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Ano 11 - n° 71 - Abril / 2013

comida perigosa Tempos DifĂ­ceis no Food Service. Devido ao despreparo dos fornecedores impedem um maior crescimento no mercado


Acrescente este selo em suas embalagens ou cardápio para que os consumidores saibam que se trata de um produto saudável e ecologicamente correto.

Produzir óleos e gorduras vegetais saudáveis sem causar danos à natureza não é nada fácil. Mas é exatamente isso o que a Agropalma faz. Por essa razão, possui certificações ambientais e de qualidade em praticamente todos os lugares do mundo. Isso é tão importante que criamos o selo Agropalma de produto sustentável, para que seu negócio também se beneficie, informando aos consumidores que na sua empresa se preparam alimentos saudáveis e seguros para o planeta. As pessoas não se alimentam só de comida. Elas também estão famintas de um mundo melhor.

Alguns dos certificados internacionais conquistados pela Agropalma:

www.agropalma.com.br


RV MONDEL

A Agropalma cuida da natureza para preservar seus clientes.


EDITORIAL Expediente:

Food Service News Ano 10 – nº 67– 2012 www.foodservicenews.com.br Diretor Comercial Janes Fabrício Guimarães janes@foodservicenews.com.br comercial@foodservicenews.com.br Diretor de Conteúdo George Lima de Paula george@foodservicenews.com.br

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aro leitor,

Caro leitor, Continuando a nossa série de matérias que levam em conta a higienização de empresas que integram o food service, mostramos de que forma os últimos acontecimentos em relação ao assunto têm afetado o mercado de alimentação fora do lar. Os empresários estão cada vez mais atentos às boas práticas organizacionais e ao comprometimento com os consumidores. Desta forma, fatos isolados, da mesma maneira que geram mal-estar, trazem a oportunidade de uma melhora dentro das empresas e de destaque para aquelas que seguem as normas de higienização. Trazemos, também, uma discussão acerca da lei antifumo e de que forma os integrantes do mercado de alimentação fora do lar a veem. Muitos têm observado nesta restrição uma maneira de chamar a atenção para espaços externos ou mesmo para o conforto que tal medida pode gerar aos não fumantes. Na mesma linha e sobre outra medida, temos uma matéria especial sobre as mudanças que dizem respeito à publicidade direcionada para as crianças. Mostramos, mais uma vez, que as restrições podem gerar benefícios para quem está preparado, e você pode acompanhar na matéria de que forma isso é possível. Em “Eventos”, temos um balanço dos números do Carnaval e depoimentos sobre a movimentação que esta festividade traz para o food service, divulgando marcas, alcançando muitos consumidores e fidelizando-os. Já na editoria “Gestão”, mostramos casos de empresas familiares bem-sucedidas e as dicas de empresários para que este tipo de empreendimento seja um sucesso. Boa leitura. Equipe Food Service News

Redação Juliana Lidiane Carvalho Rafaela Monteiro Mansur** Maria Isabela Fernandes Pinto** Evelin Gabriele Gatz** redacao@foodservicenews.com.br Colaboradores Flora Libânio Lilian Miranda Agentes de Negócio Suely Moreira da Rocha suely.rocha@foodservicenews.com.br Luan Alves Bezerra luan.bezerra@foodservicenews.com.br Administrativo Maynara Camila de Lima administrativo@foodservicenews.com.br Atendimento Lethicia Pires Domingues atendimento@foodservicenews.com.br Arte e diagramação Selma Andrade Nathália Marques Rocha Mateus Luiz Sá Silva criacao@foodservicenews.com.br Financeiro Jainne Pereira Lisboa Cabral financeiro@foodservicenews.com.br Impressão Editora Rona Distribuição: nacional Periodicidade: mensal Redação e correspondência Praça Amadeu Amaral, 27 7° Andar - Bela Vista - São Paulo CEP:01.327.010 Fone: (11) 3142 -8941 | (11) 3171-0609 Rua Gonçalves Dias, 607 Funcionários CEP: 30.140-091 – BH/MG Fone/Fax: (31) 3261-8548 O conteúdo dos artigos e propagandas aqui veiculados é de inteira e exclusiva responsabilidade dos respectivos autores e anunciantes envolvidos, conforme os artigos 45 e 49 do capítulo IV do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. A Editora Midiato, de acordo com direitos facultados pela legislação específica, promove a terceirização dos trabalhos jornalísticos. Os jornalistas que colaboraram nesta edição não mantêm relação empregatícia com a Editora Midiato e exercem suas atividades sob prestação de serviços à empresa. Todas as fotos não especificadas têm seus direitos especificados pelos sites www.sxc.hu e www.masterfile.com. *Estagiários. **Estagiários supervisionados.

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ÍNDICE

42 CAPA

Lucro assegurado A questão da segurança alimentar envolve todo o processo do food service, desde a produção até o oferecimento dos pratos nos estabelecimentos, e é essencial na hora de atrair clientes e lucrar

08 fs mulher

De olho na alimentação e nos hábitos delas Nutricionista revela os hábitos alimentares das mulheres que trabalham fora e empresas promovem ações ligadas à saúde e ao bem-estar do público

14 perfil

No food service desde sempre Com foco em valores como honestidade e seriedade, Marcelo Haddad faz do bom relacionamento com os clientes a base do crescimento das empresas Magna Balanças e Edanca

18 serviço

Em qualquer ocasião Os coquetéis combinam com vários tipos de evento e, com sua variedade de sabores, atraem e conquistam clientes dos mais diferentes perfis e gostos

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34 memória marcos bassi xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxx

66 economia

Confeitaria saborosa Empresas investem em cremes tipo chantilly para o mercado de sobremesas

74 eventos

Samba e Food Service O carnaval deste ano trouxe novidades nos camarotes dos sambódromos do Rio de Janeiro e São Paulo



FS MULHER |

por Flora Libânio

De olho na alimentação e nos hábitos delas Nutricionista revela os hábitos alimentares das mulheres que trabalham fora e empresas promovem ações ligadas à saúde e ao bem-estar do público

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REVISTA FOOD SERVICE NEWS: Como você percebe a alimentação das mulheres que trabalham fora de casa? Estas mulheres ainda se preocupam com uma boa alimentação, saúde e forma física? MÁRCIA APARECIDA DE SOUZA: Na maioria das vezes, elas ficam horas sem se alimentar ou comem alimentos contraindicados. Elas começam a se preocupar quando há alguma manifestação externa, tipo ganho de peso, celulite ou até mesmo alguma patologia.

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Divulgação

árcia Aparecida de Souza trabalha há 18 anos como nutricionista, tendo passado por quase todos os segmentos da área. Ela fala com propriedade sobre os hábitos alimentares das mulheres que trabalham fora, de como os filhos destas são afetados e o que as empresas que trabalham com alimentação fora do lar e restaurantes podem fazer por elas. Atualmente, Márcia é concursada na Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe. Lá, também trabalha em hospital público como nutricionista em terapia nutricional enteral e atende em consultório particular. Já trabalhou como nutricionista de produção na COFAP, com marketing em nutrição e atendeu no ambulatório de nutrição do Hospital Universitário da Universidade Federal do Sergipe. Lecionou no curso técnico de nutrição e dietética e foi professora substituta no departamento de enfermagem da UFS.


RFSN: Considerando este grupo de mulheres que trabalham fora, elas tendem a ganhar mais peso? MAS: Com certeza, pelo simples fato de não terem horários regulares para se alimentarem, o metabolismo basal tende a diminuir e, com isso, ocorre o ganho de peso. RFSN: Como fica a saúde, nestes casos? MAS: Com o ganho de peso, há uma maior propensão a doenças crônicas degenerativas, como hipertensão, diabetes, infartos e até câncer. RFSN: Nos restaurantes self-service, os buffets de doces são os grandes vilões de uma dieta balanceada? MAS: Nem sempre. Isso depende muito da reeducação alimentar da pessoa. A mulher pode muito bem comer seu doce predileto sem comprometer a dieta. Basta saber combinar os alimentos e, claro, comer com moderação. RFSN: É verdade ou mito que as mulheres gostam mais de doces do que os homens? MAS: Verdade. Contra ela, a mulher tem as oscilações hormonais. Por exemplo, na TPM e no período menstrual, a maioria das mulheres sente vontade de comer doces. E isto também está associado ao estado de humor: mulheres depressivas ou ansiosas tendem a ingerir mais doces. RFSN: O que fazer para driblar estas tentações? MAS: Tentar substituir os doces por frutas desidratadas ou por pequenas quantidades de chocolate amargo. RFSN: A falta de tempo pode justificar o sedentarismo? MAS: Acredito que não. Quando a pessoa quer, sempre encontra uma brechinha para incluir o exercício físico em sua rotina. Meia hora por dia de um exercício aeróbico já traz muitos benefícios à saúde.

Mercedes-Benz investe no projeto social Escola de Esportes e Cidadania e em corridas para o público interno e externo

RFSN: Por outro lado, há aquelas mulheres que, de tão atarefadas, comem mal e pouco, perdendo peso e saúde? MAS: Sim. Algumas poucas mulheres passam por isso. São aquelas que já possuem tendência a perder peso. Junto com isso vem a gastrite, esofagite e ate mesmo úlcera. RFSN: Dietas malucas e irresponsáveis ainda são praticadas pelas mulheres? MAS: Sim, infelizmente. Há pessoas que fazem qualquer coisa para perder peso.

RFSN: Com a falta de tempo das mulheres que trabalham fora, a alimentação e a saúde de seus filhos também ficam prejudicadas? MAS: Sim. Hoje em dia, é muito comum as mulheres trabalharem fora o dia todo e deixarem os cuidados com os filhos a cargo de terceiros, o que compromete a educação alimentar das crianças. Primeiro, porque esta terceira pessoa, na maioria das vezes, é de uma cultura diferente. Segundo, porque não tem a paciência necessária para educar e terceiro não tem conhecimento do que é necessário para se ter boa saúde. RFSN: Sendo assim, o que você sugere? MAS: Sugiro que as mães façam o possível para almoçar com os filhos e aproveitar bem o tempo para educá-los. RFSN: O que você recomenda às mulheres com pouco tempo para se alimentarem bem e cuidarem da saúde? MAS: Hoje em dia, há muitas opções para lanches rápidos e saudáveis, como oleaginosas, frutas, sucos e iogurtes lights, produtos que são fáceis de se carregar. No momento da refeição, sugiro procurar um self-service que disponha de uma boa variedade de saladas e alimentos integrais, assim como investir em uma alimentação livre de frituras, empanados, massas em excesso, sobremesas e refrigerantes. RFSN: Quais são as suas sugestões para os restaurantes e demais empresas do food service atenderem melhor as mulheres com este perfil? MAS: Sugiro colocarem à disposição uma variedade de saladas, frutas, cereais integrais e grelhados para que as pessoas possam fazer escolhas saudáveis. Também sugiro um trabalho de educação nutricional, tanto para os clientes quanto para os colaboradores, pois o conhecimento faz toda a diferença. No mercado, há nutricionistas que realizam este trabalho educativo, basta procurá-los e contratá-los. Garanto que o custo-benefício será muito satisfatório.

Empresas investem na saúde de funcionários, clientes e comunidade De olho na saúde e na qualidade de vida do seu público interno e externo, muitas empresas promovem ações voltadas para a prática de atividades físicas e orientação nutricional. É o caso da Mercedes-Benz. A empresa mantém o Projeto Escola de Esportes e Cidadania, que oferece aulas gratuitas de esportes para sócios e funcionários da empresa e para

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FS MULHER crianças, adolescentes, adultos e idosos de São Bernardo do Campo e Diadema. Na Escola, há aulas de futebol, handball, vôlei, atletismo, ginástica, ginástica artística, natação, capoeira, jiu-jitsu, judô, karatê e kung-fu. A ação tem também um viés social. O projeto visa atender um local onde o entorno abriga mais de 15 mil famílias em situação de risco, oriundas de favelas e ocupações irregulares. Sendo assim, a Escola oferece estímulo e fomento à cultura e ao esporte; estímulo ao desenvolvimento de habilidades motoras por meio de atividades esportivas; desenvolvimento de novos relacionamentos associativos por meio do esporte e oferecimento de atividades esportivas aos moradores da comunidade.

“Sugiro um trabalho de educação nutricional, tanto para os clientes quanto para os colaboradores, pois o conhecimento faz toda a diferença”, Márcia Aparecida de Souza, nutricionista. No dia 10 de março, a Mercedes-Benz promoveu corrida e caminhada na fábrica de São José dos Campos. Cerca de 3.000 mil pessoas, dentre colaboradores, familiares, atletas e membros da comunidade compareceram e percorreram de 5 a 10km pelas ruas internas da unidade. Não houve cobrança de taxa de inscrição e cada participante ganhou um kit com camiseta. Como forma de incentivo, os primeiros colocados receberam brindes nas categorias masculino e feminino. A ação faz parte da estratégia de Responsabilidade Social da empresa, que se dedica à valorização dos esportes, da cultura, da educação e do meio ambiente. “Além de proporcionar benefícios à saúde e motivar um estilo de vida com hábitos saudáveis, nossa ideia é promover também uma ampla integração entre os participantes, nossa Empresa e marca”, explica Mario Laffitte, diretor de comunicação corporativa da Mercedes-Benz do Brasil. As ações de responsabilidade social da empresa são realizadas em parceria com a Rede Acesso, instituição do terceiro setor que organiza projetos esportivos e culturais de cunho social e educacional. A LC Restaurantes, especializada em serviços de alimentação para coletividades em empresas,

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hospitais, faculdades, bases remotas e hotelaria marítima, realiza o Programa Nutrição Integral, que consiste em desenvolver, para os seus clientes, ações voltadas à educação nutricional. A finalidade é ensinar hábitos alimentares mais equilibrados, o que proporciona melhoria na saúde e na performance profissional de quem usufrui os serviços de alimentação da LC. “Uma das ações da campanha é a semana da saúde, que acontece mensalmente. Durante a campanha, são colocados, nas mesas dos restaurantes, displays com o tema em questão. Em alguns meses, há também outras interações, como adivinhações e sorteios de brindes, que podem ser cestas de alimentos orgânicos ou livros sobre alimentação funcional”, explica Vanessa Albacete, nutricionista clínica da empresa e responsável pelo projeto. Mensalmente, a campanha promove outra ação: o painel informativo de cada restaurante, onde a empresa publica orientações sobre alimentação e saúde, dicas e receitas. Periodicamente, a nutricionista clínica e uma enfermeira visitam cada restaurante durante o horário das refeições, alertando sobre a prevenção e o tratamento de doenças por meio de cuidados com a alimentação. “O projeto é muito gratificante, pois muitos não percebem que somos aquilo que comemos repetidamente. Com o Programa Nutrição Integral, os clientes descobrem que as escolhas alimentares fazem toda a diferença na saúde e na qualidade de vida”, completa Vanessa. Até 2020, a Unilever tem como meta auxiliar mais de um bilhão de pessoas a tomar atitudes para melhorar sua saúde e o seu bem-estar. Sendo assim, uma das ações com este fim é o programa Feel Good, que tem por objetivo promover um ambiente de trabalho com funcionários saudáveis, motivados e integrados à cultura de performance da empresa. O programa é baseado em seis pilares centrais, que desenvolve ações que vão do incentivo à atividade física a atividades de lazer, cultura, entretenimento e palestras sobre qualidade de vida. A participação dos funcionários é voluntária. O pilar Feel Fresh incentiva a prática de exercícios físicos e dos cuidados com o corpo por meio de atividades como corrida, caminhada, ioga, pilates e aulas de dança, além de oferecer acompanhamento nutricional. A maior parte das atividades acontece nas instalações da Unilever de São Paulo, além de algumas ações externas. Mercedes-Benz www.mercedes-benz.com.br LC Restaurantes www.lcrestaurantes.com.br Unilever www.unilever.com.br



MERCADO EM NÚMEROS

Franquias

Cenário Food Service O setor de massas alimentícias Faturou R$ 6,22 bilhões em 2012, o que representa uma alta de 2% em relação ao ano de 2011

Em 2012, o setor de franquias cresceu 16,2% e o faturamento foi de R$ 103 bilhões, de acordo com os dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Um dos motivos principais foi a abertura de novas franquias.

empresas com franquias 2011

Queda no volume de 0,4%, totalizando 1,190 milhões de toneladas

KG

Itália - 3 milhões de toneladas EUA - 2 milhões de toneladas Brasil - 1,3 milhão de tonelada

19,4% de crescimento

2012

pontos de vendas

Total 2426

13,5% de crescimento

2011

2012

Total 104.543

A expectativa de aumento da ABF para 2013 16%

Novas Redes

11%

9%

Novas Unidades.

Faturamento

Em 2012, o consumo per capita brasileiro foi de 6,1kg, deixando-o na 17 neste quesito

Ranking de cresimento no mercado de franquias 1º 2º 3º 4º

hotelaria e turismo limpeza e conservação informática alimentação

+ 97,8% + 44,5% + 32,5% + 18,3%

Campanhas O primeiro filme é focado no Whopper Furioso, com o slogan “WHOPPER® FURIOSO: o que você imaginou, ainda melhor”

O Burger King tem uma nova campanha para comunicar o retorno do Whopper Furioso ao seu cardápio. São dois filmes diferentes, que estão sendo divulgados na TV aberta. Além disso, também terá spot de rádio, material em mídia externa, ponto de venda e mídias sociais. A campanha pretende o reforço dos diferenciais da marca

O segundo filme é focado no benefício exclusivo Free Refill, que garante refrigerante grátis por 30 minutos



PERFIL |

por Redação

No food service desde sempre Com foco em valores como honestidade e seriedade, Marcelo Haddad faz do bom relacionamento com os clientes a base do crescimento das empresas Magna Balanças e Edanca

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arcelo Haddad, empresário do setor de alimentação fora do lar, começou a trabalhar com 13 anos de idade, ajudando e acompanhando o pai em seus negócios. Foi ele quem deu início à história da Edanca, que completou 45 anos e, atualmente, busca a liderança do mercado de equipamentos e soluções planejadas, oferecendo estufas, chapas, sanduicheiras e char broilers para restaurantes, bares, lanchonetes, entre outros estabelecimentos. “Meu pai foi o grande idealizador de tudo. Ele começou o negócio há 50 anos, quando comprava e vendia equipamentos na rua. Foi aí que levantou fundos e adquiriu conhecimento de mercado para comprar a Edanca, empresa que na época tinha três sócios e um funcionário”, conta Haddad, atual diretor da companhia e sócio-diretor da Magna Balanças. A história desta, que é especializada na fabricação de balanças destinadas ao food service, é diferente, já que Haddad participou

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diretamente da criação da empresa, em 2006. “Todo o plano de negócio começou dois anos antes até conseguirmos liberação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para comercializarmos as balanças dentro das normas brasileiras e nos tornarmos distribuidoras exclusivas da Torrey do México, empresa dedicada à fabricação de balanças eletrônicas para diversos ramos da indústria e comércio, presente em 51 países”, conta ele. As principais dificuldades enfrentadas no início de sua carreira foram, conforme conta Haddad, relacionadas à falta de apoio do Brasil a microempresários, como taxas altas de impostos, falta de incentivo, entraves burocráticos fiscais, entre outras. “Hoje, o Brasil está acordando um pouco, principalmente com a renovação de seu parque fabril. No entanto, ainda falta muito com relação a impostos e taxas. Ainda estamos longe do ideal, como vemos em diversos países mais desenvolvidos”, ressalta.


Honestidade, seriedade, vontade de vencer e relacionamento com pessoas certas sĂŁo os valores essenciais para crescer, segundo Marcelo Haddad

Divulgação

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PERFIL No dia a dia de duas empresas A rotina de Haddad na Edanca e na Magna Balanças inclui, de acordo com ele, administrar diversas partes do empreendimento. “Chegamos em um modelo operacional e de negócio que funciona. Com isso, consigo ficar à frente de novos negócios, melhorias na produção, qualidade estrutural das empresas, ações comerciais, pós-venda e tecnologia do processo produtivo”, conta. O principal desafio enfrentado pelas empresas é a concorrência, porque, segundo Haddad, o mercado de equipamentos trabalha com margens muito apertadas. “Ao mesmo tempo, acredito que essa concorrência em nosso negócio é saudável. O mercado nos estimula o tempo todo a ter produtos de qualidade, bons serviços e preços competitivos. Não há espaço para amadores ou empresas aventureiras”, afirma.

