Semmais 25 marco 2017

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Sábado 25 | Março | 2017 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 941 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso

Hospitais da região gastaram 15 milhões a recrutar tarefeiros

Para fazer face às insuficiências, as unidades hospitalares da região gastaram, o ano passado, cerca de 15 milhões de euros a recrutar tarefeiros. Só os serviços de urgência consumiram metade deste valor. Do total, os centros Hospitalar de Setúbal, Garcia de Orta e Barreiro/Montijo gastaram 10 milhões, os restantes cinco foi gasto pelo Hospital do Litoral Alentejano.

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Pedro Marques, ministro do Planeamento e Infraestruturas, confia que se os estudos de impacto não comprometerem o avanço do aeroporto na Base Área n.º 6 do Montijo, a Península de Setúbal vai tornar-se mais forte e a AML ganhará uma «nova região».

O número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção aumentou no distrito, até final do mês de Fevereiro, para um total de 18624 pessoas. E o valor médio por cada subsídio também aumentou ligeiramente. Já os abonos de família tiveram uma pequenas descida.

Os responsáveis da Adega Cooperativa de Pegões afirmam que 2016 foi o melhor ano de sempre, com 16 milhões de faturação, aumento de vendas no mercado interno e no estrangeiro, e conclusão de um investimento de 2,5 milhões de euros. A marca, essa, está pujante!

MINISTRO DIZ QUE NOVO AEROPORTO DISTRITO AUMENTA NÚMERO CRIARÁ UMA «NOVA REGIÃO» DE BENEFICIÁRIOS DO RSI

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2016 FOI ANO DE OURO PARA A ADEGA COOPERATIVA DE PEGÕES

ARESTAURANTE CASA SETÚBAL DO PEIXE PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167


SOCIEDADE

PEDRO MARQUES DESEJA MUITO O AEROPORTO NA BASE AÉREA Nº6, MAS AGUARDA AS VOLTAS DOS ESTUDOS DE IMPACTO

Ministro garante que aeroporto complementar no Montijo vai criar uma «nova região» e península forte O membro do governo foi convidado para uma palestra organizada pela Aiset – Associação da Industria da Península de Setúbal. Falou do novo aeroporto como uma oportunidade de ouro para a região, mostrou ser possível ‘fintar’ os constrangimentos sobre acesso a fundos comunitários e disse querer uma empresa de Setúbal envolvida no projeto “Rede de Fornecedores”. TEXTO RAUL TAVARES IMAGEM SM

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e os estudos ambiental e de segurança não trocarem as voltas ao desejo do ministro do planeamento e infraestruturas, Pedro Marques, o novo aeroporto complementar na base aérea n.º 5, no Montijo, vai permitir a criação de «uma nova região metropolitana». Esta é a posição defendida pelo membro do governo que reiterou a ideia, quinta-feira, num jantar organizado pela Aiset, de que a solução aeroportuária complementar do Montijo «é a mais comportável,

sustentável e duradoura». E explicou cada uma das premissas: «Caso tivéssemos que construir um aeroporto de raiz custaria dez vezes mais, sendo que neste caso o investimento previsto é comportável face às receitas previstas; é também duradouro, porque com este projeto e com os investimentos que estamos a fazer no aeroporto Humberto Delgado, vamos dobrar para 50 milhões o número de passageiros». Face a estes contornos, Pedro Marques não tem dúvidas de que este empreendimento, permite alavancar a capacidade aeroportuária por muitas décadas, embora o membro do governo se recuse a «entrar no

O ministro Pedro Marques mostrou grande confiança no projeto que combina os aeroportos Humberto Delgado e o do Montijo jogo” dos números. «Não sei se duas, três ao quatro décadas. Recuso-me a entrar nesse jogo, até porque muitos diziam que os números que agora se estão a atingir em Portugal no movimento aeroportuário só o seriam dentro de sete anos», inferiu o ministro. O que é importante salientar, no dizer de Pedro Marques, é

que esta esperada duplicação de passageiros que a combinação dos dois aeroportos irá permitir, vai «criar uma nova região metropolitana», com mais capacidade e competitividade em múltiplos setores. E previu que no espaço de uma década a nova plataforma portuária no Montijo poderá movimentar 10 milhões de passageiros por ano.

Pedro Marques, destaca, nomeadamente, a oportunidade que a península de Setúbal vai ter de se desenvolver. «Queremos que seja uma verdadeira oportunidade para o nosso distrito, em especial para a península de Setúbal, porque, desde logo, o investimento vai permitir a criação de 10 mil novos postos de trabalho».

Empresas âncora da peninsula no “Clube de Fornecedores” e a ‘janela’ para fundos comunitários

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edro Marques participou na iniciativa a convite expresso do atual presidente da Associação da Indústria da Península de Setúbal, Antoine Velge, o timoneiro do grupo Sapec. E, já no final da sua intervenção, respondeu a uma das principais preocupações dos empresários que operam na região: os fundos que a economia regional perde por estar ligada à ‘região rica’ de Lisboa. O ministro assumiu a preocupação como «uma situação que perdura» e que é injusta, porque, sublinhou, «há aqui uma grande força industrial, mas há também uma enorme diferença de desenvolvimento entre as duas margens». Todavia, Pedro Marques lembrou que está em vigor o

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que considerou ser «uma janela de oportunidade» que respeita aos incentivos diretos do Estado, fiscais ou para desenvolvimento, exclusivamente aplicados à margem sul do Tejo. «Trata-se de uma diferenciação importante, no quadro do regime de auxílios do Estado, na área dos apoios públicos, negociados com Bruxelas». E acrescentou: «É para manter, é esse o nosso desejo». Aproveitando estar perante algumas dezenas de empresários, nomeadamente, representantes de algumas das maiores empresas do distrito e do país, Pedro Marques lembrou os ‘bons números’ que a economia nacional tem vindo a registar e mostrou-se muito optimista com a entrada em laboração, este ano, do novo modelo da Au-

toeuropa. «Dá-nos grandes expetativas para o nosso setor automóvel e para as exportações», sublinhou o ministro. Finalmente, Pedro Marques deixou o desejo de ter uma grande empresa da península de Setúbal como uma das âncora do projeto “Clube de Fornecedores”, iniciativa já aprovada pelo Governo, que pretende criar «ecossistemas empresariais» com o objetivo de ganharem mercdos de maior dimensão. «Queremos muito que uma ou duas grandes empresas da península possam vir a ser alavancas desses ecossistemas compostos por pequenas e médias empresas, reforçando as suas capacidades de chegarem a mercados importantes e de maior escala», exortou o ministro.

Empresários da península quiseram saber das intenções do governo sobre acesso a fundos comunitários


SOCIEDADE

EM 2016 A GNR REGISTOU NO DISTRITO 269 INFRAÇÕES DESTE TIPO, MENOS 50 DO QUE EM 2015

Estamos a ficar mais atentos ao uso do cinto de segurança Segundo dados a que o Semmais teve acesso, o ano passado registou-se um descida significativa de multas por falta de uso do cinto de segurança. A tendência na região que acompanha a média nacional. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

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GNR registou no distrito de Setúbal 269 infrações relacionadas com o uso de cinto de segurança e sistemas de retenção para crianças (SRC) desde o início do ano, segundo avançou aquela força policial. Um número que representa uma descida significativa, traduzida em menos 50 multas, face às 319 registadas em 2016 e que acompanha a tendência de diminuição que é transversal ao resto do país. Os dados foram agora revelados pela Guarda Nacional Republicana, que tem vindo a intensificar a fiscalização nesta área nas vias e estradas da região onde estas infrações são mais frequen-

tes, tendo na última semana levado a cabo uma nova operação que contabilizou um total de 82 infrações no distrito por falta de cinto de segurança e seis por ausência do designado sistema de retenção para crianças, colocando a região no sexto lugar deste “ranking nacional”. A operação estendeu-se a todo o país, tendo sido fiscalizados mais de 11 mil veículos e detetadas 1368 infrações por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança. Motivos de sobra para que fonte oficial da GNR alerte que «a utilização destes dispositivos reduz a ocorrência e a gravidade de lesões sofridas pelos ocupantes de uma viatura em caso de acidente de viação», justificando assim o facto dos militares

terem procurado dar «particular atenção» às ações de prevenção e fiscalização desta matéria. A operação de fiscalização da GNR envolve militares da Unidade Nacional de trânsito e dos Comandos Territoriais e enquadra-se no plano europeu do TISPOL, organismo que congrega todas as polícias de trânsito da Europa. MENOS ACIDENTES E MAIS MORTES Já quanto à sinistralidade rodoviária nas estradas - no período entre 1 de janeiro e 15 de março - foram contabilizados menoss acidentes face a 2016 (1861 contra 1896), mas há mais mortos e mais feridos graves. No ano passado, até esta altura, nove pessoas tinham perdido a vida na estrada, enquanto em 2017 há a lamentar 12

As operações da GNR parece estarem a dar resultados positivos mortes. Em 2015 a região já lamentava 13 vítimas por esta altura. Os feridos graves também aumentaram na região, de 30 para 22, quando em 2015 eram 26, segundo os dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, que dizem respeito às vítimas cujo óbito foi declarado no local do acidente ou

a caminho do hospital. De acordo com as autoridades, a maioria dos acidentes no distrito continua a ocorrer em retas, com embates ocorridos devido a despistes, enquanto uma significativa percentagem dos sinistros teve origem no excesso de velocidade, embora os documentos permitam con-

cluir que os automobilistas estão mais cautelosos na questão da velocidade excessiva. Já em relação ao uso do telemóvel mantêm-se os abusos entre os condutores, tendo sido detetadas mais mil infrações por uso indevido do telefone durante a condução nas nossas estradas.

