CAPA: ENCANTADO
companhia Lia Rodrigues de Danças Encantado Fúria
ENCANTADO
Realidades comuns, expressões particulares Como manifestação cultural, a dança destaca-se pela materialidade de movimentos e gestos desenvolvidos pelo corpo, com potencial de exprimir sentimentos e impressões, individuais ou coletivos. Sua prática independe de necessárias significações, podendo dar-se livremente por pessoas motivadas por razões diversas ou, na busca por um sentido, referir-se a situações contextuais, em diálogo com o ambiente em que surgiu. Realizadas por corpos vivazes que se expressam por meio de sua ocupação no tempo e espaço, as variadas coreografias podem sugerir modos peculiares de se perceber a realidade e de se reconhecer no mundo, comunicando através de seus movimentos, mesmo que despretensiosamente, informações sobre sua constituição sociocultural e política. Mas as criações artísticas vão além daquelas originadas nas próprias experiências; elas constituem-se, também, a partir do conhecimento de modos alternativos de vida, crenças e valores, acrescendo referências e possíveis reflexões sobre alteridade. Com o intuito de proporcionar acesso a produções coreográficas recentes, o Sesc apresenta dois espetáculos de dança com direção de Lia Rodrigues, artista, coreógrafa e fundadora da Companhia de Dança que leva seu nome. A estreia nacional de “Encantado”, mais novo espetáculo da diretora, e a apresentação de “Fúria”, criado em 2018 no Centro de Artes da Maré, no Rio de Janeiro, sede da companhia, são convites para o público experenciar composições artísticas cujas temáticas tangem a contemporaneidade. Para o Sesc, o respeito à pluralidade das manifestações culturais é um valor que se realiza com a ampliação dos espaços para o exercício da cidadania, reconhecendo sua diversidade e estabelecendo redes de sociabilidade que fortaleçam a democracia. Danilo Santos de Miranda Diretor do Sesc São Paulo
ENCANTADO
ENCANTADO
A palavra “encantado”, do latim incantatus, designa algo que é ou foi objeto de encantamento ou de feitiço mágico. ‘Encantado’ é também sinônimo de maravilhado, deslumbrado ou fascinado e também uma expressão de cumprimento social. No Brasil, a palavra ‘encantado’ tem ainda outros sentidos. O termo se refere às entidades que pertencem a modos de percepção de mundo afro-ameríndios. Os ‘encantados’, animados por forças desconhecidas, transitam entre céu e terra, nas selvas, nas pedras, em águas doces e salgadas, nas dunas, nas plantas, transformando-os em locais sagrados. São seres que atravessam o tempo e se transmutam em diferentes expressões da natureza. Não experimentaram a morte, mas seguiram em outro plano, ganhando atribuições mágicas de proteção e de cura. Deste modo, as ações predatórias que ameaçam a vida na Terra, a destruição sistemática das florestas, dos rios e do mar impactam também a existência dos Encantados. Não há como separar os encantados da natureza ou a natureza desses seres.
