JackMichel Entrevista | Revista Divulga Escritor N° 31

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capa Entrevistas

Sumário

Wilson Sylvah Um órfão peregrino que se tornou escritor Pág. 09

PORTUGAL Adelina Velho........................................................................................24 Alves dos Santos....................................................................................29 Manuel Amaro Mendonça.....................................................................34 BRASIL Adalberto Scardelai...............................................................................42 Almir Santos Nunes..............................................................................48 Boisbaudran Imperiano .......................................................................52 Christiane de Murville .......................................................................61 Eduardo Pastor Paraguassu.....................................................................70 Fábio Antônio Gabriel............................................................................76 Felipe Daiello.........................................................................................82 JackMichel .............................................................................................91 Maria Jacinta.........................................................................................100 Maria José Vital.....................................................................................104 Paulo Carvalho ...................................................................................107 Silmar Bohrer........................................................................................112 Valéria Gravino.....................................................................................116

Participação Especial Estevão de Sousa...............................................19 Editora Illuminare..............................................22 Luiz Carlos Amorim...........................................32 Rosa Maria Santos.............................................38 Pedro Santos......................................................40 Rosa Marques....................................................50 Helena Santos....................................................51 Ricardo Bezerra.................................................55 Rosana Nicácio..................................................58 Isi Golfetto.........................................................66 Mirian Menezes de Oliveira...............................68 Janete Reist........................................................74 Lorena Zago.......................................................75 Gilmar Duarte Rocha.........................................78 Texto Ideal..........................................................86 Nell Morato.......................................................96 Rosa Maria Peres...............................................102 Roberto Mello..................................................106

Téia Camargo....................................................109 Rita Ramos........................................................110 Maurício Duarte................................................114 Fernando Jacques – JAX......................................115 Grazielli de Moraes...........................................119 Giuliano de Méroe............................................120

Colunas

Poetas Poveiros – José Sepúlveda...............................26 Solar de Poetas – José Sepúlveda............................28 Mercado Literário – Léo Vieira..................................45 A Vida em Partes – Tito Laraya.................................46

Livros em Foco

Bernadete Bruto..........................................................122 Eduardo Pastor Paraguassu.........................................124 Nicodemos Bezerra....................................................126 Gociante Patissa.........................................................128


Shirley M. Cavalcante (SMC)

Coordenadora do projeto Divulga Escritor

www.divulgaescritor.com www.portalliterario.com www.revistaacademicaonline.com

Revista Divulga Escritor Revista Literária da Lusofonia Ano V Nº 31 Edição dez - 2017 Publicação Bimestral Editora Responsável: Shirley M. Cavalcante DRT: 2664 Diagramação EstampaPB Revisão ortográfica das entrevistas Josias A. de Andrade Texto Ideal - http://texto10.wix. com/mais Para Anunciar smccomunicacao@hotmail.com 55 – 83 – 9 9121-4094 Para ler edições anteriores acesse www.divulgaescritor.com Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos colunistas que os assinam, não expressando necessariamente o pensamento da Divulga Escritor. ISSN 2358-0119

Com sucesso, chegamos à edição 31, a última de 2017, da Divulga Escritor,revista literária da lusofonia. Nesta edição temos como destaques de capa o autor Wilson Sylvah, Valéria Gravino e o escritor Luis Carlos Amorim. Esta edição está um luxo!Composta por mais de 40 autores, estamos divulgando entrevistas, livros, textos em prosa e em versos... LITERATURA! Hoje, a revista Divulga Escritor é uma das principais revistas literárias da lusofonia, com conteúdo exclusivamente literário.O editorial se destaca por sua qualidade e profissionalismo. Distribuída gratuitamente para todos que acessam a internet, a revista tem alcançado um público leitor cada vez maior. Consolidada, vamos rumo a 2018, desejando a todos um ano próspero, repleto de novas conquistas, paz, saúde e felicidades. Juntos, vamos ler e divulgar a revista literária da lusofonia e apoiar nossos escritores contemporâneos. Muito obrigada, equipe Divulga Escritor, e administradores dos grupos: Obrigada, José Sepúlveda, apoio em Portugal. Obrigada, Amy Dine, apoio em Portugal. Obrigada, Helena Santos, apoio em Portugal. Obrigada,José Lopes da Nave, apoio em Portugal. Obrigada, Rosa Maria Santos, apoio em Portugal. Obrigada, Giuliano de Méroe, apoio no Brasil. Obrigada, Ilka Cristina, apoio no Brasil. Obrigada, Josias A. de Andrade, apoio no Brasil. Obrigada a cada um dos escritores que participam contribuindo com suas maravilhosas trajetórias literárias, apresentadas nas entrevistas. Obrigada, colunistas, que mantêm o projeto vivo! Muito obrigada por estarmos juntos divulgando literatura, e juntos podermos dizer ao mundo: EU SOU ESCRITOR, EU ESTOU AQUI. Divulga Escritor: revista literária da lusofonia, uma revista elaborada por escritores, com distribuição gratuita para leitores de todo o mundo. Boa leitura!





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Wilson Sylvah

Um órfão peregrino que se tornou escritor Gestor de vendas para grandes indústrias moveleiras do Brasil, Wilson Sylvah se tornou um escritor grandemente premiado. Tem vasta experiência em gêneros diversos, tais como autoajuda, romance-ficção, poesias, provérbios e pensamentos, crônicas e textos avulsos. Escreveu quatro livros campeões, e já está em sua quinta obra, destacada aqui em entrevista especial.

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O livro apresenta reflexões, pensamentos, questões, dúvidas sobre qual é o sentido da vida e sobre certas problemáticas e ideologias das sociedades do nosso mundo, tudo isto em poesia.”

Nestes doze anos de carreira literária de grande importância e sucesso, tem em sua estante uma belíssima coleção de prêmios de grande relevância: troféu Cora Coralina, de Honra ao Mérito Literário 2016;troféu Carlos Drummond de Andrade, de destaque 2016;troféu Castro Alves, de Excelência Literária 2017; e troféu Madre Teresa de Calcutá, de Personalidade de Expressão 2017. É membro da Academia de Artes e Letras de Lisboa e membro correspondente da Academia de Letras de Goiás (ALG). Boa leitura!

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DIVULGA ESCRITOR Escritor Wilson Sylvah, é um prazer contarmos com a sua participação, mais uma vez, aqui na Revista Divulga Escritor, desta vez como destaque de capa. Conte-nos, o que mais o encanta na arte de escrever?

escritor de sucesso de fato é algo incomum.

Wilson Sylvah – Olá, Shirley, obrigado por tão preciosa oportunidade de expor um pouquinho de minha história e trajetória literária. A beleza que gera encantamento na arte de escrever, por incrível que possa parecer, primeiramente passa na capacidade de um autor mergulhar num lago totalmente desconhecido e misterioso que é o seu coração, desprovido totalmente de interesse pessoal em seu projeto literário; pois, ao colocar no papel o que deseja, transfere ao mundo algo que jamais terá de volta. É como gerar um filho que você poderá cuidar, entretanto, não lhe pertencerá. É como retalhar sua alma e deixar que o vento leve cada pedacinho dela e repouse nos corações desejosos de esperança e puro amor.

Wilson Sylvah - Confesso, Shirley, que considero mais fácil escrever ficção. Relatar fatos importantes que envolvem minha vida e a de outros nesta caminhada longa e cheia de incertezas – pois todas as pesquisas dependem de minha memória e de relatos de pessoas que tiveram pouco contato com meus pais e parentes – faz então, remendar as rupturas históricas e ir costurando, praticamente, um romance recheado de emoção, dramas, suspense e muitas verdades implícitas.

“O Órfão Peregrino”,seu livro a ser publicado brevemente, é baseado em fatos reais. Em que momento decidiu publicar um livro sobre sua história? Wilson Sylvah - “O Órfão Peregrino” é, de fato,um retrato de minha história, uma autobiografia que há muito pessoas próximas a mim – que acompanham minha história desde o esfacelamento de minha família, aos dois anos de idade – me pedem para contar ao mundo, de forma detalhada, esta trajetória de superação e sucesso. Um menino órfão,sem estrutura emocional e sem seus pais biológicos por perto, criado num orfanato, tornar-se um

Realmente temos uma história inspiradora e exemplar. De que forma está sendo escrito o enredo que compõe a obra?

Apresente-nos os principais tópicos que serão abordados na obra. Wilson Sylvah -Dentre os diversos episódios que chamam muito a atenção dos leitores, existem certamente fatos relevantes que dizem respeito aos meus pais, como:por que fiquei órfão aos dois anos?;porque havia uma onça como coadjuvante na história?;por que razão fui criado num orfanato?; onde estavam meus parentes no momento da tragédia?;e como foi o tempo vivido no orfanato? As respostas a estas perguntas os leitores poderão encontrar no livro. Quais os principais desafios em ser um órfão peregrino? Wilson Sylvah - Viver num país onde cada dia temos que provar que somos capazes de superar todos os desafios que a vida nos impõe, pois infelizmente a sociedade – e afirmo isto no geral, com raríssimas exceções –olha para nós, órfãos, como coitadinhos, até como minorias. Em

qualquer lugar do mundo, acredito, viver como órfão é se superar cada dia, é entender que raríssimas pessoas olharão para você como um “ser normal”.E lógico, por entenderem que estão diante de crianças cheias de sequelas e doenças emocionais, muitas vezes irreversíveis, talvez tenham à sua frente “um problema” para ser resolvido e não sabem como lidar com isso. O substantivo “ peregrino” tem então a ver com os caminhos incertos pelos quais a vida poderá levar esses órfãos que não sabem o que lhes aguardam o próximo dia. Conte-nos um fato que o marcou e que estará no livro. Wilson Sylvah - Sim, minha fuga do orfanato num vagão de trem para fazer uma “peneira”,aos doze anos, para um importante clube de futebol na região, o que gerou muita esperança e também muita tristeza. Sua história inspira e serve de exemplo para muitos. O livro, mais que um registro, é um alimento que alimenta o leitor para enfrentar, de forma mais positiva, a vida. Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio de “O Órfão Peregrino”? Wilson Sylvah - Inspirar, Shirley! Simplesmente inspirar milhões de pessoas e alcançar os corações, muitas vezes endurecidos por histórias semelhantes. E se Deus assim o permitir, quem sabe, alcançar as telas de cinema ou uma deliciosa e emocionante minissérie. A sorte está lançada! Seus livros costumam ser editados de forma independente; no entanto, se uma editora desejar publicar sua história, como deve fazer para entrar em contato? www.divulgaescritor.com | dez 2017

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DIVULGA ESCRITOR Wilson Sylvah - Sim, pode entrar em contato pelo site: http://www. wilsonsylvah.com.br ou por e-mail: wilsonrsylvah@gmail.com.

liciosa antologia com pensamentos, crônicas, poesias, provérbios, textos avulsos, todos de minha autoria e inéditos.

Quais os outros livros que você tem publicado?

Quem desejar, como deve fazer para conhecer mais sobre seus livros e trajetória literária?

Wilson Sylvah -“51 degraus para o Sucesso em Vendas”,2006, Editora Aleluia.Fala sobre como os vendedores podem se automotivar em diante dos desafios da profissão. Esta obra foi publicada também em formato digital pela Biblioteca 24 horas; “O Vendedor de Sonhos”, 2008,Livro Pronto Editora. Aborda também vendedores e empresários em geral para trabalhar técnicas apuradas de vendas e negociação; “Conexão 11.11 - Revelando o DNA de Deus”, 2011, Biblioteca 24 horas – Seven System Internacional –um romance ficção, campeão de vendas. “O Poder de Proverbiar”, 2016, Amazon.com.Uma de-

Wilson Sylvah -Deve acessar o site: http://www.wilsonsylvah.com.br. Ao digitar os títulos na http://www. amazon.com.br terá acesso aos livros e suas sinopses. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “O Órfão Peregrino”, do escritor Wilson Sylvah. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Wilson Sylvah - Primeiramente, quero exaltar a belíssima revista

Divulga Escritor, por intermédio de sua competente editora e jornalista Shirley Cavalcante, incansável em apoiar autores, editores e amantes da boa literatura. Meus sinceros agradecimentos. Deixo aqui uma mensagem de amor e carinho a todos que,de alguma forma, contribuíram para que um dia pudesse estar aqui relatando um pouquinho de minha história. Quero dividir com todos minha enorme alegria de ter a oportunidade de deixar para meus amigos, que torceram e torcem por mim, um grande abraço e desejar de todo o meu coração muito sucesso a todos.

_________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

Fotos: Silva

WILSON RODRIGUES DA SILVA RECEBENDO DAS MÃOS DE RONALDO LAGE MAGALHÃES PREFEITO MUNICIPAL DE ITABIRA O TROFÉU MADRE TERESA DE CALCUTÁ. PERSONALIDADES DE EXPRESSÃO.

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DIVULGA ESCRITOR WILSON RODRIGUES DA SILVA RECEBENDO DAS MÃOS DO ADVOGADO SUPERINTENDENTE DA COOPSEF EM BELO HORIZONTE E PATRONO DE HONRA DO EVENTO DR. JOSÉ FRANCISCO COELHO O TROFÉU CASTRO ALVES.

WILSON RODRIGUES DA SILVA OSTENTANDO O TROFÉU CASTRO ALVES A QUE FEZ JUZ EM ITABIRA-MG.

WILSON RODRIGUES DA SILVA OSTENTANDO JUNTO AO COLUNISTA PROMOTOR DO EVENTO EUSTÁQUIO FÉLIX OS SEUS TROFÉUS CASTRO ALVES E MADRE TERESA DE CALCUTÁ.

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Evento em Itabira - MG ZENAIDE BORGES (SERRAES) SÔNIA FÉLIX (ITABIRAMG) CLÉRIO BORGES HOMENAGEADO COM O TROFÉU MADRE TERESA DE CALCUTÁ E O PROMOTOR DO EVFENTO COLUNISTA EUSTÁQUIO FÉLIX

O EMPRESÁRIO E PATRONO DE HONRA DO EVENTO JOSÉ ELIAS MARQUES RECEBE HOMENAGEM ESPECIAL DOS PROMOTORES DO EVENTO EUSTÁQUIO FÉLIX E SUA ESPOSA SÕNIA FÉLIX.

O ADVOGADO BRUNO HENRIQUE FERREIRA DA CIDADE DE SANTA BÁRBARAMG RECEBENDO DAS MÃOS DO COLUNISTA EUSTÁQUIO FÉLIX O TROFÉU JOVENS DE SUCESSO.

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DIVULGA ESCRITOR A DROGASIL ITABIRA FOI LAUREADA COM O TROFÉU CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE-EXCELÊNCIA EMPRESARIAL PELOS BONS SERVIÇOS PRESTADOS JUNTO AOS SEUS CLIENTES. NA FOTO O GERENTE REGIONAL MÁRCIO DURIGAN E O GERENTE DA FILIAL GUILHERME FABRIS RECEBEM DAS MÃOS DE SÔNIA FÉLIX O CONCORRIDO TROFÉU.

A CIRURGIÃ PLÁSTICA DE BELO HORIZONTE MARIA AUXILIADORA VASCONCELLOS FURTADO NO MOMENTO QUE RECEBIA DAS MÃOS DE RONALDO LAGE MAGALHÃES, PREFFEITO MUNICIPAL DE ITABIRA O TROFÉU MADRE TERESA DE CALCUTÁ.

O RENOMADO PROFESSOR DE MATEMÁTICA E ESCRITOR DO RIO DE JANEIRO DR. FRANCISCO EVANDRO DE OLIVEIRA RECEBENDO DAS MÃOS DO ADVOGADO E PATRONO DE HONRA DO EVENTO JOSÉ FRANCISCO COELHO O TROFÉU MACHADO DE ASSIS.

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DIVULGA ESCRITOR ESCRITORA ELIZABETH REMOR DE PORTO ALEGRE-RS RECEBENDO DAS MÃOS DO ADVOGADO E PATRONO DE HONRA DO EVENTO DR. JOSÉ FRANCISCO COELHO O TROFÉU CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE DURANTE A SOLENIDADE DA 52ª EDIÇÃO DESTAQUES DO ANO.

MESA DE HONRA DO EVENTO. HEINER BRANDÃO (APRESENTADOR), SÔNIA FÉLIX E EUSTÁQUIO FÉLIX (PROMOTORES DO EVENTO), PREFEITO MUNICIPAL RONALDO LAGE MAGALHÃES, DR. JOSÉ FRANCISCO COELHO (PATRONO DE HONRA), EMPRESÁRIO JOSÉ ELIAS MARQUES (PATRONO DE HONRA) COLUNISTA EUSTÁQUIO FÉLIX E SUA ESPOSA SÔNIA FÉLIX PROMOTORES DO EVENTO.

NOITE DE PREMIAÇÕES DIA 27 DE OUTUBRO – ITABIRA-MG REAL CAMPESTRE CLUBE TROFÉUS CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (52ª EDIÇÃO DESTAQUES DO ANO) – EXPRESSÃO LITERÁRIA – TROFÉU MACHADO DE ASSIS (2ª EDIÇÃO)- JOVENS DE SUCESSO (20ª EDIÇÃO) – PERSONALIDADES DE EXPRESSÃO –TROFÉU MADRE TERESA DE CALCUTÁ (1ª EDIÇÃO) MÚSICA- BANDA AP50 BUFFET BARENZE 16

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Estevão de Sousa

VIAJANDO PELO MUNDO

- ILHA DE SÃO MIGUEL - AÇORES Já muito se tem escrito sobre a beleza dos Açores. Mas, como nunca será demais exaltar e dar a conhecer este paraíso; aqui vai: A 793 milhas náuticas de Lisboa e a 2.293 do continente Americano, no meio do Atlântico, encontra-se o arquipélago dos Açores composto por nove ilhas - descobertas e povoadas pelos portugueses no séc. XV - das quais, vamos destacar a ilha de São Miguel, não só por ser a maior, mas sobretudo pela magnificência das suas paisagens. Os portugueses quando chegaram às ilhas pela primeira vez, encontraram uma grande diversidade de aves, entre elas, o açor - ave de rapina que, dada a sua abundância, adotaram como símbolo, ainda hoje existente na bandeira do arquipélago, o qual deu também origem ao nome da região autónoma. A ilha de S. Miguel, uma maravilha, que aconselhamos vivamente a visitar a quem goste

de: magníficas paisagens, boas caminhadas, ótima alimentação, e sobre tudo, de pessoas simpáticas e acolhedoras, apanágio dos Açorianos. A cidade de Ponta Delgada, com cerca de 138.000 habitantes, capital da região autónoma, onde se encontra instalado o governo, é uma cidade em que vale a pena o turista gastar bom tempo visitando algumas igrejas e palácios dos séc. XVI e XIX. Encontra-se Ponta Delgada bem dotada de hotéis, hostels, bares, restaurantes, cafés e locais de diversão, existindo aí ainda, um dos três aeroportos internacionais, do arquipélago. Se o visitante desejar percorrer, com autonomia, os variadíssimos locais de interesse da ilha, encontrará na cidade alguns rent a car em que, desde 15,00 euros diários, disporá de uma viatura sem condutor ou, em alternativa, poderá inscrever-se numa das muitas excursões guiadas, que tem ao seu dispor.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

| Estevão de Sousa

Aspeto de uma estrada, vendo-se as famosas hortenses, tão abundantes em S. Miguel

Que espera pois para pegar na viatura e começar, percorrendo as maravilhosas estradas da ilha, a descobrir as suas belezas? Ah! Não se admire se, pelo caminho, tiver de parar para deixar passar uma manada de vacas! É que elas abundam por aqui, sendo as responsáveis pelo leite e queijos internacionalmente apreciados. Iniciamos o nosso passeio: são sete da manhã; contrariamente ao que frequentemente acontece, está um sol esplêndido; no entanto, não se surpreenda se, lá mais para a frente, encontrar neblina. É até habitual dizer-se que, nos Açores, se passa pelas quatro estações do ano, num só dia, muito embora as variações térmicas não sejam muito consideráveis Vamos rumar à Lagoa das Sete Cidades, por uma estrada ótima. A paisagem que se vai

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desenrolando à nossa frente é absolutamente de encher o olho. A policromia dos tons verde, mesclados com outros, são dignos não só do pincel de um artista, como do obturador de uma boa máquina fotográfica. E, é exatamente isso que fazemos. A “cada passo” paramos para mais uma foto. É impossível não o fazer! Tal é a necessidade que sentimos de perpetuar o que os nossos pasmados olhos veem: aqui, é uma verdejante plantação de chá; ali, é um campo de pastagem bem verdinho; acolá, uma linda lagoa existente na extinta cratera de um vulcão, (que, como a ilha é de origem vulcânica, se encontram a miude); mais à frente um trigal, já a entrar no tom doirado; ali ao lado, uma soberba cascata; além, no horizonte, o mar, com o seu azul infindo!


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Campo de Pastagem mesclado de verde e azul das hortenses

Umas tantas horas depois, com um cartão de memória cheio de imagens, chegámos à lagoa. Que espetáculo! Metade da lagoa com a água em tom verde e a outra metade de cor azul!!!

A Majestosa Lagoa das Sete Cidades

Após o êxtase com mais esta maravilha e, como se aproximava a hora do almoço, seguimos para a Lagoa das Furnas onde, no vale, junto às “fumarolas”, se cozem belíssimas refeições em panelas enterradas no solo que, por efeito de um vulcão semi-adormecido, atinge temperaturas de 100 graus centígrados.

Fumarolas, onde se cozinham belíssimas refeições

Deslumbrados com tanta beleza e bem almoçados regressamos à capital para no dia seguinte ir ver as baleias em espetaculares bailados, cientes de que, quando a National Geografic considerou os Açores o segundo maior destino turístico do mundo, estava bem certa do que afirmava.

Magnifica Cascata

Resta-nos agradecer à mãe natureza a prodigalidade com que nos presenteou nesta pérola oceânica e... convidá-lo a visitá-la. Ah! E já agora: - Se gosta de comer bem, não se preocupe! Os Açores têm uma belíssima e variada cozinha!!! BOAS FÉRIAS!!! Fui!...

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Participação especial Editora Illuminare Editora dedicada a novos autores brasileiros abre as portas para eventos literários nacionais e internacionais

Por Julie Gouveia

A Editora Illuminare – editora física e online para todo o Brasil – comemora seus três anos com 85 livros lançados e mais de 350 autores publicados em livros solos e antologias de contos, crônicas e poesias. A Illuminare nasceu em janeiro de 2014, fruto do desejo de unir livros e leitores, democratizando a leitura e descobrindo novos talentos na literatura nacional e internacional. Em 2015, a Illuminare fundou a livraria Illuminare, e em 2016, criou a Revista Literária Contos & Letras, formando o Grupo Editorial Illuminare. Com atuação em vários es22

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tados, mais de 30 blogueiros em seu grupo de marketing e filial internacional em Buenos Aires– Argentina, a Illuminare se dedica a novos talentos da literatura brasileira, objetivando valorizá-los e destacá-los indo além de livros em prateleiras. Ciente de que novos autores precisam de destaque, entrevistas, resenhas, eventos nacionais e internacionais, a Illuminare abraçou esse desafio e hoje realiza essas estratégias com maestria. Indo muito além de uma empresa comercial, a Illuminare se dedica também ao lado social da literatura. Por isso uniu-se ao Instituto PEGAÍ Leituras Grátis (www.pegai. info), parceria por meio da qual prepara, organiza e edita livros para distribuição e leitura gratuita, como no caso da 4ª edição do livro Contos e Crônicas do Absurdo, da escritora

Rô Mierling; e da 2ª edição do livro O Sapo Tonico e Sua Descoberta, da paranaense Ale Dossena. Em dezembro deste ano a Illuminare editará uma versão e edição especial do Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, com um número que ultrapassa 15 mil exemplares destinados a leituras gratuitas. No quesito eventos literários, a Illuminare está sempre promovendo eventos multiculturais gratuitos para autores e leitores. Como é o caso da Feira de Livro Livre, que terá sua 4ª edição no próximo dia 10 de novembro, no Centro Cultural da Embaixada Brasileira em Buenos Aires. E no dia 25 de deste mês a Illuminare promoverá a 7ª Tarde Literária, na Biblioteca Viriato Corrêa – Vila Mariana, em São Paulo – SP. Como uma das únicas novas

editoras brasileiras com eventos e portas abertas em nível internacional, a Illuminare tem em catálogo livros de autores dos mais diversos estilos, como no caso de Tito Prates (Agatha Christie From My Heart – Uma Biografia de Verdades), um dos maiores estudiosos do mundo no quesito vida e obra de Agatha Christie; e Márcio Muniz (Microamores), poeta carioca que promove saraus de poesia no Rio de Janeiro, entre outros grandes talentos. Sabendo das dificuldades que os novos autores têm para adentrar no mercado literário, a Illuminare promove antologias nos mais diversos temas, por meio de seletivas, com foco em publicar contos diversos de autores já em desenvolvimento e/ou iniciantes, antologias essas que se tornam uma verdadeira estratégia para criar uma estrada para novos escritores. (Veja novas seletivas em https://www.editorailluminare.com.br/antologias.) Disposta a receber originais de quaisquer assuntos, a Illuminare publica os mais diversos temas de ficção – romance, terror, poesia, crônicas, suspense –, inclusive tendo um selo especial para a publicação de livros de autoajuda e livros científicos. (Envie seu original para: editorailluminare@gmail.com) A união da valorização da literatura brasileira com o respeito ao novo autor e seu sonho faz da Illuminare uma editora socialmente em evolução. CONHEÇA MAIS! Site: www.editorailluminare.com.br / Fanpage: @illuminareeditora www.divulgaescritor.com | dez 2017

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ENTREVISTA

ESCRITORA ADELINA VELHO

Comédia e drama convivem lado a lado, num estilo narrativo intenso e direto que visa prender o leitor desde a primeira página. Sete enredos onde a imaginação é a nota dominante e o inesperado uma constante. Sete epílogos surpreendentes.”

Maria Adelina Nunes da Fonseca Velho da Palma nasceu em 1954, em Lisboa, e é do signo de Aquário. É licenciada em Matemática pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (1976), onde foi assistente de Análise Matemática (1976/1978), após o que iniciou e seguiu uma carreira dedicada à Informática (1978/2008). Boa leitura! Escritora Adelina Velho da Palma, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a motivou a ter gosto pela escrita literária? Adelina Velho -Sempre gostei de ler. Durante a adolescência devorei muito do que havia na biblioteca da casa de meus pais, pessoas cultas, dadas às letras. Todavia, em paralelo, crescer-me-ia também o gosto pelo cálculo, a tal ponto que quando foi necessário escolher não hesitei: segui matemática. Decorreram três décadas. E foi já perto dos cinquenta anos (e após um percurso profissional virado para a tecnologia) que um dia, num inexplicável impulso, abri o processador de texto e escrevi a minha primeira obra: um modesto poema. Apresente-nos sua obra de contos “Tudo é Sexo e Canto” Adelina Velho - Sete contos. Sete relatos de vida onde é explorada a natureza misteriosa e desconcertante da alma humana. Comédia e drama convivem lado a lado, num estilo narrativo intenso e direto que visa prender o leitor desde a primeira página. Sete enredos onde a imaginação é a nota dominante e o inesperado uma constante. Sete epílogos surpreendentes.

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DIVULGA ESCRITOR dentemente de todas as outras. Todavia, o ritmo e a verossimilhança de “O príncipe” fazem recair sobre ele a minha preferência.

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Quais critérios foram utilizados para a escolha do título do livro? Adelina Velho -Não é fácil intitular uma coletânea de contos. Há que encontrar uma fórmula agregadora que lhes sirva de denominador comum. “Tudo é sexo e canto” é um verso de um poema do poeta Casimiro de Brito, que refere de forma límpida duas vertentes plenas da nossa realidade física e biológica. Amor e som, isto é, sexo e canto. Tão universais e insondáveis como a lei da atração universal. Qual o texto desta obra que mais a marcou? Adelina Velho -“O príncipe”. O que o diferencia dos demais? Adelina Velho - Qualquer dos sete contos que constituem esta coletânea é uma obra original, indepen-

Nesta obra você aborda uma temática específica? Apresente-nos as temáticas que estão sendo abordadas em “Tudo é Sexo e Canto”. Adelina Velho - A principal temática deste livro é o caráter inconstante e improvável da vida. Quietude e silêncio são atributos da morte. A vida é inquietação. Daí que as personagens, em maior ou menor grau, pisem um chão que não é seguro, possam escorregar e cair. Mas há mais: para além das condições exógenas que não controlam e os condicionam, os seres humanos são, em si mesmos, inesgotáveis fontes de contradições, agindo de acordo com sentimentos insuspeitos e móbiles inconfessáveis. E é precisamente isso que os torna tão fascinantes. O que mais a encanta nos contos? Adelina Velho -Na minha opinião, um conto bem conseguido deve obedecer a algumas normassimples (note-se que esta é apenas a minha convicção, nunca li isto em parte nenhuma...). Em primeiro lugar deve ter por base uma boa história. Sem tal, um texto nunca será um bom conto, por muito bem escrito que esteja. Em segundo lugar, a importância do conteúdo (a história) deve sobrepor-se à da forma. E, para finalizar, o epílogo deve ser surpreendente, sem pôr de lado os limites da sensatez. Um conto que respeite tais diretivas (são raros...) encantar-me-á certamente. Onde podemos comprar o seu livro? Adelina Velho -“Tudo é sexo e canto” pode ser adquirido na internet

(versão em papel ou recarregável) nos seguintes endereços: Versão em papel http://www.euedito.com/tudo-e-sexo-e-canto.html Versão recarregável http://www.euedito.com/tudo-e-sexo-e-canto-pdf.htmlww Mas informo que todos os meus livros já publicados se encontram à venda no site da EUEDITO. http://www.euedito.com/fichaautor/autor/bibliografia/escritor/1488 Você já participou de várias antologias. Qual a participação que mais a marcou? Comente. Adelina Velho -Não posso dizer que alguma participação desse gênero me tenha verdadeiramente marcado. Aliás, é minha convicção que em Portugal (possivelmente também no Brasil) se publicam livros demais, muitos deles sem qualidade que o justifique, destinados apenas a alimentar o ego do(s) autor(es). Só participo em antologias quando lhes reconheço algum mérito. Recuso a maioria dos convites que me são dirigidos. Porém, não pretendo ferir susceptibilidades, reservo-me o direito de não me adiantar sobre esta matéria. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Adelina Velho da Palma. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Adelina Velho - A felicidade é a suprema finalidade da vida. Sejam felizes! _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com www.divulgaescritor.com | dez 2017

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POETAS POVOEIROS Por José Sepúlveda

A

li, junto ao Fieiro, enquanto olhava os pequenos caícos que iam cruzando a barra, José, conhecido na comunidade como o Zé da Russa, andava com alguns amigos a consertar as redes que dia-a-dia

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serviam os seus companheiros na labuta da pesca. O peso das suas dezenas de anos não lhe permitiam já a afoitar-se assiduamente na rude faina a pesca e por isso, por ali ficava com outros amigos na tarefa do conserto das redes.

