Autorizado a funcionar de acordo com a Carta Sindical de 10 de dezembro de 1976
I n f o rmat i v o
#Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás #MAIO 2014
acesse: www.senge-go.org.br
Um retrato da atual situação energética em Goiás Presidente da Celgpar, José Fernando Navarrete Pena abordou principais assuntos envolvendo a crise do setor energético destacando como diferencial para superá-la, principalmente a questão dos investimentos. Pág. 04 e 05
Parceria entre Senge e Mútua beneficia associados
Filiado do sindicato realiza curso na Celg
As duas entidades celebraram convênio que beneficia seus filiados ao acesso gratuito às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) facilitando o aprendizado e valorizando o conhecimento de todos.
Curso foi sobre a utilização do software SGT-PROJ + que é composto por uma base de dados e por aplicativos que permitem desde a visualização e atualização da base até o gerenciamento e projeto das próprias redes.
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Pág. 06 Fabrício Luís Silva e Charles Pacheco
ART!
Não deixe de anotar o nome do SENGE-GO na Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), no campo “Entidade de Classe”. É uma contribuição indispensável para o combate do exercício ilegal da profissão e uma importante receita para a nossa entidade manter todos os serviços prestados aos associados. Portanto não esqueça de preenchê-la, lembrando que os profissionais não sindicalizados também devem fazer a anotação.
Senge em Notícias palavra do presidente
O Brasil e o Campeonato
Mundial de 2014
É Gerson Tertuliano Engenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho e Presidente do Senge-GO
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Expediente
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Presidente Gerson Tertuliano Eng. Eletricista primeiro vice-presidente João Batista Tibiriçá Eng. Civil segundo vice-presidente Antônio Augusto Soares Frasca Geólogo primeiro secretário Cláudio Henrique B. Azevedo Eng. Eletricista segundo secretário Edson Melo Filizzola Eng. Civil primeiro tesoureiro
impressionante como o tempo está passando rápido. Parece que foi ontem que o Brasil foi inserido na disputa como um dos candidatos a sediar o maior evento esportivo do mundo, fato que se concretizou e hoje estamos a menos de 30 dias para o início do campeonato mundial. Uma Copa do Mundo é sem dúvida o maior evento do planeta, capaz de unir crenças, raças, religiões e dar trégua entre as disputas entre povos tradicionalmente rivais. Ela significa além do esporte, grande oportunidade de investimento privado, pois vários analistas têm demonstrado que a cada real aplicado se tem um retorno de cerca de R$ 3 a R$ 4 reais. A indústria da construção civil teve grande avanço na construção das arenas e nas obras de infraestrutura que ocorreram em no mínimo dez cidades. Houve um incremento substancial na indústria com o fornecimento de milhares de toneladas de aço e cimento, além de vários outros materiais de construção. A geração de emprego também foi de grande valia neste momento que o mundo atravessa um período de forte recessão. Várias obras de infraestrutura foram iniciadas, como por exemplo, vias de acesso, aeroportos, entre outras, e
