Semmais 01 novembro 2014

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16 anos

Distribuído com o

A REGIÃO

SOMOS TODOS

NÓS

edição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

VENDA INTERDITA Sábado | 1 novembro 2014

Diretor: Raul Tavares

semanário — edição n.º 832 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbal

www.semmaisjornal.com

Cultura 9

Atual 4

Política 10

Musical "As aventuras de Ron Ron e Fofoca" para ver quarta-feira no Forum Luísa Todi.

A estilista Ana Salazar vai 'fardar' músicos da Sociedade Filarmónica Humanitária de Palmela.

Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, encerra hoje convenção do PSD em Palmela.

Fotos: DR

Banco Alimentar de Setúbal alerta para casais que já só pedem para os filhos A economia parece melhorar, mas as situações de pobreza na região estão a aumentar. O alerta surge do Banco Alimentar Contra a Fome, em Setúbal, que já duplicou a distribuição de alimentos para 100 toneladas e apoia diretamente 30 mil pessoas. Em fila de espera estão outras dez mil.

ABERTURA

Oposição em peso chumba orçamento para 2015 na Câmara de Montijo

Região tem menos 4856 pessoas com RSI

Baia do Tejo recupera casas antigas para alojar estudantes do IPS

POLÍTICA Os vereadores do PSD e da CDU na Câmara do Montijo chumbaram esta semana o orçamento para o próximo ano. A oposição acusa o presidente Nuno Canta (PS) de arrogância e de não ter projeto estratégico. O edil fala em «irresponsabilidade»

NEGÓCIOS O número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção está a reduzir de forma drástica no distrito. Em 2013 eram 22 405 pessoas a receber o subsídio, agora são 17 549, segundo dados do PORDATA. O pico deste apoio na região ocorreu em 2010, com 34 937 beneficiários.

ATUAL A empresa que gere o parque industrial do Barreiro recuperou, por dentro e por fora, quatro moradias do antigo Bairro Operário. Os beneficiários são estudantes da Escola Superior da Tecnologia do Barreiro, do Instituto Politécnico de Setúbal.

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Pub.


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ESPAÇO PÚBLICO

EDITORIAL

Raul Tavares

O

‘cluster’ turístico do Alentejo, onde se enquadra e se destaca o nosso Litoral Alentejano, está a repaginar os seus conteúdos e a procurar consolidar um registo de moda que arrancou

Sexta • 1 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com há pouco mais de uma dezena de anos. Antes, apesar da existência de uma oferta robusta, de algum esforço empresarial e privado e de uma atenção política, nomeadamente com sinal autárquico, o turismo na região era pouco mais que um marasmo. A ‘descoberta’ do nosso Alentejo é agora, e ainda assim, uma pedra bruta a esculpir. E por isso gaba-se

a tom estratégico da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, que pretende ir muito para além do nicho ‘sol-e-praia’. O ambicioso processo de certificação e internacionalização do destino é a pedra de toque, mas há também um caminho de solidez a ganhar fôlego para a gestão territorial como um todo, e segmentos em crescimento, como o golfe e os despor-

A

Vítor Ramalho Economista sultaram várias consequências. A primeira é que a forte participação de inscrições de simpatizantes e o afluxo às urnas significou a vontade dos eleitores em penalizarem o Governo, afastando-o nas próximas eleições, o que exigia a substituição da liderança existente por uma liderança mais forte e credível, protagonizada por António Costa. A segunda, decorrente da primeira, é que o eleitorado quer um PS que conceba e leve à prática políticas diferentes das do Governo de coligação de direita, o que só pode implicar uma rutura clara com aquelas políticas. Este objetivo é exequível, impondo uma clarificação sobre o entendimento das funções do Estado – incluindo a defesa do Estado Social – a definição das empresas estratégicas de domínio pú-

blico, a condenação da venda do país a retalho, levada a efeito pelo atual Governo, a afirmação do importante papel de Portugal no mundo, a defesa dos princípios da dignificação do trabalho e da igualdade de oportunidades e de género, o combate ao flagelo do desemprego numa lógica que corresponda às crescentes assimetrias regionais. A prossecução do que se sustenta impõe que o PS intervenha com unidade de pensamento e que este conduza à unidade de ação. Daí o colocar-se a questão de se saber como é que um partido com várias sensibilidades forja a unidade de pensamento. Só há uma maneira e não duas – conceber-se a unidade polarizada em princípios e no programa. A unidade não é o somatório de partes mas a convergência delas, num todo, que se suporta no ideário e agora na clareza da rutura. Não duvido que é esta via que se vai prosseguir com António Costa, contrária à junção “em molho e com fé em Deus”.

Panorâmica

N

o passado sábado teve lugar no Fórum Lisboa o 9º Congresso do MDM (Movimento Democrático de Mulheres). A sua componente internacional - internacionalista - registou a participação de mulheres de organizações e movimentos convidados congéneres do Brasil, Cabo Verde, Cuba, Guiné-Bissau, Grécia, Itália, Palestina, Rússia e Sahara Ocidental (a colónia). Mas ela, com o MDM, não se confinou àquele espaço da capital: durante seis dias, de sexta, 24, até à quarta desta semana, percorreram outros espaços de Lisboa (incluindo a Assembleia da República), da Península de Setúbal e do Alentejo. Deram resposta a mil solicitações (falaremos de “Mil Olhos”) e por isso se dividiram e sub-dividiram em muitos percursos, apenas estiveram todas juntas, fora do Congresso, em Almada, na Costa da Caparica, no Convento dos Capuchos. Lá onde viram os “Mil Olhos”, a escultura-Monumento de José Aurélio dedicado a Pablo Neruda. O sítio chama-se também Panorâmica, porque de lá se avista todo o oceano arredondado que ruma até ao Continente e Ilhas de Bolivar e de Marti.

As questões da Palestina e do Sahara não puderam deixar de ser as mais prementes nos muitos encontros e partilha de conhecimentos e sentimentos ao longo da quasi-semana, E logo foi recordada essa outra sessão do MDM há exactamente três anos, a 30 de Outubro de 2011, na Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, que teve a participação do Embaixador da Palestina, Mufeed Shami. De entre o público presente surgiu uma pergunta, algo embaraçada e muito embaraçosa, porventura, para alguns: - «Sr. Embaixador, que nos diz da ‘Primavera Árabe’»? A resposta (de memória) foi compassada, de propósito compassada: - “ A Primavera Árabe? Pois fomos nós que a começámos... há muitos, muitos anos... Com a Intifada, com as pedras levantados do chão, lutamos por uma Pátria livre, soberana e democrática”. Pareceu perceptível um suspiro de alívio, os primeiros revoltosos da “primavera”, mirando ditaduras, eram comandados pela aposta imperialista (nestas coisas, ganha-se e/ou perde-se) que hoje, tão poucos anos depois, mete medo a toda a gen-

É uma janela aberta para a potenciação económica deste trunfo que a região nunca aproveitou na dimensão devida. Esperemos que, a par do que está a ser realizado institucionalmente, não se fique pelos meios caminhos, responsáveis, aliás, pelos atrasos de desenvolvimento e progresso que padecemos em tempos de crise, mas também em tempos de bonança.

Autonomia local

Princípios e unidade no PS descrença nos partidos políticos é uma realidade deste mundo novo, com marcha de futuro incerto. Só quem não quer mesmo ver não reconhece que os cidadãos se têm afastado de forma crescente dos partidos políticos e Portugal não foge à regra. A forte abstenção e os votos brancos e nulos nas últimas eleições autárquicas e para o Parlamento Europeu, são tradução disso mesmo. Quer isto dizer que os responsáveis partidários têm e devem cuidar muito do reforço da credibilização militante e dos próprios partidos, tendo presente que estes são os pilares da democracia. No que me respeita, essa preocupação tem diretamente a ver com o PS, por ser há muito militante deste partido, com responsabilidades num dos órgãos dirigentes - a Comissão Política Nacional. Das recentes eleições internas, no PS, para o cargo de candidato a Primeiro Ministro, levado a efeito em eleições primárias, que se realizaram pela primeira vez, re-

tos náuticos, o turismo rural, património, a cultura endógena e até a certificação da restauração. Trata-se de uma empreitada que prepara, desta feita com ‘cabeça, tronco e membros’ a derradeira oportunidade dos fundos comunitários, balizados pelo período 2014/2020. E nela todos os agentes políticos, sociais, empresariais, públicos e privados, estão a ser chamados à liça.

Valdemar Santos Militante do PCP te, por cá também. Nos Capuchos Pablo traz-nos Jorge Amado, porque os dois, numa praia do hemisfério-sul americano, em 1954, decidiram escrever numa noite, até ao alvorecer, para a campanha também internacional pela libertação de Álvaro Cunhal («Navega, Portugal, a hora chegou... agrega a tua luz, volta a ser lâmpada aprenderás de novo a ser estrela») Foi no domingo que todos estiveram na Panorâmica. Uma brasileira estava, como já foi dito. Afirmou: «Dilma vai ganhar». Uma re-eleição que «assumiu uma grande importância para o Brasil, mas também para toda a América Latina e para o seu contributo na resposta às enormes exigências da soberania, progresso social e paz que a situação internacional, em profunda mudança marcada por uma profunda crise do capitalismo, comporta» (Jerónimo de Sousa, logo na segunda-feira). Tudo a propósito de um Congresso num dos meses do ano do 40º aniversário do 25 de Abril.

