Semmais 4 Agosto 2018

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REGRESSAMOS COM A EDIÇÃO DE 1 DE SETEMBRO

semmais

O Semmais vai fazer a sua habitual paragem técnica nas próximas semanas. Voltamos ao convívio com os nossos leitores na primeira semana de setembro, com novidades gráficas e editoriais.

SÁBADO 4 DE AGOSTO DE 2018 Diretor Raul Tavares Semanário - Edição 1003 - 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso

ESPECIAL

AMBIENTE E ENERGIA Nesta edição damos-lhe conta de como algumas empresas e instituições se adaptaram às alterações climáticas e as medidas que implementaram para promover a sustentabilidade dos recursos. P5–12

ATUALIDADE

ENFERMEIROS EM GREVE DE 13 A 17 DE AGOSTO A preparar uma paralisação de cinco dias, o Sindicato dos Enfermeiros continua a denunciar irregularidades. Em causa está a falta de cuidados continuados integrados em cinco concelhos do distrito. P2

QUERCUS E ZERO APREENSIVAS COM INVESTIDAS TURÍSTICAS Os projetos económicos previstos para a região podem pôr em causa a preservação e respeito pelo meio ambiente. As associações ambientalistas estão preocupadas e temem que a pressão turística comprometa o ordenamento, particularmente no Litoral Alentejano. P10

NEGÓCIOS

EM MEIO ANO A LISNAVE JÁ REPAROU 44 NAVIOS Lisnave assume posição de referência num mercado altamente competitivo. Resultados do primeiro semestre revelam o Know-how do estaleiro naval relativamente à reparação de vários tipos de navios. P14

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ATUALIDADE

SINDICATO DOS ENFERMEIROS APONTA FALHAS NA REDE DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

Cinco concelhos do distrito não dispõem de unidades de internamento A poucas semanas da greve geral dos enfermeiros, o Sindicato dos profissionais alerta para a necessidade urgente de reestruturar a rede de cuidados continuados integrados que é inexistente, entre outros, nos concelhos de Palmela, Alcácer e Sines. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR

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denúncia de que «40% do território do distrito de Setúbal não tem recurso a qualquer unidade de internamento na Rede Nacional de Cuidados Continuados integrados (RNCCI)», parte do Sindicato dos Enfermeiros, na altura em que é anunciada uma greve destes profissionais de 13 a 17 de agosto. Emanuel Boieiro, dirigente sindical, diz que «esta é a realidade de Palmela, Sesimbra, Alcochete, Alcácer do Sal e Sines. Esta rede (RNCCI), criada em 2006, constitui-se como o modelo funcional que representa «um processo reformador desenvolvido por dois setores com responsabilidades de intervenção no melhor interesse do cidadão: o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o Sistema de Segurança Social». No entanto, alerta Emanuel Boieiro, «a sua implementação nos últimos doze anos tem conhecido sucessivos avanços e recuos dos vários governos, que não pode ser apenas justificada pelos constrangimentos orçamentais». Segundo os dados da ACSS, «na nossa região, existem 445 vagas de in-

ternamento nas Unidades de Longa Duração e Manutenção (ULDM), podendo os utentes permanecer num período superior a 90 dias e existindo a comparticipação pelo estado no pagamento do mesmo». Nesta tipologia, lidera o concelho do Montijo com 153 vagas, seguido de Almada com 80 e Setúbal com 56. No que se refere às Unidades de Média Duração e Reabilitação (UMDR), onde os utentes permanecem até 90 dias, também num regime de comparticipação, o dirigente enaltece que «Setúbal lidera com 62 vagas, seguido pela Moita com 49 e Montijo com 35, num total de 226 vagas distritais». As Unidades de Convalescença, gratuitas para os utentes e que contemplam internamentos até 30 dias, «poderiam ser a resposta mais presente e eficaz no distrito», acredita o enfermeiro, «permitindo libertar camas necessárias nos 4 centros hospitalares da região». No entanto, «existem apenas 94 vagas na região, sendo que, continua a ser o concelho de Setúbal quem lidera com 33 vagas, Montijo segue-se com 26 e Santiago do Cacém com 25». «Particularmente grave», na opinião deste sindicalista, é o cenário que diz respeito às Unidades de

Cuidados Paliativos, que servem para internamento de utentes em situação de doença grave em estado avançado, ficando claro que é «manifestamente insuficiente que num distrito com quase 900 000 habitantes e 13 concelhos, apenas existam 2 unidades, uma no concelho da Moita (SCM de Alhos Vedros) e outra em Setúbal (Hospital N.ª Sr.ª da Arrábida - Azeitão)». Para além das respostas integradas da RNCCI ao nível de unidades de internamento, é necessário ter em conta, segundo Emanuel Boieiro, «as Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI), integradas nas Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC), cuja intervenção é efetuada no âmbito domiciliário e sem custos para os utentes». Apesar de estar definido pela legislação que a equipa de cada UCC é multidisciplinar, «são raros os casos, em que as mesmas funcionam com a equipa completa, não dando, por isso, a resposta adequada assente nos pressupostos associados à sua criação». De qualquer modo, «estas ECCI são a única resposta presente em todos os concelhos do distrito de Setúbal», afirma o dirigente. Com a greve dos enfermeiros às horas extraordinárias a entrar no

segundo mês, e com o anúncio de uma paralisação geral de cinco dias em agosto, Emanuel Boieiro apela a uma «urgente reestruturação das estruturas da RNCCI existentes na região de Setúbal, para que ninguém possa ficar, no futuro, sem rede». ARS-LVT anuncia 254 lugares em CCI Já no decorrer desta semana, e na sequência de notícias que apontavam para «alegadas pressões exercidas nos hospitais para não referenciação de utentes para unidades de Cuidados Continuados», a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) reafir-

mou o seu «compromisso para com a população», no sentido de permitir o acesso de todos os utentes com necessidades de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada». Nesse sentido a administração regional recorda que foram abertas este ano 76 novas camas de cuidados continuados, em várias tipologias, e estima-se a «abertura de mais 254 lugares, até ao final do ano, sendo que, desses, 102 são destinados à saúde mental». A ARS-LVT reforça que «têm sido efetuadas diversas ações junto de hospitais e respetivos profissionais de saúde,

fomentando as boas práticas de referenciação e promovendo as mais-valias da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)». Garante, então o organismo que tem sido «incentivado o encaminhamento dos utentes sempre que existam critérios conforme regulamentação em vigor, estimando-se que esta atividade teve impacto positivo no aumento o número de referenciações: + 18,9% no 1º semestre de 2018 face ao período homólogo de 2017». Situação que não influencia a falta desta resposta nos concelhos de Palmela, Sesimbra, Alcochete, Alcácer do Sal e Sines.