se não totalmente terminadas, no mínimo foram iniciadas e ficaram como legado para a população. Quem poderia imaginar que com todas as dificuldades logísticas a arena de Manaus ficasse pronta e com certeza surpreendesse até os menos otimistas? Tenho certeza que o evento de Manaus dará um verdadeiro espetáculo de organização, assim como outros estados tão duramente criticados. As estatísticas e indicadores apontam que na Copa, o Brasil receberá cerca de 600 mil visitantes, 350 redes de televisão e rádio estão já cadastradas para cobertura do evento. Para se ter uma ideia da grandiosidade do evento, somente uma emissora chinesa virá com 160 profissionais e uma pequena emissora de TV Suíça trará 120 pessoas, e o Brasil será mostrado amplamente para o mundo. Realmente, o futebol é a grande paixão nacional e mundial. Muita gente hoje afirma que a responsabilidade total do evento é do governo, mas o sucesso tem outros atores neste contexto. É hora do povo brasileiro se unir em um clima de otimismo e mostrar ao mundo que somos capazes, deixando de dar apenas os destaques negativos e mostrar nossa capacidade de crescimento, organização e hospitalidade,
em que pese as emissoras de TV e de algumas dezenas de aproveitadores, teimarem em denegrir o evento e o Brasil, como se a situação de caos é a única que lhes interessa. Eles são incapazes de mostrar tanta realização que foi feita, o lado bom e bonito deste país abençoado por Deus. Devemos nos espelhar em exemplos de outros países que realizaram este evento como, por exemplo, a Alemanha que organizou uma Copa para esquecer os horrores de uma guerra, e mesmo desclassificada festejou o evento. Nelson Mandela na África do Sul se empenhou ao máximo para organizar a última Copa para tirar o país de um passado recente de ódio e disputas raciais e tornou-o mais humano e melhor de se viver. Conclamo a todo povo para que não dê espaço para o clima pessimista, as disputas políticas de oportunistas de plantão e que mostremos ao mundo nossa capacidade e potencialidade de quem organiza eventos como o carnaval do Rio e Salvador, ou um campeonato nacional. Não é uma Copa tão menor em organização que vai nos assustar. Realizaremos sim a maior e melhor copa do mundo já vista pelo mundo e que tenhamos todos um evento repleto de sucesso. E se possível com a conquista do hexa.
Órgão de divulgação do Sindicato dos Engenheiros de Goiás José Augusto Lopes dos Santos Eng. Eletricista segundo tesoureiro Caio Antônio de Gusmão Eng. Civil SUPLENTE DIRETORIA Wanderlino T. de Carvalho Geólogo João Dib Filho Eng. Eletricista Ana Maria de Deus Eng. Eletricista Carla Silva Sena Eng. Eletricista Catão Maranhão Filho Eng. Civil
José Luiz Barbosa Araújo Eng. Agrônomo Luiz Carlos Carneiro de Oliveira Eng. Eletricista Conselho Fiscal Eduardo James de Moraes/ Efetivo - Eng. Civil Alexandre Vieira Moura/Efetivo Eng. Civil Eduardo Joaquim de Sousa/ Efetivo - Eng. Civil Marcelo Emilio Monteiro/ Suplente - Eng. Agrônomo Harlan Brockes Tayer/Suplente Eng. Químico Marcos Rogério Nunes/
Suplente - Eng. Agrônomo Representantes junto à FNE Annibal Lacerda Margon/ Efetivo - Eng. Agrônomo João Soares Safatle/Efetivo Eng. Agrônomo Marcelo Pontes Pereira/ Suplente - Eng. Civil Antônio Henrique Capuzzo Martins/Suplente - Eng. Civil produção Caroline Santana Jornalista responsável Vinícius Alves Projeto Gráfico e Diagramação Stylo Gráfica Impressão
Triênio 2013/2016 Circulação gratuita entre os associados Endereço: Av. Portugal nº 482 Setor Oeste, Goiânia-GO Telefones: 3251-8181 / 3251-8967 Email: senge-go@uol.com.br Site: www.senge-go.org.br Todos os artigos e citações aqui divulgadas são de responsabilidade da Diretoria. As matérias assinadas são de responsabilidades dos autores e não correspondem necessariamente à opinião do Jornal.
