Conto “A Menininha Flor” JackMichel | Revista Divulga Escritor N° 28

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Já disponível em português, e em breve em espanhol, a trilogia “Alaba Textory”, da autora Margot WeidePág. 08

PORTUGAL Carlos Romero.......................................................................................20 Manuel Magno Jardim............................................................................26 BRASIL Anibal Teixeira......................................................................................31 Artur Zaizo.............................................................................................37 Cassius Klay..........................................................................................46 Daniel Laurino......................................................................................54 Indrea Falavigno....................................................................................59 Jander Oliver...........................................................................................64 Jorge Facury Ferreira............................................................................68 Josias Andrade........................................................................................74 Luiz Carlos............................................................................................78 Marco Mancen.......................................................................................85 Michelle Paranhos...............................................................................90 Plácido Rodrigues...............................................................................97 Anderson Henrique...............................................................................111 Carlos Romero......................................................................................104 Vanessa Maranhos................................................................................108

Participação Especial

Estevão de Sousa..................................................18 Josè Lopes da Nave.............................................30 Rosa Maria Santos................................................34 Helena Santos........................................................36 Carmen Lúcia Hussein.........................................40 Rosa Marques.......................................................50 Rosana Nicácio......................................................56 Jô Ramos...............................................................62 Palmira Heine.......................................................66 Laé de Souza.........................................................72 Texto Ideal..........................................................77 Maurício Duarte....................................................82 Nell Morato..........................................................88 JackMichel....................................................94 Grazielli Moraes...................................................101 Petrônio Borges....................................................102

Entrevistas

capa

Sumário

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Colunas

Solar de Poetas – José Sepúlveda...........................25 Poetas Povoeiros – Manuel Joaquim Craveiro........25 Mercado Literário – Léo Vieira..................................43 A Vida em Partes – Tito Laraya.................................44

Livros em Foco

Especial Editora Penalux...............................114 Salvador Coutinho.............................................118 Ludmila Clio.....................................................119 Emanuele Sloboda.............................................120 Daniel L. Laurino..............................................121 Antônio Neto.....................................................122 Especial Ler Editorial.......................................123


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Revista Divulga Escritor Revista Literária da Lusofonia Ano V Nº 28 Edição -ago/set2017 Publicação Bimestral Editora Responsável: Shirley M. Cavalcante DRT: 2664 Diagramação EstampaPB Revisão ortográfica das entrevistas Josias A. de Andrade Texto Ideal - http://texto10.wix. com/mais Para Anunciar smccomunicacao@hotmail.com 55 – 83 – 9 9121-4094 Para ler edições anteriores acesse www.divulgaescritor.com Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos colunistas que os assinam, não expressando necessariamente o pensamento da Divulga Escritor. ISSN 2358-0119

Shirley M. Cavalcante (SMC)

Editora e Coordenadora do projeto Divulga Escritor www.divulgaescritor.com

28ª edição da Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia é apresentada com enorme orgulho e satisfação a você leitor. Divulga Escritor é a maior revista literária da lusofonia, com conteúdo exclusivamente literário, o editorial se destaca por sua qualidade e profissionalismo. Nesta edição temos como destaque a autora Margot Weide, apresentando a trilogia Alaba Textory. A edição de N. 28 está composta por mais de 40 autores participantes, divulgando entrevistas, livros, textos em prosa e em versos... LITERATURA. Vamos juntos ler e divulgar a Revista Literária da Lusofonia, apoiar os nossos escritores e escritoras contemporâneas. Muito obrigada equipe Divulga Escritor, administradores dos grupos: Obrigada, Jose Sepúlveda, apoio em Portugal. Obrigada Amy Dine, apoio em Portugal. Obrigada, Helena Santos, apoio em Portugal. Obrigada, José Lopes da Nave, apoio Portugal. Obrigada, Giuliano de Méroe, apoio Brasil. Obrigada, Ilka Cristina, apoio Brasil Obrigada, a cada um dos escritores que participam contribuindo com suas maravilhosas trajetórias literárias, apresentadas em entrevistas. Obrigada, colunistas, que mantém o projeto vivo! MUITO OBRIGADA, por juntos estarmos Divulgando LITERATURA. por juntos estarmos dizendo ao mundo, EU SOU ESCRITOR, EU ESTOU AQUI. Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, uma Revista elaborada por escritores, com distribuição gratuita para leitores de todo o mundo. Boa Leitura!






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Já disponível em português, e em breve em espanhol, a trilogia “Alaba Textory”, da autora Margot Weide 8

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Nasceu em São Paulo; morou no Rio Grande do Sul, Bahia por fim no Rio de Janeiro, conhecendo a passeio quase todos os estados brasileiros.Cursou a Escola Técnica de Química Têxtil e se formou pela Universidade Santa Úrsula, trabalhando durante anos em diversas áreas como Psicóloga. Acreditou em sua intuição e embora amando a alegria brasileira com suas misturas culturais e raciais, fez-se portadora do passaporte alemão, saindo do Brasil com suas filhas menores há 25 anos. Na Alemanha encontrou a paz para escrever. Tanto num país quanto noutro buscou pelo que denominamos áreas não científicas e exercita em âmbito privado o esoterismo que a inspirou neste romance. Seu lema de vida é: “Acredita e vai”.

Weide.margot@web.de

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Sinopse de Alaba Textory I A história da jovem Marta inicia em 1947 como num conto de fadas. Convidada por uma amiga a passar um final de semana diferente, ela encontra o companheiro dos seus sonhos, o arquiteto Henrique Grossmann, numa cidadezinha no interior do Rio Grande do Sul. A atração entre ambos é mágica e instantânea. Marta casa-se dentro de poucos meses, integra-se bem à simpática e numerosa família Grossmann, agricultores de origem alemã, e passa a viver a princípio na fazenda da família. Através dos relatos dos avós de Henrique é revivida a história, por vezes amarga, da imigração alemã no sul do Brasil. Um laço especial liga Marta ao viúvo Heinz, pai de Henrique, que encontra na nora um consolo pela ausência de sua esposa. Mas Marta funciona como um fortificante não só em relação a ele : outras pessoas vão buscar nela conforto e ânimo, como por exemplo Herr Hans, um professor aposentado da cidade. Com o estímulo e a ajuda prática de Marta ele realiza o seu sonho de organizar uma biblioteca local. Marta vem de uma família especial. Sua mãe, Anne, descende de ingleses e, pela linhagem materna, de gerações de bruxas. Ela domina um conjunto de conhecimentos antigos, como o emprego de ervas medicinais e técnicas de liberação emocional, herdados desta linhagem ancestral, denominada ‘Textory’. O objetivo destas mulheres é o de alcançar a ‘Alaba’que é “ a autên-

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tica e total expressão de si podendo ser comparada ao estado d´alma de uma menina feliz”. Marta foi também iniciada como ‘mulher sábia’, mas seus poderes estão dormentes, esquecidos no dia a dia feliz de uma mulher apaixonada. A única sombra a incomodá-la é a hostilidade dos habitantes da cidade, que não a aceitam pois Marta é a forasteira que, além de ter cativado o melhor partido da cidade, não frequenta a igreja. Durante quinze anos, que não são acompanhados no roman-

ce, Marta vive para sua família, concentrando-se em educar os três filhos - Paulo, Nádia e Jorge – e em transformar a sua casa, a Casa dos Gerânios, em um lugar idílico. No ano de 1962 as crianças crescidas, com quatorze, doze e sete anos, esperam a visita dos avós maternos, vindos de Porto Alegre. O pai e os avós de Henrique já morreram. Anne vem com a missão de iniciar a neta na linhagem Textory e de reencaminhar a filha, que se havia escondido no aconchego da famí-


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“O Sussurro dos Sinos”

lia, no trabalho de desenvolvimento pessoal e de participação na comunidade. Com a ajuda da mãe Marta faz uma viagem interior, descobre dores e frustrações, as libera e, transformada, inicia um grande projeto de ajuda a uma comunidade pobre na periferia da cidade. Nele envolve o jovem padre do lugar, Padre Miguel, até então seu inimigo. A aproximação entre os dois é tímida mas progressiva e inclui uma certa atração sexual. Através do engajamento de Marta e algumas vezes de seus

truques de bruxa o projeto cresce e no decorrer de dois anos concretiza-se a construção de casas populares. Embora haja muita colaboração da população esgotam-se na fase final do projeto os recursos financeiros e será o Padre Miguel que irá supri-los, com dinheiro ganho no jogo em Porto Alegre. A personalidade de Marta, alegre e otimista mas também firme e objetiva, envolve toda a cidade, que no início a repudiara, numa onda de respeito e solidariedade e num projeto comum.

A menina Nádia passa algumas vezes as férias na casa da avó, onde recebe toda a formação básica da Textory. Torna-se uma adolescente segura de si e muito bonita. É o ano de 1964 e ela se apaixona por um amigo de infância, Eduardo. Mas a forte ligação entre os dois é bruscamente rompida. Eduardo vai estudar em São Paulo e Nádia e família são obrigados a mudar para o Rio de Janeiro pois Henrique vive uma crise financeira e não tem novas propostas de trabalho na cidade. A situação política no país é preocupante. A biblioteca de Herr Hans é invadida pela polícia e só a perspicácia de Marta, que prevê o perigo, consegue evitar maiores danos. Ao deixar a cidade de carro Marta e sua família são acompanhados por centenas de pessoas que se vêm despedir em reconhecimento ao seu trabalho. Antes da partida acontece o desejado encontro amoroso entre Marta e Padre Miguel. Nos últimos anos também ele sofrera uma transformação profunda. No final do romance ele irá procurar Anne para orientá-lo. As histórias de Marta, de Padre Miguel e de Nádia e Eduardo não chegaram ao seu fim; a conclusão do livro abre portas e desperta a curiosidade para outras histórias. Alaba Textory é um livro sobre mulheres fortes, sobre mudanças e transformações e sobre o enorme potencial de realizá-las que há dentro de cada um. É por isso principalmente um livro sobre a esperança.

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Trechos representativos O Sussurro dos Sinos

“Um silêncio intenso se fez presente entre as representantes da Textory. Ambas, sentadas no local da noite anterior de frente uma para a outra, cada qual em uma das extremidades do sofá, traziam como convicção, independente do vínculo familiar, que o diálogo deveria acontecer sem julgamentos ou atos prejudiciais. Anne aguardava. Marta que pouco havia dormido, preparara-se para o ‘duelo’. Há muito vivia em plena rotina, onde mutações não faziam sentido. Só algumas leves novidades, sem emoção à exceção dos nascimentos dos filhos e falecimentos de familiares, alteravam o seu dia a dia. Percebera na noite anterior, surpresa consigo, o quanto se tornara vulnerável no seu papel de serviçal e boazinha, vivendo para a família e alegrando-se com os êxitos que lhe eram apresentados. ‘Onde estão os meus êxitos pessoais? Onde estão as suas alegrias pessoais?’ gritava uma voz forte dentro de si, levando-a à pergunta: ‘Onde está a minha Alaba?’ Ansiava pelo que Anne teria a lhe dizer, portanto pediu: ‘Comece, por favor, preciso escutá-la… sei que preciso de ajuda’.” • “Marta parou, respirou e decidiu retornar, perscrutando o semblante do religioso pela primeira vez. Achou-o bonito e jovem demais para um padre. Em instantes fez-se mais alta e o sacerdote podia vê-la agora diretamente nos olhos, sem a necessidade de descê-los.” Pág 39 • “Queria tê-la ao seu lado, ouvi-la, viver o conflito que se instalara nele através de suas palavras e gestos. Queria testar o seu mundo através do dela, encontrando uma dificuldade incrível em retornar ao antigo.” Pág 116 • “– No momento em que nossos corpos se unissem, não conseguiriam mais se separar. A maneira intensa como eu a amaria, proporcional ao meu sentimento e à tamanha atração que temos um pelo outro, nos faria unidos para sempre.” Pág 155

Onde comprar: 12

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Resposta do público Vivi 30/12/2011

“Confesso que não sei direito por onde começar essa resenha, me envolvi tanto com o livro que fico com medo de falar demais. Nunca li nada com temática esotérica, mas esse livro é simplesmente maravilhoso!! É um romance tão gostoso e diferente que você fica triste quando o livro acaba (tá, eu chorei mesmo) e as três mulheres que o protagonizam estão longe de ser o tipo de personagem clichê que tanto vemos por aí. Acho que comecei a resenha sem querer!” Vanessa Meiser 06/03/2012

“Ai meu Deus, como eu faço para falar deste livro??? [...] Sem exageros, foi o livro mais diferente e instigante que eu já li até hoje, e olha que eu não li poucos livros... [...] É um livro bastante humano e sensível onde as três bruxas conhecem os segredos de ervas e chás capazes de causar transformações nas pessoas que os experimentam.[...] É o livro mais incrível que eu já tive o prazer de ler. Escrito de uma forma muito sutil e cativante que você não consegue largá-lo. São 438 páginas de uma magia viciante que te deixa com saudades assim que a história termina.”

https://www.saraiva.com.br/alaba-textory-o-sussurro-dos-sinos-3529774.html


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Sinopse de Alaba Textory 2 “A Melodia dos Ecos”

Eduardo sai do interior do Rio Grande do Sul para estudar Engenharia em São Paulo. Perdido na cidade grande, esforça-se para encontrar alguém com quem dividir o aluguel de um quarto. Com persistência consegue conquistar, depois de trocas de insultos e socos, o arisco Artur, moço pobre vindo do Nordeste. Os dois se tornam amigos e mais tarde sócios. Ao deixar sua cidade natal Eduardo havia deixado também Nádia Grossmann, sua namorada em segredo, com a esperança de revê-la em breve. Ao voltar em férias choca-se no entanto ao descobrir que ela se mudara com a família para o Rio de Janeiro. A família Grossmann enfrenta

na nova cidade o desafio de reiniciar: Henrique, atraído pela participação nas vendas da nova empresa, envolve-se em tempo integral com o seu trabalho e com a vida social sofisticada dos seus chefes e passa a ter pouco contato com mulher e filhos. Marta, solitária, começa a trabalhar como professora e a pintar nas horas vagas. Paulo estuda Medicina, Nádia, Jornalismo e Jorge continua a escola secundária. De 1965 a 1970 a família mora em Copacabana de frente ao mar e no terraço do apartamento florescem os gerânios, lembrando a casa que ficara para trás. Marta e Nádia tornam-se mais próximas em sua preocupação comum com Henrique.

Da mesma forma que Anne, ambas sentem que a vida dele está ameaçada. Marta, apoiada pelos irmãos e cunhados Grossmann, que os visitam, procura convencer o marido a voltarem para o Rio Grande do Sul, mas ele resiste, vendo na vida no Rio de Janeiro mais chances profissionais para os filhos. Padre Miguel, agora Vítor e não mais padre, procura Anne em Porto Alegre e ela o ajuda, durante uma clausura de meses, a transformar sua crise de vida em um fértil recomeço. Os recursos para esta transformação estão dentro dele; Anne mostra como encontrá-los. Diplomado em administração de empresas, ele volta à profissão e encontra

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um trabalho, além de continuar dedicando-se à caridade nos fins de semana. Vítor confessa seu amor por Marta à Anne, que arranja um encontro de ambos no Rio. A partir dele, Vítor e Marta se tornam amantes e veem-se regularmente. Pedro, amigo de Eduardo e de Nádia, vai para Porto Alegre estudar agronomia mas mantém o contato com a amiga. Na verdade ele está apaixonado por ela e encobre este sentimento para poder manter-se próximo sem o risco de ser rejeitado. Os dois têm longas conversas sobre a vida e o amor e se correspondem com intensidade. Pedro é candidato a uma bolsa de estágio no exterior mas só tem chance de consegui-la se for casado. Nádia propõe-se a casar com ele para ajudá-lo a cumprir esta formalidade. Eduardo e Pedro veem-se algumas vezes ao longo dos anos e a amizade se mantém. Em Vítor, que mora na mesma cidade, Pedro acha um companheiro fiel e, secretamente, um cúmplice: Vítor ama a mãe e Pedro, a filha. Nádia visita Eduardo em São Paulo e os dois vivem um romance, mas embora Nádia ainda sinta intensa atração física por Eduardo, há agora diferenças na sua visão de mundo. Desde que chegou a São Paulo Eduardo tem um objetivo, que atinge: vencer materialmente, abrir uma firma e ganhar dinheiro. Nádia está em busca de aperfeiçoamento humano. Henrique finalmente decide que quer voltar para a sua cidade de origem e o anuncia numa reunião da firma. No dia da reunião Marta tem um pressentimento e vai buscá-lo na empresa. No caminho de casa Henrique é assassinado em seu carro, sob os olhos de Marta, por 14

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um garoto, que vendia doces no sinaleiro e que tenta assaltá-lo. Nádia, que havia combinado encontrar-se com ele na praia, ali o vê e conversa com ele sem saber que está morto. Ele será enterrado em sua terra natal, e para o seu enterro convergirão todos os ex-moradores espalhados por outras cidades. Alaba Textory II tem como principal cenário os anos sessenta no Rio de Janeiro: a repressão po-

lítica, a geração hippie, a praia, a liberação dos costumes. É um romance sobre jovens de diferentes origens, como Eduardo, Artur, Pedro e Nádia, à procura primeiro de uma identidade, depois de um amor. Mas é também a história de adultos como Henrique e Vítor que, conscientes ou não, fazem opções de vida em direção à sombra ou à luz. Em resumo, é um mapa de possíveis caminhos.


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Trechos representativos A Melodia dos Ecos “Como pode a voz de alguém ficar tão gravada em nossa mente? Detalhes que julgamos jamais vir a rever, saem da neblina voltando a estar conosco intensamente vivos, como num filme. Olhos abertos ou fechados, sentimos a temperatura do momento vivido, vemos as cores, escutamos os sons, revivemos a alegria ou a tristeza... revivemos de forma exata nossos sentimentos antigos juntamente com os sentimentos atuais, e nos rendemos porque de atual existe a saudade... a saudade, a falta de ter, a falta do tato... a ausência do encostar... apalpar. Como num filme, nossos sentidos se ativam, mas falta o toque. Na falta do toque, aí sim, estamos sós. E a dor desta falta, embora nem sempre seja revelada, é a dor real da perda, do afastamento. Sentimo-nos então mutilados. Estamos mutilados da energia deste alguém que amamos, que já fazia parte da nossa energia, que se somava a ela, que se acrescentava a nós e nos densificava.” • “Quando você diz ‘vem aí um novo tempo’, penso que está a se desligar do ontem, isto é, do passado, e isso é bastante positivo. Quando diz ‘a partir de amanhã’, penso que ainda está apegado ao que vem, apegado ao futuro; no entanto, não existe o amanhã, a não ser em nosso pensamento, na nossa expectativa. O que tão somente existe é o hoje.” Pág 41. • “Repare que às vezes o tempo parece mesmo não ter existido. Não é surpreendente? E porque nos apegamos a ele? Ao usarmos do tempo, fazemos medidas que não existem”. Pág 224. • “A ausência nos ensina. Aprendemos a não deixar escorrer por nossos dedos o que voltou às nossas mãos, a não deixar mais escapar. Sabemos, a partir da falta, o que significam minutos preciosos, quando recebemos uma segunda oportunidade do destino.” Pág 266.

Resposta do público • “É uma das tramas mais diferente que já li, sem dúvida.” • “São tantos os ensinamentos narrados de uma forma tão suave e sutil que você fica com a impressão de que a autora está lhe fazendo um carinho, que ela está lhe colocando para dormir e lhe contando uma história inspiradora.” • “São histórias paralelas que buscam mostrar que no sofrimento também é possível se tirar lições, que sempre haverá alguém disposto a ajudar, mas que, acima de tudo, é preciso que se tenha força de vontade suficiente para fazer a diferença.” • “O livro é composto por questões filosóficas, políticas, esotéricas e religiosas que, demonstram uma perfeita pesquisa ou conhecimento de causa para a criação deste.” • “Personagens fortes e irresistíveis que lhe tirarão do lugar comum.” • “Se você é daqueles que curtem um livro ousado, emocionante e especial, com certeza precisa ler não só este como o primeiro volume.” • “Aprecie umas das mais interessantes histórias criadas por autores nacionais contemporâneos!” https://vimeo.com/31628453 https://vimeo.com/31830711

Onde comprar:

https://www.amazon.com.br/dp/8542803760/ref=asc_df_85428037605028114?smid=A1ZZFT5FULY4LN&tag=goog0ef-20&linkCode=asn&creative=380341&creativeASIN=8542803760

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Estreia em agosto Alaba Textory 3 “Venha, vamos Dançar” A família Grossmann volta a viver no Rio, privada agora de um dos seus membros. Neste período de luto Marta observa com atenção os seus filhos e os reúne para uma conversa sobre o futuro. Paulo e sua namorada Alice, médica como ele, irão casar-se e voltar ao sul, indo morar na casa dos gerânios e abrindo seu consultório na antiga loja e escritório de Henrique. Nádia irá morar sozinha num pequeno apartamento alugado por Marta perto do seu. Jorge voltará também à terra natal para lá trabalhar antes de entrar para a Universidade e Marta fará uma longa viagem de estudos à Índia. Vítor é convidado para a reunião de família e Marta revela aos seus filhos o seu relacionamento amoroso com ele. No entanto ela voltará de sua viagem à Índia com muitas dúvidas a respeito de sua ligação com o ex-padre. Marta teme ferir a família de Henrique e escandalizar a cidade. O romance entre os dois passa a ser vivido no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, mas no interior se torna secreto. Nádia passa a escrever crônicas para o jornal, onde antes estagiava, e inicia um namoro com o seu chefe, que no início a hostilizava. Seu contato com Pedro, por carta ou telefone, continua muito intenso. Eles conversam sobre o amor e o casa-

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mento, mas Nádia não percebe que Pedro a ama. Apesar de morarem em diferentes cidades os três jovens, Eduardo, Pedro e Nádia, algumas vezes acrescidos de Artur e Vítor, veem-se por vezes no sul. Eduardo vem definhando fisicamente, embora esteja profissionalmente muito bem. Pedro aluga uma casa perto da cidade e nela se prepara para os exames de seleção à bolsa de estágio no exterior. É nesse recanto especial que Nádia muitas vezes o encontra. Eles se casam formalmente para que Pedro possa obter a sua bolsa. O plano é de que Nádia vá com ele, pois ela sonha em viver fora do Brasil. Os dois celebram o enlace fictício com mais ardor do que seria

normal numa simples amizade. Algumas outras comemorações favorecem os encontros dos amigos: Artur casa-se em São Paulo, Herr Hans faz oitenta anos e é festejado com fogos de artifício pela cidade toda. Na festa do seu aniversário sugere publicamente que Vítor seja o novo prefeito da cidade. Também nesta festa, Marta e Vítor dançam juntos: uma primeira concessão de Marta à discrição que queria preservar. Pedro é aprovado em primeiro lugar para o estágio no exterior e deverá ir para a Alemanha. Ao mesmo tempo Eduardo adoece gravemente em São Paulo e Nádia descobre que ele tem câncer de pulmão e que está condenado. Ela desiste de sua viagem para o exterior, e Pedro vai só, sem saber a razão da desistência de Nádia. Para ficar com Eduardo todo o tempo possível, ela organiza sua vida profissional e de estudante. Eles moram inicialmente no Rio e depois na casa dos gerânios. Nádia acaba aceitando os insistentes pedidos de casamento de Eduardo mesmo sabendo que já é casada no civil. Com a ajuda de Vítor ela consegue que o casamento seja realizado na igreja de sua terra natal. A cerimônia é emocionante, pois Nádia é levada ao altar primeiro pelos tios, depois pelos irmãos e por último por Vítor. Dentro do seu bouquet


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de noiva, ela carrega um ramalhete seco de flores do campo que Vítor lhe dera há muitos anos atrás e uma folha também seca que seu pai lhe havia dado quando deixaram a cidade rumo ao Rio. Na Alemanha, Pedro recebe a notícia do casamento. Profundamente triste, deixa de ler as cartas do Brasil, e portanto não fica sabendo que Eduardo está doente. Embora para Nádia a opção de cuidar de Eduardo tenha sido muito importante, ela se desgasta no processo, pois ele a monopoliza. Vítor compra uma casa abandonada vizinha à casa dos gerânios. Com isso antecipa-se a Marta que queria futuramente comprá-la e transformar a casa dos gerânios num abrigo para mulheres e crianças desamparadas. A casa está em ruínas mas com a ajuda dos Gross-

mann da fazenda e de Eduardo que, já muito enfraquecido, faz o projeto da reforma, ela fica logo habitável. Marta auxilia Vítor a fazer a decoração interna. Eduardo piora rapidamente. Pedro é chamado e, surpreso com a notícia, vem imediatamente ao Brasil a tempo de ver o amigo. Numa fase adiantada de sofrimento Eduardo é liberado por Anne que o ajuda a morrer com uma beberagem especial. Ele falece junto à Nádia, relembrando com ela o namoro de outros tempos. Nádia volta ao Rio e tenta retomar sua vida, mas começa a perceber, através de uma série de detalhes para os quais tinha estado cega até então, que Pedro a ama. Apoiada pela mãe e pela avó, ela vai ao seu encontro na Alemanha. Vítor toma

Onde comprar:

dois bebês gêmeos para adoção e propõe casamento a Marta na frente de todos os Grossmann. Marta, feliz, o aceita com todo o apoio da família do seu marido. Alaba Textory III retrata as modificações na vida da família Grossmann de 1970 a 1972. É essencialmente um livro sobre o desenvolvimento de Nádia, sua busca e seu amadurecimento como mulher. E é, como salientado no final do livro com uma citação de Anne, um livro sobre a aceitação e sobre o crescimento que deriva dela: “Todas as energias estarão ao seu favor, pois você se porá a favor delas também aceitando… simplesmente aceitando.” Em seu respeito pelo ser humano e suas potencialidades Alaba Textory III é um romance que conforta e estimula a crescer.

Em breve na Amazon, Saraiva, Cultura. www.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritor Estevão de Sousa

VIAJANDO PELO MUNDO Ao iniciar o percurso que liga, por estrada, Barcelona ao Principado de Mónaco, o viajante tem presente que irá percorrer perto de 700 quilómetros praticamente sempre junto ao mediterrâneo, passando por cidades como Perpignan, Narbona, Montpellier e Marselha, (segunda maior cidade francesa). Continuando a caminho de Mónaco, encontra Toulon, onde começa a côte D’Azur, ou Riviera Francesa, numa extensão que o levará a percorrer cento e setenta quilómetros, passando por Saint Tropez, Cannes, Nice e por fim Mónaco. Ao fazer este trajeto teve, o viajante, o privilégio de atravessar a Provença - magnífica região do sul de França que tem início junto à margem 18

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O - CÔTE D’AZUR do rio Ródano e se prolongar até à fronteira com Itália. Mesmo não sendo bom observador, ser-lhe-á impossível não reparar na extrema beleza da região, habitada e visitada - especialmente no verão - por uma população endinheirada e ávida de prazeres. Desde o desmesurado bulício de Marselha - a que não é alheio o porto, - passando pela excelência da estância de Saint Tropez, a magnificência das praias de Cannes e Nice e o glamour e exotismo de Mónaco, tudo fará com que o visitante menos avisado pense estar a viver um conto de fadas! Aconselhamo-lo a percorrer a cote D’Azur sem pressas. Deixe o tempo correr e vá pela estrada na-

cional visitando a costa maravilhosa, rica em vilarejos e cidades magníficas. O recorte da costa, onde a cada canto existe uma praia encantadora a quem os pinheiros emprestam um agradável e inebriante aroma campesino, enquanto nos presenteiam com as suas afáveis sombras. Chegados a Cannes somos levados a percorrer a croisette - movimentado passeio onde se encontra o edifício palco da realização dos maiores e mais célebres festivais de cinema. A cidade, hospitaleira, oferece-nos uma praia em cujo mar, - daquele azul eletrizante que só o mar da Côte D’Azur possui, - não podemos deixar de mergulhar.

Continuando o nosso percurso até Nice, que dista dali trinta e três quilómetros, vamos percorrendo a costa de Antibes, na qual encontramos as magníficas praias de: Cap d’Antibes, Juan les pins, não deixando de visitar a velha cidade de Antibes, desfrutando da sua característica cosmopolita e buliçosa. Nice é uma bela e grande cidade em que é ícone a Promenade des Anglais que, seguindo à beira mar, se estende por toda a cidade, onde, nas noites cálidas de luar, apetece passear até junto do belo forte ali existente. Quanto ao mar de Nice! Pois: que dizer mais do maravilhoso mar da Côte d’Azur? Continuando a nossa caminhada, eis que a vinte quilómetros, encontramos: Mónaco! Mónaco com todo o seu glamour, a sua luxúria e o seu exorbitante luxo! Acreditem que, estar à noite, algumas horas – sim... disse horas -, junto ao Casino Monte Carlo, assistindo à chegada das damas e cavalheiros, apreciando o garbo com que se vestem, as joias que ostentam e os sumptuosos automóveis em que se fazem transportar é uma visão digna das “mil e uma noites”! Uma vez em Mónaco, não deixem de subir ao monte onde se encontra o palácio do príncipe e de onde se tem uma vista magnífica da marina, na qual se encontram ancorados os mais belos e luxuosos iates. Que mais teremos de lhe dizer para o levar a fazer uma das mais belas viagens da sua vida? Vamos, venha daí!

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ENTREVISTA

ESCRITOR JOSÉ ROQUE José Manuel Ferreira Roque nasceu em 1954, é natural da cidade de Évora – Portugal, onde reside. Possui Mestrado em Sociologia na variante Poder e Sistemas Políticos. Lecionou no Ensino Básico, Secundário e Universitário como Assistente Convidado, exerceu funções em organismo afeto ao Ministério da Justiça, publicou, em 2011, CRIME E PERDÃO (Pseudônimo: Manuel Equor) e em 2015, SONHAR COM FORÇA. No prelo tem CASA DAS PENAS, uma narrativa sobre o mundo carcerário.