O

governo da coligação do PSD/CDS e a maioria parlamentar que o suporta têm desenvolvido uma ação legislativa que, amiúde, viola direitos e princípios inscritos na Constituição da República Portuguesa. O Tribunal Constitucional tem sido o garante, a âncora, que tem zelado pelo cumprimento das normas constitucionais. O poder local, as autarquias locais, municípios e freguesias, gozam do princípio da autonomia e subsidiariedade previstos nos artigos 6º, nº1, 237º e 242º da CRP. A estes princípios juntam-se os da Carta Europeia da Autonomia Local, em vigor na Ordem Juridica Portuguesa desde abril de 1991. A Constituição da República e a Carta impõem ao poder legislativo, ao poder executivo e ao poder judicial, no quadro da separação de poderes, o respeito e a observância da autonomia das autarquias locais. No âmbito da legislação em vigor para as autarquias locais, as de controvérsia e contestação mais recente, por violação dos princípios constitucionais da autonomia local, são as que aprovaram a duração do horário de trabalho para os trabalhadores da administração pública e a lei que regulamenta o Fundo de Apoio Municipal. Até agora o Tribunal Constitucional já se pronunciou sobre o aumento da duração do horário de trabalhos para as 40 horas, considerando que esta matéria pode ser objeto de negociação entre as entidades públicas e os sindicatos respetivos. Pelo que as referidas leis, as suas normas, estão em vigor tal como constam das publicaçõesna folha oficial, o Diário da República, I série. No entanto, a confusão está instalada com autarquias a cumprir a lei e aplicar aos seus trabalhadores as 40 horas semanais e outras que entretanto negociaram com os sindicatos, mas que ainda não foi publicada a alteração a praticarem já as 35 horas semanais. Autarquias a fazerem constar nos seus orçamentos a contribuição já em 2015, a transferir para o Fundo de Apoio Municipal e outras não. É a confusão no poder local democrático com prejuízo para quem está a cumprir a lei. Vejamos: os trabalhadores das autarquias que prestam 40 horas de trabalho semanal estão a ser prejudicados face aos trabalhadores que prestam 35 horas. Fixando-se, a final, a duração do trabalho nas 35 horas, o que é desejável, como com-

Maria Amélia Antunes Advogada pensar os trabalhadores que têm realizado 40 horas de trabalho? Quanto ao Fundo de Apoio Municipal – FAM, que envolve o Estado e todos os municípios numa apregoada lógica de solidariedade para prestar assistência financeira aos municípios, que dela careçam, mediante a celebração de contrato de mutuo, empréstimo, para por em pratica os chamados Planos de Ajustamento Municipal – PAM, mais não é do que prejudicar as populações de um município a favor das populações de outro município, numa violação clara do artigo 235º da Constituição, que define as autarquias locais como pessoas coletivas territoriais dotadas de órgãos representativos, que visam interesses próprios das respetivas populações. O FAM, nada tem de solidário, constituindo-se numa entidade de crédito financiada em 50% pelos municípios, colocando municípios contra municípios, quando deve ser o Estado através do Governo da República e do Orçamento de Estado a promover a coesão social e territorial. Os municípios que precisam de financiamento por dificuldades financeiras, por falta de recursos, por incompetência ou má gestão, entre outras causas, querem receber, os que têm a sua situação financeira regularizada têm de pagar. Os municípios que desde já vão cumprir a lei, procedendo à inscrição no seu orçamento da respetiva verba como serão compensados, se a final, vier a lei a ser julgada inconstitucional? No nosso Estado de Direito Democrático compete aos tribunais julgar os conflitos de interpretação das leis que não são mais que conflitos de interesses. No entanto, até que a decisão transite em julgado, a lei mantem-se em vigor, ou pode acontecer que a lei seja alterada ou revogada, cessando então os seus efeitos. É o que se espera que aconteça em breve para pôr fim a esta perturbação e conflitualidade desnecessárias com os inerentes prejuízos para as autarquias, os trabalhadores e a prestação do serviço público.


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DR

ABERTURA

Banco Alimentar Contra a Fome de Setúbal tem dez mil necessitados em lista de espera

Há casais na região a passar fome que só pedem comer para os filhos

Ajuda equivalente de 5 milhões de euros ano

As notícias da melhoria da economia não refletem a situação social do distrito. O Banco Alimentar Contra a Fome de Setúbal duplicou a distribuição de alimentos, num total de cem toneladas. Apoio a 30 mil pessoas, através de 145 instituições diz tudo. A lista de espera é enorme.

Através dos armazéns de Vila Amélia, em Palmela, e de Vila Nova de Santo de André, em Santiago do Cacém, o BACF, que abastece ainda os concelhos do Litoral Alentejano até Odemira - onde as listas de espera também se avolumam - chega a entregar às instituições da região mais de quatro mil toneladas de alimentos por ano, o que equivale a cerca de 5 milhões de euros, segundo António Alves. O dirigente avança ainda que este ano já foram entregues 21 toneladas de peixe fresco provenientes das lotas de Sines, Setúbal e Sesimbra.

Roberto Dores

É

o alerta vermelho acionado pelo presidente do Banco Alimentar Contra Fome (BACF) de Setúbal. Estão a chegar à instituição casais, em que marido e mulher se encontram ambos no desemprego e sem qualquer rendimento, para pedirem apenas comida para os filhos. «Dizem-nos que eles nem querem, que aguentam e não

precisam de comer. Só pedem que ajudemos as crianças», denuncia António Alves. Todas as semanas o BACF de Setúbal (BACF) distribui cerca de cem toneladas de alimentos por um total de 30 mil pessoas, por todo o distrito, mas, mesmo assim, já não tem como fazer face a tantos pedidos de ajuda. O agravamento da crise fez disparar as carências e, neste momento, já há uma lista de espera de 10 mil utentes entre um total 60 insti-

tuições, segundo revelou ao Sema favorecer a solidariedade na remais António Alves, avisando que gião, na medida em que o embar«as pessoas com fome não pago de produtos europeus por parram de aumentar na região». te da Rússia tem permitido ao Banco Alimentar fornecer proSegundo o mesmo dirigente a situação é tão mais preocupante dutos às instituições que não são depois de ter acontecido na rehabituais, sobretudo fruta, como gião «o que até há algum tempo pera, maçã e ameixas. Segundo o mesmo dirigente, era impensável. Nós fornecíamos cerca de 50 toneladas de não há mãos a medir Embargo russo alimentos e neste momendesde há uns tempos tem ajudado to estamos a duplicar, pora esta parte. «Temos à chegada que atingimos uma situapessoas mais velhas, de mais oferta ção muito grave», denungente mais nova e agora estamos a cia, numa altura em o BACF constatar o aumento de pedidos sadino chega a 145 instituições, conseguindo agora garantir um de casais, em que ambos estão deapoio extraordinário a mais algusempregados, que nos chegam com mas pessoas devido a estar a reos filhos ao colo a pedir alguma ceber produtos com os quais não cosia só para matar a fome às criancontava, por força do embargo deças», insiste, alertando que «é aqui cretado pelas autoridades russas. que as coisas se estão a agravar» ao nível do distrito, sublinha. Aliás, um pormenor curioso

Ficha técnica Diretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98


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ATUAL Dados confirmam que cancro da mama é a segunda causa de morte por cancro na mulher

Laço e lenço cor-de-rosa

Hospital de S. Bernardo com 150 novos casos por ano

Marta David

O

mês de outubro é dedicado à prevenção do cancro da mama, uma patologia que, em Portugal, conta entre quatro mil e quinhentos e cinco mil novos casos anuais e que corresponde à segunda causa de morte por cancro na mulher. Na unidade de Senologia do Serviço de Cirurgia Geral do Cento Hospitalar de Setúbal registam-se anualmente mais de centena e meia de novos casos de cancro da mama em

mulheres com idades compreendidas entre os 21 e os 96 anos, situando-se a média etária entre os 50 e os 60 anos. Segundo dados avançados ao Semmais há uma percentagem inferior a um por cento de novos casos em homens. «O cancro da mama não tem uma causa específica conhecida» conforme explicou ao Semmais o Coordenador da Unidade de Senologia do Hospital de São Bernardo, Manuel Vítor Rigueira, no entanto, o especialista alerta para a existência de fatores de risco biológicos e ambientais, que estão associados a um aumento da incidência da doença. Há características perante as quais as mulheres devem ter especial. «Uma menarca (primeira menstruação) precoce, a menopausa tardia, a primeira gravidez inexistente ou tardia e a ausên-

DR

Outubro é o mês dedicado à prevenção do cancro da mama, altura para relembrar cuidados a ter.

A Europa Donna Portugal, através da da Liga Portuguesa Contra o Cancro, desafiou os homens portugueses a colocarem um lenço cor-de-rosa na cabeça, real ou virtual, durante a semana de 27 a 31 de Outubro. Esta foi a forma escolhida para assinalar o Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama, que se comemora a 30 de outubro. A iniciativavisou promover um movimento nacional capaz de mostrar a solidariedade dos homens para com as mulheres que sofrem de cancro da mama.

cia de aleitamento materno estão entre os fatores de risco biológico» enumera o clínico identificando também os fatores de risco ambiental como «a terapêutica hormonal de substituição acima dos 50 anos, radiação ionizante, dieta rica em gorduras, álcool, tabaco e sedentarismo» como pontos a considerar. «No caso das mulheres mais jovens o principal fator de risco é hereditário», esclarece

Manuel Vítor Rigueira que revela também que «não há evidência de que o traumatismo direto ou o tipo de soutien utilizado estejam relacionados com o cancro da mama». Não existindo uma forma preventiva que não seja o evitar os fatores de risco sempre que possível, a melhor forma de combater o cancro na mama é com a identificação precoce. Para o coordenador da uni-

dade de senologia «o diagnóstico e tratamento precoce são a única forma conhecida de melhorar o prognóstico da doença» daí que alerte para a necessidade de a mulher comunicar de imediato ao médico de família «qualquer alteração detetada no autoexame da mama» e para o cumprimento do rastreio de cancro da mama segundo o calendário estipulado pelo médico. Pub.



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ATUAL

Baía do Tejo recupera casas antigas e garante alojamentos aos estudantes do IPS no Barreiro Momento da assinatura do protocolo, com Pedro Dominguinhos, do IPS, e Sérgio Saraiva, da Baia do Tejo, ao centro.

DR

OS ESTUDANTES do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), que frequentam a Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, devido à grande procura, já podem ficar alojados no local onde estudam, graças ao protocolo que acaba de ser celebrado com a Baía do Tejo e a Rumo. Assim, quatro moradias do antigo Bairro Operário, que fazem parte do Parque Empresarial, vão ser recuperadas, por dentro e por fora, para servirem de residência. As moradias terão uma ocupação de 3 estudantes cada e são constituídas por três quartos individuais devidamente equipados e dotados dos eletrodomésticos básicos. Pedro Dominguinhos, presidente do IPS, que aplaude esta iniciativa, refere que os estudantes do Barreiro

ficam agora «melhor servidos», pois já não são obrigados a ficar na residência de Setúbal, que está dotada de 294 camas. Além disso, «caso os alunos sejam bolseiros, podem beneficiar de um complemento de alojamento, que é quase semelhante ao valor que eles pagam de renda». O líder do IPS garante que os alojamentos são de «grande qualidade» e que oferecem «muito boas condições» aos estudantes, sublinhando que este passo permite «o rejuvenescimento» deste bairro. Sérgio Saraiva, vogal do conselho de administração da Baía do Tejo, adiantou ao Semmais que o referido protocolo dá «nova vida urbana» ao bairro de St.ª Bárbara, ao mesmo tempo que o torna «mais vivo, mais próximo das empresas e integrado

na própria cidade». E acrescenta que a Baía do Tejo, além destas moradias agora cedidas, está disponível para reabilitar e ceder «mais moradias» ao IPS, caso surgir mais procura. E recorda que o protocolo com o IPS é a segunda acção concretizada no bairro, sendo que a primeira ocorreu «com a mudança da Escola Bento de Jesus Caraça, que trouxe para este bairro cerca de 150 jovens», além de já estarem instaladas no bairro duas instituições culturais, a Hey Pachuco e a Lugar Improvável. Como se trata de um bairro do início do século XX, a palavra de ordem da Baía do Tejo para estas habitações é «reabilitar e revitalizar», onde 30 habitações estão ocupadas por antigos operários da CUF.

