• CAPA ~ Por Fábio Torres .~ fabio@humanaeditorial.com.br +-' V1
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aprender com sistemas educacionais de outros países, garantem especialistas. Conheça o modelo adotado em nações que obtêm sucesso na área ados da edição de 2012 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), promovido pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), apontam que o Brasil vai de mal a pior na educação. No
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ranking de 65 países que realizaram o exame, o Brasil ficou em 55° lugar na prova de Leitura, 58° lugar na prova de Matemática e 59° lugar na prova de Ciências. Se por um lado o país é a sétima maior economia do planeta, está claro que seu sistema educacional precisa de PARAASSINAR:www.gestaoeducacional.com.br
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atenção urgentemente. E os problemas são inúmeros: pouca valorização dos professores, escassez de recursos, falhas nas metodologias de formação docente inicial, estratégias equivocadas de formação continuada, métodos de ensino desatualízados, baixo nível de aprendizagem dos alunos. Para especialistas da área, há questões de extrema importância a serem consideradas ao se pensar em uma reforma educacional condizente com as proporções do país. A pedagoga Paula Louzano. doutora em Política Educacional pela Universidade de Harvard e pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), acredita que um dos princiPARA ASSINAR: www.gestaoeducacional.com.br
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pais problemas do sistema educacional brasileiro está na falta de uma base curricular nacional comum. Ela defende que o problema pode ser corrigido com o desenvolvimento da base nacional segundo o Plano Nacional de Educação (PNE). "O Brasil definiu legalmente a necessidade de uma base nacional comum, o que significa que acreditamos que deva haver algum nível de centralização da política curricular. No entanto, o nível de especificação dessa 'base comum', explicitado nas Diretrizes Curriculares Nacionais, é muito baixo quando comparado com outros países, mesmo com aqueles que atribuem grande autonomia às suas escolas, como Finlândia e Nova Zelândia", Essa baixa específícação, segundo Paula, aliada ao despreparo de professores e redes de ensino, acaba fazendo com que os livros didáticos e as avaliações externas ditem o que deve ser ensinado aos alunos brasileiros.
Claudia Costin, diretora sêníor de Educação do Banco Mundial, cita o despreparo docente como um dos principais problemas educacionais brasileiros. "Quando, na década de [19]90, passamos a responsabilidade de formar professores para a universidade, numa decisão correta, com vistas a assegurar melhor repertório aos docentes, ela [a universidade] não se preparou para dar um curso que deveria ser de natureza profissíonalízante. assim como é a Medicina ou a Engenharia", declara Claudia, que acredita que o país é capaz, sim, de reverter esse quadro, como fez a Finlândia há 50 anos. "Em uma reforma da educação (que enfrentou inicialmente forte reação das universidades), a Finlândia tomou duas medidas: tornou muito mais rigoroso o acesso à profissão de professor e mudou o currículo das universidades na formação de professores, enfatizando a prática profissional", explica Claudia. Ela continua: "O Brasil começou a analisar os currículos dos cursos de licenciatura, na busca de algo semelhante. Mas temos que acelerar a transformação: aumentar progressivamente os salários para atrair mais talentos para a profissão, melhorar a formação inicial dos mestres, tornando-a mais associada com a prática, e criar um processo rigoroso de certificação de professores que inclua prova didática". A diretora do Banco Mundial ressalta que as políticas educacionais brasileiras devem também buscar a equidade na aprendizaGESTÃO Educacional
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gem dos alunos, ou seja, fornecer uma educação de qualidade a todos, independentemente do poder econômico ou nível social. Da mesma forma que Paula. Claudia diz que o caminho é estabelecer um currículo nacional básico que especifique o que se espera que cada aluno aprenda durante sua vida escolar, mas com um adendo: um sistema de reforço escolar para auxiliar os que encontrem mais dificuldades. "Monitorar a aprendizagem para identificar lacunas e poder corrigi-Ias a tempo também é muito importante", enfatiza Claudia.