Boa leitura!

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Por meio da narrativa chegase à cidade de Évora, na região do Alentejo, com dias de verão com “sol para todos ao preço da chuva”. É uma cidade histórica que foi antigo centro religioso e militar. Os seus monumentos testemunham o seu passado.”


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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor José Manuel Ferreira Roque, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que mais o encanta na arte literária? José Roque - É também para mim um prazer participar, deste modo, na Revista Divulga Escritor. É de enaltecer o vosso contributo valioso na aproximação entre quem escreve e quem lê através da divulgação promovida por via desta publicação. Passando às questões que me coloca, o que mais me encanta na arte literária é experienciar a magia da palavra, da arquitetura do texto, da transformação do deserto da página em branco num mundo povoado de coisas e pessoas, relações, pensamentos e credos, derrotas e triunfos, com uma dinâmica em que tudo acontece, e mesmo que não acontecesse, é acontecimento… Enfim, tudo é possível ou se teima para que o seja, na magia da transformação da página em branco que é “espaço” de criação e de liberdade, de prazer e sofrimento que põe à prova um desejo de superação. Alcançar com o texto um qualquer destinatário, suscitá-lo na sua compreensão e sensibilidade, é ainda arrojo que encanta na arte literária. O que o inspirou a escrever “Sonhar com Força”? José Roque - O pendão político no texto permanece do princípio ao fim ainda que seja caraterística em que o texto não se esgota. Foi a situação política em Portugal, a crise financeira, económica e social sobretudo entre 2010 e 2015 que transnudou para o plano de fundo da narrativa e lhe comunicou o que nela aparece de cáustico, acutilante, invectivo. A

Em Portugal, Sonhar com Força, é narrado na Cidade história de Évora, região do Alentejo

vivência da crise e da política localizada num dado mosaico do conjunto, que faz o país retalho onde se situa a narrativa, as personagens do próprio local tomado como cenário natural, a relação de proximidade e a familiaridade de longa duração estabelecida com o meio e as pessoas prestando-se à transfiguração própria da ficção, acaba por integrá-la ou servi-la como fonte de inspiração. Merecem destaque como fluxo inspirador na inseminação e construção narrativa, a figura, o modo de estar e o que se comenta da vida de um sem-abrigo que vive na cidade que serve de cenário. Este personagem real passa para o texto para nele assumir o papel principal e triunfar como herói da narrativa. Como foi a escolha do título? José Roque - O título remete para a ideia de projeto a inscrever num

futuro qualquer. O que acresce ao “sonhar” na expressão “com força” remete para um sonhar com querer, ousadia, intrepidez. No livro, este título comporta um desejo de requalificação do presente para um fututo melhor. Mas desejo que é necessidade e, até, de certa exigência. Oscar Niemeyer, grande arquiteto com escrita grandiosa de concreto armado, é eloquente exemplo de alguém com capacidade de sonhar e de dar volume na realização do que antes sonhou. “Sonhar com Força” é título que veio de Niemeyer. Presta-lhe tributo com o título e as referências que lhe fazem narrativa. Com relação à localização geográfica, conte-nos quais locais iremos conhecer ao ler “Sonhar com Força”? José Roque - Ao ler “Sonhar com Força” o leitor está de visita à cidade em que ele acontece. O visitante à

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cidade encontra também facilmente nela fragmentos da narrativa. Por meio da narrativa chega-se à cidade de Évora, na região do Alentejo, com dias de verão com “sol para todos ao preço da chuva”. É uma cidade histórica que foi antigo centro religioso e militar. Os seus monumentos testemunham o seu passado. O leitor é transportado para uma realidade física, mas também humana. Encontra praças, jardins, ruas e travessas em parte rodeadas por muralhas. […] vai descobrir na toponímia nomes de personagens da narrativa [...] experimentar saltos altos na calçada […] ouvir as horas das igrejas e confirmar a paralisia do relógio no edifício camarário […] sentar-se numa esplanada e discretamente dar migalhas aos pombos […] falar com alguns residentes e… por fim […] encontrar-se com o herói da narrativa que pernoita no largo do edifício da câmara municipal. Quais os principais desafios para a escrita do enredo que compõe a obra? José Roque – Eleger, na construção do texto, um sem-abrigo para herói da narrativa, à primeira vista é recear que é aposta no cavalo que vai perder, tanto mais, colocando-o a correr numa competição de natureza política. Ou então, é começar sem saber como acabar. O desafio é fazer dele um vencedor ainda que perdedor neste ou naquele momento ou circunstância, sustentá-lo como herói até ao fim de modo credível e com coerência necessária. Desafio é também procurar uma dinámica do texto de modo a manter o interesse e o investimento na leitura. O salpico humorístico procura compensar a seriedade da interpelação política que chega a ser abrasiva […] digo eu […]. Desafio é ainda o de garantir um compromisso estético na produção narrativa […]. Há que conferir com o leitor o que é leitura pelo autor da sua própria escrita. Descreva o livro em duas palavras José Roque - Acreditar e resistir.

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Cinco motivos para ler “Sonhar com Força”: Tem humor e diversão (… Presumo que ele deve ter ficado furioso que nem um presidente de câmara atingido com caca de pombo…) Tem ação (… juntando e distribuindo cornada, coice, trombada que afronta, vinga, varre, afasta e liberta…) Tem drama (... Vive! Vive, por favor! Suplica-lhe a tremer, a rechinar por dentro e por fora de aflição…) Tem contundência política (… Basta corrigir o que falha na Democracia que temos, e não perderemos mais tempo …) Tem mensagem com conteúdo (… Tomanico, graduado em capitão da utopia próxima da realização, tornou-se, pois, tão popular quanto o pai...)


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Soube que temos livro novo no prelo. Conte-nos quais os novos projetos literários do autor José Manuel Ferreira Roque. José Roque - No prelo está “Casa das Penas”. É uma narrativa sobre o mumdo prisional em que é abordado o tratamento penitenciário e as interações entre os diferentes atores. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor José Manuel Ferreira Roque. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? José Roque - Aos leitores e a todas as pessoas que prezam a arte literária e amam o livro deixo como encorajamento a frase bíblica: Crescei e multiplicai-vos!

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SOLAR DOS POETAS Por José Sepúlveda

ESPÍRITO DAS ARTES Não são raros os casos em que a Arte, nas suas diversas vertentes, se cruza por essas terras fora em tertúlias, exposições e outros eventos culturais que ocorrem cada vez com mais regularidade e em maior número. Desta vez, resolveram alguns amigos organizar um evento diferente, o Espírito das Artes. Encontrado um lugar privilegiado para o efeito, eis reunidas num único evento a poesia, a pintura, a música, a escultura, a fotografia. Um manancial de expressões artísticas onde cada um expressa os seus sentimentos e o seu ímpeto artístico e o partilha durante um dia, iniciando com um almoço de convívio, a que se seguem sessões de expressão poética para interpretar a arte em exposição, complementada com uma mostra fotográfica que conta com a prestação de dois excelentes mágicos da imagem real. A panóplia de artistas plásticos, complementada por uma mostra de escultura, conjugada com expressão poética, interpretativa das telas em exposição, conta ainda com a participação de músicos de excelência, no violino,

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no saxofone e no teclado que transformam este evento num aliciante, aberto a quem quiser estar presente. Depois, uma sessão de convívio e lazer nos magníficos jardins. Para terminar com chave de ouro, uma sessão de poesia, onde os poetas presentes vão poder mostrar a sua veia e que vão transformar o momento nbum verdadeiro convívio digno de príncipes. O lugar escolhido foi a Quinta do Espírito Santo, em Arcozelo, Vila Nova de Gaia, Quinta transformada em lugar de eventos sociais e de cultura. A simpatia dos anfitriões é a cereja em cima deste apetitoso bolo que apelidamos de Espírito das Artes. A organização é duma equipa experiente: José Sepúlveda, Adias Machado e José Sá, a que se juntaram Amy Dine, Rosário Pereira e Sabina Figueiredo, além de dezenas de muitos atores que tratam a arte com o maior carinho e dedicação. Data da ocorrência: 16 de Julho de 2017, com a presença de muitas dezenas de artistas e amigos. A arte pela arte, a fim de que se tornem vivas as palavras de Eça de Queiroz: - A Arte é tudo, o resto é nada.


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POETAS POVOEIROS Por Manuel Joaquim Craveiro (Redacção ao abrigo da antiga ortografia)

VIDA DE CANSEIRA

“Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.” “Francis Bacon” O mendigo percorre as ruas da cidade acompanhado sempre do seu melhor e único amigo, um pequeno cão de raça que alguém abandonou há anos e, a partir daquela altura tornaram-se inseparáveis durante as 24 horas do futuro dos dias. A pouca comida recolhida na espuma dos dias, tinha como prioridade matar a fome ao Piloto, em detrimento do dono. Se fossem mais abundantes os restos que o restaurante de um minhoto lhe dispensava, fazia companhia ao Piloto, caso contrário preferia comer uma sopa quente quando havia. Os olhitos azeitona do Piloto, “falavam” com o dono numa conversa constante durante o dia e, à noite, na cama dura de um colchão de caixas de cartão, estava sempre alerta a velar pelo dono amigo, encostando-se para o aquecer. A gratidão era recíproca. Na manhã seguinte, um homem

com o filho pela mão, pára e pergunta: - Quanto quer pelo cãozinho ? A resposta do dono não se fez esperar. - Não vendo a minha família – respondeu bruscamente. Não contando com aquela reacção, apressou-se a pedir desculpa, dizendo que não queria ofender, só que, achei uma pena um cão de raça estar a viver sem condições. É melhor ficarmos por aqui. O cão não está à venda. Desapareça ! Oh filho, o pedinte não vende o cão. É pobre e ingrato. Coitado do animal. Deixa lá filho que, quando puder compro-te um, embora em casa não tenhamos muitas condições para o acolher, mas logo se verá. Oh Pai, foi melhor assim, sabes. Eu estava a olhar para o cão e ele não tirava os olhos do dono. De certeza que não seria feliz connosco.

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ENTREVISTA

ESCRITOR MANUEL MAGNO JARDIM Manuel MAGNO Cachucho Jardim nasceu em 2 de setembro de 1986 na bela cidade do Funchal. Uma das coisas que mais o atraíram desde cedo foram os mistérios do universo, a escrita como linguagem e forma de comunicação entre as pessoas. Das suas múltiplas facetas, é bombeiro na reserva onde já desempenhou e sempre que necessário desempenha sua função em prol da comunidade. Habita no Concelho da Calheta, o maior da Ilha da Madeira na zona oeste. Magno reparte seus dias na área do turismo e da restauração e em projetos de ordem artística, englobando músicos nacionais e estrangeiros, bem como algumas figuras públicas.

Boa leitura!

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A mensagem que desejo transmitir ao leitor, se bem que com um pouco de modéstia, é a liberadade tal como a descobri na sua forma mais simples, a do autoconhecimento, de fora para dentro e de dentro para fora.”


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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Manuel Magno, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos como surgiu inspiração para a escrita de “5º Império”? Manuel Magno - A inspiração para a escrita do livro “5º Império” surgiu no meio do turbilhão de instabiliade socioeconómica em que o estado português se encontrava, nomeadamente por volta de 2008, também na ilha (Madeira) onde vivo, em que a crescente falta de emprego e trabalho progredia de forma insana, o que fez com que muitos portugueses madeirenses emigrassem por forma a poderem se sustentar, procurar melhores condições de vida e pagar algumas das contas e encargos que cá já tinham, mas que devido à crise económica viam os seus ordenados a serem reduzidos. A mim, o que me restou foi a vontade de ficar e me virar para a Cultura, para o conhecimento, para a educação; e a partir daí construir um caminho que assentasse em bases sólidas tal como a um império profetizado por vários autores portugueses ao longo dos séculos, e profetizado na bíblia pelo profeta Daniel com pistas por mim encontradas na “Mensagem” de Fernando Pessoa, escritor último dessa mesma senda milenar. “5º Império” é um livro de textos em prosa em forma de artigos? Comente os tipos de textos que compõem o enredo da obra. Manuel Magno - O “5º Império” assenta, primeiramente, na escolha de retalhos de poesia da “Mensagem”,

querendo aproximar as Artes e a Cultura não como um refúgio, mas como um lugar a se dar a conhecer comum ao homem e não como algo do fantástico.

de Fernando Pessoa, a que ele se refere da necessidade da continuidade desse império sob a forma do espírito; é transmitido por mim, pois na construção de texto poético com poemas desconstruidos da “Mensagem” se até for melhor referir (decifrados) e dispostos de forma mais orientativa do teor da “Mensagem” propriamente dita. É um reinterpretar contínuo do início ao fim do livro dessa epopeia simbólica mais adiante com poesia e pequenos textos de prosa de minha autoria. Que temas são abordados nesta obra literária? Manuel Magno - Os temas abordados nesta obra literária vão desde o sentido de liberdade à força de vontade, ao saudosismo dos descobrimentos e ao querer por meio da dinâmica das palavras evoluir em direção a um futuro mais próspero

Após “5º Império” surge “5º Império – A Quimera”. O que os diferencia? Manuel Magno - A diferenciação entre as duas obras — o “5º Império” e o “5º Império – A Quimera” — começa por passar de uma obra poética e semântica para uma obra de prosa com a colaboração de autores, também eles madeirenses. Eles próprios tentam dar continuidade “territorial” no espírito do 5º Império, que vai de poesia a exemplos bem práticos do que representa esse mesmo sentido, quinto imperial, mais simplificado nas páginas desta obra um pouco mais extensa e representativa do moto que nos leva a enveredar por escolhas mais próximas da vontade de cada um. Conta também com o prefácio de um grande escritor português, o professor Eduardo Amarante. Qual o perfil de textos publicados em o “5º Império – A Quimera”? Manuel Magno - O perfil dos textos publicados no “5º Império – A Quimera” é quase de cariz político e representativo do nosso estado de coisas atual, representando um pouco a dualidade da democracia em oposição à liberdade. Quais critérios foram utilizados para escolha do título “A Quimera”? Manuel Magno – “A Quimera” acabou por significar o “Sonho”, a partilha do tal conhecimento transmiwww.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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tido secularmente tal como fizesse parte de nós, da nossa missão no mundo e assimilando mais vulgarmente pelo que chamamos de a nossa alma no sentido mais lato e abstrato, porque cabe a cada um de nós descobrir o seu significado, e a mim assentou-me “que nem uma luva”.

neiro na área; espero que, pelo meu pouco conhecimento expressado, esteja a facultar muitas pessoas de ferramentas para que possam de sob formas explorar os meandros das suas almas, das suas personalidades e dos seus seres. Um muito obrigado.

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Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor por meio desta obra literária? Manuel Magno - A mensagem que desejo transmitir ao leitor, se bem que com um pouco de modéstia, é a liberadade tal como a descobri na sua forma mais simples, a do autoconhecimento, de fora para dentro e de dentro para fora. Apresente-nos cinco motivos para ler “5º Império – A Quimera”. 1. Sem dúvida, a expansão dos horizontes e do autoconhecimento, pela autoanálise. 2. Dar factores para o desenvolvimento do pensamento crítico. 3. Estimular o processo criativo pessoal de cada pessoa. 4. Dar um novo universo ao mundo, transformando a cada um de nós inicialmente. 5. Promover a liberdade e a força de expressão contidas em cada ser humano justo e ponderado. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Manuel Magno. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Manuel Magno - É um prazer escrever e dar a conhecer, por muito que esteja a ser generalista e um estar a ser um tanto ou quanto pio28

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ONDE COMPRAR Chiado Editora http://www.apeiron-edicoes.com/products/magno-jardimoutros-autores-5%c2%ba-imperio-a-quimera/ https://www.bertrand.pt/ficha/5-imperio/?id=18909352 https://www.wook.pt/livro/5-imperio-magnojardim/18909352


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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritor José Lopes da Nave

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O TABERNEIRO

O FERREIRO

Mestre do equilíbrio, bandeja na mão, beata apagada entre os lábios caminha entre as mesas, onde os fregueses jogam a sueca e, oscilando o corpo qual contorcionista, entrega o pedido feito. Reparos não ouve, está entre gente sua, apenas, anota mais uma rodada que a sede é muita e a mágoa também, há pois que apagá-las. E, vai mais um copinho para a sossega da noite.

O tlim, tlim ouvia-se ao longe, do martelo, batendo insistentemente na bigorna. Por hábito, aproximava-me e, às vezes, levava o arco, da brincadeira, de novo quebrado, para concerto. O ti Amaro, afogueado, olhava-me e sorria sempre, comentando, outra vez! Passava o lenço pela testa e interrompia o trabalho para, brevemente, proceder ao arranjo. Ficava maravilhado, o fogo, constante, faiscava dando tons rubros ao ambiente. O ferro ia tomando forma, naquelas mãos calejadas. E, por aí, ficava tempos …

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ENTREVISTA

ESCRITOR ANIBAL TEIXEIRA Anibal Teixeira é Economista, Empresário, Coach e Analista Comportamental. Formação Acadêmica: International Professional & Self Coaching (IBC), Mapeamento de Perfil Comportamental (Solides Universidade Federal de Minas Gerais), Treinamento em formação de Palestrantes e Liderança (Roberto Shinyashiki). Master Mind: Treinamento de Alta Performance, Empresa do Ser (Koji Sakamoto) Leader Training (Instituto Tadashi Kadomoto) Análise e Planejamento Financeiro, De Olho na Qualidade dos 5S, Empreendedor Individual (Instituto Sebrae), Bacharel em Economia (Santana-SP), Empretec (Sebrae) e Micro Expressões Trainer e Practitioner (Center for Body Language - Bélgica).

O processo lhe remete a suas crenças e paradigmas, convertendo em mudanças de comportamentos, potencializando seus objetivos. Convido a você, leitor, a ousar fazer diferente.”

Boa leitura!

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Anibal Teixeira, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o inspirou a escrever “Não Faça Birra, Faça Economia”? Anibal Teixeira - Como empresário, uma de minhas empresas é o Amazing Balls, um parque temático, e pude receber várias famílias consumidoras, e constatei a grande diversidade no lidar com o dinheiro, e me surpreendia tamanha dificuldade de pais em passarem a seus filhos algo esquecido no manusear o dinheiro, que é a questão do planejamento, tanto no âmbito do poupar como no de consumir. Aquilo me despertou o interesse em escrever a obra, e o mais importante: não julgar como criar seus filhos financeiramente, e sim comunicar a essas famílias a importância de ter uma vida financeira saudável, independentemente da sua renda. A criança entender, que mais do que fazer birra, o importante é ter o poder de conhecer a sua necessidade. Quais temáticas estão sendo abordadas nesta obra literária? Anibal Teixeira - Dicas sobre educação financeira na infância. Dois livros em “um”. O livro destinado aos adultos orienta sobre como nossas atitudes e exemplos influenciam de forma positiva ou negativa e que tipo de relação estamos proporcionando entre o dinheiro e a criança. O livro destinado às crianças incentiva de forma lúdica e divertida o prazer em obter conquistas desde muito cedo, mostrando-lhes as vantagens em planejar, economizar e gastar; e 32

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que isso, realizado de forma organizada, pode representar muito mais que uma boa BIRRA. Por abordar a educação financeira infantil, quais os principais desafios para a escrita do enredo que compõe o livro? Anibal Teixeira - Acredito que um dos meus maiores desafios, como estava escrevendo para dois públicos diferentes, foi saber o momento de ser técnico e o momento de ser didático. Apesar de ser dividido fisicamente, o livro precisava passar para a família conteúdo suficiente de conhecimento, num tema cheio de tabus e paradigmas. Outro desafio foi transformar toda aquela teoria em prática, e isto eu consegui, colocando o livro numa maleta que vem com planilha, canetas azul e vermelha, para diferenciar entradas e saídas, e o cofrinho, armazenando suas economias. Com isso, consegui fazer pais e filhos renovarem suas experiências lidas. Como você vê o atual cenário da educação financeira infantil no Brasil? Anibal Teixeira - Ainda na incubadora, existe um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional desde 2009, para incluir oficialmente a educação financeira no currículo escolar nos ensinos fundamental e médio, o projeto de lei 171/09. Claro que algumas entidades educacionais particulares já usam como atividade extracurricular um diferencial, mas não conseguem abranger todas as crianças, pois sabemos que a maioria está na rede pública. Temos uma moeda relativamente estável, mas em contrapartida temos uma população sem o hábito do planejar e depois

gastar, ter o poder de negociar uma compra à vista, muitas vezes abrindo mão de descontos grandiosos. Prefere-se sair com o produto no ato e o compromisso de pagamento em uma quantidade de parcelas enorme, com juros, que chegam a ser vergonhosos. Então acredito que esta geração tem que ter ensinamentos profundos em relação a esta compra imediatista e o consumo sem sentido. Apresente-nos 5 motivos para ler “Não Faça Birra, Faça Economia”: - Introduzir desde cedo as nossas crianças nos princípios de uma educação financeia para que possamos conduzi-las a caminhos mais equilibrados. - Ingressar as crianças para uma cultura financeira que poderá levá-las a um futuro promissor. - Diferença do dinheiro bem gasto e o consumo aleatório. - O processo de socialização das crianças é, em grande parte, baseado na limitação dos adultos como tal; é fundamental ensinar, desde cedo, o valor do dinheiro às crianças. - É necessário existir coerência entre o que os pais ensinam e o que fazem. O que mais o encanta nesta obra literária? Anibal Teixeira - Ajudar as crianças a serem adultos saudáveis economicamente, e aos pais a entenderem que seus se seus filhos hoje, adquirirem hábitos de planejar e fizerem compras saudáveis, será automática a condução do seu consumo positivo, para sempre. Tenho confiança que meus leitores não serão escravos do dinheiro, poderão comprar ou gastar sem culpa.


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E o ápice desta leitura é, sem dúvida alguma, a experiência entre pais e filhos fazerem um compromisso de planejamento juntos. Convido vocês a estipularem uma meta familiar, não importa que seja um piquenique no seu quintal ou uma viagem fantástica, o mais importante é ver a família toda focada em um único objetivo: economizar para usufruir de um propósito em comum. Além de autor, você é coach em educação financeira; comente as atividades que desenvolve nesta área profissional. Anibal Teixeira - O coaching é um processo que visa aumentar o seu desempenho. Usando ferramentas específicas, faço o coachee (cliente), por meio de metodologias, ferramentas e técnicas, expandir seus resultados como aceleração no planejamento e administração, liderança, empreendedorismo etc. Costumo falar aos meus coachees que não venham buscar solução para pagamentos de dívidas ou solução de problemas, mas como não entrar mais nestas armadilhas financeiras, por meio de novos hábitos, tornando suas decisões mais assertivas. O processo lhe remete a suas crenças e paradigmas, convertendo em mudanças de comportamentos, potencializando seus objetivos. Convido a você, leitor, a ousar fazer diferente. Quem desejar contratá-lo para palestra como deve proceder? Anibal Teixeira - Como disse anteriormente, procuro manter uma central de relacionamento vinculada ao WhatsApp (55 11 9 47282412). Temos várias palestras voltadas a esse tema, e para faixas etárias

ONDE COMPRAR

WhatsApp (55 11 9 4728 2412) Email: teixeira_anibal@hotmail.com Facebook: não faça birra faça economia Facebook: Anibal Teixeira Enviamos via correio o seu pedido.

distintas. Costumamos atender empresas, entidades governamentais, escolas públicas e privadas. Fazemos trabalho com crianças, pais e filhos ou somente com adultos, pois faremos com linguagem apropriada e com dinâmicas relacionadas a cada público específico. Terei o maior prazer de visitar sua cidade, escola ou empresa. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Anibal Teixeira. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Anibal Teixeira - Hoje não tem como negar a vida capitalista que vivemos, com o consumismo sendo confrontado pela sociedade a todo

momento. Criança consome como gente grande; a ciranda do ganhar, administrar, poupar e o melhor, gastar, faz parte desta geração. Porém, mais do que ganhar, hoje com a vitrine que nos rodeia de tentações de produtos e serviços apetitosos e “necessários” aos nossos olhos e bolsos, temos que orientar esta geração a gastar bem e sem birra. Quero agradecer a oportunidade dada pela equipe da Revista Divulga Escritor não só pelo convite, mas pelo trabalho de incentivo à leitura num todo. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Rosa Maria Santos

Rony tinha chegado à conclusão não valia a pena insistir numa relação na qual só um gostava de estar. Cada dia sentia-o mais distante. Depois de muito pensar tomou a decisão possível. Melhor ir embora. Mudar de rumo, de cidade. Custou-lhe muito, mas era a única solução. De manhã bem cedo falou com ele e comunicou-se a sua decisão. Aquela relação já não fazia sentido, deixara de a fazer feliz. Ele ficou estupefacto. Olhou para ela e ali ficou atónito sem saber o que dizer ou fazer. Esta notícia apanhara-o completamente se surpresa. Santo Deus o que fazer? Rony, encaminhou-se para a

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Ree porta. Olhou para ele com ternura e saiu em direção ao cais. Já não conseguia enxergar onde colocava os pequeninos pés. Balanceava, qual boneco articulado, como se estivesse embriagada. Fora uma decisão difícil, muito difícil mas que se tornara premente tomar. Tinha que ser. Ansiosa, olhava o relógio. Nunca mais chegada o malfadado comboio. Ufff, lá vem. Afinal, mesmo na hora certa, sem atrasos. Deu dois passos. Olhou de soslaio em direção a casa, como que a despedir-se. Tinha passado ali momentos felizes, cheios de alegria. Muito ingrato. A chuva caia devagarinho na


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encontro sua cabeleira longa e dourada. Os seus olhos de avelã, húmidos e tristes, olhavam como que à procura de algo que a fizesse voltar. Mas não, a decisão estava tomada. Subiu o degrau e entrou na carruagem. Cheia. Sentou-se na cabine. Não conseguia esconder as lágrimas que teimosamente lhe corriam pelo delgado rosto. Caramba! Porquê?. Ó, melhor assim! Uma viagem longa pela frente. Quem sabe se uma oportunidade para refletir. A sua vida estava em alvoroço, em conflito consigo mesma. Bem, o melhor é descansar um pouco. Fechou os olhos e permaneceu em silêncio. Precisava encontrar uns

momentos de paz e de serenidade. Olhou pela janela e exclamou de si para si: - Uauuuuuu que maravilha. A beleza da paisagem que lhe entrava pela janela acalmava-a e servia um pouco para a afastar dos seus pensamentos. O paraíso, só podia ser. Lembrou a sua avó, a floresta encantada, os animais que falavam. Que bom! Recordava: No centro da mesa, um enorme arranjo de flores, cada qual com seu matiz, qual arco iris, enorme! Seus olhos brilhavam de contentes. Os animais, imaginava, olhavam. Linda, qual princesa. De repente, ouve uma voz. Reconheceu-a. Fora sua nos mais belos momentos da vida.

Olhou temerosa e procurou o som. – Onde estás? – gritou. A sua mente escaldava. Afinal, tinha-o abandonado. Caiu, desolada, num banho de lágrimas. Saudade! Que fazer? O que vou eu fazer? Não posso recuar! De repente, saltou sobressaltada. … E despertou. Alguém ao lado acordou aflita. - Oh! desculpe adormeci! Não precisa desculpar-se. Vai de viagem? Para longe? Depois, soltou o mais belo sorriso e disse: - Sorriu e respondeu: - Para além da eternidade. Que bom que chegaste, amor. Abraça-me!

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Helena Santos

PERTO DE DEUS Gosto de estar perto do céu ou de Deus, quando me sinto sem chão. Por isso, escalei a montanha mais alta que os meus olhos alcançaram. Fui à procura de ti, ao encontro de mim. Encontrei um céu azul alegria, umas nuvens transparentes e um sol ardente, mas consciente de que embora me encontrasse só naquele lugar perdido de tudo, era frágil e ele teria de ser prudente. O vento não me castigou a pele delicada como uma flor, própria de quem se alimenta de amor. Em vez disso, refrescou a minha mente que fervia de tão impaciente e ansiosa, por não saber que desfecho teria a minha incessante procura. Sabia que podia terminar numa queda vertiginosa. À chegada, avistei um Condor. Elegante nas suas vestes, cor36

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po cuidado e discreto. De longe, observou-me. Todos os meus movimentos controlou, mas não se manifestou, como se não quisesse interromper um ritual. Então, simplesmente esperou, voando em círculos, mantendo uma certa distância como se estivesse a proteger-me ou apenas a dar-me as boas vindas, com algumas subtis piruetas. Ali estava eu, entregue nem eu mesma sabia a quê ou a quem. O silêncio que ouvia, enchia-me a alma de certezas incertas e o horizonte aos meus pés, mostrava-me caminhos inexistentes. Estava espiritualmente perdida, com dois meios de salvação: a beleza da natureza nas suas formas e cores e um Condor que desde o início me adoptou, assim o senti. Cheguei com as mãos cheias de nada, mas regressaria com o coração cheio de tudo… tinha me prometido.

Munindo-me de toda a força que me restava, gritei perguntas ao Universo, esperando que as respostas chegassem em eco. O eco chegou, mas as respostas não as facultou. Uma lágrima rebolou pelo meu rosto. O Condor que tudo observou, de mim se aproximou e fixando os meus olhos, perguntou o que fazia ali uma delicada flor que aparentava ser um forte, mas carregava tanta dor. Respondi que procurava um amor perdido, que já tentara resgatar e não havia conseguido. Disse-me que o amor nunca se perdia e nunca se ganhava, simplesmente se sentia e que o meu sempre esteve comigo. Sugeriu que sentisse como enchia o meu coração e veria que nada tinha sido em vão. Regressei à vida no dorso de um Condor, que me mostrou que nunca há lugar para a dor, sempre que a prioridade for o amor que sentimos, não o que gostaríamos que alguém sentisse por nós e que só assim poderemos nos vestir de serenidade.