Vivia com Maria, a sua companheira, numa pequena arrecadação da Ilha do Serôdo, nos confins do Bairro Sul, que repartia com mais uma dezena de famílias humildes como a sua. A esposa era uma jovem de dezasseis anos, mas mandava a tra-


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dição que a gesta poveira casasse entre si, para que mantivesse a sua raça e identidade ancestral. Ela era ainda sua prima em terceiro grau e era considerada no bairro como a mais bela de todas as mulheres. O seu casamente era visto com alguma preocupação e desconfiança dado a sua juventude, mesmo tratando-se duma jovem de comportamento incolupto. Ele, religiosamente, resguardava a sua imagem e protegia-a com carinho, sem nunca ter consumado a sua verdadeira união física. Um dia, Maria foi visitada por ti’Bel, a filha do Peroqueiro, sua tia, pessoa respeitada por toda a comunidade por pertencer à prestigiada família dos Peroqueiros, linhagem antiga das gentes do mar. Ao vê-la,Maria cumprimentou-a com respeito e carinho. Esta,aproximou-se e segredou-lhe que bem cedo iria dar à luz uma criança. Quando ouviu tal notícia, Maria corou e disse: - Qual quê, minha tia? Eu e José nunca consumamos a nossa relação de marido e mulher! - Não me perguntes quando nem porquê, porque não sei responder-te. Mas que vai acontecer, isso vai. Fui instruída para te dizer, minha filha! E partiu dali sem mais palavra ou explicação.

… O mar estava calmo. No Fieiro José consertava redes com os amigos, enquanto conversavam olhando o mar. - Então, vais ser pai – dizia com um ar sarcástico o Nia da Ti’ Rita. - Pai? Como se nem sequer consumei ainda a nossa relação? - Não? Ó homem, coisas do Divino! – e soltou uma gargalhada Perante o olhar atónito de todos, José correu para casa ao encontro de Maria. Esta, aflita, contou-lhe o encontro com Ti’ Bel. Em aflita, nada mais soube dizer de como isso aconteceu. O tempo passava e Maria, agora meio enjeitada pela sua comunidade, ia cuidando com zelo e carinho o crescimento da criança. Um dia, o Comandante do Porto das duas cidades mandou que se fizesse um recenseamento geral da gesta poveira a fim de aquilatar com segurança o seu tamanho e melhor gerir os impostos a angariar. O Recenseamento seria no correr de um só dia e teria lugar lá nos confins do Bairro Norte. Prevendo um longo dia, de filas contínua e muito cansaço, Maria preparou um pequeno farnel e foram, ela, José e no ventre o Menino. A fila era longa e não havia condição ou lugar onde repousar na-

quelas condições precárias, com a criança prestes a dar-se à luz do dia. Anoiteceu e o recenseamento ia ainda muito longo. Ao verem-na gemendo com dores, para não ser vista a parir a criança, vou levada para o meio de umas medas de sargaço existentes no início da aldeia e ali, à luz duma pequena candeia, acabou por parir a criança. Um cão rafeiro que andava à procura de comida (ou amigos)uivando baixinho, aproximou-se e carinhosamente lambia a criança e com seu bafo a aquecia. Naquelas longas horas, os párias da noite foram aparecendo com pedaços de pão e algum alimento que restara. Rodeavam o Menino e sorriam para o humilde casal ajudando-o no aconchego com a sua vasta experiência de noites ao relento. Ainda mal o sol despontava e já um bando de gaivotas sobrevoava as medas de sargaço, num voo leve, espalhando ao redor em sons harmoniosos a boa nova de que no meio dumas medas desertas, nos confins da aldeia, ao som harmonioso da maresia, numa noite encantadora de luar, o Poveirinho Jesus nascia e havia de crescer para se transformar num lobo-do-mar que um dia daria a sua vida para resgatar das águas desse mar-cão todos aqueles que na sua fúria ele ameaçasse tragar.

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SOLAR DOS POETAS Por José Sepúlveda

NÃO HAVIA LUGAR…

S

empre que o Natal se aproxima, logo um mundo de magia paira no ar, a anunciar aquela que o mundo consagrou como a Festa da Família, que aproveita para esta se reunir e, juntos poderem usufruir da companhia e dos momentos de convívio que a voracidade dos tempos agora insiste em lhes roubar. É por isso que reunimos esforços para que esse espírito de magia e de família não se perca mas antes se enraíze cada vez mais porque, afinal, são esses momentos que nos trazem os momentos de alegria e de felicidade que todos os dias procuramos no correr da nossa peregrinação. Não deixando escapar essa oportunidade, o Solar de Poetas alia-se aos grupos Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa e ao Solarte, a Arte no Solar e convida os seus membros e participantes a escrever mensagens de esperança e de amizade dentro do espírito natalício que vivemos. Este ano, o tema escolhido foi “NÃO HAVIA LUGAR”, uma alusão Àquele que, sendo o Senhor do mundo, se tornou no mais humilde dos homens, como exemplo e portador do espírito regenerador do espécime humano. Os trabalhos desenvolvidos pelos poetas são depois compilados em livro e editados em e-book, que fica disponível para todos através do ciberespaço. Cientes que o nosso esforço nada mais é que uma areia no deserto da vida, sentimo-nos satisfeitos pelo número de pessoas que recorre a esses trabalhos e, assim, nos transmitem que vale a pena prosseguir este caminho que nos alegra e nos incentiva a continuar na divulgação daquilo que vamos produzindo na área literária, quiçá, pegadas marcadas na estrada da vida e que a voracidade dos tempos não irão apagar. A todos os membros do Divulga Escritor endereçamos votos de Feliz Natal e que o novo ano surja cheio de iniciativas e que o propósito de divulgar a literatura permaneça e cresça cada vez mais. Um Ano de 2018 cheio de venturas.

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ENTREVISTA

ESCRITOR ALVES DOS SANTOS

De facto, a escrita deste livro implicou extensa pesquisa e foram várias as descobertas e revelações que resultaram desse trabalho.”

O mar é uma outra coisa, não se vive nele com pressa nem se sobrevive a ele com medo. E ninguém sabe isso melhor que os homens do mar, que navegam por águas tantas vezes revoltas sem saber se de lá saem incólumes ou se esses mesmos mares serão, afinal, a sua derradeira morada. A vida no mar é hostil, dura e perigosa. Ainda assim estes bravos homens, quando obrigados a ficar em terra, sentem-se como peixes fora d’água. Aquela vida entranha-se pela sua pele, e parece que deixam de saber viver quando não estão na faina. É vê-los fitando o mar com olhares perdidos. E que coragem e loucura levam um homem a, perante um mar revolto, se enfiar por ele adentro em embarcações que comparativamente à dimensão dos oceanos mais não parecem que diminutas cascas de nozes? “O Arrais” é uma história ficcionada, mas ainda assim tão rente da realidade cotidiana destes homens e com descrições contemplativas de beleza e harmonia, que permite encontrar poesia onde antes, por mais insistentes olhares que deitássemos a essas vidas, víamos apenas aspereza e agruras. A escrita de Alves dos Santos neste “O Arrais” envolve o leitor, transportando-o para a vida das personagens, numa transparência íntima e em ambientes de céu e luz que se vão alterando passo a passo como se fosse o balanço do mar. Este livro é também, claramente, uma sentida homenagem do autor a todos os homens do mar e em particular aos de Machico, a sua terra. Boa leitura! www.divulgaescritor.com | dez 2017

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DIVULGA ESCRITOR Escritor Alves dos Santos, é um prazer contarmos, mais uma vez, com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, quem é“O Arrais”? Alves dos Santos - Arrais é um termo que veio a cair em desuso, mas que se refere aos capitães ou mestres de embarcações de pesca. É um termo ainda usado em certas zonas piscatórias do mundo lusófono, e em particular na ‘minha’ Ilha da Madeira. Os arrais são homens donos de uma grande dose de coragem e loucura que os tornam capazes de, mesmo perante um mar revolto, se enfiar por ele adentro em embarcações que comparativamente à dimensão dos oceanos mais não parecem que diminutas cascas de nozes. Como surgiu inspiração para a escrita de seu livro “O Arrais”? Alves dos Santos - Devido a ligações familiares, cresci muito perto destes lobos do mar e fui ouvindo suas extraordinárias histórias, nas quais relatavam os mais diversos episódios que vivenciavam em mar e terra: desde a luta por vezes mortal com os oceanos, às dificuldades de viver da arte da pesca sempre tão dependente da imprevisibilidade da natureza. “O Arrais” é uma história ficcionada, mas estou convicto de que ter crescido ouvindo estas suas lutas diárias serviu como inspiração e motivação para criar este meu novo livro. Descreva os principais personagens que compõem a obra. Alves dos Santos - A personagem principal desta obra, como julgo que se adivinha pelo próprio título, é um arrais, que tem a particu30

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laridade de não ser conhecido em momento algum do livro pelo seu nome próprio. E isto foi propositado, porque por meio desta personagem, que no fundo encarna um pouco de todos os arrais, quis homenagear todos os homens do mar que tive a honra de conhecer. E é em torno deste arrais e das suas aventuras e desventuras que esta

obra conduz os leitores numa viagem com destino marcado sem que,no entanto,se conheça a rota. Como julgo que foi muito bem sintetizado pelo meu grande amigo e escritor Tristão de Andrade no prefácio deste meu novo livro, que ele gentilmente acedeu a escrever, ‘manifestamente estamos perante as emoções da partida, da viagem,


DIVULGA ESCRITOR mas sobretudo da chegada, e sempre com uma única questão de fundo: qual é, afinal, o nosso lugar?’. O que mais chamou a sua atenção sobre os arrais enquanto pesquisava para a escrita do livro? Alves dos Santos - De facto, a escrita deste livro implicou extensa pesquisa e foram várias as descobertas e revelações que resultaram desse trabalho. Talvez o que mais tenha chamado a minha atenção tenha sido a forma como muitos destes pescadores, que pareciam quase nômades, levaram a sua arte piscatória um pouco por todo o mundo lusófono e até para além dele. Quais os principais desafios para a escrita do enredo que compõe a obra? Alves dos Santos -A escrita é algo que me fascina, e confesso a minha própria surpresa com o jeito como foi ganhando forma este meu novo livro. De uma forma metafórica poderia dizer-se que jorrou do meu mais profundo âmago. Tinha naturalmente algumas ideias base, mas durante o processo de escrita eu próprio fui levado pelo enredo e dei comigo surpreendido com o que estava a surgir no papel. Em termos de desafios, e uma vez que a escrita não é a minha actividade principal, penso que o principal foi mesmo a pesquisa que realizei com o pouco tempo que tinha disponível. O que mais o atrai nesta obra literária? Alves dos Santos - Prefiro que sejam os leitores a me contarem o que mais apreciaram nos meus livros,

e com este meu primeiro livro de prosa gostaria que acontecesse o mesmo. É sempre especial perceber que algo que escrevemos num ambiente, muitas vezes solitário, se torna depois razão de confraternização e partilha. Onde podemos comprar seu livro? Alves dos Santos -Felizmente o livro está já disponível num conjunto alargado de livreiros físicos e online, nomeadamente: Amazon: https://www.amazon.com/ARRAIS-Portuguese-Alves-Dos-Santos/ dp/9897367799/ref=sr_1_6?ie=UTF8&qid=1510097389&sr=8-6&keywords=o+arrais Wook: https://www.wook.pt/livro/o-arrais-alves-dos-santos/19700751 Está também disponível na livraria online da minha editora ‘Edições Vieira da Silva’: https://www. edicoesvieiradasilva.pt/livros/ficcao/o-arrais E os leitores podem também me enviar um e-mail diretamente, que terei prazer em dar detalhes de como podem adquirir este livro diretamente comigo, com a vantagem de conter dedicatória e autógrafo: alves.dos.santos.escritor@gmail.com. Podem também ir seguindo a minha página, onde vou publicando as minhas novidades literárias: www.facebook.com/PoesiaDoQuotidiano Quais os seus principais objetivos como escritor? Alves dos Santos - Como já referi, a escrita não é minha actividade profissional principal, e como tal tento aproveitar o pouco tempo livre para conseguir ir escrevendo. Mas assim fica naturalmente mais difícil criar metas com prazos fixos e perfeitamente definidos. O que tento é dar

a mim próprio alguma flexibilidade temporal sem nunca desistir nos objetivos. Este processo é uma maratona e não um sprint. E no fundo é esse mesmo o meu objetivo: ir escrevendo, seja em poesia ou prosa, enquanto houver inspiração, e no tempo que conseguir ir disponibilizando para a escrita. Para já existem várias ideias populando a minha imaginação, por isso penso que ainda poderei produzir mais algumas obras…a ver vamos. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “O Arrais”, do escritor português Alves dos Santos. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Alves dos Santos - Queria,antes de mais, deixar uma mensagem de agradecimento à Divulga Escritor pelo trabalho meritório que faz na promoção dos escritores do mundo lusófono, sempre inovando, sempre procurando melhorar e tentando chegar mais longe e a um maior público. E naturalmente um agradecimento aos seus leitores, que são quem, afinal, justifica a existência dos escritores. Felizmente, a lusofonia cada vez mais deixa de ser um conceito abstracto e começa a ser, nomeadamente nas redes sociais, um espaço de divulgação, partilha e encontro. Então que possamos nos ir encontrando por aqui! _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Luiz Carlos Amorim

DESTINOS O tempo nos chama para escrever a história de nossos destinos. A vida é poeira que o vento carrega e o céu nos intima a tornar-nos estrelas - ou anjos? – para desvelarmos o futuro. Nossa humanidade, entanto, tropeça em nossos erros. Astros, estrelas, anjos? Nossas asas nos pesam, somos apenas mortais neste planeta antigo, que não sabemos guardar. Quando chegar o amanhã, o destino se adiará, o futuro estará lá, o infinito nos guiará? JANELA CÓSMICA Nos meus olhos mora o tempo, memória da alma, 32

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Luiz Carlos Amorim é natural de Corupá (SC), nascido em 16.02.1953 e formado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Joinville. É fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA em SC, com 37 anos de atividades e editor das Edições A ILHA, que publicam as revistas Suplemento Literário A ILHA e Mirandum (Confraria de Quintana), além de mais de 100 títulos, entre obras solo de poesia, contos, crônica, infanto juvenil e antologias. Foi eleito a Personalidade Literária de 2011 pela Academia Catarinense de Letras e Artes e ocupa a cadeira 19 da Academia Sul Brasileira de Letras. Autor de 31 livros de crônicas, contos, poemas e infanto-juvenil, quatro deles publicados no exterior, em inglês, espanhol, francês, italiano e português. Publica crônicas, artigos, contos e poemas em várias revistas e jornais no Brasil e exterior - tem trabalhos publicados na índia, Rússia, Grécia, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Cuba, Argentina, Uruguai, Inglaterra, Espanha, Itália e outros, e obras traduzidas para o inglês, espanhol, bengalês, grego, russo, italiano, francês.

repositório do coração. Dentro dos meus olhos mora o mundo, moro eu e o meu cosmo. Dentro dos meus olhos, mora a minha alma, a essência de mim. No meu olhar mora a vida, moram todas as cores, mora a poesia. Meu olhar é minha casa e cabe o universo todo dentro da minha casa. ASAS DA ALMA Queria sair de mim, transportar a alma através do tempo, através do espaço, através da vida, mas meu coração não deixa. Quero que a emoção me leve onde meus olhos não alcançam,

onde meus sentidos não chegam. Um canto de mim quer um canto no mundo para ser eu mesmo, mas outro canto de mim quer se jogar para todos os cantos do mundo, para concretizar todos os sonhos, para viver todas as vidas que trago comigo. E depois voltar para mim, pejado de completude, matar as saudades, e começar tudo de novo. Minhas vidas são muitas e quase não cabem dentro de mim. Minha alma precisa de mais asas, para levar-me mais longe LUZBOA Lisboa, de tanta luz, Luzboa, com sua luz única, que adentra


DIVULGA ESCRITOR meus olhos míopes e os enchem de beleza. Lisboa, o Tejo que te banha, também te ilumina, apaixonado, e te confere essa luz sem igual. Não espalhe, minha querida Lisboa, mas és minha prisioneira: acomodei toda a tua luz boa e toda a tua beleza dentro dos meus olhos míopes e do meu coração antigo e nunca mais vou te libertar. Nem quando eu me quedar ao pé de ti nem quando me aninhar no teu regaço... INFINITO O infinito sou eu. Trago o universo em meu coração, sou ser, sou sol, sou céu. E minha alma se perde dentro dessa imensidão. Eu sonho o meu destino num futuro que já vem. Eu revivo o passado e a saudade levanta a voz, grita alto, esperneia, memória revisitada. Minha cúmplice, a solidão, me reinventa o presente e construímos a paz, pequeno embrião, que se multiplicará. E me divido, me reparto, em presente, passado, futuro: sou eu, sou nós, sou todos,

sou tempo, sou espaço, sou vida, sou tudo. Todos somos tudo… VENTO O vento, moinho de espaços, carrega sempre no lombo um bocado de saudades, outro tanto de sentimentos, emoções de toda sorte. Carrega também o caos. Mas ele transporta tudo, como um corcel da memória, como alimentador de sonhos, dando asas ao sentir. O vento transcende o tempo pois depositamos nele todos os nossos segredos, para que possam alçar voo na longa viagem dele. Pego carona na cauda de um vento viandante para cavalgar estrelas, para ir além do olhar, para lapidar emoções, para aprender novas cores. Meus olhos, míopes, são dependentes de luz, são dependentes de cor, são viciados em vida. E meus olhos são como o vento, vão onde o vento os leva viajam nas asas dele. ENLUARAR Minhas mãos enluaradas se erguem, a saudar o Universo e iluminam minha saudade, embebida em ternura, encharcada de carinho. Quem habita esse beijo a gritar em meus lábios? Toma o luar de minhas mãos luar que reflete os meus olhos e faz morada em meu peito. Adentra minhas paredes

quebra essa saudade, mistura com esperança, um bocadinho de paz e constrói uma fortaleza, casa de nossas vidas. UM DIA, POETA Hoje quero ser este dia, este dia dos poetas, para me transmutar em poesia. E eu, pretenso poema posso resplandescer o sol para me fazer sentir, para me lançar em versos, para poesiar o mundo. Porque ser poeta é ter sentimentos à flor da alma, emoções a explodir por toda a nossa superfície e implodindo nosso interior, sensibilidades todas transbordando o coração, lirismo a faiscar nos olhos. Então hoje, dia só nosso, somos o verso, somos a rima, somos o ritmo, somos palavra, somos tributo, somos festa, somos Amor à poesia. Amanhã, deixo de ser este dia e volto a ser, humildemente, apenas mais um poeta aprendiz de poesia. AMANHÃ Estendo minha mão e alguém deposita nela um punhado de amanhã. Meus olhos, vazios de esperança, iluminam-se de novo, com aquela pequena semente, meu pedaço de futuro… Por favor, desliguem o tempo e liguem a eternidade de harmonia e paz! www.divulgaescritor.com | dez 2017

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ENTREVISTA

ESCRITOR MANUEL AMARO

Este livro contém apenas oito contos, mas as temáticas são variadas: desde os assaltantes de estradas, passando pela migração interna das populações, sem deixar de referir a fome e a miséria.”

Manuel Amaro Mendonça é licenciado em Engenharia de Sistemas Multimédia pelo ISLA de Gaia. Nasceu em Janeiro de 1965, na cidade de São Mamede de Infesta, no concelho de Matosinhos, a Terra de Horizonte e Mar. Ganhou prémios em dois concursos de escrita e os seus textos foram selecionados para mais de uma dezena de coletâneas de contos, de diversas editoras. É autor dos livros «Terras de Xisto e Outras Histórias» (Agosto 2015), «Lágrimas no Rio» (Abril 2016) e «Daqueles Além Marão» (Abril 2017), todos editados pela CreateSpace e distribuídos pela Amazon. Boa leitura! Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Manuel Amaro Mendonça é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos como surgiu inspiração para escrita de “Daqueles Além Marão”? Manuel Amaro - Uma vez mais muito obrigado por esta possibilidade de dizer algumas palavras numa revista que se dedica exclusivamente à divulgação dos novos autores. É para mim uma grande honra ter, uma vez mais, o meu nome associado ao vosso trabalho. Quanto à sua pergunta, o tema dos transmontanos tem sido por demais trabalhado neste meu período de escrita. E apesar de me ter iniciado com temas contemporâneos, devido ao meu gosto por história e à preparação para alguns escritos futuros que se passarão no século XIX, o trabalho de consulta começou a dar frutos, como os contos incluídos neste livro. 34

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DIVULGA ESCRITOR Como foi a escolha do título? Manuel Amaro - Não foi muito difícil de escolher o título. Um livro acerca de transmontanos, passado no século XIX. Como lhe haveríamos de chamar, senão (Histórias) Daqueles Além Marão? Deixamos cair a palavra Histórias, por ficar subentendida e tornar mais simples o resultado final. Mesmo assim, devido á utilização de um crescendo na fonte do título na capa do livro, está a levar a que muitos dos meus leitores se refiram a ele apenas como “Além Marão”… pelos vistos ainda podia ser mais simplificado. Quais as principais temáticas abordadas nesta obra literária? Manuel Amaro - Este livro contém apenas oito contos, mas as temáticas são variadas: desde os assaltantes de estradas, passando pela migração interna das populações, sem deixar de referir a fome e a miséria. Temos um crime passional e até as invasões francesas, que tanto mal causaram a Portugal e neste caso específico à região norte. As relações entre ricos e pobres voltam a ser abordadas, à semelhança de “Terras de Xisto” e “Lágrimas no Rio”, mas continuam a não ser o foco principal, apenas uma das faces da dura realidade daquela época. Apresente-nos “Daqueles Além Marão” Manuel Amaro - Poder-se-ia dizer que anda tudo à volta do velho ditado popular que diz “Para lá do Marão, mandam os que lá estão”, mas não se trata apenas disso, é verdade que por vezes os meus personagens são chamados a defender as suas terras, mas também às vezes são “estranhos em terra estranha” e têm que viver, ou sobreviver. Basicamente são pessoas criadas

sob duras condições, em climas extremos e devido ao seu isolamento, habituados a serem amigos do seu amigo e a desconfiarem dos estranhos. O que mais o encanta no enredo que compõe a trama? Manuel Amaro - Cada um dos contos tem uma “alma” diferente e tem coisas que me encantam. Em “Corrécio”, a recordação de outros tempos e a lembrança do interior das casas e modos de vida, em “O

Assalto” as expressões populares… gosto de todos os contos, de outra forma não os publicaria. Quais foram os principais desafios para escrita do enredo? Manuel Amaro - Como disse anteriormente, cada caso é um caso, por isso cada um dos contos representou um desafio diferente. Mostrar os problemas que o vício do jogo pode trazer, em “Tudo em Jogo”. A destruição causada pelos franceses em contraponto ao heroísmo dos www.divulgaescritor.com | dez 2017

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DIVULGA ESCRITOR defensores portugueses, mal aproveitado e comandado, em “A Queda do Porto”. O medo e a superstição em “A Cripta”. Só mesmo lendo…

O feedback que mais me tocou foi este: “Apreciei a forma fantástica como utilizou em todos os Contos (ou Narrativas) a riqueza da linguagem de um povo, que éramos e somos, a sua cultura, as suas crenças, os seus maldizeres, as suas desgraças, as suas lutas, as suas frustrações, a sua união e solidariedade sem limites, sempre que necessária.”

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Dizem que os personagens têm muito do autor. Qual dos personagens de “Daqueles Além Marão” tem mais de você? Comente. Manuel Amaro - Acho que me poderia identificar um pouco com o “Serralho” de “A Queda do Porto”, que de resto foi um dos contos que me deu mais prazer escrever. Psicologicamente, creio ser aquele que pode ter mais de mim e que age da forma mais parecida com aquilo que eu próprio faria. Com relação aos leitores de seus livros, qual o feedback que mais o marcou? Por que este feedback o marcou tanto? Manuel Amaro - O feedback que mais me tocou foi este: “Apreciei a forma fantástica como utilizou em todos os Contos (ou Narrativas) a riqueza da linguagem de um povo, que éramos e somos, a sua cultura, as suas crenças, os seus maldizeres, as suas desgraças, as suas lutas, as suas frustrações, a sua união e solidariedade sem limites, sempre que necessária. Enfim, conseguiu uma vez mais ‘levar-me’ até lá e mentalmente reviver aqueles episódios, alguns engraçados, outros até tristes, mas com uma escrita sempre tão envolvente, tão chamativa, que não nos deixa parar! O Manuel Amaro faz o que gosta, gosta do que faz, e nós gostamos de o ler. Chegada ao fim senti-me como uma criança que estando deliciada a comer um gelado, este lhe cai ao chão; já não há gelado! Fico à espera do próximo.” Além de ser o comentário de uma pessoa que eu muito estimo, tem uma imagem muito interessante do tipo de sentimentos que a minha escrita pro-

porciona. Podem consultar mais depoimentos em https://www.debaixodosceus.pt/dam-depoimentos Onde podemos comprar o seu livro? Manuel Amaro - O livro pode ser encomendado diretamente por correio eletrónico, ao email manuel.amaro@ debaixodosceus.pt , entrego em qualquer ponto de Portugal sem custos de transporte. Para fora de Portugal, terá de ser analisado caso a caso. De resto, “Daqueles Além Marão” está à venda em qualquer sítio da Amazon no mundo inteiro. http://www.amazon. com (Estados Unidos) http://www. amazon.es (Europa, Espanha.) Pode terminar em .de para Alemanha ou .fr para França e por aí fora. http:// www.amazon.com.br (Brasil) Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Manuel Amaro Mendonça. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Manuel Amaro - Como sempre, deixo um pedido para que nunca parem de ler, principalmente escritores lusófonos. Não se limitem aos clássicos, permitam-se dar uma oportunidade aos novos escritores. Há bons trabalhos, outros nem por isso, mas é o vosso feedback que nos diz se estamos ou não no bom caminho. Leiam e comentem. Obrigado. Obs.: Outros trabalhos estão em projeto, mantenha-se atento às novidades em http:// debaixodosceus.blogspot.com _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Rosa Maria Santos

Um Natal diferente

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escalço, percorria as ruas da cidade. Ninguém dava importância aquela criança trigueira, de olhar sereno, meigo e triste. No alvor do dia, o sol rasgava os céus, o vento fustigava as árvores que quase nuas pareciam esvair-se num grito de revolta. O chão era agora um manto multicolor. Era inverno. Havia pelo ar um espírito mágico que anunciava a chegar do Natal. As lojas enchiam-se de objetos, tantas vezes inúteis, num apelo louco à compra desenfreada. As ruas estavam agora engalanadas, as lâmpadas que luziam, a música espalhada pelo ar. Cânticos e cânticos de louvor ao Deus Menino misturavam-se com os anúncios 38

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patéticos de apelo à compra. Perdido entre a multidão de gente que se aglomerava em cada rua, o menino olhava, fascinado, para esse mundo colorido de magia. A cor, o som, a fantasia que nesta quadra era para si tão incisivos, marcantes. O sol tentava desviar-se de uma ou outra nuvem que teimava em ocultá-lo, deambulando por esse céu azul, infindo. A chuva, caprichosamente, não vinha. Um Natal diferente, cheio de sol e de alegria. Lentamente, com seus pezitos arroxeados, deambulava, sem meta, sem rumo. Olhou fascinado para o mar, lá longe. Imensidão e paz. Um manancial de água à sua frente. Um sorriso invadiu o seu olhar: - O mar! Que belo o mar! –Olhou o horizonte. Dois barquinhos que lutavam com as ondas. Gaivotas num rodopio louco, planando nas alturas. Uma lagrima peregrina escorre pela face: - Mãe, onde estás? Vem aqui! Quero ver-te, abraçar-te! Circunspeto, olha de novo o mar, imagina-se a flutuar por entre as ondas. – Hei, montinhos de algodão, vinde cá! – Recorda o colo da mãe, o embalar sereno pela noitinha, antes de adormecer. Senta-se na fria areia, ainda molhada pelas ondas no seu vaivém perene que alcançam os seus pezitos, frios, doridos. O seu vivo olhar tentava não perder nada do que se passava à sua volta. – Olha, um beijinho de amor! – Obrigado,

mar! – Apanha-o e fica a olhá-lo na sua mãozita. Acaricia-o e diz em silêncio: - É para ti, mãe… Olha os rochedos. Gaivotas mil esvoaçando, pousam sobre eles. Tanta cor! Pretas, brancas, castanhas… O seu grasnar é uma sinfonia de sons que se espalha no ar. O sol declina. O vento sopra. No céu já se veem as estrelas, ténues. Aquela gigantesca bola dourada adormece no seu leito infindo, o mar. Aconchega-se, cobre as orelhitas com o casaquito pouco cuidado, - Brrrrrr, está frio! – Mãe, tenho fome… As lágrimas escorrem agora pela sua face amarelada, queimada pelo sol.A noite chega. Sentado, a olhar o horizonte, tremendo de frio. Fecha os olhos… e adormece ao relento., morto de cansaço. Amanheceu. Os barcos chegam da faina. Olham espantados. Tão pequeno, tão frágil, abandonado na praia. Correm e pegam-no ao colo. Nem deu por isso. Gelado: Pobre criança – exclamam - dormiu aqui na praia. Dá-me esse casaco, precisa aquecer-se. Vamos levá-lo. Como é possível abandonar assim um inocente? Desperta, lança para os seus protetores o mais belo sorriso e… adormece: - Mãe! Voltaste!Vieste-me buscar? Sabes hoje dormi na companhia do mar. É lindo! -É lindo, sim. Vem, meu filho. Nunca mais vais ficar sozinho, prometo, sim? -Que bom! Vamos, mãe!


