Nov 2011
Issue
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SEMPRE
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Sempre - Novembro 2011
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Família Sempre
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Alexandre Marcondes
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Cristina Sininho Sá
Rafael Sartô
Design Alexandre Marcondes Redação Nuno M. P. de Souza, Camila White, Alexandre Marcondes, Cristina Sininho Sá e Rafael Sartô
Editorial Mauro Neri O artista plástico explica o contexto por trás de suas frases.
Sintonia Fina
Thiago Deejay nos indica sons de qualidade para nosso ouvidos.
Fábio Cristiano
Bate-bola com o skatista profissional e ícone do cenário nascional.
Leia +
dicas de leitura, indicações de bons livros!
Galeria Lugares
Listamos alguns lugares que possuem um estilo único que devem ser conhecidos!
Picos & Locais Apresenta: Tiquatira
Nos Capa
Mauro Sergio Neri da Silva Foto: Cristina Sininho Sá
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Colaboradores Thiago Deejay, Mauro Sergio Neri da Silva, Nuno M. P. de Souza, Camila White, Ateliêr Zapateria, Carlos Taparelli Agradecimentos Essa revista é dedicada a todos que acreditaram e confiram em nosso projeto!
www.hayk.com.br
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www.facebook.com/haykgroup www.flickr.com/photos/haykgroup/ twitter.com/#!/@haykgroup
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Publicidade hayk@hayk.com.br +55 11 5181-1637 / 9203-6809 Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações por qualquer meio sem prévia autorização dos artistas ou dos editores da revista. A revista “SEMPRE” promove destaque com matérias sobre os comportamentos das ruas, em pessoas e projetos com muita atitude, e será diferenciada e ousada em divulgar novos talentos. Sempre com conteúdos inéditos, imagens de qualidade e links interativos possibilitarão que o leitor obtenha um conhecimento completo sobre o assunto. Entre os temas apresentados vamos abordar o panorama do Graffiti, Skate, Gastronomia, Filmes, Literatura, Design, Teatro, Tattoo entre outras vertentes artísticas e esportistas. Caso você possua um projeto ou tenha um grupo de amigos que estão desenvolvendo uma idéia, porém deparou com o problema de divulgação, faça o envio do link com um breve resumo e juntos vamos fazer a divulgação nas redes sociais em nosso site e no boca a boca. Trabalhando em grupo obtemos maior eficiência nos resultados! Envie sua mensagem para: hayk@hayk.com.br MAKE IT HAPPEN!!! Sempre é Marca Registrada ® Todos os direitos reservados.
Carta do editor Um sonho, uma ideia, uma vontade: mostrar o mundo em que vivemos, da forma que o vemos, compartilhar o que sentimos, que acreditamos ser certo e talvez lutar contra o que achamos ser errado. De uma conversa no fim de um role de skate que a semente desda revista foi plantada. Assim eu (Sininho), Alê e Rafa começamos a cuidar e crescer junto com esta semente que está a brotar. Meses de trabalho, nós, como fetos, bebes, brotos, aprendendo, errando, acertando, mudando, descobrindo. É, não foi fácil, e sabíamos que não seria, problemas de horários, de tempo, de coincidir tempos; de ter um ideia, legal a principio, mas que não é funcional; as discordâncias; a ânsia de fazer o melhor; os detalhes que sempre queremos melhorar... assim que sempre fizemos Sempre, de coração, como uma filha, sendo gestada. Mas também não fizemos sozinhos, contamos com a ajuda de colaboração de amigos, das famílias, de quem acreditou na semente que plantamos. E escolhemos pessoas assim, lugares assim coisas assim para dar corpo para Sempre. Por isso cada pedacinho desta revista é especial: Mauro, suas frases, sua V e r a c i d a d e , seus grafites tem destaque na capa e em uma matéria com sua colaboração direta, um e-mail que muito nos emocionou ao receber. Entrevista com Fábio Cristiano, arrumou um tempo para nós, e no mesmo dia vou para Manaus, com fotos de Carlos Taparelli. Uma Sintonia Fina com Thiago DJ e a música. Lugares: Uma matéria com dicas mais que especiais de espaços multi culturais em Sampa. Tiquatira, em Picos e Locais, é como quintal de casa para mim especialmente (valeu meninos!). E uma galeria aberta, onde pode ter um desenho, foto, ilustração sua na próxima edição. Apresento-lhes SEMPRE Mag. Uma revista bimestral, on-line e gratuita. SEMPRE mostrando que precisa ser visto mas nem SEMPRE tem espaço. Cristina Sininho Sá co-editora
Veracidade Texto: Alexandre Marcondes , Nuno M. P. Souza, Cristina Sininho Sá e Mauro Sergio Neri da Silva Fotos: Cristina Sininho Sá
Cada vez com mais constância as frases poéticas de reflexão de Mauro Neri são vistas pelos muros da cidade, nos remetendo a enxergar além dos muros.
