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Sábado 1 | Abril | 2017 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 942 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso
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Sábado 1 | Abril | 2017 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 942 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso
INVESTIGADOR EM GEOGRAFIA E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO SEM DÚVIDAS
«Mais cedo ou mais tarde a região de Setúbal vai ser atingida por um grande sismo» José Luís Zêzere, especialista em geografia e ordenamento do território, veio esta semana a Setúbal afirmar que a região de Setúbal corre o risco de ser abalada por um sismo de grande magnitude e violência, idêntico ao ocorrido em 1755, que destruiu a baixa de Lisboa, com forte impacto no nosso litoral. A entrevista ao Semmais, explica os porquês.
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NEGÓCIOS PÁGINA 12
Os números da APAV a que o Semmais teve acesso não deixam margem para dúvidas: só as delegações do Porto, Lisboa e Faro registam maior número de queixas sobre episódios de violência doméstica. Em 2016, a Associação de Apoio à Vitima registou 615 casos na região.
Numa semana de turbulência, os responsáveis da concelhia e da federação não querem alimentar uma polémica que apenas tem a ver com a luta por lugares, segundo fontes do Semmais. E garantem que o processo de escolhas é inatacável. Agora venha a campanha.
Mesmo com uma quebra no número de navios reparados nos estaleiros da Mitrena, em Setúbal, a empresa conseguiu manter números positivos em todos os rácios. Vai distribuir mais de 6 milhões de euros aos accionistas e gratificar com 1,2 milhões os colaboradores.
QUEIXAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DEMISSÕES NO PS DO SEIXAL NÃO COLOCA DISTRITO EM QUARTO LUGAR ABALAM ESTRATÉGIA AUTÁRQUICA
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LISNAVE FECHA CONTAS POSITIVAS NUM ANO DE MENOR ATIVIDADE
ARESTAURANTE CASA SETÚBAL DO PEIXE PORTUGAL
RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167 SEMMAIS | SÁBADO | 1 DE ABRIL | 2017 | 3
SOCIEDADE
SÓ OS DISTRITOS DE PORTO, LISBOA E FARO, REGISTARAM, O ANO PASSADO, MAIS QUEIXAS DESTE TIPO
Somos a quarta região do país com mais queixas de violência Números da APAV a que o Semmais teve acesso revelam que o ano passado foram atendidas nesta instituição 651 pessoas do distrito com queixas de violência. E há mais variáveis a considerar. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) atendeu um total de 651 pessoas em 2016, no distrito de Setúbal, que se queixaram de
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terem sido vítimas de crime, colocando a região entre as quatro do país com mais participações, apenas atrás do Porto, Lisboa e e Faro. Segundo dados divulgados esta semana pela APAV relativos ao ano passado, a região representa 7% das vítimas apoiadas em Portugal, sendo a maioria das queixas apresentadas por mulheres, seguindo-se idosos, crianças e jovens, de acordo com as estatísticas. Os homens exibem um número mais reduzido. A esmagadora maioria das mulheres que se recorreram à APAV no distrito tinha entre os 25 e os 54 anos (mais de 40%) e viviam numa família nuclear com filhos (35%). Das vítimas que indicaram o seu estado civil, 28,6% eram casadas e 21,1% eram solteiras. Os dados apontam que mais de um terço pertencia a uma família nuclear com filhos e 11,5% a famílias monoparentais. CRIME PASSIONAL CONTINUA A PREVALECER Apesar de cerca de 30% das vítimas estarem empregadas, há um número ainda significativo que se encontrava numa situação de desemprego (16%). No
que diz respeito à relação da vítima com o/a autor/a do crime, continuam a prevalecer as relações de cônjuge, companheiro, ex-cônjuge, ex-companheiro, ex-namorado e namorado/a, totalizando 59% do total dos casos. Relativamente à escolaridade, o ensino superior evidenciava-se (7,4%) face aos restantes graus de ensino conhecidos. Dos níveis de escolaridade referenciados, destacam-se o ensino superior, o ensino secundário e o ensino básico de 3º ciclo, perfazendo um total de 16,7%. Tal como no caso das vítimas, também o autor do crime se encontrava maioritariamente no estado civil de casado (29,6%), seguindo-se os solteiros (11,3%). Em mais de 30% das situações, estes encontravam-se empregados. Há um ano registava um diminuição da violência entre casais e ex-casais no distrito de Setúbal, com uma variação de menos 3%, tendo as participações na GNR e PSP caído na região de 1133 para 1099, segundo o relatório de monitorização de violência doméstica do Ministério da Administração Interna.
Homenagem a Eugénio Fonseca junta dezenas na Casa Ermelinda Freitas
Cerca de centena e meia de amigos juntaram-se num almoço/convívio, na Casa Ermelinda Freitas, para homenagear Eugénio Fonseca, ex-presidente da Cáritas Diocesana de Setúbal. Uma jornada que juntou fado e poesia, e que ficou marcada por um discurso emocionado do homem que desde tenra idade tem desenvolvido trabalho meritório na área social. Na ocasião, Eugénio Fonseca, que continua à frente da Cáritas Portuguesa, lembrou a infância, a humildade dos pais (mãe conserveira e pai pescador), o irmão mais velho e o seu exemplo, a professora que ajudou a retirá-lo da vida do mar e D. Manuel Martins - a quem chamou de ‘pai espiritual’ - o bispo que o desafiou para a causa social e que, nas suas palavras, o fez «mais cristão e menos religioso».
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SOCIEDADE
O Mundo do surf com os olhos postos no Caparica Primavera Surf Fest
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Costa da Caparica está este ano no roteiro do surf mundial, com o Caparica Primavera Surf Fest. De 6 a 15 deste mês haverá três provas e seis grandes competições da World Surf League (WSL) nas praias do Paraíso e Dragão Vermelho. O Caparica Pro, WQS 1000 (etapa do Circuito Mundial de Qualificação de Surf), o Caparica Longboard Pro e o Caparica Junior Pro trazem cerca de 350 atletas internacionais a Portugal, com cada um destes eventos a apresentar competições masculinas e femininas. O diretor desportivo do evento, Miguel Inácio, sublinhou a importância das provas inseridas no CPSF, com o destaque para as provas da WSL, mas sem esquecer os campeonatos nacionais: «Obviamente, as provas da WSL serão o destaque do cartaz, mas teremos nacional de Bodyboard e de
Ganhe 10 passes para o Caparica Primavera Surf Fest
Longboard, regional de Surf, Skate, Bodysurf, entre muitas outras, que fazem deste um dos grandes eventos desportivos do ano». Refira-se que o Caparica Primavera Surf Fest apresenta no seu cartaz 9 modalidades desportivas distribuídas por 18 campeonatos e exibições. Quanto à importância do Caparica Pro, que conta para os circuitos WQS masculino e feminino, o
representante da WSL em Portugal, Francisco Spínola, afirmou: «Estas provas são muito importantes para os surfistas que estão a tentar amealhar pontos para subir no circuito de qualificação e terem oportunidade de competir em provas com maior cotação e, para alguns, atacar a oportunidade de marcarem presença no World Tour, como o fez o Frederico Morais este ano».
Temos 10 passes para oferecer aos nossos leitores para se divertirem no Caparica Primavera Surf Fest, que decorre de 6 a 15 de abril, na Costa de Caparica. Os passes, que dão a acesso livremente a todos os espetáculos do certame, terão de ser levantados nas bilheteiras do festival até às 20 horas do primeiro dia. Ligue 96 943 10 85 ou 918 047 918 e solicite o seu passe. O Caparica Primavera Surf Fest é uma ambiciosa celebração de música e surf, que reúne centenas de atletas e artistas e os coloca em estreito contato com os mais variados públicos. Nomes de primeira linha vão animar o evento, de vários quadrantes, e atletas internacionais, sendo de destacar três provas e seis grandes competições da World Surf League.
Misericórdia de Setúbal duplica resultado operacional positivo de 2016
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Assembleia-Geral da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal aprovou terça-feira, por unanimidade, o Relatório e as Contas relativos ao exercício de 2016, que apresenta um resultado operacional de 53.845 euros positivos, mais do dobro do registado no ano anterior. Segundo, o mesmo relatório, o último exercício terminou com 233 mil euros de ‘cash-flow’ positivo e um resultado
de 257 mil euros de EBDITA (resultado líquido do exercício, incluindo impostos, juros, depreciações e amortizações). «Apesar das dificuldades causadas por um aumento do salário mínimo nacional e pela necessidade urgente de construir uma lavandaria, o ano de 2016 fechou com resultados positivos e, mais uma vez, com uma redução do passivo», sublinhou o Provedor Fernando Cardoso Ferreira.