ENCANTADO Por Silvia Soter
Dramaturgista da Lia Rodrigues Companhia de Danças e Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
“Não se faz festa porque a vida é boa, mas pela razão inversa.” Luiz Antônio Simas (2019) Em março de 2020, O Centro de Artes da Maré, também sede da Lia Rodrigues Companhia de Danças, se tornou o coração das ações coordenadas pela Redes da Maré e parceiros que buscaram garantir assistência básica de saúde, prevenção, cuidados e segurança alimentar para os moradores da Maré. Quando “Encantado” iniciou seus ensaios, em abril de 2021, sob o mesmo teto, e no mesmo momento em que a campanha “A Maré diz não ao Coronavirus” se desenvolvia, dois corações passaram a pulsar juntos naquele local, negociando e ajustando seus ritmos. Coincidentemente, naqueles mesmos meses, o teto do espaço era transformado com a substituição de suas telhas, que passaram a gerar energia solar. Várias forças atravessaram a criação de “Encantado”. Como ruído de fundo e constante, esteve a crise sanitária provocada pelo SARS-CoV-2, com suas imposições para afirmar a vida e garantir a saúde pensada de modo incontornável como coletiva. Os protocolos de distanciamento e os testes regulares se juntavam ao uso de máscaras que escondiam os rostos dos bailarinos que haviam se encontrado como equipe pela primeira vez para a criação dessa peça. O que se experimentava corporalmente durante os ensaios não chegava às expressões faciais, como se o uso de máscaras por tantos meses tivesse desintegrado o rosto de suas danças. Havia o desejo de experimentar os corpos que dançam como viventes, apoiados em cosmogonias afro-ameríndias que vibram e resistem ao projeto de morte do “Brasil que deu certo”. Como Luiz Antônio Simas não se cansa de lembrar, o Brasil Institucional cumpre seu “projeto bem sucedido de horror”, em tensão constante com o que o autor entende como a brasilidade, único antídoto para esse Brasil. Brasilidade que “vai
sendo construída, numa dimensão transgressora, nas brechas, nas frestas e nas rachaduras do Brasil oficial”. Houve ainda a ocupação de Brasília por grupos indígenas para garantir seus direitos irrevogáveis à terra, em agosto de 2021, marcando suas presenças com dança, canto e luta, acontecimento que trouxe as vozes que irrigam esse trabalho. E há sempre as leituras, dentre estas a do romance Torto arado, de Itamar Vieira Júnior, narrado também por um Encantado. É ainda Simas que lembra que “Encantado é aquele que dribla a morte e se coloca em disponibilidade para se alterar — esse é o fenômeno da encantaria. Para ele, não existe a dicotomia entre a vida e a morte, o que basicamente existe é a vida e a não vida, o encanto e o desencanto”. Foi assim que, a partir de solos, separações, distâncias, limites e negociações, a criação — com onze intérpretes-criadores e cento e quarenta cobertores viventes — se impôs pelas frestas, ganhando espaço, corpo e rosto. Dança que secreta, povoa e transforma o território que só em cena se inaugura. Por contágio, “Encantado” se transformou também em festa. “Não à toa, aqueles que invocam as palavras de força no cair da noite ritualizam a vida e seus ciclos com cantos, dança, plantio, colheita e festa para permanecer criança, virar bicho, vibrar folha e desaguar na maré dos tempos.” Luis Rufino (2021)
ENCANTADO Por Pâmela Carvalho
Educadora, historiadora, gestora cultural, pesquisadora ativista das relações raciais e de gênero e dos direitos de populações de favelas. É Mestra em Educação pelo PPGE/ UFRJ. É fundadora do Quilombo Etu, coletivo que trabalha a cultura popular a partir de uma perspectiva de educação antirracista.