XVIII ROMARIA A CAVALO LIGA MOITA A VIANA DO ALENTEJO ARRANCA A 26 DE ABRIL

«Esperamos por largos milhares de pessoas nos nossos territórios»

A Romaria a cavalo Moita/Viana do Alentejo é uma antiga tradição interrompida durante três décadas e retomada há 18 anos. Cada vez conta com mais adeptos. Autarcas reconhecem que se trata de um importante cartaz turístico das regiões por onde passa o evento. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM SM

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XVIII Romaria a Cavalo parte, no dia 26 de abril, pelas 9 horas, da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, na Moita, onde terá lugar a bênção da imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem que acompanha os romeiros até ao Santuário de Nossa Senhora D’Aires em Viana do Alentejo, a 30 de abril. Trata-se de uma antiga tradição interrompida durante três décadas e retomada há 18 anos, cada vez com mais adeptos. Cavalos, cavaleiros e charretes

oriundos de todo o país e até do estrangeiro começam a juntar-se pela manhã nas imediações da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, na Moita, para a bênção pelo pároco local. Lá estará também a imagem da santa, que acompanhará os romeiros nos 150 quilómetros que têm pela frente. Estando prevista a chegada a Viana do Alentejo, no dia 29. O presidente do município de Viana do Alentejo, Bengalinha Pinto, deposita expetativas «positivas» para a corrente edição, que decorre, sobretudo, em caminhos de «terra batida». «Gostaria que esta edição fosse melhor que a do ano anterior. Pelo me-

nos trabalhamos para isso. Estamos preparados para receber a romaria no dia 28, à noite, em Alcáçovas, e no dia 29 em Viana do Alentejo. Vai ser uma grande festa». Com mais de um padrinho, entre os quais o ator setubalense Luís Aleluia, a romaria espera atrair «milhares largos» de visitantes. O edil alentejano, que revelou que estão envolvidos «mais de um milhar de pessoas» na logística da iniciativa, garante que se trata de um espetáculo «muito bonito, que liga as antigas tradições às belezas da terra, constituindo, assim, um excelente cartaz turístico das duas regiões».

CRESCIMENTO CONSTANTE Para Rui Garcia, o presidente da Câmara da Moita, o evento tem vindo a «crescer de ano para ano», contribuindo para a promoção e atração de visitantes aos territórios por onde passa. «Espero que continuemos a ter o ritmo de crescimento que temos tido. Todos os anos a romaria atrai mais gente, quer a assistir quer a participar. E prevemos que este ano isso volte a acontecer. É um evento de grande dimensão que já está na agenda de muita gente», sublinha o edil. E revelou que a organização tem vindo a melhorar as condições do percurso, das pernoitas e

O presidente do municipio de Viana do Alentejo na apresentação do evento em garantir a segurança e o conforto de todos os participantes. «Temos sempre muita gente a assistir e mais de 400 cavalos envolvidos», sublinha, destacando a partida e a chegada como os «pontos altos» da romaria. «São os momentos onde há melhores condições para o

público assistir», vinca, estimando um investimento à roda de «poucos milhares de euros». A XVIII Romaria a Cavalo foi apresentada este ano no pavilhão do Turismo de Lisboa, na Bolsa de Turismo de Lisboa, na FIL, no Parque das Nações.

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SOCIEDADE

SÓ O CENTRO HOSPITALAR DE SETÚBAL, GARCIA DE ORTA E BARREIRO/MONTIJO CONSUMIRAM 10 MILHÕES

Região gastou 15 milhões de euros com médicos tarefeiros Recrutar à tarefa foi o expediente usado pelos hospitais do distrito, o ano passado, para conseguirem manter, nomeadamente serviços de urgência, que valeu cerca de metade deste esforço financeiro. Mas também deu para ‘tapar buracos’ em outras especialidades. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

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s encargos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com a contratação de médicos à hora aproximaram-se dos 15 milhões de euros no distrito, em 2016. Cerca de dez milhões foram repartidos pelo Centro Hospitalar de Setúbal, Garcia de Orta e Barreiro/Montijo, enquanto a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano absorveu perto de 5 milhões. A totalidade do valor traduz um aumento face a 2015. Uma das maiores despesas foi registada no Centro Hospitalar de Setúbal, com um valor superior a um milhão de euros

na área da Medicina Interna, enquanto a anestesiologia é das especialidades que concentra grande fatia dos gastos entre as quatro unidades de saúde do distrito, enquanto a Medicina Geral também está em foco no topo da lista. Os dados que reportam a despesa com os prestadores de serviços médicos foram divulgados esta semana no Portal do Serviço Nacional de Saúde, avançando que até final de dezembro os hospitais da região contrataram mais de meio milhão de horas médicas para tapar buracos nas escalas. Aliás, mais de 50% do dinheiro despendido com estes «tarefeiros» em 2016 serviu para assegurar as

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escalas das urgências, sendo quase unânime entre médicos e gestores que o recurso aos «tarefeiros» tem reflexos na qualidade do trabalho e dos cuidados prestados, sobretudo porque a maioria dos profissionais não têm especialidade e estão desintegrados das equipas. HOSPITAIS DA REGIÃO RECRUTARAM PARA GARANTIR URGÊNCIAS Alguns hospitais da região chegaram a recrutar médicos para assegurar a escala das urgências - em períodos do ano - oferecendo 50 euros por hora (três vezes mais do que ganham os médicos do quadro) e turnos de 12 e 24 horas, embora tanto o Sin-

Os gastos com tarefeiros nos hospitais da península ascenderam a 10 milhões dicato Independente dos Médicos (SIM) como a própria Ordem tenham alertado que que nem a possibilidade dos tarefeiros auferirem 1200 euros num só dia – quase metade do rendimento mensal dos colegas que pertencem ao quadro – assegura atendimento aos utentes. «Temos vários sítios no país a fazerem o mesmo, mas há falhas, porque os

tarefeiros não estão integrados nas equipas», diz o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, numa altura em que hospitais que recorrem aos tarefeiros justificam ser este o caminho mais curto para colmatarem as férias dos médicos fixos e o aumento de população, sobretudo, nas zonas turísticas. O Ministério da Saúde já reagiu, afirmando que

em 2016 a opção foi «garantir o acesso dos portugueses ao SNS minimizando as dificuldades ocorridas nos anos anteriores». Este ano, acredita a tutela, «com a reposição progressiva do valor do trabalho extraordinário e a prossecução da estratégia de recrutamento de profissionais esse objetivo já será bem percetível».

REGIÃO É A TERCEIRA DO PAÍS COM 18.624 PESSOAS

Beneficiários do RSI aumentam no distrito

O número de particulares e famílias com direito ao Rendimento Social de Inserção tem aumentado no distrito. O valor médio a pagar pelo Estado também subiu ainda que ligeiramente. A região é a terceira do país com mais RSI. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

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número de beneficiários e famílias com direito ao Rendimento Social de Inserção (RSI) continua a aumentar no distrito de Setúbal, que já é o terceiro do país que concentra o maior número de indivíduos com direito a esta prestação social, que viu também o seu valor

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médio subir ligeiramente. Segundo as estatísticas do Instituto de Segurança Social, atualizadas a 1 de março, havia um total de 18624 beneficiários do RSI no final do mês de fevereiro. Já quanto ao abono de família, os dados divulgados pela Segurança Social revelam 56.065 crianças o apoio, o que representa uma descida de 16,1% nas prestações por parentalidade pagas em Janeiro em relação ao

mês de Dezembro. Com a entrada em vigor da Portaria nº 4/2017, de 3 de Janeiro, que actualizou o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) para 421,32 euros, o montante diário mínimo do subsídio por parentalidade (80% de 1/30 do IAS) e o valor de referência (80% do IAS) que determina a elegibilidade de um indivíduo para a prestação social de parentalidade aumentaram.


