Tourism, Food, Wine, Handicraft and Art
ATRITO Aguarelas de André Carrilho de 24 de novembro a 31 de dezembro
semmais Avenida Luísa Todi, 73, Setúbal 966 723 978 amarsetubal.pt
Inauguração dia 24 de novembro 17 horas
Sábado 18 | Novembro | 2017 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 971 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso
RECORDE DE FLAMINGOS
INVADE ESTUÁRIO DO TEJO O Centro de Estudos de Migrações e Protecção de Aves, do ICNF, contou entre Março e outubro deste ano, época de migração da espécie, mais de doze mil exemplares que vieram procurar abrigo na zona estuarina do Tejo. Um recorde que veio confirmar o aumento de espécimes que têm chegado à zona na última década. SOCIEDADE PÁGINA 4
SOCIEDADE PÁGINA 5
POLÍTICA PÁGINA 10
NEGÓCIOS PÁGINA 12
Não era esperado, mas os municípios de Grândola e Santiago do Cacém fazem parte da lista de concelhos que vão ficar interditos à atividade cinegética até maio do próximo ano. Os caçadores da região receiam que as zonas onde se pode caçar fiquem sob grande pressão.
A garantia foi dada esta semana no Parlamento pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, que anunciou para as próximas duas semanas os estudos e projetos com vista ao avanço do empreendimento. O governo acredita que o novo hospital possa estar a funcionar em 2020.
O empreendimento “Villas de Sesimbra”, apresentado como uma das ‘jóias turísticas’ de Sesimbra nos anos noventa, vai reabrir portas, após década e meia de tentativas para sobreviver às crises dos seus promotores. O ‘elefante branco’ renasce assim por mãos estrangeiras.
GRÂNDOLA E SANTIAGO DO CACÉM HOSPITAL DO SEIXAL RECEBE PRIMEIRA “VILLAS DE SESIMBRA” REABRE APÓS ‘APANHADOS’ NA INTERDIÇÃO DA CAÇA INVESTIDA NAS PRÓXIMAS SEMANAS 15 ANOS DE ENCERRAMENTO FORÇADO
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A SEMANA
Câmara de Sesimbra ao lado da comunidade piscatória quer mais sardinha
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Câmara de Sesimbra está a acompanhar as recentes notícias sobre possíveis restrições à pesca da Sardinha em Portugal, que surgiram a partir do conjunto de dados disponibilizados pelo International Council for the Exploration of the Sea, relativa a 2017. Estas notícias, que ignoram o aumento da biomassa, na ordem dos 30 por cento, registado nos últimos dois anos, em resultado da enorme contenção de pesca concretizada a partir de setembro de 2014, têm gerado «enorme alarme» junto das comunidades piscatórias. Neste sentido, o edil Francisco Jesus iniciou contactos e reuniões com associações e entidades do setor para debater o assunto, que é de enorme gravidade e importância para Sesimbra.
No dia 30 de outubro, reuniu com a ArtesanalPesca, Sesibal, Associação dos Armadores de Pesca Artesanal e Local do Centro e Sul e Associação do Sul dos Armadores de Pesca Costeira e Construção Naval, tendo ficado agendado novo encontro para dia 22. Nesta reunião, os dirigentes defenderam que o esforço de pesca para 2018 deve situar-se em 23 mil toneladas, valor em linha com o objetivo defendido pelo Governo, de recuperação de um mínimo de 5 por cento ao ano da biomassa. No dia 21 de novembro, Francisco Jesus recebe a Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco para debater o tema. No concelho de Sesimbra, a pesca do cerco envolve 10 embarcações e duas centenas de profissionais, pelo que qualquer
Montijo discute com a Transtejo problemas fluviais
decisão que seja tomada no sentido de limitar esta atividade significa «um impacte real em mais de 600 pessoas». A autarquia é favorável a uma pesca «sustentável», no entanto, defende que qualquer restrição deve ter por base, obrigatoriamente, «estudos científicos rigorosos, credíveis e suportados por metodologias adequadas, uma articulação forte com as associações de pescadores e outras entidades ligadas ao setor, um olhar para as realidades económicas e sociais das comunidades afetadas, com necessários apoios e contrapartidas e, naturalmente, o conhecimento e experiência dos pescadores, pois não se concebe que se façam alterações com o impacto daquelas que vão sendo sugeridas nos últimos dias sem que estes profissionais sejam ouvidos». Além disso, considera ne-
cessário e urgente «o reforço da capacidade de investigação nacional para que, desse modo, se possam defender as posições e os interesses da pesca em Portugal»
Para o município, é «fundamental encontrar um ponto de equilíbrio que garanta a sustentabilidade da sardinha, mas também a dignidade e o sustento dos pescadores».
Alcácer adere à campanha “é tempo de ajudar”
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edil do Montijo, Nuno Canta, e o vereador dos Transportes, Ricardo Bernardes, reuniram no dia 15 com a administração da Transtejo, em Lisboa. Em cima da mesa estiveram os atuais constrangimentos na travessia fluvial Montijo-Lisboa e o alargamento da oferta de transportes públicos fluviais em resposta às necessidades do futuro aeroporto do Montijo. A Transtejo informou que está a elaborar um programa que permitirá aumentar o número de carreiras entre o Montijo e Lisboa, para responder aos desafios do novo aeroporto do Montijo. Este plano prevê a aquisição de novas embarcações panorâmicas, a ampliação do cais do Seixalinho, aumentando assim a frequência e a qualidade do serviço de transporte público fluvial. Nuno Canta manifestou a sua satisfação por a Transtejo partilhar a visão que a autarquia tem defendido relativamente ao transporte fluvial como apoio fundamental ao novo aeroporto, numa lógica de incentivo à utilização dos transportes públicos. Quanto à supressão de carreiras verificado nos últimos dois meses, a Transtejo expli-
cou aos autarcas que, neste momento, a travessia fluvial entre o Montijo e Lisboa está a ser assegurada com um número de embarcações que não permite a redundância em caso de falha e, por isso, sempre que um barco avaria a sua substituição imediata não é possível. A Transtejo informou, também, que durante outubro o número de avarias nos barcos aumentou significativamente, originando algumas supressões nas carreiras, garantido que a empresa está a fazer um grande esforço na reparação das embarcações e na normalização da operação fluvial. Nuno Canta referiu que este problema só se resolve com a aquisição de novos barcos, tendo a Transtejo assegurado que está a trabalhar num plano de reequipamento da frota para os próximos anos. Nuno Canta solicitou, ainda, que a Transtejo estabelecesse um canal de comunicação mais estreito com a câmara, para que seja possível à autarquia ter conhecimento em tempo útil e de forma oficial e direta dos problemas de supressões que vão ocorrendo na carreira fluvial Montijo-Lisboa, até os mesmos serem ultrapassados.
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elo segundo ano consecutivo, Alcácer do Sal adere à campanha solidária “É tempo de ajudar”, uma iniciativa que resulta de uma parceria entre o município, a Associação de Solidariedade Social do Grupo Nabeiro - Coração Delta e o Intermarché Super de Alcácer, com o apoio da Fidelidade Seguros. A decorrer entre 24 e 26 deste mês, no Intermarché de Alcácer, com a participação de voluntários, a campanha visa recolher produtos de higiene indispensáveis, que serão entregues a idosos em situação de vulnerabilidade económica e/ou social, sinalizados pelos parceiros sociais do concelho. Devido aos seus fracos recursos económicos, que a população idosa des-
tina a produtos de primeira necessidade, como bens alimentares e medicação, é muitas vezes negligenciada a compra de outros bens essenciais. No sentido de colmatar algumas dificuldades, promover o bem-
-estar dos idosos do concelho e no seguimento do trabalho de intervenção social que a Câmara tem vindo a implementar nos últimos anos, Alcácer do Sal junta-se, mais uma vez, a esta campanha solidária.
Mais de mil quilos de lixo retirados na zona das salinas de Alcochete
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ais de mil quilos de lixo foram retirados na linha de estuário abrangida pela Fundação das Salinas do Samouco, numa ação promovida pela Brigada do Mar, na qual participaram cerca de 40 alunos da escola secundária de Benfica, José Gomes Ferreira, em Lisboa. A autarquia assegurou os sacos para a recolha dos resíduos que estavam depositados no local, na maioria embalagens de plástico, luvas e garrafas de vidro, assim como o transporte das embalagens para a Amarsul. A acumulação de lixo junto à praia preocupa o executivo camarário enquanto uma pro-
blemática que tem responsabilidade em diferentes entidades. «Além da ajuda na limpeza da praia estas iniciativas têm fundamentalmente um caráter pedagógico e fazem-nos perceber que a ação humana é cada vez mais prejudicial para o nosso ecossistema», disse o vereador Pedro Lavrado. «Esta zona da praia é cada vez mais fustigada pelos mais variados tipos de lixo que, na sua grande maioria é proveniente da apanha ilegal da ameijoa. Este é um problema que urge resolver pelas diversas entidades com responsabilidades nesta matéria, e que a cada dia que passa se agrava mais», advertiu o vereador do
Ambiente e Espaços Verdes. «É urgente regular esta atividade e o município já está a trabalhar num projeto de regulamento de utilização da sua orla ribeirinha, que obviamente necessitará do envolvimento de todas as entidades competentes para a sua efetiva e eficiente aplicação, mas estamos dispostos a dar o primeiro passo», adiantou o vereador.
