16 anos
Distribuído com o
A REGIÃO
SOMOS TODOS
NÓS
edição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais
VENDA INTERDITA Sábado | 13 setembro 2014
Diretor: Raul Tavares semanário — edição n.º 825 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbal
www.semmaisjornal.com
Cultura 13
Atual 4
Negócios 14
Animateatro estreia espetáculo infantil no Cinema S. Vicente em Paio Pires
Alerta vermelho para defender abutres que nidificam na região
Insolvências em queda no distrito contrariam drama dos últimos anos
POLÍTICA
Festa do Avante avança 7 hectares até à Baia do Seixal A Festa do Avante vai ganhar 7 hectares de novos terrenos, expandindo a zona até à beira-rio. A aquisição vai custar ao partido cerca de 950 mil euros.
Nova líder do PS distrital confortável para congresso A nova líder distrital do PS, Ana Catarina Mendes, parte para o congresso do dia 20, em Sines, com algum conforto no número de delegados. PÁG. 7
Segurança Social 'força' 97 IPSS's do distrito a devolver
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milhão de euros
As verbas a repôr dizem respeito aos anos de 2006 a 2008 e são resultado da discrepância entre os valores que foram pagos às instituições e o número de utentes que beneficiaram dos serviços. As IPSS's em causa receiam uma hecatombe financeira. Mas há negociações em curso para um desfecho equilibrado e sem grande mossa.
ATUAL PÁG. 2
Gonçalo Cruz na Finlândia sonha chegar à seleção
Fotos: DR
DESPORTO O jovem futebolista de 21 anos, natural de Setúbal, está em grande no campeonato finlandês, onde já foi campeão ao serviço do "Peimari United". Gostava de regressar e até sonha chegar com a seleção nacional.
PÁG. 15
Alcácer quer Centro para o pinheiro manso e pinhão NEGÓCIOS A proposta foi esta semana apresentada oficialmente por Vitor Proença à tutela, durante uma reunião no ministério da Agricultura. A ideia é potenciar uma zona em que estas duas atividades têm um grande peso e importância. PÁG. 14
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Sábado • 13 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com
ABERTURA Centro Distrital da Segurança Social disposta a ‘negociar’ reposição de verbas recebidas indevidamente
97 IPSS’s do distrito com exigência de devolverem um milhão de euros A Segurança Social de Setúbal quer reaver cerca de um milhão de euros que 97 instituições de solidariedade social do distrito terão recebido indevidamente, entre 2006 e 2008. A concretizar-se seria uma «hecatombe» financeira. Já há negociações em curso. volução que haviam sido exigidos. Foi uma guerra que a anterior diretora não quis comprar, ou estaria a oventa e sete instituições de estudar forma de o ultrapassar e desolidariedade social do distrito pois foi substituída no cargo», afirde Setúbal foram oficiadas no mou outra das fontes contatadas pelo final de Agosto pelo Centro Distrital de Semmais. «Agora a bomba caiu em Setúbal da Segurança Social (CDSSS) cima de todos», acrescenta. para devolverem verbas consideradas E parece haver casos de dúvida indevidas, recebidas entre 2006 e 2008, maior, nomeadamente com instituições que nem sequer fazem «a relativas às frequências de utentes Na maior parte gestão de vagas», como é o Centro nas diversas entidades. dos casos está em causa o número de A decisão da Segurança Social, Jovem Tabor (CJT). «Essa gestão é utentes nos jardinsrecuperando um processo de ‘repoda responsabilidade da Segurança -de-infância sição das verbas’ iniciado ainda em Social pelo que não adequado pe2008, sob a vigência da annalizar a instituição pelo terior diretora Fátima Lofacto de não terem sido do» para a resolução do conflito. «É ponsável pela UDIPSS, «há-que ter Risco de preenchidas as vagas», em atenção que muitas destas inspes, apanhou «completaevidente que tratando-se de verbas prescrição terá acelerado mente desprevenidos» os explica ao Semmais Pauque já foram recebidas e gastas, a tituições estão a passar por enormes medida do CDSSS lo Lourenço, presidente responsáveis das instituisua reposição acarreta enormes didificuldades, com ordenados em atrações e chegou mesmo a do CJT. O mesmo responficuldades às instituições, acresciso aos seus colaboradores e com dí«lançar o pânico», uma vez que a tosável, afirma mesmo não haver redas das dificuldades naturais que devidas a fornecedores por liquidar. talidade dos acertos atinge cerca de gisto da sua instituição ter correm da falta de meios Seria mais uma forte machadada no um milhão de euros. «A concretizar«recusado qualquer pedas famílias para pagarem equilíbrio financeiro destas IPSSs». UDIPSS exige dido de admissão de jo-se a decisão estaremos a falar de um as mensalidades dos seus O impasse vai agora ser gerido desfecho justo e pede acerto de nos próximos dias e numa corrida profundo rombo nas finanças da maior vens proposto pela segufilhos», disse ao Semmais. contas parte destas entidades, algumas das rança social, mesmo para Florindo Paleotes afircontra o tempo. A última reunião enquais ficarão sem capacidade de paas situações de emergênma mesmo que «nenhutre as partes (ver caixa nesta página), ma instituição, nem nenhum dirigar vencimentos e compromissos cia e de carácter temporário», pelo não foi conclusiva quanto à suspengente se manifestou contra a repocom fornecedores», disse ao Semque pede «a revogação da decisão são dos prazos estabelecidos pelo CRmais um dirigente de um centro sode reposição de verbas». sição das verbas». Mas, adverte: «Tudo SSS. «Houve abertura para muitas das cial a braços com o problema. Chamado ao ‘furação’ da polétem que ser visto caso a caso, pornossas situações, mas temos apenas que muitas delas também são creNa origem do diferendo, segunmica, Florindo Paleotes, presidente pouco mais de dez dias para apredo documentos a que o Semmais da União Distrital das Instituições doras de verbas, o que implica acersentar documentos e renegociar, caso teve acesso, está o ‘controlo de frede Solidariedade Social (UDIPSS), tos entre o ‘deve e o haver’». a caso, todas as situações pendenquências dos utentes’ que detetou, acredita num «desfecho equilibraPor outro lado, sublinha o restes», conclui Florindo Paleotes. nos períodos em causa, «discrepâncias» entre os valores que são pagos às instituições e o número real de beneficiários dos serviços, com forte pendência nos jardins-de-infância, no quadro das comparticipações Uma das formas de ultrapassar o diferendo foi esbotor social, nomeadamente a indicação ‘mais precisa e discriminada’ das verbas por instituição e que as dos acordos de cooperação entre o çada esta segunda-feira, numa reunião ocorrida enEstado e as instituições. tre a direção da UDIPSS e a diretora do CDSSS, Ana mesmas ‘não sejam consideradas dívidas ou incumO facto de só agora, em 2014, os Clara Birrento, durante a qual foi criado um grupo de primento, mas antes erros de processamento’. responsáveis da Segurança Social trabalho composto por representantes do Centro DisOs responsáveis das IPSS’s em causa pretendem terem determinado a reposição das trital de Setúbal da Segurança Social, União Distrital também que as instituições sejam convocadas indiverbas referentes a um período tão das IPSS de Setúbal, União das Misericórdias de Sevidualmente para acerto de contas e aferida a sua cadistante (2006/2008) terá ficado a túbal e União das Mutualidades de Setúbal. pacidade financeira para satisfazer as obrigações asAna Clara Birrento, com quem o Semmais não dever-se ao risco de prescrição. «Esta sumidas. E, neste sentido, que no acerto de contas seconseguiu contatar até ao fecho desta edição, terá situação arrastou-se porque muijam calculadas as verbas reclamadas pelas IPSS’s e tas das instituições em causa não ou eventuais erros de decomposição financeira. aceite a maior parte das medidas propostas pelo seconcordam com os valores de deRaul Tavares
DR
N
Reunião com Ana Clara Birrento reabre ‘negociação’
IPSS’s sem «má gestão» reclamam verbas do ministério da Educação O presidente da direção da UDIPSS, Florindo Paleotes, afirma que as dificuldades financeiras das instituições sociais do distrito «não é resultado de má gestão», mas sim da situação económica que o país está a viver, com famílias sem posses para colocar as suas crianças nos jardins-de-infância ou pagar as respetivas mensalidades. «Sobretudo na área da infância é isto que se passa e não podemos agir como empresas privadas colocando meninos na rua ou despedindo funcionários de um momento para o outro», aduz o dirigente. E alerta para o facto de o ministério da Educação não pagar desde Setembro de 2012 as verbas da compensação financeira do pré-escolar às instituições.
Ficha técnica Diretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
ESPAÇO PÚBLICO
Sábado • 13 setembro 2014 • www.semmaisjornal.com
EDITORIAL
Raul Tavares
Tiros no pé
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que poderia ser uma lição de vanguardismo político, com a introdução no sistema partidário das ‘primárias’, está a tornar-se num desastre. Não discuto as razões que levaram Costa a avançar contra a ordem estatutária em nome da sua ‘tomada de consciência’, nem o constante ‘choro’ de Seguro, agora que não há tempo para arrepiar caminho. Mas sei que o PS está lançado numa profunda crise interna, com efeitos nefastos na necessidade que os portugueses têm de se reverem numa verdadeira alternativa. Sobretudo quando na procura de divergências, os dois candidatos se atropelam dando força a possibilidade de ressuscitarem Passos Coelho. Se Seguro ganhar, como irão os portugueses olhar para as suas ’80 medidas’ enxovalhadas por Costa?. E se Costa ganhar, como vão os eleitores credibilizar um candidato que, segundo o seu camarada Seguro, vê a política e a missão pública apenas da varanda da câmara de Lisboa?
