com o sucesso da primeira actuação, foram convidados a actuar uma vez por mês no mesmo local, onde ficaram algum tempo, até decidirem dar outro passo em busca de novas experiências. Em Março de 2010, JahVersion tem a sua primeira festa com um artista internacional Weeding Dub, onde também convidou Roots Dimension – o primeiro projecto português que criou de facto um sound system. No ano seguinte, Didi foi novamente a uma excursão de dub desta vez saindo de Lisboa de caravana em direção ao norte de França, para ver King Earthquake um dos mais conhecidos sound systems de United Kingdom. E também O.B.F, um dos artistas que mais revolucionou este estilo musical, de quem ficou bastante amigo e que são de longe o projecto que mais apoio lhes dá. De seguida, seguiram em direcção à Costa Azahar, em Espanha, onde se estava a realizar pela primeira vez o mais conceituado festival de reggae europeu Rototom Sunsplash, onde tiveram

10 dias a conhecer novas pessoas, e a reencontrar artistas com que já tinham colaborado. A área de dub do festival era a dub station. Organizada pela Musical Riot, que também organizam este conceito em diferentes cidades europeias. Essa relação, permitiu mais tarde que Didi representasse a dub station em Portugal e que um dia mais tarde, Jah Version viesse a ser convidado a actuar na 20ª edição do festival. Quando chegaram a Portugal, decidiram que o próximo passo era começar a criar as suas próprias músicas para poderem mostrar a sua mensagem e a sua versão deste estilo musical. Começaram a colaborar com o produtor de Lisboa Delmighty Sounds, que desde o começo lhes tem dado o máximo de apoio, acompanhando-os, guiando-os e partilhando todo o seu conhecimento. A 8 de Janeiro de 2011, convidaram O.B.F para um evento no Lx Factory, na 12ª edição da festa Nations Dub – sessão sound system mensal durante algum tempo, organizado por Roots Dimension,– foi nesta festa que, até à altura, tiveram mais reacção do público e se sentiu a verdadeira vibe numa festa sound system em Lisboa. Uma noite inesquecível para quem lá esteve! Nos dois dias a seguir à festa, tiveram o privilégio de estar no estúdio com Rico – um dos membros de O.B.F e um dos principais responsáveis pelo nascimento do dub moderno que hoje em dia se ouve por toda a Europa,– o que ele lhes ensinou em dois dias ia demorar anos a alcançar, foi de longe uma das razões que mais motivação lhes deu para continuar. Desde aí, têm tido a honra de actuar em várias festas, e partilhar o palco com grandes artistas tais como: Johnny Clark e Horace Andy no Porto, Zion Train, Mad Professor, Vibronics, Macky Banton e YT em Lisboa. Participaram nas últimas 3 edições do festival Musa e mais recentemente como backing up para Cedric Myton, um dos vocalistas principais dos The Congos, com quem gravou alguns temas – fiquem atentos! Em Setembro de 2012, depois de mais uma edição do Rototom Sunsplash, foram para o estúdio do Delmighty Sounds para tentar gravar com a cantora de Cabo Verde, Nish Wadada, que lhes foi apresentada pela Taking Over Produções. Foi impressionante ver o talento e o à vontade que ela tinha com eles no estúdio. Em menos de uma semana gravaram cerca de 10 músicas. Nish transmite nas suas letras mensagens conscientes como o amor à Terra Mãe, problemas da desigualdade e injustiça económica, sendo estas algumas das principais mensagens que Jah Version pretende passar, sendo assim inevitavél a colaboração com ela, e ainda hoje continuam a trabalhar juntos.