SOCIEDADE
SITUAÇÃO NO VALE DO SADO, UM DAS GRANDES RESERVAS ESTRATÉGICAS A SUL, É UMA DAS MAIS PREOCUPANTES
Produção de arroz ameaçada para 2018 e especialista sugere plano de barragens A situação levantada pelos produtores de Alcácer do Sal é muito preocupante. A próxima campanha de produção de arroz está mesmo ameaçada com a seca prolongada e com os níveis de recursos hídricos a descer. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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presidente da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos, Francisco Taveira Pinto, recomenda a elaboração de um novo plano de barragens para fins múltiplos, que permitam também armazenar água para o abastecimento às populações. O alerta surge perante uma das maiores secas que atravessa a região e que já ameaça a produção de arroz para a próxima campanha no Vale do Sado. É que dizem os produtores de arroz de Alcácer do Sal, que já admitem a impossibilidade de se-
mearem em 2018 caso a seca se prolongue por mais algum tempo, segundo o diretor do Agrupamento de Produtores de Arroz do Vale do Sado (APARROZ), João Reis Mendes, mostrando-se apreensivo com a pouca quantidade de água que se encontra armazenada nas barragens de Pego do Altar e de Vale do Gaio. Ambas as albufeiras abastecem os produtores da região, mas a continua descida do nível da água que vem ocorrendo desde 2015 - já tinha obrigado à redução da área semeada em 2016 e 2017, tendo chegado aos 30% este ano, mas para 2018 a «produção pode ser zero», ainda segundo João Reis Men-
des, alertando que além dos agricultores também a «economia regional que se desenvolve em torno do arroz pode ser afetada». Refere-se, por exemplo, aos fornecedores de sementes, adubos ou pesticidas. CONSTRUÇÃO DE NOVAS BARRAGENS ESTRATÉGICAS Olhando para o futuro, Francisco Taveira Pinto defende a construção, «num curto espaço de tempo (em alguns anos), de novas barragens que constituam reservas estratégicas de água para quando ocorram esses eventos extremos», acrescentando que a utilização dessas infraestruturas para fins múltiplos «é a
única forma de as rentabilizar e de torná-las socialmente mais aceitáveis.» Explica que se for só para produção de energia, o grau de aceitação será menor, mas se for para abastecimento de água, para prever situações extremas de seca ou para combate aos incêndios, a
aceitação é mais fácil e torna-se também mais rentável. Taveira Pinto defende que é também tempo de se pensar em sistemas de dessalinização de água do mar, sobretudo porque, afirma, há já métodos mais baratos que permitem o alívio dos custos do
processo. Quanto à campanha de sensibilização ao público para a falta de água, lançada nos últimos dias pelo Governo, o presidente da Associação Portuguesa de Recursos Hídricos considera que era conveniente ter sido feita logo desde o início do período de seca.
ATEC acolhe Concurso do Melhor Mecatrónico Casa Ermelinda Freitas patrocina Vodafone Mexefest
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avide Brito foi o vencedor da 2.ª edição do Concurso “Melhor Mecatrónico”, promovido pelo Jornal das Oficinas, em parceria com a ATEC, iniciativa que decorreu no inicio deste mês. O jovem vencedor, da empresa Lubrigaz (Leiria) levou a melhor sobre os restantes sete finalistas. Além do troféu, Davide Brito levou para casa diversos prémios, tendo o carro de ferramentas da Bahco Portugal sido o mais volumoso. Para Pedro Oliveira, diretor técnico e comercial da ATEC, o concurso revelou-se um sucesso. Mas, mais importante, no seu entender, foi o «reconhecimento de todos os participantes, das oficinas que representam e dos nossos parceiros e patrocinadores», adiantou.
COORDENADOR DIZ QUE CONCURSO SUPEROU AS EXPETACTIVAS Sentimento semelhante, no final do dia, era o de Carlos Isidro, coordenador da área de Mecatrónica Automóvel da ATEC e presidente do júri. «Penso que o concurso superou as expectativas. O dia de hoje é o culminar de um longo trabalho preparatório, de vários meses, de toda a equipa». Durante os dois dias de provas, passaram pelas instalações da ATEC mais de 500 mecânicos e profissionais do setor que tiveram ainda a oportunidade de assistir a sessões de apresentação de produto dos vários patrocinadores do evento. De referir ainda que na 1ª fase do concurso organizada pelo Jornal das Oficinas participaram 300 profissionais oriundos de oficinas e concessionários de todo o país, tendo os oito melhores chegado à fase final.
A
Casa Ermelinda Freitas, vai ser este ano, um dos patrocinadores oficiais do evento Vodafone Mexefest, organizado pela Música no Coração, que decorre nos dias 24 e 25 deste mês, na Av.ª da Liberdade, em Lisboa. Pela primeira vez, a Casa Ermelinda Freitas, de Fernando Pó, em Palmela, vai associar-se a um evento itinerante. A Casa Ermelinda Freitas vai estar presente com os seus pontos de venda em quatro locais distintos, entre eles a Sala Ermelinda Freitas, que se vai situar no belo espaço do Palácio da Foz, onde vão passar diversos artistas. Além da Sala Ermelinda Freitas, onde o ‘naming’ da mesma assume o nome
da marca, a empresa, que se farta de ganhar importantes prémios em todo o Mundo pela qualidade dos seus afamados vinhos, vai estar presente com os seus bares e vinhos no Capitólio, estação do Rossio e Coliseu de Lisboa. Durante o evento vão ser servidos a copos as marcas mais reconhecidas da Casa Ermelinda Freitas: Terras do Pó Branco, Terras do Pó Rosé, Dona Ermelinda Branco, Dona Ermelinda Tinto, Dona Ermelinda Reserva e Casa Ermelinda Freitas Moscatel de Setúbal Trata-se de uma excelente ocasião para se poder desfrutar dos excelentes vinhos feitos na Casa Ermelinda Freitas, na Península de Setúbal, na companhia de artistas nacionais e internacionais.
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SOCIEDADE
12 MIL ESPÉCIMES ESTIVERAM ABRIGADOS NA ZONA, NÚMERO QUE É MESMO UM RECORDE
Recorde de flamingos invade Estuário do Tejo Segundo as contagens recente, promovidas pelo Centro de Estudos de Migrações e Protecção de Aves, do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, estiveram abrigados na zona estuarina do Tejo cerca de 12 mil flamingos. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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unca tal número tinha sido registado nas contagens. Cerca de 12 mil flamingos estiveram abrigados no Estuário do rio Tejo, segundo os censos realizados pelo Centro de Estudos de Migrações e Protecção de Aves (CEMPA), do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. Sabia-se que na última década a população de flamingos vinha aumentando na região, sobretudo nos estuário do Tejo e Sado, além de muitas ou-
tras zonas húmidas, mas a quantidade de exemplares que se reuniram este ano é um recorde que chega a surpreender a rede de colaboradores que trabalham com o CEMPA, muitos dos quais voluntários e que se dedicam às contagens de dezenas de espécies de aves invernantes entre outubro e março, de Norte a Sul do país. Ainda assim, e apesar da tendência de aumento da presença de flamingos entre o Tejo e Sado, estas aves continuam sem nidificar no nosso país por falta de condições, já que apenas o fazem em colónia, em enormes áreas de hipersali-
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na, que não existem em território português. ESPÉCIE ‘ESPANHOLA’ E PORTUGUESA POR ‘ADOPÇÃO’ Aliás, os flamingos que por cá temos são portugueses apenas por «adopção», porque quase todos nasceram Espanha. Haverá alguns oriundos de França. O certo é que os flamingos que escolheram os rios Sado e Tejo para viverem já cá passam o ano todo, porque apesar de ser uma ave migratória que não procria em Portugal só viaja para as zonas de reprodução quando tem casal. Segundo a explicação de um biólogo, nas zonas de re-
produção «não há lugar para mais ninguém e os juvenis não vão estar a competir com os reprodutores. Mesmo os adultos quando veem que não
há lugar vêm-se embora para não competir», explica a mesma fonte. Ou seja, só ficam os casais que se estão a reproduzir, porque a Fuen-
tedepiedra só serve de local de reprodução e as aves têm que fazer cerca de 500 quilómetros para se alimentar e levar comida aos filhos.