AO REDOR DO MUNDO Assim como em diversas áreas, é preciso olhar e analisar os exemplos de outros países e ver o que é possível aprender para incrementar ou reformular o sistema educacionallocal. O Ministério das Relações Exteriores publica periodicamente volumes da Coleção Mundo Afora, que busca trazer exemplos de vários países para ampliar o debate sobre diversos temas no Brasil. O volume 11 da coleção, publicado em 2014, aborda a educação básica em 29 países espalhados pelo planeta. "Os critérios para seleção dos países a serem estudados, de forma geral, foram: aqueles com melhor desempenho no Pisa; aqueles com experiências educacionais internacionalmente conhecidas; e aqueles que apresentam, de alguma forma, semelhanças com o modelo educacional brasileiro. É importante recordar que o estudo busca analisar experiências bem-sucedidas de outros países tanto em instâncias públicas quanto privadas", esclarece o Itamaraty. "A cada capítulo são examinadas soluções encontradas por instituições privadas e governos estrangeiros para os desafios impostos pela constante necessida28
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de de aperfeiçoamento das premisque os outros países estão fazensas e das condições que regem as do, mas entender por que eventudiversas políticas, os programas e almente tomaram as decisões que' as ações relativos à educação básitomaram e que implicações elas ca e ao ensino médio", declara o ór- trouxeram para sua política curgão, que afirma que, em vez de for- ricular e a qualidade de sua edunecer soluções, espera contribuir cação", observa. Paula destaca dois com ideias novas para o debate so- países que devem ser observados bre educação no Brasil (confira nas com atenção: o Chile e a Austrália. págs. 30 e 31 o modelo de oito países de A nação latino-americana (que é destaque da publicação tema da Entrevista do Ministério). desta edição) passou "VALE A PENA Claudia Costin por uma intensa reANALISAR O Q,UE concorda com a iniforma curricular enOUTROS PAISES ciativa e acredita que tre os anos de 1992 o Brasil tem muiESTAO FAZENDO PARA e 1998, com a incluto a aprender olhansão de grupos de reASSEGURAR AV~NÇOS presentantes do exemplos do exde fora NA EDUCAÇAO" terior. "Países que, da educação para decomo o Brasil, unibater o novo currícuversalizaram o aceslo com especialistas so ao ensino fundamental tardiade cada disciplina e representantes mente, começaram a priorizar a de escolas privadas e públicas. Em qualidade na educação, entendida 2009, o país ainda realizou uma recomo em que medida os alunos es- adaptação desse currículo estabetão aprendendo o esperado. Vale a lecido uma década antes, por meio pena analisar o que eles estão fa- de uma consulta focalizada nas eszendo para assegurar avanços no colas e nos professores, para aveaprendizado", considera. Ela ci- riguar a eficácia do currículo. Os ta como exemplos a Finlândia australianos, por sua vez, elaborae o Vietnã. Este último, mesmo ram uma série de documentos com após uma violenta guerra com os base em uma análise iniciada em Estados Unidos, hoje se encontra à julho de 2008, a qual culminou na frente do país norte-americano no criação e na aplicação do Australian ranking do Pisa. "Como a maior Curriculum a partir de fevereiro de parte dos países com bons sistemas 2011. Paula comenta que, nesse peeducacionais, [os vietnamitas] de- ríodo de quase três anos, foram refiniram um bom currículo nacioalizadas três pausas para consultas nal, formaram e certificaram pro- e validações da nova política edufessores, adotaram livros didáticos cacional com os órgãos competencoerentes com o currículo e passates. I ram a monitorar a aprendizagem", diz Claudia. AVALIAÇÕES COMO PARÂMETRO A pesquisadora da USP, Paula É inevitável, hoje, não se apontar Louzano, também defende a ob- as avaliações de larga escala como servação de países estrangeiros. "A medidores de desempenho e tamexperiência internacional pode ser bém definidores de rumos na eduvaliosa, e o que se observa nas recação. Exames nacionais como a formas curriculares é que os paProva Brasil e o Pisa, este em esíses buscam aprender uns com os cala mundial, fornecem aos gesoutros. Isso não significa copiar o tores educacionais um panorama
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amplo, mas ainda assim restritivo, dos sistemas de ensino. Ambas as especialistas conferem a esses exames o valor positivo que eles trazem, mas destacam que não se pode levar em consideração apenas essas avaliações na hora de decidir os planos para a educação. "Elas nos mostram uma foto de como nossas crianças estão lendo e compreendendo textos e resolvendo problemas matemáticos. Não representam tudo o que diz respeito à qualidade da educação, que é mais amplo, mas nos ajudam a localizar parte importante dos problemas", explica Paula. Para Claudia, "o que elas [as avaliações] evidenciam é até que ponto os alunos desenvolveram algumas competências. No caso do Pisa, avalia-se se os alunos sabem ler e interpretar textos, se têm raciocínio matemático e contam com uma mente investigativa. A Prova Brasil avalia competências semelhantes nos 5° e 9° anos do ensino fundamental e no 3° ano do ensino médio. O interessante é que, ao avaliar leitura e interpretação de textos, acaba-se lidando com o repertório cultural do aluno, algo desenvolvido por diferentes disciplinas na escola", analisa a diretora do Banco Mundial. Um país que quase sempre é destaque no âmbito das provas internacionais é a China, que comumente ocupa as primeiras posições em avaliações como o Pisa (a China não participa do Pisa como nação, mas é representada por Xangai 1° lugar no ranking -, Hong Kong, Taipei e Macau). Diante de resultados tão bons e representativos, seria o modelo chinês algo a ser observado e adaptado pelos brasileiros? Segundo Claudia, não. "Não creio que o sistema chinês ou coreano [a Coreia do Sul é sempre bem-ranqueada no Pisa] sejam modelos para o Brasil. O número PARA ASSINAR: www.gestaoeducacional.com.br
tar com aulas e espaços para que o aluno viva a escola além da sala de aula. "Para isso, é fundamental trabalhar, como na educação finlandesa, o protagonismo do aluno, tornando-o progressivamente responsável pelo seu processo educacional e por sua própria vida futura", exemplifica Claudia.
