por que parâmetros características
por que viver numa
CASA SAUDÁVEL
© 2015, Instituto Selo Casa Saudável Por que viver numa casa saudável Elaboração: Allan Lopes Andrea dos Santos Leandro Carlos Joaquim Einloft Kalinka Oliveira Vetores e imagens: Freepik www.selocasasaudavel.com.br
por que viver numa casa saudável Ser mais saudável
? Evitar a Síndrome do Edifício Enfermo
Diminuir as BRI´s (doenças provocadas pela edificação)
?
Ter um lar harmônico e feliz
Aumentar a Qualidade de Vida
Qualidade do ar interno
Iluminação
Estes 5 ítens da página anterior representam algumas das vantagens de se viver em uma casa saudável. Alergias, distúrbios do sono, cansaço, envelhecimento precoce e obesidade estão entre os padrões e sintomas de saúde que
Campos eletromagnéticos
Qualidade acústica
podem ter a causa no espaço construído, ou seja, a casa que você habita ou a empresa que você trabalha.
Qualidade dos materiais
A OMS (Organização Mundial de Saúde) chama isto de Síndrome do Edifício Enfermo, e também Doenças Provocadas pela Edificação. Ao viver, ou trabalhar, em um ambiente saudável, você passa
Projeto hidráulico
a ter mais saúde e disposição, fica menos suscetível a doenças oportunistas, absenteísmo do trabalho, ganhando muito mais qualidade de vida e bem estar.
Desenho arquitetônico
Aqui ao lado você poderá conhecer os parâmetros da certificação Selo Casa Saudável, e nas páginas seguintes, uma descrição expedita sobre cada um deles.
Paisagismo e áreas comuns
Manutenção
Sustentabilidade
Qualidade do ar interno
E
ste é um dos temas mais
encontramos o tabaco, substâncias geradas por aparelhos
importantes da relação
de fax, copiadoras e impressoras e por incrível que pareça
entre a saúde das pessoas
toxinas do próprio ser humano, eliminadas pelo organismo
e o local em que elas habitam
por meio do suor.
ou trabalham, especialmente quando esse ambiente é fecha-
A atuação destas toxinas em geral no nosso organismo
do. Podemos observar as se-
pode ser desde uma simples irritação na pele ou nas mu-
guintes formas de contaminação
cosas (boca, olhos, nariz) até severas complicações res-
do ar: química, físico-química e
piratórias, alergias e outros sintomas. Em seguida, temos
biológica. A contaminação quí-
os contaminantes físicos do ar. Estes são mais conhecidos
mica dá-se por meio de toxinas
como poeira, ou tecnicamente falando, material particu-
presentes no ar, como benzeno,
lado. Normalmente nosso corpo lida bem com a poeira,
tolueno, entre outras. A origem
porém em um nível elevado pode gerar problemas respi-
destas substâncias é variada,
ratórios e alérgicos. Como contaminação físico-química
podendo vir dos materiais de
temos a chamada ionização do ar. Os átomos que consti-
construção, como tintas e verni-
tuem as moléculas do ar possuem a capacidade de ficarem
zes; dos mobiliários, que podem
com mais ou menos energia, ou elétrons. Quando estes
liberar substâncias de colas,
átomos estão carregados de energia dos elétrons eles são
vernizes e materiais sintéticos
chamados de íons negativos, que, apesar do nome, são
no ambiente. Essas substâncias
em sua maioria excelentes para nossa saúde. Já quando
presentes em acabamentos e
estes átomos perdem seus elétrons e ficam carregados
mobiliários normalmente são
com partículas positivas, são chamados de radicais livres,
chamadas pelo nome genérico
e são deletérios à nossa saúde, retirando nossa vitalidade
de Composto Orgânico Volátil
e provocando envelhecimento precoce, que na prática
(COV, ou em inglês VOC, Volatile
são as rugas, cabelos brancos, menos anos de vida, etc.
