Out/Nov 2015
A luta contra a privatização da CELG Profissionais, movimentos sindicais, sociais e autoridades políticas se mobilizam para alertar população goiana sobre a privatização da empresa pública. Pág. 04
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Dirigentes do SENGE são eleitos para nova diretoria da FNE
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IX Conse aborda engenharia brasileira e unida pelas suas bandeiras de luta
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Confea e Crea-GO suspendem convênio com entidades causando prejuízos
Retranca Expediente
Órgão de divulgação do Sindicato dos Engenheiros de Goiás
Presidente Gerson Tertuliano Eng. Eletricista primeiro vice-presidente João Batista Tibiriçá Eng. Civil segundo vice-presidente Antônio Augusto Soares Frasca Geólogo primeiro secretário Cláudio Henrique B. Azevedo Eng. Eletricista segundo secretário Edson Melo Filizzola Eng. Civil primeiro tesoureiro José Augusto Lopes dos Santos Eng. Eletricista segundo tesoureiro Caio Antônio de Gusmão Eng. Civil SUPLENTE DIRETORIA Wanderlino T. de Carvalho Geólogo João Dib Filho Eng. Eletricista Ana Maria de Deus Eng. Eletricista Carla Silva Sena Eng. Eletricista Catão Maranhão Filho Eng. Civil José Luiz Barbosa Araújo Eng. Agrônomo Luiz Carlos Carneiro de Oliveira Eng. Eletricista Conselho Fiscal Eduardo James de Moraes Efetivo - Eng. Civil Alexandre Vieira Moura Efetivo - Eng. Civil Eduardo Joaquim de Sousa Efetivo - Eng. Civil Marcelo Emilio Monteiro Suplente - Eng. Agrônomo Harlan Brockes Tayer Suplente - Eng. Químico Marcos Rogério Nunes Suplente - Eng. Agrônomo Representantes junto à FNE Annibal Lacerda Margon Efetivo - Eng. Agrônomo João Soares Safatle Efetivo - Eng. Agrônomo Marcelo Pontes Pereira Suplente - Eng. Civil Antônio Henrique Capuzzo Martins Suplente - Eng. Civil produção Caroline Santana - Jornalista responsável Vinícius Alves - Projeto Gráfico e Diagramação Stylo Gráfica - Impressão
Triênio 2013/2016
Circulação gratuita entre os associados Endereço: Av. Portugal nº 482 Setor Oeste, Goiânia-GO Telefones: 3251-8181 / 3251-8967 Email: senge-go@uol.com.br Site: www.senge-go.org.br Todos os artigos e citações aqui divulgadas são de responsabilidade da Diretoria. As matérias assinadas são de responsabilidades dos autores e não correspondem necessariamente à opinião do Jornal.
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Palavra do presidente
Temos de achar urgente uma sa
S
em medo de errar afirmo que estamos enfrentando a maior crise política já vivenciada pelo Brasil em toda sua história e que contamina todas as demais situações presentes, com destaque para o quadro econômico e a engenharia. Na atual conjuntura, quem poderia destituir o Governo, e o Congresso: os militares? Pouco provável, pois o atual avanço da democracia poderia fazer frente à esta possível alternativa de golpe. Como limpar o País e recomeçar? Seria preciso destituir quase a totalidade de nossos políticos e gestores e ainda se fazer uma grande faxina. Quem comandaria esta ação? Poderia ser o povo brasileiro, mas no momento faltam líderes que possam tornar isto possível. Chego quase a concordar com uma matéria que li em um periódico de um dos grandes economistas do plano real, do André Lara Rezende que defendeu em aula proferida na Universidade de Columbia não um perdão consciente, mas uma trégua aos atuais atos de corrupção que permitiria a superação da crise política hoje praticamente sem solução e voltar o Brasil para sua rota de estabilidade política e econômica. Analisando os ditos grandes partidos, embora participando do governo e tendo a vice-presidência e a presidência das duas casas legislativas, setores do PMDB articulam antecipar a convenção nacional de março do próximo ano, e realizar uma reunião extraordinária para indicarem o desembarque do governo, e que somente não ocorreu porque o vice-presidente da República e também presidente nacional da sigla tem barrado esta ação. Se esta saída da base for anunciada, o governo perderá sua principal base de sustentação e assim perderia também sua capacidade de aprovar qualquer tipo de projeto no congresso. O PMDB também monta pautas bomba e trava a governabilidade, de tal sorte que, sem saída, o governo rende-se a cada dia a um jogo político de pressão por cargos sem nenhum projeto de solução dos
graves problemas sejam ele de ordem ética, organizacional, financeira ou mesmo moral. A oposição liderada pelo candidato que foi derrotado nas urnas, ainda não se conscientizou que as eleições terminaram e continua naquele bordão de fazer denúncias em cima de denúncias, mas não apresenta uma saída possível de construção ou mesmo de reconstrução, a não ser a insistência na tese do impedimento da presidente, tudo que for feito pelo governo será combatido na sanha de destruir seu maior rival, o PT, não importa o que esteja acontecendo com o País. Já o PT vai defender a presidente em nome do quê? Não se vislumbra nada de concreto na solução política, pois se admite que haverá déficit, e faltará dinheiro para fechar as contas em 2015. O rombo ficará na faixa de -0,5% a -0,85% do PIB. O buraco total, na previsão mais provável, equivale a R$ 49,9 bilhões. A oficialização do percentual tem potencial para produzir um abalo nos mercados financeiros. Para piorar indica um ajuste fiscal que mais traz recessão e impopularidade do que solução a curto e médio prazo com finalidade exclusiva de se ajustar o caixa e gerar excedente para