FORTE COMO O VENTO, PESADO COMO AS ÁGUAS Em janeiro de 2018 tive a oportunidade de realizar um sonho. Fui com a minha família conhecer o Maranhão, estado que atravessou minha vida há 15 anos atrás, a partir do meu encontro e entrada na Cia Mariocas, grupo de danças afromaranhenses sediado no Rio de Janeiro. Na ocasião, vivi uma série de experiências que considero especiais. Visitei o Tambor de Crioula de Mestre Amaral, em São Luis. Senti a energia do “touro encantado” nos Lençóis Maranhenses. E pude visitar a Casa Fanti Ashanti, fundada por Pai Euclides Menezes e que carrega a especificidade de cultuar o Tambor de Mina e o Candomblé. Além destas práticas religiosas, a casa também realiza o Baião de Princesas, o Samba de Angola, para os boiadeiros, rituais ligados à pajelança, ao catolicismo (Divino Espírito Santo) e a cultura popular (como o boi de Corre Beirada e o Tambor de Taboca). Passados os anos, me senti de alguma forma órfã das experiências que vivi na “terra da encantaria”. Até assistir “Encantado” da Lia Rodrigues Companhia de Danças. Pela primeira vez na vida eu havia saído do Brasil. Justamente para colaborar na exposição “Viva Maré”, que costura o trabalho em arte e cultura da Redes de Desenvolvimento da Maré com a trajetória da companhia de dança fundada por Lia Rodrigues. Nunca senti tanto frio, nunca senti tanta saudade de casa e nunca me senti tão estrangeira. Processos que entendo como de certa forma naturais, dadas as circunstâncias. No monumental Théâtre National de Chaillot foi onde me senti mais estrangeira. Ali realmente entendi que estava no continente europeu e que os códigos eram outros. Entro na sala de exibição, me sento e aperto os olhos em direção ao palco. De cara identifiquei os cobertores
que via durante o processo de criação do espetáculo no Centro de Artes da Maré. Mas identifiquei também os cobertores que são vendidos na Rua Teixeira Ribeiro na Maré, onde moro. Identifiquei a estampa floral idêntica ao cobertor que minha sogra me deu de presente e aquecida pelos cobertores que me confortaram simbolicamente no frio de Paris, comecei minha viagem. Depois de ser remetida a Rua Teixeira Ribeiro e à minha própria família, fui remetida ao meu próprio corpo, através do corpo dos bailarinos e bailarinas. Sou uma mulher negra de 1,72 metro e 93 quilos. Tenho padrões corporais e raciais que muitas vezes não se encaixam nos padrões dos movimentos artísticos clássicos. Mas eu estava ali. Em cada um daqueles corpos tão plurais e não padronizados como o meu. E cada um daqueles corpos era a potência de jovens de favela e dos encantados das matas, das águas, da terra. Acredito que a arte – e a dança em especial – tem caráter de criação de mundos. “Encantado” criou um mundo onde as sereias de águas doces e salgadas encontraram com os espíritos das matas, dialogaram com as bichas pretas numa ballroom “in Paris”, ouvi os cânticos das pajelanças brasileiras e vocalizações das populações nativas desta terra. Num fluxo crescente no palco. Que transbordou em mim. Na encantaria e em rituais afroindígenas, cantamos: “Eu sou forte como o vento Sou pesado como as águas Sou eu, rouxinol Ando pela madrugada” E assim como o rouxinol, é o espetáculo “Encantado”. Forte como o vento. Capaz de construir narrativas e derrubar padrões na arte hegemônica, assim como o tambor de crioula que vi em São Luis e as criações artísticas afroindígenas brasileiras. Pesado como as águas. Denso, profundo, enraizado, de pé no chão como o tambor de mina que vi na Casa Fanti Ashanti. “Encantado” não é um espetáculo de dança. É uma experiência imersiva de vida, entre este e outros mundos. Como dizemos nas culturas populares: “Ninguém me contou.” Eu vi. Eu senti. Eu vivi “Encantado”.
Criação Lia Rodrigues Dançado e criado em estreita colaboração com Leonardo Nunes, Carolina Repetto, Valentina Fittipaldi, Andrey Da Silva, Larissa Lima, Ricardo Xavier, Joana Lima, David Abreu, Matheus Macena, Tiago Oliveira, Raquel Alexandre Assistente de criação Amalia Lima Dramaturgia Silvia Soter Colaboração artística e imagens Sammi Landweer Criação de luz Nicolas Boudier com assistência técnica de Baptistine Méral e Magali Foubert Operação de luz Jimmy Wong Trilha sonora/mixagem Alexandre Seabra (a partir de trechos de músicas do povo GUARANI MBYA / aldeia de Kalipety da T.I. Tenondé Porã, cantadas e tocadas durante a marcha de povos