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SOCIEDADE
INVESTIGADOR JOSÉ LUÍS ZÊZERE PARTICIPOU EM CONFERÊNCIA INTERNACIONAL EM SETÚBAL
«Mais cedo ou mais tarde litoral será atingido por grande sismo» A comunidade científica está de acordo. Mais cedo ou mais tarde a região de Setúbal vai sofrer um sismo de grande magnitude e violência idêntico ao de 1755. Só não se sabe quando será, embora existam hoje suspeitas, que apontam apenas para o próximo milénio. A revelação foi feita ao Semmais por José Luís Zêzere, investigador do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, durante a conferência internacional Riscos, Segurança e Cidadania, que ontem terminou em Setúbal, onde reuniu vários especialistas mundiais. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
NO QUE FUNDAMENTA ESTA PREVISÃO MILENAR? Os terramotos são cíclicos e o mais provável antecessor do sismo de 1755 foi um outro que ocorreu no ano 63 depois de Cristo. Admitimos que o período de retorno possa andar pelos 1700 anos. Ou seja, o próximo grande sismo poderá acontecer dentro de mil e tal anos.
E É MUITO PROVÁVEL QUE ACONTEÇA, DE FACTO? É uma certeza científica. Mais cedo ou mais tarde o litoral português voltará a ser atingido por um sismo seguido de tsunami. Um sismo é um processo de libertação de energia que ocorre ao longo de falhas tectónicas. A energia para se libertar tem que acumular primeiro. É esse o processo cíclico de que falamos. MAS O FENÓMENO DEVERÁ SER
ASSIM TÃO SEMELHANTE AO DE 1755? Não há certezas absolutas. Na altura morreram entre 40 mil a 80 mil pessoas. O simulador do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), diz mesmo que um novo sismo poderá matar entre 17 mil e 27 mil pessoas. Apesar do terramoto de 1755 ter sido o mais estudado do mundo, ainda se desconhece qual foi a falha tectónica que esteve na sua origem.
Admite-se que possa ter tido lugar algures a sudoeste da costa algarvia, porque o tsunami começou por lá e só depois chegou a esta região. O QUE ESTAMOS A TEMPO DE FAZER PARA MINIMIZAR UM NOVO EPISÓDIO SÍSMICO DE GRANDE MAGNITUDE? É preciso investir em medidas de política de ordenamento do território e de proteção civil, de forma articulada. Desde logo, te-
A trabalhar na gestão do risco Há algum tempo que João Appleton, engenheiro civil e um dos maiores especialistas portugueses em prevenção sísmica do património arquitetónico, monumental e habitacional, vem alertando para o risco sísmico, colocando a região de Setúbal entre as mais vulneráveis. Mas lamenta que pouco tenha sido feito para minimizar uma eventual tragédia. «Como funcionamos em função da nossa memória e já não temos nenhum sismo verdadeiramente importante há 200 anos, temos técnicos preocupados com o problema de segurança sísmica, mas a população em geral só se preocupa quando noutro sítio há um sismo muito violento», diz, corroborado por Duarte Caldeira, do Centro de Estudos e Intervenção em Proteção Civil. Ao Semmais destacou a «gestão do risco» que marcou a conferência para tentar minimizar os efeitos de catástrofes, alertando para a prioridade que deverá ser dada ao reforço dos edifícios antigos que aos dias de hoje seriam um autêntico baralho de cartas em caso de abalo sísmico. «A esmagadora maioria das casas são anteriores à década de 70, onde estas questões eram ignoradas. A sua reabilitação seria demasiado cara», reconhece, defendendo o reforço das estruturas, ficando habilitadas a responder ao movimento das ondas sísmicas sem colapsar. «É aqui que está o segredo», diz, mas já há 15 anos o LNEC defendia a urgência de obras de reforço anti-sísmico das estruturas.
mos de começar pelo reforço de edifícios estratégicos, como hospitais, centros de saúde, quartéis de bombeiros, escolas ou centros comerciais, onde ocorrem habitualmente grandes concentrações de pessoas. É ESTRANHO QUE ATÉ HOJE POUCO TENHA SIDO FEITO? Muito pouco. Há edifícios estratégicos que estão mesmo numa situação muito vulnerável e que têm de ser reforçados porque serão importantes em caso de tragédia para ajudarem a minimizar impactos. E QUANTO AO ORDENAMENTO? Há que ter, por exemplo, atenção aos arruamentos. As novas urbanizações devem começar a ser projetadas com largura sufi-
ciente para permitirem a passagem de viaturas dos bombeiros em caso do colapso de edifícios. A engenharia consegue calcular que espaço de rua é ocupado pelos destroços de um prédio. SENTE QUE HÁ HOJE UMA MAIOR PREOCUPAÇÃO SOBRE ESTAS QUESTÕES? Poucas e deveria haver mais. Também as famílias deveriam estar atentas a pequenos detalhes que poderão fazer toda a diferença em caso de sismo. Por exemplo, deveriam ter o seu próprio plano de proteção civil, com um ponto de encontro onde se poderão juntar em caso de catástrofe. Se perderem a casa e ficarem sem telefones, saberão sempre onde se reunir.
EFEMÉRIDE
Um escritor e um livro esquecidos sobre Bocage Hoje recordamos a edição de uma biografia de Elmano Sadino que, por razões várias não tem merecido a atenção dos leitores nossos contemporâneos deste género literário tão sedutor, quanto cada vez mais popular. Trata-se de Bocage, a sua Vida e a sua Época, que o escritor Mário Domingues fez publicar pela primeira vez, em 1962, pela casa editora “Romano Torres”, de Lisboa. O autor desta interessante biografia, hoje praticamente esgotada, filho de mãe angolana (Malange), nasceu no dia 3 de Julho de 1899, na Ilha do Príncipe (São Tomé), numa roça onde a mãe trabalhava, praticamente em regime de escravidão. Com apenas dezoito meses, Mário Domingues veio para Portugal, para ser criado e educado pela avó paterna. A sua produção literária, incluindo a composição de notáveis biografias de inúmeros portugueses célebres é verdadeiramente extensa e interessante. Mário Domingues que morreu em 24 de março de 1977 foi também editor, publicista, jornalista, tradutor, historiador, e militante anarquista. Aliás, o percurso da sua existência, daria ele próprio, um livro: Para poder escrever com o maior realismo possível as reportagens que enviava para os periódicos em que trabalhava “Mascarando-se, travestindo-se, encarnando personagens reais do submundo lisboeta contou, em páginas palpitantes de emoção, a existência marginal de vagabundos, ladrões, chantagistas, proxenetas e drogados. As suas reportagens tinham a chancela de uma época de rutura e a brevidade do exigível pelo efémero”, como informa Rodrigues Vaz. O livro de Mário Domingues sobre Bocage foi muito popular durante anos. Não o pôde escrever com as ferramentas e os métodos académicos normalmente exigíveis. O propósito era dar a conhecer a vida de Bocage ao leitor comum. Ainda assim, manteve, até à última página, um considerável rigor e todo o pormenor que claramente o coloca entre alguns bons biógrafos do nosso poeta querido. Continua, como se dizia já sobre a primeira edição da obra, a contribuir “para dissipar as lendas torpes que amesquinharam e rebaixaram tanto o imenso talento como a desventurada existência do excelso vate. O seu autor, cingindo-se apenas à verdade, reabilitou a sua memória, limpou-a das repugnantes impurezas com que gerações sucessivas a conspurcaram, restituindo-lhe o brilho fulgurante do génio”. Os editores acrescentam a esta nota uma outra, salientando a importância da obra de Mário Domingues, porquanto ela consegue descrever-nos “simultaneamente o “clima” social da época” em que viveu Bocage. Horácio Manuel Pena
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LOCAL
SEIXAL Autarquia exige desassoreamento da baía A Câmara, entre outras entidades, estiveram concentrados junto à baía a alertar para a necessidade urgente de intervenção na mesma, uma vez que o assoreamento atual é um problema grave que impede a normal navegabilidade. A situação afeta a atividade desportiva, de pesca e económica, pelo que se pretende sensibilizar o Governo e a APL para que possa existir atividade de manutenção regular da baía. O edil Joaquim Santos referiu que o problema «já tem alguns anos», e que surgiu a partir do momento em que «a APL deixou de efetuar a manutenção dos canais».
MOITA Metálicos mudam-se para largo do pavilhão O Moital Metal Fest está de regresso, mais uma vez, à vila da Moita, sendo esta a 14.ª edição de um evento que «já ganhou espaço e dimensão junto dos festivais de música nacionais». Este ano o evento muda-se para o largo do pavilhão de exposições. O festival abriu ontem, dia 31, para receber várias bandas, sendo de destacar a presença dos lendários Napalm Death. Este sábado, atuam os Revolution Within, Corpus Christii, No Turning Back, Heavenwood, Sodom, entre outras. Inclui um Indoor Camping, com wc´s, balneários e segurança.
MONTIJO Município promete obra em freguesias O edil Nuno Canta, vereadores e autarcas da União de Freguesias, visitou Atalaia, Alto Estanqueiro e Jardia, no dia 28 de março, para se inteirarem de problemas destas zonas. A instalação de um parque infantil na Jardia, a conclusão do asfaltamento da estrada do Pinheiro e a transferência dos alunos do pré-escolar para a escola básica foram algumas das promessas deixadas por Nuno Canta. O presidente informou que em relação à acumulação de águas na Atalaia, «particularmente grave ao pé do chafariz, é um investimento que a Simarsul vai ter que realizar através de um coletor novo. Vamos voltar a insistir nestes problemas», afirmou.