SOCIEDADE
INTERDIÇÃO ATINGE CONCELHOS DE GRÂNDOLA E SANTIAGO E VAI ATÉ 18 DE MAIO DE 2018
DAS COISAS NASCEM COISAS
Há dois concelhos no distrito onde a caça é proibida até maio
JOSÉ TEÓFILO DUARTE
DESIGNER | DIRECTOR DE ARTE
jtd@ddlx.pt
Até maio de 2018, a atividade cinegética está proibida em diversos concelhos do país e, no caso do distrito, também em Grândola e Santiago do Cacém. Os caçadores receiam que as zonas livres venham a registar grande pressão da atividade. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
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Governo já tinha avisado que a atividade cinegética iria ser proibida em alguns concelhos do país mais afetados pelos fogos dos últimos meses, tendo o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas revelado agora a lista que, afinal, ainda inclui dois concelhos do distrito: Grândola e Santiago do Cacém. A caça fica por aqui proibida até 31 de maio de 2018, seguindo a lógica adotada pelo Governo de interditar a atividade nas zonas consumidas pelos fogos, numa área superior a mil hectares. Ou seja, na prática esta limitação agora imposta pelo Governo aos caçadores acaba por representar a proibição da caça a qualquer espécie cinegética nos terrenos situados no interior da linha perimetral da área percorrida por incêndio, assumindo o Executivo que o objetivo da suspensão da caça visa proteger espécies cinegéticas como o coelho bravo, a lebre, a perdiz ou a codorniz, estando regulada pela portaria 333-A, de 3 de novembro. Há ainda casos em que ficou também estipulado que a caça a aves migratórias como o pombo ou o tordo está limitada a dois
dias por semana, em vez dos atuais três dias. Ainda assim, e segundo o dirigente do Movimento Caçadores Mais Caça, José Baptista, a «portaria é insuficiente, porque cria pressão em alguns concelhos», diz, justificando que os caçadores passam a dirigir-se para algumas do distrito que vão ficar sobrecarregadas «por não estarem envolvidas por esta proibição», sublinha. ATIVIDADE INTERROMPIDA MESMO EM ZONAS NÃO RESTRINGIDAS Já o presidente da Fencaça, Jacinto Amaro, assume que mesmo em concelhos não abrangidos pelas restrições governativas «houve zonas onde a atividade cinegéti-
ca foi interrompida». Num documento exibido pelo ICNF pode ler-se que as zonas de de caça associativas e turísticas concessionadas cujos terrenos se encontrem abrangidos pela proibição «ficam isentas do pagamento da taxa anual, proporcionalmente aos hectares ou fração de hectare, afetados pela proibição de caçar, correspondendo às áreas onde não é permitido o exercício da caça na época venatória 2017/2018.» Acrescenta o mesmo organismo que, sem prejuízo desta determinação, as entidades concessionárias de zonas de caça maioritariamente localizadas nos distritos e concelhos afetados pelas medidas que declarem, por
escrito e até ao dia 15 de novembro, não exercer o ato venatório até ao termo da época 2017/2018, “ficam isentas, no ano de 2018, do pagamento da taxa anual.» Recorde-se que o Governo já tinha avisado que a caça iria ser interditada ou reduzida nas zonas afetadas pelos incêndios, segundo o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, depois de se reunir com associações de caçadores, onde o Governo também decidiu «estimular as associações de caçadores» para tomarem uma posição de autogestão, enquanto confirmou que algumas associações já tinham comunicado a decisão de não caçar.
Grândola e Faculdade de Belas Artes assinam protocolo no Lousal
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Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e o Município de Grândola irão desenvolver, já no próximo ano, um projeto conjunto, no âmbito da valorização identitária do território da aldeia mineira do Lousal, através da arte pública, vi-
Outra vida de André Carrilho
A
ndré Carrilho nasceu em Lisboa em 1974. Aos dezoito anos começou a revelar-se como um dos maiores nomes da ilustração em Portugal, com uma actividade que vai da caricatura ao cartoon e à animação. É um dos autores da série de cartoons animados spam, que passam na RTP, com produção do João Paulo Cotrim. É colaborador permanente do Diário de Notícias. Trabalha regularmente para publicações internacionais como e New York Times, New York Magazine, e New Yorker, Harper”s Magazine, Vanity Fair, Independent on Sunday. Atrito é o título que deu à exposição de desenhos que agora abre no espaço A-MAR, em Setúbal. O ilustrador confessou à imprensa sobre esta exposição: “Estou farto de computadores. Quero voltar ao básico”. É nesse registo que abraçou agora esta ideia. Paisagens desenhadas e pintadas pelos processos tradicionais. Mas não há aqui nada de tradicional no sentido conservador da expressão. Estas aguarelas são um olhar diferente sobre a realidade observada apesar de praticadas pelos processos tradicionais.. Encontramos aqui paisagens quase sempre despovoadas: Londres, Paris, Nova Iorque, Macau, Hong-Kong, tal como de Viseu, do Douro, de Óbidos, de Ciudad Rodrigo. O ilustrador chega a um sítio, senta-se numa cadeira de pescador, abre a caixa de aguarelas e está ali a desenhar até ficar com trabalho que o satisfaça. Os desenhos vão ser publicados em livro pela Abysmo. Os textos serão do próprio ilustrador. André Carrilho já expôs individualmente duas vezes em Setúbal. Na galeria da Casa da Cultura, em 2013, e foi o ilustrador convidado da primeira Festa da Ilustração, em 2015.
sando a conceção e criação participadas e posterior instalação de uma obra de criação artística para homenagear o movimento operário mineiro, envolvendo ativamente a população local. Nesse sentido as duas entidades estabeleceram um protocolo de cooperação para a
concretização deste projeto, em que se definem as obrigações das partes envolvidas e as condições para o seu desenvolvimento e cujos termos foram objeto de consenso por parte das duas entidades. O protocolo foi assinado esta quinta-feira,
em Grândola, pelo presidente da Câmara Municipal, António Figueira Mendes, e pelo Presidente da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Victor dos Reis, numa cerimónia em que estiveram presentes diversos órgãos de comunicação social.
ATRITO Aguarelas de André Carrilho de 24 de novembro a 31 de dezembro de 2017 Inauguração dia 24 de novembro 17 horas A-MAR Concept store Avenida Luísa Todi, 73. Setúbal
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SOCIEDADE
HUGO SILVA, FOI UM DOS VENCEDORES DOS “INNOVATIN RADAR AWARDS 2017
Docente do Instituto Politécnico de Setúbal distinguido pela Comissão Europeia Projeto BITalino, liderado pelo investigador Hugo Silva, foi um dos vencedores dos Innovation Radar Awards 2017. Um reconhecimento também para o Instituto Politécnico de Setúbal. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM
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ugo Silva, docente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), acaba de ser distinguido pela Comissão Europeia no âmbito dos Innovation Radar Awards 2017, enquanto investigador principal do projeto BITalino, que venceu na categoria de Industrial & Enabling Tech. A iniciativa, que visa identificar os mais inovadores e promissores projetos de investigação financiados pela União Europeia nas áreas das Tecnologias da Informa-
ção e Comunicação, premiou no total sete trabalhos, numa cerimónia que decorreu em Budapeste, Hungria, no passado dia 9 de novembro. O centro de investigação CATEC, da vizinha Espanha, foi o vencedor principal, pelo trabalho desenvolvido na área de controladores de precisão para drones utilizados em tarefas de inspeção e manutenção. O BITalino, único vencedor de origem portuguesa, é uma plataforma de desenvolvimento, composta por hardware de baixo custo e software de código aberto, que permite a qualquer pessoa de-
senvolver projetos e aplicações que incorporem sinais biomédicos, de forma fácil e rápida. PROJETO INOVADOR NAS ÁREA DA FISIOLOGIA E TECNOLOGIA O projeto, onde se conjugam as áreas de fisiologia e tecnologia, distingue-se por disponibilizar, “em forma de kit tudo-em-um os materiais necessários para adquirir sinais musculares, cerebrais, cardíacos, do sistema nervoso simpático e biomecânicos, entre muitos outros”, permitindo assim “democratizar” o uso destas ferramentas, dantes “frequentemente inacessíveis fora do laboratório”, como explica o professor da Es-
cola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal/ IPS). Partindo de uma nomeação inicial feita por um conjunto alargado de peritos, o prémio recentemente atribuído pela Comissão Europeia representa, segundo o investigador Hugo Silva, “uma grande honra para todas as pessoas que contribuem e contribuíram para o projeto, e uma
validação adicional de que estamos a avançar na direção certa”. Sendo que, no futuro imediato, contribuirá para dar “bastante exposição ao trabalho”, funcionando “como um selo de qualidade que gera confiança adicional junto da base de utilizadores”, conclui. Doutorado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pela Uni-
versidade de Lisboa, Hugo Silva é, desde 2004, investigador no IT - Instituto de Telecomunicações, sendo também docente da ESTSetúbal/IPS desde 2016. É igualmente um dos fundadores da PLUX – Wireless Biosignals, jovem empresa nacional que desenvolve instrumentação e software para aplicações biomédicas e que atualmente mantém o BITalino.