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ENTREVISTA

ESCRITOR ARTUR LAIZO Em Minas Gerais, Médico é inspirado por meio de sua trajetória profissional a escrever livros literários Artur Laizo nasceu em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais, e desde os dez anos tentava seus ensaios na literatura. Aos treze escreveu “Lembranças do Oriente”, publicado em 2003. Mudouse para Juiz de Fora (MG) aos dezoito para cursar a faculdade de medicina na Universidade Federal de Juiz de Fora. Especializouse em cirurgia gastroenterológica. Fez mestrado e doutorado em cirurgia pela Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte. No entanto, nunca parou de escrever poesias, contos, crônicas e romances. Em dezembro de 2016, publicou “A Mansão do Rio Vermelho”, um ensaio fantasioso em que o personagem principal é um vampiro milenar que volta a uma cidade fictícia do interior para se vingar das bruxas que havia trezentos anos o expulsaram da cidade. O autor pretende publicar no próximo ano outro romance e participar das bienais do livro do Rio de Janeiro e São Paulo.

A Mansão do Rio Vermelho” é um livro de vampiros, para quem gosta do tema; é um livro policial, para quem aprecia esse outro lado, fala-se de amor, fala-se de perfis psicológicos mesmo nas entrelinhas, é um livro bem divertido. Acredito que as pessoas que o lerem vão gostar muito.”

Boa leitura!

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Artur Laizo, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. De que forma sua carreira como médico o influencia ou até mesmo o inspira na produção de textos literários? Artur Laizo - O prazer é meu de participar desta revista. Bem, comecei a escrever muito cedo. Comecei a ler aos oito anos e aos dez havia escrito uma “história” que defini como sendo o meu primeiro livro. Esse texto não existe mais, é claro, mas aos treze anos escrevi “Lembranças do Oriente”, publicado em 2003. Nunca mais parei de ler e de escrever. Em 1986, formei-me em medicina, especializei-me em cirurgia e hoje exerço a medicina com uma dedicação e amor bem grandes. A literatura, no entanto, faz parte da alma, e acho que não há uma inspiração na medicina para meus textos. Para escrever o livro “É difícil morrer” (1999), a inspiração me ocorreu dentro de um plantão de UTI. O enredo conta a história de um morador de rua que foi atropelado e internado na UTI. Enquanto estava conhecendo os títulos de alguns de seus livros — “É difícil morrer”, “Lembranças do Oriente” e a “Festa Derradeira” — algo me chamou a atenção: este destaque para o fim, o que foi vivido, quer seja por meio da dificuldade, das lembranças ou da última festa. Qual a mensagem em comum que deseja transmitir ao leitor pelo enredo que compõe as obras citadas? Artur Laizo - Como já disse, “É difícil morrer” é uma ficção que conta a história de um morador de rua 38

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que depois de tratado e curado das feridas do atropelamento que sofrera, terá que voltar a morar na rua. E aí? É um perfil psicológico do personagem começando dez anos antes do atropelamento, e a história do médico que tem vários problemas. Em “Lembranças do Oriente” existe a personagem correndo atrás de solucionar a magia que envolve seus amuletos para salvar a própria vida. Em “Festa Derradeira”, a depressão do personagem principal faz com que ele decida fazer uma festa derradeira para comemorar o câncer de pulmão que dará cabo da sua miserável vida. Em todos os livros acredito que a mensagem seja a de que há sempre alguma coisa pela qual a vida vale a pena. Como surgiu inspiração para “A Mansão do Rio Vermelho”? Artur Laizo - Os personagens principais do livro são um vampiro e um psicólogo que se tornam amigos. Gosto muito do tema sobrenatural, magia e de personagens fictícios como vampiros, bruxas entre outros. Escrevi “A Mansão do Rio Vermelho” há algum tempo, e em 2015 fiz uma releitura com a inclusão de mais 150 páginas. Garanto que me diverti muito escrevendo o livro. Como gosto muito de vampiros — já li quase todos os livros do tema e assisti a muitos filmes —, acredito que a inspiração veio da necessidade de criar o meu vampiro. Foi um trabalho prazeroso e relativamente rápido. Apresente-nos “A Mansão do Rio Vermelho”. Artur Laizo - O livro começa com a descoberta de um corpo decapitado e sem sangue de uma jovem loira, encontrado pela manhã em

um terreno baldio. A polícia local é chamada e tem início a busca pelo assassino. Frederich Augspartem é um vampiro alemão que veio morar no Brasil há muitos anos. Entre idas e vindas, para não ser descoberto, ele voltou para a cidade de São Luís e quer se vingar das bruxas que o expulsaram de lá há trezentos anos. Sua vingança vai ser perturbada quando ele conhece o jovem psicólogo Jaime. Como se dará essa vingança e como ele quer se vingar, só lendo o livro. Quais os principais desafios para a construção do enredo? Artur Laizo - Quando se escreve um livro, o principal desafio do autor é não fugir do enredo e não se perder no tempo. A cronologia é um fator que faz com que o leitor tenha mais facilidade de entender o que se passa. Estou escrevendo a continuação da “Mansão do Rio Vermelho” e, a todo momento, tenho que recorrer às anotações que fiz para desenvolver o enredo. Não se pode atropelar os fatos e nem deixá-los aparecer antes da hora. Pearl S. Buck, em uma entrevista, disse que todo livro tem o seu deserto; o desafio maior para o autor é passar por esse deserto. Ela se referia ao deserto do livro como aquele momento em que o enredo está posto, mas o final está longe e o autor tem que levar esse enredo ao fim sem passar por cima de nada. Apresente-nos cinco motivos para ler “A Mansão do Rio Vermelho”. Artur Laizo – “A Mansão do Rio Vermelho” é um livro de vampiros, para quem gosta do tema; é um livro policial, para quem aprecia esse outro lado, fala-se de amor, fala-se de perfis psicológicos mesmo nas


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entrelinhas, é um livro bem divertido. Acredito que as pessoas que o lerem vão gostar muito. O que mais o encanta nesta obra literária? Artur Laizo - Para o escritor, o personagem é como um filho. Eu tenho vários filhos personagens de várias histórias que escrevi e que convivem comigo. Zélia Gatai, esposa do grande Jorge Amado, disse uma vez que a casa dela era cheia de personagens dos seus livros. Assim também acho que funcionam a cabeça e a vida de todo escritor. Quando damos vida a um personagem ele passa a existir na nossa vida. O que me encanta mais na “Mansão do Rio Vermelho” é a relação de amor, medo, curiosidade e, algumas vezes, até ódio entre Augspartem e Jaime. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Artur Laizo. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Artur Laizo - Sou presidente da Liga de Escritores, Ilustrados e Autores de Juiz de Fora (LEIAJF), e por isso mesmo participo de várias feiras literárias de escolas. Tenho conversado com vários alunos de idade variando entre dez e dezoito anos, e estou vendo que o interesse por ler e escrever está presente nesses alunos de uma forma mais forte que em outras gerações. Minha mensagem é: leiam bastante! Somente lendo se tem conhecimento, ler é importante para escrever, para se comunicar, para o crescimento pessoal, profissional, enfim, leiam! Uma mensagem para os pais: incentivem seus filhos a ler. Um li-

vro é muito importante! Se seu filho escreve, se você escreve, mostre isso para os amigos, procure mostrar para o mundo. Agradeço à revista a oportunidade de mostrar meu trabalho. Estou à disposição pelos endereços eletrônicos para comentários. Fanpage: https://www.facebook.com/arturlaizoescritor/ Blog: http://paodecanelaeprosa.com.br/ _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Carmen Lúcia Hussein

Reflexões sobre a criatividade e o ensino de redação de poesia para escolares A importância do ensino de escrita de poesia serão apresentados a seguir os diversos passos para o ensino da redação desta habilidade e reflexões sobre a educação deste tema. O ensino de poesia deve usar questões de alto nível propostas por Bloom (1997) na fase inicial e a seguir e utilizar estas questões para dar um treino de redação crítica e criativa como atividades preliminares para o ensino de escrita de poesia.. A seguir são propostas por Sak(2004) que existem três aspectos do comportamento do professor que podem influenciar o ensino de pensamento criativo na sala de aula. O primeiro aspecto é o professor ser um modelo para que os alunos se desenvolverem. O segundo aspecto é a atmosfera em sala de aula criada pelo professor que conduzisse o processo de criatividade . O 40

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terceiro aspecto apontado é o esforço do professor em recompensar e dar o feedback para as atividades instrucionais .Estes três aspectos podem refletir na personalidade do aluno como a abertura intelectual do processo criativo dos escolares e os pré-requisitos do conhecimento que são necessários para o ensino da escrita de poesia pelo professor quanto ao ensino da escrita de poesia.. A leitura de literatura é importante para os estudantes desenvolverem a o ensino e aprendizagem da escrita de poesia .E que a leitura de poesia e de estórias são os pré-requisitos para o ensino de redação de poesia pelos alunos e que deve levar a obter a familiaridade e as informações que incentivam a criação de poesia sendo que els são o gênero mais popular usado quando as crianças necessitam de hábitos de leitura. (Xerri.2013).. Bloom( 1997) afirmou que o uso de questões divergentes podem levar os alunos a fazerem reflexões sobre um tema, que é central uso de questões divergentes podem levar os alunos a fazerem reflexões sobre um tema, que é central no processo de aprendizagem porque permitem os alunos a desenvolverem sentimento, valorização e percepção de si mesmo. Neste sentido foi encontrada a pesquisa de campo brasileira sobre o ensino de poesia aplicada feita por Bragotto (1994).Esta autora realizou o uso de poesia sobre a aquisição desta habilidade Ela encontrou a obtenção dos resultados que demonstraram o aumento significante da criatividade verbal, da atitude positiva frente à poesia e da expressão poética, no grupo experimental em relação ao grupo de

controle. Os dados sugeriram que houve um aumento da motivação dos estudantes e dos professores na análise qualitativa. E que houve melhoria significante na expressão da poesia e que na qualidade poética ou conteúdo não houve modificações significantes entre os grupos usados... Portanto, pode-se afirmar que as questões divergentes podem ser usadas na leitura critica e criativa e suas respectivas redações para a o incentivo de expressão poética. Desse modo, os estudos acima podem usar na fase inicial, estas estratégias para estimular a redação poética seguida por uma fase posterior de ensino de redação de poesia tanto na sua expressão poética como no seu conteúdo. Evidenciou-se que o uso inicial destas estratégias facilitou a criação da expressão desta criação. Em seguida foram dadas sugestões, conselhos e recomendações por alguns estudiosos e educadores sobre o ensino e a aprendizagem da escrita poética para os escolares como Rilke ( 1984) ;Perry ( 2006 ); Patterson e Patterson (2005) ;Hughes(1996) ;Sak ( 2004), Alguns programas ou exercícios foram realizados por autores como Tucker(1997) e Green( 2007) para o ensino de poesia para os alunos Todavia houve predomínio de estudos teóricos do que pesquisas de campo. E que quase não houve a verificação do efeito do ensino de redação de escrita de poesia para escolares. Portanto, pode-se finalizar concluir conforme Hussein (2017) ao fazer z uma revisão bibliográfica nos últimos 20 anos aqui e no exterior sobree reflexões sobre este tema concluio que os alunos leem

pouca poesia em casa e na escola ,que os professores não conhecem como ensinar e a natureza dela, E que a pratica dos professores para o treino de poesia não está baseada em pesquisas ,que há evidências que apoiam a eficácia do seu ensino quanto a forma e não ao conteúdo sendo que porem o seu ensino beneficia os alunos Também que foram achados poucos estudos sendo que houve o predomínio de trabalhos teóricos do que os de campo e que houve carência de pesquisas neste tema o que sugere a necessidade de trabalhos posteriores sobre este tema.

Referências Bibliográficas Bampi M. L. F. (1995). Efeitos de um Programa para desenvolvimento da criatividade na escrita. Dissertação de Mestrado. Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas. Bragotto, D. (1994). Programa Experimental para o Desenvolvimento da Expressão Poética em Adolescentes. Dissertação de Mestrado. Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas. Condemarin, M. e Chadwick, M. (1987). A escrita criativa e formal. Porto Alegre: Artes Hussein, C. L. (2008). Leitura Crítica e Leitura Criativa: Ensino e Aprendizagem. Rio de Janeiro: CBJE. Hussein(2017) Reflexões sobre a criatividade aobre o ensino de redação de poesia para escolares. Será publicado na Revista de Psicopedagogia em julho de 2017

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MERCADO LITERÁRIO Por Leo Vieira | leovieirasilva@gmail.com Leo Vieira é escritor acadêmico em várias Academias e Associações Literárias; ator; professor; Comendador; Capelão e Doutor em Teologia e Literatura

CURSOS ESSENCIAIS PARA BLOGUEIROS

Blogueiro é profissão? Sim, pode se tornar. Então, o que fazer para tornar a atividade mais profissional? De várias formas. Um profissional precisa se especializar ao máximo, o que inclui, experiências acadêmicas. Um Blogueiro pode fazer diversos cursos e faculdades para tornar a sua atividade mais reconhecida e respeitada. O curso de Letras e o

de Jornalismo o auxiliaria na formulação de textos profissionais, o de Literatura na preparação e obras literárias. O de História também o tornaria mais preparado na preparação de romances e também em pesquisas para construção das obras de seus clientes. Filosofia na construção dos personagens. Biblioteconomia auxilia na organização a carreira dos escritores clientes. Cinema

PARÁBOLA DO POMAR Um dia, um bom homem deixou a sua chácara aberta para a passagem dos amigos, que ao caminharem pela trilha, tinham acesso ao pomar, que estava carregado e a variedade de frutas eram grandes, podiam colher à vontade no tempo que precisarem e na quantidade que quiserem.

Só que mesmo assim, alguns deles reclamaram por não haver outras frutas (grátis). Outros ainda tiveram a petulância e sugerir que o dono do pomar recolhesse e selecionasse as frutas para eles. E ainda teve um que perguntou se também não tinha suco e geleia dessas frutas para doar.

e Publicidade também são grandes opções na organização de projetos e consultoria para editoras e escritores. Ótimo para quem planeja se tornar agente literário. Escolha pelo menos um para formação acadêmica e os restantes para pós-graduações e outros cursos complementares. E continue sempre estudando.

É exatamente assim que alguns blogueiros se sentem com alguns “camaradas literários”. No pomar de blogs e postagens que eles semeiam para todos, ainda assim alguns ainda resmungavam querendo que eles se desdobrem para oferecer além do que tem apenas para suprir os seus caprichos. Prestigiem e respeitem os blogueiros

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A VIDA EM PARTES Por Francisco Mellão Laraya larayaescritor@hotmail.com Francisco Mellão Laraya é advogado, músico e escritor.m

OS PRÉDIOS Da janela do meu quarto, ao nascer do dia, vejo os arranha-céus que insistem em roubar-me a visão do majestoso sol, e o céu tinge-se de vermelho, como que de vergonha ou de dor de não exibir-se por inteiro. Mal sabe ele que dentro de cada janela daqueles edifícios, existem pessoas, e cada uma com uma história, uma paixão, uma vida, um porvir, um passado, que se esconde na clandestinidade da visão da manhã, e só brotará ao abrir a janela da alma de cada um. Conta o texto religioso que o homem foi criado à imagem e semelhança do criador, e não o céu, ou o sol, e estas centenas de pessoas que se escondem nos prédios são

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imagens de Deus, que basta querermos conhecer para enriquecer nossa vida. Já a psicologia diz que o homem faz um Deus conforme sua imagem e semelhança, e está no parecer com a divindade, seja ela criada ou importa a aspiração máxima de cada um. Muitas vezes me pergunto se só sei escrever, aonde a criatura se parece como criador? Pretendo que minhas palavras, minhas ideias, toquem a alma de quem as ler de uma forma única, de um jeito nunca antes acontecido, que as levem a pensar, sentir e sonhar! E o que são os prédios? Os livros onde elas estão!


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ENTREVISTA

ESCRITOR CASSIUS KLAY Cássius Klay Nascimento nasceu em Ipatinga (MG), em 9 de maio de 1968. Possui graduação em Química, Bacharelado e Licenciatura, pela Universidade Federal de Viçosa (1992), mestrado em Físico-Química (2004) e doutorado em Química (2013) pela Universidade Federal de Minas Gerais com período de intercâmbio na Université du Maine, Le Mans, França. Iniciou, em março de 2016, pós-doutorado em Química pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é professor de Química do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico Federal da Escola Preparatória de Cadetes do Ar em Barbacena, Minas Gerais. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Interações Hiperfinas do 57Fe, atuando principalmente nos seguintes temas: história da ciência, educação em Química e espectroscopia Mössbauer. É autor de artigos em periódicos científicos nacionais e internacionais.

Boa leitura!

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Cássius Klay Nascimento, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que o motivou a escrever sobre a grande cientista Marie Curie? Cássius Klay - Em 2011, celebrou-se o Ano Internacional da Química, dedicado à grande cientista Marie Sklodowska Curie, detentora de dois prêmios Nobel. Um fato menos conhecido é a passagem desta ilustre cientista pelo Brasil, por um período de 45 dias. Ainda em 2011, participei de um trabalho que abordava a visita de Marie Curie especificamente à cidade de Belo Horizonte, e os resultados da pesquisa trouxeram ainda mais motivação para que eu continuasse buscando conhecer as marcas que essa maravilhosa mulher havia deixado em nosso país. O tópico recebeu uma


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motivação adicional em 2017, em que os 150 anos do nascimento de Marie Sklodowska Curie são celebrados, resultando no presente livro. Apresente-nos Marie Curie. Cássius Klay - Marie Curie nasceu no dia 7 de novembro de 1867, na Polônia, e era a caçula de uma família de cinco filhos. Sua infância foi profundamente marcada pela morte de sua mãe, quando Marie tinha apenas 11 anos. Seu pai era físico e matemático, influenciando Marie Sklodowska Curie política e cientificamente. Madame Curie estudou na França e foi uma das mais notáveis cientistas do mundo em uma época na qual a ciência era dominada pelo sexo masculino. Com seu trabalho na área de radioatividade, recebeu dois prêmios Nobel. Foi a primei-

ra mulher a receber um Prêmio Nobel de física, em 1903, junto com Pierre Curie (1859-1906) e Antoine Henri Becquerel (1852-1908), pela descoberta da radioatividade. Também foi a primeira mulher a receber o Nobel de Química, 1911, pela descoberta dos elementos químicos, polônio e rádio. Suas pesquisas sobre radioatividade trouxeram grandes avanços em três áreas: química, física e medicina. Suas descobertas científicas lhe deram grande reconhecimento ainda em vida, não somente na comunidade científica. Por sua contribuição ao estudo e à aplicação da radioatividade em medicina, especialmente no tratamento do câncer e na identificação de fraturas, ficou mundialmente conhecida. De que forma a cientista está sendo apresentada em “A visita de Marie Curie ao Brasil”? Cássius Klay - O livro que ora se apresenta e aborda a visita de Marie Curie ao Brasil é baseado em jornais da época. No primeiro capítulo, discute-se a importância e a vida particular e científica de Marie Curie para a humanidade. No segundo capítulo, o preparo para a viagem ao Brasil é abordado. Nos capítulos subsequentes são discutidos os aspectos da visita de Marie Curie nos estados por onde passou: Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. A sua relação com os cientistas, líderes políticos, estudantes, repórteres e a sociedade

em geral é discutida. Uma conclusão dessa importante e histórica visita é apresentada no capítulo final. É interessante ressaltar que o Brasil foi o único país, exceto os Estados Unidos e países da Europa, a ser visitado por Madame Curie. Como se deu a parceria com o prof. João Pedro Braga para a escrita do livro? Cássius Klay - Conheci o professor João Pedro Braga em 2002, quando iniciei meu mestrado em físico-química na Universidade Federal de Minas Gerais, por intermédio do meu orientador, o professor José Domingos Fabris. O prof. João Pedro foi convidado a colaborar com o trabalho que eu desenvolvia. Com a excelente contribuição conseguimos publicar um trabalho sobre a importância de Nicolas Léonard Sadi Carnot em relação ao estabelecimento da Primeira Lei da Termodinâmica. Durante meu doutorado, em uma nova parceria, uma versão preliminar de um artigo que seria publicado na revista Química Nova, sendo, inclusive, tema de capa – foi condecorado com o Prêmio UFMG de Extensão em 2011, adaptado e publicado no Jornal do Ônibus, jornal de circulação nos coletivos de Belo Horizonte. No artigo citava-se apenas a presença de Marie Curie em belo Horizonte. Em 2016, iniciei um pós-doutorado sob supervisão do prof. João Pedro, com o objetivo de me dedicar agora à presença de Marie Curie no Brasil, o que nos permitiu publicar o livro “A Visita de Marie Curie ao Brasil”. Quais os principais desafios para a construção do enredo que compõe a obra?

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Cássius Klay - O primeiro desafio era tentar mostra ao leitor a vida e a obra da mulher e cientista Marie Curie. Como apresentar a aquela senhora que foi uma celebridade da ciência e chegou a receber dois prêmios Nobel. Era importante mostrar os desafios, privações e superações pelos quais a cientista teve que passar. A cientista foi uma pessoa comum como todos nós, e o que ela conseguiu, definitivamente, não foi simplesmente pela sua capacidade de estudar, mas também e principalmente pela sua obstinação em vencer pelos estudos. Depois de apresentar a ilustre personagem era preciso descobrir o que levou a importante cientista a viajar ao nosso país, que está fora do Hemisfério Norte. Surgiram, assim, algumas questões: Como foi feito o convite, e por quem? Qual era a posição das autoridades políticas do Brasil? Qual era o interesse de se ter esta mulher em nossas terras? Por quais lugares a pesquisadora passou e como foi recebida? Qual foi o legado de Marie Curie à ciência e à medicina do nosso país? Qual a contribuição na luta pelos direitos das mulheres? A resposta a estes questionamentos foi fundamental para que o livro pudesse ser escrito.

plo de dedicação, luta e perseverança. Assim, homenagens prestadas à pessoa de Marie Sklodowska Curie são também uma exaltação e reconhecimento à valorosa contribuição das mulheres ao desenvolvimento da ciência. Madame Curie foi um símbolo marcante na luta pela igualdade de direito das mulheres.

Qual a principal mensagem que deseja transmitir ao leitor por meio de “A visita de Marie Curie ao Brasil”? Cássius Klay - A grande revolução que veio junto com as descobertas de Marie Curie, numa sociedade em que o preconceito em relação às mulheres estava profundamente enraizado, serve hoje de exem-

Apresente-nos cinco motivos para ler “A visita de Marie Curie ao Brasil”: • O livro é o único a falar sobre a presença de Marie Curie no Brasil. É um documento histórico. • Apresenta a fascinante história de Marie Sklodowska Curie, uma das pessoas mais dedicadas à ciência e à humanidade.

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Qual o público-alvo? Cássius Klay - O desejo inicial ao divulgar o assunto era que o livro fosse lido por estudantes do ensino médio, de graduação, de pós-graduação, por pesquisadores e por professores, principalmente aqueles ligados direta ou indiretamente à química e à física, mas percebemos com o tempo que o livro pode ser muito apreciado também por aqueles gostam de sociologia e da história de luta por igualdade de direitos entre homens e mulheres no Brasil e no mundo ou simplesmente por alguém que goste de ler.

• Mostra como uma descoberta científica pode ajudar a humanidade em sua jornada. • Coloca o leitor no meio da história de luta por igualdade de direitos entre homens e mulheres no Brasil e no mundo. • Constata a humildade e o caráter de uma grande cientista. Onde podemos comprar o livro? Cássius Klay - O livro é vendido principalmente pela Editora Livraria da Física, www.livrariadafisica. com.br e Livraria da Folha, www. livraria.folha.com.br. A Livraria da Física oferece um desconto de 40% no preço de capa para professores.


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Como devem proceder os leitores que desejarem uma palestra sobre o livro? Cássius Klay - Aqueles que desejarem uma palestra sobre o livro poderão enviar uma mensagem para mim no e-mail cassiuskn@yahoo. com.br ou para o professor João Pedro, no e-mail jjppbraga@gmail. com. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Cássius Klay Nascimento. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Cássius Klay - A vinda de Marie Curie ao Brasil foi um marco, não somente para o estudo da radioatividade e suas aplicações em nosso país, o que já seria muito, mas também ajudou a consolidar a necessidade de a ciência nacional estar conectada com o que havia de mais avançado no mundo. Em uma sociedade preconceituosa, se algum indivíduo de um grupo, alvo do preconceito, comete algum erro, considera-se que todos os outros são iguais sem exceção e cometem ou cometerão o mesmo erro. Marie Curie foi magnífica para a humanidade, mas para a sociedade da época era apenas uma exceção. A cientista era considerada, por parte da sociedade, como um ser incomum, uma mulher que havia nascido com o dom de desenvolver a “ciência dos homens” que deveria ser continuada por homens. Contradizendo a diminuição do papel da mulher, o que se viu no laboratório de Marie Curie e outros laboratórios do mundo foi uma explosão de vários trabalhos científicos conduzidos por pesquisadoras. Na sociedade moderna, Marie Curie foi e é exemplo para que as mulheres jamais se esqueçam que “lugar de mulher é onde ela quiser”.

Observações: Para que o trabalho pudesse ser realizado, a escritora francesa Anaïs Massiot, que trabalhava no Museu Curie da França (MC), concedeu um importante e essencial apoio na obtenção de imagens e de documentos históricos da viagem de Marie Curie ao Brasil e no processo de autorização do uso das imagens, incluindo a foto de capa do livro. Também contribuíram a Biblioteca Nacional da França (BNF), ao conservar e colocar à disposição seu vasto arquivo de documentos históricos sobre a vida e a obra de Marie Curie; a Biblioteca Nacional do Brasil (BN), ao disponibilizar arquivos digitais dos principais jornais da época da visita da cientista ao nosso país; e a historiadora Ethel Mizrahy Cuperschmid, que permitiu reproduzir a carta de agradecimento de Madame Curie a Eduardo Borges da Costa e as fotos do acervo do Centro de Memória da Medicina da Escola de Medicina da UFMG.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Rosa Marques

REX, O CÃO D Naquela manhã de segunda-feira, Dona Carmo a professora de Português do sexto ano, já por duas vezes mandara calar a turma. Bem se cansava ela, mas de pouco lhe servia. Por breves momentos os alunos faziam silêncio, mas logo voltavam às conversas e em poucos minutos, um rumor crescente enchia toda a sala. Os risos abafados, seguidos dos bilhetinhos passados de mão em mão e até pelo ar… e por vezes o arrastar de cadeiras, que lhe punham os nervos em franja. O Daniel e o André não paravam de conversar, ali mesmo na carteira da frente, bem debaixo do seu nariz, um cochichar irritante que parecia não ter fim. Perturbavam toda a turma, e principalmente a ela que 50

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precisava de silêncio para explicar a lição. Se continuassem, teria que separar aqueles dois, que normalmente, eram bem comportados e bons alunos, mas naquela manhã estavam impossíveis. Chamá-los-ia no intervalo, teriam que lhe explicar o motivo de tanta conversa durante a aula, caso contrário escreveria na caderneta uma nota aos pais. Daniel e André falavam dos filhotes de Labrador da cadela Jade, que tinham nascido no sábado de manhã. Uma ninhada de quatro cachorrinhos, todos de cor castanho chocolate como ela. Às perguntas de Daniel, André não resistira a contar todos os pormenores. Mal se levantara soubera pela mãe que os filhotes já tinham nascido e correra para

vê-los, eram ainda muito pequenos, e o pai andava atarefado a preparar um sítio mais cómodo onde eles pudessem ficar. Acontecimento muito esperado por Daniel, que sonhava ter um cão. Duas semanas antes André, falara-lhe nas crias que estavam para nascer e sabendo como Daniel gostava de cães, prometera-lhe um dos cachorrinhos. A mãe tinha-lhe dito para falar na escola, perguntar se algum dos colegas queria ficar com um dos filhotes de Jade, que nasceriam em breve, havia, porém, uma condição; tinham de gostar de animais, para que pudessem tratar deles com amor e responsabilidade. Entusiasmado, Daniel todos os dias perguntava a André quando era que estes nasciam? Agora sabendo que