BARREIRO Novo arruamento já foi aberto à população O arruamento que faz a ligação entre a praça da Amizade e o largo Alexandre Herculano, no centro da cidade, foi aberto à comunidade, no dia 30, pelo edil Carlos Humberto, entre outros convidados.A intervenção tem um investimento de 400 mil euros e contemplou, ainda, a requalificação da zona verde do Campo das Cordoarias (a sul do Forum Barreiro), no valor de 420 mil euros. De referir que a obra foi feita após o município ter acionado uma garantia bancária, como consequência do abandono da obra pelo anterior empreiteiro.
GRÂNDOLA Visitas ao concelho para ouvir população O executivo municipal, liderado por Figueira Mendes, iniciou no dia 27 de março, na freguesia de Melides, uma nova série de visitas ao concelho, continuando a privilegiar um contacto direto com as populações. Para o edil, «este é o exemplo da política de proximidade e de gestão autárquica que defendemos e que temos vindo a implementar em prol do desenvolvimento do concelho e da melhoria da qualidade de vida da população», destacando que, «ao longo das visitas, além do contacto com a população, visitaremos as obras concluídas neste mandato e locais onde as obras serão realizadas este ano».
ALCOCHETE Miradouro Amália Rodrigues vai ser requalificado O município vai avançar com a requalificação do miradouro Amália Rodrigues. A decisão foi tomada, por unanimidade, na quarta-feira, na sessão de câmara de S. Francisco. Objeto de candidatura a fundos europeus estruturais de investimento, no âmbito do Portugal 2020, a requalificação dará continuidade à intervenção realizada no Passeio do Tejo. «É um privilégio trabalhar com Sidónio Pardal, autor também do projeto de requalificação do Passeio do Tejo, que sempre nos manifestou grande preocupação em que a intervenção não criasse uma rotura com a realidade existente», vincou Luís Franco.
PALMELA Festival do Queijo, Pão e Vinho anima Qt.ª do Anjo O 23.º Festival Queijo, Pão e Vinho continua a decorrer até este domingo, em S. Gonçalo, Cabanas, numa organização da ARCOLSA. Trata-se de um momento «incontornável» de celebração do mundo rural e dos produtos endógenos da região, atraindo, anualmente, milhares de visitantes. O queijo de ovelha, os vinhos da Península e o pão tradicional são os reis do certame, onde não faltam a doçaria, a fruta e os licores, num total de 40 expositores. Na área da restauração, são várias as propostas para saborear a gastronomia típica e petiscos tentadores.
SANTIAGO DO CACÉM Lagoa de St.º André abriu-se ao mar Centenas de pessoas deslocaram-se, na tarde do dia 27 de março, à Costa de St.º André para assistirem à abertura da Lagoa ao mar. A ocasião contou com a presença do edil local e de responsáveis da Agência Portuguesa do Ambiente. Trata-se de um processo «fundamental» do ponto de vista ambiental para a renovação do sistema lagunar de «extrema importância» para o habitat das várias espécies que ali vivem, desde os peixes às aves migratórias.
SESIMBRA Município lança cartão para população sénior O Cartão Sesimbra Município Saudável, destinado principalmente à população sénior, vai ser apresentado no dia 3, a partir das 9h30, na biblioteca de Sesimbra. O documento disponibiliza de forma prática e acessível os contactos úteis na área da saúde e segurança, o nome e localidade do portador, bem como o contacto de um familiar próximo, que possa ser usado em caso de emergência. A iniciativa está inserida nas comemorações do Dia Mundial da Saúde e no 20.º aniversário da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis, da qual Sesimbra faz parte desde 2015.
SINES Requalificação da arriba do Portinho inaugurada A secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Célia Ramos, inaugurou no dia 27 de março as obras de requalificação da arriba norte do portinho de Porto Covo, uma intervenção realizada no âmbito do Pólis Litoral Sudoeste. Com a conclusão desta obra, é agora mais segura a circulação de população e visitantes na crista da arriba e entre a arriba e o portinho. A intervenção incluiu a estabilização e consolidação da arriba, a construção de um passeio em calçada na crista da falésia e a colocação de uma nova escadaria de acesso ao portinho.
ALCÁCER DO SAL Torrão doce dá a provar rica doçaria A doçaria continua em destaque no Torrão, até 2 de abril. A ter lugar no jardim do coreto, a mostra de doçaria, promovida pelo município e Junta de Freguesia, promete fazer as delícias dos apreciadores de um bom doce, principalmente dos que valorizam o “saber fazer” do qual nasceram as tradições e as raízes da região. O certame tem uma zona de esplanada, onde os visitantes poderão, de uma forma descontraída, saborear a doçaria ao som de espetáculos preparados cuidadosamente para este espaço. A feira conta com a presença de mais 20 doceiros.
SETÚBAL Feira quinhentista reabre forte de S. Filipe A chegada do rei a Setúbal para construção do Forte de S. Filipe inspira a Feira Quinhentista, que decorre até domingo e marca a reabertura ao público do monumento nacional. Organizado pela Alius Vetus, conta com tendas de artesanato e de restauração. Em paralelo, decorrem inúmeras atividades, protagonizadas por cerca de 50 artistas, que convidam os visitantes a viajar até ao século XVI. Um povoado rural recria o quotidiano camponês da época, enquanto, no túnel de acesso ao edifício, uma das áreas que agora reabrem ao público, está patente a exposição “Tortura Medieval”.
ALMADA Papel dos museus em reflexão O Fórum Romeu Correia, em Almada, acolhe, de 6 a 8, um simpósio de reflexão sobre o papel dos museus na sociedade contemporânea, com destaque para a investigação e educação, às escalas local, regional e global. O Simpósio Museus, Investigação & Educação será um espaço de debate e partilha de experiências sobre a vitalidade dos museus e a sua capacidade de resistir ao desgaste rápido, imposto pela sociedade de consumo, através da investigação, que contribui para a consolidação do conhecimento e conservação da memória coletiva.
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CULTURA
ESPELHO MÁGICO ESTREOU “ERA UMA VEZ… QUE ERA UMA VEZ” A PENSAR NOS PALCOS INTIMISTAS
«O valor da amizade é uma das mensagens transmitidas pelo musical» Para celebrar o Dia Mundial do Teatro, o Espelho Mágico estreou um musical de bolso que simboliza um convite à alegria e à fantasia e aos sonhos que moram no teatro. Depois de uma curta temporada no auditório Charlot, a peça segue em itinerância pelo país. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
O
grupo Espelho Mágico” acaba de estrear a sua 31.ª produção. Trata-se de “Era uma vez... que era uma vez...”, uma peça de teatro musicado, que conta a história de cinco histórias tradicionais. O espetáculo volta à cena a 2 e 11 deste mês, às 11 horas, no auditório Charlot, partindo depois ir em itinerância pelo país. O valor da amizade é uma das mensagens transmitidas pela produção. «A mais importante de todas as mensagens é o valor da
amizade, que resulta do encontro inesperado da jovem Rita, artista da troupe de saltimbancos, e o Teko, um boneco que deseja vir a ser um artista». Trata-se de uma adaptação livre de Céu Campos e Miguel Assis dos textos “A lebre e a tartaruga”, ” O Leão e o rato”, “O corvo e a raposa”, de Esopo e La Fontaine, e “João Pateta”, de Guerra Junqueiro. Em palco vão estar uma lebre muito veloz, um leão, um pequeno ratinho, um corvo, uma raposa matreira e um menino que faz tudo ao contrário. Com encenação de Miguel Assis, música de An-
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tónio Carlos Coimbra e cenografia e figurinos de Céu Campos, no elenco estão Jéssica Ricardo, Céu Campos, Cláudio Pinela e Miguel Assis. É uma adaptação livre de Céu Campos e Miguel Assis dos textos “A lebre e a tartaruga”, ” O Leão e o rato”, “O corvo e a raposa” e “João Pateta”, de Guerra Junqueiro. «UM CONVITE À ALEGRIA E À FANTASIA» A diretora Céu Campos realça que «esta peça fala de histórias tradicionais contadas e recontadas através dos tempos, em locais diversos, e num tempo em que a amizade e a ima-
ginação se aqueciam ao calor das lareiras acesas ou dos borralhos. É um convite à alegria e à fantasia misturadas com o ensinamento de valores importantes». Esta produção, segundo a mesma fonte, foi planeada, sobretudo, para «funcionar em espaços intimistas», embora também possa acontecer em
«espaços de maiores dimensões». «É uma produção móvel que vai percorrer quase todos os palcos do país e uma peça feita com muito ritmo e uma alegria cénica estonteante, o que a torna altamente cativadora. E depois é servida por atores muito maduros», vinca. Para esta peça de ‘bol-
so’, o grupo contou com o apoio do município para produzir «um trabalho com dignidade e na linha do registo de trabalho do Espelho Mágico», acrescentando que o grupo «já está a preparar a grande produção para palcos grandiosos, com estreia prevista para novembro, com investimento elevadíssimo».