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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Consultora na área de Gestão com as Pessoas, Mentora, Palestrante, Professional Coach e Analista Comportamental Disc Profile e Facilitadora de Metodologia LEGO® SERIOUS PLAY® Methods Contato (84)99670-6309 E-mail:nicacio.rosana@gmail.com Instagran: Rosana.Nicacio

Pedro Santos

Consegui uma entrevista de emprego…e agora?

M

uitos procuram emprego e quando, finalmente, surge uma oportunidade para uma profissão de sonho, há que encarar o momento da verdade…uma entrevista de emprego com o futuro patrão ou chefe…o que fazer?! Em primeiro lugar, nunca entrar em pânico. É necessário manter a calma e inspirar fundo, afinal se quem conseguiu essa oportunidade já chegou até aqui, não é agora que vai falhar. Para auxiliar quem se encontra nesta situação, explicarei o que deverá fazer para que a entrevista seja um êxito e assim conquistar a vida profissional que tanto deseja. Convém e deve obter o máximo 40

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de informação possível sobre a empresa ou sitio onde quer trabalhar, tal fará com que consiga um melhor nível de preparação para responder a todas as perguntas que possam ser feitas pelo o entrevistador. Quanto mais souber sobre o sitio, onde pretende exercer a sua profissão, melhor! Pesquisar na Internet e fazer telefonemas a pessoas que possam saber detalhes importantes sobre esse lugar são dois exemplos de como conseguir informações. A primeira impressão é sempre muito importante, ir bem vestido com roupa que lhe dê um ar profissional (como ir de fato e gravata em conjunto com sapatos no caso dos homens ou no caso das mulheres optar por ir de saltos altos com um vestido formal) é algo que contribui

para causar uma boa impressão! O cabelo tem de estar penteado e lavado, as unhas cortadas, e os sapatos limpos. É de grande importância ter toda a documentação necessária em ordem, o currículo, cartas de recomendação e portfolio são documentos essenciais que devem ser levados para a entrevista. É aconselhável levar também um bloco e uma caneta para que possa anotar informações relevantes caso seja preciso. Não chegar tarde é também outro fator crucial. Pelo o sim pelo o não, chegar ao locar pelo menos vinte minutos antes confere a segurança de não chegar atrasado. Quando, finalmente, o entrevistado e o entrevistador encontram-se, o


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primeiro deve sempre cumprimentar o segundo com um aperto de mão. O telemóvel deve permanecer desligado durante a entrevista. No que toca a responder às perguntas da entrevista, o entrevistado deve ter em mente quais as perguntas que irão emergir. “Como lida com o stress?”, “O que sabe sobre a nossa empresa?”, “Quais as suas expectativas em termos de salário?”, “Possui alguma experiencia profissional neste ramo?”, “Já alguma vez pensou em ter um negócio só seu?”. Estas são algumas das perguntas que podem ser feitas pelo o entrevistador. Enquanto um faz as perguntas, o outro nunca deve interromper quem as faz. É necessário ter em atenção (palavra a palavra) as questões feitas e em caso do entrevistado não perceber alguma ou se tiver dúvidas pode, sem problema, pedir ao entrevistador para esclarecer a sua duvida. As perguntas devem ser respondidas com honestidade e confiança.

O entrevistado deve mostrar interesse, empenho e dedicação em frente à pessoa que o está a entrevistar. Fazer perguntas sobre os projetos, o estado atual da empresa/ companhia (o sitio onde pretende exercer a sua profissão), ou o que esse lugar espera de sí; fará com que o entrevistador perceba que as qualidades, anteriormente referidas, estão presentes no entrevistado. Desta maneira, o candidato acaba por conseguir criar algum diálogo entre ele e a pessoa que pretende impressionar. O que pode jogar muito a seu favor. Ter cuidado com a linguagem que é usada, o entrevistado tem que falar com calma e utilizar uma linguagem informal (a não ser que o entrevistador diga que pode ser mais informal com o mesmo). Expressar-se com confiança, com segurança, descontraidamente e transmitir uma imagem profissional são uma mais valia para conseguir a sua profissão de sonho.

Quanto à postura, é necessário manter a cabeça erguida, a coluna direita (sem exagero), procurar estar descontraído, de vez em quando inclinar-se levemente para a frente (passa a imagem de que o entrevistado presta a atenção ao que está a ser dito), nunca cruzar as pernas e manter sempre os pés no chão (se o entrevistado tiver algum tique de nervosismo que o faça movimentar muito as pernas, então terá que fazer um esforço para se controlar). Manter contacto visual e um sorriso perante o entrevistador são dois elementos bastante importantes. Não esquecer ainda de mostrar entusiasmo e otimismo. No momento da despedida, fica sempre bem agradecer ao “recrutador” por ter recebido o candidato, dar um aperto de mão e despedir-se de forma cordial. E não tem mal aproveitar e pedir informações de como e quando é que o entrevistado virá a ser contactado. www.divulgaescritor.com | dez 2017

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ENTREVISTA

ESCRITOR ADALBERTO SCARDELAI

Deus Age em Silêncio’ fala sobre atitudes que possamos tomar com relação à vida, atitudes de nosso presente que refletem em um futuro não tão distante, afinal o futuro é o próximo instante, principalmente se fala sobre a fé em Deus.”

Adalberto Scardelai, nasceu em Catanduva, interior de São Paulo, em 1962, é descendente de família italiana que imigrou para o Brasil em 1910. Em 1964, seus pais se mudaram para São Paulo em busca de novas oportunidades de emprego e trabalho. Estabeleceram-se na Zona Norte da capital paulista, mais precisamente no bairro de Santana. Com vinte anos, aventura-se em seus primeiros rascunhos poéticos. Seu primeiro contato com a literatura se dá mais profundamente quando trabalha na Livraria Siciliano, uma grande rede de livreiros, onde passa a ter gosto mais acentuado e apurado por romances e grandes escritores. Participa do Concurso Literário da Editora Crisalis, do Rio de Janeiro e se classifica para publicação de seu primeiro poema intitulado “Cactos”. No mesmo ano, incentivado por amigos de São Carlos (SP), publica no jornal A Tribuna, daquela cidade, sua primeira crônica intitulada “Crônica dos Longínquos Espaços”. Desde então nunca mais parou de produzir poemas, poesias e crônicas. Após muitos anos passa a escrever contos, vindo mais tarde a se embrenhar no universo dos romances. Seu primeiro livro “Cidade Nua”, de poemas, crônicas e poesias, é uma reunião de seus rascunhos da adolescência e juventude. Este livro foi publicado em 2009 pela Editora Protexto, de Curitiba (PR).

Boa leitura! 42

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DIVULGA ESCRITOR Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Adalberto Scardelai, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que mais o encanta na arte de escrever? Adalberto Scardelai - É o fato de poder contar histórias, viajar, criar personagens, criar vidas e ao mesmo tempo controlar estes personagens por universos tão diversos; escrever é a arte de retratar a vida, seja ela real ou não. Escrever é poder se isolar em um canto e imaginar histórias e ao mesmo tempo estar presente no mundo todo, compartilhando com os leitores essa incrível magia. Fascina-me poder criar emoções, me excita poder contar por meio da escrita histórias que fazem chorar, rir, ter ódio, compaixão e amar intensamente não querendo que a história termine. Como surgiu inspiração para o romance “Deus Age em Silêncio”? Adalberto Scardelai - “Deus Age em Silêncio” surgiu da necessidade de se questionar a fé diante de um passado sombrio e triste, até que ponto o ser humano pode se desvencilhar de um passado conturbado, até que ponto este passado pode influenciar em seu presente. “Deus Age em Silêncio” questiona sobre sentimentos tão profundos de fé, ódio, perdão e amor. É um livro que surgiu da necessidade de se questionar a existência de Deus. Apresente-nos a obra. Adalberto Scardelai - “Deus Age em Silêncio” é meu décimo livro e fala sobre perdas e reparações do passado e presente. Fala da solidão, do amor, de encontros e reencontros. Discute a capacidade de se perdoar, de redenção, de fé e espe-

rança. Foi escrito sem a pretensão de ser um best-seller. É apenas um livro, um pequeno romance contando a história do Pastor Adolf Rupport, que foi outrora um jovem escritor de sucesso e se isolou de tudo e de todos ao alcançar o sucesso repentino. Ausentou-se por toda uma vida após escrever um único

livro de sucesso, percebeu que tudo que escreveu somente servia para os outros, pois sua vida era meramente uma ilustração de uma tragédia grega. “Deus Age em Silêncio” fala sobre atitudes que possamos tomar com relação à vida, atitudes de nosso presente que refletem em um futuro não tão distante, afinal o www.divulgaescritor.com | dez 2017

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DIVULGA ESCRITOR futuro é o próximo instante, principalmente se fala sobre a fé em Deus. Quais cidades estão sendo apresentadas por meio da trama de “Deus Age em Silêncio”? Adalberto Scardelai - A história se passa no Canadá, em uma cidadezinha que parece ter saído de um conto de fadas antigo. Cercada pelas montanhas rochosas canadenses e com as paisagens mais lindas do mundo, Banff foi fundada em 1880 e se localiza no distrito de Alberta, possui uma população de aproximadamente 7.500 habitantes e vive praticamente do turismo. Fica localizada a 1.463 metros de altitude. O que mais o encanta nesta obra literária? Adalberto Scardelai - “Deus Age em Silêncio” nos fala nas entrelinhas que o destino nos reserva surpresas. A vida é traçada e realmente o destino se apresenta. Quando menos esperamos, o passado se torna presente, trazendo recordações, amores, dores, saudades e sofrimentos. Faz-nos pensar e refletir sobre a vida. Conta a história de um homem que precisava olhar-se no espelho e se defrontar com o que mais tememos – nós mesmos. Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor por meio do enredo que compõe a obra? Adalberto Scardelai - “Deus Age em Silêncio” não tem a pretensão de ser um livro sobre religião, porém é um livro para reflexão sobre a existência de Deus, sobre a vida, sobre a fé das pessoas, sobre a capacidade de superação, de perdão, de compaixão. Não podemos apagar o passado, mas podemos usá-lo para um presente melhor. Este livro é para aqueles que buscam certas palavras 44

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positivas, que elevam e que realçam a fé dos homens no desconhecido plano de Deus. Onde podemos comprar seu livro? Adalberto Scardelai - O livro “Deus Age em Silêncio” está à venda em formato kindle (digital) pela Amazon: https://www.amazon. com.br/Deus-Age-Sil%C3%AAncio-Adalberto-Scardelai-ebook/dp/ B073K3KT8J/ref=sr_1_9?ie=UTF8&qid=1503924142&sr=8-9&keywords=adalberto+scardelai Em formato impresso pelo Clube de Autores: https://www. club edeautores.com.br/b o ok/ 237062--Deus_Age_em_Silencio?topic=familiaerelacionamentos#. WaQQqMiGPIU Ou diretamente no site do escritor: http://adalbertoscardelai.wixsite.com/escritor Quais os seus principais objetivos como escritor? Adalberto Scardelai - Tenho muita história ainda para contar, elas surgem e se transformam em livros; escrever é algo que faz parte de minha vida desde a adolescência, não me imagino ficar sem escrever. E quando se escreve e tem-se o retorno do leitor, isto mexe com você, traz novas perspectivas e novos desafios. Torna-se algo mais intenso, pois deixa de ser algo que se escreve para si mesmo, torna-se algo compartilhado para muitos. Como escreveu Fernando Pessoa: “Fôssemos nós como devíamos ser e não haveria em nós necessidade de ilusão”. Quais os principais hobbies do escritor Adalberto Scardelai? Adalberto Scardelai - Antes escrever era um hobby, hoje é profissão. Ler é um hobby que amo desde criança e que indiretamente me influenciou na escrita. O cinema me

fascina, pois é o conjunto de uma boa história contada com imagens, sons e música. É o livro em movimento. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Adalberto Scardelai. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Adalberto Scardelai - Mencionei em um de meus livros uma frase de Marilene Felinto que descreve perfeitamente o que gostaria de falar aos leitores: “Um livro precisa do leitor, mais que o leitor imagina. Talvez o livro seja a mais solitária das existências materiais. Este, que se constrói num caminho de aparente excessivo egoísmo, precisa do leitor que acredite na raiva como uma possibilidade amorosa: e que tenha paciência de atravessar com ele esse caminho cheio de pedras. Do contrário, ele não serve pra nada.” Como diz meu personagem Adolf Rupport em “Deus Age em Silêncio”: “Apenas palavras jogadas ao vento não significam nada, mas palavras escritas se perpetuam, tocam, sensibilizam e ensinam. Pensamentos e ideias são transcritos, fatos são relatados e toda forma humana se transforma ao perceber que palavras são como fotos, retratam o pensamento humano...”

_________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


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MERCADO LITERÁRIO Por Leo Vieira | leovieirasilva@gmail.com Leo Vieira é escritor acadêmico em várias Academias e Associações Literárias; ator; professor; Comendador; Capelão e Doutor em Teologia e Literatura.

Não Construa uma Casa pelo Telhado

O título já explica tudo, não é? Por que um escritor iniciante irá investir num marketing agressivo antes de saber se realmente o que ele está publicando é realmente bom? Eu já vi uma situação em que um escritor gastou em um lote de livros e serviços de assessoria literária um montante de dinheiro suficiente para montar uma mini gráfica! Ta certo que nem sempre temos o dinheiro de investimento literário de volta, mas pra que desperdiçar tanto dinheiro se no final o livro será lançado? O sonho de publicar é o mesmo. Quando lançamos um livro, temos que planejar o mais importante que é a cativação dos melhores leitores. E não tem melhor leitor do que o blogueiro! Porque eles são inteligentes, críticos, criativos e vão saber como ninguém a colocar as suas ideias nos trilhos, limando qualquer bobagem textual desnecessária, entre outros devaneios megalomaníacos. A partir de uma boa parceria com blogueiros, o seu livro vai começar a voar mais alto e assim você ficará seguro para investir mais de acordo com os seus retornos progressivos.

Blog é Cartão de Visita

Não pense que é bobagem deixar um blog bonito e atualizado, mesmo que as visitas sejam poucas. Tam-

bém não pense que se uma postagem teve poucas visitas que significa que nunca mais será acessada. Assim como no título, o blog funciona como uma casinha bonita e bem arrumada, que um dia pode receber visita. E se ela estiver bem ornamentada, o hospede ficará um bom tempo e visitará muito mais. Quem não gosta e acessar um bom site e permanecer um bom tempo garimpando informações úteis? Assim também como um livro que não conseguimos largar. Visite também os vizinhos (blogs dos colegas) e se inspire (sem plagiar!) na decoração.

Fuja do Amadorismo (registre seus textos e artes)

Se você é escritor e tem muitos textos, poemas e livros inteiros, registre o material, mesmo que você não pretenda expor na internet. Se suas produções são desenhos e quadrinhos, faça o mesmo. Reúna o material e registre conforme a categoria (desenho, personagem ou história em quadrinhos). O material pode ficar impresso em um fichário ou então acessível em um blog ou site próprio. A quantidade de registros, assim como a organização lhe dará uma boa impressão de organização e compromisso com o trabalho autoral. www.divulgaescritor.com | dez 2017

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A VIDA EM PARTES Por Francisco Mellão Laraya larayaescritor@hotmail.com Francisco Mellão Laraya é advogado, músico e escritor.

A INCÓGNITA O futuro só a Deus pertence, por isso para sempre é uma incógnita. Não depende só de uma pessoa o desenrolar dos fatos, mas de várias, e quanto mais pessoas depender, mais difícil é de predizer. Cada ser humano tem o livre arbítrio, e decide o seu porvir conforme seu próprio juízo. Muitas vezes ficamos angustiados não sabendo qual o caminho que os fatos irão tomar. Isto para alguns é insuportável e, procuram através de articulações fazer com que o desenrolar dos fatos siga a seu prazer.

Querem ser o senhor do tempo, pobre deles! A angustia que sentimos é um bom sinal, um motivo para alegria, pois algo foi feito e está para ser decidido, e não se vive na mesmice do quotidiano, mas uma vida com ideias novas, fatos novos, tudo isto levando ao desenvolvimento. O equilíbrio, afinal, é dinâmico! Segue a norma do andar: passos são atitudes desequilibradas que levam a um objetivo de equilíbrio. O equilíbrio estático não leva a nada, nem a lugar nenhum! É com crises, com perguntas, que se procuram respostas, e destas surgirão outras perguntas, levando a um eterno caminhar pela vida, na busca da felicidade!

PENSEI...

EU, MÚSICO?

Sou músico instrumentista clássico, daqueles que pretendem tirar o máximo do instrumento. Isto só se faz com muito esforço, algumas vezes dói, outras parece que tentamos um sonho impossível, mas o prazer de ver a obra acabada sobrepuja todo sacrifício de seu aprendizado. No meu viver, no meu escrever, segui a mesma filosofia, por isso me considero, antes de tudo, um músico, que vem de família de músicos, e pensa, sente e sofre conforme acordes do coração. Não quero que meu mundo se resuma a uma melodia então, mas em um universo de sons, que leva a beleza, sonho e alucinação... Fazendo que quem os ouça delire, ora de prazer, ora de dor, mas não quero ficar imune ao mundo ao redor, e sim criar, acrescentar algo a minha existência e a de todos. Meu instrumento, o violão, já não posso na perfeição tocar, os ligamentos do ombro romperam-se, não tenho mais técnica, mas com a caneta conto estórias. O que antes eram músicas, hoje são textos, o que antes eram notas, hoje são palavras, soltas nas páginas que escrevo!

Pensei ter pensado Que sabia tudo Não havia novidades, Tudo era comum, Tudo tinha vivido, Apesar da minha idade.

Aí encontrei você: Sempre sorridente, Sempre solícita, Sempre decente! E, vi que nasceu algo. Alguns chamam admiração, Outros, empatia, Há os que arriscam ser paixão!

Não sabia o que chamar, Aí resolvi escrever, E, das paginas escritas Desta poesia capenga, Sei que pouco importa O nome a se dar, E sim o momento que estamos a vivenciar! 46

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ENTREVISTA

ESCRITOR ALMIR SANTOS NUNES

Foi ele ter me convencido com sua história, que é parecida com a minha, pois boa parte de minha vida vivi história semelhante, na sobrevivência, no amor materno e no despertar para a verdadeira fé.”

Almir Nunes, bispo, deixou de Janeiro para fixar-se em Goiás. Presidente estadual da Convenção de Ministros Evangélicos Mundial(Comem) no estado de Goiás, Nunes é pastor da Igreja de Cristo em Cristalina nesse Estado. Casado, pai, amigo, irmão, psicanalista, psicopedagogo, terapeuta reikiano, escritor por paixão e vocação, Nunes é bacharel em teologia e mestrado. Tendo a literatura como inspiração para o crescimento e aprendizado, coloca em primeiro lugar a Bíblia Sagrada, mas tem outros bons livros na cabeceira, todos de leitura saudável. Boa leitura! Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Almir Nunes, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, como surgiu inspiração para escrita de “Babilônia”? Almir Nunes –O tema foi inspirado na história de um reverendo de uma igreja tradicional, nascido em Porto Rico, mas criado nos Estados Unidos e emigrado para o Brasil. Apedido dele, seu nome foi alterado para evitar contratempos desagradáveis. Quais os principais desafios para a escrita do enredo que compõe a obra? Almir Nunes - Transformar a sua história, que começa por um sonho, em um conto real e convincente. O começo parece fantasioso, mas tem um fechamento real e verdadeiro. 48

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DIVULGA ESCRITOR Quais temáticas estão sendo abordadas nesta obra literária? Almir Nunes - Fé, confiança, lealdade à sua crença, e família, pois é o que vale a pena. O que mais o encanta em seu livro “Babilônia”? Almir Nunes - Foi ele ter me convencido com sua história, que é parecida com a minha, pois boa parte de minha vida vivi história semelhante, na sobrevivência, no amor materno e no despertar para a verdadeira fé. Apresente-nos “Babilônia”. Almir Nunes - Apresento-lhes o pastor Ramiro; ele nasceu doente, teve a fé apresentada por sua mãe, que o levou a conhecer a Deus, mas devido às perdas, inclusive a perda trágica do seu pai e de sua mãe, ele perdeu a fé, tornando-se uma presa fácil para o satanismo. Porém, foi resgatado pelo amor de sua mãe que antes de deixá-lo, acreditava que ele seria capaz de defender essa fé. A quem indica a leitura desta obra literária? Almir Nunes -A todos que conhecem essa área do cristianismo, ao pensador livre, e a qualquer um que, por algum momento nessa vida, perdeu a fé. Acredite, o mal existe e está aí fora. Não desista da sua fé, da sua vida! E principalmente da sua família. Não importa o que aconteça, vale a pena acreditar em uma vida melhor. Sempre há uma saída. Onde podemos comprar o seu livro? Almir Nunes –Pelo site do Clube dos autores, no link abaixo para compra: https://www.clubedeautores.com.br/book/230083--BABILONIA#.WfewqVtSzIU

Quais os seus principais objetivos como escritor? Almir Nunes - Apenas ser útil. Nesse site, por exemplo, tem várias obras de autoajuda, de minha autoria. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Almir Nunes. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Almir Nunes - Leiam e pesquisem, descubram-se por meio da leitura. Vocês podem perder ou alguém

pode lhes tirar muitas coisas, mas tem algo que ninguém pode tirar de vocês: o conhecimento, o preconceito, a falta de respeito; brigas e intolerância só vêm por pura ignorância e falta de conhecimento. Todos nós temos tendência a rejeitar o que não conhecemos. Leiam.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Rosa Marques

CARTA AO PAI NATAL Querido Pai Natal Da próxima vez que vieres Gostava tanto de te ver, por isso Escrevo-te esta carta, para o caso De isso não acontecer… Não esqueças de passar Em todas as casas, e Em todas as cidades Mesmo nas mais afastadas Nas, que ainda nada têm… Nem estradas Nem prédios altos Nem água, nem luz Elevadores ou escadas… Onde não há pão Onde existe o desalento Onde mora a solidão! A todos que lá vivem Leva-lhes um pouco do teu amor Da tua afeição A todas as crianças do mundo Um brinquedo, mas principalmente Aos que estão sós… Aos que não têm a protecção Da família, pais ou avós www.divulgaescritor.com | dez 2017 50

Leva -lhes um pouco da tua ternura Da tua magia… Para que neste Natal, todas as crianças Tenham um pouco de alegria! Aos que têm fome Leva-lhes o pão Aos que não têm meios Para ir à escola… um livro e Um caderno dentro de uma sacola Agasalhos aos que têm frio Por sua roupa ser tão pouca… A todos, leva um pouco do teu carinho Para que neste Natal haja menos Sofrimento… Para que ninguém fique sozinho. Querido Pai Natal Onde quer que estejas… Envio-te esta carta, peço-te Que a leis bem… E por favor não esqueças A minha prenda também! Assina João


DIVULGA ESCRITOR PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Helena Santos SE AINDA HÁ NATAL…

AMIGO Um farol que me guia, ilumina Um sorriso que me amima E ainda um poderoso abraço Que me transmite segurança Tal como a casinha da árvore Quando era criança Nos olhos vejo a alma, a calma De quem tanto me dá e nada reclama E embriago-me com gestos adocicados Que melam o meu ser Fazendo-me depreender que os amigos Só me levam a aprender, engrandecer Nunca a perder!

Se o dia é de Natal Que o espírito também seja Eu olho à minha volta E há tanta coisa que me revolta Já foi a festa da família Da alegria e da harmonia Transformou-se num mar de interesses Onde só conta a futilidade, a hipocrisia Só é Natal para ostentar O que não se pode ter, ou oferecer Mas enterram-se em dívidas E na hora de pagar, fazem o “peixe” render Desejo que este Natal ELE consiga humanizar corações E lembre a quem esbanja milhões Que há famílias, a sobreviver com tostões Natal é um dia por ano Mas quem precisa, precisa todos os dias E praticar solidariedade, devia ser por vocação E não ser usada, para alguém fazer a sua própria divulgação Sendo o Natal só um dia Para muita gente sem opção Então, que seja com tudo que merecem Paz, amor, respeito e esperança no coração!

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ENTREVISTA

ESCRITOR BOISBAUDRAN IMPERIANO

O livro introduz o leitor na questão ambiental vivenciada na atualidade, debatendo sobre a crise ambiental e o modelo de desenvolvimento econômico.”

Boisbaudran Imperiano é advogado, biólogo, administrador hospitalar, professor e escritor; acadêmico da Academia Paraibana de Letras Jurídicas (APLJ); conselheiro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) – Brasília (DF); conselheiro do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (CNRBMA), São Paulo (SP); pós-graduado em Análise e Gerenciamento de Recursos Naturais (UFMG); pós-graduado em Administração Hospitalar (UNAERP); pósgraduado em Direito do Trabalho (UNIPE); pós-graduado em Direito Ambiental (FIP); professor de cursos na Graduação e Pós-Graduação nas faculdades: FAP/PB, UNIPE/PB, FPB/ PB, CINTEP/PB, FAFIRE/PE; ex-conselheiro do Conselho Federal de Biologia (CFBio), mandato 96-99; ex-conselheiro do Conselho Regional de Biologia – 5ª Região (CRBio), mandato 92-95; ex-conselheiro do Conselho de Proteção Ambiental da Paraíba (COPAM), mandato 92-94; ex-conselheiro do Conselho Municipal de Meio Ambiente de João Pessoa (COMAM), mandatos 2001/2003 e 2003/2004; ex-coordenador do Programa de Gerenciamento Costeiro do Estado da Paraíba (GERCO/PB), período de 92-99. Boa leitura!

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DIVULGA ESCRITOR lidade de professor e advogado militante, muitos estudantes e até mesmo colegas de profissão vinham tirar dúvidas comigo a respeito das leis que regem essa área do Direito. Observei que os alunos e colegas advogados tinham dificuldade em entender e mesmo encontrar uma boa fonte de pesquisa sobre o tema. Este livro é a compilação das principais políticas que tratam da tutela ao meio ambiente no Brasil, informações que um estudante, um cidadão comum e até um jurista deve saber sobre as normas ambientais de nosso país.

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Boisbaudran Imperiano, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que mais o encanta na arte de escrever? Boisbaudran Imperiano - Como escritor, me encanta muito a possibilidade de levar informações e cultura a diversos segmentos sociais, a

diversas pessoas e inúmeros lugares do planeta por meio da leitura e do livro. O saber e a cultura nos libertam das amarras da ignorância e do fanatismo. Em que momento pensou em escrever “Direito do Meio Ambiente Consolidado”? Boisbaudran Imperiano - Na qua-

Quais as principais temáticas abordadas nesta obra literária? Boisbaudran Imperiano - O livro introduz o leitor na questão ambiental vivenciada na atualidade, debatendo sobre a crise ambiental e o modelo de desenvolvimento econômico. A obra adentra na estrutura do Direito do Meio Ambiente enfocando as fontes, os princípios e sua natureza jurídica. Também, o Direito Internacional do Meio Ambiente e as principais convenções da ONU sobre a conservação ambiental. Ainda, são dedicados capítulos para a Política Nacional de Meio Ambiente; Política Nacional de Recursos Hídricos; Política Nacional de Resíduos Sólidos; Política Nacional de Biodiversidade; Sistema Nacional de Unidades de Conservação; Gerenciamento das Unidades de Conservação; Proteção Legal para a Fauna e Flora. Uma especial abordagem é o capítulo dedicado aos crimes cometidos contra a fauna e a flora, a poluição e outros crimes ambientais. Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio do conteúdo apresentado?