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uando se caminha pela cidade de São Paulo, entre suas ruas e avenidas podemos mas paredes desta “selva de pedra”, aqui ou ali, frases curiosas. É uma escrita col diversos, cada um com sua linguagem e estética própria, constroem uma história, e em constante transformação, fazendo desta cidade um grande livro onde cada fr forma colaborativa e autônoma.
V e r a c i d a d e, V e r d e v e r, V e r... são algumas palavras escritas que são vistas com nosso muros, e se o espectador realizar uma leitura rápida terá uma interpretação de múlt ras grandes, retas e preenchidas, longe da estética das letras de pichação, seja de grupos construção de identidade ou de pichações políticas, mas que se destacam nesta imensa c certa pitada de poesia e que nos fazem interpretar e pensar sobre a mensagem do artista, manecesse enraizada como uma cicatriz nos muros cinzentos que por ora e outra são apa autor ou leitor venha a ser avisado. São Paulo é isto!
s observar em alguletiva em que autores um texto visual único rase é construída de
m frequência pelos tiplos sentidos. Lets de autopromoção e cidade. Frases com , e quem dera peragadas, sem que o
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Estas frases são do artista Mauro Neri, que como se pode ver possui um estilo único e intrigante com dezenas de graffitis espalhados pelo Brasil e pela Itália, além de um trabalho voltado para a comunidade em que mora. Perguntamos a ele o que pensa ao escrever tais frases nas paredes da cidade, que tanto nos chamam a atenção e tivemos um belo e-mail como resposta:
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s c r e ver em muros e em paredes começou mais ou menos junto com minha produção autoral em 2002, mas mesmo antes eu trabalhei, a partir do ano de 97, fazendo comunicação visual comercialmente, como placas e faixas, o que aprimorou minha técnica com a caligrafia feita com pincel e mais tarde com o spray. A inspiração e a motivação para fazer as frases que configuram esse estilo e essas específicas mensagens e palavras de ordem, vieram como complemento do que eu busco nos desenhos figurativos que faço. Como as representações de pessoas que olham para cima, como se buscassem ver alguma coisa.
“influenciado
pela famosa e autêntica pichação paulistana”
A primeira frase que escrevi, em abril de 2003, em meio ao mural que pintamos, eu e o Artista Plástico e ou Grafiteiro Alexandre da Hora o Niggaz, no Beco do Batman da Vila Madalena (me lembro porque guardei o Jornal Espanhol EL PAÍS, com uma matéria sobre o bairro), nessa época, minhas frases eram quase imperceptível e ainda pouco frequentes. Isso até 2008, quando voltei de uma temporada na Itália, já mais influenciado pela famosa e autêntica pichação paulistana, passei a fazer as escritas também desassociadas do desenho e com muito mais frequência, alternando e repetindo conjugações com a palavra VER. A idéia é explicitar a leitura e expressar-se v e r d a d e i r a m e n t e, com mensagens com caligrafias for mais e nas linguagens da poesia concreta, que remetam o olhar para a cidade e demandas relevantes, para se reparar na sociedade, assuntos sociais e ou existenciais, leituras que podem também ser evasivas e apelativas, sobretudo a importância de com que cada olhar vê, de acordo com seus repertórios e contextos e com o que cada um busca ver nas coisas.
“Ver, agir, pensar, mudar e criar!” Fica a mensagem: V
e r a c i d a d e ... de verdade, de dentro e de fora da gente.