CULTURA
AGENDA ALMADA1ABRIL21H30
ANTES QUE MATEM OS ELEFANTES TEATRO JOAQUIM BENITE
No bailado “Antes que matem os elefantes”, Olga Roriz pretende alertar, através da sua criação, para o impacto do conflito sírio na vida de todos aqueles que, por conta dele, perderam as suas casas e viram morrer amigos e familiares.
SETÚBAL1ABRIL21H30
TAS VOLTA A APOSTAR EM RUI ZINK TEATRO DE BOLSO
O Teatro Animação de Setúbal mantém em cena a peça “Fuga”, de Rui Zink, com encenação de Carlos Curto. Esta sátira, provocadora e comunicativa, está plena de referências sobre a condição mais humana de todas, a fuga.
MONTIJO1ABRIL17H30
SOLISTAS DA OML DÃO CONCERTO IGREJA DA MISERICÓRDIA
Os solistas de cordas da Orquestra Metropolitana de Lisboa, Joana Dias (violino), Daniela Radu (violino), Barbara Friedhoff (viola), Carolina Rodrigues (violoncelo) e Vladimir Kouznetsov (contrabaixo) vão interpretar o Quinteto de Cordas, Op. 39/2, G. 338 de Luigi Boccherini e o Quinteto de Cordas N.º 2, Op. 77, B. 49 de Antonin Dvo ák.
SESIMBRA1ABRIL16H00
CONCERTO LÍRICO VERDI & FRIENDS
IGREJA DE N.ª SR.ª DA CONSOLAÇÃO DO CASTELO No âmbito da Temporada de Música da Casa de Ópera do Cabo Espichel, a soprano Filipa Lopes, a meio-soprano Cátia Moreso, o tenor João Cipriano Martins e o baixo Enrico Caporiondo, acompanhados ao piano por Pedro Almeida, dão um concerto lírico dedicado a Giuseppe Verdi e a outros compositores contemporâneos. Em torno do maior compositor de ópera italiano, o público é conduzido por uma viagem que terá paragem em algumas das mais belas páginas de música escritas no século XIX.
PALMELA2ABRIL15H30
REVISTA COM FLORBELA QUEIROZ TEATRO S. JOÃO
No ano em que celebra 60 anos de carreira, Florbela Queiroz visita Palmela com a revista à portuguesa “Ol(h)á Florbela”, que está em digressão pelo país. Isabel Damatta é a responsável pela encenação, numa revista ao estilo do Parque Mayer, onde Florbela Queiroz surge acompanhada por Vera Mónica, Marisa Carvalho, Raquel Caneca e Gonçalo Brandão.
ALCÁCER DO SAL2ABRIL17H00
BALLET FLAMENCO DE MADRID AUDITÓRIO MUNICIPAL
O Ballet Flamenco de Madrid está em digressão pelo país, com o espetáculo “Flamenco Feeling” e Alcácer do Sal é uma das oito cidades que recebem o mesmo. O espetáculo sobe ao palco do auditório, numa organização do município alentejano.
GANHE CONVITES PARA O TEATRO Temos convites para oferecer para a revista popular “Parque à Vista”, em cena no Parque Mayer, para a peça “Exceção à Regra”, no palco do Barreiro, e para a produção “Circuito Habitual”, do Teatro Extremo, em Almada, para a sessão do dia 8. Para ganhar os convites basta ligar 96 943 10 85 ou 918 047 918.
RAIO-X
POR ANTÓNIO LUIS
SANDRA SILVA «QUERO SER RECONHECIDA COMO UMA GRANDE CRIADORA DE MODA» Sempre com a moda no coração, Sandra Silva, de 46 anos, nasceu em Almada e reside em Setúbal. Pertence ao signo Capricórnio e adorava conhecer a Ilha da Madeira. QUAL O SEU MAIOR SONHO PROFISSIONAL? Ser reconhecida como uma grande criadora de moda a nível internacional. E PESSOAL? Reconstruir uma nova família e ver o meu filho realizado a nível pessoal e profissional. CIDADE PREFERIDA? Setúbal e Braga. QUAL O LOCAL QUE GOSTARIA DE CONHECER E QUE AINDA NÃO VISITOU? A Madeira. UM DESEJO PARA 2017? Ter saúde e ultrapassar todos os momentos difíceis. QUEM CONVIDARIA PARA UM JANTAR A DOIS?
António Luís Monteiro.
Augusto Martins.
QUEM É O HOMEM MAIS SEXY DO MUNDO? Roger Moore.
QUAL O ÚLTIMO FILME QUE VIU NO CINEMA? “Estrelas além do tempo”.
COMPLETE: A MINHA VIDA É… Momentos cheios de várias emoções, mas muito gratificantes a todos os níveis. O QUE NÃO SUPORTA NO SEXO OPOSTO? Hipocrisia e falsidade. COMIDA E BEBIDA PREFERIDA? Ensopado de enguias vinho tinto alentejano. QUAL O SEU MAIOR VÍCIO? A minha profissão e a minha família. QUE LIVRO ANDA A LER OU LEU ULTIMAMENTE? “Breve História da Baixa de Setúbal”, de
MELHOR PEÇA DE TEATRO? “E Agora? Quem é que Manda?”.
O QUE LEVARIA PARA UMA ILHA DESERTA? Um livro.
MELHOR MÚSICA DE SEMPRE? Bolero de Ravel.
DIA OU NOITE? Noite.
QUAL A SUA MAIOR VIRTUDE? Saber ouvir a aconselhar.
O QUE MAIS TEME NA VIDA? Perder a saúde e os entes queridos.
E DEFEITO? Ser exigente e confiar nas pessoas, dando-lhes sempre uma nova oportunidade. COMO SE CHAMA O SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO? Não tenho.
A QUEM OFERECERIA UM PRESENTE ENVENENADO? Não oferecia porque também não gostava que me oferecessem. O MAIOR DESGOSTO DA SUA VIDA? A destruição da minha família, por orgulho.
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Teatro Extremo estreou peça sobre meandros obscuros do poder
A
48.ª criação do Teatro Extremo, “Circuito Habitual”, de Jean-Claude Carrière com encenação de Rita Lello e interpretação de Fábio Ferreira e Fernando Jorge Lopes, estreou no dia 27 de março e vai estar em cena todas as sextas e sábados às 21h30, até 29 de abril, no teatro António Assunção, em Almada. Um alto comissário da Administração Interna interroga um denunciante, cidadão zeloso e dedicado. Percebemos pouco a pouco que a conversa está desde o início armadilhada, mas por qual deles? O texto leva-nos até ao interior da lógica impiedosa e absurda que rege a atividade “habitual” de um regime prisioneiro dos seus próprios mecanismos. O autor descreve os meandros obscuros do poder, da negação do individuo, da ambiguidade das relações de força, numa escrita cerrada, precisa e muito eficaz na qual reconhecemos o argumentista de Buñuel e de Milos Forman e a profunda capacidade de reflexão do adaptador de Mahabharata e do autor da Controvérsia de Valladolid.
SEMMAIS | SÁBADO | 1 DE ABRIL | 2017 | 9
POLITICA
DIVERGÊNCIAS NA ESCOLHA DE PESSOAS E INDICAÇÃO DE LUGARES ABRIRAM ‘FERIDAS’ NO PS DO SEIXAL
Demissões não abalam estrutura socialista para combate autárquico
Cerca de duas dezenas de militantes do PS Seixal, entre os quais alguns históricos, bateu com a porta na sequência da escolha dos candidatos às próximas autárquicas. Mas, destes muito poucos contavam para votos. Do lado da concelhia, parece reinar a tranquilidade. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM
U
José Geraldes, têm sido o porta-voz dos descontentes com o processo autárquico
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m comunicado denunciando “atropelos” às regras de funcionamento da concelhia do PS no Seixal no processo das escolhas autárquicas e o anúncio de duas dezenas de demissões de socialistas históricos, agitou as águas durante toda a semana. Em causa, segundo José Geraldes, autarca do PS na Assembleia Municipal do Seixal, está o processo de convocatória da reunião da comissão política, marcada para aprovar nomes e lugares. «Esta lista escolhida está fadada ao insucesso, porque para além das irregularidades, a escolha dos candidatos foi um processo fechado», disse em declarações à Agência Lusa. No documento, também enviado à redacção do Semmais, os contestatários sublinham que a aprovação das listas dos representantes do PS aos órgãos autárquicos “deveria ser momento de união e de convergência, e não de fratura ou con-
fronto”. E por isso mesmo, explica José Geraldes, «a apresentação, na última comissão política, dos nomes dos cabeças de lista à Assembleia Municipal e à Câmara, sem prévia divulgação e discussão, transformou aquele órgão num local de voto ridículo e inédito no PS Seixal». O documento acrescenta que as “regras de funcionamento têm sofrido sucessivos atropelos”, nomeadamente, sublinha, “ausência de atas das reuniões, incumprimento de prazos na divulgação das reuniões, e outras anomalias, segundo o grupo de militantes demissionários. José Geraldes, diz mesmo que o número de demissões tem vindo a aumentar e receia que os interesses do PS no concelho não estejam a ser acautelados, nem pela concelhia, liderada por Marco Fernandes, nem pela federação socialista. NEM ‘HISTÓRICOS’ NEM COM DIREITO A VOTOS Os presidentes da concelhia e da federação parecem não querer alimentar esta polémica e por isso
tem declinado prestar declarações à comunicação social. Um autarca e dirigente local do PS disse ao Semmais que tanto o número de ditos históricos como militantes com direito a voto «estão a ser inflacionados». Para as fontes contactas pelo Semmais, o problema é comum a estes períodos eleitorais e radicam sempre no mesmo: «Quando está em causa a escolha de lugares há sempre quem fique descontente e arraste outros nessas contendas», afiançou uma fonte socialista. E acrescentou: «O que se passa é que o nosso camarada José Geraldes queria ser o n.º2 à Assembleia Municipal e isso não foi consignado pela maioria». Outra fonte contactada pelo nosso jornal garantiu que as listas levadas à comissão política concelhia, contou apenas com um voto contra. «Estamos a falar de muita especulação, e o mais importante é unir esforços e lutar por uma candidatura que tem tudo para ser forte neste combate autárquico», afirmou um dirigente federativo.
