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Pedroom Lanne
Apresente-nos um dos textos publicados Micróbio
Me cobre O micróbio Antes mesmo que a morte Me cubra de terra O pouco que ela se interessa O podre que me escapa Da capa da pele Coberta de feridas da vida Me cobre O remorso Do correr do velho osso Me cobre Remédio E se não o tenho Remordido está Micróbio Que cobre o meu valor Estragando eu vou Estou... Micróbio me cobre Cobrindo descobre O pobre que sou Micróbio sabe além Dos restos meus Me cobriu o odor Me cobriu e sumiu Enfim a dor Me micróbio alimentado Diminuto sou!
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Sabemos que cada texto tem um pedacinho do autor. Comente sobre o momento de escrita deste texto poético.
Maria Mariane - Este poema retrata a reflexão do padecer humano, a perenidade dos sentimentos humanos.
Além de EX_TERNO, você tem outros livros publicados. Apresente-nos os títulos.
Maria Mariane - Poemas del Amor Verídico (poesias em Espanhol)
Onde podemos comprar os seus livros?
e-mail: maryjosephp@hotmail.com link facebook: https://web.facebook. com/maria.mariane.3 link instagram: https://www.instagram.com/maria_mariane_/ cional e internacionalmente pelas minhas obras nos idiomas português e espanhol. Difundi-las em todos os meios de comunicação, publicar os livros que tenho prontos: Caminhos e Moinhos
(2016), Felicidade Paralela; Imperfeição Infinita, (2017), Haikais (2017),
Crônicas de Chuva, (2018) e concluir as obras em andamento: Crônicas de
um Cotidiano Abertamente Absurdo, (crônicas) Memorial del tiempo, (contos) e Alhaja, (poesias).
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Maria Mariane. Agradecemos sua participação na Re-
vista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Maria Mariane - Leiam a Revista Divulga Escritor, pois através dela irá conhecer e adentrar num vasto mundo feito de letras. Conheça e aprecie o mundo poético de Maria Mariane com seu primeiro livro intitulado Ex_terno.
_________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https://www.facebook.com/ DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL ESCRITORA FERNANDA COMENDA
DIVULGA ESCRITOR
MOMENTO KIT KAT
Sentada numa cadeira virada para o Tejo, Marília comia um chocolate Nestlé. O chocolate derretia-se na sua boca lentamente, enquanto Marília contemplava o brilho que as águas do Tejo emanavam. A ponte Vasco da Gama brilhava e desenhava sobre o Tejo uma longa curva arredondada e recheada de pequenos pontos em movimento, carros que lá circulavam, fazendo parecer-lhe um bordado a ponto Richelieu.
O chocolate espalhava-se pela língua e o seu paladar era doce, quente e revigorante. Lembrou-se e quase sentiu os beijos quentes e doces de Francisco. O primeiro tinha sido assim, ela tinha acabado de colocar na boca um pequeno quadrado de chocolate, Francisco aproximou o rosto do seu, a boca da sua, uniu os lábios aos seus e o pedaço de chocolate foi saboreado pelos dois em simultâneo… um beijo doce, irresistível, duradouro, parecia não terminar…
Eram imagens e sensações bem presentes em si. O tempo passava, avançava, mas as lembranças ficavam… - Posso sentar-me? Posso sentar-me? – Alguém lhe perguntou.
Marília levantou os olhos, saindo dos seus pensamentos e respondeu: - Sim, pode! –
O prazer da recordação estava materializado no sabor do chocolate, mas o pensamento tinha sido cortado pelo intruso. Fixou-o, olha quem ele era, o seu colega de trabalho, o Ricardo! Não convivia muito com ele, mas havia uma certa empatia entre ambos. - Então, por aqui a descansar? – Perguntou-lhe Ricardo. - Sim, estamos na hora do almoço, ou não? – Retorquiu-lhe Marília. - E o Tejo está tão lindo! Tão romântico!– Exclamou-lhe o colega, continuando - até é pena estar tão sozinha!... - Agora já não estou, estou com o chato do colega Ricardo! - Além disso, querida colega, também já não estava só, olhe a quantidade de pessoas que estão sentadas nesta esplanada da varanda do segundo andar do centro Comercial Vasco da Gama!