Senge em Notícias Debate FNE/Rio de Janeiro
Promovido pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), evento comemorou os ‘’160 anos de ferrovias no Brasil’’
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o dia 25 de abril, o auditório da Federação do Comércio (Fecomércio), no Rio de Janeiro, recebeu participantes de todo o Brasil, para o debate “Sistema ferroviário brasileiro – Diagnósticos e propostas”, realizado pela FNE para comemorar 160 anos das ferrovias no país propondo assim uma reflexão sobre este transporte fundamental ao desenvolvimento nacional. O debate foi composto por análises de melhorias e serviços, e o Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás, (Senge-Go), marcou presença no evento
através do seu presidente Eng. Gerson Tertuliano que participou ativamente das discussões. Outro destaque foi o presidente da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro, que alertou sobre a urgência em se fazer investimentos no sistema ferroviário, reconhecendo-o como opção mais econômica, favorável e ambientalmente viável. A programação foi intensa com discussão sobre o futuro das ferrovias no Brasil, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), onde foi formada uma mesa redonda para tratar sobre o sistema
Foto: Péricles Pinheiro
Senge participa de debate sobre sistema ferroviário brasileiro realizado no RJ
ferroviário no século XXI com a orientação do Instituto Nacional de Pesquisa Ferroviária. Para encerrar o evento, a temática foi voltada para discutir o Museu Nacional Ferroviário. O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza, conhecido como (Pezão) declarou-se feliz e entusiasmado em ver engenheiros participando de temas tão importantes em
contrapartida ao fato de que o país ficou cuidando da moeda e esqueceu-se de sonhar. Ele destacou que perdemos esta memória do sistema ferroviário e vê o Brasil precisando de bons projetos. “Para o Rio, o transporte ferroviário de passageiros é fundamental para a mobilidade urbana. Só vamos melhorar com trem e metrô. Contem comigo para ajudar,” afirmou.
Seminário CNTU/SP
Senge-Go participa de seminário da CNTU em São Paulo
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ntitulado como “Valorização do Ministério do Trabalho e Emprego”, o seminário promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), aconteceu no dia 14 de abril, na sede do Sindicato dos Engenheiros no Estado de são Paulo (SEESP). O Senge-Go juntamente com os demais sindicatos do país, prestigiou o seminário sobre o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) onde a
CNTU reuniu além de várias autoridades como o Superintendente do Trabalho de São Paulo, Luís Antônio Medeiros, cinco ex-ministros do Trabalho que resgataram a importância e história das décadas passadas. O seminário teve como objetivo principal o levantamento e a participação do movimento sindical como forma decisiva para fortalecer a pasta e recuperar o seu protagonismo. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários
Regulamentados (CNTU), Murilo Celso de Campos Pinheiro frisou durante o debate a importância da participação dos trabalhadores nas discussões do país e que a atividade serviria para a elaboração de um documento que será entregue à presidente Dilma Rousseff. Dividido em pastas, o semi-
nário enfatizou o papel histórico do Ministério procurando a sua valorização e de que ele precisa ter força no cenário político. Assuntos como relações e condições de trabalho, negociação de salário, lutas sindicais, profundas mudanças e os desafios foram os destaques apresentados.
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Foto: FNE
A proposta do seminário foi debater sobre desafios do país na área de trabalho, sobre o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e sua atuação de forma eficaz, transparente e democrática
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Senge em Notícias entrevista/josé fernando navarrete pena
Presidente da Celgpar exalta investimentos para destino da empresa
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Celg precisa se estabilizar financeiramente para receber investimentos
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Senge: Qual a atual situação da Celg na gestão do atendimento energético do Estado de Goiás? José Fernando: O Estado tem uma holding chamada Celgpar que tem duas companhias subsidiárias integrais. Uma na área de geração e transmissão (Celg G&T), e outra na distribuição (Celg D). A que está sendo federalizada é a distribuidora que hoje é gerida pela Eletrobrás. A Celg D passa por um momento de reestruturação econômico-financeira viabilizada pelo Estado de Goiás que ao final de 2011, executou uma operação que injetou na companhia R$3, 5 bilhões. E entregou a gestão em 2012 à Eletrobrás que trabalhou esse valor de lá para cá. Estamos próximos do saneamento econômico-financeiro. Ainda estamos a demandar mais uma operação de crédito na ordem de R$1, 9 bilhão que serão injetados pelo Estado e Celgpar na Celg D, em razão principalmente de dívidas que se acumularam de 2006 em diante, quando a Celg deixou de pagar o suprimento de energia que adquiria de Itaipu e os encargos setoriais. Também deixou de fazer investimentos. Essa é a situação que estamos enfrentando que é séria, grave, mas factível de ser superada. Senge: Como o senhor vê a atual gestão Eletrobrás na direção da Celg? Temos avanços ou não temos resultados ainda? José Fernando: Temos que analisar esta gestão sob duas óticas. Na ótica do reequilíbrio econômico-finan-
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Senge-Go entrevistou o Diretor Presidente da Celgpar, José Fernando Navarrete Pena que falou sobre a situação da Celg e Eletrobrás, reequilíbrio econômico, investimentos e patrimônio público. Navarrete está à frente da Companhia Celg de Participações (Celgpar) que é uma sociedade de capital aberto detentora de ações de emissão de duas sociedades por ações, as subsidiárias integrais Celg Distribuição S.A (Celg D) e Celg Geração e Transmissão S.A (Celg G&T). A empresa tem a finalidade de prover soluções e serviços dentro da parte de energia elétrica orientando-se pela qualidade dos serviços, integração com os clientes, acionistas e colaboradores com responsabilidade ambiental.