PUBLICIDADE Cartório Notarial de Setúbal Notária Maria Teresa Oliveira Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro n.º 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia trinta de março de dois mil e dezassete neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 82 do livro 311-A, de escrituras diversas, na qual: Rui Manuel Rodrigues Costinha casado com Maria Rosa da Silva Constantino Costinha, sob o regime da comunhão de adquiridos, natural da freguesia de Pinhal Novo, concelho de Palmela, residente na Rua do Trabalhador Rural, CCI 4510, Pinhal Novo, Palmela; Contribuinte número 179440489, justificou Prédio Misto sito em Venda do Alcaide, freguesia de Pinhal Novo, concelho de Palmela, com a área de quatro mil e quinhentos metros quadrados, que confronta do norte com Custódio Carvalho, sul com Manuel Roldão, nascente Rua Trabalhador Rural, e poente com António Roldão, composta a parte rústica de árvores de fruta, vinha com pomar de macieiras, inscrita na matriz sob o artigo 49 da Secção J, e a parte urbana de edifício de rés-do-chão para habitação com a área coberta de quarenta e cinco metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo 733. Está conforme. Cartório Notarial, Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 30 de Março de 2017 A Notária, Maria Teresa Oliveira
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DESPORTO
NOVA DIREÇÃO DO V. SETÚBAL TOMA POSSE NA CÂMARA
«Voltar a ter um Vitória europeu é a pedra de toque da nossa ambição» Levar o V. Setúbal às competições europeias e construir a Academia de Formação são duas das principais metas que o líder Fernando Oliveira, eleito para um quarto mandato, traça para a nova direção. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
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nova direção do V. Setúbal tomou posse, na quarta-feira, no salão nobre dos paços do concelho, em cerimónia na qual a edil do município, Dores Meira, salientou a permanente disponibilidade para apoiar a instituição. O novo elenco é presidido por Fernando Oliveira, que foi reeleito, a 25 de março, para um quarto mandato com um total de 843 votos. Fernando Oliveira derrotou os outros dois candidatos, Vítor Hugo Valente, que alcançou 738 votos, e António Santos, com 340. O presidente Fernando Oliveira, reeleito para o triénio 2017/20, mostrou-se confiante para o novo mandato e confessou mesmo que quer o clube de volta às competições da UEFA e ver construída a Academia de Formação, em Vale de Cobro. «Quem
me conhece sabe que sou um homem de ação e não de promessas. Vão ser três anos de profunda dedicação mas também de exigentes desafios. Voltar a ter um Vitória europeu é a pedra de toque da nossa ambição. Os sócios merecem e tudo faremos para que isso aconteça a curto prazo». O presidente do clube sadino apelou, igualmente, à união de todos. «Precisamos de todos os vitorianos. Precisamos que se unam com o clube», vincou, para depois adiantar que a nova direção tem «projetos ambiciosos que vão tornar o clube menos exposto» às circunstâncias atuais. Questionado se o treinador José Couceiro irá continuar a orientar a equipa sénior do clube na próxima temporada, o líder vitoriano afirmou: «Como José Couceiro tem mais um ano de contrato, não estamos preocupados com esse assunto. O treinador está imbuído no
nosso projeto e penso que não é difícil a sua continuidade». «APOIAREMOS O VITÓRIA SEJA COM QUEM ESTIVER NA DIREÇÃO» Já a edil Dores Meira manifestou disponibilidade da Câmara em cooperar com o Vitória no «contexto das suas capacidades e responsabilidades». A autarca reforçou que o município «esteve, está e estará sempre presente para apoiar o Vitória, seja quem for que o dirija», no apoio financeiro às modalidades, na cedência de terrenos, na ajuda para a reabilitação de instalações ou quando é necessário desbloquear situações complexas. A edil frisou que, «para lá de diferenças de opiniões», o município continuará «inteiramente disponível para ajudar o Vitória», mantendo sempre «uma relação séria e construtiva com o clube», até porque «a cidade é também o Vitória».
Equipa renovada com ‘sangue novo’ Além do presidente Fernando Oliveira, fazem parte da direção do Vitória, Rui Salas, Fernando Belo, Luís Lourenço, Manuel Ernesto, Armindo Correia, Filipe Caetano, Jorge Ferreira, João Couto, Noel Camoesas, Luís Baião, Júlio Santiago e Maria Luz. A assembleia-geral, anteriormente liderada por Frederico Nascimento, passa a ser presidida por Fernando Ferreira. Este órgão passa ainda a ser constituído por José Martins, Paula Carvalho e Paulo Santos. O conselho fiscal, liderado por Ricardo Lopes, é composto por Vítor Dias, Pedro Machado, Pedro Luz e Carlos Sanos. Já o conselho vitoriano, que conta no elenco com um grupo distinto de ilustres vitorianos, é formado por Giovanni Licciardello, Rogério Vaz de Carvalho, Fernando Ferreira, Helena Pereira, Jorge Belo, José Madureira Lopes, Domingos Dinis, Rogério Paixão, Luís Paixão e Paulo Oliveira.
brevesdesportivas I encontro de escolas de dança em Alcácer O teatro Pedro Nunes acolhe este sábado, pelas 21 horas, o I Encontro de Escolas de Dança da Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba, que conta com a participação da Classe de Dança Contemporânea “Modernus”, do Feijó, do Grupo de Vila Viçosa, da Classe de Ballet da Sociedade 1.º de Janeiro Torranense, do Torrão e da Classe de Ballet da Escola de Dança Matos Galamba, de Alcácer do Sal.
Palmela acolhe Taça de Portugal em Cadetes
Cerca de 1500 ginastas fazem a festa jovem em Almada
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erca de 1 500 ginastas, com idades entre os 6 e os 12 anos, sete dezenas de técnicos e treinadores, em representação de quase 30 clubes, participam na Festa Jovem 2017, que se realiza este sábado, no pavilhão municipal do Feijó. Este ano, a 23.ª Festa
Jovem divide-se em dois saraus, com o primeiro a ter início às 14h30 e o segundo às 18 horas. A festa jovem integra as comemorações do 43.º aniversário do 25 de Abril e é uma organização do município local, Associação 25 de Abril, Associação de Ginástica
de Lisboa e Associação de Ginástica do Distrito de Setúbal. A entrada nos dois saraus é livre, mediante a apresentação de bilhete próprio, distribuído pelos clubes participantes. As portas abrem 30 minutos antes de cada sarau.
Palmela volta a viver a festa do ciclismo com a realização da 1.ª prova da Taça de Portugal em Cadetes, este sábado. O percurso tem 79 quilómetros, com partida às 15 e chegada às 17 horas, sempre no Largo de S. João. Trata-se de uma prova da zona B, aberta a clubes e atletas dos distritos de Lisboa, Faro, Santarém e Setúbal. Prevê-se a participação de cerca de 80 ciclistas, em representação de sete equipas. A organização é da Associação de Ciclismo do Distrito de Setúbal e da Federação de Ciclismo.
Jogos desportivos escolares de Palmela A 1.ª fase inter-escolas dos Jogos Desportivos Escolares 2016/17 continua a decorrer até dia 4. Esta fase conta com a participação de 1 600 jovens em 12 provas desportivas e torneios. Neste período, disputam-se as modalidades coletivas com a participação dos alunos das escolas secundárias, bem como as provas de cariz individual, envolvendo todas as escolas. A iniciativa regista já a sua 28.ª edição e proporciona, anualmente, a vários milhares de jovens, a prática de diversas modalidades desportivas, contribuindo para o seu desenvolvimento físico, para a socialização e para a criação de hábitos de vida saudáveis. A 2.ª fase está agendada para 12, 13 e 14 de junho.