100% food service As empresas geridas por Haddad, Magna Balanças e Edanca, são totalmente dedicadas ao food service e nasceram a partir das necessidades desse mercado quando ele ainda não Divulgação

“O mercado nos estimula o tempo todo a ter produtos de qualidade, bons serviços e preços competitivos. Não há espaço para amadores ou empresas aventureiras”, diz Marcelo Haddad

era conhecido. “Nem sabíamos o significado da palavra ‘food service’; chamávamos o negócio de equipamentos para bares, restaurantes, lanchonetes etc. Por meio do relacionamento com o operador no dia a dia, começamos a perceber o potencial desse mercado”, conta o empresário. Haddard conta que acredita e sempre acreditou no segmento de alimentação fora do lar e, cada vez mais, vê que suas empresas estão estruturadas para crescer e se profissionalizar no Brasil.”Vivemos um período de grande expectativa com relação ao mercado nacional devido aos grandes eventos que irão acontecer, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas”, diz. De acordo com ele, esse momento é de colher os frutos de anos de trabalho e avançar junto com o food service, “na devida proporção que merecemos alcançar”, completa. Para se fortalecer nesse mercado, em constante crescimento e de contínuas mudanças, Haddad busca sempre melhorias para as empresas pelas quais é responsável. Segundo ele, na Magna Balanças, todas as balanças comercializadas são homologadas pelo Inmetro e possuem também as principais certificações de órgãos responsáveis, como NYCE – Normalización y Certificación Electrónica, A.C., NTEP – Conferência Nacional de Pesos e Medidas, OIML – Organização Internacional de Metrologia Legal, além do CE – Conformité Européenne, que permite a comercialização dos produtos em toda a comunidade europeia. “Assim, a Magna se resguarda de oferecer os melhores produtos, com qualidade e garantias asseguradas. Entre os seus vários diferenciais competitivos, a Magna ainda tem o orgulho de ser a única empresa de balanças no mercado nacional totalmente construída de aço inox”, ressalta. Na Edanca, a busca pela qualidade também é comprovada, e a empresa acaba de ser certificada pelo IFBQ (Instituto Falcão Bauer da Qualidade), instituição acreditada também pelo Inmetro. “Com isso, tivemos que fazer uma série de mudanças para adequar normas. Readequação do processo produtivo, devido às novas tecnologias”, conta Haddad. Ele acrescenta que a certificação ISO 9001 é também objetivo da Edanca, que tem trabalhado para conquistá-la. No segmento de food service, as empresas de Haddad trabalham com os mais variados públicos em todo o Brasil. Os principais incluem lojas de conveniência, padarias, lanchonetes, restaurantes, bares, frigoríficos, docerias, entre outros.

Pontos que fazem a diferença Entre os diferenciais da Magna Balanças e da Edanca que fazem das empresas importantes no segmento, Haddad destaca a qualidade dos produtos e adequação ao mercado; as par-

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cerias sérias, duradouras e de alto nível mantidas; a busca constante por acompanhamento das necessidades, tendências e novidades do mercado; e atendimento, pós-venda e prestação de serviço. “Não somente vendemos equipamentos, somos prestadores de serviço”, afirma. Para fazer com que as empresas conquistem e fidelizem clientes, Haddad acredita muito na maneira de tratamento com as pessoas e aposta nos relacionamentos duradouros. “Não estamos em busca de vender para um cliente hoje e nunca mais voltar a vê-lo, e podemos dizer o mesmo sobre as parcerias, os fornecedores e colaboradores. Fazemos ‘por onde’ e somos vistos no mercado como uma empresa séria, tradicional e de bons valores”, diz. Haddad julga valores como honestidade, seriedade, vontade de vencer e relacionamento com pessoas certas necessários para conquistar sucesso como empresário no mercado atual. “Por exemplo, não gostaria de ficar amigo do meu cliente, porque o levei para conhecer a noite de São Paulo, e sim pelos valores da empresa, produtos e serviços que ofereço”, justifica. Em relação ao futuro das empresas, a expectativa de Haddad é positiva. No ano passa-

do, a Magna Balanças fez uma nova parceria com a Anvil World, companhia africana com mais de 40 anos de atuação e grande diversidade de produtos, presente em vários países da Europa, da qual é distribuidora exclusiva no Brasil. “A entrada da Anvil World nos nossos negócios possibilitou à Magna Balanças diversificar a atuação no mercado e, com isso, buscamos estar entre as mais completas distribuidoras para o food service”, afirma. De acordo com ele, a empresa obteve crescimento de 38% em 2002, “resultado bem acima da média do mercado”, completa. Já a Edanca mantém crescimento anual de 10%, número alcançado também no último ano, devido, principalmente, aos constantes investimentos feitos em adequação de produto para acompanhar a demanda do mercado. Desde 2011, a empresa tem passado por um grande processo de modernização tecnológica e, segundo Haddad, os investimentos irão continuar. “A empresa reforça seu compromisso com o setor de melhorar a qualidade de seus equipamentos sem onerar os preços”, conclui. Magna Balanças www.magnabalancas.com.br Edanca www.edanca.com.br


serviços |

por Redação

Em qualquer ocasião Os coquetéis combinam com vários tipos de evento e, com sua variedade de sabores, atraem e conquistam clientes dos mais diferentes perfis e gostos

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em eles, as festas não seriam as mesmas. Presentes nos mais variados tipos de eventos, os drinques são mais do que simples bebidas. Transformados em algo colorido e atrativo pelos profissionais da área de coquetelaria, os coquetéis e a forma como são preparados são considerados até mesmo uma arte. Com frutas, cremes ou doces, alcoólicos ou não, há drinques para todos os gostos e paladares, para todo tipo de situação. Investir em um negócio como esse exige profissionais carismáticos e capacitados que conquistem os convidados e agradem os clientes. É garantia de lucro.

Drink exclusivo A Sakura Nakaya Alimentos Ltda é uma empresa nacional fundada em 1940 que conta com um portfólio de mais de 70 produtos,

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como molhos, temperos, condimentos e snacks. No segmento de coquetéis, a companhia oferece o Licor de Umê Taiki, bebida típica japonesa conhecida pelo paladar exótico. Conforme explica Henry Nakaya, diretor da Sakura, o umê — ameixa japonesa utilizada na composição do licor — é colhido no Brasil e fermentado in natura, com destilado alcoólico e açúcar. “Depois de acrescido, pode ser consumido puro, com gelo, acrescido de água com gás ou sem gás, e no preparo de drinques e sobremesas”, completa. De acordo com Nakaya, o principal público do Licor de Umê são os restaurantes japoneses que possuem clientela tradicional. A bebida geralmente é servida após as refeições. “O Licor de Umê tem ganhado espaço como opção para base de drinques e coquetéis especiais, apreciado principalmente pelo público feminino, com formulação sofisticada, refrescante e levemente adocicada”, diz. A fim de atingir esse público, a Sakura investe na divulgação do seu produto. “Acompanhando a tendência do aumento do número de apreciadores de bebidas e drinques diferenciados, que procuram por inovação e qualidade, a empresa promove, há alguns anos, ações de degustação em pontos de venda e eventos temáticos”, afirma Nakaya. Além disso, a empresa trabalha no desenvolvimento de receitas e drinques especiais, em parceria com bares frequentados por consumidores das classes A e B. Nesses locais, são fornecidos materiais promocionais, como mexedores, taças, jogo americano e porta-guardanapo. O principal diferencial da Sakura no segmento de bebidas é, segundo Nakaya, o fato de a empresa ser uma das únicas a fabricar Licor de Umê em escala industrial no Brasil, com padrão de qualidade e processo de fermentação controlado. “Normalmente, o que se encontra no Brasil é o licor de umê sem um padrão determinado, produzido artesanalmente segundo receitas familiares e tradicionais”, diz. “Acredita-se que o licor de umê alia o poder digestivo à qualidade da fruta, conhecida no Japão por trazer benefícios à saúde”, acrescenta o diretor. A procura pelo Licor de Umê da Sakura tem crescido, de acordo com Nakaya, prin-

cipalmente como resultado dos esforços de divulgação, parcerias com restaurantes típicos e desenvolvimento de receitas de drinques e sobremesas.

Respeito do cliente A Pieno di Bere Coquetéis, empresa de Campinas que atua no mercado de coquetéis em todos os tipos de evento, trabalha com caipirinhas, caipiroskas e saquequerinhas, além de drinques nacionais e internacionais.

Além de oferecer drinques de qualidade, contar com profissionais capacitados e carismáticos é essencial no setor de coquetelaria Conforme explica Leandro Cocenza, proprietário do local, o modo de preparo dos drinques depende das características de cada um. Há os batidos que, devido à diferença da densidade dos ingredientes que os compõem, precisam ser batidos na coqueteleira ou no liquidificador, para que possam ser misturados de maneira uniforme; os mexidos, que são feitos com bebidas de densidades semelhantes, utilizando o copo misturador e a colher bailarina, e devem ser servidos gelados em taça de coquetel, sem pedras de gelo; e os montados, feitos nos próprios copos nos quais são servidos. “Alguns desses coquetéis exigem habilidade do profissional, pois seus ingredientes não devem se misturar; devem ser montados uns sobre os outros, sendo que as bebidas mais densas devem ser colocadas primeiro”, diz. Entre os eventos nos quais a Pieno di Bere trabalha, os principais são formaturas, festas de 15 anos, casamentos, eventos corporativos, aniversários, festas infantis e confraternizações. Segundo Cocenza, antes de atuar, todos os bartenders da empresa passam por cursos e treinamentos com certificação. “São

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serviços |

por Redação

Divulgação

De acordo com Henry Nakaya, diretor da Sakura, o Licor de Umê pode ser consumido de diversas formas, além de ser utilizado no preparo de drinques

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bartenders altamente qualificados para atender o cliente e seus convidados com respeito, interatividade e qualidade”, afirma. Em relação ao público da Pieno di Bere, Cocenza conta que a empresa trabalhou para que ele se tornasse bem amplo ao longo do tempo. “Podemos atender desde um público infantil, fazendo coquetéis com sorvetes, até pessoas com faixa etária um pouco mais alta, nos casamentos, formaturas e eventos corporativos que fazemos”, diz. Segundo ele, o serviço dos coquetéis da empresa é demandado, principalmente, pelas classes A e B. “Porém, por ser um serviço que na grande maioria da vezes é contratado com antecedência, nós da Pieno di Bere oferecemos condições de pagamento que viabilizem a contratação pela classe C também, aumentando ainda mais o nosso público-alvo”, afirma. Cocenza diz que dentre as opções de drinques oferecidas pela Pieno di Bere, os carros-chefes da empresa são as caipirinhas, caipiroskas e saquequerinhas. “Porém, os drinques internacionais também têm uma

grande demanda com os tradicionais mojito, sex on the beach e malibu drink”, completa. O diferencial dos coquetéis da empresa são a qualidade, a experiência, a beleza e a simpatia que possuem, “itens que achamos imprescindíveis e que denotam o respeito que temos por nosso cliente”, conta. Em 2012, a Pieno di Bere apresentou crescimento de 40% em relação ao ano anterior. Este ano, a expectativa da empresa é crescer pelo menos 30%. “Tendo em vista que estamos em um mercado em que acreditamos que trabalho bem feito é compartilhado e indicado, podemos ter um crescimento ainda maior”, finaliza Cocenza.

Padrão de qualidade A Top Drinks Brasil, empresa especializada em bares itinerantes localizada em Belo Horizonte, oferece serviços personalizados de coquetelaria e entretenimento de bar. Entre os drinques fornecidos pela companhia, estão desde os mais clássicos como mojito e cuba libre, os cremosos à base de frutas e


sorvete de creme e as bebidas com um toque de hortelã ou limão, até aqueles mais exóticos, com pimenta ou manjericão, além de opções com ou sem álcool. Casamentos, festas de 15 anos, formaturas, aniversários, lançamentos de marcas e produtos, eventos empresariais e churrascos são algumas das situações mais comuns em que a Top Drinks Brasil é chamada para oferecer seus serviços. Segundo Felipe Oliveira, um dos sócios da empresa, os drinques são preparados na hora, de acordo com a preferência do cliente, e podem seguir, eventualmente, alguma sugestão de harmonização feita pelo bartender. O público da Top Drinks Brasil é, conforme conta Oliveira, muito variado. “Desde crianças até idosos atraídos pelos coloridos coquetéis não alcoólicos, mas as pessoas de ambos os sexos, entre 18 e 35 anos, são a grande maioria”. De acordo com o sócio, os drinques preferidos dos clientes, com grande saída, são os de morango cremoso e de abacaxi. “Mas as sugestões de harmonizações com outros ingredientes feitas pelo bartender servem também para oferecer um drinque exclusivo para o cliente, convidan-

do-o para uma degustação que combine algo diferente com a sua preferência”, afirma. De acordo com Oliveira, a maioria dos bartenders da companhia são universitários ou recém-formados, e já possuem experiência na área de coquetelaria. “Mesmo assim, é feito um treinamento para que haja padrão em nossas receitas, atendimento e manuseio do equipamento”, acrescenta. Ele conta que o maior diferencial da Top Drinks Brasil é o fato de a empresa explorar ao máximo as opções oferecidas aos clientes. “Segerimos harmonizações dentro de nossos ingredientes, buscando sempre oferecer um drinque diferenciado e bem preparado, que consiga conquistar o convidado desde a cor e aroma intensos até o momento da degustação em si, que fuja do lugar comum da coquetelaria”, afirma. No ano passado, houve, segundo Oliveira, um aumento natural no fluxo de eventos, de cerca de 15%. “A expectativa para este ano é subir esse percentual para a casa dos 25 ou mais, dentro dos nossos projetos na área”, conclui. Sakura Nakaya Alimentos www.sakura.com.br Pieno di Bere Coquetéis www.pienodibere.com.br Top Drinks Brasil www.topdrinksbrasil.com


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por Lílian Miranda

Adoçando o paladar Receita tradicional do doce de leite ganha mercado com sabores marcantes

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resente em muitas receitas, principalmente como recheios, o doce de leite conquista paladares no Brasil. A facilidade no processo de produção do doce promove uma expansão de pequenos produtores, principalmente no estado de Minas Gerais, mas muitas indústrias estão investindo nesse mercado e levando o sabor para o Brasil e para o mundo. Obtido por meio da concentração da solução de leite e açúcar e parcial caramelização, o doce de leite é produzido em escala industrial pelas empresas beneficiadoras de laticínios. Na indústria, são utilizados equipamentos próprios para elaboração do produto, com controle de temperatura e pressão, por meio de processos monitorados que mantêm a mesma qualidade e sabor que os clientes fidelizados esperam de cada marca. Esse padrão de qualidade difere da produção caseira, em que o doce geralmente é feito em panelas e em fogões convencionais com fogo constante, o que torna o resultado variável. O mercado de doce de leite se renova a cada dia, principalmente no que diz respeito ao sabor. Ao tradicional sabor do doce de leite vem sendo adicionado outros como chocolate, coco e outras frutas, como a ameixa.

Investindo em sabores A Tirol, empresa localizada em Treze Tílias (SC), é líder nacional na comercialização de leites UHT, especializada na produção de produtos lácteos, atingindo mais de 1.000mil litros/dia. Em 2001, incluiu o doce de leite tradicional ao seu portfólio, que

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contempla leites (UHT, pasteurizado, flavorizado e em pó), bebidas lácteas, iogurtes, creme de leite e leite condensado, queijos e alguns tipos de sobremesas. Nos anos seguintes, a marca de leite mais lembrada nos estados do Paraná e de Santa Catarina lançou variações do produto com os sabores ameixa, coco e chocolate. Elaborado com o mais alto padrão de qualidade em equipamentos próprios, o doce de leite Tirol é o resultado de um longo processo de fabricação que inclui seleção da matéria-prima, mistura dos ingredientes, concentração, caramelização, resfriamento, envase, análise físico-química e microbiológica, distribuição e comercialização. “Nós garantimos a utilização da matéria-prima de qualidade e equipamentos modernos. Prezamos pela satisfação dos nossos consumidores. Utilizamos o puro leite integral pasteurizado com adição de açúcar. As quantidades de amido utilizado são baixas, necessárias apenas para dar a textura ideal. Não adicionamos soro de leite ao nosso doce”, apresenta, como diferenciais da marca, a gerente de Marketing Schirlei Osmarini. Tendo como público alvo as classes B e C, a empresa realiza, também, a venda institucional do doce de leite para empresas, panificadoras e restaurantes. Em 2012, a linha de doces de leite da Tirol passou a apresentar uma nova identidade visual, com a adoção de embalagens plásticas mais modernas e coloridas para diferenciar as variedades de doces de leite, que representam um papel importante no extenso mix de produtos da marca. A linha incrementou ainda mais as op-


ções de consumo oferecendo diferentes tamanhos de embalagem. O doce no sabor chocolate é encontrado em bisnaga de 1,8kg e em embalagens de 250g, como na versão sabor coco. A versão sabor ameixa é comercializada apenas em embalagens de 400g. O doce de leite tradicional é encontrado em embalagens de 400g, 900g e 4,5kg, sendo as duas últimas para uso institucional. Nos últimos anos, a empresa vem crescendo em torno de 10% nas vendas dessa categoria. “O doce de leite é um produto sazonal e há um incremento de vendas no inverno. Neste período, ele chega a crescer 20% em comparação com as vendas de verão”, finaliza a gerente de Marketing.

Industrial com jeito caseiro Tendo como aliada a tradição mineira de produzir doce de leite, a Laticínios Funarbe (Fundação Arthur Bernardes) com o apoio da Universidade Federal de Viçosa (UFV) inseriu no mercado, na década de 1980, os Produtos Viçosa, tendo como carro-chefe o doce de leite. “Como o Doce de Leite Viçosa é produzido com leite e açúcar de qualidade, sem adição de nenhum espessante, ele mantém as características de um doce caseiro. A diferença está mesmo no fato de a produção ser de larga escala, sendo que a cada produção temos uma tonelada de doce”, informa Milton Miler, supervisor Financeiro e Comercial dos Laticínios FUNARBE – Produtos Viçosa. O doce de leite Viçosa, encontrado em embalagens de 10 kg, 800 g e 400 g, é produzido com leite padronizado, açúcar, bicarbonato de sódio e sorbato de potássio. Ao doce de chocolate são adicionados aroma de cacau e cacau em pó. À versão com coco, adiciona-se coco em flocos. Regionalmente, o público-alvo do doce de leite Viçosa é bem abrangente, por se tratar de um produto extremamente tradicional. Já nacionalmente, por ser considerado um produto de maior valor agregado e que possui a qualidade como diferencial, é mais direcionado às donas de casa, gastrônomos e demais apreciadores da culinária mineira, das classes A e B. Qualquer doce de leite é o resultado da mistura-base entre o leite e açúcar aquecidos ao fogo. Entretanto, o processo de industrialização requer a adição de outros componentes para garantir a qualidade do produto. “No caso do doce de leite Viçosa, o doce é produzido com recursos tecnológicos de ponta, matéria-prima selecionada e adição do mínimo de con-

servantes, somente o exigido pelo Ministério da Agricultura, para assegurar elevado padrão de qualidade e manter o maior índice possível de pureza da mistura-base”, relata Miler.

A facilidade no processo de produção do doce promove uma expansão de pequenos produtores, principalmente no estado de Minas Gerais, mas muitas indústrias estão investindo nesse mercado e levando o sabor para o Brasil e para o mundo No processo produtivo, a concentração da mistura é feita em tacho de aço inoxidável, com parede dupla, exaustor e agitador mecânico. Após atingir a concentração ideal, o que dá a característica do doce de leite Viçosa, o doce é resfriado e bombeado para um tanque de estocagem. O doce é envasado e acondicionado à temperatura ambiente, sendo então comercializado. O uso de matéria-prima de primeira qualidade, controle diário do padrão de produção, constante investimento em pesquisa e desenvolvimento, além da grande experiência dos doceiros são citados por Miler como diferenciais da marca. “O conjunto de ações e capacitação dos profissionais envolvidos, incluindo a atuação de pesquisadores da UFV no processo de controle da qualidade, garantem o padrão de excelência na nossa produção”, completa. A empresa produz, em média, 40 toneladas de doce por mês, gerando uma receita média de R$250.000,00 por mês. A qualidade Viçosa é reconhecida nacionalmente pelo público, mercado e especialistas do meio, que, inclusive, já concederam o título de “Melhor Doce de Leite do Brasil” ao doce de leite tradicional Viçosa em seis edições do Concurso Nacional de Produtos Lácteos. “O doce Viçosa é o maior vencedor do Concurso na categoria, um recorde. Não é por acaso que aqui também somos todos apaixonados pelo doce de leite Viçosa, realmente é o melhor”, finaliza o supervisor.