Organic Compound). Como con-
Como contaminação biológica, temos os fungos, bacté-
taminantes químicos também
rias e pequenos animais, como os famosos ácaros. Estes
contaminantes biológicos também são bem conhecidos
• Ventilação ineficaz;
do nosso organismo, porém alguns deles, em elevada
• Posicionamento incorreto da entrada de ar do
quantidade, podem trazer sérios danos à nossa saúde e até
sistema de ar condicionado;
mesmo causar a morte. Por isso é muito importante que
• Tabagismo;
nosso ar esteja limpo química, física e biologicamente. Um
• Contaminantes químicos provindos de materiais
estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que a poluição em ambientes fechados causa mais de 1 milhão de mortes por ano. O número equivale a 5% dos
de construção e mobiliário interno; • Contaminantes químicos provindos de materiais de limpeza;
óbitos nos países mais afetados. Na maioria das ocasiões, o
• Contaminantes biológicos (fungos e bactérias);
ar interno de escritórios e edifícios selados chega a ser 100
• Contaminantes químicos provindos de apare-
vezes mais poluído do que o ar externo em grandes cen-
lhos de fax, impressoras e fotocopiadoras;
tros urbanos. Contribuem para a poluição do ar interno, de
• Poeira;
acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados
• Compostos tóxicos exalados naturalmente por
Unidos (EPA):
usuários da edificação.
Iluminação
A
nossa iluminação deve
A iluminação artificial, principalmente a iluminação fria
ser o mais natural possí-
provinda de lâmpadas fluorescentes falha em prover o
vel. A iluminação natu-
componente amarelo da luz que desencadeia os proces-
ral provinda do sol é responsá-
sos citados acima. Além disso, a iluminação fluorescente
vel pela produção de Vitamina
pode emitir raios ultra violetas, aumentando os riscos
D – cuja função é a absorção de
de um indivíduo que recebe a irradiação contrair câncer
cálcio e fósforo – e também pela
de pele. A falta de iluminação em determinadas ocasi-
produção de serotonina – hor-
ões também é importante. À noite, permanecer em um
mônio responsável por ativi-
quarto escuro, sem iluminações artificiais, é fundamental,
dades cognitivas (intelectuais),
já que nosso corpo é adaptado ao ciclo da terra, de dias
regulação do ciclo circadiano
e noites. Romper esse ciclo, chamado circadiano, faz com
(dia e noite) e que atua dire-
que o nosso organismo deixe de funcionar da maneira
tamente nos estados de bem
adequada e assim abrimos o caminho para doenças e mal
estar e bom humor humanos.
funcionamento do nosso organismo.
Campos eletromagnéticos
A
contaminação eletromagnética vem sendo objeto
por linhas de transmissão de alta
de estudo e preocupação da OMS e de inúmeros
tensão, antenas de rádio, televi-
governos mundiais. Acredita-se que uma exposição
são e telefonia celular, aparelhos
excessiva a campos eletromagnéticos possa levar os indiví-
eletro-eletrônicos e disposição
duos a desenvolverem sintomas de leucemia, câncer, fadiga,
dos fios dentro de uma residên-
estresse, esterilidade, dentre outros. Nosso organismo se
cia, e nossa saúde ainda vem
adaptou à realidade de que nosso planeta possui um cam-
sendo tema de estudos contro-
po magnético relativamente estável e que tem seu norte
versos. A geobiologia adota o
apontando sempre na mesma direção. Quando aplicamos
princípio da precaução tentando
materiais de construção ou mobília metálicos, aparelhos
manter a poluição eletromagné-
que emitem campos eletromagnéticos e que deturpam este
tica dentro de valores mínimos,
campo magnético nossas células também se desorientam e
sem obviamente abdicar dos
têm partes de seu metabolismo alterado. É importante que
confortos que a eletricidade nos
mantenhamos o campo magnéticos natural da terra sempre
traz. Busca-se apenas tecnologias
dentro de padrões naturais. Assunto ainda um pouco con-
que sejam ao mesmo tempo
troverso a relação entre o campo eletromagnético gerado
confortáveis e saudáveis.
Qualidade acústica
P
rincipalmente nos grandes
dem estar associados à poluição sonora. Buscar uma casa
centros urbanos o som, ou
com sons naturais, de pássaros e insetos, sons da natureza
melhor dizendo, a polui-
é muito importante, e evitar grandes áreas de trânsito
ção sonora, é uma grande inimi-
terrestre e aéreo, longe das buzinas, freadas e pousos e
go dos seres humanos. Sintomas
decolagens de aviões é fundamental para que nossos sono
de irritabilidade, mal humor,
e nossa saúde sejam seja perfeitos, para que nosso cérebro
estresse e cansaço generalizados,
esteja descansado e atento e principalmente para que nos-
perda de produtividade, assim
so nível de estresse seja baixo. Quando isso não é possível,
como distúrbios do sono, po-
investir em equipamentos anti-ruídos é uma boa ideia!
