Semmais 19 novembro 2016

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Sábado 19 | Novembro | 2016

Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 926 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita

DISTRITO JÁ ACOLHEU 94 REFUGIADOS E DEVERÁ RECEBER MAIS ATÉ FINAL DO ANO Desde que o programa de acolhimento de refugiados da União Europeia foi lançado, em Dezembro do ano passado, a região acolheu um total de 94 pessoas. Segundo a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), espera-se que até ao final deste ano chegue a Portugal mais um grupo de 250 refugiados, sendo que alguns destes terão como destino o distrito. Mas serão os últimos. SOCIEDADE PÁGINA 3 SOCIEDADE PÁGINA 4

DESPORTO PÁGINA 11

DESPORTO PÁGINA 11

A experiência é pioneira e única no universo hospitalar do país. Arrancou o ano passado e, entre outros fatores positivos, contribui para reduzir as tão malfadadas infecções bacterianas. Mas cabe ao doente decidir por esta opção.

A Volkswagen vai despedir cerca de 30 mil trabalhadores no conjunto das suas unidades em todo o mundo. O impacto dessa medida de reestruturação não deve chegar a Palmela, que se prepara para receber a produção de um novo modelo.

Em data festiva, comemorativa do 106.º aniversário do clube sadino, o presidente Fernando Oliveira quer fechar este ciclo com a criação de uma academia de futebol que considera vital para a sustentabilidade do clube.

GARCIA DE ORTA JÁ TRATA 260 DOENTES NA SUA PRÓPRIA CASA

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AUTOEUROPA NÃO DEVE SOFRER DESPEDIMENTO DA CASA-MÃE

VITÓRIA COMEMORA 106 ANOS DE VIDA E QUER CRIAR ACADEMIA

ARESTAURANTE CASA SETÚBAL DO PEIXE PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167


A SEMANA GNR DETÉM INDIVÍDUO EM ALCOCHETE POR TRÁFICO DE DROGA MILITARES DA GNR DO POSTO TERRITORIAL DE ALCOCHETE DETIVERAM NO PASSADO DIA 15 DE NOVEMBRO, NA LOCALIDADE DE ALCOCHETE, UM INDIVÍDUO INDICIADO PELO CRIME DE TRÁFICO DE ESTUPEFACIENTES. O INDIVÍDUO FOI DETIDO EM FLAGRANTE DELITO, TENDO SIDO REALIZADA, POSTERIORMENTE, UMA BUSCA DOMICILIÁRIA À SUA RESIDÊNCIA QUE PERMITIU APREENDER: 371 DOSES DE HAXIXE; 20 EUROS E TRÊS FACAS COM RESÍDUOS DE CORTE DE PRODUTO ESTUPEFACIENTE. O DETIDO, DE 16 ANOS, FOI CONSTITUÍDO ARGUIDO E SUJEITO A TERMO DE IDENTIDADE E RESIDÊNCIA.

Doentes respiratórios partilharam experiências no hospital de Setúbal

Assaltante de esplanadas foi detido pela PSP em Almada

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Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas (RESPIRA) promoveu o 1.º Fórum Luísa Soares Branco, ontem à tarde, sexta-feira, no Hospital de S. Bernardo, em Setúbal. A iniciativa inseriu-se nas comemorações do Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e dirigiu-se a doentes, familiares e cuidadores. «Com esta iniciativa quisemos fomentar a partilha de testemunhos entre doentes e cuidadores, contribuindo para um maior conhecimento sobre as doenças respiratórias crónicas e para as suas principais complicações e dificuldades diárias. Quisemos também fornecer orientação a todos os presentes, no sentido de os ajudar a melhorar a sua qualidade de vida», explica José Albino, presidente da RESPIRA.

«A mudança de paradigma na atividade assistencial, baseada numa medicina personalizada tendo em conta a perspetiva do doente, torna fundamentais estruturas como as associações de doentes, com competências reais únicas para a formação e informação de doentes e cuidadores, con-

tribuindo eficazmente para uma melhoria da literacia em saúde. A alfabetização em saúde é fundamental para obter melhores resultados em saúde e melhorar a sustentabilidade do sistema», comenta Paula Duarte, Diretora do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar de Setúbal.

Seita que violou menores em Palmela começou a ser julgada

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rrancou, no dia 14, no tribunal de Setúbal, o julgamento do falso psicólogo que fundou uma seita, também falsa, intitulada “Verdade Celestial”, em Palmela, que abusou sexualmente de 9 crianças, entre elas um dos seus filhos. No banco dos réus encontram-se mais sete arguidos, desde a sua mulher a homens que arranjou na internet. O indivíduo alegou que as violações eram rituais de purificação e ganhou a confiança dos pais das vítimas com ‘consultas’ a 5 euros. Foi a Polícia Judiciária de Setúbal que travou esta falsa seita religiosa.

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m jovem de 22 anos foi detido pela PSP, num café do Laranjeiro, no dia 14, por ter feito dezenas de assaltos nos últimos meses um pouco por todo o País. Trata-se de um romeno que, só na zona de Almada, foi identificado em 15 casos de assaltos, entre agosto e outubro deste ano. Mas em Setúbal também fez assaltos. Era especialista no roubo de

telemóveis nas esplanadas de cafés e restaurantes. Distraía as vítimas, usando um jornal ou revista, para tapar os telemóveis enquanto falava com elas, e levava os aparelhos sem ninguém dar por isso. As autoridades policiais não apanharam o jovem com nenhum telemóvel, uma vez que os aparelhos eram enviados para a Roménia, dois dias depois de os roubar.

Casal detido em Palmela por lenocínio e tráfico de estupefacientes

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ilitares da GNR de Setúbal detiveram uma mulher e um homem com 26 e 40 anos de idade, pela prática dos crimes de lenocínio e tráfico de estupefacientes, em Palmela. As detenções resultaram do culminar de um processo em investigação, que decorria há 1 ano, onde foram efetuadas quatro buscas domiciliárias e uma busca a um estabelecimento comercial. Foram apreendidos; 2 212 doses de haxixe; 21 doses de cocaína; uma arma de fogo; um aerossol de defesa; 117 euros; 6 telemóveis e diversos objetos

relacionados com a prática do crime de lenocínio. Os detidos ficaram sujeitos a termo de identidade e residência e já foram presentes a tribunal.


SOCIEDADE

REGIÃO É A TERCEIRA DO PAÍS COM MAIOR NÚMERO DE ACOLHIMENTOS JÁ CONCRETIZADOS

Distrito já acolheu 94 refugiados e deverá receber mais em breve

A região recebeu já 94 refugiados, na sequência do programa da União Europeia, que arrancou em Dezembro do ano passado. Segundo a Plataforma de Apoio aos Refugiados até ao final deste ano deverão chegar novos grupos e o distrito vai voltar a acolher mais algumas famílias. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

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distrito de Setúbal já é a terceira zona do país onde foram recolocados mais refugiados, somando hoje um total de 94 pessoas. Um registo que fica apenas atrás de Lisboa (189) e Porto (95). A chegada das primeiras famílias teve lugar em dezembro de 2015 ao abrigo do programa da União Europeia, mas até final do ano deverão chegar mais grupos. Segundo a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), mais de 250 pessoas ingressam em Portugal, devendo algumas delas ser encaminhadas para ao distrito. Mas serão os últimos. É que, segundo o diretor da PAR, entidade criada para gerir o acolhimento, muito em breve não haverá espaço para mais refugiados na região. «Dentro de um mês, a capacidade estará esgotada. A PAR precisa de mobilizar mais pessoas e instituições»,

sublinhou Rui Marques, admitindo que a realidade do distrito de Setúbal é transversal ao que acontece no resto do país, numa altura em que a PAR trabalha com 350 instituições sociais, além de empresas, fundações, câmaras e universidades. SEF JÁ PERDEU O RASTO A ALGUNS REFUGIADOS Ainda assim, as autoridades terão perdido o rasto a alguns dos refugiados que chegaram à região. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) não revela dados oficiais sobre o número de acolhidos que estarão em parte incerta, mas já há algum tempo que várias famílias vinham manifestando o desejo de procurarem outros países onde sabiam haver melhores condições económicas ou onde os refugiados têm familiares. O SEF confirma apenas que que há «registo de pessoas que optaram por não continuar os seus projetos de integração e de pessoas que se deslocaram para

outros locais em território nacional e outros que se deslocaram para outros países europeus, tendo optado por não continuar no programa de recolocação».

Ainda assim, as autoridades recordam que os refugiados não estão detidos, pelo que não são vigiados. Apenas existe a monitorização discreta a nível dos

Serviços de Informação. Ora, como têm visto de residência em Portugal, podem circular livremente pelo país e pela União Europeia.