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por Lílian Miranda

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De acordo com Milton Miler, supervisor Financeiro e Comercial do Laticínios FUNARBE – Produtos, o doce de leite Viçosa é produzido com recursos tecnológicos de ponta, matéria-prima selecionada e adição do mínimo de conservantes, para manter o maior índice possível de pureza da mistura

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Padrão de qualidade A Coopatos, considerada uma das principais cooperativas do país, há mais de meio século vem contribuindo, com os seus cooperados, na administração dos negócios. Localizada na maior bacia leiteira da região Sudeste do Brasil, com sede no município de Patos de Minas, tem no leite a sua principal matéria-prima, produzindo uma imensa variedade de produtos lácteos, entre eles o tradicional Doce de Leite. O Doce de Leite Coopatos é obtido através da concentração do leite pela ação do calor adicionado de sacarose. O leite utilizado na produção possui os padrões de qualidade determinados pela Instrução Normativa nº 62 de 29 de dezembro de 2012, o qual é analisado em laboratórios próprios e em laboratório terceirizado cadastrado na Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade de Leite (RBQL). O Doce é envasado a quente a fim de evitar o desenvolvimento de micro-organismos indesejáveis no interior da embalagem. O Doce de Leite Coopatos segue os padrões de qualidade determinados pela Portaria nº 354/97 e Portaria nº 855/10. De consistência pastosa e cor castanho caramelado proveniente da Reação de Maillard (reação de caramelização), é produzido em tachos de aço inoxidável seguindo as práticas de higiene determinadas pelo Programa de Autocontrole. “Outra ferramenta de Qualidade utilizada para garantir a segurança deste produto é o APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Contro-

le), que visa a identificação e controle dos perigos existentes”, completa Ferreira. A Coopatos, que prima pela qualidade e pelo sabor tradicional, há alguns anos inovou com o lançamento dos novos sabores do produto. Além de ser encontrado na versão tradicional, os consumidores também podem degustar o doce de leite sabor chocolate, morango, coco e ameixa, nas embalagens de 400g, de 4,8kg (balde) e de 9,6kg (balde). Para o diretor-presidente da Coopatos, Pedro Francisco Ferreira, o grande diferencial do Doce de Leite Coopatos em relação aos demais produtos presentes no mercado é a qualidade da matéria-prima utilizada e a pureza do produto, que não possui a adição de amido e/ou similares. “A qualidade da matéria-prima é essencial para a aquisição de um produto com sabor diferenciado”, completa. Atendendo a capital e as regiões Norte, Noroeste, Centro Oeste, Alto Paranaíba e o Triângulo, em Minas Gerais, além do Distrito Federal e o sul de Goiás, a Coopatos cresceu 47% em volume de vendas no ano passado. “Como cooperativa, trabalhamos com uma margem apertada, de sobrevivência dentro do mercado. Nossa prioridade é remunerar bem o produtor, pagando bem a matéria prima que recebemos”, finaliza Pedro Francisco Ferreira, diretor-presidente da Coopatos. Tirol www.tirol.com.br Produtos Viçosa www.produtosvicosa.org.br Coopatos www.coopatos.com.br



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por Lílian Miranda

Maior presença na mesa do consumidor Cream cheese se populariza no país e acompanha desde o café da manhã até a sobremesa

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xistem hoje, no mundo, mais de mil tipos de queijos com diferentes formas, texturas, sabores, odores e cores, podendo agradar a vários tipos de paladar. Uma variedade em particular está se popularizando no Brasil: o cream cheese. Muito semelhante ao requeijão, o cream cheese é um queijo branco fresco e suave com alto teor de creme de leite, consistência pastosa, com massa formada pela nata do leite coalhada sob a ação do calor. O queijo se espalha facilmente e tem sabor suave. É muito consumido no café da manhã, usado em receitas salgadas, como sanduíches e patês, e nas sobremesas, sendo o principal ingrediente de alguns cheesecakes, doce mundialmente produzido. O cream cheese surgiu nos Estados Unidos em 1872, quando o produtor de leite William A. Lawrence, da cidade de Chester, estado de Nova York, durante o processo em que tentava reproduzir um tipo de queijo francês chamado Neufchatel, acabou desenvolvendo um queijo de sabor extremamente rico e com uma textura mais cremosa. Em

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virtude dessa consistência, o novo queijo recebeu o nome de cream cheese. Sucesso nos Estados Unidos e também muito consumido na Inglaterra e em toda Europa, aos poucos o produto vem ganhado espaço no mercado brasileiro, com versões light e até aromatizadas, incluindo aqueles com ervas e frutas. No país, o predomínio ainda é do requeijão, que tem um sabor mais acentuado e custa, em média, 50% menos que o cream cheese. De acordo com o relatório da ABIQ (Associação Brasileira das Indústrias de Queijo) de 2012, queijos cremosos representam aproximadamente 26% de mercado de queijos no Brasil.

Pioneirismo mundial A primeira marca de cream cheese lançada, com mais de 120 anos de história, é o Philadelphia, que hoje está presente em todo o mundo. No Brasil, foi lançado em 1994 e conquistou rapidamente o mercado de queijos espalháveis. O cream cheese Philadelphia é um queijo cremoso à base de leite com sabor e textu-


ra leves, que permite a aplicação em todo o tipo de prato. Seu sabor suave combina com pratos doces e salgados. Desde julho de 2011, a marca Philadelphia, propriedade da K&S Alimentos S.A., joint venture formada pela Kraft Foods Brasil e pela Brasil Foods, vem apostando no novo posicionamento, traduzido pelo slogan “Espalhe a Leveza”, que visa reforçar a versatilidade de Philadelphia por meio de várias alternativas de uso culinário, além de levantar a bandeira de que a vida com leveza pode ser mais gostosa. Líder absoluto na categoria, o cream cheese Philadelphia hoje tem 64,9% de participação no mercado brasileiro, segundo o Instituto ACNielsen. “É um produto puro, de alta qualidade e uma marca reconhecida em todo o mundo como sinônimo de categoria”, diz Fabio Melo, gerente de Marketing da K&S Alimentos. O cream cheese está disponível nas versões original e light. No ano passado, foi lançada a embalagem de 300g, desenvolvida pela marca com o intuito de facilitar o preparo de receitas, reforçar a versatilidade do produto e promover o consumo em diferentes ocasiões, do café da manhã ao jantar, da entrada à sobremesa. O produto é encontrado também em embalagem de 150g. Além disso, a marca lançou recentemente uma nova campanha publicitária que incentiva a prática da “Cozinhaterapia”, que é a valorização de comer bem ao lado de quem você gosta, tendo um bom prato como convite para juntar os amigos e família. A campanha entrou no ar no dia 1º de março e será divulgada para o Brasil ao longo de todo o ano de 2013. Pelo segundo ano consecutivo, o Philadelphia apoiou o São Paulo Restaurant Week (SPRW), em sua 11ª edição, realizada no mês de março, evento que oferece menus criados por chefs renomados que incluem entrada, prato principal e sobremesa por preços promocionais. Entre as 260 casas participantes, o cream cheese da marca foi o protagonista dos pratos em 37 restaurantes, garantindo mais leveza e cremosidade às receitas. “A participação de Philadelphia em mais uma edição do SPRW reforça a versatilidade do produto que pode ser consumido do café da manhã ao jantar, da entrada à sobremesa, além de incentivar momentos mais leves e gostosos”, finaliza Fabio Melo.

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tendência Investindo no saudável

Pioneiro no mercado, o Creme de Ricota da Tirolez é indicado para uma dieta balanceada e mais leve, como fonte de cálcio e proteína Divulgação

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Especialista há mais de 50 anos na arte de produzir queijos, a Polenghi investiu em uma linha de cream cheese com a qualidade dos produtos especialmente preparados para enriquecer os cardápios. A linha Polenghi Cream Cheese possui, em média, 50% menos gordura que margarinas e manteigas convencionais. Também não contém gordura trans. A Polenghi é uma empresa que pertence ao Grupo Soparind Bongrain, líder mundial de especialidades queijeiras, presente em 116 países. No Brasil, possui três unidades industriais. A linha de produtos conta com os segmentos Varejo, Food Service e Culinário. Para o varejo, visando atender o público adulto das classes A, B e C, há o Cream Cheese Tradicional de 150g e 200g, o Cream Cheese Light 150g. A versão Light do Cream Cheese Polenghi é ideal para quem quer redução de calorias sem abrir mão do sabor. Leve e saboroso, possui 30% menos calorias e 31% menos gorduras que a versão Tradicional. Uma exclusividade da marca é o Cream Cheese Light com Fibras e Cálcio 150g, versão que possui as mesmas vantagens do produto light com o

benefício das fibras e do cálcio. Ideal para quem busca alimentos funcionais, possui 30% menos gorduras e calorias que a versão Tradicional. Para o Food Service, oferece o Cream Cheese Tradicional 1,5Kg e 3,6Kg e o Alouette Tradicional 3,6Kg, este com textura e aerada, ideal para canapés. É ideal para preparo de pratos quentes ou frios, doces ou salgados, com excelentes resultados em gratinados e assados, pois não solta gordura. Há, também, a versão culinária, com os Cream Cheese Tradicional e Light, ambos de 400g. As versões light com Fibras e Cálcio aparecem como diferencial.

Cremosos com exclusividade A Tirolez, empresa que desde a década de 1980 produz queijos de qualidade, inseriu produtos para o mercado de queijos cremosos, alguns lançados com exclusividade a partir de 2008. Além dos requeijões cremosos, a empresa possui os Cremes de Ricota (tradicional e ligth, 250g), Queijo Cottage (250 e 400g) e o Creme de Queijo Minas Frescal (220g). Os produtos com esses três tipos de queijo são opções menos calóricas, com muitas proteínas e baixa quantidade de sódio, consistindo em um creme de queijo mais leve, de paladar suave. Pioneiro no mercado, o Creme de Ricota é indicado para uma dieta balanceada e mais leve, como fonte de cálcio e proteína. O creme de Queijo Minas Frescal juntou a tradicional receita de um patrimônio da culinária mineira com o creme de leite. Já o Cottage é um queijo de origem inglesa, constituído por uma massa láctica bem lavada e fermentada, à qual se agrega na fase final de produção, creme de leite e espessantes, com a finalidade de obtenção de uma massa granulada e umectada, ligeiramente acidulada e de sabor lácteo, fresco e franco. Com fábricas localizadas em cidades de Minas Gerais (Tiros, Arapuá e Carmo de Paranaíba), Monte Aprazível (São Paulo) e Caxambu do Sul em Santa Catarina, a Tirolez mantém um extenso programa de qualidade na sua produção do leite captado, para que a qualidade final seja satisfatória. Tal característica decorre do leite que utiliza em sua produção, rico em fermento propiônico natural que lhe possibilita oferecer ao mercado produtos dotados de olhaduras (buraquinhos na massa) que provocam sabores picantes, aromáticos e ligeiramente adocicados. De acordo com Disney Criscione, gerente de relações institucionais da Tirolez, os produtos possuem grande aceitação no mercado brasileiro em razão de sua elevada qualidade. “Nosso público-alvo são os consumidores das classes A, B e parte da classe C. A intenção da Tirolez é apresentar os produtos de elevada qualidade e


que ofereça saudabilidade, além de seu sabor. O gerente informou que em 2012 houve um aumento de aproximadamente 8% em relação às vendas de queijos cremosos da Tirolez. O crescimento anual das vendas e os novos produtos planejados têm exigido investimentos constantes em suas cinco fábricas, seja pela expansão dos níveis de produção, seja pela aquisição de novos equipamentos e máquinas importadas.

Sabor e qualidade A Danúbio, joint-venture entre dois grandes grupos lácteos, a Vigor e a ArlaFoods, desde 1986 vem se dedicando exclusivamente à produção de queijos e derivados lácteos. Revolucionou o mercado de queijos no Brasil lançando o primeiro queijo minas frescal em potes plásticos fabricado por meio da tecnologia de ultrafiltração, e outras inovações, como a linha de queijos light e linha zero. Para o mercado de queijos cremosos, possui o CreamCheese nas versões Light (150g), ervas finas (130g), Cebola e Alho (130g), Yogurt (13), além do Queijo Cremoso Tradicional e Light (250g). “Somos a única empresa a dispor no mercado cream cheese com ervas finas, sendo este um ingrediente já pronto para aplicações”,

diz Rodrigo Felix de Souza, que responde pelo Marketing da Danúbio. Vendidos em embalagem bisnaga, facilitam a aplicação e apresentam medida ideal para evitar desperdícios. O cream cheese culinário Danubio é elaborado com leite pasteurizado, sem adição de amido ou gordura vegetal, a partir do método de ultrafiltração, que resulta em produtos leves, saudáveis e com cremosidade exclusiva. Fabricados com a mais alta tecnologia, os melhores ingredientes e um rigorosíssimo controle de qualidade, os produtos Danúbio são desenvolvidos especialmente para pessoas que seguem um estilo de vida moderno e saudável. Tendo como público-alvo chefs de cozinha, restaurantes requintados e profissionais da gastronomia, é difundido e aplicável a diversos pratos, tanto para doces quanto para pratos salgados. “Sua cremosidade exclusiva, sua adaptação a diversos tipos de receitas e a resistência a altas temperaturas e a qualquer processo sem perder o padrão tornam o cream cheese Danúbio um diferencial no mercado”, finaliza Rodrigo. Philadelphia www.philadelphia.com.br Polenghi www.polenghi.com.br Tirolez www.tirolez.com

Há 20 anos no Brasil


sustentabilidade |

por Lílian Miranda

É proibido fumar? Enquanto a Lei Nacional Antifumo não entra em vigor, bares e restaurantes se adaptam às legislações específicas

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Lei Nacional Antifumo foi sancionada em 14 de dezembro de 2011, pela presidente Dilma Rousseff, mas ainda não entrou em vigor em todo o país. Falta a regulamentação pelo Poder Executivo, definindo detalhes como os locais exatos onde não se pode fumar. De acordo com o Ministério da Saúde, a lei não prevê prazo para a regulamentação, mas o texto está em elaboração, envolvendo 18 órgãos na discussão. Enquanto na prática a lei não está em vigor, onde há legislações específicas, elas é que valem. Este é o caso de alguns municípios e estados como São Paulo, que tem uma lei desde 2009.

Respeito e mudança de hábito em São Paulo Em três anos e meio em vigor, os paulistanos aprenderam a respeitar a Lei Antifumo no estado (Lei nº 13.541), de acordo com a avaliação da diretora do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, Maria Cristina Megid. “A Lei causou muita polêmica no início, houve problemas, ações liminares. A partir do momento que apresentamos que isso não ia afetar a economia e, sim, proteger a saúde, fomos compreendidos. Realizamos uma campanha de três meses para esclarecer todas as dúvidas e fomos sendo ouvidos. Quando a fiscalização começou para valer, os empresários já estavam cientes”, relata. A fiscalização é feita todos os dias da semana, até nas madrugadas, com maior frequência em bares, restaurantes e baladas, e é intensificada de quinta e domingo. “A credibilidade do Governo perante a população, com a fiscalização constante, é maior”, conta Maria Cristina.

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Dados de março de 2013 mostram que foram realizadas 856.654 inspeções (os estabelecimentos podem ser fiscalizados mais de uma vez) desde o vigor da Lei. Desse número, 2.147 já receberam multa, sendo 15% lanchonetes, 10% restaurantes, 24% bares e 56% outros locais. Segundo a diretora, alguns estabelecimentos já foram interditados por 48 horas, por terem reincidido nas multas duas vezes. Como resultado positivo, a diretora destaca uma pesquisa que avaliou em todo o Estado de São Paulo o nível de monóxido de carbono (CO) nos estabelecimentos antes e depois da Lei. “Detectamos uma redução de 72% do monóxido no ambiente. Esse é um dado muito importante”, diz. Hoje a população também fiscaliza. Cerca de 30 mil denúncias já foram feitas no Canal de Denúncia, por meio do telefone 0800 771 3541 e do site na internet. “O que a gente queria era uma mudança de comportamento, o que era um desafio lá no começo, mas acabou sendo rápida. A população entendeu”, comemora Maria Cristina. O valor da multa por descumprimento à Lei Antifumo é a partir de R$ 922 na 1ª infração, dobrando em caso de reincidência. Na terceira vez, o estabelecimento é interditado por 48 horas, e na quarta o fechamento é por 30 dias. A legislação determina que os ambientes fechados de uso coletivo estejam 100% livres do tabaco. A 68 Pizzaria, aberta em Março de 2012 na famosa região dos Jardins, com a proposta de servir pizzas como as que se come na tradicional cidade italiana de Nápoles, feitas em forno a lenha, já chegou a São Paulo (a casa é um filial da matriz, em Belo Horizonte) com a Lei Antifumo em vigor. Para o gerente Silvano Silva, a lei é importante, mas ele acredita que poderia ser mais flexível, permitindo a criação de locais para fumantes


nos estabelecimentos. “Hoje, o que oferecemos é um espaço na entrada da casa, com duas mesas, para os fumantes. Percebemos que os clientes que fumam acabam ficando menos tempo no local, consumindo menos, por isso”, conta. Mas ele enxerga os benefícios. “Principalmente para a saúde de quem está trabalhando na Pizzaria, que ficaria em contato direto com a fumaça dos cigarros, a lei é importante”. O Zé Bonito Bar, localizado na Vila Conceição, faz a orientação aos clientes já em seu site. No link “Lei Antifumo”, a casa informa que em atendimento à Lei Estadual nº 13.541/09, disponibilizam um espaço ao ar livre para o público, no qual é permitido fumar. O local é isolado e a céu aberto, o que não causa incômodo e nem afeta os demais ambientes internos. O texto é acompanhado de uma planta do local, indicando onde se encontra essa área. “Pedimos que o nosso público não fume nas áreas fechadas e internas, a fim de se evitar constrangimentos. Toda a casa possui placas de identificação permitindo ou proibindo o cigarro. Disponibilizamos, também, pessoal treinado para coibir as infrações, bem como para orientar e encaminhar os fumantes às áreas externas”, conta o gerente Alex Penyo. O bar já foi fiscalizado pela Vigilância Sanitária duas vezes, não recebendo nenhuma autuação. “Nossos clientes já estão adaptados, são conscientes da legislação”, completa o gerente, que informou que o movimento da casa não sofreu nenhuma alteração em função da lei.

Pêgo relata que Belo Horizonte, com mais de 12 mil bares e restaurantes, é a cidade com o maior número de leis restritivas, que acabam dificultando o trabalho dos empresários, que, por vezes, não conseguem seguir todas elas. Mas, em relação à Lei Antifumo, ele declara que a fiscalização é quase nula. Para estimular a gentileza urbana e garantir que a cidade não perca o título de “Capital Mundial do Bares”, a Abrasel-MG lançou em 2011, em parceria com o portal Sou BH, a campanha “Boa Noite em BH” que, entre outras gentilezas, pede para as pessoas não poluírem o ar em ambientes fechados. “Foi uma forma divertida que encontramos para orientar a população”, diz o diretor. Elementos da campanha ainda estão sendo usados nos estabelecimentos da cidade. Em relação à Lei Antifumo, Pêgo declara que a fiscalização é quase nula. “Hoje, percebemos uma mudança de comportamento. As pessoas estão mais mobilizadas a esclarecer aos fumantes os locais em que se pode ou não fumar. A fiscalização é feita pela própria população”. Ciente de que é um

Lucas Pêgo, diretorexecutivo da Abrasel-MG, enxerga muitos desafios para os prestadores de serviço aplicarem à Lei Antifumo Christoph Reher

Situação diferente em Belo Horizonte Belo Horizonte, até o final do ano de 2011, era regida pela Lei Estadual 18.552/2009. Seguindo essa Lei, muitos empresários da capital logo adaptaram seus estabelecimentos com a construção dos fumódromos mas, logo depois, a existência desses espaços foi proibida pela Lei federal nº 12.546/2011. “Isso foi muito negativo para o setor, muitos empresários perderam seus investimentos”, diz Lucas Pêgo, diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-MG). Ele relata, ainda, a incompatibilidade entre a Lei Antifumo, a Lei do Silêncio (a Lei N° 9.505 exige que, após a 23h, o máximo de ruídos nas ruas seja de 45 decibéis, nível equivalente à voz de uma pessoa conversando) e o Código de Posturas da cidade. “A Lei proíbe o fumo dentro dos estabelecimentos. Aqueles que não possuem uma varanda exigem que o cliente saia para fumar. Para isso, os bares estão demarcando espaços na calçada para esses clientes, o que infringe o Código de Posturas. Quem sai para fumar, acaba que fica conversando, o que infringe a Lei do Silêncio. O que fazer? É um desafio”, desabafa. food service news

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por Lílian Miranda

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Uma varanda no segundo andar do Bhar Savassi é o único local da casa onde o fumo é permitido

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desafio para os prestadores de serviço mudarem o comportamento das pessoas, a Abrasel-MG orienta seus associados a investirem na informação com cartazes, esclarecendo para os clientes que o estabelecimento cumpre a lei Antifumo. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) de Belo Horizonte informou que a nova lei representa um pacto social entre a população, que passa pelo reconhecimento do cidadão fumante/ comerciante de que não se deve expor ao risco a pessoa que não fuma. “Por se tratar de uma lei de caráter educativa, que tem recebido uma boa acolhida por parte da população de Belo Horizonte, a SMSA esclarece que, até o momento, não houve aplicação de nenhuma multa aos estabelecimentos da capital. Estes são vistoriados pela GEVIS (Gerência de Vigilância Sanitária). É importante ressaltar que a população, até aqui, tem colaborado e entendido o propósito da Lei”. O cidadão pode denunciar um estabelecimento através do Serviço de Atendimento ao Cidadão pelo 156. A multa para o estabelecimento pode ser de até R$ 8.047,50. A Secretaria também desenvolve o atendimento aos fumantes de Belo Horizonte que desejam parar de fumar, realizado hoje em 58 centros de saúde, nas nove regionais da cidade e no Hospital das Clínicas da UFMG. Em 2012, houve uma ampliação do programa e 1.385 pessoas receberam tratamento intensivo. Em 2009, foram atendidas 250 pessoas. Para o empresário Matheus Lopes, proprietário do bar Entre Folhas, que funciona há 15 anos no bairro São Pedro, em Belo Horizonte, a Lei Antifumo é positiva. “Vejo que a lei, mesmo sem fiscalização, funciona muito bem. É uma forte iniciativa na luta antitabagismo”. Ele não precisou fazer nenhuma adaptação já que o local possuía uma

área externa que foi direcionada para os fumantes. “Mudou para melhor na questão da qualidade do ambiente. Para quem não tem o hábito de fumar, ficou bem mais agradável”, conta. E a reação dos clientes também foi muito boa. “Surpreendentemente, o público tabagista se adequou bem às mudanças. No começo, havia uma queixa ou outra, mas a adaptação foi rápida. A casa ganhou em espaço, pois a área reservada hoje para fumantes era pouco explorada. Hoje em dia virou até ponto de paquera”, exalta. Eberty Salles diretor do Bhar Savassi, localizado na região que dá nome ao estabelecimento e que é famosa pela concentração de bares na capital, tem opinião bastante semelhante. “Apesar de não haver fiscalização ainda em Belo Horizonte, a lei serviu para educar a população. As casas estão proibindo o fumo, mas o principal fiscal é o não fumante, que logo pede para apagar o cigarro, quando isso acontece dentro do bar. Quem não fuma passou a ter mais voz, mais força”, conta. O estabelecimento possui uma varanda no segundo andar que se tornou o lugar onde o fumo é permitido. “A casa inteira está sinalizada e os garçons estão preparados para orientar o fumante a se direcionar a varanda”, diz o diretor, que não percebeu mudança no movimento da clientela em função da proibição. “Todo fumante tem amigos que não fumam e que frequentam o Bhar Savassi, e por isso ele não deixa de aproveitar a noite. A única diferença é que ele tem mais trabalho na hora de fumar, por ter que se deslocar até a área reservada”, finaliza. Zé Bonito Bar www.barzebonito.com.br 68 Pizzaria www.meiaoito.com.br Bar Entre Folhas www.facebook.com/entrefolhas Bhar Savassi www.bhar.com.br


O FAMOSO “CREME AZEDO” PRONTO PARA UTILIZAR

A Perfeita mistura entre creme de leite e iogurte. Ideal para receitas tex-mex, molhos de saladas e sanduíches.