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O livro “Direito do Meio Ambiente Consolidado” destina-se, principalmente, aos estudantes de Direito, das Ciências Biológicas, das engenharias, da Geografia e da Gestão Ambiental; e também aos advogados e juristas que lidam com Direito Ambiental

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Boisbaudran Imperiano - Como o livro é uma compilação e análise das principais políticas que tratam da tutela ao meio ambiente no Brasil, o maior objetivo é possibilitar aos estudantes, aos juristas, aos profissionais das ciências ambientais e até mesmo ao cidadão comum a informação e o conhecimento de forma objetiva e direta sobre as normas que tutelam o meio ambiente no nosso país. Apresente-nos os principais desafios para a escrita de “Direito do Meio Ambiente Consolidado”. Boisbaudran Imperiano - O grande desafio para escrever o livro “Direito do Meio Ambiente Consolidado” foi organizar as principais normas que tratam de políticas ambientais em grau de importância e aplicabilidade dentro de um universo de mais 200 normas federais de abrangência nacional que tratam sobre meio ambiente. A quem indica a leitura desta obra? Boisbaudran Imperiano - O livro “Direito do Meio Ambiente Consolidado” destina-se, principalmente, aos estudantes de Direito, das Ciências Biológicas, das engenharias, da Geografia e da Gestão Ambiental; e também aos advogados e juristas que lidam com Direito Ambiental e até mesmo ao cidadão comum, que é, em última análise, o principal afetado pelo cumprimento das normas ambientais. Quais os outros livros do escritor Boisbaudran Imperiano? Boisbaudran Imperiano - Ao longo de quase duas décadas como escritor, já escrevi alguns livros enfocando as ciências ambientais e o Direito Ambiental. Veja alguns títulos: “Questão Ambiental: O Que Todo Empresário Precisa Saber – 1998”; “Coletânea de Legislação Ambiental da Paraíba – 2001 e 2004”; Coletânea de Legislação do Meio Ambiente do Estado de Ala-

goas – 2005”; “Direito e Gestão Ambiental: O que as Empresas Devem Saber – 2007 e 2011”; “Direito, Auditoria e Instrumentos de Gestão Ambiental – 2012”; “Direito Ambiental: Concursos e Exames – 2013”; “Sustentabilidade Ambiental – 2014” e “Direito, Auditoria e Perícia Ambiental – 2016”. Onde podemos comprar o seu livro? Boisbaudran Imperiano - Tendo em vista que todos os meus outros livros são uma produção independente, assim como o atual “Direito do Meio Ambiente Consolidado”, todos podem ser adquiridos diretamente nas Livrarias Paraíso, pelo e-mail (livrariaparaiso1@gmail.com), ou telefone: 00 55 (83) 3512-3647, ou facebook: https:// pt-br.facebook.com/livrariaparaiso/. Quais os seus principais objetivos como escritor? Boisbaudran Imperiano - É continuar lúcido e crítico sobre o momento presente, continuar a escrever sobre as ciências do meio ambiente e ser útil para a sociedade com meu trabalho. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Boisbaudran Imperiano. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Boisbaudran Imperiano - Gostaria de agradecer a oportunidade de poder divulgar meu trabalho como escritor nesta revista conceituada. Além de deixar um apelo aos pais e professores que estimulem seus filhos e as crianças de hoje a ler, pois conforme dito anteriormente, o saber e a cultura nos libertam das amarras da ignorância e do fanatismo. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


DIVULGA ESCRITOR PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Ricardo Bezerra

Dados da história da Academia Paraibana de Letras Jurídicas

Fundador Afonso Pereira

FUNDAÇÃO A Academia Paraibana de Letras Jurídicas foi idealizada e organizada pelo Escritor Afonso Pereira da Silva que congregou no dia 11 de Agosto de 1977, por volta das vinte e uma horas, no Salão de Convenções do Hotel Tambaú, na praia de Tambaú em João Pessoa, Paraíba, trinta e um (31) bacharéis em direito para fundarem a referida Instituição. A data escolhida, 11 de agosto de 1977 era alusiva ao Sesquicentenário de Fundação dos Cursos Jurídicos no Brasil. O idealizador e fundador Afonso Pereira foi quem lavrou o termo de abertura do Livro de Atas e Registros das reuniões da Diretoria e da Assembléia da Instituição, de próprio punho, em número de cem (100) páginas, que também recebeu o seu termo de encerramento atestando que estavam todas rubricadas, servindo para o fim designado no termo de abertura. O referido livro recebeu apenas o registro do Termo de Fundação que enaltece a data como comemorativa ao Sesquicentenário de Fundação dos Cursos Jurídicos e criando, dentro da Academia, o Instituto de Altos Estudos Jurídicos, contemplado no Estatuto apresentado e aprovado naquela data, o qual seria publicado no Diário Oficial do Estado da Paraíba. A Academia teve apenas esse momento de fundação e não mais veio a se reunir, aguardando os fundadores a publicação do Estatuto e convocação da Diretoria.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

| Ricardo Bezerra

FUNDADORES Assinaram o Termo de Fundação os trinta e um (31) bacharéis seguintes: • Afonso Pereira da Silva • Aurélio Moreno de Albuquerque • Antônio Carlos Escorel de Almeida • Carlos Augusto Romero • Cláudio Santa Cruz Costa • Dorgival Terceiro Neto • Edigardo Ferreira Soares • Edinaldo de Holanda Borges • Flávio Colaço Chaves • Flávio Sátyro • Geraldo Teixeira de Carvalho • Joacil de Brito Pereira • José Eweton Nóbrega Araújo • José Alves de Oliveira • José Gabínio de Farias • Luiz Nunes Alves • Luiz de Oliveira Lima • Manoel Batista de Medeiros • Mário Moacyr Porto • Newton Soares de Oliveira • Otávio de Sá Leitão • Otacílio Silva da Silveira • Paulo Américo Maia de Vasconcelos • Rivando Bezerra Cavalcanti • Ridalvo Costa • Raimundo Gadelha Fontes • Rômulo R. Rangel • Sabino Ramalho Lopes • Semeão Cardoso Cananéia • Tarcísio de Miranda Burity • Yanco Cyrillo

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Hotel Tambaú – cenário da sessão de fundação

SEDE A Instituição não adotou nenhum endereço como Sede, tendo apenas utilizado o espaço físico do Hotel Tambaú para realizar a sua Sessão Solene de Fundação. Em seu Estatuto não há lugar como sede citado e não há registro de nenhum outro lugar utilizado como possível sede. Possivelmente, o endereço pessoal do seu idealizador, Afonso Pereira, tenha sido utilizado como sede informal. ESTATUTO e algumas considerações A principal fonte histórica da Instituição é o seu Estatuto, que foi elaborado pelo seu idealizador Afonso Pereira da Silva e, possivelmente, apresentado de maneira informal na sessão de fundação, tendo em vista a referência ao Estatuto no Termo de Fundação, principalmente porque ele só foi publicado em 13 de dezembro de 1977 no Diário Oficial do Estado da Paraíba, constando como data de lavratura e aprovação a data de 11 de agosto de 1977. - Forma de Constituição e Admissão dos Acadêmicos Os bacharéis em direito na época eram pessoas relativamente ainda jovens e que consideraram como requisito, tirando a condição de “paraibano nato ou honorário, ou brasileiro d’outros Estados domiciliados na Paraíba”, apenas serem os seus integrantes possuidores de reconhecido saber jurídico e formação moral.


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Este requisito é o grande conteúdo e o mais importante do seu Estatuto, considerando-se que o reconhecimento do saber jurídico se efetiva ou se prova por diversas formas da manifestação do saber, seja por publicações em livros, revistas, jornais – considerando que naquela época não havia o mundo virtual e suas publicações – ou até mesmo pelo próprio exercício da profissão e a repercussão das suas peças, sem deixar de ser considerada a oratória como uma forma expressiva de se demonstrar o conhecimento. Este requisito se contrapõe aos requisitos de algumas outras Instituições Culturais que norteiam e enchem seus Estatutos de números de publicações, entre outros, e que se torna inaplicável, letra morta, principalmente porque é do conhecimento universal que se determina a entrada ou eleição de intelectual em qualquer Instituição, aliando-se ao seu trabalho político sobre os Acadêmicos aptos a votarem. O segundo requisito admitido na via estatutária de formação moral é de caráter subjetivo, pois se vale pelo que o candidato demonstra no seio social e cultural, estando protegido por “certa redoma” no âmbito administrativo. Mesmo assim, é um requisito que passa a ser avaliado no trabalho político do candidato, sobre os Acadêmicos aptos a votarem. - Primeira Diretoria O Professor Afonso Pereira ao convocar os bacharéis em direito

para fundarem a Academia, sendo uma pessoa prática, eficiente, já levou para a citada reunião o Livro de Ata com seus respectivos registros e, também, o Estatuto da Instituição, onde nele continha a composição da sua Primeira Diretoria, também denominada de Conselho Diretor. O mandato da Diretoria era bienal. Desta forma, teria uma gestão de agosto 1977 a julho 1979. Como não há outro registro da Academia que não a sessão de sua fundação e a publicação do Estatuto, verifica-se que a Diretoria não realizou qualquer outra função estatutária. Esse fato foi confirmado pelo Fundador Flávio Sátyro em entrevista no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano na Sessão de Homenagem Póstuma ao Historiador Dorgival Terceiro Neto. A Diretoria estava composta da seguinte forma:

no texto estatutário a concessão de Títulos. Foi concedido o Título de Presidente Perpétuo ao Ministro Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Mello. O Título de Fundador Honorário ao Professor Ivan Bichara Sobreira e aos Juristas Raul Floriano da Silva, José Maria Othon Sidou e Silvio A. B. Meira. O Título de Benemérito aos Doutores José Ferreira Ramos, Samuel Duarte, Osias Nacre Gomes e Hermes Pessoa.

Presidente: Afonso Pereira da Silva Vice-Presidente: Edigardo Ferreira Soares Secretário Geral: José Gabínio de Farias 1º Secretário: Geraldo Ferreira Leite 2º Secretário: Caros Augusto Romero Tesoureiro: Flávio Colaço Chaves Títulos Concedidos A elaboração do Estatuto de forma prática e minuciosa é um ato do perfil conhecido do Professor Afonso Pereira, que já implantou

Ministro Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Mello

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Consultora na área de Gestão com as Pessoas, Palestrante, Professional Coach e Analista Comportamental Disc Profile, Mentora e Facilitadora de Metodologia Serious Lego Play, Methods Contato (84)99670-6309 E-mail:nicacio.rosana@gmail.com Instagram: Rosana.Nicacio

Rosana Nicácio

Um Novo tempo, um novo começo de era, que depende de nós Olá, Caros Leitores Recebam meu abraço acolhedor, compartilhando dos meus bons votos de um presente promissor. Inicio o texto com uma estrofe da música do Rei Roberto Carlos, que se chama Despedida, que diz: “Já está chegando a hora de ir Venho aqui me despedir e dizer Em qualquer lugar por onde eu andar Vou lembrar de você Só me resta agora dizer adeus E depois o meu caminho seguir O meu coração aqui vou deixar Não ligue se acaso eu chorar Mas agora adeus” 58

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Faço uma analogia entre a música e a conclusão do ano de 2017, o qual aproxima-se do seu término, e para alguns foi repleto de desafios, bonanças, aprendizados, conquistas, tormentas e motivo para agradecer. Então, é chegada a hora de dizer adeus e desapegar. Um ano novinho em folha aproxima-se e, com ele, procurei titular o presente texto, fazendo referência a três músicas de grande sucesso compostas entre os anos de 1982 até 1999, nos quais Ivan Lins e Lulu Santos, estiveram muitas vezes nas paradas de sucesso com as seguintes canções: Um Novo tempo, Tempos Modernos e Depende de Nós. A cada ano que se aproxima, cria-se um sentimento de esperança, de um novo tempo e que, apesar das intempéries, possam surgir soluções e melhorias na minha, na sua e na vida da humanidade, como é escrita pelo compositor na música Tempos Modernos:


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“Eu vejo um novo começo de era De gente fina, elegante e sincera Com habilidade Pra dizer mais sim do que não, Hoje o tempo voa, amor Escorre pelas mãos Mesmo sem se sentir Não há tempo que volte, amor Vamos viver tudo que há pra viver Vamos nos permitir” Isso mesmo! Que possamos nos permitir a dizer mais SIM para solidariedade, empatia, amor ao próximo, gentileza, cordialidade, permissão para ofertar e receber tudo de melhor que já existe em nós, porque só “depende de nós”.Já dizia Mahatma Gandhi, “Seja a mudança, que você quer ver no mundo”, porém, para mudar, requer coragem, persistência, determinação,expansão da consciência e desejo no querer mudar, transformar-se, evoluir, progredir.

Não almeje uma transformação repentina, mas paulatina, perene e consistente, procure curtir um novo caminho e uma nova forma de caminhar, desapegando de velhos hábitos e se permitindo a um 2018 fazer a diferença e sendo a diferença que deseja ver no mundo. Tem uma frase de Madre Teresa de Calcutá que muito me inspira e torna meus dias com mais propósito que diz: “Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz”. Portanto, coloco-me a sua disposição com a minha mentoria para juntos embarcarmos no seu propósito e desenvolvermos um caminho de realizações sustentáveis, no âmbito do seu desenvolvimento pessoal e profissional. Desejo um 2018 repleto de bonança, esperança e que você possa esperançar e ter uma colheita frutífera diante da sua semeadura. Abraço dos meus braços!

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ENTREVISTA

ESCRITORA CHRISTIANE DE MURVILLE

Além da aventura, da ficção e do conteúdo histórico apresentado, a trilogia também revela um lado espiritual, que vai se tornando mais evidente ao longo da história, promovendo reflexões sobre o mundo onde vivemos e o que estamos fazendo aqui.”

Graduada, mestre e doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo, com especialização em psicodrama e orientação profissional, Christiane Isabelle Couve de Murville dedicou sua carreira ao atendimento psicológico individual e grupal de crianças, jovens e adultos, oferecendo oficinas de teatro espontâneo em contextos variados. Bacharel em Ciência da Computação pela USP, sua dissertação de mestrado foi publicada pela editora Casa do Psicólogo. Morou sempre no Brasil, apesar da dupla nacionalidade brasileira e francesa. Publicou a trilogia “A Caverna Cristalina” e a novela “A vida como ela é”, no Brasil e na França, além de livros e artigos acadêmicos. Tem experiência artística em escultura, desenho, pintura e cerâmica e faz as ilustrações de seus livros. Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Christiane de Murville, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, como surgiu inspiração para escrever a trilogia “A Caverna Cristalina”? Christiane de Murville - A trilogia “A Caverna Cristalina” surgiu da vontade de compartilhar algumas ideias e reflexões que considero interessantes a respeito da vida e do mundo no qual vivemos. Por meio de uma leitura agradável e fluida, imaginei proporcionar aos meus leitores momentos de descontração, inspirando-os a buscar realidades mais alegres, leves e vibrantes, contribuindo de algum modo para tornar o nosso mundo mais luminoso. www.divulgaescritor.com | dez 2017

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DIVULGA ESCRITOR renascimento se entrelaçam, conferindo à vida uma nova dimensão, trazendo à tona um mundo invisível, muitas vezes desconsiderado ou esquecido, e convidando o leitor a considerar diversas realidades possíveis coexistindo. De que forma se apresenta o enredo em cada trama que compõe a trilogia?

Apresente-nos a trilogia. Christiane de Murville - Trata-se de um romance de aventura e ficção que conta a história de um grupo de pesquisadores que vivem experiências de portais dimensionais em uma caverna cristalina, situada na Chapada Diamantina, na Bahia. A formação geológica do local, o poço de águas transparentes no centro, a janela no alto e os efeitos acústicos e luminosos que invadem o ambiente cristalino ocasionam viagens no tempo, levando a turma ao passado do vilarejo de Igatu. Nessas idas e vindas no tempo, são sempre as mesmas pessoas se reencontrando nas diferentes realidades visitadas. Passado, presente, futuro, morte e 62

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“A Caverna Cristalina – Uma aventura no tempo” - Acompanhando as aventuras dos viajantes do tempo da Chapada Diamantina, o leitor descobre a história da região, desde o apogeu da extração do ouro e dos diamantes, passando pela decadência da mineração, até os dias de hoje. Houve um tempo em que Xique-Xique de Igatu chegou a ter 10 mil habitantes, cassinos, cabarés e bairros de escravos na periferia. Hoje, Igatu é um povoado de aproximadamente 600 habitantes que vive essencialmente do turismo. Ao se deparar com cenários absolutamente estranhos e, em alguns casos, até mesmo hostis, a turma que se percebe no passado de Igatu terá que encontrar um meio de retornar ao seu tempo, para a realidade de onde veio. “A Caverna Cristalina – O desafio do labirinto” - Inveja, incompreensão, medo e curiosidade se espalham entre os habitantes da região, e a situação se tumultua com o sur-

gimento de movimentos contrários à realização dos experimentos na caverna cristalina, tornando ainda mais desafiadora e instigante a aventura na Chapada Diamantina. Uma velha mina de ouro e diamantes abandonada, cuja entrada secreta se dá por uma cachoeira, torna-se um refúgio seguro para aqueles que anseiam por desvendar os mistérios dessas idas e vindas no tempo. Porém, eles terão que explorar os corredores da velha mina, que esconde um labirinto cheio de surpresas, para reencontrar o caminho de volta para a caverna cristalina e o portal de saída da realidade na qual se encontram. “A Caverna Cristalina – Capturados no tempo” - Não se trata mais de ir ao passado ou futuro de Igatu, mas de lidar com realidades alternativas possíveis coexistindo no tempo. Ora a turma se percebe em um mundo onde tudo acontece de forma mais lenta, ora em outro mais acelerado, ou ainda onde não parece haver distâncias a percorrer ou separação entre uns e outros. A sensação de passagem de tempo varia conforme a realidade visitada, sendo que esta última ganha evidência em função das intenções, dos sentimentos e pensamentos emitidos. As emoções experimentadas a cada instante e as escolhas feitas abrem novos caminhos e realidades possíveis, levando alguns a se perguntarem se seria possível fugir de realidades sofridas e se bandear para um mundo alternativo mais de acordo com suas expectativas e seus sonhos particulares. Percebendo-se capturado no tempo, cada integrante do grupo dos viajantes da Chapada Diamantina terá que descobrir como se libertar de suas projeções pessoais e desses mundos paralelos.


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Quais os principais personagens que compõem “A Caverna Cristalina”? Christiane de Murville - Samuel é um professor universitário, biólogo e historiador, que coordena um grupo de estudos transdisciplinares. Integram esse grupo o engenheiro Eli, a psicóloga Sofia, o veterinário Tobias, as estudantes Isa, Theodora e Hannah, Victor, da área de informática, e sua namorada, Flora. Também participam dos estudos o geólogo Dan, sua esposa arquiteta e seus filhos Benjamin e Rafaela. Em Igatu, a turma encontra Noel, o supervisor do Parque Nacional da Chapada Diamantina, o índio Ibiajara, o pajé Acauã, o Sr. Alvino, funcionário da pousada; dona Mathilda, da casa de especialidades regionais, entre outros. São muitas personagens, e cada uma delas ganha evidência conforme os desafios que se apresentam. De que forma eles se apresentam em cada volume da trilogia? Christiane de Murville - Cada personagem tem suas características e seus interesses particulares, e passa por provas que as estimulam a refletir sobre sua vida, suas escolhas e a visão de mundo. Ao longo dos experimentos realizados na caverna cristalina, o leitor acompanha o

que vai se tornando mais evidente ao longo da história, promovendo reflexões sobre o mundo onde vivemos e o que estamos fazendo aqui. Considerando que tudo é vibração e que há uma parcela enorme da realidade que escapa à percepção humana, existiriam diferentes mundos imbricados acontecendo em faixas vibracionais distintas? Estaríamos condicionados a perceber apenas uma fatia específica da realidade, momentaneamente sintonizada e eleita como real e única? Será que podemos pensar em termos de níveis de percepção e consciência da realidade ou de diferentes planos emocionais e/ou vibracionais de manifestação? O que, de fato,é sonho ou realidade, tendo em vista a qualidade efêmera e mutante de toda realidade vivida, sensível a cada intenção, pensamento ou sentimento emitido? Seríamos nós os capturados no tempo? desenvolvimento das personagens que são constantemente chamadas a lidar com diferentes realidades acontecendo simultaneamente e até mesmo, eventualmente, a gerenciar a possibilidade de topar com algum sósia seu em alguma realidade alternativa visitada. Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor pelo enredo que envolve a trama? Christiane de Murville - Além da aventura, da ficção e do conteúdo histórico apresentado, a trilogia também revela um lado espiritual,

Quais os principais desafios para a escrita de “A Caverna Cristalina”? Christiane de Murville - Circulei durante vários anos no meio universitário, participando de grupos de estudos, de pesquisas e produzindo textos acadêmicos. Nunca havia escrito um romance, de modo que foi um grande desafio me lançar no projeto da trilogia “A Caverna Cristalina”. Eu tinha uma ideia dos temas que gostaria de abordar, mas não tinha as personagens e um enredo definidos na cabeça. Mas logo percebi que, assim que escre-

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DIVULGA ESCRITOR via um capítulo, a ideia para o próximo aparecia. Assim foi surgindo a história dos viajantes do tempo da Chapada Diamantina, cujo desfecho também só descobri no fim desse processo, ao escrever o último capítulo! Onde podemos comprar os seus livros? Chiado Editora: https://www. chiadoeditora.com/autores/christiane-de-murville Livraria Martins Fontes Paulista: http://www. martinsfontespaulista.com.br/busca/3/0/0/MaisVendidos/Decrescente/20/1////a-caverna-cristalina.aspx Livraria Cultura:https://www. livrariacultura.com.br/busca;_lcid=2cuyxIVAhOy1zoQrR9yUKDm6-OThnXfSfcy4sPCmDskI2Sel18U6!-1373902084?N=0&Ntk=AutoComplete&Ntt=caverna+cristalina Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Christiane de Murville. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Christiane de Murville - Agradeço muitíssimo a oportunidade de apresentar aos leitores da Revista Divulga Escritor a trilogia “A Caverna Cristalina” que, no limiar entre realidade e ficção, leva muitos leitores a se perguntarem se a história não poderia mesmo ser de verdade. Minha mensagem para todos: tenham coragem de ouvir e seguir seus corações, de dizer não a tudo que os afasta de si e os impede de serem vocês mesmos. Respeitem os outros e a si mesmos. Busquem o que os faz se sentirem mais leves,

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livres e em paz consigo mesmos. Sejam felizes e aproveitem suas aventuras no tempo para ser luz.

_________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


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Isi Golfetto

Viva sempre a favor do tempo, sabendo que perder tempo é desperdiçar a vida e correr contra o tempo é maltratar o coração. Uma viagem de primeira classe a todos nós!

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S

abemos que a vida é uma viagem de origem e destino desconhecidos. Não sabemos em qual estação vamos descer, nem a estação de quem está sentado ao nosso lado, tampouco dos nossos companheiros de viagem. Sabemos apenas que o percurso não é longo. Seu tempo é seu. Use-o sabiamente. Você não vai passar por esse caminho novamente. Sendo assim, podemos tornar o percurso dessa viagem empolgante, cheio de boas conversas e atitudes marcantes para que ao desembarcarmos a nossa companhia tenha valido a pena e o vazio do nosso lugar traga saudades e boas recordações aos que continuarem a viagem.


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Pronto! Agora é só aguardar a partida rumo ao Ano Novo. Procure um lugar próximo à janela. Desfrute de cada uma das novas paisagens que o novo ano vai lhe oferecer com o prazer de quem realiza a sua primeira viagem. Não se assuste com os abismos, nem com as curvas que não lhe permitem ver os caminhos que estão mais adiante. Não hesite em confiar na esperança e nela colocar os seus sonhos... acreditar neles e realizá-los. E o mais importante... fique sempre atento ao tempo. O tempo é um tesouro que você ganha para desfrutar a sua vida. Não se preocupe em gerenciar o tempo, mas sim, em gerenciar o

que você faz com o tempo que tem a sua disposição. Tenha um tempo só seu para fazer o que quiser... tenha um tempo para nada... isso mesmo, ficar de pernas para o ar, relaxar. No fazer nada você quase sempre encontra as respostas para o que está precisando... tenha um tempo para se recompor... quando tudo parecer impossível, pare por 5 minutos. É tempo suficiente para você tomar a decisão de mudar o rumo para melhor... tenha um tempo para pensar... para refletir. O tempo tem uma maneira especial de nos mostrar o que realmente importa... tenha um tempo para a sua família... eles são a base de tudo. Não permita que o tempo passe sem que elas saibam o quanto significam para você... tenha um tempo com os seus amigos... divirta-se com eles e mantenha-os sempre por perto... tenha tempo para fazer o que gosta no trabalho e na vida... faça tudo com prazer e dê o seu melhor... tenha um tempo para viajar, para ler... conhecer novas culturas, outras cidades, fazer novos amigos e tudo o mais que conseguir. Se não puder viajar leia sobre lugares, assista filmes e documentários... tenha um tempo para sonhar... sonhe com seus projetos... faça um roteiro de como alcançar cada etapa e o mais importante... vá lá... torne-os realidade... tenha um tempo para amar... estar junto com a pessoa amada não

importa se um oceano os separe... tenha um ano de primeira classe... gerencie-se para viver o seu tempo com estilo. Se ao acordar posso escolher uma roupa, posso também escolher o sentimento que vai vestir o meu dia... se no percurso posso errar o caminho, também posso escolher a paisagem que vai vestir os meus olhos... se tenho uma articulação que me permite reclamar, tenho também para agradecer... se posso me adornar com a alegria, não é com a tristeza que eu vou tecer. Por anos esperei que a minha vida mudasse, mas agora sei que ela estava a espera que eu entendesse que quem precisava mudar era eu. Agradeço a sua companhia sempre tão especial. Que possamos continuar juntos e tenhamos uma viagem cheia de belos roteiros, momentos incríveis, escolhas bem feitas... e sempre atentos ao tempo! Felicidades. Cin... Cin... Um abraço muito especial para você. Conheça mais textos da autora por meio dos links abaixo: http://www.batepapocomestilo. com.br/ http://www.batepapocomestilo. com.br/2014/12/viva-sempre-favor-do-tempo-sabendo-que.html

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Mirian Menezes de Oliveira

UM QUASE CONTO DE NATAL

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or força do hábito, Laura posicionou pratos e talheres na toalha branca, observando a estética dos objetos reluzentes e a perfeita posição das taças. Na mesa pouco extensa, velas ocupavam quase todo o espaço e brilhavam como estrelas em noite escura, iluminando os quatro lugares ainda vazios: ansiosos por vida, sussurros e vozes... Enquanto ajeitava a prataria, olhava, com insistência, o relógio da parede... Mal enxergava os ponteiros, porém tinha quase certeza de 68

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que faltava uma hora para a meia noite. O Natal chegava a passos lentos... Saberia, quando os ponteiros se alinhassem e soassem as doze badaladas. “Por que não acendo esta luz?” Laura entregava-se ao pensamento inquieto. Não desejava a luz artificial! Tal qual “a pequena vendedora de fósforos”, do antigo conto, riscava cada fósforo, com muito cuidado; contemplava os focos de luz e esticava a modesta chama até as velas (protagonistas do cenário). Sozinha, contemplava: atoalha branca, a prata reluzente e as taças ainda vazias... Puxava à memória muitas cenas, enquanto esperava pelos convidados: “Nada tenho da pequena vendedora de fósforos! É só olhar para tudo isso: casa, mesa arrumada, comida gostosa e vinho bom! Por que me comparo à menina?” Enquanto pensava, riscava fósforos e acendia velas, numa recusa teimosa de iluminar, TOTALMENTE, a casa... Pelo menos, naquele momento, não! Precisava enxergar a outra LUZ! Laura e suas velas... Aguardava um telefonema, um toque na campainha, qualquer coisa que a tirasse daqueles gestos mecânicos e planejados... O Natal não era uma festa triste! O “sentimento-base” dependeria dela e de como iria encarar o tão sonhado momento da ceia. “Por que os contos de natal nos fazem chorar? Acho que prefiro um quase conto de natal!”

Pensava, sem parar, no sentido dessa data e, também, nas barulhentas Festas de Fim de Ano e, antes que aquele momento de profunda imersão se desfizesse com a chegada dos convidados, aproveitou para se deleitar com toda aquela intimidade! Sim! Era muito bom estar consigo mesma! Aquilo nada tinha de solidão! E, se não estava preocupada com a luminosidade dos cômodos, é porque considerou que, muitas vezes, é preciso escurecer-se, para poder clarear-se... É preciso esvaziar-se, para, novamente, encher-se... Quando os ponteiros se alinhassem, a mesa estaria composta por pessoas queridas... Não seria um banquete, nem uma festa de “arromba”. Laura teria consigo os que lhe eram “caros”... Dessa forma, riscou o último fósforo e, naqueles poucos, mas aconchegantes minutos de convivência interior, agradeceu a Deus por tudo o que possuía! Tal como a “menina dos fósforos”, também se alimentou de lembranças e visões de entes queridos que já habitavam outra dimensão... Recordou-se de um “passado”, mas não somente! Enfim, olhou para o relógio, sentindo-se pronta! “Quando os ponteiros se alinharem, todos os cômodos da casa estarão iluminados e eis que teremos o Natal!” À Equipe Divulga Escritor, meus votos de um Feliz Natal e Próspero 2018! Muito obrigada pelo carinho e parceria! É bom demais estar com cada um!


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ENTREVISTA

ESCRITOR EDUARDO PARAGUASSU

A mensagem de que existe um super ser dentro de cada um de nós, capaz de mudar o mundo a partir de um pouco de amor”

Eduardo Pastor Paraguassu tem 56 anos, é formado em engenharia civil pela UFMG, funcionário público federal, pai de dois filhos e ama o voluntariado. O seu lema é: quando tudo está ruim, dê um prato de comida e um sorriso, claro, para quem tem fome e bate à sua porta; dê cinco minutos de conversa para aquela sua velha tia esquecida da família; brinque com o sobrinho irritante; faça-se de criança bagunceira também, e a sua angústia se transformará na mais plena e prazerosa satisfação pessoal.

Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Eduardo Pastor Paraguassu, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o inspirou a escrever o seu livro “A vida amorosa de Creuzô: Eu te amo, idiota!”? Eduardo Paraguassu - Trabalho numa casa assistencial faz mais de vinte anos, e de uns tempos para cá tenho sonhado com um rapaz fã dos personagens da Marvel, que nos deixou recentemente e era um companheiro querido do trabalho na casa; e nos meus sonhos, ele pede para eu escrever Creuzô, e foi o que fiz. Ele foi ditando e eu, escrevendo.

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DIVULGA ESCRITOR Apresente-nos os principais personagens que compõem a trama. Eduardo Paraguassu - Creuzô é a heroína descabelada e perdida num mundo cheio de exigências, que não consegue nem manter o próprio quarto arrumado, mas se vê obrigada a salvar a civilização de uma força cósmica malévola. Thor, o Homem de Ferro, Hulk e o Capitão América, Lúcifer, It – a coisa – de Stephen King, um monte de amigos de Creuzô; o pai careca e barrigudo e a mãe devota de Santo Antônio são alguns dos personagens cujas participações na trama irão encantar o leitor.

minta por aí, e que não é direito do escritor negar-lhes alguns instantes de deleite num mundo onde o bicho pega o tempo todo. O objetivo do verdadeiro escritor é levar o leitor ao delírio, emocioná-lo, fazê-lo refletir, arrancar-lhe um sorriso, carregar-lhe o coração de esperança na magia, convencê-lo de que a vida é muito maior que nossas limitações e trazê-lo para essa vida ilimitada.

Quais os principais desafios encontrados para a escrita do romance “A vida amorosa de Creuzô: Eu te amo, idiota!”? Eduardo Paraguassu - Escrever e ter a obra lida é um sonho. Eu me lembro de uma entrevista com os cantores sertanejos Bruno e Marrone, quando eles contaram sobre os muitos anos de estrada cantando em tudo o que é parada até que um dia pintou o sucesso. Eles sempre foram bons, mas as pessoas não paravam para ouvi-los, assim também acontece com o livro. A escritora Gisele Mirabai, ganhadora do primeiro prêmio Kindle – Amazon de literatura em 2017, estava com o livro na gaveta fazia tempo. Quando tentou lançá-lo, só achou portas fechadas. Aí apareceu o concurso, ela entrou e ganhou. O livro é fantástico, mas não deu a sorte de cair nas mãos de alguém que se interessasse em fazer-lhe uma apreciação séria. Comparo o escritor aos super-heróis da Marvel, ele deve ter uma super paciência, ser super insistente e possuir uma super fé, pois ele sabe que a literatura, assim como a música, a pintura e a escultura, é alimento da alma, e que tem muita gente fa-

O que mais o encanta nesta obra literária? Eduardo Paraguassu - A mensagem de que existe um super ser dentro de cada um de nós, capaz de mudar o mundo a partir de um pouco de amor; que o maior de todos os super-heróis criados usa a força que vem da energia da amizade, que é um herói desastrado, bagunceiro, e que ama de paixão os amigos que vivem furando com ele.