ser um bom pagador de dívida de especuladores. Como dito por Maquiavel, deve-se considerar que não há coisa mais difícil de tratar, nem mais incerta de obter nem mais difícil de manejar, do que tornar-se governante sem uma base sólida, e introduzir novas leis ou ajustes, pois terá como inimigo, todos os que se beneficiaram das antigas leis e como defensores tíbios, todos os que acreditam nas novas leis e planos. Nem mesmo no partido do governo se tem consenso de que o ajuste é a medida correta. Dentro deste ambiente de total discórdia e desarranjo geral, vemos nosso País ir para a bancarrota, os escândalos de corrupção como da operação Lava Jato não acabam, a cada semana inicia uma nova fase e uma nova desilusão com implicações devastadoras na política e na economia, e é preciso que esta operação termine, pois não pode se arrastar por tanto tempo causando tanto estrago. Nossa indústria está se desfazendo, nos-
Eleição FNE
ída para o Brasil sas empresas de engenharia cada vez mais fragilizadas e sem caminho para trilhar novamente e as perspectivas de crescimento caem dia a dia, e já sinalizam um PIB de menos 3%, os postos de emprego, sobretudo os de engenharia estão sendo fechados já com um índice de desemprego alarmante. O ódio cada vez mais tomando conta das discussões políticas e a animosidade entre pessoas até a pouco amigos e parceiros chegando a limiares de esquizofrenia que vão nos levar para onde? Com certeza a mais fundo num poço que já não se vislumbra o fim. Não é que tenhamos de nos abster da situação política, mas é preciso que os Engenheiros, os Empresários, a indústria e todos aqueles que de forma direta são responsáveis pelo desenvolvimento que se descolem desta política e politicagem reinante, recobrem um pouco do otimismo e se coloquem na posição de independência deste estado lastimável de desilusão e pessimismo e voltem a promulgar seu otimismo, para principalmente na construção civil, importante pilar do desenvolvimento recuperar a credibilidade dos investidores e poder vender seus empreendimentos, sob pena de irmos para um buraco sem saída. É preciso que coloquemos nossa imaginação para funcionar e passemos a ‘engenheirar’ uma saída para que a nação brasileira volte a ser a nossa pátria amada BRASIL. Uma mudança sempre cria a base para uma mudança sucessiva melhor, e é isto que o povo espera de nós. Viva a engenharia e viva o Brasil!
Dirigentes do SENGE-GO foram eleitos para compor nova diretoria da FNE A eleição aconteceu no dia 7 de outubro em Campo Grande (MS) e teve recondução ao cargo de presidente, Murilo Celso de Campos Pinheiro
A
nova diretoria da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) para o triênio 2016/2019 foi eleita no dia 07 de outubro, na realização do IX Conse, em Campo Grande (MS) com 230 votantes. O presidente do SENGE-GO, Gerson Tertuliano continua no cargo como diretor regional Centro-Oeste. Também compõe a nova gestão da diretoria que iniciará seu
Representantes dos 18 sindicatos filiados à FNE definiram assim a diretoria eleita. Confira abaixo: Presidente
Edson Kiyoshi Shimabukuro
Vice-presidente
Diretor Representante na Confederação - titular
Carlos Bastos Abraham Diretor Administrativo
Manuel José Menezes Vieira Diretor Administrativo Adjunto
Disneys Pinto da Silva Diretor Financeiro
Antonio Florentino de Souza Filho Diretor Financeiro Adjunto
Diretor de Relações Internas
José Luiz Bortoli de Azambuja Diretor Operacional
Flávio José Albergaria de Oliveira Brízida Diretor de Relações Institucionais
Thereza Neumann Santos de Freitas Diretor Regional Norte
Maria Odinéa Melo Santos Ribeiro Diretor Regional Nordeste
Modesto Ferreira dos Santos Filho Diretor Regional Sudeste
Presidente do Senge-GO e Engenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho
Diretor Regional Sul
Murilo Celso de Campos Pinheiro
Luiz Benedito de Lima Neto
Gerson Tertuliano
mandato em março de 2016, o diretor do SENGE, Cláudio Henrique Bezerra Azevedo como conselheiro fiscal suplente. O pleito reconduziu ao cargo de presidente da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro. A chapa única garantiu 217 votos num total de 230 com 6 nulos e 7 em branco. Representantes dos 18 sindicatos filiados à Federação definiram assim a diretoria eleita, confira a seguir:
Clarice Maria de Aquino Soraggi Diretor Regional Centro-Oeste
Gerson Tertuliano
Sebastião Aguiar da Fonseca Dias
Diretor Representante na Confederação suplente
Wissler Botelho Barroso
Diretor Departamento de Relações Internacionais
Francisco Wolney Costa da Silva
Diretor Departamento Relações Acadêmicas
José Ailton Ferreira Pacheco
Diretor Depart. Negociações Coletivas Nacionais
Tadeu Ubirajara Moreira Rodriguez
Diretor Depart. de Assuntos do Exercício Profissional
Maria de Fátima Ribeiro Có
Conselheiro Fiscal efetivo
Antônio Ciro Bovo
Conselheiro Fiscal – efetivo
José Carlos Ferreira Rauen
Conselheiro Fiscal – efetivo
Lincolin Silva Américo
Conselheiro Fiscal – suplente
Celso Atienza
Conselheiro Fiscal – suplente
Cláudio Henrique Bezerra Azevedo
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*Histórico em defesa da CELG
*Com informações do STIUEG
à privatização da CELG Entenda o processo histórico de luta dos profissionais, movimentos sindicais, sociais e autoridades políticas em alertar a população sobre a privatização da empresa pública 13 de maio de 2015 A CELG D fica incluída no Programa Nacional de Desestização - PND, para os fins da Lei nº 9.141, de 9 de setembro de 1997.