Padronização de textura e sabor.


tudo a ver |

por Lílian Miranda

Versatilidade em creme Creme culinário oferece grandes vantagens de uma base versátil para molhos e sobremesas e se torna um aliado prático na preparação de receitas

O Creme Culinário Ourolac substitui até 20% da gordura vegetal ou animal, que permite produzir uma massa leve e muito saborosa

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conhecido sabor de creme de leite em um produto que oferece as grandes vantagens de uma base versátil para molhos e sobremesas, criada para acelerar a preparação e assegurar maior estabilidade às receitas. Esse é o creme culinário, produto que é tendência no mercado de food service, indicado para substituir o creme de leite nas mais diversas aplicações e usos com muitas vantagens. Para quem procura praticidade e economia sem dispensar sabor e cremosidade, o creme culinário pode ser facilmente incorporado numa grande variedade de receitas. As empresas, cientes do desempenho superior, tanto em pratos quentes como em frios, investem no produto e estão ganhando o mercado.

Líder e pioneira O primeiro creme culinário a ser lançado no país na década de 1980, um dos principais produtos da Vigor Food Service e líder de mercado no segmento, o Creme Culinário Leco é produzido conforme as regras dos produtos lácteos do Ministério da Saúde. Vendido em embalagem tetra pak de 1 litro, foi desenvolvido pensando especialmente no mercado de food service, e atende grandes, pequenos e médios operadores. Sendo um composto misto de creme de leite, leite e gordura vegetal, garante uma boa estabilidade nas receitas. Funciona como uma base cremosa neutra que garante resultados diferenciados e com qualidade, além de um ótimo rendimento, permitindo o acréscimo de até 30% de água ou leite. Pensando em atender ainda melhor os restaurantes, grandes consumidores do produto, a Vigor lançou três sabores para essa base cremosa: carne, aves e queijos. “O objetivo foi acrescentar ingredientes muito utilizados pelos chefs de cozinha nos restaurantes e facilitar a produção de molhos e recheios. Como não são molhos prontos, permitem que cada um dê o seu toque especial”, diz Renata Holzer, gerente de marketing Food Service da Vigor. O creme culinário sabor carne contém extrato natural de carne e vinho. “É uma excelente base para a preparação de pratos, como o estrogonofe, molho madeira cremoso, por exemplo, que confere um real sabor de carne, e ainda substitui a etapa do demi glacê na culinária”, conta Holzer. A base indicada para a preparação de aves possui sabor suave e pode ser utilizada também em peixes e vegetais. Já a base de queijo, de sabor requintado, permite que o chefe acentue o sabor utilizando apenas um pouco mais de queijo. “Isso reduz a utilização de queijos de alto custo nas receitas, o que promove também uma redução dos preços no cardápio”, relata a gerente.

Ressaltando a liderança dos produtos no mercado, Renata Holzer comemora os números. “Apenas no período de julho a setembro de 2012, as vendas no Food Service, através das marcas Danúbio, Amélia e a Vigor Food Service cresceram mais de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior”. A empresa possui posicionamento consolidado em categorias como iogurtes, requeijão e queijo parmesão.

Grande potencial no Food Service Buscando criar um produto que facilitasse as preparações, que não talhasse ao ser levado ao fogo e que reagisse muito bem às bases ácidas, a Ourolac, uma das indústrias de laticínios mais modernas das Américas, iniciou o desenvolvimento do Creme Culinário Ourolac em meados de 2009, período de grande investimento da empresa em pesquisa e desenvolvimento, até chegar à fórmula ideal para atender o mercado de food service. Lançado oficialmente em 2011, e desde então reconhecido pelos profissionais que o utilizam, o creme culinário é produzido com tecnologia UHT, com shelf life (período de armazenamento) de 120 dias, e não requer refrigeração. Seu envase é feito com o sistema Smart Bag, que são embalagens 100% sustentáveis e mais econômicas, proporcionando, assim, melhores preços para os clientes. “Somos pioneiros e exclusivos na fabricação de creme culinário neste tipo de embalagem que, além de competitivo, está em linha com as tendências de sustentabilidade, promovendo 100% do produto e o baixo volume de lixo”, discorre Cleber Aranha, diretor comercial da Ourolac. Restaurantes, cozinhas industriais, cafés, lanchonetes e buffets que buscam unir qualidade, praticidade e economia, têm em mãos um produto extremamente versátil, que pode ser utilizado como base para uma infinidade de pratos doces e salgados, quentes e frios. Além de sua versatilidade, este produto homogeneíza muito bem com bases ácidas, como limão e maracujá. Para comprovar a versatilidade do produto, a Ourolac, em parceria com os chefs Patrícia Miotto e Mário Augusto Vieira, elaborou diversos testes com o creme culinário, preparando vários pratos saborosos. Opções quentes e frias, doces e salgadas com diferentes texturas e viscosidades foram desenvolvidas e disponibilizadas para degustação. Na avaliação que utilizou o produto em massas para tortas salgadas, o Creme Culinário Ourolac substitui até 20% da gordura vegetal ou animal. “É de fácil manuseio e produz uma massa leve e muito saborosa. Para receitas tradicionais, deve-se usar 1 kg de farinha para 50% de

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por Lílian Miranda

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“Foi a primeira mistura instantânea para o preparo de creme confeiteiro e que é comercializada até hoje. Seu processo foi uma abordagem inovadora no mercado”, diz Bruna Muriano Rogerio, coordenadora de produto da Emulzint Ltda., sobre o Cremix

gordura. Para receitas com creme, o indicado é 1 kg de farinha de trigo, 30% de gordura e 20% do creme”, descreve o chef Mário Augusto Vieira. Analisando o mercado em 2013, segundo o diretor comercial da Ourolac, o objetivo é consolidar o produto com metas de crescimento acima de 50%, comparados ao ano anterior. “O produto possui grande potencial no mercado, pois pode substituir o creme de leite leve em todas as preparações, bem como oferece vantagens significativas de desempenho e competitividade”. Para conseguir atingir as metas, a empresa investe na implementação de novos distribuidores, além de consolidar o trabalho nos distribuidores atuais por meio de realização de campanhas, treinamentos e desenvolvimento de materiais de apoio para os clientes.

Misturas e inovação Do ponto de vista da Emulzint Ltda., cremes são os produtos utilizados como base para fabricação de produtos de confeitaria fina. Atualmente, a empresa possui em seu portfólio misturas para o preparo de creme confeiteiro e creme tipo chantilly, com foco em padarias e confeitarias em geral. Reconhecida pela a inovação, a empresa com sede em Jundiaí (SP), mas presente em todo o Brasil com a mais moderna indústria de ingredientes do setor, lançou em 1981 seu primeiro creme, o Cremix. “Foi a primeira mistura instantânea para o preparo de creme confeiteiro e que é comercializada até hoje. Seu processo foi uma abordagem inovadora no mercado, uma vez que seu preparo é a frio, bastando bater o pó com leite gelado, o que trouxe mais praticidade para os confeiteiros”, diz Bruna Muriano Rogerio, coordenadora

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de produto da Emulzint Ltda. Mas, para atender também o público que preferia o modo de preparo tradicional a quente, misturando o pó ao leite fervente, em 1988 foi lançado o Cremulzin. Entre os lançamentos mais recentes está o Chanty Creme, mistura para o preparo de creme tipo Chantilly. O produto trouxe uma abordagem diferente ao segmento de misturas para Chantilly em pó, uma vez que vem com creme de leite em sua composição, o que deixa seu sabor muito mais agradável. “Além disso, é muito mais tolerante que os produtos concorrentes: após batido, basta misturá-lo ou batê-lo novamente e ele voltará a sua textura original”, conta a coordenadora. E a novidade da marca é o Creme de Amendoim, produto pronto para uso, que pode ser usado como recheio ou cobertura, que acaba de chegar ao mercado. Trata-se de um creme pronto para uso, comercializado em baldes de 4 kg, que pode ser usado como recheio ou cobertura. “Sem produtos similares no mercado, o Creme de Amendoim é um produto inovador. Feito com pasta de amendoim, possui um sabor marcante, que lembra a tradicional paçoca. É extremamente prático de utilizar: como recheio basta aplicar diretamente no produto e como cobertura basta aquecer em banho maria ou micro-ondas e aplicar. Depois de seco, forma uma superfície seca e macia, que permite o corte sem trincar. Além disso, combina muito bem com chocolate e caramelo, e pode ser misturado com os outros cremes da linha, como creme confeiteiro e chantilly”, completa. Vigor Food Service www.vigor.com.br/foodservice Ourolac www.ourolac.com.br Emulzint www.emulzint.com.br



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por Lidiane Carvalho

Mais limites na publicidade infantil Medida pode ser uma oportunidade de estimular a criatividade dentro das empresas

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o dia 1º de março entrou em vigor a nova regulamentação do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) a respeito da publicidade envolvendo crianças. As normas se referem às ações de merchandising, que estão proibidas de se dirigir ao público infantil, e surgiram da preocupação em proteger as crianças por sua dificuldade em distinguir manifestações publicitárias em conteúdos editoriais, solicitada pela Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). A recomendação do Conar, incorporada à Seção 11 do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, com as normas éticas para a publicidade do gênero, é que as ações de merchandising em qualquer programação e veículo não empreguem crianças, elementos do universo infantil ou outros artifícios publicitários com a intenção de atrair a atenção desse público específico. Também estão proibidas as ações de merchandising de produtos e serviços destinados a crianças nos programas criados, produzidos ou programados para esse público específico, em qualquer veículo. A publicidade de produtos e serviços deste segmento deve limitar-se aos intervalos e espaços comerciais. “Trata-se de um importante aperfeiçoamento às regras que vêm sendo praticadas desde 2006, quando promovemos uma reforma bastante

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profunda no nosso Código, visando a publicidade dirigida a crianças e adolescentes. Desde então, o Brasil tem um dos regramentos éticos mais exigentes para essa classe de publicidade no cenário internacional”, explica Gilberto C. Leifert, presidente da entidade. Porém, ele ressalta a importância de não se impedir a exposição de crianças à publicidade ética. “O consumo é indispensável à vida das pessoas e entendemos a publicidade como parte essencial da educação. Privar crianças e adolescentes do acesso à publicidade é debilitá-las, pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes dependem de informação”, diz Leifert. Ações de merchandising de alimentos, refrigerantes e sucos em programas especificamente dirigidos a crianças já haviam sido proibidas. Essas regras fazem parte do Anexo H do Código. São consideradas crianças àquelas até 12 anos de idade incompletos, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Por ser uma entidade privada, o Conar não impõe essas regras. Elas são de adesão voluntária, mas, apesar disso, todos os anunciantes, agências de publicidade e veículos de comunicação do país aderem ao documento. Caso a regulamentação seja infringida, o Conar apenas retira o anúncio que não estiver de acordo. No entanto, não há precedentes de desacato.


O lado das empresas

O vice-presidente de planejamento da WmcCANN, Aloisio Pinto, acredita que essa medida pode incentivar uma onda de criatividade nas agências

O presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista da Costa, é contra a interferência do Estado nesse tema. “O Estado não pode desligar a internet ou proibir a viagem de crianças ao exterior. Vai acabar criando um sistema de castas, onde há aqueles com informação e aqueles sem”, acredita. Ele diz que são as mães que compram 70% dos brinquedos no Brasil. “A mãe sabe muito bem o que está fazendo. Eu prefiro confiar na mãe à ação do Estado para regular o que a família deve fazer. Eu prefiro o respeito à família brasileira.”, finaliza Costa. Segundo a assessoria de imprensa da PepsiCo, a nova determinação do Conar para publicidade infantil não teve impacto na forma como a empresa já atua. “Em 2009, assinamos um compromisso público voluntário internacional (“Pledge”), um documento firmado pelas principais empresas de alimentos e bebidas do mundo dispostas a assumir uma série de compromissos relativos à publicidade e marketing de produtos direcionados para crianças. Nos comprometemos então a não realizar publicidade direcionada a crianças com menos de 12 anos, exceto para produtos com critérios nutricionais específicos baseados em evidências científicas”, explica. A assessoria diz que, inclusive, os padrões de nutrição da PepsiCo já estão atendendo aos acordos firmados no Brasil entre indústria e governo que terão efeito apenas em 2014. A marca promove, no contexto de seu material publicitário e promocional, mensagens educativas de práticas e hábitos saudáveis, tais como a adoção de alimentação balanceada e/ou a realização de atividades físicas, ou ainda, boas práticas de sustentabilidade ambiental. A assessoria declara que para o Toddynho, por exemplo, a comunicação do site já está voltada para os pais. “Além disso, toda a campanha de Toddynho tem como objetivo estreitar a relação entre pais e filhos, sempre levando conteúdos educativos. O produto já teve diversas campanhas associadas, por exemplo, à sustentabilidade ambiental, que tem como objetivo auxiliar os pais a ensinarem às crianças a importância da reciclagem”, finaliza.

Novos rumos na publicidade Stalimir Vieira, assessor da presidência da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap), diz que a associação apoia a decisão do Conar, até porque ela é uma das fundadoras da entidade. Ele acredita que as empresas não são prejudicadas com essas regras. “Pelo contrário, eu acho que respeitar essas normas enaltece a food service news

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por Lidiane Carvalho

Gilberto C. Leifert, presidente do Conar, afirma que a entidade tem um dos regramentos éticos mais exigentes para essa classe de publicidade no cenário internacional

José Paulo Cardeal

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Stalimir Vieira, assessor da presidência da Abap, afirma que a associação apoia a decisão do Conar

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imagem das empresas, em termos da responsabilidade, em termos de compromisso com essas crianças. É o nosso compromisso com a formação de uma sociedade melhor. De um modo geral, não há prejuízo com ninguém que esteja bem intencionado”, afirma. O assessor diz, ainda, que as empresas já vinham se adequando naturalmente e que isso faz parte de um processo de evolução da qualidade da comunicação. “Claro que, fatalmente, se o merchandising promovia um efeito mais poderoso de influência nos resultados, esses resultados vão deixar de existir nessa dimensão. Então, vão ter que buscar outros recursos, outros meios de fazer. Mas a medição dessa perda se dá individualmente. Cada empresa sabe o que estava acontecendo, o que vinha conquistando e o que vai deixar de conquistar”, ressalta. Para Vieira, esse regulamento exigirá uma atenção maior no desenvolvimento de peças dos publicitários que, talvez, estivessem em um ciclo vicioso. “Não deixa de ser, também, um chamado à consciência, de que todos nós temos responsabilidades com o desenvolvimento saudável dessas crianças”, declara. A Abap criou uma campanha intitulada “Somos Todos Responsáveis”, que, segundo Vieira, é pra dar voz a todas as manifestações, de todos os segmentos sociais, aos profissionais, pais, mães e à população em geral, com o intuito de desmistificar a tentativa de demonizar a publicidade, que vinha sendo patrocinada por alguns mecanismos. “É uma maneira de fazer um contraponto a isso, consistente,


bem sustentado em argumentação. Por isso a ideia de abrir esse canal, onde as pessoas se manifestem livremente em suas posições. Criticando, enaltecendo, elogiando, ou mesmo aquelas que são a favor da censura colocarem as suas opiniões pra debate”, conclui. O vice-presidente de planejamento da WMcCANN, Aloisio Pinto, diz que a agência crê que essa medida servirá apenas para tirar as agências de uma zona de conforto. “Talvez esta decisão até estimule, sem querer, uma nova onda de criatividade, visto que todos serão obrigados a explorar novas fronteiras e navegar por mares antes nunca navegados”, opina. Para ele, como qualquer medida restritiva, sempre há descontentamento. “Mas o mercado é maduro o suficiente para entender que este tipo de mudança faz parte da dinâmica do negócio publicitário. É de nossa natureza mexer com a sociedade. E a sociedade não é um organismo estático e inerte, pelo contrário, qualquer mudança na sociedade afeta a publicidade, seja direta ou indiretamente. Essa não foi a primeira e nem será a última”, afirma. Para ele, o que pesa nesse contexto não é a propaganda infantil, mas o atual relacionamento entre pais e filhos, pois, quanto maior a distância, maior é a busca para compensar

essa ausência. “Muitas vezes, esse carinho é materializado em guloseimas, brinquedos, games, mais horários na TV etc. A comunicação cumpre apenas o papel de propagar os valores funcionais e emocionais de uma marca. Qualquer restrição à propaganda não interfere em nada nesta tensão social, que é uma questão muito mais complexa e profunda”, diz Pinto. O vice-presidente diz que, no mercado de food service, deve-se buscar outros recursos na construção do apetite appeal e do sentimento de indulgência, essenciais na categoria. “A restrição ao uso de brindes e brinquedos também forçará que o alimento volte a ser o protagonista das campanhas. Certamente quem já se preparou para este momento, modificando sua oferta, tornando-a mais em linha com as correntes demandas sociais, será muito menos afetado por esta decisão. Afinal, o barulho em torno do assunto não é novo. Vêm de alguns anos. Inteligente foi quem não esperou este momento para começar a agir”, finaliza. Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) www.conar.org.br Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) www.abrinq.com.br PepsiCo www.pepsico.com.br Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) www.abapnacional.com.br WMcCANN www.wmccann.com.br

Curso Superior de Tecnologia em Alimentos Objetivo do Curso: Habilitar profissionais no planejamento, implantação e gerência dos processos produtivos de alimentos, no desenvolvimento de produtos e processos, garantindo a qualidade e a segurança dos alimentos e cumprindo a legislação pertinente.

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2013

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por Redação

Lucro assegurado

A questão da segurança alimentar envolve todo o processo do food service, desde a produção até o oferecimento dos pratos nos estabelecimentos, e é essencial na hora de atrair clientes e lucrar

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segurança alimentar é assunto de interesse geral — de produtores a consumidores — e é essencial em todas as áreas e etapas do mercado de food service. A garantia de uma alimentação segura à saúde é responsabilidade de governo, que dita as regras, e sociedade, que precisa cumprir a legislação. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) apresenta, por exemplo, a Legislação de Boas Práticas de Fabricação, que inclui regras como as relacionadas à limpeza, higienização e a resíduos, e a Legislação de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, que abrange os procedimentos que devem ser adotados nesse setor a fim de garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado. Quem deve seguir todos esses passos são, principalmente, os restaurantes, bares e demais estabelecimentos cujo produto principal é o alimento. Assegurar aos clientes a segurança dos pratos servidos é essencial para atraí-los e fidelizá-los, assim como para conseguir crescimento e lucro nesse mercado. Para isso, muitos desses locais contam com profissionais especializados no assunto, que trabalham diariamente junto aos manipuladores dos alimentos, que devem colocar na prática toda a teoria das normas prescritas. Um dos principais problemas relacionados à segurança alimentar — ou à falta dela —, que o food service precisa enfrentar é a intoxicação alimentar. De acordo com um levantamento da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, 27% dos casos de intoxicação alimentar registrados entre 1998 e 2008 foram causados por alimentos preparados em casa e 39% aconteceram em escolas, creches e asilos. Apesar de ser minoria, o número de casos causados por comida de restaurantes e outros estabelecimentos de alimentação fora do lar também é alto: cerca de 24%.

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por Redação Histórias que envolvem intoxicação alimentar acontecem com frequência. Em março, 63 pessoas foram contaminadas após comerem no restaurante Noma, da Dinamarca, entre os dias 12 e 16 de fevereiro. Eleito o melhor restaurante do mundo em 2010, 2011 e 2012 pela revista britânica “Restaurant Magazine”, o Noma tem uma longa lista de espera, que exige reserva com meses de antecedência. De acordo com o gerente do restaurante, Peter Kreiner, a causa das intoxicações ainda não foi identificada, mas é possível que um dos funcionários estivesse doente e tenha contaminado os alimentos acidentalmente. Ele disse à imprensa dinamarquesa que está “profundamente comovido” com o ocorrido e afirmou ter entrado em contato com todos os clientes que passaram mal para pedir desculpas e reembolsá-los o que gastaram no Noma. Em maio do ano passado, três clientes tiveram intoxicação alimentar após comerem no Habib’s, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Após análise dos alimentos, realizada pelo Laboratório Central do Estado (Lancen/RS), foi constatada a presença de bactérias fecais nos recheios de carne, queijo e espinafre, utilizados nas esfihas da rede. Em nota, o Habib’s informou que tratava-se de “um caso isolado” e que “todos os cuidados com relação à produção e ao manuseio dos produtos são acompanhados por uma equipe, que envolve profissionais técnicos e ligados ao segmento de saúde”. Para evitar a ocorrência de casos como esse, existem ainda outras fiscalizações, como o APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), programa aceito internacionalmente e recomendado por entidades como a OMC (Organização Mundial de Comércio), FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) e OMS (Organização Mundial de Saúde). O APPCC baseia-se na identificação dos perigos potenciais à segurança do alimento, desde a produção agrícola até o consumo nos restaurantes. Além disso, estabelece etapas, medidas de controle e monitorização que garantam, ao final do processo, a obtenção de um produto seguro e com qualidade.