indígenas em Brasília em agosto e setembro de 2021 contra o ‘marco temporal‘, uma medida inconstitucional, que prejudica o presente e o futuro de todas as gerações dos povos indígenas). Produção e difusão Colette de Turville com assistência de Astrid Toledo Administração França Jacques Segueilla Produção Brasil Gabi Gonçalves / Corpo Rastreado Produção e idealização do projeto Claudia Oliveira Secretária Gloria Laureano Professores Amalia Lima, Sylvia Barretto, Valentina Fittipaldi Duração 60 minutos Uma coprodução de Scène nationale Carré-Colonnes; Le TAP - Théâtre Auditorium de Poitiers; Scène nationale du Sud-Aquitain; La Coursive – Scène nationale de La Rochelle; L’empreinte, Scène nationale Brive-Tulle; Théâtre d’Angoulême Scène Nationale; Le Moulin du Roc, Scène nationale à Niort; La Scène Nationale d’Aubusson; Kunstenfestivaldesarts (Brussels); Brussels, Theaterfestival (Basel); HAU Hebbel am Ufer (Berlin); Festival Oriente Occidente (Rovereto); Theater Freiburg; l’OARA – Office Artistique de la Région Nouvelle Aquitaine; Julidans (Amsterdam); Teatro Municipal
do Porto; Festival DDD, dias de dança; Chaillot – Théâtre national de la Danse (Paris); Le CENTQUATRE-PARIS; e Festival d’Automne à Paris. Com o apoio de FONDOC (Occitanie)/França e da Fondation d’entreprise Hermès/França com a parceria de France Culture A criação de ‘Encantado’ recebeu recursos do Fundo Internacional de Ajuda para Organizações de Cultura e Educação 2021 do Ministério das Relações Exteriores da República Federal da Alemanha, do GoetheInstitut e de outros parceiros. Lia Rodrigues é artista associada do Théâtre national de la Danse (Paris); Le CENTQUATRE-PARIS. Uma produção da Lia Rodrigues Companhia de Danças com apoio da de Redes da Maré (Campanha “A Maré diz não ao Coronavírus – projeto Conexão Saúde) e do Centro de Artes da Maré. Encantado é dedicado a Oliver. Patrocínio: Fundo Internacional de Ajuda para Organizações de Cultura e Educação 2021 do Ministério das Relações Exteriores da República Federal da Alemanha, do Goethe-Institut e de outros parceiros
FÚRIA
FÚRIA
Em Fúria, um mundo povoado de imagens de dor, beleza, violência, opressão e liberdade se constrói e se desmancha sem trégua, diante dos olhos do público. Os corpos dos intérpretes da companhia se destacam e se perdem em meio às roupas, sacos plásticos, rejeitos, em uma mistura de cores, formas e texturas. Um trecho de uma música tradicional dos povos indígenas Kanak, da Nova Caledônia, repetido infinitamente, acompanha grande parte da performance. “Como espiar o tempo em um mundo dominado por uma infinidade de imagens contrastantes – medonhas e belas, sombrias e luminosas – atravessadas por uma infinidade de perguntas não respondidas e perpassadas por contradições e paradoxos? Como espiar o tempo em um mundo de fúria? Como dar visibilidade e voz ao que está invisível e silenciado?”. Esses são alguns dos questionamentos que Lia destaca como desencadeadores da obra.
FÚRIA Por José Fernando Peixoto de Azevedo
Dramaturgo e encenador, professor na Escola de Arte Dramática e no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Sob a mira do Capital e sua ícias, meu corpo preto gingado é uma fronteira. Na fronteira, a lei é a da exceção. Contra um corpo-fronteira, no Jacarezinho, na Maré, no shopping, no Capão ou na Paulista: Exceptis. Porque um corpo-fronteira é ainda um corpo que se move, e fronteiras móveis redesenham a todo instante o mapa da cidade. É preciso muita violência e medo para que um mapa se mantenha em sua fixidez. Todavia, trata-se de converter o limite em limiar: aqui, onde, ao ouvirmos “tem um corpo ali”, imediatamente imaginamos o cadáver, viver é fazer corpo. No palco de Fúria, corpos-fronteiras se movem no trabalho ritual desse fazer corpo. Face à violência impossível de dizer, à violência pura do real, num país em que o real é moeda, trata-se ainda de verificar o valor de uso do impossível. Há, na cena de Fúria, algo que, num primeiro momento, aparece-nos como uma profusão