Retinopatia diabética

Publireportagem

A

retinopatia diabética consiste numa complicação ocular que afeta pessoas com diabetes. Esta pode levar a uma diminuição da visão ou mesmo à cegueira. Tem maior incidência em diabéticos que não controlam os seus níveis de açúcar. Esta doença ocorre quando há uma alteração nos vasos sanguíneos da retina (uma parte do olho). Estes ficam frágeis, rompem, permitindo a passagem de sangue para a retina, esta fica edemaciada (“inchada”) e a pessoa começa a perder a visão lentamente, e de forma irreversível se não forem tomadas as devidas precauções. Existem dois tipos de retinopatia diabética, uma menos grave, que normalmente ocorre quando a doença está no início em que não há desenvolvimento de novos vasos sanguíneos, a este tipo de retinopatia dá-se o nome não proliferativa. O outro tipo de retinopatia é mais grave, ocorre num estádio mais avançado da doença e neste estádio existe o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos anormais na retina, que são bastante frágeis e como tal rompem-se com bastante facilidade. A este tipo

de retinopatia dá-se o nome de proliferativa. FATORES DE RISCO A retinopatia diabética está relacionada com os seguintes fatores de risco: • Duração da doença • Hipertensão arterial • Dislipidémia – níveis anormais de lípidos (colesterol e triglicéridos) no sangue. • Gravidez Todas as pessoas com diabetes (tipo I e tipo II) podem vir a desenvolver retinopatia diabética, pelo que a melhor forma de o evitar é prevenindo. A prevenção é o melhor que uma pessoa com diabetes pode fazer pela sua saúde visual. Pessoas com diabetes tipo I devem iniciar o rastreio visual anual, com despiste para a retinopatia diabética, 3 a 5 anos após o diagnóstico da diabetes. Pessoas com diabetes tipo II devem iniciar imediatamente após o diagnóstico o rastreio anual com despiste para a retinopatia diabética. Na gravidez a vigilância deve ser feita de 3 em 3 meses. E sempre que uma pessoa com diabetes note alguma alteração visual deve consultar o oftalmologista. SINAIS E SINTOMAS A retinopatia diabética evolui de forma silencio-

sa, o que significa que muitas vezes a pessoa só se apercebe que algo está errado quando a doença já está num estado muito avançado. Daí a importância do rastreio oftalmológico para o despiste da retinopatia diabética. Os sintomas que podem surgir são: • Visão turva – em que a pessoa pode começar a sentir maior dificuldade a ler, a conduzir ou dificuldade em reconhecer pessoas; • Pontos negros ou flutuantes no campo de visão; • Flashes de luz; • Perda súbita de visão. Diagnóstico Para detetar a retinopatia diabética, o oftalmologista efetua alguns exames para perceber se existem lesões: • Exame com a pupila dilatada – em que o médico coloca umas gotas no olho para que a pupila dilate (abra) tornando assim mais fácil a observação do olho. • Fotografia da retina – é um exame que consiste em tirar uma fotografia ao interior do olho (retinografia). TRATAMENTO O melhor tratamento que uma pessoa com diabetes pode fazer é manter os níveis de açucar no sangue,

os valores de tensão arterial e os níveis de colesterol e triglicéridos controlados para impedir que a doença se desenvolva, mesmo quando já existe mas ainda se encontra num estádio inicial. O oftalmologista pode ainda sugerir tratamentos como: • Fotocoagulação – consiste num tratamento a laser que serve para impedir o aparecimento de vasos sanguíneos anormais, ou para travar o crescimento dos mesmos. • Injeção intravítrea – este tratamento consiste na injeção intraocular de compostos que vão impedir o desenvolvimento de va-

sos sanguíneos anormais. • Vitrectomia – consiste numa cirurgia que permite retirar o sangue que pode sair dos vasos sanguíneos da retina para o humor vítreo (parte central do olho). A retinopatia diabética é uma doença crónica, como tal os tratamentos que existem não curam a doença, apenas atrasam o seu desenvolvimento. Pelo que o melhor que a pessoa com diabetes pode fazer pela sua visão é o rastreio anual com despiste para a retinopatia diabética, bem como o controlo dos seus valores de glicémia, tensão arterial, colesterol e triglicéridos.

No âmbito do projeto “Prevenir para Ganhar”, que visa a deteção precoce de patologias cérebro-cardiovasculares, respiratórias, auditivas e visuais, a Associação de Socorros Mútuos Setubalense encontra-se a realizar rastreios até ao mês de Dezembro em vários pontos da cidade de Setúbal. Aproveite para fazer o seu rastreio! FONTES: Grupo de Estudos de Retina de Portugal; Médicos de Portugal e Portal da Diabetes. Enf. Patrícia Garcez (Associação de Socorros Mútuos Setubalense)


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Banda da Humanitária de Palmela vai ter fardas desenhadas por Ana Salazar

A SOCIEDADE Agrícola de Rio Frio apresentou já o calendário para a próxima época equestre com destaque para o CCE Iniciação Preliminar, a 28 de Março, e a abertura da Academia de Equitação de Rio Frio, a 18 de Abril. Para além disso ao longo de 2015 vão realizar-se o Festival de Endurance da Primavera que decorre no final do mês de Maio e a Festa do Cavalo Rio Frio, a 6 de Junho, entre um conjunto vasto de iniciativas para a promoção da atividade equestre. O anúncio do plano de atividades aconteceu no passado fim-de-semana, altura em que decorreram também concursos de endurance onde participaram algumas dezenas de atletas portugueses e espanhóis. O Concurso de 40 Km’s foi o mais participado com 20 conjuntos alinhados à partida e que terminou com o triunfo de Gonçalo Saragoza, com Mantorras D’Ibérica. No CEP de 80 Kms, o vencedor foi João Comenda, com Dim Dim, Miguel Lourenço, montando Eferia de Rio Frio, da Sociedade Agrícola de Rio Frio, ganhou o CEPI de 20 Kms.

A estilista lançou o ano passado um vinho na Cooperativa Agrícola de Palmela

sado dia 8, e significa humanidade, benevolência, civilidade, cortesia, afabilidade e cultura», explica Maria João Camolas. Por outro lado, a Humanitária tenciona lançar um livro, dentro de um ano, que retrata os 150 anos

de história da coletividade, da autoria do professor João Ribeiro. «Vai ser contada a história possível deste tempo, incluindo o ano 150, que agora começou a ser assinalado», conta a presidente, que acrescenta: «A sua gestação deve-

rá ter a participação de muita gente. Convido os associados e amigos interessados em participar, mesmo que de uma forma discreta, pois isso será de grande valor e ajudará a cimentar este projeto». As 40 fotografias mais votadas pelos sócios, numa exposição na coletividade, serão as que integrarão o livro. «Vamos pedir aos sócios que nos emprestem fotos de atividades ligadas à história da coletividade. As 40 mais votadas serão publicadas no livro, que será subscrito e pago pelos associados, mas, a obra poderá ser adquirida por quem não seja subscritor», sublinha. Na sua ótica, trata-se de três projetos que comprovam «o percurso brilhante e incontornável de história cultural, recreativa, social e educacional no concelho de Palmela, distrito de Setúbal e Área Metropolitana de Lisboa, um percurso feito de muitos momentos vividos por muitas gentes e atravessando muitas gerações».

Joaquim Gouveia retrata figuras públicas em livro e exposição no Mercado do Livramento

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jornalista Joaquim Gouveia inaugura este domingo, pelas 16h30, no Mercado do Livramento, a exposição da segunda série de 74 entrevistas realizadas a figuras públicas de Setúbal e inseridas na iniciativa “Gente Gira da Região”, de sua autoria. Na ocasião, o jornalista apresentará o livro “Como pensam os setubalenses”, o qual faz uma abordagem a cem entrevistas a figuras públicas já realizadas. Sobre as entrevistas as 170 entrevistas do “Gente Gira da Região” já realizadas, Joaquim Gouveia afirma que se trata de uma tarefa «árdua mas muito compensatória», acrescentando que, com este trabalho, tem ganho «muitos amigos». Com o livro, Joaquim Gouveia diz que pretende «perpetuar» os seus entrevistados. «Tenho a certeza que daqui a 3 anos, quatro

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Rio Frio apresenta programa equestre para 2015

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A

Sociedade Filarmónica Humanitária, de Palmela, está a preparar três novidades para os seus associados, no âmbito dos seus 150 anos de existência. A sua prestigiada banda de música vai ter as fardas desenhadas pela estilista Ana Salazar, fruto de uma parceria com a marca Ana By Herself, que está «associada à modernidade e carácter inovador e que, desde logo, se identificou com o nosso espírito e a nossa forma de estar na vanguarda», começa por explicar a líder da coletividade. Além disso, está também nos planos da coletividade lançar um CD com obras originais escritas pelos professores, músicos, maestros e compositores, nomeadamente João Camacho, José Condinho, Lino Guerreiro, Fernando Lobo e Jorge Salgueiro. «A estreia da obra de Jorge Salgueiro, intitulada “Humanitás”, aconteceu no concerto de aniversário, no pas-

O autor Joaquim Gouveia

ou cinco décadas, a obra “Como pensam os setubalenses” será vista pelas gerações vindouras que poderão perceber o que pensá-

vamos sobre alguns temas em 2014, por exemplo». Por outro lado, é como uma «prenda que ofereço aos meus entrevistados enquanto estão vivos e que pode ser repartida com familiares e amigos». E recorda que “Gente Gira da Região” nasceu há três anos atrás, no jornal “Diário da Região”. Depois, foram publicadas no blog que foi criado para o efeito (gentegiradaregiao.blogs.sapo.pt), uma vez que Joaquim Gouveia já não colabora com o referido órgão de comunicação social. A tarde será animada por Guerra Henriques, que irá interpretar fados de Coimbra, e pelo grupo Jazz do Sado. Já o livro, com prefácio de João Reis Ribeiro, será apresentado por Raúl Tavares, diretor do Semmais, que fará uma abordagem da obra e da própria exposição.