Em qual cidade se desenvolve o romance? Comente sobre a ambientação geográfica da obra. Eduardo Paraguassu - A linda cidade de Araxá, em Minas Gerais.

Dizem que os personagens têm muito do autor. Qual dos personagens de “A vida amorosa de Creuzô: Eu te amo, idiota!” tem mais de você? Comente. Eduardo Paraguassu - Como eu lhe disse, Creuzô é literalmente resultado do que um jovem apaixonado pelos heróis da Marvel me contou. Apenas coloquei a história no papel da minha maneira. Acho que algum dia também acreditei nesses caras, mas hoje vejo que todo pai de família no Brasil que luta para sustentar os filhos é um super-herói, seja ele homem ou mulher ou outra coisa qualquer. Escrever Creuzô me proporcionou horas maravilhosas depuro deleite; creio que o leitor vai

A mensagem de que existe um super ser dentro de cada um de nós, capaz de mudar o mundo a partir de um pouco de amor; que o maior de todos os superheróis criados usa a força que vem da energia da amizade, que é um herói desastrado, bagunceiro, e que ama de paixão os amigos que vivem furando com ele.”

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DIVULGA ESCRITOR amar a leitura, é muito engraçado, leve, feliz e sério. Onde podemos comprar seu livro? Eduardo Paraguassu - O livro pode ser adquirido no site: www. amazon.com.br ou basta você entrar no Google e escrever Amazon, que você cai no site. Lá tem um outro buscador, é só colocar o nome do livro: “a vida amorosa de creuzô”. O valor é R$ 3,21; cabe no bolso de qualquer pessoa. Clique Aqui para compra direta do livro Soube que toda a renda obtida com a venda do livro será revertida para uma casa assistencial em sua cidade. Gostaria de comentar um pouco mais sobre está iniciativa? Eduardo Paraguassu – Faz um bom tempo que estamos nessa, e qualquer coisa que você faça pelo voluntariado está valendo. Essa é apenas mais uma ideia, quem sabe dá certo, apesar de eu saber que por menos que você tenha como fazer já está bom demais. Aprendi que o grande bem é feito de incontáveis pequeninos bens e não de grandes bens. Um prato de sopa que mata a fome fala mais à alma que somente a gente ficar parado diante da TV vendo o mundo se acabar. Quais os seus principais objetivos como escritor? Eduardo Paraguassu - Todo escritor, assim como qualquer artista, quer encantar. Quero passar a mensagem de que existe magia na vida, mas é preciso que as pessoas acreditem que a vida é mais do que correr atrás do despertador; ou que existimos só para encher a barriga. Temos um satélite rodando ao redor de Júpiter a não sei quantos milhões de quilômetros da Terra e isso 72

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é real; então, por que não podemos realizar uma sociedade mais fraterna, menos egoísta e violenta? Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Eduardo Pastor Paraguassu. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Eduardo Paraguassu - Leiam! Ler é uma viagem. Quem lê um bom livro não perde seu tempo, aprende, relaxa, emociona-se, vive uns mo-

mentos em outros universos, vê o mundo por outros olhos, cresce. E principalmente, vai arrumar assunto para conversar com os amigos; e os amigos vão achá-lo atraentemente inteligente, já que a maioria de nós não é lá essas coisas, não é?! Boa leitura, boa viagem! _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Janete Reist

Troféu Castro Alves Por Janete Reist

Por Clóvis Dragone

A arte nunca teve fronterias, nem barreiras, mas sempre existiu obstaculos, que devem ser ultrapassados com muita garra e determinação. A arte tem asas imaginárias, que voa para bem longe e em questão de segundos chega a lugares que até o próprio artista duvida. A arte tem vida; Tem nome; Tem corpo. Digamos que a arte une, transforma, liberta, aflora; ela chora, ela conquista sorrisos, a arte e muito mais que isso, ela é a eterna companheira. No dia 10 de outubro a arte esteve presente nos palcos de Zurique, na Suíça, em uma das salas de eventos casa de espetáculos Volkshaus,com muita música brasileira, trazida por artistas representando a sua arte em varios gêneros, cantando, declamando, dançando, encantando. A cultura deu espaço a grandes nomes, homenageados com a magnifica estatueta do Troféu Castro Alves. A vida em versos esteve presente em formas literárias, prestigiando o baiano Antônio Frederico de Castro Alves, o inesquecível poeta dos escravos, e é com muita hora que eu expresso a minha imensa felicidade em ser uma das privilegiadas a representar e receber o Troféu Castro Alves aqui na Suica. Meu especial agradecimento ao ilustre jornalista Clóvis Dragone, o mentor e diretor desse troféu que é representado por uma belíssima estatueta que homenageia o poeta dos escavos, esculpida e confeccionada na Itália pelo mestre Giuliano Ottaviani, que premia há 28 anos os artistas e empresários do Carnaval da Bahia, e que nesse ano de 2017 começou a premiar também a arte brasileira.

A cerimônia de entrega do Troféu Castro Alves de 2017, foi o primeiro evento internacional a ser realizado pela Revista Exclusiva. O evento aconteceu na Cidade de Zurique, na Suíça, na casa de espetáculos Volkshaus, uma das maiores e melhores casas de eventos da Europa, no dia 9 de setembro. O Troféu Castro Alves é a primeira premiação aos melhores do Carnaval de Salvador, Bahia, Brasil, oferecido por um veículo de comunicação, desde 1989 quando ocupou o espaço deixado pela extinta Federação dos Clubes Carnavalescos da Bahia, presidida pelo carnavalesco baiano Archimedes Silva, falecido, o primeiro carnavalesco que levou o Carnaval de Salvador para fora do país, realizando em Nice, na França, espetáculos ao estilo baiano da época, isso nos anos de 1950. O século virou e a Bahia voltou a invadir o território europeu, dessa vez com o Troféu Castro Alves, oferecido pela Revista Exclusiva, para fazer uma festa baiana em território suíço – a Suíça é um dos países que melhor recebe os brasileiros na Europa.

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Lorena Zago

...Então é Natal Quando o amor suplantar a dor, O abraço acalentar a solidão, A compaixão consolidar as relações humanas, O sorriso alegrar os semblantes alheios, Então é Natal! Quando a mão que acena, Traduz em seu gesto a mensagem aguardada, O olhar que afaga, alegrar os seus dias, Sinalizando empatia e compreensão, Então é Natal! Quando o orgulho é vencido pela humildade, Quando as frustrações conseguem ser superadas, E a tristeza der lugar à esperança, Então é Natal! Quando o pão for repartido de forma igualitária, E na mesa de cada cidadão houver o necessário, E os humanos conseguirem espelhar-se, Na confiança, fé e solidariedade, Então é Natal! Quando o cantar amenizar a dor do próximo, E o acalanto serenar o choro infantil,

Quando a bondade e a paciência, Somarem compreensão ao idoso, E o amor puder ser doado sem cobranças, Então é Natal! Um Natal que nos une em essência e gratidão, Que nos estimula a um olhar humanitário, Revestido de amor e compaixão, Permeando luz e paz aos humanos, Constituindo serenidade aos contextos. Um Natal que simboliza o nascimento: Da justiça, do bem, da paz, da esperança, da honestidade, Da transparência, da harmonia, da fé, da confiança, Da doação, do perdão, da aceitação, da humildade, Do reconhecimento, da partilha, da compaixão, Do júbilo, da perseverança, da fé inabalável, Da comunhão, do amor fraterno compartilhado, E consagrado com a mais sublime conduta humana, Desejar o bem na mesma proporção que se deseja receber, Então será Natal no íntimo de cada Ser .

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ENTREVISTA

ESCRITOR FÁBIO GABRIEL

O objetivo é divulgar uma perspectiva de entendimento do ensino de filosofia que entende a filosofia como meio para a criação de conceitos.”

Sou licenciando em filosofia, especialista em ética e bacharel em teologia. Mestre em educação pela UEPG, e pela mesma universidade, sou atualmente doutorando (bolsista CAPES/ Fundação Araucária). Gosto muito de estudar filosofia contemporânea com ênfase em ética. Acredito que a existência é única e necessita ser refletida para encontrarmos o sentido para a nossa vida. Defendo o respeito à dignidade da pessoa humana como um valor ético fundamental. Sou organizador de alguns livros pela Editora Multifoco. Entre outros, relaciono: Diálogos Contemporâneos entre Filosofia e Educação (2017); Ensaios entre Filosofia e Educação (2016); Educação Contemporânea em Perspectiva (2015). Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Fábio Antonio Gabriel, é um prazer contarmos com a sua participaçãona revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que diferencia um pensamento filosófico de um pensamento comum? Fábio Gabriel - Parto da ideia de Gramsci de que todos os homens são filósofos. Acredito que todas as pessoas estão a filosofar, mesmo que não saibam a razão desse pen76

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sar; o que nos diferencia dos outros animais é justamente a capacidade de pensar e, consequentemente, de filosofar. Por outro lado, baseio-me no filósofo Deleuze para dizer que a filosofia é a arte de criar conceitos. Então responderei esta questão dizendo que um pensamento filosófico tem como especificidade ser um pensamento conceitual. Ao longo do livro “A aula de Filosofia

enquanto experiência filosófica” procuro destacar que é importante que a aula de filosofia não seja algo distante da própria existência. Em que momento pensou em escrever “A aula de Filosofia enquanto experiência filosófica”? Fábio Gabriel - Na verdade, trata-se da minha pesquisa de mestrado sobre ensino de filosofia que aca-


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bou se transformando em um livro. Transformei-a em livro para poder socializar os resultados da pesquisa de doutorado. Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio do conteúdo apresentado nesta obra? Fábio Gabriel - O objetivo é divulgar uma perspectiva de entendimento do ensino de filosofia que entende a filosofia como meio para a criação de conceitos. Apresente-nos a obra Fábio Gabriel –O livro“A aula de filosofia enquanto experiência filosófica” destaca-se como uma obra que evidencia as pesquisas do professor de filosofia Fábio Antonio Gabriel. Neste trabalho, o autor problematiza a possibilidade de um ensino de filosofia que não esteja centrado no enciclopedismo, mas no conhecimento de filósofos, propondo um ensino de filosofia que se relacione com a existência dos próprios interlocutores. O subtítulo:“Possibilitar ao estudante de filosofia criar conceitos e avaliar o valor dos valores” des-

cortina um entendimento das contribuições teóricas de Deleuze e de Nietzsche apresentadas no livro. A obra revela a pesquisa de mestrado sobre ensino de filosofia, realizada na Universidade Estadual de Ponta Grossa. A orientadora, Profa. Dra. Ana Lúcia Pereira, assim afirma no prefácio: “A pesquisa de Fábio Antonio Gabriel vem ao encontro de estudos que revelam que quando a aula de Filosofia permite ao estudante criar conceitos e ou avaliar o valor dos valores está se permitindo realizar uma experiência filosófica muito além do enciclopedismo. O autor destaca ainda que essas atividades (criar conceitos e avaliar o valor dos valores) relacionam-se intimamente, na medida em que, ao criar conceitos, o estudante estará repensando seus valores e avaliando os valores vigentes na sociedade contemporânea, na sociedade em que se insere, da mesma forma que, ao avaliar o valor dos valores, o estudante também estará recriando conceitos e criando novos conceitos”. Como seria uma aula de Filosofia enquanto experiência filosófica? Fábio Gabriel - Uma aula de filosofia enquanto experiência filosófica é uma aula que relaciona os teóricos da filosofia com a vida. O enciclopedismo tende apenas a transmitir os conhecimentos filosóficos sem relacioná-los com a existência, e isso acaba limitando o âmbito da filosofia. Acredito que a filosofia deve estar relacionada com a própria existência das pessoas e, assim, penso que a filosofia deva contribuir para uma existência mais significativa de quem tem contato com ela. Onde podemos comprar o seu livro? Fábio Gabriel - O livro está disponí-

vel no site da Editora Multifoco – no link - https://editoramultifoco.com. br/loja/product/a-aula-de-filosofia-enquanto-experiencia-filosofica/ e também pode ser localizado pelo meu site www.fabioantoniogabriel. com Quais os seus principais objetivos como escritor? Fábio Gabriel - Não me vejo exatamente como um escritor, mas como alguém que tem desejo de pesquisar sobre o ensino de filosofia e acaba registrando e socializando seus resultados de pesquisa. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Fábio Antonio Gabriel. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Fábio Gabriel - Termino com uma frase de Sócrates: “Uma vida que não é examinada não vale a pena ser vivida”. Nesse sentido, acredito que a filosofia pode nos auxiliar a pensar nossa própria existência e dar sentido a ela. Quando damos sentido para nossa vida até mesmo o sofrimento passa a contribuir para nosso crescimento pessoal e profissional. No meu site você poderá conhecer mais sobre meu trabalho como professor de filosofia e organizador de livros: www.fabioantoniogabriel.com

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Gilmar Duarte Rocha

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a transição do romantismo para o realismo, no panorama da literatura brasileira do final do século 19 e início do século 20, registra-se com clareza a forte influência da escola europeia, a francesa, em especial, a inglesa e a portuguesa, sobressaindo entre os lusitanos Eça de Queirós, este, por simbiose, também influenciado por Flaubert e seus correligionários. Tangenciando esse novo e criativo estilo de compor prosas, onde predomina a fidedignidade da realidade, o objetivismo, o materialismo, a veracidade, o universalismo e cientificismo, surgia no Brasil um gênero congênere, denominado de naturalismo, onde o prócer desse apêndice do realismo seria sem sombra de dúvidas o cearense Domingos Olímpio (1850-1906), natural de Sobral, bacharel em Direito pela Universidade de Recife, tendo feito carreira como jornalista, promotor público e deputado pela Assembléia provincial cearense. Tra78

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Luzia-Homem – marco zero do regionalismo balhou algum tempo no Pará e, por motivos profissionais, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde exerceu advocacia e escreveu sobre assuntos políticos e literários para diversos periódicos da então capital federal. Após publicar algumas obras de ficção, dramas de teatro, livros de história e biografias, que não obtiveram muito êxito de público, lança à luz, apenas três anos antes de sua morte, o romance Luzia-Homem, que seria sua obra definitiva e um símbolo na trajetória do naturalismo-realismo, corrente literária que teve outros escritores de revelo como Inglês de Souza (Contos amazônicos; Os missionários), Aloísio de Azevedo (O mulato; O cortiço), Raul Pompeia (O ateneu), Adolfo Caminha (Bom crioulo) e Aderbal de Carvalho (A noiva). Luzia-Homem, além de trazer todos os ingredientes do naturalismo, como a relação nem sempre harmoniosa entre o homem e a sociedade, descrições minuciosas, problemas sociais e patologias humanas como crime, traição e adul-

tério, insere no contexto literário brasileiro o romance de região em toda a sua profundidade, descortinando para o leitor – cosmopolita em sua maioria - um habitat desconhecido e o modus vivendi pessoas de um lugar que ele (o leitor de então) apenas imaginava em lenda ou, para aqueles que leram Os sertões, de Euclides da Cunha, publicado um ano antes, a transposição em novela da segunda parte da magistral epopéia euclidiana. O livro de Domingos Olímpio conta a história de uma bela e rude mulher retirante da seca, que se estabelece na cidade de Sobral no ano de 1876, já na época um oásis de prosperidade no meio do deserto áspero, desolado e carente do nordeste do Brasil. Ela transporta na sua bagagem a rudeza e a austeridade da mulher sertaneja, pouco afeita a tarefas preconcebidas para as moças da cidade, o que a faz, de imediato, objeto de comentários jocosos e ínvidos, como: “Aquilo nem parece mulher fêmea”, observava uma velha alco-


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viteira e curandeira de profissão. “Reparem que ela tem cabelos nos braços e um buço que parece bigode de homem...” Era o tipo de mexerico recorrente entre as damas do lugar, sem contar avaliações singulares, como a do personagem Paul, “um francês misantropo e excelente fabricante de sinetes”, como o define o autor: “Passou por mim uma mulher extraordinária, carregando uma parede na cabeça” Hipérboles como essa gravitam em todo o enredo, pois Luzia não se limitava a tarefas domésti-

cas, afeitas a mulheres de origem humilde da época, como serviços caseiros de limpeza; cozinha; plantação e regado de hortas; cuidadora de animais de quintal; fazedora de renda; artesã de artigos de palha, cipó e barro e outras coisas similares. Luzia não: era vista ora conduzindo numa tábua sobre a cabeça cinquenta tijolos arrumados para uso numa obra; ora carregando no ombro uma enorme jarra d’água com peso equivalente a três potes; ou removendo sozinha uma soleira de granito da porta de uma prisão, trabalho recusado por peões robus-

tos e de boa compleição física; enfim, tinha afinidade com trabalhos hercúleos, mais adequados a tipos rijos e másculos. Mas Luzia, embora fizesse questão de ostentar esse invólucro, trazia no seu âmago a candura e a doçura da mulher, qualidades que lhe eram acrescidas por uma beleza agreste, diferente, exótica, que chamava à atenção de homens sensíveis, como o personagem Alexandre, por quem devota um amor platônico, como também por homens desprovidos de sensibilidade alguma, como o rude e escuso soldado www.divulgaescritor.com | dez 2017

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Crapiúna, que passa a persegui-la desde a primeira vez que a encontra. Em princípio paparicando-a com palavras de bajulice e lisonja. Depois, com missivas de cunho fanático e doentio: “Minha Santa Luzia – Esta tem por fim unicamente dizer-lhe que há de se arrepender da sua ingratidão, e quem lhe diz isso é o seu amante fiel até a morte – Crapiúna” Por fim, quando o homem vê que o seu amor obcecado não tem retorno, não é correspondido, passa a ameaçar o seu objeto de desejo com expressões de ranço de ódio e vingança: - Foi o diabo que te atravessou no meu caminho. É a última vez que me empatas, peitica do inferno! Enfim, afora o enredo ser regado de invídias e emulações; de encontros e desencontros de sentimentos; de artimanhas e ardis; de devoções e covardias, o escritor acaba construindo um amplo painel de personagens brotados do horror da seca. Uns, sôfregos por uma vida de honradez; alguns, calejados e conformados com o mormaço e a aridez de oportunidades; outros, deformados pela cultura incipiente

| Gilmar Duarte Rocha

e ausência absoluta de civilização. Com efeito, uma obra espantosa para os padrões literários da época e que, por certo, serviu de norte para uma geração talentosa de letrados nordestinos que despontaria trinta anos depois. Gente da casta de José Américo de Almeida, José Lins do Rego, Jorge Amado, Graciliano Ramos, Raquel de Queiroz e outros. Aliás, todos eles bem orientados pela doutrina sustentada por Gilberto Freyre, “que defendia a emancipação da literatura brasileira dos laços que a prendiam ao estilo europeu de costurar peça de ficção,”¹ laços esses que nem os modernistas de 1922 conseguiram romper, já que a base da escrita deles tinha como esteio o futurismo do italiano Marinetti. Em relação à crítica, o romance Luzia-Homem, embora considerado clássico e de grandeza inconteste, foi recebido com algumas reservas por parte dela, “o principal defeito do romance consiste no desnível entre a concepção e execução, na grandeza daquela, na franqueza desta”, como observou Lúcia Miguel Pereira. “Em Luzia-Homem há defeitos, do autor, da escola, da época. Psicologia fraca, frequentemen-

te demasiada crueza, nem sempre adequado, às vezes vibrante e excessivamente requintado”, como atestou Afrânio Coutinho, embora ele próprio tenha arrematado “que o romance tem lugar certo na galeria do regionalismo brasileiro”, opinião também corroborada pelo escritor e crítico Sérgio Milliet. Por conclusão, ainda que haja imperfeições estruturais na composição da peça Luzia-Homem – o que se poderia dizer assertivamente do romance O cabeleira, do carioca de nascimento e pernambucano por adoção, Franklin Távora, que pecou pela descontinuidade e pela redundância, o que impediu, na minha modesta opinião, que o seu produto galgasse o posto de gênese do romance regional -, o livro de Olímpio configura-se definitivamente o marco zero de um gênero rico em probabilidades para a criação de tipos humanos e de horizontes vastos e infinitos para expansão das asas da imaginação, como Guimarães Rosa bem o materializou. 1- ABC de José Lins do Rego – Bernardo Buarque de Holanda – Editora José Olympio

Em relação à crítica, o romance Luzia-Homem, embora considerado clássico e de grandeza inconteste, foi recebido com algumas reservas por parte dela, “o principal defeito do romance consiste no desnível entre a concepção e execução, na grandeza daquela, na franqueza desta” 80

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ENTREVISTA

ESCRITOR FELIPE DAIELLO

Em ‘Ventos do Deserto’, os temas interligam a espionagem, a ascensão e queda do Estado Islâmico, os conflitos entre sunitas e shiitas e o surgimento de um novo Estado, o Kurdistão.”

Felipe Luiz Ribeiro Daiello, engenheiro por vocação, gaúcho de Porto Alegre, ao longo da sua vida foi professor universitário concursado, pesquisador no Instituto de Física da UFRGS, analista financeiro do BRDE, dirigente sindical e empresário. Na juventude, obteve brevê de piloto civil, oportunidade em que, visto de cima, descobre um mundo diferente. Precisava viajar. Como empresário e engenheiro, a Elcom, sua empresa, vai absorver quase toda a sua energia durante quase 40 anos. Família para criar era a prioridade, formação de patrimônio, outra necessidade. Nas folgas e nos intervalos escapar para outras fronteiras era vital no seu manual de vida. Começam as viagens. A partir de 2002, a situação nacional apresenta nuvens negras. A Elcom não terá futuro viável, outra bússola deveria nortear sua vida. A partir de 2005 e 2006, a decisão de encerrar a fase empresarial foi tomada, e a de escritor tomou formato e decisão. Surge o personagem Felipe Daiello, um iniciante em literatura. Desafio para superar. Boa leitura!

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“Ventos do deserto: Espião nas Terras de Alá” é destaque em entrevista com o escritor Felipe Daiello Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Felipe Daiello, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, em que momento descobriu que gostava de escrever? Felipe Daiello - Sempre fui leitor fanático, desde os cinco anos. Como professor e empresário era responsável por redigir pareceres, propostas, defesas e ajustar palavras, algo que dava prazer. Fosse o linguajar técnico, protocolar e mesmo jurídico. Com o fechamento da Elcom, a necessidade de escrever exigia outras fronteiras. Oficinas de literatura e bons professores eram passos na minha reciclagem. Descobri o prazer de escrever, de colocar ação, emoções e viagens no papel. Você tem livros publicados em várias temáticas e segmentos. Como surgiu esta diversificação literária? Felipe Daiello - Pela minha experiência de vida, pela curiosidade em descobrir detalhes e encontrar os acidentes históricos. A investigação sempre presente exige novo tema em cada tentativa. Repetir os mesmos temas é desafio para evitar. Os campos para escrever são extensos, as técnicas que aprendemos nas leituras são novas lições que preciso assimilar. A novidade é algo que estimula minha imaginação e obriga a novas ações. Em que momento pensou em escrever seu livro “Ventos do Deserto: Espião nas Terras de Alá”? Felipe Daiello - As múltiplas via-

gens ao Oriente Médio preparavam o palco; o tema familiar era uma ideia antiga, mas uma viagem para a Jordânia deslanchou o enredo. Depois havia desafio de colega escritor. Carlos Abbud exigia um romance longo. Em pouco tempo, o corpo do livro ficou pronto. Concentração, tempo quase integral, em três meses formatei o corpo do livro. Depois a equipe da AGE ajudou na edição. Mais de quatro meses de trabalho. Quais temáticas estão sendo abordadas nesta obra literária? Felipe Daiello - Em “Ventos do Deserto”, os temas interligam a espionagem, a ascensão e queda do Estado Islâmico, os conflitos entre sunitas e shiitas e o surgimento de um novo Estado, o Kurdistão. Não podemos esquecer o eterno problema dos refugiados e o permanente conflito das decisões, tanto no nosso futuro como no presente das nossas ligações sentimentais. Qual o parceiro adequado para o sucesso pleno na nossa vida? De forma resumida, apresente-nos os principais personagens que envolvem a trama. Felipe Daiello - Miguel, o espião e empresário, é o centro de tudo com suas obrigações, suas ações em duas frentes. Depois Júlia, a ocidental, deve superar Yasmim, a mulher oriental. O conflito de civilizações e as divergências religiosas ajudam no tempero das emoções. Não esquecer Renata, que traz segredos do passado e vai encontrar antiga paixão proibida.

O que veio primeiro: o título ou o enredo? Comente. Felipe Daiello - No caso, o enredo surgiu primeiro, depois trabalhamos na capa, pois ela deveria refletir o espírito do livro. Com os primeiros esboços, o título surgiu ao natural. Não podia ser outro. O vento é sempre portador de novidades, boas ou más. “Ventos do Deserto” ficou excelente. O que mais o encanta em “Ventos do Deserto: Espião nas Terras de Alá”? Felipe Daiello - O enredo ficou bem atual, apresenta estudo geopolítico que vale para entender os conflitos atuais e futuros da região e do mundo. Apresenta locais com selo da ONU como monumentos da humanidade e permite uma melhor compreensão da história da humanidade. Pena que muitos locais ficaram proibidos à visitação ou destruídos pelos conflitos. A sorte das minorias cristãs exige maior atenção da mídia. Nossos irmãos na fé foram abandonados até pelo Vaticano. Onde podemos comprar o livro? Felipe Daiello - Livraria Decameron (estoque), na Saraiva e na Cultura por encomenda. Minha editora AGE é referência para aquisição. Não esquecer que a recessão fechou mais de 1.400 livrarias. Quais os seus principais objetivos como escritor? Felipe Daiello - No momento procuro incentivar a leitura. Participo de eventos, como a Semana Literária do GNU e do BR, dou palestras. www.divulgaescritor.com | dez 2017

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Estarei na 63ª Feira o Livro de Porto Alegre. Tenho o projeto do Balcão da Leitura; estou montando minha livraria digital onde meu acervo está disponível. Procuro mais espaço para divulgar meus trabalhos, pois tenho muito material para publicar. Nas folgas, além de viajar, dou atenção a uma série de contos, material para participar de concursos. Por sinal, dia 13/11 receberei premiação no Clube Paulistano em São Paulo. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “Ventos do Deserto: Espião nas Terras de Alá”, do escritor Felipe Daiello. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Felipe Daiello - Agradeço a oportunidade para divulgar meu trabalho, e aos leitores a mensagem é clara: No mundo globalizado, onde teclamos em vez de falarmos, o sucesso em qualquer atividade depende da nossa memória de longa duração. Por isso são importantes a leitura e a necessidade de exercitar nossos neurônios. Importante transmitir a mensagem para os nossos filhos e amigos e depois para os conhecidos. Com o tempo, após a devida bagagem, por que não deixar de ser apenas o leitor e escrever o nosso próprio roteiro? Minha mãe e meu pai tinham bons conselhos. Agradeço. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Quem não se Josias A. de Andrade

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os anos 80, Abelardo Barbosa, o Chacrinha, já dizia nas tardes de domingo em seu programa de calouros que “quem não se comunica se trumbica”. E olha que naquele tempo não havia internet, celular ou tablet; a televisão era de tubo e se resumia a menos de uma dúzia de canais analógicos. Nessa época, uma linha telefônica custava o preço de um automóvel novo e a comunicação como conhecemos hoje era coisa de filmes de ficção. Os tempos mudaram, veio a informática e com ela o computador e os celulares, tornando a comunicação

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instantânea e acessível a todos. O planeta tornou-se, como profetizava o filósofo canadense Marshall McLuhan na década de 60, uma aldeia global. Um grande progresso tecnológico estava por acontecer, e as mudanças foram muito rápidas

a ponto de ser impossível acompanhar toda a evolução e manter-se atualizado. No Brasil, há muito o número de celulares superou o de habitantes. Assim, cada indivíduo dispõe de um aparelho móvel para se comunicar e tem o mundo na


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e comunica...

ponta dos dedos. O computador tornou-se ferramenta indispensável para a maioria das pessoas, e todos passaram a depender direta ou indiretamente da internet. Parece assustador, mas o futuro chegou. É interessante notar que

quanto mais há facilidade de comunicação, mais ela se torna ineficaz e cheia de ruídos tanto na fala quanto na escrita. As velhas máquinas de escrever deram espaço às modernas impressoras a laser coloridas e ultra velozes com qua-

lidade gráfica impecável. A escrita manual também passou a ser pouco praticada. Hoje, quando alguém quer se comunicar tecla no laptop, tablet ou celular; e faz isso sem muito critério, porque a comunicação é instantânea e aproveita-se o calor das emoções para pôr as ideias na tela e mandar para o leitor-receptor remoto. E a esse ato descuidado de escrever atribuem-se incontáveis razões, todas descabidas. É imperioso entender que a educação de uma forma geral é sofrível; e o uso da língua portuguesa, em particular, não é levado a sério como deveria. Mas alguém pode perguntar: se todos vivem com a cara enfiada na tela do celular a digitar diariamente mensagens sabe-se lá para quem, por que escrevem mal? Por que inventam palavras esdrúxulas, abreviações que só “a galera” entende e neologismos que empobrecem a língua em vez de torná-la de fato uma ferramenta de comunicação eficaz? É um paradoxo dispor de todos os recursos na palma da mão, literalmente, e fazer mau uso deles. E aí alguém contra-argumenta que a urgência do tempo não permite que se escreva com esmero. Já ouvi esta balela, com a qual não concordo, ser dita até por editores de jornais impressos.E não só esses, outros tantos também justificam erros de toda sorte pela urgência do tempo. Esquece quem usa tais argumentos que hoje o tempo é o grande aliado de todos que lidam com a informação. O grande diferencial