18 de maio de 2015 O representante dos empregados no Conselho de Administração da CELG Par, Wagner Alves Vilela apresenta a prestação de contas do seu trabalho com retrospectiva de fatos, opiniões, inclusive os relatados pelas mídias/ O diretor do STIUEG, Heliomar Palhares Pedrosa expõe contribuições acerca da ação para combater a privatização da empresa.
19 de maio de 2015 Diretoria do STIUEG se reúne com o deputado José Nelto (PMDB) para falar sobre a privatização/ Audiência Pública marcada para o dia 08 de junho na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás.
27 de maio de 2015 Marcada Paralisação Geral para acontecer no dia 29 de maio, às 09h na Praça do Bandeirante.
08 de junho de 2015 Audiência Pública realizada por iniciativa do deputado estadual José Nelto realizada na Assembleia com auditório lotado e debate sobre a CELG/ A mesa foi composta por nomes importantes como o do promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás, Fernando Krebs, deputado federal Rubens Otoni (PT), vereador Paulo Magalhães (SDD), representante dos trabalhadores do Conselho de Administração da Companhia CELG de Participações, Wagner Alves Vilela Júnior e o segundo diretor administrativo do STIUEG, Heliomar Palhares Pedrosa.
02 de junho de 2015 Comissão formada por trabalhadores da CELG e pelo STIEG se reúne com o Deputado Federal Rubens Otoni (PT)/ Feito o convite para ele participar da audiência.
09 de junho de 2015 A Comissão de Apoio Parlamentar contra a Privatização da CELG D, esteve presente na Sessão Ordinária na Câmara de Vereadores de Goiânia, a convite do vereador Paulo Magalhães. Na ocasião o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da CELG, Wagner Alves, mostrou que, em anos anteriores, a CELG foi considerada uma das melhores prestadoras de serviço na área de energia do Brasil, e que a privatização não é garantia de melhoria na prestação dos serviços.
22 de junho de 2015 Ato contra a privatização com participação de 400 trabalhadores, movimentos sindicais, sociais e autoridades políticas na porta da CELG.
04 de julho de 2015 O STIUEG participou do Congresso do Movimento Terra Livre, que aderiu a luta contra a privatização da CELG.
06 de julho de 2015 Integrantes do Movimento Terra livre ocuparam a sede da empresa, reivindicando a retomada do programa ‘Luz para Todos’ fortalecendo a luta contra a privatização do setor elétrico.
A mobilização é de interesse público por identificar a CELG como dos goianos e considerada a joia de todos e a campanha definida assim “CELG - Contra a venda da maior joia dos goianos/ Privatizou, piorou, encareceu” pretende alertar a população e a defender o patrimônio 04
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02 de outubro Ato Público realizado na Praça do Bandeirante com trabalhadores da CELG e Petrobrás contra a privatização.
06 de outubro Audiência Pública sobre Privatização da CELG D, às 09h, no Senado Federal Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa em Brasília/ O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), apoiado por Paulo Paim (PT-RS), e Lindbergh Farias (PTRJ) apresentou emenda à Medida Provisória (MP) 693/2015 para retirada da CELG do Programa Nacional de Desestatização (PND).
28 de setembro Visita de 100 companheiros que lotaram duas salas do Senado para acompanhar audiência da Comissão Mista que analisa a Medida Provisória 677/2015, que trata da expansão do sistema elétrico no Nordeste e traz emenda para converter a dívida da estatal goiana com Itaipu de dólar para a taxa Selic.
15 de setembro Ato Público em Defesa da CELG com abraço simbólico na empresa e participação de cerca de 1000 pessoas.
03 de setembro Reunião em Brasília com o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto. A reunião contou com a presença de membros da Comissão do Movimento em Defesa da CELG, do Deputado Federal Rubens Otoni e do presidente da CUT-Goiás, Mauro Rubem.