excessivo de horas de estudo, envolvendo muitas vezes, no caso coreano. frequentar cursos privados à noite, leva a gastos excessivos e a sofrimento desnecessário", critica. A especialista, entretanto, faz uma ressalva: "Observe-se que o que está por trás deste esforço não é a busca de resultados no Pisa, mas de sucesso no exame que define o acesso às universidades mais valorizadas".
SISTEMA IDEAL
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Com base em tantos exemplos, co- ~ mo seria um modelo educacional ideal para o Brasil? Tanto Paula Louzano quanto Claudia Costin concordam que esse sistema deveria combater as desigualdades e promover melhores oportunidades para desenvolver o aprendizado de cada aluno. "[Esse modelo] deve ser capaz de diminuir as desigualClaudia Costin, diretora sênior de dades nas oportunidades educacioEducação do Banco Mundial: "Temos nais dos ricos e pobres, dos branque acelerar a transformação" cos e negros e dos estudantes de diferentes regiões brasileiras. Hoje, nosso sistema perpetua a desigualdade. Diminuí-Ias deve ser nosso foco", enfatiza Paula. Claudia, por sua vez, acredita que o Brasil deve "ter um currículo que estabeleça expectativas de aprendizagem, mas que, ao mesmo tempo, possibilite- certa liberdade de escolha do aluno na construção de trajetórias educacionais distintas, dadas certas características individuais (como idade do aluno) e interesses específicos, especialmente paPaula Louzano, pesquisadora da FEra alunos no [ensino] fundamental USP: "A experiência internacional pode 11e no ensino médio". Ela acredita ser valiosa" que os ensinos fundamental e médio devem também passar por uma reforma ampla: o médio deve se libertar do caráter enciclopédico de hoje, que abrange 13 disciplinas e uma infinidade de tópicos abordados em cada uma. O ensino fundamental, por sua vez, deveria conGESTÃO Educacional
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EDUCAÇAO PELO MUNDO Com base no volume Exteriores, veja a seguir
11 da Coleção Mundo um resumo dos modelos
Afora, do educacionais
Ministério das Relações de oito países.
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(130 lugar no Pisa)
Ensino descentralizado Por ser o segundo maior país do mundo em extensão territorial, não existe um ministério único de Educação. A organização das políticas educacionais de cada região depende das 13 jurisdições existentes (10 províncias e três territórios). Isso confere maior autonomia para as escolas poderem fornecer um ensino condizente com a sociedade onde estão inseridas, tanto na questão das disciplinas como também nos conteúdos que serão ensinados nelas. Diferentemente dos países orientais, no Canadá há pouca influência do governo federal na tomada de decisões. Mesmo assim, o abandono escolar nas regiões de comunidades aborígenes é um problema grave para o país.
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"FINlANDIA--(12 0
lugar no Pisa)
O professor em primeiro lugar O sistema de ensino finlandês é muito característico da história e da sociedade do país, mas, se há uma lição que é possível tomar da Finlândia, esta é o comprometimento do governo, da iniciativa privada e da população com o ideal de que a educação é pilar fundamental para o desenvolvimento. Destaca-se também a valorização do professor no país europeu. Não se trata de valorização financeira, mas sim na sociedade, por meio do respeito que a profissão impõe. Além disso, é exigido que todo docente, independentemente de sua área, tenha pelo menos um mestrado. Ao contrário do que se vê em determinadas situações no Brasil, os professores finlandeses ministram aula em apenas um estabelecimento, têm poder de decisão na política e na gestão escolar e são profundamente envolvidos na definição do currículo e no desenvolvimento dos estudantes. 30
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SUIÇA------' (9 lugar no Pisa) Ensino com respeito às diferenças Na Suíça, é notável o engajamento pleno da sociedade (famílias, governo, associações, escolas) na educação, o que, combinado com os elevadíssimos investimentos na área (5% do Produto Interno Bruto - PIB - suíço ou mais de 34,2 bilhões de dólares) e continuados esforços para modernizar e aprimorar o sistema educacional, tornam o país um case de sucesso. Há também forte preocupação com a formação e a remuneração dos docentes. Entretanto, a Suíça sofre com o alto número de estrangeiros, com a divisão do país entre suíços-alemânicos, suíços-remandos (que falam francês) e suíços-italianos, e com a alta porcentagem de analfabetos funcionais (16% do país). Mesmo assim, o sistema busca respeitar tais diferenças étnicas sem prejudicar a qualidade da aprendizagem, ainda que o analfabetismo funcional persista. 0