Marília olhou à sua volta e deu- -se conta de que tinha voltado ao mundo real, o momento Kit Kat, tinha terminado! - Bom, vamos lá para o escritório, é preciso trabalhar!... – Disse a jovem mulher.
O resto da tarde foi de muito trabalho e de empenho, mas o gosto do chocolate e do beijo de Francisco estavam bem presentes… só era pena que Marília e Francisco tivessem terminado há dois anos. Tinham
sido dias de grande sofrimento para Marília. Ela amava-o bastante, as saudades não a deixavam e cada vez eram maiores…
O fim do dia chegou e Marília saiu calmamente, caminhando em direção à estação do Oriente. Olhou para o relógio, ainda havia tempo, entrou no Centro Comercial, passeou pelos corredores, entrou na Woman, experimentou um pijama quentinho, com as calças de cor de chocolate às bolinhas brancas, e sweatshirt branca com a imagem do bambi. Era quentinho, fantástico e confortável. Comprou-o. Foi a correr para o comboio. Subiu para a gare. O comboio rapidamente apareceu e num ápice estava em Moscavide, uma terra a que ela não achava encanto mas estava próxima do trabalho, o que na sua opinião era importante. Entrou no seu pequeno apartamento e sentiu um desejo enorme de vestir o pijama com cor de chocolate. Vestiu-o embora não fosse seu hábito vestir esse tipo de roupa sem a lavar primeiro. O cheiro de chocolate quente subiu aos seus sentidos, à sua memória; foi,então, rapidamente preparar uma bebida do mágico néctar, visto que tinha sempre um pacote de cacau na sua despensa. Pôs água num fervedouro, quando aquela fervia, juntou-lhe duas colheres de sopa de cacau, deixou ferver uns segundos e apagou o lume, para que o cacau não derramasse devido à fervura.Fez uma torrada. Ligou a aparelhagem com uma música calma e romântica. Sentou-se no seu sofá com uma mantinha cor-de-rosa sobre as pernas. Na pequena mesa de sala em frente a si, um tabuleiro com uma grande caneca de cacau quente e um prato de sobremesa com a torrada. Agarrou na caneca e em pequenos golos ia saboreando o maravilhoso néctar, uma dentada na torrada e um golo de chocolate. A torrada desfazia-se lentamente na sua boca,misturada com a manteiga e o doce, todas as suas papilas gustativas estavam ativas, levando- -lhe sensações quentes e doces ao seu cérebro que energeticamente lhe transmitiam bem-estar e prazer a todo o seu corpo. Lembranças de criança vinham-lhe à memória: noites frias e de neve, na sua terra natal, na Guarda, com a sua família, pai, mãe, irmão e avós, à lareira. Via o dourado do lume que no seu leito desenhava animais fantásticos, que ela não tentava agarrar, mas que não se fartava de admirar… ouvia a
voz da mãe que lhe contava lindas histórias ou a voz de toda a sua família a conversar, a falarem da vida! Como tinha saudades, como desejava vê-los e, sem mais, pegou no telemóvel e ligou para o pai, pois a sua mãe já falecera. - Pai, querido pai, como estás? - Vou andando, filha, e tu? - Também, telefonei porque queria ouvir a tua voz, tenho saudades!