01 de setembro Nota Pública contra a privatização da CELG D divulgada no jornal Diário da Manhã.
30 de julho de 2015 Movimento Nacional em Defesa do Sistema Elétrico Brasileiro com concentração às 10h na Praça do Bandeirante e passeata até a CELG, no Jardim Goiás.
13 de outubro Divulgação da panfletagem que vem sendo feita desde o início do mês de setembro para alertar a sociedade sobre a CELG pública e o quanto a privatização não é garantia de melhoria na prestação dos serviços.
15 de outubro Dirigentes do STIUEG e a Comissão em Defesa da CELG Pública presentes em Brasília com o Deputado Federal Chico Alencar (PSOL/RJ).
19 de outubro Discutida sobre a privatização da CELG em reunião setorial da SANEAGO com previsão de ato público em defesa da luta para o início de novembro
Jogo Rápido DIEESE e seus 60 anos Foi realizada no dia 29 de setembro, às 20h, uma Sessão Especial em Homenagem aos 60 anos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), no plenário Getulino Artiaga Lima, na Assembleia Legislativa de Goiás. Iniciativa da deputada Isaura Lemos que é presidenta estadual do PCdoB em Goiás, ela disse que o DIEESE contribuiu para que o movimento sindical brasileiro construísse sua história na defesa dos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras. Na ocasião, a funcionária da instituição, economista Leila Rezende Brito foi homenageada com a Medalha Pedro Ludovico Teixeira. O Dieese foi fundado em 1955 para desenvolver pesquisas que fundamentassem as reivindicações dos trabalhadores. Segundo informações do próprio Departamento, a instituição atua nas áreas de assessoria, pesquisa e educação com orientações voltadas para emprego, renda, negociação coletiva, desenvolvimento e políticas públicas.
Trabalhadores da CELG e Petrobrás contra a privatização
No dia 02 de outubro, a Praça do Bandeirante esteve movimentada com o Ato Público a favor da CELG e da Petrobrás contra a privatização. Trabalhadores das empresas, representantes dos Sindicatos e Movimentos Soc iais participaram contribuindo com a discussão. Na ocasião, o presidente do SEN GE-GO, Gerson Tertuliano disse que o discurs o agora não é voltado somente para os engenheiros e engenheiras, mas para o povo brasileiro. “Temos que salvar a CELG, a Petrobrás e todas as empresa s de Engenharia, inclusive a Saneago também. Lembrando que a privatização vem desde o govern o FHC, e estamos na defesa do patrimônio público .” O diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG), João Maria de Oliveira disse que o ato além de ser muito importante mostra que a cate goria está mobilizada e disposta a lutar pela empresa . “Precisamos conscientizar a pop ulação quanto ao problema que está cada vez mai s amplo porém com o apoio à nossa causa pod emos reverter os processos de sucateamento e privatização das empresas públicas do setor elét rico nacional começando pela primeira que é a CELG,” declarou.
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IX Conse
Conse aborda engenharia brasileira e unida pelas suas bandeiras de luta Realizado de 5 a 7 de outubro, em Campo Grande (MS), o Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse) que acontece a cada três anos discutiu valorização profissional da categoria, assim como propostas para o desenvolvimento sustentável nacional através de atividades, palestras e painéis
O
marco na realização da área de Engenharia se estabeleceu no Centro-Oeste em forma de Congresso que discutiu durante três dias o desenvolvimento nacional e a valorização profissional. O Conse reuniu engenheiros e acadêmicos numa atividade da entidade nacional com o objetivo de discutir a agenda política em defesa da valorização dos profissionais, assim como pautas de ordem nacional e regional que abordaram os desafios, oportunidades e soluções nas áreas de agronegócio, água e energia, mobilidade urbana e valorização da categoria. Após abertura na Câmara Municipal dos Vereadores de Campo Grande com banda de música, a presença de representantes dos 18 sindicatos filiados à FNE, o presidente do SENGE-MS, Edson Shimabukuro recebeu a todos de braços abertos agradecendo a presença de cada um retratando a Engenharia como uma das áreas que mais cresce no país e que todo desenvolvimento e progresso depende dela. O evento ainda contou com a presença do presidente da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro e o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja agradecendo pela participação e aspectos positivos
da região escolhida para a discussão do setor tecnológico e do conjunto da sociedade. No primeiro dia a programação voltada para o painel I “Desenvolvimento nacional Agronegócio e indústria em pauta: desafios e oportunidades” contou com as presenças do secretário nacional de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Caio Tibério Dornelles da Rocha, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck; secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Arnaldo Jardim, o diretor executivo de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldyr Stumpf Junior, coordenador de Estudos Pós-graduados em Economia Política da PUC-SP, Antonio Corrêa de Lacerda, o presidente da Associação de Engenheiros Agrônomos de Mato Grosso do Sul, Renato Roscoe, e o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), José Roberto Bernasconi. A principal abordagem foi de que sem engenheiros não se elabora desenvolvimento e com os desafios vividos e enormes pela frente, o crescimento só acontecerá através da eco-
Serviços oferecidos pelo Senge Atendimento Odontológico (Local: Sede do Sindicato) Adultos: Atendimento às terças e quintas-feiras, (Clínico Geral) mediante agendamento prévio com Idália Neves pelo telefone: (62) 3251-8181 Crianças e adolescentes de 0 a 17 (Prevenção odontológica): Atendimento todos os dias, mediante agendamento prévio com Idália Neves pelo telefone: (62) 3251-8181