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LOCAL

SEIXAL Fatura eletrónica dá direito a desconto A campanha Fatura Eletrónica da Água e Débito Direto - Adira e Poupe a Dobrar! acaba de ser lançada e vai estar em vigor até final de abril, com um desconto automático a todos os munícipes que pretendam aderir. Todos os interessados poderão beneficiar de um desconto automático de 2,50 euros ao aderir à fatura eletrónica, a creditar na fatura de maio, e obter a mesma redução aderindo ao pagamento por débito direto. Esta medida é também uma ação de responsabilidade ambiental, pois «a circulação digital de toda a informação, sem recurso ao papel, contribui para a proteção do ambiente».

MOITA Férias jovens abrem inscrições As pré-inscrições para participar no projeto municipal “Férias Jovens 2017” vão estar abertas entre 28 de abril e 1 de maio e vão decorrer no site do município. O programa Férias Jovens, dinamizado pela Câmara, visa promover o desenvolvimento de competências pessoais e sociais dos participantes através da educação pela arte e pela cultura, integrando as componentes ambientais e desportivas. O programa inclui idas à praia, piscina, passeios, visitas a espaços culturais, cinema, desporto, entre outros.

MONTIJO Universidade sénior inaugura sala multiusos A sala multiusos da Universidade Sénior do Montijo, na Casa Senhorial da Quinta do Saldanha, foi inaugurada ontem à tarde, com um Concerto Entre Gerações, com Luís Sequeira. Esta universidade, que nasceu em 2006, dirige-se a pessoas com 50 e mais anos, mantendo-as ativas e interessadas por diversas áreas de estudo e saber, incrementando a sua autoestima e gosto pela aprendizagem ao longo da vida. A Universidade promove também várias atividades extracurriculares.

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BARREIRO Eleitos visitaram freguesia do Lavradio No âmbito do projeto municipal de Participação, Democracia, Cidadania e Comunicação, os eleitos do município e da União das Freguesias do Barreiro e Lavradio visitaram, no dia 22, alguns locais do Lavradio, no sentido de analisarem soluções de requalificação destes espaços. Entre outras obras, serão estudadas soluções para a zona envolvente à Igreja do Lavradio e será elaborado um projeto para a melhoria do polidesportivo do Beira Mar e escadaria envolvente.

PALMELA Março a partir anima a juventude do concelho O 22.º “Março a Partir”, mês da juventude no concelho, promovido pelo município e associações juvenis, já está no terreno. O programa conta com cerca de 50 propostas, promovidas por 37 entidades, nas cinco freguesias. A música, o cinema, a dança, o teatro, o desporto, o voluntariado e as artes plásticas têm presença forte entre o leque de atividades. O público jovem é o principal alvo, mas não só, de um projeto que tem evoluído no sentido da inter-geracionalidade e da valorização da aprendizagem associativa, assumindo-se, cada vez mais, como «escola de participação».

ALMADA Telhado da cooperativa Piedense ruíu Parte da cobertura do edifício da antiga Cooperativa Piedense, atualmente desocupado, na Cova da Piedade, ruíu no dia 22. Não se verificaram feridos nem danos materiais. Esta derrocada verificou-se apenas para o interior do prédio. A Câmara está a tomar medidas de emergência com vista a conter os danos causados, assim como está a preparar uma reabilitação mais profunda do edifício. O município adquiriu recentemente este edifício para requalificá-lo.

SETÚBAL Feira quinhentista anima a cidade A chegada do rei a Setúbal para construção do Forte de S. Filipe, no final do século XVI, inspira a Feira Quinhentista, que decorre de 30 de março a 2 de abril e que marca a reabertura ao público do monumento nacional. O certame, organizado pela Alius Vetus, conta com tendas de comércio de artesanato e de restauração, instaladas ao longo da estrada de acesso ao forte. Em paralelo, decorrem ao longo do evento várias atividades, protagonizadas por cerca de 50 artistas, que convidam os visitantes a viajar até ao século XVI.

GRÂNDOLA Município adquire novo autocarro O município acaba de adquirir novo autocarro. O investimento é superior a 275 mil euros. O edil Figueira Mendes esclarece que «esta foi uma aquisição inevitável… de acordo com a legislação em vigor o autocarro atual está a atingir a idade máxima para o transporte coletivo de crianças, além de já apresentar um grande desgaste, não conseguindo dar uma resposta eficaz às diversas solicitações», concluindo: «Desta forma, será possível continuar a assegurar o transporte da comunidade educativa do concelho, com melhores condições».

SINES Poetas populares reúnem-se no CAS A biblioteca local promove um encontro de poetas populares este sábado, 25, às 21 horas, no Centro de Artes de Sines. Estarão presentes vários poetas e será feita uma homenagem ao poeta Aleixo dos Santos, que faleceu recentemente. O encontro inclui a atuação do Quarteto de Cordas Comboio Descendente. Os vídeos e a direção geral do recital são da responsabilidade de Luís Cruz. A iniciativa visa celebrar a poesia popular e contribuir para a preservação e valorização desta arte, bastante enraizada no concelho.

ALCÁCER DO SAL Universidade sénior celebra aniversário A Universidade Sénior de Alcácer do Sal comemora este ano o seu 8.º aniversário. Para assinalar a data, a entidade realiza este domingo, no auditório municipal, um espetáculo comemorativo aberto à comunidade. Com início pelas 14h30, o evento conta com as atuações do coro da Universidade Sénior de Alcácer e do grupo “Canções do Festival da Canção a Duas Vozes”, culminado num lanche-convívio onde não faltará o tradicional bolo de anos.

ALCOCHETE Samouco celebrou dia da mulher As mulheres do Samouco foram homenageadas, no dia 12, pela junta de freguesia com a realização de uma sessão solene que contou com as presenças da deputada Heloísa Apolónia, do partido ecologista “Os Verdes”, e dos autarcas locais. Por ocasião de mais um Dia Internacional da Mulher, durante a cerimónia e nos discursos oficiais, foram também relembradas as constantes reivindicações das mulheres ao longo da História por melhores condições de vida, valorização profissional e igualdade na sociedade.

SESIMBRA Forum local debate problemas da juventude O humorista Fernando Alvim é o padrinho do II Fórum Local da Juventude, que decorre este sábado, às 16 horas, na Fortaleza de Santiago. O evento arranca com debate aberto sobre a juventude, e inclui uma mostra de diversas expressões artísticas e desportivas juvenis, atuações dos MGboos, Da Scum, Flow In e New Street, um concerto dos Medvsa e uma after party. A iniciativa pretende ser um espaço onde os vários grupos de jovens têm a possibilidade de trocar ideias, partilhar experiências e dar o seu contributo para o que é feito na área da juventude.

SANTIAGO DO CACÉM Skate park de St.º André abre portas Está à porta um momento de grande significado para a população de St.º André, em particular para os skaters da cidade. É inaugurado este sábado, o Skate Park que foi construído no Br.º das Panteras, «um dos melhores do País», na opinião dos especialistas. Aberto ao público desde 18 de janeiro, o equipamento é inaugurado oficialmente a partir das 11 horas, pelo edil, Álvaro Beijinha, e pelo presidente da Junta de St.º André, Jaime Cáceres. Há demonstrações, provas, concertos e outras surpresas que prometem tornar o dia inesquecível.


DESPORTO

AUTARQUIA BARREIRENSE HOMENAGEOU EQUIPA FEMININA DA SECUNDÁRIA DE ST.º ANDRÉ

Atletas vencem Taça de Portugal em basquetebol O município do Barreiro homenageou o Grupo Desportivo da escola secundária de Santo André pela conquista da Taça de Portugal Feminina, em basquetebol. Uma comitiva representativa do clube foi recebida, na Câmara, no passado dia 17. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM CMB

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ocês são, claramente, um motivo de orgulho para o Barreiro, para o basquetebol nacional», afirmou a vereadora do Desporto, revelando a sua admiração pelo grupo. «É um trabalho que começou há muitos anos e é um projeto que faz parte de um plano de desenvolvimento de basquetebol» com tradições muito antigas e que envolve várias entidades, disse Regina Janeiro. O presidente do GDESSA-Barreiro sublinhou a importância do título: «Fazem parte da história», referiu Nuno Ferreira, agradecendo a receção. Já o vice-presidente

da Associação de Basquetebol de Setúbal realçou a «garra, vontade e querer» da equipa, num momento que considerou de promoção «extraordinário» da modalidade. Paulo Gonçalves confessou o desejo de regressar à Câmara em homenagem a um conjunto «com pouco profissionalismo mas muito querer». «Os títulos, os êxitos, alcançam-se quando trabalhamos para isso», opi-

nou o edil Carlos Humberto. «Vocês também são uma referência e nós precisamos dessas referências», reconheceu Carlos Humberto, sublinhando a «forte tradição desportiva do concelho». «O vosso êxito é, também, o êxito do concelho do Barreiro», rematou. No final da sessão, Regina Janeiro enalteceu Carlos Patronilo, nome há muito ligado ao clube.