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NEGÓCIOS
EMPRESA DIZ-SE TRANQUILA E SEM PRESSA, MAS MANTÉM A DATA DE 2017 PARA PRIMEIRAS OPERAÇÕES
Galp anuncia que já cumpriu requisitos para explorar petróleo na costa Alentejana A empresa continua a dizer que está tudo em conformidade com a lei e diz não ter pressa para arrancar com as operações previstas no consórcio com a italiana ENI. O impasse continua a existir, mas a data de 2017 está em cima da mesa. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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presidente da Galp, Carlos Gomes da Silva, garante que o consórcio que a empresa integra para explorar petróleo na costa alentejana já cumpriu os requisitos do contrato de concessão, pelo que agora apenas espera pela autorização das autoridades. Mas o processo está longe de ser pacífico. Carlos Gomes da Silva afirma que o consórcio, formado pela Galp e pela italiana ENI, não tem nenhuma pressa para iniciar a perfuração, mas assume que tudo o que havia para fazer está feito.
Porto de Setúbal exporta peças da Alstom para Arábia saudita
A
fábrica da Alstom Power Portugal, SA de Setúbal concluiu a exportação dos últimos 10 Módulos de HRSG (Heat Recovery Steam Generator) duma encomenda total de 30 unidades, com destino ao projecto Waad Al Shamal, localizado na Cidade de Turaif, na Arábia Saudita, e que foram carregadas a partir do seu terminal localizado no Porto de Setúbal. A fábrica de Setúbal continua a ser um centro de produção de excelência na cadeia de abastecimento global da GE com um terminal portuário com certificado ao qual acedem navios Heavy Lift para carregarem peças de 200 ton com 26 metros de comprimento. A Central de Ciclo Combinado de Waad Al Shamal, propriedade da Saudi Electricity Company
(SEC), vai dispôr de quatro turbinas a gás GE modelo 7FA.05, quatro HRSGs, e, uma turbina a vapor. A produção máxima da central vai ser de 1390 megawatts. Este projecto marca a primeira vez que uma central conecta estas caldeiras de recuperação HRSGs às turbinas a gás GE desde a aquisição da Alstom. O Projeto Waad Al Shamal Project foi um desafio para todos os envolvidos, sendo que se concluiu que todos os objetivos são atingíveis sempre que exista trabalho de equipa e motivação entre todos os colaboradores. O projeto teve início em março de 2016 foi concluido no prazo contractual, cumprindo as exigências técnicas de Qualidade. A Alstom congratula todos os envolvidos no projeto.
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«Não temos nenhuma pressa especial. Tudo o que tínhamos para fazer, dentro da concessão e daquilo que são as melhores práticas da indústria, está feito. Estamos tranquilos», disse Carlos Gomes da Silva esta semana. Recorde-se que foi em Janeiro que o consórcio obteve a autorização para perfurar o mar do Alentejo por parte da Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM). Em Fevereiro, no âmbito do Capital Markets Day, em Londres, o gestor adiantou a possibilidade de a operação ser realizada já em 2017, «se for compatível com as condições do mar», que só permitem fazê-lo entre Abril e Junho.
Com a chegada dessa janela de oportunidade, Carlos Gomes da Silva confirmou que avançará com os trabalhos nas próximas semanas se entretanto obtiver das autoridades «as respostas de licenciamento, de concessão, para todos os trabalhos que estavam exigidos e que foram entregues». DIRIGENTES DO BLOCO DE ESQUERDA NÃO DESARMAM Já ontem o Bloco de Esquerda requereu ao Governo o relatório sobre a consulta pública à emissão do título para a prospeção e exploração de petróleo no deep offshore da Bacia do Alentejo. O Bloco recorda que ao abrigo do Decreto-Lei n.º 109/94, de 26 de abril,
EMPRESA FEZ 95 MILHÕES DE VENDAS EM 2016 E APUROU 6,7 MILHÕES DE DIVIDENDOS
Lisnave volta a distribuir 1,2 milhões pelos colaboradores
Apesar da crise que assola o setor marítimo a nível internacional e do aumento da concorrência, os estaleiros da Lisnave, na Mitrena, em Setúbal, registaram contas muito equilibradas. Vai distribuir 6,7 milhões pelos 200 accionistas e 1,2 milhões pelos colaboradores. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM
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s estaleiros da Lisnave, na Mitrena, fecharam a atividade do ano passado com um resultado líquido de 6,7 milhões de euros, mercê da reparação de 67 navios oriundos de todo o mundo, prova da fidelização da empresa. Estes resultados fazem parte das contas relativas ao exercício de 2016, que foram aprovadas em Assembleia Geral de Accionistas, de onde se realça o Volume de Vendas de reparação naval que superou os 95 milhões de euros (95,7), os dividendos aos cerca de 200 accionistas da empresa que se estabeleceram nos 6,7 milhões de euros e a gratificação de balanço aos trabalhadores, já incluída no resultado do
exercício, que se cifrou nos 1,2 milhões de euros. O reconhecimento do trabalho de qualidade, conhecimentos e experiência da Lisnave está patente no elevado número de reparações com origem em clientes fiéis no ano de 2016 e foram levados em conta pelas companhias Teekay Marine de Singapura (oito navios docados), Tsakos Columbia Shipmanagement da Grécia (seis navios docados), American Eagle Tankers de Singapura (quatro navios docados) e PDV Marina da Venezuela (quatro navios docados), que se fixaram desta forma como os principais clientes do estaleiro naval português. FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES É UM DOS TRUNFOS DA EMPRESA Num ano particularmente difícil para a reparação naval a nível mundial,
tendo em conta a crise do setor de transporte marítimo e pelo aumento da concorrência a nível internacional, a Lisnave assegurou um desempenho positivo, reparando 67 navios, provenientes de 39 diferentes clientes, oriundos de 17 países, tendo como maiores
trabalhos de reparação e manutenção os navios “Tokyo Spirit” e “Nordic Spirit” da Teekay Marine, o “Zeus” e o “Proteo” da PDV Marina, o “Fortaleza Knutsen” e o “Recife Knudsen” da KNOT, e as dragas “Gerardus Mercator” e “Kaishuu” da Jan de Nul.
NEGÓCIOS
IEFP debateu aprendizagem no Centro de formação de Setúbal
em 2007 foi assinado com o consórcio petrolífero ENI/GALP o contrato denominado «Santola», ao largo da costa de Aljezur e do Alentejo. Este contrato visa a prospeção, desenvolvimento e exploração de hidrocarbonetos, particularmente petróleo, no deep offshore da Bacia do Alentejo a que corresponde a emissão de um Título de Utilização Privativa do Espaço Marítimo, (para atividade de perfuração exploratória na área 233). «Esta e muitas outras concessões para a prospeção e exploração de hidrocarbonetos tem merecido ampla contestação por parte das associações ambientalistas, autarcas, populações e outras enti-
dades. Devido a toda esta oposição e ilegalidades verificadas, alguns contratos já não irão avançar», sublinha o BE, lamentando a intenção do Governo em continuar com o contrato “Santola”. Por seu lado a Câmara de Odemira avança com uma providência cautelar para tentar travar o projecto de prospecção e exploração de petróleo. O presidente da autarquia, José Alberto Guerreiro, refere que o município está «a fazer todos os esforços, não só políticos mas também legais» para impedir o avanço do processo, revelando que a providência cautelar vai incidir, sobretudo, «sobre questões estratégicas e administrativas».
O
Centro de Emprego e Formação Profissional de Setúbal foi palco do debate “Valorizar a Aprendizagem” e da entrega de prémios do Concurso “Criação de Logotipo para a Rede de Parceiros de Excelência da Aprendizagem”. O Debate “Valorizar a Aprendizagem”, visou agregar ideias e testemunhos que pudessem contribuir não só para uma reflexão, mas também para um maior conhecimento do tema, nomeadamente a importância deste tipo de formação para as empresas e para a dimensão curricular e profissional dos formandos. A iniciativa contou com a participação dos secretários de Estado da Indústria, João Gonçalves, e do Emprego, Miguel Cabrita, para além de Miguel Leichsenring Franco,
Administrador do Grupo Shmitt + Sohn Elevadores, Paula Arriscado, Diretora da Divisão Corporativa Pessoas, Marca e Comunicação e Recursos Humanos do Grupo Toyota. Helena Santos, ex-formanda de um dos primeiros Cursos da Aprendizagem do CINEL, na área da eletrónica, deu o seu testemunho sobre a importância da aprendizagem adquirida nestes cursos. «hoje estou muito grata ao CINEL, fez de mim o que sou!», referiu Helena Santos, doutorada em Física, é atualmente docente universitária. Com o propósito de dinamizar os Cursos de Aprendizagem, para que estes se assumam como uma oferta privilegiada na qualificação de jovens, o IEFP vai dedicar o próximo número da revista Dirigir & Formar (D&F), exclusivamente a esta temática.