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Thiago Deejay Radialista, Agitador Cultural e Promotor de Eventos, Thiago DJ tem envolvimento em quase todos os setores da música underground da cidade de São Paulo. Era assim quando trabalhou na Rádio 89 (na época que era “A rádio rock”) como atualmente com suas festas Punkadão e Ska-Funk, sem esquecermos é claro de projetos passados como BRB, Supersound, Discopogo, Baile de los Locos entre outros. Nos 5 anos de rádio 89, trabalhou ao lado de grandes nomes como João Gordo e Luka. É um dj altamente versátil, podendo desenvolver sets de hip-hop, breaks, rock, ska entre outros estilos, sempre fazendo crossovers de ritmos no meio de suas sessions Fui convidado pela minha amiga Sininho pra fazer essa coluna, e pensei em falar sobre 5 discos que tenho ouvido atualmente, discos lançados recentemente que me chamaram atenção! Texto: Thiago Deejay / Foto: Cristina Sininho Sá
H2O - California/New York City São dois EPs lançados por esses nova-iorquinos, é só um aquecimento pra um disco completo de covers que vem por aí. Esses compactos (sim, foram lançados em vinil de várias cores) são uma obra prima desde a capa remetendo a cena punk/HC das duas cidades, passando pela escolha dos sons até as bandas homenageadas. Pelo lado “califa” temos as regravações de “Berverly Hills” dos Circle Jerks, “Journey to the end of the east bay “ do Rancid e “Sick Boys” do Social Distortion; do lado “barra pesada”, os escolhidos foram Cro-Mags com “Hard Times”, Sick Of It All com “Friends Like You” e Madball com “Pride (Times Are Changing)”!
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Sublime With Rome - Yours Truly
O sublime está de volta, e quem achou que o vocalista novo, Rome, não representaria, quebrou a cara. O molecão está mandando muito bem nos vocais. A base da banda continua sendo ska pesado, com pegadas de reggae, dub, um pouco de hardcore, adicionados a mais hip-hop com o rapper Wiz Khalifa, e até uma música nova com dubstep mostrando que os caras estão atualizados com o que de mais novo está rolando mundo afora!
Misfits - The Devil’s Rain Esse é o sexto álbum de inéditas da banda, sem contar as inúmeras coletâneas e compactos que eles têm. Agora a banda é um trio formado pelo baterista Eric “Chupacabra” Arce (ex- Murphy’s Law), o guitarrista Dez Cadena (ex-Black Flag) e o único membro original, o baixista e vocalista Jerry Only. Formação que deu bem certo pois o disco é muito bom, punk rock que lembra mais a fase “American Psycho” do que os discos antigos com Danzig nos vocais. A capa como sempre é um caso à parte, o mascote Crimson Ghost estilo pôster de filme B!
Blink-182 - Neighborhoods Essa seção tá tipo a volta dos que não foram, mas fazer o que se as bandas antigas voltam e são muito melhores que as novas? E o Blink volta mais hardcore (das antigas) e menos rádio (últimos discos). Também pra que ser rádio se não toca mais rock em rádio nenhuma? O pop impera! O destaque como sempre são as bateras do Travis Barker, que apesar de seus últimos trampos com hiphop, não perdeu a mão no quesito tupa-tupa costumeiro do HC californiano!
Ba-Boom – Amizade Prevalece Esse
é novidade total, banda do ABC, faz uma mistura monstra de ska, dancehall e brasilidades, lançaram esse single que conta com dois sons, produção de Sergio Soffiatti (OBMJ) e download grátis em http://projetobaboom.com.br/ - Também fizeram um ótimo clip da música título que miraculosamente tem rolado na MTV.
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Cristiano Fábio Cristiano "Chupeta" possui forte personalidade, buscando sempre a evolução. Há mais de 2 décadas remando com seu skate, coleciona em sua bagagem diversas viagens internacionais. Tornou - se uma lenda no skate principalmente por sua simplicidade e carisma.