Triunfo por 64-55 contra a Quinta dos Lombos O Grupo Desportivo da Escola Secundária de St.º André conquistou a Taça de Portugal, no passado dia 12 de março, no pavilhão municipal Luís de Carvalho, depois de bater o Quinta dos Lombos, por 64-55.

Lutador de Sines é campeão nacional de kickboxing

brevesdesportivas Abriram as inscrições para Taça BMX Race As inscrições para a 1.ª etapa da Taça de Setúbal BMX Race, que se realiza a 22 de abril, na pista municipal de BMX de Setúbal, na Bela Vista, encontram-se a decorrer até 19 de abril. O evento destina-se a atletas federados, a partir dos 5 anos, sem limite de idade, divididos em vários escalões. O ponto alto é a competição dos atletas do escalão de elite, para corredores com mais de 19 anos.

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urante o evento Fight Day – Kickboxing e Muaythai, disputado em Lisboa a 18 de março, Marco Campos “Tyson”, representando a Top Team Almodôvar, tornou-se campeão nacional K1 Classe B WKA 69 Kg, ao vencer Rodrigo Santos por KO. No final da competição, o atleta siniense, de 28 anos, mostrou-se muito satisfeito com o título alcançado, «fruto do muito esforço aplicado nos treinos e do apoio de toda a equipa Top Team».

Marco “Tyson”, que em Sines desenvolve o projeto Top Team Litoral Alentejano no Safira Gym, conta com cerca de 27 alunos regulares nas suas aulas de Kickboxing, garante não se tratar de um desporto violento, sendo inclusive um «instrumento fundamental no desenvolvimento da autoconfiança e da disciplina dos jovens». Futuramente, “Marco Tyson” espera ter a oportunidade de disputar um título mundial e levar para Sines uma competição de relevo na modalidade.

Campeonato distrital de ginástica acrobática Cerca de oito dezenas de atletas em representação de cinco clubes do distrito participam, às 15 horas, numa competição de ginástica acrobática, no pavilhão das Manteigadas. O campeonato distrital, com competições nas categorias de 1.ª Divisão, Preparação Base e Níveis, envolve ginastas em competição em vários escalões, de infantis a seniores e inclui exibições em esquemas de equilíbrio e dinâmico.

Quinta do Anjo vai ter ciclovia O município lançou, esta semana, um concurso público para a execução da ciclovia de Quinta do Anjo, uma obra orçada em 300 mil euros, que deverá ser executada de forma faseada. A futura ciclovia de Quinta do Anjo integra a rede municipal e intermunicipal de ciclovias e corredores cicláveis e visa promover um modelo de mobilidade mais sustentável e inclusivo, assente na articulação dos diferentes modos de circulação, nomeadamente, pedonal, velocipédica, transporte público e transporte automobilizado individual, amigo do ambiente.

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FESTA DO QUEIJO DO PÃO E DO VINHO

23.º FESTIVAL QUEIJO, PÃO E VINHO ESPERA POR MAIS DE 15 MIL VISITANTES

«É uma mostra dos produtos de excelência do nosso concelho» Durante três dias, o queijo de Azeitão (e outros queijos de ovelha), o pão regional, os vinhos da Península de Setúbal, a gastronomia e a doçaria tradicional estão em destaque no 23.º Festival Queijo, Pão e Vinho. O certame, com algumas melhorias no recinto, aguarda por mais de 15 mil visitantes. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM CMB

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23.º Festival Queijo, Pão e Vinho, que decorre entre 31 de março e 2 de abril, em S. Gonçalo, na freguesia de Quinta do Anjo, foi apresentado à imprensa na passada quinta-feira, no espaço Fortuna. Orçado em cerca de 40 mil euros e com um apoio de 4 mil euros do município, o festival conta com 40 expositores de pão, queijo e vinho, não esquecendo quatro espaços gastronómicos e cinco

stands de instituições. O presidente do município, Álvaro Amaro, não tem dúvidas de que o certame é uma mostra dos «produtos de excelência» do concelho de Palmela. «Este festival é uma aposta que vale a pena e as várias parcerias tornam o programa atrativo e apetecível», sublinha, acrescentando que é uma excelente oportunidade para as famílias «passarem momentos agradáveis». O edil destaca da programação «as corridas e tosquias das ovelhas, momentos que fascinam as famílias da região e de ou-

tros pontos do País que visitam um festival único, com produtos de excelência, para tomar contato com o que de melhor temos em termos de atividades tradicionais». «PROMOÇÃO DO MUNDO RURAL» Para o autarca, este é um «momento chave» de promoção do mundo rural e da vivência da Arrábida, no âmbito da política de desenvolvimento sustentável do território, assente nos produtos endógenos e nos saberes tradicionais. Por sua vez, Francisco Macheta, da direção da

ARCOLSA, entidade organizadora, agradeceu o «grande apoio» do município, incluindo o logístico, e realçou algumas melhorias que foram feitas no recinto para receber os visitantes nas melhores condições possíveis. «Destaco as melhorias no pica-

deiro, com pinturas e arranjo do piso, e as novas boxes». Antevê a visita de mais de 15 mil pessoas ao festival, que tem entradas a 1 euro. E anunciou o retomar do concurso de queijo de Azeitão, o qual não se realizava «há alguns anos». Numa grande celebra-

ção dos melhores produtos da região da Arrábida, como os vinhos regionais, o pão tradicional, a doçaria, a fruta, o mel, o artesanato e a gastronomia, o festival aposta num programa de animação diversificado para agradar a vários públicos.

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Experiências e sabores para todos Além do queijo de Azeitão (e de outros de ovelha), do pão regional, dos vinhos da Península de Setúbal, da gastronomia e da doçaria tradicional, o 23.º Festival Queijo, Pão e Vinho conta ainda com os Laboratórios de Gosto, Oficinas de Fabrico de Queijo, espetáculos equestres, demonstrações de tosquia e de ordenha, corridas de ovelhas e animação musical. Em paralelo com o certame decorrem os Fins-de-Semana Gastronómicos do Queijo de Ovelha (31 de março a 2 de abril e 7 a 9 de abril), onde poderá provar os sabores tradicionais e as iguarias de excelência preparadas pelos restaurantes aderentes.

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FESTA DO QUEIJO DO PÃO E DO VINHO

PROGRAMAÇÃO DO 23.º FESTIVAL QUEIJO, PÃO E VINHO DIA 31 DE MARÇO 15H00 - Abertura 18H00 - Inauguração 19H30 - ModAlentejo – Espaço de Gastronomia 21H30 - Demonstrações Equestres da Escola de Equitação “Quinta dos Barreiros” – Picadeiro 21H30 - Kromossomas – Espaço de Gastronomia DIA 1 DE ABRIL

14H00 - Atelier “Ponho as mãos a mexer… para aprender” – Casa de Madeira 15H00 - Academia Unik Gymdance – Espaço de Gastronomia 16H00 - Demonstração de tosquia, por Armindo Mendes – Junto ao Picadeiro 17H00 - “Sabores Tradicionais” – Casa de Madeira 17H30 - Corrida das ovelhas – Ovinódromo 18H00 - Art´Ensemble – Espaço de Gastronomia 19H00 - Entrega de prémios do concurso “Queijo de Azeitão DOP” – Espaço de Gastronomia

9H30 ÀS 21H30 - Demonstrações equestres da Escola de Equitação “Quinta dos Barreiros – Picadeiro 10H00 - Passeio “Terras de Queijo, Pão e Vinho” com a SAL – na Capela de S. Gonçalo 11H00 - Arrábida Biosfera – Ação setorial para atores e agentes económicos locais – Auditório 14H00 - Atelier “Ponho as mãos a mexer… para aprender” – Casa de Madeira 15H00 - Tertúlia: “Comercialização de Proximidade” – Espaço de Gastronomia 16H00 - Demonstração de tosquia por Armindo Mendes – Junto a Picadeiro 17H00 - Atelier “Sabores Tradicionais” – Casa de Madeira 17H30 - Corrida das Ovelhas – Ovinódromo 20H30 - Orquestra de Guitarras da SIM – Espaço de Gastronomia 22H30 - Sevilhanas – Espaço de gastronomia

9H30 - II Poule de Ensino do Festival Queijo, Pão e Vinho 11 HORAS - Cavalhadas no Picadeiro 15H30 - Batismos equestres 21 HORAS - Demonstração à Portuguesa: Carrocel de 4 conjuntos e Pas de Deux, tendo como convidados a Associação de Romeiros da Tradição Moitense.