Seis câmaras assumem apoio aos alunos no distrito

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entenas de pais vão ter ajuda em seis concelhos do distrito de Setúbal, sendo contemplados com apoio das autarquias na compra de livros e/ou material escolar, segundo uma lista agora tornada pública. É uma forma de aliviar a carteira dos progenitores na bem conhecida e pesada fatura que marca o regresso às aulas em 2 | SEMMAIS | SÁBADO | 4 DE AGOSTO | 2018

meados de setembro. Entre as autarquias da região que já admitiram prestar apoio, há quem se limite a cumprir o previsto no despacho de ação social escolar, mas há municípios a garantir apoio direto às famílias para a compra de manuais, livros de fichas e material escolar, além do que está previsto na lei. Os municípios que já

anunciaram apoio são Alcácer do Sal, Santiago do Cacém, Almada, Barreiro, Palmela e Setúbal, sendo revelado que se em alguns dos concelhos a ajuda das autarquias é pouco mais do que simbólica, também há vários casos que representam uma significativa poupança para as finanças das famílias, que podem mesmo chegar às dezenas de euros.

O Ministério da Educação vai atribuir os manuais aos alunos do primeiro e segundo ciclos, enquanto a maior parte das autarquias assegura, pelo menos, a oferta ou comparticipação na compra de livros de fichas que acompanham os manuais, embora boa parte dos apoios contemplem os alunos com mais dificuldades financeiras. R.D.


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ATUALIDADE

EDITORIAL RAUL TAVARES DIRETOR

Sensibilidade ambiental e ecológica

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arece hoje claro aos olhos de todos nós, mesmo dos mais exigentes, que as questões ambientais estão sobre a mesa da decisão política de forma muito acintosa. Na região, no país e à escala global. Já não se discute, por exemplo, esgotos vertidos a céu aberto, poluição industrial sem rei-nem-roque; nem mesmo aglomerados de lixeiras e sucateiros que invadiam núcleos de territórios concelhios como se tratassem de ‘terras de ninguém’. Na verdade, o mundo de hoje está muito virado para uma consciência ecológica plena. Não só através das organizações que sustentam as reivindicações nesse pilar, como em cada um de nós, que já percebeu o seu papel nesta cruzada. Diria que para além das questões ambientais mais próximas, como as que atrás descrevi, importa cumprir as ‘agendas’ globais, aquelas que podem, mesmo que seja a longo prazo, oferecer ao planeta e aos humanos a sustentabilidade que tanto procuramos nesta vida comum. Para isso é fundamental continuar a apostar na educação como peça chave, para que esta cruzada da sustentabilidade dê os frutos necessários e a urgência deste combate sem tréguas às alterações climáticas e a outros fenómenos naturais que se nos escapam, ao conhecimento e à compreensão.

ATÉ JÁ! Como tem acontecido nos últimos anos, vamos fazer a chamada paragem técnica até ao final deste mês. Trata-se de um período em que iremos proceder a algumas mudanças gráficas e editoriais. Bem como continuar a trabalhar num conjunto de novos projetos que a seu tempo daremos o devido conhecimento. Até já e boas férias.

RECOMENDAÇÕES SÃO APRESENTADAS EM PACOTES DE AÇÚCAR

MAI e CCC juntos na prevenção dos incêndios em campanha publicitária Materializada em mais de um milhão de pacotes de açúcar, a campanha que junta o Centro de Ciência do Café e o Ministério da Administração Interna já está nos cafés, de norte a sul de Portugal. São 15 recomendações que podem ajudar a salvar vidas. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM DR

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á não é novidade a perseverança do Centro de Ciência do Café (CCC), um dos tentáculos do Grupo Delta, liderado por Rui Nabeiro, em matéria de política social e, consequentemente, de dinâmicas de marketing social. Mas, desta vez, a notícia é a recente campanha “Aldeias Seguras, Pessoas Seguras”, lançada em parceria entre o polo museológico e o Ministério da Administração Interna (MAI), a pretexto «dos comportamentos que as pessoas das zonas rurais devem ter em caso de incêndio», explica a diretora do CCC, Cecília Oliveira. Quem ainda não notou vai, certamente, dar conta, numa das próximas idas ao café, que o CCC e o MAI estão apostados

em «abanar consciências em prol de segurança e sensibilização dos portugueses». Com um milhão e 240 mil pacotes, num total de 6.200 quilogramas de açúcar, a campanha informativa com 15 recomendações distintas, surge na sequência da ocorrência fatídica de 2017 com vista a «comunicar as boas e necessárias práticas que cada português deve adotar para que tais tragédias não se repitam em Portugal», sustenta a diretora do Centro de Ciência e do Café. Considerado um «meio de excelência» para difundir as 15 recomendações pelas duas entidades, os novos pacotes de açúcar têm «ilustração diferente focada num tema que deve ser compreendido e difundido por todos», explica Cecília Oliveira, ressalvando que «o humanismo que a causa representa» foi perentório para Helena Nabeiro, a responsável máxima do Centro

PAÍS ESTÁ EM ALERTA VERMELHO

GNR alerta para o papel de todos na proteção da floresta

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Guarda Nacional Republicana já iniciou o reforço de patrulhamento de visibilidade, direcionado para a prevenção de incêndios, devido às temperaturas elevadas, ventos e baixa humidade que se têm registado nos últimos dias. São 11 os distritos em alerta vermelho devido à subida acentuada das temperaturas. Setúbal é um dos distritos onde se verifica um risco agravo de ocorrência de incêndios, por isso, as forças de segurança, prevenção e socorro estão no nível máximo de prontidão. Assim a GNR reforça que em todos os espaços florestais e agrícolas é totalmente proibido fumar; fazer lume, fogueiras, queimas ou queimadas; lançar foguetes e balões de mecha acesa; fumigar ou desinfestar apiários, salvo se os fumigado-