de imagens. Sim, as imagens estão lá, mas desfazendo-se em corpos, desmanchando-se em sua solidez de fantasma de lençol: há sempre um corpo que subsiste ao terror, à assombração. Em meio à devastação, do melodrama vemos apenas vestígios. Quando Peter Sloterdijk constata que “a primeira palavra da Europa” é “ira”, como cantou Homero na Ilíada, ele nos traz à pergunta: o que esperar de uma civilização que nasce pedindo licença para cantar a Guerra? Aimé Césaire não teve dúvida: “A Europa é indefensável”. Na tragédia, o coro, organizado no presente da cidade, dançava diante do passado e do sangue tomando a cena. A cena era uma imagem do passado; o coro, a consciência difícil de uma dor não esquecida desde o parto do presente. Na origem da tragédia, as Fúrias, portadoras do ressentimento e suas revoltas, resistiam à emergência democrática. Já aqui, Fúria é outra coisa. Em cena, compreendemos que o coro, longe de figurar a unidade mórbida da cidade, é pulsão de vida, sinal corpóreo
precário e provisório, em constante reconfiguração, que subsiste aos ciclos que se cancelam, fazendo ver que uma sociedade em que a tragédia já não é mais possível, e ainda assim sofre, é uma sociedade que vive no presente a sua catástrofe, porque o passado passou e não passou; e as promessas de inclusão acenam para um mundo que não existe mais. “E”: essa convivência terrível de fusos históricos é o que emerge das espirais que se acumulam no palco de Fúria. Essa fúria é transmutação do ressentimento, porque nela se intui que Revolução não é vingança. Mas também não é esquecimento. O que acontece quando o que subsiste se levanta? O palco pode ser uma Medusa cínica, mas também uma medusa estrábica. Neste caso, há toda uma estratégia em saber para quem ele olha e quem o vê. Nós que estamos diante das piscadelas dessa Medusa, ora somos cúmplices, ora a plateia confrontada, ora mobilizada, ora paralisada, numa demonstração conflagrada de que alianças não são simples nem evidentes. Há quem tema o fim deste mundo. Em Fúria, o fim do mundo é um grande ensaio; e suas ruínas, seus restos, emergem de uma arqueologia afetiva. Na divergência dos fusos, o descanso final dos corpos quer ser o adiamento do cadáver, porque como nos avisou Fanon: “A explosão não ocorrerá hoje. É muito cedo... ou tarde demais.” Trata-se de esperar um outro dia, para o qual não sabemos se será possível usar o nome “amanhã”.
Criação Lia Rodrigues Assistente de criação Amália Lima Dançado e criado em estreita colaboração com Leonardo Nunes, Carolina Repetto, Valentina Fittipaldi, Andrey Silva, Larissa Lima, Ricardo Xavier, Joana Lima, David Abreu, Matheus Macena, Tiago Oliveira, Raquel Alexandre Também criado por Felipe Vian, Clara Cavalcante, Karoll Silva Dramaturgia Silvia Soter Colaboração artística e imagens Sammi Landweer Criação de luz Nicolas Boudier Operação de luz Jimmy Wong Produção e difusão internacional Colette de Turville Produção e difusão Brasil Gabi Gonçalves/ Corpo Rastreado Secretária / administração Glória Laureano Professoras Amália Lima, Sylvia Barreto Duração 66 minutos Coprodução Chaillot – Théâtre national de la Danse, CENTQUATREParis, Fondation d’entreprise Hermès dans le cadre de son programme New Settings, Festival d’Automne de Paris, MA scène-nationale, Pays de Montbéliard, Les Hivernales – CDNC (França); Künstlerhaus Mousonturm Frankfurt am Main, Festival Frankfurter Position 2019 – BHF-Bank-Stiftung, Theater Freiburg, Muffatwerk/Munique (Alemanha); Kunstenfestivaldesarts, Bruxelas (Bélgica); Teatro Municipal do Porto, Festival DDD – dias de dança (Portugal). Agradecimentos Zeca Assumpção, Inês Assumpção, Alexandre Seabra, Mendel Landweer, Jacques Segueilla, equipe do Centro de Artes da Maré e da Redes da Maré.
ENCANTADO 17 março a 10 abril 2022 Quinta a sábado, às 21h. Domingo, às 18h FÚRIA 14, 16 e 17 de abril 2022 Quinta e sábado, às 21h. Domingo, às 18h Teatro Paulo Autran
Sesc Pinheiros Rua Paes Leme, 195 Tel. 3095 9400 Faria Lima /sescpinheiros sescsp.org.br/pinheiros