REDE DE QUINZE ELEMENTOS ATUAVAM DE FORMA A GANHAR A CONFIANÇA DAS VÍTIMAS

Grupo que burlava idosos oferecendo sexo tinha ramificações no Montijo Os arguidos, nove mulheres e seis homens, estão a ser julgados por vários crimes e associação criminosa, após terem sido detidos há cerca de um ano. A rede operava no distrito de Setúbal, mas também no Algarve. A maior parte residia no Montijo. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

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ove mulheres e seis homens, alguns residentes no Montijo, são suspeitos de assaltar e burlar mais de 20 idosos que viviam isolados a Sul do país, do distrito de Setúbal até ao Algarve. A oferta de favores sexuais era um dos argumentos utilizado pelas mulheres para convencerem os homens a deixá-las entrar nas suas casas. Algumas das vítimas chegaram a ser espancadas por tentaram resistir. Ao longo de mais de um ano, a rede dedicou-se também ao furto de roupa, medicamentos e perfumes nas grandes superfícies e ao roubo com recurso ao esticão nas zonas turísticas. O material era armazenado numa sucata na Lagoa.

A rede de 15 elementos começou a ser julgada no Tribunal de Faro, depois dos arguidos terem sido detidos dia 9 de dezembro do ano passado numa megaoperação da GNR de Setúbal e Faro. As nove mulheres e os seis homens estão acusados pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) pela prática de crimes de roubo agravado e furto qualificado, bem como por detenção de arma proibida. De acordo com o DIAP, os arguidos procuravam «sobretudo casas em zonas isoladas do interior algarvio e vítimas com mais de 75 anos». Além da oferta de sexo, as mulheres também começavam a abordagem por propor a compra de alguns produtos ou troca de notas. Havia ainda quem só pedisse um copo de água para iní-

cio de conversa. A maioria das vítimas guardava em casa ouro e o dinheiro das respetivas reformas. Os hábitos e património dos idosos seriam estudados pela rede. A maioria dos roubos terá coincidido com os dias em que as pessoas levantavam as reformas. DO ESTICÃO EM VIA PÚBLICA A MUITOS OUTROS CRIMES Contudo, os assaltos aos idosos isolados começavam antes. E nos meios urbanos. A rede roubava artigos por esticão na via pública e furtava em grandes superfícies. O grupo escolhia roupa, perfumes e até medicamentos em parafarmácias, conseguindo fazer os artigos passar nas caixas registadoras sem serem detetados. Eram introduzidos em sacos forrados com prata ou alumínio para ludibriar as antenas dos

alarmes. Os produtos roubados eram depois encaminhados para o armazém de uma sucata na Lagoa - cujo proprietário também foi detido – até que começava a outra fase do esquema. Alguns artigos eram simplesmente vendi-

dos no mercado negro, enquanto outros serviam para aliciar os idosos mais desprotegidos. As autoridades admitem que o número de vítimas seja «maior», já que algumas não terão apresentado queixa receando represálias.

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SOCIEDADE

SÓ O ANO PASSADO A EXPERIÊNCIA CHEGOU A CERCA DE 260 DOENTES

Garcia de Orta é pioneiro na hospitalização em casa Entre outros fatores positivos, o novo procedimento, que em Portugal só é praticado pelo Hospital de Almada, contribui para evitar as tão malfadadas infecções hospitalares. Mas cabe sempre ao doente ou aos seus familiares a opção pelo tratamento em casa. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM

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Hospital Garcia de Orta, em Almada, é a primeira unidade de saúde do país a apostar no modelo do hospital domiciliário, já testado por 260 pessoas no último ano. Ou seja, os pacientes podem estar hospitalizados nas suas próprias casas, tratando-se de um sistema vantajoso para evitar infeções hospitalares multirresistentes, mas que também permite reduzir custos de internamento. O modelo já é conhecido em outros países mas por cá ainda só é praticado em Almada, possibilitando aos pacientes agudos ficarem internados e re-

ceber os cuidados em suas casas. Segundo a diretora do Serviço de Medicina e responsável pela Unidade de Hospitalização Domiciliária do Garcia de Orta, Francisca Delerue, cabe aos doentes aceitarem este tipo de solução, garantindo a mesma respnsável que a maioria deles aceita a alternativa, embora a hospitalização domiciliária implique sempre a presença de um cuidador e condições na habitação. «O doente tem de ter um diagnóstico, não pode ser um doente para avaliação», explicou a médica, indicando que muitos dos casos em hospitalização domiciliária são pneumonias, infeções urinárias que requeriam antibiótico intravenoso

ou insuficiências cardíacas. EXPERIÊNCIA JÁ CHEGOU A CERCA DE 260 DOENTES Num ano de funcionamento, já passaram pela experiência de internamento no domicílio mais de 260 doentes, com uma média de internamento de oito dias, mais curta do que a média do internamento no hospital. O custo médio por doente da hospitalização domiciliária é de entre 600 a 700 euros, o que traduz mais reduzido que o internamento convencional. Aliás, segundo as contas apresentadas por Mário Pinto, especialista em medicina geral e familiar e que está envolvido num projeto de internamento no domicílio, os custos em

casa são pelo menos duas ou três vezes mais baixos do que no hospital. Além

disso, sublinha o especialista, deixa livres camas que podem ser dispensa-

das para situações com maior gravidade ou instabilidade clínica.

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Alcochete exige reversão da privatização da AMARSUL

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município de Alcochete exige que o processo de privatização da Empresa Geral do Fomento (EGF) seja revertido e que seja retomada a maioria do capital público na Amarsul, empresa responsável pela gestão dos resíduos sólidos urbanos na península de Setúbal. Esta tomada de posição foi aprovada por maioria, com a abstenção do CDS/ PP, na reunião de câmara de 16 de novembro, que se realizou em Alcochete. «Exigimos que a situa-

ção da empresa Amarsul seja revertida no que diz respeito aos 51% do capital que está agora nas mãos de privados», explicou o vereador Jorge Giro, que tem a representação institucional do município de Alcochete na Amarsul. O autarca disse ainda que «está neste momento à frente da Amarsul uma empresa que só visa o lucro e que tudo resolve com o aumento das tarifas» que o município é obrigado a repercutir nos munícipes através da fatura da água.

A câmara manifesta-se ainda contra a deliberação tomada pelo acionista maioritário da Amarsul de distribuição pelos acionistas dos dividendos acumulados, que «deviam ser utilizados para financiar os investimentos necessários à prossecução do serviço público». Nesta tomada de posição, o executivo camarário repudia ainda «o brutal aumento da tarifa e da taxa inerentes à deposição e tratamento dos resíduos sólidos urbanos que está a ser preparado pela EGF».

Jovens discutem festival da Liberdade de 2017

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Associação de Municípios da Região de Setúbal, em conjunto com os municípios associados, promove este sábado, no parque urbano de Albarquel (pavilhão 2), em Setúbal, pelas 15h30, um fórum regional do movimento associativo juve-

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nil da região para debater o Festival Liberdade 2017. O Fórum pretende ser um espaço onde participem o maior número de estruturas de juventude, visando a apresentação e debate das grandes linhas e objetivos desta edição do Festival Liberdade,

anunciando a data e local da sua realização. Na reunião será constituída a comissão preparatória, que será composta por representantes da AMRS, associados e conjunto de representantes do movimento associativo juvenil da região.


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SOCIEDADE

PSD LOCAL ACUSA EDIL MONTIJENSE DE NADA FAZER PELA REABILITAÇÃO URBANA

Nuno Canta garante que o prédio irá ser demolido nas próximas semanas PSD local acusa edil de não se mexer em prol da reabilitação urbana, por causa de um prédio em derrocada iminente no centro da cidade. Nuno Canta garante que processo cumpriu à risca todos os procedimentos administrativos e legais e que o prédio vai abaixo em breve. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

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presidente do município do Montijo, Nuno Canta, garante que o edifício em ruínas na rua José Joaquim Marques vai ser demolido nas próximas semanas. «Todos os procedimentos legais foram escrupulosamente cumpridos, sem atrasos. A demolição do edifício passou pelas fases administrativas e legais necessárias e encontra-se, neste momento, em fase de adjudicação da obra». Nuno Canta responde, assim, ao PSD local que acusava o município de nada fazer para evitar a derrocada «iminente» do prédio velho junto ao centro da cidade. «A Câmara identificou esta

situação há mais de 6 meses e nada fez», dizem os social-democratas, que exigem que a autarquia tome uma decisão «urgente» para resolver uma situação que «põe em causa a integridade física dos cidadãos». Para o edil, o município «tem-se preocupado com a reabilitação urbana do centro da cidade, pela aprovação da Área de Reabilitação Urbana, pela redução das taxas urbanísticas e pelo agravamento do IMI para os prédios em ruína». E conta que, recentemente, «deu entrada no município o projeto de recuperação do edifício junto à igreja matriz, o mais emblemático edifício residencial na cidade». Nuno Canta lamenta «a falta de rigor, a precipitação e a incompetência daqueles que querem, a todo custo, diminuir o

Montijo», sublinhando que o município gerido pelo Partido Socialista continua «empenhado em contribuir para um Montijo justo e desenvolvido, em que todos os cidadãos possam viver uma vida digna». PSD CONTRA-ATACA «O presidente da Câmara tem que resolver isto, para que não aconteça nenhuma desgraça de um momento para o outro, pois já foi alertado várias vezes para esta situação», sublinham os ‘laranjas’ montijenses. O PSD diz mesmo que «se o prédio cair devido ao laxismo da autarquia, a culpa é integralmente de Nuno Canta». «Grande parte dos serviços da Câmara estão parados por inércia do presidente, que tudo o que faz é atrasar o desenvolvi-

mento do Montijo e das suas freguesias», acrescentam. O PSD diz que este é «mais um exemplo da degradação do centro histórico da cidade e a ausência de uma política de rea-

bilitação urbana». «Não há qualquer estratégia. Esta é mais uma prova de que Nuno Canta é o pior presidente de Câmara da história do Montijo», concluem.