Livre de boicotes A Ducoco Alimentos, empresa brasileira com mais de 100 produtos no portfólio, apresenta, segundo a gerente de marketing Daniela Guizelini, um processo de produção reconhecido mundialmente pela qualidade e segurança. A companhia segue as normas da certificação FSSC 22.000, que controla a produção de alimentos perecíveis de origem animal ou vegetal, produtos de longa duração nas pra-

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teleiras e ingredientes como aditivos, vitaminas e culturas biológicas; da ISO 22.000 e ISO 9.001, desenvolvidas para controlar, gerenciar e manter um sistema de gestão da segurança dos alimentos; e a ISO TS 22002-1, elaborada pela CIAA (Confederation of the Food and Drink Industries of the European Union), para detalhar os pré-requisitos que ajudam no controle dos perigos à segurança dos alimentos — todos renovados em 2012. “Essas certificações colocam a Ducoco Alimentos em um patamar diferenciado no mercado e mostram que a empresa opera dentro de um sistema de gestão que garante produtos livres de contaminantes químicos, físicos e microbiológicos”, afirma Daniela. Para evitar enfrentar problemas provocados por falhas humanas, a empresa investe constantemente em treinamento dos seus colaboradores, “o que mantém o processo de produção sempre padronizado, promovendo sempre a qualidade de seus produtos”, diz Daniela. De acordo com ela, a empresa nunca sofreu nenhum tipo de boicote e isso se deve à forma como procura lidar com seu trabalho. “A Ducoco Alimentos se preocupa em manter o processo de produção sempre de acordo com as normas de segurança exigidas, em fiscalizar e monitorar a produção constantemente e renovar as certificações de segurança alimentar para garantir a qualidade dos alimentos”, finaliza.

Conversa com especialista O biomédico Roberto Martins Figueiredo, conhecido como Dr. Bactéria em todo o Brasil, é autor de cinco livros sobre questões de saúde e bem-estar. Sobre as intoxicações alimentares, ele explica que, na verdade, essas devem ser chamadas de “doenças veiculadas por alimentos”, que englobam intoxicações, infecções e toxinfecções. De acordo com ele, uma das principais doenças relacionadas a problemas com alimentos, no Brasil, é a salmonelose. Essa é causada pela bactéria Salmonella, presente em qualquer tipo de alimentos, principalmente aves e ovos. “Algumas das razões para o surgimento da doença são o cozimento inadequado de ovos e carnes, refrigeração inadequada de ovos e contaminação cruzada numa tábua de corte. Por exemplo, quando você corta o frango cru, não lava direito, e coloca um frango cozido por cima”, diz. Os principais sintomas da salmonelose são cólicas abdominais, náuseas, diarreia, febre e desidratação. Outras doenças que aparecem muito, segundo o Dr. Bactéria, são as intoxicações geradas pelas toxinas da bactéria Staphylococcus au-


Culinária se faz com equilíbrio e qualidade.

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por Redação reus, que estão principalmente em bolos, bacalhau e carne seca. “Aparecem por meio do dessalgue errado ou com o ato de assoprar um bolo de aniversário. Essa bactéria está na saliva das pessoas”, explica. Além disso, há outras intoxicações alimentares comuns, como as verminoses, viroses e enteroviroses. Como verminoses, existem, por exemplo, a teníase — ocasionada pela ingestão de carne crua ou malpassada do animal contaminado, que produz sintomas como dores de cabeça e abdominais, perda de peso, alterações do apetite, enjoo e fadiga — e a ascaridíase, gerada pela ingestão de água e alimentos contaminados. Entre as viroses, o Dr. Bactéria cita o norovírus, transmitido através da ingestão de alimentos crus manipulados por mãos infectadas, e a hepatite A, ocasionada por água contaminada por fezes contendo o vírus HAV. “Essas são as principais doenças alimentares”, conclui. De maneira simples, o Dr. Bactéria explica que, quando se fala em doença alimentar, quer dizer que algum alimento — e água também — qualquer que tenha sido ingerido funcionou como um veículo utilizado pelo germe para entrar no organismo. “Vamos supor: você é uma bactéria que mora na sua casa, e quer chegar ao organismo, que é onde você trabalha. O ônibus ou o carro que você usa para isso é o alimento”, exemplifica. Para evitar que problemas relacionados às doenças alimentares aconteçam, o Dr. Bactéria dá algumas dicas para restaurantes e demais estabelecimentos do food service. Primeiramente, segundo ele, é necessário cozinhar adequadamente os alimentos, pois o calor gerado pelo fogo elimina a possibilidade de aparecimento de qualquer bactéria transmissora de intoxicação. Os alimentos que forem reutilizados também precisam ser levados a altas temperaturas e ser reaquecidos acima de 70ºC. Outra dica é não deixar os alimentos, depois de cozidos, à temperatura ambiente por mais de duas horas. O biomédico explica, ainda, que os alimentos quentes devem ser refrigerados apenas descobertos, e que é preciso refrigerar adequadamente todos os alimentos perecíveis. Com relação à limpeza, três pontos são destacados pelo Dr. Bactéria para se livrar das doenças veiculadas por alimentos. Além de os manipuladores dos produtos terem que lavar as mãos constantemente, é necessário higienizar corretamente todos os utensílios e equipamentos utilizados no preparo e armazenamento da comida.

Dicas para o food service

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A nutricionista paulista Débora Almeida explica que a intoxicação alimentar pode ser contraída pelo consumo de água e de alimentos contaminados por bactérias, como a Salmonella, Shigella, E.coli, Staphilococus e Clostridium. De acordo com ela, a contaminação pode acontecer em qualquer um dos estágios de contato com os alimentos — manipulação, preparo, conservação e armazenamento — e, por isso, exige cuidado por parte de toda a cadeia do food service. No verão, conforme explica Débora, a possibilidade de intoxicação alimentar é maior, devido ao fato de as altas temperaturas serem propícias à proliferação de bactérias, que se multiplicam entre os 10ºC e 60ºC. Os alimentos mais propícios à ocorrência de intoxicações alimentares são, segundo a nutricionista, carnes, ovos, frango, leite e derivados. Ela diz que após contraída a doença, é importante restabelecer o equilíbrio do organismo por meio de uma boa hidratação, além de “evitar alimentos ricos em gorduras, carboidratos e fibras”, completa. No caso dos restaurantes, bares e estabelecimentos que trabalham com alimentação coletiva, Débora aconselha que a medida mais importante para evitar a contaminação dos alimentos é contar com um profissional habilitado, como um nutricionista. “Assim, é possível orientar e educar os funcionários quanto à preparação adequada — evitando contaminações cruzadas —, às boas maneiras e à higiene do local de manipulação”, diz.

Pesquisas contra as DTAs A FUNED (Fundação Ezequiel Dias), órgão do sistema de saúde do Estado de Minas Gerais que atua na produção de medicamentos e soros, é referência na área de pesquisas sobre intoxicação alimentar. “Temos uma grande demanda de análise ao atender as autoridades sanitárias no âmbito municipal, estadual e federal. Estas análises fazem parte do processo de elucidação de surtos de doenças transmitidas por alimentos comumente conhecidas como toxinfecção alimentar”, diz Ricardo Souza Dias, mestre em Ciência de Alimentos, doutor em Microbiologia, Referência Técnica do Laboratório de Enterotoxinas da FUNED e coordenador da área de alimentos da Sociedade Brasileira de Microbiologia. Para estabelecer um diagnóstico real das DTAs (doenças transmitidas por alimentos), Dias afirma que é cada vez maior a necessidade de investimento na capacitação profissional da rede de laboratórios de saúde pública e das autoridades sanitárias do Brasil. Dessa forma,


será possível “desenvolver estratégias capazes de minimizar ou mesmo reduzir o número de surtos. Conhecer os agentes, sua forma de transmissão e tratamento são fundamentais no controle da doença”, completa. Conforme explica Dias, é preciso entender que o alimento, da mesma forma que fornece os nutrientes necessários para o desenvolvimento, pode também dar condições para o desenvolvimento de micro-organismos patogênicos. “Esses micro-organismos, muitas vezes, não alteram as características sensoriais do produto como odor, sabor e aspecto, e então, ao serem consumidos, desenvolvem, em questão de minutos ou algumas horas, os sinais e sintomas característicos da toxinfecção alimentar”, diz. Conhecer a composição e a forma ideal de armazenamento e conservação dos alimentos é necessário para identificar aqueles que oferecem risco maior de contaminação. “Destacam-se os alimentos cárneos como os embutidos — linguiças — e produtos lácteos, como queijo fresco ou curado, geralmente relacionados à procedência desconhecida e mantidos sem a devida refrigeração”, afirma Dias. Além disso, segundo ele, produtos de confeitaria, como

bolos e tortas, saladas tipo maionese e outros pratos prontos para consumo também são propícios a isso. Depois de adquirida a intoxicação alimentar, os primeiros cuidados a ser tomados relacionam-se à reposição hídrica, devido à desidratação causada por vômitos e diarreia, e à monitoração da febre, também muito comum. De acordo com Dias, o maior problema está no fato de o consumidor não associar o mal-estar com a ingestão de alimentos contaminados. “Outro problema é o período de incubação, tempo empreendido entre o consumo do alimento até o aparecimento dos sinais e sintomas, que pode variar de alguns minutos a alguns dias. Isto dificulta relacionar a doença ao alimento consumido”, acrescenta. Conforme o grau de gravidade dos sintomas, as pessoas acometidas devem procurar assistência médica. Segundo Dias, embora as DTAs sejam, na maioria das vezes, auto-limitantes, alguns casos mais graves podem ocorrer e evoluir para o óbito. “É muito importante que as pessoas envolvidas comuniquem às autoridades sanitárias para que possam rastrear o alimento consumido e, assim, evitar que novos episódios aconteçam”, afirma. Ele diz que da-

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por Redação

dos estatísticos revelam números elevados de casos de DTAs, mas por conta da sub-notificação, esse número não representa nem 5% do número total de casos ocorridos. Para os restaurantes evitarem a intoxicação alimentar, de acordo com Dias, a primeira medida a ser adotada é a implementação das boas práticas de fabricação, que envolvem não apenas cuidados com a manipulação, mas também com a seleção dos ingredientes que serão utilizados no preparo dos alimentos. “Também é necessário ficar atento às instalações destinadas à produção desses alimentos, é preciso que seja um ambiente que atenda às normas estabelecidas pelas autoridades sanitárias”, completa. Dias afirma que é importante também cuidar do manipulador, responsável por coordenar as etapas de produção do alimento e fonte do Staphylococcus aureus, um dos micro-organismos mais relacionados a surtos de toxinfecção alimentar. “De uma forma geral, é preciso conscientizar não apenas aqueles envolvidos na produção de alimentos, mas também a população sobre os riscos que estão expostos ao consumir um alimento”, afirma. Ele diz que medidas como observar os prazos de validade, a aparência, sabor ou odor não característicos, a procedência e formas de armazenamento e comercialização podem reduzir, e muito, o número de casos de toxinfecção alimentar.

Patrimônio preservado Localizados em Belo Horizonte, o Monjardim Costelaria e Botequim, o Gonzaga Butiquim e o Boteco da Carne pertencem a Leonardo Marques, e adotam as mesmas medidas para garantir a segurança alimentar. De acordo com ele, primeiramente, os estabelecimentos seguem o Manual de Boas Práticas, que é utilizado em todos os processos do preparo dos alimentos. “Por exemplo, na questão das saladas, usar o sanitizante correto, não ficar preso só à questão de cloro e água sanitária. Existem produtos específicos que nós utilizamos para preparar isso”, conta. Além disso, todos os colaboradores passam por treinamento pessoal, por meio de uma consultoria. “Conto com uma profissional da área de engenharia de alimentos para trabalhar exclusivamente com isso, dar esse treinamento e preparar tudo para a gente. Ela é responsável por olhar tudo que diz respeito à cozinha e à copa nos três restaurantes”, afirma. Segundo Marques, constantemente são oferecidos cursos sobre esse assunto, em que todos participam. “Churrasqueiros, cozinheiros, garçons. Todos têm que saber do cuidado e da atenção que nós

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precisamos ter com os clientes”, pontua. Todos os aspectos quanto à segurança alimentar são, conforme explica Marques, controlados antecipadamente. “Por exemplo, se tenho uma carne ou algum produto que não está girando, trabalho para que ele saia logo, bem antes do vencimento, para que não possa oferecer risco algum para ninguém”. Ele diz que não há possibilidade de que os estabelecimentos utilizem produtos vencidos, e para isso, exerce um rígido controle no estoque. Além disso, o Monjardim Costelaria e Botequim, o Gonzaga Butiquim e o Boteco da Carne trabalham apenas com hidroponia, que é a técnica de cultivar plantas sem solo, em que as raízes recebem uma solução nutritiva e balanceada que contém água e os nutrientes necessários ao desenvolvimento da planta. “Só temos folha hidropônica,ou seja, nada vai na terra, para evitar o riso de alguma folha mais difícil de limpar, mais complicada. Tudo isso facilita para a gente e o risco é menor”, afirma. Com todas as medidas tomadas, Marques diz que não é necessário muito para assegurar aos clientes a qualidade dos alimentos servidos em seus restaurantes. “Isso é nítido, e fica claro para ele na mesa, seja na hora do almoço ou com os petiscos”. De acordo com ele, a qualidade e a segurança alimentar são prioridades dentro de seus restaurantes. “O alimento, além de ser muito sagrado, é o nosso ganha-pão de todo dia. Então, se não tivéssemos cuidado nessa área, estaríamos trabalhando contra um patrimônio”, finaliza.

Foco em alimentação segura A Sodexo|Puras, empresa que oferece alimentação escolar para mais de 400 instituições de ensino no mundo, busca colaborar com o progresso dos alunos, com a parceria de pais, professores e administradores. De acordo com Sandra Passos, diretora de Saúde e Educação da Sodexo|Puras, promover saúde e bem-estar, por meio da segurança e qualidade alimentar, é um dos principais compromissos da empresa. “Para isso, a companhia conta com profissionais de nutrição que trabalham na elaboração de cardápios equilibrados e saudáveis. Programas de educação alimentar são realizados com metodologias reconhecidas em todo o mundo”, afirma. Segundo ela, ainda são praticadas ações que orientam crianças e jovens sobre a importância da alimentação saudável e a prática de atividades físicas. Além disso, a Sodexo|Puras trabalha com o Programa Mais Saúde, cujo objetivo é incentivar a qualidade de vida por meio de campanhas que apresentam dicas sobre hábitos alimenta-


res, saúde e atividades físicas. “No módulo Mais Saúde Avançado, é oferecida uma consultoria clínica nutricional aos alunos”, completa Sandra. De acordo com ela, todas as equipes da Sodexo|Puras trabalham com foco em segurança alimentar. “Todas as nossas unidades possuem o Manual de Boas Práticas, que apresenta os procedimentos de Segurança dos Alimentos, no qual destacamos regras que devem ser seguidas pelas equipes operacionais para uma melhor prática no dia a dia de suas operações, com foco na prevenção dos principais riscos de DTAs”, explica. A segurança do trabalho e do meio ambiente também são metas da empresa. Para isso, segundo Sandra, ela conta com uma estrutura sólida e de processos de suporte às suas operações. “Possuímos equipes multidisciplinares, controle de processos de qualidade e proximidade garantida pela presença nacional, com know-how internacional”, diz. O segmento de alimentação escolar representa 3% do faturamento da Sodexo|Puras. De acordo com Sandra, a empresa cresceu 25% em 2012. “Para os próximos anos, almejamos crescer 30%”, finaliza.

Qualidade garantida Com foco em segurança alimentar, a Teknisa Software, especializada no desenvolvimento de softwares para o mercado de alimentação fora do lar, fornece ferramentas que colaboram com a gestão de compras e estoques. De acordo com Marina Araújo, gerente comercial da empresa, por meio do módulo Qualidade do ERP Agent2b, é possível fazer o controle da qualidade dos produtos demandados e manter o padrão desejado. O sistema permite a separação dos resultados obtidos por marcas e é integrado aos sistemas de Compras e Suprimentos. “Essas duas áreas só conseguem comprar aquilo que foi testado e aprovado pelo departamento de qualidade da empresa”, afirma ela. Para garantir a qualidade alimentar após a compra dos produtos, Marina aconselha o uso de um ERP que possa identificar os problemas, as não conformidades e os riscos encontrados nos produtos e no fornecimento, e auxiliar na tomada de ações corretivas. Segundo ela, os fornecedores também podem ser avaliados pelo Agent2b, por meio do seu histórico. O sistema registra as ocorrências, como, por exemplo, no recebimento dos produtos, no transporte, na temperatura, embalagem e data de validade. “Se eles estiverem ultrapassando o limite de tolerância às não

conformidades, pode-se sugerir sua suspensão ou mesmo a sua desqualificação”, diz. Além disso, por meio do software, é possível verificar também se o preço e a qualidade dos produtos recebidos está de acordo com o que foi negociado e solicitado pela área de Compras. “Assim, aliamos qualidade, segurança e redução de custos”, conclui. Outra funcionalidade do Agent2b é o registro das regras do APPCC, que facilita sua adoção pelas empresas. “O sistema permite que essas regras sejam introduzidas à rotina dos produtores, auxiliando os operadores nas atividades da produção, dentro do que a lei exige”, afirma Marina. Ela explica que, apesar das funções serem controladas pelo operador, o Agent2b exige a inserção das análises — coleta de amostras de cada etapa da produção —, das inspeções — verificação dos pontos críticos como temperatura, peso, textura e coloração — e das tarefas. “Ou seja, todas as obrigações que devem ser executadas no processo produtivo. O sistema pode até mesmo impedir que a produção passe para a etapa seguinte, se esta não seguir a determinação da Anvisa”. No final do processo, o Agent2b permite a geração de um relatório com os resultados de todos os produtos que passaram pela análise. Além disso, quando há fiscalização da Anvisa, é possível acompanhar pelo software quais regras estão sendo aplicadas na produção, o que colabora para que o processo de fabricação esteja dentro da norma. “A qualidade do que é produzido para os clientes está garantida, pois o com o Agent2b todos os fornecedores e seus produtos e serviços estarão avaliados e classificados” finaliza Marina.

Segurança alimentar dos colaboradores As refeições dos colaboradores são realizadas de maneira diferente em cada empresa. Algumas delas oferecem comida feita exclusivamente para os colaboradores, dentro da própria unidade; outras contratam serviços terceirizados de alimentação com esse fim; existem, ainda, aquelas que oferecem aos funcionários a mesma comida que produz para os clientes. Em abril, a justiça determinou que a Arcos Dorados, maior franquia da rede de fast food McDonald’s na América Latina, não pode mais proibir seus funcionários de levarem a própria comida para o trabalho. Antes, eles eram obrigados a consumir apenas os lanches do McDonald’s nos horários das refeições. A decisão é da juíza Virgínia Lúcia de Sá Bahia, da 11ª Vara do Trabalho do Recife, que food service news

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por Redação atendeu pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco na ação civil pública contra a empresa. Caso o McDonald’s volte a proibir o consumo de refeição própria, terá que pagar uma multa mensal de R$ 3 mil por trabalhador prejudicado. Em nota, a assessoria de imprensa da Arcos Dorados disse que a empresa oferece alimentação de qualidade e equilibrada nutricionalmente aos colaboradores. “A empresa ressalta que cumpre rigorosamente todas as determinações da legislação trabalhista vigente e vem mantendo um diálogo de mútua colaboração com o Ministério Público do Trabalho”, informou.

Alimentação responsável A Hamburgueria Big Jack, casa especializada em hamburgueres de Campinas, possui atualmente mais de 200 colaboradores, cujas refeições são fornecidas pela própria empresa. “Nós criamos um cardápio nutricional que sempre possui arroz, feijão, salada e um acompanhamento diferente todos os dias. Um dia carne vermelha, outro dia frango, omelete, linguiça, peixe etc”, conta Gisela Freitas, gerente da unidade de Cambuí. De acordo com ela, as refeições que a Hamburgueria Big Jack fornece aos colaboradores são produzidas pelas mesmas pessoas que preparam os pratos servidos aos clientes — o arroz e o feijão, inclusive, são os mesmos para ambos. Os cuidados com as refeições servidas aos colaboradores são relacionados, principalmente, à qualidade dos alimentos e à variedade nutricional. “O nosso cardápio é variado sempre, para que eles tenham sempre uma alimentação balanceada”, conclui Gisela.