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DE DANIEL já tinham nascido, não via chegar a hora de poder ver os cachorrinhos. Combinou com André, para naquele mesmo dia, depois das aulas da parte da tarde, passar lá em casa dele para ver os amorosos bebés. Daniel gostava de animais e sempre os tratava com carinho; brincava com eles e divertia-se com as suas brincadeiras. Tinha em casa um gato, que se chamava Sansão. Um persa lindo, de pêlo grande e fofo, em tons de castanho claro e branco, enorme, gordo de tanta preguiça. Deambulava vagarosamente pela casa, entrando e saindo conforme lhe apetecia. Estendia-se no sofá, ou no chão por cima dos tapetes e dormia, dormia… Havia dias em que, ao chegar a casa da es-

cola, Daniel ia encontrá-lo no seu quarto, estendido em cima da sua cama de uma forma engraçada, ou semiescondido por entre as almofadas. Fazendo-lhe festas, Daniel chamava-lhe dorminhoco e preguiçoso. Sansão, como que a confirmar o que Daniel dizia, esticava as patinhas e pachorrentamente, abria a boca, alongava o dorso, depois seguia Daniel até à cozinha, a ver se ele lhe oferecia algo do seu almoço. O sonho de ter um cão em casa, ganhava cada vez mais forma no pensamento de Daniel, e já o tinha como certo, depois de ver os engraçados filhotes de Labrador. Uma grande alegria tomara conta dele. Entusiasmado foi à biblioteca pesquisar alguns livros que falavam

sobre cães, queria saber mais sobre o assunto, aprender como tratar e cuidar deles e o que podiam ou não comer. O pior, seria para convencer o pai a deixa-lo ficar com um. Pela mãe, Daniel sabia que não encontraria obstáculos, conhecia-lhe bem o coração e como amolecia a qualquer pedido seu, porém, o pai não simpatizava com cães. Daniel não sabia o motivo, mas ouvira-o um dia dizer que não queria cães em casa. Era ainda muito pequeno, mas lembrava-se bem; por isso nunca lhe pedira para arranjar um cão, na quase certeza de que o pai negaria esse pedido. Sendo agora mais crescido, era diferente, podia ele próprio cuidar do cão, dar-lhe a comida, o banho e atenção e via-se já a passear com ele. Por ali mesmo, nos arredores da casa, depois pela fazenda e pelos montes, como costumava fazer sozinho. Nas tardes grandes e nas férias, se fazia bom tempo, saia para explorar os campos nas proximidades da casa… espreitar as perdizes, e uma garça branca, que quase sempre parava perto dali. Às vezes sentava-se no alto de um monte, com o olhar perdido na imensidão do horizonte, em silêncio, observando as mudanças que se operavam na tarde, à medida que o sol declinava. Até que, ouvia a voz da mãe a chamá-lo, para que regressasse a casa, por ser quase horas de jantar. A mãe sempre tão protectora e cheia de receios, quando ele se demorava um pouco mais. A Daniel, custava-lhe a entender porque é que a mãe se preocupava tanto… chamando-o para saber onde ele estava, querendo-o sempre por perto. Nos dois meses que se seguiram, Daniel frequentou assiduamente a casa de André. Depois das aulas ia com ele para ver os cawww.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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chorrinhos, agora maiores e mais bonitos, amorosos. Já comiam um pouco de tudo, estava na altura de separá-los de Jade, dizia a Senhora Almerinda mãe de André. Fazia tempo que Daniel escolhera aquele que iria ser o seu grande amigo e companheiro de brincadeiras. Apesar de serem todos do mesmo tom de castanho, havia um que se destacava dos outros, por ser mais pequeno e ter os olhos esverdeados como Jade. Muito esperto, corria, corria… para acompanhar os irmãos, fora esse o escolhido de Daniel. Chamar-lhe-ia Rex, e André concordou, que era um bom nome para o cão. Rex, como o dinossauro do filme « Jurassic Park» que ambos tinham visto. Apesar de terem ficado impressionados com a violência e devastação causada pelos enormes dinossauros, a rapidez do dinossauro Rex fora tema de muitas conversas entre os colegas lá na escola. Nos dias em que Daniel ia ver os cachorrinhos, a senhora Almerinda estava quase sempre em casa. O carinho a dedicação e paciência com que ele tratava as pequenas crias… afastou qualquer dúvida ou receio que a senhora pudesse ter em relação a ele. De forma que ela não hesitou em entregar-lhe o pequeno filhote, sabendo que este ficaria em boas mãos e seria bem tratado. Providenciou uma pequena caixa de papelão, fez vários orifícios à volta, para entrar ar, forrou o fundo com um paninho de lá macio e quentinho, depois colocou lá dentro o pequeno e amoroso Rex. Entregou a caixa a Daniel, que pegou nela cuidadosamente, como quem pega num tesouro raro ou precioso cristal. A senhora Almerinda fez ainda algumas recomendações em relação

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à comida do cão e, desejando-lhe boa sorte, pediu que lhe fosse dando noticias, pois queria saber se o cachorrinho estava a adaptar-se bem. Sempre que nascia uma ninhada, tornava-se necessário arranjar quem quisesse ficar com as crias, porque tinham, além da cadela Jade, mais dois cães em casa. Ficar com mais algum seria impensável, explicava a mãe de André. Custava-lhe a separar-se deles, e não era sem tristeza que ela e o marido os viam partir. Porém, animava-os saber que seriam a alegria de outras crianças de outras famílias, que encontrariam no cão, um grande amigo, um fiel e carinhoso companheiro para a vida. Quando Daniel chegou a casa, a mãe estava na cozinha, a preparar o jantar. Colocava pratos e os talheres na mesa. Pela porta aberta que dava para a rua, Margarida avistou o filho, que entrava pelo portão. Vinha satisfeito e sorria … além da mochila com os livros da escola que trazia nas costas, tinha com ele uma pequena caixa de papelão apoiada no braço esquerdo, e que segurava também, com a mão direita. Margarida não mais desviou o olhar do filho até ele entrar na cozinha, pressentindo logo que ali havia mistério. Daniel entrou sempre a sorrir para a mãe, que lhe perguntou: __ Que trazes nessa caixa? Sem dizer uma palavra, Daniel aproximou-se mais da mãe e cuidadosamente foi abrindo a caixa, perante o olhar atento e curioso dela, que expectante aguardava. E tal como um mágico que espera a todo o momento surpreender a plateia com sua magia… Daniel levantou primeiro uma parte da tampa e logo de seguida a outra. Margarida ficou perplexa e maravilhada com o

que viu! Uns grandes olhos, lindos, brilhantes, olhavam para ela com ternura… tão vivos e tão ternos! Ela não pôde deixar de exclamar: __ Que lindo! ___ E quis saber tudo sobre aquele lindo cachorrinho bebé, que estava ali, na sua cozinha, agora já fora da caixa, andando de um lado para o outro. Sim, era lindo, lindo… que ternura, tão fofo… parecia uma bolinha… e que lindos olhos! … Daniel nunca chegou a saber o que a mãe dissera ao pai sobre o cão. Soube apenas que, estando no quintal com o Rex, que andava já a explorar tudo o que encontrava, o pai chegou junto dele, e passando-lhe a mão na cabeça sorriu. Perguntou-lhe se o cão já tinha nome, depois pegou nele, analisou-o e disse ao filho que o cão cresceria bastante, pois era bem estruturado e tinha patas grandes e fortes. Poucos dias bastaram para que o dócil Rex se adaptasse à nova casa e à nova família. Nas primeiras noites, Daniel deixara-o ficar junto de si, no seu quarto, numa caminha improvisada, levantando-se para pegar nele quando o ouvia lamentar-se. Dedicou-lhe todo o carinho e atenção, deixando-o aos cuidados da mãe apenas quando saia para as aulas. Margarida olhava aquela adorável criatura, falava com ele, pegava-o ao colo. Ele segui-a por toda a casa e pelo quintal, quando ela ia estender a roupa a secar. O gato Sansão olhava desconfiado e com cara de poucos amigos para o Rex. Sem paciência… refugiava-se das suas investidas em cima do sofá ou noutro sítio mais alto. Assim de longe e a salvo, observava toda aquela euforia do pequeno traquina, que pela casa remexia em tudo o que via…


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ENTREVISTA

ESCRITOR DANIEL LAURINO Eventos estranhos são notados na pacata cidade paulista de Embu-Guaçu. O local, que sempre foi lembrado por sua paz, tranquilidade e integração total com a natureza, começa a revelar aos poucos segredos guardados há séculos. Ênio, o personagem principal, tem pouco tempo para decidir sobre seu destino em meio a descobertas que o deixarão atordoado, como a real possibilidade de manter contato com uma antiga criatura lendária do folclore brasileiro. Ao longo dos capítulos você, leitor, terá a possibilidade de descobrir que nem tudo o que as histórias infantis ensinaram está apoiado em verdades e que, na maioria das vezes, fomos enganados sobre a realidade dos fatos.

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Daniel Laurino é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos como surgiu inspiração para escrita de seu livro “A Criatura de Embu Guaçu”? Daniel Laurino - Em primeiro lugar a cidade que escolhi para viver; Queria levar ao conhecimento de todos suas belezas e particularidades; Durante o processo criativo fui percebendo que era possível aproveitar a oportunidade para tratar de outras situações interessantes associadas a ela. Quais os principais desafios para escrita do livro? Daniel Laurino - Foi um processo muito prazeroso, principalmente a parte da pesquisa; A história ficou pronta em aproximadamente três meses. O que mais o atrai em “A Criatura de Embu Guaçu”? Daniel Laurino - O conjunto de eventos misteriosos e seus desdobramentos. Que temas são abordados na obra? Daniel Laurino - Apresentação do município de Embu Guaçu e uma trama bem envolvente que se passa no local (Vale a pena ler). Apresente-nos cinco motivos para ler “A Criatura de Embu Guaçu”? Daniel Laurino - Conhecer o município de Embu Guaçu, ter contato com a lendária criatura, suspense, uma pitada de terror e muitas revelações surpreendentes.

Que tipos de textos gostas de ler? Daniel Laurino - Gosto dos gêneros de ficção recheados de suspenses, horror, charadas e simbologias;

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O que mais o encanta na leitura destes tipos de textos? Daniel Laurino - O fator surpresa. Quais os principais hobbies do autor Daniel Laurino? Daniel Laurino - Trabalho grande parte do meu dia no ramo da construção civil, começo cedo e termino tarde; Nas horas vagas gosto de cinema e caminhadas. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Daniel Laurino. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Daniel Laurino - Desejo que todos leiam o livro e curtam muito; Um grande abraço e muito obrigado.

ONDE COMPRAR Livraria cultura on line e grappe editorial on line; Livraria Cultura http://www.livrariacultura.com.br/p/livros/literatura-nacional/ misterio/a-criatura-de-embu-guacu-46505194 Facebook https://www.facebook.com/acriaturadeembuguacu/

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Rosana Nicácio

Faça a diferença no mundo de iguais Olá, caro(a)(s) leitor(es)(as)!! Espero que esteja(m) maravilhosamente bem e feliz(es)! Você, que lê atentamente ao conteúdo desta renomada revista, se deparou com o presente texto, escrevinhado por esta que vos interage: Seja muito bem-vindo(a) Me chamo Rosana Nicácio, sou potiguar, graduada em Formação de Executivos e Pós Graduada em Gestão de Pessoas, pela Laureate International Universities, consultora na área de Gestão com as Pessoas, Pro56

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fesional Coach e Analista Comportamental DISC Profile, pela Sociedade Latino Americana de Coaching (SLAC) e Facilitadora da Lego® Serious Play® Methods, porém, considero que meu portfólio resume-se em ser uma pessoa e profissional que é gente que gosta de gente, des[envolver] gente, servir a gente e encantar o cliente, gerando rentabilidade perene. Uma eterna aprendiz dessa grande universidade, chamada VIDA, onde muitos são os alunos inscritos e poucos os que conseguem ser graduados com louvor.

Nunca fui uma pessoa com pretensão de escrever conteúdos para periódicos, porém, com o passar do tempo, os conhecimentos adquiridos e experiências vivenciadas, fui sentindo a necessidade de comparTRILHAR, isso mesmo, a palavra não encontra-se errônea, mas no sentido de compartilhar conhecimentos e experiências, atingindo o maior número de pessoas e TRILHAR junto com os leitores, novos caminhos, aprendizados, desenvolvimentos técnicos e comportamentais e, desta forma, evoluir como um


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ser dito verdadeiramente humano. Agora a pergunta que não quer calar: O que significa para você a palavra “ encantar”? De acordo com o Dicionário Aurélio, encantar significa: maravilhar-se, seduzir-se, extasiar-se, jogar feitiço. Agora eu questiono: você está encantado consigo? Gosto muito de referenciar o significado de encantar, fazendo analogia quando estamos apaixonados, pois os olhos brilham, o sorriso no rosto é externado de uma forma ímpar e fácil, o semblante fica demasiadamente iluminado e o estado de espírito totalmente tomado pelo bem-estar e que nada de ruim pode ser capaz de estragar essa energia que contagia. Tem uma canção do Rei Rober-

to Carlos, que se chama Amante à Moda Antiga, muito bonita por sinal, e um trecho da música diz: “ Eu sou aquele amante à moda antiga, daqueles que ainda mandam flores”. Pois bem, transcrevendo para minha versão e realidade, ela teria uma nova versão, que diz: Eu sou aquela amante à moda antiga, do tipo que ainda manda cartas. Isso mesmo, em uma era de inúmeras ferramentas e praticidade tecnológicas, a comunicação é full time e on-line, com devolutivas em tempo real. Vale ressaltar que adoro a tecnologia, mas ainda tenho o hábito de escrever cartas e enviá-las nos tradicionais envelopes brasileiros com bordas ornamentadas com as cores do país e postada com selos comemorativos, o que para muita gente é totalmente jurássico, e se for falar para a geração Millennials,

essa, pressuponho que nunca tenha recebido uma carta e, se não for exagero da minha parte, não sei se sabe o que é uma carta tradicional. Muitos me perguntam: em meio a uma era tecnológica como a nossa, como pode alguém ainda escrever cartas? É justamente o que me fascina: o simples, o surpreender, o encantar, o jogar feitiço e fazer a diferença no mundo de iguais. Nunca fui de seguir a boiada. Também sou adepta a muita coisa atemporal e sempre gostei de fazer a diferença na minha vida, assim como na das pessoas. Já dizia a estilista francesa Coco Chanel: “para ser insubstituível, você precisa ser diferente”. As pessoas não surgem em nossa vida por um acaso. Portanto, precisamos usufruir da companhia e torná-las únicas e especiais. www.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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A partir do momento que disponho de algo que é só meu, que não tenho como terceirizar o delegar, que é o meu TEMPO, para lembrar de alguém, escrever palavras que brotam com amor e carinho, emanando boas energias, é algo único, ímpar, que me faz bem e acredito que o bem de outrem. Vale lembrar, que as cartas são escritas à própria mão. Fale a verdade, você recebe em sua caixa postal contas ou cartas? E se recebesse em sua caixa postal uma carta escrita à mão com uma comunicação coloquial, agradável, como se sentiria? Tenho alguns relatos de pessoas que se emocionaram ao receber minhas cartas, pois em tempos tecnológicos, nas quais a comunicação paralinguística, como é o caso dos emoticons, são evidenciados, colocando-se no lugar da comunicação escrita e tradicional, receber uma carta passa a ser no mínimo inusitado, porque as pessoas mal têm tempo para si, quanto mais dedicar tempo em prol do outro, sem esperar algo em troca. Porém, é imaginar o estado de espírito do receptor, o seu semblante e seu bem-estar em sentir-se único e especial. Tudo bem que moramos em um país muito solidário e que muitas pessoas encontram-se engajadas em projetos sociais, ações sociais, o que não deixa de ser de extrema valia e muito louvável, mas observo também, que realizar doações de mantimentos, roupas, produtos de higiene pessoal ou qualquer item que seja material, é algo necessário e que supre a necessidade do corpo

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e muitas vezes de forma momentânea. Todavia, as pessoas nos dias atuais, são desnutridas de alimento para alma e apenas o seu tempo, o seu amor, carinho, seu sorriso no rosto, seu abraço acolhedor, seu rapport , são capazes de aliviar essa necessidade, essa falta que corrói a essência do ser. Fazendo referência a Leonardo di Ser Piero da Vinci, mas conhecido como Leonardo da Vinci, que dizia: “ A simplicidade é último degrau da sofisticação”, considero que a sofisticação é falar, escrever, sentir e agir com o que vem do coração de uma forma inteira, é ser essência e não aparência. Fazer a diferença no mundo de iguais, não requer fazer algo aparatoso ou estapafúrdio. Requer apenas o seu tempo, o querer fazer o outro se sentir bem e espalhar o bem, não importando a forma. No meu caso, escrevo e envio cartas, mando flores, procuro me aperfeiçoar para ofertar o meu melhor, nas amizades, na família, no trabalho, mas o que realmente impacta é a sua forma exclusiva, genuína e peculiar do seu comportamento e atitude íntegra, pois é algo seu e não pode ser copiado. Não existe fórmula ou receita pronta, mas existe ação e doação em prol do outro, partindo de você. Agora te questiono: qual a diferença você está fazendo na sua vida, no seu trabalho, na vida dos seus familiares, amigos, conhecidos e desconhecidos? Qual está sendo A-TU-AÇÃO? Construa o seu legado pautado nas ações simples, não precisa ser

quantidade, mas qualidade, e os resultados sejam sustentáveis e perenes. Faça a vida valer a pena!!! Pense! Reflita! Insista e Persista! Você pode fazer a diferença no mundo de iguais hoje, amanhã e sempre. O dia todo e todos os dias e fazer parte de uma verdadeira corrente do bem e do seu próprio bem, sem esperar nada de ninguém, apenas ser o bem que te faz bem e o bem de outrem. Sou uma pessoa amante das pessoas, mesmo com seus defeitos, da boa música e gosto de fazer uma correlação entre elas e sempre digo: Pessoas são como músicas: devem ser ouvidas, interpretadas e compreendidas. Não precisa tocar na rádio ou na televisão, apenas no coração! Desejo que a vida de vocês seja uma verdadeira parada de sucesso!! Abraço de coração para coração.

Rosana Nicácio da Silva Consultora na área de Gestão com as Pessoas, Palestrante, Professional Coach e Analista Comportamental DISC Profile, pela Sociedade Latina Americana de Coaching SLAC e Facilitadora da Lego® Serious Play® Methods Contato: (84) 99670-6309 e-mail: nicacio.rosana@ gmail.com Facebook: rosana. nicacio.7


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ENTREVISTA

ESCRITORA INDREA FALAVIGNO Índrea Facenda Falavigno, 30 anos, nasceu em Sarandi (RS), morou em Passo Fundo, Porto Alegre e Caxias do Sul, todas cidades do Rio Grande do Sul, e hoje vive em Florianópolis (SC), onde mora com seu noivo. Índrea é médica radiologista e cursa a faculdade de Cinema e Audiovisual. Sempre teve curiosidade por diferentes culturas e pelas mais variadas histórias de vida, contadas pelas pessoas. Isso a levou ao gosto pela leitura, filmes e, consequentemente, pela arte de escrever. Boa leitura!

A gente logo percebe que Luiza, apesar de ter muito dinheiro e fazer parte deste meio social requintado, não se encaixa nesta posição. Ela se importa com as outras pessoas, e isso a leva a fazer trabalho voluntário, que é onde conhece Apuã.”

Cultura Indígena é abordada em O Morro dos quatro Cantos Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Índrea Facenda Falavigno, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que a motivou a ter gosto pela cultura indígena? Índrea Falavigno - Desde criança, tive essa identificação com a forma de pensar dos povos indígenas: o amor e respeito pela natureza, o desprendimento por acumular bens materiais, a valorização do companheirismo… Admiro muito a cultura deles, e acho que, em vários aspectos, faz muito mais sentido que a nossa. E eles foram os primeiros habitantes do Brasil. Sinto como se fizessem parte dos meus antepassados, da minha história. Alguns meses atrás, li uma reportagem dizendo que eles preferem o termo “povos nativos latino-americanos” e não “índígenas”, o que faz todo www.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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o sentido, porque “índio” foi um termo usado incorretamente pelos europeus ao pensarem estar na Índia. Mas acho que essa transição vai demorar um pouco, pois estamos muito habituados ao termo “índio”, por isso optei por usá-lo ainda neste livro. Apresente-nos “O Morro dos Quatro Cantos”. Índrea Falavigno - O livro conta duas histórias de vidas que se encontram num determinado ponto: a de Apuã e a de Luiza. Ele, um descendente dos povos nativos, agrônomo, líder de uma comunidade, viúvo e pai de uma menina de cinco anos. Ela, uma advogada de classe alta, branca, que acabou de terminar um noivado. A gente logo percebe que Luiza, apesar de ter muito dinheiro e fazer parte deste meio social requintado, não se encaixa nesta posição. Ela se importa com as outras pessoas, e isso a leva a fazer trabalho voluntário, que é onde conhece Apuã. A partir deste encontro, ocorre uma série de conflitos de todos os tipos: pessoal, social, judicial, familiar, afetivo, amoroso... Como surgiu a ideia para a história deste livro? Índrea Falavigno - Foi ainda por volta de 2000. Na época, eu estava lendo o livro “Ana Terra”, de Érico Veríssimo, e acompanhava a minissérie “A Muralha”, da Rede Globo. E tanto no livro quanto na minissérie, o romance entre nativos e mulheres brancas de alta classe era algo inadmissível. Então, pensei: “Bom, essas histórias se passam nos séculos XVI e XVII… E como seria de fossem hoje? Com toda a luta pela liberdade feminina, será que uma mulher que se apaixonasse por um descendente 60

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dos povos nativos poderia viver este amor em paz? Até onde as mulheres de hoje são livres para fazerem suas escolhas?”. Comecei a imaginar em que situação isso se daria, e então a história de “O Morro dos Quatro Cantos” começou a surgir.

isso, tive que fazer planejamentos e cronogramas. Por fim, falar sobre cultura indígena (estudei o que pude, mas não tenho conhecimento profundo) e tentar imaginar como uma menina de cinco anos (Maiara) reagiria a cada situação.

Como foi a escolha do título? Índrea Falavigno - Bom, eu imaginei esse morro lindo, muito alto, cheio de verde e natureza por todos os lados. Pensei na primeira pessoa que chegasse ali e tivesse que denominá-lo. Então, me ocorreu esta expressão popular que usamos quando queremos nos referir ao mundo inteiro: “os quatro cantos do mundo”. Assim, pensei que essa pessoa que chegasse ali poderia pensar que estava vendo os quatro cantos do mundo e assim lhe pusesse o nome. Quanto ao fato de pôr o nome do local onde a história acontece como o nome do livro foi algo que já vi em vários livros e filmes. Gostei da ideia. Acho que é um tipo de título que já dá uma identidade para a história.

Descreva os principais personagens que compõem a trama, nome e profissão. Índrea Falavigno - Os principais personagens são Luiza e Apuã, mas acho que os contrapesos necessários à história são Dona Rosa e Maiara. Luiza e Apuã têm praticamente a mesma idade, em torno de trinta anos; ela é advogada; ele, agrônomo. Os dois se formaram na mesma universidade, e isso mostra a importância das cotas na integração dos povos nativos à nossa sociedade. Dona Rosa, mãe de Luiza, também é advogada e é o protótipo da classe alta. Ela quer e exige que a filha seja e tenha o melhor possível, em todos os sentidos: que se torne advogada de sucesso, dirija o escritório que vai herdar e tenha um marido que faça parte do meio social em que a família vive. Maiara é a filha de cinco anos de Apuã; ela acabou de perder a mãe e sente um carinho especial por Luiza, que é totalmente recíproco. Essa personagem trará ainda mais responsabilidade às decisões que a advogada precisa tomar.

Quais os principais desafios para escrita do enredo que compõe a obra? Índrea Falavigno - Acho que meu maior desafio foi não saber praticamente nada sobre Direito. Eu estava contando sobre um conflito judicial, então eu tinha que seguir regras básicas do nosso sistema judiciário para que a história ficasse aceitável. Para isso, contei com a ajuda do meu noivo, minha mãe e minha irmã, que são formados nesta área. Outra dificuldade foi fazer com que os acontecimentos se intercalassem da forma correta, para que os desfechos das histórias se dessem nos momentos certos. Para

Com relação ao cenário, é fictício ou o enredo se desenvolve em uma cidade que você já conhece ou fez pesquisa para a construção da obra? Índrea Falavigno - Parte da história acontece na cidade do Rio de Janeiro. Eu estive lá apenas duas vezes, muitos anos atrás e não posso dizer que conheço bem a cidade. As pou-


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cas informações que coloquei sobre ela, retirei da televisão e da internet. Os locais (bares e restaurantes) da história são fictícios. O Morro dos Quatro Cantos é um cenário totalmente fictício, onde imaginei uma situação ideal: um lugar lindo e pessoas convivendo em harmonia, trabalhando para seu próprio sustento, com diferentes tipos de origem e cultura, mantendo um cuidado especial com a natureza… Mas já li algumas reportagens sobre comunidades desse tipo no Brasil e em outros países. Apresente-nos cinco motivos para ler “O Morro dos Quatro Cantos”: - Perceber o quanto todos os tipos de preconceitos dificultam a vida das pessoas e, por isso, combatê-los ao máximo. - Atentar para as grandes diferenças culturais do Brasil e procurar conhecê-las e respeitá-las. Saber que não é porque uma pessoa tem um jeito de pensar diferente do seu que ela está errada. - Lembrar do quanto o amor é importante em nossas vidas. - Mães: vocês podem e devem aconselhar suas filhas, mas não se esqueçam que, depois que elas forem adultas, a vida é delas. - Nosso país tem diferenças sociais

imensas, e temos que fazer nossa parte para que todos tenham dignidade e esperança. Quais os seus principais projetos literários? Você pensa em publicar novos livros? Índrea Falavigno - Eu até tive outras ideias para livros, mas geralmente são de experiências pessoais; então não me sentiria à vontade em escrever, pois acabaria expondo pessoas que conviveram comigo. Tentei fazer modificações nas histórias, mas não funcionou. Então, terei que aguardar até ter outra ideia totalmente fictícia sobre a qual valha a pena escrever. No momento, estou me dedicando ao cinema também. Então, quem sabe faça trabalhos voltados para esta área, como roteiros ou peças de teatro? Poesias acontecem muito de vez em quando. Por enquanto, nada significativo. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “O Morro dos Quatro Cantos”, da autora Índrea Facenda Falavigno. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Qual mensagem você deixa para nossos leitores?

Índrea Falavigno - Espero que gostem do livro. Foi um projeto de vida, esperou dezesseis anos para acontecer e foi feito com enorme carinho. Tenho recebido retornos muito positivos, o que me deixa muito feliz e me faz ver como tudo valeu a pena. Pequenos pedidos e conselhos: Amem as pessoas, todas elas, sem distinção de cor, raça, religião, classe social… Ajudem quem precisa. Faz um bem enorme para elas e para você. Leiam muitos livros, pois cada livro é uma viagem. Leiam e incentivem escritores contemporâneos brasileiros, pois eles falam sobre a cultura do país onde você vive. Escrevam! Por favor, tentem… É maravilhosamente libertador. Sejam o mais felizes que puderem e busquem realizar seus sonhos.

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ONDE COMPRAR Editora Pandion (https://www. editorapandion.com/o-morro-dosquatro-cantos), na página do livro no Facebook (https://www.facebook.com/ omorrodosquatrocantos/) ou pelo meu e-mail (indrea.falavingo@yahoo.com.br).

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Jô Ramos

A jornalista e escritora Jô Ramos lança três livros no dia 25 de outubro, em Nova York, na Brazilian Endowment for the Arts | Biblioteca Brasileira de Nova York. Ela repete o sucesso que teve em 2015 lançando seu livro Violência Contra Mulheres, Dê um Basta! no mesmo local. Os livros que serão lançados são, A Mulher e seus Direitos, A Vida em Frases e Rio de Janeiro Uma Questão de Políticas Públicas, todos pela ZL Editora. A escritora aproveita sua ida para EUA para começar a organização do III Salão do Livro de Nova York, que será realizado em 2018. 62

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Troféu Literatura 2017

A jornalista e escritora Jô Ramos criou o Troféu Literatura 2017, pensando no autor que não tem as mesmas chances, nem reconhecimento nos espaços literários, dominados por uma elite que insiste em não reconhecer esses autores. Assim, a ideia dessa premiação nasceu da necessidade de incentivo ao autor de língua portuguesa tão desprovido de apoio institucional e governamental no seu país de origem. O Troféu Literatura vai homenagear este ano de 2017, a escritora Carolina Maria de Jesus e pretende promover, valorizar e divulgar o autor que rompe o círculo vicioso dos que promovem a cultura institucional dos países, e publica suas obras individualmente ou através de editoras independentes. Este prêmio vai contemplar os autores de todos os países de Língua Portuguesa e, todos anos vai homenagear mulheres escritoras. A escolha será feita por uma Comissão cuidadosamente indicada pelos organizadores. As inscrições vão até 30 de setembro de 2017. A divulgação dos vencedores será feita no mês de outubro e a entrega do Troféu será feita no dia 1 de dezembro, em um jantar-adesão, no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Informações pelo e-mail: zlcomunicacao8@gmail.com

Carolina Maria de Jesus

Eu denomino que a favela é o quarto de despejo de uma cidade. Nós, os pobres, somos os trastes velhos. A metáfora é forte e só poderia ser construída dessa forma, em primeira pessoa, por alguém que viveu essa condição. Relatos como este foram descobertos no final da década de 1950 nos diários da escritora Carolina Maria de Jesus (1914-1977). Moradora da favela do Canindé, zona norte de São Paulo, ela trabalhava como catadora e registrava o cotidiano da comunidade em cadernos que encontrava no lixo. Ela é considerada uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil. Nascida em Sacramento (MG), Carolina mudou-se para a capital paulista em 1947, momento em que surgiam as primeiras favelas na cidade. Apesar do pouco estudo, tendo cursado apenas as séries iniciais do primário, ela reunia em casa mais de 20 cadernos com testemunhos sobre o cotidiano da favela, um dos quais deu origem ao livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, publicado em 1960. Após o lançamento, seguiram-se três edições, com um total de 100 mil exemplares vendidos, tradução para 13 idiomas e vendas em mais de 40 países.

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Livros lançados em qualquer país de língua portuguesa podem participar. 1-MELHOR LIVRO BIOGRÁFICO: Livros compostos por textos – documentais ou analíticos – centrados na narrativa da vida de uma pessoa. 2-MELHOR LIVRO INFANTIL: Livros compostos por textos literários destinados ao público infantil. 3-MELHOR LIVRO DE ROMANCE: Livros compostos por narrativas ficcionais geralmente longas. 4-MELHOR LIVRO DE FICÇÃO: Livros com uma narrativa imaginária, irreal, criadas a partir da imaginação. 5-MELHOR LIVRO INFANTO-JUVENIL: Livros compostos por textos literários destinados ao público adolescente. 6-MELHOR LIVRO DE POESIA: Livros compostos por textos literários caracterizados, fundamentalmente, por ritmo, sonoridade e outros recursos intrínsecos à criação dita poética. 7-MELHOR LIVRO DE PESQUISA: Livros compostos por pesquisas, ensaios, textos profissionais, acadêmicos ou científicos. 8-MELHOR LIVRO DE SUSPENSE: Livros com em que predominam as situações de tensão, provocando temor ou eventualmente sustos, no leitor ou espectador. 9-MELHOR LIVRO EDUCACIONAL: Livros que possuem um valioso recurso para o acesso à cultura e o desenvolvimento da Educação. 10-MELHOR LIVRO DE HUMOR: O título explica. 11-MELHOR PROJETO GRÁFICO: Livros avulsos ou pertencentes a coleções em cuja concepção ressalte sua materialidade/visualidade. 12-MELHOR ILUSTRAÇÃO: Imagens visuais de caráter técnico, científico ou artístico articuladas ao texto verbal de um livro. 13-MELHOR CONTOS E CRÔNICAS: Livros compostos por narrativas curtas, ficcionais ou não. 14- AUTOR ESTREANTE – PRIMEIRO LIVRO

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ENTREVISTA

ESCRITOR JANDER OLIVER Jander Oliver, 27 anos, participou do concurso nacional dos mais novos poetas do Brasil; sente-se premiado por ter um trabalho, o que para ele é o bastante para uma vida. Segundo o autor “a vida é uma passagem”. Seu livro “Frases de uma vida” é baseado nos obstáculos que encontramos pela vida. Nele, o autor fala aos leitores em uma linguagem mais reflexiva.