Gato escondido com o rabo de fora
P
or muito que queiramos acreditar que melhores dias virão ao nível do emprego e que não será necessário emigrarmos para procurarmos um futuro melhor, temos de admitir que não existem alternativas credíveis em solo lusitano. Quando se percebe que se chegou ao limite da incapacidade de assegurarmos os nossos compromissos para com terceiros e formos “encostados à parede”, aí sim, tomamos a verdadeira consciência que estamos num beco sem saída. Com trinta e quatro anos de trabalho e de descontos para um sistema de protecção social, os quais pensava que constituíram uma reforma depois de uma vida de trabalho, tomei a consciência que o Estado Português não teve a capacidade de gerir as poupanças dos contribuintes e que não existem quaisquer garantias de protecção para os descontos que hoje são feitos e para os venham a ser efetuados nas próximas décadas. É preciso termos bem presente que a redução da população ativa será uma tendência nas próximas décadas e que não demorará muito o dia em que o Estado transforme os cortes tempo-
Avante
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ão os velhos e os novos e os gordos e os magro - e os rapazes em tronco nu e as raparigas deitadas ao sol. A dada altura cheira a comida (cheiro a comida a sério: um fumo espesso de qualquer coisa na grelha) e os transeuntes chegam-se às barracas de iguarias várias, de vários pontos do País e do Mundo. Faz-se a bicha do pré-pagamento e - Obrigado, camarada! acompanhado de um sorriso. Duas palavras que são uma espécie de senha válida na Quinta da Atalaia. E há algo de jogo, no sentido que damos em teatro a esta palavra,
Rodrigo Francisco Diretor da CTA roubada ao francês jouer: representar, brincar, jogar. To play, saxonicamente falando. Há algo de jogar a um Mundo diferente, naquele recinto, durante aqueles três dias, durante os quais o teatro se mistura com a música, os colóquios e a dança; e o folclore com as exposições e os livros; e a chanfana com a Telepizza, que também a há, infelizmente. É Portugal que está ali.
Parem de inventar!
rários das pensões em carater definitivo e se chegue à conclusão que as reformas a auferir representem menos de metade do valor do vencimento que auferíamos enquanto fizemos parte da população ativa. Em concreto, o que estamos a falar é do empobrecimento da população portuguesa, da redução do poder de compra, do desmantelamento do Estado Social e do fim de um sistema de protecção social que protege os mais carenciados; em termos práticos, sem qualquer margem de dúvida, Portugal na próxima década recuará o nível de vida dos Portugueses aos níveis dos anos 60. A matéria da sustentabilidade da segurança social está clara quando se sabe que nas próximas décadas, Portugal estará sujeito a declínio populacional e que existirão alterações significativas ao nível da estrutura etária da população, sendo o resultado um forte envelhecimento demográfico, prevendo-se que o índice de sustentabilidade potencial passe de 340 para 149 pessoas em idade ativa por cada 100 idosos. Não obstante os indicadores constituírem projecções demográficas, não
deixa de ser um facto que as previsões feitas em 2002 (há doze anos) na Segunda Assembleia Mundial do Envelhecimento se concretizaram nos censos de 2011. Se tivéssemos estado atentos às políticas sociais na última década em matéria de medidas destinadas à redução da tendência do envelhecimento, ao concluirmos que nos últimos dez anos o número de indivíduos em idade activa por idoso reduziu 21%, que o índice de dependência dos idosos aumentou 25% e a o envelhecimento da população portuguesa aumentou 35%, não teríamos quaisquer dúvidas sobre o que nos espera o futuro. Por isso, são poucas as alternativas que nos restam, sendo que, aquelas que existem em Portugal estão mais do que identificadas e só não as vê, quem efectivamente está habituado a empurrar os problemas para as novas gerações.
Um País e umas pessoas muito diferentes do eixo Chiado / Príncipe Real que vendemos aos turistas. É gente de trabalho, gente das listas de espera dos hospitais públicos, dos centros de emprego, dos transportes colectivos. “Não há festa como esta”. Pois não. Faltam acentos nalguns cartazes? Faltam. As casas de banho são confortáveis? Nem por sombras. E pó (ou lama) a mais, existe? Com certeza. Mas que importa? - Obrigado, camarada! - Obrigado… E à terceira ou quarta vez lá nos habituamos a tratar na segunda pessoa uma senhora que podia ser nossa avó; lá passamos a achar normal encontrar uma vereadora a vender ca-
fés; lá nos esquecemos de que não há pressas, de que não é caro, porque há-de haver alguém a sorrir-nos algures - Obrigado, camarada! E este ano choveu mas “a chuva fascista não molha comunista”, como nos explicou com bonomia alguém que recebia as gotas de água na cara e fumava um cigarro (pode-se fumar, é verdade). E vem-se da Festa do Avante! a pensar em como seria o Mundo se fosse apenas feito de lona, madeira e ferros de andaime. Se pudesse ser construído, voluntariamente, por pessoas para quem o prazer e a diversão não colocam de parte a reflexão, a fraternidade e o amor pela Arte. O que seria de uma Festa que não fosse só três dias?Até para o ano, camaradas!
Paulo G. Lourenço Investigador Social
Estranha forma de vida. Cinco contributos
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m. Política e espiritismo. Um dos maiores partidos portugueses vai eleger o seu candidato a primeiro-ministro. Dois políticos com ideias assaz contrastantes (assim de repente não me lembro de qualquer diferença substantiva ou mesmo adjetiva entre eles) disputam o cargo que pode vir a ser um cargo. Tudo bem e tudo dentro da normalidade. Não fosse a súbita e inesperada intervenção do “divino”. Mortos foram “vistos” a pagar quotas e a tentar votar. Será, afinal, a morte uma presença tendencialmente crescente na vida partidária? Estranha forma de vida (ou de morte). Dois. Banca e fundo de colchão Os bancos e os banqueiros sempre foram sinónimos de confiança. Reputação, boa, era com eles. Da sua fortaleza de credibilidade davam li-
Jorge Humberto Silva Turismo Semmais ções a meio país. Tudo neles, da gravata ao fato passando pela pose, remetia para a confiança. E assim, a custo, lá deixámos o fundo do colchão e passámos a ter uma conta no banco. Confiantes naquele ar sério dos banqueiros. Quanto mais sisudos mais credíveis. De repente, “e não mais do que de repente”, nada era o que parecia. Afinal o dinheiro (o nosso) fazia longas viagens a caminho de offshores: paraísos fiscais
que afinal eram infernos reais. E nessas viagens, afinal, muito desse dinheiro simplesmente desapareceu. Onde estará? Estranha forma de vida. Três. Impostos e limites O primeiro-ministro, também de outro dos maiores partidos portugueses, foi eleito com base na palavra “baixa”. Baixa de impostos, baixa de sacrifícios, baixa da austeridade. Depois transformou, qual alquimista da política, a baixa em alta. Alta de tudo o que prometeu baixar. Será que com tantos impostos, taxas e coimas diversas ainda vale a pena investir? Estranha forma de vida (ou de economia). Quatro. Educação A educação é o que nos resta para sermos alguém como país e como projeto de sociedade. Eu sei que parece um lugar-comum. Mas sem essa
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educação nunca seremos mais sofisticados, mais cultos, mais complexos e mais capazes. Em linguagem de economês: mais competitivos. Por isso investir em educação nunca é uma despesa. É sempre um olhar sobre o longo prazo. O tal prazo que é já amanhã. Estranha forma de vida. Cinco. Fado e futebol Eis as duas “coisas” que nunca falham. Novos fadistas a cantarem temas velhos. E, um simulacro de campeonato onde sempre os mesmos discutem quem ganha. O fado e o futebol são assim a imagem de um país onde pouco muda a não ser a esperança num qualquer dom Sebastião. Quando o verdadeiro dom Sebastião somos nós, cada um de nós: os cidadãos. Estranha forma de vida.
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epois de vários anos de austeridade na Europa e de aplicação de uma doutrina económica apadrinhada e incentivada pelo governo alemão que, mais não foi, do que, um processo de transferência do valor do trabalho para o mercado de capitais. Eis-nos chegados ao discurso de Mário Draghi em Jackson Hole. O discurso do Governador do BCE não teria qualquer impacto, não fora o clamoroso falhanço verificado pelas políticas seguidas pelos Governos europeus, que optaram pela “germanização” das suas economias. As restrições orçamentais implementadas provocaram uma queda no investimento e por conseguinte um aumento do desemprego. Por outro lado, a competitividade conquistada, como no caso português (subida de 15 lugares no ranking) deve-se á desvalorização salarial e á precarização dos vínculos laborais. O resultado são os sinais preocupantes da catástrofe social. Batem-se recordes no endividamento das famílias, na redução de respostas do Estado; na saúde; na educação e nos apoios sociais para os mais vulneráveis. Mas também na venda de empresas em setores estratégicos ou no enorme aumento da carga fiscal. Enfim, um rol de sintomas da degradação social e económica sem fim á vista. A competitividade ganha será efémera no tempo. Este avanço na competitividade não resulta de nenhuma reforma no processo produtivo em Portugal nem de transformações no modelo económico. A confirmá-lo, está o aumento do consumo, causado pelas decisões do tribunal constitucional na reposição de salários e pensões, que fez subir de imediato as importações. Este ganho de competitividade resulta apenas do desequilíbrio social. Os números do desemprego que dão conta de uma queda no último ano, não resultam do crescimento económico que permanece minguado, nem do parco investimento privado. A prazo, a competitividade conquistada superficialmente, tenderá a recuar, dado o desinvestimento nas qualificações dos portugueses e na economia. Doravante, Portugal poderá deixar de ser fornecedor de mão-de-obra qualificada para a Europa (exemplos dos engenheiros para a Alemanha ou dos enfermeiros para Inglaterra) o que fará disparar o desemprego novamente. De futuro, o Estado não poderá absorver mais desempregados ao abrigo de programas criados, como os contratos emprego inserção, na tentativa de forçar uma redução artificial do desemprego. Está na hora de parar de inventar. Só existe uma de duas opções. Ou Portugal enfrenta a sua realidade e contribui na Europa para o caminho do investimento e da flexibilidade orçamental defendido por Mário Draghi ou; permanece na agonia da austeridade, aliviando o garrote orçamental apenas quando se aproximam atos eleitorais. A escolha é política, sempre foi. Manuel Fernandes Membro do Partido Socialista
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ATUAL O medicamento que está a envenenar a espécie já causou o desaparecimento de 99% dos abutres no sul da Ásia
Alerta vermelho para defender abutres que nidificam nos campos do região A SPEA quer preservar a espécie que exerce um papel importante nos campos do Litoral Alentejano. A grande ameaça é o uso pelos veterinários do diclofenac, um anti-inflamatório capaz de envenenar os abutres.