Para clientes e colaboradores O Griletto, rede de restaurantes fast food especializada em grelhados e parmegianas, conta com aproximadamente 2050 funcionários atualmente, e fornece a todos eles refeições na própria loja. De acordo com Ricardo José, sócio-fundador da empresa, os pratos que compõem o cardápio dos colaboradores são idênticos aos oferecidos aos clientes. “Precisamos ter o funcionário saudável e bem alimentado. Vale lembrar que é muito importante que o funcionário conheça os pratos que são servidos aos clientes”, afirma. Os cuidados dedicados ao preparo das refeições dos colaboradores são os mesmos que o Griletto utiliza para com os consumidores.

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“Sempre pratos frescos, saudáveis e de alto valor nutritivo”, conclui. Anvisa www.anvisa.gov.br Ducoco Alimentos www.ducocoalimentos.com.br Dr. Bactéria www.drbacteria.com.br Débora Almeida www.deboraalmeidanutri.com Funed www.funed.mg.gov.br Sodexo|Puras www.puras.com.br Grupo Monjardim www.monjardimcostelaria.com.br Teknisa Software www.teknisa.com Hamburgueria Big Jack www.bigjackhamburgueria.com.br Griletto www.griletto.com.br


NO VO

Bom para seus neg贸cios, excelente para seus clientes.

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por Redação

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por Lílian Miranda

Alimentação saudável Presente em 92,7% dos lares brasileiros, o iogurte confirma seu sucesso, mas ainda tem grande potencial de crescimento no mercado

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iogurte está presente no dia a dia dos brasileiros. Rico em vitaminas, proteínas e minerais, é um alimento extremamente saudável, com elevada quantidade nutricional e, quando ingerido com frutas picadas e cereais integrais, se torna ainda mais benéfico à saúde. Apesar de estar presente em 92,7% dos lares brasileiros segundo o Kantar WorldPanel, o consumo per capita de iogurtes no país ainda tem grande potencial de crescimento. Enquanto o brasileiro consome apenas 6,5kg/ano, na Holanda o consumo chega a 41,9 kg/ano, na França 20,7kg/ano e na Argentina 9,2 kg/ano, de acordo com dados de 2011 da Euromonitor. Mas o mercado é acirrado e as marcas nacionais investem pesado para lançar produtos que conquistem os consumidores.

Foco no aumento do consumo A Danone é uma empresa especialista em fazer iogurte, produto que desenvolveu há mais de 90 anos. “Podemos afirmar que o sabor é especial porque não vai só leite e frutas. A empresa coloca muita paixão e dedicação. É isso que faz com que nossa marca, ao longo de mais de 40 anos no Brasil, tenha se consolidado como sinônimo da categoria. É por isso também que somos líderes mundiais e nacionais na categoria de produtos lácteos frescos”, dizem os executivos da Danone Brasil, em nota. O Grupo Danone é uma empresa multinacional de origem francesa, líder mundial em produtos lácteos frescos, vice-líder em águas, nutrição infantil e hospitalar. Desde a chegada ao país, a Danone investe no desenvolvimento do setor e de produtos reconhecidos pela proposta de entregar sabor, saúde e nutrição. O desafio é ampliar o consumo de produtos lácteos frescos entre a população brasileira. A empresa cita o fator cultural relacionado ao baixo consumo. “Estamos falando de um produto que é ainda considerado aspiracional por parte da população. Não é à toa que os presidentes do Brasil usam o iogurte para demonstrar a melhoria das condições econômicas do país”. Para contribuir com o crescimento da categoria, a Danone trabalha o lançamento de marcas fortes, com benefícios específicos para o consumidor e comunicação. Entre 2004, quando Activia foi lançado, e 2012, o consumo ampliou mais de 40%, chegando aos 6,5 kg/ano consumidos pelo brasileiro atualmente. Mas a empresa ressalta que ainda pode crescer mais. Para a Danone, tão importante quanto à participação de mercado, é a expansão do mercado, que atualmente representa R$ 5 bilhões. E é esse grande potencial de crescimento que faz do Bra-

sil um mercado de grande relevância estratégica para os negócios. “O lançamento do tradicional Danone, no ano passado, foi muito importante para cumprirmos com essa tarefa de ajudar a desenvolver o mercado nacional de produtos lácteos e para o crescimento da Danone. Ele nos ajudar a abrir portas para novos consumidores. Com uma linha completa de produtos, mais saborosos e cremosos, com o melhor custo- benefício do mercado, certamente, vamos entrar na casa de milhões de brasileiros”, descreve a Danone Brasil.

Estudo da Euromonitor indica que até 2014 o mercado brasileiro de alimentos saudáveis movimentará R$ 38 bilhões, com expansão de 39% em relação ao volume atual Essa é mais uma das muitas iniciativas desenvolvidas pela Danone nos últimos anos para proporcionar acesso à população a uma categoria de alimentos saudáveis, parte de hábitos de vida e alimentares que deve agregar mais valor nutritivo à alimentação do brasileiro.

Nova categoria de iogurtes Em 2012, o consumo de iogurtes no Brasil foi revolucionado com o lançamento de Nestlé Grego, novo iogurte da Nestlé/DPA. Considerado por muitos consumidores como o melhor iogurte do mundo, o iogurte grego é cremoso, tem consistência firme e textura aveludada. Devido aos ingredientes e seu processo de fabricação diferenciado, Nestlé Grego tem menos açúcar e mais proteínas quando comparado com outros iogurtes do mercado. “Por se tratar de um iogurte extremamente saboroso, estamos certos de que o produto surpreenderá aos adeptos da categoria e atrairá muitos novos consumidores para o consumo de iogurtes”, afirma Pedro Feliu, diretor-geral da Nestlé/DPA. A Nestlé, maior empresa mundial de nutrição, saúde e bem-estar, com operações industriais em 83 países e marcas mundialmente consagradas, presente no Brasil desde 1921, abrange segmentos de mercado como achocolatados, biscoitos, cafés, cereais, cereais matinais, águas, chocolates, culinários, lácteos, refrigerados, sorvetes, nutrição infantil, nutrição clínica, produtos à base de soja, alimentos para animais de estimação e serviços para empresas e profissionais da área de alimentação fora do lar. Atualmente, a rede de distribuição dos produtos cobre mais de 1.600 municípios dos mais diversos tamanhos. food service news

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bem estar A Nestlé Brasil e suas empresas coligadas estão presentes em 99% dos lares brasileiros, segundo pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel. A empresa tem 31 unidades industriais, localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Emprega mais de 21 mil colaboradores diretos e gera outros 220 mil empregos indiretos, que colaboram na fabricação, comercialização e distribuição de mais de 1.000 itens. Este iogurte nasceu na Grécia antes da era cristã e até hoje é muito apreciado naquele país para consumo puro ou como sobremesa, servido com mel ou xarope de cereja. A culinária grega também aderiu à leveza do produto, que atualmente é bastante utilizado no preparo de pratos tradicionais. O sabor do iogurte grego logo conquistou consumidores por toda a Europa e, mais recentemente, se tornou o preferido dos americanos. A Nestlé oferece uma linha diversificada para que a tradição do iogurte grego se mantenha também no Brasil. Uma pesquisa realizada pela Nestlé no Brasil com 150 consumidores revelou que 98% acharam a consistência de Nestlé Grego ideal, 94% afirmaram que comprariam com certeza e 91% o consideraram excelente ou ótimo. Saboroso e nutritivo, Nestlé Grego pode ser consumido puro no café da manhã, como lanche da tarde ou sobremesa, mas também é versátil para ser utilizado no preparo de pratos mais elaborados. E para estimular a criatividade e aguçar ainda mais o paladar dos consumidores, a Cozinha Nestlé desenvolveu receitas exclusivas, com opções como Wrap, Pancake, Tortas, Bolo e Dips. O iogurte Nestlé Grego está no mercado com uma linha diversificada, em cinco sabores: Tradicional adoçado (400g), Frutas Vermelhas (400g), e as versões para misturar: Tradicional adoçado com pedaços de morango (130g), Tradicional adoçado com pedaços de abacaxi (130g) e Tradicional adoçado com cereal matinal (105g). A novidade estará disponível em todo o Brasil a partir de 5 de julho. Em março, a Nestlé anunciou mais uma inovação na categoria: o Nestlé Grego Light, uma versão mais leve do iogurte, que continuará com a mesma cremosidade, consistência firme e textura aveludada do original.

Com 50% menos gorduras que a versão original, em embalagens de 540g, são três diferentes opções de sabor em uma única embalagem: o Tradicional adoçado, com 78 kcal, Morango e Maracujá, com 73 kcal cada. Com o lançamento, a empresa continua oferecendo ao consumidor brasileiro a linha mais completa de iogurtes gregos. “A Nestlé foi pioneira ao trazer este conceito de iogurte para o Brasil em 2012 e, desde estão, estudamos maneiras de desenvolver um produto que mantivesse as principais características do Grego original em uma versão mais leve, atendendo àqueles que pediram por um produto com menos gordura e também menos calórico”, afirma Fernando Guerra, gerente de marketing da Nestlé/DPA. Os iogurtes Nestlé Grego e Nestlé Grego Light podem ser consumidos no café da manhã, como lanche da tarde ou sobremesa, mas também são versáteis para utilização no preparo de pratos mais elaborados, como as sugestões que os consumidores podem encontrar no site da Nestlé ou acompanhando a fanpage da marca.

Soluções que conquistam o consumidor A Batavo, marca de maior valor agregado de lácteos da BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, possui uma linha completa de leites, iogurtes, produtos de mercearia e refrigerados nas linhas: Kissy, Pense Zero, Batavinho e Naturis Soja, é a primeira do mercado que possui produtos refrigerados à base do grão. A Batavo encontrou na biomimética, ciência que procura aplicar soluções da natureza ao cotidiano do homem, o norte para a sua crença atual. A marca entende que as pessoas podem restabelecer a conexão com a natureza por meio da alimentação. “Com o apoio de uma equipe multidisciplinar, estudamos a fundo a natureza do homem. Procuramos entender as reais necessidades do mesmo e percebemos que na natureza poderíamos encontrar inspiração para criar e adaptar o nosso portfólio”, diz Luiz Franco, gerente de categoria de refrigerados da BRF.

GRANDE POTENCIAL

Setor de iogurte no Brasil oferece muitas oportunidades Apesar de estar presente em 92,7% dos lares brasileiros segundo o Kantar WorldPanel, o consumo per capita de iogurtes no país ainda tem grande potencial de crescimento. Enquanto o brasileiro consome apenas 6,5kg/ano, na Holanda o consumo chega a 41,9 kg/ano, na França 20,7kg/ano e na Argentina 9,2 kg/ano, de acordo com dados de 2011 da Euromonitor. Mas o mercado é acirrado e as marcas nacionais investem pesado para lançar produtos que conquistem os consumidores. 58 | food service news


Para materializar este conceito, a Batavo aposta no desenvolvimento de novos produtos e na adaptação dos já existentes. “Já adoçamos, por exemplo, iogurtes com açúcar da fruta, inovamos com a utilização do soro do leite, reduzimos o teor de gordura dos produtos, alteramos a composição do leite UHT semidesnatado e adicionamos mais fruta aos iogurtes”, relata Franco. A linha de iogurtes Batavo Pedaços é o grande destaque da categoria de refrigerados. Após a reformulação do produto, a marca conseguiu ampliar o market share e, consequentemente, o volume produzido. A nova composição leva até dez vezes mais fruta, não tem adição de corantes artificiais e é adoçado com o açúcar da própria fruta. Luiz Franco diz que o resultado foi imediato. “Em algumas praças, por exemplo, conquistamos a liderança na categoria de iogurtes de copos”. A Batavo também investe em linhas mais saudáveis, como a Pense Zero e a Pense Bio Fibras. O gerente justifica o investimento com números. “Um levantamento conduzido pela Abia (Associação Brasileira da Indústria da Alimentação) revela que o setor de alimentos funcionais, consumidos na forma de alimento comum, mas que trazem benefícios à saúde, como prevenção de doenças e melhora do bem-estar, crescem ao redor do mundo a uma taxa de 14% ao ano, enquanto as vendas de alimentos convencionais registram índices entre 3% e 4%. Outro estudo da Euromonitor indica que até 2014 o mercado brasileiro de alimentos saudáveis movimentará R$ 38 bilhões, com expansão de 39% em relação ao volume atual. A Batavo está atenta às oportunidades e está em linha com essa tendência de consumo”, discorre. Para se destacar em um mercado tão competitivo, a Batavo reposicionou a marca em abril de 2012, lançando novas embalagens, estabelecendo novos padrões para desenvolver os produtos, agregando valor ao portfólio, regionalizando alguns itens e otimizando a logística. “De acordo com o balanço financeiro da BRF, divulgado no dia 6 de março, a BRF encerrou 2012 como a terceira maior fabricante de lácteos do Brasil, com 10,5% de market share. As receitas no segmento totalizaram R$ 2,7 bilhões, crescimento de 6,9% em relação ao exercício anterior. É importante ressaltar que esse resultado engloba todas as marcas do segmento lácteos comercializadas pela companhia: Batavo, Elegê e Cotochés”, informa Franco. E em 2013, mais investimento. “Entre janeiro e fevereiro lançamos Batavo Hidra, bebida que une suco de fruta aos nutrientes do soro do leite. Lançamos também as edições limitadas dos iogurtes Pense Zero sabor Maracujá e Kissy sabor Abacaxi com Coco. Por fim, na linha infantil lançamos o iogurte Batavinho”, finaliza o gerente. Danone www.danone.com.br Nestlé www.nestle.com.br Batavo www.batavo.com.br


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por Redação

Benefícios além do nome Oferecidos a algumas empresas aos seus funcionários, os cartões de benefícios geram facilidades e vantagens na realização de determinados serviços

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ma boa maneira de as empresas dos mais diversos segmentos agradarem os colaboradores é oferecer a eles o cartão de benefícios. Esse cartão é sinônimo de vantagens para o empresário, como otimização de processos e redução de custos, e é utilizado como forma de fidelizar os funcionários. Para os funcionários, também há garantia de ganhos. Comodidade e praticidade são alguns deles.

Parceria pela produtividade Com doze anos de atuação no mercado, a ECX CARD é uma empresa brasileira que processa e administra um portfólio variado de cartões de benefícios. A empresa possui uma extensa rede de lojas credenciadas em todo o Brasil, e os cartões podem ser utilizados em grandes varejistas, como Supermercados Carrefour, Extra Hipermercados, Grupo Pão de Açucar, Drogarias Drogasil, Drogarias Araújo, Drogarias Pacheco, Livrarias Leitura, Centauro Esportes e muitos outros estabelecimentos. “A ECX CARD atende aos clientes de acordo com a demanda que recebe. A equipe comercial realiza uma análise e oferece soluções em benefícios de acordo com

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a necessidade das empresas. Após a parceria firmada, os cartões são disponibilizados para os colaboradores”, diz José Francisco Gomes da Silva, sócio-diretor da ECX CARD. Ele declara que os cartões de benefícios possuem foco na racionalização, otimização de processos, redução de custos para a empresa e melhoria na qualidade de vida dos colaboradores, e podem ser adquiridos por meio de parceria firmada entre empresas potenciais e a ECX CARD. “Como os produtos da ECX CARD têm foco na melhoria da qualidade de vida dos colaboradores, os mesmos se sentem satisfeitos e motivados com os benefícios recebidos e, consequentemente, há o aumento da produtividade”, afirma o sócio-diretor. Segundo José Francisco, atualmente a empresa possui em sua base de clientes cerca de 3.000 empresas de segmentos variados, além de administrar diversos cartões, como o Cartão Convênio, uma ferramenta motivacional que visa a implementação ou complementação do adiantamento salarial via meio eletrônico; o Cartão Saúde Farmácia, que permite ao colaborador comprar medicamentos em uma extensa rede de farmácias e drogarias, com prazo de pagamento de até 45 dias; o Cartão Alimentação, utilizado exclusivamen-


José Francisco Gomes da Silva, sócio-diretor da ECX CARD, afirma que os cartões de benefícios possuem foco na racionalização, otimização de processos, redução de custos para a empresa e melhoria na qualidade de vida de seus colaboradores

te para a aquisição de gêneros alimentícios, eliminando inconvenientes e custos envolvidos nos processos de compra, armazenagem e distribuição das cestas de alimentos, assegurando ainda às empresas clientes, acesso aos benefícios fiscais PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador; o Cartão Refeição, utilizado exclusivamente para pagamento de refeições em restaurantes, lanchonetes e similares; o Cartão Combustível, ideal para empresas que oferecem cotas de combustível para os veículos de seus colaboradores ou para aquelas que desejam utilizá-lo para substituição do vale-transporte; o Cartão Gestão de Combustível, que permite gerenciamento on-line do abastecimento de sua frota de veículos e reduz em até 20% as despesas com combustíveis da empresa; e o Cartão Natal, usado pelas empresas para gratificar seus colaboradores por ocasião do Natal, mediante crédito recebido no cartão. José Francisco afirma que a ECX CARD apresenta um crescimento médio de 18% ao ano. “Como o Brasil tem passado por grandes transformações após a estabilização da inflação, isto proporcionou um crescimento grande da base de consumidores que migraram da classe D para a classe C. Esta migração só foi conquistada por causa da queda da inflação, que trouxe um crescimento robusto para a economia brasileira e, consequentemente, para o segmento de cartões de benefícios”, diz.

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Ferramenta eficiente Colocando à disposição do mercado ferramentas inovadoras que facilitam e agregam valor à atividade dos clientes, a MultiPremium proporciona soluções adequadas que contribuem para a realização de resultados e para valorização de pessoas. A empresa firmou uma parceria com a Cabal Brasil, visando comercializar os cartões de benefício da bandeira Cabal Vale, como o cartão Alimentação e Refeição, em todo território brasileiro. Segundo Antônio Carlos Toledo, diretor da MultiPremium, o cartão Cabal Vale Refeição e/ou Alimentação facilita a concessão dos benefícios oferecidos pelas empresas para assegurar ou complementar a refeição dos seus funcionários, e oferece mais segurança e comodidade aos mesmos, além de contar com uma ampla rede de aceitação, composta por grandes nomes, como WalMart, Extra, Pão de Açúcar e Carrefour. “É uma eficiente ferramenta para o pagamento de benefícios aos funcionários das empre-

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Segundo Antônio Carlos Toledo, diretor da MultiPremium, os cartões oferecem muitas vantagens para os empresários

sas, exclusivamente, de forma eletrônica. O cartão Cabal Vale assegura total controle sobre os benefícios disponibilizados e a certeza de que os recursos serão utilizados de forma correta por seus funcionários, além de possuir o amparo no PAT –Programa de Alimentação do Trabalhador”, diz. Ele afirma que os cartões Cabal Vale refeição e alimentação podem ser adquiridos pelas empresas na MultiPremium, parceira da Cabal Vale. “No dia a dia, os funcionários contam com uma página na internet para consulta de saldo, extratos do cartão, troca de senha, consulta de estabelecimentos credenciados, acesso exclusivo com dicas e informações de saúde e bem estar, entre outras facilidades. A Cabal também disponibiliza uma Central de Atendimento 24 horas para os usuários”, relata. Toledo declara que para os empresários os cartões também oferecem inúmeras vantagens. Com o cadastro no PAT, as empresas podem contar com os benefícios do Governo Federal, como o incentivo fiscal, com dedução de até 4% do imposto de renda, e isenção de encargos sociais sobre os valores concedidos por aqueles que oferecem o auxílio aos seus funcionários. “Oferecendo esse benefício aos seus colaboradores, consequentemente aumentará a produtividade, e haverá maior integração entre trabalhador e empresa, redução do absenteísmo – atrasos e faltas -, e redução da rotatividade”, ressalta o diretor. Ele diz ainda que a MultiPremium e a Cabal têm uma política comercial mais atrativa para atender, como prioridade, empresas de pequeno e médio porte que não são atendidas pelos grandes players de convênio refeição e alimentação. “Com a Cabal Vale, estas empresas contam com mais controle, menos burocracia e mais facilidade na operacionalização. Toda a gestão do benefício é feita por meio da internet, permitindo cargas, acompanhamento do uso, bloqueio do cartão e emissão de extratos e relatórios, o que proporciona ao departamento de recursos humanos maior agilidade no manuseio e distribuição dos benefícios, reduzindo assim os custos operacionais”. Em relação a parceria da MultiPremium com outras empresas, Toledo afirma que há um trabalho de comercialização dos serviços Cabal Vale Refeição e Alimentação junto

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aos clientes de premiação, e também a realização da prospecção de novos clientes nas regiões onde a empresa atua, concentrando o serviço atualmente em Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis, Recife e Porto alegre. “Estabelecemos uma parceria com a Cabal em setembro de 2011, com o objetivo de expandir a atuação da marca, e atuamos na área de credenciamento de estabelecimentos, promovendo um crescimento na base de estabelecimentos na ordem de 50%. Além desse trabalho, atuamos na comercialização dos serviços de convênio refeição e alimentação junto à nossa carteira de clientes, prospectando novos nas cidades que se encontram dentro do projeto de expansão”, explica. De acordo com ele, são oferecidos o Cartão Cabal Vale Refeição, como eficiente meio de pagamento, aceito em diversos em restaurantes, lanchonetes e similares em todo o Brasil - e o Cartão Cabal Vale Alimentação, desenvolvido para atender às empresas que desejam conceder benefícios na modalidade