DIA 2 DE ABRIL

DIA 2 DE ABRIL

10H00 - Passeio de BTT 9H30 ÀS 15H30 - Demonstrações equestres da Escola de Equitação “Quinta dos Barreiros” –21/03/17 Picadeiro AF Imprensa_260x177,5_HQ.pdf 1 16:51

9H30 - II Poule de Ensino do Festival Queijo, Pão e Vinho 15H30 - Batismos equestres

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL

Demonstrações equestres da escola de equitação “Quinta dos Barreiros”: DIA 31 DE MARÇO 20H30 - Demonstração à Inglesa: saltos, volteio artístico, carrocel de 6 conjuntos e Pas de Deux. DIA 1 DE ABRIL

ENOTURISMO 1 E 2 DE ABRIL, 10 HORAS, MUSEU DO OVILHEIRO “Aprender a fazer queijo no museu” – Conhecimento do processo de fabrico do queijo de Azeitão, com possibilidade de ordenha e produção do seu próprio queijo. Prova de queijos e vinhos da Península de Setúbal. 1 DE ABRIL, 15H30, AUDITÓRIO Laboratório do Gosto: Prova de vinhos da Península de Setúbal, acompanhada por degustação de queijo de Azeitão, pela AVIPE e Confraria do Queijo de Azeitão. 1 DE ABRIL, 18 HORAS, AUDITÓRIO Harmonização de queijos e vinhos da Península de Setúbal, com Fernando Jorge Monteiro, com diferentes espumantes, branco meio-seco, bruto e rosé bruto.

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CULTURA

CAPARICA PRIMAVERA SURF FEST ESTÁ QUASE A CHEGAR

Costa de Caparica vai ter dez dias cheios de onda, ritmo e animação musical A cidade da Costa de Caparica recebe entre 6 e 15 de abril mais uma ambiciosa celebração de música e surf, que reúne centenas de atletas e artistas e os coloca em estreito contacto com os mais variados públicos. Nomes de primeira linha vão animar o evento, de vários quadrantes. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM

O

Caparica Primavera Surf assume-se como um «grande evento, com um cartaz feito à medida do presente da música portuguesa, com nomes de primeira linha, revelações importantes e de todos os quadrantes», realça o diretor artístico António Guimarães. Em dois fins-de-semana seguidos, a tenda montada na praia do Paraíso receberá duas dezenas de

artistas, onde se incluem Diogo Piçarra, Keep Razors Sharp, Tara Perdida, Virgul, Regula ou Ferro Gaita. A viagem é diversa e implica paragens nos terrenos da pop, do rock, soul, hip-hop ou das tonalidades africanas. No derradeiro dia, os lendários Ferro Gaita irão subir ao palco. Num momento em que existe uma crescente atenção internacional devotada ao funaná, um dos grupos que é expoente desse ritmo em particular trará o melhor de Cabo Verde até à Caparica. António Guimarães classifica esta presença

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como um dos pontos altos do evento: «Os Ferro Gaita são lendas, dos Estados Unidos à Holanda, e de Cabo Verde a Portugal. E têm um incrível concerto que decerto não deixará indiferente o exigente público do CPSF». O DJ Nuno Calado, um dos pilares da Antena 3, verdadeiro embaixador nacional das linguagens mais alternativas do rock, será o DJ de serviço na noite em que Tara Perdida se apresentam como cabeças de cartaz. Rock das «melhores colheitas não faltará, certamente», sublinha o diretor.


CULTURA

RAIO-X AGENDA SETÚBAL25MARÇO21H30

TRAGICOMÉDIA PROVOCADORA TEATRO DE BOLSO

O TAS leva a cena a nova produção “Fuga”, com texto de Rui Zink e encenação de Carlos Curto. É uma tragicomédia provocadora e comunicativa, plena de referências sobre “a condição mais humana de todas, a fuga”.

GRÂNDOLA25MARÇO22H00

ATOA DÃO CONCERTO CINE GRANADEIRO

Os ÁTOA, de Évora, considerada a maior revelação da música nacional do último ano e nomeada para os Globos de Ouro, traz consigo os grandes êxitos. A banda sensação de “Faz Mais, Vive Mais”, é um fenómeno de popularidade.

SEIXAL25MARÇO21H30

TRÊS VOZES À CAMPANIÇA FORUM SEIXAL

Vitorino, Janita Salomé e Pedro Mestre, as Três Vozes à Campaniça, dão um concerto que inclui temas do repertório dos três músicos. Uma oportunidade para viver a tradição cultural do Alentejo através das vozes de cantadores apaixonados pela região e do som da viola campaniça.

SANTIAGO DO CACÉM 25MARÇO21H30

QUARTETO DE CORDAS DE LUXO IGREJA MATRIZ DE SANTIAGO MAIOR

POR ANTÓNIO LUIS

TOY «ADORAVA GRAVAR COM UMA GRANDE ORQUESTRA» O cantor setubalense Toy tem 54 anos e pertence ao signo Aquário. Reside em Palmela. Gravar com uma grande orquestra é o sonho do artista que ainda está por concretizar. QUAL O SEU MAIOR SONHO PROFISSIONAL? Adorava gravar com uma grande orquestra e ser um sucesso mundial. E PESSOAL? Ter netos. CIDADE PREFERIDA? Setúbal, Havana e Roma. QUAL O LOCAL QUE GOSTARIA DE CONHECER E QUE AINDA NÃO VISITOU? Tailândia. UM DESEJO PARA 2017? Dar muito trabalhinho aos meus músicos e técnicos. QUEM CONVIDARIA PARA UM JANTAR A DOIS? A minha mulher Daniela. QUEM É A MULHER MAIS SEXY DO MUNDO? A minha mulher Daniela.

Teatro Maria Vitória entrega “Máscaras de Ouro“ a Eunice Muñoz

COMPLETE: A MINHA VIDA É… Uma história completamente verdadeira sem qualquer tipo de ficção. Uma comédia/dramática musical. Um romance com protagonistas reais e autênticos. O QUE NÃO SUPORTA NO SEXO OPOSTO? Suporto tudo. Mulher é Deus. COMIDA E BEBIDA PREFERIDA? Toda a comida sem exceção. Para beber, vinho. QUAL O SEU MAIOR VÍCIO? Sexo. QUE LIVRO ANDA A LER OU LEU ULTIMAMENTE? Por motivos de visão, tenho sido preguiçoso para ler, mas gosto muito de Eça de Queirós e poesia de Pessoa.

QUAL O ÚLTIMO FILME QUE VIU NO CINEMA? Foi um filme escolhido pela minha filha mas não me lembro o nome. MELHOR PEÇA DE TEATRO? Tantas e boas. Portugal tem os melhores atores do mundo, pois trabalham sem as melhores condições e com os piores cachets, conseguindo autênticos milagres. MELHOR MÚSICA DE SEMPRE? Gosto de tudo o que é bom. QUAL A SUA MAIOR VIRTUDE? Autenticidade. E DEFEITO? Autenticidade. COMO SE CHAMA O SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO? Os cães Oreo, Kalice e Papuça, e os gatos Purpurina e Sempre.

O QUE LEVARIA PARA UMA ILHA DESERTA? A guitarra. DIA OU NOITE? Dia. O QUE MAIS TEME NA VIDA? O sofrimento antes da morte. A QUEM OFERECERIA UM PRESENTE ENVENENADO? Só desejo o bem a toda a gente. O MAIOR DESGOSTO DA SUA VIDA? O desaparecimento físico da minha mãe.

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De Nova Iorque para Santiago do Cacém. Vem aí o Brentano String Quartet, considerado por muitos críticos especializados como o melhor quarteto de cordas do Mundo. O concerto está integrado no Festival Terras Sem Sombra, que volta a passar pelo município.

BARREIRO25 MARÇO21H30

HISTÓRIA DE COMERCIANTE RICO TEATRO MUNICIPAL

“A exceção e a regra”, de Bertolt Brecht, com encenação de Rui Quintas, conta história de um comerciante rico, do seu guia e de um carregador que vão numa expedição de três dias até Urga, para que o comerciante consiga ser o primeiro a conseguir a concessão de um poço de petróleo.

ALMADA27MARÇO21H30

CTA FESTEJA DIA DO TEATRO TEATRO JOAQUIM BENITE

A Companhia de Teatro de Almada, no âmbito do Dia Mundial do Teatro, leva à cena “A noite da iguana”, de Tennessee Williams, pelos Artistas Unidos, com encenação de Jorge Silva Melo. À mesma hora, no Fórum Romeu Correia, é apresentada “Bonecos de luz”, com encenação de Rodrigo Francisco.