Semmais oferece inscrições para o Arrábida Utra Trail

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Temos 4 inscrições para oferecer aos nossos leitores para participarem na 1.ª edição da prova Arrábida Ultra Trail, que tem lugar a 16 de Novembro na nossa região. Com mais de 700 atletas Prova deste ano foi um êxito

inscritos, até à data, o evento divide-se em percursos de 12, 22 e 80 quilómetros. Além da inscrição, os leitores terão também direito a uma T-Shirt. Para se inscreverem devem enviar um email

para: passatempos.semmais@ mediasado.pt., indicando o nome completo, email, data de nascimento, número de contribuinte, tamanho da T-Shirt e qual o percurso que pretendem correr.

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

Margarida Nieto Estudante

Felicidade Geográfica

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qui estou, num banco, no Parque das Nações. E está tudo dito, esta é a única descrição possível – em Lisboa todos os lugares são físicos, nada mais se pode acrescentar. Sinto falta de um rio limpo e sem pontes, um rio que traga o puro odor a maresia, um rio cuja cor se equipare a matizes azuis e celestiais, chegando a ultrapassar a inigualável beleza do límpido céu. Sinto que o sol aqui é outro – este sol não aquece, não ilumina, não incute a ânsia de viver, a paixão imaterial por tudo, o inquebrável estado de felicidade e o desejo fervoroso de alcançar um outro patamar de alegria. Sinto que este chão atraiçoa, consome, exigindo um respeito que não lhe é merecido, mostrando a sua prepotência, fazendo uso dos seus direitos adquiridos, revoltando-se contra quem o pisa. E quem olha para mim, aqui, fisicamente serena, de lápis e papel na mão, pensará, esboçando meio sorriso, que o Tejo é fascinante, que Camões estava certo, que as Tágides sopram, realmente, brisas de inspiração, escolhendo não reparar na respiração acelerada que carrego e na pequena lágrima que se forma no canto do olho, entristecido por contemplar um Tejo e não um Sado. Sim!, porque conhecesse Camões o rio Sado e não veria necessidade de evocar as ninfas do Tejo... Fecho os olhos e desejo estar num recanto da Arrábida, inspirando o doce odor da vegetação; desejo arrecadar todos os raios de sol que incidem no ponto mais alto da serra, contemplando Setúbal em toda a sua extensão; desejo esquecer, por momentos, todas as bases científicas e focar-me numa descrição subjetiva e sensorial de tudo o que observo, sinto, toco, sou. Abro esperançosamente os olhos, mas ainda vejo Lisboa. E aqui estou, na cidade que me viu nascer, pensando na que me viu crescer, desejando, inutilmente, ser feliz. Sim, porque a felicidade, essa, está do outro lado do rio.


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CULTURA José Cid canta sexta-feira no Forum Luísa Todi

DICIONÁRIO ÍNTIMO

O autor/compositor e intérprete José Cid dá um concerto na próxima sexta-feira, dia 7, no Forum Luísa Todi, em Setúbal, no âmbito da tour “Voz & Piano”, com uma produção especial, nova ima-

Maria Teresa Meireles

Sapato

53 anos de atividade foram festejados no passado dia 25

cer que «Todo o sapato lindo dá em chinelo velho» e que «Há mais ingratos que sapatos» porque a alguns(mas) «foge-lhes o pé para a chinela». Ser (ou não) «sapato para o meu pé». Os sapatos existem aos pares e só assim fazem sentido. Sapato fetiche. Inquéritos recentes mostram que muitas mulheres «preferem sapatos a sexo» e que as mulheres «mentem aos homens em relação ao preço dos sapatos». O sapato é, para Freud, «substituto do pénis» - «There was an old woman / who lived in a shoe/ she had so many children/ she didn’t know what to do» , repete uma nursery rhyme inglesa. «Gata Borralheira», o conto mais antigo e mais amado – a escolha é feita pelo tamanho do pé. «Os Doze Sapatos das Princesas», «Os Duendes e o Sapateiro», «O Gato das Botas». O sapato-ícone de Joana de Vascocelos - escala gigantesca. As várias botas e socas campesinas de Van Gogh; as botas-pés de Magritte. «As Botas do Sargento», de Vasco Graça Moura a propósito de um quadro de Paula Rego. «A Chinela Turca», de Machado de Assis; «Sapateiro Remendeiro, muito trabalho, pouco dinheiro», de António Torrado. Afonso Cruz, na sua «Enciclopédia da Estória Universal»: «os sapatos e os chapéus, para os Viyhokim, têm sempre de ter, pelo menos, um homem de distância». Fotos poderosas: sapatos (d)e mortos : imagem de guerra, sapatos empilhados, pilhados, sem pés – sapatos desabitados. Numa mesquita, num templo, os sapatos não entram - deixar o mundo (terra) à porta. O sagrado e o profano. No Êxodo (3:5): «E disse: Não te chegues para cá; tira os sapatos dos teus pés porque o lugar que pisas é sagrado.» Para Epicteto, sapato e pé servem para explicar «a justa medida»: «as necessidades do corpo são a justa medida do que cada um de nós deve possuir. Exemplo: o pé só exige um sapato à sua medida». O sapato é o menor espaço onde um pé pode habitar. O sapato é, antes de mais, sinal e símbolo da nossa condição de bípedes. E não foi, ao libertarmos da locomoção os membros anteriores, que passámos a poder andar erectos, usar as mãos, desenvolver cérebro e sistema nervoso, e olhar mais facilmente o céu? dicionariointimo@gmail.com

Coral Luísa Todi aponta para crescimento em todas as vertentes António Luís

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Coral Luísa Todi (CLT) festejou, no passado dia 25, 53 anos de atividade. Como prenda, Luís Fernandes, o ‘homem do leme’, confessa que gostaria de receber «o reconhecimento público e oficial do importante papel que a instituição vem desempenhando na vida cultural de Setúbal e, um cada vez maior envolvimento de todos os cidadãos na sua atividade». Com dificuldades de ordem financeira, Luís Fernandes considera que o CLT recebe «escassos apoios» e, além disso, sublinha que a atividade da instituição «ainda não é geradora dos necessários encaixes financeiros que permitam o desejável equilíbrio das contas». O apoio mais significativo é oriundo da Secil, havendo também um subsídio do município, os quais têm vindo a sofrer forte decréscimo. Com cerca de 500 sócios, o CLT dinamiza dois grupos corais, o adulto, formado por 50 coralistas, e o infantil, por 15 crianças. Este ano já atuou nas Caldas da Rainha e em Évora, embora em cima da mesa estejam a ser analisados outros convites. «Somos, por vezes, obrigados a declinar convites por falta de apoio para as deslocações», vinca

As audições de novos coralistas para o coral vão arrancar em breve

o presidente Luís Fernandes. Dinamiza, ainda, o Conservatório de Artes, reconhecido oficialmente pelo Ministério da Educação e Ciência, que desenvolve projetos musicais em conjunto com as escolas do concelho, além de cursos oficiais e cursos livres de canto e de vários instrumentos, sendo que em Janeiro de 2015 vão arrancar cursos na área de teatro musical e de jazz. A última atuação do coral no estrangeiro aconteceu em Espanha, no passado dia 10 de Junho de 2013, tendo sido apresentado, com «enorme êxito», na catedral de Vigo, o concerto “Fado em Coro”. Ao CLT já chegaram, entretanto,

convites para dois concertos na Bélgica, em Junho de 2015, no âmbito das Comemorações dos 8 Séculos de Língua Portuguesa e do Dia de Portugal. Quanto ao futuro, Luís Fernandes aponta para um «crescimento» do CLT em todas as vertentes da sua atividade. Estão abertas inscrições para a seleção de coralistas e para as aulas no Conservatório de Artes. O coral adulto, que vai receber em breve novos coralistas, vai manter em cena o “Fado em Coro”, e preparar um concerto só de musicais da Broadway, para depois ser apresentado no Forum Luísa Todi, a 11 de Julho de 2015.

Juventude e alegria é o prato forte da nova revista do Parque Mayer, em Lisboa “TUDO isto é faRdo” é a revista popular que continua em cena no Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer, em Lisboa, com lotações esgotadas. Com textos de Mário Rainho - que também encena -, Flávio Gil e a colaboração de Nuno Nazareth Fernandes, que também assina a música, ao lado de Eugé-

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apatinho de cristal, de cetim, de vidro, ferro, ouro, pano ou couro. Sapato bordado. Sandálias, chinelas e socas. Botas ortopédicas, botins, botas militares. Sapatos de dança, sabrinas, pantufas, sapatos de vela, mocassins, sapatilhas. Sapatos de bebé. Sapatos de ballet. Sapatos de palhaço. Bota d’ouro. Sapatos de verniz, de pele; de fivela; de biqueira ou redondos. Sapatos de «vamp». Sapato desportivo. Sapatos sóbrios ou excêntricos. A forma do pé, a forma dos sapatos – rasos, de tacão, salto, sola de borracha; com velcro, fitas, atilhos ou atacadores - atar os sapatos é uma das conquistas da infância Sapateado, sapatear: a dança ao som do sapato. Sapatos e som: chinelar, pisar, arrastar. Passo seguro, rápido, pesado, nervoso, leve, arrastado, saltitante, hesitante, violento. Palmilhar, andar, caminhar, percorrer - «e andou, andou, andou até que rompeu os sapatos de ferro»: o tempo e o espaço. Os sapatos têm história(s). Sapato e moda. Binómios: sapato/pé; sapato/meia; sapato/ mala; sapato/cinto. Sapatos e estações: clima e ecologia do pé - cortiça, esponja, pele, material sintético. O universo dos sapatos: calçadeiras, pomada, banha, brilho, escova, pano ou esponja. Sapatos e terra; sapatos alados, sapatos para a água – barbatanas. Sapatos «por medida», medida dos sapatos. Em criança, tiravam-me a medida ao pé colocando-o sobre um cartão e, com um lápis, desenhavam-me os contornos, o molde. Os sapatos moldam-se aos pés e estes aos sapatos. Nunca temos os dois pés iguais. «O Senhor Valéry andava na rua com um sapato branco no pé esquerdo e um sapato preto no pé direito. Às vezes é ao contrário. Mas nunca se engana», Gonçalo M. Tavares. Pai Natal põe as prendas «no sapatinho». «Pôr-se nos sapatos de alguém»: capacidade de empatia. «Não chegar às solas dos sapatos de alguém»; «Saber onde lhe apertam os sapatos»; fazer de alguém «gato sapato»; dar «uma sapatada»; ter «uma pedra no sapato». «Sola, sapato, rei, rainha /foi ao mar buscar sardinha…», cantavam as crianças no recreio. «O que é que anda atado e pára desatado?» questiona adivinha popular. Há, porém, que não esque-

gem e novos temas interpretados apenas com recurso à sua intemporal voz e ao piano. O concerto conta com a participação especial do fadista João Ferreira Rosa.

nio Pepe e Carlos Dionísio, também responsável pelas orquestrações. A coreografia ficou a cargo de José Carlos Mascarenhas, que faz o seu grande regresso, enchendo esta revista de fabulosas danças. A cenografia é de José Costa Reis, Helena Reis, Eduardo Cruzeiro e Avelino do Carmo.