Zacky Man juntou-se à crew em 2013, passando também a fazer deste projecto. Desde aí, que tem vindo a colaborar e a gravar grandes malhas, uma delas que vai ser o primeiro lançamento na label Jah Version e que se intitula com FriendShip, – um tema que fala sobre o significado da verdadeira amizade! Nem sempre o caminho deste colectivo foi fácil, houveram vários imprevistos, discussões, altos e baixos, pessoas que se juntaram, pessoas que saíram. Mas o mais importante é que o núcleo deste projecto nunca se desviou do seu caminho e manteve-se sempre focado no seu objectivo. E se não tivessem passado por tudo isto não seriam o que são hoje. Graças a isso é-lhes possível dizer que todas a horas, todas as conversas, todos os concertos, todos os cêntimos e todas as atitudes (quer da parte deles, quer das pessoas que os rodeiam) levaram-lhes a ser as pessoas que são hoje e a fazerem a música que hoje fazem. Tudo acontece por uma razão, e se às vezes as coisas demoram mais tempo a alcançar não podemos desistir porque com muita vontade e dedicação, todos os nossos esforços vão dar resultados. Os resultados desses esforços, para Jah Version, são o que, hoje em dia os possibilita de continuar a fazer música, de continuar a conhecer novas pessoas com que possam trabalhar, acima de tudo poder partilhar o seu trabalho e transmitir a mensagem com todas as pessoas. Para quem quiser acompanhar Jah Version este verão vão poder encontrá-los, no Sumol Summer Fest dia 27 de Junho, no dia 4 de julho vão estar em França no Dub Camp Festival, dia 10 e 11 de julho no Exit Festival na Sérvia (considerado Best European Major Festival em 2013), dia 26 de Julho no Ibiza Reggae Festival, Boom Festival dia 6 de Agosto e numa tour pela Croácia entre dia 26 de Setembro e 5 de Outubro, entre muitos outros sítios! facebook.com/jahversionofficial


BABYLON: Babilónia, o sistema corrupto, a Igreja, o governo.

Pedro Cunha DESIGNER GRÁFICO

José Marques DESIGNER GRÁFICO

No dia 12 de Abril realizou-se a 1ª edição do Kintal Reggae Festival com a presença de 5 artistas. A magia começou pelo excelente timbre de Kelissa, que aqueceu todo o ambiente. Para dar continuidade à festa, foi a vez de Dre Island, que pôs todo o massivo em alvoroço. Após a actuação de Dre Island, um dos momentos mais aguardados, onde Chronixx espalhou da forma mais pura, mensagens de amor, aceitação, positividade e fé rastafari. Don Carlos, uma das lendas vivas do reggae, cantou clássicos como Time, com a sua dança e postura única, fazendo o massivo viajar até Kingston. Contámos ainda com a presença de Alborosie e o seu mais recente trabalho Sound The System. Como habitual, pegou na sua “arma” (dreadlocks), e disparou positividade contra toda a babilónia. Durante o festival contámos com a boa vibe dos Kooyah Sound, que nunca deixaram o massivo estagnar. Como surpresa tivemos a companhia do Chaparro, Janelo dos Kussondulola e do mc Benny Boy dos BTR Sound. A organização do evento esteve a cargo dos Senhores do Ar, onde mais uma vez mostrou da melhor maneira o reggae a Portugal. O público soube reconhecer esse trabalho, criando no Coliseu dos Recreios um ambiente de boas energias e grandes sorrisos.”

Ideias

Marcha da legalização

Likle Mystic artista jamaicano, actualmente residente no Panamá, actuou pela primeira vez em Portugal. SelaJahFary esteve à conversa com Likle no dia 18 de Abril, no evento organizado pelos Artistas Di Rubera no Kailua Beach Bar, na Costa da Caparica. Likle Mystic, deu-nos a conhecer o seu mais recente álbum Solvation, produzido por ZiggyBlacks Productions. Mystic afirmou que enquanto viveu na Jamaica, nunca conseguiu passar a sua mensagem, porque uma das mais conhecidas editoras jamaicanas Channel One Studios, nunca acreditou no potencial de Likle, virando-lhes as costas. Likle Mystic agradeceu todo o apoio e amor que os fãs portugueses deram e dão ao mesmo, prometendo regressar brevemente.

Kintal Reggae Festival

Likle Mystic

notícias

A Marcha Global da Marijuana (MGM), é uma iniciativa mundial, que se realiza desde 1999 em mais de 15 países, sempre no primeiro sábado do mês de Maio. Esta iniciativa já se realiza desde 1999 um pouco por todo o mundo, mas Portugal só aderiu pela primeira vez em 2006. Dia 3 de Maio de 2014, SelaJahFary teve presente em mais um ano de marcha. Em Lisboa, a concentração estava marcada para as 15 horas no jardim Mãe D’Água, caminhando de seguida até ao Largo de Camões. No Porto a marcha começou na Praça do Marquês, seguindo-se até à praça D. João I. Em Braga, a luta foi junto ao palco da Avenida Central. O objetivo desta marcha não é o incentivo ao consumo, mas sim que deixe de haver discriminação sobre quem consome e, que haja postos de venda legais para maiores de idade.

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