E a conversa prolongou-se durante um quarto de hora. Pousou o telemóvel, acabou de comer, enroscou-se na manta e adormeceu. Sonhou que voltara a ser criança e a viver na Guarda com a sua família e
o sabor do chocolate quente sempre na sua boca…
Trimtrimtrimtrim ecoava no quarto o som do despertador, Marília que tinha dormido toda a noite na sala, acordou sobressaltada e arrepiada, pois tinha arrefecido durante a noite. Tomou consciência de que não tinha ido para a cama. Levantou-se ainda aos tropeções, tomou o seu duche, arranjou-se e lá foi para a estação apanhar o comboio para o Oriente. Passou mais um dia, um dia normal, normalíssimo, sem graça, nem um bom chocolate Marília saboreou. Só o fim do dia a alegrou: era sexta-feira, portanto, os próximos dois dias, fim de semana,
seriam exclusivamente para fazer o que lhe apetecesse!...
Em casa, já tinha jantado, ia-se deitar, quando o telemóvel tocou, tintintantantintintantan… - Sim, está? - Olá. Sou eu o Ricardo! Marília com o ar meio admirado responde: - Olá! Aconteceu alguma coisa? - Aconteceu! Lembrei-me que poderias querer ir comigo tomar um café!... - Um café? A esta hora da noite? - Sim, o que tem? Todas as horas são boas para tomar um café!
Marília hesitou, mas num impulso respondeu: - Está bem, vou tomar um café! - Então, dentro de uma hora passo por aí. Dou-te uma apitatela do telemóvel, desces e levo-te no meu carrinho. - Ok. Até já! - Até já!
Marília guardou o telemóvel dentro da mala. Tomou um duche num ápice. Passou um creme pelo corpo, ainda por cima, este cheirava a chocolate. Maquilhou-se levemente, vestiu as suas jeans “Maria Dias”- com piripiri, na loja disseram-lhe que o tecido massajava enquanto ela caminhava, tornando-a mais elegante. Ela não sabia se era verdade, mas que lhe ficavam bem, ficavam! Vestiu um camiseiro justo, azul, um casaco preto de linhas elegantes, uns brincos compridos com pequeninas pérolas pretas e azuis. Escovou os seus cabelos dourados. Bâton nos lábios e aguardou o toque do telemóvel. Pouco depois ouviu-o e desceu. Entrou no pequeno Fiat Punto de Ricardo. - Onde vamos? – Perguntou a Ricardo. - Onde quiseres! – respondeu- -lhe o amigo - Leva-me às Docas!
Nas Docas entraram num pub. Olharam para o interior, mas preferiram o exterior, a esplanada. Pediram dois cafés e um uísque. Em frente, viam o rio, com as luzes refletidas, parecia uma animação.
Ambos os amigos bebiam o café e olhavam-se em silêncio. Marília sentia o gosto do café de uma forma diferente do habitual, tinha o paladar de um caminho novo, de um possível novo amor. Ricardo tinha os olhos cor de chocolate, cabelos de avelã, pele lisa e apetecível com provável sabor a café com leite…
Uma música muito antiga mas fantástica aos ouvidos de Marília começou a ouvir-se “LoveStory” … o café terminou, mas as chávenas continuavam nas mãos de cada um, o olhar deambulava do rio para o olhar um do outro, o coração de Marília batia apressadamente, parecia que lhe ia saltar do peito, mas ela queria demonstrar calma, e num tom pausado disse que era melhor passearem um pouco. Assim o fizeram, mas sem antes Marília levar o pequenino chocolate que no pires tinha acompanhado o seu café. Caminharam lado a lado a conversarem sobre a beleza e calma da noite, as mãos tocaram-se, Marília levantou as mãos, desembrulhou o pequeno chocolate, colocou uma parte na sua boca, virou-se para Ricardo, aproximou o seu rosto do dele, a sua boca da dele, ofereceu- -lhe uma parte do chocolate, os lábios uniram-se, o chocolate ora derretia-se na boca de um ou de outro, as papilas gustativas ativas transmitiam vibrações ao cérebro, o cérebro ao corpo que de segundo para segundo unia os dois seres num beijo e abraço mágico, duradouro e feliz!