ENTREGA DE PRÉMIOS PREMEIA CRIATIVIDADE Na sequência da criação da Rede de Parceiros de Excelência para a Aprendizagem, o IEFP lançou, em dezembro de 2016, um concurso de ideias visando a criação de um logotipo para esta rede. Esta iniciativa pretendeu, em simultâneo, proporcionar uma oportunidade aos formandos dos cursos da rede de Centros de Gestão Direta e Partici-
pada do IEFP, na área dos Audiovisuais e Produção dos Media, para que revelassem o seu talento e as competências adquiridas durante a formação. O logotipo classificado em 1.º lugar será utilizado em todos os materiais promocionais que o IEFP e as entidades parceiras produzirem para promover a sua atividade, enquanto Parceiros de Excelência para a Aprendizagem.
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EDITORIAL
OPINIÃO
Punk rock e desenvolvimento económico
Raul Tavares Diretor
A formação e a qualificação dos portugueses
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articipei esta semana numa iniciativa meritória sobre cursos de Aprendizagem do Instituto de Emprego e Formação Profissional. Trata-se, como se sabe, do chamado ensino Dual, que dá competências em determinadas áreas e tem um ciclo de formação em contexto empresarial. Por norma, a tendência é considerarmos este tipo de formação um escape, uma segunda via, o ensino menor. Mas não é bem assim. E, para já, percebe-se que os responsáveis pela tutela da formação e do emprego, estão empenhados em demonstrar cada vez mais que é mesmo uma saída de primeira para formandos e para empresas. Na verdade, há exemplos extraordinários, como o é caso do cluster aeronáutico que, em Setúbal e em Évora, tem ganho recursos humanos de excelência, numa parceria exemplar entre empresas do setor e centros de formação profissional do Estado. O nível de colocação de jovens no mercado de trabalho é muito expressivo, e isso é uma viragem. Não há muitos anos atrás, um dos estigmas desta formação radicava no facto de estar muito associada ao desemprego. Mas a Aprendizagem que estamos a falar é, sobretudo, uma saída para jovens tiveram dificuldades de relacionamento com o ensino clássico. E, por esta via – como ocorre em outro tipo de escolas profissionais – podem aprender uma profissão e, se acaso o quiserem, seguir o ensino universitário ou politécnico. Há, pois, um rumo e a certeza de que a qualificação e as competências profissionais devem ser uma prioridade. Tal como a qualificação de adultos. O país só tem a ganhar com isso.
P
rimeiro o punk. Em meados dos anos 70, em Londres, nasceu uma banda. Ou foi criada segundo outras opiniões. O nome: Sex Pistols. Logo de seguida, ou quase, apareceu outra banda: e Clash. E no espaço entre elas centenas de outras. Foi assim o princípio de muita coisa. Talvez de um outro tempo. Seguramente de outra estética. Ao tempo (1975) o rock and roll estava num impasse. Mega bandas, super bandas e outros paquidermes ocupavam o espaço vital da música popular. O punk, como um vento que se levantou, quase tudo quis mudar e, reduzindo ao mínimo tamanhos e egos, provou que uma banda cabia perfeitamente numa carrinha (incluindo os instrumentos). Depois poucos acordes e muita atitude. Realismo e provocação. Pearcings e doc martens. O que ficou do que passou foi a atitude. Pouca conversa e toda a ação possível. Realismo. A evidência de um mundo duro. Trabalho por pouco dinheiro. Nenhumas oportunidades. A raiva em vez da moda. Uma estética ainda assim.
A estética perdura para além de todas as probabilidades. A música continua. Gerações de novas bandas mantêm a chama viva. E porquê? E como? A resposta começa na raiva. Raiva por um tempo sem tempo para os que querem tempo. Raiva por um futuro que simplesmente não existia para uma geração que queria fazer a diferença. Qualquer que fosse essa diferença. Hoje, para outra geração, o futuro permanece um ponto de interrogação. Por isso o punk está aí. Novas bandas a ensaiarem a rebeldia em novos armazéns e em novas garagens. E em cada nova banda as raízes estão à vista. Uma música simples. Às vezes básica. Às vezes complexa de tão básica. Sempre urgente. Uma lenda do punk, Iggy Pop, esteve o ano passado em Portugal. E exemplificou tudo o que o punk é e não é. O seu concerto foi nada menos do que memorável. Uma hora e meia intensa como poucas. Parecia que aos 70 anos estava ali, perante os nossos olhos, o futuro do rock and roll. Pelo menos o presente estava. E gritava. E saltava. E não parava nem por
TURISMO SEMMAIS JORGE HUMBERTO SILVA COLABORADOR
um momento que fosse. E agora, já agora, o desenvolvimento económico. Seja o desenvolvimento económico o que for. Na verdade é muito. Escapar à miséria (pelo menos para muitos, talvez a maioria). Encontrar a dignidade, sem a qual só fica a sobrevivência. E todos sabemos o que vem com a sobrevivência pura e dura. Então o desenvolvimento, também económico, é uma aspiração. Aspiração e esperança que leva refugiados a atravessarem perigos e emigrantes a cruzarem fronteiras. Movimento perpétuo. Tal como a humanidade. Tal como a ilusão. E ilusão é muitas vezes o que encontram. Nada de que o punk não tenha, de uma ou outra forma, avisado. Curioso. Quando observamos os países mais desenvolvidos constatamos que são precisamente aqueles onde a música punk foi e é mais influente. Qual
é então a relação entre o desenvolvimento económico e a música punk? Provavelmente nenhuma. Provavelmente toda. Certo é, como os Pistols sempre disseram: no future for you. Por outras palavras: enquanto as coisas forem como são o futuro quando nasce não é para todos. Nota Final: Não deixem de ver, pela vossa inteligência, o documentário de Jim Jarmusch, “Gimme Danger”(2016), sobre os e Stooges, provavelmente a melhor banda de rock and roll de todos os tempos. Até agora. Nota depois da Final: Morreu Chuck Berry (19262017). Um dos inventores do rock and rol. Com uma inspiração que veio literalmente do futuro (back to the future) ele próprio criou o futuro. Que hoje é presente. E sem o qual nem esta simples crónica sequer existiria. Obrigado!
Teatro, e a coragem de continuar
P
or ocasião das comemorações do “Mês do Teatro”, promovido pela Câmara Municipal de Setúbal, decidi, pela primeira vez em 28 anos de carreira, administrar uma Oficina de Teatro. A Galeria Municipal, localizada na Av. Luíza Todi, foi o sítio escolhido para levar a cabo esta actividade. As inscrições foram abertas ao público, a todas as pessoas com idade superior a doze anos, com ou sem experiência teatral. O mini-curso teve o total de oito horas e foi dividido por quatro temas: 1) Voz e Dicção; 2) Movimento e Expressão Corporal; 3) Interpretação e Dramaturgia; 4) Construção de Personagem. O plano de acção definido pretendia demonstrar os aspectos mais importantes a desenvolver na arte da representação: os pilares, as fundações, os alicerces primários. A luz que me propus acender não seria suficiente para iluminar, não haveria tempo para tanto, mas sim para guiar os primeiros
passos em cima das tábuas dum palco. As inscrições esgotaram, dado que não poderia aceitar, por motivos de espaço e tempo, mais do que 30 participantes. Compareceram 22 pessoas (todas mulheres), com idades compreendidas entre os 12 e os 60 anos. Estudantes, Professoras, Educadoras, Formadoras, Advogadas, Docentes do Ensino Especial, potenciais Actrizes, gente curiosa e apaixonada pelas artes, todas se juntaram para se iniciarem nesta maravilhosa aventura do Teatro. As palestras teóricas eram intercaladas com exercícios e jogos alusivos ao tema em estudo, sempre com participação massiva e voluntária, as tarefas foram executadas com seriedade e devoção. A cada vez que pedia para repetirem um exercício, apontando, tanto as falhas cometidas, como a forma correcta de as contornar, as alunas melhoravam o seu desempenho, ganhando confiança ao longo da aprendizagem. As aulas decorreram a bom
ATUALIDADES JOSÉ NOBRE
ATOR
ritmo, mal dávamos por isso e estava na hora de saída, ficando-me a sensação de que se poderia acrescentar mais uma hora a cada tema, numa experiência futura. Gratificou-me a qualidade apresentada em determinados exercícios, a convicção, a verdade, a alegria, a inteligência emocional, a superação. Viu-se vontade e génio. Posso garantir que todas as participantes, sem excepção, ficaram rendidas aos encantos da arte de Talma e que, apesar do escasso tempo, adquiriram importante conhecimento. O balanço final foi francamente positivo, superando as minhas melhores expectativas. Antes das despedidas, enquanto distribuía os diplomas de
participação, fui abordado variadas vezes pelas alunas mais interessadas, perguntavam se o trabalho que desenvolvemos até ali poderia ter continuidade. Respondi-lhes que, no que dependesse de mim, tudo faria para que tal fosse possível. Surpreenderam-me as queixas de que não havia oferta para este tipo de formação em Setúbal, uma cidade com diversas estruturas estabelecidas e devidamente apoiadas pela autarquia. Restam-me agradecer a presença, o interesse e o empenho demonstrados por todas as participantes, obrigado. Haja coragem para continuarmos a sonhar e tudo poderá acontecer. Até breve!