José Fernando Navarrete Pena, Diretor Presidente da Celgpar
ceiro que eles tiveram R$3, 5 bilhões para trabalhar. É evidente que a gestão tem pura obrigação de entregar um resultado minimamente positivo. Nesse sentido, a Celgpar, enquanto acionista única não tem queixas maiores à gestão federalizada da Celg D. No viés técnico dos indicadores de qualidade da prestação de serviços, esses quase trinta meses de gestão da Eletrobrás na prática têm demonstrado que foram aquém do que era esperado. Nós, da gestão, que
iniciamos em 2011, ficamos um ano à frente da Celg D enquanto diretores nomeados pelo Estado de Goiás. E mantivemos a empresa afastada dessas últimas colocações que medem a capacidade técnica de prestar e entregar um bom serviço. Mas o fato é que a partir da entrega da gestão para a Eletrobrás, nesse viés de indicadores de qualidade, a coisa se agravou e piorou. Na nossa opinião, essa gestão da Eletrobrás, neste quesito é uma gestão que ainda deixa a desejar.
Senge: Existem perspectivas de se resolver a questão da transferência do controle acionário para a Eletrobrás? Quais os impedimentos atuais? José Fernando: Essa questão está em pauta desde o início de 2012, e a transferência é um fato. Nós fizemos um acordo para honrá-lo e cumpri-lo. O que tem impedido a efetivação dessa transferência do controle da Celgpar para a Eletrobrás das ações da Celg D tem sido uma diferença no critério de avaliação das consultorias contratadas. É forçoso reconhecer, entre outras coisas, que a Eletrobrás trabalha dentro de cenários que possibilitem a aquisição desse controle por um valor simbólico. Coisa que a Celgpar não se alinha e não defende. É a maior empresa do estado de Goiás, uma das maiores do Centro-Oeste. Ela tem um valor considerável e o que está separando as avaliações é que enquanto a Eletrobrás força o entendimento de que está adquirindo uma empresa cuja concessão termina em 2015, portanto de valor muito reduzido em razão da dívida que tem, a Celgpar entende que não, que a Eletrobrás está adquirindo a concessão que vai ser prorrogada por mais 30 anos. E prorrogação é fluxo de caixa. Ela tem um cenário já avaliado por uma consultoria contratada pela Sefaz que é a Funape da UFG que aponta num valor da perspectiva da prorrogação de R$6 bilhões. O que existe é um jogo de interesse por parte da Eletrobrás em adquirir a Celg D por um valor simbólico que para nós é inaceitável. Posso te dar um exemplo de vários, que
“Querer fazer essa transferência ignorando a realidade da concessão é causar prejuízo ao patrimônio público goiano” a Celgpar e o estado entendem que a prorrogação é um fato que não pode ser afastado da negociação. Vocês, os engenheiros, têm acompanhado a crise no setor energético. Recentemente foi dada uma solução de socorro às distribuidoras através de empréstimo que é a Câmara de Compensação de Energia Elétrica - CCEE cujo prazo que a distribuidora tem de liquidar é final de 2017. Como eu explico que estou entregando uma concessão que vai terminar em 2015, se o próprio Governo Federal me empresta dinheiro para pagar em 2017? Não tem sentido. A lei 12.783/2013 prevê a prorrogação, e