Boa leitura!

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Primeiro, venho falar sobre o amor a si próprio; o livro fala de superação, vitórias e conquistas que você pode alcançar, se acreditar em você. O livro é composto de frases de uma vida rica em reflexão para as superações do dia a dia.”


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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Jander Oliver, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o inspirou a ter gosto pela escrita literária? Jander Oliver - Quero agradecer a Deus e à Revista Divulga Escritor a oportunidade de mostrar meu trabalho. A inspiração veio depois que perdi minha mãe. Um belo dia eu estava sentado estudando para prova da faculdade, e aí peguei papel uma caneta e comecei a escrever meu primeiro poema “A vida é uma passagem”. Que mensagem deseja transmitir ao leitor por meio das frases apresentadas em “Frases de uma vida”? Jander Oliver - Neste livro, “Frases de uma vida”, levo ao leitor uma reflexão sobre as dificuldades que encontramos no dia a dia, quando a mudança depende de você. Também devemos ser mais amáveis com o próximo, construindo um caminho de igualdade. Quais temas estão sendo abordados nesta obra literária? Jander Oliver – “Frases de uma vida” traz em seus temas política, amor, religião, sexualidade, homossexualidade e igualdade entre as pessoas Apresente-nos motivos para ler “Frases de uma vida”? Jander Oliver – Primeiro, venho falar sobre o amor a si próprio; o livro fala de superação, vitórias e conquistas que você pode alcançar, se acreditar em você. O livro é composto de frases de uma vida rica em reflexão para as superações do dia a dia.

Apresente-nos uma frase do livro? “O poder não faz um grande homem, Mas um homem pode fazer um grande poder.” Além de frases, você escreve em outro segmento literário? Jander Oliver - Estou escrevendo um livro com questões da homossexualidade. O título da obra será “O mundo rosa que se torna cinza”. Quais os principais hobbies do escritor Jander Oliver? Jander Oliver - Meus principais hobbies: são ficar em casa escrevendo; conversar com amigos sobre o que está acontecendo no mundo; estar em meio à natureza; viajar ou estar com meus familiares; fazer trabalhos voluntários; e estar em meio ao povo. Quais os seus principais objetivos como escritor? Você pensa publicar um novo livro? Jander Oliver - Na verdade, pretendo escrever novos livros. Escrevi este livro por uma questão de poder ajudar as pessoas por meio das minhas palavras, mas não fiz por dinheiro. Vivo a vida como se ela fosse o último dia.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Jander Oliver. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Jander Oliver - A mensagem que deixo é que devemos acreditar que a vida foi feita para vencermos as barreiras, sejam elas quais forem; e viver o melhor dela. Então, viva o melhor da sua vida e não se preocupe com o mundo, porque o mundo é simplesmente uma ilusão. Quero agradecer a todos e à cidade de Piracaia (MG), onde vivi minha infância, onde será feito o lançamento do livro. Quem quiser conhecer melhor meu trabalho, entre em contato no Facebook: Jander Oliver. Obrigado pela oportunidade de ser entrevistado pela Revista Divulga Escritor, que é uma das mais importantes do país. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

ONDE COMPRAR Clube dos Autores https://www.clubedeautores. com.br/book/227319--Frases_ de_uma_vida?topic=artes https://agbook.com.br/ book/227319--Frases_de_uma_ vida

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Palmira Heine

Livro brinquedo na do?

E o que dizer do livro brinque-

Nos tempos atuais, a interação da criança com diversos tipos de linguagem é essencial para que ela possa se inserir na sociedade pós-moderna. Assim, a criança hoje está exposta a diversos tipos de linguagem: a linguagem imagética, através da leitura das imagens, a linguagem verbal (das interações linguísticas orais e escritas), a linguagem tecnológica (das interações no âmbito das novas tecnologias), dentre outras. As novas formas de ler também geram novos modos de interação das crianças, interferindo no processo de aprendizagem da leitura e de desenvolvimento da ca66

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pacidade leitora. O livro brinquedo entra nesse contexto de novas formas de leitura, podendo proporcionar às crianças pequenas o contato com a ludicidade. Mas o que dizer de livros brinquedos que terminam virando muito mais um produto mercadológico do que um produto literário? É sobre essa questão que tratarei aqui. Para Nelly Novaes Coelho, pesquisadora da área de literatura, o livro brinquedo é considerado como um “livro-objeto” que representa o primeiro contato da criança com o livro, sendo, portanto, o marco inicial para o contato entre a criança e a leitura. O que caracteriza o livro brinquedo, diferenciando-o dos demais

livros de literatura infantil é, dentre outras coisas, o projeto gráfico e a constituição física do mesmo. O livro brinquedo geralmente é impresso com material resisten-


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a visão

te (capas e folhas duras), trazendo algum tipo de brinquedo (quebra-cabeças,sons, etc) que pressupõe a interação da criança com a história ali apresentada. Geralmente, o livro

brinquedo é destinado às crianças na faixa etária dos zero aos três anos. Como afirmam pesquisadores da área, o livro brinquedo é importante por possibilitar o contato inicial entre criança e leitura, aguçando os sentidos como tato (texturas que aparecem nesses livros), audição (sons), interação (aproximação entre a criança e a narrativa). Mas, na esteira da mercadologização dos livros e da literatura, da qual a própria literatura infantil não escapa, o livro brinquedo passa a ser visto muito mais como um objeto de consumo, muito mais como um brinquedo qualquer, do que como um elemento literário, cuja importância do texto e da narrativa é colocada em segundo plano. Algumas pesquisas realizadas em relação a esses livros puderam observar que os livros brinquedos apresentados hoje no mercado da literatura infantil, trazem, em sua maioria, textos com pouca qualidade literária, e que deixam subjacentes uma determinada noção de infância: a criança é percebida como um ser tolo, desprovido de capacidade de questionamento e, por isso, textos com pouca qualidade literária e bastante óbvios aparecem nesses livros. Há também a presença de livros com histórias que retomam episódios de desenhos animados, trazendo, portanto, poucas novidades para os leitores. Isso termina levando as crianças a supervalorizarem os brinquedos que vêm nesses livros, em detrimento do conteúdo literário dos mesmos, afastando-as do processo de uma leitura de qua-

lidade. Assim, muitas vezes o que se vê nesses livros é a preocupação com a literariedade do texto, como se a criança não fosse capaz de compreender as metáforas, e em grande parte deles, é possível encontrar tramas pouco instigantes que abordam temas óbvios, sem elementos literários, e que pouco seduzem o leitor. Assim, é possível questionarmos: os livros brinquedos estão exercendo seu papel de primeiros elementos literários com os quais as crianças entram em contato? Será que tais materiais realmente indicam um contato da criança com a literatura, ou se trata apenas da supervalorização do brinquedo em detrimento do teor literário da produção? Acreditamos que o livro brinquedo tem sua função e importância como mediador entre a criança e o texto literário, mas temos convicção de que ele não pode ser visto apenas como um brinquedo ou um produto em larga escala feito a partir das regras do mercado. Ele deve levar a criança a mergulhar no mundo da leitura textual e visual.

Palmira Heine-baiana, escritora de livros infantis, poetisa, professora Contatos: pavibheine@gmail.com ou www.palmiraheine.com.br, www.poemas-de-alforria. webnode.com

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ENTREVISTA

ESCRITOR JORGE FACURY FERREIRA Jorge Facury Ferreira começou a escrever aos 16 anos, em 1981, para o jornal Integração, um semanário da cidade de Tatuí, interior de São Paulo. Passou a estudar Ufologia, cujo interesse foi sua porta de entrada para o mundo da literatura. Fez parte do Conselho Editorial da Revista UFO, conceituado periódico dedicado ao estudo do fenômeno. Estudou História e leciona para alunos do ensino fundamental e médio na rede pública. Faz da escrita sua prática de vida donde resultam as obras que vem publicando. É palestrante e tem viajado contando sua história de correspondência com escreventes desconhecidos por longos anos que nunca se identificaram pessoalmente, cartas cujo conteúdo trazem conhecimentos universais e impressionantes, acervo que possivelmente será transformado em livro futuramente.

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Então veio com o tempo a inspiração sobre a história de um lenhador, que tendo deixado sua casa para buscar um remédio para seu filho doente, vê na floresta um brilho numa árvore. Ele entra na mata e encontra num carvalho uma pequena placa de metal fixa.”

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Jorge Facury, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que diferencia “Assim me contaram” de o “Apito da Memória”, já que ambos são relatos de uma vida? Jorge Facury - O livro “Assim me Contaram” foi uma experiência. Após conversar com tantas pessoas por força de minha profissão – docente em História na rede pública estadual de ensino do Estado de São Paulo –, percebi que valia a pena reunir algumas histórias em uma coletânea. Essa percepção eu já havia tido muitos anos antes, quando trabalhei num hospital-colônia, asilo de


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hansenianos, antigamente chamados leprosos. Muitos tinham histórias incríveis para contar e morriam no anonimato. Então, veio a ideia de ouvir pessoas e registrar suas vivências. Foi maravilhoso para mim e para eles, apesar de muitas histórias serem dramáticas. O fato de esse projeto ter sido aprovado pela Secretaria de Cultura da cidade de Sorocaba, o patrocínio da Lei de incentivo à Cultura viabilizou sua completa execução. O “Apito da memória” é uma continuação não direta, mas na forma, do primeiro, com o acréscimo da foto dos narradores. Seus livros “Assim me contaram” e “Apito da Memória” foram selecionados para um projeto escolar. Comente o projeto e diga como se deu a aplicabilidade do estudo destas duas obras na escola. Jorge Facury - Na verdade, o projeto eu mesmo implementei na escola onde leciono, o que não impede de ser aplicado em outras unidades escolares. O fato de muitos personagens narradores do livro serem moradores do próprio bairro onde está localizada a escola e onde moram alunos, bem como de bairros próximos, encanta os alunos pela “proximidade”. Eles percebem que personagens não são entidades tão distantes no tempo e no espaço e, então, estabelece-se a percepção de que eles próprios podem ser personagens-narradores. Cria-se uma atmosfera de magia muito própria em torno do livro. Quais temáticas estão sendo abordadas nos contos que estão sendo apresentados em “Rubião, o velho”? Jorge Facury – “Rubião” é uma

coletânea de textos na linha do acontecimento fantástico, quando situações rotineiras podem ser transformadas em algo imponderável, ou algum personagem alheio à ordem do dia invade a trama. É o conto que se transmuda da metade para o fim, que surpreende o leitor, deixa a dúvida ou o mistério instalado. Nos contos, há influência de um ou outro dado que colhi ao longo da vida e de recordações de sonhos que costumo anotar. Por isso o subtítulo: “Contos de sonho acordado”. Tem forte atmosfera onírica.

pagam pelas fazendas e cidades das redondezas, da mesma forma que a forte luz de um cristal encontrado misteriosamente dentro de um carvalho pelo lenhador. A partir daí, muitos recorrem a eles para entender estranhos acontecimentos que começam a surgir na vida dos moradores locais. Vem gente de longe à casa de Almar em busca de solução a diversas doenças e transtornos. As luzes do cristal e as conversas silenciosas de Antonio com o firmamento dão respostas impressionantes aos que o procuram.”

Como surgiu inspiração para a escrita da novela mística “Carvalho”? Jorge Facury - Foi de um sonho em que vi alguém retirando um objeto de uma árvore muito grande. Fiquei com essa imagem na mente, mas faltava o significado. Então veio com o tempo a inspiração sobre a história de um lenhador, que tendo deixado sua casa para buscar um remédio para seu filho doente, vê na floresta um brilho numa árvore. Ele entra na mata e encontra num carvalho uma pequena placa de metal fixa. A plaquinha guarda um orifício com algo em seu interior. Ele força o lacre e retira o objeto. Isso mudará toda a sua vida, para sempre. Costumo dizer que os sonhos são misteriosas ofertas de matéria-prima para histórias.

Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor por meio do enredo que compõe esta obra literária? Jorge Facury - São muitos toques, o que ocorre de forma muito pessoal, mas num plano geral, a mensagem é que a Natureza tem seus mistérios bem guardados e que, da nossa relação e respeito a ela podemos aprender sobre a vida e o destino de cada um. A Natureza é a grande escola primeva.

Apresente-nos a obra Jorge Facury - Valho-me do texto do professor e sociólogo Sérgio Cardoso, na apresentação da quarta capa: “Chega à região um forasteiro, Seu Antonio, velho quilombola, prontamente acolhido pelo lenhador Almar. Em pouco tempo, os rumores dos feitos do visitante se pro-

O que mais o encanta nas novelas místicas? Jorge Facury - Pode parecer estranho, mas não li nenhuma novela mística até o presente momento. O “Carvalho” surgiu como um conto que se estendeu, surpreendendo-me ao se tornar uma trama maior com sustentação em uma força superior. Apresente-nos cinco motivos para ler “Carvalho”: - Tenho ouvido de leitores que, após iniciarem a leitura, quase não conseguem parar, tendo alguns lido de uma sentada só. - Muitas das reflexões presentes na www.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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história foram costuradas de forma absolutamente inspirada, constituindo ao próprio autor uma grande surpresa e um presente. - A leitura é simples. - O enredo faz o leitor se sentir inserido e participante dos acontecimentos, segundo relatos. - A história tem gosto de vida campestre, rural; remete ao estado bucólico e misterioso das estradas de sítio.

BRO – crônicas reunidas a partir de uma experiência de avistamento de OVNI, em 1983. LAMPEJANDO 1 e 2 – Pensamentos para quem quer (se ) refletir. OVNI EM SOROCABA – Resgate da história de um avistamento coletivo de OVNIs em janeiro de 1979, na cidade. CONTOS DE NATAL – temas do fim de ano.

Você tem alguns livros de bolso publicados, apresente-nos os títulos: OS VIAJANTES – contos fantásticos na linha do Rubião. OS MESTRES LAMPARINOS – contos encabeçados por uma história de mestres iluminados de outros mundos (literalmente com cabeça em forma de lâmpada); UM BRILHO NO CÉU DE OUTU-

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Jorge Facury e suas obras literárias. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Jorge Facury - Agradeço muito a oportunidade deste bate-papo com esta tão conceituada Revista, e mi-

nha mensagem é simples: ler e escrever ainda são as ferramentas mágicas que temos à disposição neste mundo tão assolado pelo automatismo e dissipação de energias. Para quem escreve, recomendo cada vez mais recolher-se ao seu universo mágico; e para quem apenas lê, recomendo ter sempre o livro como companheiro, pois ausentar-se pelo pensamento, pelas regiões recônditas das histórias escritas continua sendo a grande aventura íntima e inviolável do ser. Aproveito para convidar todos a lerem “Rimando a Vida”, meu novo trabalho, histórias curtas e leves em forma de rimas. Gratidão. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

ONDE COMPRAR

Livraria Curitiba, em Sorocaba, Shopping Cidade Sorocaba Endereço: Av. Itavuvu, 3.373 - Jardim Santa Cecília, Sorocaba - SP, 18078-005 Telefone: (15) 3333-0550, e o livro de contos “Rubião, O Velho” pode ser baixado em kindle (e-book) pela Amazon. 70

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritor e ativista Cultural Laé de Souza

DESVIOS DA LEI A Lei 8.313, de incentivo à A Rouanet foi criada para cultura, conhecida popularmente apoiar a manifestação cultural como Lei Rouanet, foi instituída e os seus criadores. Os desvios em 1991, com a proposta digna de da lei devem ser apurados contribuir para facilitar a todos o com rigor em benefício da acesso aos bens culturais, estimupopulação e do produtor lar e promover a produção de bens culturais, apoiar as manifestações cultural sério que conduz culturais e seus criadores. Sem o o seu projeto cultural com benefício fiscal muitos projetos culresponsabilidade. Leia artigo turais não existiriam. Então, ela é de Laé de Souza. necessária para a difusão cultural e possibilitar a uma parcela da população usufruir de produtos culturais Para ter um projeto aprovado, que não seria possível obtê-los com além de uma série de exigências, faos seus próprios recursos. Isso quer z-se necessário que a população redizer que um produto cultural terá ceba parte do produto cultural com o seu valor reduzido ou será distri- um valor menor do que o normal e buído gratuitamente para uma par- que outra parcela do produto, ou a cela da população por ter o benefí- totalidade seja distribuída gratuitacio fiscal. mente. 72

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Um artista de renome e que tem um público que consumiria o seu produto cultural, mesmo pagando o valor de mercado, ter um projeto cultural aprovado e receber patrocínio para executar o seu projeto não é ilegal, embora no meu ponto de vista seja imoral. Cada vez que ele recebe patrocínio está tirando a possibilidade de um produtor cultural anônimo receber recursos para executar o seu trabalho artístico. Tenham certeza de que muitos produtos culturais não seriam realizados sem o benefício do incentivo fiscal. Procedente a decisão do TCU de impedir que shows mirabolantes e com possibilidade de, com a bilheteria, realizar o seu trabalho, fazê-lo com o benefício fiscal, a exemplo do Cirque Du Soleil. Se o artista vende


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I ROUANET o seu produto pelo valor de mercado e recebe recursos oriundos de incentivo para custear as suas despesas, na verdade está aumentado o seu lucro. Um lucro maior do que o justo. Quanto desse seu produto cultural foi efetivamente destinado a camada mais pobre da população que não teria condições de usufruir do bem cultural? Se um artista de renome utiliza a lei para aumentar os seus lucros, mesmo que legalmente, já não é bom e eu vejo como um desvio de finalidade da lei. Pior ainda, são os desvios da Rouanet que estão sendo apurados pela Operação Boca Livre da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Grandes empresas patrocinando projetos culturais tendo como contrapartida shows parti-

culares. Um crime contra a cultura e que deve ser apurado com rigor e punido o proponente e o patrocinador. Tais shows, certamente, não estão previstos nos projetos apresentados ao Ministério da Cultura, pois não seriam aprovados. O produto cultural nunca pode ser direcionado a um público particular, deve ser para todos. A punição aos envolvidos é benéfica para a população e para o produtor cultural que trabalha com seriedade e responsabilidade. Nos meus projetos de incentivo à leitura procuro sempre levar a cultura para a camada da população desprovida de possibilidade de adquirir o bem cultural. Leitura nas escolas em regiões carentes, distantes dos grandes centros, com doação de livros; nos hospitais, com doação

de livros; em praças públicas, com a comercialização de livros por valor irrisório para que todos possam adquirir o bem cultural. Ainda mais, sempre peço, e tenho sido atendido, que o patrocinador dos meus projetos dispense a cota que ele teria direito em benefício de doação para instituições. O beneficiado com o incentivo fiscal deve ser o artista e a população que não poderia adquirir o bem cultural, portanto os desvios da Rouanet devem ser apurados e punidos os beneficiados pelo crime. Pequenos produtores culturais que desenvolvem projetos com o benefício fiscal, bem sabem o quanto é difícil a captação de recursos para os seus projetos culturais. A ocorrência desses desvios dificulta mais ainda, portanto devem ser combatidos em benefício da sociedade, do produtor e do patrocinador sérios. Laé de Souza é escritor, produtor cultural e coordenador do Grupo Projetos de Leitura. laedesouza@projetosdeleitura.com.br www.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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ENTREVISTA

REVISOR DE TEXTOS JOSIAS A. ANDRADE

Fonte: Assessoria de Imprensa Texto Ideal

Afinal, por que revisar? Josias A. Andrade (Josias Andrade), nascido em Borda da Mata (MG), é jornalista, redator publicitário, ghost-writer, revisor de textos e preparador de originais. Autor do livro Escreva Textos Atraentes, trabalhou em agências de publicidade, jornais e editoras. Em parceria com Taissa Antonoff Andrade, fundou a Texto Ideal – Serviços Editoriais, dedicada à revisão de textos, tornando-se referência no segmento. Na entrevista abaixo, o revisor fala da importância, dificuldades e desafios enfrentados na atividade e analisa o ramo editorial à luz da crise atual.

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O que o levou a interessar-se por revisão de textos? Josias Andrade – Leitor exigente, sempre gostei de ler textos bem escritos; e encontrar erros, quaisquer que fossem, me incomodava muito. Ao contatar uma editora didática, pediram-me que corrigisse alguns textos, o que fiz prontamente. A editora, quando viu as correções, gostou tanto, que me ofereceu muitos trabalhos como frila. Decidi então que era isso que faria daí em diante, e não parei mais. Por que a revisão é tão importante na produção do livro? Josias Andrade – A revisão de textos, para as editoras, equivale ao controle de qualidade, para a in-


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dústria. Ao ser impresso, espera-se que o material esteja impecável. E para isso é preciso que haja completa sinergia entre os envolvidos na produção, desde o autor até o revisor que confere a segunda e última prova. Um erro, por insignificante que possa parecer, pode causar enormes problemas e comprometer uma edição inteira. Para evitar dor de cabeça e prejuízo, contratar um revisor é a decisão mais acertada. Quem são os clientes que contratam seus serviços? Josias Andrade – Dentre os que buscam por revisão de textos estão as editoras, os autores, os estudantes — quando preparam seus artigos, monografias, teses e dissertações —, agências de publicidade, assessores de imprensa, pesquisadores e muitos outros. Quais os problemas mais corriqueiros que o revisor encontra? Josias Andrade – Os problemas com o texto são muitos, e há muitas formas de escrever errado: erra-se muito na acentuação, pontuação, concordância; há descuido nas conjugações verbais, muita desatenção e falta de conhecimento das orações subordinadas, colocações pronominais e por aí vai. Muitos ainda desconhecem as regras do último acordo ortográfico. Mais que isso: muitas pessoas têm vícios de linguagem e seguem modismos que adquirem pela mídia, como é o caso do “a nível de”, “por conta de”, “em função de”, locuções que precisam ser usadas com consciência.

pagam impostos para exercer a atividade legalmente. Há muitos aventureiros dizendo-se “revisores”. É preciso que as editoras e os interessados neste serviço fiquem atentos, pois já fui procurado diversas vezes para refazer trabalhos feitos por profissionais medíocres. Cobram barato, fazem serviço porco e desaparecem. Como o mercado está reagindo à atual crise econômica? Josias Andrade – A crise econômica que vivenciamos repercute também no meio editorial, atingindo o produto final — o livro. Ao cortar gastos, autores e editores deixam de contratar o serviço de revisão e arriscam publicar “no escuro”. Com isso, é claro que a qualidade cai. Às vezes o leitor só percebe que o livro tem erros quando começa a ler. Espera-se que o editor tenha responsabilidade pelo material que edita. Pois se o leitor exigisse a troca do livro com erros ou a devolução do dinheiro com base na Lei do Consumidor, certamente os editores pensariam duas vezes antes de imprimir um livro sem revisão ou revisado por curiosos ou alguém de “confiança”. Revisão é tarefa a ser executada por um profissional — o revisor. Há muita concorrência neste mercado? Josias Andrade – Sim, há os curiosos e inexperientes que fazem um serviço ruim e cobram abaixo do preço justo. Isto prejudica os profissionais comprometidos, que abriram empresa, emitem nota fiscal e

O que teria a dizer aos novos autores e aos editores? Josias Andrade – Tanto aos novos autores quanto aos velhos editores eu diria que não economizem em revisão. Contratem revisores comprometidos, valorizem este trabalho, atentem para a importância da revisão e não vejam como despesa, mas como investimento. Livros bem produzidos e isentos de erros geram recomendações de leitor para leitor, conferindo credibilidade à editora e ao autor, e todos saem ganhando. Já revisei livros que ficaram durante meses na lista dos mais vendidos da Revista Veja. Isto não acontece por acaso. Como contratar o serviço? Josias Andrade – Para informações sobre o trabalho, forma de pagamento, prazo e orçamento, escreva para: arquitexto@gmail.com ou use o formulário do site: http://texto10. wixsite.com/mais, na página de contato.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL Texto Ideal

Errar é humano, revisar, imprescindível Por Josias A. Andrade

Na produção de qualquer conteúdo escrito — impresso ou digital — é imprescindível a atuação de um revisor de textos. O revisor, pelo seu conhecimento e olho clínico, perceberá as falhas cometidas pelo redator. Será capaz de perceber, por exemplo, um espaço a mais entre duas palavras, identificar uma vírgula em lugar errado, sua falta ou seu uso desnecessário. Saberá usar corretamente termos suscetíveis a dúvidas, como mau e mal; porque, por que, porquê e por quê; sessão, seção e cessão; acender e ascender; dispensa e despensa; concerto e conserto, entre tantos outros. Notará problemas de concordância verbal e nominal, distinguirá advérbios e adjetivos, saberá quando usar por e pôr; por e puser, fazer e fizer, ver e vir, insipiente e incipiente — e estará atento à repetição de palavras nas frases. Também saberá usar corretamente as orações subordinadas e deixará os textos claros e objetivos. Policiará o uso do “que”, chamado de “queísmo”, atentará para os cacófatos — alguns, engraçados; outros, maliciosos — e ainda se encarregará de dar um basta no gerundismo, nos vícios de linguagem e nos modismos disseminados pela mídia, que nos faz crer que “por conta de” e “a nível de” — membros da mesma família — são formas corretas de falar e escrever, e mais um

sem-número de erros que o escritor poderá deixar passar. Que o escritor ou o redator erre ao escrever é plenamente compreensível, afinal sua função é escrever e a do revisor, revisar. Quando cada ator tem seu papel bem definido na produção do texto, tudo funciona com perfeição e todos saem ganhando, principalmente o leitor, elemento mais importante nesse processo. Considerando que a revisão é etapa não obrigatória mas recomendável, sujeitar-se-á ao risco o autor ou editor que dela abrir mão. E o erro pode ocorrer em datas, números e informações. Isso é comum, daí ser possível achar absurdos em livros já impressos, sem revisão ou mal revisados. Como consequências advêm prejuízos com reimpressão, a situação incômoda de dar explicações ao leitor ou simplesmente ignorá-lo, como é bastante comum. Já questionei a respeito de erros em livros que li e nem mesmo resposta obtive do editor. É frustrante, mas isso é bem frequente. E o silêncio por parte do editor/autor, neste caso, pode ser interpretado como um mea culpa. No que concerne ao revisor, deste profissional exige-se que perceba os erros e aponte soluções, pois é seu papel deixar o texto isento de quaisquer imperfeições. Para isso é necessário que use e abuse das gramáticas, tenha em mãos dicionários específicos e apoie-se em manuais

de redação. Com relação aos manuais há quem condene seu uso, o que é uma grande bobagem, pois neles há dicas importantes. Os manuais, tanto quanto as gramáticas e os dicionários, devem fazer parte do ferramental do revisor. Se fossem materiais de uso do redator/autor, talvez fosse dispensável a presença do revisor. Para concluir, há editores e escritores que veem o trabalho de revisão como despesa, quando deveriam enxergar como investimento. Mas não é só isso: entre os novos escritores, os que estão esperando a chance de publicar o primeiro livro, muitos pensam que escrever uma obra é digitar em Word, mandar para a editora e aguardar a aprovação. Ledo engano! Trabalho feito assim pode ser descartado de imediato. Errar é humano, mas para resolver estes problemas é que existem os revisores. Munidos de lápis e caneta marca-texto ou com a cara enfiada na tela de um computador, estes profissionais — que devotam verdadeiro sacerdócio à atividade — dão forma e sentido àquilo que antes parecia um emaranhado de palavras. Mas aqui vai um alerta: é preciso que o revisor seja escolhido a dedo, pois nesse meio também há os excelentes, os bons e os medíocres, mas isto é tema para outra edição. Texto Ideal – Serviços Editoriais E-mail: arquitexto@gmail.com | site: http://texto10.wixsite.com/mais | Skype: josias747 | WhatsApp: 12 9 9703-1212 www.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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ENTREVISTA

ESCRITOR LUIZ CARLOS Luiz Carlos Freitas, gaúcho de Pelotas (RS), escritor e jornalista. Além de romancista, contista e cronista, é colunista político do centenário jornal Diário Popular. “Homo Perturbatus” é o sétimo livro publicado do autor. Especializado na vida e obra de Dostoiévski, se autodenomina operário das letras. Leitor voraz, escreve desde sempre. As obras de Freitas contêm forte apelo popular e são repletas de personagens que vivem à margem da sociedade, com ênfase na redenção dos humilhados e ofendidos. Ele defende a premissa de que o escritor deve ser um agente de transformação, contribuindo para um mundo mais fraterno, solidário e justo.

Boa leitura!

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A capa do livro, portanto, é baseada na célebre obra do artista norueguês, mostrando uma figura humana “pondo para fora” as mazelas de todos por intermédio de um berro.”


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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Luiz Carlos Freitas é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos em que momento pensou em escrever “Homo Perturbatus”? Luiz Carlos - Grato pelo convite. Sinto-me honrado em participar de uma Revista que se dedica à literatura e a autores nesses tempos líquidos, de culto às aparências e de valorização da mediocridade. “Homo Perturbatus” é resultado de ideia antiga, amadurecida aos poucos e tornada realidade num período em que eu me recuperava de grave enfermidade. O momento era propício para expor questionamentos íntimos e expulsar fantasmas ancestrais, fazendo espécie de acerto de contas comigo, além de trazer à luz temas comuns a todos, sobretudo no que se refere à sociedade contemporânea.