ENTREVISTA ESCRITOR PEDROOM LANNE
Pedroom Lanne continua com sua saga na busca pela compreensão do futuro do homem. Residente de São Paulo, a maior metrópole do Brasil, sua escolha acadêmica pela Comunicação Social revela esse desejo de interagir com a humanidade, e a cada nova aventura literária esse anseio é revisto e ampliado. Atualmente, seu currículo inclui a competência de jornalista mas, em uma contradição compreensível, também é um escritor solitário, que se ausenta da sociedade a fim de refletir e tentar depreendê-la, sempre perto da natureza e do mar com quem mantém o vínculo de uma alma surfista, a inspiração para escrever.
Boa Leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Pedroom Lanne, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Apresente-nos “Abdução, Relatório da Terceira Órbita” (sinopse)
Pedroom Lanne - Uma trama que se passa no pretérito ano de 1978, ponto de convergência de uma história que se inicia em um longínquo futuro. No passado, uma dupla de alienígenas chega a Terra com intenções desconhecidas. No futuro, um casal de irmãos dá largada para uma nova vida em um estranho habitat paralelo ao Sistema Solar, um mundo hiperfuturista descrito como Universo Quântico. A vida da dupla e do casal parece convergir por caminhos distintos, mas sua conexão é tão forte que nem a distância que os separa tão longe no tempo evitará a cadeia de ações e a sequência de acontecimentos que colocarão em risco o destino do planeta e da inteira humanidade. Abdução, Relatório da Terceira Órbita é uma obra que procura abordar o mais extenso grau do termo proposto em seu título, seja pela face de uma entidade alienígena, seja pela face do próprio homem.
Quais os principais personagens desta obra
Pedroom Lanne - A trama do livro se desenvolve em duas dimensões separadas por milhões de anos na curvatura do tempo, uma no ano de 1978 e outra no futuro. Em ambas as sequencialidades, os personagens alienígenas são os protagonistas da história, porém, na narrativa que se passa no ano 1978, também há alguns protagonistas humanos. Esses personagens humanos serão os que irão interagir com o óvni que chega na Terra trazendo uma expedição alienígena em seu interior. Os principais são o xerife Hut Cut, o primeiro
a interagir com o óvni; o coronel Jay Carrol, que assume o comando da investigação em torno do objeto; o tenente Danniel Mathew, que é um agente da CIA responsável pelo trabalho sujo de conter o vazamento de informações em torno do óvni; e, por fim, o ufólogo Andreas Vegina, que busca investigar secretamente o incidente envolvendo esse tal óvni. Em paralelo, os alienígenas tecem uma grande análise sobre a Terra e se disseminam por todo globo sorrateiramente, assim, a história alterna entre a jornada desses alienígenas pelo planeta e o assédio desses homens em torno de sua nave. Um detalhe sobre esses personagens é que, apesar de serem norte-americanos, possuem características bem brasileiras, pois, no contexto da história, são todos meio malandros: o xerife, o ufólogo, o agente da CIA, o coronel e outros, até o presidente da república, que faz uma participação na obra, todos têm um quê de malandro. Já os alienígenas, em comparação com qualquer humano, são tão perspicazes que, igualmente, acabam se tornando malandros. Em paralelo, a narrativa que se passa no futuro dá continuidade a saga dos hominídeos Billy e Sandy, os quais se transmutaram para a espécie alienígena na obra anterior, justamente, a mesma espécie que aporta no passado de 1978. Há uma forte relação entre Billy e Sandy com esses alienígenas que chegam a Terra, e só no final da história se revelará que relação seria essa e como ela impacta na jornada desses alienígenas. A narrativa que se passa no futuro também conta com a presença de alguns personagens do livro anterior, tais como o alienígena Noll e a médica-veterinária Diana, os quais terão sua origem revelada, e outros: o irmão Xavier, o professor Ipsilon, além dos metarrobôs que simbolizam deuses: o Pai, a Mãe, a Mídia e o Grande Irmão. Além desses personagens já conhecidos, há novos personagens tais como o professor Zeta, os robôs Chorão e Locomotor, o viciado em resíduos psicotrópicos Mantas e diversos outros coadjuvantes, incluindo espécimes de natureza diversa.