Uma década de investimentos na água e saneamento

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os últimos 10 anos, e cumprindo o legado do poder local democrático, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento têm garantido aos montijenses o abastecimento público de água e o saneamento das águas residuais com elevados padrões de qualidade. Foi graças ao empenho e dinamismo dos eleitos locais que se tornou possível diminuir, nos últimos anos, os enormes atrasos com que o Montijo se debatia em matéria de infraestruturas básicas. No abastecimento de água potável realizaram-se investimentos fundamentais nos sistemas, como a remodelação das condutas principais de abastecimento na cidade e nas freguesias, a construção do reservatório elevado do Corte das Cheias, do reservatório elevado da Caneira, do reservatório elevado de Canha, do reservatório elevado das Taipadas, do reservatório elevado das Faias, do reservatório elevado dos Afonsos, do reservatório elevado de Pegões. Hoje garantimos uma água com superior qualidade e com um dos menores preços da região. No saneamento de águas

residuais e para conseguirmos fazer uma análise séria, precisamos de distinguir duas realidades distintas, o sistema de saneamento em alta e o sistema de saneamento em baixa. O primeiro deles é da responsabilidade da empresa multimunicipal Águas de Lisboa e Vale do Tejo, S.A., enquanto o sistema em baixa continua a ser uma responsabilidade direta dos Serviços Municipalizados. O sistema de saneamento de águas residuais em baixa tem sofrido melhorias significativas, em particular nos órgãos separativos dos esgotos unitários, dos quais fazem parte as caixas separativas e a bacia de retenção construídas na frente ribeirinha da cidade. Todavia, é necessário continuar e transformar o sistema de esgotos em baixa, como temos feito na Avenida Luís de Camões, passando de unitário para um sistema separativo. Nas áreas rurais dispersas, o sistema de saneamento de águas residuais em baixa recorre a fossas e camiões de transportes de efluentes, para que os mesmos possam ser tratados nas estações de tratamento. Quando as estações de tratamento foram construí-

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das, deixaram-se ligações para os camiões descarregarem os efluentes nos órgãos de entrada, garantindo um controlo sobre derrames e poluição difusa. Antes de 2007, não existia qualquer tratamento de esgotos no concelho, com a exceção da bacia do Seixalinho que, desde a conclusão das lagoas de estabilização, executava apenas um tratamento secundário. A esse respeito, é importante recordar que a conclusão das Lagoas de tratamento do Seixalinho foi um processo desenvolvido por concurso público, que resolveu um problema criado pela incompetência da gestão CDU quando adiantou pagamentos e aceitou, na altura, a falência do empreiteiro. Foi assim há dez anos que se iniciou, no território montijense, uma das suas mais históricas obras públicas. A celebração do contrato de recolha de efluentes com a SIMARSUL, S:A., originou um significativo conjunto de investimentos no sistema de saneamento de águas residuais em alta, construindo as infraestruturas fundamentais para um concelho moderno, desenvolvido e justo. Estamos a falar das obras

DAQUI E DE AGORA NUNO CANTA

PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO MONTIJO

realizadas para construir o sistema de saneamento em alta, das condutas interceptoras, das Estações Elevatórias (EE) e as Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) que representam um esforço de investimento que ronda os 26 milhões de euros pagos exemplarmente pelo Município do Montijo, mas que aguarda a conclusão de todas as obras previstas pela empresa Águas de Lisboa e Vale do Tejo, S.A. Desde primeiro momento em que assinou o contrato de recolha que, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento do Montijo exigem a conclusão dos investimentos previstos para o Montijo, designadamente a estação de tratamento da Vila de Canha e a conduta interceptora da Lançada. Sabemos que, embora o investimento na interceptora da Lançada seja essencial para

resolver alguns pontos de esgotos unitários diminutos, a ETAR de Canha é uma obra fundamental para a qualidade de vida da vila de Canha, e por isso não se entende o seu sucessivo adiamento por decisão da empresa multimunicipal Águas de Lisboa e Vale do Tejo, S.A., uma empresa criada pelo anterior Governo do PSD contra a vontade dos municípios. Aguardamos que em breve seja apresentada pelos responsáveis uma solução para ambos os problemas. Num momento em que partimos para a conclusão destes importantes investimentos, e quando alguns pensam que podem diminuir o Montijo, passando mensagens enganadoras e contrárias aos interesses dos montijenses, desafiamos todos para continuarmos um trabalho autárquico que muito tem desenvolvido a nossa terra.


LOCAL

ALCÁCER DO SAL Arqueólogos descobrem piscina romana em Santa Catarina Os arqueólogos do município encontraram esta semana uma das extremidades da piscina romana identificada em Santa Catarina, o que permite conhecer as suas reais dimensões (20 metros de comprimento x 8,30 metros de largura). Devido à proximidade das obras de remodelação da rede de águas daquela localidade destas estruturas, os arqueólogos efetuaram uma sondagem no local onde vai passar uma das novas condutas, que colocou a descoberto uma das extremidades da piscina. «Esta piscina confirma a importância da eventual villa romana existente neste local», referiu a arqueóloga Rita Balona. Identificada em 2007, a piscina apresenta-se em «bom estado de conservação face a outros achados semelhantes encontrados no país e na região».

GRÂNDOLA Novo posto de turismo abre este sábado O novo posto de turismo, que inaugura este sábado, às 11 horas, vai funcionar em 3 salas dos antigos Paços do Concelho, beneficiando da sua excelente localização numa das praças mais emblemáticas do centro da vila. Trata-se por isso, no entender do edil Figueira Mendes, um «local privilegiado e de fácil acesso a quem nos visita e a quem pretende obter informações sobre o concelho e a região». O autarca refere ainda a importância da transferência destes serviços de um espaço alugado para instalações próprias do município e salienta que «esta nova localização faz parte da nossa estratégia para dinamização do centro tradicional e do comércio local». Recorde-se que as 3 salas dos antigos Paços do Concelho, onde vai funcionar o novo posto de turismo, receberam obras de revitalização de 40 mil euros.

SESIMBRA Centro Comunitário de Qt.ª do Conde apaga 29 velas

PALMELA Fins-de-semana gastronómicos com moscatel

O Centro Comunitário da Quinta do Conde está a assinalas o 29.º aniversário, até ao dia 20, com várias atividades. Além da animação musical, é de destacar a plantação de um pinheiro, no centro infantil, na manhã do passado dia 16, e para o almoço convívio para sócios, este domingo, a partir 13 horas. Promover a inclusão social e dinamizar o convívio entre os utentes, familiares, direção e funcionários da instituição são os principais objetivos dos festejos. Este sábado, há manhã desportiva com funcionários da instituição e no domingo, às 13 horas, há almoço para sócios com tarde de fados.

O “Palmela – Experiências com Sabor” encerra da melhor maneira, com mais uma edição dos Fins- de-Semana Gastronómicos do Moscatel de Setúbal, numa organização do município e da Rota de Vinhos da Península de Setúbal. A 19 e 20, 21 restaurantes do concelho aceitam o desafio de criar ementas especiais e criativas, que coloquem em evidência toda a qualidade e versatilidade deste vinho licoroso, produzido, maioritariamente, nas “areias” de Palmela. Este evento realçam a produção de moscatel de Setúbal, com região demarcada desde 1907. A 3 e 4 de dezembro, o teatro S. João é palco do Festival do Moscatel, que dá a conhecer e saborear os melhores moscatéis da região.

ALCOCHETE Passeio pedestre dá a conhecer Barroca d´Alva A câmara municipal, em parceria com a Escapada Verde, realiza na manhã deste domingo, pelas 9 horas, um passeio pedestre numa das mais bonitas herdades agrícolas do concelho, a herdade da Barroca d’Alva onde os participantes vão poder contemplar a ermida de Santo António da Ussa. O percurso tem uma extensão aproximada a 9 quilómetros e tem um custo de 3,5 euros. A concentração é na praça de toiros de Alcochete e a prova tem a duração de 3 horas. Os participantes terão de ter mais de 10 anos de idade.