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res estiverem equipados com dispositivos de retenção de faúlhas ou circular com tratores, máquinas e veículos de transporte pesados que não possuam extintor, sistema de retenção de fagulhas ou faíscas e tapa chamas nos tubos de escape ou chaminés. No caso dos piqueniques a Guarda Nacional Republicana apela à consciencialização da população para que «opte por levar comida já preparada e que não necessite de ser aquecida, uma vez que é proibida a realização de fogo para a sua confeção». A Marinha e o Exército reforçaram, com mais 19 patrulhas e 76 militares, o apoio à Proteção Civil até este domingo, podendo as ações serem prolongadas caso a meteorologia o justifique. E.S.

de Ciência do Café. ter aceite este desafio. A partir de agora tomar café pode ser sinónimo de prevenção e defesa, porque cada pacote de açúcar distribuído pelo Centro de Ciência do Café diz o que fazer em caso de evacuação; se um incêndio se aproximar da sua casa; se ficar cercado pelas chamas; ou se

se encontrar próximo de um ponto de ignição. Também a prevenção é evidenciada nesta campanha com conselhos de como prevenir a ocorrência de fogos e que passa, por exemplo, por não acumular material inflamável junto de casa ou por estar informado sobre o nível de risco de incêndio na sua área de residência.


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AMBIENTE E ENERGIA

JÁ É QUASE IMPOSSÍVEL DISTINGUIR AS DIFERENTES ESTAÇÕES

O que se está a passar com o tempo por cá? O presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, Filipe Duarte Santos, alerta para as consequências da variabilidade climática a que o país está sujeito. A região de Setúbal vai ser desafiada a encontrar soluções para escassez de água

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stá aí o calor com temperaturas acima dos 40 graus em alguns concelhos do distrito, mas este verão fica, até à data, marcado por temperaturas atípicas no mês de julho, com variações de menos quatro graus Celsius face aos valores ditos normais nos últimos 30 anos. A responsabilidade foi do anticiclone dos Açores, que durante semanas esteve mais deslocado para oeste em relação ao normal para esta época do ano. O especialista em alterações climáticas, que também é presidente do Conselho Nacional do Am-

biente e do Desenvolvimento Sustentável, Filipe Duarte Santos, aponta ao que designa de «variabilidade climática», alertando que a região, como acontece na maioria do país, chegou a um ponto em que «já não se reconhecem as quatro estações do ano como acontecia há algum tempo». Ou seja, explica o especialista, as quatro estações tinham associadas a si a questão da temperatura e da chuva. Aos dias de hoje já não é novidade que a temperatura está a subir, levando ao «aumento das alterações climáticas e da variabilidade do clima num determinado sítio», insiste.

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Quer isto dizer que até há alguns anos as temperaturas não registavam variações tão acentuadas como atualmente, o mesmo acontecendo com a precipitação, assinalando Filipe Duarte Santos que o ciclo de secas extremas e severas - que se têm feito sentir com impacto, sobretudo, a sul do distrito de Setúbal, ao longo do Vale do Sado - também ajudam a explicar o fenómeno. «As alterações climáticas vão desafiar também a região de Setúbal a arranjar soluções para combater a, cada vez mais, frequente escassez de chuva, com consequentes aumentos

dos períodos de seca», sublinha, alertando que o risco de incêndio também vai ser agravado. «É inevitável», diz o físico, chamando ainda a atenção para o facto de, além do Interior da região ir ser afetado, também o Litoral Alentejano sentirá as consequências. Justifica que «a subida do nível do mar é inexorável.»

Ainda assim, o especialista diz que não é caso para alarmismos exacerbados, defendendo que os estudos realizados nos últimos tempos deram uma ferramenta de trabalho para evitar surpresas no futuro. «É necessário fazer uma adaptação a novas situações para que se consiga, por exemplo, garantir água na região»,

sublinha, alertando que o setor agrícola deverá estar aberto a novas oportunidades lançadas pelo novo clima para a produção hortícola. Isto é, «com clima mais quente aumentam as condições para produzir produtos destes quase todo o ano e isso é uma vantagem assinalável para a economia». R.D.


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VINHOS

AMBIENTE E ENERGIA

ALCOCHETE INTEGRA PROJETO PILOTO DA EDP DISTRIBUIÇÃO

«Integrid» vai permitir melhorar eficiência energética dos portugueses ENCOSTAS DA ARRÁBIDA 2015 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

ADEGA DE PEGÕES TOURIGA NACIONAL 2015 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

VALE DOS BARRIS CASTELÃO 2016 Vinho Tinto |Regional Península de Setúbal Adega Cooperativa de Palmela, CRL

TERRAS DA MOURA 2016 Vinho Tinto | D.O. Palmela SIVIPA – Sociedade Vinícola de Palmela, S.A.

QUINTA DO MONTE ALEGRE RESERVA 2015 Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal Fernando Santana Pereira Unipessoal, Lda.

ADEGA DE PEGÕES SYRAH 2015 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

VINHA DO TORRÃO 2016 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Casa Ermelinda Freitas Vinhos, Lda.

HERDADE DA BARROSINHA RESERVA 2015 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Companhia Agrícola da Barrosinha, S.A.

QUINTA DA AREIA SAFADA CHARDONNAY & VIOSINHO 2016 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Amalur Enoturismo, S.A.

QUINTA DA INVEJOSA RESERVA VINHAS VELHAS 2015 Vinho Tinto | D.O. Palmela Filipe Jorge Palhoça – CCH

VALE DA JUDIA 2017 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

QUINTA DO MONTE ALEGRE COLHEITA SELECCIONADA 2015 Vinho Tinto | D.O. Palmela Fernando Santana Pereira Unipessoal, Lda.

Vinho Tinto | D.O. Palmela Venâncio da Costa Lima, Sucrs. Lda.

Vinho Tinto | D.O. Palmela Camolas & Matos, Lda.

Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Casa Ermelinda Freitas – Vinhos, Lda.