Alegria, juventude e muitas gargalhadas são as palavras de ordem desta nova revista, que conta no elenco com Vera Mónica, Paulo Vasco, Vanessa Alves (atração do fado), Flávio Gil, Élia Gonzalez, Sara Inês, Nuno Pires, Diogo Costa e Filipa Godinho, não esquecendo o seu jovem corpo de baile. “Tudo isto é FaRdo”, que critica a situação social do País e relembra a extinta Feira Popular de Lisboa, veio comprovar que este tipo de espetáculo está vivo e recomenda-se na capital portuguesa. Com sessões de quinta a domingo, às 21h30, e matinées aos sábados e domingos, às 16h30, “Tudo isto é faRdo” é uma produção de Hélder Freire Costa.


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Sábado

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Cartaz...

História de grande sensibilidade

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Viagem pela Casa dos Ventos

Quarta

“Casa dos Ventos”, pelo Teatro e Marionetas de Mandrágora, narra uma viagem de duas personagens em busca de manterem a sua forma de estar, o seu espaço de afetos e emoções num mundo em transformação. Teatro João Mota, Sesimbra, 21h30.

Mandarim de Queiroz em Almada

“As aventuras de Rom Rom e Fofoca”, um musical para toda a família, com texto de Fernando Guerreiro e encenação de Miguel Assis, faz um apelo à consciência ecológica e em especial ao respeito por todos os seres vivos do planeta. Repete no dia 6, à mesma hora. Forum Luísa Todi, Setúbal, 10h30.

Sérgio Rossi na Feira do Chocolate

Sexta

“O Mandarim”, de Eça de Queiroz, com dramaturgia e encenação de Teresa Gafeira, estreia esta sextafeira. Com André Alves, Catarina Campos Costa, Celestino Silva, João Farraia, Maria Frade e Pedro Walter no elenco. Mantémse em cena até dia 23 de Novembro. Teatro Joaquim Benite, Almada, 15h00.

Musical para toda a família

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O popular cantor Sérgio Rossi canta no palco de mais uma edição da Feira de Chocolate de Grândola, a qual se prolonga até ao dia 9. Divirta-se e aproveite para adoçar a sua vida. Parque e Feiras e Exposições de Grândola, 22h15.

Sexta

Os Circolando levam à cena “Sopa de Jerimu”, uma criação e interpretação de Graça Ochoa, que conta uma história de grande sensibilidade que nos fala de alguém que mergulha em si, descobrindo coisas que não conhecia. Centro Cultural do Poceirão, 16 horas.

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A COMPANHIA de Dança de Almada (Ca.DA) partiu ontem, dia 31 de Outubro, em digressão à República Popular da China, onde se apresentará no reputado festival internacional “Shanghai China International Arts Festival”, no Zendai Himalayas Arts Centre DaGuan Theatre. O convite surgiu de um produtor local, que se interessou pelo trabalho de criação de espetáculos interativos especialmente dedicados ao público infantil, desenvolvido há vários anos por esta companhia. Nas cidades de Hangzhou, Xangai e Pequim, serão assim apresentadas duas criações do seu repertó-

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Dança de Almada mostra-se nos palcos da China

rio: “Jogos de Letras”, espetáculo destinado ao público infanto-juvenil e suas famílias, e “Casa do Rio”, do coreógrafo Benvindo Fonseca. A Companhia de Dança de Almada tem andado em digressão e

participado em numerosos festivais e encontros de dança, em Portugal e no estrangeiro, sendo esta a primeira vez que se apresenta na Ásia. Ficará na China até dia 16 de Novembro.

Tunas atuam no Forum de Setúbal A ESTUNA – Tuna de Engenharia da Escola Superior de Tecnologia realiza o 19.º Bocage – Festival Internacional de Tunas de Setúbal, que traz ao palco do Forum Luísa Todi, em Setúbal, este sábado, às 21h30, a Farra Académica de Coim-

bra; a Tuna Académica da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; a Tuna Masculina do Instituto Politécnico de Leiria; e a Tuna Agrícolas de Sevilha (Espanha). Este é um dos maiores eventos de tunas a nível nacional e o

mais antigo de Setúbal, que ano após ano traz ao nosso distrito as melhores músicas e atuações dos principais grupos artísticos universitários do país e do estrangeiro. O público em geral paga 4 euros e os estudantes apenas 3.

Ofertas Semmais - Inscreva-se já!

Ganhe convites para “Portugal à Gargalhada” Temos convites para oferecer aos nossos leitores para assistirem à nova revista de Filipe La Feria, “Portugal à Gargalhada”, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa. Marina Mota, Maria João Abreu, Joaquim Monchique, José Raposo, Paula Sá e Ri-

cardo Soler são os cabeças de cartaz desta revista que aposta em cenários e figurinos deslumbrantes e critica e satiriza os principais acontecimentos políticos e sociais do País. Para se inscrever no passatempo ligue 918 047 918 ou 969 431 085.


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POLÍTICA Seixal é palco de lançamento de livros políticos

PCP contra novo mapa judiciário

“Conquistas da Revolução” e “Vasco: Nome de Abril” são apresentados hoje, às 16 horas, no Fórum do Seixal. “O primeiro livro reúne os principais diplomas que consagraram

A DORS do PCP de Setúbal considera que o novo Mapa Judiciário que veio dividir a Península, é «uma estratégia que aposta na diminuição do papel do Estado na Justiça,

as grandes conquistas do povo em 1974, e o segundo contém depoimentos de personalidades para assinalar os 40 anos da tomada de posse do 2.º governo provisório.

concentrando e desqualificando tribunais, preparando assim o seu encerramento a médio prazo, abrindo cada vez mais o espaço da Justiça aos privados.

Presidente Nuno Canta acusa oposição de assumir atitude «irresponsável, incompreensível e injustificável»

Oposição em bloco chumba orçamento para 2015 no município do Montijo O documento mereceu votos contra do PSD e da CDU e acusa maioria de ser arrogante. Nuno Canta fala em irresponsabilidade.

fica a atitude política da oposição Já os vereadores do PSD, dide «irresponsável, incompreensízem que a autarquia, depois de um ano de mandato, «está praticamenvel e injustificável», que votou a «uma te sem atividade nem executa misó voz» o orçamento para 2015, apenimamente as tarefas básicas, como sar de «termos vindo a desenvolver por exemplo a manutenção das uma plataforma de diálogo com os estradas, jardins e espaços verdes, vereadores da oposição» e de «terbem como a limpeza das ruas e mos feitos reuniões com eles para contentores do lixo». apresentar o documento e acolher «A autarquia não promove a propostas». No documento, segundinamização económica, os emdo Nuno Canta, foram consideradas algumas propostas presários estão praticaOposição diz mente abandonados à da oposição que iriam beque autarquia sua sorte. Não há qualneficiar Sarilhos Grandes não dinamiza quer política para a criae Canha, freguesias goo concelho ção de emprego nem para vernadas pela CDU e PSD. instalar novas atividades econó«É inexplicável como é que a opomicas», apontam. sição vota contra este documento, Os ‘laranjas’ acrescentam que que garantia a requalificação do lar«não há política de apoio social, pois go da feira de Canha e a recuperação do polidesportivo de Sarilhos a autarquia nem sequer colabora de forma efetiva com as instituições Grandes», explica Nuno Canta, que de solidariedade social existentes conclui que houve «mais vontade no concelho, disso é exemplo a não em obstacularizar o funcionamenexecução do protocolo das residênto do município do que a vontade de contribuir para o progresso do cias do Montepio». concelho». O edil Nuno Canta (PS) classi-

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s vereadores do PSD e da CDU na Câmara do Montijo chumbaram esta semana a proposta de orçamento da maioria PS para 2015, por considerarem que o documento não apresenta qualquer estratégia de desenvolvimento para o concelho. O vereador da CDU, Carlos Almeida, considera que o executivo municipal do PS tem pautado pela «arrogância, falta de humildade e dificuldade em gerir a sua relação com os outros». Na sua opinião, o

O edil do Montijo, Nuno Canta, continua a vida autárquica muito difícil

PS tem desenvolvido uma gestão «sem desenvoltura, preparação ou programa, distante dos agentes do território, isolada e desgastada no plano institucional e em fim penoso de ciclo, entrou em exercí-

cio de mera gestão corrente, preparando o ato eleitoral de 2017, e afetando apenas 13,5 por cento do Orçamento (menos 1,31 por cento) do que o previsto para 2014, a despesas de capital».

Deputada com o edil de Sines

A DEPUTADA do PS, Catarina Marcelino, no âmbito da sua intervenção para o início da obra do novo Centro de Saúde de Sines, visitou, no dia 27 de Outubro, o terreno onde vai ser construído o novo Centro de Saúde, no dia em que a empresa que vai realizar a obra iniciou os trabalhos. A visita revestiu-se de particular significado uma vez que Catarina Marcelino, na audição ao Ministro da Saúde, na Assembleia

da República, a 8 de Outubro, questionou o Ministro sobre os atrasos na construção daquele Centro de Saúde. A deputada questionou o Ministro sobre a consignação e início da obra do novo Centro de Saúde de Sines num terreno cedido pela autarquia, que tem verbas do QREN aprovadas desde 2011 para 50 por cento do financiamento e cujo processo administrativo está terminado há meses, à espera de luz verde do Ministério das Finanças. Esta intervenção da deputada, conjuntamente com uma pergunta feita pelo grupo parlamentar do PS ao Ministro e a intervenção do presidente da autarquia de Sines, levou à consignação da obra no dia 20 de Outubro, sendo esta justa pretensão da população do concelho finalmente respondida positivamente.