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nomia. O problema mundial de água, a diversidade cultural, do solo, clima, sistemas produtivos, integração da lavoura e a irrigação na área do agronegócio foram pontos estratégicos compostos pela mesa em discussão. Já no segundo dia de congresso, o potencial foi para o II Painel “Água e Energia” como pauta diária de toda a sociedade na busca pela qualidade, quantidade, recursos e estratégia do país. O presidente do SENGE-GO, Gerson Tertuliano compôs mesa diretiva dos trabalhos pela manhã e provocou a platéia com a abordagem feita na explicação do Cerrado, bioma que se encontra devastado e a captação de água. Após todo o debate com os palestrantes, Tertuliano também frisou sobre a luta contra a privatização da empresa pública CELG em Goiás chamando a todos para a reflexão introduzindo aos espectadores a pergunta: “A empresa privada tem tanta capacidade assim?”. Ele também lembrou os 60 anos da CELG, sua história e dos trabalhadores em manter a empresa com qualidade e eficiência profissional, além do endividamento do governo do Estado de Goiás. No dia 7 foi realizada assembleia e a eleição da diretoria da FNE finalizando as atividades do IX Conse. Leia a Carta de Campo Grande em nosso site.
Assistência Jurídica Trabalhista e Previdenciária (Local: Sede do Sindicato) Marcar horário antecipadamente pelo telefone: (62) 3251-8181 Convênios com desconto Especialidades Odontológicas, Médicos, Clínicas, Terapia Cognitiva Comportamental e Laboratórios Plano de Saúde Unimed Oferecemos plano de saúde da Unimed com condições exclusivas para os sindicalizados e seus dependentes. Informe-se: (62) 3251-8181
*Os atendimentos serão realizados com tabela própria
SENGE Jovem
FNE e SENGE-MS
Intenção do SENGE Jovem foi se apresentar aos demais acadêmicos do Brasil e criar um elo próspero segundo seu presidente, Luca Gontijo
SENGE Jovem Goiás se reúne com lideranças acadêmicas no IX Conse
O
ART!
IX Congresso Nacional dos Engenheiros - Conse aconteceu de 5 a 7 de outubro em Campo Grande, e no segundo dia, 6, membros do SENGE Jovem se reuniram com acadêmicos de várias regiões do Brasil. Ao dar início à reunião no espaço do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Mato do Sul (Crea-MS), Luca Gontijo que está à frente como presidente disse que além de coordenar o SENGE Jovem quer que ele seja referência nacional. “Com a experiência que tenho desde o Crea Jr, meus colegas e eu conseguimos sistematizar o nosso programa e ser aprovado pela diretoria do SENGE,” relata. O vice-presidente do projeto, acadêmico de Engenharia Ambiental e Sanitária da UFG, Áquila Silva Levindo que estava com o uniforme do SENGE Jovem confeccionado exclusivamente para seus membros priorizou a crença no movimento sindical e falou o quanto antes se engajarem será melhor. “Nós somos o núcleo jovem hoje e daqui 20 anos seremos o SENGE. Portanto é interessante louvar todas essas ações aos jovens engenheiros. Uma amostra do que já estamos realizando é o curso Canvas que aconteceu em setembro no sindicato com o intuito de aprimorar a nossa carreira e preparar novos
membros,” citou o vice-presidente, Levindo. Ao apresentar o regimento que norteia as atividades do projeto, Gontijo explicou que eles primeiro pensaram na construção da entidade visual criando as logomarcas, depois a padronização do uniforme, utilização da pasta executiva, crachá de identificação e carteirinha de filiado, bem como o sorteio de uma calculadora HP 50g no final de todo evento participado por meio da aplicação do quiz eletrônico que fica disponível no Stand do SENGE JOVEM GOIÁS. “Corre sangue nas minhas veias pelo movimento sindical, temos um respaldo jurídico com nossas ações e guiado pela diretoria e pelo nosso trabalho em novembro faremos o lançamento do projeto SENGE Jovem para a sociedade com coquetel e a palestra do renomado, Ênio Padilha,” afirmou ele. O diretor de Relações Acadêmicas da FNE, Cláudio Henrique Bezerra Azevedo e também diretor do SENGE-GO orientou a reunião introduzindo o foco sendo dos sindicatos. “Nós brigamos pelas questões profissionais, temos estatuto e um grau de organização, por isso, vim dar um apoio institucional para vocês,” garantiu. Após avaliar as diferenças entre sindicato e a autarquia, Azevedo solicitou a força de cada um cen-
tralizando no Luca e na coordenadora do Núcleo Jovem Engenheiro, Marcellie Desssimoni, propostas para serem levadas à FNE. “É uma felicidade ter vocês aqui no Conse e vejo nos olhos de cada um a vibração sindical. E nunca se esqueçam que somos uma entidade política,” lembrou o diretor. O conselheiro do SENGE no Crea-GO, Aldo Muro Junior orientou os acadêmicos abordando bem a diferença sobre o que significa o sindicato e uma autarquia, sobre a carreira de estado de engenheiro, o trabalho com entes políticos, os cursos e como poderiam trazer as pessoas para o sindicato. “Os meninos do SENGE Jovem Goiás estão muito organizados. E meu conselho é que se voltem sempre para a educação trabalhando na Academia essa visão do sindicato com uma diferenciação e que podem contar conosco,” finalizou. A diretora de Relações Institucionais da FNE, Thereza Neumann, do Ceará, presente na ação relatou sobre a presença da mulher na Federação após 69 anos e que os acadêmicos além de oxigenar o sistema com mudanças precisam aproveitar para mudar as visões de todos. O presidente da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro esteve com os jovens expressou sua motivação pedindo união e força para a moçada segundo suas próprias palavras.