GANHE CONVITES PARA O TEATRO Se quer ir ver a revista popular “Parque à Vista”, no Parque Mayer, em Lisboa, ou a peça “Exceção à Regra”, do ArteViva, no Barreiro, basta ligar 96 943 10 85 ou 918 047 918, e solicitar os seus convites.

N

o âmbito do Dia Mundial do Teatro, este domingo, às 21h30, o Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer, em Lisboa, vai entregar as “Máscaras de Ouro” à atriz Eunice Muñoz e a um dos técnicos do teatro. A homenagem decorrerá durante a representação da revista à portuguesa “Parque à Vista”, que conta com sete meses de representações, cabendo ao empresário Hélder Freire Costa entregar os referidos galardões. Nesta sessão especial irão marcar presença diversas personalidades conhecidas da cultura e da sociedade, estando já garantida a presença do ator Diogo Infante, que irá também participar na referida homenagem.

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NEGÓCIOS

CONCLUSÃO É DO MOVIMENTO “BRING TESLA GIGAFACTORY TO PORTUGAL”, MOVIMENTO EXPONTÂNEO QUE NASCEU NO FACEBOOK

Se Tesla escolher Portugal ficará próxima do Porto de Sines A gigafábrica da maior produtora de veículos eléctricos chegou a ser anunciada para Portugal, nomeadamente para Palmela. Para já, não há qualquer indício dessa possibilidade, mas Sines ganha terreno. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM

O

porto de Sines está a ser apontado como decisivo para que a Tesla instale a sua gigafábrica de automóveis elétricos no Sul do país, caso venha a optar por escolher Portugal. A região, sobretudo o Litoral Alentejano, poderá ser a grande contemplada com o projeto, surgindo entre as preferências, uma vez que reunirá mais condições para acolher a unidade que produz os carros da marca norte-americana. A conclusão foi revelada pelo Jornal de Ne-

gócios e tem por base os estudos realizados pelo movimento “Bring Tesla Gigafactory to Portugal”, um movimento «agregador da sociedade civil» que nasceu espontaneamente no Facebook em Novembro, após a Tesla ter abordado vários países europeus com o objectivo de procurar uma localização para uma segunda fábrica na Europa. Portugal foi um dos países que recebeu uma comitiva da Tesla, conforme avançou o Ministério da Economia em Novembro. De resto, o co-fundador deste movimento, Rui Miguel Coelhos, sublinha que se a gigafábrica vier para Portugal «dificilmen-

te será noutro sítio que não o Alentejo», acrescentando que todos os estudos técnicos realizados pelos engenheiros e equipa de trabalho apontam nesse sentido. «É muito improvável que seja noutro sítio que não o Alentejo», insistiu, justificando o movimento do porto de Sines, as ligações a Espanha, e as muitas horas de elevada exposição solar nesta região, são alguns dos factores que podem fazer com que esta região seja escolhida, se este investimento vier a ter lugar. INVESTIMENTO REPRESENTARIA METADE DO PIB PORTUGUÊS Rui Miguel Coelho acredita que «Portugal tem uma

Projeto de uma alegada unidade fabril da Tesla para Portugal hipótese muito elevada de ser elegível para o investimento, ou pelo menos para o close call de três localizações, isto é absolutamente seguro e certo», diz, tratando-se de um investimento que representa metade do PIB português em contrapartidas directas e indirectas a 20 anos. Recorde-se que a Tes-

la já falou com o Governo para instalar fábrica em Portugal. A companhia de Elon Musk quer produzir carros eléctricos e baterias na Europa, pelo que o nosso país está entre os que estão a ser estudados tendo mesmo existido contactos oficiais ao mais alto nível em novembro, quando o líder da Tesla,

Elon Musk, revelou que a companhia estava a planear instalar uma fábrica na Europa e que o país seria escolhido no próximo ano. Só para construir a gigafábrica nos EUA foram investidos 5 mil milhões de dólares para criar 6500 empregos directos e 22 mil indirectos entre os fornecedores.

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NEGÓCIOS

ADEGA COOPERATIVA DE PEGÕES SOMA E SEGUE NUM PERCURSO SEM MÁCULA E COM FUTURO CONSOLIDADO

«O segredo é termos excelentes uvas, excelentes sócios e sabermos o que andamos a fazer» 2016, marcou o melhor ano de sempre desta cooperativa que é exemplar no negócio do vinho, atingindo 16 milhões de euros de faturação e um crescimento sólido em Portugal e no estrangeiro. O segredo está nas excelentes uvas que vivificam nos seus solos, na competência dos profissionais, na gestão de sócios profissionais e em apostas certeiras.

TEXTO RAUL TAVARES IMAGEM SM

O

s resultados que a Adega Cooperativa de Pegões tem vindo a atingir nos últimos anos parecem milagre, mas não são. O ano passado a faturação somou mais de 16 milhões de euros e a produção andou pelos 14 milhões de garrafas. A somar aos números, estão os prémios: mais de duas centenas marcaram este melhor ano de sempre. «Para os mais distraídos, isto é trabalho e maturação de muitos anos», afirma Jaime Quendera, o conhecido enólogo da região, tornado Comendador por Cavaco Silva, e gerente da Adega Cooperativa. Nos últimos três anos, as apostas da empresa, como os seus responsáveis gostam de referir, foram todas direitinhas ao investimento. Nova loja e escritórios, modernas áreas de armazenamento e expedição, incremento da vinificação e suas técnicas, na adega, e até na logística geral. «Está tudo feito, num esforço financeiro de 2,5 milhões de euros, que vai agora aumentar a nossa capacidade de produção para os 20 milhões de garrafas e culminar um ciclo de crescimento singular», sustenta Jaime Quendera. Até com a crise a Adega Cooperativa de Pegões saiu vencedora, mercê do reconhecimento da sua marca, no eixo da qualidade/preço. Quendera explica porquê: «No período de crise, os consumidores foram mais selectivos e menos esbanjadores, por isso recorreram a vinhos de qualidade mas com preço justo, o que é o nosso caso. Ganhámos muito

com essas escolhas, e também nunca quisemos ganhar tudo de uma vez. É uma opção estratégica de gestão». Os responsáveis da empresa vitivinícola de Pegões que além de Jaime Quendera, inclui Mário Figueiredo, presidente da direcção, e Helena Oliveira e Carlos Pereira, como vogais, têm cada vez mais orgulho num percurso que colocou a empresa entre as quatro gigantes do setor na região de Setúbal. «O ano passado ficámos no 4 lugar do ranking nacional da qualidade e fomos a 20.ª do mundo, recentemente, já este ano, ganhámos o troféu para melhor vinho tinto da Rússia, o que aconteceu pela primeira vez com um vinho português, e mesmo como cooperativa já fizemos com que o Montijo fosse o concelho mais premiado de Portugal», explicam os dirigentes da Adega. O QUE MAIS VENDE EM TODA A PENÍNSULA Mas há mais. Os vinhos da Cooperativa de Pegões, são os mais vendem em toda a península de Setúbal, com 35% de cota deste mercado regional, e já não é primeira vez que são distinguidos pelo concurso “Uva de Ouro” da Sonae, pelas quantidades que vendem nos seus hipermercados. E não foi fácil chegar aos restaurantes porque, sendo uma cooperativa, há uma grande rejeição. «Às vezes nem que tenha todos os melhores vinhos do mundo», ironiza Jaime Quendera. Contas feitas, os negócios da Adega Cooperativa de Pegões vão de vento em popa. O ano passado fecharam com um crescimento de 16%, sendo que 18% no mercado nacional e mais ou menos 12% no mercado

estrangeiro. «Em cada três garrafas, duas são para o mercado interno, que continua a ter um grande peso, mas a internacionalização tem uma mais-valia financeira muito mais forte. Repare-se que só a vender vinho, não carros, nem maquinaria, faturámos mais que 800 das mil maiores empresas do nosso distrito, e essa realidade é conseguida através das nossas exportações», explica Jaime Quendera. E também no que toca à internacionalização, que arrancou no ano 2000, Quendera revela um sentido estratégico. «Fugimos muito aos chamados mercados voláteis, mais arriscados. Uma coisa é vender para a Alemanha, outra para Angola», explica o dirigente. E no cardápio de países onde se pode comprar vinhos da Cooperativa estão pesos-pesados da economia: para além da Alemanha, Canadá, Inglaterra, Holanda, Polónia ou China, tudo mercados muito competitivos, onde o consumidor paga bem para beber melhor. «Hoje exportamos quatro ou cinco vezes mais do que exportávamos no início, com cerca de 33% da nossa produção total», afirma. Os responsáveis da cooperativa, que dispõe de 50 funcionários dedicados, são unânimes em concordar num segredo especial como trunfo para todas estas conquistas: excelentes uvas, excelentes sócios, processo de produção totalmente mecanizado e pessoal muito profissional e competente. «Esta é a base, os nossos sócios, que são pouco mais que 90, não são amadores. E a nossa filosofia é mantermos agora e no futuro este grau de profissionalismo», explicam.