«O NOVO Quadro Comunitário de Apoio vai, naturalmente, constituir uma oportunidade para o desenvolvimento do País, da região e das pequenas e médias empresas, instituições de solidariedade social, bem como para a sua competitividade económica», afirmou ao Semmais Bruno Vitorino, o líder da distrital do PSD, sobre a V Convenção Social Democrata do Distrito de Setúbal, sob o lema “Portugal 2020: Uma Oportunidade”, que decorre este sábado no Cine-Teatro S. João, em Palmela. Bruno Vitorino realça que esta Convenção, aberta a toda a sociedade, pretende dar continuidade ao sucesso das anteriores edições, sendo apontado como um «espaço de debate sobre um tema com grande relevância para o nosso distrito». «Enquanto distrital do PSD não podíamos deixar de debater este assunto com as nossas estruturas e os nossos militantes. Os agentes económi-

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Catarina Marcelino PSD distrital em convenção hoje trás visitou terreno do novo ministra das finanças para debater Centro de Saúde de Sines oportunidades com novos fundos

Ministra vai estar hoje em Palmela

cos têm de estar atentos para as oportunidades que vão surgir para que possam trazer para o distrito mais riqueza e capacidade para as suas empresas e para que o distrito possa dar o seu salto em termos de desenvolvimento económico», sublinhou Bruno Vitorino. Os trabalhos começarão por volta das 10 horas, com uma intervenção de Pedro do Ó Ramos, presidente da mesa da Assembleia Distrital de Setúbal, vogal da comissão polí-

tica nacional e deputado do PSD, seguindo, depois, a participação de Carlos Vitorino, presidente da Comissão Política da secção de Palmela. Por volta das 10h15, dá-se início à palestra, intitulada “Competitividade e Internacionalização”, que terá como intervenientes Castro Almeida, secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Miguel Frasquilho, presidente da AICEP, e António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial Portuguesa, com moderação de Paulo Ribeiro. Após as intervenções segue-se o debate, estando previsto o encerramento da V Convenção Social do PSD do distrito de Setúbal para as 12h30, sendo o mesmo presidido pela ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que conta também com as intervenções de Bruno Vitorino, presidente da CPD de Setúbal, e de José Matos Correia, vice-presidente do PSD.


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NEGÓCIOS Em junho deste ano recebiam este subsídio 17549 pessoas no distrito

Região tem menos 4856 beneficiários do RSI comparando com há um ano O pico relativo ao número de pessoas no distrito a receber Rendimento Social de Inserção ocorreu em 2010, quando este subsídio era atribuído a cerca de 35 mil pessoas. E também decresceu a média do valor pecuniário, em cerca de doze euros por beneficiário. Roberto Dores

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a península havia 17549 pessoas a receber o Rendimento Social de Inserção (RSI) no final de Junho, traduzindo uma redução de 4856 beneficiários face a 2013, quando aquele apoio financeiro do Estado contemplava 22405 carenciados. O pico fora atingido em 2010, o ano em que 34937 pessoas receberam o subsídio, vindo depois a baixar até Março deste ano, quando se registaram dos valores mais reduzidos de sempre em termos de beneficiários do RSI (16567), superados apenas por 2003 quando a região somava 14901 apoios. Os números são revelados no Pordata, mostrando ainda que o salário mínimo diminuiu 12 euros em comparação com a remuneração auferida por cada pessoa em 1974, levando já em linha de conta o efeito da inflação, sendo que quem recebe as pensões mínimas de velhice e viuvez tem menos dois euros mensais. Outro dado curioso no estudo

A redução e retirada do RSI acaba por deixar famílias em situação dramática

recentemente apresentado sobre à diferença de mil pessoas, sendo a pobreza em Portugal – e que coas mulheres as mais apoiadas. loca o distrito no terceiro lugar enOs valores mais atualizados de tre os que mais beneficiam do RSI, 2013, também de acordo com o apenas atrás do Porto e Lisboa Pordata, indicam que é no concemostra ainda que uma em cada lho de Almada onde há mais bequatro pessoas da região está em neficiários dos RSI e Rendimento risco de pobreza. Isto Mínimo Garantido (3319 Quase metade porque uma família é pessoas), seguindo-se dos beneficiários Setúbal (2227), Moita considerada pobre destem menos (1949), Barreiro (1782) e de que o rendimento de 25 anos Seixal (1715). O Alentejo mensal por adulto seja cerca de 400 euros. Litoral tinha 3309 beneAinda segundo avança o Porficiários em 2003, registando 2279 data, quase metade das pessoas no final do ano passado. Recorde-se que no país 3% que recebe o RSI no distrito de Sedos 113 mil que perderam este túbal tem menos de 25 anos, enquanto, por sexos, é curioso conssubsídio desde a última mudantatar a aproximação entre homens ça de regras eram menores, sene mulheres que beneficiam daquedo que as famílias numerosas fole apoio do Estado, não chegando ram as mais afetadas. Desde Maio

Dos ricos aos pobres Quanto às desigualdades entre os mais risco e os mais pobres, a região de Setúbal enquadra-se nos parâmetros da maioria dos distritos, que colocam Portugal em sexto lugar da União Europeia, ficando ainda a saber-se que os rendimento dos mais riscos e é seis vezes superior aos rendimentos dos mais pobres.

de 2012, antes da última alteração de regras do RSI, 113 mil pessoas perderam o RSI, que passou de 334 mil beneficiários para 221 mil. Dos que perderam, 49 mil eram crianças e jovens com menos de 18 anos.

Mediaction lança portal ‘low cost’ para espevitar empresas da Península A MEDIACTION – Sociedade de Comunicação apresentou esta semana o diretório de empresas e negócios Aquitá, um portal ‘low cost’ que foi criado com o objetivo de proporcionar notoriedade às empresas da Península, de modo a auxiliá-las a dinamizar a sua atividade e a fazer frente à crise económica que se faz sentir na região. «A dois dias do lançamento, já temos 37 empresas no Aquitá e outras sete com entrada negociada. Estes números foram conseguidos praticamente apenas em Setúbal, ainda com o site em construção e sem qualquer campanha de divulgação nem presença nos motores de busca, o que nos permite acreditar no sucesso da nossa ferramenta. A isso não será, certamente, alheio superpreço que estamos a praticar, de apenas 60 euros por ano, o que representa um investimento de apenas cinco euros mensais em notoriedade. Acreditamos que no primeiro mês de atividade vamos facilmente duplicar o número de empresas aderentes», refere o responsável Emídio Simões. O Aquitá, que vai estar disponível em www.aquita.pt a partir de 1 de Novembro, apresenta características únicas, nomeadamente um conjunto de informação que não está disponível noutras ferramentas similares, um design apelativo e adaptável a qualquer dispositivo de consulta (computador, tablet ou telemóvel), uma galeria de pesquisa agrupada por setores de atividade e uma caixa de pesquisa através da qual é possível fazer a procura por texto, categoria ou área de atividade e região.

Porto de Sines fecha 3.º trimestre deste ano com 27,5 milhões de toneladas movimentadas O PORTO de Sines fechou o terceiro trimestre com um crescimento expressivo no segmento da carga contentorizada, com um total de 926.531 TEU, correspondendo a cerca de 34 por cento mais do que o conseguido em igual período de 2013, o que levou a que tivesse sido já ultrapassada a barreira de um milhão de TEU no corrente mês de Outubro. Nos primeiros nove meses de 2014, o Terminal de Contentores

de Sines – Terminal XXI, teve um No que diz respeito ao total gloimpacto significativo no aumenbal, Sines registou uma movimento da carga geral, que ultrapassou tação total de 27,5 milhões de toos 11 milhões de tonelaneladas, representando Contas afetadas das, correspondendo a um crescimento de 0,3 pela paragem um incremento de 22 por por cento, em relação ao da refinaria cento. De facto, desde período homólogo de da Petrogal 2013. De lembrar que o Abril passado foram moinício deste ano ficou vimentados sistematicamente mais de 100.000TEU em marcado pela paragem técnica da cada mês, tendo Setembro sido o Refinaria da Petrogal, que durou cerca de 2,5 meses. melhor mês de sempre com 113.484 De destacar ainda o aumento TEU operados.

de carga com origem e destino em países fora da EU, da ordem dos 5,5 por cento e, principalmente, o importante incremento na carga à exportação, com mais 5,2 por cento. Embora o número de navios em operação comercial registe apenas mais dez embarcações que em 2013, o GT Total aumentou 9 por cento, em consonância com a vocação de Sines para a receção de grandes navios.

Emídio Simões, responsável pelo novo portal de serviços


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NEGÓCIOS

Mau ano para o tomate e menos bom para a uva O BOLETIM Mensal da Agricultura e Pescas do Instituto Nacional de Estatística (INE), referente a Setembro, confirma os piores cenários para as culturas de Primavera/Verão. Segundo o Instituto, na colheita do tomate para a indústria, uma quantidade significativa da produção ficou por apanhar, o que praticamente anulou o expressivo aumento da área plantada. No milho prevê-se a manutenção da produtividade do ano anterior, embora se verifiquem dificuldades na redução do teor de humidade do grão. A produção de uva deverá cair 5% face à campanha anterior. A chuva criou problemas aos produtores de tomate, milho e uva. O Boletim do INE realça que «o mês de Setembro

caracterizou-se, em termos meteorológicos, por valores de temperatura médias acima do normal e por valores de precipitação muito elevados». O INE sublinha que «os prados e as pastagens apresentavam o aspeto habitual para a época». As chuvas desencadearam a renovação das pastagens de sequeiro. O Boletim de Agricultura realça que «apesar de existirem condições razoáveis de pastoreio, o esgotamento das áreas dos restolhos de cereais e dos pousios vai progressivamente obrigando a um aumento do recurso a alimentos armazenados para a alimentação dos efetivos, nomeadamente fenos, palhas, silagens e rações industriais, ainda dentro dos parâmetros normais para a época»

Vinhos de excelência da região para provar no Pátio da Galé ADEGA Cooperativa de Palmela, Xavier Santana, Bacalhôa, Brejinho da Costa, Casa Ermelinda Freitas, Cooperativa Agrícola de Pegões, Herdade da Barrosinha, Herdade da Comporta, Horácio Simões, José Maria da Fonseca, Malo-Tojo, Quinta do Piloto, Serenada - Serras de Grândola, Sivipa e Venâncio da Costa são as adegas da região que marcam presença, este sábado e domingo, na 1.ª edição do “Vinhos no Pá-

tio”, que decorre no Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, em Lisboa, e que reúne 30 produtores, doçaria tradicional, queijos e petiscos. Com entrada livre, a iniciativa, com produção da EV-Essência do Vinho, reúne os vinhos de Setúbal e Lisboa, duas das principais regiões vitivinícolas portuguesas no coração de Lisboa, e contempla ações temáticas e degustação de outros produtos emblemáticos.