O projeto piloto da EDP Distribuição vai decorrer em cinco concelhos portugueses, incluindo Alcochete, e pretende-se que mesmo possa ajudar CAMOLAS os consumidores a perceber como controlar os consumos de energia. VENÂNCIO DA COSTA LIMAo RESERVA 2015 GRANDE ESCOLHA VINHA VELHA CASTELÃO 2015 CASA DA ERMELINDA FREITAS SYRAH RESERVA 2016

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ercaBREJINHO de 100 clientes solares, máquinas QUINTA DA COSTA SELECTION COLHEITA de SELECCIONADA EDIÇÃO LIMITADA 2012 da EDP Distribuilavar loiça inteligentes, Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal ção, em Alcochete, baterias e outros equipaRESIGON – Companhia Agrícola e Gestão, S.A.

vão receber nos próximentos». mosAMEIAS dias equipamentos O objetivo deste projeSYRAH 2016 Vinho Tinto Península de avançados de| Regional produção e toSetúbal piloto, que decorre SIVIPA – Sociedade S.A. armazenamento deVinícola ener- de Palmela, do programa de apoio gia. SERRA O grupo integra um financeiro Horizonte MÃE RESERVA 2015 projeto da empresa, 2020, passa por «contriVinhopiloto Tinto | D.O. Palmela denominado «Integrid», buir para SIVIPA – Sociedade Vinícola de Palmela, S.A. a melhoria da que abrange também os eficiência energética» dos QUINTA DA INVEJOSA 2016 concelhos de Caldas da portugueses, colocando Vinho Branco | D.O. Palmela Rainha, Évora à sua disposição equipaFilipeValverde, Jorge Palhoça – CCHe Mafra. Os clientes serão mentos que lhes permitam CASA ERMELINDA FREITAS ALICANTE BOUSCHET RESERVAmais 2015 selecionados pela em«aceder a informação Vinho | Regional Península de Setúbal presa de Tinto energia, através detalhada sobre os seus Casa Ermelinda Freitas – Vinhos, Lda. de um formulário de consumos de energia» e, candidatura específico consequentemente, ajudáQUINTA DA MIMOSA 2015 e, uma vez escolhidos, a -los a perceber como poVinho Tinto | D.O. Palmela Ermelinda Freitas EDPCasa instalará nas suas– Vinhos, Lda. dem controlar os gastos. residências, sem qualquer A EDP garante que com o custo associado, «painéis projeto piloto agora lan-

çado, masDE cujos CASTELO AREZresultaCOLHEITA SELECIONADA 2017 Vinho | Regional Península de Setúbal dos só Branco deverão ser conheSociedade Agrícola da Arcebispa, S.A. cidos daqui a três anos, vai ser possível «testar QUINTA DO MONTE ALEGRE ALICANTE BOUSCHET 2014 soluções inovadoras de Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Fernando Santana Pereira Unipessoal, Lda. redes inteligentes, como a flexibilidade do consumo QUINTA DE CAMARATE 2015 deVinho energia, dos sistemas Tinto | D.O. Palmela deJosé armazenamento Maria da Fonseca de Vinhos, S.A. eletricidade e a produção dePALMELÃO energias 2017 renováveis». Vinho Branco | D.O. Palmela Através dos novos recurAdega Cooperativa de Palmela, CRL sos e equipamentos, que a EDP ao disporSELECCIONADA SERRAcoloca BRAVA COLHEITA BOUSCHET & SYRAH 2016 doALICANTE consumidor, é possível Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal que cada cliente passe a Herdade Canal Caveira, Lda. ter um papel mais ativo noQUINTA mercado de ener- CABERNET SAUVIGNON 2015 DA BACALHÔA gia, sendo um dos Vinho Tintoesse | Regional Península de Setúbal Bacalhôa – objetivos Vinhos de Portugal, S.A. principais da empresa. E.S.

QUINTA DO MONTE ALEGRE 2015 Vinho Tinto | D.O. Palmela Fernando Santana Pereira Unipessoal, Lda. ADEGA DE PEGÕES COLHEITA SELECCIONADA 2014 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL PALÁCIO DA BACALHÔA 2014 Vinho Tinto | Regional Península de Setúbal Bacalhôa – Vinhos de Portugal, S.A. QUINTA DE ALCUBE RESERVA 2016 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal João Manuel Gomes Serra QUINTA BREJINHO DA COSTA RESERVA 2015 Vinho Branco | Regional Península de Setúbal RESIGON –Companhia Agrícola e Gestão S.A. BACALHÔA MOSCATEL ROXO DE SETÚBAL SUPERIOR 10 ANOS - 2003 Vinho Generoso | D.O. Moscatel Roxo de Setúbal Bacalhôa – Vinhos de Portugal, S.A.

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AMBIENTE E ENERGIA

PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL É TRANSVERSAL ÀS ADMINISTRAÇÕES PORTUÁRIAS

APS e APSS investem na promoção de boas práticas ambientais As Administrações dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) e de Sines e Algarve (APS) têm apostado na melhoria dos desempenhos ambientais das infraestruturas portuárias garantindo a respetiva certificação de qualidade.

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oi em 2002 que a APSS implementou o primeiro Plano de Monitorização Ambiental dos Portos de Setúbal e Sesimbra. Considerando o enquadramento da unidade portuária, em pleno Parque Natural da Arrábida e em território da Reserva Natural do Estuário do Sado e Rede Natura 2000, era fundamental conhecer e registar «a caracterização da evolução de parâmetros ambientais relacionados com o Plano Plurianual de Dragagens no Porto de Setúbal». Desde então, as preocupações ambientais têm vindo SemMais.pdf

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a adquirir, para a administração dos portos de Setúbal e Sesimbra, «uma importância cada vez mais significativa, tendo como objetivo a criação de condições que permitam o desenvolvimento sustentável da atividade». Através deste programa de monitorização, que abrange «o desempenho ambiental dos navios e embarcações que demandam o porto, e inclui a adesão aos programas Greenaward e Ecoports», é possível acompanhar a evolução das condições ambientais nas zonas suscetíveis de serem afetadas pelas ativi-

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dades portuárias. Em 2011 a APSS implementou um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) agora certificado pela Lloyd´s Register Quality Assurance LRQA, o qual está integrado com o Sistema de Gestão da Qualidade, igualmente auditado com sucesso. Trata-se da mais abrangente certificação no panorama marítimo-portuário nacional, que incide, entre outros aspetos, na otimização dos usos do solo; na promoção do Clean Shipping ou na promoção de soluções de transporte intermodal.