Diretor Raul Tavares | Redação Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida – coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 | Concessão Produto Maiscom, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
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OPINIÃO
Aderir
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rimeira retoma: vingava ainda o governo de Durão, o promissor do de Santana Lopes (ironia do destino), quando o então Presidente da República, Jorge Sampaio, participou nas comemorações do 30º aniversário do 25 de Abril numa visita ao Forte de Peniche. Foi rodeado de “bandos de miúdos da escola” e teve a acompanhá-lo um outro histórico dirigente do PCP, Jaime Serra, que relatou ao pormenor a espectacular fuga (iremos já à outra) daquele mesmo lugar, a de 3 de Janeiro de 1960, protagonizada por ele próprio e ainda Álvaro Cunhal, Joaquim Gomes, Carlos Costa, Francisco Miguel, Pedro Soares, Rogério de Carvalho, Guilherme Carvalho e José Carlos. Logo na Visão de 29 de Abril, num texto de Ana Margarida Carvalho, “Jaime Serra relembra como tudo aconteceu naquela noite em que fugiram dez. Meses a fio a planear a evasão em massa, com a ajuda do exterior. A travessia debaixo do capote de um guarda, conquistado para a causa por Joaquim Gomes. O carro, de Rogério Paulo,
DAS COISAS NASCEM COISAS de capô levantado, que apareceu a dar o sinal no largo. O muro e as duas muralhas que foram vencidos com alguns percalços... Atrás dos fugitivos ficou um guarda narcotizado, muitos presos que haveriam de experimentar o mais infernal regime prisional das suas vidas, e os acordes da Sinfonia Patética de Tchaykovsky, a soar no gira-disco. Um dos miúdos que escuta toda a narrativa da fuga comenta: “É preciso ser esperto.” - ao que Jaime Serra contrapôs (um termo pesado, talvez, mas é nosso), em final de texto: “Não. É preciso ser preso!” Segunda: o PCP não foi exactamente o Partido que o fascismo “ilegalizou”, o PCP foi o Partido que para melhor combater a ditadura decidiu passar à clandestinidade. Assim disse António Dias Lourenço em Aires, Palmela, o século XX a findar!, numa sessão a propósito de um mesmo salto das mesmas muralhas mas dele, só, para o mar, noutra noite de Dezembro de 1954, quando a todos pareceu, envoltos do momentâneo silêncio de uma casa cheia (o Grupo Desportivo e
JOSÉ TEÓFILO DUARTE
VALDEMAR SANTOS MILITANTE DO PCP
Recreativo Airense), não haver rosto que não deixasse trair uma espécie de perplexidade: “Dito assim, nunca tínhamos pensado nisso!” Passam duas semanas, o PCP comemorou, na Casa do Alentejo, em Lisboa, com a presença de Jerónimo de Sousa, o 100º aniversário do nascimento de Joaquim Gomes inaugurando uma Exposição que percorrerá o país. “Nasceu a 9 de Março de 1917, na Marinha Grande, começou a trabalhar aos 6 anos numa fábrica de cristalaria a fechar moldes, participou como aprendiz vidreiro na Luta das Alpergatas, uma greve por melhores condições de trabalho, em 1932, com 14 anos adere à Federação das Juventudes Comunistas” - eis o início. “Aquando o 25 de Abril era responsável pela organização regional de Setúbal, acompanhando a partir daí a organização do Alentejo”.
Numa fotografia, lá estará com Álvaro Cunhal na Mesa da Presidência da I Assembleia da Organização Regional de Setúbal no Pavilhão Antoine Velge, do Vitória, se bem nos recordamos (e se não nos enganamos), uma semana depois da sua inauguração em 1982. Não transcrevemos aqui deliberadamente algo das palavras de Joaquim Gomes. Mas sim de como a exposição (saiba-se que há catálogo em número massivo que a acompanha) de certo modo nos centra numa outra dimensão das relações humanas: “conseguiu perscrutar no olhar do guarda da GNR que viria a facilitar a fuga não o ódio, mas a revolta pela sua própria situação”, sendo outra fotografia a da “casa em Runa, Torres Vedras, onde estiveram ambos após a fuga”, como já foi dito, dos dez. Aderir - eis o que é sempre possível!
Apneia do sono O QUE É APNEIA DO SONO? Apneia do sono O que é apneia do sono? - Apneia do sono é uma situação em que você para de respirar por curtos períodos enquanto dorme. Existem 2 tipos de apneia do sono. Um é chamado de “apneia obstrutiva do sono”, e o outro é chamado de “apneia central do sono”. Na apneia obstrutiva do
sono, a paragem da respiração deve-se ao aperto ou encerramento da sua garganta ( figura 1 ). Na apneia central do sono, você para de respirar porque o seu cérebro não envia os sinais certos para seus músculos para fazer você respirar. Quando as pessoas falam sobre a apneia do sono, geralmente referem-se à apneia obstrutiva do sono, que é do que estamos aqui a tratar.
CLINICA SEMMAIS JOSÉ REIS FERREIRA
PNEUMOLOGISTA
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA APNEIA DO SONO?
Os principais sintomas da apneia do sono são o ronco alto, o cansaço e a sonolência diurna.
Fig. 1 - Normalmente, quando uma pessoa dorme, a via aérea permanece aberta, e o ar pode passar do nariz e da boca para os pulmões. Numa pessoa com apneia do sono, partes da garganta e da boca caem sobre as vias aéreas e bloqueiam o fluxo de ar. Isso pode causar ressono alto e interromper a respiração por curtos períodos. As pessoas com apneia do sono não sabem que param de respirar quando estão a dormir. Mas às vezes acordam assustadas ou ofegantes. Muitas vezes são os amigos ou familiares que afirmam que eles ressonam.
DIESIGNER | DIRECTOR DE ARTE
POLITICA E CULTURA
Outros sintomas: Sono agitado Acordar engasgado ou ofegando Dores de cabeça matinais, boca seca ou dor de garganta Acordar frequentemente para urinar
Tonturas ou desorientação ao acordar Problemas para pensar com clareza ou recordar coisas Algumas pessoas com apneia do sono não têm sintomas, ou não sabem que os têm. Podem até achar que é normal estar cansado ou ressonar muito. Devo consultar um médico? - Sim. Se você acha que pode ter apneia do sono, consulte o seu médico.
Vale da estranheza A exposição de Bernardo Sousa Santos, na Casa Da Cultura | Setúbal, vai estar à disposição do nossa curiosidade intelectual até amanhã, domingo. Imagens que se estranham, mas que se entranham. Beleza inquietante, ou inquieta estranheza? Apareçam por lá. O esclarecimento — ou não — impõe-se. O texto que se segue é do autor e é um excerto da dissertação de mestrado a que chamou Imagens Tramadas - No campo expandido da fotografia.
T
anto para Rosalind Krauss como para George Baker a fotografia vive um momento de profunda mutação. Desde que esta se tornou um objecto teórico ficou mais complicado defini-la epistemologicamente. John Berger refere que “a maneira como olhamos as coisas é afectada pelo que sabemos ou pelo que acreditamos’’. Diz ainda que olhar é um acto de escolha. É natural que, enquanto reflexo comportamental humano, haja uma predisposição para catalogar, num sentido acusatório, o mundo que nos rodeia. Ver é uma acção de percepção capaz de descortinar profusamente a imagem. O olhar é algo imediato, porém o acesso fácil e rápido à informação produz igualmente julgamentos rápidos e, por consequência, frequentemente superficiais. O discurso fotográfico forma-se, precisamente, na imposição de uma perspectiva sobre o olhar do observador, sendo que os limites para a forma da fotografia são aqueles que o autor desejar trabalhar. Vale da Estranheza consiste num conjunto de séries sobre o campo expandido da fotografia com o objectivo de criar uma gramática visual particularmente inquietante, procurando uma natureza intermedial e híbrida, a meio caminho entre o estranho e o familiar. Conopeu, Das Unheimliche e Layers of identity são três séries fotográficas onde a trama é o elo comum, o filtro modular da imagem, que por acção de um processo manual e repetitivo desconstrói, altera e reconstitui a imagem fotográfica em três diferentes aproximações. Visa sempre um mesmo objectivo, o de pôr em causa a condição medial da fotografia, contendo, ainda assim, algumas das suas características identitárias. Das Unheimliche (impressão sobre alumínio) quer-se inserir num universo expansivo, é um trabalho híbrido e ambíguo com aspectos próximos da gravura. Distancia-se do “efeito fotográfico”, mantendo ainda assim uma ligação com o mesmo. Layers of identity ( vidro gravado sobre impressão) desenvolve-se à volta de uma aparente realidade que subsiste de uma especificidade ilusiva, uma narrativa falsa entre duas imagens que só acontece pelo acto de entorpecer da informação imagética de forma selectiva, sugerindo uma relação que na realidade não existe.[Bernardo Sousa Santos] Mas quem vencer esta meta, que diga se a linha é recta As capas dos discos de José Afonso têm um lugar na história do design gráfico. Para assinalar estes trinta anos sem Zeca, propomos desenvolver uma exposição que aborda a estética visual na sua obra. Será a exposição de abril/maio na galeria. Inaugura dia 7 de abril na Galeria da Casa da Cultura.
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