DEBATE INCLUIU TEMAS ‘QUERIDOS’ PARA A REGIÃO, COMO O TURISMO, NÁUTICA DE RECREIO E GASTRONOMIA
Economia Azul discutida a nível ibérico em Baiona Entre 9 e 10 e Novembro o parador do Conde de Gondomar, em Baiona, recebeu os trabalhos das Jornadas Náuticas de Turismo Sustentável e Recursos Naturais – Ibernáutica. Quase duas centenas d e participantes para seis sessões, mesas redondas e conferencias numa organização de Victor Montero que constituiu o ponto alto da semana Abanca. A economia azul, os recursos naturais, o mar, a gastronomia, o turismo e a náutica de recreio foram temas presentes num evento que contou com gestores, cientistas, autarcas e empresários do sector das pescas e conservas, da hotelaria e da restauração e decisores políticos nacionais e regionais. TEXTO ANDRÉ QUIROGA IMAGEM SM
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a semana passada, 9 e 10 de Novembro assistiu-se à transformação de Baiona na capital da economia azul, uma plataforma para a troca de informação e experiências entre atores de todos os subsectores da fileira oceânica, com o turismo como pano de fundo. As praticas de gestão do sector, o impacto da permanência de grandes números de visitantes nas zonas costeiras e das embarcações de transporte, alojamento e recreio, a imposição de taxas turísticas destinadas ao investimento em abastecimento de água ou protecção da costa ou de reservas mari-
nhas, e como não podia deixar de ser, as moratórias e quotas nas capturas de determinadas espécies, estiveram presentes nas apresentações e debates. O que é que possuem em comum o vice-presidente da Xunta de Galicia, o secretário geral da Pesca do Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação de Espanha, o presidente da autarquia de Baiona, o antigo director do Centro de Estudos Oceanográficos da Comissão Intergovernamental da UNESCO, a responsável pelo turismo nas Baleares ou quadros do Instituto Espanhol de Oceanografia? E que é que os leva a juntar-se durante dois dias com praticantes de vela, caça submarina ou de pesca desportiva, conserveiros e armadores, organizadores de regatas,
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dirigentes de clubes de vela e restauradores, e traz ali a bi-campeã olímpica eresa Zabell para falar com docentes universitários, construtores navais e administradores do sector portuário? A preocupação com os oceanos, com as questões da água e da sua gestão, com a exploração e a sobre exploração de recursos marinhos e a forma de proteger, preservar e tornar mais forte, saudável, diversificado e rentável o ecossistema marinho. A gastronomia foi um tema central, com a discussão do papel pedagógico a exercer por chefs, restauradores e empresas de distribuição, e uma politica de aquisições que premeie projectos empresariais sustentáveis, foi trazida ao debate pela representação lusa, a cargo
da Academia de Gastronomia do Caminho Português de Santiago de Compostela, presidida por André de Quiroga, antigo assessor do Governo Civil de Setúbal com Maria das Mercês Borges. As
restantes academias presentes, da Galiza ao País Basco, mostraram-se empenhadas neste objectivo tendo reconhecido o papel histórico de Portugal na exploração dos oceanos, numa altura em que
o nosso país tenta formalizar o reconhecimento internacional dos direitos sobre uma alargada área submersa constituída por milhões de quilómetros de plataforma continental.
LOCAL
PALMELA Feiras com obras a preços convidativos O município e a Porto Editora promovem duas novas feiras do livro, no âmbito da quadra natalícia. Entre 18 e 26, o mercado municipal de Pinhal Novo recebe a primeira feira que oferece grande variedade de títulos, todos com desconto de 10 por cento sobre preço de capa. Em dezembro, entre 12 e 16, a biblioteca de Palmela acolhe a iniciativa, que visa a promoção do livro e de hábitos de leitura, em particular, junto do público mais jovem.
MONTIJO Jorge Peixinho inspira talentos O teatro Joaquim d’Almeida acolhe o 3.º Concurso Internacional de Composição GMCL/Jorge Peixinho, no dia 24, às 21h30. Organizado pelo Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, visa o incentivo à criação musical e a divulgação do trabalho de jovens compositores, contribuindo para o incremento do repertório contemporâneo de música de câmara. Aos 1.ºs prémios (das categorias A e B) serão atribuído 2 mil euros.
SEIXAL Taxa do IMI volta a baixar Pelo terceiro ano consecutivo, o município vai diminuir o valor da taxa do imposto municipal sobre imóveis, que se situará em 2018 nos 0,395 por cento. Esta medida «não irá colocar em causa a sustentabilidade das contas públicas e permite prosseguir uma política de investimento na qualidade de vida da população do concelho, nas mais diversas áreas de intervenção».
SETÚBAL Ídolos da Praça inauguram sintético Um novo relvado sintético instalado pela edilidade no campo de jogos do Ídolos da Praça, é inaugurado este domingo, às 10h30. A obra, um investimento de 27 mil 400 euros, vai beneficiar, sobretudo, os atletas, e o clube ganha, assim, «uma maior capacidade de atrair jovens para a prática desportiva». As beneficiações englobam a instalação de duas balizas rebatíveis de futebol de 7 e melhorias nos balneários.
BARREIRO Entidades visitam projetos âncora Abrir o Barreiro ao investimento privado, apostando no desenvolvimento do concelho foi o objetivo da visita ao Barreiro de empresários do ramo turístico, da Secretária de Estado do Turismo, Ana Godinho, e do presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, realizada no dia 15. O território da Quinta do Braamcamp, propriedade do município, foi apresentado como catalisador do desenvolvimento da cidade.
SANTIAGO DO CACÉM Município recebeu prémio pela qualidade da água A Câmara recebeu, dia 8, o prémio para a Qualidade da Água Exemplar para Consumo Humano, cuja entrega decorreu em Lisboa. De recordar que a distinção foi atribuída a 117 entidades que se distinguem pelos serviços de abastecimento público de água e saneamento de águas residuais urbanas, sendo casos de referência em Portugal. O edil Álvaro Beijinha considera a distinção «um orgulho para todos os que trabalharam para alcançar este objetivo».
SESIMBRA Azoia e Pinheirinhos ganham esgotos
ALCOCHETE Solidariedade com os bombeiros
A construção da rede de saneamento em “baixa” na Azoia e Pinheirinhos foi adjudicada pelo município, por cerca de 1 milhão e 100 mil euros. Os trabalhos arrancam em 2018 e têm um prazo de execução de 420 dias. Com estas obras fica concluído o sistema de águas residuais Lagoa – Meco: Zambujal sul/ poente e Azoia/Pinheirinhos, que vai servir mais de mil habitantes e permite eliminar 500 fossas séticas.
A II Gala Solidária a favor dos bombeiros locais realizou-se dia 11, no Fórum Cultural, e assinalou o final da campanha solidária que envolveu de forma bastante ativa a comunidade local. Com o lema “Um gesto por uma ambulância. Ajude-nos a ajudar antes de precisar” a campanha foi «um enorme sucesso» e reuniu mais de 40 mil euros que permitiu a aquisição de uma nova ambulância e de proteção individual para os bombeiros.
ALMADA Governo aposta em eficiência energética As piscinas, na Caparica, foi o local escolhido por Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, para apresentar, no dia 15, o novo concurso para a “Eficiência Energética nas Infraestruturas Públicas da Administração Local. O Governo vai disponibilizar 150 milhões de euros para concursos para a eficiência energética na administração local, anunciou o ministro. Este novo financiamento «é mais um passo» para «fazer face à necessidade de enfrentar as alterações climáticas» e aos objetivos estabelecidos no Acordo de Paris.
MOITA Repavimentações em áreas prioritárias A Câmara acaba de proceder a várias repavimentações de ruas nas freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira. As obras abrangeram um troço da ex-EN 11, a av.ª 25 de Abril, as ruas Catarina Eufémia e MFA, na Baixa da Banheira, e as traseiras da rua José Carlos C. Nunes, no Vale da Amoreira, num investimento de 61 200 euros. Com vista a melhorar a mobilidade dos peões, foram também construídas rampas no largo do Cravos, no Vale da Amoreira, e na Praceta 1.º de Dezembro, na Baixa da Banheira.
GRÂNDOLA Arte pública avança no Lousal A Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e o município vão desenvolver, no próximo ano, um projeto conjunto, no âmbito da valorização identitária do território da aldeia do Lousal, através da arte pública, visando a conceção e criação participadas e posterior instalação de uma obra de criação artística para homenagear o movimento operário mineiro, envolvendo ativamente a população local. Nesse sentido foi celebrado, esta quinta-feira, um protocolo de cooperação para a concretização do projeto.
ALCÁCER DO SAL Fechar a torneira à seca Sabia que se mantiver a torneira aberta desnecessariamente um minuto, tal representa um desperdício de 120 milhões de litros de água, o que garantiria as necessidades básicas diárias de 1 milhão de pessoas? E que por cada 2 minutos no banho gasta mais de 40 litros de água com a torneira sempre aberta? Este é o apelo do município e que consta no site www.fecheatorneira.pt, o qual integra a campanha “Vamos fechar a torneira à seca”.
SINES Escolas com mais zonas verdes O município associa-se à 8.ª Semana da Reflorestação Nacional, que decorre até final do mês, com a finalidade de tornar o concelho mais verde. No dia 21, nas hortas verticais do pré-escolar das quatro escolas básicas serão replantadas com ervas aromáticas. E a 22 e 23, será plantada uma “parede” de hera na vedação norte da EB2,3 Vasco da Gama. Dia 30, no relvado em frente à secundária Al Berto, serão plantadas outras espécies.
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CULTURA
BRUNO FRAZÃO, ESTREIA NOVA PRODUÇÂO DE TEATRO MUSICADO
«Queremos passar uma mensagem de esperança e de respeito pela diferença» O encenador Bruno Frazão não brinca em serviço e volta à cena com nova produção musical para toda a família. A estreia ocorre no Forum Luísa Todi mas depois a peça vai estar no palco do Grupo Desportivo Independente e vai andar pelas escolas do concelho. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
A
“Fábrica dos Sonhos”, espetáculo infantil de teatro musicado sobre as fantasias de uma criança, estreia amanhã, domingo, às 17h30, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal. A peça, uma viagem ao mundo dos sonhos de
uma criança que tem uma forma diferente de todas as outras de olhar e compreender o mundo, tem textos de Bruno Frazão e música de Artur Jordão. “Fábrica dos Sonhos” transmite, pois, segundo o encenador Bruno Frazão, uma mensagem de «esperança e aceitação e de respeito pela diferença». No elenco encontramos Flávio Fernandes, Carlos Luz, Bruno Fra-
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zão, Guilherme Rodrigues, Dulce Marcos, Natália Abreu, Susana Jordão, Paula Cruz, Miká Nunes e Sofia Becker. Os bilhetes para o espetáculo custam 5 euros para os adultos e 3 euros para crianças até aos 12 anos e podem ser adquiridos no Fórum Municipal Luísa Todi. Segundo Bruno Frazão, a plateia está «completa» mas ainda há bilhetes para o balcão.