Quais os principais personagens da drama? Luiz Carlos - São três as personagens principais: Trajano, milionário, culto, entediado e visionário. Abel, estudante de Direito; Rafael, mantido em cárcere privado por Trajano do nascimento até os 18 anos; Gema, filha de pais dependentes químicos, adotada por casal formado por dois homens. Em torno deles é construída uma história que contrapõe os irmãos, alvo de experiência social, filosófica e antropológica inusitada, criada por Trajano. O livro, recheada de personagens secundárias cativantes, discute questões essenciais da atualidade, sobretudo o caos que assola a humanidade, apontando causas e consequências, utilizando personagens realistas e situações comuns no dia a dia das pessoas. É um grito de alerta para tentar despertar a sociedade, antes que seja tarde.

Como foi a escolha do título, o que significa “Homo Perturbatus”? Luiz Carlos - Geralmente, quando começo a escrever um novo livro o título já está definido. Não foi o caso do “Homo Perturbatus”. O título veio a mim por acaso, depois da obra concluída, quando eu o procurava ansiosamente. Ao ler um artigo do renomado biólogo francês Jean-François Bouvet, acerca da retroevolução humana, me deparei com a teoria de que o “homo sapiens” está se transformando no “homo perturbatus”, sob o enfoque biológico. Na hora percebi ter encontrado o título do meu novo livro. Bouvet fala do “Homo Perturbatus” sob o ponto de científico, eu dou ênfase aos aspectos filosóficos e literários desta mudança por meio da ficção.

Apesar de se tratar de um romance, a imagem de capa não lembra romance, ou pelo menos do tipo de romances que estamos habituados a ler, quais critérios foram utilizados para seleção da imagem de capa? Luiz Carlos - O gênero literário “Romance” possui infinitas vertentes e eu transito em áreas diferentes do tradicional, especialmente no romance de cunho social, de ideias, psicológico, de costumes e crítica social. “Homo Perturbatus” reúne a maioria dessas nuances e necessitava de uma capa que pudesse sintetizar a “alma” do livro, cuja essência é a impotência da civilização atual ante a derrocada da sociedade. Nada mais representativo do que a obra de arte “O Grito”, do pintor Munch, retratando a angústia e os

medos do ser humano. A capa do livro, portanto, é baseada na célebre obra do artista norueguês, mostrando uma figura humana “pondo para fora” as mazelas de todos por intermédio de um berro. Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor através do enredo que compõe o livro? Luiz Carlos - Há mensagens explícitas e implícitas. Cabe ao leitor decifrá-las. Antecipando uma delas, eu diria que a mais importante se refere ao alerta de que a humanidade caminha a passos largos para o abismo. Estamos atravessando uma era de transição, cujo resultado é incerto, porém previsível: estamos perdendo referenciais atinentes aos valores éticos, morais e educacionais forjados durante milênios e nos transformando em seres perturbados, perdidos. Apresente-nos 5 motivos para ler “Homo Perturbatus”. Luiz Carlos - A originalidade. O estilo. O enredo. As personagens. Os temas abordados. Você é fã da vida e obra do escritor russo Dostoiévski. De que forma “Homo Perturbatus” está relacionado ao estilo de escrita de Dostoiévski? Luiz Carlos - Sou admirador do estilo do grande escritor russo. Logicamente, a influência de Dostoiévski está presente nas minhas obras, embora eu tenha encontrado “voz própria”. Mas ela se dá de forma inconsciente, porquanto há muito deixei de ser produto das minhas leituras e referenciais literários. Eu construí meu próprio caminho nas letras. Logo, “Homo Perturbatus” não se assemelha a nenhuma obra www.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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do autor russo. Embora, como romancista, persiga a tentativa de decifrar a alma humana, a capacidade de ser visionário e o desejo de construir histórias edificantes. Feito Dostoiévski. Soube que temos livro novo no prelo, o que pode adiantar aos nossos leitores sobre sua nova obra literária? Luiz Carlos - Em outubro publico pela Editora Selo Jovem o romance (crítica social e de costumes) “Amáveis Inimigos Íntimos”. A obra trata de conflitos pessoais, familiares e sociais, da busca da felicidade, de perdas e danos, da sofrida cami-

nhada no rumo da paz interior e do resgate da identidade perdida em meio aos conflitos do cotidiano, da corrupção individual e coletiva. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Luiz Carlos Freitas. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Luiz Carlos - Agradecido pela oportunidade. Deixo minha mensagem de respeito e carinho, aliado ao testemunho de que a literatura salva e liberta. Ler bons livros é, antes de tudo, um ato em busca da liberdade

plena, da condição do animal racional que deveria nos diferenciar dos irracionais. Conclamo os leitores a ler cada vez mais, pois Educação e Cultura são essenciais à reconstrução do país enquanto nação livre, democrática, desenvolvida e com justiça social.

_________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

ONDE COMPRAR “Homo Perturbatus” pode ser adquirido por meio dos sites: www.selojovem.com.br; www.livrariacultura.com.br; www.livrariamundial.com.br

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritor Maurício Duarte

O poder criativo e c O mundo precisa de arte! O mundo precisa de arte... O mundo precisa de arte? A sentença pode ser dita destas três formas, a afirmativa, a subjetiva e a interrogativa ao mesmo tempo e, nas suas três formas, suscitar inquietações igualmente válidas e relevantes para o nosso mundo na atualidade. Por que se dá esse fenômeno? Porque a modernidade líquida como dizia Bauman, repleta de “massacres e assassinatos recíprocos, do tipo hoje visto entre sunitas e xiitas no Iraque (...)visto on-

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tem mesmo entre sérvios, croatas, bósnios e muçulmanos do Kosovo (...) um ciclo aparentemente interminável de retaliações assassinas, (...)” não quer sensibilidade, não quer poética, não quer suavidade... À edição original inglesa de 2008 do livro A Arte da Vida do filósofo Zygmunt Bauman podemos acrescentar todos os horrores da guerra da Síria com massacres entre rebeldes e governo ditatorial quase que ininterruptos hoje em dia. O terror do Estado Islâmico também ataca impiedosamente, sem rosto,

em caminhões usados como armas contra a população civil, indiscriminadamente; quando não se utiliza de meios mais sofisticados como bombas e armas de fogo. Também por outros motivos. Porque na contemporaneidade artistas como Robert Rauschenberg, coloca à venda folhas de papel cujo conteúdo são desenhos feitos no passado por De Kooning (famoso artista norte-americano) dos quais ele havia eliminado quase todos os traços à lápis. As marcas do apagamento eram as marcas artísticas


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criador da arte com as quais se dava uma especulação bem-sucedida através de uma... obra de arte...!?!!? E daí? Daí que as marcas da modernidade, como assim eram chamadas pelos eruditos críticos de arte do passado, hoje almejam desaparecer, o efêmero transformou-se na aclamação maior, o passageiro, aquilo que não permanece... Mas há implicações bem concretas desta realidade no nosso dia-a-dia... A ética, a moral, a bondade, a compaixão parecem ter sido realmente apagadas da existência.

Tem-se medo de ser virtuoso em muitos momentos e isto vai além de qualquer moralismo; é um fato. E o que ressurgiu disto não dá conta de transcender, de transformar e nem, muitas vezes, de dialogar com os aspectos concretos do que ocorre hoje. Muitos afirmarão que o próprio Friedrich Nietzche (18441900)já dizia que “Só a música doentia dá dinheiro hoje.” E na época dele não existiam os batidões de funk, por exemplo... Pelo menos não da forma como conhecemos em nossos tempos...

Nem todo expressionismo abstrato, nem todo método de trabalho colaborativo experimental de pintura, nem toda encenação ou filmagem de evento artístico podem dar conta da nossa real falta de paradigma, referência e/ou modelo atuais... Talvez, e muito provavelmente, seja uma qualidade da nossa época e não um defeito. Como dizia Krishnamurti, “a verdade é território inexplorado.” Mas se é uma qualidade, devemos ter em mente que a sensibilidade é objetiva e é por ela que se chega a uma verdadeira compaixão, um verdadeiro “pôr-se no lugar do outro”, um importar-se com o outro mais do que apropriar-se do outro como mercadoria, o que vem sendo feito há muito tempo pelo modo de produção capitalista em todas as suas vertentes neo-liberais de várias formas. As trocas de mercado clássicas perderam muito de seu valor ou de sua objetividade palpável no que se refere à arte nos nossos dias. A própria definição de arte é reformulada e reestruturada várias vezes ao longo da história recente. O que não pode e não deve se perder é o sensível, o poético, o sublime, a vivência do sentimento, o amor, sem os quais não somos humanos, somos apenas máquinas. Sem os quais, o poder criativo e criador da arte não se estabelece. Paz e luz.

Referências: Bauman, Zygmunt . A Arte da Vida . Editora Zahar . Rio de Janeiro, 2009. Mattick, Paul; Siegel, Katy . Arte & Dinheiro . Editora Zahar . Rio de Janeiro, 2010.

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ENTREVISTA

DESIGNER GRÁFICO MARCO MANCEN Marco Mancen começou sua carreira trabalhando em editora, e mais tarde passou a atuar em agências de publicidade, onde chegou a Diretor de Arte e Criação. Com formação em Publicidade e Design Gráfico, teve sociedades em duas agências de publicidade. Em 2003, já com grande atuação em design gráfico, abriu seu próprio estúdio, onde trabalha atualmente. Hoje, o estúdio atende clientes no Brasil, Portugal, Estados Unidos, Angola, Holanda, França, Suíça e Caribe, e vem se destacando no mercado editorial na criação de capas e em projetos gráficos de livros. Boa leitura!

Fonte: Assessoria de Imprensa Marco Mancen

Como surgiu o interesse por criar capas de livros? Marco Mancen: Acredito que esse interesse tenha evoluído com o passar dos anos. Quando comecei a me interessar por design gráfico, eu trabalhava com publicidade, tinha uma atração por capas de vinil, CDs e livros. Por muitas vezes eu parava em livrarias e lojas de CDs para admirar as capas, mas no começo era muito difícil pegar algum trabalho do gênero. Foi então, quando era diretor de arte em uma agência em que tinha participação, que pegamos a conta de uma distribuidora de filmes no Brasil e passei a desenvolver os cartazes de cinema. Foi um período muito criativo, pois assistia aos filmes e fazia os cartazes. Foi tão prazeroso, que Steven Soderbergh, diretor de um dos filmes, entrou em contato com a distribuidora no Brasil parabenizando pelo trabalho, pois considerou o melhor de todos os países em que foi lançado. Outro foi de um filme com Kevin Costner, que também foi escolhido para ser a base de toda América Latina. A partir daí eu comecei a ter o prazer de, por exemplo, ouvir as músicas de um CD e fazer a capa; ler um livro ou resenha e fazer a capa. Sinto que tenho que passar para o consumidor o que ele espera ao ler aquele livro ou ouvir aquele CD; tem que haver uma harmonia entre a capa e o conteúdo, coisas que na maioria das vezes não ocorre. Existem péssimas capas para excelentes livros, que muitas vezes atrapalham a venda; e há também belas capas, mas que não passam a história, e o leitor acaba achando que foi enganado.

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E a diagramação de livros e revistas começou em conjunto com as capas? Marco Mancen: Não, na verdade a diagramação surgiu como uma necessidade. Até então eu fazia somente as capas para livros já diagramados, ou que iriam ser diagramados, e por diversas vezes passava o serviço para terceiros, ou já recebia o trabalho diagramado. Com isso, acabava vendo muitos erros ou diagramações pobres que não condiziam com a qualidade da capa. Foi então que decidi oferecer o serviço de diagramação com projeto gráfico, já que fazia isso para revistas e jornais e assim os clientes teriam um projeto completo de qualidade. Quem são os clientes que procuram por seus serviços editoriais? Marco Mancen: Na maioria são escritores independentes, e atendo também diversas editoras em todo o Brasil. Quanto aos escritores, hoje, além do território nacional, atendo também no exterior. O que o cliente deve saber para contratar um bom capista e diagramador? Marco Mancen: Ter boas referências é o principal caminho. Por diversas vezes peguei trabalhos cujos escritores confiaram a “profissionais” que receberam e não entregaram o serviço, ou, na maioria das vezes cobraram barato e fizeram um serviço muito aquém do que o cliente esperava. Não entra na minha cabeça o cliente levar dias escrevendo uma obra, pagar a impressão, que não é barata, e querer economizar na capa, diagramação e revisão, que são fatores importantes na venda de um livro. Seria como pintar um belo quadro e embrulhá86

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-lo em papel de pão para colocar à venda.

ders, flyers, cartazes, embalagens, anúncios, sites e muitos outros.

O que diria aos editores sobre capas e diagramação de livros? Marco Mancen: Que valorizem mais os capistas e diagramadores, pois a qualidade do serviço deles é primordial para o negócio das editoras. Existem muitas editoras sérias no Brasil, mas a grande maioria não atenta para a qualidade final do livro, querem economizar pagando por um trabalho profissional e aí contratam serviços amadores. Já vi muitos escritores saindo de editoras por causa disso.

Como contratar o serviço? Marco Mancen: É muito simples. Algumas pessoas ainda não estão totalmente “conectadas” e se preocupam como vou atender, por exemplo, no Pará, e como vou entregar o trabalho. Hoje, não existem mais distâncias, e o trabalho se desenvolve via internet, desde o pagamento até a entrega. O pagamento pode ser on-line com cartão em até 12X em ambiente seguro, via depósito bancário, boleto, o que for melhor para o cliente. Acessando o site www.marcomancen.com ele terá alguns trabalhos expostos no portfólio, formas de pagamento e contatos. Após o primeiro contato é passado um pré-orçamento, e definidos os valores e forma de pagamento, é gerado um contrato para ambas as partes. A partir daí é passado ao cliente o que é preciso para o desenvolvimento do serviço contratado. Os valores são compatíveis com os do mercado.

Como distinguir um bom projeto gráfico de algo amador? Marco Mancen: Um bom projeto é o que oferece boa leitura e entendimento, tem estética e bom gosto, os elementos visuais não interferem na leitura e todos os elementos visuais utilizados, como fotos, ilustrações, fontes e cores são pensados harmoniosamente. Quanto ao amador não precisa dizer muita coisa, é o inverso disso. Fale sobre alguns projetos importantes que realizou. Marco Mancen: Para mim todos são importantes. Já atendi clientes que começaram quase do zero e se tornaram grandes clientes e continuam crescendo. Isso, para mim, é motivador, pois participar do sucesso de alguém ou de alguma empresa me faz muito bem. Além de capas e diagramação de livros e revistas, que outros serviços oferece? Marco Mancen: Todos os serviços na área do design gráfico, como criação de logotipos, papelaria, fol-

Contatos http://www.marcomancen.com http://portfoliomarcomancen.com http://www.facebook.com/marcomancen - E-mail: contato@ marcomancen.com

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora Nell Morato

Livros em busca Possuir muitos livros, uma imensa biblioteca, coleções completas e títulos raros; livros antigos e livros novos… Assim era o meu sonho… Compreendo agora que não me preocupava em ler a imensidão de livros que pretendia possuir… queria apenas possuir, ter muitos livros… Tanto, que em uma época comprava títulos aleatórios e muitas vezes em promoções, em balaios, onde normalmente ficam os rejeitados…queria a quantidade e sequer conferia o título. E quando “acordei” daquele belo sonho… percebi que os poucos livros que já possuía, se tornaram coletores de poeira, fungos e 88

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um prato saboroso para as traças. E desisti da tão sonhada biblioteca, até porque, as coleções e títulos raros eram caríssimos e não dispunha de tanto capital para investir em um sonho, sem nenhum objetivo maior do que possuir. E depois das voltas e mais voltas que costumamos dar em nossas vidas, reencontrei-me com os livros. Não quero mais possuir uma biblioteca, até porque a internet nos possibilita acumular conteúdo, sem poeira e sem traças, assim como o Almanaque Literário está fazendo. O que mais mudou? Tudo! Como estou escrevendo, agora posso fazer parte de um livro e não preciso possuir esse livro. Meu

nome está lá, meu texto também, meus pensamentos, o que eu desejo, como vejo as coisas… sou parte do livro que escrevi, porque coloquei nele a minha alma. Meu desejo não é ter livros, mas espalhar livros pelas cidades. Não apenas os meus livros, todos os livros, de todos os escritores conhecidos ou não. Levar os livros para as pessoas, onde elas estão. Minha amiga e escritora Nanci Penna, não acumula livros, costuma doar para que outras pessoas possam usufruir de seu conteúdo. E é o que me proponho a fazer doravante… Estimulando os amigos e todos os escritores conhecidos e desco-


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de leitores nhecidos que venham, com livros nas mãos, aderir à campanha: “Livros em busca de leitores”. Como vai acontecer isso? Como vamos fazer as pessoas se tornarem leitores? Já sabemos que muitos não leem por falta de oportunidade. Vamos criar a oportunidade… Vamos fazer as pessoas encontrarem os livros… Os livros é que irão ao encontro das pessoas, nas ruas, nas praças, lanchonetes, restaurantes, em qualquer local público. Não saia de casa sem um livro. Coloque na bolsa, na mochila, no carro. Seja qual for o seu meio de transporte para o trabalho ou a escola; ou se está saindo para uma consulta médica, ou ir ao shopping,

ou fazer compras no supermercado, levar o filho na escola… todas as saídas são oportunas para “esquecer” um livro em algum lugar, onde esse livro será encontrado por alguém que poderá ler ou dar de presente para outra pessoa ler… como um pai para seu filho, por exemplo. Devemos escrever uma dedicatória no livro. Para que a pessoa que o encontrar sinta-se estimulada a folhear o livro, aguçar a sua curiosidade e da primeira página, seguir adiante, e só conseguir parar ao encontrar o FIM. O objetivo é grandioso, eu sei que não será fácil. Eu sei, que as pessoas desistem, voltam atrás em suas decisões, os problemas pessoas po-

derão ser maiores do que a vontade de ler e viajar nas palavras… Dentro do imenso objetivo de levar os livros para as pessoas, está o desejo de mudar a nossa cultura, de fazer diferente… Se cada um de nós conseguir um leitor… é lucro! Já valeu a pena! E se ainda, esse leitor decidir fazer o mesmo, serão dois leitores! E se por acaso, o primeiro leitor ficar atento aos livros esquecidos nas praças, no metrô, no ônibus, no restaurante…? Ele poderá encontrar um segundo livro e proceder da mesma maneira… Poderemos ter uma corrente, uma rede, uma imensidão de livros esquecidos que poderão fazer acontecer o que queremos no futuro… É muito difícil fazer isso no Brasil… Somos um povo procrastinador… com certeza! Vamos deixar para outro fazer! Vamos deixar para depois! Alguém vai fazer, eu não preciso me preocupar com isso, não é minha culpa… O governo que resolva! Que governo? Os políticos não têm a menor intenção de dar prosseguimento à cultura… Quanto mais ignorante o povo, mais fácil de iludir. Povo culto é contestador. Os livros melhoram a vida das pessoas. O livro muda a condição social de famílias inteiras. Muitos livros para que todos possam mudar suas vidas adquirindo conhecimento e melhores condições humanas e sociais… Livro para todos! É um trabalho de formiguinha e sem remuneração! Mas se elas, as formigas, conseguem abastecer os formigueiros com alimento para enfrentar as intempéries do inverno rigoroso, por que nós, que somos seres inteligentes, que somos escritores e alguma cultura possuímos, não poderemos conseguir? www.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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ENTREVISTA

ESCRITORA MICELLE PARANHOS Sou carioca da zona norte do Rio de janeiro, bairro da Tijuca. Casada, 44 anos, três filhos adolescentes. Em 2011 criei na rede social Facebook a página Entrelinhas: Arte, Opinião &Poesia. Em 2014 lancei Ponto de Ressonância e em 2015, Mulato Velho. Recebi o Troféu Cecília Meirelles em 2015 e o Título de Cidadão Seropedicense no mesmo ano por incentivos culturais para o município onde resido. Troféu Cecília Meireles (categoria escritora) foi escolha do jornal Folha popular - MG. Sou membro da Academia Luminescência Brasileira- Araraquara-SP. Participei das três edições do Festival de Literatura e Artes Literárias em 2016 (FLAL) na rede social Facebook. Em 2017 faço parte da Equipe do evento na 4° Edição Arte e Estilo. Em 2016 publiquei o romance biográfico “Coisas de Lorena” e o conto juvenil “Menina Tempestade” no Wattpad em coautoria. Tsara: Ir até o fim do mundo e depois voltar é o meu quarto livro, já publicado no Clube dos Autores. Blogueira e resenhista. O Blog Café Literatura- onde leio, faço resenhas críticas e divulgo autores nacionais e internacionais - administro fanpages dos meus livros e estou escrevendo no momento uma série literária chamada “Nas Trilhas da Aventura”. Boa leitura! 90

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Vivem de forma a nada deixar por fazer, portanto, a morte não vem com arrependimento por aquilo que não tiveram coragem de executar. Eles acreditam em reencarnação e sabem que toda separação é temporária.”


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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Michelle Paranhos, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que a motivou a ter gosto pela escrita literária? Michelle Paranhos - Obrigada! É um prazer conceder essa entrevista. O que me levou a ser leitora foi em primeiro lugar, o exemplo familiar. Eu observava desde cedo meus pais lendo, sempre. Além disso, eles sempre liam para mim e minha irmã mais nova, a tal ponto que quando eu entrei em fase de alfabetização, minha irmã – cinco anos mais nova que eu- foi alfabetizada ao mesmo tempo, sem esforço, porque acompanhava todo o processo. Para me tornar escritora não demorou muito. No antigo segundo grau, hoje ensino médio, eu possuía enorme facilidade com a literatura e na época meu professor de Literatura me emprestava livros extraclasses para eu os ler e definir qual gostava mais- e o livro era então passado para a turma inteira ler e fazer trabalho extraclasse... Deixa estar que, na época, eu me decidira por carreira biológica- cheguei mesmo a estudar medicina veterinária na UFRRJ até metade do curso- e ainda assim, eu já gostava de ler, o que na ocasião nada mais era que passatempo. Como na época eu fizesse também o curso de formação de professores (antigo Normal) concomitante ao segundo grau- afinal ter uma profissão era importante e esse curso era oferecido em minha escola- eu estudava psicologia, filosofia e sociologia, o que creio me fez identificar com as causas sociais, e especialmente trabalhar profundamente os perfis psicológicos de personagens em meus Romances Dramáticos. Como vocês podem perceber eu

não imaginava nem tornar-me professora ou mesmo escritora, mas eu sempre fui aberta a novos conhecimentos... Tanto que acabei por passar num concurso público como professora de ensino fundamental, abandonei o curso de veterinária – queria ser pesquisadora e o desenvolvimento da pesquisa era e ainda é muito frustrante nesse país-e trabalhei e me aposentei na educação e hoje, quem diria, transformei meu hobby em profissão e sou escritora já com quatro livros publicados! O que a inspirou a escrever “Tsara”? Michelle Paranhos - Certo dia eu tive um sonho, e acordei bastante impressionada com ele! A profusão de materiais diferentes em um ambiente riquissimo... Havia ainda um baú onde uma mulher retirava o mais lindo lenço que eu já vi, de um material desconhecido por mim. Reconheci elementos ciganos, mas até então eu nada sabia sobre clãs e não tinha real entendimento sobre este universo. Enfim. Fiz um parágrafo de três linhas no Word e coloquei esse texto numa pasta em meu PC chamada “baú de quinquilharias literárias” onde armazeno de tudo, sem muita ordem, com o titulo Magia Cigana. Tempos depois, surgiu a oportunidade de escrever um texto para a coletãnea Comemorativa do Flal, e escrevi um conto de apenas doze páginas com a história de Mariana e para tal, eu recorri ao parágrafo e renomeei com o título Tsara-que aprendi à custa de pesquisas ser o verbete, em romani (língua cigana) para lar. O conto fez parte da coletânea A Caminho do Sol. Mas, ainda durante a escrita do conto, percebi que não havia dito o essencial... Havia ainda muita históiria

a ser contada... E comecei a escrever... E o tal conto então virou um prólogo; sofreu algumas alterações apenas para transformá-lo no novo formato de um romance e finalmente eis finalizado, agora com 346 páginas! E para toná-lo ainda mais especial incluí o subtítulo “Ir até o fim do mundo e depois voltar”, que é um pensamento cigano e que traz a importante inquietação: Onde é o lar para um cigano? E porque partir se antes mesmo da partida já traz dentro de si o desejo de retornar? E essas perguntas eu espero ter respondido satisfatoriamente com a trama de Tsara. Quais os principais desafios para escrita do enredo que compõe a obra? Michelle Paranhos - Primeiro, o desfio enfrentado foi separar o que era cultura do povo Roma- que chamamos comummente de ciganos- e o que era levemente inspirado na cultura e deturpado em interesse próprio de alguns, especialmente em gente que faz “leituras de sorte” para conseguir dinheiro sem ter nenhum tipo de missão espiritual cigana. Ora... Não basta comprar uma roupa e adereços ciganos em sites online, comprar um baralhocigano ou Tarô e... Voilà! Tem-se uma cigana! (risos). Claro que isso está longe de ser a verdade. Elas – as ciganas- possuem dons mediúnicos, como a clarividência, mas existe muito trabalho em prol de outros antes de poderem usufruir tais dons. São muitos anos de prática e a vida deles tem tanto alegrias quanto apreensões. Além disso, o povo é muito reticente, desconfiado por viver séculos de injúrias e perserguições de todo o tipo. E Eu, como não cigana ou gadjin, tive dificuldade de www.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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romper as barreiras do preconceito. Mas, consegui contato com alguns; e muita coisa descobri através do site da Embaixada Cigana no Brasil, com pessoas que surpreendentemente se revelram de origem cigana- o que descobri ser mais comum que se pensa. Muitos se escondem no dia a dia para não sofrerem preconceitos e só revelam sua identidade entre os seus. Foi um ano e meio de muito trabalho, mas que valeu a pena. E o que não descobri, me vali de licença poética para trazer essa história que mescla fatos culturais, realidade e ficcção. `Tsara está no subgênero literário Realismo Fantástico, onde a magia é vista como algo natural e principalmente, possivel em nosso mundo. O que mais a encanta na cultura cigana? Michelle Paranhos - O espírito coletivo. Os respeitos que eles têm às tradições, a vida em comunidade e, ao mesmo tempo, sabem olhar para o novo. Numa sociedade individualista como a nossa, que o culto à propria imagem predomina- daí as loucuras que muitas pessoas especialmente mais jovens fazem para tirar uma “selfie”-, o desapego aos bens materiais, o cuidado com o corpo e com a alma, a sabedoria na simplicidade... Todo esse conhecimento milenar é muito interessante e ao mesmo tempo nos causa estranhamento... Aos poucos, porém, a alegria deles nos encanta. Claro que, como qualquer povo, eles têm contradições, indivíduos que fogem aos preceitos estabelecidos pensando em si mesmos apenas... Mas são

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as exceções que existem para confirmar a regra. Como foi a escolha do título? Michelle Paranhos - Como comentei acima, Tsara significa lar. Após eu mesma me deparar com o meu próprio questionamento: - Mas se os ciganos são considerados esponja cultural do mundo por estarem sempre se deslocando em cada canto deste planeta e absorvendo partes da cultura de cada região por onde passam, porque o local mais importante no mundo para eles é Tsara? Afinal, onde é o Lar para um cigano?- eu saí atrás de respostas. E aliado a isso introduzi o pensamento ainda mais inquietante que o primeiro: “Ir até o fim do mundo e depois voltar”. Esse pensamento fala da transmigração da alma- samsara- que executa o giro completo da vida: nascer, crescer, multiplicar, enfim, viver... E morrer. A morte faz parte do ciclo da vida e eles não a temem, ao contrário. Vivem de forma a nada deixar por fazer, portanto, a morte não vem com arrependimento por aquilo que não tiveram coragem de executar. Eles acreditam em reencarnação e sabem que toda separação é temporária. Apresente-nos cinco motivos para ler “Tsara” Michelle Paranhos 1-É um romance diferente e que se passa no Brail atual, mas fazendo referência ao passado com fatos reais. Além disso, põe por terra tudo aquilo que acreditamos fazer parte desse povo e que, por serem nascidos em solo Brasileiros são cida-

dãos Brasileiros e merecem ser respeitados e reconhecidos como tal. 2- Vasta pesquisa que desmistifica e abre nossa visão para o diferente, provocando reflexão. 3-É Uma história de amor sobre si mesmo, seu povo, sua cultura em variadas manifestações desse sentimento, que ultrapassa o limite do simples amor romântico. 4- Discute valores há muito esquecidos como bem comum, família, tradições conhecidas e desconhecidas. 5- Um livro que fala do místico através da cultura e magia presente na história de um povo. O lançamento online de “Tsara” será no dia 09 de junho através do FLAL – Festival de Literatura e Artes Literárias, como podemos participar do lançamento. Michelle Paranhos - Só acessar ao link às 14h50min h. Durante o evento será também meu bate-papo. https://www.facebook.com/ events/1998757480353893/ E comigo através de inbox no facebook, ou por e-mail michellelouiseparanhos@gmail.com Quem comprar pelo site é só entrar em contato que enviarei marcador. Quais os seus principais objetivos como escritora? Michelle Paranhos - Transmitir uma ideia, fazer refletir,entreter e alegrar as pessoas com as minhas histórias. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “Tsara” da escrito-


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ra Michelle Paranhos. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Michelle Paranhos - Um escritor não nasce pronto. Cada trabalho do autor revela também seu amadurecimento pessoal e profissional. Para ser um escritor profissionalo o aprendizado deve ser continuo, mas nem por isso precisa gastar dinheiro... Existe muito conhecimento na própria rede (WEB), e, além disso, uma leitura critica de principais gêneros literários ensina ao escritor

pela prática. Antes de desenvolver um estilo próprio é necessário olhar para aquilo que já foi feito e perceber onde se sente confortável para escrever e, depois de descobrir sua zona de conforto, libere-se, contradiga, explore sua criatividade! Mas, antes do improviso, as regras são essenciais... E a principal delas é antes de qualquer coisa: leia! Sempre! _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

ONDE COMPRAR

Clube dos Autores no link: https://www.clubedeautores.com.br/book/233942--Tsara#.WSdDtvk97cc www.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritora JackMichel

A MENININHA FLOR A história que o Mago Cheiroso irá, agora contar, fala de um certo perfume que, às vezes, invade o ar! II Foi numa tarde de dezembro que aquele aroma apareceu perfumando um imenso nariz que, por acaso, era o meu. III Eu fiquei enfeitiçado com aquele cheiro invulgar e passei a procurá-lo, por todo lugar! IV Corri florestas, vales e colinas... até que, um dia, achei uma bonina pequenina e sorridente, com uma cara de menina. V E desde aquele dia, possa ir por onde for... eu nunca mais esquecerei aquele cheiro de flor! VI Após ouvirem esta história digam-me, caros leitores: “Vocês, gostam de flores?”. * Este conto está na Antologia Criticartes 2017, Biblio Editora, que foi lançada no Festival Literário Internacional de Dourados - FLID 2017.