Sustentabilidade ambiental é bandeira em Sines e no Algarve A administração dos portos de Sines e Algarve obteve em 2005 a primeira certificação da qualidade em conformidade com os requisitos da norma ISO 9001, conferida pela Lloyd’s, no âmbito dos processos de movimentação de navios no porto, incluindo pilotagem e gestão de contratos de concessão. Apostando numa «política integrada da qualidade, ambiente, segurança e saúde no trabalho, de forma a assegurar a plena

satisfação dos seus clientes e partes interessadas», afirmando simultaneamente uma posição de liderança e inovação no setor portuário», a APS foi implementando medidas «amigas do ambiente» e viu alargado, em 2012, o âmbito das certificações para a gestão do porto de recreio e gestão da zona intraportuária. Desde 22 de julho de 2013, a APS, S.A. detém a certi-

ficação do seu Sistema de Gestão de Segurança de Informação, que abrange «a gestão da segurança da informação aplicada aos serviços prestados aos processos de navio e de comboio no Porto de Sines, bem como dos navios nos portos de Faro e de Portimão, suportados pela JUP - Janela Única Portuária no Porto de Sines». E.S.

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Desenvolvimento das atividades logístico-portuárias em harmonia com a Zona Ribeirinha,Turismo, Pesca e Aquicultura.

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Forte contributo na Economia do Mar através da criação de emprego e riqueza na Região de Setúbal

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AMBIENTE E ENERGIA

PROJETOS TURÍSTICOS PODEM PÔR EM CAUSA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Ambientalistas preocupados com crescimento desenfreado na região A Comporta não tem Plano de Gestão de Rede Natura e no Parque Marinho Luís Saldanha tem havido pesca excessiva e desregrada. Avaliação de impacte ambiental do aeroporto do Montijo não é abrangente e a fiscalização das descargas de efluentes do Sado e Tejo não é a desejada. Ambientalistas da região apontam preocupações.

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s associações ambientalistas Quercus e Zero mostram-se apreensivas e preocupadas com importantes projetos turísticos e económicos previstos para a região que não respeitam nem preservam o meio ambiente. Carla Graça, da Associação Zero, defende para a Comporta a elaboração do Plano de Gestão da Rede Natura, que indique quais as áreas a proteger da construção imobiliária. «Estamos na presença de terrenos sensíveis e com valor ecológico, inseridos em Rede Natura 2000, cuja legislação prevê a existência deste plano disciplinador». De acordo com Carla Graça, a venda dos terrenos penhorados da Comporta foi adiada para Setembro próximo, com base na decisão da Assembleia de Credores, e cujas propostas de compra «contemplam construção imobiliária com bastante densidade».

A responsável sublinha que o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas já deveria ter elaborado o Plano de Gestão da Rede Natura para a Comporta, relembrando que várias associações ambientalistas apresentaram providências cautelares em 2012 contra projetos imobiliários na zona da Comporta, as quais foram «arquivadas pela Comissão Europeia», na base de que o referido Plano iria ser construído «mas nada avançou». No Parque Marinho Luís Saldanha, onde a pesca é interdita, a Associação Zero defende uma «maior fiscalização» por parte das autoridades competentes, uma vez que ali tem vindo a ser praticada «pesca excessiva e desregrada». No que toca ao aeroporto do Montijo, A Zero considera que a avaliação de impacte ambiental, que está a ser desenvolvida pelo Estado, «insuficiente», uma vez que este tipo

de empreendimento irá ter «uma abrangência regional e não concelhia». Ou seja, a avaliação ambiental tem de ser «estratégica» destinada a projetos «mais complexos, segundo a própria lei obriga». Nas pecuárias de Montijo, Palmela e Moita, Carla Graça salienta que «não existe gestão eficaz do espalhamento das lamas da pecuária nos terrenos», uma vez que esses resíduos, se forem «espalhados em excesso, podem contaminar as águas subterrâneas e as ribeiras». «Má qualidade do ar no Seixal» Já Paulo do Carmo, da Quercus, manifesta-se preocupado com a «pressão turística» no Litoral Alentejano, que pode comprometer o «bom ordenamento», sublinhando que a área da Reserva Ecológica Nacional de Alcácer do Sal e Grândola, nos últimos tempos, «di-

minuiu mais de metade». O responsável defende políticas de «melhor gestão» da água para a agricultura nos rios Mira e Sado, bem como a promoção de políticas de utilização de pesticidas «mais ecológicas e menos poluentes». Paulo do Carmo realça que ainda existe poluição «bastante elevada» no Tejo e no Sado, devido à «fraca fiscalização» das

autoridades, no que se refere às descargas dos efluentes. A qualidade do ar no Seixal, segundo a mesma fonte, é «má», derivado da atividade da Siderurgia Nacional, com «possíveis impactos negativos» na saúde pública. E aponta ainda o dedo à empresa Carmona, em Brejos de Azeitão, cuja atividade também causa danos ao ambiente.

O líder considera que existe «pouco controle» das autoridades no funcionamento das pedreiras na Arrábida e ausência de «monitorização» no maior aquífero da Península Ibérica. Já o aeroporto do Montijo e o Terminal de Contentores do Barreiro, merecem medidas de acompanhamento «especiais para minimizar os impactos ambientais». A.L.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO DE SOBRO PODEM CUSTAR 60 MILHÕES

Pró-Montado quer salvar região da desertificação

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erca de 60 milhões de euros é quanto pode custar a implementação de medidas de proteção de sobro na zona sul do país, abrangendo o distrito de Setúbal, a par do alargamento da mancha de montado, segundo as contas de um grupo de cidadãos que constitui a iniciativa Pró-Montado Alentejo. O grupo, apresentado agora publicamente e que reúne produtores, municípios, associações do ambiente e especialistas de relevo, considera essencial a sensibilização do Gover10 | SEMMAIS | SÁBADO | 4 DE AGOSTO | 2018

no, e do primeiro-ministro em particular, para a problemática do montado no Alentejo. Recordam que o montado da região é constituído na sua maioria por azinheiras (92%) e por sobreiros (72%), cuja sobrevivência, a longo prazo, estará em causa, se não forem tomadas medidas e promovidas ações com vista à sua adaptação climática. O Pró-Montado reclama medidas que possam combater o avanço do deserto do Sahara, entre elas o aumento do número

médio de sobreiros, dos atuais 60 por hectare para 80 a cem árvores, naquela área equivalente a um campo de futebol. A região do montado Alentejo é, dizem, a «barreira natural à entrada do Sahara em Portugal», sendo o montado de sobro e azinho a base dessa proteção, alertando para a necessidade de recuperação de solos, uma melhor infiltração e retenção das águas da chuva e pelo adensamento do arvoredo existente. Fomentar a coesão económica e social,

mantendo-se a cadeia de abastecimento industrial, é um objetivo do grupo. Diz o movimento que as áreas de montado abaixo do rio Tejo estão em risco desde há muito tempo, pelo que o objetivo passa por sensibilizar e canalizar para o setor parte da verba de fundos europeus do Portugal 2020 para a agricultura que ficaram por executar e outros que ainda estão a ser desenhados de modo a apostar na resistência climática dos sobreiros. R.D.