Qualidade dos materiais
É
muito importante um olhar atento aos materiais de
Casa Saudável. Alguns materiais
construção das edificações. Os materiais que vamos
de construção podem conter
utilizar em nossas construções determinarão o nível
elementos tóxicos, conhecidos
de contaminação do ar, maior ou menor quantidade de
como Compostos Orgânicos Vo-
ruídos, a intensidade e quantidade de iluminação natural,
láteis, ou COV´s. Outros materiais
a integridade do campo magnético e até mesmo as formas
de construção podem conter
da edificação, dependendo da sua plasticidade. Portanto
radioatividade, principalmen-
uma escolha de materiais tendo em vista a sua salubri-
te os de origem róchea, como
dade é fundamental quando queremos viver em uma
concreto e algumas pedras de acabamento. Porém não há uma regra e é importante que um profissional experiente no assunto faça as medições adequadas do concreto ou da pedra específica para saber seu nível de radioatividade e dizer se é um material saudável ou não. A radioatividade pode causar danos físicos ao nosso organismo e levar a doenças degenerativas como o câncer. O mesmo cuidado com os materiais de construção é valido para o mobiliário, que precisa ser avaliado quanto aos seus componentes químicos e também quanto ao seu formato adequado.
Projeto hidráulico
U
ma água de qualidade,
organismo apenas quando a bebemos, mas também quan-
em seus componentes
do entramos em contato com ela no banho, na torneira,
físicos, como o pH e seus
ou através dos alimentos que lavamos antes e comer e que
componentes químicos, como a
absorvem um pouco daquela água. Por tudo isso a água
presença ou ausência de certos
que sai das torneiras da sua casa deve ser da melhor qua-
elementos químicos, é funda-
lidade possível. Os projetos certificados com o Selo Casa
mental para um vida saudável. A
Saudável possuem cuidados especiais para que sua água
água não é absorvida pelo nosso
seja de fato saudável, e não apenas potável.
Desenho arquitetônico
U
m projeto arquitetônico saudável além dos de-
ar e contaminações , ou estraté-
mais itens aqui descritos, possui uma relação de
gias para mitigar estes proble-
unicidade com o individuo. cada espaço é único e
mas. Deve contemplar amplas
reflete e interage com as pessoas que ali habitam ou tra-
áreas verdes, externa ou inter-
balham. Deve ser orientado à família e deve permitir que
namente. Enfim, deve abrigar a
haja o máximo de personalização possível, liberando as
vida da melhor forma possível
pessoas para que expressem suas verdadeiras naturezas
para que esta se expresse em
no espaço que habitam ou trabalham. É preciso conter
toda a sua diversidade e indivi-
uma localização adequada para evitar contaminações do
dualidade.
Paisagismo e áreas comuns
A
s plantas são, muita das
plantas comestíveis para que possamos estar verdadeira-
vezes, o maior sinônimo
mente integrados à natureza. Além disto as plantas pos-
de natureza. e natureza
suem papel fundamental na limpeza do ar que respiramos,
quer dizer saúde. No entanto
não apenas na relação oxigênio-gás carbono, presente na
um projeto paisagístico deve
fotossíntese, mas também na limpeza de gases tóxicos e
ser livre de adubos, pesticidas
Compostos Orgânicos Voláteis (COV’s) emitidos por ma-
e herbicidas tóxicos. bem como
teriais de construção e decoração. Para se certificar com o
deve conter o minimo de plantas
Selo Casa Saudável o ambiente precisa ter um projeto de
tóxicas possível e o máximo de
paisagismo!
Manutenção
D
e nada adianta que você viva em uma casa, ou
e cansaço. Procure por produ-
trabalhe em uma empresa, cuja edificação foi
tos de limpeza saudáveis e de
certificada, se na hora de mantê-la você a torna
preferencia certificados. Baixe
tóxica com produtos e práticas insalubres. É fundamental
nosso manual de Manutenção
que os produtos de limpeza sejam também saudáveis. Os
Saudável para que você possa
produtos de limpeza podem ser responsáveis por muitas
garantir que sua casa, ou sua
alergias, baixa no sistema imunológico e sensações ruins
empresa se mantém de forma
que prejudicam o bem estar, como dor de cabeça, náusea
saudável!