O cartão de benefícios é sinônimo de vantagens para o empresário, como otimização de processos e redução de custos, e é utilizado como forma de fidelizar os funcionários “Alimentação”, válido apenas para a aquisição de gêneros alimentícios. “Os produtos Cabal Vale Refeição e Alimentação têm registrado crescimento anual de 50% em sua base de cartões, e em 2012, o número de estabelecimentos credenciados à rede Cabal cresceu 75%, com destaque para a forte expansão no Rio de Janeiro e São Paulo”, relata. ECX CARD www.ecx.com.br MultiPremium www.multipremiumcard.com.br

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por Redação

Bassi deixa importante legado A herança de Marcos Guardabassi, o artesão das carnes, foi construída com conhecimento, inovações e é grandemente reconhecida no cenário gastronômico

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om 64 anos de idade, o Chef Marcos Guardabassi, mais conhecido por Marcos Bassi, morreu no domingo, 24 de março, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado para tratar de um câncer no pulmão. O velório foi realizado no Funeral Home e o corpo encaminhado ao cemitério do Araçá. Casado com Rosa Maria, Bassi deixou duas filhas – Fabiana e Tatiana, que o auxiliava na administração de seus negócios, além dos muitos fãs e admiradores do seu trabalho e de sua trajetória no mercado. Filho de uma dona de casa e de um alfaiate italianos, Bassi nasceu e cresceu no bairro do Brás, na região central de São Paulo. Com oito anos, começou a trabalhar como ambulante, vendendo miúdos de boi. Anos mais tarde, com a ajuda da mãe, abriu o primeiro açougue, no Mercadão Municipal. Depois, no bairro do Bixiga, adquiriu um espaço chamado “Casa de Carnes Bassi”, que atendia imigrantes ingleses, franceses, alemães e italianos. Lá dentro, ele construiu uma churrasqueira, com o objetivo de preparar seus famosos cortes, tornando-se fornecedor para restaurantes, lanchonetes e hotéis. Em 1978, Bassi abriu a “Central Frigorífica de Carnes Nobres Bassi”, na Rua 13 de Maio, e foi pioneiro na implementação do sistema a vácuo e do processo de maturação no Brasil. Junto ao estabelecimento havia uma sala para 12 pessoas, onde eram feitas as degustações de carnes que ele preparava. Bassi percebeu, então, a necessidade de atender os clientes de forma mais próxima. Em 1979, inaugurou sua primeira churrascaria. A partir de então, com muitos estudos, experimentos e resultados, a história de Bassi tornou-se sinônimo de sucesso. Entre suas descobertas mais conhecidas e tradicionais está a Fraldinha, considerada por ele a descoberta mais importante. Bassi dizia que para a carne — que tem baixo teor de gordura — não ficar ressecada, a atenção com o tempo

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de maturação e a temperatura do preparo eram essenciais. Além disso, o chef criou o steak do açougueiro, copiado por muitos, e o bombom, corte feito a partir do miolo da alcatra, opção de carne mais magra, porém igualmente saborosa. Para acompanhar o prato, Bassi indicava farofa, arroz, salada fresca e palmito pupunha assado. Trazendo à tona sua trajetória e transmitindo aos leitores todo o conhecimento que adquiriu no seu trabalho com a carne, o livro “Carnes e Churrasco” destaca os principais cortes utilizados pelo autor em seu restaurante e vem mostrar que um churrasco pode ser realizado por qualquer pessoa, seja ela especialista no assunto ou não. Objetivando também um maior entendimento do consumidor em relação ao assunto, Marcos Bassi lançou o DVD “A Magia do Churrasco”, que traz segredos e dicas do chef e ensina o caminho certo para obter sucesso na realização de um churrasco. O último trabalho de Bassi foi como proprietário do restaurante Templo da Carne, localizado no bairro Bela Vista, em São Paulo. Após passar por uma ampla reforma, a casa praticamente dobrou sua capacidade, e o seu salão principal adquiriu um estilo mais moderno, contando com espelhos em uma das paredes, garantindo iluminação natural e uma maior amplitude ao ambiente. Já no andar de cima do estabelecimento, foi criada uma sala com capacidade para até 40 pessoas, dedicada a confraternizações, eventos e reunião de negócios. O restaurante recebeu o prêmio “Melhores do Vinho 2012” pela revista Prazeres da Mesa e possui também o melhor custo-benefício do Brasil em vinhos, oferecendo os mesmos preços praticados pela importadora. Com sua longa trajetória, Bassi ficou conhecido como “artesão das carnes”, foi autodidata, dedicando-se aos estudos e aprendendo sobre cortes, irrigação sanguínea, maciez, textura e outros assuntos ligados à carne, que vieram enriquecer seu trabalho e torná-lo conhecido por todos os cantos. Marcos Bassi www.marcosbassi.com.brw


Por meio de muito estudo e experiências, Bassi sempre trouxe novidades para o mercado e construiu uma trajetória de sucesso Divulgação

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economia |

por Lílian Miranda

Confeitaria saborosa Empresas investem em cremes tipo chantilly para o mercado de sobremesas

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hantilly lembra bolo, lembra festa. E esse creme tão saboroso, um dos mais utilizados nas confeitarias, tem forte presença no mercado de food service. Também chamado de chantilly vegetal, o creme tipo chantilly é oferecido por diversas marcas, elaborado sem adição de leite e com textura suave. Esse tipo de chantilly tem substituído ou adicionado ao chantilly natural à base de leite em muitas padarias e confeitarias devido à sua maior durabilidade, pois o chantilly original, que nada mais é do que nata e açúcar batidos, tende a azedar rapidamente. Além do fato de o chantilly vegetal ser isento de lactose, ele é bem mais saudável, menos calórico, sem gorduras trans e, segundo os confeiteiros, é de fácil manuseio para se obter o ponto desejado e fazer acabamentos em tortas. O creme natural foi criado na França pelo cozinheiro Fritz Carl Vatel, no castelo de Chantilly. Utilizando o leite da região, que era mais gorduroso, adicionando açúcar e batendo essa mistura, obteve um creme vistoso e de ótimo sabor, que foi servido à corte francesa. Agradou tanto que aquele creme foi batizado com o nome do castelo. No início, havia certo preconceito a respeito do creme vegetal, já que as pessoas confundiam esse tipo de creme com o glacê produzido com banha ou posteriormente com gordura vegetal, que não levava leite na receita. Esse tipo de produto era resistente ao calor, mas com sabor muito ruim. O creme vegetal de hoje, da maneira como é produzido, tornou-se uma ótima escolha.

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Dessa forma, o creme vegetal vem cada vez mais conquistando o mercado, com um produto mais barato, mais resistente ao calor, que não solta soro, não amarela, com vida útil muito maior e um ótimo sabor.

Estabilidade no produto e no mercado Desde 1982 no mercado produzindo corantes e aromas para confeitarias que desde o princípio se diferenciaram por sua qualidade, a Arco-Íris Brasil investiu na Linha Arcólor de Confeitaria. Formada por corantes, essências, açúcares, geleias de brilho, pastas de açúcar e misturas para preparação de recheios, coberturas, bolos e confeitaria em geral, com destaque para os produtos Chantycólor, lançados em 2005, ideais para o recheio, decoração e acabamento de tortas e sobremesas. O creme vegetal tipo chantilly possui alta estabilidade e é acondicionado em embalagem UHT de um litro. Fácil de montar, é vendido pronto para ser utilizado. Tendo como público-alvo padarias, confeitarias, hotéis, caterings e donas de casa, o produto é bem versátil. “O crescimento do segmento de confeitaria abriu as portas para chegarmos até o mercado semiprofissional e agora ele já representa 10% das vendas”, explica Alexandre Gomes, diretor comercial da Arcólor. Sua ótima estabilidade, seu suave sabor que permite o uso de aromas, além da possibilidade de adição de corantes são diferenciais apresentados por Gomes. Depoimentos pesquisados na internet comprovam a consistência do produto, além de ressaltarem o

Divulgação

Segundo Vanessa Marafante, diretora administrativa e sócia da Doce Vida, a propaganda 'boca a boca' é a que mais tem efeito: “Quem experimenta Doce Vida sabe o que é bom", diz.


bom rendimento. Qualidades que renderam bons lucros para a Arcólor. “Só em 2012, o crescimento do Chantycólor foi de 31%”, revela o diretor comercial.

Base em pó A Liotécnica, empresa 100% brasileira especializada em oferecer as melhores soluções em ingredientes e produtos usando tecnologias de secagem de alimentos, para preservar o que a natureza tem de melhor, possui a linha Qualimax Food Service, que oferece mais de 80 diferentes produtos de qualidade, excelente custo-benefício e praticidade para ho-

téis, restaurantes, cozinhas industriais, hospitais, bares, entre outros. Em 2008, lançou o Creme Chantilly Qualimax, voltado para este mercado, principalmente confeitarias, restaurantes e panificação. É um produto em pó, prático, de preparo rápido e fácil, bastante versátil nas aplicações. Disponível em embalagens de 510g, o produto tem um rendimento de 4,5 litros quando preparado com água e 6,8 litros quando preparado com leite. Com uma estrutura leve e consistente, o Creme Chantilly Qualimax pode ser aplicado em recheios e coberturas de bolos e tortas, para confeitar sobremesas, acompanhamento de frutas,

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economia

Divulgação

De acordo com Fabiana Mazzulli, coordenadora de Marketing de Consumo da Liotécnica, a empresa é muito rigorosa em seu processo de fabricação dos produtos, como o Chantilly, o que resultou na obtenção de diversas certificações, dentre elas a ISO 22.000.

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sorvetes e bebidas quentes, como café, cappuccino ou chocolate. É versátil, possibilitando a adição de chocolate em pó, frutas secas e frescas, entre outros. Basta adicionar o produto em água ou leite gelado e bater em velocidade alta por 5 a 10 minutos para obter um chantilly aerado, que se mantém firme nas aplicações e com excelente sabor. Para que o produto não se altere devido à industrialização, é constantemente avaliado, testado e aperfeiçoado. “A Liotécnica é muito rigorosa em seu processo de fabricação, tanto que obtemos diversas certificações, dentre elas a ISO 22.000, que oferece total garantia nos processos”, relata Fabiana Mazzulli, coordenadora de Marketing de Consumo da Liotécnica Tecnologia em Alimentos Ltda. Além de poder ser preparado tanto com água como com leite, o produto pode ser congelado sem perder suas características, descongelando sob refrigeração. “O produto em pó oferece um shelf life maior, de 12 meses. Após aberto e guardado em boas condições, o Chantilly Qualimax pode ser usado em até 30 dias. É uma excelente opção cus-

to-benefício para o operador food service”, descreve a coordenadora.

Sabor que incrementa os negócios Comprometida com seu propósito de melhorar a vida, garantindo de forma sustentável a alimentação de uma população em crescimento, a Bunge, uma das principais empresas de agronegócio e alimentos do Brasil, oferece uma linha exclusivamente dedicada ao food service. Por sempre investir em tecnologia e inovação, possui o mais completo portfólio de produtos e serviços. Soluções que vão da entrada à sobremesa e que trazem as tendências mundiais do segmento. Versáteis e de fácil aplicação, os produtos para panificação Bunge Pro dão um toque especial às receitas e facilitam o dia a dia dos profissionais do setor. Os produtos incrementam a qualidade das preparações e ainda inspiram a renovação do cardápio. Entre eles estão os cremes de Chantilly: Chantilly Ricca e Chantilly Gradina, elabora-


dos com matérias-primas rigorosamente selecionadas e com alto padrão de qualidade. O Chantilly Ricca foi lançado em 2005 com a Marca Bunge Pro e, em 2008, passou para a marca Ricca. Preparado com creme de origem vegetal, é utilizado em recheios, coberturas ou para decoração de bolos e tortas. Oferece grande facilidade na aplicação, com ótimo alisamento, o que garante a preparação de doces mais sofisticados. Rende três vezes o seu volume, com um produto final mais leve e de sabor equilibrado. O Chantilly Gradina, incorporado ao portfólio da Bunge no início de 2008, possui excelente performance, rendimento e estabilidade para a decoração de bolos, tortas, sobremesas, aplicações com frutas, recheios e coberturas. De fácil aplicação, permite adição de outros ingredientes, como suco de frutas, inclusive cítricos, sem perder as características do creme. Também rende três vezes o seu volume, com um produto final mais leve. O público-alvo engloba chefs, confeiteiros em restaurantes, padarias, rotisseries, redes de catering, pequenas confeitarias e confeiteiros informais, que têm na Bunge Pro uma

O creme vegetal tipo chantilly vem, cada vez mais, conquistando o mercado com um produto mais barato, com vida útil muito maior e um ótimo sabor grande aliada para dar muito mais qualidade às suas receitas. “Nossos produtos ressaltam o sabor, provocam os sentidos e despertam os paladares mais apurados, incrementando o sabor e os resultados do seu negócio”, diz Elis Regina Nisa, gerente nacional de Marketing e Trade Marketing Food Service da Bunge Brasil Como diferencial dos produtos, a gerente destaca sabor, rendimento e estabilidade, proporcionando maior duração do produto final, que destaca a marca no mercado. Arcólor www.arcolor.com.br Qualimax www.qualimax.com.br Bunge Pro www.bungepro.com.br

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carreira |

por Flora Libânio

Negócios em família Com números altos de crescimento, o mercado de food service apresenta vários desafios para as empresas do setor, mas as oportunidades de bons resultados são ainda maiores

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ão muitos os desafios de se gerir uma empresa familiar. Trabalhar ao lado de parentes, adotar uma cultura corporativa, definir a sucessão e optar pela profissionalização ou não da empresa são alguns deles. Há dados otimistas em relação às empresas familiares. De acordo com a pesquisa feita pela Prosperare, as empresas lideradas por grupos familiares têm 26% do retorno do capital investido, enquanto as demais alcançam uma taxa de 21%. John L. Ward, norte-americano especialista em gestão de empresas familiares, enxerga os diferenciais deste estilo de empreendimento. Segundo o estudo realizado por ele, 2/3 da taxa de sucesso desses negócios vêm das suas estratégias, que geralmente não são convencionais, contrárias às expectativas e de longo prazo. O outro 1/3 está ligado à cultura dos sócios e de valores comuns adquiridos em uma mesma educação, que trazem bases sólidas essenciais para um empreendimento e uma orientação temporal centrada na história da empresa. Na opinião de Edson Miranda de Souza, diretor da Aprumar Consultoria, é importante que os herdeiros de empreendimentos familiares tenham experiências em empresas que não sejam da família. “Quando isto acontece, principalmente no início de carreira, pode propiciar um grande amadurecimento profissional. Dependendo da empresa em que for trabalhar, há a oportunidade de aprendizado, ampliação de horizontes e contato com ambientes culturais de negócios diversificados”, diz. Além disso, Souza ressalta que a família precisa entender e separar os papéis de investidores dos de gestores. “São coisas diferentes”.

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Tradição mineira Tudo começou com uma receita caseira. Da criação de uma pequena loja em Belo Horizonte ao posto de exportadora internacional de pães de queijo passaram-se 23 anos. Neste meio tempo, a família que fundou a Forno de Minas inaugurou uma fábrica em 1995, vendeu o controle acionário a uma empresa norte-americana em 1999 e, dez anos depois, readquiriu os direitos. Atualmente, exporta para os Estados Unidos, Canadá, Uruguai e Portugal. Como manter os negócios e as relações familiares em tanto tempo de história? De acordo com Hélida Mendonça, “é importante a liberdade das pessoas falarem o que pensam, serem humildes e ter no diálogo a razão para a solução dos problemas, além do espírito de equipe e colaboração, já que o negócio é de interesse em comum”. Hélida é diretora de RH e comunicação da empresa. Ela trabalha ao lado da mãe, Dona Dalva, diretora de desenvolvimento, e do irmão Helder, presidente da empresa. “Procuramos resolver tudo juntos e em parceria, sempre ouvindo o que outro tem a dizer. Compartilhamos as opiniões e procuramos as melhores soluções para o negócio”, diz Hélida. Ela garante que não há grandes conflitos entre os três. No máximo, o que acontece é uma divergência de opiniões. “Neste caso, discutimos exaustivamente a questão até chegarmos a um denominador comum”, revela. Atualmente, há uma cláusula na empresa que estabelece a não contratação de parentes.

Pizzaria Parada do Cardoso, em Belo Horizonte: André Luiz Carvalho, o fundador, se planejou para passar o negócio ao casal de filhos, que hoje ajuda na administração.


Parada do Cardoso

“Abrimos raríssimas exceções, como no caso de um estágio, por exemplo”. No mais, a empresa vivencia desafios comuns a outras empresas, independentemente de serem familiares ou não, e busca se diferenciar no mercado. “No nosso ponto de vista, a empresa tem que estar preparada para contratar os melhores profissionais do mercado, ter os melhores produtos, ter uma gestão profissional, buscar inovações, novas tecnologias e estar antenada às novidades do mercado, além de investir em treinamentos e capacitação”, completa Hélida.

De pai para filho O mineiro André Luiz Carvalho viveu o desafio de conviver com a mistura dos papéis de gestor e chefe de família. Há mais de 15 anos, ele e Maria Geralda Carvalho, sua esposa, comandam a Parada do Cardoso, tradicional pizzaria localizada no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte. O estabelecimento ocupa um quarteirão inteiro na Praça Ernesto Tassini. “Planejamento e empreendedorismo familiar são estratégias que a Parada do Cardoso considera essenciais para a longevidade e sucesso do restaurante”, revela Carvalho, o patriarca da família. Maria ajuda no desenvolvimento das receitas. Na época em que o casal abriu o negócio, os filhos

Fabiana e Daniel Carvalho, hoje com 35 e 33 anos, ainda eram adolescentes. “As empresas familiares devem se preocupar com quem serão os futuros responsáveis. Assim, todo o investimento não se perde ao longo dos anos. Eu já me preocupava com isso quando abri a pizzaria”, conta. Atualmente, o negócio também é comandado pelos filhos, formados em marketing e em administração, e conta com 33 funcionários. No início deste ano, ampliaram o horário do delivery: Agora, o serviço começa às 15h, sendo que antes se iniciava às 18h, e atende toda a capital mineira. Para 2013, esperam que o faturamento supere ao do ano passado em 30%. “Atualmente, convivemos com o desafio de otimizar a gestão eficiente da empresa e do patrimônio da família”, afirma Daniel. A pizzaria também é exemplo de gestão financeira saudável e responsável. “Há alguns anos investimos em ações de apoio a projetos culturais, urbanísticos e instituições filantrópicas”.

Papéis bem definidos Há mais de 25 anos, a Local Service atua no mercado de cozinhas profissionais. A empresa possui vasto portfólio de produtos e serviços, oferece locação de equipamentos e fabrica equipamentos em aço inox. food service news

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carreira

herança!

Família unida enriquece todo dia De pai para filho, um legado com dados otimistas De acordo com pesquisa feita pela Prosperare, as empresas lideradas por grupos familiares têm maior retorno do capital investido que as demais.

Demais empresas

21%

26%

Empresas lideradas por grupos familiares

tradição e estratégia definem o perfil das empresas familiares John L. Ward, norte-americano especialista em gestão de empresas familiares, enxerga os diferenciais deste estilo de empreendimento. Segundo o estudo realizado por ele: 2/3 da taxa de sucesso desses negócios vêm das suas estratégias, que geralmente não são convencionais, contrárias às expectativas e de longo prazo.

1/3 está ligado à cultura dos sócios e a valores comuns adquiridos em uma mesma educação, que trazem bases sólidas essenciais para um empreendimento e uma orientação temporal centrada na história da empresa.

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A Local Service é comandada pelo casal Fábio de Nadai e Naura Oliveira de Nadai, diretor-geral e diretora de relacionamento. Armando de Nadai, pai de Fábio, é membro do conselho, e Gilio de Oliveira, pai de Naura, é supervisor-geral. Marina Oliveira de Nadai, de 27 anos, é filha do casal e engenheira de produção. Já trabalhou na empresa e, atualmente, finaliza um MBA em Londres. “O meu relacionamento com os outros membros da família funciona porque os papéis estão bem definidos atualmente”, afirma Naura. “Para manter a boa convivência, é preciso bom senso e muita maturidade”. Segundo Naura, a convivência com os funcionários que não são parentes não é muito diferente do que acontece nas demais empresas. “São as mesmas facilidades e dificuldades”, acredita. Na opinião da diretora, os principais desafios encontrados em empresas com este perfil são a transformação de empresa familiar em profissional (atualmente, a Local Service é totalmente profissional), respeitar regras e hierarquias, definir bem os papéis de cada membro da família e não misturar problemas familiares com a vida profissional. Para os familiares que desejam abrir uma empresa, Naura aconselha obter o máximo de informações possíveis sobre o assunto. “Atualmente, há uma vasta literatura sobre o tema e órgãos especializados”, diz.