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AMBIENTE E ENERGIA

OS IMPACTOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E ECONÓMICOS SERÃO BASTANTE POSITIVOS

Seixal investe 2,5 milhões de euros em Laboratórios Vivos para a Descarbonização

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Câmara do Seixal vai implementar, junto à Baía, 17 projetos que, de forma global, vão permitir «mitigar as alterações climáticas» através da criação, entre outros, de «espaços de promoção de tecnologias inovadoras de baixo impacte ambiental». Um investimento municipal, partilhado com privados, de 2,5 milhões de euros, no âmbito do projeto Laboratórios Vivos para a Descarbonização (LVpD), que irá ser visível entre a Praça Primeiro de Maio, no Seixal, e a Rua dos Operários, em Amora, numa extensão de cerca de 4 km. De referir que a implementação do LVpD no

Seixal só é possível graças a uma candidatura que autarquia apresentou junto do Ministério do Ambiente que «incentiva à criação de espaços de promoção de tecnologias inovadoras de baixo impacte ambiental, de solidificação de princípios de uso eficiente e produtivo de recursos materiais e energéticos e da apropriação das mais-valias económicas e ambientais de novas soluções por parte das comunidades e populações, visando mitigar as alterações climáticas, tendo o Seixal obtido o financiamento máximo nesta candidatura». É um projeto que vai ser implementado durante este

ano e também em 2019, onde se irão testar novas tecnologias e sistemas ambientais inovadores para se poderem avaliar e posteriormente alargar a sua utilização. A médio prazo será possível encontrar na Baía do Seixal «um comboio elétrico, movido a energia solar; um restaurante verde, com refeições confecionadas em fornos solares; um centro de monitorização e informação do ecossistema e uma exposição da inovação tecnológica para a descarbonização». Prevê-se, ainda, a criação de pontos de carregamento elétricos, iluminação pública inteligente e a «colocação de 200

contadores de água com transmissão de dados por telecontagem no edificado circundante à baía». Com a implementação do LVpD a autarquia espera conseguir «impactos positivos ao nível ambiental, social e económico: redução da pegada de carbono e maior utilização das energias renováveis; educação ambiental dos cidadãos; dinamização de atividades na zona ribeirinha e centros históricos, em torno das tecnologias do ecossistema LVpD; e ainda a dinamização da economia local». A candidatura do município do Seixal a este projeto de Laboratórios Vivos para a Descarbo-

nização enquadra-se na dinamização da zona da Baía do Seixal, que integrará a componente social, ambiental e económica, numa perspetiva

de Smart City, centrada na frente ribeirinha do Seixal, Arrentela e Amora e nos seus núcleos urbanos antigos. E.S.

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SEPARAR VAI COMEÇAR A COMPENSAR

Amarsul lança campanha «Reciclar Vale Mais» na Quinta do Conde

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Amarsul está a promover até 19 de setembro, numa superfície comercial na Quinta do Conde, em frente ao Parque da Vila, a campanha «Reciclar Vale Mais», através da qual quem separar embalagens usadas vai ser «recompensado» com o depósito em cartão de cliente de 10 ou 15 cêntimos. Este projeto-piloto, promovido pela EGF – Environment Global Facilities, consiste na troca de embalagens usadas por dinheiro em cartão, sendo que um saco de 30 litros de embalagens usadas vale 10 cêntimos e um de 50 litros equivale a 15 cêntimos. O valor recebido ficará disponível no cartão de cliente e poderá ser descontado, imediatamente, nas compras. Na apresentação da campanha, que contou com as presenças do vereador José Polido, da presidente do conselho de administração da EGF, Gabriela 12 | SEMMAIS | SÁBADO | 4 DE AGOSTO | 2018

Ventura e do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, foi clarificado o objetivo do projeto que «vai disponibilizar uma rede nacional de ecopontos especiais, com benefícios económicos para os portugueses que separam as suas embalagens usadas». Quanto mais separar mais pode acumular em cartão. Esta é uma campanha integrada na estratégia de inovação social da EGF, que conta com o apoio da Câmara de Sesimbra e do Programa Operacional

para a Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos, além da marca Pingo Doce. Depois da Quinta do Conde, a campanha «Reciclar Vale Mais» será alargada a outras 14 lojas. Recorde-se que a Amarsul – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos é a empresa responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos urbanos dos municípios de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal. E.S.


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NEGÓCIOS

NUM MERCADO COMPETITIVO O ESTALEIRO CONTINUA A SER REFERÊNCIA

Em seis meses a Lisnave concluiu 44 reparações de 35 clientes de 14 países

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Lisnave reparou um total de 44 navios no primeiro semestre de 2018. Deste total, 25 são petroleiros, 6 são porta contentores, 4 são graneleiros, 4 são LPGs, 2 são navios de passageiros e 1 navio grua com posicionamento dinâmico, o que confirma o elevado know how da Lisnave nos mais variados tipos de navios. A atividade da Lisnave centra-se num mercado altamente competitivo, a nível global, e durante o primeiro semestre concluiu com sucesso 44 reparações em navios pertencentes a 35 clientes, provenientes de 14 países, como a Grécia, Alema-

nha, Noruega, Singapura, Reino Unido, Venezuela, Bélgica, Brasil, Hong Kong e Itália. O “repeated business” continua a ser o principal foco da estratégia da Lisnave que, durante este ano, efetuou reparações e trabalhos em navios de clientes habituais, como A .P. Moller, Saipem, Teekay, European Product Carriers, V.Ships, PDV Marina, Tsakos Columbia Shipmanagement, Solvang, Wind Star Cruises, Exmar Shipmanagement, Northern Marine Management, KNOT, Columbus Shipmanagement, Anglo-Eastern Ship Management e a Navigazione Montanari SPA.