AGENDA
CULTURA
MONTIJO18NOVEMBRO21H30
A CONQUISTA
TEATRO JOAQUIM D´ALMEIDA Sobe ao palco musical “A Conquista”, que retrata o mundo de João, um romântico incurável que fará de tudo para alcançar aquele que considera ser o sonho da sua vida. Sozinho, mas decidido, parte para esta aventura musical, sem olhar para trás.
SETÚBAL18NOVEMBRO21H00
DEPOIS DE OUTUBRO FORUM LUÍSA TODI
A Orquestra Sinfónica Metropolitana apresenta, na IV Temporada de Música, a pretexto do centenário da Revolução Russa, um concerto intitulado “Outubro”, com obras de Schostakovich, entre outros.
ALMADA18NOVEMBRO22H00
TITANIC MONSTER SHOW TEATRO JOAQUIM BENITE
Eis “o maior e mais monstruoso cabaret de variedades de Portugal”. Desde o brilhantismo de Victor Gomes à sensualidade das bailarinas burlescas, passando pelo romantismo de Sandro Core, Titz Vagabond, alter-ego de Manuel Vieira, apresenta imprevisível desfile de “monstros da cena”.
SESIMBRA18NOVEMBRO16H00
PELOS QUE ANDAM SOBRE AS ÁGUAS DO MAR TEATRO JOÃO MOTA
Este teatro/documentário inspira-se na viagem e nas palavras de Raul Brandão, na comemoração dos 150 anos do seu nascimento, e no trabalho desenvolvido com as comunidades piscatórias da Nazaré, Montijo, Setúbal, Sesimbra e Portimão.
BARREIRO18NOVEMBRO22H00
ENZO LOPEZ DÁ CONCERTO AUDITÓRIO AUGUSTO CABRITA
Enzo Lopez lança o seu CD “Saudade”, tendo como convidados especiais: Irmãos Verdades, Don Kikas, Jaír Gomes e Ana Abrantes, Chico Moreno, Juliana Silva, Belito Campos, DJ Matador e Carlos Moreno.
MOITA18NOVEMBRO22H00
BLUES NIGHTS COM PAULO BRISSOS
RAIO-X
POR ANTÓNIO LUIS
JULIETA AURORA
«QUERO ACRESCENTAR ALGUMA COISA AO MUNDO» Aos 53 anos, a sagitariana Julieta Aurora, diretora artística e encenadora do Teatro do Mar, de Sines, sonha em contribuir para melhorar o mundo. Quer conhecer a Ásia. QUAL O SEU MAIOR SONHO PROFISSIONAL? Contribuir para melhorar o mundo em que se vive, acrescentar alguma coisa. E PESSOAL? Tornar-me um ser humano melhor, a cada dia. E viajar o mais que puder. Nada me faz mais feliz. CIDADE PREFERIDA? Sines. Depois dela, Barcelona.
A minha mãe. Tenho muita saudade. QUEM É O HOMEM MAIS SEXY DO MUNDO? Adrien Brody, William Dafoe, Nick Cave… COMPLETE: A MINHA VIDA É… Trabalho, trabalho e mais trabalho. Urge uma mudança de prioridades. O QUE NÃO SUPORTA NO SEXO OPOSTO? O egoísmo, a falta de escuta.
A reler “Nenhum Olhar”, de José Luís Peixoto. QUAL O ÚLTIMO FILME QUE VIU NO CINEMA? Al Berto, de Vicente Alves do Ó. MELHOR PEÇA DE TEATRO? MTM, dos La Fura dels Baus. MELHOR MÚSICA DE SEMPRE? “Estranha Forma de Vida”, por Amália Rodrigues. QUAL A SUA MAIOR VIRTUDE? A lealdade.
QUAL O LOCAL QUE GOSTARIA DE CONHECER E QUE AINDA NÃO VISITOU? Talvez a Ásia, estou cansada do Ocidente.
COMIDA E BEBIDA PREFERIDA? Saladas, peixe grelhado e coca-cola zero.
UM DESEJO PARA 2017? Viajar mais. Tranquilizar-me.
QUAL O SEU MAIOR VÍCIO? O trabalho.
COMO SE CHAMA O SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO? Dois gatos, o Veludo e o Algodão.
QUEM CONVIDARIA PARA UM JANTAR A DOIS?
QUE LIVRO ANDA A LER OU LEU ULTIMAMENTE?
O QUE LEVARIA PARA UMA ILHA DESERTA?
E DEFEITO? A insegurança.
Um canivete suíço, fósforos e fotografias dos que amo. DIA OU NOITE? Noite. O QUE MAIS TEME NA VIDA? O sofrimento numa doença. A dependência dos outros. A QUEM OFERECERIA UM PRESENTE ENVENENADO? Ao Donald Trump e a quem o elegeu. O MAIOR DESGOSTO DA SUA VIDA? A perda da minha mãe.
FORUM JOSÉ MANUEL FIGUEIREDO
O Blues Nights by BBBF Blues Jam apresenta um concerto com Paulo Brissos, com entradas a 5 euros.
ALCOCHETE18NOVEMBRO21H30
LIVROS DA SEMANA
REVISTA E FADO FORUM CULTURAL
“Revist’Ó Fado… Na Tasca do Ti Carlos” traz-nos os atores Paulo Oliveira, Ana Paula Mota, Luís Viegas e Filipa Giovanni e os fadistas António Pinto Basto e Manuela Bravo.
SEIXAL24NOVEMBRO21H30
TERTÚLIA À MODA ANTIGA JUNTA DE CORROIOS
Uma tertúlia à moda antiga, em torno de uma mesa de café, onde basta um pouco de água e umas folhinhas de chá, num encontro em que estão em foco a tristeza, a saudade, o amor e a amizade.
GANHE CONVITES PARA O TEATRO DE REVISTA DO MARIA VITÓRIA Temos convites para oferecer aos nossos leitores para irem assistir ao magnífico espetáculo de teatro de revista em cena no Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer, em Lisboa. “Portugal em Revista”, tem textos de Flávio Gil, Renato Pino e Miguel Dias, e no elenco estão Paulo Vasco, Miguel Dias, Rosa Villa e Susana Cacela, entre outros. A revista, que presta homenagem a Nicolau Breyner, tem crítica social e política de rir à gargalhada. Basta ligar 96 943 10 85 ou 918 047 918 e solicitar os seus convites.
LUGARES ABANDONADOS DE PORTUGAL A jornalista Vanessa Fidalgo percorre o país de norte a sul e revela-nos a história de dezenas de lugares abandonados. Recupera personagens que os habitaram, as suas vivências, amores e desamores, os episódios que conferiram a esses locais uma alma e uma memória.
O SILÊNCIO DOS CÉUS Trata-se de uma ficção, de Fernando Sobral, à volta de uma conspiração em Macau, que visa a independência do território. Estamos em meados do século XIX e o Império Britânico conseguia instalar-se em Hong Kong, ao mesmo tempo que garantia o centro comercial em Cantão.
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POLÍTICA
MINISTRO DAS FINANÇAS GARANTE QUE PROJETOS E ESTUDOS ARRANCAM NAS PRÓXIMAS SEMANAS
Hospital do Seixal ganha primeiras investidas e pode abrir portas em 2020 O hospital do Seixal é uma reivindicação antiga da população daquele concelho que até já esteve “previsto” estar a funcionar em 2012. Os vários governos têm adiado a sua concretização apesar de já ter tido verbas inscritas no orçamento de estado. O ministro das finanças garante que nas próximas semanas o projeto avança mesmo. TEXTO MARTA DAVID IMAGEM SM
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ário Centeno, ministro das Finanças, anunciou, em Comissão Parlamentar, que a primeira fase do investimento para o futuro Hospital do Seixal arranca nas próximas semanas com a concretização de projetos e estudos e a adjudicação da fiscalização de todo o processo. No entanto, o impacto orçamental deste investimento vai recair «na esmagadora maioria no orçamento de 2019», referiu o governante assumindo que, segundo a atual planficação «o hospital estaria terminado no início de 2020». Apesar da promessa
do governante, o presidente da Câmara do Seixal parece pouco convencido e critica os sucessivos «avanços e recuos do projeto». Joaquim Santos considera injustos os constantes adiamentos a que a construção do hospital tem estado sujeita. «Não é justo para a população do Concelho e da Região que o processo de construção do Hospital no Seixal se mantenha cativo ano após ano, uma vez que este equipamento tinha 10 milhões de euros inscritos no Orçamento de Estado para 2017 e nem um cêntimo avançou». O Hospital do Seixal é uma reivindicação antiga e que foi reconhecida há já alguns anos tendo sido mesmo assinado, em agosto de 2009, um Acordo Estratégico entre a Câ-
mara Municipal e o Ministério da Saúde para a sua construção, o que permitiria que o hospital estivesse em funcionamento em 2012. No entanto, o equipamento que iria descongestionar o Hospital Garcia de Orta, em Almada, ainda não saiu do papel. PROTESTOS DA POPULAÇÃO PRESSIONAM DECISÃO? O hospital do Seixal vai servir cerca de 500 mil utentes e, por isso, a sua construção tem sido exigida ao longo dos últimos anos. À população do Seixal juntaram-se também as de Sesimbra e Almada na reivindicação pelo avanço da unidade de saúde. Depois de estar prometido para 2012, e após a assinatura do acordo estratégico, o processo esteve parado du-
rante a vigência dos anteriores governos. Joaquim Santos diz que só após «um abaixo assinado da população do Concelho do Seixal, que levou à aprovação de um projeto de resolução aprovado na Assembleia da República, é que o Governo inscreveu uma verba de 10milhões de euros no Orçamento do Estado para 2017 para relançar o projeto e o concurso para construção.»