Sustentabilidade
C
uidar das pessoas, cuidar
possuem uma relação equilibrada destes três fatores
do meio ambiente e
ganham pontos na nossa certificação. Quando criamos
cuidar dos recursos
ambientes saudáveis Temos a certeza de estarmos crian-
financeiros. Isto quer dizer
do não apenas pessoas saudáveis, mas um mundo melhor
sustentabilidade. Projetos que
e mais equilibrado.
Parâmetros de certificação Selo Casa Saudável Para maiores detalhamentos sobre os parâmetros aqui listados, consulte a lista azul na sessão de documentos em nosso site. Ou apenas clique em http://goo.gl/eq2R5b
1. PROFISSIONAL CERTIFICADO
3.2. Iluminação natural
> Submissão/solicitação de certificação de um projeto
a. Iluminação natural responsável por mais de 50% e me-
ou edificação feita por um profissional certificado.
nos de 69,9% da iluminação diurna total da edificação; b. Iluminação natural responsável por mais de 70% da ilu-
2. DESENHO ARQUITETÔNICO
minação diurna total da edificação.
2.1. Personalização a. Projetos totalmente personalizados;
3.3. Qualidade luminosa
b. Projetos escolhidos dentro de um rol de opções;
a. A iluminação artificial para locais de trabalho, seja manu-
c. Projetos personalizáveis após a entrega;
al ou intelectual, e para áreas de estudo deve reproduzir
d. Projetos não personalizáveis.
a luz solar em mais de 90% (IRC > 90); b. Projetos luminosos que excedam a reprodução da luz so-
2.2. Psicologia do ambiente a. O projeto, quando residencial, deve ser projetado para a família;
lar em mais de 95%; c. Projetos que, nas áreas de trabalho/estudo, evitem o uso de tecnologias intermitentes de produção de luz (ex. lâm-
b. As cores, quando forem parte de áreas comuns
padas fluorescentes) e favoreçam o uso de luminosidade
não personalizáveis da edificação, devem pos-
continua (ex. lâmpadas incandescentes e LED´s) em mais
suir harmonia e ausência de monocromatismo;
de 70% da totalidade da luz artificial gerada no espaço.
c. As garagens, quando presentes, devem ser humanizadas e projetadas para serem locais agradáveis.
4. QUALIDADE ACÚSTICA 4.1. Poluição sonora
3. ILUMINAÇÃO
a. O nível de ruído no interior das unidades certificadas, com
3.1. Quantidade luminosa
janelas e portas fechadas, não deve ultrapassar 50 dB du-
a. A quantidade de luz, natural ou artificial em um
rante o período diurno e 45 dB durante o período noturno;
local de trabalho intelectual ou estudo deve ser
b. O terreno de implantação da nova edificação não deve
igual ou maior que 600 LUX; b. A quantidade de luz, natural ou artificial, para um local de trabalho manual deve ser igual ou maior
receber ruídos provenientes de fontes externas mais altos do que 70 dB como aqueles de vias de tráfego intenso, indústrias, etc.
que 800 LUX; c. A quantidade de luz em um quarto de dormir, com portas, janelas e/ou elementos de vedação luminosa fechados, deve ser igual a 0 LUX.
4.2. Materiais e técnicas construtivas a. Para prédios, habitações ou empresas com mais de um pavimento, deve haver controle de isolamento acústico
de um piso para outro (piso do andar superior/teto do
outros gases de combustão devem exalar menos
andar inferior), independente de sua intensidade em dB.
de 50 microgramas por metro cúbico (µg/m³) na
O caminhar com calçados de saltos ou a movimentação
fase de implantação;
de cadeiras não deve ser ouvido no andar inferior; b. O nível de permeabilidade de ruídos entre cômodos con-
b. Emissões acima de 100 microgramas por metro cúbico (µg/m³) na FEC inviabilizam a certificação.
tíguos (separados por apenas uma parede) de um mesmo pavimento deve ser tal que uma conversa a altura e tons
5.3. Solventes e outros compostos orgânicos
normais em um determinado cômodo não possa ser per-
voláteis (COV), como alifatos, aldeídos, cicloal-
cebida no outro, independente de sua intensidade em dB.