SETÚBAL Parque do Bonfim inaugura obras de reabilitação O parque do Bonfim foi reabilitado pelo município e as obras são inauguradas este sábado, a partir das 10h30. Houve beneficiações no lago, as lajetas em pedra danificadas foram substituídas, bem como as caleiras das árvores, e o relógio de sol foi recuperado. O lago ganhou repuxos, com iluminação decorativa, equipamento que, além de reforçar a atratividade do local, auxilia a oxigenação da água. Da obra fez também parte a criação de um palco, que está apetrechado de um sistema elétrico e iluminação dedicada, a par de um ponto de água. Também foram pavimentadas as zonas de circulação pedonal, foi colocado novo mobiliário urbano, como bancos de jardim, e a iluminação passou para a tecnologia LED.

ALMADA Município candidata-se a Cidade Europeia do Desporto 2018 SINES Obras de acesso ao novo centro de saúde já arrancaram Os trabalhos da empreitada de execução do acesso ao novo Centro de Saúde de Sines, junto à Alameda da Paz, já tiveram início. Além da pavimentação do acesso ao equipamento e zona de estacionamento, será feita a ligação das infraestruturas, nomeadamente rede de drenagem e abastecimento de água, e instalada sinalização e mobiliário urbano. Esta obra é um investimento da Câmara Municipal de Sines, no montante de 72 638 euros.

Promovida pelo município, a candidatura procura traduzir publicamente o esforço que tem sido feito no incentivo e à atividade física no concelho. Almada apresenta elevados índices de prática desportiva, cerca de 10 por cento acima dos níveis nacionais, aproximando-se dos valores de referência europeus. Para estes índices contribui uma «ampla» rede de equipamentos desportivos, à qual se soma uma «forte» atividade de mais de 120 associações e clubes. Através dos diversos programas municipais de prática desportiva, assim como no apoio ao movimento associativo, Almada procura promover o desporto inclusivo e gratuito, com ofertas diferenciadas para todos.

SEIXAL Estação do livro regressa às escolas A Estação do Livro está de volta às escolas do concelho com dezenas de atividades de animação relacionadas com os livros e a leitura. “40 anos da Constituição da República Portuguesa” é o tema desta edição, a decorrer até dia 25. O projeto envolve 35 escolas do 1.º, 2.º, 3.ºs ciclos e secundárias que, durante 10 dias, proporcionam aos alunos a participação em diversas iniciativas, como contos e leituras encenadas, apresentações de livros, oficinas de escrita criativa e de expressão plástica e ateliês. A iniciativa resulta de uma organização conjunta entre o município, através da biblioteca municipal, em colaboração com as escolas e rede de bibliotecas escolares.

MONTIJO Nova sede do Centro de Reformados está para breve O Centro de Reformados de Sarilhos Grandes comemorou 35 anos, numa sessão solene que contou com a presença do edil Nuno Canta, entre outros. A presidente da instituição, Dinora Caetano, enalteceu o trabalho de todos os membros da direção que, de forma voluntária, dedicam o seu tempo à associação. Dinora Caetano revelou que a construção da nova sede está em andamento, encontrando-se na fase de finalização dos projetos de especialidade. O presidente do município realçou o importante papel que a instituição tem desempenhado enquanto «resposta ao envelhecimento ativo em Sarilhos Grandes, indo ao encontro das políticas sociais para os idosos, desenvolvidas pela câmara. A democracia precisa de garantir os direitos dos idosos, de combater o isolamento, o abandono e as desigualdades dos idosos», vincou.

SANTIAGO DO CACÉM 2.ª feira do empreendedorismo com balanço positivo A 2.ª feira do empreendedorismo terminou com balanço «muito positivo», demonstrando um crescimento significativo no número de participantes e nas atividades desenvolvidas, em comparação com a 1.ª edição. Foi registado também aumento também no número de expositores. O certame decorreu a 11 e 12, em Santiago. O programa englobou workshops de eletrónica, impressão 3D e robótica e várias apresentações, debates e exemplos de ideias ganhadoras, sempre com as oportunidades de emprego e o incentivo ao empreendedorismo como panos de fundo. Destaque para a entrega dos prémios do concurso “Lança-te à Costa”, levado a cabo pelas três entidades organizadoras da feira. Foi um grupo de jovens empreendedores a vencer, com o projeto ”ProDive – trabalhos e inspeções subaquáticas”.

BARREIRO Espaço J amplia horário de funcionamento O Espaço J vai ter horário alargado durante a época de exames e frequências, ou seja, de 28 de novembro a 18 de fevereiro. Este espaço J, dinamizado pelo município para a ocupação dos tempos livres dos jovens, da Câmara Municipal do Barreiro, passará assim a funcionar de segunda a quinta-feira, das 15 às 4 horas, e de sexta-feira a sábado, das 15 às 20 horas. Este horário foi tornado público em edital, que pode ser consultado no sítio oficial da edilidade.

MOITA Agência ENA entrega prémios “Eco Bombeiros” Os bombeiros da Moita acolhem a entrega de prémios do “Eco Bombeiros – Sensibilização para a eficiência energética em quartéis de bombeiros”, no dia 24. “Eco-Bombeiros” é uma iniciativa da S.energia - Agência Regional de Energia do Barreiro, Moita e Montijo e visa a promoção e sensibilização de boas práticas de eficiência energética em quartéis de bombeiros dos municípios abrangidos pelas Agências de Energia do Oeste, Seixal, Barreiro, Moita e Montijo, Arrábida, Norte Alentejano e Tejo, e do Interior de Portugal Continental. O projeto, que arrancou em 2014, foi caracterizado durante os últimos dois anos pela divulgação e sensibilização do projeto às cerca de 60 corporações de bombeiros participantes.

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CULTURA

BRUNO FRAZÃO PRODUZ MUSICAL SOBRE SENTIMENTO DOS ANIMAIS NO NATAL

«É um espetáculo de paz, amor e fraternidade» Após dar corpo a várias produções infantis e para a família, Bruno Frazão sentiu que estava na altura de retratar o Natal num musical que tivesse como enfoque os valores da família e o sentimento dos animais nesta quadra tão querida de todos nós. Em palco vão estar seres humanos, cães, gatos e uma pomba. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

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m Natal Diferente” é o musical que a ACTAS – Academia Cultural de Teatro e Artes de Setúbal, estreou ontem à noite, no Grupo Desportivo Independente, com textos de Bruno Frazão e Portugal da Silveira. A encenação, figurinos e cenários também pertencem a Bruno Frazão, e as músicas foram elaboradas por Artur Jordão. Bruno Frazão deposita expetativas «elevadas» para este trabalho, que está «muito bom a nível de qualidade». Na sua opinião, é um espetáculo de «paz e muito amor, com uma mensagem muito impor-

tante sobre os valores da família, dos amigos animais. Uma reflexão sobre o sentimento dos animais em relação a esta festa que tanto gostamos». E acrescenta: «Numa altura em que muito se fala da proteção dos animais, achei ser o momento certo para avançar com este texto de Portugal da Silveira e poemas de minha autoria». Bruno Frazão realça que na quadra natalícia «são principalmente os animais quem mais estranha o aumento de tráfego doméstico em que os nossos lares se transformam no natal. E é isso que para eles é diferente. Nada lhes dirá tão maravilhosa época natalícia, ou digamos aparentemente assim se

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julga, porque são ‘animais’ irracionais. Mas, serão mesmo?». ORÇAMENTO DE 3 MIL EUROS E ELENCO DUPLO O musical de Natal, destinado a toda a família, que está orçado em cerca 3 mil euros e tem cerca de 1 hora de duração, volta à cena este sábado, às 15 e às 21h30, e no domingo, às 15 horas. No dia 26, às 21h30, o espetáculo é apresentado no ‘Casarão’, no Casal das Figueiras, também em Setúbal. Os ensaios duraram cerca de dois meses e meio. Em palco vão estar cinco atores e dois figurantes, num elenco rotativo, por «motivos profissionais dos atores». São intérpretes Maria Nunes, Paula de

Melo Cruz, Susana Jordão, Flávio Fernandes, Mário Pais, João Praia, Guilherme Rodrigues, Débora Oliveira, Maria Cordeiro e Sofia Becker.

Os apoios vieram de várias empresas, comunicação social, juntas de freguesia de S. Sebastião e União das Freguesias, IPDJ e município setubalense.

Cada ingresso custa 5 euros mas também há preço de família a 7,50 euros, para um adulto e uma criança até aos 12 anos.


CULTURA

AGENDA

Músicas do Mundo de Sines distinguido pela revista “Mais Alentejo”

SESIMBRA19NOVEMBRO21H30

A MULHER QUE SALVOU O MUNDO TEATRO JOÃO MOTA

Celebrizada no cinema nos anos 60 por Julie Andrews, Mary Poppins aparece nesta peça do Teatro do Elétrico adaptada à realidade do novo milénio. Apresenta-se a uma nova família e na entrevista de emprego dá a conhecer o seu vasto currículo. Com Custódia Gallego, Ana Valentim, Patrícia Andrade, Rafael Gomes e Vítor Oliveira.