Para além desta petição, um cordão humano em torno da Baía do Seixal, que reuniu mais de 10 mil pessoas, e a realização do Natal do Hospital no Seixal, que todos os anos reúne artistas locais e nacionais, foram algumas das iniciativas levadas a cabo no sentido de pressionar o Governo. A decorrer está ainda a Campanha “Um Voto pelo Hospital no Seixal” que já reuniu até
ao momento mais de 40 mil votos. Ao arrepio desta posição mais cometida por parte do presidente da Câmara do Seixal, a oposição reclama parte dos louros, nomeadamente pelo facto de ter sido este o primeiro governo em funções que «prometeu e está a cumprir», como sublinhou o Eduardo Rodrigues, candidato do PS ao município socialista e atual vereador.
Deputados ‘rosa’ apostam nos contatos de proximidade com a população TEXTO ANTONIO LUIS IMAGEM SM
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s deputados socialistas eleitos pelo distrito arrancam, este sábado, às 10 horas, no mercado do Livramento e zona da baixa, em Setúbal, com a iniciativa “Contatos de Proximidade” com a população da região. Além das intervenções plenárias em S. Bento e das comunicações à imprensa, que são de domínio público, os parlamentares assumiram um compromisso de proximidade para com a população. Segundo a coordenadora dos deputados ‘rosa’, Eurídice Pereira, a ação visa a promoção de várias ações no terreno. «A ativi-
dade dos deputados não se limita a lógicas eleitorais como já demos prova. Entendemos o nosso compromisso como permanente por isso iniciamos um ciclo de ações de proximidade que decorrerão, propositadamente, fora do período de eleições, e que se assemelham às deslocações de rua muito comuns em períodos de campanha eleitoral», esclarece. «Estas iniciativas visam estimular a participação das pessoas e o desenvolvimento de contactos permanentes entre eleitos e eleitores. Vamos distribuir um postal que nos identifica e que manifesta a importância da participação», conclui. Os deputados ‘rosa’ eleitos por Setúbal recor-
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dam que, desde o início do mandato, têm vindo a reunir com entidades patronais e associações representativas dos trabalhadores das empresas que constituem o tecido económico nos concelhos de Setúbal, marcaram presença em várias visitas oficiais/trabalho, com destaque para as unidades de saúde, os estabelecimentos escolares, as unidades industriais e de serviços, bem como as realizadas em diversas instalações de solidariedade social. «Dignificámos a nossa função e acompanhamos de perto a atividade dos membros do Governo e de todas as autarquias que elegeram os deputados como parceiros para a resolução dos problemas dos seus munícipes»,
vinca Eurídice Pereira. «Ao longo dos últimos dois anos acompanhámos, questionámos e ajudámos na elaboração de propostas em diversas
áreas. O nosso empenho é constante, quer nas comissões permanentes de especialidade, em sede de debate do Orçamento de Estado quer nas peque-
nas ações do dia-à-dia, trabalhamos para resolver os problemas daqueles que representamos», assegura Eurídice Pereira.
DESPORTO
INFANTIS A 2005 DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA VÃO PARTICIPAR NO MAIOR TORNEIO DE FUTEBOL JUVENIL DO MUNDO
«Estamos à procura de parceiros para nos apoiarem nesta aventura»
Os infantis A 2005 do Comércio e Indústria, de Setúbal, continuam à procura de apoios para a deslocação à Suécia, onde vão participar no Gothia Cup, em Gotemburgo, o maior torneio de futebol juvenil do mundo, que decorrerá de 15 a 22 de julho de 2018. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
O
custo total da viagem dos jovens do Comércio e Indústria à Suécia é elevado e ronda os 16 500 euros. No total, são 22 pessoas que integram a comitiva. «Os custos de participação neste evento são elevados e serão os próprios pais que irão cobrir a despesa. Esperemos que apareceram patrocinadores para que a carga financeira não seja tão grande para os pais dos jovens atletas», sublinha o treinador Gonçalo Cruz, que já fez parte de vários clubes do país e da região, como futebolista. Enquanto não surgem patrocínios de empresas da região, Gonçalo Cruz esclarece que os pais vão organizando iniciativas para apurar receitas. «Estamos à procura de parceiros para nos apoiarem nesta aventura. Atualmente ainda não temos nenhum apoio. Os pais dos jovens têm sido incansáveis e têm conseguido arranjar algum dinheiro através da venda de pulseiras».
Além da venda das pulseiras, está previsto o sorteio de um cabaz de natal e a realização de um jantar de Natal. «O jantar terá lugar no dia 2 de dezembro, num restaurante de Setúbal, é aberto a todas as pessoas que queiram ajudar. Os adultos pagam 15 euros e as crianças 8 euros. Quem quiser participar pode inscrever-se nas instalações do clube», vinca Gonçalo Cruz. «EXPERIÊNCIA ÚNICA E DE CRESCIMENTO PESSOAL» O responsável afirma que a participação dos jovens neste torneio será uma «experiência única» que lhes permite «interagir com jovens e adultos de outras origens e culturas», bem como é ótimo para a «promoção do espírito de grupo, de amizade e respeito entre todos» e para o «seu crescimento pessoal, como futuros homens». As empresas que decidirem apoiar esta aventura terão alguns benefícios económicos, nomeadamente a sua projeção além fronteiras. «A sua marca estará visível num evento com mais
de 40 mil participantes, de mais de 80 nações, e com transmissão televisiva em canal aberto na Suécia e Livestream, no Youtube, visualizado por 1 milhão e 800 mil pessoas em todo o mundo». Os infantis A 2005 do Comércio e Indústria disputam atualmente o campeonato distrital da Associação de Futebol de Setúbal – Sub 13. Ocupam o 1.º lugar da tabela classificativa com 5 vitórias. O Gothia Cup é um grande torneio internacional de futebol para equipas juvenis, de ambos os sexos, de todo o mundo, aberto a jovens dos 11 aos 19 anos. Realiza-se anualmente no mês de julho, em Gotemburgo, com a presença de mais de 1700 equipas de mais de 80 países diferentes. Durante a realização do torneio são efetuadas cerca de 4 500 partidas em 110 campos. A 1.ª edição deste torneio foi em 1975. A cerimónia de abertura e a final da competição são realizadas no estádio de Ullevi, que conta sempre com mais de 40 mil espetadores.
Ginasta de Sines conquista bronze nos mundiais
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ginasta Sara Sousa, da Academia de Ginástica de Sines, conquistou uma medalha de bronze no Campeonato do Mundo de Ginástica de Trampolins - Absolutos, que decorreu de 9 a 12 de novembro, em Sófia, na Bulgária. Sara Sousa (terceira ginasta na fotografia a contar da esquerda) integrou a equipa portuguesa que ficou em 3.º lugar na modalidade de duplo mini-trampolim. Inês Martins, Mafalda Brás e Beatriz Peng completaram o quarteto português medalhado, atrás apenas das equipas da
V. Setúbal festeja 107 anos com jantar, corrida e baile
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Rússia e do Reino Unido. Outra ginasta formada em Sines, Beatriz Martins, ficou a um passo do pódio - foi quarta na modalidade
de trampolim sincronizado, em dupla com a atleta Ana Rente - e obteve um 19.º lugar em trampolim individual.
V. Setúbal, principal clube da região de Setúbal, festeja este mês 107 anos de vida. A festa é assinalada, no dia 20, às 10 horas, com o hastear da bandeira e a colocação de uma coroa de flores junto à estátua de JJ., em frente ao estádio do Bonfim. Às 18 horas realiza-se a missa solene, na igreja da Ordem Terceira, seguindo-se, pelas 20 horas, o tradicional jantar de aniversário, no pavilhão Antoine Velge, onde não falta o bolo e as velas. O evento conta com a participação de vários sócios, plantel, equipa técnica, adminis-
tração e entidades convidadas. No dia 26, pelas 9h30, tem lugar a Corrida do Vitória. Já o Baile Verde e
Branco realiza-se este sábado, a partir das 22 horas, no Grupo Desportivo Independente, ao som de André Patrão.