Promovido pela Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, o “Vinhos no Pátio” conta com três provas comentadas diárias, em que o sommelier Manuel Moreira explora temas tão diversos, como a harmonização entre vinhos e queijos, a seleção de vinhos brancos jovens ou ainda de vinhos tintos que permitem acompanhar vários momentos. A Rota de Vinhos da Península de Setúbal também

diz presente ao evento, que terá também a participação dos expositores queijaria artesanal Fernando & Simões (Quinta do Anjo) , com os famosos queijos de Azeitão; e a Confraria Santa Coina (Barreiro), com as famosas ‘coininhas’, o pudim de nozes e o bolo de laranja, entre outros. Pode visitar o “Vinhos no Pátio”, no sábado, das 14 às 22 horas, e no domingo, entre as 14 e as 19 horas. O copo de provas custa 4 euros.

Publireportagem

Made In Café avança com remodelação do seu interior com materiais reciclados O CAFÉ/restaurante Made In Café, localizado no Parque Urbano de Albarquel, em Setúbal, com seis anos de atividade, prepara-se para avançar com uma remodelação interior do seu espaço, em termos de decoração, para o tornar mais arejado e atraente, à base de materiais reciclados. Entre o próximo Carnaval e a Páscoa, a nova imagem deverá estar concluída. Ontem, dia 31, houve festa rija com um jantar/festa integrado no Dia das Bruxas, com diversas atividades para os mais novos, um evento que já juntou, em anos anteriores, 60 crianças. O sócio gerente Amílcar Caldeira, ao fazer um balanço do seu negócio à beira-

Pub.

-rio, realça que as coisas têm corrido «muito bem». «Setúbal está a evoluir bastante e gostamos muito de cá estar, é um sítio muito bonito e estamos contentes. Além deste espaço temos um outro no Restelo, em Lisboa, o Clube do Parque, que completou agora um ano de vida, e que tem associado um ginásio com escola de Taekwondo». Já Ângela Sá, a gerente do Made In café, destaca a partir do dia 1 de Novembro, as tábuas de queijo com enchidos e patés, que podem ser acompanhadas com vinho da região. Durante cinco anos, o Made In Café desenvolveu um projeto «muito gratifi-

cante» dedicado à infância, num outro pavilhão do Parque Urbano de Albarquel, só que fechou porque «não podia estar aberto todos os dias, como pretendia o município, porque não valia». Com música que oscila entre o Jazz, clássicos e Bossa Nova, o Made In Café tem como especialidades gastronómicas a produção própria de pastelaria, como os bolos de leite deliciosos, e o chocolate quente «imbatível», confecionado com

chocolate derretido. Aos almoços há sopa prato e prato do dia, mas o ponto forte da casa são os jantares de grupo e a área da cafetaria. O Made In Café, com um target de público «transversal», recebe este sábado, a partir das 21 horas, o concerto dos State of Soul, formada por jovens que participaram no programa “Ídolos”. Para breve, está prevista uma noite de fado com Deolinda de Jesus, entre outros eventos.



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LOCAL

Montijo ‘sofre’ com corte de mais 270 mil euros do OE de 2015

O VAIVÉM Oceanário vai estar na Praça Pedro Nunes, entre 5 e 9. Com entrada livre, o projeto visa alertar o público para a importância de alterar os comportamentos para com o meio ambiente e proteger o património natural. O Vaivém vai receber visitas de alunos, professores e educadores que vão ter oportunidade de participar num workshop sobre educação ambiental. O público também pode visitar o Vaivém, a 8 e 9, para ficar a conhecer a rotina diária do biólogo no Oceanário de Lisboa, a diversidade e adaptação de animais e ambientes marinhos, a extensão do território marítimo e a proposta de extensão da Plataforma Continental.

O MUNICÍPIO volta a sofrer novo corte nas transferências do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF), de acordo com a proposta de Orçamento do Estado (OE) 2015. Desta vez, o corte é superior a 270 mil euros face a 2014. A verba transferida do FEF para o município tem sido alvo de «cortes consecutivos», vinca o edil Nuno Canta. Desde 2011, que as políticas de austeridade e de empobrecimento do país executadas pelo Governo impuseram à edilidade um corte de 700 mil euros nas transferências do referido Fundo. Esta diminuição de receitas do OE é «atenuado» pelo pagamento de IRS pelas famílias que, na parte que cabe ao município, e apesar da redução de 1 por cento aplicada por decisão da Câmara, au-

DR

Produtos biológicos em Alcochete

Cultura biológica ganha peso

A JUNTA de Freguesia de S. Francisco realiza, este domingo, dia 2, a 1.ª edição da Feira de Produtos Biológicos e Regionais, junto aos Arcos do Convento de S. Francisco. Esta iniciativa visa fomentar a economia local e regional e nela poderão ser adquiridos produtos da época, assim como produtos de agricultura biológica.

Barreiro festeja S. Martinho O S. MARTINHO vai ser assinalado com magusto, dia 8, às 16 horas, no polidesportivo “da Praia”, com muita animação e castanhas à borla. Este evento realiza-se no âmbito do projeto de Dinamização da Avenida da

Praia. Tem como parceiros o município e os estabelecimentos de restauração da zona “Posto3”, “Bartolo”, “InOut” e “Casa Transmontana”. Conta, ainda, com a colaboração de todos os “atores” locais.

DR

Vaivém Oceanário em Alcácer do Sal

A capacidade de investimento na Câmara de Montijo fica mais reduzida

O 6.º FÓRUM Social decorre no dia 13, na biblioteca local. Com o tema “Portugal 2020: que oportunidades para um crescimento inclusivo?”, destina-se à partilha e ao debate entre os parceiros da rede social, de organizações locais com

intervenção social no concelho, e outras entidades da sociedade civil. Em foco vai estar a apresentação do Portugal 2020 e a reflexão sobre os impactos dos financiamentos comunitários nos territórios, entre outros.

Seixal promove jardins comunitários OS JARDINS Comunitários estão a propor uma parceria entre a autarquia e os munícipes para conservação de espaços verdes. A ideia destina-se a todos os que tenham interesse por jardins e que podem assim participar na manutenção dos espaços públicos localizados

junto às suas residências. Os moradores que aceitem este desafio inovador terão sempre o acompanhamento e as sugestões técnicas, que garante ainda novas espécies provenientes do viveiro municipal, soluções de rega e o fornecimento de água.

O MUNICÍPIO inaugura a sala da Hora do Conto da Biblioteca Municipal Manuel José “do Tojal”, em Vila Nova de Santo André, este sábado, dia 1, às 16 horas, com a participação da Escola Municipal de Música. A Sala da Hora do Conto está renovada. Este espaço com grande adesão das famílias, proporciona às crianças um regresso ao mundo encantado das histórias mais conhecidas dos livros infantis. Trata-se de um projeto pedagógico do município de promoção do livro e da leitura junto dos mais novos.

mentou em 440.374,00 euros. Apesar do Governo colocar «graves dificuldades» à gestão financeira do município, a Câmara continuará empenhada «numa gestão séria e rigorosa, que se reflete

no facto de ter as contas em dia, num prazo médio de pagamento a fornecedores de 42 dias e na garantia de manutenção de serviços de proximidade fundamentais para a população».

Grândola saboreia chocolate

Sapadores de Setúbal participam em prova internacional

A 8.ª FEIRA do Chocolate realiza-se de 6 a 9. O certame aposta novamente no show-cook, um espaço equipado e destinado à realização e demonstração de trabalhos ao vivo e degustações e que este ano conta com participação especial das juntas de freguesia que darão a conhecer doces da região. No último dia, no espaço do show-cook vai ter lugar o lançamento nacional de “Glugarfree”, um subproduto de panificação, da autoria do mestre Chocolatier Paulo Santos, feito a partir de farinhas específicas para celíacos e produzido com chocolate para diabéticos.

UMA EQUIPA dos Bombeiros Sapadores representa Portugal no Firefighter Combat Challenge 2014, que decorre entre 3 e 9, nos Estados Unidos. Pedro Gomes, Abraão

NO MÊS de novembro, a feira de artesanato “Artes e Talentos” realiza-se nos dias 1 e 8 de novembro, a partir das 9 horas, no interior do Mercado Municipal da Moita. Aqui está uma sugestão para começar a pensar nos seus pre-

O GEOCIRCUITO de Sesimbra passou a integrar o Roteiro de Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal, que visa a valorização destes sítios. O roteiro destaca a abundância de locais identificados, bem como o valor científico, pedagógico e cultural, das jazidas de icnofósseis de Pedra da Mua, Lagosteiros e Pedreira do Avelino. Roteiro destaca locais de interesse

sentes de Natal. Nesta feira, vai encontrar artesãos locais com as mais diferentes peças produzidas em crochet, madeira, ferro, cortiça, bijuterias, doces tradicionais, entre muitas outras artes.

Câmara de Sines pondera apresentar queixa na EU contra maus cheiros POR CAUSA dos maus cheiros, o município já solicitou reunião urgente ao Ministro do Ambiente. Caso nada seja feito, poderá avançar uma queixa junto de instâncias comunitárias. Nuno Mascarenhas, o presidente da Câmara de Sines, diz não admitir que as entidades competentes que fiscalizam estas si-

Borges, Daniel André, Edi Silva e Mauro Castro vão participar no campeonato do mundo de bombeiros após vencerem, em maio, o 1.º Firefighter Combat Challenge.

Sesimbra faz parte de roteiro mineiro

Feira do artesanato avança na Moita Palmela debate questões sociais

Santiago abre nova sala da Hora do Conto

tuações «continuem a ignorar todos estes acontecimentos. O problema, que se arrasta há anos, é uma autêntica agressão à qualidade de vida». O autarca alerta que a população deve continuar a apresentar queixas de maus cheiros no formulário disponível no site do município.

Almada delega competências nas freguesias O MUNICÍPIO assinou ontem cinco acordos de execução de delegação de competências do município nas freguesias do concelho, com vista à melhoria da qualidade dos serviços prestados às populações e a racionalização dos recursos. Os acordos dizem respeito a gestão e manutenção de espaços verdes; recolha regular de monos domésticos e aparas de jardim particulares; manutenção, reparação e substituição de mobiliário urbano instalado no espaço público; gestão e manutenção corrente de feiras e mercados municipais e realização de pequenas reparações nos estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1.º ciclo do básico e manutenção dos espaços envolventes.


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DESPORTO Tiago Venâncio na seleção nacional de natação

Taça de Portugal - Vitória visita terreno do Oriental

O nadador Tiago Venâncio vai integrar a seleção nacional de natação que participa no I Meeting Internacional do Algarve, que se realiza nos dias 8 e 9 de novembro em

Na quarta eliminatória da Taça de Portugal, marcada para 23 de novembro, o Vitória desloca-se ao terreno do Clube Oriental de Lisboa. Após o afastamento do Cova

Vila Real de Santo António. A chamada do atleta à seleção resulta do regresso aos treinos e à competição com bons resultados .