PALMELA19NOVEMBRO17H00

CONCERTOS “SONS DO VINHO” ADEGA DE PALMELA

“Sons do Vinho” são concertos e performances dançadas nas adegas com visitas guiadas, provas de vinhos comentadas e degustação de produtos regionais. Carlos Alberto Moniz interpreta “O Vinho dos Poetas”, com entradas a 12 euros.

MONTIJO19NOVEMBRO21H30

COMÉDIA “GOODBYE MARIA ALBERTINA”

ACADEMIA UNIÃO E TRABALHO – SARILHOS GRANDES A comédia/musical “Goodbye Maria Albertina”, a partir da poesia de Maria Marques Jacinto, encenada por Maria Mascarenhas, está de volta aos palcos para prosseguir o seu périplo pelas freguesias do concelho do Montijo.

GRÂNDOLA19NOVEMBRO21H30

JOHN FLETCHER EM CONCERTO TEATRO GRANDOLENSE/MÚSICA VELHA

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FMM Sines – Festival Músicas do Mundo venceu o prémio da revista “Mais Alentejo”, na categoria “Mais Sensação”. A ceri-

mónia de entrega dos prémios decorreu no passado dia 11, no Casino do Estoril. O prémio foi entregue à vereadora Filipa Faria, que o dedicou a todos os

funcionários do município que, anualmente, ajudam a pôr de pé «o maior evento cultural» promovido pela Câmara. A autarca agradeceu também ao diretor artístico e de produção do festival, Carlos Seixas, pelo seu papel «no sucesso de um evento que nasceu para dinamizar o castelo local, mas que atualmente ultrapassa em alcance e presença no território tudo o que foi inicialmente imaginado». Os Prémios “Mais Alentejo” são atribuídos todos os anos, desde 2002, e têm como objetivo homenagear

personalidades, instituições e projetos que contribuem para o desenvolvimento e a projeção do Alentejo. Nesta edição, a 15.ª, estiveram a votação 105 nomeados, distribuídos por 21 categorias. É a terceira vez que o FMM recebe um prémio pelo seu contributo para a valorização do Alentejo, depois de ter conquistado o Prémio Turismo do Alentejo 2011 e 2012 na categoria de Melhor Evento. A próxima edição do FMM realiza-se de 21 a 29 de julho de 2017, em Sines e Porto Covo.

Joaquim Monchique leva “God” aos palcos do Seixal

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té 10 de dezembro, prossegue o 33.º Festival de Teatro do Seixal, que tem como ponto alto, a apresentação da peça “GOD”, protagonizada por Joaquim Monchique. “God” sobe ao palco no dia 3, às 21h30. Trata-se de uma aposta da Força de Produção, que tem entradas a 10 euros. Com texto de David Javerbaum, a encenação de

António Pires reúne em palco Joaquim Monchique, Diogo Mesquita e Rui Andrade. No dia do espetáculo, o auditório municipal recebe Deus, acompanhado pelos arcanjos Miguel e Gabriel. Joaquim Monchique dá a voz ao Criador e a palavra à salvação, para fazer o diagnóstico do estado das coisas na Terra e tomar medidas para alterar o rumo seguido pela humanidade e tornar a

vida mais aprazível para os bípedes do planeta azul. Uma comédia divina. Os espetáculos percorrem os palcos do Fórum do Seixal e das coletividades de cultura e recreio do concelho e são, na sua maioria, gratuitos. “Mytnhos” (dia 19), “Felicidade” (26) e “A Última Viagem de Lenine” (dia 10) são as restantes peças que ainda pode ver no certame.

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Numa organização da SMFOG, com o apoio do município, tem lugar o concerto de John Fletcher, sendo que na primeira parte atua Ricardo Gingado.

SETÚBAL20NOVEMBRO21H30

MUSICAL O “QUBRA-NOZES” FORUM LUÍSA TODI

O grupo Espelho Mágico festeja o 20.º aniversário com a 30.ª produção, a partir do famoso conto “O Quebra-Nozes e o Rei dos Ratos”, de E.T.A. Hoffmann, com texto e adaptação de Miguel Assis. Há espetáculos a 23 e 24, em sessões para as escolas, a partir das 11 horas.

MOITA24NOVEMBRO21H00

“LEITURA ÀS QUINTAS” COM CÉU GUERRA BIBLIOTECA DE ALHOS VEDROS

A atriz Maria do Céu Guerra e o encenador Hélder Costa são os convidados da edição deste mês do projeto “Leitura às Quintas”, com o tema “Literatura e Teatro com Encontros Imaginários”. O teatro, antes de se transformar numa peça ou espetáculo, constitui-se, primeiramente, em texto literário.

GANHE CONVITES PARA O TEATRO Temos convites para os nossos leitores assistirem ao “Musical da Minha Vida”, de Filipe La Feria, no Casino do Estoril, para a revista popular à portuguesa “Parque à vista”, em cena no Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer em Lisboa, para a comédia “Nonna”, pelo ArteViva, do Barreiro, e para o musical do TAS “Bocage, Inferno & Paraíso”, em cena no Teatro de Bolso. Para ganhar os convites, basta ligar 969 431 085 ou 918 047 918. ​

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NEGÓCIOS

CT DA UNIDADE DE PALMELA NÃO ESTÁ PREOCUPADA COM MEGA DESPEDIMENTOS DA ‘GIGANTE’ AUTOMÓVEL ALEMÃ

Novo modelo e contratações na Autoeuropa não estão em perigo

A Volkswagen vai despedir nas suas fábricas em todo o mundo cerca de 30 mil trabalhadores. A reestruturação tem a ver com o financiamento da transição para os carros eléctricos. O porta-voz da comissão de trabalhadores da Autoeuropa, António Chora, aguarda com serenidade mais informações, mas não acredita que o alegado impacto do corte de emprego chegue a Palmela. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM

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responsável pela comissão de trabalhadores da Autoeuropa, António Chora, está confiante de que a notícia de um eventual mega despedimento no grupo Volkswagen a nível mundial, que pode atingir cerca de 30 mil funcionárioAs, não vá afetar a unidade de Palmela. Em declarações ao Semmais, o dirigente sindical afirmou que não há nenhum «dado objetivo» que possa pôr em causa a estabilidade laboral da unidade que o grupo tem em Portugal, e lembrou o recente anúncio da atribuição à Autoeuropa da construção de um novo

modelo. «Estamos a gerir essa informação com serenidade, até porque a administração revelou em reunião recente que é necessário fazer contratações a partir de meados do próximo ano, já com vista à produção do novo modelo, que arranca em agosto de 2017». Neste caso, com foi anunciado há cerca de duas semanas, está prevista a contratação de mais de um milhar de funcionários para a produção de um modelo considerado por António Chora de «grande volume», e que estará, como referiu à comunicação social, «no segredo dos deuses». António Chora, que vai participar, a partir do dia 5 de Dezembro numa reunião na Alemanha, duran-

te a qual se vão encontrar todas as comissões de trabalhadores das várias fábricas da Volkswagen de todo o mundo, disse ainda esperar «informações mais fiáveis» na próxima segunda-feira, uma vez que o diretor-geral da unidade de Palmela, Miguel Sanches, se encontra ainda no estrangeiro. REESTRUTURAÇÃO PODE LEVAR A 30.000 DESPEDIMENTOS Na origem desta incerteza está a notícia veiculada, quinta-feira, pela agência internacional “Reuters”, de que a fabricante alemã Volkswagen (VW) e os sindicatos terão acordado um plano de reestruturação que inclui 30.000 despedimentos até 2021. O objetivo, segundo as mesmas notícias, será au-

mentar a rentabilidade e financiar a transição para os carros elétricos, após o escândalo das emissões nos motores a diesel. De acordo com a mesma fonte, a medida vai permitir 3.700 milhões de euros em poupanças anuais na marca VW. Esta decisão envolve a remoção de 23.000 postos de trabalho só na Alemanha. A agência de notícias diz ainda que “os líderes da União de sindicatos concordaram com os cortes em troca de um compromisso por parte da direção da criação de novos empregos e investir em carros elétricos, principalmente nas suas fábricas na Alemanha”. A marca VW irá criar 9.000 novos postos de trabalho através de investimentos em car-

ros elétricos de tecnologia. Os executivos da Volkswagen concordaram em construir um SUV elétrico na sua principal fábrica, em Wolfsburg e um carro elétrico menor, conhecido

como I.D. Os motores elétricos são fabricados em Kassel e a VW vai começar a produção de células de bateria em Salzgitter, em Zwickau, disse a primeira fonte à Reuters.