O que mais o atrai nas estórias alienígenas, em especial no enredo que compõe “Abdução, Relatório da Terceira Órbita”?
Pedroom Lanne - Utilizar a perspectiva alienígena que criei para zombar das manias de grandeza do homem e para criticar a falta de ética da atual sociedade. Tanto utilizar a figura alienígena como uma entidade superdesenvolvida, quanto do próprio homo sapiens como animal subdesenvolvido, para expor as abduções individuais e coletivas de nosso mundo atual e as diversas formas de controle mental que estamos submetidos. As lobotomias cerebrais que praticamos entre nós mesmos (como sugere o título da segunda parte do livro: “Lobotomia Cerebral Autorizada”). Outra que posso citar para ilustrar a própria obra, é a relação dos alienígenas com a aviação, que reflete meus mais sinceros pensamentos em relação a engenharia aeronáutica atual, inclusive pela descrição técnica do que seriam os diferentes tipos de “óvnis” que os alienígenas dispõem no futuro. Pensando no enredo da história como um todo, posso citar a maneira como os dois planos temporais da narrativa vão se somando um ao outro no decorrer da leitura a cada alternância de capítulo, dado que, a cada capítulo, a história alterna entre a trama do passado e a trama do futuro.
Quais os principais desafios para escrita desta obra literária?
Pedroom Lanne - É um desafio que ainda está em andamento, pois a história não acaba neste livro. Abdução, Relatório da Terceira Órbita é a primeira parte de uma saga que se inicia, portanto, o maior desafio ainda é completar a escrita da corrente saga.
Qual o momento, enquanto escrevia o livro, que mais chamou a sua atenção. Comente.
Pedroom Lanne - Enquanto eu ainda estava escrevendo a parte inicial da história, minha cabeça já ia projetando a continuidade da trama mais para o meio e o final da narrativa. Aí eu imaginava determinada parte futura da história e pensava: “putz grila, quando chegar naquela parte, vai ser difícil pra caramba desenvolver o texto”. Quando finalmente chegou a hora de escrever essa parte, foi, deveras, difícil pra caramba, tive que estudar muito, ler livros, pesquisar, ler, reler e reescrever a história. Mas, beleza, consegui. Aliás, voltando à pergunta anterior, a escrita dessa parte pode ser considerada como um desafio dentro do desafio da escrita da saga, trata-se de uma passagem que poderia compor um livro por si só. Não posso especificar que parte seria essa, pois sua simples menção seria um spoiler.
O que diferencia “Abdução, Relatório da Terceira Órbita” de seu primeiro livro “Adução, o Dossiê Alienígena”?
Pedroom Lanne - Abdução descreve um tipo de contato alienígena diferente e completamente antagônico em relação ao título Adução. Em Adução, eu descrevo um universo alienígena um tanto quanto utópico, em Abdução, eu desconstruo um pouco dessa utopia, enquanto traço um paralelo com nossas próprias distopias atuais. As pessoas estranharam o título de meu primeiro livro “Adução”, alguns criam que estava escrito errado. Mas a verdade é que, quando bolei esse título, eu já tinha em mente a ideia de escrever o título Abdução (desta feita com o “b” que muitos pensaram estar faltando no título anterior), que seria uma história que narraria o processo inverso do contato alienígena descrito em Adução. O texto de orelha do livro responde bem a sua pergunta, permita-me citá-lo: “Abdução, Relatório da Terceira Órbita é um título inédito que dá continuidade a saga iniciada em Adução, o Dossiê Alienígena. Apesar de se tratarem de histórias independentes, elegem alguns personagens em comum, em contrapartida, Abdução descreve uma trama que busca contrastar o que foi descrito na obra anterior. Se, em Adução, o autor descreveu um contato alienígena balizado por escolhas de bom-senso e livre-arbítrio, em Abdução, narra um contato desprovido de qualquer parâmetro mediador que não seja a imposição ou a subjugação do homem por for-
ças opressoras e inteligências superiores. Se uma continuidade oriunda de escolhas corretas deriva em um universo utópico, uma distopia que coloca em cheque o destino da humanidade se dá por escolhas unilaterais, pelas quais, longe de serem corretas ou não, se mede a verdadeira dimensão de uma abdução. Se Adução narra a história de uma família de homens que viajou para um futuro alienígena, tenha certeza que, em Abdução, esses mesmos alienígenas voltarão ao nosso presente com intenções bem distintas daqueles que um dia os visitaram. Eles não são meros homens, e sim as mais elevadas entidades que aportaram no planeta Terra. Seres que revelam ao homem sua pequenez existencial inserida em um universo cuja vastidão nunca se coube imaginar”.