HOLANDA--------' (100 lugar no Pisa) Um novo tipo de "ensino médio" A educação nos Países Baixos é dividida em três blocos. O primário absorve os alunos dos 4 aos 12 anos; o secundário (12 a 18 anos) é dividido em quatro caminhos diferentes - pré-vocacional júnior (quatro anos dedicados a componentes gerais e vocacionais), vocacional sênior (de seis meses a quatro anos de educação profissionalizante), geral sênior (estudos preparatórios por cinco anos para cursos de universidade de Ciências Aplicadas) e pré-universitário (seis anos destinados ao ingresso em universidades de pesquisa). O terceiro bloco é o universitário. O futuro do aluno de 12 anos é decidido em conjunto por pais, professores e, ainda, com base no resultado de uma prova nacional chamada Cito Test. Escolas públicas e privadas (ligadas a diversas entidades religiosas) recebem financiamento do governo, o que garante um determinado nível de ensino a todos e um multiculturalismo particular ao sistema educacional holandês. PARAASSINAR:www.gestaoeducacional.com.br
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(10 e 3° lugares no Pisa, com Xangai e Hong Kong) Amplo acesso à educação
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O sistema educacional chinês é marcado pelo amplo acesso à educação, com cerca de 206 milhões dê alunos da educação infantil até o ensino médio. O desempenho dos estudantes é reconhecido internacionalmente, destacando-se a capacidade de concentração e memorização dos alunos. Por outro lado, há críticas relacionadas ao fato de as escolas não desenvolverem a criatividade de seus alunos. O governo chinês busca incessantemente ampliar o acesso à educação, principalmente nas regiões rurais e de difícil acesso. Para isso, de 2010 para 2012, o investimento em educação cresceu de 200 para 345 bilhões de dólares por ano. A forte influência do Estado é sentida em todas as instâncias, trazendo vantagens, como a existência de legislação abrangente, voltada para todos os setores e regiões, e desvantagens, como o peso da burocracia e a morosidade ao implementar as reformas na prática.
Devido à ocupação japonesa entre 1910 e 1945, que relegou os coreanos apenas à educação básica, o sistema coreano hoje se baseia no acesso universal ao ensino. A educação também é vista como fator de extrema importância para o sucesso, o desenvolvimento e a felicidade da família, logo os pais despendem quantias enormes na educação de seus filhos. O ensino profissionalizante tem crescido em importância, estabelecendo-se como uma alternativa viável para os alunos. Por outro lado, o governo hoje busca reformular o currículo, enfatizando aulas de redação, leitura, resolução de problemas e incentivo à criatividade e à inovação. Outro obstáculo é a hipercompetitividade, que prejudica alunos com baixo desempenho (o governo oferece políticas de apoio para esses estudantes).
no Pisa) Educação como elemento imprescindível
(INGAPURA (20 lugar no Pisa) Preparo para o mercado de trabalho Exemplo no mundo no ensino de matemática (que enfatiza o uso de gráficos na exposição heurística e na resolução de problemas), Cingapura foca seu sistema educacional no bilinguismo (inglês e outra língua, de acordo com a etnia do aluno - chinês, mal aio ou tâmil) e no ensino de Matemática, Ciências e outras matérias técnicas, a fim de preparar o estudante para o mercado de trabalho. A educação é totalmente financiada pelo Estado. Professores podem se capacitar/reciclar no contraturno de suas aulas, iniciativa presente desde os anos 1950. O grande problema, no entanto, é a falta de criatividade e de pensamento crítico nos alunos, que estudam em período integral desde o começo da vida escolar. As escolas, por sua vez, se veem no meio de uma disputa nacional por bons desempenhos, uma vez que o governo as ranqueia com base em uma prova aplicada na 6a, lOa e l2a séries.
JAPAO --------' W lugar no Pisa) Aprendizagem em todos os momentos e situações Além da busca pelo alto desempenho, as aulas japonesas contam com atividades de socialização, cooperação. desenvolvimento de responsabilidades nos alunos para com a escola e a sociedade e promoção de hábitos saudáveis. Um dos destaques está na política do kyushoku, que prevê uma merenda escolar nutritiva e também promove comportamentos, conscientiza as crianças e fortalece os laços com a comunidade. A refeição não é vista como uma "hora de recreio" - é feita na sala de aula e os alunos se dividem entre organizar e distribuir a merenda e, depois, limpar e reorganizar a sala. O programa envolve também as famOias, que se interessam e buscam replicar os pratos em casa, dando continuidade às ações. G Acesse a publicação l1undo afora: educação básica e ensino médio, do Itamaraty, no link: tinyurl.com/qcvfwao.
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