Não deixe de anotar o nome do SENGE-GO na Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), no campo “Entidade de Classe”. É uma contribuição indispensável para o combate do exercício ilegal da profissão e uma importante receita para a nossa entidade manter todos os serviços prestados aos associados. Portanto não esqueça de preenchê-la, lembrando que os profissionais não sindicalizados também devem fazer a anotação. www.senge-go.org.br
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artigo José Luiz Barbosa de Araújo Engenheiro Agrônomo e Diretor do SENGE-GO
Profissão de Ecólogo e Agroecólogo: Conselho X Anotação de Responsabilidade Técnica
T
ramitam no Congresso Nacional, os projetos de Lei n° 5246/2009 e 531/2015, do Deputado Antônio Carlos M. Thame e do Senador Cássio Cunha Lima, respectivamente que poderão prejudicar a carreira dos agrônomos. Ecologia é a ciência que estuda as interações dos seres vivos entre si e o seu meio físico. No Brasil, foram criados cursos de nível superior para graduação de ecólogos, profissionais especializados no estudo da ecologia, cujo conteúdo científico é interdisciplinar, voltado para interação e integração de disciplinas científicas biológicas, exatas, sociais e estudos econômicos aplicados. Agroecologia é a ciência que se destina à preservação dos recursos naturais, segurança alimentar no processo de produção, direcionada ao uso dos recursos de maneira sustentável e humanizada. O senador Cássio justifica que precisamos retirar da informa-
lidade grande parte destes trabalhadores que não tem seus direitos trabalhistas e previdenciários reconhecidos em função da profissão ainda não ter sido regulamentada. Segundo a legislação em vigor, todo contrato, escrito ou verbal, para execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à engenharia e a agronomia fica sujeito à “Anotação de Responsabilidade Técnica”(ART). Para fazer a ART, ele precisa estar registrado em um conselho. Diante desta situação, multidisciplinar, para qual conselho estes profissionais vão fazer sua opção de registro? Ao contrário de outras especializações profissionais, até a presente data, tanto os ecólogos, como os agroecólogos, não obtiveram êxito no reconhecimento de suas profissões com a devida autonomia. Outras tentativas já esbarraram no veto aposto pelo ex-presidente Lula (Projeto de Lei n°
591/2003). Na verdade, existe uma lacuna legislativa ao não se autorizar o livre trabalho, ofício ou profissão, (artigo 5° da Constituição), porém é preciso observar que outros profissões já reconhecidas e regulamentadas, desempenham estas funções com conhecimento técnico moderno respeitando o ambiente, para alcançar a equidade sustentável ecológica a agroecológica do sistema.
Palestra Diretor do SENGE
Diretor do SENGE-GO ministra palestra promovida pelo TRT
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m dois dias de atividades, participantes puderam conferir a realização do 3º Seminário que discutiu riscos laborais, NR-12, suspensão de benefícios previdenciários e perícias médicas, no auditório do Fórum Trabalhista de Goiânia. No dia 24 de setembro foram realizadas três palestras técnicas. Já no dia 25 de setembro, foi a vez do diretor do SENGE-GO, conselheiro no Crea-GO, engenheiro agrônomo e perito, Marcelo Emí-
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lio Monteiro que ministrou sua palestra “A inspeção do trabalho: a nova NR-12 da Portaria nº 3214/74” iniciando com sua apresentação e seguindo com explicações do Dr. Rinaldo Marinho Costa Lima que é do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A programação contou com contribuições riquíssimas e voltadas para a saúde do trabalhador, prevenção de acidentes do trabalho e ação regressiva decorrente de acidente do trabalho.