Entrevista: Rafael Sartô/ Fotos: Carlos Taparelli
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Fรกbio Cristiano - Ollie / Fotos: Carlos Taparelli
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m um bate-papo descontraído em um fim de tarde ensolarado, junto à pista da Águas Espraiadas Fábio revela sua trajetória no skate e os projetos atuais. Para completar o dia uma manobra inédita em um dos obstáculos da pista. Sempre: Fábio conta como foi sua experiência durante o período que você morou na gringa (LA)? FC: Foi um período de mais ou menos uns quatro anos. Indo e voltando pra renovar o visto. Foi o período que eu aprendi a falar inglês. Sempre: Nunca teve ou tem o green card? FC: Não! Nunca tive patrocínio americano. Sempre: Com quem você costumava a andar nessa época? FC: Nessa época eu andava com os caras que já moravam lá a algum tempo: Fabio Cunha, Anjinho, Cezinha, Digo, Daniel Trigo, Bozo, Mauricio. A gente encontrava o Daew Song e o Rodney Mullen no estacionamento do supermercado as vezes mas pouco via os gringos. Sempre: O que a bagagem em viagens internacionais significa em seu crescimento pessoal e profissional? FC: Experiência né. O que você vê, o que você vivencia. Foram varias fases. A primeira vez foi assim. A segunda eu já morei com o Bob em São Francisco. Aí tem a terceira fase que foi progredindo. É difícil se adaptar a um lugar que você não conhece. Sempre: Fale alguma coisa que te marcou no skate? FC: Foi meu primeiro skate revestido de cobre, um metal que conduz energia. E a segunda mais loca fazer um Premiere de um vídeo nacional nos EUA. O Dirty Money. Sempre: Quais foram suas influências? FC: Tomi Guerrero e a maior parte dos meus amigos. Uma influencia muito forte até hoje é o Alexandre Ribeiro. Sempre: Como foi gravar o Dirty Money?Que conta a história do skate no Brasil? FC: Foi um projeto que eu nunca imaginei que poderia acontecer. Foi uma coisa que eu falei: “nossa tava tudo guardado e os caras criaram um negócio em cima” e participar dessa viagem é legal né. Imagine alguém chegar pra você com uma ideia e falar que você faz parte dessas idéia. Foi uma puta experiência. Foi um divisor de águas. Mó galera depois do Dirty Money voltou a andar então fazer parte disso aí é importante pra caramba, depois de andar de skate por tanto tempo já valeu a pena né, não vou sair de mão vazia né.
Sempre: Em uma matéria da revista Thrasher , Joe Brook disse que você era o Gino Iannucci Brasileiro. Que anda em qualquer lugar. O que você acha desse comentário? FC: Não sei. Eu não o conheço. (risos) Ser comparado com o Gino Iannucci é legal né. Eu curto o rolê dele Sempre: Como é ser considerada uma lenda do skate brasileiro? FC: Ah, acho uma besteira!(risos) Sempre: A Foton é uma marca nova de skate que leva o seu nome. Como é poder ajudar atletas novos e movimentar o mercado do skate? FC: Na verdade Eu participei na criação dela há dois anos, mas aí eu desvinculei dela e voltei pra uma marca que eu estava antes que é a Agacê. Tá todo mundo trabalhando. Essa época louca que a gente tá vivendo, corre louco atrás do troco, mas é bom poder trabalhar com o que você gosta apesar desta filosofia do capitalismo insano. Às vezes acaba caindo um pouco nisso aí. É bom poder criar, poder pensar em novas idéias pra galera que está chegando é melhor ainda. Sempre: Fale sobre o projeto novo a Urban House? FC: A Urban House é um espaço que eu e alguns amigos temos no bairro da Aclimação. Um espaço cultural que está aberto para eventos, arte. Não é um “novo Negócio” nosso mas é um point pra galera do skate, de arte, música. Pra se encontrar, conversar. O objetivo mais pra frente é conseguir transformar este espaço numa associação que é um pouco mais complicado. Pra fazer alguns trabalhos sociais. Sempre: Qual é da parada dos Alienígenas? FC: Dos ALIENS. Eu acredito que tem inteligência muito antes da nossa. A nossa nem é tão evoluída assim né? Sempre: Como foi o encontro com a grande lenda do surf brasileiro Fabio Gouveia? FC: Ah, Foi à troca né. Eu dei um skate pra ele e ele shapeou uma prancha e me deu. Puta de cara ícone total do surf no Brasil, muito humilde. Foi uma das coisas mais legais que aconteceram esse ano pra mim de ter tido a oportunidade de ter feito esse intercâmbio com o Fabio Gouveia. O cara é gente boa e tem dois filhos que surfam pra caralho. É sempre legal encontrar essas pessoas e poder trocar essa energia, olhar no olho e falar o que você acha. Sempre: Você sempre está com uma vibe boa, que
contagia todos em sua volta. Como você leva um ambiente tão estressado que nem Sampa numa boa? FC: Toda hora eu volto meio que no tempo. Eu tinha uma preocupação quando eu era mais novo do mundo frenético e tal e foi passando e passando o tempo e olha o que aconteceu. Aí eu tento sempre ter a mesma calma agora pra daqui dez anos não desperdiçar tanto o foco com a loucura do mundo. Ter mais paciência. Às vezes eu fico irritado também né. Todo mundo fica. Você tem que se controlar. Na verdade não é nem se controlar é ver de outra forma entendeu que você se sinta confortável. Sempre: O que você espera do skate no Brasil? FC: O skate no Braza vai sobreviver. A qualquer tipo de mudança climática situação econômica por que aqui a gente faz há muito tempo o negócio acontecer. Não precisa de ninguém. Pode acontecer o que for o skate vai sobreviver de qualquer forma. Vai continuar sendo o que sempre foi uma ferramenta de salvação né. Vamos marretar?