PLATAFORMA PORTUÁRIA REGISTA MAIOR CRESCIMENTO DE SEMPRE E ALAVANCA EXPORTAÇÕES

Porto de Sines cresce 14% até fecho de Setembro O porto de Sines continua a bater recordes e animar a economia regional, contribuindo para o aumento registado nas exportações. Os terminais com maior crescimento no últimos nove meses foram o de granéis líquidos e o de contentores. PUBLICIDADE Cartório Notarial de Setúbal Notária Maria Teresa Oliveira Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia dezasseis de novembro de dois mil e dezasseis, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 39 do livro 304-A, de escrituras diversas, na qual: Maria Felisberta Santos Meseiro, divorciada, natural da freguesia de Pinhal Novo, concelho de Palmela, residente na venida da Herdade, número 13, Lagoa da Palha, Pinhal Novo, Palmela; contribuinte número 131256033, justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio urbano sito na Rua da Avenida da Herdade, número 13, Lagoa da Palha, freguesia de Pinhal Novo, concelho de Palmela, composto de moradia de rés-do-chão, para habitação e logradouro com a área coberta de oitenta e cinco metros quadrados e com a área descoberta de duzentos e vinte cinco metros quadrados, ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Palmela, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 11061, ainda pendente de avaliação. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 16 de novembro de 2016. A Notaria, Maria Teresa Oliveira

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TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM SM

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plataforma portuária de Sines encerrou o terceiro trimestre deste ano com uma movimentação de 13,8 milhões de toneladas, o melhor registo trimestral de sempre. No total global dos primeiros nove meses de 2016, já passaram por Sines 37,9 milhões de toneladas de mercadorias, correspondendo a uma

variação homóloga de 14%. Segundo dados fornecidos pela APS – Administração do Porto de Sines, os resultados deste trimestre devem-se, em especial, aos terminais de Granéis Líquidos e de Contentores, com índices de crescimento homólogo de 20% e 18% respetivamente, no que diz respeito ao total de tonelagem movimentada. ANO COM AUMENTO EM TODOS OS SEGMENTOS Na carga geral, onde se inclui a carga contentoriza-

da, o Terminal de Contentores – Terminal XXI contínua a manter um crescimento sustentado, representando já 38% do total global do porto, e com um crescimento de 4% no que diz respeito à movimentação de TEU. De referir ainda o crescimento homólogo de 13% no número de navios em operação comercial, enquanto na balança Import/Export se destaca um crescimento de cerca de 22% nas operações de cargas.


DESPORTO

EM DIA DO 106.º ANIVERSÁRIO DO VITÓRIA DE SETÚBAL, O LÍDER FERNANDO OLIVEIRA RECORDA:

«Quando cheguei ao Vitória estavam a discutir o futuro nome do clube que iria disputar os distritais» Nos tempos que correm, o presidente Fernando Oliveira garante que, por força da reestruturação financeira implementada, onde se incluem garantias financeiras futuras devido a contratos celebrados, o V. Setúbal goza de uma estabilidade que não tinha há largos anos. E promete a continuidade de rigor, seriedade e competência para que o clube tenha sucesso no futuro. A prioridade de Fernando Oliveira vai para a criação da Academia VFC, fundamental para a sustentabilidade do clube. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

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direção e os sócios do V. Setúbal festejam este sábado, a partir das 20h30, no renovado pavilhão Antoine Velge, o 106.º aniversário do clube mais representativo da região. O presidente Fernando Oliveira, questionado sobre qual a prenda que o clube mais gostaria de receber por ocasião deste aniversário, afirmou: «O maior presente seria preservar a maior riqueza, do clube que são os seus apaixonados adeptos, bem como aumentar o número de associados. A passagem à próxima eliminatória da Taça de Portugal também nos permitiria festejar o aniversário com outro sabor». Convidado a fazer o balanço do seu atual mandato, Fernando Oliveira afirmou: «Cabe aos vitorianos fazer essa avaliação. Cheguei ao Vitória em 2009 numa situação dramática. Na altura fui convidado para uma reunião do conselho vitoriano e estava-se a discutir o futuro nome do

clube que iria disputar os distritais, devido aos profundos problemas financeiros que atravessava. Recusei-me a aceitar tal situação e avancei, de corpo e alma, porque acredito que o Vitória é um clube de futuro e que jamais poderá acabar. De uma coisa tenho a certeza, neste momento e por força da reestruturação financeira implementada, onde se incluem garantias financeiras futuras por força de contratos celebrados, o Vitória goza de uma estabilidade que não tinha há largos anos. Estou convicto de que se continuar a existir rigor, seriedade e competência, como tem acontecido até aqui, as bases estão lançadas e o Vitória continuará a ser um clube sustentável e com os olhos postos no futuro». Falar do novo estádio, nesta altura, é, para Fernando Oliveira, «completamente utópico. E relembra que o V. Setúbal tem outras prioridades, como «a reestruturação financeira que tem vindo a ser implementada, com sucesso, e que permitirá ao clube ter futuro e ser sustentável.

Essa sim, é urgente e importantes medidas de gestão foram tomadas nesse sentido. Não nos podemos esquecer de como o Vitória estava financeiramente há uns anos atrás e como está atualmente». PRIORIDADE PARA A ACADEMIA DO VITÓRIA Enquanto o novo estádio não avança, o líder vitoriano promete pequenas intervenções no atual estádio. «Vamos fazendo obras de requalificação à medida que nos é possível e foi nesse sentido que foram construídos os novos camarotes do lado poente, o camarote de imprensa, a sala de imprensa, o camarote presidencial e a colocação de novas cadeiras na bancada superior sul», refere, vincando que o projeto da Academia do Vitória, «esse sim, é prioritário e contribuirá para a sustentabilidade do clube». Sobre o investimento na requalificação do pavilhão Antoine Velge, Fernando Oliveira salienta que a referida obra esteve a cargo do municí-

pio. «A Câmara, em boa hora e de forma entusiasta, empenhou-se nesses melhoramentos. Está uma obra muito bem-feita que engrandece e orgulha todos os vitorianos. Expresso, aqui, publicamente e em nome do Vitória o meu agradecimento à Câmara de Setúbal e, em particular, à

sua presidente», sublinha Fernando Oliveira. Entretanto, este domingo, é dia de jogo para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal Placard, que irá opor o V. Setúbal ao Benfica de Castelo Branco. O jogo está marcado para as 15 horas, dia do 106.º aniversário do clube, no estádio municipal

Vale do Romeiro, em Castelo Branco, e os preços dos bilhetes variam entre os 5 euros e os 10 euros e podem ser adquiridos na gestão de sócios até este sábado, às 18 horas. Entretanto, as inscrições para a corrida e caminhada do V. Setúbal, que sai para a rua no dia 27, terminam este domingo.

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24 mil sócios e 12 modalidades desportivas Com 24 mil sócios, o VFC desenvolve 12 modalidades desportivas, como a ginástica, atletismo, andebol, rugby, ténis de mesa, as artes marciais e o futebol, entre outras, que permitem «diariamente a cerca de 1 600 atletas desenvolver a sua atividade física de competição ou de carácter lúdico. Esta é a maior prova de vitalidade do Vitória e de que o Vitória é um clube de futuro com responsabilidades desportivas e sociais junto da região», sublinha Fernando Oliveira.

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DESPORTO

ELEIÇÕES POLÉMICAS NA ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE SETÚBAL

Francisco Cardoso foi eleito mas Chumbita Nunes pondera recorrer junto do tribunal desportivo As eleições para a Associação de Futebol de Setúbal, que foram ganhas por lista única liderada por Francisco Cardoso, tiveram votação recorde. Mas Chumbita Nunes, da lista opositora que não entrou nas eleições, promete recorrer junto do tribunal desportivo, uma vez que entende que houve ilegalidades e irregularidades nas urnas. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

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rancisco Cardoso, atual provedor da Misericórdia de Palmela, acaba de ser eleito para presidente da Associação de Futebol de Setúbal, substituindo no cargo Joaquim Sousa Marques. Octávio Machado, diretor desportivo do Sporting, é o presidente da Assembleia Geral, e Fernando Tomé, ex-jogador de futebol, também integra a nova equipa. O ato eleitoral dos novos órgãos sociais, que se realizou no dia 16, elegeu a equipa para o quadriénio de 2016/2020, e contou com lista única. A tomada de posse tem lugar no dia 23, às 19 horas, na sede da associação.