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abutre-preto, que continua a nidificar nos campos da região – sobretudo entre os concelhos do Litoral Alentejanos – está entre as espécies que a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) quer preservar. Esta estrutura revela que até final deste ano tem em marcha uma campanha que visa chamar a atenção para o envenenamento destas aves, através do uso do medicamento veterinário (diclofenac), alertando que tal procedimento «coloca em risco a sua conservação». Neste sentido, as organizações ambientais portuguesas vão avançar com a consciencia-
lização das pessoas dos perigos que afetam estas espécies. «Este ano procura-se alertar para a utilização excessiva do diclofenac veterinário,
uma substância anti-inflamatória utilizada para tratar o gado e que é extremamente tóxica para os abutres, causando a sua morte por falên-
cia renal», sublinha a SPEA, para quem a utilização do diclofenac veterinário já causou o desaparecimento de 99% dos abutres no sul da Ásia. A SPEA diz que a utilização do diclofenac está a espalhar-se pela Europa, onde existem qua-
tro espécies de abutres. Em Portugal existem três espécies, o britango, em perigo de extinção, o grifo, quase ameaço e o abutre-preto, criticamente em perigo, sendo o mais conhecido no distrito, embora também os outros dois estejam entre as espécies que podem ser encontradas em regiões remotas do interior, junto à fronteira, e têm uma importante função sanitária nos ecossistemas. «Estas aves limpam os campos de cadáveres de animais selvagens e domésticos, de um modo rápido e eficiente, e a custo zero», sublinha a SPEA, acrescentando que estudos recentes demonstram que as grandes águias também sofrem do envenenamento
pelo diclofenac. Em 2011 a Liga para a Proteção da Natureza (LPN) e o Centro de Estudos de Avifauna Ibérica colocaram em marcha um projeto destinado a preservar habitats que procura melhorar as condições de reprodução do abutre-preto. A ideia é recuperar, o máximo possível, o habitat mediterrânico com condições de sobrevivência para o abutre-preto, que já foi comum nos «céus» do distrito, sobretudo até à década de 50. Porém, o abate de florestas para dar lugar às campanhas de trigo retirou-lhe espaço. O declínio da população acentuou-se nos anos 60, extinguindo-se mesmo como ave reprodutora no território nacional. Roberto Dores Pub.
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Mau tempo estraga fim de férias nas praias da região
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torce o nariz ao «dia desagradável», caso de Ana Góis, que prefere subir o passadiço e abrigar-se no café em frente. «Isto só está para se estar em casa» comentava. Os comerciantes de Sesimbra e Costa de Caparica lamentam que São Pedro não esteja a ajudar. «Terça-feira ainda valeu a pena e até alugámos uns 15 toldos, mas hoje isto está despachado. Deve ser o fim da época balnear», admitia Pedro Pólvora, proprietário do Zegre Bar, garantindo que o mau tempo vai canalizar o pensamento das pessoas para outras prioridades. «É tempo de preparar o regresso às aulas. Temos muitos anos disto e sempre assim. Se houvesse sol, as pessoas ainda queriam praia até ao fim-de-semana, mas assim já cá não vêm», confirmava José Lopes, dono de uma papelaria na Costa, enquanto o vizinho do restaurante ao lado, se queixa de só ter as praias com areia no fim do Verão. «Agora é que isto podia animar mais um bocado para compensar o Julho e o Agosto, mas eta chuva estragou o negócio», lamentava Raul Reis ao Semmais. Roberto Dores
O presidente da Câmara de Santiago presente na apresentação do evento
O IMAGINÁRIO medieval, com representações de rua que apelem à interactividade com o público, em manifestações espontâneas será a maior aposta da iniciativa “Alvalade Medieval”, que decorre durante o fim-de-semana de 17 a 19. Centenas de trajados prometem animar qualquer esquina a qualquer hora, de forma a «sair um pouco da agenda de eventos definida», assume Lénia Machado, da Comissão de Festas. Um novo espaço completamente dedicado a atividades com crianças, na Rua de Lisboa, ou o espetáculo equestre com recurso ao imaginário fantástico cardo-medievo, que terá lugar na noite de sábado, são outras das novidades do evento este ano. «A ansiedade sentida no contacto com a população é já muito grande», frisa André Moz Caldas, presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, para quem a componente do
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raias vazias com areais tomados Muitos esperavam um de assalto pelo frio, vento e setembro com mais chuva. O mar com uma onducalor e agendaram lação pouco convidativa, mesmo à prática de desportos náuticos e férias. Praias desertas até as gaivotas em terra anunciam e muitas queixas que o tempo não está para banhos. dos comerciantes. Eis o cenário que se encontra pela É um fim de verão costa do distrito. Havia esperança desastroso de que Setembro reservasse bom tempo para ajudar a “camuflar” um Verão “meio chocho”. Mas não. E bora, depois de almoço», dizia Céa escola está já aí. lia Quintas, moradora em Beja, an«Vamos mas é começar a pretecipando em dois dias o regresparar o regresso dos miúdos às auso a casa. «Ainda acreditámos que las. O projeto era ficar uma semaíamos ter sorte, como aconteceu na em Sesimbra, porque a meteono ano passado. Mas este ano não rologia admitia bons dias de praia, valeu a pena. Chegámos domingo e ainda aproveitámos alguma mas isto não vale a pena», admitia Vasco Flores, preparado para recoisa, mas agora acabou», diz esta gressar a Mafra com a mãe acompanhada de Nadadores-salmulher e dois filhos, na três filhos, que ainda vão vadores falam quarta-feira pela manhã. pôr os pés na areia da de um ‘verão «As crianças estão praia da Califórnia uma horribilis’ tristes, porque devíamos derradeira vez. ficar até sábado mas isto parece Só alguns nadadores salvadoinverno e, assim, não vamos estar res, sem trabalho, ousam dar uns mergulhos. Ainda assim, a maioa gastar mais dinheiro em hotel», ria está de camisola vestida e oulamentava, sendo apenas um dos exemplos de famílias que deciditros optam por se enrolar em manram abandonar as praias da região tas. «Este ano quase não deu para mais cedo. o bronze», ironiza um dos banhei«Nós também vamos hoje emros. Mesmo quem passeia pela praia
Novidades na “Alvalade medieval” preparam imaginário arrojado
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Chuvas de setembro afastam turistas de última hora
Praia da Califórnia, em Sesimbra, apresentava, terça-feira, este cenário desolador
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RESTAURANTE ● SETÚBAL ● PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE, 138
960 331 167
envolvimento da população na montagem do Certame apenas se assemelha à “Festa do Avante”. Numa altura em que a auto sustentabilidade se impõem para qualquer evento, a “Alvalade Medieval” angariou receitas que vão cobrir os 50 mil euros no orçamento, comparticipado com 7,5 mil euros da Câmara de Santiago do Cacém. «As coletividades da freguesia, encarregues da vertente alimentar na feira, aproveitam para angariar verbas para eventos futuros», afirma Lénia Machado. E a espectativa em receber cerca de 15 mil visitantes apenas não é maior, de acordo com Álvaro Beijinha, presidente da autarquia de Santiago do Cacém, «porque não há maior capacidade de alojamento em Alvalade». E o edil acrescenta: «Este é definitivamente um dos maiores eventos do Alentejo Litoral». Rogério Matos Pub.
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POLÍTICA
Festa do Avante ganha 7 hectares e vai chegar à beira da baía do Seixal
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anúncio foi feito com pompa e circunstancia logo a abrir a Festa do Avante! pelo próprio secretário-geral comunista. O PCP garantiu a compra de sete hectares da Quinta do Cabo da Marinha, contígua à Quinta da Atalaia, na Amora, por cerca de 950 mil euros. Em breve arranca uma campanha de angariação de fundos «porque é preciso assegurar o pagamento completo», registou Jerónimo de Sousa. Os comunistas querem que o Avante se estenda até à baía do Seixal já em 2015. A boa nova teve honras de comício, com Jerónimo a justificar o investimento com o facto de surgido «finalmente a oportunidade, que não podíamos desperdiçar. De concretizar essa aspiração de adquirir
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Acabou por ser a grande novidade do ‘Avante’ deste ano, fora os discursos políticos que ‘puxam’ pela militância. Os novos terrenos vão ser aquiridos por 950 mil euros.