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Biografia da autora:

JackMichel é o primeiro grupo literário na história da literatura mundial, composto por duas escritoras: Jaqueline e Micheline Ramos. São irmãs e nasceram na cidade de Belém, Estado do Pará (Brasil). O tema de sua obra é variado visto que possui livros escritos nos gêneros ficção, poesia, romance, fábula e conto de fadas. A escritora publicou seu primeiro livro Arco-Jesus-Íris em 2015, pela Chiado Editora. Em 2016 lançou pela Drago Editorial as obras LSD Lua, 1 Anjo MacDermot, Sorvete de Pizza Mentolado x Torpedo Tomate e Ovo. É associada da A.C.I.M.A (Associazione Culturale Internazionale Mandala) e da LITERARTE (Associação Internacional de Escritores e Artistas). Seus contos e poemas constam em antologias nacionais e antologias internacionais bilíngues: Amor & Amore (Edizioni Mandala), Os Melhores Poemas de 2016 (ZL Editora), Faz de Conto II (Helvetia Edições), 1ª Antologia Cultive (Fast Livro), Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea Além da Terra Além do Mar (Chiado Editora), Antologia Criticartes 2017 (Biblio Editora). Também foi destaque de diversas revistas on-line de literatura, artes e cultura como Varal do Brasil, Revista Literária, Ami, Divulga Escritor, Geração Bookaholic, Conexão Literatura, Criticartes e Philos. Participou do XXIX Salão Internacional do Livro de Turim 2016, I Salão do Livro de Lisboa 2016 e I Salão do Livro de Berlim 2016. Em 2017 tomará parte nos eventos: XVIII Bienal Internacional do Livro do Rio, 31º Salão do Livro e da Imprensa de Genebra, XXX Salão Internacional do Livro de Turim, Salão Internacional do Livro de Milão, BUK Festival Literário de Modena, Feiras Literárias de Mântua, Bolonha e Roma. Seu slogan é “A Escritora 2 Em 1”.

JackMichel em redes sociais:

Facebook: https://www.facebook.com/escritoraJackMichel/ Twitter: https://twitter.com/JackMichel2017 Instagram: https://www.instagram.com/jackmichel2017/ Google+: https://plus.google.com/112246483579431089961/posts Tumblr: https://escritorajackmichel.tumblr.com/ Pinterest: https://br.pinterest.com/jackmichel2017/

JackMichel em vídeo:

Promo Vídeo JackMichel “A Escritora 2 em 1” https://www.youtube.com/watch?v=3F8J4ck6XHU Booktrailer Arco-Jesus-Íris – JackMichel https://www.youtube.com/watch?v=iBjgF0DkAik&t=34s Spot Televisivo LSD Lua – JackMichel https://www.youtube.com/watch?v=Khg1oKH6WKo Spot Televisivo 1 Anjo MacDermot JackMichel https://www.youtube.com/watch?v=dmVR-jE07pU&t=31s Spot Televisivo Sorvete De Pizza Mentolado X Torpedo Tomate – JackMichel https://www.youtube.com/watch?v=Zn5xRdnwJvQ Spot Televisivo Ovo – JackMichel https://www.youtube.com/watch?v=dsBd0O_e5WI

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ENTREVISTA

ESCRITOR PLÁCIDO RODRIGUES Escritor, nascido em 7 de maio de 1982, em São Miguel, Rio Grande do Norte, Plácido Rodrigues foi para Guarulhos, São Paulo, com os pais e os dois irmãos quando ainda não tinha 2 anos de idade completos. Estudou em colégios públicos e graduou-se em Letras pela UnG (Universidade Guarulhos) em 2010. É pós-graduado em Língua Portuguesa pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) com ênfase na análise da oralidade em textos escritos. Além de “Histórias Concêntricas – O Mistério do Viúvo Maldonha”, seu romance de estreia, escreve também contos, crônicas e poemas. Em maio de 2010, venceu um concurso de Poesia e de Miniconto com o soneto “Vida Ausente, Morte Presente”, na VI Jornada de Letras, um evento promovida pela universidade na qual se formou. É professor de Língua Portuguesa desde 2010, atuando na rede pública e particular de ensino. Atualmente é docente titular na Prefeitura de São Paulo, onde coordena projetos de escrita criativa com alunos do Ensino Fundamental II.

Para quem gosta de acompanhar o crescimento e as descobertas feitas pelas personagens, vai gostar de conhecer Pedro e Leandro Maldonha e todo o mistério que os envolve.”

Boa leitura!

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O Mistério do Viúvo Maldonha desvendado pelo autor Plácido Rodrigues Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Plácido L. Rodrigues é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que mais o encanta na arte literária? Plácido Rodrigues - O prazer é meu em poder participar. Desde muito cedo, tudo que envolve a criação artística me chamava a atenção: música, teatro, fotografia, pintura. No entanto, a criação literária ganhou espaço maior em minha vida pelo fato de que com um caderno e uma caneta eu poderia criar um mundo. O que mais me encanta na arte literária é a licença que o escritor tem para mentir. Todos sabem que está mentindo e, mesmo assim, variados sentimento são despertados com essa tenuidade entre realidade e ficção. Parafraseando Mário Quintana, em literatura a mentira é só uma verdade que se esqueceu de acontecer. Como surgiu “O Mistério Do Viúvo Maldonha”? Plácido Rodrigues - “O Mistério Do viúvo Maldonha” seria um conto. Eu estava escrevendo contos e, durante a escrita desse, algo me fez pensar que eu poderia uni-los e transformar tudo em um romance, sendo os contos anteriores, já escritos, contados por Leandro Maldonha, ou seja, narrativas menores dentro da narrativa maior. O aprendizado foi enorme quando comecei a reestruturar os textos. Criei novas 98

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personagens, um motivo para Leandro Maldonha contar as histórias e, por fim um tom na narrativa para segurar o leitor, prendê-lo na trama. Não fiz roteiro, esquema, resumos, nada. Apenas escrevia. O ruim disso é que muitas vezes eu precisava reler tudo para poder amarrar algum fio solto que eu havia deixado. O título do Livro seria apenas “O Mistério do Viúvo Maldonha”, porém resolvi colocar o título de “Histórias Concêntricas - O Mistério Do viúvo Maldonha”. Para saber o porquê, convido todos a lerem. É uma história de suspense e mistério? Comente sobre o enredo que compõe a obra. Plácido Rodrigues - Sim, é uma história de suspense e mistério. Pedro, ateu confesso, ouve histórias de Leandro Maldonha, de 83 anos, fervoroso conhecedor da Bíblia, que guarda um terrível segredo sobre o desaparecimento de sua esposa. Com o passar do tempo, coisas estranhas começam a acontecer, e Pedro muda suas convicções sobre sua forma de pensar. Sonhos passam a atormentá-lo e a confundir-se com a sua realidade. Numa busca louca para descobrir o que está acontecendo, sente-se à beira da loucura, atormentado por lembranças do passado, como a morte do único irmão, quando eles eram crianças, e a morte do pai, que lhe balbuciou algo antes de morrer. Descobrir o que o pai tentou dizer-lhe foi o que sempre quis, mas várias respostas

surgem ao conhecer Maldonha, e elas parecem levá-lo a um território perigoso, que lhe perturba as noites de sono. Quando por fim consegue juntar os fios soltos das historias contadas por Maldonha, percebe que seus questionamentos não precisavam de respostas tão complexas como as que vinha buscando. Você está publicando, em seu blog, um capítulo por semana. Qual a previsão para término da obra? Plácido Rodrigues - O livro tem 40 capítulos. Não foi escrito com o pensamento de ser postado por capítulos (folhetim). A ideia de postar o livro em blog é recente. Inicialmente, idealizei um capítulo por semana; dois, dependendo do teor do capítulo ou sua extensão. Conforme consigo a adesão de mais leitores, posso publicar com mais frequência. Essa iniciativa de divulgar meu trabalho nesse estilo ajuda-me a ter uma devolutiva dos leitores e me faz crescer enquanto escritor. Escolhi o Mistério do Viúvo Maldonha por ser um livro que já foi publicado de forma física e, enquanto não lanço nada inédito, prendo alguns leitores com algo escrito por mim. Com relação a ambientação geográfica. Conte-nos em quais cidades a trama está sendo desenvolvida? Plácido Rodrigues - Em relação à ambientação geográfica, elaborei algo o mais simples possível. Conforme escrevia, fui criando cenários, locais, ruas, um mapa geográfico ficcional. A trama ocorre em um centro urbano comum, criado para a trama. Pode-se considerar que todo o espaço geográfico é fictício, porém facilmente ajustável a qualquer cidade grande.


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Apresente-nos cinco motivos para acompanhar “O Mistério Do Viúvo Maldonha” Plácido Rodrigues - Eu poderia apresentar uma dúzia de motivos (risos), pois sou suspeito para falar da minha obra literária, no entanto listarei dois apenas: - O primeiro grande motivo é o incentivo a novos autores, que precisam de leitores para poder trilhar seu caminho nessa árdua jornada da carreira literária. - O segundo motivo refere-se à trama em si, que renderá uma boa dose de entretenimento. E, modéstia à parte, o livro está bem escrito, envolvente, com um jogo de mistério que cresce página a página. Para quem gosta de acompanhar o crescimento e as descobertas feitas pelas personagens, vai gostar de conhecer Pedro e Leandro Maldonha e todo o mistério que os envolve. Qual o link para que nossos leitores possam acessar e acompanhar o enredo? Plácido Rodrigues – No blog: http://escritorplacidorodrigues.blogspot.com.br/p/o-misterio.html Página oficial no facebook: https:// www.facebook.com/EscritorPlacidoRodrigues/ Após concluir a postagem do livro no blog, pensas em publicá-lo impresso novamente? Plácido Rodrigues - Escrevi-o em 2006 e publiquei de forma independente, com um total de 150 exemplares para divulgar entre amigos. Anos depois, com a tiragem esgotada, resolvi postar no blog, que estava parado. Com isso, resolvi dois problemas de uma vez: ativar o blog e conseguir novos leitores.

Não estou pensando, no momento, em uma publicação impressa desse livro, pois tenho outros projetos na frente. No entanto, futuramente, pretendo fazer uma segunda tiragem, pois a obra tem capítulos novos e trechos melhorados em relação à primeira versão impressa. No mais, tudo dependerá de uma proposta de alguma editora que venha a se interessar por esse romance e por meu trabalho. Quais os seus principais objetivos como escritor? Soube que já temos novos projetos em andamento. Plácido Rodrigues - Eu vivo escrevendo, ora mais, ora menos, mas projeto é o que não me falta. Tenho prontos, outros dois livros. Um de contos, sem título ainda, e um infanto-juvenil, intitulado de “O Achado de Sissa”. Meu principal objetivo como escritor é fazer literatura porque gosto, o resto será consequência de meu trabalho dedicado. Poderia falar mais de cada um deles? Plácido Rodrigues - O de contos segue a mesma linha de “O Mistério do Viúvo Maldonha” em relação ao tom da narrativa, ao suspense, ao mistério e, sobretudo, ao terror,

que ilustram o meu estilo de escrever. O conto que abre esse livro é um dos contos contados por Maldonha, no entanto com outras perspectivas no enredo. Gosto de brincar com histórias que ocorrem no mesmo universo literário, mas que mesmo assim são histórias independentes, e isso ocorre em todos os nove contos que compõem esse livro de contos. Embora independentes, têm uma ou outra relação entre si. Um exemplo disso é uma personagem ser principal num conto e secundária em outro. O número nove tem um significado simbólico que não direi qual é aqui. Para novidades é só seguir meu blog (risos). Já “O Achado de Sissa” trata-se de um infanto-juvenil sobre uma adolescente que constantemente assiste às brigas dos pais. Como refúgio, a jovem se aventura a ler um livro que encontrou no porão de casa. O livro é Dom Casmurro, de Machado de Assis. Em meio à leitura, Sissa se vê no cenário da história que lê, interagindo com as personagens. É justamente em meio a essa leitura que ela encontra forças para superar o drama familiar que vive. Você é professor de Língua Portuguesa. Eu mesma, adoro um texto bem escrito, o aprendizado inicia-se ao ler o texto. Andei lendo um pouco de “O Mistério Do Viúvo Maldonha” o enredo é muito bom e bem escrito, prende o leitor. Qual a importância da revisão ortográfica para o sucesso de um texto? Plácido Rodrigues - Como professor, preciso ensinar a importância de um texto bem escrito. No entanto, friso sempre que o que caracteriza uma Língua é o uso e que sua www.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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mesmo sendo professor de Língua Portuguesa, submeto meu texto a um revisor profissional. Particularmente confio meus textos sempre ao mesmo revisor, Josias Aparecido Andrade, que posso considerar um amigo com quem tenho aprendido a cada revisão. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “O Mistério Do Viúvo Maldonha” com o autor Plácido L. Rodrigues. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Plácido Rodrigues - Eu é que agradeço imensamente pela entrevista e oportunidade de poder falar um pouco sobre meu trabalho enquanto escritor. Gostaria de dizer que ler é navegar num mar em busca de um oceano de novidades, e que escrever é construir barcos para servir de transporte para essa aventura. No mais, conto com a visita em meu blog de cada leitor que reservou um tempo para ler essa entrevista. Visite-me, deixe seu recado por lá. Grande abraço a todos.

função principal é a comunicação. Como a escrita é uma das modalidades de uso da Língua, enfatizo sempre que tudo depende muito do que se pretende ao escrever um texto, ou seja, é preciso dominar as regras, saber quando determinada estrutura textual é adequada ou não. Enquanto escritor de ficção, cuido para não unificar a fala das personagens à voz do narrador,

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sobretudo o narrador em terceira pessoa. Quando o narrador é em primeira pessoa, as características sociais, idade, sexo, contam muito no tipo de registro escrito que utilizarei. Mesmo assim, creio que a revisão é muito importante, e o registro da norma culta tem de prevalecer. Antes de enviar meu texto para avaliação editorial eu mesmo faça algumas revisões cuidadosas, e

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL Blogueira Grazielli Moraes

A autora de hoje é Iasmine Guinossi conheci ela nas andanças pelas redes sociais, ao me deparar com a capa de seus livros, me encantei. Nascida em Teresópolis - RJ, 24 anos, graduada em Ciências Biológicas, descobriu seu amor pela escrita no ano de 2013. Transformando seus primeiros passos em pequenos contos eróticos postados numa rede social. Ias como gosta de ser chamada, é otimista e bastante determinada. Desenvolveu seu primeiro romance inspirado em um de seus contos, além disso, publicou uma coletânea de contos eróticos e pretende continuar a escrever outras histórias.

Seus livros Reflexo

Pra quem curte um bom romance clichê, vai amar essa belezura que pelo pouco que li de resenhas e comentários já quero ler também. Nicoly uma garota com um transtorno de personalidade mal curado terá que superar diversos desafios no decorrer da história, tais desafios lhe permitirão ou não encontrar um final feliz pra sua história de vida.

As maças da Afrodite

Também estou mega curiosa pela leitura, só por essa capa linda gente. O fruto proibido não vem de hoje, e em seu livro pelo pouco que tenho lido por ai sobre esse livro da Ias, trata-se de um livro de contos eróticos que lhe colocaram a beira do prazer ou do pecado. Resta a você escolher morder ou não o fruto. Facebook da autora: Iasmine Guinossi Espero que tenham curtido a autora dessa edição! Que tal participar da coluna do blog ou aqui na Revista, entre em contato: graziellimoraes@hotmail.com

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Escritor Petrônio Borges

A ÚLTIMA PA A humanidade ao longo de sua história tem se deparado com grandes conflitos e período de paz, tudo isso pode ter ocorrido devido a palavras proferidas durante nossa existência. Nossas relações humanas sempre estiveram ligadas ao que dizemos um para o outro, e quase sempre a última palavra tem um poder estimulador ou devastador nas vidas de pessoas que as ouvem. 102

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É muito importante pensarmos bem o que vamos falar, talvez nossas palavras proferidas a alguém possam ser a última dita. Pois não temos a certeza de que vamos ver ela outra vez. Imaginem como seria doloroso ou até culposo saber que uma pessoa a quem nós amamos, e tivéssemos falado algo que não deveríamos, não a encontrássemos mais no mesmo local ou até mesmo nesta vida.

Aprender a falar palavras que elevem as pessoas, nem sempre é uma tarefa para alguns muito fácil. Principalmente no mundo em que vivemos, cheios de tribulações e pressões devido ao excesso de trabalho. Alguns também, não aprenderam a usar palavras inspiradoras ou de conforto, outros por outro lado, tiveram uma educação familiar que as ajudaram a usarem ter-


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PALAVRA mos adequado para cada momento. Saber lidar com os vocábulos tanto quanto os ouvir, também é uma questão de maturidade, pois cada termo ouvido pode ser interpretado de uma forma diferente. Há uma velha história Samurai que nos ajuda a exemplificar muito bem essa situação: 1 Um jovem guerreiro desafiou um velho samurai. Era famoso por

utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio. Foram todos para a pra-

ça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos – ofendendo inclusive seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se. Desapontados pelo fato de que o mestre aceitara tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: “Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós? ” “Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? ”, perguntou o samurai. “A quem tentou entregá-lo”, respondeu um dos discípulos. “O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos”, disse o mestre. “Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo”. A maturidade pode não estar ao alcance de todos, e por isso há a necessidade de verificarmos que palavras queremos proferir. 2Segundo o escritor Sean Wilhelm: Antes de jogar palavras ao vento, lembre-se que o vento pode soprar em você. E ao lermos está frase, “fale menos. Palavras, o vento leva; a mágoa, no entanto, fica”. Temos o dever de ponderar antes de falar, assim preservaremos nossa paz e harmonia com os nossos semelhantes. 1 http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2011/08/28/o-presente-de-insultos-2/ 2 https://www.pensador.com/palavras_ao_vento/

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ENTREVISTA

ESCRITOR ANDERSON HENRIQUE Anderson Henrique nasceu no Rio de Janeiro. É formado em Letras – Língua Portuguesa e Literaturas. Participou das coletâneas Histórias Fantásticas vol.1, Dramas Urbanos e Dimensões.br. Possui contos premiados em concursos literários. Seu livro de estreia, Anelisa sangrava flores, foi publicado em 2014 pela editora Penalux.

Boa leitura!

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O que o autor faz é expulsar seus demônios para o papel. Às vezes o leitor se reconhece ali, os demônios se cumprimentam e deixam de parecer tão ameaçadores.”


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Chame como quiser é o novo lançamento do autor Anderson Henrique Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Anderson Henrique é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que mais o encanta nos contos? Anderson Henrique - O conto é um formato versátil, pelo qual grande parte dos escritores começam suas trajetórias. Muitos o consideram uma espécie de estágio. Talvez por isso ele ainda seja considerado um gênero menor. E o problema não é a extensão. O conto tem uma dinâmica própria. Mas não vou jogar na defensiva. Como diria uma amiga, quem reclama já perdeu. O bom conto, porradão, agarra o leitor no papel por uns dez minutos, mas cobra uma vida para ser digerido. É o soco no estômago, a farpa entre o dedo e a unha. Fico impressionado em ver que os leitores encaram volumes de 500 páginas, mas fogem de um livro de contos de 150. Acho que isso tem um pouco a ver com a maneira como o livro é tratado. De uma perspectiva meramente econômica, o livro como produto, faz mais sentido para o consumidor gastar 40 reais em 500 páginas do que em 150. A proporção matemática leva a esta conclusão. Mas repare que falei em consumidor e não em leitor. Acho importante separar as duas figuras. Um quer consumir, virar as páginas para chegar ao fim da leitura e se divertir pelo caminho (diversão, aqui, com muitos sentidos). O leitor não. Ele sabe que aquelas 150 páginas podem se transformar em 300 ou 800, sabe

que aquele pode ser o livro de areia do Borges. E isso, amigo, não tem preço. Tem conto de uma página que gruda na mente. Outra questão: todos reclamam de falta de tempo, mas dá para ler um bom conto em dez minutos. Pode ser antes de dormir, na espera do consultório e até na privada. Desliga o wifi, abre o livro, sustenta a porrada e segue a vida. E não esqueça de se limpar. Além de contos, gostas de escrever em outros segmentos literários? Anderson Henrique - Já escrevi microcontos e poesia também. Mas o conto é como estar em casa, é onde fico confortável. Mentira: se o autor está confortável, ele está morto. Em que momento se sentiu preparado para publicar “Chame como quiser”? Anderson Henrique - Meu processo é lento. Um ano para escrever o livro. Outro ano e meio para revisar, cortar, editar, ouvir opiniões e sair no braço com o texto. Depois que aprovei o material para a publicação, não quis ler novamente. O cara que vê o livro finalizado, impresso, não é o mesmo que escreveu. Por isso o texto nunca está pronto. Simplesmente chega a hora em que é preciso seguir adiante, para o próximo, chega. Que temáticas estão sendo abordadas nos 13 contos apresentados nesta obra literária? Anderson Henrique - Tem um pouco de tudo no livro, mas acho que o grande tema é o das relações

humanas. O homem é um bicho que vive em colisão. Grande parte dos problemas surge daí, de gente se batendo e se esbarrando, lutando por espaço e por recursos. Tem umas pirações no livro: o adolescente que está desaparecendo, o cara que começa a se multiplicar, uma sociedade em que as pessoas cobrem o rosto com máscaras o tempo todo e um músico condenado a ouvir a mesma canção continuamente. São histórias que buscam o absurdo para atingir a realidade. Descreva o seu livro “Chame como quiser” em duas palavras Anderson Henrique - Absurdo cotidiano Apresente-nos cinco motivos para ler “Chame como quiser” Anderson Henrique - Nenhum autor deveria ter que justificar seus livros. Chame Como Quiser é um trabalho de quase três anos. Passou por revisores, editores, leitura crítica e todo aquele processo infernal que só vai para frente porque o autor é esse cara teimoso que tem tesão é no embate. Se pensarmos no mercado brasileiro então, é coisa para herói de tragédia clássica. Motivos pra ler? Muitos, mas o principal é que o leitor vai encontrar personagens e conflitos que ele pode reconhecer na esquina de casa, apesar das boas doses de fantasia. Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor através dos textos apresentados nesta obra literária Anderson Henrique - Tem esse mito de que o autor é esse cara elevado, que quer passar uma mensagem, deixar um legado ou mudar o mundo. Bobagem, é fantasiar uma www.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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atividade que é monótona, solitária e que depende mais de persistência do que de inspiração. O que o autor faz é expulsar seus demônios para o papel. Às vezes o leitor se reconhece ali, os demônios se cumprimentam e deixam de parecer tão ameaçadores. Quais as principais atividades literárias desenvolvidas pelo escritor Anderson Henrique? Anderson Henrique - Apenas escrever. Diariamente. Ou quase que diariamente. Dizem que o autor precisa de uma rotina. Então eu tento manter essa disciplina de escrever sempre. Sempre que estiver com inspiração, boa vontade, ne-

nhum sono, a imaginação transbordando e os bares fechados. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Anderson Henrique. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Anderson Henrique - Apenas agradecer pelo espaço e aproveitar para convidar os leitores para conhecer mais do meu trabalho na minha página. Lá tem um pouco do que já escrevi, além de comentários sobre livros e outros assuntos relacionados à literatura http://anelisasangravaflores.blogspot.com.br/

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ENTREVISTA

ESCRITOR CARLOS ROMERO Carlos Romero Carneiro é escritor, publicitário e jornalista. Graduou-se em Comunicação Social pela Universidade de Ribeirão Preto e especializou-se em Planejamento de Comunicação pela Miami Ad School/ESPM. Atua como Analista de Marketing na Take Five Propaganda, edita o jornal Empório de Notícias e é Co-founder/CMO na 30toshow. Como escritor e diretor de arte, produziu 6 livros. É autor, dentre outras obras, de “O Vale da Eletrônica” e “Almanaque Cultural Santa-ritense” que traz 270 matérias sobre sua terra natal, divididas em 3 volumes. Conexão Hirsch é o seu primeiro romance. Boa leitura!

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Duas da tarde de uma quinta-feira, encontramos Carlos Romero Carneiro na redação do jornal “Empório de Notícias” para uma entrevista sobre o seu primeiro romance “Conexão Hirsch - Nostalgia, obsessões e viagens no tempo”. Logo de cara, notamos algumas singularidades entre o protagonista da trama e seu criador: ambos produzem um “jornal de notícias velhas”, em uma cidade encravada aos pés da mantiqueira, e têm fixação pelo passado. Diferente de Gabriel, protagonista da trama, o escritor não demonstrou recolhimento. Parecia entusiasmado em comentar sobre a obra e contar como as histórias que colecionou durante a vida foram importantes na construção da narrativa.

de absorção dos fluidos, o que possibilita ao protagonista ter acesso às memórias da cidade. Capituva, a cidade onde a história acontece, é sua terra natal? Carlos Romero - O ambiente é real, mas as personagens são fictícias. A ideia foi utilizar as ruas e construções de onde nasci (Santa Rita do Sapucaí) para possibilitar aos leitores “transitarem pela obra”. É claro que nem tudo está lá. Não há sete bustos do Coronel, espalhados pela cidade... A ideia é promover uma experiência que dê às pessoas um sentimento de pertencimento à obra. Por que a trama acontece nos anos 70? Carlos Romero - Eu queria que os personagens transitassem para dar vazão às suas experiências e imaginei que isso não seria possível em um mundo conectado. Como nasci no fim dos anos 70, captei o momento e usei aquela atmosfera bucólica para acrescentar vigor à narrativa.

Viagem no tempo, aos pés da Mantiqueira Carlos Romero Carneiro conta como foi produzir uma trama sobre “nostalgia, obsessões e viagem no tempo”, ambientada no interior de Minas Gerais. Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Como surgiu a ideia de criar uma história de viagem no tempo em uma cidade do interior de Minas? Carlos Romero - Sou apaixonado pelo tempo. Tenho fascínio pela influência do passado e pela rapidez com que a vida se renova. Talvez por isso, tornei-me um aficionado pelo assunto e usei este elemento como recurso narrativo.

Do que se trata “Conexão Hirsch”? Carlos Romero - É a história de um rapaz tímido e reservado que produz um jornal com assuntos acontecidos no passado e, que por algum motivo, torna-se dependente de energias gravadas em objetos, lugares e pessoas. Seu comportamento excêntrico atrai a atenção de um velho chamado Amarante que passa a ensiná-lo sobre as técnicas

Você acredita no que chama de “Projeção no tempo”? Carlos Romero - Sempre que caminhava pela cidade notava que o ambiente parecia carregado em algumas ruas e imaginava que havia algo que não podia compreender. O interessante é que eu não era o único. Outras pessoas eram submetidas às mesmas sensações, nas mesmas ruas. A conclusão que cheguei foi de que existe algo que nos influencia o tempo inteiro. Algum tipo de energia impregnada nas coisas. É claro que eu nunca voltei no tempo, nem tive visões do passado, mas tocar alguns objetos ou transitar por certos lugares, aguçam um sentimento que eu não sei explicar. www.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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Gabriel (protagonista da trama) é seu alter ego? Carlos Romero - Nós temos diversas particularidades, como o fato de sermos jornalistas e nos ligarmos em história, mas somos pessoas bem diferentes. Estamos falando de um sujeito obsessivo, estranho, que coloca algo na cabeça e não tira e que começa a interagir com o passado pela incapacidade de lidar com a própria vida. Pensando bem, somos bem parecidos... Como surgiu a ideia de levar a tecnologia à literatura? Carlos Romero - Venho de um ambiente tecnológico. Algumas das principais empresas e instituições voltadas à tecnologia no país nasceram em Santa Rita do Sapucaí (também conhecida como ‘O vale da Eletrônica’). Tenho sou sócio de uma startup altamente inovadora para recrutamento e seleção de profissionais por vídeo, a 30toshow. Certamente, fui influenciado por esta efervescência digital. Como a tecnologia interage com o seu livro? Carlos Romero - Embora seja meu primeiro romance, “Conexão Hirsch” é o meu sexto projeto editorial. Em todos os trabalhos anteriores, criava uma playlist diferente para manter o clima da narrativa e imaginei que seria interessante disponibilizar estas músicas para servir como pano de fundo a quem fizesse a leitura. Outro recurso que utilizamos foram os vídeos que podem

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ser acessados em ruas e construções através do uso de QRCode. Para quem não pode viajar a Santa Rita, listamos as “locações” no GoogleMaps, com as devidas descrições. Tudo isso ajuda a dar mais interatividade à obra. Este trabalho exigiu muito de você? Carlos Romero - Escrevi “Conexão Hirsch” entre a morte do meu pai e o momento mais delicado da minha vida. Minha esposa estava a trabalho no exterior, entrei em depressão profunda para desenvolver a trama e o meu filho sofreu muito com tudo isso. Cheguei a pensar que não sobreviveria ao processo criativo e minha alma ficou gravada neste livro como uma espécie de cicatriz. Em alguns momentos, percebi que precisava pensar bem no que iria

escrever e, só depois, me deparava com as páginas em branco para dizer o que queria e sair o mais rápido que pudesse. Foi um processo doloroso e desgastante, mas fiquei muito contente com o resultado. No fim das contas, a história me soou original, consistente e bela. Talvez tivesse seguido outros caminhos caso tivesse sido produzida em um outro momento, mas fiquei muito satisfeito com o resultado. Fonte: jornal “Empório de Notícias” Onde comprar “Conexão Hirsch” https://www.editorapenalux.com. br/loja/product_info.php?cPath=37&products_id=585&osCsid=e45defaa138a78958e2199e84b8d3b2d _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


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ESCRITORA VANESSA MARANHA Vanessa Maranha é autora com prêmios, finalismos e participações na bagagem. Participou de várias antologias de contos, entre elas +30 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira (Record, 2007), organizada por Luiz Ruffato. Em 2001, foi finalista ao Prêmio Guimarães Rosa da Radio France Internationale; em 2004, venceu seleção de contos da Universidade Federal de São João Del-Rei (MG). Foi selecionada para as oficinas literárias da FLIP em 2010 (Jornalismo Literário), 2012 (Crítica Literária) e 2016 (Shakespeare; promovida pelo British Council). Em 2012, venceu o Prêmio Off Flip, no ano seguinte, o Prêmio UFES de Literatura (Universidade Federal do Espírito Santo) com o livro de contos Quando não somos mais (EDUFES, 2014) e também o Prêmio Barueri de Literatura 2013/2014 com Oitocentos e sete dias (Multifoco, 2012). Foi finalista ao Prêmio São Paulo de Literatura 2015 com o seu romance de estreia Contagem regressiva (Selo Off Flip, 2014). Em 2016, lançou o livro de contos Pássara, pela Editora Patuá. Começa em Mar é o segundo romance da autora e recebeu Menção Honrosa do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura 2016.