Foram escrutinados 439 votos, de um total de 893 votos possíveis, que correspondem aos votos dos 40 sócios ordinários que exerceram o seu direito de voto, de clubes e núcleos de árbitros, de um total de 113. A lista única obteve 432 votos, e registaram-se 7 votos em branco. Tentámos falar com Francisco Cardoso, mas este não atendeu o telemóvel em tempo útil. Ainda assim, quisemos recolher palavras de Octávio Machado, que nos disse que só irá prestar declarações aquando da tomada de posse. De salientar que Francisco Cardoso era o presidente da mesa da Assembleia Geral de Joaquim Sousa Pereira e avançou para dar «continuidade ao trabalho que

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tem vindo a ser desenvolvido por esses corpos gerentes». «ELEIÇÕES DECORRERAM DE FORMA ILEGAL» Rui Chumbita Nunes, advogado e ex-presidente do V. Setúbal, entre 2003 e 2006, que também apresentou uma lista, avançou com providência cautelar pelo facto de a mesma ter sido rejeitada para o ato eleitoral. «O tribunal administrativo e fiscal disse-me que era incompetente para decidir a nossa reclamação, uma vez que compete aos tribunais civis resolver este tipo de situações», realçou Chumbita Nunes, acusando que o ato eleitoral decorreu de forma «ilegal». A seu ver, houve uma série de «ilegalidades e irregularidades» que não podem passar em branco. Por isso

mesmo, a lista de Rui Chumbita está «a ponderar recorrer do ato eleitoral junto do Tribunal Arbitral Desportivo, para que este tipo de situações não se repita em próximas eleições para a Associação de Futebol de Setúbal». A lista de Chumbita Nunes integrava nomes sonantes do futebol distrital e até mesmo nacional, como é o caso de Luís Melo Silva, juiz do Tribunal de Setúbal, Rui Chumbita Nunes, Álvaro Albino, José Madeira Amorim e Amândio de Carvalho, que era o mandatário. Joaquim Sousa Marques, o atual presidente da direção da AFS vai ocupar um lugar na estrutura da Federação Portuguesa de Futebol e, por essa razão, não se recandidatou a novo mandato.


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EDITORIAL

OPINIÃO

AV

Sinceramente L. Cohen. Raul Tavares Diretor

Agendas trocadas e desconcertadas

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urante semana e meia, acho que mais até, andámos a ser invadidos pelos bafos do futebol e por esta novela em torno de gestor da Caixa Geral de Depósitos que, contra tudo e contra todos, incluindo a lei vigente, se recusa a tornar pública a sua declaração de rendimentos. Com estes dois factos, a comunicação social encheu manchetes, aberturas de telejornal das TVs e boletins informativos das rádios. Estamos fartos! O caso do episódio sórdido dos fumos ou cuspos do presidente do Sporting em direcção ao líder do Arouca, é de bradar aos céus. Em televisão consumiu quase mais tempo do que as três novelas (ou mais) novelas da noite. Ainda por cima, abordadas em todos os ângulos, nenhuma delas é linear. A agitação percorreu os programas de gincana desportiva, com ataques, ofensas, lamúrias e muita brejeirice. É uma anedota, que contagia, redes sociais, cafés e jantaradas. No outro plano, António Domingues, ao que parece um super-gestor, de que tanto a Caixa Geral de Depósitos parece precisar (dizem), golpeia-se de riso ao ver-se escancarado na luta política e partidária em tudo o que mexe. Não tenho dúvidas de que em mês e meio terá sido a figura mais mediática do país e falou tão pouco. Por mim, no agendamento noticioso deveria ser proibido a mesma noticia circular mais de um dia seguido, até porque elas ‘morrem’ a partir do momento da sua publicação. Não havendo factos novos, as mesmas deveriam hibernar para a salvaguarda da nossa sanidade mental. E nem estou a referir-me ao tipo de imprensa - só a título de exemplo - que acha relevante para o interesse público ou, mesmo, para o interesse do público, encher com dois terços da sua capa com fotografias do ‘não-tenho-medo-de-ninguém’, Bruno Carvalho, a beijar a sua nova namorada na romântica Paris. E, claro, a bela Paris, a cidade das luzes, não tem culpa de nada. Há, já agora: Parece que a “gerigonça’ conseguiu passar pela segunda vez o Orçamento na todo-poderosa Comissão Europeia… E também parece que a economia está a crescer mais do que todos previram... Até parece que já não vão ser suspensos os fundos pelo deficit excessivo do ano passado…

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ão. Não. Não percebo um mundo que elege Trump e perde Leonard Cohen. Quero ir para Marte. Para o mais longe possível. Já e sem demora. Este não é definitivamente o meu mundo. Bem sei que a vida acaba sempre mal. Bem sei que é inevitável. Bem sei que aceitar, neste caso, é uma virtude. Mas Leonard Cohen? Porquê? Provavelmente não tem porquê. É assim e pronto. Temos pena. A música, pelo menos no século XX, foi o cenário de todas as ideias. De todas as ousadias. E Cohen estava no centro do centro do centro. Onde a poesia se esconde. Entre acordes dissonantes e uma voz rouca. Uma voz e um respirar. Respirar com palavras. Uma forma estranha de respirar que continha o essencial da natureza humana. Até naquilo que tanto nos define: a contradição. O não saber o que saber. Para além do

amor, claro. Porque o amor, felizmente, é claro. Tem rosto, momentos, locais, tempos, dúvidas e intensidade como o sol do meio-dia. Queima e cura. Permite. Perdura. 14 discos, 82 anos. É tão pouco. E tão muito nas nossas vidas. Cantar o amor e tudo o resto que vem por causa do amor foi ao que se dedicou Leonard. Para nosso prazer. E para aplacar a nossa dor também. Agora não haverá mais canções. Apenas aquelas que não esqueceremos. E são tantas. Fiquemos então com estas. Para ajudar a compreender este mundo. Tão difícil de compreender. O que a música de Leonard Cohen tem de fascinante é a sua aparente simplicidade. Um som que é um reflexo, apenas um reflexo, da estética folk. A que se juntam alguns dos mais inspirados poemas da música popular. Imagens complexas. Palavras mais da lua do que do sol. Ironia,

TURISMO SEMMAIS JORGE HUMBERTO SILVA COLABORADOR

mistério e contemplação. Nomes de mulheres com mulheres dentro. Suzanne. Marianne. Sabedoria. Sempre sabedoria. É assim Leonard Cohen. E por isso fez canções que nos acompanharam. Mais perto do que uma banda sonora. Mais próximas do que uma qualquer influência. Um sussurro com voz profunda. Junto ao ouvido. Perto do coração. E assim numa madrugada de sexta-feira chegou a notícia: Cohen já não é Cohen. Para, afinal, continuar a ser, enquanto humanos formos, e até que a sensibilidade nos deixe de vez. Até que o mistério nos obrigue

a tentar (a continuar a tentar) encontrar respostas. Afinal o que é o amor senão uma resposta. Incompleta. Incerta. Fundamental com o fundamento do que nunca saberemos. Ou talvez, contra todas as probabilidades, a chave desse saber esteja bem escondida nas canções de Leonard. Iguais à vida. Nem maiores nem menores. Apenas iguais. Agora que o mundo está cada vez mais perigoso. Agora que um troglodita é o “homem mais poderoso do mundo”. Precisamente agora é que tu nos foste abandonar. Sinceramente L. Cohen.

Trumpamania Lusitana

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oucos acreditavam na vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos EUA, porque quase todos analisam o conteúdo da mensagem e subestimam o esforço e o empenho que empreendeu nas primárias e na campanha eleitoral. Trump falou em cada local, em cada momento a todos e qualquer eleitor, por isso várias contradições são analisadas à distância. O número de eleitores em Portugal é quase cinco vezes menos que nos EUA, há menos meios de comunicação social por região no entanto há as mesmas redes sociais e outros meios que chegam à populações em percentagem muito idêntica aos americanos. Isto é um perigo! Porque se acreditamos que os melhores regimes políticos são os que assentam nos partidos

políticos, mas se estes não ocupam a sua missão tenderão a surgir os regimes personalistas. Manifestamente em Portugal, no mundo atual e mediático, os partidos políticos tendem para o conservadorismo das suas estruturas. Ao invés no Estado ocorreram reformas que tenderam para a extensão da visão distrital, no entanto as forças políticas mantêm estruturas distritais que não servem os interesses da população mais próxima. Urge implementar estruturas idênticas às áreas urbanas e metropolitanas e no plano secundário as seções concelhias. Esta alteração substancial, e também das Leis Eleitorais, reforça em muito o papel das atividades partidárias e responsabiliza os agentes políticos locais ao abrir mentes e contributos dos cidadãos sem vínculo partidário. Um partido político é um

ESPAÇO ABERTO E LIVRE ZEFERINO BOAL CONSULTOR

instrumento de ação governativa e quando não se tem aquele poder, deve fazer por conquistá-lo. Aquela ação governativa tem diversos níveis de atuação e quem tem responsabilidades politica / partidária deve centrar a sua ação no seu âmbito. São os vazios de ação política que permitem que outros desconhecidos nas ideias programáticas que ocupam os espaços, e que desenvolvendo dinâmicas próprias, permitem obter resultados eleitorais surpreendentes. Não confundamos que estamos contra os ditos movimentos

cívicos, estes podem ser excelentes instrumentos de debate político no entanto não visa a ação governativa. Hoje, os perigos advêm da anarquização da política mediática e das “gerigonças” oportunistas que por aí proliferam, em parte nas redes sociais e que, infelizmente têm ocupado espaço de intervenção por incompetência e irresponsabilidade de alguns agentes políticos locais que não estão empenhados no âmbito da sua responsabilidade e pensam estar num patamar superior de decisão e ação governativa.