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NEGÓCIOS
NOVA VIDA PARA AS “VILLAS DE SESIMBRA”, PROJETO QUE ENCERROU PORTAS HÁ MAIS DE UMA DÉCADA
Mercure Ocean Sesimbra abre ao público no próximo verão Já ninguém fica indiferente às movimentações no exterior do Hotel Villas de Sesimbra, unidade de quatro estrelas que, até 2002, empregava uma franja substancial da população de Sesimbra e se apresentava como o destino de eleição para milhares de pessoas. Hoje já se conhecem os investidores e o complexo que deverá reabrir no verão do próximo ano. TEXTO ELOISA SILVA IMAGEM SM
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grupo internacional IR Group dedica-se, desde 1989, à promoção, gestão e negociação de projetos de construção e tem mais de duas mil propriedades associadas. Junta agora ao leque de propriedades o empreendimento Villas de Sesimbra que pretende transformar em Mercure Ocean Sesimbra. E, para isso, o grupo nem pretende alterar de forma significativa a estrutura do edifício já que não estão previstas «quaisquer alterações à traça existente». Uma garantia assumida pelo IR Group mas, também, pela Importan-
taltura Lda, empresa do sector da reabilitação urbana, que se dedica a este tipo de recuperações em infraestruturas, quase históricas, e que garante estar determinada em tornar «ainda mais atrativo o futuro Mercure Ocean Sesimbra». Em termos práticos isso significa que serão «substituídas todas as especialidades dos edifícios e vão fazer-se trabalhos de manutenção exteriores e de coberturas, sem qualquer alteração à traça existente». No interior, os quartos serão «modernizados com equipamentos e novos WC, assim como totalmente redecorados». O empreendimento de 450 camas vai contar com painéis solares para o aquecimento de águas,
numa prova das preocupações ambientais do grupo. Também os acessos e a segurança estão salvaguardados no projeto de requalificação, cumprindo e fazendo cumprir as regras europeias que implicam requisitos de uma maior modernização e preocupação com todos os frequentadores, mesmo os de mobilidade mais reduzida. VOLTADO PARA A PROXIMIDADE ENTRE LOCAIS E TURISTAS Nesse âmbito, há três pequenas intervenções exteriores cuja concretização marca a diferença para quem usufrui do equipamento: «uma nova rampa de acesso à receção do Hotel para pessoas com mobilidade limitada ou reduzida; um novo ele-
vador exterior para acesso aos pisos inferiores (Piscina, SPA e restaurante) e um novo acesso pedonal e de viaturas junto à piscina, por questões que se prendem com a segurança das pessoas nas novas salas de eventos», explicam os responsáveis. O novo empreendimento vai dispor de quatro edifícios modernos, com 207 unidades turísticas, restaurante e bar, SPA, health club, salas de eventos, Kid’s Club, piscina e lounge, três campos de
paddle e parque de estacionamento. Os equipamentos vão estar disponíveis para utilização da população em geral, porque «este é um complexo voltado para a proximidade entre a população e os turistas», nas palavras dos novos proprietários. Também no que se refere ao processo de recrutamento de pessoal, esse será essencialmente local com os sesimbrenses a ter prioridade no acesso a vagas para trabalhar no novo empreendimento por «ra-
zões óbvias das deslocações e conveniência pessoal». O resort situa-se a cinco minutos de distância da Serra da Arrábida, e fica perto de várias praias, como a Praia do Ouro, a Praia das Bicas e a Praia da Califórnia. Toda a planificação dos trabalhos de construção civil foi desenvolvida para que «fiquem concluídos até 30 de Maio do próximo ano, de maneira a que possa ser aberto ao público a 1 de Julho desse mesmo ano».
CONCELHOS DE ALMADA, BARREIRO E SEIXAL ESTIVERAM EM DESTAQUE
Lisbon South Bay promove Portugal Connection Event Os territórios da Quimiparque, Barreiro; Siderurgia, Seixal; e Margueira, Almada, estiveram presentes no “Portugal Conection Event”, que decorreu em Amsterdão. Foi mais uma oportunidade para ‘vender’ a Lisbon South Bay a nível internacional. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM
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rganizado pela Câmara de Comércio Portugal-Holanda e com o envolvimento direto do corpo diplomático português, decorreu em Amsterdão o Portugal Conection Event com o objetivo de dar a conhecer os territórios Lisbon South Bay e as oportunidades de investimento que os mesmos oferecem. Os concelhos de Almada Barreiro e Seixal estiveram em destaque, assim como os ativos da Baía do Tejo nestes territórios. Foram dados a conhecer de forma diferenciada, em
função dos targets de cada um dos eventos desenvolvidos nesta iniciativa, os Parques Empresariais do Barreiro e do Seixal e o projeto Cidade da Água em Almada. As apresentações mais formais e com conteúdos a atender às especificidades técnicas dos ativos promovidos e das tipologias de investimento que os mesmos estão aptos para acolher decorreram no evento Investors Afternnon Amsterdam. Este momento destinou-se a empresas Holandesas com interesse em Portugal e juntou também quadros de empresas portuguesas sediadas na Holanda.
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Este último target foi considerado relevante nesta iniciativa. Os quadros portugueses e os representantes das instituições nacionais representadas no evento passaram a conhecer os ativos e os territórios que preenchem a margem esquerda do Tejo frente a Lisboa. Estão agora munidos de informação que lhes permite serem embaixadores destes territórios e das suas mais-valias junto das suas organizações e de todas as outras entidades com as quais mantêm relações. EMBAIXADORA E AICEP MARCARAM PRESENÇA NO EVENTO Para além da participação de todo o Conselho
de Administração da Baía do Tejo, marcaram presença a Embaixadora Portuguesa em Amsterdão, Rosa Batoréu, que esteve na sessão de abertura do evento, e o representante da AICEP em Haia, Miguel Porfírio. A iniciativa contou ainda com um momento mais informal, mas que despertou muito interesse junto do setor empresarial desta cidade holandesa e da comunidade académica deste país, o Portuguese Connection Amsterdam. Tratou-se de uma sessão de Informal Networking com mais de 50 representantes de entidades diversas que, assim,
conheceram melhor a realidade portuguesa neste momento e puderam estreitar relações entre si. Muito apreciados por todos foram ainda as sessões de Experience Design, cujos conteúdos pretenderam dar a todos ferramentas de “Como melhorar a experiência do cliente” e de Visual Thinking, técnicas que, aplicadas à comunicação empresarial, permitem passar melhor as ideias e facilitar o relacionamento profissional entre entidades. Esta ação de promoção agora realizada em Amsterdão decorreu na sequência de uma visita aos ativos da Baía do Tejo
nos territórios Lisbon South Bay pelos responsáveis da Câmara de Comércio Portugal Holanda, altura em que as afinidades e a manifestação de interesse crescente que o mercado holandês em Portugal foi identificado. Os ativos Lisbon South Bay, enquanto territórios de excelência e de elevado potencial, junto de uma das mais efervescentes capitais da Europa: Lisboa, realizaram na Holanda mais uma iniciativa premium com o objetivo de sinalizar os territórios e de lhes dar um maior nível de reconhecimento e notoriedade.
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EDITORIAL
OPINIÃO
Pequenos tiranos e vistas curtas
Raul Tavares Diretor
Boa notícia para a região
O
anúncio de que a primeira fase do futuro hospital do Seixal, feito esta semana no Parlamento pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, é uma grande notícia para a região. Não se trata, como já escrevi outras vezes, uma reivindicação qualquer. E muito menos, felizmente, uma birra política de qualquer autarquia sob o jogo da partidarite. A Câmara do Seixal que, com os municípios de Sesimbra e Almada, liderou a luta pelo empreendimento, teve sempre razão no que diz respeito à urgência desta obra. Os números, tanto da sobrelotação do hospital Garcia de Orta, como da insuficiente resposta dos centros de saúde de primeira linha, comprovam e sempre comprovaram a racionalidade deste investimento público. Não é, pois, de somenos sabermos agora, (embora já tivesse inscrita no Orçamento de Estado deste ano uma verba de 10 milhões de euros para o efeito) que vão avançar as primeiras investidas para a consumação do projeto. É o assumir de um compromisso com as populações e o honrar de uma promessa política. Portanto, já não pode haver retrocesso, nem a habitual titubieza dos governos que, não raramente, avançam e recuam neste tipo de decisões. Muito menos importa quem ficará com os louros da iniciativa e sua concretização, tanto mais que se trata de um investimento público que mereceu quase sempre a concordância de todas as forças políticas da região. E todas elas, estou certo, terão lutado por este desfecho nos vários patamares (local, regional e nacional). E é bom registar que este investimento - ao contrário de muitos outros de grande importância para a região - não vai ficar pelo caminho.