caninas, álcoois, aminas, aromas, CKW, ésteres, éteres, glicóis, isocianatos, acrilatos, alcanos, al-
4.3. Sons inaudíveis
cenos, cicloalcanos, halógenos, benzenos, hidro-
a. Não deve haver vibrações ultrassônicas (> 20 KHz) cons-
carbonatos, cetonas, cresóis, fenóis, siloxanos,
tantes e provenientes de fontes artificiais, dentro ou fora
terpenos dentre outros
da construção, que sejam perceptíveis em quartos ou
a. Devem exalar menos de 300 microgramas por
locais de longa permanência (salas de estar, escritórios,
metro cúbico (µg/m³) na fase de implantação;
etc.) com portas e janelas fechadas.
b. Emissões acima de 1.000 microgramas por metro cúbico (µg/m³) na FEC inviabilizam a certifi-
4.4. Generalidades
cação.
a. Medidas extras de proteção contra poluição sonora e vibrações ultrassônicas que aumentem a qualidade do
5.4. Compostos semi-voláteis (SCOV) como bio-
conforto, saúde e bem estar de um local.
cidas, inseticidas, fungicidas, conservantes de madeiras, piretróides, retardadores de chamas,
5. QUALIDADE DE MATERIAIS
plasticizadores, PCBs, PAHs, como PCP, lindano,
5.1. Metais pesados
permetrina, chlorpirifos, DDT, diclofluanido, PCB
a. Ausência completa de metais pesados para todos os ma-
(bifenilos policlorados), dioxinas
teriais. Exceção aceita apenas para metais de estrutura da edificação desde que não fiquem aparentes.
a. Devem ter exalação máxima de 2,5 microgramas por metro cúbico (µg/m³) no ar e 2 micrograma por quilo (µg/kg) quando aplicados sobre super-
5.2. Formaldeídos e gases tóxicos
fícies de contato, podendo ser elevado a 10 mi-
a. Produtos que liberem formaldeídos, metanol, ozônio,
crograma (µg) por quilo se a superfície não for de
cloro, monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e
contato.
6. PROJETO HIDRÁULICO
d. O empreendimento deve garantir a remoção de metais
6.1. Trajeto da tubulação
pesados, para todas as águas que serão utilizadas para
a. As prumadas verticais não devem coincidir com
contato humano (águas de torneiras, chuveiros e jardim);
paredes projetadas para cabeceiras de cama;
e. O empreendimento deve garantir a remoção de odores e
b. As tubulações não devem passar no sentido ho-
micropartículas em suspensão, para todas as águas que
rizontal de forma que na sua projeção vertical
serão utilizadas para contato humano (águas de tornei-
haja o posicionamento projetado de camas ou
ras, chuveiros e jardim);
lugares de longa permanência (salas de estar, escritório, etc.).
f. O empreendimento deve garantir um pH maior que 7,0 e menor que 9,0, para todas as águas que serão utilizadas para contato humano (águas de torneiras, chuveiros e
6.2. Qualidade da tubulação
jardim);
a. A tubulação especificada deve ser inerte quimi-
g. O empreendimento deve garantir a remoção de compos-
camente sob quaisquer circunstâncias de tem-
tos químicos sintéticos (hormônios, antibióticos, pesticidas,
peratura e pressão em condições humanas in-
herbicidas), para todas as águas que serão utilizadas para
diferente do seu uso pretendido na obra (águas
contato humano (águas de torneiras, chuveiros e jardim).
frias e quentes) com exceção para tubulações de esgoto/dejetos/resíduos.
7. PROJETO ELÉTRICO 7.1. Trajeto da fiação
6.3. Qualidade da água a. O empreendimento deve garantir a remoção de
a. Não deve haver fiação elétrica a uma distancia menor que 0,4 metros do local projetado para as camas;
cloro em mais de 70%, para todas as águas que
b. A fiação não deve passar no sentido horizontal de forma
serão utilizadas para contato humano (águas de
que na sua projeção vertical haja o posicionamento pro-
torneiras, chuveiros e jardim);
jetado de camas ou lugares de longa permanência (salas
b. O empreendimento deve garantir a remoção de
de estar, escritório, etc.).