Jaime Quendera, o conhecido enólogo, que é também gerente da cooperativa

Aspeto das principais instalações da Adega Cooperativa de Pegões

O elenco diretivo, composto por Mário Figueiredo, Carlos Pereira. Helena Oliveira e Jaime Quendera

A rainha “Castelão” num vale de outras castas A Adega Cooperativa de Pegões dispõe de cerca de 1200 hectares de vinha plantada, sendo que 800 destas têm entre dez a quinze anos de vida. Os solos arenosos, a presença de um aquífero dos maiores do país e uma exposição ao sol quanto baste, são ingredientes mais que suficientes para fazer bom vinho. Depois, é preciso saber fazer, porque estas condições naturais sempre existiram. «É prova de que não basta ter, é preciso o saber fazer, e isso tem sido uma constante, tirar o melhor partido destas excelentes uvas que conseguimos produzir», explicam os dirigentes da Cooperativa de Pegões. A produção da Adega Cooperativa de Pegões divide-se entre 70% de tintos e 30% de brancos e moscatel. Nos tintos, domina a casta “Castelão”, com 70%, sendo seguida da “Touriga”, “Alicante”, Aragonês” e “Sirah”, que se dá muito bem nestas paragens. No que diz respeito aos brancos, 60% é da casta “Fernão Pires”.

SEMMAIS | SÁBADO | 25 DE MARÇO | 2017 | 13


EDITORIAL

OPINIÃO

Quem não se sente não é filho de boa gente

Raul Tavares Diretor

Uma questão de tomar posição

N

a maior parte das vezes, consegui, à-priori, ter uma posição clara sobre alguns dos investimentos para a região de Setúbal. Alguns já consignados, outros apenas anunciados e outros que simplesmente caíram. Os últimos quatro anos, foram mais fáceis. Falar de investimento público era insano. Sossegaram-se as cabeças. Começa agora, e bem, uma nova leva. Julgo que uma leva necessariamente melhor pensada, mais ponderada, porque, apesar de tudo, a crise trouxe-nos também alguns ensinamentos, nomeadamente no que toca à gestão financeira dos dinheiros públicos, que continuam escassos. Quem me conhece, sabe que penso pela minha cabeça, independentemente das convicções políticas. E reconhece que conheço bem a região, os seus atores, as suas fraquezas, dependências, e o resto que tem de bom e positivo. Por isso, tenho sido contra o terminal de contentores no Barreiro, a favor dos investimentos anunciados para os portos, a favor de mais plataformas logísticas, de mais ferrovia, contra o TGVs e afins. Mas, agora, fiquei suspenso sobre a utilização do aeroporto do Montijo. Há razões substantivas para acreditar que é um salto para mais desenvolvimento para a península. Mas será melhor desenvolvimento? Percebo que é, até do ponto de vista da Área Metropolitana, uma necessidade, mas valerá hipotecar alguns acervos urbanos de uma zona que ainda tanto precisa de qualidade de vida? Estas dúvidas não me colocam do lado da opção Alcochete. Outro disparate, nesta fase do campeonato. Mas faz-me pensar. Por outro lado, e já passámos por essa experiência, se a divisão reinar aqui, por casa, os vizinhos (do outro lado) ganharão espaço para reivindicar o seu aeroportozinho. E isso também não será bom para a margem sul. Por isso, nesta fase de dúvidas, inclino-me para receber os aviões, os passageiros e tudo o que com eles vier. Haverá sempre oportunidade, se for a tempo, de aconchegar as partes boas e mitigar as que nos vierem turvas a cabeça.

T

omar o todo pela parte, sempre foi um exercício de preguiça, em alguns casos incompetência, noutros ignorância e provavelmente em algumas situações má fé e sobre estas, só o tempo ajudará a esclarecer. A presente perseguição às instituições particulares de solidariedade social e em concreto as que acolhem crianças e jovens em situação de perigo, é uma luta desigual que mancha o bom nome de organizações com provas dadas de solidariedade. É desigual porque o espaço e o momento que é dedicado ao exercício da transparência é sempre à posteriori. Se assim não fosse, a notícia não produzia o sensacionalismo que se pretende. Por isso, qualquer esclarecimento que ocorra depois da publicação, será sempre entendido pelos leitores menos informados, ou mal-intencionados, como uma tentativa de justificar o injustificável. Anualmente, sendo acompanhados pelo Estado em média 73.000 processos de crianças e jovens em perigo, existindo em Acolhimento Residencial 8.600 utentes, a primeira pergunta que se pode colocar é, como se pode fazer

uma reportagem, ou publicar uma notícia, com direito a capa, denunciando um caso concreto, com o objetivo único de por em causa o Sistema de Proteção de Crianças e Jovens em perigo, ou queimar de forma leviana o nome das instituições particulares de solidariedade social? Porque razão as deficiências de uma IPSS são generalizadas às 3.500 existente em Portugal, como se todas fossem geridas por um bando de malfeitores, que se servem da solidariedade para viverem à conta do sistema? Será que também podemos concluir que a dívida de 143 mil milhões de euros das famílias portuguesas, corresponde ao endividamento em bens de consumo supérfluos, que todos os portugueses são uns caloteiros e que vivem acima das suas possibilidades? Ou então podemos generalizar, dizendo que os empresários das empresas portugueses, que devem 266 mil milhões de euros, para além de serem maus gestores, servem-se do negócio para comprarem carros topo de gama e fazerem férias em paraísos exóticos à conta dos trabalhadores? Partir de casos concretos de situações que correm mal nas

GATO ESCONDIDO COM O RABO DE FORA PAULO LOURENÇO INVESTIGADOR SOCIAL

IPSS dando a entender que os apoios do Estado e os donativos das famílias são geridos por pessoas sem escrúpulos, não deveria passar despercebido aos representantes do setor social solidário. Quando a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) não vai ao encontro das suas associadas, solidariamente, dando a cara por um setor que merece ser respeitado e credibilizado, utilizando a mesma proporção mediática das noticias que mancham o bom das IPSS, está a contribuir para que a parte seja efetivamente tomada pelo todo. No mínimo, a questão da existência de almofadas financeiras nas IPSS deveria ter sido explicada, argumentando que também serve para cobrir o custo real dos serviços contratualizados com o Estado. Deveria também ter havido a coragem por parte da CNIS de

denunciar um sistema de proteção social que se serve do trabalho para o buono de voluntários, para não criar postos de trabalho nas áreas técnicas. Se não existissem na Direção das pequenas IPSS voluntários, no minino, os Acordos de Cooperação teriam de ser revistos para criarem 7.000 postos de trabalho destinados a licenciados em Gestão, Recursos Humanos e Direito. Tenho muitas reservas que o caminho que está a ser traçado, com a conivência do Estado, orientado para a mercantilização das respostas sociais, utilizando-se como estratégia de comunicação queimar na praça pública o bom nome das IPSS, venha a produzir os efeitos desejados. Sempre fomos especialistas em criar ditados para tudo. Esperemos que quem anda a semear ventos não colha tempestades e que quem se sente, seja efetivamente filho de boa gente.