O que gostaria de acrescentar sobre “Abdução, Relatório da Terceira Órbita” que ainda não foi abordado nesta entrevista?
Pedroom Lanne - Que o leitor mergulhe sem preconceitos na leitura, até porque o mundo alienígena que descrevo se trata de um universo sem preconceitos, composto por uma sociedade que curou completamente nossas dores atuais. Que possui sim as suas dores peculiares, mas longe das picuinhas territoriais que ainda compartilhamos. Outra coisa é que a escrita de Abdução é mais conservadora. Ao contrário do livro anterior, onde tentei inovar nas formatações de diálogos e representações de conversas via telepatia, as quais não repercutiram como eu imaginava (poucos leitores comentaram algo a respeito), desta feita eu optei pelos padrões convencionais. Uma das críticas ao livro anterior foi a presença de tabelas no meio da escrita, portanto, dessa vez não há mais tabelas, exceto alguns dados inclusos como anexo no final do livro.
Onde podemos comprar os seus livros?
Pedroom Lanne - Os meus livros podem ser encontrados nas grandes livrarias on-line: Amazon, Submarino, Saraiva, Cultura etc. A versão
em ebook e outros títulos que possuo em formato digital estão disponíveis pelo Kindle Brasil – Unlimited.
O link a seguir centraliza todas as informações sobre a obra e dispõe os principais links para compra do título Abdução, Relatório da Terceira Órbita, tanto impresso quanto digital: http://www.pedroom. com.br/portal/miniblog/ comentarios/abducao_ index.htm
Para comprar o exemplar autografado diretamente comigo, a opção é o MercadoLivre, pelo link: https://produto.mercadolivre.com.br/ MLB-1085490239-abduco-relatorio-da-terceira-orbita-livro-_JM
Já para obter maiores informações sobre as duas obras que compõem a saga até aqui, Adução e Abdução, o link é: http://www.pedroom.com. br/aducao.htm
Quais os seus principais projetos literários?
Pedroom Lanne - De instante, completar a escrita da saga Adução e Abdução enquanto minha mente já projeta uma que seria a terceira parte da história, o livro 4, cujo título já tenho até em mente, mas prefiro não revelar, pois não é definitivo. Todavia, ainda pretendo escrever outras histórias de diferentes temáticas, não sei se darão livros ou contos, de suspense e mistério, antes de retomar essa história de ficção-científica sobre alienígenas. Todavia, isso depende muito da minha disposição quando eu completar a escrita atual. Em paralelo, tenho alguns textos para lançar, como algumas poesias e uma crônica sobre aborto e futebol já pronta para vir a público em breve.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Pedroom Lanne. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Pedroom Lanne - Que busquem leituras clássicas e livros de não ficção para qualificar seu repertório de leitura, bem como obter parâmetros e referências que não se encontra nos best-sellers. Muitas vezes, é aquele livro “chato” que o professor te obriga a ler, com texto duro, palavras difíceis e temáticas que você jamais ou dificilmente escolheria por si mesmo o qual, justamente, pode mudar sua vida para sempre e para melhor.