flúor em mais de 70%, para todas as águas que serão utilizadas para contato humano (águas de
7.2. Campos eletromagnéticos
torneiras, chuveiros e jardim);
a. A emissão de campos elétricos alternados da rede elé-
c. O empreendimento deve garantir a ação bacteri-
trica interna (AC-60Hz) não deve ultrapassar 50 Volts
cida integral, para todas as águas que serão utili-
por metro (V/m) a uma distância de 0,5 m da fiação bem
zadas para contato humano (águas de torneiras,
como nos locais projetados para de camas ou lugares de
chuveiros e jardim);
longa permanência (salas de estar, escritório, etc.);
b. Alterações maiores que 5.000 Volts por metro inviabilizam a certificação até que sejam corrigidas;
l. A emissão de ondas de alta frequência, acima de 0,8 GHz, não deve ultrapassar 200 MicroWatts
c. A emissão de campos magnéticos alternados da rede
por metro quadrado (µW/m²) em densidade
elétrica interna (AC-60 Hz) não deve ultrapassar 300
de potência para locais de longa permanência
nanoTesla (nT) a uma distancia de 0,5m da fiação bem
(quartos, salas de estar, escritórios, etc.);
como nos locais projetados para de camas ou lugares de longa permanência (salas de estar, escritório, etc.); d. Alterações maiores que 500 nanoTesla inviabilizam a certificação até que sejam corrigidas; e. Os campos elétricos contínuos da rede elétrica interna (DC-60Hz/DC-50Hz) não devem ultrapassar 500 Volts (V) em potência de superfície; f. Alterações maiores que 2000 Volts inviabilizam a certifi-
m. Alterações maiores que 1000 MicroWatts por metro quadrado inviabilizam a certificação até que sejam corrigidas; n. Radioatividade no ambiente interno não deve ultrapassar 170 nanoSievert por hora (nSv/h); o. Alterações maiores que 340 nanoSievert por hora (nSv/h) inviabilizam a certificação até que sejam corrigidas.
cação até que sejam corrigidas; g. Os campos magnéticos contínuos da rede elétrica inter-
8. QUALIDADE DO AR INTERNO
na (DC-60Hz/DC-50Hz) não devem ultrapassar 100 nano-
8.1. Ventilação
Tesla (nT) em flutuação do fluxo de densidade;
a. Projetos que não permitam a ventilação natural,
h. Alterações maiores que 400 nanoTesla (nT) inviabilizam a certificação até que sejam corrigidas; i. Nos locais de longa permanência (quartos, salas, escritórios, etc.) não deve haver uma alteração magnética
mesmo que ocasional, serão inviabilizados para a certificação salvo argumentação técnica sobre a finalidade e as medidas mitigatórias para compensação de uma possível baixa na qualidade do ar.
capaz de mover o ponteiro de uma bússola mais que 30 graus a uma distância de 0,5 m do solo e 0,3 m das
8.2. Oxigênio
paredes próximas aos locais projetados para a longa
a. A concentração de oxigênio em um local de lon-
permanência; j. Alterações maiores que 100 graus inviabilizam a certifi-
ga permanência, com janelas e portas fechadas, não deve ser menor que 15%.
cação até que sejam corrigidas; k. Sistemas/projetos de equalização de frequências, har-
8.3. Dióxido de carbono
mônicos e sub-harmônicos de frequências de eletricida-
a. A concentração de dióxido de carbono não deve
de devem ser instalados para as áreas de longa perma-
ultrapassar 1000 partes por milhão (ppm) após fi-
nência para prevenir eletricidade suja (dirty electricity);
nalizada a obra e com as portas e janelas fechadas.
8.4. Monóxido de carbono
8.9. Higroscopia
a. A concentração de monóxido de carbono não deve
a. As paredes devem ser difusíveis e higroscópicas. Nenhum
ultrapassar 5 partes por milhão (ppm) após finaliza-
material utilizado para cobertura das paredes deve ser
da a obra e com as portas e janelas fechadas.
selante ao ponto de impedir a umidade e as concentrações químicas de se equilibrarem naturalmente. Exceção
8.5. Aparelhos emissores de compostos químicos
para fundações, pisos e paredes que estejam em contato
a. Projetos empresariais que prevejam o uso de má-
direto com elementos umidificadores (terreno, encostas
quinas copiadoras, fac-símile, fotocopiadoras e
ou taludes, caixas d´água, etc.);
impressoras de todos os tipos ou outro tipo de
b. Sistemas de regulação natural da umidade e difusão de
aparelho emissor de partículas químicas devem
concentrações químicas podem ganhar ponto extra.
contemplar sala específica com exaustão para o exterior, retirando-as do meio utilizado pelas pessoas.