a própria Celg foi beneficiada com ela na geração e transmissão. Querer fazer essa transferência ignorando a realidade da concessão é causar prejuízo ao patrimônio público goiano. Para a diretoria da Celgpar é inaceitável. Resumindo, o grande entrave para a conclusão da transferência é que consigamos sensibilizar a União e a Eletrobrás para uma circunstância que para nós é inafastável. A transferência tem que considerar a prorrogação da concessão. Senge: A sociedade está preocupada com os destinos da Celg. O que podemos esperar em curto prazo? José Fernando: Estamos enfrentando uma situação desde 2006 e eu não quero politizar lembrando Cachoeira Dourada. Desde 1997 deixamos de ter lucro na ordem de R$400 milhões. O fato é que aconteceram coisas que impactaram na Celg por omissões de governo. Crescemos o nosso endividamento a não pagarmos
a energia que distribuíamos, e também os encargos setoriais. Não conseguindo manter a companhia sem a captação de recursos da iniciativa privada e deixamos de investir. Se você junta uma situação de endividamento com incapacidade de investimento, você passar a ter uma companhia que tem que entregar energia no estado que mais cresce no Brasil sem a capacidade necessária. Este é o quadro que a gente enfrenta. Como superar isso num curto prazo? Nós fizemos tudo que
da no dia 06 de junho, falando sobre o uso das estatais, a Eletrobrás perdeu cerca de ¾ do seu valor de mercado em um ano e meio. A parceira que veio neste contexto de investimento hoje, aparentemente, demonstra dificuldade em se manter em pé. O desafio é viabilizar investimentos dentro da área de concessão da Celg D, e para isso precisamos de parcerias, quer com a Eletrobrás que é a qual estamos tentando, ou com a iniciativa privada. Todo setor vê na Celg D uma concessão atrativa porque tem muito investimento para fazer. Senge: Foi o primeiro ano que a Celg alcançou lucro. Por que não é divulgado? José Fernando: Lucro é um conceito que tem que ser
“O próprio Ministério Público já recomendou aos governos que não caminhem com essa transferência sem considerar a prorrogação da concessão. Se fizerem estarão causando dano ao patrimônio público. Não tem como fugir dessa realidade.” era importante quando assumimos a gestão em 2011. A primeira coisa é arrumar a cozinha, reequilibrar as contas da Companhia e voltar a ter tarifa. Isso foi feito e a segunda etapa é de investimento. Existe uma herança que recebemos também do governo anterior que a solução era a federalização. Nesse sentido fizemos a parceria com a Eletrobrás, mas a própria foi vítima de uma política setorial catastrófica. De acordo com a matéria da jornalista Míriam Leitão, divulga-
analisado diante de uma realidade. Circunstancialmente a Celg em 2013, no parâmetro operacional finalizou o ano com um lucro pequeno, mas enfim, lucro. Exatamente em razão dos ajustes econômico-financeiros que foram feitos, mas o desafio é grande. Não basta apresentar uma situação de lucro se não viabilizar a continuidade principalmente dentro dos investimentos. Não basta somente arrumar a cozinha da casa. Você tem que fazer com que a cozinha alimente a casa inteira.