ERA Setúbal ESTE estreia-se com chave de ouro na Feira de Sant’Iago

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Para fazer face à grande demanda para docar navios tipo Shuttle Tankers, a Lisnave disponibilizou uma doca seca com um especial arranjo de blocos, para libertar um espaço de quatro metros

de altura entre a quilha do navio e a base da doca, permitindo uma mais fácil manutenção dos equipamentos deste tipo de navios, nomeadamente dos seus veios propulsores.

s expectativas que a equipa da ERA Setúbal ESTE tinha, aquando do início da Feira de Santiago, foram «completamente superadas». E nem foi «só pelo facto de termos vendido uma casa», admite um dos sócios gerentes, Nuno Ferreira, enquanto enaltece que «os contactos e as leads de novos clientes contribuem, muito, para este saldo extremamente positivo», da primeira participação da marca neste certame. Nuno Ferreira reconhece que «não contava celebrar um negócio em plena feira», mas ressalva que isso acontece porque «as pessoas reconhecem que

o nosso ADN é completamente diferente do de outras marcas». Diz o responsável que «o espirito de grupo, a formação e o cuidado que temos com quem trabalha connosco e para nós diferencia-nos dos demais. Há, na ERA Setúbal ESTE, uma preocupação com a pessoa que não se vê nas outras marcas», vinca. E se o investimento nesta primeira afirmação pública da marca na Feira de Sant’Iago foi grande, «no próximo será ainda maior», afiança Nuno Ferreira. «Atualmente pela dinâmica com que abordamos o mercado, somos claramente um Player de peso», conclui.

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Município de Setúbal Assembleia Municipal

EDITAL N.º 10/2018 ANDRÉ VALENTE MARTINS, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SETÚBAL: FAZ PÚBLICO, para efeitos do disposto do art.º 56.º, da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, que a Assembleia Municipal de Setúbal, em sessão extraordinária realizada em 27 de julho de 2018 deliberou o seguinte: 1.Aprovar a recomendação “Pela criação de um sistema de bicicletas partilhadas”, apresentada pela bancada do PAN. 2. Reprovar a recomendação “Saída de Setúbal da secção de municípios com atividade Taurina da Associação Nacional de Municípios Portugueses”, apresentada pela bancada do PAN. 3. Aprovar a recomendação “Por uma redução na utilização de plásticos”, apresentada pela bancada do PAN. 4. Aprovar a moção “Contra a precariedade laboral – Solidariedade com os estivadores no porto de Setúbal”, apresentada pela bancada do BE. 5. Reprovar a recomendação “Fim do acorrentamento da canídeos e felinos em Setúbal”, apresentada pela bancada do BE. 6. Aprovar o voto de pesar “Pelo falecimento de João Semedo”, apresentado pela bancada do BE. 7. Aprovar a Deliberação n.º 217/18 – Proposta n.º 55/2018 – DAFRH – Procedimento de contratação de empréstimo de médio e longo prazo – Orçamento 2018 – Proposta de adjudicação. 8. Aprovar a Deliberação n.º 218/18 – Proposta n.º 05/2018 – GAF – Acerto de verbas referente à área da limpeza de edifícios municipais. Contrato Interadministrativo entre a Câmara Municipal de Setúbal e a União de Freguesias de Setúbal – 2018-2021. Artigo 3.º “Limpeza de edifícios municipais existentes na União de Freguesias de Setúbal”. 9. Aprovar a Deliberação n.º 219/18 – Proposta n.º 06/2018 – GAF – Acordo de Parceria para a execução de obras com a Junta de Freguesia de Azeitão. Requalificação dos Largos – Aldeia da Piedade e Vila Fresca de Azeitão. Para constar se lavrou o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. Paços do Concelho de Setúbal, aos trinta dias do mês de julho do ano de dois mil e dezoito. O Presidente da Assembleia Municipal, André Valente Martins

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ara nós, o envelhecimento é uma conquista e não um problema social. Uma conquista da humanidade, que é demonstrativa das condições proporcionadas pelos países e políticas públicas às suas populações. Mas se uma maior longevidade é representativa do progresso e avanços civilizacionais das nações, também a natalidade deve constituir um objectivo importante para uma necessária renovação das gerações. O nosso país de acordo com os últimos censos apresenta um quadro de envelhecimento demográfico bastante acentuado, com uma população idosa (pessoas com 65 e mais anos) de 19,15% e um índice de longevidade de 79,20, apontando as projecções para 2020 para um aumento significativo deste índice, já que se prevê que as pessoas possam viver, em média, 81 anos. Também no Concelho do Seixal este grupo de pessoas aumentou, totalizando 24.433 indivíduos, seguindo a tendência nacional enquanto consequência da situação socioeconómica de Portugal, que fomenta a estagnação da taxa de natalidade e o aumento da emigração jovem devido às elevadas taxas de desemprego e à inexistência de uma política que fomente a produção nacional e que transforme Portugal num país competitivo e soberano. Considerando a previsão do INE, tudo aponta para que no Conce-

lho do Seixal existam, em 2020, 33.120 habitantes com mais de 65 anos. O Município do Seixal tem desenvolvido todos os esforços para se situar na linha da frente no diagnóstico e na resposta às questões do envelhecimento. Os mais recentes indicadores populacionais apontam para um avolumar da pirâmide etária, tendo a Autarquia investido ao longo de mais de quatro décadas na criação de uma rede de respostas sociais estendida a todo o território, indo quase sempre além daquelas que seriam as suas competências. Uma das últimas acções aconteceu no passado sábado, consistindo na atribuição pela Câmara Municipal do Seixal de um terreno à Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Fernão Ferro, para a construção de um Lar de Idosos, que terá valências de Centro de Dia, Serviço de Apoio Domiciliário e Estrutura Residencial para Pessoas Idosas. Há que referir que existe actualmente uma resposta bastante deficitária nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. No caso do Município do Seixal existem apenas 124 vagas na Rede Solidária para 24.433 idosos, o que corresponde a uma taxa de cobertura de apenas 0,51%, uma das baixas do país. Assim é preciso que o Governo priorize o apoio a esta população e às suas famílias, que necessitam de uma resposta