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

é que na aldeia de hoje não se usa mais fumaça, e a informação atinge o planeta na velocidade da luz. Quer um exemplo real?Um jornalista que aguarda o próximo vôo no aeroporto de algum país, após redigir às pressas sua matéria para ser publicada no mesmo dia, envia o texto a mim para ser revisado. Do envio para revisão à efetiva publicação passam-se minutos até que a matéria seja publicada isenta de erros. Conclusão: quando há seriedade no trabalho e uso correto da tecnologia o profissional torna o tempo e os recursos de que dispõe grandes aliados para realizar um trabalho de excelência. O grande problema é que a língua de Camões não é valorizada como tal. E em vez de ser o maior bem cultural da nação, é mal usada, principalmente por aqueles que mais benefício deveriam tirar pelo seu emprego correto. Não quero inferir aqui que deva ser engessada pela academia. Insisto em dizer que seu uso se tornou banal. Nas escolas, os professores ensinam as regras, mas no dia a dia cada usuário, infelizmente a usa como melhor lhe convém. E cada indivíduo, por não usá-la corretamente como ensinada na escola, quando vai prestar um concurso, participar de uma entrevista ou escrever uma redação, acaba se dando mal. Isto ocorre porque

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| Josias A. de Andrade

o relaxamento na forma de falar e escrever torna-se um vício e incorporam-se erros, assimilam-se formas exóticas, aceitam-se o errado como certo e massificam-se erros que se tornam verdadeiros modismos;e muitos deles passam a fazer parte até mesmo da linguagem jornalística. Mas não é só isso: a falta de leitura reflete negativamente na qualidade da escrita e da fala.Dentre os benefícios incontáveis da leitura, está o aprendizado de novas palavras. E um vocabulário farto permite escrever e falar de forma mais bem elaborada, clara e objetiva. Houve uma época em que se justificavam erros alegando tratar-se de “licença poética”, uma desculpa romântica para amenizar falhas injustificáveis. Os poetas podiam cometer erros, e os compositores musicais iam no seu encalço. Há exemplos clássicos na literatura e na MPB. E a tal licença poética passou a ser a muleta para apoio de muitos. Sobre isso muito já se falou;e depois vieram os modismos clássicos de formas repetidas à exaustão na TV, no rádio e nos jornais. Quem nunca ouviu um jornalista de microfone em punho repetir a locução “por conta de” e “a nível de”? E o uso de “através de” sem nenhum critério? E os estrangeirismos? É oportuno lembrar ainda de

uma época em que todo mundo se metia a especialista da língua, apenas por identificar uma construção pleonástica ou perceber um deslize numa campanha publicitária. Mas eram incapazes de reconhecer um cacófato malicioso evitável ou perceber a correta posição de uma vírgula no texto. Nesse mesmo tempo surgiram personagens como o professor Pasquale Cipro Neto, que ganhou notoriedade no rádio e na TV ensinando regrinhas do bem falar e escrever. A internet tornouse uma seara com farto material sobre a língua.Mas precisa ficar claro que a qualidade deste material deve ser minuciosamente analisada, considerando que a rede é uma zona franca e democrática para exposição de ideias e conteúdos de todo tipo. O último acordo ortográfico da língua portuguesa, desnecessário na opinião de muitos, teve sua aplicabilidade obrigatória a partir de 01 de janeiro de 2016. Há quem diga que estas mudanças mais atrapalharam do que ajudaram. Nenhum estudioso da língua mostrou os benefícios diretos que tais mudanças trariam para os povos envolvidos. Como não resultou em facilidade para o falante, mas apenas atendeu a interesses de poucos, sou de opinião que tais mudanças teriam sido desnecessárias. Como revisor de textos, te-


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nho vivenciado situações engraçadas. No calor de uma conversa, quando alguém me pergunta o que faço, e respondo que sou revisor de textos, percebo que acaba a descontração. Tenho a impressão de que meu interlocutor pensa que vou corrigir suas palavras, deixando-o constrangido no grupo. Noto uma retração, as palavras se tornam medidas, as ideias, contidas; a comunicação empaca e a naturalidade dá lugar a frases mais bem elaboradas com um rebuscamento artificial. E o mais comum é alguém dizer: “então, tenho que tomar cuidado com o que vou falar!”. Ora, por mais explícito que seja o erro cometido pelo interlocutor numa conversa, seja ele quem for, jamais apontarei; porque seria deselegante e de uma total falta de bom senso. Levo a sério aética profissional, e esta também está presente nesta atividade. Mas isto acontece exatamente porque nem sempre a pessoa está segura de si, por isso teme cometer uma gafe. Aí fico com remorso e chego a pensar que melhor seria agir como um detetive, omitindo minha profissão. Fico “pasmado” – muitos escreveriam “pasmo” –quando vejo profissionais de comunicação saindo das faculdades sem saber escrever uma frase que não contenha erro; e observo egressos de outras

áreas também se comunicando de forma sofrível e muitas vezes expondo-se a ridículos que poderiam ser evitados. Exercendo a atividade de revisor, muitos abacaxis me chegam às mãos. É meu ofício descascar todos, e faço com dedicação e zelo. Orgulho-me de pegar uma “rocha bruta”e opaca e devolver um “diamante lapidado” brilhando. O cliente precisa saber que a sua ideia não será adulterada, mas que depois da revisão lhe será devolvida com uma nova roupagem. É para isso que existem os vocabulários, os sinônimos, as conjugações verbais, as orações subordinadas, os adjetivos e tantos recursos que a língua oferece. Quanto mais corrijo, mais percebo que há infinitas formas de errar. E por conhecer as formas de escrever errado vêm a preocupação e o compromisso com a excelência. Isso torna a revisão de textos uma atividade sempre necessária. Afinal, nenhum especialista em computação conseguiu desenvolver um programa eficiente de revisão de textos. O ato de escrever, muitas vezes, está intrínseco às emoções; as entonações são pessoais e a pontuação em boa medida, é pessoal e flexível. A propósito, veja o que diz o Dicionário Aulete sobre o verbo “trumbicar”, na fala do Chacrinha no início deste artigo:

v. t. || (chul.) ter ajuntamento carnal com, copular. || v. p. (pop.) fracassar prejudicando-se; causar o próprio malogro; dar com os burros n’água: Quem não se comunica se trumbica. (Abelardo Chacrinha Barbosa, animador de programas de TV.) O apresentador quis dizer que quem não se comunica pode dar com os burros n’água, ou seja,se dar mal. Por isso a redação é o grande calcanhar-de-aquiles na vida de quem presta concursos, vestibulares ou se candidata a alguma vaga de emprego. Há quase duas décadas faço preparação de textos, revisão de originais, revisão de primeira e segunda provas, escrevo apresentações, resenhas, textos de capa,cotejo de tradução e escrevo como ghost-writer. O tempo de exercício na atividade e as centenas de obras que revisei dão-me a certeza de oferecer um trabalho excelente ao editor ou autor que necessite destes serviços.

Para mais informações, entre em contato: Texto Ideal – Serviços Editoriais Site: http://texto10.wixsite.com/mais e-mail: arquitexto@gmail.com Skype: josias747

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DIVULGA ESCRITOR ENTREVISTA

ESCRITORA JACKMICHEL Entrevista escritora JackMichel “A Escritora 2 em 1” ocupa na AMCL (Academia Mundial de Cultura e Literatura) a cadeira nº 31 e tem, como patrono, o cantor Mario Reis. Como membro desta instituição, deu uma entrevista exclusiva à Academia. Confira na íntegra. Uma pequena apresentação sua. JackMichel - Saudações. JackMichel é o primeiro grupo literário na história da literatura mundial composto por duas autoras: Jaqueline “Jack” Ramos, com seu itvisionário e utopista, e Micheline “Michel” Ramos, com seu raciocínio crítico-analítico. Aliando estes dois estilos diferentes teve-se a somatória de apenas um extraordinariamente sui generis na escrita. São irmãs e nasceram em Belém – PA (Brasil). O tema de sua obra é variado visto que têm livros escritos nos gêneros ficção, poesia, romance, fábula e conto de fadas. É associada da ACIMA (Associazione Culturale Internazionale Mandala), LITERARTE (Associação Internacional de Escritores e Artistas), AMCL (Academia Mundial de Cultura e Literatura) e UBE (União Brasileira de Escritores). Seus contos e poemas constam em antologias internacionais bilíngues. Também foi destaque em di-

versos jornais e revistas on-line de literatura, artes e cultura. Conquistou o 3º lugar no Concurso Cultive de Literatura “Prix ALALS de Littérature” e o 1°lugar no II Festival de Poesia de Lisboa. Seu slogan é “A Escritora 2 Em 1”. Defina o processo da sua inspiração. JackMichel - Jack e Michel não escrevem junto. A concepção de uma obra é planeada pelo know-how técnico e criativo de ambas; já o critério utilizado para a elaboração da escrita se dá unindo as cotas de texto a posteriori. Trocando em miúdos: às vezes, Jack escreve a maior parte de um livro e separa trechos para Michel preencher...

outras, esta cria o título e aquela a compõem... de modo que, ao fim do trabalho, não se consegue detectar os enxertos realizados tão coesos são o primor formal e a estilística da expressão. Uma mescla perfeita tal qual o queijo com a goiabada, o café com o leite, o arroz com o feijão. Tem livros publicados? Quais e quantos? JackMichel - Até o presente momento lancei seis obras: Arco-Jesus-Íris pela Chiado Editora (2015), LSD Lua, 1 Anjo MacDermot, Sorvete de Pizza Mentolado x Torpedo Tomate, Ovo pela Drago Editorial (2016) e Papatiparapapá pela Editora Illuminare (2017). Mas ainda este ano farei dois lançamentos pela suíço-brasileira Helvetia Edições. Já participou de alguma Antologia ou livros em parceria? JackMichel - Tomei parte na antologia nacional Antologia Criticartes 2017 (Biblio Editora) e em sete antologias internacionais bilíngues: Amor & Amore (EdizioniMandala), Os Melhores Poemas de 2016 (ZL Editora), Faz de Conto II (Helvetia Edições), 1ª Antologia Cultive (Fast Livro), III Antologia Mulhe-

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DIVULGA ESCRITOR res Pela Paz 2017Edição Especial Fénix,Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea Além da Terra Além do Mar (Chiado Editora), A Vida Em Poesia II (Helvetia Edições). Como chegou a AMCL? JackMichel - Enquanto meio de difusão de informações esta nobre instituição digital de cunho informativo, literário e cultural, chegou-me através dos espaços virtuais da internet. Qual o maior desafio que enfrentou em sua vida? JackMichel - Criar sem me influenciar sobremodo por outrem uma vez que quem faz isso precariza sua própria identidade, o que não deixa de ser uma nota introdutória ao anulamento mais ou menos voluntário. Uma lembrança da sua infância. JackMichel - O dia que ganhei a boneca Candy. Uma música que marcou sua vida. JackMichel - Air On The G String – Johann Sebastian Bach. Indique dois filmes. JackMichel - Synanon (1965), Matar Ou Morrer (1952). Quais os livros que fizeram diferença em sua vida? JackMichel - Um Amor Para Sempre (Barbara Cartland), O Morro Dos Ventos Uivantes (Emily Brontë), Scomparsa D’Angela (Alessandro Pavolini), On The Road (Jack Kerouac), Der MythusdesZwanzigstenJahrhunderts (Alfred Rosenberg) e Motins Políticos (Antônio Domingos Raiol).

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Seu hobby e o seu passatempo favorito. JackMichel - Colecionar (já fiz coleção de moedas antigas, carros em miniatura, bibelôs de cristal) e jogar dominó. Quais pratos que aprecia mais? JackMichel - Sanduíche e sorvete. Sua bebida favorita. JackMichel - Água. Um sonho realizado. JackMichel - Poder estar na companhia de pessoas que se encontram noutra dimensão vibratória. Um sonho que queira realizar. JackMichel - Ver muitos hospitais e lares para animais abandonados. O que te faz ser feliz de um modo geral? JackMichel - Acreditar naquilo que meu coração me diz. Um dia feliz e inesquecível. JackMichel - Meu aniversário de sete anos. Fale das suas virtudes sem modéstia. JackMichel - Isso é algo difícil pois creio a modéstia apanágio indispensável para angariar simpatia entre pessoas. Mas posso dizer, sem nenhuma modéstia, que é uma inovação no mundo das letras duas autoras formarem um grupo literário e se divulgarem com um mesmo codinome. Até então só existiam bandas com diversos integrantes, na música. O pioneirismo posto em ação em qualquer área do cenário humano merece encômio e há que se tirar o chapéu para quem dita

aforismos ou inventa a moda, com seu consumo tendencioso e igualitário. Sinto-me grata em contribuir para a avant-garde e, mesmo sendo cult, acho que o melhor ainda é ser autêntico embora a história esteja cheia de pioneiros e de seguidores ilustres: quando surgiu a Op Art logo apareceu a Pop Art; depois de Yuri Gagarin ir ao espaço, a Apollo 11 chegou à lua; após The Beatles veio em seguida The Rolling Stones; Ademar Gonzaga, fundando a Cinédia, abriu passagem para Glauber Rocha; Auguste Escoffier inspirou Paul Bocuse, o “chef do século”. Leonardo da Vinci disse “Nunca imites ninguém. Que a tua produção seja como um novo fenômeno da natureza.”. O que acha complicado no convívio com as pessoas? JackMichel - Saber o que elas pensam de verdade porque nem sempre o olhar ou as palavras expressam o que vai dentro do coração. O que mais te orgulha? JackMichel - Ser JackMichel sic et simpliciter. Um medo, uma mania e uma frustração. JackMichel - Catalepsia, perfeccionismo e nunca ter feito um cata-vento. Já viveu alguma experiência sobrenatural ou inexplicável? JackMichel - Tive muitas experiências chamadas paranormais que, para mim, são normais e explicáveis. A título de exemplo converso, através do fenômeno do sono, com pessoas que estão noutra dimensão vibratória.


DIVULGA ESCRITOR Quais as suas aptidões naturais? JackMichel - Pinto quadros a óleo e componho obras literárias e musicais. Quando você olha para os dias atuais, acha que estamos melhores ou regredindo? JackMichel - Eu acho que não é fácil dar bons exemplos para as pessoas neste mundo atual, onde a violência grassa e todo escândalo sorri um riso de escárnio no canto da boca. Seja como for o que se constata é que a ação agressiva dos países persegue o ranking de poderio bélico, como ratos disputam uma salsicha suspensa no garfo, os grupos terroristas e os desastres ecológicos dão as cartas, enquanto alguns poucos abaixo-assinados pedem o fim do Festival de Yulin. Você acredita em Deus? Praticante de alguma religião? JackMichel - Acredito em Deus, o criador do Universo, e sintonizo com os fluídos benéficos do grande infinito. E embora não professe rituais e nem faça uso de amuletos reverencio todas as crenças religiosas que existem no mundo de hoje em número tão grande que não dá para se contar nos dedos da mão. Duas pessoas célebres para a humanidade. JackMichel - Bezerra de Menezes e Chico Xavier. Três pessoas que você tiraria o chapéu. JackMichel - Jay Sebring, Mario Reis e George Best. O que acha de seu país e do povo que nele vive? JackMichel - Getúlio Vargas disse que “o Brasil nada teme no presente, orgulha-se do passado e confia

serenamente no futuro”. Tal pensamento tem um timing incrível e me faz ver que os reveses que passamos é decorrência direta da problemática do mundo que sangra pelo nariz da economia, pela boca da educação, pelo olho social e pelo ouvido do cultural. Se as crises disparam a toda brida nos EUA e nos Emirados da Arábia, como nosso país ficaria ileso deste efeito borboleta? Afinal de contas, a lógica comunicacional e a hermenêutica moderna são

factíveis de serem empregadas em tudo e algo mais. Deixe aqui dois desejos se fosse possível realizá-los. JackMichel - Ter meus livros traduzidos para outros idiomas e vê-los reproduzidos nas telonasdo mundo inteiro. As adaptações de livros para o cinema são um insightse o livro escolhido for fantástico. Na verdade todas as expressões de arte estão muito próximas umas das ouwww.divulgaescritor.com | dez 2017

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DIVULGA ESCRITOR tras e não é a toa que as musas da dança, da música, da tragédia e da comédia viviam juntas no monte Olimpo, segundo a mitologia grega. Com a escrita e o cinema não é diferente. Alguns dos mais afamados cineastas conheceram seus triunfos servindo-se do conteúdo de obras literárias. Para ilustrar a questão cito o icônico Rosemary’s Baby, um romance de Ira Levin publicado em 1967, que teve roteiro escrito pelo seu diretor Roman Polanskyi e é considerado um clássico dos filmes de terror da década de 1960. Sua filosofia de vida e uma frase que possa defini-lo JackMichel - Procuro mais fazer que falar. Definição em frase: “Escrever é viver.”. Se pudesse recomeçar a sua vida, o que faria de diferente em sua vida? JackMichel - Não rasgaria tantos manuscritos, entre poesias e contos, que destruí por irreflexão. O que desperta a sua compaixão? JackMichel - Maus tratos a animais.

gação rápida; e o reverso da moeda é o de alcançar milhares de pessoas pelo globo que pensam, sentem e agem de maneira diferente. Efetivamente o escritor tem uma responsabilidade social com aquilo que produz e influencia os meios de comunicação global com o que escreve, com o que fala, com o que faz. Carlos Marighella era poeta e chegou a ser considerado o inimigo “número um” da ditadura militar no Brasil; Alessandro Pavolini, autor do inolvidável Scomparsa d’Angela, foi pendurado de cabeça para baixo na Piazzale Loreto; Pagu, escritora e jornalista, tornou-se a primeira mulher a ser presa por motivos políticos em nosso país. Eles levaram seus pensamentos para fora das páginas dos livros. O melhor lugar do planeta. JackMichel - Pompeia.

A vida é um constante aprendizado, quais as lições mais significativas até o presente momento? JackMichel - Perdoar sempre e sempre recomeçar. A prática do perdão é indicada a todos os seres que são humanos, dado o elevado grau de sua mensagem de fraternidade cuja ensina que o perdão é a salvaguarda para um status de felicidade e bem-estar que pode ser auferido por quem o praticar.

Que conselhos daria para a juventude atual? JackMichel - A juventude atual passa por um processo de retardamento enorme no que tange a ler livros; processo este que vem do social, passa pelo econômico e descamba no cultural que acaba por derruir o mito do culto às belas-letras. Mas o hábito da pouca leitura não é atributo só dos jovens, porquanto a truculência cause o alheamento que atrofia, atropela e deforma as boas qualidades das pessoas. Partindo dessa premissa diria a eles para segurarem um livro entre as mãos em vez de empunhar um revólver ou uma faca afiada.

O lado bom e difícil da net. JackMichel - O lado positivo da net é, sem sombra de dúvidas, a divul-

Você publica na net para que as pessoas possam conhecer o seu trabalho?

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JackMichel - Sim mas souuma escritora moderna muito voltada aos ecos do passado, id est, pertenço à geração de autores que rascunham no próprio personalcomputer e por vezes datilografo na máquina de escrever; vivo a popularização da internet, do e-mail, da globalização e do mapeamento do genoma humano, porém meus livros de ficção histórica focam casos que outrora ganharam as manchetes dos jornais e hoje jazem esquecidos.Sou de opinião que é relevante caminhar para frente sem detrimento do que passou, já que o novo existe porque o velhoo construiu. Diga o que você acha sobre a AMCL. JackMichel - Creio sua magnitude profícua no que concerne a divulgar arte, ser suporte de intercâmbio de ideias, talentos, criações, planos e veiculação de mensagens, prestando serviço de “culturalização” que dissemina a literatura contemporânea nos tempos de tecnologia da mídia. Bem haja. Entrevistadora: Anne Silva Fonte: Arquivo AMCL (Academia Mundial de Cultura e Literatura) Biografia da autora: JackMichel é o primeiro grupo literário na história da literatura mundial, composto por duas escritoras: Jaqueline e Micheline Ramos. São irmãs e nasceram em Belém – PA (Brasil). O tema de sua obra é variado visto que possui livros escritos nos gêneros ficção, poesia, romance, fábula e conto de fadas. Lançou Arco-Jesus-Íris (Chiado Editora, 2015), LSD Lua, 1 Anjo MacDermot, Sorvete de Pizza Mentolado x Torpedo Tomate, Ovo


DIVULGA ESCRITOR (Drago Editorial, 2016) e Papatiparapapá (Editora Illuminare, 2017). É associada da ACIMA (Associazione Culturale Internazionale Mandala), da LITERARTE (Associação Internacional de Escritores e Artistas), da AMCL (Academia Mundial de Cultura e Literatura) e da UBE (União Brasileira de Escritores). Seus contos e poemas constam em antologias internacionais bilíngues: Amor & Amore (Edizioni Mandala), Os Melhores Poemas de 2016 (ZL Editora), Faz de Conto II (Helvetia Edições), 1ª Antologia Cultive (Fast Livro), III Antologia Mulheres Pela Paz 2017 Edição Especial (Fénix), Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea Além da Terra Além do Mar (Chiado Editora), Antologia Criticartes 2017 (Biblio Editora), A Vida em Poesia II (Helvetia Edições). Também foi destaque em diversos jornais e revistas on-line de literatura, artes e cultura como Varal do Brasil, Arca Literária, Ami, Divulga Escritor, Geração Bookaholic, Conexão Literatura, Plural, Criticartes e Philos. Participou do XXIX Salão Internacional do Livro de Turim 2016, I Salão do Livro de Lisboa 2016 e I Salão do Livro de Berlim 2016. Em 2017 tomou parte nos eventos: XVIII Bienal Internacional do Livro do Rio, 4ª Feira do Livro Livre de Buenos Aires, 31º Salão do Livro e da Imprensa de Genebra, XXX Salão Internacional do Livro de Turim, Salão Internacional do Livro de Milão, BUK Festival Literário de Modena, Feiras Literárias de Mântua, Bolonha e Roma. Conquistou o 3º lugar no Concurso Cultive de Literatura “Prêmio ALALS de Literatura” e o 1°lugar no II Festival de Poesia de Lisboa. Seu slogan é “A Escritora 2 Em 1”.

JackMichel em redes sociais: Facebook: https://www.facebook.com/escritoraJackMichel/ Twitter: https://twitter.com/JackMichel2017 Instagram: https://www.instagram.com/jackmichel2017/ Google+: https://plus.google.com/112246483579431089961 Tumblr:https://escritorajackmichel.tumblr.com/ Pinterest:https://br.pinterest.com/jackmichel2017/ JackMichel em vídeo: JackMichel “A Escritora 2 em 1” PromoVideo https://www.youtube.com/watch?v=3F8J4ck6XHU Booktrailer Arco-Jesus-Íris – JackMichel https://www.youtube.com/watch?v=iBjgF0DkAik&t=34s Spot Televisivo LSD Lua – JackMichel https://www.youtube.com/watch?v=Khg1oKH6WKo Spot Televisivo 1 Anjo MacDermotJackMichel https://www.youtube.com/watch?v=dmVR-jE07pU&t=31s Spot Televisivo Sorvete De Pizza Mentolado X Torpedo Tomate - JackMichel https://www.youtube.com/watch?v=Zn5xRdnwJvQ Spot Televisivo Ovo – JackMichel https://www.youtube.com/watch?v=dsBd0O_e5WI Book Trailer Oficial da obra Papatiparapapá https://www.youtube.com/watch?v=qbC4iWoCsTo

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Nell Morato

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omo é calculado o preço de capa de um livro? Quanto vale um livro? Quais os serviços que devemos incluir para calcular o preço de venda de um livro? O escritor ganha quanto? A editora e a gráfica ganham quanto? E ainda precisamos acrescentar o valor do frete até a casa do escritor e/ou do leitor. Livros raros, clássicos, da antiguidade, tem valor inestimável. Impossível calcular quanto vale um livro com séculos e séculos de existência, exposto em museus ou em câmaras especiais, em bibliotecas espalhadas pelo mundo. Livros que não devem ser manuseados ou com inúmeras regras de proteção para não danificar o que ainda resta… As preciosidades devem ser admiradas apenas com olhos famintos, de conhecimento, de curiosidade da revelação de mistérios ocultos por longos anos. Eu, pelo simples fato de saber que um livro ou um pergaminho, ou seja, o que for que contenha o conhecimento de civilizações pas96

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QUANTO V sadas, foi achado em alguma escavação arqueológica ou que encontra-se em museus ou institutos científicos e literários, de universidades renomadas, sinto arrepios de satisfação e contentamento. Basta saber que existem e através da imprensa, inteirar-me do seu conteúdo. Desde que fiz da literatura a minha existência, tenho procurado respostas para o preço dos livros nas livrarias do país. Como uma editora brasileira negocia títulos estrangeiros? Os direitos para traduzir, editar, imprimir e espalhar por livrarias com valores inferiores aos praticados na literatura nacional? Alguns dizem que são best-sellers e a venda é garantida, que a impressão é em larga escala e só isso já reduz o custo. Despesas com lançamento, divulgação, distribuição e por aí segue a lista interminável de despesas… As livrarias não compram, recebem consignado com valor de venda/capa + percentual, quase sempre 40% a 60% embutido. Soube através da imprensa que

livrarias vendem espaços nas suas lojas, vitrines, prateleiras centrais e com ótima visualização custam tanto... É o mercado capitalista. Não sou contra o capitalismo ou vender livros para que poetas e demais escritores sejam dignamente pagos pelo seu talento e criatividade. Na minha modesta opinião, o assunto é cultural e muito antigo, desde o descobrimento, a colonização do nosso país. Os primeiros povos, além dos nativos, os índios e verdadeiros donos da terra brasileira, eram europeus, como portugueses, espanhóis, holandeses, franceses, etc. Prevaleceu a cultura europeia… o que é de “fora” é melhor. Poucos lutavam para garantir o nosso espaço entre o nosso povo, dentro do nosso país. Minha admiração a José de Alencar, que “representou um dos mais sinceros esforços patrióticos em povoar o Brasil com conhecimento e cultura próprios, em construir novos caminhos para a literatura no país.” “Uma andorinha só não faz verão”… Se existisse um espírito de mudança e união, desde a época de


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VALE UM LIVRO?

José de Alencar, por exemplo, nós teríamos hoje uma melhor atuação da cultura brasileira. E o que é pior… o próprio povo brasileiro, independente de classe social, repudia ou simplesmente, não “se importa” com a literatura nacional. Mesma situação vive o cinema brasileiro. É uma questão cultural. Retomando o assunto: “quanto vale um livro?”, discorrendo so-

bre as editoras média e pequenas, que não são entidades assistencialistas e sim empresas e o objetivo é ganhar dinheiro. Essas costumam caçar escritores pelas redes sociais, com propostas de edição de livros totalmente custeadas pelo escritor. Alguns deixam-se iludir pela proposta, achando que tem em mãos um best-seller (talvez seja mesmo), e sequer se dão conta que a edito-

ra precisa pagar suas contas e para tanto necessita cobrar pelo serviço oferecido. Não sou contra o escritor pagar pela edição do livro. Se existir condições financeiras para isso, deverá fazer e trabalhar muito para divulgar o seu trabalho. Valorizando os seus escritos, seu talento e criatividade. Se pensar em ganhar dinheiro para recuperar o investiwww.divulgaescritor.com | dez 2017

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL mento, então desista, melhor não gastar o seu dinheiro. Não é assim que funciona, poucos conseguem chegar lá. E para isso, levaram anos escrevendo e escrevendo. Tem o outro lado, que é muito melhor do que o vil metal, a admiração de pessoas estranhas, que se encontraram lendo seu livro ou poesias escritas com a força da alma. Vale por muitos aplausos… Vivi um momento de extrema euforia recentemente. Postei uma poesia que atingiu centenas de pessoas, e diante de tanta admiração e os comentários recebidos, de pessoas que nunca vi, e então, fechando meus olhos imaginei que estava na Arena do Grêmio, totalmente lotada de torcedores aplaudindo o seu time… que os aplausos e os gritos eram para a minha linda poesia. Um momento íntimo. Inesquecível! Voltando aos livros e ao mercado literário… Tenho ocupado meu tempo com muitos orçamentos, pesquisando preços e serviços que atendam às necessidades dos autores. A cada semana, uma nova surpresa. Encontrei preços altos, impraticáveis, médios e bons preços. E a cada orçamento, levando-se em conta o material e o serviço, que envolve a impressão de um livro, é possível, baratear ou encarecer o produto. Necessário se faz disponibilizar “tempo” para comparar propostas e encontrar em meio ao alto número de gráficas existentes no país, aquela que oferece as melhores condições. Não só o melhor preço, mas o melhor serviço, atendimento, organização, para atingir o objetivo de imprimir não só um livro, mas o sonho de um autor. 98

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Uma surpresa desagradável ocupou minha mente durante duas semanas. O frete dos Correios, via PAC e SEDEX. Quando solicito orçamento para uma gráfica, peço para que seja incluído o frete nas duas modalidades acima mencionadas. E, em muitas das gráficas, os valores superam o da impressão. Divergem demasiado umas das outras. Saí, então, em busca da verdade escondida no frete… Reuni informações disponíveis e dados de embalagens, peso, localidades, onde tem entrega disso, daquilo e o período em trânsito, até o destino da encomenda. Dediquei-me aos cálculos e muitos cálculos depois, a surpresa… algumas gráficas cobram ágio de + de 100% sobre os valores praticados pela ECT no Brasil. Questionei uma empresa gráfica, que havia me passado preços absurdos e fui informada que “como era serviço para terceiros, havia impostos a pagar”. Duvidei da desculpa e procurei a Agência Central dos Correios aqui na capital dos gaúchos… e constatei que eu estava fazendo cálculos corretos, usei e abusei do atendente, esclarecendo todas as minhas dúvidas. A desculpa da tal gráfica tratava-se de uma mentira. Uma grande mentira que encarece o valor final do livro. E mais, o orçamento deles nem apresentava o melhor preço de impressão e foi descartado. Estamos no Brasil e, lamentavelmente, a ideia de “sempre levar vantagem” nunca vai desaparecer, está tão impregnada em nosso modo de vida, que é passada de pai para filho, para as gerações futuras e para sempre.