Senge: O governo através da Celgpar tem um Plano B para ela, até mesmo rompendo com a gestão federal que parece não querer solução para o impasse? José Fernando: É forçoso reconhecer sem a parceria do governo federal, evidentemente numa operação de crédito não nos deu nada, emprestou. E o povo de Goiás que vai pagar este empréstimo. Essa parceria foi fundamental para a possibilidade de viabilizar a Celg Distribuição. O que eu insisto e repito é que o governo federal vê essa operação de transferência numa ótica que não se sustenta nem pelos fatos, nem pela legislação vigente. Ele vê como uma transferência de uma concessão que terminará em 2015. E por isso, na prática ele quer pagar pela Celg D o valor que se pagaria por uma empresa em liquidação. E é difícil imaginar que a Eletrobrás passando a difícil situação que está passando, estaria adquirindo uma empresa em liquidação. É preciso que os governos federal e estadual, que ambas as esferas de poder público convirjam para uma premissa essencial sem a qual a convergência também não será alcançada. A prorrogação da concessão Celg D é fato que ocorrerá. A Eletrobrás está entrando com a companhia que terá mais 30 anos de concessão e ela tem que ser precificada. Se isso não acontecer, penso que a transferência será impossível ou improvável. O próprio Ministério Público já recomendou aos governos que não caminhem com essa transferência sem considerar a prorrogação da concessão. Se fizerem estarão causando dano ao patrimônio público. Não tem como fugir dessa realidade. Estamos numa esfera pública de interesses. Aqui o levar vantagem é o brasileiro levando vantagem sobre o brasileiro. Ou o povo goiano não é povo brasileiro?
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Senge em Notícias
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Senge em Notícias curso celg
Engenheiro filiado ao Senge ministra curso na CELG D O engenheiro eletricista Fabrício Luís Silva, filiado do Senge-Go, em parceria com o eletrotécnico Charles Pacheco Alves, estão ministrando curso na Celg Distribuição (CELG D) que visa a atualização dos usuários na elaboração de projetos utilizando o aplicativo “PROJ+” atendendo resolução da diretoria da CELG D a qual determinou que os projetos devem ser elaborados dentro desta nova concepção
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o período de 02 a 04 de abril sob a coordenação do Engenheiro Fabrício Luís, auxiliado pelo eletrotécnico Charles Pacheco, foi treinada mais uma turma de profissionais para utilização da ferramenta “PROJ+” no centro de treinamento da Celg Distribuição (Celg D). O curso “Atualização na Utilização dos Softwares SGT-PROJ+” é uma exigência da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Cerca de 60 profissionais, treinados em três turmas já participaram deste curso que já foi realizado ano passado na sede do Senge-Go. Engenheiros eletricistas e técnicos em eletrotécnica atu-
alizaram seus conhecimentos durante dois dias de treinamento aplicado das 08h às 18h. De acordo com o manual utilizado no curso, o SGT é composto por uma base de dados e por aplicativos que permitem desde a visualização e atualização da base até o gerenciamento, planejamento e projeto das próprias redes. E a base se constitui por dados relativos ao mapeamento como lotes, quadras, ruas, lagos, rios e por dados referentes às redes de energia elétrica voltados para textos e gráficos. “A nossa proposta foi atualizar conhecimentos na utilização do software SGT-PROJ+, que é utilizado na elaboração de
projetos de redes de distribuição da CELG D. Com a entrada em operação do SGT-PROJ, em setembro de 2012, foi possível automatizar o processo de elaboração de projetos de redes de distribuição da CELG D, uniformizando procedimentos e reduzindo o tempo gasto na elaboração, orçamentação e atualização do cadastro técnico da empresa,” observa Fabrício.
Neste contexto, o engenheiro ainda explicou que o SGT-PROJ foi modificado, utilizando uma interface mais amigável com base nas tecnologias mais recentes do mercado, onde a nova versão do sistema é denominada SGT-PROJ+. Realizado somente quando necessário, as próximas turmas serão compostas por projetistas particulares.
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jogo rápido
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FNE celebra 50 anos de histórias com jantar comemorativo
Senge é convidado para audiência pública sobre a Engenharia no Senado Federal
A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) completou seus 50 anos de história e luta em defesa da categoria profissional de engenheiros, no dia 25 de fevereiro. E com grande estilo, a data foi celebrada com um jantar comemorativo, no Espaço da Corte, no último dia 13 de maio, em Brasília.