Mais uma vez a Quinta da Atalaia encheu-se de ‘amantes’ da Festa
a Quinta do Cabo da Marinha, com um enquadramento paisagístico de grande qualidade, arvoredo e espaço aberto, que permitirá aumentar em mais de um terço o espaço disponível para a festa”, explicou aos milhares de seguidores. Coube ao dirigente do PCP Alexandre Araújo explicar que a campanha de angariação de fundos deverá começar no mês de Outubro, com o objetivo de se conseguir saldar a dívida de 950 mil euros até à Festa do Avante do próximo ano. Isto depois de Jeróni-
mo de Sousa já ter exortado “militantes e amigos do partido, amigos da Festa do Avante, democratas e patriotas” para que colaborem na campanha, em nome de «uma festa ainda maior e melhor». Foi ainda tempo do secretário-geral comunista recordar ainda o líder histórico, quando há 25 anos coube a Álvaro Cunhal anunciar, citando as suas críticas de então sobre «o jogo indigno de Governos e outras entidades de cederem temporariamente terrenos abandonados, cheios de mato e
pedras, com a esperança de nos verem afundar-nos neles». Política à parte, a animação voltou a invadir a Atalaia ao longo de três dias e nem chuva que ameaçou sempre estragar alguns planos fez esmorecer os milhares largos de pessoas, que enchiam as tendas de comes e bebes e as imediações do palco principal. Apareceram muitas famílias e grupos de amigos. No sábado, depois de um início de tarde calmo, era, 16.30 quando uma espécie de toque invisível chamou milhares de pessoas. Subiam ao palco os portugueses Diabo na Cruz. No comício final, já em jeito de «até para o ano», Jerónimo de Sousa revelou que o ano político vai ser intenso, anunciando o lançamento de uma ação nacional, visando uma «política e um Governo patrióticos e de esquerda», assente na renegociação da dívida, eventual abandono da moeda única e outros instrumentos e ferramentas comunitários. “’A Força Do Povo, Por Um Portugal Com Futuro - Uma Política E Um Governo Patrióticos E De Esquerda’ é o lema de uma ação de afirmação política que o PCP lançará já a partir de Setembro”, disse.
As Eleições na Federação do PS
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ealizaram-se nos dias 5 e 6 do corrente mês de setembro as eleições para as federações do PS. Estas eleições foram marcadas pela direção nacional após a fixação da data das primárias para a escolha de candidatos do PS a Primeiro-ministro que, como se sabe, ocorrerão a 28 de Setembro. Tudo indicava que em princípio as eleições internas para as federações ocorreriam só após as próximas eleições legislativas uma vez que, face aos estatutos em vigor, propostos pela atual direção, elas deverão de novo ocorrer nessa altura. Do meu ponto de vista a atual direção do PS partiu do princípio que teria vantagem em realizar os atos eleitorais internos antes das primárias e não hesitou em marcá-las contra a opinião da esmagadora maioria das federações. Enganou-se. Os (as) candidatos (as) e as listas de delegados apoiantes de António Costa obtiveram maior número de federações do que os apoiantes de António José Seguro. A direção nacional ao reconhecer o óbvio veio entretanto invocar que foi maior o número de eleitores apoian-
tes de António José Seguro. Não é exato uma vez que contabilizou como votantes nas listas de apoio ao Secretário-geral os eleitores das federações onde, por acordo entre apoiantes dos dois candidatos a Primeiro-ministro houve apenas uma única lista e um único candidato, como foram os casos dos distritos do Porto, de Vila Real e da Guarda, por exemplo. Essa situação será totalmente clarificada, como se verá no dia 28 de Setembro próximo no apoio significativo a António Costa. Como é sabido apoiei António Costa desde a primeira hora a candidato a Primeiro-ministro a apresentar pelo PS e apoiá-lo-ei de seguida na candidatura que seguramente vai apresentar a Secretário Geral do PS. Fui também apoiante de Ana Catarina Mendes a candidata a presidente da federação do PS do Distrito de Setúbal. Nunca duvidei que fosse eleita, como acabou por ser e dei-lhe toda a colaboração militante para que isso ocorresse. Tornei públicas com clareza as razões porque o fazia. Não me poderia resignar que o PS tivesse tido um resultado tão fortemente negativo no distrito de Setúbal nas ultimas autárquicas apesar do esforço dos militantes em contra ciclo com
o que ocorreu a nível nacional, onde o PS alcançou o maior número de câmaras municipais. É útil termos presente que o PCP, que perdeu 21.000 votos no distrito reconquistou ao PS as Câmaras de Alcácer do Sal e Grândola e reforçou de forma expressiva a maioria absoluta em Setúbal. Sines foi nas últimas autárquicas uma muita agradável conquista para o PS e os militantes deste concelho, que tanto se bateram por isso merecem reconhecimento. Sabendo-se que o PS já dirigiu em momentos diferentes a maioria das Câmaras Municipais do distrito de Setúbal, no caso Alcochete, Alcácer do Sal, Barreiro, Grândola, Montijo, Sesimbra, Setúbal e Sines, é óbvio que a maioria dos eleitores não está com o PCP como se demostra com o fato do PS ser também nos últimos atos eleitorais o partido mais votado nas eleições legislativas, o que atrás ocorreu também nos últimos anos em que a direita foi maioritária no país e por isso formou o atual governo. Sendo isso certo e sendo também certo que nenhum partido da direita dirigiu após o 25 de Abril qualquer Câmara Municipal no distrito de Setúbal, o PS tem todas as condições para se reforçar no distrito.
Vítor Ramalho Advogado Esse reforço depende muito das estruturas locais, da sua organização, da relação de credibilização que importa por isso aprofundar. O momento é pois de se preparar o futuro para esse objetivo. Passadas as eleições federativas importa que todos os militantes tenham a consciência que em eleições internas quem sai sempre vencedor é o PS. É assim que encaro o que ocorreu nas eleições do dia 5 do corrente no distrito de Setúbal. Houve uma camarada, que convictamente apoiei que teve mais votos que a outra candidata. Em democracia e mais na democracia interna de um partido plural como o PS é assim que devemos encarar a realidade. A partir de agora há que concretizar o projeto sufragado pela maioria e procurar a partir dele fortalecer a unidade. Esta, a unidade, não é porém um somatório inorgânico de militantes que confunde o amiguismo com a
Catarina Mendes parte ‘folgada’ para congresso distrital A NOVA líder da federação de Setúbal do PS, Ana Catarina Mendes, parte para o congresso distrital, em Sines, dia 20, com uma vantagem confortável de delegados. Catarina Mendes, deputada e apoiante de António Costa nas primárias socialistas agendadas para o final do mês, vai contar com 101 delegados eleitos e 21 delegados por inerência. Já Madalena Alves Pereira, a sua antecessora, que apoia António José Seguro, terá o apoio de 82 delegados eleitos e 15 por inerência. Recorde-se que nas eleições para a liderança da federação realizadas no passado dia 6, Ana Catarina Mendes alcançou 55% dos votos, obtendo 1.180 votos expressos, contra 978 conquistados por Madalena Alves Pereira, num universo de 2.803 militantes do PS, com capacidade eleitoral. Na ocasião, em declarações aos jornalistas, a nova líder do PS distrital confessou ter sempre acreditado ser possível vencer, mas a sua vitória por maioria não deixou de ser uma surpresa.
política. Não! A amizade e a política podem caminhar de mãos dadas mas não se confundem. É por isso que sempre entendi que a unidade se forja com base num projeto, suportado em princípios e valores de que não podemos transigir, e agregando a militância na base deles. No PS todos têm lugar e ninguém deve prosseguir ou fazer política na base de impulsos de emotividade persecutória ou do insulto. O momento que se vive no país é muito complexo, incerto e difícil e o país precisa como pão para a boca de um PS forte. Não duvido que a próxima presidente da federação Ana Catarina Mendes saberá traçar uma estratégia envolvente, contando com a população generosa e trabalhadora do distrito de Setúbal, incentivando uma militância cívica responsável, convocando os melhores e preparando assim um futuro ganhador para o PS. Que crescerá nas Câmaras de que o PS tem a gestão, Sines e Montijo com a competência de quem as dirige e potencializando também vitórias nalgumas outras Câmaras Municipais, tão necessárias para o bem estar das populações. Impõe-se agora olhar para o futuro e prepará-lo sem ressentimentos de qualquer espécie.
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LOCAL Setúbal unida celebra Dia Mundial do Mar
GNR descobre plantação de cannabis na Moita
A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra e a Câmara de Setúbal vão celebrar, pela primeira vez em conjunto, o “Dia Mundial do Mar”. Um conjun-
A GNR do Montijo deteve, quinta-feira, um indivíduo de 54 anos, natural de Alhos Vedros, pelo crime de tráfico de estupefacientes. As investigações, que duraram dois me-
to de eventos, entre os quais um Seminário Internacional e a presença, nas águas sadinas, de três grandes veleiros emblemáticos.
ses, levaram à descoberta de uma plantação de cannabis, nas traseiras de um armazém. Foram apreendidas 130 árvores/pés de cannabis e 3700 euros entre outros.