Sucessão em aberto Fany Balabram, criadora e proprietária da Fany Bombons, em Belo Horizonte, até 1976 atuava como servidora pública. Naquele ano, pediu demissão e foi trabalhar ao lado do marido, Moysés, em uma construtora de engenharia civil, área dele. Ela ficou responsável pela parte administrativa. Em 1983, em meio à crise do setor, Fany arregaçou as mangas e começou a cozinhar e comercializar doces e bombons. “Eu e meu marido varamos noites trabalhando e fazendo doces”, recorda. Moysés atuou na construção civil até 1986 e, depois, se tornou sócio da esposa. Fany e Moysés têm quatro filhos e quatro netos, com idades entre 7 e 12 anos. Dos filhos, apenas Edna, a mais velha, que mora na Argentina, não possui vínculo com o negócio da família. Os outros três estão na sociedade e, no passado, ajudaram os pais a fazerem os doces. Elisa, uma das filhas do casal, se formou em engenharia civil, mas não atua na área. Especializou-se em administração e em marketing, o que contribuiu muito para a gestão da Fany Balabram. Atualmente, ela ajuda a distância. “Mesmo morando em Nova York, ela dá palpites nas questões do marketing e do nosso site”, conta Fany. Apesar de estarem na sociedade, os outros filhos não trabalham na Fany Bombons, até porque trilharam caminhos diferentes. Débora é médica e reside em Belo Horizonte, enquanto Ary Alberto é engenheiro mecânico e mora em Indaiatuba, no estado de São Paulo. Atualmente, a Fany Bombons conta com duas lojas na capital mineira e 20 funcionários. A proprietária é autora das receitas que deram origem às tortas, trufas e chocolates que são comercializados há 30 anos. Fany garante que a convivência com o marido e filhos sempre foi boa, mesmo trabalhando juntos há décadas. No entanto, uma incógnita permanece na vida do casal: a sucessão da empresa. “Por enquanto, não temos planos”, revela Fany. Forno de Minas www.fornodeminas.com.br Parada do Cardoso www.paradadocardoso.com.br Local Service www.localservice.com.br Fany Bombons www.fanybombons.com.br


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eventos |

por Lidiane Carvalho

Samba e Food Service

O carnaval deste ano trouxe novidades nos camarotes dos sambódromos do Rio de Janeiro e São Paulo

A

maior festa popular do país aconteceu do dia 8 a 12 de fevereiro deste ano. Além de trazer diversão, o evento aquece a economia do Brasil. A estimativa do Ministério do Turismo (MTur) é de que o carnaval tenha movimentado cerca de R$ 5,7 bilhões em todo país. Apenas o Rio de Janeiro esperou por 900 mil turistas, que contribuíram para a circulação de R$ 1 bilhão, em média. No ano passado, a expectativa era de 850 mil turistas, número que foi superado, chegando a mais de 1 milhão de pessoas vindas de outros lugares. Em São Paulo,um levantamento feito pelo Observatório do Turismo revelou que 22,54% das pessoas que estiveram presentes no sambódromo do Anhembi eram de fora da cidade, sendo 12,82% de fora da Grande São Paulo. A permanência desses turistas na cidade foi de, aproximadamente, 2,7 pernoites e o gasto médio foi de R$ 728,08, dividido em hospedagem, alimentação, lazer, transporte e compras. Segundo a assessoria de imprensa da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), a Marquês de Sapucaí recebeu uma média de 72 mil pessoas, por noite, no desfile do grupo especial e em torno de 70 mil no desfile das campeãs, acomodados em arquibancadas especiais, cadeiras individuais, frisas, camarotes e arquibancadas populares.

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Nos camarotes, as empresas aproveitaram a visibilidade para a divulgação da marca e produtos.

Vinho ganha espaço no carnaval de São Paulo A novidade do Anhembi, este ano, foi o camarote exclusivo dos Vinhos do Brasil. “Montamos uma verdadeira plataforma de negócios para receber compradores e também formadores de opinião do mundo do vinho e de fora dele”, disse o gerente de promoção e marketing do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Diego Bertolini. Além do camarote, o vinho foi tema da escola de samba Vai-Vai. A iniciativa foi do Ibravin, com patrocínio da Verallia. Outros patrocinadores foram a Tetra Pak e as vinícolas Aurora, Cereser, Góes, Greenday, Perini e Salton. O apoio foi da Scholle Packaging, da Miolo, da Santille e da Alberto Belesso. O suco de uva também esteve presente, com patrocínio das marcas Greenday e Jota Pe. Ao todo, foram captados R$ 1,35 milhão para investir na Vai-Vai – 90% dos recursos vieram por meio da Lei Rouanet. Por ser tema de uma escola, a divulgação dos Vinhos do Brasil começou cedo. Durante os eventos e ensaios da Vai-Vai, houve degustação e comercialização da bebida. E contou com as presenças, inclusive, de artistas, como a modelo e apresentadora Ana Hickmann, madrinha da escola, e a atriz Adriana Lessa, destaque na escola. “Demoramos muito tempo pra perceber a harmonia e o potencial que há entre a maior festa popular do mundo, que é o carnaval, e o vinho, uma bebida tradicionalmente ligada à cultura e à celebração”, declarou o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Alceu Dalle Molle. Nas arquibancadas, os Vinhos do Brasil foram vendidos a preços populares, em uma inédita embalagem de 250 ml da Tetra Pak. Segundo o presidente, o objetivo da ação era democratizar, popularizar e aumentar o consumo do vinho brasileiro no país. “A parceria com a Tetra Pak neste patrocínio da Vai-Vai nos ajudará a fortalecer a imagem do vinho brasileiro, além de promover e viabilizar consumo de vinho em eventos de massa, pela praticidade e segurança da embalagem cartonada”, afirma. Para o vice-presidente de estratégia de negócios da Tetra Pak, Eduardo Eisler, a intenção é oferecer um ótimo vinho em embalagens seguras, modernas e práticas. “A presença no carnaval será uma grande oportunidade de quebrar paradigmas e mostrar ao consumidor que é possível oferecer um vinho de alta qualidade em caixinha”, ressalta Eisler.

Nos camarotes e áreas VIPs da escola e do sambódromo também foram comercializados vinhos e espumantes nas tradicionais garrafas de 750 ml, com os rótulos das vinícolas parceiras, bem como vinhos em taça, servidos em embalagens bag-in-box, e suco de uva. O gerente de promoção e marketing do Ibravin estimou cerca de R$ 15 milhões em retorno de mídia espontânea. “Os Vinhos do Brasil foram destaque dos principais veículos de comunicação nos últimos dias, sobretudo agora com o desfile da Vai-Vai”, destacou Bertolini. “Nossa missão de divulgar e democratizar o vinho no Brasil, especialmente no principal mercado consumidor, foi cumprida com pleno êxito”, avaliou Bertolini, após o resultado. No ano passado, os Vinhos do Brasil foram tema da escola de samba Estado Maior da Restinga, que acabou como campeã do carnaval de Porto Alegre, e a ideia, para os próximos anos, é chegar ao carnaval do Rio de Janeiro e também ao nordeste.

Universo Devassa na Sapucaí Entre os camarotes da Sapucaí estava o Espaço Devassa que, em parceria com o Buffet Fasano, contou com 600 convidados por dia de evento. “A Devassa é uma marca alinhada com o entretenimento, com a diversão, a alegria e, acima de tudo, a ousadia. Essas são características próprias do carnaval e que combinam com a marca”, relata a assessoria de imprensa da empresa. No cardápio, novidades como ravióli de salmão, massa fresca com recheio de queijo coalho e açafrão da terra e o risoto de abóbora com carne seca, além de pratos utilizando a cerveja como um de seus ingredientes, como o duo de mousse de cerveja Devassa Loura e Ruiva com caramelo de Devassa Negra e o brigadeiro de saquê, com praliné de gergelim negro. Para acompanhar os pratos foram oferecidas as cervejas Devassa. Segundo a assessoria, foram 300 kg de risoto, 31 mil unidades de ravióli, 180 litros de molho de ossobuco e 12 mil unidades de doces, nos três dias. Para servir os convidados, o buffet contou com um staff de 75 pessoas por dia. O camarote, cujo tema foi “Universo Devassa”, também inovou no ambiente. A decoração trouxe mais de 27 mil garrafas da cerveja Devassa by Playboy, lançamento de verão. A empresa também ofereceu serviços como:a Casa de Criadores, que cuidou da customização das food service news

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eventos |

por Lidiane Carvalho

Vera Donato

Vera Donato

camisetas (abadás), com Walério Araújo como um de seus estilistas, um lounge com massagem do Buddha Spa, show exclusivo com o cantor Leandro Sapucahy e serviços de maquiagem com o profissional Mauro Brettas. Outra novidade do tradicional camarote foi referente ao bar. “Vale destacar que, pela primeira vez em toda a sua história na Sapucaí, o bar do Espaço Devassa foi dupla face, que era possível ser acessado dos ambientes de dança e frisa. Essa mudança permitiu que os convidados tivessem mais comodidade, sem precisar se deslocar de um ambiente para o outro para apreciar as cervejas da marca”, explica a assessoria.

Na decoração do camarote, mais de 27 mil garrafas da Devassa by Playboy, lançamento de verão

Em parceria com a Rede Globo, Porcão estreia na Sapucaí

Porcão chega ao sambódromo

Luiz Guilherme Fernandes

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O bar dupla face, destaque no Espaço Devassa

Pela primeira vez na Sapucaí, a Brasil Foodservice Group (BFG) investiu em um camarote. Segundo a assessoria de imprensa do grupo, a iniciativa faz parte do projeto de expansão da marca Porcão, que abriu, recentemente, novas unidades em Santa Catarina e no Espírito Santo. “A BFG acredita que a Marquês de Sapucaí, um dos mais animados e tradicionais carnavais do mundo, é uma excelente vitrine para expor a marca”, conta a assessoria. O grupo, fundado em 2011,


Os vinhos foram comercializados em caixinhas especiais, a preços populares, com o objetivo de democratizar a bebida Jane Prado/ Especial/ Ibravin

controla os restaurantes Porcão (churrascaria), Garcia & Rodrigues e Porcão Gourmet. Em parceria com a Rede Globo de Televisão, o camarote recebeu, em média, 400 convidados por dia. “O Porcão foi responsável por fornecer toda a alimentação dos funcionários da emissora de TV”, explica. O carro-chefe do restaurante são as carnes. Mas, devido à inviabilidade técnica para fazer churrasco, a empresa destacou outra especialidade muito apreciada por seus clientes, tanto no Porcão Gourmet como na churrascaria: a ilha de comida japonesa, com diferentes tipos de sushis e sashimis. O buffet serviu pratos quentes, como escondidinhos, risotos e carnes. Ao lado do bar foi instalado uma bancada com variedades de frios e petiscos. Dentre as bebidas, podiam ser encontradas chope, caipirinha e, a que teve mais saída, o champagne rosé Moet & Chandon. O grupo não teve dificuldades com mão de obra, pois moveu cerca de 70 funcionários do estabelecimento para fazer parte da equipe de trabalho do camarote. Ministério do Turismo (MTur) www.turismo.gov.br/turismo Observatório do Turismo www.observatoriodoturismo.com.br Instituto Brasileiro do Vinho www.ibravin.org.br Tetra Pak www.tetrapak.com/br

Devassa www.devassa.com.br Brasil Foodservice Group www.bfgroup.com.br Porcão www.porcao.com.br

Jane Prado/ Especial/ Ibravin

Os vinhos foram distribuídos e vendidos nos ensaios da Vai-Vai e no Anhembi


evento ii |

por Lidiane Carvalho

Noite Equestre A Bom Sabor recebeu seus convidados em uma hípica para celebrar a empresa e homenagear Inez Appel

N

o dia 7 de março deste ano, a família Appel, da empresa Bom Sabor, nos acolheu no Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo. Intitulada “Noite Equestre”, o evento contou com as presenças dos colaboradores, clientes e amigos da empresa. O local escolhido tem um motivo especial. Inez Appel, mãe dos donos da Bom Sabor, Márcio Appel e Mário Appel, era amazona desde criança e chegou a ajudar na gestão do clube por muitos anos, inclusive levou os filhos para competir. “A gente viajou o Brasil inteiro e posso garantir que os melhores momentos que tivemos em família foi em volta dos cavalos”, diz Mário Appel, presidente da Bom Sabor.

Além da competição, o público acompanhou uma apresentação de uma carruagem com um cavalo lusitano, um minicavalo e o cavaleiro de adestramento, Leandro Aparecido. O vencedor da prova foi o cavaleiro Vitor Alves Teixeira. Os outros cinco colocados que subiram ao pódio foram Fernando José de Assis Costa, Andrea Guzzo Muniz Ferreira, Tiago Macedo de Noronha Diniz Costa, Luiz Carlos da Costa Mata e Stephanie Castueira. Depois da premiação, os irmãos Márcio Appel e Mário Appel fizeram uma apresentação em vídeo sobre a história da empresa e seu atual momento no mercado. Márcio contou que o sonho da mãe era atingir 5 mil clientes, e, no ano passado, atingiram a marca de 10 mil clientes ativos. Ele afirmou, ainda, que em 2012 o crescimento da empresa foi de 30%, enquanto o Brasil cresceu 0,9%. Também inauguraram um novo prédio, participaram da feira SIAL, na China, da Fispal, em São Paulo, e da Super Rio. Foram abertas filiais em Campinas, Porto Alegre e Belo Horizonte. A pretensão para este ano é de abrir mais quatro filiais. A Bom Sabor produziu mais de 3 bilhões de sachês, sendo mais de 250 milhões por mês, além de investir na modernização da linha gráfica da empresa com a compra de 3 novos equipamentos de impres-

O evento foi em celebração pelo momento que a empresa vive e em homenagem à Inez Appel, veterinária e empresária. O evento teve o intuito de celebrar o bom momento que a empresa vive e homenagear a empresária e veterinária, que faleceu em 2009 e foi presidente da empresa por 30 anos. Abrindo a noite, o IV Grande Prêmio Inez Appel, competição de hipismo que foi disputada em duas voltas. Os convidados puderam acompanhar a disputa em um lounge montado ao lado da arquibancada, onde foi servido um coquetel.

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Divulgação

Os irmãos Mário e Márcio Appel na premiação do IV Grande Prêmio Inez Appel


são. Também no ano passado, foram lançados o açúcar mascavo, açúcar orgânico, adoçante sucralose (100% natural e sem calorias) e balas personalizadas. Foram relançados os sachês de ketchup, mostarda e maionese. Mostrando um gráfico do crescimento da empresa durante os anos, ele explicou que a empresa começou em 1995 e que o início não foi fácil. “Vocês podem ver que os 2, 3 primeiros anos não foram muito animadores. Eu sempre falo que minha mãe foi uma visionária, que ela acreditou nesse negócio”, diz Márcio. O empresário explicou que a Bom Sabor faz sachês personalizados com a marca do cliente na compra a partir de 6 caixinhas. Estiveram presentes no evento alguns desses clientes de marca própria como Café do Ponto, Burguer King, Albert Einsten, Assaí, Big X Picanha, entre outros. Para 2013, Márcio conta que serão lançados molhos (azeite, vinagre etc.) em embalagens

stick, com design mais moderno, sistema abre fácil e bico dosador e, pela primeira vez no país, um mexedor de café embalado. No ano passado, mais uma vez, a empresa entrou no ranking da revista Exame PME, como uma das 250 empresas (pequenas e médias) que mais crescem no país. Eles estrearam em 2011 e esperam estar novamente em 2013. Após esta apresentação, Mário Appel falou um pouco sobre a relação com a mãe, empresa e o esporte com cavalos. “Ela ensinou muita coisa para a gente. Ensinou muitas vezes o sabor amargo da derrota, assim como o sabor doce da vitória. Ensinou a gente a cair e levantar de cabeça erguida. Ensinou o perfeccionismo e a força da dedicação.Nós sempre procuramos levar isso, de coração, para dentro da empresa”, conta Mário, finalizando com um agradecimento aos convidados. Bom Sabor www.bomsabor.com.br


QUENTE E FRIO |

por Redação

Lucros no Brasil Em 2012, o McDonalds teve um faturamento de US$ 3,8 bilhões na América Latina, de acordo com a Arcos Dorados, representante da marca na região. Faturamento na América Latina: Este número representa crescimento de 11% sobre o ano anterior

S$ 1,8 bilhão

Brasil Outros países da América Latina

2012

Governo brasileiro proíbe pesca de tubarão A pesca e a comercialização do tubarão galha-branca estão proibidos no Brasil. Instrução normativa publicada no Diário Oficial da União proíbe a pesca direcionada, o armazenamento, o transporte e a comercialização dessa espécie. A barbatana de várias espécies de tubarão é usada para produção de alguns alimentos e iguarias populares, alertam autoridades norte-americanas responsáveis pela preservação da vida selvagem no país. Fonte: Agência Brasil.

Alimentos puxam inflação para baixo O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou inflação. Fonte: Agência Brasil Os alimentos Inflação: foram os itens que mais contribuíram para a redução 2012 da inflação

2013

0,27% 0,22%

2,06% 1,26%

Grande produção de trigo A produção de trigo em 2013 deverá aumentar 4,3% em relação ao ano anterior, tornando-se a segunda maior já registrada, segundo estimativas divulgadas pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Fonte: Agência Brasil. A última edição do relatório trimestral da FAO Perspectivas Agrícolas e Situação Alimentar prevê que a produção de trigo no mundo aumente para 690 milhões de toneladas em 2013

Menos empregos na área

Alimentos vencidos

Em relação a janeiro do ano passado, a criação de postos de trabalho no setor industrial recuou 1,1%, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os maiores impactos ocorreram nas indústrias de alimentos e bebidas (-7,0%). Fonte: Agência Brasil.

O Hotel Copacabana Palace, um dos mais tradicionais e luxuosos da capital fluminense, foi alvo de uma operação do Procon-RJ, que encontrou nas três cozinhas do estabelecimento mais de 100 quilos de alimentos fora da data de validade e até mesmo em decomposição. Os fiscais apreenderam 10 quilos de peixes, 20 quilos de carne, além de queijos, pães, rolinhos primavera e pastas. Fonte: Agência Brasil.

NÃO HÁ VAGAS Alimentos estragados em shopping Em uma ação de policiais da Delegacia do Consumidor (Decon) foram vistoriados 15 restaurantes no Barra Shopping. Destes, 2 tinham irregularidades. No Antiquarius cerca de 90 quilos de alimentos foram apreendidos. No Oriento, foram 15 quilos, de acordo com informações de “O Dia”.

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Açougue interditado Um açougue no Centro de Pontal, em São Paulo, foi interditado pelo Ministério Público. A alegação é de que o local vendia alimentos vencidos e, além disso, não havia procedência conhecida. Fiscais detectaram, dentre outras coisas, problemas na cozinha e armazenamento.


Promovendo negócios para quem opera o Food Service

22-25 de Julho

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Padarias em números*: 54 milhões de clientes/dia passam pelas padarias brasileiras;

12,66 milhões de refeições são servidas diariamente pelas padarias;

2,31 milhões de assentos (mesa e balcão) estão disponíveis para refeições;

124 mil veículos representam a frota utilizada para entregas das padarias;

9,7 milhões de cafés expresso são servidos a estes clientes;

15 milhões de pãezinhos são consumidos/dia somente na cidade de São Paulo.

(*) NÚMEROS PROJETADOS CONSIDERANDO A BASE NACIONAL DE 63.300 ESTABELECIMENTOS, DE ACORDO COM PESQUISA REALIZADA EM JULHO DE 2012 DURANTE A FIPAN PELA SEVEN / SAMPAPÃO-SP

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aRTIGO |

por George Lima de Paula

Você M sabe o que o seu cliente pensa?

uitas empresas utilizam o processo da pesquisa de satisfação para avaliar se as refeições que fornecem agradam aos clientes. As informações obtidas por meio dessas pesquisas podem ser aplicadas de diversas maneiras, interna e externamente. Por exemplo, se todo dia as avaliações estão abaixo da meta, a solução pode ser investir em treinamento da equipe de produção ou chamar uma consultoria para reavaliar o cardápio. Algumas companhias ou franqueadores até mesmo fixam as pesquisas em contrato, ao terceirizar os negócios ou serviços de alimentação, quando estipulam metas, por exemplo, de que a satisfação tem que estar sempre acima de 80%, e quanto isso não acontece, entra em vigor a sansão previsto na cláusula contratual. Existem várias formas de fazer as pesquisas de satisfação, desde os modelos mais arcaicos como as planilhas em papel, aos mais modernos como painéis nos quais os usuários podem, com um clique, dizer se acharam a comida ou o serviço muito bom ou ruim. O problema desses tipos de mecanismos é que os dados da avaliação dos clientes passam pelas mãos de funcionários antes de chegar à matriz. Eles são recolhidos, planilhados e, só depois disso, enviados. Além de ser um processo demorado, pode também gerar desconfiança em relação à informação, que pode ser desviada ou manipulada. Para evitar que esse tipo de situação aconteça, há no mercado sistemas que conectam a avaliação realizada diretamente à base de dados da matriz, isto é, fazem todo o processo de forma automatizada. Nesses sistemas, é possível que a diretoria programe determinada avaliação, por meio da parametrização do software, que é imediatamente disponibilizada para todos os seus restaurantes, sem a necessidade de visitar um por um, ou trocar o equipamento em todos. Agilidade e qualidade da informação são algumas das vantagens — se a refeição for servida, por exemplo, ao meio-dia, cerca de 30 minutos depois já seria possível saber a avaliação geral. Além disso, de forma simples, é permitido mudar o tipo de enquete, que pode abranger tudo relacionado ao restaurante, desde a qualidade e rapidez do atendimento ao tamanho da fila. Para resumir, as pesquisas de satisfação geram os seguintes benefícios: a possibilidade de traçar um perfil dos usuários do restaurante ou loja, através da avaliação dos produtos que gostam mais ou menos, e a partir de então tentar acertar mais; de identificar problemas, e de promover melhorias. E poder fazer isso aliado à tecnologia é ainda melhor.

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