Porém, não apenas serviços de terceiros atrapalham o valor de um livro, o próprio autor, muitas vezes, desvaloriza o seu trabalho. Quando não acredita naquilo que escreve, ou só pensa em faturar, vender o livro e salvar uns trocados do investimento. Lamento a ausência de autoestima, de respeito à literatura, quando me deparo com e-books, que são livros, livros digitais… sendo vendidos a R$ 1,99. Como as lojas que surgiram no país, que vendiam quinquilharias vindas do Paraguai. Hoje não é mais do Paraguai, elas são “importadas” da China. A imprensa cultural escreve frequentemente sobre pesquisas relacionadas aos livros digitais, que o público (ínfimo) brasileiro ainda não se encontrou com os e-books e que os livros de papel continuam vendendo muito mais. Vai ver que ninguém leva a sério um e-book, achando que tem só parte do livro ou é de péssima qualidade por ser tão barato? A maioria pode ser baixado gratuitamente na maior plataforma da internet. Eu só sei que livro é uma preciosidade. Além de guardar os sonhos dos poetas e escritores, delicadamente traduzidos em palavras ou em versos. Livros apaixonam e ensinam. Livros podem mudar a vida das pessoas, como dizia o querido poeta Mario Quintana. E eu desejo, que todos encontrem no meio do caminho um livro, e não uma pedra como escreveu outro poeta encantador, Carlos Drummond de Andrade.


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ENTREVISTA

ESCRITORA MARIA JACINTA

É uma nova versão de um amor quase impossível, ambientada na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.”

Maria Jacinta de Resende Borges nasceu em Perdizes (MG) e passou sua infância e juventude em Uberaba, no mesmo estado, onde iniciou sua profissão de professora, no Grupo Escolar Jacques Gonçalves. Atualmente mora em Sertãozinho (SP). Aposentada, é diretora de escola. Lançou, no dia 09/03/2017, seu primeiro livro, o romance “Os amantes das Gerais”. A história se passa em Perdizes e abrange o Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba. É matizada com casos pitorescos da região e leves pinceladas históricas das Alterosas. Boa leitura!

Escritora mineira lança o livro Os amantes das Gerais Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Maria Jacinta de Resende Borges, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a inspirou a escrever “Os amantes das Gerais”? Maria Jacinta - “Os Amantes das Gerais” foi escrito há mais de trin-

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ta anos, mas só agora, após minha aposentadoria como diretora de escola, decidi publicá-lo. Sempre gostei de ouvir casos. Eles oxigenavam a minha mente, e aos poucos fui percebendo que já possuía farto conteúdo para escrever um romance ligeiramente semelhante a Romeu e Julieta, os amantes de Verona. Daí surgiram Théo e Matilde, os

amantes das Gerais, namorando às escondidas nas matas e montanhas das Alterosas e atraindo para si extremos sacrifícios. Onde se desenvolve o enredo que compõe “Os amantes das Gerais”? Maria Jacinta - É uma nova versão de um amor quase impossível, ambientada na mesorregião do Triân-


DIVULGA ESCRITOR gulo Mineiro e Alto Paranaíba. A vida no campo, o trabalho, o lazer, a fé, tanto dos fazendeiros como dos serviçais, os usos e costumes do início do século XX e a intriga familiar formaram o pano de fundo desse romance entre dois jovens de classes sociais distintas. Quais os principais desafios para a escrita desta obra literária? Maria Jacinta - Escrevi “Os Amantes das Gerais” num momento em que meu tempo era dividido entre os afazeres profissionais, domésticos e as funções primordiais da maternidade. Então, nunca podia dedicar-me inteiramente a ele. O desconhecimento quase total sobre o mercado editorial também contribuiu para o “esquecimento” temporário do sonho de publicar meu livro. Ele hibernou por longos anos, mas agora senti que já era tempo de trazê-lo à tona e oferecê-lo aos leitores. Podemos dizer que se trata de um romance histórico mineiro? Maria Jacinta - Creio que romance regional seria o termo mais adequado, pois ele aborda com mais intensidade, somente duas regiões de Minas Gerais; são poucas as nuances históricas, e elas aparecem apenas para matizar o enredo. O que mais a encanta em “Os amantes das Gerais”? Maria Jacinta - Tudo. Meu encantamento por ele vai do primeiro ao último capítulo. Tentei retratar da melhor maneira possível os acontecimentos mais significantes que marcaram e alegraram a minha infância, a de meus familiares e ami-

ra se interesse em dar suporte à publicação de uma segunda edição, você teria interesse em conhecer proposta? Maria Jacinta - Claro que sim! Mas nunca vou esquecer ou ignorar a força das redes sociais. Foi por meio delas que iniciei, temerosa e solitária, a comercialização do meu livro, descobri inúmeras possibilidades que a internet oferece e encontrei generosos amigos virtuais que estão participando ativamente de sua divulgação, até em outros países. Jamais vou deixar de utilizá-las.

gos. Os “causos” contados de maneira solene, para a plateia familiar, exerciam sobre mim um verdadeiro fascínio. A televisão roubou-lhes o encanto, não há mais tempo nem interesse em contar ou ouvir causos oralmente, porém eles, até agora, permanecem vivos na memória cultural de um povo. Pensando assim, acredito que ainda haja espaço para divulgá-los numa nova roupagem – o livro. Onde podemos comprar o seu livro? Maria Jacinta - O livro foi publicado em edição independente e não se encontra à venda em livrarias. Para adquiri-lo, basta acessar o site: www.osamantesdasgerais.com.br Para mais informações: mjacintarb@globo.com (16) 9 9383-2929 Seu livro foi publicado de forma independente; caso alguma edito-

Quais os seus principais objetivos como escritora? Maria Jacinta - Conquistar o gosto dos leitores, dar visibilidade à minha escrita e transmitir com coerência e sensibilidade tudo aquilo que minha imaginação for capaz de criar. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Maria Jacinta de Resende Borges. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Maria Jacinta - Conhecer novos nomes que estão surgindo no universo literário, apostar no potencial que têm, principalmente os nacionais, e aventurar por diferentes estilos e modalidades de leitura.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Rosa Maria Peres

A ARTE EXISTE PORQUE A VIDA NÃO BASTA (Plagiando Ferreira Gullar)

17 anos depois da participação do teólogo Leonardo Boff em Haya, na Holanda em que ele representava o Brasil. na construção final da Carta da Terra, documento elaborado por representantes do planeta para garantir um mundo melhor com qualidade de vida, uma sociedade global justa, sustentável e pacífica; ainda vivemos o período da separatividade. Em plena era do capital intelectual, em que a inteligência emocional é o fator preponderante para alcançarmos o equilíbrio e a excelência exigida por um admirável mundo novo, globalizado e repleto de contrastes. Exige-se do ser humano o auto conhecimento como supremacia absoluta para o seu su102

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cesso, uma corrida desenfreada que separa ainda mais os homens, uma competitividade acirrada sem fim rumo ao sucesso pessoal e profissional, salve-se quem puder, os melhores engolem os com menos oportunidades. Estamos literalmente divididos em tudo. O admirável mundo novo tem poucos espaços para comungarmos do mesmo pensamento solidário em defesa de um planeta mais equitativo. A nova ordem mundial dita regras básicas que precisamos obedecer para garantirmos nossa estada no mercado de trabalho, excludente e competitivo. E como precisamos sobreviver, lá vamos nós com doses extravagantes de empatia, aprendemos a falar vá-

rias línguas, trabalhamos três horários por dia, ainda é preciso sobrar tempo para a academia, precisamos atender as exigências da indústria da beleza, senão também estaremos excluídos. Espaços para cuidar dos filhos, para amar e respirar ficam sempre para últimos planos. Estamos à beira do precipício, num fio de navalha prestes a despencar. A vida é um milagre, de um lado assistimos a exacerbação do Capitalismo, as pessoas dando valor as coisa menos insignificantes, esbanjando tempo com consumismo, como se ele suprisse todos os nossos sonhos e desejos que ficaram no meio do caminho. Talvez esse seja o nosso maior dilema, encontrar a nossa essência no meio


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porciona um equilíbrio entre toda as dimensões humanas, nessa nova maneira de ver e assistir as mudanças planetárias, a arte é o elemento essencial para harmonizar e suavizar essas transformações. O processo educativo é lento, afinal vivemos o século dos acontecimentos, das informações, da tecnologia acirrada, do anacoreto cibernético e também da solidão. Cabe a arte, essa matrona com seu cutelo e foice na mão, as vezes com a varinha de condão e um ramalhete de flores, as vezes com o sol na ponta da caneta, a lua no tablado mágico, com a indignação na voz suave; cabe a Arte, a passagem, a transição, o florescimento para nos inebriarmos da pureza de Gaia. Afinal, a arte existe porque a vida não basta. Biografia

da ganância. Precisamos de menos organismos mundiais, menos discursos e mais ações positivas. Se de um lado existe uma forte corrente que caminha para o caos; do outro lado existem correntes que buscam a Unidade, um período de construção de uma nova forma de viver e defender o planeta, pessoas portadoras de um potencial de criatividade e capacidade para transformar os elementos naturais e colocá-los a serviço da vida. Uma longa teia de renda vem sendo tecida para instaurarmos essa Unidade tão necessária

para vivermos em paz com o belo, o estético, o politicamente correto. ESTAMOS VIVENDO ESSE MOMENTO CRUCIAL do despertar de uma nova maneira de SER e VIVER em equilíbrio consigo mesmo, com os outros e com o planeta. A vida humana possibilita o florescimento de uma sociedade harmônica, a colheita num futuro breve será de frutos como o amor, o respeito mútuo, a ética, a vida sustentável em respeito a flora e a fauna. Como a vida imita a arte e tudo que resiste vira arte e ela pro-

Rosa Peres acredita na força da arte como elemento de transformação social, seus escritos tem um engajamento social e político que denuncia todas as mazelas impostas pela sociedade, faz isso com um lirismo inigualável. Membro da Academia de Letras do Goiás - ALG, Academia de Letras do Sul e Sudeste Paraense, Academia de Letras do Brasil, Presidente Pró-Tempore da Academia de Letras de Rondon e Região, Sócia-fundadora da CORPPOConfraria Rondon Paraense de Pensadores e Poetas, membro da Associação de Escritores do Sul e Sudeste Paraense, Representante da REBRA- Rede de Escritoras Brasileiras no Pará. Rosa Peres tem 05 livros lançados: Pirulito Pirulê (2000), Contos e Encontros (2005), Paulo Pedro Peralta (2011) Pelo Vitro (2013) Mentes em Voo (2017). Em parceria com outros escritores tem 12 livros lançados, um traduzido para o Francês. Em 2017 teve um dos seus contos “Labirintos da Memória”, premiados em São Paulo, como uma das melhores obras do século.

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ENTREVISTA

ESCRITORA MARIA JOSÉ

A obra representa resíduos, ou melhor, traça a solidão, angústia, alegria e tristeza, elementos presentes em toda alma humana.”

Maria José Vital Justiniano é mineira e mora em Patos (PB), estado que adotou de coração. Formada em Letras, possui pós-graduação em Ciências da Sociedade pela UEPB,é professora universitária,ministra várias disciplinas e é amante das letras. É de sua autoria o projeto Comitê de Leitura – iniciativa apoiada pelo FIC Augusto dos Anjos, do governo do estado da Paraíba. O mesmo projeto foi desenvolvido na prefeitura de Patos, apoiado pelas Faculdades Integradas de Patos (FIP), em parceria com a prefeitura local. Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Maria José Vital Justiniano, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que mais a encanta na arte de escrever? Maria José - O poder que as palavras possuem. Jogar com palavras faz a sensibilidade ficar aguçada, além da concentração necessária ao ato de escrever. Existe uma corrente de possibilidades de ajustar as pala104

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vras, cada uma é um elo da corrente. Isto significa dizer que ficamos envolvidos o tempo todo na magia de gerar uma poesia. Quais temas estão sendo abordados em seu livro “Poeiras da Alma”? Maria José -Temas diversificados. Desde gêneros discursivos já conhecidos, como crônicas, contos,

homenagens, orações... até tritofes, uma modalidade criada por mim, chamada de experimental. O amor é uma tônica recorrente em vários textos da obra. Acredito que a busca por originalidade sempre me perseguiu. Apresente-nos sua obra poética. Maria José - A obra representa resíduos, ou melhor, traça a solidão,


DIVULGA ESCRITOR angústia, alegria e tristeza, elementos presentes em toda alma humana. As nossas poeiras ficam acumuladas, e nem percebemos que elas precisam sair da alma. É um livro escrito, carinhosamente, com detalhes e retalhos formando um conjunto de textos desenhando o mosaico literário que permite ao leitor(a) um adentrar-se, um suspiro; enfim, uma viagem ao universo poético.

ção no sentido de se impor como escritora, mas que os textos possam ser a chave – a resposta para a libertação do ser humano. Apresente-nos o seu projeto “Comitê de Leitura”. Quais objetivos? Onde é realizado? Quem pode participar? Maria José - O referido projeto já foi realizado e agora está inativo. Na época, o valor social atingiu mais de 80 crianças. Eram duas horas diárias com professores que trabalhavam desenvolvendo a leitura e a escrita. A metodologia era sempre utilizando textos de diversas modalidades. A partir dos textos e, após três meses, as crianças eram convidadas a construírem outros textos. O produto originou a obra “Escritores Mirins”.

Apresente-nos um dos textos publicados em “Poeiras da Alma”: Poesia Triste Na busca das letras, meu coração acelerou para formar palavras. Minhas mãos tremeram. Cada verso escrito, uma lágrima rolava, e a poesia fugia. Na fuga, levava minha alma; em minha alma cada pulsação me sufocava. Nem mesmo a poesia me acalmava. Atrás de um poema corri, meus olhos lacrimejaram, a poesia sorriu. O que mais a atrai nos textos poéticos? Maria José – A realização de se sentir viva. O que diferencia o seu livro “Poeiras da Alma” de “Segredos em Poesias”? Maria José - A obra “Segredos em Poesias” surgiu de repente, da necessidade de fazer uma coletânea de rascunhos, de escritas marcadas pelo tempo; enquanto “Poeiras da Alma” me despertou agora, no

presente, uma mistura de sonho se magias que precisavam passear fora do meu eu. Nesta obra, que possui 200 páginas, há marcas e vértices de uma caminhada mais madura no âmbito da literatura moderna. Onde podemos comprar os seus livros? Maria José - No site do Recanto das Letras tem meu contato.Futuramente visitarei as livrarias para tentar deixar em exposição para venda. https://editora.recantodasletras. com.br/livros/Poeiras-da-Alma--MARIA-JOSE-VITAL-JUSTINIANO Quais os seus principais objetivos como escritora? Maria José - Esta pergunta é quase impossível de responder. Vou tentar. Apenas buscar na dimensão literária um espaço, não de promo-

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Maria José Vital Justiniano. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Maria José - Quero agradecer a vocês a oportunidade da divulgação, fazendo um convite para que busquem ler a obra “Poeiras da Alma”.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Roberto Mello

Uma Ceia de Natal Diferente

A

rnaldo, produtor cinematográfico, decidiu realizar um curta-metragem com o propósito de acender uma centelha. Centelha esta que crescesse e iluminasse sentimentos, pensamentos e atitudes a nível mundial. Ele não tem apreço pelo descaso socioeconômico que atinge famílias, as quais, bravamente, sobrevivem ao caos do desemprego, a falta de recursos e outros fatores que os impedem à verdadeira cidadania. Quanto ao elenco, não foi preciso análise curricular, ou entrevistas desgastantes, ou viabilidade de pretensão salarial, ou testes de câmera e encenação. Nada disso foi necessário. E, quanto ao famoso “Q.I – QUEM INDICA”, que é o clichê preferido de partidos políticos e lideranças governamentais e empresariais, passou longe. 106

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O único critério exigido aos atores selecionados foi: “no dia sejam vocês mesmos!”. Porém, será um dilema, afinal, eles não desfrutam desse luxo; não podem sequer adentrar ao interior de um restaurante. Socialmente, são denominados de mendigos ou população de rua. Portanto, os personagens não são fictícios, e sim, reais. — Carla, você providenciará os seguintes itens: um salão de festas que disponibilize somente o espaço, trinta mesas de aço, cento e vinte cadeiras dobráveis, toalhas de mesa nas cores vermelha e branca, um trio musical - violonista, saxofonista e pianista -, um Buffet completo com direito a dez garçons impecavelmente vestidos, três ônibus de turismo para o transporte dos ilustres convidados ou atores ou personagens, trajes sociais e um salão de beleza que abrace a ideia. Carla anotou em sua agenda e, com uma pequena dose de curiosidade, perguntou: — Senhor Arnaldo, que produção será essa? — Uma ceia de natal diferente. — E quanto aos patrocinadores? — Os patrocinadores? — Ele questionou ironicamente. — Eu, você..., bem, em suma, todos nós. Somos responsáveis por esta falência globalizada. — Não entendi! — Carla, por favor! — Arnaldo, em tom um pouco mais áspero, exclamou. — Apenas providencie. — Mas o senhor prima pela planilha de cotação de custos. — Para este curta esqueça custos, esqueça planilha.

— E qual a data prevista para as gravações? — A noite de Natal. — Então, significa que iremos trabalhar? — Sim! — Arnaldo confirmou. — Todavia, poderão trazer seus familiares. Desfrutaremos de um período ímpar como seres humanos. — E os atores? — Ah, eles chegarão aqui às 8 horas. *** E chega o dia tão esperado, tão sonhado e tão desejado. Eles consomem horas nos ajustes de roupas, salão de beleza e higiene pessoal. Os ponteiros do relógio já apontam vinte e duas horas. Arnaldo, Carla e equipe chegam ao local do evento, realizam a última revisão e os aguardam para recepcioná-los com carinho e afeto. Os ônibus chegam e estacionam em frente à casa dos sonhos ou desejos. Percebem o semblante da fisionomia de cada um; constatam que ascende o renascimento ao amor próprio e esperança quanto aos valores morais e éticos ora esquecidos. Sorridentes e assustados, eles sentam-se, elogiam-se, e comemoram aquele natal com lágrimas nos olhos. A equipe emociona-se com a expressão de cada ator representando nossas próprias vidas. Literalmente, é a ocasião da fantasia, ilusão, sonho e realização. Arnaldo apenas observa-os, instantes depois, permite-se a algumas lágrimas e comenta: — Eles não precisam de laboratório para nos representar, afinal, são as cobaias no grande laboratório de sua própria existência ou teimosia pela simples razão de viver.


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ENTREVISTA

ESCRITOR PAULO CARVALHO

Deste modo, além de pesquisar sobre as vestimentas dos personagens, tive que ter atenção sobre detalhes da época, mesmo que não tenha determinado uma data específica, de modo que apesar de ser uma história de ficção, ela tenha condições viáveis de acontecer.” Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Paulo R. Carvalho Jr, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, como surgiu inspiração para a escrita de seu livro “O Soar das Botas”? Paulo Carvalho - Em 2004, ao praticar aulas de interpretação, percebi que em vez de atuar, minha verdadeira paixão estava por criar e contar histórias. Sendo natural do sul

Paulo Roberto Carvalho Jr nasceu em Porto Alegre em 29 de outubro de 1988. Apaixonado por literatura desde a infância, começou seus primeiros escritos em quadrinhos de personagens palito no caderno. Estudante de Administração de Empresas pela universidade Uninter, organiza seu tempo entre o estudo, o trabalho, a criação de seus textos literários e, é claro, sua família. Em maio de 2016, realizou o desejo de publicar seu primeiro romance épico “EIDY O Reino de Sólis”, a primeira parte de uma saga, e em setembro de 2017, seu novo conto “O Soar das Botas”. Boa leitura!

do Brasil e amante da cultura desta terra, sempre tive vontade de escrever uma história em homenagem a este povo. Curiosamente, ao assistir o desenho da Disney, El Gaucho Goofy, tive o ponto de partida que estava buscando, pois neste cartoon a personagem é um caubói trazido para a América do Sul, neste caso para a Argentina, enquanto o narrador descreve o gaúcho do Pampa e seus costumes. Curioso quanto uma possível interação destes dois homens do campo, iniciei minha

pesquisa, e assim pude atender este desejo antigo que trouxe muita satisfação para este escritor. Quais os principais personagens que compõem o enredo que envolve a trama? Paulo Carvalho -O Gaúcho, guardião do Pampa; e seu visitante, o caubói. O primeiro é um homem apaixonado por sua terra e leal aos seus princípios. Em sua mente encontram-se três verdades: a terra sagrada; a honra, uma virtude; e um www.divulgaescritor.com | dez 2017

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DIVULGA ESCRITOR homem morto jamais poderá repetir uma ofensa. O segundo é um forasteiro que surgiu envolto em mistério nas terras de seu anfitrião e necessitará de sua colaboração para solucionar a desventura que o envolve. O maior problema nesta interação é o fato de que ambos não conhecem o idioma do outro.

Onde podemos comprar o seu livro? Paulo Carvalho - O livro pode ser adquirido no site Clube de Autores e pela Estante Virtual. As versões em E-pub podem ser adquiridas na Amazon, Livraria Cultura, no celular pelo Google Play Store, Kobo, Zoom e Agbook.

Apresente-nos cinco motivos para ler “O Soar das Botas”. - Esta é uma história única, que apresenta o encontro improvável entre os dois vaqueiros das Américas. - Apresenta uma história em que a presença da solidariedade e amizade pode superar obstáculos aparentemente intransponíveis. - A troca de culturas entre os personagens que, apesar de distintos num primeiro momento, apresentam semelhanças consideráveis entre si. - É uma história coesa com início, meio e fim, de fácil e agradável leitura. - Uma homenagem ao Rio Grande do Sul e a seu homem do campo.

Quais os seus principais objetivos como escritor? Você pensa em publicar novos livros? Paulo Carvalho - A capacidade de criar histórias e despertar diversos sentimentos nos leitores é o que me fascina ao escrever. Tenho uma meta pessoal de lançar cinco livros em cinco anos, e estou chegando na metade do caminho. Tenho certeza de que vou atingir este objetivo, e assim espero aprimorar minhas habilidades como escritor para continuar a entreter meus atuais e futuros leitores.

Quais os principais desafios para a escrita do livro? Paulo Carvalho - Quando um autor deseja escrever sobre fatos ou costumes de determinados povos, é necessária uma pesquisa prévia para que o texto não deturpe muito de fatos verossímeis e muito menos ofenda quem leia. Deste modo, além de pesquisar sobre as vestimentas dos personagens, tive que ter atenção sobre detalhes da época, mesmo que não tenha determinado uma data específica, de modo que apesar de ser uma história de ficção, ela tenha condições viáveis de acontecer. Ao escrever é necessário cuidar da estrutura da história, pois do contrário tudo seria possível e ela perderia sua capacidade de criar

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tensão ou que nos importemos com os personagens. Quais temáticas estão sendo abordadas nesta obra literária? Paulo Carvalho - O texto aborda – de forma limitada devido ao seu tamanho reduzido – assuntos como discriminação e receio por parte do estrangeiro, ganância e crueldade, apresentadas pelo antagonista da história;assim como solidariedade, dever e honra, pelo protagonista regional. Durante o percurso de escrita, qual o momento que mais o marcou na história de “O Soar das Botas”? Paulo Carvalho - No capítulo 10 “A Partilha”. Neste momento ambos os homens do campo podem descansar e recuperar-se da desventura de sua jornada em agradável momento de compartilhamento. Cada um divide um pouco de sua cultura com o outro, apesar da dificuldade que ambos possuem em comunicar-se de forma satisfatória. Este foi um dos últimos capítulos que concluí antes de terminar a obra, e fiquei bastante contente com o resultado obtido. É curioso o quanto pode ser expressado ou entendido por uma pessoa, apesar de esta conversa possuir um número tão limitado de palavras entre os envolvidos.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Paulo R. Carvalho Jr. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Paulo Carvalho - Agradeço imensamente a oportunidade que a Divulga Escritor proporcionou a mim, assim como contribui com o trabalho de novos escritores que estão entrando no mercado literário. Espero que leiam meus textos, apreciem a história, compartilhem com os amigos e acompanhem os futuros trabalhos que estão saindo do forno. Um abraço e boa leitura a todos os meus inestimáveis amigos leitores. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com


DIVULGA ESCRITOR PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Téia Carmargo

PRECE DE FIM DE ANO

RESOLUÇÕES DE ANO NOVO

Obrigada por tantos momentos bons; obrigada por algumas duras lições!

Ano velho que se finda; Ano novo se aproxima. Sorrisos, desejos, amores, abraços, promessas, arrependimentos e afagos.

Obrigada por me manter junto a quem amo; obrigada pela conformação das perdas deste ano! Obrigada por me fazer enxergar a felicidade; Obrigada por fechar meus olhos à bruta crueldade! Obrigada por manter meu corpo e mente saudáveis; Obrigada por me permitir ser gentil com os que enfrentam tempestades! Obrigada pelas queridas e sinceras amizades; Obrigada por afastar de mim a vil falsidade! Obrigada pelo ruído da conversa e da risada; Obrigada pelo silêncio da reflexão na caminhada! Obrigada por tudo; Obrigada pelo nada! E se o que me restar for apenas uma palavra, Fazei com que ela seja um amável “obrigada”.

Energia eletrizante emanada de um momento singular, quando os povos em união, não importa origem ou credo, concedem-se aproximações, permitem-se extravasar emoções. Que essa poderosa onda de generosidade, amor, bondade, compaixão e esperança, toque o mais profundo de alma, de cada coração, permitindo a realização de todos os sonhos, para que um novo ciclo alvissareiro se inicie, em que a felicidade seja a maior das conquistas e a alegria genuína, a justa e merecida vitória.

Instagram: @teiacamargoescritora www.facebook.com/teiacamargoescritora

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DIVULGA ESCRITOR

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Rita Ramos Sou-me

Quietude em mim

A percepção de ser aparece no início da primavera. A audácia mostra que o viver brota, cresce e floresce, Mas o evento da ausência, contígua e desgarrada, É um quase-paradoxo, nessa caudalosa estrada.

A quietude chegou e se impôs. Não pude evitar seu poder... Instalou-se dentro do ser E insaciável domínio mostrou!

Ser protagonista, na ousada forma de entrever-se no tempo e na poesia, percebo a solidão...e já não sou! Acontece o fingimento, filosofo vagarosamente... E o verão da alma abafada, fenece dentro do peito!

Toda vez que o silêncio me abraça Minha alma grita! Estremece... Ouço o desespero sincero Um inaudível soluço floresce ...

Na busca , desmascara-se um outono insuportável. A névoa dos olhos vira rebelião, transgressão e ilusão... Enlouquecida, percebo a audácia transposta pelo véu De uma existência não cumprida, numa insólita revelação.

Minh’alma então compreende Que tem espaço para exortar Sentimentos e sensações, Que não pode evitar Nem mostrar ...

A enigmática forma do mostrar, me faz irreverente. O inverno da ausência faz morrer a desmedida inocência, arrebanhada pelo existir permanente e a ameaçador... A emoção faz garimpagem e põe de lado a incoerência. E assim, no carrossel do entusiasmo, busco o não-sou! A revelação do olhar, constrange e desafia o coração... Afinal, descubro quem eu sou todo dia! Nessa existência antagônica, penso que beiro a poesia.

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Se esconde de tudo e de todos, Nos dias de barulho-rotina... Nos dias de correria-vida... Nos dias de faz-se-tudo-para- viver! O silêncio fala mais alto. Percebo que sou assim... Inexisto no barulho, Na quietude há tudo de mim!


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DIVULGA ESCRITOR

ENTREVISTA

ESCRITOR SILMAR BOHRER Silmar Bohrer nasceu na segunda metade do século 20 sob o signo de Gêmeos, o mais querido do zodíaco. Silmar Bohrer tem feito da literatura um regalo da vida. Escreve desde a adolescência, fazendo dos seus versos uma missão constante. “O importante não é escrever muito. O essencial é escrever sempre. Escrever, um sacerdócio”, eis o seu dogma. Se algum curioso pela arte literária lhe indagasse pelo ato de escrever, ele diria que o poeta escreve dentro da sua visão de mundo – esse cadinho de vivências ao longo dos dias. E qual é a essência da poesia? Inspiração, transpiração, conhecimento, uma simbiose que nutre ideias, pensamentos, sentimentos. São universais os motivos condutores ao reino da poesia – natureza, e céu, e ares e a vida...

Boa leitura!

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Silmar Bohrer, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o motivou a ter gosto pela escrita literária? Silmar Bohrer - Desde os tempos de adolescente tenho comigo essa necessidade de escrever; e foi lendo e escrevendo que não parei mais. As leituras eram constantes, a paixão pela palavra cresceu, inchou e extravasou. Virou filosofia: escrever sempre, fazendo deste hábito o mais puro sacerdócio. Em que momento se sentiu preparado para publicar seu primeiro livro solo? Silmar Bohrer - Nunca pensei em publicar o primeiro livro, apenas escrevia. Mas chegou um momento em que, incentivado pelos amigos e leitores, pensei ser chegada a hora de publicar um livro de poemas. E há tempos ele aí está, enredado nos problemas e nos teoremas da modernidade, da poluição, da vida mecânica, da preocupação existencial, do ser esmagado pelo próprio existir.