A Audiência Pública sobre a Engenharia será realizada no dia 21 de maio, no Senado Federal, em Brasília e contará com a participação do Sindicato, no apoio à entidade representativa dos engenheiros, a FNE. A Federação rejeita a ideia de implantação de um programa defendido pelo senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) chamado “Mais Engenheiros”. Confira mais informações no nosso site.
Serviços oferecidos pelo Senge • Atendimento Odontológico (Local: Sede do Sindicato) Adultos Atendimento às terças e quintas-feiras, (Clínico Geral) mediante agendamento prévio com Idália Neves pelo telefone: (62) 3251-8181 Crianças e adolescentes de 0 a 17 (Prevenção odontológica) Atendimento todos os dias, mediante agendamento prévio com Idália Neves pelo telefone: (62) 3251-8181
• Assistência Jurídica Trabalhista e Previdenciária (Local: Sede do Sindicato)
Marcar horário antecipadamente pelo telefone: (62) 3251-8181
• Convênios com desconto
Especialidades Odontológicas, Médicos, Clínicas, Terapia Cognitiva Comportamental e Laboratórios
• Plano de Saúde Unimed
Oferecemos plano de saúde da Unimed com condições exclusivas para os sindicalizados e seus dependentes. Informe-se: (62) 3251-8181 Os atendimentos serão realizados com tabela própria
Senge em Notícias ASES e seus 30 anos
II jornada da puc Foto: ASES
Senge é destaque na II Jornada da PUC Evento afirmou categoricamente que a Engenharia é a profissão do momento
ASES celebra seus 30 anos com festa para associados A Associação dos Engenheiros da Saneago (ASES) completou 30 anos na luta pela categoria e em prol de melhorias no saneamento de Goiás
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o último dia 05 de abril, a ASES comemorou seus 30 anos de fundação em grande estilo, promovendo uma festa no Clube de Engenharia de Goiás (CENG-GO) para todos os associados. O Presidente da Associação, Engenheiro Fabrício Ribeiro saudou a todos os presentes falando sobre o plano de ação do biênio 2013-2015. “A ASES sempre prioriza a luta da categoria profissional dos engenheiros e a pauta durante toda a nossa história
foi pela melhoria na qualidade de saneamento do Estado de Goiás,” afirmou Ribeiro. Após as boas-vindas, ele apresentou aos convidados uma breve apresentação sobre os 30 anos da ASES e uma reconhecida homenagem ao Engenheiro João Bosco de Andrade, um dos fundadores da Associação. A banda “Time in Box” de Brasília animou os presentes que aproveitaram o show e o jantar com muita alegria e confraternização.
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os dias 08 e 09 de abril, a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) sediou a II Jornada de Engenharia. O presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás (Senge-Go), Gerson Tertuliano compôs a mesa diretiva falando sobre a importância do acadêmico conhecer o seu sindicato, e se aproximar mais das lutas pela valorização profissional. Os acadêmicos participaram de palestras e minicursos adquirindo conhecimento através da exposição dos assuntos dos profissionais. Temas como pequenas empresas, oportunidade de mercado, democratização da construção, reforma, atendi-
mento habitacional, empreendedorismo, gestão estratégica e estruturas foram debatidos durante os dois dias. O diretor regional da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE), Ricardo Veiga falou sobre a atuação do Sindicato dos Engenheiros, seus benefícios, acordos coletivos e contribuição sindical. Já sobre a ABECE, a conversa foi conduzida por assuntos como cursos, concretos e estruturas. O evento foi realizado pela Solidez Empresa Júnior em parceria com o DCE da PUC e os Centros Acadêmicos de Engenharia Ambiental, de Controle e Automação, Elétrica, Civil e de Produção.