8.10. Temperatura a. Sistemas de resfriamento da temperatura exclusivamen-
8.6. Partículas e fibras (pó, partículas no ar, asbesto, fibras minerais) a. Nenhum material usado na construção deve conter asbesto (amianto). A presença deste mineral inviabiliza a certificação; b. Demais materiais não devem ultrapassar 200 partes por metro cúbico (ppm³) após aplicação.
te embasados em formas naturais; b. Sistemas mistos, natural e por aparelho, de resfriamento de ar; c. Sistemas de resfriamento da temperatura embasados em uso exclusivo de aparelhos perdem pontos; d. Sistemas de aquecimento da temperatura exclusivamente embasados em calor radiante; e. Sistemas de aquecimento da temperatura exclusiva-
8.7. Cargas ionizadoras
mente embasados em calor radiante do sol recebem um
a. As cargas ionizadoras devem ser maiores que
ponto extra por decisão da CTC;
200 unidades por centímetro cúbico (cm³) de ar; b. O uso de materiais inovadores que garantam a ionização do ar podem receber um pontos extras por decisão da CTC.
f. Sistemas de aquecimento da temperatura mistos, radiante e por convecção; g. Sistemas de aquecimento da temperatura embasados em uso exclusivo de calor por convecção perdem pontos.
8.8. Eletricidade do ar
8.11. Mofo
a. A eletricidade do ar não deve ultrapassar 500
a. Nenhum tipo de mofo deve estar visível. A presença de
Volts por metro (V/m).
mofo visível impede a certificação;
b. Nenhum tipo de mofo danoso à saúde deve estar presen-
um laudo descritivo de seus componentes com
te em maior concentração que o indicado pelos organis-
respectiva toxicologia deve ser apresentado.
mos oficiais de saúde locais. A presença de mofos danosos
Qualquer material considerado tóxico, ou não
à saúde nestas condições inviabiliza a certificação;
testado para consumo humano, perde ponto na
c. A quantidade de mofo do ar do interior após finalizada
certificação.
a obra e com janelas e portas fechadas deve ser menor que 500 por metro cúbico (m³); d. Materiais fungicidas aplicados a superfícies em geral (pa-
9. PAISAGISMO E ÁREAS COMUNS 9.1. Projeto paisagístico
redes, assentos sanitários, metais de acabamento, etc.)
a. Ausência de um projeto paisagístico mínimo in-
não devem conter substâncias danosas à saúde de acor-
terno ou externo, ainda que apenas de interiores
do com os parâmetros de qualidade do ar e de materiais
e de vasos de plantas móveis, incorre em perda
(itens 5 e 8). No caso de uso de tais materiais, um laudo
de pontos na certificação;
descritivo de seus componentes com respectiva toxico-
b. Presença em espaços internos de uma planta
logia deve ser apresentado. Qualquer material conside-
de folhagem média por cada 10 metros cúbicos
rado tóxico, ou não testado para consumo humano, per-
(m³), ou uma planta de folhagem grande por
de um ponto na certificação.
cada 30 metros cúbicos de espaço contínuo (sem paredes ou divisórias);
8.12. Bactérias
c. Os tipos de plantas a serem utilizados nos proje-
a. Nenhum tipo de bactéria danosa à saúde deve estar pre-
tos paisagísticos de interior e as respectivas con-
sente em maior concentração que o indicado pelos orga-
dições de luminosidade, temperatura e irrigação
nismos oficiais de saúde locais. A presença de bactérias da-
das espécies devem estar de acordo com as con-
nosas à saúde nestas condições inviabiliza a certificação;
dições do ambiente onde irão se localizar;
b. Os tipos e quantidade de bactérias encontradas em análise do ar interior após finalizada a obra e com janelas e portas fechadas deve ser similar e em menor quantidade do que as bactérias do ar imediatamente fora da edificação; c. Materiais bactericidas aplicados a superfícies em geral
d. Os substratos e a adubação devem utilizar produtos não tóxicos; e. Os substratos e a adubação que utilizarem produtos de origem orgânica receberão um ponto extra por decisão da CTC;
(paredes, assentos sanitários, metais de acabamento,
f. A presença de plantas reconhecidamente tóxicas
etc.) não devem conter substâncias danosas à saúde
por ingestão perde um ponto da certificação;
de acordo com os parâmetros de qualidade do ar e de
g. Projetos que incluam, em mais de 30%, espécies
materiais (itens 5 e 8). No caso de uso de tais materiais
comestíveis recebem ponto extra;
h. Projetos que considerem floração durante todo
c. O uso de recursos raros e não renováveis deve ser redu-
o ano, podendo ser alcançada através de espé-
zido ao máximo. Projetos que mostrem redução sensível
cies diferentes, recebem ponto extra.