Fรกbio Cristiano - Flip / Fotos: Carlos Taparelli
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Nosso objetivo nesta coluna é a difusão do pensamento coletivo e libertário, fundamentado nas práticas da democracia direta, ajuda mútua, auto-determinação, e no âmbito dos movimentos sociais, ambientais e da liberdade com responsabilidade. Escapar das propostas capitalistas do mercado editorial voltado apenas para o lucro, bem como ao modelo tradicional de publicação impressa - adotada até mesmo por outras editoras que se dizem libertárias – esta é a proposta e nossa meta. Pretendemos oferecer ao público leitor da Revista Sempre obras raras, esgotadas ou inexistentes em língua portuguesa e best sellers, de autores clássicos à ilustre desconhecido, com qualidade e baixo custo. Para tal, com recursos oferecidos pela moderna tecnologia da informação, indicamos o Google como mecanismo de pesquisa para as obras indicadas, onde certamente você encontra as publicações na íntegra ou experimenta a leitura de alguns capítulos antes de decidir-se pela aquisição da obra. Em minha opinião, toda a mídia impressa deveria oferecer esta opção: impressão digital sob demanda. O primeiro livro foi indicado pelo Julio Dojcsar. Com certeza um dos melhores livros que já li!!!
ZONA AUTÔNOMA TEMPORARIA
O conceito de Zona Autônoma Temporária, conhecida pela sigla TAZ (Temporary Autonomous Zone) lançado por Hakim Bey torna-se cada vez mais difundido no universo do ativismo radical de esquerda. A ideia é combater o Poder criando espaços (virtuais ou não) de liberdade que surjam e desapareça o tempo todo. A obra, lançada no final dos anos 1980, ganhou edições em dezenas de países e foi amplamente difundida na internet (com a bênção do autor, que é contra direitos autorais). Os manifestos e ensaios de Bey chamaram, ao mesmo tempo, a atenção de ativistas e autoridades. Também receberam, por sua qualidade literária, elogios entusiasmados vindos de respeitados escritores, como Allen Ginsberg, William Burroughs e Robert Anton Wilson.
Um livro bem bacana – contém diversas obras de arte de cair o queixo é o do graffiteiro e ativista político Bankys.
BANKSY – WALL AND PIECE – BANKSY O Gênio artístico, ativista político, pintor e decorador, lenda mítica ou grafiteiro famoso – o trabalho de Banksy é inconfundível, exceto talvez quando está de cócoras entreo Tate ou New York’s Metropolitan Museum. Banksy é responsável pela decoração das ruas, muros, pontes e jardins zoológicos de cidades de todo o mundo. Espirituoso e subversivo, seus stencils mostrar macacos com armas de destruição em massa, policial com as carinhas de smiles, ratos com brocas e guarda-sóis. Suas declarações, incitações, ironias e epigramas são por turnos comentários inteligentes e atrevidos de tudo, desde a monarquia ao capitalismo à guerra no Iraque e animais de fazenda. Sua identidade permanece desconhecida, mas sua obra é prolífica. Este volume reúne o melhor de seu trabalho.
Lógico que não poderia faltar à biografia tão esperada de Steve Jobs, uma das grandes lendas revolucionárias da tecnologia.