Piso salarial SENGE recebe vereador Paulo Magalhães para reafirmar apoio ao piso salarial de engenheiros e arquitetos Encontro foi para reforçar sobre o piso salarial dos servidores da Prefeitura de Goiânia
O
presidente do SENGE, Gerson Tertuliano se reuniu com o vereador Paulo Magalhães na sede do Sindicato no dia 01 de outubro, para agradecer o empenho do político em razão do auxílio aos engenheiros e arquitetos da Prefeitura. Na ocasião, Tertuliano disse que o SENGE e a Associação dos Engenheiros e Arquitetos da Prefeitura de Goiânia (AEAP) estão se mobilizando pelo
piso salarial dos servidores com ações efetivas e direcionadas. Os diretores do SENGE, Alexandre Moura e Catão Maranhão, e a arquiteta Cristiane Nóbrega também estiveram presentes na reunião reforçando sobre a agilidade no processo. O diretor Catão ainda informou que no dia 19 de outubro saiu o decreto Nº 2606 do Prefeito de Goiânia, Paulo Garcia instituindo a Comissão Especial de Traba-
lho que irá promover o desenvolvimento de estudos, visando a criação do plano de carreira para os profissionais de engenharia, arquitetura e tecnólogos. “Agora existe uma comissão oficial para discutir e implementar o plano. Acredito que com o apoio de todos os envolvidos no processo poderemos enfim conseguir o almejado plano. Mas ainda existe muito trabalho a ser feito e teremos que ser bem mais participativos, atentos e vigilantes durante a atividade em curso,” alertou o diretor do SENGE. Os representantes da entidade serão o engenheiro civil, Alexandre Moura e a advogada Sheirla Moraes com a primeira reunião realizada no dia 22 de outubro.
17º Conest
Inscrições abertas para o 17º Conest Congresso Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho promoverá discussão de alto nível e relevância para os profissionais que atuam no setor ou pretendem atuar
S
ob a temática “Uma nova engenharia de segurança para todos os trabalhadores”, o 17º Conest será realizado de 12 a 14 de novembro, no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO). As inscrições estão no valor de R$120,00 e os (as) interessados (as) podem se inscrever pelo acesso ao site do congresso: http://maisca-
pacitacao.org.br/conest/ ou através do sítio do SENGE-GO. A programação voltada para engenheiros de segurança do trabalho de todo o país, profissionais da Engenharia, técnicos em segurança do trabalho, médicos e enfermeiros do trabalho se inicia às 08h, do dia 12 de novembro, e terá minicursos, painéis, e aprovação da Carta de Goiânia. Pautas de assuntos técni-
cos, políticos do setor, questões organizacionais e a modernização da formação do Engenheiro de Segurança do Trabalho são pontos a serem discutidos nos três dias de Conest. O evento conta com a parceria do CreaGO, a Associação Goiana de Engenharia de segurança do Trabalho (AGEST) e a Associação Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho (ANEST). www.senge-go.org.br
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Suspensão de Convênio
Confea e Crea-GO suspendem convênio com entidades causando sérios prejuízos A suspensão do convênio de Mútua Cooperação regido pela Resolução 1053/2014 do Confea altera os recursos utilizados pelo SENGE principalmente pela informação de suas atividades, mobilização dos trabalhadores e o diálogo social, requisito da democracia e da classe trabalhadora
É
do conhecimento de todos que uma entidade, principalmente sindical necessita de recursos financeiros os quais são essenciais para garantir a defesa sindical da categoria que além de garantir autonomia interna possibilita condições para se manter organizada. Porém, no dia 14 de outubro, o presidente do Crea-GO divulgou um ofício comunicando ao SENGE-GO a suspensão do repasse de recursos financeiros para a
entidade de classe até o dia 30 de novembro de 2015. De acordo com a autarquia, a interrupção do repasse resulta da suspensão da Resolução nº 1053/2014, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) que dispõem sobre concessão de recursos para medidas que objetivem o aperfeiçoamento técnico, científico, de inovação e cultural pelo Sistema Confea/Crea e sobre a concessão de recursos para as entidades de classe que objetivem apoiar ações de fiscali-
zação e valorização profissional. O assunto foi apresentado em reunião de diretoria no SENGE-GO no dia 15 de outubro visando a busca de soluções para o problema já que o Sindicato necessita do recurso para se organizar com qualidade. O presidente do SENGE-GO, Gerson Tertuliano convocou os conselheiros da entidade para que pudessem abrir a pauta de discussão na plenária realizada no último dia 19 de outubro no Crea-GO.
MBA
Parceria entre SENGE-GO e ASES promove MBA em Sistemas de Abastecimento de Água Cumprindo mais uma das suas funções como sindicato, a parceria chega para firmar o posicionamento do profissional em destaque no mercado de trabalho com aprofundamento do seu estudo e conhecimento
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Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás (SENGE-GO) realizou parceria com a Associação dos Engenheiros da Saneago (ASES) para a execução do MBA em Sistemas de Abastecimento de Água. Voltado para as áreas de Engenharia, Biologia, Química e afins, o curso apresenta uma carga horária de 408 h/a que se iniciarão no dia 04 de dezembro de 2015 com coordenação do engenheiro civil, especialista
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Revista Senge | Outubro/Novembro 2015
em Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos e Líquidos, mestre em Engenharia do Meio Ambiente na área de concentração em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, Fabrício Ribeiro. A especialização será realizada pela ASES com contribuição do Instituto de PósGraduação (IPOG). Mais informações pelos telefones: (62) 3945-5050 ou 8152-3052 ou e-mails: pedro.pires@ipog.edu.br ou ases@ saneago.com.br.