DIVULGA ESCRITOR Gostei muito de conhecer o seu livro “Trovas”, composto por textos curtos e reflexivos que podem ser utilizados em conversas coloquiais ou eruditas do dia a dia. Apresente-nos duas de suas trovas preferidas. Silmar Bohrer - Não tenho trovas preferidas, são todas meus filhotes queridos, escritas com alma, coração e inspiração. Mas escolho uma filosófica: “Aquele mundo que é só teu, /que é gostoso e atraente, / não está em nenhum museu,/ está em ti mesmo, unicamente”; e outra poética: “São ventos do nunca mais/ com seus acordes divinos/ esses ventos assobiolinos/ assobiando nos beirais.” Além do livro de trovas, temos “Sonetos”, com segmentação personalizada, que pode ser utilizado por professores em sala de aula. Um estudo leve e ao mesmo instante complexo, devido ao grau de dificuldade que temos em elaborar este perfil de texto literário. Apresente-nos um dos sonetos publicados nesta obra literária. Silmar Bohrer - O soneto “Sacra Missão”: Andam opíparos os versos Nestas calendas de outono, Trovas, sonetos, diversos, E o bom vinho dando o entono. Nestas borrascas de junho Vou cumprindo a tradição, Minha bandeira então empunho Desfraldando o verso-inspiração. Rudes rimas são o desafio No seu melhor diapasão, E costuro, e teço, e porfio, Como sói nas grandes jornadas É o bardo na sacra missão De costurar rimas sagradas. O que mais o encanta na arte literária?

cerdócio, fazendo da literatura este luzeiro, o fanal que pode induzir no leitor momentos de puro refrigério para a alma e de encantamento nos seus sentidos. Apresente-nos a Academia Caçadorense de Letras e Artes. Silmar Bohrer - A Academia Caçadorense de Letras e Artes (ACLA) surgiu em 2014, fruto da necessidade de termos em nossa região uma entidade voltada para congregar nossos escritores, bem como fomentar a escrita literária/literatura entre os mais jovens, disseminando cultura numa das regiões mais pobres de nosso Estado. Silmar Bohrer - Sou apaixonado pela arte da escrita, porque a gente pode dar asas à imaginação e tecer versos ou prosa infinitamente, trabalhando as palavras, urdindo versos, limando rimas,tirando as rebarbas de tudo que vai para o papel, eternizando ideias e sentimentos. Onde podemos comprar os seus livros? Silmar Bohrer - Não tenho livros escritos e publicados para venda. Apenas o faço quando dos lançamentos. Meus livros eu os tenho como pássaros que vão a semear pelos universos a arte literária de mão em mão. Interessados podem me solicitar pelo e-mail silmarbohrer@ yahoo.com.br Quais os seus principais objetivos como escritor e presidente da renomada Academia de Letras em Caçador (SC)? Silmar Bohrer - Meu objetivo como escritor é seguir espargindo em forma de pétalas os meus versos de cada dia. É missão, mas também sa-

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Silmar Bohrer. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Silmar Bohrer -Faço-o com uma louvação à poesia. “Estamos onde está a poesia, a poesia existe onde nós existimos.Em qualquer lugar ou qualquer coisa podemos encontrar ou fazer poesia. No murmúrio das águas do córrego,em um pássaro que canta, nas nuvens que passeiam no espaço,em tudo há poesia– basta que a nossa musa inspiradora esteja predisposta a perceber, num relance, as palpitações latentes que falam no interior com amenidade e cheias de doçura.”

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

A arte de comunicar e a necessidade de referências

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omunicar é o que mais se faz hoje em dia. Nunca tantos estiveram tão conectados a outros tantos como atualmente. A facilidade da comunicação hodierna rompeu todas as barreiras geográficas, econômicas, sociais e políticas. Até certo ponto estas frases anteriores podem ser verdadeiras... Mas na realidade a comunicação digital, online, ligada à computação e todas as outras mídias relacionadas não trouxeram para todos o entendimento que poderia ter sido alcançado. Nem a globalização, nem as mudanças no

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comportamento ou qualquer outra novidade trouxeram este entendimento tão ansiosamente esperado. Comunicar é o que menos se faz. Ou o que se faz raramente. Porque fazer circular conhecimentos e inovações tem que ser realizado de forma proveitosa. O que não é o caso. O conhecimento e as inovações são divulgadas, mas sem inteligência, sem critério e... sem proveito. A conexão de todos com todos é reduzida a grupelhos de interesses – pessoais e/ou coletivos – que atomizam a atuação ou a compreensão de todos. O resultado é que “a praça” está morrendo, se é que já não morreu. A “praça pública”, o jornal – compartilhado – a revista – digital ou impressa – o rádio, a TV, todos os veículos de comunicação são segmentados em n grupos a escolha do usuário hoje em dia. Se isto é bom por um lado, por outro é desastroso. É raro o conhecimento compartilhado que existia há algum tempo atrás. Fecham-se todos em seus próprios interesses... As barreiras geográficas, econômicas, sociais e políticas nunca se tornaram tão fortes quanto nesses tempos de terrorismo, muros de Donald Trump e violência generalizada. Eu poderia enumerar outros argumentos, mas acredito que não é necessário. O leitor pode entender perfeitamente onde eu quero chegar. Tudo está perdido? Não, longe disso. Mas é preciso entender que quantidade não é qualidade, que informação não é conhecimento e que as pausas – ou silêncios – fazem parte da comunicação verda-

deira. Preencher todos os espaços de informação – o capitalismo é mestre nisso – não é garantia de que esta informação irá ser entendida, compreendida e quem dirá, aceita e/ou utilizada, transformada. Para que se tenha uma reflexão crítica do que se quer comunicar – e que essa reflexão seja recebida, decodificada e modificada de acordo com cada pensamento – faz-se mister que haja uma referência, um ponto de referência cultural, social, econômico e/ou político, cuja consideração não esteja limitada à toda relativização, todo o tempo, como se faz atualmente em todas as esferas. Para mim, essa referência é Deus, a espiritualidade ou o sagrado. Cada um deve encontrar sua própria referência... Afinal, a comunicação se dá por comparação ou contraste. Nesse sentido, saber o seu lugar no universo depende sobretudo de referências. Portanto, é importante tornar claro que as mídias digitais – e outras novidades tecnológicas – estão aí para nos ajudar e nos tornar mais livres; bem como as mudanças sociais, na maior parte do tempo – ou assim deveria ser – porém não é o que vem acontecendo. Mudar essa sina de subutilização da comunicação é compreender profundamente que nossa humanidade, nosso lado humano deve ser lembrado sempre e que comunicar é uma arte. Que tenhamos a comunicação adequada implementada em nossos veículos midiáticos e outros, com sabedoria e oportuno proveito para todos. Paz e luz.


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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

A VIDA QUE LEVA

Fernando Jacques – JAX

O

despertador acordou-o pontualmente para mais um dia. A refrescante pasta dental, conjugada com a escova de fios de nylon macios, deixou em sua boca um delicioso sabor de hortelã. Foi, então, a vez do chuveiro, que o banhou numa ducha vigorosa. O fogão a gás esquentou a água para seu café matutino. O espelho lembrou-lhe, a tempo, de que sua barba estava por fazer. A ação pronta do barbeador elétrico, novidade do gênero, sanou o problema. A seguir, camisa, terno e gravata vestiram-no elegantemente, com a pronta ajuda dos confortáveis sapatos de cromo alemão. Seu automóvel o conduziu ao escritório, onde os papéis do dia já o esperavam. O microcomputador, recém comprado pela companhia, foi extremamente eficiente na execução do serviço. O refrigerante bem gelado saciou sua sede durante o almoço, na lanchonete próxima. Às cinco da tarde, o relógio de ponto avisou-o de que podia retirar-se do trabalho e o fiel automóvel o reconduziu de volta ao lar. À noite, a televisão cuidou de contar-lhe tudo que ocorrera de interesse ao longo das últimas horas pelo mundo afora, enquanto o ar condicionado minimizava o calor forte que fazia. A luz apagou-se enfim, para que o colchão ortopédico embalasse seu sono. E ele pôde então sonhar. Era só o que lhe restava a fazer. In Traços e Troças (2015), editora Lamparina Luminosa, S. Bernardo do Campo, SP

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ENTREVISTA

ESCRITORA VALÉRIA GRAVINO

O final feliz da vida é real, é menos romantizado, é concreto; e é isso que o livro procurou transmitir.”

Valéria Gravino é autora do livro “A responsabilidade do sócio na execução fiscal”, que alcançou o 1º lugar na lista dos livros mais vendidos da Amazon e da Saraiva no gênero, e concorreu ao 59º Prêmio Jabuti. É também autora do livro “Enquanto espero”, que concorreu ao Prêmio Kindle Literatura 2016 e Prêmio Oceanos de Literatura 2017. A obra será lançada em segunda edição pela Editora Coerência, com dois finais. É coautora de mais de dez antologias com lançamentos nacionais e internacionais, tendo sido agraciada com troféus e prêmios. É advogada, possui dois títulos de MBA e certificados de Harvard. É professora, articulista e imortal da Academia de Letras do Brasil. Boa leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Valéria Gravino,é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, como surgiu “Enquanto espero”? Valéria Gravino - Surgiu da vontade de tentar envolver temas diferentes em um mesmo texto e que fossem aparentemente desconexos. Em “Enquanto espero”, as pessoas, à primeira vista, podem pensar que se trata do mero romance de um 116

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CEO com uma funcionária, que é o que está em voga atualmente. Mas na verdade, isso é praticamente secundário. O que interessa são os segredos e intrigas que motivam o relacionamento e não o romance dos dois em si, necessariamente. O que a motivou a escrever, na segunda edição do livro, uma história com dois finais? Valéria Gravino - O final que será publicado na segunda edição é o fi-

nal original, digamos assim. O que saiu na primeira edição foi o final que obedeceu a algumas regras de edição, tendo em vista o projeto do qual o livro participa. Sendo assim, na segunda edição, estamos prestigiando os dois finais, e espero que as pessoas gostem e me contem com qual versão se identificaram. A motivação para escrever dois finais foi tentar alcançar o gosto de todos (o que seria muita pretensão, mas é o que pretendemos quando escreve-


DIVULGA ESCRITOR um homem normal como outro qualquer. Isso traz realismo, e os leitores se identificam com o casal de personagens.

mos). Então, digamos que é uma tentativa de,pelo menos, alcançar o gosto da maioria dos leitores. Como foi a construção dos principais personagens?Você se inspirou em alguém, realizou pesquisas? Valéria Gravino - Fiz pesquisas, porém direcionadas à regressão. Quanto à montagem dos personagens, foram criados como uma espécie de Frankenstein: qualidades de uma pessoa e defeitos de outras, que somados, resultaram em todos que estão no livro. Quais os principais personagens que compõem a trama? Valéria Gravino - O casal principal é Ricardo e Vitória. Ricardo, empresário; e Vitória, advogada. Temos ainda Selena, a antagonista da história; Ângela, que é um dos personagens-chave; e Miguel, que é sócio de Ricardo e desempenha um papel muito importante na trama. Nesta segunda edição, existe algum personagem novo envolvendo a trama ou os personagens são os mesmos? Valéria Gravino - Os personagens são os mesmos, em respeito aos leitores da primeira edição. Foi alterado o destino final de Ricardo e Vitória, e resolvi incluir algumas passagens que ficaram de fora pelo mesmo motivo que o final original na primeira edição. Como foi a escolha do título? Valéria Gravino - Foi baseada em uma canção de mesmo nome, a qual aprecio e que me ajudou muito a ter inspiração para descrever a parte em que a protagonista sofre.

Descreva o livro em duas palavras. Valéria Gravino - Superação e amor. Onde podemos comprar o seu livro? Valéria Gravino - A segunda edição será lançada em dezembro, e estará também nas livrarias físicas, sobretudo na Saraiva. Até lá, a primeira edição estará à venda nas versões impressa e em e-book na Amazon, e em e-book, na Saraiva. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor pelo enredo que compõe a obra? Valéria Gravino - Apesar de ser uma ficção, é uma história que poderia ser vivida por qualquer pessoa; então gostaria que acreditassem que final feliz não acontece só em novela. O final feliz da vida é real, é menos romantizado, é concreto; e é isso que o livro procurou transmitir. As pessoas também podem ser felizes, independentemente do lugar-comum, do clichê “casaram-se, tiveram filhos e foram felizes para sempre”. O que mais a encanta em “Enquanto espero”? Valéria Gravino - Os mistérios e as intrigas que rondam o romance dos protagonistas; o fato de Vitória não ser a mocinha indefesa que se espera em um romance; e o fato de Ricardo, por sua vez, ser de um anti-herói. Ele não é um príncipe, é

Quais os seus principais objetivos como escritora? Valéria Gravino - Emocionar e inspirar as pessoas. Como escrevo também sobre a área na qual trabalho como advogada, nesse contexto quero transmitir o que aprendo, de uma maneira mais suave e acessível. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Valéria Gravino. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Valéria Gravino - Espero que gostem do “Enquanto espero”, que se divirtam e que, de alguma forma, se inspirem com a história. _________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Contato com a Autora: https://www.facebook.com/Simone.O.Marques.escritora Caso queiram ver algum autor nacional por aqui e lá no blog, entre em contato: graziellimoraes@hotmail.com

Blogueira Grazielli de Moraes Hoje trouxe pra vocês conhecerem uma das primeiras autoras nacionais que tive o prazer de conhecer pessoalmente e que virou uma grande amiga e parceira. Simone O. Marques Nascida em São Paulo no ano em que o homem pisou na Lua e de Woodstock. Apaixonada por histórias de ficção e fantasia, teve seu primeiro livro publicado em 2008 e de lá pra cá já são vários títulos publicados, desde então.

Autora da saga histórica As Filhas de Dana - que já resenhei os dois primeiros lá no blog (www.facesdeumacapa.com.br). Autora também da série de vampiros Sabores do Sangue e das séries de aventura fantástica: Os tesouros da Tribo de Dana e Crônicas do Reino do Portal. Possui ainda contos publicados nas antologias: Draculea, Grimoire dos Vampiros, Elas Escrevem, Marcas na Parede, No mundo dos Cavaleiros e Dragões, Tratado Secreto da Magia, Extraneus-volume I- Medieval Sci-Fi (convidada); Histórias Fantásticas-volume I (prefaciadora e autora convidada), Asgard: a saga dos nove reinos (convidada); Espectra (prefaciadora e autora convidada); Martelo das Bruxas (prefaciadora); A Batalha dos Deuses (convidada). Ela também é autora de roteiros de comédia, fantasia e ficção. Deu pra perceber que a moça ai não é fraca não hein... tanta coisa escrita né - eu sou fã dela e de seus livros e acho que vocês também passarão a ser se conhecer o trabalho dela.

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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Giuliano de Méroe MO escrito abaixo, que adotamos como resenha em homenagem à sua objetividade, refere-se ao livro Memórias de um Caçador, de Ivan Turguêniev (1818-1883), traduzido diretamente do russo e publicado pela Editora 34, em 2013. Segue-se o texto de Fátima Bianchi, transcrito da obra citada :

“Numa de suas querelas com Turguêniev por divergências ideológicas acerca da questão Rússia-Ocidente, Dostoiévski o teria acusado de nunca ter conhecido nem compreendido sua terra natal e o aconselhado a comprar um telescópio em Paris para examiná-la à distância, uma vez que escrevia sobre Rússia radicado na Europa. Já Turguêniev afirmava que justamente o fato de contemplar de longe lhe permitia entender sua pátria atrasada, submetida ao poder despótico da autocracia. Criados quase todos no exterior, os 25 contos que compõem as Memórias de um caçador- traduzidos diretamente do russo por Irineu Franco Perpetuo – se unificam

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pela figura do narrador, um jovem caçador de origem nobre, e estão sem dúvida entre as maiores obras de Turguêniev. Até a publicação do primeiro conto, “Khor e Kaínitch”, em 1847, que imediatamente foi tomado como uma manifestação de seu gênio artístico, suas investidas em literatura haviam se restringido ao campo da poesia. Não é de admirar, portanto, a qualidade poética da coletânea, que por si só salta aos olhos, particularmente nas evocações líricas da natureza. O maior impacto provocado por ela, no entanto, deveu-se à sua relevância social e política, uma vez que nas entrelinhas se identificava facilmente o mal da servidão, que, aliás, sequer é mencionada explicitamente.

Apesar do título, a caça no livro não passa de um pretexto de que se serve o narrador para penetrar nas matas e aldeias russas e revelar ao leitor de seu país, em primeira mão, aquilo que ele viu e ouviu. Enquanto foram sendo publicados isoladamente, cada um deles trazendo o subtítulo Memórias de um caçador, os contos pareceram inofensivos e sequer chamaram a atenção da censura. Porém, quando reunidos em 1852, revelaram-se perigosos e incendiários. De fato, o andamento das narrativas chega por vezes a ser cruel. Por trás do polimento impecável do estilo, do tom contido, que permitiu ao autor expor, sem cinismo ou sentimentalismo, seu talento singular


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para a compaixão tácita, sobressai uma indignação, um sentimento íntimo de protesto contra um estado de coisas desumano. Fonte de riqueza da aristocracia, esta quase sempre apresentada como insensível e bárbara, os camponeses se revelavam, pela primeira vez numa obra da literatura russa, para surpresa do leitor, como seres humanos dotados de sentimentos reais, como a imaginação, o talento artístico, poético e, o principal, um senso agudo da própria dignidade. Nos contos, Turguêniev procura destacar o mundo interior dos camponeses contra o pano de fundo da natureza, como a qual eles se encontravam em ligação indissolúvel e da qual pareciam tirar a própria força vital. Das condições degradantes de sua existência, de uma rudeza quase bestial, ele arranca tipos humanos inesquecíveis, como Lukéria em “ Relíquia viva”. Ou os meninos em “ O prado de Biejin”, um dos contos mais envolventes da coletânea, que em 1937 serviu de inspiração a uma produção homônima de Serguei Eisenstein e que revela o quanto a percepção da natureza pelos camponeses estava ligada à superstição. Tanto por sua orientação contrária ao regime tirânico de servidão, como por seu valor literário, a publicação de Memórias de um caçador causou profunda impressão no leitor de sua época. Conhecido também como A cabana do pai Tomás da Rússia, o livro foi um dos fatores que mais influência exerceram para a emancipação dos servos em 1861. 1

Capas internas do livro.

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DIVULGA ESCRITOR LIVROS EM FOCO | ESPECIAL BERNADETE BRUTO |

Mãe e filho se unem para abordar a natureza em livro voltado para o público infantil O primeiro livro infantil da autora elaborado em parceria com seu filho com a intenção de comemorar o aniversário de 1 (um) ano de sua neta Olívia. A história faz um paralelo entre o crescimento da menina e as modificações ocorridas na árvore Maple Tree ao longo das estações climáticas. Nesse passeio pelas estações, acompanhamos no tempo, o nascimento da menina até chegar a época de seu aniversário. Com esta história a avó pretende apresentar para sua neta a sabedoria da vida contida na natureza. Compre o livro diretamente com a autora, por meio do email: bernadete.bruto@gmail.com Gênero: Infantojuvenil/ bilíngue Ilustrações: André Bruto Tradução: Dulce Albert Projeto gráfico-editorial : Salete Rêgo Barros Preços: R$ 15,00 / 26 páginas A autora * Bernadete Bruto (Recife/PE, 1958) Bacharel e Licenciada em Sociologia, com Especializações na Área de Recursos Humanos e Direito Administrativo. É Analista de Gestão do Metro do Recife e Poeta Performática. Membro da União Brasileira de Escritores-UBE, da Associação do Amigos do Museu da Cidade do Recife AMUC, parceira da Cultura Nordestina Letras e Artes e participa de grupos como a Confraria das Artes e do Grupo de Estudos em Escrita Criativa de Patrícia Tenório.Tem três livros publicados, todos coletâneas de poesias: Pura Impressão(2008), Um Coração de Canta (2011) e Querido Diário Peregrino (2014), participação em antologias, assim como diversas apresentações poéticas e performáticas.

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DIVULGA ESCRITOR LIVROS EM FOCO | ESPECIAL EDUARDO PASTOR PARAGUASSU |

A VIDA AMOROSA DE CREUZÔ!

Creuzô tem 26 anos, é gordinha, feliz e vive cercada de amigas que vivem faltando com ela nos encontros que marcam, formou-se em direito, mas quer ser artista de teatro, apesar de saber que é duro viver de arte num país com duzentos milhões de artistas, pois aturar nossos políticos e viver de salário mínimo é uma arte. A vida de Creuzô seria igual a de tantos jovens brasileiros desempregados, cujos pais passam os dias ajoelhados diante da imagem de Santo Antônio, suplicando por um casamento para a filha encalhada, se não fosse o encontro dela depois de uma balada com Nick Fury, agente da SHIELD, uma organização que se auto-intitula: “a última defesa da Terra”. Nick revela a Creuzô que uma força maligna e devastadora estava se aproximando da Terra e que só Creuzô poderia impedi-la de destruir o mundo. Logicamente, Creuzô achou que Nick era um dos frequentadores do Liberta’s, daqueles que costumam falar coisas absolutamente sem sentido como resultado da ingestão das misturas estranhas e coloridas que bebiam no referido bar.

Autor Eduardo Pastor Paraguassu tem 56 anos, é formado em engenharia civil pela UFMG, funcionário público federal, pai de dois filhos e ama o voluntariado. O seu lema é: quando tudo está ruim, dê um prato de comida e um sorriso, claro, para quem tem fome e bate à sua porta; dê cinco minutos de conversa para aquela sua velha tia esquecida da família; brinque com o sobrinho irritante; faça-se de criança bagunceira também, e a sua angústia se transformará na mais plena e prazerosa satisfação pessoal.

No decorrer da história, Creuzô descobre que Nick falava a verdade. Como Creuzô não dava jeito em sua vida amorosa, a mãe dela desiste de Santo Antônio e encomenda um despacho em uma encruzilhada onde negocia a alma do ex-marido com o demo em troca de um marido para a filha. Nossa heroína é daquelas que não sabe o que fazer da vida, mas tem de se virar mesmo assim para salvar o mundo e a alma do pobre pai. Viagem no tempo, colisão de estrela de nêutrons, nanotecnologia, um concerto de rock com uma banda em que Thor, o deus do trovão, é o vocalista, em pleno estádio do River Plate, na Argentina, tendo o americano Aerosmith como banda convidada para abrir o show; o divórcio entre Bruce Banner e o Hulk, a reconciliação entre o Homem de Ferro e o fantasma do pai alcoólatra, a volta do Capitão América aos anos quarenta, essas histórias e mais algumas vão levar o leitor ao deleite cósmico. Link para compra do livro: https://www.amazon.com.br/VIDA-AMOROSA-CREUZ%C3%94-AMO-IDIOTA-ebook/dp/B076W428MW/ref=sr_1_2?s=digital-text&ie=UTF8&qid=1511743343&sr=1-2

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DIVULGA ESCRITOR LIVROS EM FOCO | AUTOR PASTOR PARAGUASSU |

O TESOURO DE EZEQUIEL

O mundo mudou radicalmente nos últimos anos, tecnologia, comportamento, as relações familiares. Quando Ezequiel era rapaz, tudo era preto e branco, mas agora está tudo cada vez mais colorido. Nascer, aprender um pouquinho, trabalhar, casar, ter filhos e netos, morrer e ir para o céu, esse era o roteiro, mas agora a coisa era outra: casa-se e descasa-se, junta-se e separa-se, a vida é real e virtual, o aprendizado é contínuo e o trabalho se diversificou a ponto que surgem novas profissões todos os dias; vasculhamos o céu com nossas naves espaciais e descobrimos que o inferno é uma cadeia onde cabem três e tem trinta dentro; os filhos ao nascer pegam o celular dos pais e chamam eles mesmos os familiares para conhecê-los; a cirurgia plástica repara o gênero, transformando homens feios em belas mulheres, e mulheres incomodadas com o visual em homens bonitos; as mulheres vão à guerra e os homens vão para a cozinha; tem casal de dois, de três, de quatro, e o espírito humano tem ânsia de se achar. Ezequiel é dançar samba, mesmo tendo as pernas duras, é se apaixonar por uma prostituta e ser seguidor da boa moral, é amar o filho favorito e odiar a filha ingrata, ao mesmo tempo que se tem orgulho da filha ingrata porque ela é forte, e pena do filho favorito, porque ele é fraco. Ezequiel é um mito do tempo de sua juventude e um velho pronto para morrer que tem um indiano cabeludo e cascateiro como anjo da guarda. Você vai amar Ezequiel e odiá-lo também, depende do trecho que você ler do livro. Aproveite a viagem. Link para compra do livro: https://www.amazon.com.br/TESOURO-EZEQUIEL-OU-SIMPLESMENTE-Z%C3%89-ebook/dp/B074RN2F6X

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SAMURAI YUKIE Yukie é uma jovem inteligente e persistente, que encontrou o meio de aperfeiçoar a si mesmo através do Jiu Jitsu, uma antiga luta oriental. Além de estar acostumada a lutar contra adversárias todos os tamanhos, a briga também se dá no campo profissional, na criação do filho e no relacionamento com o namorado. Acontece que o passado subconsciente vem à tona e Yukie se defronta com a lado negro da força e precisa iluminá-lo. Será que ela vai conseguir, ou será que o mal comum a todos nós era consumi-la? Seja testemunha da luta final entre Yukie e ela mesma. Compre o ingresso e tome o seu lugar. Essa luta promete! Inspirada na história da vida da minha professora de ginástica, já que meu médico exigiu que eu emagrecesse e não havia outro jeito senão malhar, Samurai Yukie é uma história que ainda não acabou, porque Yukie deseja lutar na Europa em 2018, tendo entrado com um projeto de arrecadação de fundos na Kikante. Quem sabe esse livro não vai ajudá-la a chegar lá? Link para compra do livro: h t t p s : / / w w w. a m a z o n . c o m . b r / S A M U R A I - Y U K I E - E D UA R D O - PA S T O R- PA R AG UA S SU-ebook/dp/B0178R9YZE/ref=sr_1_3?s=digital-text&ie=UTF8&qid=1511743343&sr=1-3

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DIVULGA ESCRITOR LIVROS EM FOCO | ESPECIAL NICODEMOS BEZERRA |

Será lançado no Maranhão o livro “Aderito, o passarinho lusófono” publicado pelo selo Pingo de Gente, da Scortecci Editora. A obra conta a história de um garoto timorense que ao vencer um concurso de poesia ganha uma viagem ao Brasil. Lá ele faz uma imersão na língua portuguesa e na cultura maranhense. A ilha de São Luis é o cenário dessa aventura. Única cidade brasileira fundada por franceses, mas colonizada pelos portugueses, é também chamada de Ilha do Amor e Terra dos Poetas. A cidade acolhe Aderito e o encanta com suas danças, seu rico folclore, suas lendas e com as histórias da cidade mais portuguesa do Brasil. A obra é de Nico Bezerra, escritor, poeta, pedagogo e professor de português, membro da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes. Segundo ele essa obra é o início de uma série de publicações voltadas para o público infanto-juvenil da comunidade lusófona. Lembrando que os países lusófonos, conforme a COMUNIDADE DOS PAISES DE LÍNGUA PORTUGUESA (CPLP) é composta de Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. 126

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Segundo o autor, que diz ser apaixonado pela língua portuguesa e por ter acompanhado a história da luta e da resistência do povo timorense aprendeu a admirá-lo e com muito respeito diz que a vivência do português apenas no ambiente escolar precisa de um reforço, visto que a maioria das crianças timorenses têm o tétum como língua permanente no seu ambiente familiar. Sabe também que há grande carência de livros no país, o que impede que crianças, adolescentes e jovens possam praticar a leitura e a plena aquisição do português. É por isso que o autor pretende disponibilizar essa obra, sem custos de direitos autorais, às crianças timorenses. Para isso ele conclama Editoras e outras instituições que queiram contribuir na promoção e na difusão da língua portuguesa junto às crianças daquele país. “Todos nós que, de alguma forma, temos ligação com o Timor-Leste sabemos que o português tem um papel predominante na atualidade e, como tal, ela deve servir de ferramenta para a internacionalização do país” diz ele. Contato: nicodemosbezerra@gmail.com


DIVULGA ESCRITOR LIVROS EM FOCO | ESPECIAL GOCIANTE PATISSA |

Novo livro do escritor Gociante Patissa revela uma Angola “imprevisível” Escritor angolano lança no Brasil coletânea de contos em que memória coletiva e experiências pessoais retratam parte da história e cultura de seu país

Gociante Patissa já é um autor conhecido por alguns leitores brasileiros, tanto por aqueles que acompanham seu perfil nas redes sociais quanto por quem leu seu primeiro livro publicado no Brasil: a coletânea poética “Almas de porcelana” (Penalux, 2016). Dessa vez, nesta nova obra, o escritor traz ao leitor brasileiro sua produção em prosa. Numa instigante coletânea de contos, Gociante Patissa transporta os leitores para os contornos de uma Angola imprevisível. Em catorze temas, o escritor angolano tricota os cordões que passam pelo registro da memória coletiva, incluindo aí a recriação de uma guerra civil de três décadas, a qual o arrancou aos sete anos de sua terra natal. Também se encontram em sua escrita os desafios do pós-conflito e de cidadania na antiga colônia portuguesa situada na África austral. A província de Benguela e a região etnolinguística Umbundu são o cenário da generalidade dos contos. “A ideia da publicação destes contos”, conta o autor, “nasceu durante a minha presença na Feira Internacional do Livro de Frankfurt, Alemanha, em 2016. Nessa ocasião, em correspondência com os editores da Penalux, com a qual tive o grato prazer de publicar, no Brasil, a coletânea de poemas intitulada Almas de Porcelana, foi sugerido o desafio de uma nova experiência em prosa”. Dessa forma, o escritor reuniu um conjunto de catorze contos e uma fábula, do qual fazem parte alguns textos dispersos em antologias; como, por exemplo, o conto que dá título ao livro, “O Homem Que Plantava Aves”, texto que fez parte da antologia “Angola 40 Anos, 40 Contos, 40 Autores”, publicada no ano de 2015 em comemoração ao quadragésimo aniversário da independência do jugo colonial português.

Serviço: Editora Penalux Livro: O homem que plantava aves, contos Autor: Gociante Patissa Publicação: 2017 184 páginas, 14x21 cm Preço: R$35,00 Link para comprar: http://bit.ly/ plantava_aves_leia Amostra grátis: http://bit.ly/amostra_gratis_contos_gociante

Na ficção de Patissa, além das referências autobiográficas, há muita menção à cultura Umbundu, língua-pátria do autor, que também é fluente no Inglês. A obra atravessa temas complexos, como as memórias da guerra civil ou as sequelas do pós-conflito, expondo a natureza humana às suas contradições e misérias. Na opinião dos editores, a literatura de Gociante alcança um valor universal, ao mesmo tempo em que abre para o leitor brasileiro uma via de acesso à cultura e história angolanas, mas pela ótica de um observador nativo, oriundo das camadas mais pobres do seu povo. “É o segundo livro que publicamos do autor. Uma das vozes mais atuantes na literatura angolana contemporânea”. Resta, agora, aos leitores do Brasil, conhecer e comprovar a qualidade literária desse escritor.

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DIVULGA ESCRITOR Obrigada a todos escritores que fazem do Divulga Escritor o maior projeto de divulgação literária da Lusofonia


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