Uma Europa míope

A

cabo de ler num jornal diário de âmbito nacional que a Europa dá nota de 35% a Portugal por falta de reformas estruturais. O BCE (Banco Central Europeu) pega na matriz de avaliação da Comissão Europeia e mostra que o país pouco fez para cumprir as recomendações de Bruxelas. Chega mesmo a censurar porque se fizeram “progressos” insuficientes no cumprimento das recomendações específicas de reformas estruturais em 2016. Transformando os resultados das avaliações numa escala de 0% a 100%, atribui a Portugal uma nota negativa, com nota final de 35%, ficando abaixo da média da zona euro (37%). Mas o que é interessante nesse estudo é que só três países (Estónia, Irlanda e Finlândia) chegam aos 50% e todos os outros se situam abaixo dos 41,7%. Logo, a meu ver, quinze países tiveram nota negativa e oito deles ficaram abaixo da média negativa de 37%. E nestes últimos se inclui a

Alemanha, a Espanha e a Holanda só para citar os mais relevantes na comparação com Portugal. O estudo mencionado está orientado pela avaliação de cinco grupos de medidas: 1º) Contas públicas; défice; dívida; despesa com funcionários; pensões, saúde e empresas públicas; 2º) Salários, designadamente o mínimo; 3º) Eficácia no combate ao desemprego; 4º) Estabilidade dos bancos e aos problemas do malparado e do crédito às PME e 5º) Parcerias público-privadas, distorções do mercado e da concorrência. Só no terceiro e quinto grupo é que o resultado é mais favorável e denota “alguns avanços” nas reformas pedidas, em tudo o resto os progressos são “limitados” no que respeita a Portugal. Isto faz-nos pensar e questionar: que Europa é esta que nos avalia? Que objetivos estabelece parecendo ser demasiado exigente e desfocada da realidade da maioria dos países que dela

A VERDADE DAS COISAS SIMPLES JOSÉ ANTÓNIO CONTRADANÇAS ECONOMISTA

fazem dela parte? Muito se tem falado da crise de lideranças na Europa. E também do exército de burocratas que tomam assento em Bruxelas, desligados duma realidade que é evidente nas suas manifestações e onde prolifera o desemprego e as ditas “imparidades” que larva na banca à escala europeia. Mas esta avaliação que nos é dada a conhecer com toda a crueza, até na linguagem excessiva e paternal em relação à governação dos diferentes países, vai longe demais e revela uma acentuada miopia em relação ao que se passa por essa europa fora dos nossos dias. Fiz parte da minha vida profissional ligado às questões da

educação, onde aprendi sobre a importância duma boa definição de objetivos e da sua adequada avaliação. Desde logo, aprendi que se, genericamente, os resultados são negativos, devemos redefinir os pressupostos que estiveram na base dos objetivos avaliados. A miopia revelada pelas instâncias europeias é preocupante. E mais ainda pela sua notada persistência. Existindo os países e a sua realidade, constatando-se muitas vezes os esforços inglórios e mal dirigidos duma política de austeridade excessiva, é tempo dos “avaliadores” tomarem consciência das suas próprias limitações e, eles sim (!) mudarem de rumo.

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– tomar conta da Fiscalização Municipal. Aceitei porque era um desafio à minha medida. Era uma divisão, que por um motivo ou por outro, estava a apresentar resultados muito modestos, sobretudo no fruto do seu trabalho – conclusões dos autos que eram iniciados pelos fiscais. Valha a verdade que o trabalho da fiscalização estava todo lá, só que não se materializava em condenações (ou arquivamentos, que não arquivamentos), porque havia uma teia de burocracia interna que acabava por tornar os processos absolutamente ineficazes. Em 2015, a meio do mandato portanto, o Sr. Presidente lançou-me um novo desafio – acrescentar a divisão das Contra-Ordenações ao meu pelouro, desafio a que acedi e que me redobrou em muito o trabalho, mas também o prazer de começar a gizar um plano para tornar a área da Fiscalização mais eficaz. Inicialmente foi tempo de arrumar a casa, com inúmeros arquivamentos, fruto de prescrições que vinham de

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

Dijsselbloem

PAULO EDSON CUNHA

VEREADOR PSD CÂMARA DO SEIXAL outros tempos, mas era necessário concluirmos formalmente esses processos. Em simultâneo fomos desenvolvendo um conjunto de acções, sobretudo na área ambiental, que criaram números records de processos instaurados, na sequência da “Tolerância Zero” nessa área, o que veio tornar ainda mais difícil o trabalho da antiga divisão de Contra-Ordenações, que ainda a arrumar a casa relativamente aos processos antigos, começou a ter de despachar um número record de novos processos. Passado um ano, é com muita satisfação e orgulho que anuncio que sinto o meu trabalho quase completamente concretizado, com um aumento exponencial de processos concluídos, de processos ganhos em tribunal, de receitas

líquidas (aumentou mais de 400% - QUATROCENTOS por cento) e, sobretudo, de metodologias para o futuro. A sensação de ver cumprido é tão grande e a recompensa por isso obtenho-a quando oiço dizer que graças a mim a Câmara aumentou a receita. Para mim é uma visão redutora da política e do nosso papel – Um vereador, mesmo que sem pelouro, está para oferecer o seu melhor desempenho em prol do município. Mesmo que seja governado por outro partido. É que (infelizmente, digo eu) se eles têm a maioria é porque alguém neles votou. E em Setembro, ou Outubro, tem sempre a hipótese de lhe retirar a confiança e votar noutro partido. Por isso +e que os eleitos devem ser servidores da causa pública e colocarem-se ao escrutínio da população.

Dormente Mente

A

rua estende-se à tua frente, larga e convidativa. O sol brilha no céu e as nuvens voaram para longe. As árvores reluzem saúde e pequenas flores encantam o olhar, preenchendo espaços vazios. A calçada reflete luz e uma leve brisa ameniza o calor. Ouve-se uma guitarra dedilhando sons improvisados e o bulício existe para te enquadrar.Mas permaneces sentado à sombra, de óculos escuros e lábios cerrados. Imaginando nevoeiro e chuva. Poças de água no chão e

JORNALISTA

H

á uma característica que no regime das autarquias locais faz muita confusão às pessoas - a qualidade de vereador da oposição com pelouro. É que, enquanto que o Primeiro-Ministro, quando convidado a formar governo habitualmente não convida nomes dos partidos da oposição, ou com as suas actuais direcções concertados, nas Câmaras, há muitos casos em que um vereador é simultaneamente um vereador da oposição, mas tem pelouro, portanto, de certa forma está vinculado ao exercício do executivo. No Seixal e no Barreiro por exemplo, há uma velha tradição de o Presidente eleito (CDU) convidar os vereadores da oposição a aceitarem um pelouro, o que tem acontecido. No Seixal tradicionalmente era atribuído o Pelouro da Protecção Civil (antes de mim) e eu próprio no anterior mandato fui vereador desse pelouro, trabalho que aliás, adorei. Neste mandato foi-me lançado um desafio ainda mais exigente

FIO DE PRUMO

Prestação de contas

JORGE SANTOS

OPINIÃO

E

ste palavrão faz parte da identificação do líder do Eurogrupo que no berço lhe passaram a chamar de Jeroen Dijsselbloem, e que os portugueses mimam com designações mais condizentes com o que sentimos mas que a boa educação nos dispensa de utilizar, embora o figurão holandês bem as mereça. Há dias aquela “alta personalidade” – que por enquanto ainda desempenha o cargo na União Europeia, é também e por pouco tempo, ministro das Finanças da Holanda, pois o seu partido foi derrotado no último sufrágio – resolveu abrir a boca para acusar os europeus do Sul, onde se integram os portugueses, de gastarem o

“os portugueses vivem acima das suas possibilidades”

a monocromia inerente. Desejas uma rua deserta e o conforto da solidão. O teu olhar protegido derrama gotas de nostalgia, enegrecidas pelo tempo e pontilhadas pelo pó. Fechas os olhos. Já não estás naquela rua. As árvores estão despidas e as flores não existem. A alegre melodia da guitarra é agora uma suave valsa entoada num violino. A brisa marítima refresca o teu rosto e invade cada fio de cabelo. O céu nublado traz sonhos encaixotados e a saudade inunda o

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO MARGARIDA NIETO

ESTUDANTE

coração. Mas da melancolia nasce a vontade de dançar delicadamente por entre os pingos de chuva, fazendo confluir a alegria e a mágoa. Pequenos passos descrevem uma coreografia de improviso, materializando a ausência. Os

braços descrevem círculos imperfeitos e as mãos insistem em agarrar o que já não existe. Inspiras fundo. Permaneces sentado à sombra, de óculos escuros e lábios cerrados. Perdeste-te em ti e esboças um simples sorriso.

Todos os sábados, com o semanário expresso, o seu jornal de referência, único com circulação em todo o distrito de Setúbal. Tiragens regulares de 40.000 exemplares e audiência média estimada em 160.000 leitores.

seu dinheiro “em copos e mulheres” e “depois pedirem que os ajudem”. Conhecemos citações de outras figuras, algumas nacionais, que levantaram o estendal de que “os portugueses vivem acima das suas possibilidades” mas poderá haver aqui algo de verdade pois quem recebe duzentos euros por mês, ou mesmo o ordenado mínimo nacional, nem para matar a fome aos filhos tem e terá de procurar ajuda e assim ficará acima das suas possibilidades. Sabemos também que muita gente que recebe bons vencimentos, porque está habituado à fartura, acha que tem possibilidade de se empenhar e assim aumenta a dívida privada, que muitas vezes é abafada para que politicamente se destaque a dívida pública. Vamos esperar que os nossos governantes tenham a sabedoria e não se coíbam na defesa das nossas posições e que consigam ensinar este “senhor” e outros que tais que estão na mesma linha de nos ofender, para que, apesar de pobres, possamos ser respeitados.

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