STEVE JOBS – A BIOGRAFIA Essa biografia é baseada em mais de quarenta entrevistas com Jobs ao longo de dois anos – e entrevistas com mais de cem familiares, amigos, colegas, adversários e concorrentes -, narra a vida atribulada do empresário extremamente inventivo e de personalidade forte e polêmica, cuja paixão pela perfeição e cuja energia indomável revolucionaram seis grandes indústrias: a computação pessoal, o cinema de animação, a música, a telefonia celular, a computação em tablet e a edição digital. Numa época em que as sociedades de todo o mundo tentam construir uma economia da era digital, Jobs se destaca como o símbolo máximo da criatividade e da imaginação aplicada à prática. Embora tenha cooperado com esta obra, Jobs não pediu nenhum tipo de controle sobre o conteúdo, nem mesmo o direito de lê-lo antes de ser publicado.
Para encerrar!!!Li esse livro por indicação de meu amigo André – Adoro esse livro, ele vive aqui na minha cabeceira, é uma lição de vida! ARTE DA GUERRA, A – EDIÇAO COMPLETA. Com um índice prático contendo os princípios essenciais da estratégia e os comentários a cada capítulo, esta edição de ‘A arte da guerra’ pretende proporcionar ao leitor uma nova compreensão da natureza do conflito humano. Quer se trate do jogo político, de negócios, de administrar uma grande organização, de fazer a guerra ou até conquistar a paz, este livro é um guia para uma compreensão mais profunda dos assuntos humanos.
Boa leitura!!!
Danielone - Sao Paulo, 2011
Foto: Cristina Sininho Sรก
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Foto: Cristina Sininho Sรก Doc - Na Cruz - Sao Paulo, 2007
O Homem e ร rvore - Sao Paulo, 2007
Cristina Sininho Sรก
Cristina Sininho Sรก
O velho bonde - Sao Paulo, 2007
Cristina Sininho Sรก Dia-de-sol - Sao Paulo, 2007
Cristina Sininho Sá Sem Título - Sao Paulo, 2007
Cristina Sininho Sรก Beija-flor - Sao Paulo, 2007
Cristina Sininho Sรก Saindo pelo cano - Sao Paulo, 2007
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Caminhos - Paranapiacaba - Sao Paulo, 2007 / Foto: Cristina Sininho Sรก
Cristina Sininho Sรก Igor Morozini - Flip - Sao Paulo, 2011
Cristina Sininho Sá Três - Sao Paulo, 2011
Cristina Sininho Sテ。 Resistテェncia - Sao Paulo, 2007 Odeie Seu テ電io - Sao Paulo, 2007
Cristina Sininho Sテ。
Cristina Sininho Sรก Entupiu - Sao Paulo, 2007
Cristina Sininho Sรก Thiago Dj - Sao Paulo, 2011
Danรงa - Diadema - Sao Paulo, 2007
Cristina Sininho Sรก
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Clockwork - Droogs - Sao Paulo, 2007
Cristina Sininho Sรก Realidade ? - Alexandre Puga - Sao Paulo, 2007
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Na Noite - Sao Paulo, 2011
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Sandro Sobral - Nose to fs - nose grind - to nose manual - to fs nose blunt slide - Sao Paulo, 2011
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Texto: Alexandre Marcondes e Camila White / Fotos: Cristina Sininho Sá e Ateliêr Zapateria
Ateliêr Zapateria - “Zapateria Arriba, Jazz Abajo” Casa da Lapa Misto Quente IDCH Jazz nos fundos
Lugares São Paulo é formado por mais de 11 milhões de habitantes de diferentes nacionalidades e descendências. A grande capital dos negócios gera tendências, estilos e costumes, fornece um grande polo cultural, com uma rica gastronomia e diversificados entretenimentos. Corriqueiramente acontecem inúmeras festas em São Paulo. Mais encontrar lugares que fujam do comum, não é tão fácil assim! Listamos quatro lugares que possuem um estilo único que devem ser conhecidos. Check it out!!!