Um livro sobre amores, sob uma ótica que mistura expressionismo a realismo fantástico, gradualmente deformando os personagens, transmudando-os conforme as suas experiências.”

Boa leitura!

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Escritora Vanessa Maranha, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que a inspirou a escrever o romance “Começa em Mar”? Quais critérios foram utilizados para a escolha do título? Vanessa Maranha - A ideia de mar como início e fim de muitas coisas deste mundo. O livro começa em mar e termina em mar. Mar como caminho também, via de comunicação com outros mundos. Neste livro, o mar tem delineação de personagem autônoma. Quis tocar em temas pulsantes atuais, como a condição da mulher no mundo contemporâneo, a transgeracionalidade, a depressão, a sombra do colonialismo no nosso país ainda como mentalidade. Apresente-nos os principais personagens que fazem parte da trama (informar nome e profissão, de forma resumida como estão interligados). Vanessa Maranha - Alice Zulmira é a protagonista, filha de pai português e mãe espanhola, fugidos da Europa. No Brasil, nunca se “abrasileiraram”, sonhando retornar a uma Europa idealizada. Isso se amalgama na personalidade dela e define a sua trajetória. Constroi um hotel “para ter contato com o mundo que não conhece”. Hortênsia, funcionária do hotel, tem relação ambígua com a patroa que, enfim, se revela fraterna. Jordana, funcionária do hotel também, órfã de fazendeiros, aos poucos enlouquece.

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O que mais a encanta na Ilha de “Róvia”, onde se desenvolve a trama? Vanessa Maranha - O mar voluntarioso que a rege, como uma espécie de divindade que dá e tira. Quais os principais desafios para a construção do enredo de “Começa em Mar”? Vanessa Maranha - Entrelaçar as vozes das personagens em suas peculiaridades, sem que repetissem, encontrando o seu ponto de entrelaçamento. Trabalhar o realismo mágico de modo a metaforizar os persursos de vida narrados com coerência.

Que temas você aborda nesta obra? Vanessa Maranha - Os amores nem sempre bons, as idealizações, o desterro do migrante (sentir-se estrangeiro onde quer que se esteja), a falácia da autossuficiência (precisamos do outro, sim, para nos constituirmos; a tomada de posse do próprio desejo em busca de autenticidade. Ser o que se pode ser). Apresente-nos cinco motivos para ler “Começa em mar”. Vanessa Maranha - Há uma lapidação de linguagem interessante entre a origem lusa e a nossa língua da atualidade. Temas brasileiríssimos


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e ao mesmo tempo universais. O tom fabulatório no realismo mágico com algum humor. A sinestesia, ou seja, as cores, as imagens que o livro produz e, por fim, o seu traço poético, mesmo quando tocando em questões duras. Com relação ao lançamento, já temos o dia, local, horário...? Vanessa Maranha - Será no dia 22/07/17, às 18h, no Espaço Cultural do Shopping do Calçado de Franca. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “Começa em Mar”,

da autora Venessa Maranha. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Vanessa Maranha - É a trajetória épica de uma mulher, filha de português e espanhola, que aporta numa fictícia ilha baiana, local que já explorei no meu livro de contos “Pássara” (Editora Patuá). Um livro que fala sobre as questões do nosso tempo, cravando unhas ficcionais no momento político, apontando o desterro do migrante, uma Europa idealizada por quem há muito a deixou para trás. Um livro sobre amores, sob uma

ótica que mistura expressionismo a realismo fantástico, gradualmente deformando os personagens, transmudando-os conforme as suas experiências. A solução final para idas e vindas, mulheres tentaculares, filhos que não vêm, é uma surpresa a enfeixar e oferecer um sentido todo humano ao percurso. Busca um lirismo épico, um leve desfoque que não permite enquadre. Um texto que toca na misoginia, no matriarcado, no discurso patriarcal, nas vidas que se desfazem. A loucura caudalosa, onipresente em todos os meus livros comparece aí também. Quis falar de um mar mítico e potente como um deus votivo, que no livro ganha contorno de personagem; de espanhas e portugais ideais, seu poder colonizador. Queria uma sintaxe mais próxima da origem lusa, então mergulhei na pesquisa de linguagem. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

ONDE COMPRAR Editora Penalux www.editorapenalux.com.br Meu e-mail: vanessa.maranha@hotmail.com.

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LIVROS EM FOCO | ESPECIAL EDITORA PENALUX |

ETHAN FROME Edith Wharton Gênero: Romance Texto de orelha: Maria Valéria Rezende. Tradução: Chico Lopes. ISBN: 978-85-5833-203-3 Formato: 14x21. 160 páginas em pólen bold 90 g.

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Sinopse: Considerado sua obra-prima (a escritora foi a primeira mulher a vencer o Prêmio Pulitzer de Ficção, em 1921), este livro tem por enredo a vida e tragédia de Ethan Frome, “a figura mais importante de Starkfield”, cidade imaginada pela autora para traçar um amplo painel dos costumes e das tradições de sua época. Neste romance, com um denso e forte teor psicólogo aliado a um lirismo romântico sem firulas, Edith Wharton conta uma história de amor repleta de desolação, expectativas, devaneios e frustrações. Difícil não ser tocado pelas desventuras amorosas das personagens marcantes que a escrita inventiva de Edith Wharton trouxe à Literatura Universal. Em suma, um clássico esquecido que a Penalux trouxe de volta aos leitores brasileiros.


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QUENTE, FEITO TEQUILA Brendow H. Godoi GÊNERO: Romance ISBN: 978-85-5833-194-4 | ANO: 2017 FORMATO: 23x16 PÁGINAS: 356 | Pólen soft 80 gr

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Sinopse: Tequila é uma jovem prostituta lésbica, que saiu da pequena Itapecerica, cidadezinha do interior de Minas aos 17 anos, rumo à Belo Horizonte, com o sonho de ser escritora. Alcoólatra, ex-presidiária e órfã de pai e mãe, ela carrega no peito um coração dilacerado pela violência, pela solidão e pela culpa. Ainda que jovem, aos 24 anos ela já experimentou o gosto amargo da sarjeta e sorriu pra morte diversas vezes. Ela atribui seus sofrimentos a um antigo amor: La Belle de Jour, uma cafetina de luxo da zona sul de BH. O romance contém muita poesia, sexo, incesto, drogas e violência. Enquanto persegue o sonho de publicar um livro, Tequila compartilha com o leitor o dia-a-dia de um prostituta com muita melancolia, crueza e escárnio. Tendo como clientes várias autoridades religiosas e políticas, ela relata todas as atrocidades que existem no coração de pessoas como a Senadora Sueli, e a Bispa Eleonora. Ela compartilha também, os segredos de uma mulher que ama, sorri e que acima de tudo, espera superar o passado e ser feliz.

HORAS PARTIDAS Henriette Effenberger (org.) GÊNERO: Contos; ISBN: 978-85-5833-0184-5 | ANO: 2017 FORMATO: 16X23 PÁGINAS: 144 | Pólen Soft 80 gr Link para compra:

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Sinopse: As vinte e quatro horas de um dia. Cada autor, por sorteio, ficou encarregado de escrever dois contos sobre duas horas específicas, e, de alguma forma, relacioná-las com as horas correspondentes (a.m. ou p.m.). Outra dificuldade foi imposta: o autor teria que usar a hora quebrada, daí o título do livro, Horas Partidas. A única exceção seria feita ao texto ambientado à meia-noite. Os contos deste livro estão dispostos na ordem das horas em um relógio. Assim, o primeiro conto se passa entre zero e uma hora, e o último depois das vinte e três horas. Agora, vencido o desafio de escrever os textos, nos quais cada um dos autores usou estilos e vertentes literárias diversas, um desafio ainda maior se apresenta: conquistar e agradar ao leitor. (A organizadora).

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LIVROS EM FOCO | ESPECIAL EDITORA PENALUX |

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DO MUNDO, SUAS DELICADEZAS Erre Amaral GÊNERO: Romance ISBN: 978-85-5833-170-8 | ANO: 2017 FORMATO: 18X26 PÁGINAS: 272 | Pólen Bold 90gr

Sinopse: Ambientado no sertão mineiro a ficção certamente é inspirada na história de Denise Marques da Silva “uma bela menina pretinha da Vila do Biribiri”, a quem o livro é dedicado “Em memória”. Mas é também importante acrescentar: A Vila do Biribiri de ruas de terra e belo casario, a 15 km de Diamantina, fica dentro do Parque Estadual do Biribiri, na Serra do Espinhaço em Minas Gerias. Originalmente

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região de garimpo, é em fins do século 19 que se firma como Vila em função da fábrica de tecidos ali instalada, e que teria a família Mascarenhas como últimos proprietários por volta de 1930. Monta-se o cenário. O romance se divide em duas partes como que delimitadoras da vida da personagem central. Erre Amaral revela-se um poeta da pesquisa formal, da exatidão, da linguagem enxuta. Sem abrir mão do rigor imagético e da síntese expressiva alcança uma comunicabilidade maior, talvez em função do fato de se ter imposto escrever uma romance-poema. As metáforas e símbolos saltam à vista. Fica-nos, por exemplo, na memória, a presença agourenta de uma mariposa cinzenta, grande metáfora sobre os “tortuosos caminhos” da vida humana.


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LIVROS EM FOCO | AUTOR PORTUGUÊS SALVADOR COUTINHO |

“E o sol abriu a janela”

Ficha técnica Autor: Salvador Coutinho Título: E o sol abriu a janela Editora: Idioteque (Portugal) Páginas: 174 ISBN: 978-989-98869-0-2 Depósito legal: 372043/14

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De nome completo António José Salvador Coutinho, nasceu em Espinho em 25 de setembro de 1935 e reside em Vila Nova de Famalicão, Portugal, desde 1944. Advogado, licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, enquanto trabalhador da Fábrica de Pneus Mabor. Foi jogador de futebol e de hóquei em patins (defesa da Selecção do Minho). Detém a medalha de homenagem ao Mérito Desportivo atribuída pelo Famalicense Atlético Clube a 12 de novembro de 1956. Foi Presidente do Congresso da Federação Portuguesa de Columbofilia e detém a Medalha Dourada da mesma Federação. Como trabalhador, ajudou à consciencialização democrática dos trabalhadores antes do 25 de abril e junto de vários sindicatos desenvolveu, já como advogado, acções de preparação para a cidadania (o que lhe valeu ser submetido a dois interrogatórios pela polícia política do regime de então – PIDE/DGS). Iniciou-se na poesia e na prosa com colaborações em vários jornais, nomeadamente na Estrela do Minho (primeiro texto publicado), Estrela da Manhã, Notícias de Famalicão, e Democracia do Norte. Foi criador do primeiro Suplemento Literário do Notícias de Famalicão. Depois foi escrevendo e, actualmente, é autor de 15 livros a solo, entre poesia, contos, novelas e romances, sendo último o referenciado na ficha técnica. “O sol abriu a janela e semeou olhar pelo pomar de macieiras vermelhas. O sol abriu a janela (a minha) (…). O sol abriu a janela (como se fosse dele) e a vida (a minha) soltou-se vale fora encosta acima num desconcerto que o sempre queira (a vida).” Fonte: Escritor Arnaldo Teixeira Santos


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LIVROS EM FOCO | AUTORA LUDMILA CLIO |

“Febríssima” “Poesia é a ponte entre a reflexão de um pensador e a agonia de toda humanidade”. Ludmila Clio capta com maestria esse conceito. É possível sentir o anseio de mudança em cada nova atmosfera dessa obra incendiária. O eu lírico da autora me faz sentir perdido em um imenso campo de girassóis: versos conflitantes e insolúveis. “Febríssima” é um termo criado pela autora para designar uma força brutal e faminta. Força essa que simplesmente não consegue conviver com a monotonia e a passividade que a geração atual apresenta. Para Febríssima, é preciso ver faíscas nas pessoas. Um indivíduo morno pode trazer toda a madeira necessária, mas somente um indivíduo febril pode torná-la fogo! Os principais ícones da História foram aqueles capazes de inflamar suas dores, tornando visível a fumaça de novas realizações. Seja você parte dessa combustão. Deixe arder! Diego Velleno Escritor

Sobre a autora:

Ludmila Clio nasceu em Cachoeiro de Itapemirim/ES, em 22 de Março de 1981. Começou a escrever para sua gaveta, como a maioria dos escritores, mas furtivamente, mostrando seus escritos para amigos e professores, foi encorajada a romper com a gaveta e publicar-se. O estopim se deu em 2004, quando venceu pela primeira vez um concurso nacional de poesias, realizado no Paraná. Em 2012 lançou “Sem Filtro na Veia”, seu primeiro livro de poesias, com fotografias de Natássya Carvalho. Em 2016 é publicado simultaneamente no Brasil e em Portugal, pela Chiado Editora “Febríssima”, seu segundo livro de poesias, ilustrado por Vanz Santos, designer e ilustrador de Alegre/ES. A propósito, “Clio” não é seu sobrenome de batismo, mas uma homenagem à Clio, musa grega da História, curso no qual Ludmila graduou-se, em 2005. Mãe da adolescente Luísa, mora em Campinas/SP desde 2013.

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LIVROS EM FOCO | AUTORA EMANUELE SLOBODA |

“Melindre” Emanuele Sloboda publica livro em Portugal A poeta e escritora Emanuele Sloboda acaba de lançar, pela editora Chiado, de Portugal, o livro de poesias “Melindre”. Paranaense radicada no Rio de Janeiro, a escritora é colaboradora de textos do Jornal Cultural “Conhece-te a ti mesmo” e agenciada pelo filósofo e escritor Marcelo Pereira Rodrigues (MPR). Mesmo publicada em Portugal, a obra está tendo distribuição no Brasil, por intermédio do site da editora e também pelos exemplares obtidos pela autora, que tem personalizado “Melindre”, autografando e postando para vários leitores que têm sido cativados pela mensagem lírica excelente (o valor do livro é R$ 30,00, com frete incluso). Emanuele Sloboda concorre num importante concurso literário na cidade de Faro, Portugal, e já vislumbra a publicação do seu segundo livro, ainda sem data prevista. O material tem sido enviado a algumas editoras e as tratativas estão a cargo da agência “O Agente Literário”. Poeta fecunda na escrita, com sensibilidade aflorada e dinâmica, Emanuele (Manu para os íntimos) vem galgando aos poucos os degraus de uma carreira literária. Um tanto quanto reclusa, recusou a dias sua participação na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que acontece de 31 de agosto a 10 de setembro. Contato com a autora: manu.aquinos@gmail.com

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LIVROS EM FOCO | AUTOR DANIEL L. LAURINO |

“A Criatura de Embu Guaçu” Eventos estranhos são notados na pacata cidade paulista de Embu-Guaçu. O local, que sempre foi lembrado por sua paz, tranquilidade e integração total com a natureza, começa a revelar aos poucos segredos guardados há séculos. Ênio, o personagem principal, tem pouco tempo para decidir sobre seu destino em meio a descobertas que o deixarão atordoado, como a real possibilidade de manter contato com uma antiga criatura lendária do folclore brasileiro. Ao longo dos capítulos você, leitor, terá a possibilidade de descobrir que nem tudo o que as histórias infantis ensinaram está apoiado em verdades e que, na maioria das vezes, fomos enganados sobre a realidade dos fatos. Tenha uma excelente leitura. Daniel L. Laurino

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Livraria Cultura http://www.livrariacultura.com.br/p/livros/literatura-nacional/misterio/a-criatura-de-embu-guacu-46505194 Facebook https://www.facebook.com/acriaturadeembuguacu/

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LIVROS EM FOCO | AUTOR ANTÔNIO NETO |

“Lampião à Luz da Lei” Identidade histórica do Cangaço é resgatada através do livro “Lampião à Luz da Lei” Para entender o cangaço e suas implicações sociais à época em que perdurou, notadamente até 1938, a leitura desta obra é, certamente, a melhor fonte de informações. A história do cangaço, tendo como protagonista a figura de Virgolino, o Lampião, é o tema do livro “Lampião à Luz da Lei”. Escrito pelo pesquisador Antônio Neto, a obra apresenta fatos à luz de documentos da época analisados pelo autor, tais como queixa-crime, diligência policial, exame de corpo de delito, laudo cadavérico, portaria policial, sumário-crime, libelo-crime-acusatório, depoimentos de testemunhas e itens que compõem um processo-crime sob a égide da justiça. A análise desses documentos, tendo como personagem central a controversa pessoa de Lampião e de sua companheira Maria Bonita, já é suficiente para esclarecer fatos até então tratados de forma alheia à verdade dos documentos. Trazidos ao conhecimento do leitor contemporâneo, os acontecimentos ocorridos naquela época, pasme o leitor, nem sempre diferem dos que ocorrem hodiernamente Brasil afora. Cabe aqui uma pausa para reflexão. O mérito desta obra reside exatamente no fato de, sob a ótica da pesquisa documental, constituir importante trabalho da historiografia do cangaço, trazendo à tona fatos até então obscuros por falta de provas documentais. O leitor poderá adquirir o livro por meio dos seguintes locais e pessoas. Sra. Maria José, pelo telefone: 081-9 8861-0241; E-mail: mariajneto2@outlook.com Sra. Elvira, pelo telefone: 081- 9 8605-9465. Novoestilo Edições do Autor. Rua Luiz Guimarães, 555, Poço – Recife –PE. www.culturanordestina.com.br ou pelo telefone: 081-32433927 Livraria Jaqueira. R. Antenor Navarro, 138 - Jaqueira, Recife PE, 52050-080 Telefone: (81) 3265-9455. Canto Sertanejo – Mercado Público da Madalena. Rua Real da Torre, S/N – Recife-PE. Telefone: 081- 3446-8536

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LIVROS EM FOCO |

ESPECIAL LER EDITORIAL |

Halice FRS

Doce Sedução – Amor Imortal II Sinopse

Fascinado pela jovem jornalista Danielle Hall, desde que a viu no Central Park, o vampiro Ethan McCain não mediu esforços até atraí-la. Arrogante, acreditou que a descartaria depois que a possuísse. Porém, se apaixonou, antes mesmo de conquistá-la. Agora, após desencontros, erros e acertos, estavam próximos, mas a humana ainda não lhe pertencia. Seria preciso despertar em Danielle a mesma paixão, para que aceitasse viver eternamente ao seu lado. Ethan ainda deveria aprender a lidar com seus próprios sentimentos, como a passionalidade e a insegurança, sensações potencializadas, que dificultavam a revelação sobre sua imortalidade e abalavam sua liderança sobre os demais vampiros do grupo, deixando todos vulneráveis ao inimigo cada vez mais próximo.

Opções de compra:

Site da editora (www.lereditorial.com ), Livraria Saraiva, Submarino.com, Americanas.com e Cia dos Livros.

Biografia

Halice FRS é o pseudônimo de Hermínia Paula F. R. dos Santos. Autora e instrutora de Artes Plásticas, Halice é casada, nasceu em Santos e atualmente reside em São Vicente. Divide seu tempo entre a escrita e a pintura. Seus primeiros romances foram apresentados em web sites com grande repercussão. Halice também é autora de Guarde-me para Sempre, publicado em 2015 pela Ler Editorial.

Orelha

Ao sentar na beirada da cama e perscrutar o rosto sereno da namorada, Ethan sentiu sua coragem e decisão esvaírem-se. Agora, não se tratava simplesmente de contar. Danielle sabia, havia visto. Precisava fazê-la confiar nele, saber que nunca a traiu e convencê-la a aceitá-lo. Trabalho demais para um velho coração, cada vez mais temeroso. Ethan não conseguia ver-se longe de Danielle. Talvez, por esse motivo, não tenha sequer pensado no maldito plano B, para o caso de não ser aceito. Aflito em seu âmago, o vampiro se deitou ao lado da humana e a trouxe para seu peito, abraçando-a. Como no elevador, cheirou o alto da cabeça amada e entoou o pedido: - Por favor, me aceite! www.divulgaescritor.com | ago/set 2017

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Livro de Contos - LOVE IS IN THE AIR Autoras: Eva Zooks, Tamires Bracellos, Catarina Muniz e Paola Scott Gênero: ficção/contos/erótico ISBN: 978-85-68925-45-4 Lançamento: junho de 2017 Formatos: impresso/ebook SINOPSE DA OBRA

Ah, o Amor! As dificuldades, os calafrios, os encontros inesperados, os pensamentos loucos... Nos quatro contos de “Love is in the air” você vai conhecer lindas histórias, românticas e quentes, sobre esse sentimento cheio de altos e baixos. Eva Zooks, Tamires Barcellos, Catarina Muniz e Paola Scott apresentam contos ambientados em Londres — a terra da Rainha, do chá e de cenários incríveis — para você se apaixonar como nunca antes. “Eu, que já sou fã incondicional da literatura erótica e amo escrever um livro hot, adorei!” Nana Pauvolih - autora de: A Coleira e da série: Redenção Link para compra http://www.lereditorial.com/

BIOGRAFIA DAS AUTORAS

Eva Zooks é de Goiânia, formada em Letras e Mestre em Literatura Brasileira Contemporânea. Cami-

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nho das Águas, romance que deu início a Trilogia das Águas, foi sua primeira obra. Eva também é autora do hot Cicatrizes e da série Recomeçar. Tamires Barcellos é carioca e escreve romances há seis anos. Seu livro de estreia, O Astro Pornô, alcançou mais de um milhão de leituras e foi sua porta de entrada para o mundo literário. Catarina Muniz é uma escritora nascida em Maceió e formada em Relações Públicas pela UFAL. É autora do drama O Segredo de Montenegro e do romance de época A Dama de Papel.


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Paola Scott é o pseudônimo de Patricia Zirhut Dalmolin. Seus livros retratam a mulher em sua fase madura e mostram que a idade não é empecilho para se viver um amor cheio de fantasia e erotismo.

Mas quando seus olhos se encontraram com os meus naquele fim de tarde, qualquer suposição ou questionamento se perdeu. E meu coração, como em um sussurro, me pediu para acreditar que dentro daquele homem havia mais, muito mais.

Os quatro contos neste livro levarão o leitor a conhecer o amor de quatro maneiras diferentes. Edmond e Gabriela, mostram que o amor pode durar até depois da morte. Samantha e Henry, vivenciam um amor à primeira vista, onde as diferenças que pensamos existir não importam quando nos deparamos com o amor verdadeiro. Liz e Ric, ensinam que o amor não pode ser predeterminado; nosso coração escolhe quem ele quer. Catarina e Sebastian, deparam-se com um amor inesperado e arrebatador, durante uma viagem dos sonhos. Venha se encantar com essas histórias e morrer de amores por esses casais!

A mania da Ninfa – Catarina Muniz

ORELHA

Beatriz Soares – blog Saga Twilight Eternamente

SINOPSES DOS CONTOS Lembranças de um outono em Londres – Eva Zooks Edmond, um soldado da coroa britânica, é traído por um de seus companheiros, traição esta que o afasta de sua amada Gabriela. Mas quando o amor é verdadeiro, mistérios acontecem e sua magia pode ser forte o suficiente para ultrapassar todos os limites da realidade. Amor, esperança, perseverança e, acima de tudo, fé é o que você encontrará nesse conto apaixonante. Sussurros do coração – Tamires Barcellos Todos os vizinhos falavam sobre ele, era o assunto principal de todas as fofocas. O homem misterioso e mal-encarado que havia se mudado para a pequena e escondida casa no fim da rua, de número 1505. Seu nome, ninguém conhecia. De onde ele vinha, ninguém sabia. Quem ele era, todos imaginavam, inventavam e não ousavam perguntar.

Na emergência do St. Mary’s Hospital, o mais antigo e tradicional de Londres, são atendidos diversos casos diariamente. Momentos de extrema tensão são divididos entre pacientes que lutam por suas vidas e médicos, dedicados incessantemente a salvá-los. Nesse cenário caótico, Richard, um cardiologista residente, conhece a bela e tenaz Elizabeth, médica que chefia com muito zelo aquele setor. Contudo, Rick percebe que Liz desaparece entre um atendimento e outro, e sua curiosidade acaba levando-o a conhecer uma mulher agressiva, tentadora, controversa e devassa. A partir de então, sem que fosse capaz de oferecer qualquer resistência, Richard é sugado para o meio do furacão que é Elizabeth e suas loucas manias. Nos arredores de Londres - Paola Scott Passaporte, uma pequena mala, um livro. É assim que a gaúcha Catarina, que precisou deixar a terra natal para crescer profissionalmente em São Paulo, decide comemorar a defesa de seu mestrado em Literatura e o novo emprego como tradutora em uma editora; embarcando sozinha em uma aventura pela Europa, para desbravar o mundo além das páginas dos livros que tanto ama. Ela só não contava que seu caminho cruzasse com o de um britânico de intensos olhos azuis, que vive através das palavras que conta em suas histórias. O jeito espontâneo daquela brasileira ao pedir seu autógrafo, desfez a tão costumeira frieza britânica em Sebastian. Mais do que uma mulher bonita, ela tem algo que ele anseia. Contagiado com a descontração daqueles olhos verdes e do sorriso solto, ele se deixa levar em uma aventura real.

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KEL COSTA

Vampiros, fantásticos, são os principais personagens da trilogia FORTALEZA NEGRA da autora Kel Costa

Ainda bem que Kel não os guardou em apenas um volume, mas há mais dois para que possamos conviver com eles por mais tempo. Pena que não são eternos. Ou são?” Graciela Mayrink - autora de: Até eu te encontrar, A namorada do meu amigo, Quando o vento sumiu e O livro delas

Não tema! Não se entregue! Resista! O que aconteceria se a humanidade ficasse no meio de uma guerra sem precedentes, entre criaturas poderosas, de duas espécies predadoras e extremamente perigosas? Em um mundo completamente diferente de tudo que conhecemos, até então, começa a aventura de uma adolescente rebelde e atrevida, que enfrentará os mais temidos vampiros e seres mitológicos, para conquistar uma posição de respeito, graças à sua força e coragem. http://www.lereditorial.com/

Sobre a autora

ORELHA “Fortaleza Negra não é apenas mais um livro de vampiros. Kel Costa conseguiu reunir todos os ingredientes necessários para criar uma história que você pega e não conse-

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gue largar. Personagens cativantes, uma mocinha nada convencional, vampiros que amamos odiar e que parecem pertencer ao nosso cotidiano, mesmo sendo fantásticos.

Kel Costa é carioca, formada em Interpretação Cênica e estudante de Letras. Não sabe viver sem seus seriados favoritos, seus cães espalhados pela casa e o Word aberto, para dar vazão às inúmeras ideias que vão surgindo. Autora da trilogia Fortaleza Negra e com muitos projetos na gaveta, ela ama escrever cenas de ação, mas não consegue ficar longe do romance e da comédia, característica fácil de identificar em suas obras.


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Cidade dos Livros é apresentada em O Encantador de Livros do autor Lucas de Sousa SINOPSE Aventure-se na Cidade dos Livros - um lugar mágico, onde a leitura é mais que uma paixão, os moradores são leitores insaciáveis e as árvores são recheadas de frutos e livros. Conheça o Encantador de Livros, um contador de histórias capaz de fazer os livros voarem, e Benjamim, um menino analfabeto que, juntamente com seus amigos, terá que salvar a cidade de uma terrível ameaça. Link para compra: http://www.lereditorial. com/

BIOGRAFIA Lucas de Sousa nasceu no Rio de Janeiro. Sempre rodeado de livros e estimulado pelos pais, apaixonou-se pelas letras, especialmente por aquelas que contavam histórias fantásticas. Escreveu seu primeiro livro aos catorze anos. Ator, formado pelo Retiro dos Artistas, e estudante de Psicologia, Lucas também é Coordenador Pedagógico do Projeto ECO REDE, na Cidade de Deus e trabalha para sensibilizar crianças e jovens na formação do gosto mágico pela literatura.

ORELHA “Mais que um romance infantojuvenil, O Encantador de Livros é uma obra criada com o objetivo de despertar a consciência para a importância da leitura e para as ações transformadoras que ela pode gerar. Um livro mágico e fascinante, que nos remete aos melhores anos de nossas vidas.” Carol Dias – autora de Clichê

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Obrigada a todos escritores que fazem do Divulga Escritor o maior projeto de divulgação literária da Lusofonia


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