Homenagem Engenheiro Agrônomo/AEAGO
“A Associação foi a semente que hoje é o sindicato,” diz Juscelino Borges Carneiro O engenheiro agrônomo, entrevistado especial do SENGEGO em homenagem aos 50 anos da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Goiás (AEAGO) e em razão do Dia do Engenheiro Agrônomo, celebrado no dia 12 de outubro conta um pouco de sua atuação em sessão nostálgica
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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) explica que semente é a estrutura dos vegetais que conduz o embrião, envolvida quase sempre por um tegumento, casca. Durante uma sessão nostálgica com informativos, fotografias e certificados vivenciada no dia 01 de outubro e com a entrevista realizada pelo SENGE, por intermédio do seu diretor, engenheiro agrônomo Annibal
Lacerda Margon, com uma figura histórica da Agronomia podemos dizer que o Juscelino é mais que a representação de uma semente, ele deduz aos frutos dessa bela colheita que é a área envolvida. Como toda associação, sindicato, entidade tem sua história, Carneiro trouxe um pouco das lembranças vividas como conselheiro do Crea-GO, presidente da AEAGO e até como vice-presidente do SENGE-GO, na gestão de Bolívar Gonçalves de Siqueira que foi presidente de 1977 a 1980. “Naquele tempo não se criava o sindicato direto. Criava associação. E para cumprir a lei surgiu a Associação dos Engenheiros Civis e Agrônomos. E a Associação foi a semente que hoje é o Sindicato,” disse o engenheiro. Em um descontraído momento saudosista, o engenheiro trouxe informações de quando foi presidente da AEAGO de 1971 a 1975 mostrando reuniões, encontros, congressos e um pouco da antiga Federação das Associações de Engenheiros Agrônomos do Brasil (FAEAB) que atualmente é a Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (CONFEAB).
Criada em maio de 1999, a CONFEAB tem por finalidades, congregar e representar no âmbito nacional e internacional, os engenheiros agrônomos e as entidades de engenheiros agrônomos, filiadas de cada Estado, Território e Distrito federal, promover a valorização profissional e propugnar pela elevação do nível cultural, social e técnico do engenheiro agrônomo e da população brasileira com amplitude que lhe confere sua condição de entidade privada, com atuação livre, quer no âmbito da categoria, quer no âmbito político. Questionado sobre as dificuldades enfrentadas em seu cargo como presidente, Juscelino disse que ao mesmo tempo que as encontrava, as facilidades também apareciam. “Uma das principais dificuldades era convencer os profissionais congregarem às associações e a comunicação entre profissionais do interior pela falta de telefone. Porém, as facilidades também se apresentavam com um número limitado de engenheiros, então, acabávamos conhecendo um por um,” garante. Leia a entrevista na íntegra no site: www.senge-go.org.br
FNE Retrato de um ciclo virtuoso e um chamado à luta Murilo Celso de Campos Pinheiro
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“Perfil ocupacional dos profissionais da engenharia no Brasil”, elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) a pedido da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), aponta a clara relação entre aquecimento da atividade econômica e oportunidades para os engenheiros. Desenvolvido a partir de dados fornecidos pelos empregadores ao Ministério do Trabalho e Emprego, o estudo mostra crescimento de 87,4% nos empregos formais entre 2003 e 2013. Ou seja, o salto de 127,1 mil para 273,7 mil postos com carteira assinada no País. A década observada é exatamente o período de maiores investimentos públicos e privados e de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), conforme propunha o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. Ou seja, a partir do estímulo à produção, ao incremento da infraestrutura nacional, da oferta de crédito e de políticas de distribuição de renda, o País pôde prosperar e isso se refletiu diretamente no emprego da categoria. Temos assim na publicação, lançada no mês outubro, o retrato de um ciclo virtuoso, que lamentavelmente tem sido deixado para trás. Embora não estivessem disponíveis os dados detalhados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2014 quando da elaboração do estudo, já era possível identificar uma relação desfavorável entre as contratações e demissões de engenheiros,
com saldo negativo de 3.148 no ano passado. Precisamente quando se interrompeu um projeto de desenvolvimento, ainda que precariamente coordenado. As informações reunidas no “Perfil” devem nos guiar de duas formas. Uma é que chama atenção a posição conquistada pela engenharia ao longo de uma década, após amargar cerca de 25 anos de ostracismo. A
segunda é que devemos lutar para evitar que a profissão perca o protagonismo alcançado. É responsabilidade da engenharia unida oferecer saídas à crise econômica enfrentada pelo País e fazer ver aos nossos governantes, parlamentares e líderes empresariais que a solução está no desenvolvimento, na produção e no apoio à inovação e à produtividade. É preciso ousar construir uma nação justa, soberana e desenvolvida. A engenharia tem papel central nesse desafio. Murilo Celso de Campos Pinheiro Presidente da FNE e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU)
FILIADA A
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