7.º Campeonato do Mundo de pesca decorreu na costa de Setúbal

Pescador d’Os Amarelos é o melhor do mundo

DR

B

runo Cabrita, do Grupo Desportivo “Os Amarelos”, de Setúbal, é o vencedor individual do 7º Campeonato do Mundo de Pesca em barco fundeado realizado entre os dias 28 e 30 de Outubro, em Setúbal. Por equipas, a vitória coube ao Lenza Emiliana Tubertini, de Itália, e a equipa de Setúbal foi a terceira classificada. No segundo lugar do pódio ficou a equipa do Clube de Pesca Desportiva de Albufeira. Ao longo da última semana, mais de meia centena de pescadores desportivos, representantes de treze clubes oriundos de Itália, Luxemburgo, Bélgica, Espanha, Suíça e Portugal bateram-se pelos títulos individuais e coletivos na modalidade de pesca embarcada, naquela que foi a segunda competição desta natureza realizada em Setúbal. Com um total acumulado de 115 pontos referentes ao valor atribuído ao pescado capturado, Bruno Cabrita conseguiu ir subindo na tabela ao longo dos três dias alavancando assim, da mesma forma o Grupo Desportivo “Os Amarelos” a um lugar no pódio. João Farinha, Pedro Galiar e Bruno Ferreira foram os restantes elementos da formação setubalense. Os restantes clubes do distrito cumpriram um bom campeonato

Bruno Cabrita foi o melhor e a equipa sadina alcançou o terceiro lugar

conseguindo classificar-se a meio da tabela. O Botafogo, de Palmela, foi sexto classificado, e o Clube Naval de Sesimbra foi sétimo. O melhor dos pescadores de Palmela foi Ricardo Lavandeira, que se classificou na 14ª posição individual. Entre os pescadores de Sesimbra a melhor classificação foi obtida por Ivo Machado que ficou em 35º lugar. Os atletas, com idades compreendidas entre os 30 e os 45 anos, foram pontuados de acordo com a quantidade de exemplares pescados, cada um com um determina-

do valor unitário. O peixe capturado ao longo dos três dias de prova pelas várias equipas foi entregue ao Lions Clube de Setúbal para ser posteriormente distribuído a instituições de solidariedade social. Para além da competição os atletas tiveram a oportunidade de participar num programa social destinado também aos acompanhantes para dar a conhecer os principais pontos de interesse turístico da cidade de Setúbal e da região. Marta David

Já é conhecido o programa da Sesimbra Summer Cup 2015 O TORNEIO Internacional de Futebol Sesimbra Summer Cup para o próximo ano decorre entre os dias 24 e 28 de Junho. A iniciativa levada a cabo pela Junta de Freguesia do Castelo, em Sesimbra, destina-se a jovens futebolistas masculinos e femininos até aos 18 anos nas modalidades de futebol e futebol de praia. Para além da atividade desportiva, o evento conta com colóquios e debates relacionados com a temática do futebol destinados a treinadores e agentes desportivos. O programa para o próximo ano dedica ainda especial destaque a visitas de

cariz turístico e promocional vocacionadas para os acompanhantes das equipas visitantes oriundas não só de Portugal como do estrangeiro.

A promoção da gastronomia, enologia e cultura da região é outro dos objetivos do Torneio promovido desde 2012.

da Piedade e do Amora, o Vitória é a única equipa do distrito em competição. O último encontro entre o clube do Bonfim e o Oriental ocorreu em 1987.

O alvo do futebol nos J.O. - 2016, Rio de Janeiro

É

certo e sabido que a qualificação de equipas, das modalidades colectivas de base, vai sendo cada vez mais difícil para os Jogos Olímpicos, de 4 em 4 anos. Portugal é dos países que mais tem sentido esse “travão” de lícitos anseios, no futebol mas também no Basquetebol, Voleibol e Andebol. Aproximamo-nos a passos largos da nova edição dos J.O., no Rio de Janeiro, com as variadas espécies de qualificações a decorrer. E justifica-se a referência às boas hipóteses do Futebol para conseguir, na capital “carioca”, a sua 3ª presença olímpica, após Amesterdão (1928) e Atlanta (1996). E vamos relembrar o porquê de tão animosa perspectiva, daqui por 20 meses. O Torneio Europeu para denominada classe dos “Sub-21” serve de trampolim super-desejado para a qualificação para o Rio de Janeiro -2016. A competição olímpica faz-se para equipas de Sub-23, à época, um controverso limite de idades, que a FIFA, nos tempos do Dr. João Avelange, conseguiu impor ao COI, contrariando o que é claramente estabelecido na Carta Olímpica. A FIFA temeu a concorrência do Torneio Olímpico face aos “Mundiais” e com o poderio do seu presidente, membro muito prestigiado do COI conseguiu essa estranha excepção de limite etário. A competição envolve 16 selecções com o país onde se efectuam os Jogos a ter lugar certo que é o caso do Brasil em 2016. A Europa apurará 4 ou 5 países e será na República Checa que se saberá quais são. Portugal é um belíssimo candidato aos lugares de topo não tendo sido, embora, “cabeça-de-série”, com alguma estranheza de contornos da UEFA de Platini. No apuramento, os nossos Sub-21 registaram 10 vitórias em 10 jogos, com significativo “score” e um elogiável “sprint-final” frente à Holanda (2-0 e 5-4). Um dos designados “cabeças-de-série” – República Checa, Inglaterra, Itália e Rússia – será o principal obstáculo para as aspirações de Portugal.

David Sequerra Colaborador

Há que esperar até Junho 2015 para se saber se a equipa de Rui Jorge vai estar no Rio de Janeiro, cumprindo uma 3ª presença olímpica do futebol. Até lá, alguns seleccionáveis lesionados podem e devem recuperar para reforço do conjunto de belíssima qualidade. Como exemplos citamos Gonçalo Paciência, Tiago Illori e Bruma e relembramos que já estão no patamar da Selecção A valiosos cimeiros como André Gomes, João Mário e Rui Neves. Nunca é demais relembrar o que de muito meritório conseguiram os futebolistas portugueses nos J.O. de Amesterdão, em 1928. A equipa “capitaneada” por Jorge Vieira, tendo António Roquete como “keeper”, de óptimos recursos e contando com dois setubalenses de gema, João dos Santos e Armando Martins, figuras gradas daquele tempo (há 86 anos!) esteve à beira do “podium”, podendo queixar-se de falta de sorte no jogo que a afastou de mais altos voos, em 11 de Junho (1928) frente ao Egipto (1-2). A perder por 2-0 no início do 2º tempo, Portugal viu-lhe ser recusado um golo perfeitamente legal, antes que Vítor Silva, a 14 minutos do fim reduzisse para 1-2, ficando o empate sob densa e lógica expectativa. Mas tal não aconteceu. Portugal pagou 50 florins (uma boa maquia) para protestar o jogo mas não foi atendido. O Egipto, muito injustamente, passou às meias-finais mas não se aguentou. E os internacionais lusos de 1928 foram recebidos em Lisboa com entusiasmo e muito apreço. O que não se conseguiu há 86 anos vai ser possível em 2016? Esperamos bem que sim. O alvo dos J.O. requer pontaria certeira e há que esperar, calmamente, pelo teste qualitativo na República Checa, daqui por uns escassos 7 meses.


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ÚLTIMA Segunda edição da prova juntou mais de dez mil participantes sob o signo da solidariedade

Corrida Montepio bateu recorde e rendeu 55 mil euros para a Cáritas

DR

M

ais de dez mil pessoas participaram na 2ª Corrida Montepio cujas verbas angariadas reverteram a favor do programa “Prioridade às crianças”, da Cáritas Portuguesa, num valor total de 55 mil euros. O programa destina-se, segundo Eugénio Fonseca, a «facilitar a ajuda da permanência de crianças filhas de pais desempregados em jardins-de-infância, creches e ATL’s, assim como para a aquisição de óculos e próteses auditivas». A corrida Montepio, apadrinhada por Rosa Mota, teve um percurso de 10 quilómetros ou, em opção, uma caminhada de cinco para quem não está em tão boa forma. A corrida solidária contra a pobreza infantil tinha ainda a particularidade de incluir a “Corrida pelicas”, especialmente destinada a crianças que assim, juntamente com os pais puderam participar. Para o presidente da Cáritas esta

Tomás Correia (direita) e Carlos Beato, presidente e administrador do Montepio

foi também «uma forma de educar para a solidariedade». Eugénio Fonseca mostrou-se «imensamente feliz e grato pela forma como as pessoas corresponderam em massa a esta iniciativa voltando a depositar confiança no trabalho da Cáritas».

Já o administrador do setor do mutualismo do Montepio Geral, Carlos Beato, ex-presidente da Câmara de Grândola, um dos mentores da corrida, que ocorreu pela segunda vez, considerou que a prova «ultrapassou todas as expectativas, tal como

aconteceu no ano de arranque. «O ano passado eram esperados cinco mil participantes e conseguimos a adesão de cerca de sete mil e este ano a participação cresceu de forma inesperada», disse ao Semmais. O mesmo responsável afirmou-se ainda «muito satisfeito» pelo facto de as receitas reverterem integralmente a favor da Cáritas. «O Montepio ocupa-se destas causas com espírito de missão e a Cáritas Diocesana é um das instituições que mais gosto dá em apoiar pelo trabalho que desenvolve no terreno, que conheço e acompanhe muito de perto», salientou. Para a história da prova ficam os 55 mil euros doados à Cáritas e a vitória de Hermano Ferreira, com o tempo de 30 minutos e 24 segundos, em masculinos, e de Jéssica Augusto, sétima da geral e primeira mulher a cortar a meta com o tempo de 33 horas e 45 minutos.

Turismo rural ganha peso em congresso internacional

Ceia da Silva, presidente da ERT/Alentejo

O turismo rural vai ganhar um novo fôlego no turismo do Alentejo e Ribatejo, com a implementação de «agenda completa» para o seu desenvolvimento. Este objetivo central foi traçado quinta e sexta-feira, no Congresso Internacional de Turismo Rural, em Reguengos de Monsaraz, sob a batuta da Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo. Uma das metas passa pela certificação de toda a cadeia de valor deste importante ‘cluster’ que detém grande importância estratégia no Alentejo Litoral. Ideias não faltaram como a criação de corredora turísticos e de plataformas logísticas rurais. Pub.


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