Jazz nos fundos Um sinal toca para anunciar o começo do show e elegante-
mente nos convida através de uma gravação, para respeitar os músicos e o público, falando baixo ou se afastando do palco quando quiserem realmente conversar. O ambiente casual e descontraído foi praticamente todo feito com sucata encontrada nas ruas e conta sempre com uma exposição de artes nomeada “Arte no Fundos”. Com um atendimento atencioso vemos uma banda se apresentar no palco improvisado que conta com uma decoração charmosa como uma placa iluminada escrita “No ar”. Este bar escondido nos fundos de um estacionamento de São Paulo trás gente de todos os lugares para escutar uma boa música. Suas portas abrem todas as quintas, sextas e sábados apresentando uma programação musical de alto nível. Quando: Quinta, Sexta e Sábado, das 20h às 2h Quanto: Na porta . R$40 (inteira), R$20 (estudante) Antecipado . R$25 (à venda no Jazz nos Fundos) Telefone: (011) 3083-5975 Local: Rua João Moura, 1076 - Pinheiros, São Paulo http://www.jazznosfundos.net
EnQuadro - HQ Urbana Episódio 1 - Domingas - Atriz: Edna Aguiar - Cenografia: Julio dojcsar e Silvana marcondes Assista o vídeo do projeto Enquadro - Episódio 1 - Domingas no Youtube segue a o link www.youtube.com/watch?v=8NkNe70e6D8
Casa da Lapa - Mixto Quente Mixto Quente é um evento que ocorre durante o ano (sem data marcada) no qual a casa abre suas portas para receber - e celebrar. A festa começa com a abertura de uma exposição, com obras de diferentes vertentes como fotografia, artes plásticas, graffiti, escultura entre outras e, toma continuidade com a mostra de cinema no alto da casa nomeada por alguns de “Festival do Gramado”. Além desta vibe toda a vista da casa é maravilhosa! A noite começa esquentar mesmo quando a sequência de sons comandados por dj’s e bandas ao vivo agitam a galera que lota o local. Criada em 2005 a Casa funciona com um espírito colaborativo diferente das grandes empresas. O grupo é formado por 18 pessoas, entre elas profissionais atuantes nas áreas de cenografia, artes plásticas, publicidade, design, cinema, produção musical, fotografia, entre outras. Quando: durante o ano (sem data marcada) Quanto: R$10,00 (ganha uma cerveja) Local: Av. Ricardo Medina Filho 904 - Lapa, São Paulo http://casadalapa.blogspot.com
Otis Trio | - 05/08 Escute as músicas do grupo no Myspace segue a o link http://www.myspace.com/otistrio
Ateliêr Zapateria - “Zapateria Arriba, Jazz Abajo” “Chegou o sapato pneu de avião” anuncia à placa na fachada de um velho casarão onde funcionam um chaveiro, um Xerox, e os Calçados Moreira. Ninguém imagina que debaixo de uma loja de sapatos em plena na consolação, no centro de São Paulo, funciona um mix de produção artística que produz minijardins, skates “reciclados” e festas de jazz. Os projetos Zapataboards e Girasol organizam uma vez por mês a festa “Zapateria Arriba, Jazz Abajo”, onde são expostos trabalhos artísticos incorporado com o bom jazz que toma conta do ambiente. Quando: Uma vez por mês Quanto: R$ 10,00 Local: R. Dr. Cesário Mota Jr. 651 – Consolação - São Paulo Telefone: (011) 8305-4252 http://www.flickr.com/sapataria
Ateliêr Zapateria - “Zapateria Arriba, Jazz Abajo” Casa da Lapa - Mixto Quente IDCH
IDCH
O nome do local já faz toda a diferença, o IDCH - Instituto de Desenvolvimento da Consciência Humana é um lugar especial entre os demais. Logo ao entrar na casa você já percebe que a balada nos tira dos ambientes corriqueiros da noite de São Paulo. Na entrada você é convidado a retirar os sapatos, na comanda não apenas o nome é marcado, mas sim, também algo incomum como o seu signo (fodástico!). O ambiente harmonioso conta com uma decoração belíssima e aconchegante cheio de pufes, vasos de plantas e esculturas. A iluminação baixa e o cheiro de incenso completam e energizam o local. A noite é tomada por um repertório que mistura ritmos da música brasileira e suas vertentes: samba de raiz, coco, baião, manguebeat e maracatu e outros projetos sonoros, como groove, nujazz, funk, soul e chill out. De dia funciona no IDHC o restaurante que estimula a qualidade de vida na hora do almoço. O cardápio oferece duas opções de entrada, duas opções de pratos principais, sucos e sobremesas. O restaurante funciona de segunda a sexta-feira,
Jazz nos fundos
Quando: Sexta e Sábado: 23h às 4h Domingo: 17h às 24h (quinzenalmente) Quinta: 20h à 1h Segunda a Sexta (Restaurante) Quanto: R$ 25 a R$ 50 Local: Rua Clodomiro Amazonas, 660 - Vila Nova Conceição, São Paulo Telefone: (011) 2538-0553 http://www.idch.art.br/
Tiquatira
PICOS &
LOCAIS
Texto: Cristina Sininho Sá / Fotos: Cristina Sininho Sá
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a coluna destinada a comentar-mos sobre PICOS e LOCAIS iniciamos com a pista da Tiquatira. É uma pista pública grande, no meio da Av. Governador Carvalho Pinto, 900 PENHA z/l de São Paulo. Tem área de street com corrimão, palcos, funbox, 45º, calombo, quarters e uma semi capsula. É possível andar na pista inteira sem remar já que os obstáculos são até que bem distribuídos.