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ivemos numa sociedade onde prolifera a comunicação, facilmente pega-se no telefone para comunicar às vezes sem pensar no que se diz, porque hoje os meios estão acessíveis. Tudo se tornou notícia seja a morte de um cão ou as maiores banalidades do mundo e da vivência do ser humano. Não há tempo para analisar o conteúdo da informação prestada, a não ser que se diga que o homem mordeu o cão. O homem é tão culpado do mundo que criou e não se adaptou as regras sociais, não se adaptou aos normativos das instituições e pior é os governantes que não estão preparados para este novo paradigma. A liberdade de expressão cada vez é mais global em especial utilizando-se as redes sociais e como tal as balizas por vezes
são ultrapassadas por um descuido ou conscientemente para dizer-se aquilo que algumas décadas atrás era feito em locais próprios e internos, das instituições, dos clubes e dos governos em especial. Há falta de liberdade de circulação das pessoas no mundo global devido às fronteiras, mas não há fronteiras nos ecos do poder da escrita e da palavra. Pugnamos pela disciplina e valores conservadores de respeito pelo semelhante, e em especial em instituições sejam elas políticas, culturais, desportivas ou de outra natureza até para evitar a destruição interna da(s) mesma(s) por via da chamada democracia piramidal horizontal. No entanto, os princípios basilares veem sempre do topo da pirâmide pelo exem-
ESPAÇO ABERTO E LIVRE ZEFERINO BOAL CONSULTOR
plo e sensatez na relação com os seus semelhantes. Um tirano democrático impõe-se pela palavra e argumentativo que utiliza, mal vai o mundo dos vivos quando os dogmas da disciplina se tornam recurso padrão de conduta associativa é sinal que a tática prevalece face à estratégia institucional, consequentemente e com frequência assiste-se à tentativa de sobrevivência dos pequenos poderes, os chamados donos do quintal. Nem Cristo agradou e convenceu a humanidade ao longo
dos séculos, e na mesma proporção todos os diabinhos tirânicos tiveram o seu reinado cortado abruptamente, ao contrário a História tem sabido reconhecer os persistentes na palavra com conteúdo e pensamento de mais longo alcance. Não sabemos o que futuro nos reserva na vida, mas, gostaríamos acreditar na alteração de paradigma das práticas desajustadas de certos homens ao mundo em vivemos no qual há que contemporizar energias entrópicas de recintos fechados prontos a explodir.
Um manifesto
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urante os próximos meses, dedicarei estas crónicas a alguns dos assuntos que me parecem gerar mais equívocos no que se refere à actividade cultural, sobretudo na sua relação com o poder político. Esta necessidade advém daquela que tem sido a nossa experiência enquanto associação cultural que acaba de dar os primeiros passos, em conjugação com as minhas experiências profissionais anteriores nas áreas da música, cinema e audiovisual e teatro. O meu ponto de vista não parte, no entanto, apenas de uma relação com a prática: para além de ter estudado cinema (licenciatura) e estudos de teatro (mestrado), tenho continuado sempre a ler e a investigar não só acerca da forma como estas disciplinas são trabalhadas pelos artistas, mas igualmente como interagem com os seus públicos, como se inserem na comunidade e influenciam a sociedade, como são pensadas de uma
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perspectiva organizacional e como são financiadas. Embora não seja esse o intuito inicial, este conjunto de textos poderá ser encarado como um manifesto em defesa da cultura e das artes. Considero que os temas a que me dedicarei não são suficientemente discutidos em público e, por isso, continuam a ser ignorados ou desprezados. Parto com a vontade de intervir num combate a favor da cultura, não apenas no sentido de lutar por um aumento significativo de financiamento para o sector, mas, mais do que isso, para que a sua importância seja mais reconhecida pela maioria da população. Nas inúmeras conversas que temos tido com pessoas que pouco ou nada conhecem os meandros das artes, somos frequentemente confrontados com um quase total desconhecimento em relação a um conjunto de questões que, quando explicadas, fazem com que a nossa indignação quanto à ausência de uma política
À PARTE LEVI MARTINS
DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS
cultural coerente seja partilhada pelos nossos interlocutores. Como a ignorância gera medo e desconfiança, a postura geral da população quanto aos artistas é baseada, nas mais das vezes, em clichés que são reproduzidos vezes sem conta e que, tantas vezes, os decisores políticos utilizam para continuarem a poder tomar decisões de forma arbitrária e/ ou eleitoralista, contra o interesse público. Existe, portanto, um fundamento ético e moral por detrás da minha vontade de intervenção: acredito na possibilidade de vivermos num país muito mais rico do ponto de vista imaterial, e para tal não consigo dissociar o papel da
cultura do da educação, sem as quais continuaremos a insistir naquilo que nos mantém presos a sistemas com os quais não concordamos, por serem absurdos, irrazoáveis e pouco democráticos. Estes textos não serão um manifesto a favor da Companhia Mascarenhas-Martins. O nosso caso é, por ser apenas um caso, irrelevante no panorama geral. A necessidade de se investir na cultura não existe apenas no Montijo, mas sim em todo o país. Estes textos poderão, isso sim, ser um manifesto a favor de uma nova forma de fazer política na qual a cultura tenha, a par da educação, um papel central.
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todos devem estar recordados que em Portugal quando apareceu um programa chamado “Praça Pública” na SIC, uma estação privada cheia de pujança, ou nos primórdios da TSF, quando queríamos fazer mossa, chamávamos a TSF ou a SIC. Hoje, na era do digital, onde cada um de nós tem pelo menos uma máquina fotográfica e uma máquina de filmar ligada ao mundo, pronta a disparar e até a fazer directos, quase não vivemos o momento. Partilhamo-lho. E pior, todos temos opinião e todos fazemos questão de a dar, portanto, fazemos questão de ser um imenso tribunal da opinião pública que em minutos emitimos uma opinião, partilhando-a, mesmo sem conhecermos todos os contornos e quase sempre condenando. Sim, porque condenar é mais fácil do que absolver. Pelo menos dá mais likes… Diria que se o cenário assim retratado me parece verosímil,
UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA
Assunto
PAULO EDSON CUNHA
VEREADOR PSD CÂMARA DO SEIXAL pior é quando percebemos que quem tem de julgar de facto, ou decidir, que é o caso dos polícias, juízes, políticos, etc, acabam por se sentir contagiados, por um lado e, inibidos, por outro a actuar de forma a não desagradar o tribunal da opinião pública facebookiana. Reparem, o Urban, apesar de haver 38 queixas só este ano, fecha porque alguém grava uma das agressões (nada nos garante que seja a pior). Não devia fechar? Não discuto o mérito da decisão, mas o que a motivou e parece-me um caminho perigoso fechar apenas porque foi filmado. Porque se fosse pelas agressões, teria fechado numa das 38 vezes anteriores. Já o caso do Juiz Conselheiro Neto de Moura, parece-me que
JORNALISTA
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ivemos a Era do “Víral”. Até há uma geração atrás, quando ouvíamos falar em vírus, não se augurava nada de bom - ou tínhamos uma doença, ou tínhamos um vírus num aparelho electrónico ou então era uma situação meramente negativa. Hoje não. Vírus não significa somente isso. Quando temos muito sucesso com uma fotografia, frase ou vídeo que tenhamos partilhado essa partilha ganha a nomenclatura do “Víral”. Até aí nada de mal, não fosse a febre de que tudo o que fazemos se torne viral. Todos já vimos pessoas a morrerem ou a colocarem-se em grande perigo, a si e a terceiros, pela febre do protagonismo. Mas há outros efeitos colaterais que na minha opinião estão a afectar gravemente a nossa sociedade quando falamos neste tema e isso tem a ver com as repercussões nos decisores. Há uns anos atrás,
FIO DE PRUMO
O Vereador-Sombra
JORGE SANTOS
OPINIÃO
o Conselho Superior de Magistratura apenas actuou devido ao facto de o acórdão se ter tornado viral. Senão vejamos: Já antes o mesmo se tinha pronunciado naqueles termos, só que para infelicidade dos visados em anteriores acórdãos, esses não se tornaram virais. O perigo? Muitos, mas sobretudo o perigo de junto com o poder judicial, o poder político ou legislativo, termos um poder menos preparado, mas sempre pronto a actuar – o poder das redes sociais. A vantagem? Acabar com muita impunidade e incompetência, colocando-a a nu e, sobretudo, permitir que muitos assuntos sejam efectivamente discutidos, depois da bruma inicial da discussão.
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abemos que toda a gente não é ninguém, mas não desconhecemos que há sempre uma ponderação no escolher do tema destas colunas de opinião para que não sobressaia a posição partidária ou o próprio gosto sobre isto ou aquilo, para que ninguém – o ninguém tinha de aqui aparecer – nos passa acusar de tentar influenciar ou procurar levar a água ao nosso moinho. E surgiu o primeiro tema – ou será assunto? A escassez de água, resultante da falta de chuva. Aqui poderíamos intrometermo-nos na questão religiosa e agarrarmo-nos ao pedido do cardeal para que “rezemos!”. Mas como as orações terão sido muitas, o pedido demorou e só no início da próxima semana vão cair uns pingos que certamente chegarão para regar as alfaces. Outro assunto poderia ser o do jantar no Panteão, mas esse dispensamos por agora pois vai dar que falar até ao levantamento dos ossos…
Outro assunto poderia ser o do jantar no Panteão, mas esse dispensamos por agora pois vai dar que falar até ao levantamento dos ossos…
Todos os sábados, com o semanário expresso, o seu jornal de referência, único com circulação em todo o distrito de Setúbal. Tiragens regulares de 40.000 exemplares e audiência média estimada em 160.000 leitores.
Dos fogos já não há paciência para aqui abordar pois estamos mais preocupados com as indemnizações aos lesados – e não confundir com os do BES por que esses continuam em brasa. Poderíamos também abordar a assistência aos doentes diabéticos, de que nos lembrámos porque nesta semana se assinalou o “seu dia”. Das confusões do mundo do futebol nem merece a pena abordar porque quanto mais se fala menos se entende. E, por que os assuntos são muitos mas a paciência de quem nos lê não será muita, limitemo-nos a apelar à calma e ao bom senso, para que, com sabedoria, possamos encontrar a luz no sinuoso túnel que é o nosso dia-a-dia.
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