(maior que 30%) no uso de materiais de construção não renováveis (ex. concreto e estrutura metálica) recebem
9.2. Áreas comuns devem possuir amplas áreas
pontos extras.
verdes a. De 30 a 49,99% de área verde em relação à área do terreno; b. De 50 a 69,99% de área verde em relação à área do terreno;
10.2. Resíduos a. Projetos com gestão de resíduo de obras, incluindo formas de utilização dos rejeitos da construção ou descarte renovável dos rejeitos, recebem pontos extras.
c. Acima de 70% de área verde em relação à área do terreno.
10.3. Água a. Projetos com gestão, uso e descarte inteligente de água
9.3. Áreas de lazer
recebem pontos extras.
a. Projetos que possuam áreas de lazer e convivência, capazes de suportar acima de 10% (inclusive)
10.4. Energia
do total de usuários para o qual foi projetado.
a. Projetos com redução eficaz do uso de energia (maior que 10%) na manutenção da edificação, sem prejuízo
9.4. Áreas para atividades físicas
para os demais tópicos da certificação, recebem pontos
a. Projetos que possuam áreas para atividades físi-
extras.
cas, capazes de suportar acima de 5% (inclusive) do total de usuários para o qual foi projetado.
10.5. Outras certificações a. Projetos que recebam certificação de outros programas
10. SUSTENTABILIDADE
com foco em sustentabilidade no edifício construído (ex.
10.1. Materiais utilizados
Leed, Procel, Acqua) recebem ponto extra para cada cer-
a. Materiais com mais de 70% de matéria prima na-
tificação apresentada.
tural e de fontes renováveis, quando presentes em mais de 70% da obra recebem ponto extra;
10.6. Contrapartidas sociais
b. Sempre que a edificação possuir mais de 50% de
a. Projetos que prevejam contrapartidas sociais em função
materiais sintéticos ou adulterados na totalidade
dos impactos causados (poluição sonora, poeira, tráfego
de seus materiais utilizados, perderá um ponto;
de veículos pesados), ou alternativas para sua redução,
na fase de execução, recebem até três pontos extras por
nenhuma toxicidade comprovada por laudos de
decisão da CTC.
cada componente, e considerados dentro dos padrões dessa certificação devem estar relacio-
11. MANUTENÇÃO DA EDIFICAÇÃO CERTIFICADA
nados em um manual simples e de fácil leitura
a. A forma como as instalações da edificação devem ser man-
para o usuário final;
tidas, com relação aos processos utilizados (limpeza de ar condicionado, limpeza de dutos e canos, acesso e reparos às instalações elétricas e etc.) devem estar contidas em um manual simples e de fácil leitura para o usuário final;
d. Caixas reservatórias de água devem possuir fácil acesso e facilidade de manutenção; e. Caso os produtos e instalações elétrico-eletrônicas e de automação previstos, estejam descritos
b. Os produtos de consumo utilizados (lâmpadas, filtros de
em memorando à parte e possuam a capacidade
água, etc.) previstos em projeto e considerados dentro dos
de emitir menos campos eletromagnéticos no
padrões dessa certificação devem estar relacionados em
período noturno, dependendo da ação do usu-
um manual simples e de fácil leitura para o usuário final;
ário, ou caso sejam automatizados para diminuir
c. Os produtos de limpeza que melhor conservem os ma-
estas emissões nos períodos noturnos, recebe-
teriais da edificação e suas mobílias e possuam baixa ou
rão pontos extras.
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