A pista é de granilite e tem boa iluminação a noite (postes da avenida). Não tem guardas ou grades (o que permite que andemos mesmo de madrugada), em volta da pista apenas uma mureta em um dos lados. Tem também um palco da altura de uma guia (atras da pista), um pole jam e um corrimão passando a grama na altura do joelho, todos estes últimos feitos pelos locais da pista. Durante o dia tem um caminhão de coco gelado na frente da pista, do outro lado da avenida, numa rua onde sempre há vagas para estacionar carros. No dia em que fomos a pista estava tranquila para andar, mas como a maioria já sabe fica bem cheia, especialmente nos finais de semana e feriados. Conversamos com alguns skatistas, que andam frequentemente la , mas preferem não ser chamados de locais. Curtimos uma sessão juntos e fizemos algumas fotos. Em alguns finais de semana ou feriados você ainda pode, além de andar de skate, ouvir um som feito pelo Penharol, organizado e divulgado por Orelha Penharol, Sérginho Penharol, Kuca d’Sabre, que toca hip hop, dub e suas vertentes fazendo uma festa e trazendo convidados. Pelo que podemos perceber ao conversar com a galera e analisar, o ponto forte da pista é ela ser overall e servir de base para aprender manobras para usar em diversos outros lugares. Claro, é legal entendermos que não é uma pista perfeita pois os copings por exemplo já estão bem marretados, a luz poderia ser mais forte mas da pra se divertir e muito lá. Vale a pena conferir pra quem nunca foi!
Rogério - Grind / Foto: Cristina Sininho Sá
Júlio César Cardoso - FS ollie / Foto: Cristina Sininho Sá
MarcĂlio Silva - BS ollie / Foto: Cristina Sininho SĂĄ
Adilson Aquino - Boneless / Foto: Cristina Sininho Sรก
Rafael Sartô Profissional de vídeo digital formado pela escola especializada em computação gráfica (DRC). (Produtor, Diretor de arte/fotografia, Sonoplasta). Criador do blog Skate Rock Old School que de certa forma fundiu suas idéias e ideais ao HAYK. Skatista e artista de rua nas horas vagas.
Alexandre Marcondes Design, artista plástico e graffiteiro. Apaixonado por artes desde pequeno iniciou seus primeiros trabalhos com o graffiti em 1999. Seguiu desde então com participações de algumas curtas metragens. Desenvolveu em conjunto com artistas e a Casa da Lapa o livro “EnQuadro” – HQ Urbana Episódio: Domingas. Grande amante da moda e tecnologia criou a marca Hayk, que trás em sua proposta um conceito diferenciado para o mercado têxtil.
Cristina Sá
Fotógrafa e pedagoga, lecionou por mais de 15 anos no ensino regular, foi assistente de Inaê Coutinho por 3 anos auxiliando em aulas de fotografia para crianças, jovens e adultos. Fotografou seu primeiro rolo de filme aos 7 anos, mas foi durante a adolescência que uma câmera analógica tornou sua companheira, registrando sua vida e a de seus amigos do skate e do underground. Desde 2005 participa de exposições coletivas e individuais. Em 2008 recebeu o 2º lugar no I Prêmio de Fotografia do CPC-USP “O Meu Bixiga” Hoje continua sua pesquisa iconográfica em torno do que acontece em seu cotidiano, fotografa eventos e ministra cursos e aulas particulares sobre fotografia e tecnologias.
AQUI COMEÇ
AMOS
UM HISTÓRIA A NOVA
Munidos de cultura esporte e boas causas - lutaremos sem trégua afim de mudanças em nossa sociedade para os próximos anos.
SEMPRE Hayk
MAG
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