Redução acontece pelo segundo ano consecutivo
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Câmara Municipal de Almada aprovou, em reunião pública de 10 de setembro, a redução da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de 0,39 por cento, aplicada em 2014, para 0,38 por cento, a aplicar em 2015. A aprovação desta proposta de redução do IMI, que acontece pelo segundo ano consecutivo, representa que o Município prescinde de arrecadar receita que oscilará entre os 9 e os 9,5 milhões de euros (20 a 25 por cento), considerando a receita potencial máxima que resultaria da
Seixal acolhe encontro “As nossas ruas, a nossa escolha”
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NO ÂMBITO da Semana Europeia da Mobilidade, decorre no auditório dos Serviços Centrais do município, dia 18, às 14 horas, o encontro “As Nossas Ruas, a Nossa Escolha”. Durante a tarde serão debatidas questões relacionadas com o ambiente, os estilos de vida, e o espaço público, e onde será atribuído pela autarquia e pela Agência de Energia do Seixal o prémio Selo Verde - Edifício Amigo do Ambiente, que distingue projetos eficientes e inovadores.
Iniciativa de mobilidade
cobrança deste imposto caso fosse imóveis em estado de ruína ou deaplicada a taxa máxima prevista na gradação acentuada, e de minolegislação em vigor. ração em idêntica percentagem de A decisão de reduzir a taxa da30 por cento aos proprietários que quela que é atualmente a princiconcretizem obras de manutenpal fonte de receitas municipais, ção, conservação ou reabilitação traduz a preocupação do Municídas suas propriedades. pio em promover os mecanismos A taxa de IMI, a aplicar aos imóde apoio às famílias e à atividade veis não avaliados, está fixada por lei em 0,7 por cento. económica local em geIsenção ral, procurando minorar Na mesma reunião, a de derrama para C. M. A. aprovou uma proas dramáticas conselucros abaixo quências que o período posta relativa ao lançados 150 mil euros mento de uma derrama de crise acentuada e dificuldades acrescidas que o País sobre os lucros das empresas declaatravessa representa para milharados em sede de Imposto sobre Renres de famílias almadenses. dimentos Coletivos (IRC), mantenA proposta prevê ainda a mado-se a isenção total do pagamento de derrama a todos os negócios nutenção de uma majoração de 30 por cento da taxa de IMI a pagar que não atinjam os 150 mil euros por pelos proprietários que detenham ano, abrangendo cerca de 70 por cen-
Santiago oferece bacalhau a instituições do concelho A EMPRESA Maredeus, de Ermidas-Sado, em parceria com o município santiaguense, está a levar a cabo um grande projeto no domínio da responsabilidade social, com a oferta de um total de 10 toneladas de bacalhau congelado a instituições do concelho. A iniciativa decorre desde abril, altura em que foram entregues pela empresa 1,5 toneladas de aparas de bacalhau congelado a quatro instituições do concelho. Com a continuidade do projeto e o avolumar das quantidades para distribuir, a Maredeus solicitou o apoio do município, que indicou à empresa quais as instituições que apresentavam necessidades mais imediatas no seio das respetivas comunidades. Com efeito, em maio, foram distribuídas mais 4,5 toneladas, sendo que a penúltima entrega teve lugar no dia 4 e a última decorreu dia 8 deste mesmo mês, junto ao cais de embarque da Maredeus, que se situa na Zona Industrial Ligeira 2, Expansão I, lotes 8, 9 e 10, em Ermidas-Sado. As duas entregas feitas em setembro totalizam
mais 4 toneladas de aparas de bacalhau congelado. A soma de todas as entregas ao longo dos últimos meses perfaz 10 toneladas, numa ação significativa de apoio às seguintes instituições: ADIES de Ermidas-Sado, Casa do Povo de Alvalade, Cercisiago, Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém, Casa do Povo de Cercal do Alentejo, Associação de Moradores da Sonega, Casa do Povo de Santiago do Cacém, Casa do Povo de Abela, Centro Social e Paroquial de Santa Maria + O Farol, Casa do Povo de São Domingos / Centro de Dia de Vale de Água, Associação de Bem-Estar Social da Freguesia de Santa Cruz, Centro de Dia de São Francisco da Serra, Conferência S. João Deus e Conferência São Tiago.
Medida da autarquia visa atenuar efeitos da crise
to do tecido empresarial do Concelho de Almada, e aplicada uma taxa de 1,45 por cento aos volumes de negócios acima daquele montante, uma taxa cinco pontos abaixo do limite máximo previsto por lei. Com a aprovação desta última proposta, o município de Almada prescinde da cobrança de cerca de 240 mil euros de receita potencial deste imposto, montante que repre-
senta cerca de 10 por cento do valor total potencialmente arrecadado se aplicada a taxa máxima prevista na lei, que é de 1,5 por cento. Ambas as propostas, aprovadas em reunião pública da Câmara Municipal de Almada de 10 de setembro, serão enviadas para aprovação por parte da Assembleia Municipal de Almada, que reúne nos dias 25 e 26 de setembro.
Grândola recebe Palmela melhores experimenta ‘navegadores’ da novo autocarro Península Ibérica O CONCELHO recebe, de 26 a 28, os melhores navegadores da Península Ibérica. Mais cem especialistas em navegação por gps vão percorrer os trilhos, à descoberta das mais recônditas e belas paisagens e registá-las nas câmaras fotográficas. Esta modalidade lúdica e turística alia o prazer da descoberta à paixão pela fotografia. A organização entrega à equipa participante, formada por 4 elementos, dois veículos todo-o-terreno, um “road-book” fotográfico, cartas militares originais do instituto Geográfico do Exército e insere as coordenadas nos gps da equipa. Sem sair dos trilhos, ou ultrapassar os limites de velocidade a equipa terá que descobrir e fotografar o máximo de waypoints possíveis. O evento conta com equipas de todos os distritos e 24 navegadores de Espanha.
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Autarquia vai retirar uma décima, fixando a taxa em 0,38 por cento.
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Município de Almada reduz taxa de IMI para 2015
Novo circuito vigora até final do ano
A PARTIR do dia 22, a autarquia e os TST dão início a um circuito experimental que liga Quinta do Anjo, Bairros dos Marinheiros e Alentejano à Estação Ferroviária da Penalva. A vigorar até ao final do ano, este circuito responde a uma necessidade identificada, há muito, pela população e defendida pelo município, contribuindo para a intermodalidade e para a melhoria da prestação de serviços de transporte público na freguesia de Quinta do Anjo. A medida integra-se na Semana Europeia da Mobilidade, que decorre entre 16 e 28, em Palmela. O evento inclui atividades que visam sensibilizar para o impacto que as opções individuais de mobilidade têm na comunidade, aos níveis do ambiente, da saúde e da economia.
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O PRESIDENTE do município, Vitor Proença, vai entregar pessoalmente os manuais escolares oferecidos a todos os alunos do 1.º ciclo do básico das escolas do concelho, num total de 390 alunos e um custo global superior a 23 mil euros. As entregas dos manuais estão agendadas para dia 16, no Centro Escolar da Comporta e na Escola Básica n.º 1. No dia 17, é nas básicas Pedro Nunes, Olival Queimado, Casebres e de Palma. O Centro Escolar do Torrão recebe os livros dia 18. Além dos manuais, o município auxilia as crianças do 1.º ciclo com os denominados apoios económicos diretos, extensíveis aos alunos do ensino pré-escolar e que constam de vales para aquisição de material escolar de 40 e 20 euros para o 1.º ciclo, respectivamente, para alunos no escalão A e B, e de 20 e 10 euros, para os mesmos escalões mas no ensino pré-escolar.
Centro de Artes de Sines recebe Festival de Cinema O FESTIVAL Internacional de Cinema Infantil e Juvenil de Lisboa apresenta em Sines uma seleção das melhores películas da 1.ª edição, que decorreu este ano, em Lisboa. As sessões em Sines realizam-se nos dias 14, 21 e 28, às 11 horas, no Centro de Artes. Trata-se do primeiro festival de cinema totalmente dedicado às crianças e jovens. Procura promover o acesso à cultura e mais especificamente o gosto pela 7.ª arte, criando espectadores para o futuro.
Feira quinhentista Alcochete transfere mais anima o Montijo de 7 mil euros para escolas do um valor anual, por aluno, de 5 euros e 15 euros, o município deliberou atribuir 7 mil euros, referentes a estas categorias e correspondentes a 1 121 alunos matriculados e a frequentar os estabelecimentos do pré-escolar e 1.º ciclo do Agrupamento de Escolas de Alcochete. O executivo aprovou ainda um apoio ao Futebol Clube de S. Francisco, no valor de 919,37 euros.
Espadarte é ‘rei’ em Sesimbra “ESPADARTE com molho de pimenta verde”, “caril de lombo de espadarte com amêijoas guarnecido com arroz selvagem” e “cataplana de espadarte com frutos do mar à moda antiga” são apenas algumas das cerca de 35 ementas que o público vai poder provar durante a Semana Gastronómica do Espadarte, que decorre de 12 a 21, em
18 restaurantes da vila. Organizada pelo município, a semana pretende divulgar esta espécie que se tornou num símbolo da vila, dando nome à primeira unidade hoteleira na marginal, o Hotel Espadarte, que veio a revelar-se o primeiro grande impulso para o desenvolvimento do turismo.