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DIVULGA ESCRITOR
DIVULGA ESCRITOR
Luísa
Eu sou uma menina, meu nome é Luísa, um pacotinho ainda a caminho.
Mamãe sorridente, papai contente, nas pedras da Urca meu futuro ele busca.
No coração do vovô tem um buraquinho, meu cantinho.
Tem Sofia e Pyllar, mas eu já moro lá. Um dia daqui sairei, muitas e muitas coisas aprenderei…
Vou sorrir, andar, correr, pular, dançar e cantar…
De faz de conta vou brincar. Vou brincar de boneca e de casinha, uma cabaninha na sala vou montar.
Vou ser mãe ou médica, professora ou astronauta. De faz de conta serei o que eu quiser.
DIVULGA
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL ESCRITOR MAURICIO DUARTE
DIVULGA ESCRITOR
INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO E ESPIRITUALIDADE
ABiblioteca Nacional no Rio de Janeiro contava em 1996 com 8 milhões de volumes, mais ou menos, e mantinha o posto de a 8ª. Biblioteca do mundo em importância. Por mais vasto que fosse ou que seja hoje o seu acervo não chega nem perto da infinidade de material disponível na web para todos, de uma forma ou de outra, gratuitamente, ou com acesso relativamente barato. Como essa amplidão se reflete, em termos de espiritualidade, no homem contemporâneo?
Primeiro é preciso pensar que tamanha informação disponível descortinou um sem número de questões filosóficas, místicas, espirituais, morais, éticas, humanas e de toda ordem, número, gênero e grau, em qualidade e quantidade, nunca vistas na história da humanidade. Toda essa informação, devidamente apreendida por Universidades, pode vir a ser transformado em conhecimento. Além disso, é fato que a descentralização do saber ocorre em passos largos não só pela informatização e pela rede mundial de computadores, mas pela própria globalização que, embora ameaçada por terrorismos, catástrofes naturais, acidentes vários e outras “vicissitudes contemporâneas”, não parou e nem dá sinais de que vai parar. Porque impulsionada pela ampliação do capital, que ocupa todos os espaços possíveis e imaginários, a globalização almeja transformar o mercado em mercado global o quanto antes em áreas inacessíveis ou longínquas do mesmo modo que faz com os grandes centros urbanos e suas periferias e subúrbios...
Nesse contexto, a espiritualidade ou religiosidade tem pouco espaço de manobra. Reduz-se, muitas vezes, ao ambiente do lar e da intimidade pessoal, quando muito, haja vista que, a mente do homem atual não para de pensar num só segundo. Esvaziar a mente ou experimentar um minuto de silêncio não é fácil. A mídia usa de um marketing que visa preencher todos os espaços, e, claro, o imaginário coletivo e pessoal é um espaço disputado – e muito disputado – tanto pelos grandes conglomerados empresariais quanto por comércios locais e pequenos negócios.
Gerir a informação adequadamente e proveitosamente é tarefa hercúlea para nós, pessoas do nosso tempo. Mas quanto mais tarefas diárias tivermos e quanto maior for o caos informacional a que somos submetidos no nosso tempo interior, maior é a necessidade de meditação. Querer escapar dessa necessidade é, a um só tempo, criar mais confusão e mais caos e/ou correr o risco de estafa emocional, psíquica ou de desordens de saúde física e espirituais também. Porque o “lixo mercadológico” da sociedade de consumo que é jogado todos os dias com Facebooks, Whatsapps, Twitters, TV, rádio, revistas, jornais, entre outras mídias, precisa ser digerido pela nossa mente de algum modo. Por isto, é necessariamente fundamental possuir centramento e discernimento, bem como consciência corporal, mental e da alma elevados e estimulados sempre. O que só é conseguido por meio de meditação.
Que um exercício espiritual, conforme nossas crenças, visões de mundo e concepções filosóficas e/ou espirituais possa fazer parte da nossa rotina diária. Só assim será possível viver plenamente e com qualidade. Paz e luz.