FIO DE PRUMO

Seixal na linha da frente no apoio aos mais idosos

SIGA O NOSSO CONCELHO

Voltas

JOAQUIM SANTOS PRESIDENTE DA C.M. DO SEIXAL

social que é da exclusiva responsabilidade do Estado Central. Temos preparado um conjunto de outros equipamentos prioritários, nomeadamente o Lar de Idosos de Corroios, de Pinhal de Frades ou do Casal do Marco. São 3 equipamentos que estão em condições de começar a ser construídos, se existirem linhas de financiamento para a sua concretização. Infelizmente, há vários anos que os governos, não só não constroem estes equipamentos, como também não apoiam as instituições que se disponibilizam a avançar. É sintomático o facto de os sucessivos governos não priorizarem esta área, tendo existido sempre financiamento para ajudar a banca, mas que tem faltado quando se procuram garantir as funções sociais do Estado. A Câmara Municipal do Seixal para alem das cedências de terrenos, imóveis municipais e construção de equipamentos sociais a todas as Associações de Reformados no Concelho, tem atribuído anualmente um plano de apoio para a realização de obras de conservação dos seus equipamentos, a que acrescem

outros apoios de âmbito financeiro, técnico, logístico e material, consoante as necessidades e solicitações das instituições. No caso da Associação de Reformados de Fernão Ferro, para além da cedência deste terreno com um valor de mais de 420 mil euros, esse apoio foi de cerca de 200 mil euros nos últimos oito anos, que possibilitaram alargar e melhorar o seu Centro de Dia, também construído de raiz pela Autarquia em 1995, sem qualquer apoio do Estado. Tendo em consideração que as funções sociais do Estado são insubstituíveis para garantir o direito a envelhecer com dignidade, o Município do Seixal reafirma a necessidade de investimento por parte do Governo para este sector da população, estando sempre disponível para apoiar como aconteceu com o Lar de Idosos do Seixal ou a Unidade de Cuidados Continuados de Amora. Ter uma maior longevidade é uma vitória e uma oportunidade de potenciar os contributos das pessoas mais velhas. Cabe aos poderes públicos e suas políticas possibilitar que seja uma realidade.

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nal, particularmente quando há princípios e valores relevantes com História de mais de um século. Para liderar instituições há um valor que deve estar sempre acima de tudo, é o caráter com humildade. A coragem dos líderes mede-se ao fim de trabalho feito e são sempre facilmente criticados quando as situações não são em sinal de poder ou vitória final. Quantos e bons líderes ficam encolhidos porque diversos fatores influenciaram a recuar, da nossa parte assumimos os compromissos e a coerência de princípios mantendo sempre a disponibilidade no serviço dos valores institucionais em que acreditamos.

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ciclismo sempre teve tradição no distrito de Setúbal e – deixem-me ser vaidoso pois sou um dos fundadores da ACDS-Associação de Ciclismo do Distrito de Setúbal, onde comecei como secretário e despedi-me como presidente da assembleia geral – este ano aqui teve, pela primeira vez o prólogo na cidade do Sado, depois de já por aqui ter tido dezasseis finais de etapa. A cidade soube receber, e logo de seguida a «Volta» foi para Alcácer do Sal com partida da primeira etapa em linha com destino ao Algarve, zona donde estava ausente há uma década, trazendo para a estrada milhares de adeptos e isto acontece não só por não se pagar ingresso, mas porque o povo gosta mesmo da modalidade. Mas o dia-a-dia não se faz só deste tipo de competições, pois quem governa considera que as belezas naturais também devem ser promovidas e as praias e a serra, assim como a gastronomia merecem atenção e empresários e população vão fazendo o melhor que podem e sabem para atrair nacionais e estrangeiros.

mas tudo se irá remediar, ou não fossemos nós, os portugueses, os grandes mestres na arte do desenrasca.

Humildade em espírito de missão

odos os que sentem e vivem o serviço à causa pública em prol da sociedade, são cidadãos que se expõem facilmente ao escrutínio popular e sujeitos às verdades e às falsidades. Muitas das vezes e na atualidade há uma enorme facilidade em fazer um escrutínio popular pelas redes sociais sem conhecermos as pessoas diretamente. Uma liderança faz-se de decisões sabendo interpretar sinais, no entanto o sucesso das lideranças ocorre pelas equipas que acompanham e pela determinação em certos momentos difíceis. Nunca nos negamos a pensar e agir de forma livre e em consciência do coletivo institucio-

JORGE SANTOS JORNALISTA

OPINIÃO

ESPAÇO ABERTO E LIVRE ZEFERINO BOAL CONSULTOR

Sabemos nos momentos adequados possuir a determinação das decisões que nem sempre são as mais agradáveis, no entanto o todo é mais importante que as partes em somatório. Não estamos preocupados com os egoístas e maldizentes porque esses nunca terão coragem em assumir compromissos de liderança. Por outro lado, os melhores projetos resultam das salutares

convergências de esforços na frontalidade em divergências que com diálogo permitem convergir e consolidar ideias e projetos. O Sporting Clube de Portugal exige unidade, humildade em servir e agregação de esforços. Por nós, continuamos a acreditar no Sporting porque temos cultura desportiva e sabedoria respeitando experiências e a História fundacional do clube.

E, mesmo tendo em atenção de que nem tudo corre como desejamos, depois de um início de Verão menos simpático, eis que Agosto nasce em escaldão, contrariando o velho ditado que nos “explica” que “Primeiro de Agosto, primeiro de Inverno” mas tudo se irá remediar, ou não fossemos nós, os portugueses, os grandes mestres na arte do desenrasca. Vamos, pois, esperar e acreditar que a «Volta» correrá bem e que possamos ir criando condições para umas horas de praia ou outra forma de ocupar os dias, tenhamos ou não férias. Acreditemos que nem tudo será oportunismo.

Diretor Raul Tavares | Redação Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Eloísa Silva, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida – coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 | Concessão Produto Maiscom, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt; Semmaisjornal@gmail.com. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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