Festas da Moita cumprem tradição ARRANCARAM ontem as Festas da Moita. Até ao dia 21, a vila venera Nossa Senhora da Boa Viagem. Os touros, o rio, a religiosidade e os muitos espetáculos musicais são as principais vertentes destas festividades, as «maiores do município e também as que maior projeção têm a sul do Tejo». A procissão em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem, com a bênção dos barcos engalanados no cais, realiza-se este sábado a partir das 17 horas. Irá percorrer as principais artérias da vila, acompanhada por milhares de devotos e também pela Charanga a Cavalo da Guarda Nacional Republicana, Fanfarra dos Bombeiros Voluntários da Moita, Banda da Sociedade Recreio Musical Azinhaguense 1.º de Dezembro, da Azinhaga do Ribatejo, Banda da Sociedade Filarmónica União Seixalense e pela Banda Musical do Rosário. A nível de concertos, o destaque vai para Richie Campbel (dia 15), Herman José (16), Emanuel (17), e Rita Guerra (21), sendo que
Passadiço melhora circulação pedonal na Alburrica do Barreiro O VEREADOR do Urbanismo do município, Rui Lopo, afirma que a construção de 600 metros de passadiço veio melhorar a circulação pedonal entre Alburrica e a Avenida Miguel Pais, a qual ainda está a sofrer uma intervenção, no âmbito da candidatura REPARA. Rui Lopo, além de dizer que os passadiços aproximam a relação que a população tem com o rio e que isso é, em si mesmo, uma vantagem, também referiu
O EXECUTIVO municipal aprovou, por unanimidade, na reunião descentralizada que se realizou dia 3, em S. Francisco, a transferência de mais de 7 mil euros para o Agrupamento de Escolas de Alcochete. Na sequência do acordo entre o município e o agrupamento, a transferência de verbas, assume-se como um apoio à gestão corrente. Tendo em conta que foi defini-
A FEIRA Quinhentista de Aldeia Galega decorrer no centro histórico até este domingo. Trata-se de um evento comemorativo dos 500 Anos do Foral Manuelino e a organização é do município e da Associação Cultural História e Património. Aos visitantes propõe-se uma viagem ao passado, ao ambiente de convívio social e cultural do século XVI, através da reconstituição do tipo de mercado e produtos comercializados na época, por entre muita música e dança, bem como tascas, tabernas e grelhadores para comes e bebes. Simultaneamente, serão recriados quadros históricos ficcionados baseados em factos e lendas de Aldeia Galega do Ribatejo, nas primeiras décadas do século XVI. Recorde-se que Aldeia Galega do Ribatejo recebeu a sua carta de foral no dia 15 de Setembro de 1514.
que «nesta zona em concreto existe um simbolismo muito forte. Alburrica é muito emblemática e diz muito às pessoas da cidade. O vereador que tutela o urbanismo na autarquia bairrense salienta que «o facto de termos proporcionado esta melhor acessibilidade à zona ribeirinha, nesta zona da cidade, também traz uma perceção concreta de melhoria de qualidade de vida e de qualidade ambiental»
INICIATIVAS
Nova escola em Fernão Ferro A inauguração da Escola Básica dos Redondos, em Fernão Ferro, é no próximo dia 26, às 16 horas. O equipamento está pronto para receber 375 alunos do 1.º ciclo e está dotado de 12 salas e de jardim de infância, com três salas. Dispõe ainda de biblioteca, cozinha e refeitório.
Passeio de bicicleta Decorrem em Almada as inscrições do III Passeio de Bicicleta 2 Margens, 2 Rodas, que liga as duas margens do Tejo, no dia 21, uma iniciativa no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade. As inscrições para o 3.º Passeio de Bicicleta 2 Margens, 2 Rodas são gratuitas, até 18.
Colóquio sobre a Reserva do Sado A evolução da atividade aquícola na Reserva Natural do Estuário do Sado está em debate do colóquio agendado para o dia 1 de outubro, no Mercado do Livramento, em Setúbal. Durante o encontro são partilhados conhecimentos sobre a aquicultura na RNES.
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Alcácer oferece manuais escolares aos alunos do 1.º ciclo
Devoção a Nossa Senhora da Boa Viagem volta a animar moitenses
as diversas e tradicionais largadas de toiros continuam a atrair milhares de pessoas à principal avenida da vila. A Noite do Fragateiro decorre dia 13, a partir das 23h30. No dia 19, às 13 horas, merece destaque a Tarde do Fogareiro, onde não vai faltar a tradicional dança do Huga Huga, pela Banda Musi-
cal do Rosário. A tradicional regata em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem, com barcos típicos do Tejo, está marcada para dia 13, às 17h30. O concurso de barcos engalanados decorre dia 14, às 12 horas. No dia 20, a partir das 14h30, a população é convidada para passeios nos barcos típicos do Tejo.
Novela “Mar Salgado” apresentada em Setúbal “MAR SALGADO”, a próxima telenovela da SIC, foi apresentada no passado dia 5, no Acqua Bay, no parque urbano de Albarquel,, onde decorre a maioria das filmagens desta produção que tem estreia marcada para dia 15. Foram vários os atores e apresentadores que marcaram presença na festa. A pre-
sidente do município, Dores Meira, afirmou que a história da novela «tem a ver com o Sado e as suas gentes e mostrará ao País, como nunca, o que é Setúbal», acrescentando que «a gravação da novela tem um enorme interesse para o concelho, graças à visibilidade que garantirá durante um ano».
Palmela na feira do empre endedorismo O município vai estar representado na 1.ª Feira de Empreendedorismo do Distrito, entre 18 e 20 de setembro, no Parque Industrial das Carrascas, em Palmela. A iniciativa pretende ser um local de partilha de boas práticas empresariais. O evento conta com cerca de cem empresas.
11.º Out.fest no Barreiro Entre 2 e 5 de Outubro, o Barreiro é palco do OUT.FEST – Festival Internacional de Música Exploratória. Ao longo de quatro dias, reúnem-se músicos nacionais e internacionais. O programa reúne produções musicais oriundas da Holanda, Alemanha, Reino Unido, Áustria e Estados Unidos.
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CULTURA Maria Teresa Meireles
Pedra
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edra, «petrus», pétreo, pedregoso, pedregulho. Pedra, longevidade, durabilidade, dureza. Pedra d’ara. Pedras de sal. Pedra Filosofal. Pedra da Loucura – na Idade Média acreditava-se que essa pedra estava alojada no cérebro e que, por isso, era necessário extraí-la a quem sofria de loucura. Idade da Pedra. Pedra lascada. Pedra contra pedra: a fricção e o fogo. «não ficar pedra sobre pedra»: a destruição total. Ser «duro como uma pedra», ter um «coração de pedra», «ser um calhau» são expressões que definem o carácter e/ou a falta de inteligência: a pedra não pensa? Pedra – rudeza, consistência, permanência. Ter «sete pedras na mão» – a pedra reflecte a agressividade primária. Fisga, catapulta, o apedrejamento. Pedras preciosas e semi-preciosas. Pedras da calçada. «pedra de toque», «pedra de amolar», «pedra angular». A pedra do moinho tem nome próprio: mó. A pedra e a Lei: Os Dez Mandamentos foram, de acordo com a Bíblia, originalmente escritos por Deus em tábuas de pedra entregues a Moisés. «quem não tiver pecado, atire a primeira pedra», diz Cristo na Bíblia, opondo-se ao castigo por lapidação porque é sabido que «Deus castiga sem pau nem pedra». «Palavras fora da boca é pedra fora da mão»; «A Palavra e a pedra solta, não têm volta» - o perigo e o poder da Palavra. «Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura» - persistência e repetição. Onde não se querem as pedras: nos rins e no sapato. A pedra nos jogos de infância: «pedra-papel-tesoura»: a mão fechada ou escondida, jogo de selecção e antecipação - a pedra ganha à tesoura (quebrando-a) e perde para o papel (que a embrulha). O jogo das pedrinhas: cinco pedrinhas e a mão a fazê-las saltar sobre a palma, sobre as costas da mão, rapidamente colocadas no chão e daí resgatadas. Lembro-me bem de jogar horas a fio, sentada nos degraus de pedra frios. Tudo dependia da rapidez e
da perícia: atirar e apanhar as pedras ainda no ar. Outro jogo com pedras, em versão masculina: atirar pedras ao rio e ficar a vê-las saltitar por sobre a superfície lisa da água. Para o mexicano Alfonso Reyes, os contos tradicionais são «calhaus rolados» (expressão recuperada por Leite de Vasconcelos), uma vez que são necessários muitos recontos para que ganhe a forma ideal e a lisura. No conto «Pedro e Pedrito», a petrificação equivale a um interregno, a uma pausa do ser, a um parêntesis. A palavra ameaçada - «Quem isto ouvir e contar, em pedra se há-de tornar» - leva à petrificação. Perante a grosseria ou o sem-sentido das coisas, petrifico e perco a palavra. E os Mitos. Perseu e Medusa - o poder do olhar. Cronos, devorador dos vários filhos que teve com Reia, é por esta enganado engolindo uma pedra em vez do filho mais novo, Zeus. No mito de Deucalião e Pirra são «os ossos da grande mãe» (as pedras) «deitadas para trás das costas» que irão, depois do Dilúvio, dar origem a uma nova Humanidade. Pigmalião e Galateia: o escultor que «tira» da pedra a mulher sonhada. Metáforas do artista e da sua obra. Toda a pedra aloja uma alma. Toda a pedra esconde um ser. Esculpir a pedra é retirar-lhe o(s) excesso(s)? «A Jangada de Pedra», de José Saramago; «Eu hei-de amar uma pedra», de António Lobo Antunes; «Deixem falar as pedras», de David Machado. Gravar na pedra, as lápides - a Palavra contra a Morte. «A Epopeia de Gilgamesh», antigo poema épico da Mesopotâmia, termina com as seguintes palavras: «Fez uma longa viagem, conheceu o cansaço, esgotou-se em trabalhos e, ao regressar, gravou numa pedra toda a história.» E não é este, afinal, o processo e o fim último de toda a escrita e de toda a vida? «Se escrevo / é para entrar no claro círculo do dia / e ser uma pedra que respira / um núcleo branco», escreveu António Ramos Rosa.