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14 | SEMMAIS | SÁBADO | 19 DE NOVEMBRO | 2016


apresentámos Canções de Brecht no belíssimo teatro Sá de Miranda. Em dois dias houve pouco mais de 20 espectadores na sala. Pouco depois, já sem apoio da DG Artes, teve de ser um colectivo de actores, liderado por Ricardo Simões, a manter o Teatro do Noroeste à tona de água. No último fim-de-semana, quatro anos depois, voltámos a Viana do Castelo com O feio, que estreámos no último Festival de Almada. E que diferença! Durante os últimos quatro anos o grupo liderado por Ricardo Simões criou aquilo de que o teatro mais precisa: um público. Perante uma sala esgotada, apresentámos o nosso espectáculo para um público generoso (mais pessoas numa só sessão em Viana do Castelo do que em três

BOCA DE CENA RODRIGO FRANCISCO

Vigilantes

DIRETOR DA CTA

sessões, na semana anterior, no Chiado), que no final ficou sentado para conversar connosco. Há ali muito trabalho – sei o que digo. Quando me falam de “teatro comunitário” e outros arraiais, é em exemplos como este em que eu penso. O verdadeiro teatro comunitário é aquele que enche a plateia da comunidade em que se insere – e não o palco. Porque é muito mais fácil (e sedutor) criar nas pessoas a ilusão de que podem ser artistas do que confrontá-las com a dificuldade de ser um espectador

atento e informado – que é o mesmo que os cidadãos deviam ser, acho eu. Se passarem por Viana do Castelo, não deixem de visitar o belíssimo Teatro Sá de Miranda. Com sorte, há-de lá haver um espectáculo do novo Teatro do Noroeste. É um grupo de jovens artistas que ama o Teatro e a cidade onde vive. Não fumam charutos caros nem conduzem carros de alta cilindrada: têm tudo o que é preciso para levar a bom porto um projecto que há 25 anos se fez ao mar.

Bloqueio

D

a Estação Espacial o mundo começa e termina ao mesmo tempo, o grande planeta em que nos circunscrevemos é uma partícula, um grão de pó torneando o universo. Nós somos modestos fragmentos desse grão, presos dentro de quem somos, de costas voltadas para o céu, olhando incessantemente o espelho. A esperança de algo e o assombramento da realidade unem-se na imensidão escura e, astutamente, combi-

nam deslumbramento e pânico, nunca retirando o prazer de pousar o olhar na Terra – os países não existem e o oceano é um só, abraçando apaixonadamente os continentes. A atmosfera rodopia lentamente e envolve amorosamente o pequeno planeta, como que protegendo um filho. Ninguém reparou que naquela humilde esfera estão investidos milhares de anos, incansáveis evoluções, apocalipse após apocalipse, para que o auge da

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO MARGARIDA NIETO ESTUDANTE

evolução se empacotasse no núcleo das nossas células. E aqui estamos, girando à volta do sol, incapazes de honrar a História que transportamos, caminhando aleatoriamente numa vida que

nos foi ingenuamente oferecida, programados para o egoísmo. Hoje o planeta está mais pesado, a atmosfera está mais densa, e mesmo na ausência de gravidade alcançaremos a proeza de cair.

Não há fumo sem…cuspo

Q

uando era adolescente, sempre tive dois pontos fracos na competição inter-pares: não sabia assobiar e não sabia “escarrar”. Desculpem-me a grosseria, mas antes de escrever fui ao dicionário e confirmei que se trata de verbo transitivo e intransitivo que significa expelir, cuspir (escarros); expetorar, logo com alguma dignidade que os nossos 10, 11 12 anos não davam à palavra por mim usada. Daqui posso retirar duas conclusões: Apesar de ser um apaixonado por futebol, tenho uma má formação de base para pertencer a uma claque e a se presidente ou jogador de futebol (ainda a semana anterior vimos um jogador do Porto a cuspir em Ederson), pois se os primeiros – as claques - são peritos na arte de assobiar (e isso é o que eles fazem de menos negativo), já os jogadores de futebol e os Presidentes (pelo menos um) são peritos na arte de expectorar (melhorei?).

Ora, como também nunca fumei, não sei travar, estou absolutamente desabilitado a entrar na discussão da semana: foi cuspo ou fumo de um cigarro electrónico? Para vos dizer a verdade nem me importa nada quem tem razão nesta discussão, já que a baixaria foi tão grande e indigna de parte a parte que o que me espanta é que haja defensores para qualquer um dos dois rufias, perdão, dos dois presidentes e não haja uma condenação unânime de ambos. Como li algures, o nível desceu a um tal nível que pelo que oiço a “Casa dos Segredos” passou a programa cultural da semana. A este propósito deixo-vos outra confissão: quando entrei nesta profissão (advocacia) de início surpreendia-me com a necessidade de adaptarmos argumentos às necessidades dos nossos clientes. O mesmo se passa(va) na política, duas áreas que, como sabem, me são muito queridas, no entanto, por mais que me esforce, numa ou noutra, nunca atingirei o patamar

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA PAULO EDSON CUNHA

VEREADOR PSD CÂMARA DO SEIXAL de argumentação e desfaçatez que a estrutura do Sporting ostenta. E é de tal forma eficaz conseguir transformar uma cuspidela numa discussão deste nível que os cigarros a vapor lhe deveriam dar uma choruda comissão pela publicidade que lhes conseguiu fazer numa semana. Atrevia-me a dizer que Nuno Saraiva e Bruno de Carvalho fizeram mais pela indústria dos cigarros a vapor numa única semana, do que todos os publicitários juntos em muitos anos. E tudo graças a uma baforada cheia de…cuspo. Eu pergunto-me mesmo se a baforada não continha nenhum anabolizante colectivo, de tal forma que apenas com essa baforada conseguimos esquecer

JORNALISTA

À

beira de celebrar 25 anos de actividade ininterrupta, o Centro Dramático de Viana – Teatro do Noroeste foi um dos casos de descentralização teatral portuguesa, afirmando-se no Minho, no Teatro Sá de Miranda, como uma companhia independente de Teatro de Arte, cruzando autores portugueses e estrangeiros, clássicos e contemporâneos – e estabelecendo com a Galiza, a 40 km. de distância, uma interessante relação de inter-câmbio teatral. Em 2013, no entanto, o grupo perdeu o acesso à subvenção da DG Artes. Faltou o financiamento – e faltou também quem dirigisse o projecto num tempo de vacas magras, durante o qual, apesar de tudo, a Câmara Municipal de Viana do Castelo se manteve cooperante. Em Julho de 2012

FIO DE PRUMO

O novo Teatro do Noroeste

JORGE SANTOS

OPINIÃO

todas as preocupações que a eleição de Trump nos trouxe, a detenção e posterior prisão preventiva de Pedro Dias, o Brexit que avança, mas não avança, a aprovação do Orçamento de Estado e a entrega da declaração de bens ao Tribunal Constitucional da nova (quando lerem este texto, será já ex?) administração da Caixa Geral de Depósitos e ainda a situação do Daesh, das dívidas soberanas, etc, etc, etc. Quando elevamos a discussão ao nível que tivemos esta semana, diminuímos a nossa capacidade crítica, analítica e de puro bom senso a um nível tão rasteiro como dois miúdos de dez anos quando estão a ver qual deles escarra mais longe.

A

eleição de Trump para presidente dos Estados Unidos da América está a provocar muita preocupação em todo o mundo e isso não se deve só ao aspecto menos vulgar que o senhor apresenta, mas sim pelas posições, essas mais usuais, que tomou, não só contra a sua adversária, mas porque disparou em todas as direcções. As “primárias” já tinham sido muito agitadas e muita gente ficou de ouvido à escuta para o que desse e viesse e, embora as sondagens não lhe atribuíssem a vitória, o certo é que em Janeiro o teremos como presidente da que é considerada a maior potência mundial. É certo que Trump, depois de eleito, já disse o contrário do muito que propagandeou, mas também não se inibiu em reforçar outras teses que tinham deixado o mundo assustado.

É claro que todos desejamos que o mandato de Donald Trump, se não trouxer nada de novo, pelo menos que não agrave mais o que se vive nos vários continentes Por esse mundo fora as opiniões vão-se tornando conhecidas e há quem reconheça que se começa a ter condições para deixar para trás o que seria a continuidade no caso de Hillary Clinton ter a oportunidade de repetir as políticas de seu marido. Os comentadores desdobram-se por tudo o que é televisão e jornal na tentativa, não de adivinhar o que se irá passar, mas de tomar posição de destaque, até porque lhes ficou na ideia que um conhecido opinante chegou a Presidente da República. É claro que todos desejamos que o mandato de Donald Trump, se não trouxer nada de novo, pelo menos que não agrave mais o que se vive nos vários continentes e que os vigilantes continuem de pé e que, como conclusão se possa dizer que tudo ficou certo e perfeito.

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