Foto: Ana Nicolli e Wagmar Alves
Diretoria da ASES comemora 30 anos de história
Senge e Mútua assinam convênio
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Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás (Senge-Go) e a Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA-GO (Mútua) assinaram no último dia 24 de abril, convênio para aquisição de mais um benefício aos seus associados. Ele serve para facilitar o acesso às normas da Associação Brasileira de Normas
O convênio disponibiliza o acesso às consultas de forma gratuita a todo profissional do Sistema Confea/Crea Técnicas (ABNT) de forma gratuita ao profissional do Sistema. A consulta aos dados pode ser feita na entidade do Sindicato situada na Avenida Portugal, nº 482, Setor Oeste. E caso o profissional queira adquirir
a norma, o desconto é de 60% com a facilidade de realizar a consulta em qualquer ponto de acesso à internet, não sendo obrigado a se locomover para a entidade conveniada. A orientação para a compra
é que ela seja feita através do site www.abntcatalogo.com.br/ confea, sendo necessário informar o número do CPF e do Registro Nacional do Profissional (RNP). Para mais informações: (62) 3251-8181.
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Convênio com a Mútua/Normas ABNT
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Senge em Notícias FNE
Manter a luta pela
valorização do trabalho Murilo Celso de Campos Pinheiro
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uarenta mil pessoas foram às ruas no dia 9 de abril, quando aconteceu a 8ª Marcha da Classe Trabalhadora, desta vez realizada em São Paulo. O sucesso de mobilização – que lamentavelmente não teve a repercussão merecida nos grandes meios de comunicação – é um indicador importante da manutenção da unidade que tem sido um marco do movimento sindical, na qual a FNE se engaja fortemente. Assim, seguindo a pauta aprovada durante a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat) de 2010, encontro histórico promovido no estádio do Pacaembu, a manifestação reafirmou as nossas reivindicações essenciais: manutenção da política de valorização do salário mínimo; redução da jornada sem redução de salário; corte na taxa básica de juros; investimentos em educação e saúde; fim do fator previdenciário e valorização das aposentadorias; reforma agrária; correção e progressividade da tabela do Imposto de Renda; transporte público de qualidade; o fim dos leilões do petróleo; não à aprovação do PL 4.330/04, que regulamenta a terceirização; e igualdade entre homens e mulheres. Num ano em que o Bra-
sil sedia um evento importantíssimo que é a Copa do Mundo, que apesar dos problemas enfrentados em seus preparativos tende a deixar legado relevante ao País, e acontecem eleições presidenciais, é imprescindível que sejam considerados os pleitos dos trabalhadores. Num cenário em que bancos e multinacionais lucram bilhões, não é razoável que medidas de justiça e avanços sociais básicos não sejam tomadas. É urgente que governantes, parlamentares e setor privado sensibilizem-se para a importância de se valorizar o trabalho e a mão de obra responsável pela geração de riqueza para todos. Não é possível que setores do empresariado sigam
reivindicando o fim de direitos trabalhistas para reduzir custos. É ainda menos aceitável que o Congresso ou o governo optem por esse rumo. O caminho a ser perseguido pelo Brasil deve passar por uma pauta positiva de investimentos, qualificação profissional, ganhos de produtividade, busca de inovação e maiores salários, permitindo melhores condições de vida à população. Apesar das melhorias dos últimos anos, a média salarial no País está muito aquém das necessidades de um padrão de vida satisfatório, ficando em torno dos R$ 1.800,00, e as aposentadorias, em sua maioria, são miseráveis. Somam-se a esse fator da baixa renda a precariedade dos
serviços públicos e um sistema tributário que penaliza os mais pobres e a classe média. Ou seja, é muito o que se precisa avançar para que tenhamos uma situação aceitável, e o Brasil deve escolher com convicção um modelo que leve de fato ao desenvolvimento de forma sustentável e com distribuição de renda. Essa é a vertente proposta pelo projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006 pela FNE, que em sua fase atual chama a atenção para a necessidade de se desenvolverem cadeias produtivas estratégicas. Sem valorizar o trabalho nada disso será possível. Murilo Celso de Campos Pinheiro Presidente da FNE
FILIADA A
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