Fitas para todos no CAS de Sines O Play - Festival Internacional de Cinema Infantil e Juvenil de Lisboa apresenta em Sines uma seleção das melhores películas (curtas e longas metragens) da sua primeira edição, que decorreu este
ano, no cinema S. Jorge, em Lisboa. As sessões em Sines realizam-se a 14, 21 e 28 de setembro, às 11 horas, no Centro de Artes. A entrada é livre, sem reserva de bilhete.
Para contenção de despesas organização toma medidas
Estrelas da Eurovisão brilham no palco do Luísa Todi
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DICIONÁRIO ÍNTIMO
Guilherme Santos, Dores Meira e José Garcia apresentaram o certame que está orçado em cerca de 15 mil euros
A gala da Eurovisão vai trazer até Setúbal, durante duas noites, muitos artistas conhecidos dos palcos eurovisivos. É já considerado o segundo maior evento do género da Europa, logo a seguir à Holanda. artistas em palco de toda a Europa, o Eurovision Live Concert, orçado em 15 mil euros e com bilhefesta das músicas do Festival tes a 10 euros, segundo a edil Doda RTP da Canção e da res Meira, tem «conseguido, meEurovisão está de volta a recer da organização desta consSetúbal, com a 6.ª edição do Eurotelação de estrelas do mundo da canção a honra de ser a sede navison Live Concert, que este ano cional deste evento, que permite decorre apenas em duas noites no Forum Luísa Todi. Depois de que ídolos e fãs convivam de perontem serem sido recordados vários to, numa relação intima». Guilherme Santos, da Deriv@ temas festivaleiros portugueses, a Status, a organizadora do evento, festa culmina hoje, às 21h30, com vários artistas internarealçou, durante a aprePoupança de 8 cionais e a homenagem sentação, dia 5, na Casa mil euros com a da Cultura, que a festa à franco-luxemburguesa mudança de Anne Marie David, vencedeixou de se fazer no aulocal dora do Eurofestival em ditório José Afonso por «contenção de custos». «No ano 1973. Mas, ontem, também foram homenageados Ian Van Dyck e Nuno passado a edição descarrilou e acuFeist. A festa traz a Setúbal, pela mulou passivo. Este ano, com a saíprimeira vez, artistas da Letónia, da do auditório prevemos uma ecoUcrânia e Suécia. nomia na ordem dos 8 mil euros», Com cerca de duas dezenas de recordou. António Luís
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Guilherme Santos frisou que «sem a ajuda do município era impossível fazer a festa. Agradeço também aos artistas que confiam em nós. Não pagamos cachet a ninguém e alguns até pedem para voltar», sublinhou, acrescentando que a seguir à festa holandesa, a de Setúbal é a maior da Europa, ou seja, «a que mais cativa os artistas e os fãs». A edil Dores Meira reconheceu que o Eurovision Live Concert, é «uma oportunidade de ouro para ter bem perto aqueles que, até aqui, só podiam ser vistos na televisão». Já José Garcia, da OGAE Portugal, realçou que, «cada vez, mais o público internacional associa Setúbal a esta grande festa da canção». Destacou, ainda, a originalidade e inovação dos temas apresentados a concurso. Pub.
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Corpos rebolam e saltam na terra
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A Companhia Olga Roriz apresenta o bailado “Terra”, com direcção, espaço cénico e figurinos de Olga Roriz. Durante cerca de 1 hora e 30 minutos, cinco bailarinos em palco festejam o milagre da terra. Teatro Joaquim Benite, Almada ● 21h30.
No âmbito do Festival ”Todos ao Teatro”, a comédia “A Loucura dos 50” promete divertir o público nesta iniciativa cultural do município. São protagonistas Joaquim Nicolau, António Melo, Almeno Gonçalves e Fernando Ferrão. Forum Cultural de Alcochete ● 21h30.
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40 anos de Bando em viagem clandestina a lugar sem regresso
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Festival arranca com comédia
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“Grande Espectáculo” inspira-se nos autores de língua portuguesa
Homenagem à música portuguesa
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Recordar Adriano Correia de Oliveira “Recordar Adriano Correia de Oliveira” é o título do espectáculo que conta com as participações de José Fanha, Francisco Fanhais, Manuel Teixeira e Manuel Completo. Teatro Grandolense ● 21 horas.
As aventuras da Alice A Animatetro estreia o novo espectáculo para a infância “Alice no País do Soldadinho de Chumbo”. São criados momentos de interação com as crianças, envolvendo-as na história, de forma a desenvolver a sua imaginação, o intelecto e a perceção das suas emoções. Cinema S. Vicente, Paio Pires ● 16 horas.
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A banda “A Preto & Branco” dá um concerto integrado na 2.ª edição de homenagem à música portuguesa, aos seus autores, compositores e intérpretes. Entradas a 3 euros. Auditório do Pinhal Novo ● 21h30.
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DEPOIS de ter passado por Almada, Alcanena, Alcobaça, Moita, Montijo e Palmela, a peça “Quarentena” vai estar em cena na sede de O Bando, em Vale dos Barris, entre 1 e 26 de Outubro, com a designação de “Grande Espectáculo”. O Bando, que está a comemorar o seu 40.º aniversário, leva à cena um espectáculo que conta com 40 personagens, 24 atores e 16 músicos que saíram de outras peças do grupo, inspiradas nas obras de 40 autores de língua portuguesa. Este espectáculo é uma viagem que começa no centro de Palmela terminando na sede da companhia, com jantar incluído. Os espectadores recebem um mapa que os levará a vários locais de Palmela. Aí acom-
panharão as histórias de personagens revoltados com o silêncio da realidade. De autocarro serão transportados até um lugar onde não se pode voltar. Ao longo de cerca de 3 horas, ouvirão histórias de personagens revoltados e apaziguados, resistentes e desistentes, deslumbrados e indiferentes. Com encenação e coordenação artística de João Brites, dramaturgia e assistência de encenação de Miguel Jesus, composição e direcção musical de Jorge Salgueiro, cenografia de Rui Francisco e figurinos de Clara Bento, a peça “Quarentena” pode ser vista de quarta a domingo, às 20 horas. Pub.
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NEGÓCIOS Em dezembro de 2013 distrito chegou a 351 empresas falidas
Insolvências baixaram no distrito com uma queda de 28 empresas
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oderá ser um sinal de que os tempos de crise já não se fazem sentir com tanta agressividade na região. O distrito de Setúbal conseguiu estancar a sangria de insolvências dos últimos anos reduzindo o número de empresas que bateram com a porta entre os dias 1 de Janeiro de 2014 e 9 de Setembro, face a igual período de 2013. O Centro de Estudo do IIC – Instituto Informador Comercial indica uma diminuição de 28 empresas, depois das 237 insolvências do ano passado, contra as 209 deste ano, que se aproxima
das 193 de 2012. imobiliária, o comércio por grosA região regista uma variação so e a restauração e similares. Segundo o economista Júlio homóloga de menos 11,61%, ainda segundo o mesmo Centro de Vaz Ferreira, os números demonsEstudo que disponibiliza a evolutram como a crise está a desaceleção diária do número de Insolvênrar ligeiramente, contrariando a cias registadas em território natendência dos últimos anos, aprocional, com segmentaximando-se a região dos Comércio ção geográfica, por secvalores de 2012. Recora retalho lidera tor de atividade e respede-se que em Dezembro lista negra de tivas comparações com e 2013 o distrito chegou encerramentos período homólogo. às 341 falências, o que traO comércio a retalho, exceto duzia mais 54 do que as 287 de 2012 de veículos automóveis e motoe mais 124 do que os 217 de 2011. O agravamento das dificuldaciclos, é o sector com mais insoldes das empresas tem-se traduzivências. Seguem-se a promoção
DR
A região de Setúbal conseguiu estancar a sangria de insolvências dos últimos anos. Os dados revelam que até Setembro fecharam menos empresas no distrito, cerca de 11 por cento.
Tribunais continuam muito entupidos com processos de insolvência
do na formação de verdadeiros “ciclos viciosos”, caracterizados pelo “atraso nos pagamentos a fornecedores, redução do fundo de maneio, incumprimento de obrigações e pressão crescente dos credores com execução de garantias reais.” Uma fatal conjugação para as empresas dos três distritos, com
a agravante de se depararem com mercado pouco apelativo, comparando com outras zonas país, igualmente em crise, já que a escassez de habitantes e o envelhecimento populacional, não deixam antever uma solução para este alastrar da crise, que toca praticamente todos os sectores.
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Alcácer quer ganhar Centro de Competências do Pinheiro Manso e do Pinhão na Mata de Valverde.
Pinheiro manso tem grande peso na zona de Alcácer
O PRESIDENTE da Câmara de Alcácer do Sal, Vítor Proença, propôs esta semana numa reunião ocorrida no ministério da Agricultura, a criação de um Centro de Competência do Pinheiro Manso e do Pinhão na Mata de Valverde. O projeto de Vítor Proença em localizar o novo Centro em Alcácer do Sal, baseia-se, segundo afirmou, no «peso e importância do pinheiro manso na zona do
vale do Sado e no concedas comemorações do Dia lho», uma das mais antigas Mundial da Árvore. manchas daquela espécie Uma das conclusões da da Europa, já identificada reunião foi a criação de no período de ocupação uma comissão encarregue árabe há aproxide apresentar Proposta já tinha ainda durante madamente mil sido feita em este mês uma anos. Março à tutela no A proposta já proposta de proDia da Floresta tinha sido feita tocolo para a elapelo autarca e pelos proboração de um plano de dutores florestais à tutela ação no que diz respeito à em Março, durante uma viproblemática do pinheiro sita do governante à Mata manso e do pinhão, envolde Valverde, por ocasião vendo todas as entidades
ligadas ao setor. No encontro, em que esteve presente o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva, e o presidente do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, Paula Sarmento, participaram também responsáveis dos produtores florestais, industriais ligados ao setor, universidades e centros de investigação.
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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia onze de Setembro de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 60 livro 271 – A, de escrituras diversas, na qual: Albino Dias Custódio, viúvo, residente na Rua Manuel João de Freitas, Fernando Pó, Águas de Moura em Palmela, contribuinte número 128881852, justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio rústico composto de terras de semeadura e vinha, com a área de sete mil cento e vinte e dois metros quadrados, sito na Asseiceira, da União das freguesias Poceirão e Marateca, concelho de Palmela, que confronta do norte com caminho público, do sul com Manuel Gonçalves Peralta, nascente e poente com Herdeiros de Emídio Dias, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 20 da Secção F, ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Palmela. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 11 de Setembro de 2014. A Notaria, Maria Teresa Oliveira Conta registada sob o número 1423
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DESPORTO 750 em torneio de futebol de sete no Barreiro
Amora e Cova da Piedade na Taça de Portugal
O Torneio de Futebol de Sete Fabril Cup’14, que terá lugar nos dias 27 e 28 de setembro, no Complexo Desportivo Alfredo da Silva, no Barreiro, deverá contar com perto de
As equipas do Amora e da Cova da Piedade são as únicas duas formações do distrito na segunda eliminatória da Taça de Portugal. A equipa do Seixal vai de-
750 jovens atletas nascidos nos anos de 2004 a 2006. No evento participam as equipas do Sporting, Benfica, “O Elvas”, União Tomar, Sacavenense, Loures entre outros.
frontar, em casa, o União da Madeira, enquanto a formação de Almada recebe o Silves, em partidas marcadas para o próximo dia 28.
O atleta sadino, aos 21 anos, já é campeão pelo Peimari United da Finlândia
Gonçalo Cruz sonha em vestir a camisola da selecção nacional
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jovem futebolista setubalense Gonçalo Cruz, de 21 anos, está a adorar a sua experiência no Peimari United, clube finlandês criado há três anos. «As coisas estão a decorrer muito bem. Está a ser um grande desafio a minha experiência na Finlândia», começa por referir o atleta, que acrescenta, orgulhoso: «Já somos campeões mas ainda faltam jogar quatro jornadas. Tem sido óptimo». Gonçalo Cruz mostra-se também muito satisfeito por ser o melhor marcador do campeonato, tendo marcado 18 golos em 18 jogos oficiais. «Além de liderar a lista dos melhores marcadores, sou também o melhor marcador da equipa, há 8 meses, e fiz 15 assistências», sublinha. O grande sonho de Gonçalo Cruz no futebol passa por vestir a camisola da Seleção Portuguesa num Campeonato do Mundo. «Seria fantástico. Continuarei a trabalhar diariamente para conseguir concretizar esse e outros sonhos, como por exemplo, jogar num clube da I Divisão». E o seu bom trabalho de 8 meses na Finlândia está já a dar os seus frutos. «Vim para a Finlândia para me lançar em equipas da I Divisão e isso já consegui, pois sei que existem clubes da I Divisão interessados no meu trabalho», conta.
O “Flagelo” dos “pontas-de-lança”
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ai longe- muito longe! – a descoberta de um epíteto para o “pivot” de uma linha atacante, em futebol. Nasceu da adopção mundial do sistema W.M., nos anos 40 do século passado: “ponta-de-lança”. Em Portugal quem melhor interpretou tal designativo terá sido Fernando Peyroteo, no Sporting, logo imitado por alguns de “ofício” e de posição tais como Correia Dias (F.C. Porto), Bem David (Atlético) e Ar-
A oportunidade de jogar na Finlândia surgiu através de um convite feito pelo seu atual treinador, Diogo Nobre. «Ele precisava de um médio ofensivo para a equipa. Foi recolhendo dados sobre o meu trabalho e, felizmente, as indicações a meu respeito foram boas», conta. O futebolista sadino admite que «não foi fácil» sair de Portugal mas, que, financeiramente «compensa bastante». Gonçalo Cruz adaptou-se bem à realidade finlandesa. «Apesar do frio e de ter ficado sem as unhas dos pés num jogo da Taça da Finlândia, adaptei-me muito bem. Todas as pessoas no clube foram 5 estrelas». Sobre o Peimari United, diz que é um clube do sul da Finlândia com um projecto «muito interessante e sempre a subir de divisão» e que, a curto prazo, tem como objectivo «chegar à II Divisão». Foi nos “Amarelos” que Gonçalo Cruz começou a praticar futebol «mais a sério», aos 7 anos de idade. Mas também representou o V. Setúbal, o Belenenses, o União de Montemor, o Marítimo e o Sesimbra. E recorda que a paixão pela bola surgiu desde «muito novo», vinca. «Ainda gatinhava e já tinha sempre uma bola de futebol por perto», acrescentando que ainda sente «muito carinho e orgulho» por ter representado “Os Amarelos”, um «clube histórico de Setúbal que abriu as portas no futebol. A paixão pelo futebol «vem de
David Sequerra Colaborador naldo Carneiro (Académica de Coimbra). E foi já há 70 anos! Como repetido rescaldo da acinzentada presença de Portugal no último “mundial” brasileiro, bastante aquém das expectativas, tem sido questão proeminente o inquietante “eclipse” dos “pontas-de-lança” da actualidade- Hélder Postiga (já trintão), Hugo Almeida (muito irregular) e Éder (que quer mais do que pode…). E esse “deficit” de qualidade, notó-
A CRUZ Vermelha de Setúbal leva a cabo este domingo, dia 14, durante a manhã, a corrida “Setúbal + Solidária” com o objetivo de angariar fundos para a aquisição de uma ambulância A prova de atletismo na distância de 10 quilómetros pela frente ribeirinha conta ainda com rastreios para a população e atividades para crianças, aliando assim a prática desportiva à promoção da saúde e do bem estar. A prova tem início às 10h00, numa área próxima das instalações do Inatel com um percurso que decorre ao longo do corredor ribeirinho. A competição é aberta a todos os atletas maiores de 18 anos.
Barcos insólitos voltam ao Sado
família», confessa: «Todos os homens da minha família praticaram futebol, desde o meu avô, o meu pai , o meu tio e o meu irmão que
ainda joga. É um bichinho que temos nesta família». Como jogador, define-se como «trabalhador e sempre em evolução».
A “REGATA da Baía do Sado em Banheiras & Insólitos” volta a trazer ao rio, este domingo, um novo conjunto de embarcações originais e insólitas, pelo terceiro ano consecutivo. A iniciativa, integrada no programa das Comemorações Bocagianas e dos Jogos do Sado, conta com a participação de populares que constroem as suas embarcações durante a manhã e que as colocam depois no rio. Com concentração no Parque Urbano de Albarquel, a partida das embarcações para o rio está marcada para as 11h30. As construções são realizadas durante a manhã, no período entre as 8 e as 11 horas.
ria e repetida, tem gerado azedas críticas para o seleccionador Paulo Bento, muito mais vítima (da crise de arietes atacantes) do que culpado quanto às suas escolhas. Com vista ao futuro, que já vem aí chegando, pode e deve perguntar-se: quem são os “pontas-de-lança” portugueses capazes de ser seleccionáveis? Uma resposta reticente e complicadíssima a ter que ver com a elevada percentagem de não portugueses ao serviço de equipas nacionais naquela posição… Chegam de todas as partes do mundo, da Coreia, do Japão, da Suécia, da Bélgica, da Itália, da Colômbia sob a gananciosa tutela de perspicazes empresários.
Tapam o acesso a jovens portugueses, vindos dos juniores ou de estágios em equipas B, em particular nos principais clubes onde tanto se fala de formação. Nos escalões dos SUB-20 e SUB21 com experiências internacionais nos Festivais “Espoirs” de Toulon e nas competições da UEFA têm sido utilizados alguns prometedores “pontas-de-lança” que, bem feitas as contas, não evoluíram como se desejaria. A título de exemplo, alguns nomes: Betinho (Sporting), Aladje (Itália), Alex Guedes (Sporting), Carlos Fortes (Santader) e José Areias (Vit. Guimarães). E justifica-se uma referência adicional para Gonçalo Paciência, do F.C.Porto (filho de peixe…) a evoluir bem.
Mais recentemente, em SUB17 e SUB-19 seguiram outros jovens de algum talento, merecendo vigilante atenção, tais como André Silva (F.C.Porto), Alexandre Silva (Sporting), José Postiga (Sporting) e Romário Baldé (Benfica). Mas não nos parece que seja gente O.K para 2015. Convenhamos que o panorama geral não é famoso, podendo dizer-se, em jeito de anúncio apelativo, Pontas-de-lança- precisam-se! Em conclusão: a escassez de valores jovens na posição de “pontas-de-lança” assume-se como um verdadeiro flagelo, muito preocupante e que urge debelar tão depressa quanto possível.
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António Luís
Corrida da Cruz Vermelha, em Setúbal
Jovem sadino está a despertar interesse por outros clubes finlandeses